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Vitória de Trump pode ser gatilho de guerra comercial global?

G1 Economia Trump prometeu impor tarifas sobre todos os produtos estrangeiros. Se ele for adiante, muitas economias menores podem ser forçadas a responder da mesma forma. Ações de montadoras alemãs caíram entre 5% e 7% após a confirmação da vitória de Trump Getty Images Donald Trump prometeu ao longo de sua campanha que taxaria todas as mercadorias importadas pelos Estados Unidos se voltasse à Casa Branca. Após sua vitória, empresas e economistas do mundo todo estão afoitos para descobrir até que ponto ele está falando sério. Trump vê as tarifas como uma forma de fazer a economia dos Estados Unidos crescer, proteger empregos e aumentar a receita tributária. No passado, ele impôs tarifas a países específicos, como a China, ou a determinadas indústrias, por exemplo, de aço. ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Mas a promessa da campanha eleitoral de Trump de impor tarifas de 10% a 20% sobre todos os produtos estrangeiros pode afetar os preços no mundo todo. No mês passado, ele pareceu destacar a Europa. "A União Europeia parece tão bacana, tão adorável, né? Todos os pequenos países europeus bacanas reunidos... Eles não querem nossos carros. Eles não querem nossos produtos agrícolas", afirmou. "Eles vendem milhões e milhões de carros nos Estados Unidos. Não, não, não, eles vão ter que pagar um preço alto." As ações da BMW, Mercedes e Volkswagen caíram entre 5% e 7% após a confirmação da vitória de Trump. Os EUA são o maior mercado de exportação para as montadoras alemãs. Promessa de campanha de Trump de impor tarifas de 10% a 20% sobre todos os produtos importados pode afetar os preços no mundo todo Getty Images Durante a campanha, Trump afirmou que as tarifas eram a resposta para uma série de questões, incluindo a contenção da China e a prevenção da imigração ilegal. "Tarifa é a palavra mais bonita do dicionário", ele disse. É uma arma que ele claramente pretende usar. Embora grande parte desta retórica e conduta tenha como alvo a China, ela não para por aí. Algumas jurisdições, como a União Europeia, já estão elaborando listas de ações de retaliação preventivas contra os Estados Unidos, depois que os ministros não levaram suficientemente a sério as ameaças anteriores de Trump relacionadas a tarifas, que ele impôs posteriormente. Os ministros das Finanças do G7, grupo formado por sete dos países mais ricos do mundo, disseram na semana passada que tentariam lembrar aos Estados Unidos liderados por Trump a necessidade de ter aliados na economia mundial porque "a ideia não é iniciar uma guerra comercial". No entanto, se "um poder amplo e muito forte for usado", a Europa vai considerar rapidamente sua resposta. No passado, a União Europeia impôs tarifas sobre produtos americanos icônicos, como motocicletas Harley Davidson, uísque Bourbon e jeans Levi's, em resposta aos impostos dos EUA sobre aço e alumínio. Um representante de um importante Banco Central da zona do euro disse que as tarifas dos EUA, por si só, "não seriam inflacionárias na Europa, mas isso depende de qual vai ser a reação da Europa". No mês passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que uma grande guerra comercial poderia afetar a economia mundial em 7%, o equivalente ao tamanho das economias francesa e alemã juntas. Há questões importantes para o governo britânico sobre onde exatamente o Reino Unido pós-Brexit (saída da União Europeia) deve se posicionar em uma plausível — se não certa — guerra comercial transatlântica. Até o momento, o movimento do Reino Unido tem sido de se aproximar do bloco europeu, inclusive no que se refere a padrões alimentares e agrícolas. Isso dificultaria muito um acordo comercial fechado com os EUA. O governo Biden não estava interessado em um acordo desse tipo. O principal negociador comercial de Trump, Bob Lighthizer, ainda muito influente, chegou a dizer que a suposição de que o Reino Unido permaneceria próximo à União Europeia para ajudar suas próprias empresas o impediu de buscar um acordo. "Eles são um parceiro comercial muito maior para vocês do que nós", ele me disse em uma entrevista. O Reino Unido poderia tentar se manter neutro, mas teria dificuldades para evitar o fogo cruzado, especialmente no que diz respeito ao comércio de produtos farmacêuticos e de automóveis. A retórica do governo do Reino Unido sugere que ele poderia tentar ser um pacificador nas guerras comerciais globais, mas será que alguém o ouviria? Os britânicos poderiam escolher um lado, tentando ficar isentos das tarifas mais gerais de Trump. Os diplomatas foram encorajados por conselheiros econômicos mais pragmáticos em relação ao presidente eleito, que sugeriram que aliados amistosos poderiam conseguir um acordo melhor. Ou será que o mundo se beneficiaria mais se o Reino Unido unisse forças com a União Europeia para evitar a aplicação de tais tarifas comerciais? Longe dos EUA, que tal servir de exemplo para o resto do mundo? Se a maior economia do mundo está recorrendo ao protecionismo em massa, será difícil persuadir muitas economias menores a não fazerem o mesmo. Tudo isso está em aberto. As advertências de Trump podem ser levadas a sério. Nada é certo, mas é assim que as guerras comerciais podem começar. Biden e Trump vão se reunir na Casa Branca na quarta-feira Veja Mais

Veja como é a criação de pombos

G1 Economia Criadores de pombos brancos no interior de São Paulo mantém tradição familiar, além de uma renda na criação da espécie. Os pombos branco além da beleza é repleto de simbologias Reprodução/TV TEM Criadores pombos do interior paulista, fazem da beleza da espécie uma maneira de ter uma renda familiar. Em Mirassol (SP), a criadora Rosimar Schinelo mantém viva uma tradição de família, a criação de pombos brancos, uma continuidade que teve início com seu bisavô, que trouxe o interesse da Itália com os pombos-correios. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp "O meu bisavô já gostava de pombo-correio, usados na Segunda Guerra Mundial para levar mensagens. O prazer de criar aves acabou virando algo mais empreendedor, principalmente quando percebemos a alta procura por pombos brancos", conta. Atualmente, a criadora Rosimar Schinelo conta que o viveiro abriga cerca de 500 aves, e a busca pela compra das aves é atraída, além da beleza, também pelas simbologias de paz e esperança. Antes de entrar nesta área de comercio, ela explica que criava aves exóticas e que os pombos branco presente lá chamava atenção dos colecionadores. Valdinei de Souza, criador de pombos em Nhandeara (SP), também encontrou na criação das aves uma fonte de renda. Ele conta que, desde criança, sempre cuidou de outras aves e foi se adaptando à criação de pombos ao longo do tempo. Por fim, o veterinário José Paulo Franco Gomes explica que, além dos cuidados com a alimentação, é muito importante manter o local sempre limpo e higienizado. O ambiente onde as aves vivem não pode ser pequeno, mas deve ter um bom espaço para que possam se sentir como se estivessem na natureza. "É necessário oferecer uma alimentação variada, incluindo itens naturais, que quando soltos, os pombos saibam como se alimentar no ambiente", concluiu. Veja a reportagem exibida no programa em 10/11/2024: Veja como é a criação de pombos VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Produtores estão otimistas com safra de melancia

G1 Economia Estiagem foi um grande desafio para os produtores da melancia no centro-oeste paulista. Para este novembro, época de colheita, os vendedores estão otimistas. Produtores de melancia vê com otimismo a produção neste ano Reprodução/TV TEM Novembro é mês de colheita da melancia, fruta bastante cultivada no centro-oeste paulista. Mesmo com o período da estiagem, os produtores estão otimistas. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em uma propriedade rural de Agudos (SP), são carregadas cerca de 1,1 mil melancias por hora. Cada fruta chega a pesar 15 quilos. É a primeira colheita da safra deste ano, chamada de "primeira panha". Serão cerca de dois meses de trabalho em diferentes áreas plantadas pelo centro-oeste paulista. A melancia manchester, variedade produzida no local, é a especialidade da região há quase 40 anos. Em média, o quilo da fruta é vendido por R$ 1,30 - 20 centavos a menos do que na safra anterior. A estiagem dos últimos meses não foi problema para quem investe em irrigação, que pode render uma boa colheita. Veja a reportagem exibida no programa em 10/11/2024: Produtores estão otimistas com safra de melancia VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Receita Nosso Campo: aprenda a fazer uma quiche de espinafre

G1 Economia O Nosso Campo deste domingo (10) ensina a preparar um delicioso quiche de espinafre. Receita Nosso Campo: aprenda a fazer uma quiche de espinafre Reprodução/TV TEM O Nosso Campo deste domingo (10) ensina a preparar uma deliciosa quiche de espinafre. Saiba como fazer: ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Ingredientes: 2 xícaras de chá de farinha de trigo; 1 colher de chá de fermento em pó; ½ tablete de manteiga - 100 gramas; água para dar o ponto; 3 colheres de sopa de azeite; 1 cebola misturada com 2 dentes de alho - tudo picado; 1 maço grande de espinafre; 150 gramas de cream cheese; 1 caixinha de creme de leite; sal; 3 ovos; 2 colheres de sopa de parmesão ralado; cheiro-verde; Farinha peneirada; Modo de preparo: Em um recipiente com a farinha peneirada, coloque e manteiga e adicione o fermento; Mexa até pegar forma enquanto adiciona colheres de água; Depois, coloque a massa para descansar na geladeira por cerca de cinco minutos; No liquidificador, adicione os ovos, creme de leite, cream cheese e o sal; Para o recheio, adicione o azeite em uma panela; Refogue a cebola e o alho; Adicione o espinafre, uma pitada de sal e cheiro-verde; Abra a massa até ficar fina; Fure a massa com um garfo; Acrescente o recheio feito no liquidificador; Coloque o espinafre refogado com o cheiro verde; Salpique parmesão ralado; Pré aqueça o forno à 180°C; Leve ao forno por 30 minutos; Retira e sirva; Veja a reportagem exibida no programa em 10/11/2024: Receita Nosso Campo: aprenda a fazer uma quiche de espinafre VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

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+Milionária, concurso 197: prêmio acumula e vai a R$ 22 milhões

G1 Economia Cinco apostas acertaram cinco dezenas e um trevo, e vão levar R$ 72.107,47. +Milionária Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 197 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (9). Nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 22 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp De acordo com a Caixa Econômica Federal, nenhuma aposta acertou cinco dezenas e dois trevos neste concurso. Veja os números sorteados: Dezenas: 10 - 26 - 27 - 34 - 41 - 49 Trevos: 1 - 2 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 5 apostas ganhadoras, R$ 72.107,47 4 acertos + 2 trevos - 58 apostas ganhadoras, R$ 2.049,28 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 799 apostas ganhadoras, R$ 148,75 3 acertos + 2 trevos - 1018 apostas ganhadoras, R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 9528 apostas ganhadoras, R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 8339 apostas ganhadoras, R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 77468 apostas ganhadoras, R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será na quarta-feira (13). +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil até outubro

G1 Economia Foram emplacadas 1.576.954 motos zero km no país, segundo a Fenabrave. As vendas continuam quase 20% maiores que o mesmo período de 2023. Honda Biz é a moto mais econômica do Brasil Divulgação | Honda O mercado de motos zero km continua bastante aquecido no Brasil em 2024. Até outubro deste ano foram 1.576.954 emplacamentos de motocicletas no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O crescimento é de 19,62% quando comparamos o resultado com os 10 primeiros meses do ano passado. “Os serviços de entrega e a procura da motocicleta como alternativa de baixo custo para o transporte continuam movimentando o segmento. Muitas famílias vêm trocando o segundo carro pela moto”, comenta Andreta Jr., presidente da Fenabrave. “Com isso, o setor deve terminar 2024 com cerca de 1,9 milhão de emplacamentos. Não fossem problemas enfrentados com logística de transporte, em função da seca, os números poderiam ser ainda melhores para este segmento.” LEIA MAIS Moto Morini: conheça a marca italiana que chega ao Brasil com investimento de R$ 250 milhões Nova Honda CG 160 chega R$ 16.194; veja o que mudou na moto mais vendida do Brasil LISTA: veja as 5 motos mais baratas para pegar estrada Em outubro, o número de emplacamentos teve aumento de 6,4% em relação a setembro. Foram 166.722 emplacamentos, contra 156.606 motocicletas no mês anterior, uma diferença de 10.116 modelos novos emplacados. Apesar de um mercado feroz de novas motos a combustão, as vendas de modelos elétricos seguem sem muita energia no Brasil. A queda dos modelos movidos a bateria é de 19,61% no ano, ainda mais acentuada do que no mês passado. Os emplacamentos de motocicletas elétricas tiveram uma pequena fagulha de esperança com aumento de modelos vendidos quando comparamos outubro com setembro deste ano, alta de 16,91%. Nova Honda CG 160 2025 As motos mais vendidas de 2024 Sem variações, a Honda CG 160 continua sendo a moto mais vendida do mercado e é provável que continue assim, uma vez que a montadora já apresentou a 10ª geração da street. Só em outubro, foram 36.984 novos emplacamentos. No acumulado de 10 meses, já são 367.238 unidades emplacadas. A Biz, após uma leve queda em setembro por conta da mudança de geração, voltou a crescer nas vendas e passou de 18.185 unidades comercializadas em setembro para 21.370 em outubro. A Honda, inclusive, aparece nas seis primeiras posições das motos mais vendidas neste ano, com mais de dois terços (68%) do mercado nacional. A Shineray alcançou mais mercado em outubro, alcançando pela primeira vez a fatia de 5,47% de mercado, ante os 3% de outros meses. A explicação para isso, segundo executivos da marca, está na entrega de mais modelos vindos da China. Na Yamaha, duas motos de 250 cilindradas trocaram de posição no ranking de vendas do ano. A Fazer 250 ocupava a nona posição até o fim de setembro, até que foi ultrapassada pela moto aventureira XTZ 250, que agora tem uma vantagem de 488 emplacamentos. Essa mudança pode ser explicada pela queima de estoque das concessionárias por conta da vinda da nova XTZ 250. Ela faz parte dos oito lançamentos da marca japonesa para o mercado brasileiro. Veja o top 10 em outubro. Honda CG 160: 36.984 unidades; Honda Biz 125: 21.370 unidades; Honda Pop 110i ES: 16.201 unidades; Honda NXR 160: 12.996 unidades; Honda CB300F: 5.587 unidades; Yamaha XTZ 250: 4.761 unidades; Yamaha YBR 150: 4.722 unidades; Honda PCX 160: 4.347 unidades; Mottu Sport 110: 3.685 unidades; Yamaha Fazer 250: 3.469 unidades; Veja as 10 mais vendidas no ano. Honda CG 160: 367.238 unidades; Honda Biz: 234.422 unidades; Honda Pop 110i: 138.904 unidades; Honda NXR 160: 128.313 unidades; Honda CB300F: 50.596 unidades; Honda PCX 160: 48.295 unidades; Mottu Sport 110: 46.288 unidades; Yamaha YBR 150: 43.477 unidades; Yamaha XTZ 250: 40.105 unidades. Yamaha Fazer 250: 39.617 unidades; Veja a fatia de mercado para cada marca. Honda: 68,7%; Yamaha: 17,97%%; Shineray: 3,90%; Mottu: 2,94%; Haojue: 1%; Avelloz: 0,91%; Royal Enfield: 0,9%; BMW: 0,81%; Triumph: 0,63%; Kawasaki: ,05%. Veja Mais

Globo Rural: informações adicionais das reportagens do dia 10/11/2024

G1 Economia Veja dicas de como fazer uma tinta de parede à base de terra. Além disso, o Globo Rural disponibiliza cartilha sobre alimentação bovina em sistema de semiconfinamento. Tinta de parede com terra Quer aprender como fazer uma tinta de parede à base de terra? Um material da Emater do Distrito Federal tem um passo a passo que pode te ajudar. A publicação fala sobre os equipamentos necessários, como fazer a coleta do material e a receita da tinta. Esse manual é gratuito. >>>Acesse aqui>Acesse aqui Veja Mais

Cobrança duplicada no app do Nubank? Clientes relatam problemas nas redes sociais

G1 Economia Segundo os relatos, o app tem enviado notificações com aprovação de compras que foram realizadas há várias semanas ou meses e que já foram cobradas em faturas antigas. Usuários relatam problemas de cobrança duplicada no app do Nubank Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo Clientes do Nubank usam as redes sociais na manhã desta sexta-feira (8) para relatar problemas com cobranças duplicadas de compras antigas no aplicativo do banco digital. Segundo os relatos, o app tem enviado notificações com aprovação de compras que foram realizadas há várias semanas ou meses e que já foram cobradas em faturas antigas. A plataforma Downdetector, que detecta relatos de problemas com aplicativos, mostra que o número de reclamações sobre o Nubank começou a aumentar por volta das 7h desta sexta e atingiram um pico às 10h. O g1 procurou o Nubank para entender o que causou o problema, mas o banco não respondeu até a publicação da matéria. Veja o que dizem os clientes: Usuários relatam problemas de cobrança duplicada no app do Nubank Reprodução Usuários relatam problemas de cobrança duplicada no app do Nubank Reprodução Usuários relatam problemas de cobrança duplicada no app do Nubank Reprodução Usuários relatam problemas de cobrança duplicada no app do Nubank Reprodução Veja Mais

Consumo de cerveja deve voltar a crescer no Brasil em 2024, mas bebida deve ficar mais cara

G1 Economia Redução na produção de cevada e lúpulo devem impactar preços; outras bebidas alcoólicas também começam a ganhar destaque no país. Consumo de cerveja deve crescer este ano, mas bebida deve ficar mais cara Após ter registrado uma queda em 2023, o consumo de cerveja deve voltar a crescer no país neste ano. O movimento deve vir mesmo diante de um aumento de preços (entenda mais abaixo) e, segundo especialistas, acompanha o perfil cervejeiro dos brasileiros. Um levantamento realizado pela Brazil Panels em parceria com a Agência Conexão Vasques, por exemplo, indica que 61% dos brasileiros acima de 18 anos consomem cerveja. Desse total, quase um terço (32,8%) consome a bebida pelo menos uma vez por semana. “O mercado brasileiro é bem dinâmico. Em classes mais altas é valorizado o sabor, já em classes mais baixa, o consumidor é mais sensível ao preço do que qualidade. E as marcas tradicionais lideram o mercado, mas há um grande espaço para a chegada de novas marcas”, diz o presidente e fundador da Brazil Panels, Claudio Vasques. O avanço do consumo da cerveja vem após uma queda de 1,1% em 2023, segundo dados do Euromonitor. Para esse ano, a estimativa é de uma alta de 0,8%. “Tem muita coisa acontecendo no mercado de bebidas alcoólicas este ano. Mas cerveja é uma categoria resiliente e que deve crescer em 2024”, diz o consultor de pesquisas da Euromonitor International, Rodrigo de Mattos. Entre as categorias analisadas pelo Euromonitor, a cerveja é uma das bebidas alcoólicas mais consumidas entre os brasileiros, com mais de 14,6 bilhões de litros por ano. LEIA MAIS Saiba como é feita a cerveja sem álcool Lúpulo é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial; g1 mostra como bebida é feita Cerveja Divulgação Brasil cervejeiro Vasques, da Brazil Panels, afirma que o perfil do brasileiro no consumo de cerveja se desenha por uma série de fatores. “Existe uma grande riqueza e diversidade no mercado brasileiro de cerveja. O consumo está muito ligado à situação econômica de cada região [do país] e essas diferenças refletem talvez na parte cultural, social ou até mesmo climática”, diz o executivo. Ainda de acordo com a pesquisa, as regiões do país onde os brasileiros consomem cerveja com mais frequência são Sudeste e Centro-Oeste, com cerca de 36% dos respondentes de cada região ingerindo a bebida no mínimo uma vez por semana. Em seguida veio o Nordeste, com 34,9% dos entrevistados. Vasques destaca, ainda, que parte do que explica a resiliência no setor é o papel da bebida no âmbito cultural do brasileiro. “A cerveja, na verdade, retrata uma transformação cultural. Ela deixa de ser apenas uma bebida e se torna um elemento de conexão social”, diz. “Podemos notar também que existe um consumidor que está cada vez mais exigente, tanto pelo preço quanto pela qualidade do produto. E um insight bem curioso, é que as mulheres valorizam muito mais a experiência sensorial do sabor da cerveja, do que um consumo por marcas mais tradicionais”, completa o presidente da Brazil Panels. Alta de preços à frente Segundo os especialistas, a volta do crescimento do consumo de cerveja no país deve vir mesmo com os sinais de que os preços do produto devem ficar mais caros à frente. Mattos, da Euromonitor, conta que as empresas têm enfrentado mais dificuldades de montar um plano de vendas. O clima, por exemplo, costumava influenciar mais o consumo de cerveja do país – quanto mais quente, mais favorável. Mas, dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) obtidos pelo Jornal Hoje, da TV Globo, em setembro, indicavam que o inverno de 2024 foi o segundo mais quente desde 1961, perdendo apenas para o ano passado. “Começamos a ver que não há mais uma sazonalidade desenhada e isso muda muito a estratégia das companhias”, diz o executivo. “Antes, havia uma estratégia clássica de reajuste de preços no início do verão, quando sabiam que existia um aumento de consumo. Existia também um movimento maior de produção, um giro mais rápido do produto nas gôndolas, e tudo isso muda nesse cenário. Agora é preciso um ciclo de produção constante”, completa Mattos. Além disso, outro ponto que pode influenciar nos preços da cerveja à frente é o aumento do custo do lúpulo e da cevada no Brasil e no mundo. O Brasil é um dos maiores produtores de cevada do mundo, mas tem reduzido sua área plantada do cereal ano a ano – e a produção parece estar cada vez mais pressionada. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, indicam que a projeção é de uma queda de 11,5% na área plantada de cevada no país em 2024. Já a produção do cereal foi estimada em 460,1 mil toneladas em setembro, uma queda de 8,1% em relação a agosto e uma alta de 13,4% ante o ano anterior. E não se pode esquecer que uma série de fatores climáticos prejudicaram as safras de cevada em 2023, prejudicando a base de comparação. No lúpulo, o cenário é bem semelhante. Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) indicam que o país — que é o maior produtor da planta no mundo — reduziu sua área cultivada em 18% neste ano em relação a 2023. Por fim, há o risco de um eventual aumento do dólar após as eleições norte-americanas, que também podem impactar pontualmente o custo de produção e, consequente o preço do produto. “Mas a cerveja é resiliente. Ainda temos uma expectativa de crescimento no volume consumido em 2024, apesar da inflação e da questão do custo, que já começa a impactar”, diz Mattos. Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Bras Consumo de outras bebidas alcoólicas Apesar de a cerveja ainda ser a bebida alcoólica mais consumida no país, outras categorias também começam a se destacar. Dados da Euromonitor indicam que o maior crescimento no consumo veio dos licores amargos (bitters), como Campari e semelhantes. Nessa categoria, a projeção é de um aumento de 5,6% neste ano em comparação a 2023. Em seguida vieram os espumantes, com uma alta projetada de 5,4% na mesma base de comparação, seguido pelos vinhos rosês, com avanço de 3,2%. Veja a tabela abaixo. Do lado dos vinhos, Mattos explica que o produto viveu um período de queda acentuada após o crescimento acelerado visto durante a pandemia e que, agora, o consumo dá sinais de que deve ficar diferente à frente. “Começamos a ver um perfil diferente de importação. Os vinhos tintos voltam a crescer, mas os mais baratos. E os vinhos brasileiros, que a gente chamava de vinho de mesa, começam a ganhar espaço na casa dos brasileiros”, diz o consultor. Ele reitera, ainda, que também há uma “readaptação” de como o brasileiro consome vinho. “A gente saiu um pouco do padrão europeu de um vinho mais amadeirado e pesado, e começa a ir para vinhos que fazem mais sentido para o clima mais quente, como vinhos gelados e espumantes”, completa Mattos. De onde vem o espumante Mudança no perfil de consumo Ainda dentro da mudança de perfil do consumo, o consultor da Euromonitor destaca que há mais mulheres que desfrutam o mercado de destilados. Além disso, não é um consenso que a geração Z (nascidos entre 1995 e 2009) quer beber menos por questões de saúde. “Ela pode até beber menos, mas também tem uma renda mais apertada do que as outras gerações tiveram. É uma geração que está entrando no mercado de trabalho um pouco mais tarde e que começa a beber outros tipos de bebidas primeiro”, diz Mattos. Nesse cenário, a principal preocupação das companhias é a redução do consumo de bebidas por parte dos chamados millenials, aqueles que nasceram entre 1984 e 1995. “Uma das tendências de consumo que falamos para 2025 é sobre os millenials ficarem mais atentos à saúde para pensar em uma terceira idade mais saudável. Isso sim pode ser um problema no longo prazo, porque estamos falando do grosso da pirâmide etária”, acrescenta. Por fim, outro ponto de atenção para o mercado tem sido as mudanças demográficas no país, com residências cada vez menores – principalmente nos grandes centros urbanos. Isso porque, com a redução da metragem quadrada, também há uma diminuição do espaço disponível para armazenar bebidas dentro de casa. “O engradado e até o retornável clássico já começam a sentir problemas, não só pela mudança do perfil de consumidor, mas porque ele também não tem mais espaço para manter essas bebidas. Essa mudança demográfica e de como se estrutura a sociedade brasileira começa a criar pontos de atenção, principalmente de 2030 para frente”, completa. Veja Mais

Fed reduz o ritmo e corta juros dos EUA em 0,25 ponto percentual

G1 Economia Essa é a segunda redução seguida das taxas básicas norte-americanas. Referencial agora está na faixa de 4,50% a 4,75% ao ano. Prédio do Federal Reserve dos EUA em Washington, EUA (maio/2020) Kevin Lamarque / Reuters O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) voltou a cortar os juros do país nesta quinta-feira (7). A decisão foi por uma redução de 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 4,50% e 4,75%. O corte foi menor do que a observada na reunião passada, quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidiu diminuir os juros em 0,50 p.p., após passar quatro anos sem realizar ajustes nas taxas. A redução das taxas também deve ter efeitos no Brasil. (veja mais abaixo) A decisão também veio em linha com as expectativas do mercado. Em entrevista a jornalistas, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a atividade econômica continuou a expandir em ritmo sólido, reforçando que apesar de a inflação norte-americana ter caminhado para a meta de 2%, continua em patamares elevados. Segundo Powell, o Fed continuará a avaliar os novos dados econômicos que surgirem para tomar suas próximas decisões de política monetária. "Em dezembro e em todas as reuniões, nós olharemos para os novos dados econômicos e como eles afetam a perspectiva para a atividade do país", afirmou Powell. "Queremos estar no meio do caminho, de maneira que conseguimos manter a força do mercado de trabalho e continuamos a ter progresso na inflação", completou. Essa foi a primeira reunião do Fomc após as eleições presidenciais norte-americanas, que voltaram a colocar o republicano Donald Trump como chefe de Estado da maior economia do mundo. Diante desse cenário, a leitura é que a incerteza sobre quais serão os efeitos da gestão de Trump na economia dos Estados Unidos (entenda mais abaixo) também podem afetar as decisões do Fed à frente. "As perspectivas econômicas são incertas e o comitê está atento aos riscos", disse o Fomc em nota, destacando que está preparado para ajustar a política monetária caso necessário. Efeito 'Trump' na economia dos EUA A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos já era precificada pelo mercado, mas aumenta as preocupações sobre os efeitos da agenda econômica conservadora e protecionista que o republicano deve carregar durante seu mandato. Entre as propostas de seu plano econômico, por exemplo, está a elevação de tarifas para produtos importados — incluindo uma guerra comercial com a China — e o corte de impostos no país, além da promessa de reduzir a inflação e do endurecimento das regras de imigração. Essas medidas são vistas como inflacionárias pelo mercado e podem, além de trazer impactos para a economia de outros países, também podem obrigada o Fed a manter os juros elevados para conter um eventual aumento de preços. Entenda na reportagem abaixo: Trump eleito: o que esperar da agenda econômica do próximo presidente dos Estados Unidos Powell se recuou a responder quando questionado se havia alguma preocupação por parte do Fed a respeito dos efeitos do plano econômico de Trump na atividade dos Estados Unidos, mas negou que sairia do cargo caso Trump assim o ordenasse. "Não é permitido por lei [que um presidente demita um presidente do Fed ou qualquer outro governador do BC dos EUA com posição de liderança]", disse. Reflexos no Brasil A decisão do Fed veio apenas um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil ter acelerado o ritmo de altas por aqui. Na véspera, o colegiado subiu a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 p.p., para 11,25% ao ano. A decisão do Copom representa a maior alta dos juros básicos brasileiros desde maio de 2022. Em comunicado, o colegiado afirmou que acompanha "com atenção" o desenrolar do quadro fiscal brasileiro e não deixou passar batido as incertezas em relação à economia dos Estados Unidos. "O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Banco Central americano]", disse o Copom em comunicado divulgado após a decisão. Apesar de o corte das taxas por parte do Fed ter vindo um dia depois da decisão do Copom, a expectativa é que o quadro de juros norte-americano continue a refletir no cenário brasileiro. De um lado, a redução no ritmo de cortes por lá também significa juros mais altos nos Estados Unidos por mais tempo. Na prática, isso faz com que o rendimento das Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) continue elevado e siga atrativo para investidores estrangeiros. Para o Brasil, além de indicar uma possível redução de investimentos estrangeiros direcionados para cá, esse quadro também tende a fortalecer o dólar em relação a outras moedas, incluindo o real. O dólar em níveis elevados, por sua vez, aumenta a pressão sobre a inflação brasileira, o que pode acabar refletindo no ciclo de alta de juros que o Copom tem feito por aqui. Veja Mais

Secretário da Receita defende suspender CNPJ de empresas envolvidas com contrabando de cigarros e 'vapes'

G1 Economia Recentemente, a Receita Federal apreendeu meio milhão de cigarros eletrônicos, chamados de "vapes", em uma operação no Porto de Santos, no litoral de São Paulo — que são proibidos desde 2009 no Brasil conforme uma resolução da Anvisa sobre o tema. Quarta (e atual) geração do cigarro eletrônico, também conhecido como vape. Reprodução/Profissão Repórter O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, defendeu nesta quinta-feira (7) que empresas envolvidas com o contrabando de produtos perigosos, como cigarros, cigarros eletrônicos e armas, percam o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ou seja, sua licença para operar. Ele participou do do Congresso de Direito Tributário e Aduaneiro da Receita Federal. Recentemente, a Receita Federal apreendeu meio milhão de cigarros eletrônicos, chamados de "vapes", em uma operação no Porto de Santos, no litoral de São Paulo — que são proibidos desde 2009 no Brasil conforme uma resolução da Anvisa (RDC 46/2009) sobre o tema. No ano passado, cerca de 1,5 milhão de cigarros eletrônicos foram apreendidos nas fronteiras do país. Segundo Barreirinhas, em 2024, a expectativa é de que mais de três milhões de cigarros eletrônicos sejam apreendidos pelo órgão. "Em relação ao contrabando e descaminho, as vezes a Receita Federal se sente um pouco sozinha (...) A aceitação social do contrabando impede o trabalho do estado isoladamente. É muita gente envolvida. Iniciamos o contato com a CNC [Confederação Nacional do Comércio], o CFC [Conselho Federal de Contabilidade], que nos apoiaram em uma medida dura. Que é, a partir de agora, a suspensão do CNPJ no momento em que encontramos produtos contrabandeados perigosos, como cigarros e cigarros eletrônicos e armas", disse Barreirinhas, da Receita Federal. De acordo com ele, a suspensão do CNPJ de empresas envolvidas com o contrabando desses produtos não pode vir sozinha. Explicou que tem de haver, antes, uma orientação por parte dos auditores fiscais, pois há empresários que não sabem que os cigarros eletrônicos são ilegais no país. Carga de cigarros eletrônicos é apreendida no Porto de Santos Como os criminosos operam? Na última semana, Barreirinhas explicou que as autoridades apuraram que muitos dos produtos irregulares que saem dos portos brasileiros acabam voltando para o país posteriormente, contrabandeados. Nesse esquema, estariam envolvidos o crime organizado e lavagem de dinheiro. De acordo com ele, um fator que comprova a intenção dos criminosos em contrabandear os produtos de volta para o Brasil são as embalagens dos cigarros, que continham instruções em língua portuguesa. “Esse produto passa pelo porto aqui no Brasil, vai para outros países e volta para o Brasil. Não tem o menor sentido permitir que ele passe aqui debaixo do nosso nariz para que depois volte em forma de contrabando”, afirmou, na ocasião. De acordo com o secretário, também há indícios de que criminosos trabalham de modo a exportar drogas para importar produtos contrabandeados. Dessa maneira, haveria uma espécie de troca entre eles. Quem compra os cigarros contrabandeados, por sua vez, acaba financiando esse tipo de delito. “Nós temos um fluxo intenso de conversão, de lavagem de dinheiro, de entrada e saída de recursos do Brasil. Já identificamos alguns indivíduos trafegam com dinheiro vivo, com milhões de reais nas nossas fronteiras”, salientou. Segundo ele, as autoridades vão, cada vez mais, seguir o fluxo de dinheiro por meio da aduana e fiscalização interna, além das aduanas estrangeiras, para buscar saber de quem é e quem está convertendo o dinheiro para o exterior. Veja Mais

Dólar inverte sinal e volta a cair, com juros, contas públicas e Trump no radar; Ibovespa opera em alta

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 1,26%, cotada a R$ 5,6742. Já o principal índice de ações da bolsa de valores, encerrou com um recuo de 0,24%, aos 130.341 pontos. Notas de 1 dólar Rafael Holanda/g1 O dólar inverteu o sinal e voltou a operar em baixa nesta quinta-feira (7) com importantes decisões no radar dos investidores. Por aqui, ontem o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) promoveu um novo aumento na Selic, taxa básica de juros, que agora está em 11,25% ao ano. O movimento já era amplamente esperado pelo mercado, em meio a uma inflação persistente no Brasil, que ameaça encerrar mais um ano acima da meta do BC, e com o cenário fiscal no centro das atenções dos investidores. O mercado aguarda o anúncio de um pacote detalhado de cortes de gastos públicos pelo Governo Federal. Nesta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera anunciar os cortes em breve, mas que aguarda aval do presidente Lula para detalhes na proposta. Há expectativa de que as medidas sejam apresentadas ao Congresso ainda nesta quinta. Lá fora, hoje é a vez do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mexer nos juros. No entanto, a expectativa para as taxas de juros dos Estados Unidos, atualmente entre 4,75% e 5,00% ao ano, é de uma queda — a segunda de um ciclo de cortes nos juros iniciados pelo Fed em setembro. Apesar de ainda esperar uma baixa nos juros nesta reunião, o mercado acredita que o Fed deve reduzir a magnitude dos seus cortes para 0,25 ponto percentual, à medida que a economia norte-americana continua mostrando força, com um mercado de trabalho aquecido que pode voltar a pressionar a inflação. Além disso, com a eleição de Donald Trump, que vai comandar os EUA pelos próximos quatro anos, a partir de 2025, especialistas esperam ver novas forças inflacionárias que podem levar o Fed a manter uma postura mais restritiva com os juros nos próximos anos. Taxas maiores aumentam a rentabilidade dos títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo. Isso tende a levar mais dinheiro para os EUA e pode valorizar o dólar. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Às 10h15, o dólar caía 0,53%, cotado a R$ 5,6444. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda caiu 1,26%, cotada a R$ 5,6742. Na mínima do dia, chegou a 5,6647. Na máxima, a R$ 5,8619. Com o resultado, acumulou: queda de 3,33% na semana; recuo de 1,85% no mês; ganho de 16,93% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,37%, aos 130.820 pontos. Na véspera, o índice encerrou em baixa de 0,24%, aos 130.341 pontos. Com o resultado, acumulou: avanço de 1,73% na semana; ganhos de 0,48% no mês; recuo de 2,86% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Na noite desta quarta-feira (6), o Copom elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A alta representa uma aceleração em relação à última reunião do Comitê, quando o aumento foi de 0,25 ponto percentual. Entre os principais pontos de atenção do Copom estão a inflação persistentes, que já acumula alta de 3,31% em 2024, o real enfraquecido e as incertezas com a economia dos EUA. Incerteza nos EUA, real fraco e inflação persistente: entenda os recados do Copom O BC entende que é necessário adotar uma dose maior de juros para trazer a inflação brasileira para a meta de 3%. O número estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) pode oscilar em 1,5 p.p. para cima ou para baixo, de 1,5% a 4,5% no ano. A atividade econômica ainda potente no Brasil, o mercado de trabalho mais aquecido, e a falta de resolução da questão das contas públicas — que afeta tanto os juros do país como a inflação — foram questões ressaltadas pelo Copom no texto. Além disso, destaque para a incerteza na economia global, em especial nos Estados Unidos, após a vitória de Donald Trump nas eleições. Com promessas mais inflacionárias do novo presidente, o Fed pode ter mais dificuldade de baixar os juros por lá — o que demanda taxas maiores aqui para que os investidores queiram investir no Brasil. No cenário fiscal, a perspectiva de proximidade de um anúncio sobre o pacote de cortes de gastos permanece e o mercado quer ver os detalhes do plano para a contenção das despesas públicas. O governo efetuou uma série de reuniões com ministros nos últimos dias para fechar os cortes de gastos necessários para manter o arcabouço fiscal — a regra das contas públicas — operante. A expectativa é que o anúncio das medidas possa ocorrer ainda nesta semana. No exterior, o Fed deve anunciar suas novas taxas de juros às 15h desta quinta. A expectativa do mercado é de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, o que os levaria a um patamar entre 4,50% e 4,75% ao ano. Em sua última reunião, em setembro, a instituição reduziu suas taxas em 0,50 ponto percentual. Vitória de Trump segue no radar Investidores esperam por um fortalecimento da moeda norte-americana nos próximos anos de governos de Donald Trump. Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos EUA, diminuindo o comércio com a China e aumentando as tarifas de importações para outros países, como o Brasil. "Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa", explicou ao g1 Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional. "Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras." Esse cenário poder mexer com a balança comercial brasileira, diminuindo o nível de exportações — o que reduziria a reserva de dólares e poderia pressionar ainda mais a inflação. Mais que isso, o protecionismo econômico de Trump pode encarecer os preços dos produtos dentro dos EUA e gerar mais inflação no país. Como consequência, o mercado espera ver taxas de juros mais altas na maior economia do mundo nos próximos anos. São elas que servem de referência para o rendimento das Treasuries, os títulos públicos norte-americanos. Como são considerados os produtos de investimento mais seguros do mundo, as Treasuries com rentabilidades mais altas atraem investidores estrangeiros, que encaminham seus recursos para os EUA e dão força para o dólar. Veja Mais

Trump eleito: o que esperar da agenda econômica do próximo presidente dos Estados Unidos

G1 Economia Promessas do plano econômico do republicano podem pressionar a inflação americana e causar juros mais altos nos EUA. Situação traz reflexos ao Brasil. Trump durante comício em 24 de outubro de 2024 Carlos Barria/Reuters Eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), o republicano Donald Trump carrega uma agenda econômica conservadora e protecionista para a maior economia do mundo. ??O que é uma agenda protecionista? O protecionismo é a teoria que defende favorecer e dar prioridade à atividade doméstica de um país, limitando a concorrência estrangeira. Isso pode ser feito de diversas formas e em diferentes graus, como limitando ou reduzindo a importação de produtos, incentivando o desenvolvimento interno com subsídios, entre outros. Entre as propostas de seu plano econômico, está a elevação de tarifas para produtos importados – incluindo uma guerra comercial com a China – e o corte de impostos no país, além da promessa de reduzir a inflação e do endurecimento das regras de imigração. "Vamos reduzir a dívida, reduzir impostos, podemos fazer coisas que ninguém mais pode fazer, ninguém mais será capaz de fazer isso. A China não tem o que nós temos, ninguém tem o que nós temos. Temos as melhores pessoas também, isso é o mais importante", disse Trump durante seu discurso de vitória na quarta-feira. Entenda nesta reportagem o que esperar da agenda econômica de Donald Trump e quais seus efeitos para o Brasil. 'Vamos ter que fechar nossas fronteiras', diz Trump em discurso de vitória Quais os principais pontos do plano econômico de Trump? Entre as medidas de maior impacto propostas por Trump estão questões que envolvem o aumento de tarifas para produtos importados – principalmente aqueles vindos da China –, uma redução dos impostos domésticos, o apoio à indústria norte-americana e a contrariedade a incentivos para transição energética. Entenda nos pontos abaixo: ????Tarifaço Uma das medidas de Trump que mais trazem preocupações a especialistas é de um aumento de tarifas para produtos importados. A proposta é de impor uma alíquota de 10% a 20% sobre todas as importações – ou seja, todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos seriam afetados. Especificamente para a China – que já vinha experimentando taxas mais altas por parte dos EUA há anos (mesmo no governo de Joe Biden) –, a proposta é de impor tarifas de 60% ou mais sobre os produtos importados do gigante asiático. (Entenda os efeitos para o Brasil mais abaixo) ?? Cortes de impostos domésticos Além disso, outra promessa do plano econômico de Trump era a de reduzir ou limitar os impostos domésticos para tentar incentivar a indústria e a atividade norte-americana. Entre os pontos citados nesse caso, estavam: A redução da alíquota corporativa de 21% para 15%; A eliminação dos impostos sobre horas extras e sobre gorjetas de trabalhadores; e A ampliação de um corte de impostos para todas as classes, incluindo os mais ricos. O cenário tende a reduzir a arrecadação norte-americana e traz novas preocupações ao mercado sobre a capacidade dos Estados Unidos em cumprir com o pagamento da dívida do país. (Entenda mais abaixo) ???? Endurecimento das regras de imigração Trump também defende um plano agressivo para dificultar a imigração ao país, retomando parte da estratégia de seu último mandato, entre 2017 e 2021. Além do endurecimento das regras de imigração, com um aumento de penalidades para a entrada ilegal e para a permanência além do prazo dos vistos, o republicano também pretende iniciar o que chama de “maior programa de deportação da história dos Estados Unidos”. ???? Apoio à indústria doméstica e mudanças no mercado de energia Outra medida proposta pelo republicano é o fim das restrições para o mercado de petróleo, gás natural e carvão, além do aumento da produção de energia em todas as fontes – incluindo a nuclear. O republicano também prometeu o fim dos incentivos fiscais para a compra de veículos elétricos, e quer impedir a importação de veículos chineses. Segundo a proposta, a ideia é “revitalizar” a indústria automobilística dos Estados Unidos. Além disso, a proposta dos republicanos também diz trazer um plano robusto para proteger trabalhadores, agricultores e indústrias dos EUA contra a “concorrência estrangeira desleal”. “Nos comprometemos a reequilibrar o comércio, garantir a independência estratégica e revitalizar a manufatura”, diz o texto, que também diz querer acabar com as regulamentações que “sufocam empregos, liberdade e inovação”. ???? Inflação na mira e corte de gastos públicos A proposta de Trump também endereça o aumento da inflação visto no país nos últimos anos. Em suas promessas, o republicano diz querer “reverter a pior crise de inflação em quatro décadas”. Trump também promete cortar gastos governamentais “desperdiçados” e regulamentações custosas e onerosas para o país. Miriam Leitão analisa discurso da vitória de Donald Trump nas eleições americanas Quais os efeitos da vitória do Trump para o Brasil? Segundo especialistas, apesar de o Brasil não estar no foco da política externa de Trump, seus posicionamentos podem ter efeitos no país. Entre as medidas que devem trazer mais efeito estão a imposição das tarifas comerciais, a redução de impostos para empresas norte-americanas e o endurecimento das regras de imigração, que incluem um possível fechamento das fronteiras. “Essas medidas são vistas como inflacionárias e potencialmente prejudiciais para a economia de outros países, especialmente para os mercados emergentes, como Brasil e México, que dependem fortemente do comércio global”, explica o vice-presidente executivo do Grupo Travelex Confidence, João Manuel Freitas. Além disso, a imposição de tarifas maiores para a China também pode acabar intensificando a guerra comercial dos Estados Unidos com o gigante asiático e encarecendo parte dos preços. De acordo com analistas da XP Investimentos, essa medida poderia ter um impacto limitado sobre os produtores de aço e mineradores, por exemplo. “Como os EUA são um importador chave de ferro e aço, e a China provavelmente não ajustará sua oferta em resposta, essa situação poderia levar a um desequilíbrio entre oferta e demanda, impactando os preços do aço”, afirmaram os analistas em relatório. A China é a maior fornecedora de aço do Brasil e isso também impactaria os preços por aqui. Alta de juros Os especialistas ainda destacam que o potencial aumento da inflação norte-americana, trazido pelas medidas protecionistas propostas por Trump, que também podem impactar o Brasil. Além de possivelmente encarecer os produtos importados do país pelo Brasil, uma pressão inflacionária nos Estados Unidos também pode impor uma nova alta de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Esse quadro é agravado, ainda, pela possível perda de arrecadação do governo norte-americano caso Trump resolva cumprir suas promessas de cortes de impostos domésticos. Com menos recursos entrando no caixa do governo, há um aumento das preocupações com a capacidade de o país cumprir com o pagamento da dívida norte-americana. Essas dúvidas também tendem a aumentar a exigência de investidores por um prêmio maior, ou seja, juros mais altos. E juros mais altos nos Estados Unidos tornam os países emergentes, como o Brasil, menos atrativos — o que pode acabar afastando investidores e dólares do país. Com impacto no câmbio, fica maior a pressão na inflação por aqui. "No Brasil, essa conjuntura pode exigir ajustes nas políticas monetárias e mudanças no controle de inflação, impactando o custo do crédito, o consumo e o crescimento econômico”, diz o analista da Ouro Preto Investimentos, Sidney Lima. “Já no cenário global, um dólar forte pode reduzir o ritmo de crescimento das economias emergentes, afetando o comércio internacional e a demanda por commodities, com reflexos diretos no Brasil, dada sua dependência de exportações de produtos básicos", acrescenta. Veja Mais

+Milionária, concurso 196:prêmio acumula e vai a R$ 21 milhões

G1 Economia Uma aposta acertou cinco dezenas e dois trevos, e vai levar R$ 240.638,35. +Milionária Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 195 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (6). Nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 21 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp De acordo com a Caixa Econômica Federal, uma aposta acertou cinco dezenas e dois trevos, e vai levar R$ 240.638,35. Veja os números sorteados: Dezenas: 01 - 13 - 21 - 25 - 35 - 39 Trevos: 4 - 5 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 19 apostas ganhadoras, R$ 5.628,97 4 acertos + 2 trevos - 42 apostas ganhadoras, R$ 1.909,83 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 717 apostas ganhadoras, R$ 159,81 3 acertos + 2 trevos - 861 apostas ganhadoras, R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 8796 apostas ganhadoras, R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 7228 apostas ganhadoras, R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 71661 apostas ganhadoras, R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (9). Sorteio 196 da +Milionária Divulgação +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Entenda por que bitcoin e outras criptomoedas dispararam com vitória de Trump

G1 Economia Donald Trump mudou de opinião e prometeu favorecer a indústria de criptomoedas em seu novo mandato. Trump fez diversas declarações em favor de bitcoins na campanha Getty Images via BBC A vitória de Donald Trump na eleição americana de 2024 nesta quarta-feira (6/11) provocou preços recordes na cotação das criptomoedas. Nas primeiras horas de quarta-feira, o bitcoin atingiu cotação acima de US$ 75,2 mil — a maior de sua história. No dia anterior, quando os americanos ainda iam às urnas, a moeda começou o dia a US$ 67,8 mil. Foi um salto de mais de 10% em menos de 24 horas. O bitcoin esteve acima dos US$ 70 mil apenas em algumas poucas ocasiões esse ano. Pelas cotações atuais, um bitcoin vale hoje mais de R$ 442 mil. No começo do ano, a moeda estava cotada a R$ 214 mil. LEIA TAMBÉM Efeito Trump: dólar dispara, juros futuros dos EUA avançam e bitcoin bate recorde após eleições O que vitória de Trump significa para economia do Brasil Truth Social e Tesla disparam com vitória de Trump; Elon Musk fica R$ 125 bilhões mais rico O efeito também é observado em outras criptomoedas. O ethereum, que é a segunda maior criptomoeda no mercado atrás do bitcoin, está cotado a mais de US$ 2,6 mil — que não é seu recorde neste ano, mas é um salto de quase 10% em apenas um dia, depois que os resultados eleitorais americanos começaram a indicar vitória de Trump. Vitória de Donald Trump reflete em mercados ao redor do mundo O que está acontecendo com as criptomoedas? Criptomoedas, como o bitcoin, funcionam como moedas alternativas a moedas "físicas" como o dólar e o real. Elas não são impressas por governos ou bancos tradicionais, mas criadas por um processo computacional complexo conhecido como "mining" (mineração). Entusiastas das criptomoedas dizem que elas podem vir a se tornar o futuro das transações monetárias — pois utilizam um mecanismo chamado blockchain que impede, em tese, que a moeda seja manipulada por governos. As moedas tradicionais são diretamente influenciadas pelas políticas monetárias dos governos e dos bancos centrais. Críticos das criptomoedas dizem que elas não são tão transparentes assim — e que são usadas em diversas transações para evitar o controle de autoridades tributárias. Outros acreditam que elas se tornaram apenas meros meios de especulação — já que muitas pessoas compram e vendem criptomoedas apenas para aproveitar as ondas de supervalorização. No passado, muitos grandes bancos do mundo criticaram as criptomoedas por isso — mas desde então algumas dessas mesmas instituições passaram a oferecer a criptomoeda em seus portfólios. Moedas como bitcoin e ethereum fazem parte hoje de diversos fundos negociados em bolsas. O futuro das criptomoedas esteve ameaçado em 2022, quando uma das maiores plataformas de negociação dos ativos — a FTX Exchange — decretou falência. De US$ 32 bilhões a zero: o que aconteceu com a gigante das criptomoedas FTX O fundador da plataforma, Sam Bankman-Fried, foi condenado a 25 anos de prisão por fraudar e roubar clientes e investidores. Mas desde então diversas instituições financeiras abraçaram as criptomoedas — como JP Morgan, Citigroup, Visa e Mastercard— e o bitcoin voltou a subir. Halving do bitcoin: entenda fenômeno que acontece a cada 4 anos Por que bitcoins sobem com vitória de Trump? Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu fazer dos EUA a "capital mundial do bitcoin e da criptomoeda". No passado, Trump chegou a se manifestar contra criptomoedas, mas em junho deste ano ele se reuniu em Palm Beach com líderes dessa indústria e mudou de opinião. “Eu não sou fã de bitcoin ou outras criptomoedas, que não são dinheiro, e cujo valor é altamente volátil, baseado em nada mais que ar", disse Trump em 2019. Depois do encontro em junho, ele falou em "construir um exército de cripto" para ajudar a financiar sua campanha eleitoral. E prometeu não criar um banco central para regular criptomoedas — que é um dos maiores temores da indústria. A abordagem do republicano contrasta fortemente com a do governo do presidente Joe Biden, que liderou uma forte repressão às empresas de criptomoedas nos últimos anos. Trump disse em agosto que "no primeiro dia no governo" demitiria Gary Gensler, presidente da SEC - Security and Exchange Comission (equivalente à Comissão de Valores Mobiliários nos EUA), que é considerado um inimigo pelos entusiastas das moedas digitais. Sob Gensler, a comissão introduziu novas regras para a indústria. Além disso, ele moveu mais de 100 processos contra empresas de criptomoedas. No entanto, Trump não tem o poder para demitir Gensler. O presidente da SEC é eleito pelo voto dos cinco membros do board da comissão. Estes sim, são nomeados pelo presidente em exercício para um mandato de 5 anos. Gensler foi escolhido em fevereiro de 2021. Trump também prometeu criar um “conselho consultivo presidencial de bitcoin e cripto”. “As regras serão escritas por pessoas que amam a sua indústria, não odeiam sua indústria”, disse Trump. O presidente eleito também prometeu durante sua campanha que vai manter ativos do governo em bitcoins. Em julho, o então candidato fez um discurso no qual disse que "por muito tempo nosso governo violou a regra fundamental que todo bitcoiner sabe de cor: nunca venda seu bitcoin”. Trump disse que os EUA vão manter seu nível atual de participações em bitcoin. O governo tem bitcoins por causa da apreensão de ativos de criminosos financeiros. Os EUA e outros países, como a Alemanha, costumam leiloar parte desses bitcoins apreendidos. Alguns leilões promovidos pelos governos fizeram o preço do bitcoin cair. “Se eu for eleito, será política da minha administração, os EUA manterem 100% de todo o bitcoin que o governo dos EUA detém atualmente ou adquire no futuro.” Além disso, o presidente eleito tem se cercado por pessoas que são entusiastas de croptomoedas. Trump disse que planeja colocar o bilionário Elon Musk em cargo de uma auditoria sobre desperdícios do governo. Musk é um defensor das criptomoedas de longa data e sua empresa Tesla investiu US$ 1,5 bilhão em bitcoin em 2021. As ações da Tesla listadas em Frankfurt subiram mais de 14% na abertura na quarta-feira (6/11). Musk, que é o principal acionista da Tesla, apoiou Trump durante toda a sua campanha eleitoral. Veja Mais

Dia amanheceu mais tenso, mas discurso foi mais moderado, diz Haddad sobre vitória de Trump

G1 Economia Trump, de 78 anos, venceu as eleições de terça (5) ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos, aponta projeção da Associated Press (AP). Ele já fez um discurso de vitória. Fernando Haddad avaliou a vitória de Trump O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta quarta-feira (6) que o dia "amanheceu mais tenso" com a vitória do candidato republicano Donald Trump na corrida pela Presidência dos Estados Unidos, mas ele ponderou que há uma distância entre discursos de campanha e o que efetivamente será feito na economia. "Na campanha foram ditas muitas coisas que causam a apreensão não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa. Então, o dia amanheceu, no mundo, mais tenso em função do que foi dito na campanha", argumentou. "Mas entre o que foi dito, e o que vai ser feito — pois isso já aconteceu no passado — as coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas, e o discursos pós-vitória oficiosa, não é oficial ainda, mas após os primeiros resultados, já é um discurso mais moderado do que o da campanha", emendou o ministro. Trump, de 78 anos, venceu as eleições de terça-feira (5) ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos, aponta projeção da Associated Press (AP) desta quarta. Ele já fez um discurso de vitória. A vitória foi anunciada por volta das 7h30 desta quarta, após Trump garantir os 270 delegados necessários para ter sua vitória declarada pela AP. Diversos líderes mundiais e personalidades cumprimentaram Trump. Miriam Leitão analisa discurso da vitória de Donald Trump nas eleições americanas Nesse mesmo contexto, Haddad comentou sobre o impacto da eleição americana no Brasil. "Temos de cuidar da nossa casa qualquer que seja cenário externo. Desde o ano passado, alerto para cautela interna diante do cenário externo", declarou o ministro, que identificou um "fenômeno de extrema direita crescente no mundo", que "não é de agora". "A democracia vai continuar resistindo", declarou. Lula parabeniza Trump Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou Donald Trump pela vitória em uma mensagem publicada em uma rede social. O petista desejou sorte e pregou diálogo e trabalho conjunto pela paz. "Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo", afirmou Lula. Veja Mais

Eleições nos EUA: entenda por que bitcoin disparou acima dos US$ 73 mil com vitória de Donald Trump

G1 Economia Criptomoeda atingiu seu recorde histórico com o resultado das eleições. Trump é um defensor mais ferrenho do mundo cripto do que Harris. Donald Trump participou da conferência Bitcoin 2024, em Nashville. Reuters O bitcoin, criptomoeda mais popular do mundo, dispara nesta quarta-feira (6) e renova seu maior patamar histórico, sendo negociado próximo dos US$ 74 mil, com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Às 08h, o bitcoin registrava alta de cerca 6,50% e era vendido a US$ 73.863. Na máxima do dia, a moeda subiu 8,63%, ultrapassando os US$ 75 mil. No Brasil, a alta da criptomoeda era ainda mais expressiva, de mais de 11%, vendida a quase R$ 443 mil. De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? O efeito da vitória do candidato republicano sobre a democrata Kamala Harris também impulsiona outras criptomoedas pelo mundo, como o ethereum, a solana e a BNB, alguns dos principais criptoativos da atualidade. Isso porque Donald Trump é um defensor mais ferrenho das criptomoedas do que Harris e investidores esperam que o político adote medidas que favoreçam esse mercado durante seu mandato. No fim de julho deste ano, durante sua campanha eleitoral, Trump participou da conferência Bitcoin 2024 e disse aos participantes do evento que eles seriam "muito felizes" com uma eventual vitória sua. "Se a criptografia vai definir o futuro, quero que seja extraída, cunhada e fabricada nos Estados Unidos", disse o republicano. Essa postura favorável às criptomoedas foi uma mudança nos discursos de Trump. Há alguns anos, ele se manifestava publicamente contra esse tipo de ativo. Em um post no X (antigo Twitter) em 2019, Trump afirmou que não era "fã" do bitcoin e de outras criptomoedas, dizendo que esses ativos "não são dinheiro e cujo valor é altamente volátil e baseado no ar". "Ativos criptográficos não regulamentados podem facilitar comportamento ilegal, incluindo comércio de drogas e outras atividades ilegais", disse o republicano à época. A mudança de postura, segundo especialistas ouvidos em reportagem do g1, é consequência de uma mudança do perfil do eleitorado norte-americano, que tem cada vez mais criptomoedas. Donald Trump é eleito presidente dos EUA Dólar também avança pelo mundo Além da disparada do bitcoin, o dólar também avança sobre outras moedas no mundo inteiro nesta quarta, também consequência da eleição de Trump. As promessas de Trump sobre tarifas e imigração são vistas como inflacionárias por analistas, porque devem aumentar os preços dos produtos dentro do país. Isso deve contribuir para uma postura mais restritiva do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode manter as taxas de juros do país em um patamar mais elevado, aumentando o rendimento dos títulos públicos do país — as Treasuries, que são consideradas os ativos mais seguros do mundo —, o que é favorável para o dólar. Veja Mais

Com disparada do dólar e dúvidas sobre contas públicas, BC deve acelerar ritmo de alta e subir juro para 11,25% ao ano, prevê mercado

G1 Economia Decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central será anunciada depois das 18h. Se confirmada, essa será maior elevação dos juros básicos da economia desde maio de 2022, ou seja, em dois anos e meio. Banco Central deve subir os juros pela segunda vez consecutiva nesta semana. Raphael Ribeiro/BCB O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (6) e deve acelerar o ritmo de elevação dos juros básicos da economia. A decisão será anunciada após as 18h. De acordo com projeção do mercado financeiro, a Selic deve subir de 10,75% para 11,25% ao ano, uma elevação de 0,5 ponto percentual. Se confirmado, esse será o segundo aumento seguido, e o maior desde maio de 2022, ou seja, em dois anos e meio. A decisão do Copom sobre o patamar da taxa de juros ocorre em meio à forte alta do dólar, que acumulou aumento, em 2024, de 19,2% até segunda-feira (4) – cotado a R$ 5,78. Segundo analistas, esse é mais um fator a pressionar a inflação. De maneira geral, a taxa de câmbio pode ter influência nos preços domésticos em diferentes frentes, como por meio da importação de produtos e insumos ou mesmo pela equiparação dos preços praticados no Brasil com o mercado internacional. Dólar comercial fecha no valor mais alto desde maio de 2020 Eleições americanas A pressão sobre o dólar, por sua vez, decorre de fatores externos, como as eleições nos Estados Unidos, e internos — a dúvida dos investidores sobre o ajuste das contas públicas. A eleição nos EUA, segundo analistas, tem o potencial de pressionar ainda mais a moeda norte-americana no caso de vitória do candidato republicano Donald Trump, que promete medidas protecionistas para frear as importações — resultado no menor ingresso de divisas no Brasil. No campo doméstico, o mercado aguarda, reticente, a equipe econômica finalizar e anunciar propostas de cortes de gastos. O objetivo é manter de pé o arcabouço fiscal, a regra atual para as contas públicas — sem a qual cresce a percepção descontrole fiscal e alta maior no endividamento. O Banco Central também tem citado o aumento de gastos públicos com um fator que pressiona a inflação, juntamente com atividade econômica em alta e um mercado de trabalho aquecido. "Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo [de alta do juro], avançando mais rapidamente em território contracionista", avaliou o Itaú, em comunicado. Como as decisões são tomadas Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o Banco Central olha para o futuro, e não para a inflação corrente, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, a instituição já está mirando na meta considerando o próximo ano, e o primeiro semestre de 2026. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%; A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida; Na semana passada, os economistas do mercado financeiro estimaram que a inflação de 2024 somará 4,59% (acima do teto da meta anual) e, a de 2025, 4,03%, e de 3,61% em 2026. Em setembro, o Banco Central estimou que as projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência estavam em 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% em 2026. Efeitos na economia De acordo com especialistas, uma taxa de juros maior no Brasil tende a ter algumas consequências na economia. Veja abaixo algumas delas: ?? Reflexo nos juros bancários: a tendência é que a alta da queda da Selic influencie as taxas cobradas dos clientes bancários. Em setembro, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas somou 39,9% ao ano, o maior nível desde junho de 2024 (40% ao ano). ??Crescimento da economia: com juros mais altos, a expectativa é de um comportamento mais contido do consumo da população e, também, de mais dificuldades aos investimentos produtivos, impactando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda. Nos últimos meses, porém, os dados de atividade têm surpreendido positivamente. ?? Piora das contas públicas: juros mais altos também desfavorecem as contas públicas, pois aumentam as despesas com juros da dívida pública. Em doze meses, até agosto de 2024, a despesa com juros somou R$ 854 bilhões (7,55% do PIB). ??Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, porém, terão um rendimento maior, com o passar do tempo, do que seria registrado com juros mais baixos. Isso pode contribuir para diminuir a atratividade do mercado acionário. Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.793: ninguém acerta as seis dezenas e prêmio acumula em R$ 140 milhões

G1 Economia Veja os números sorteados: 07 - 09 - 25 - 37 - 57 - 59 . A quina teve 222 apostas ganhadoras e cada uma vai levar mais de R$ 36 mil. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 3 Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do sorteio do concurso 2.793 da Mega-Sena, realizado na noite desta terça-feira (5), em São Paulo. O prêmio acumulou e para o sorteio da quinta-feira (7), o prêmio será de R$ 140 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 07 - 09 - 25 - 37 - 57 - 59 Veja quantas apostas foram premiadas no concurso 2793: 5 acertos: 222 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 36.233,07; 4 acertos: 14.183 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 810,19. O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (7). Resultado do sorteio 2793 da Mega-Sena Divulgação Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Dólar abre em alta em dia de eleições nos EUA

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou com queda de 1,48%, cotada a R$ 5,7831. Já o principal índice de ações da bolsa de valores, encerrou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos. freepik O dólar abriu em alta nesta terça-feira (5), dia de eleições nos Estados Unidos, nas quais se enfrentam a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. Essa é a eleição mais incerta da história da maior economia do mundo e isso se refletiu no preço do dólar nos últimos dias, que avançou frente a várias moedas, principalmente de países emergentes, inclusive o real. As pesquisas mostram um cenário de empate técnico entre os dois candidatos, mas as apostas do mercado financeiro são de uma vitória de Trump — embora, nos últimos dias, a vantagem do republicano sobre Harris tenha diminuído. Trump defendeu durante toda sua campanha a taxação de produtos importados nos Estados Unidos, além de outra medidas de protecionismo econômico — o que aumentou as perspectivas de que, em um governo dele, a inflação poderia subir, elevando os juros e isso levou a uma disparada do dólar pelo mundo. Kamala ou Trump: como afetam a economia brasileira e quais os impactos no dólar, bolsa e juros Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Às 09h10, o dólar subia 0,16%, cotado a R$ 5,7925. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda caiu 1,48%, cotada a R$ 5,7831, depois de tingir o segundo maior patamar da história na semana passada. No dia 13 de maio de 2020, a moeda americana chegou aos R$ 5,9007, seu recorde. Com o resultado, acumulou: queda de 1,48% na semana; avanço de 0,03% no mês; ganho de 19,18% no ano. O Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos. Na véspera, o índice encerrou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos. Com o resultado, acumulou: avanço de 1,87% na semana; ganhos de 0,62% no mês; recuo de 2,74% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? No exterior, enquanto aguarda pelo fim das eleições, o mercado norte-americano não conta com grandes divulgações de dados econômicos neste pregão, com as atenções voltadas apenas ao cenário político. Em reportagem do g1, especialistas explicam que tanto Kamala Harris quanto Donald Trump podem trazer impactos para a economia brasileira com suas políticas. No entanto, com as propostas apesentadas até aqui, a expectativa é que uma vitória de Trump pressionaria mais o dólar em detrimento do real. Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos Estados Unidos, diminuindo o comércio com a China. "Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa. Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras", explicou ao g1 Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional. Esse cenário poderia mexer com a balança comercial brasileira, diminuindo o nível de exportações, o que reduziria a reserva de dólares e poderia pressionar ainda mais a inflação. As eleições americanas acontecem nesta terça-feira (5) e os resultados devem ser divulgados nos próximos dias. Ainda nos Estados Unidos, na quinta-feira, o Fed volta a se reunir para decidir suas novas taxas de juros, atualmente entre 4,75% e 5,00% ao ano, depois de um corte de 0,50 ponto percentual na última reunião, em setembro. O mercado aposta numa continuidade do ciclo de cortes nos juros, mas em maior magnitude, com uma redução de 0,25 ponto percentual. No Brasil, há expectativas de que haja algum avanço nas discussões sobre os cortes de gastos públicos. O governo federal realiza, nesta terça, uma nova série de reuniões para tentar fechar um pacote de corte de gastos, depois do mercado se frustrar com a falta de um anúncio na última semana. Segundo o Ministério da Fazenda, a Casa Civil vai chamar ministérios para discutir a situação fiscal do país e as propostas de corte de despesas. O governo não indicou quais pastas serão convocadas. Ao longo dos próximos dias, ainda, o mercado aguarda pela decisão do Copom, com expectativa de que o Comitê eleve em até 0,50 ponto percentual a taxa Selic, a um patamar de 11,25% ao ano. Juros maiores são uma tentativa do BC de conter o avanço da inflação. No Boletim Focus deste semana — um relatório do BC que reúne as projeções de economistas do mercado para os principais indicadores econômicos do país — as projeções para a inflação voltaram a subir, pela quinta semana consecutiva. Agora, o mercado passou a prever a inflação a 4,59% no fim de 2024, ultrapassando o limite da meta inflacionária para o ano. A meta do BC é de 3,00%, com a inflação podendo oscilar entre 1,50% e 4,50% para ser considerada oficialmente cumprida. Veja Mais

Com desemprego baixo e bolsa em alta, por que americanos acham que economia vai mal com Biden e Kamala?

G1 Economia Dificuldade que a vice-presidente Kamala Harris tem enfrentado para crescer nas intenções de votos apesar dos bons indicadores econômicos levanta a questão: Será que o americano deixou de votar com o bolso? Apesar dos indicadores positivos, americanos acham que economia vai mal Reuters via BBC Inflação desacelerando, desemprego relativamente baixo, índices da bolsa de valores em alta e juros básicos em queda pela primeira vez desde maio de 2022. Olhando essa fotografia, o desempenho da economia americana deveria ter dado à vice-presidente Kamala Harris uma vantagem mais confortável em sua corrida à Casa Branca. A disputa entre ela e o republicano Donald Trump se desenha, entretanto, como a mais apertada da história dos EUA. Bons indicadores econômicos tradicionalmente beneficiam o presidente ou partido que tenta a reeleição. Nos EUA, essa ideia é resumida em uma frase que ficou famosa com James Carville, conselheiro político do ex-presidente Bill Clinton, mas que é uma velha conhecida dos analistas políticos: "It’s the economy, stupid!" ("É a economia, estúpido", em tradução literal). Por isso, à primeira vista, a corrida eleitoral de 2024 nos EUA parece apresentar um paradoxo. O americano deixou de votar com o bolso? A resposta é curta é não, segundo os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil. A economia, eles dizem, continua ocupando um papel central no comportamento dos eleitores americanos, mas para entender o que está acontecendo é preciso ir além dos grandes indicadores macro. LEIA MAIS Kamala ou Trump: como afetam a economia brasileira e quais os impactos no dólar, na bolsa de valores e nos juros Eleições EUA: entenda a importância dos estados-pêndulo 'É a inflação, estúpido' Mesmo com a inflação mais comportada, a alta de preços é uma das principais queixas dos eleitores americanos. Aparece no topo da lista de reclamações nas entrevistas realizadas pelo instituto de pesquisa AtlasIntel e é citada como o maior problema dos Estados Unidos hoje. "Economia" vem em segundo lugar. "Inflação é um indicador que impacta muito a percepção do público, mais até do que outros dados econômicos, porque afeta todo mundo a toda hora", diz Pedro Azevedo, analista-chefe de Estados Unidos da AtlasIntel. "Você lembra dela quando vai abastecer o carro, quando vai no mercado." Os preços dispararam nos EUA durante a pandemia. Inicialmente, porque o fechamento de portos e outras restrições colocadas pela emergência sanitária impactaram a produção e a distribuição de diversos produtos. Em um segundo momento, por conta do generoso pacote de estímulos aprovado pelo governo, o qual chegou às famílias americanas, entre outras vias, pelo auxílio emergencial. No jargão dos economistas, esses foram choques de oferta e demanda, respectivamente, que se combinaram em uma inflação explosiva. Em junho de 2022, o índice anual bateu 9,1%, o maior nível desde novembro de 1981. De lá para cá, vem desacelerando, tendo atingido 2,4% no último mês de setembro. Mas, quando se trata de inflação, o que é considerado boa notícia não chega ao bolso automaticamente. A desaceleração significa que o que já está mais caro vai encarecer em ritmo um pouco mais lento daqui pra frente. Não há redução no nível de preços. "O americano médio não lê as estatísticas de inflação", afirma Steven Kamin, pesquisador sênior do think tank (centro de estudos) American Enterprise Institute. "Ele não vai fazer uma distinção conceitual entre nível de preços e taxa de variação. O que ele sabe é que os preços no supermercado estão altos", completa o especialista, que teve uma longa carreira no Federal Reserve (FED), o banco central americano. "Pode até estar havendo uma recuperação, mas o que conta é que muitas pessoas sentem que estão mais 'pobres' do que ontem", pondera José Francisco de Lima Gonçalves, professor aposentado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e economista-chefe do Banco Fator. Por um período entre 2021 e 2022, os salários nos EUA chegaram a crescer menos que a inflação, conforme os dados do Bureau of Labor Statistics (agência responsável pela divulgação dos dados de mercado de trabalho). A perda do poder de compra, contudo, vai além desse intervalo. Isso porque as estatísticas oficiais só traduzem uma parte do fenômeno, aquele que aparece nos grandes números, na média. Mas cesta de consumo (e, por consequência, a inflação) varia entre uma família e outra — algumas pagam aluguel, outras gastam mais em alimentos e serviços essenciais do que em bens e lazer, por exemplo. Isso ajuda a explicar porque muitos americanos ainda se queixam de que a renda hoje compra menos do que antes. A percepção negativa sobre inflação também contamina outros indicadores, acrescenta Azevedo. O governo Joe Biden-Kamala Harris tem mantido níveis expressivos de geração de emprego, e no entanto muitos americanos estão pessimistas com o mercado de trabalho porque sentem que os reajustes nos salários não foram suficientes para compensar o aumento no custo de vida. O economista-chefe para Estados Unidos da consultoria Oxford Economics, Bernard Yaros, chama o aumento do custo de vida de "o zeitgeist do ciclo eleitoral de 2024". Em um relatório enviado a clientes no fim de outubro, ele reiterou que o tema é disparado a principal preocupação dos eleitores, à frente de assuntos como saúde, controle de armas, segurança, aborto, educação e mudanças climáticas. Para Yaros, a percepção sobre inflação é o que deve definir o voto em muitos dos Estados-pêndulo (que oscilam entre democratas e republicanos) e, portanto, o resultado da eleição. Natuza Nery: Relação entre EUA e Brasil não deve mudar muito após a eleição americana Sonho americano, pessimismo e polarização A economia continua sendo um ponto central para os eleitores americanos e, não por acaso, tem protagonizado os discursos e propostas tanto de Kamala Harris, que chegou a sugerir uma espécie de controle de preços para evitar aumentos abusivos, quanto de Donald Trump. Em um comício em Las Vegas na reta final da campanha no último dia 24 de outubro, ele abriu o evento com uma provocação sobre o tema: "Vocês estão em melhor situação do que quatro anos atrás? Acho que não." A cidade é um dos epicentros de um problema que está lateralmente conectado ao aumento do custo de vida, mas que ganhou vida própria por conta da gravidade e que afeta diferentes regiões do país: a dificuldade de acesso a moradia. Entre 2019 e 2023, o aluguel na região metropolitana de Las Vegas subiu em média 34%, enquanto os salários avançaram 14%, segundo os dados compilados pela plataforma de compra, venda e aluguel de imóveis Zillow. A crise de moradia entra em uma reflexão mais ampla sobre a percepção dos americanos sobre seu bem-estar, qualidade de vida e acesso a oportunidades. Nas últimas três décadas, a economia do país passou por profundas transformações: a indústria perdeu importância, parte da produção foi reorientada principalmente para a Ásia e os serviços passaram a ser o principal motor de crescimento. Em paralelo, países como a China viram suas economias crescerem e ganharem importância geopolítica. Os EUA continuam sendo o país mais rico do mundo, mas perderam o protagonismo e a influência que tiveram no pós-Segunda Guerra e no período logo depois do colapso da União Soviética. Esse novo mundo significou uma vida melhor para uma parte da população, diz Gonçalves, mas pior para outra. "A classe média americana, da maneira como se consolidou no pós-guerra e virou o exemplo pro mundo — ter automóvel, casa própria, bem de consumo durável, tirar férias uma vez por ano… Esse padrão deles não existe mais", avalia o economista. Eleições EUA: empate técnico em quase todos os estados-pêndulo Estudar, ele exemplifica, está mais caro para muitos americanos, e não traz o mesmo retorno financeiro; o acesso à saúde, pior. O aprofundamento das desigualdades na última década tornou menos palpável o sonho americano, a ideia de que sucesso e prosperidade estão acessíveis a todo mundo, basta se esforçar. "Hoje, pra muita gente, o pensamento é: 'Não vem com essa de esforço não! Eu me esforço faz décadas e nada está acontecendo'", ilustra o professor. É um sentimento que gera pessimismo, e que é explorado por Donald Trump com uma promessa de retorno ao passado — não por acaso, seu slogan de campanha é Make America Great Again ("Faça a América grande de novo", em tradução literal). Nesse sentido, a profunda polarização que dividiu os EUA na última década também afeta a percepção do eleitor, a depender em que lado ele está, diz Pedro Azevedo, da AtlasIntel. Ele usa como exemplo o próprio tema da economia. No dado agregado, 28% dos entrevistados pelo instituto avaliam a situação como boa, e 53%, como ruim. Quando se olha apenas para democratas, 57% avaliam positivamente a economia e 14% dizem que ela vai mal; já entre republicanos, apenas 5% dizem que a economia vai bem, enquanto 88% analisam negativamente. É natural que eleitores tendam a avaliar negativamente partidos de oposição, mas esse nível de polarização, diz ele, é algo recente, da última década, e também ajuda a explicar o mau humor dos americanos com a economia. Veja Mais

Fiat Strada é o carro mais vendido do Brasil, e Polo se aproxima; veja o top 10

G1 Economia De janeiro a outubro, o país registrou 2,1 milhões novos emplacamentos, um aumento de 14,9% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (4) pela Fenabrave. Fiat Strada divulgação/Fiat A Fiat Strada segue como líder da lista dos carros zero km mais vendidos do Brasil em 2024, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta segunda-feira (4). A liderança da Fiat Strada começou em 2021 e não parou até hoje. No acumulado de janeiro a outubro, foram emplacadas 116.090 unidades da picape. A Strada voltou a ser ameaçada pelo Volkswagen Polo. Neste mês, o hatch compacto vendeu 2,2% mais que a picape. Em 2024, o Polo foi o mais vendido em março, abril, junho e outubro. A Fiat Strada dominou as vendas em janeiro, fevereiro, maio, julho, agosto e setembro. Veja a lista de mais vendidos até o outubro. Fiat Strada: 116.090 unidades; Volkswagen Polo: 111.998 unidades; Chevrolet Onix: 77.521 unidades Hyundai HB20: 74.786 unidades; Fiat Argo: 73.784 unidades; Volkswagen T-Cross: 64.538 unidades; Hyundai Creta: 56.697 unidades; Fiat Mobi: 56.175 unidades; Chevrolet Tracker: 54.690 unidades; Nissan Kicks: 51.752 unidades. No total, os brasileiros já compraram 2.123.654 veículos novos em 2024, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte, e desconsidera implementos rodoviários. Isso representa uma alta de 14,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram emplacados 1.846.821 veículos novos. Resultados do mês Em outubro, o país emplacou 264.936 veículos novos. Trata-se de um crescimento de 12,1% em relação ao mês de setembro, quando foram registradas 236.343 unidades. “O mês de outubro foi, de fato, excelente, com crescimento para todos os segmentos. O cenário permanece favorável ao crédito e, por isso, estamos caminhando em direção aos números projetados pela Fenabrave, que prevê alta de 16,8% para todo o setor, no ano de 2024”, disse Andreta Jr., presidente da Fenabrave. O líder no mês foi o Volkswagen Polo, com mais de 14 mil emplacamentos. Veja abaixo a lista mensal. Volkswagen Polo: 14.969 unidades; Fiat Strada: 14.641 unidades; Hyundai HB20: 10.795 unidades; Fiat Argo: 9.312 unidades; Volkswagen T-Cross: 9.176 unidades; Chevrolet Onix: 8.868 unidades Hyundai Creta: 7.761 unidades; Chevrolet Tracker: 6.841 unidades; Nissan Kicks: 6.610 unidades. Fiat Mobi: 6.504 unidades; Volkswagen Nivus: 5.772 unidades. Veja Mais

Concurso dos Correios: cerca de 1,7 milhão de candidatos se inscreveram no exame

G1 Economia Número superou o total de inscritos da última edição nacional do concurso, em 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se cadastraram para mais de 9 mil oportunidades. Cerca de 1,7 milhão de candidatos já se inscreveram para o novo concurso dos Correios Mauricio Prestes da Motta/Divulgação Cerca de 1,7 milhão de candidatos se inscreveram para o novo concurso dos Correios, afirmou a estatal no último sábado (2). As inscrições terminaram na segunda-feira (28). O número supera o total de inscritos do último concurso em âmbito nacional dos Correios, em 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se cadastraram para as mais de 9 mil oportunidades. Agora, a seleção vai preencher 3.511 vagas imediatas, sendo 3.099 de nível médio, para o cargo de carteiro, e 412 de nível superior, em várias áreas. Segundo os Correios, mais de 1,5 milhão estão inscritos para o cargo de nível médio, cujo salário inicial é de R$ 2.429,26, mais uma série de benefícios, e as vagas estão distribuídas por todo o país. Outras 111 mil pessoas se inscreveram para os cargos de nível superior, com salário inicial é de R$ 6.872,48. Ainda de acordo com os Correios, cerca de 160 mil pessoas tiveram a isenção aprovada. ? Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp. O Concurso Nacional Unificado (CNU), que ocorreu pela primeira vez em agosto deste ano, é o recordista em número de inscritos no país. Foram 2,1 milhões, mas apenas 970 mil candidatos compareceram às provas. Com 6.640 vagas, o "Enem dos concursos" centralizou em uma única prova os concursos autorizados para a seleção de servidores públicos em 21 órgãos do governo federal. Antes disso, o concurso com mais inscritos era o do Banco do Brasil, realizado em 2021. Na época, 1,6 milhão de pessoas se inscreveram para concorrer a 2 mil vagas de escriturários. LEIA TAMBÉM: Bons benefícios, prova 'fácil': por que o concurso dos Correios era tão esperado? Concurso dos Correios: salário de carteiro pode até dobrar com benefícios e adicionais “Tantas pessoas com interesse em trabalhar nos Correios comprova que estamos no caminho certo para o fortalecimento da empresa. Até o fim do ano, projetos importantes serão anunciados e o investimento em força de trabalho é fundamental para essa nova fase da empresa”, afirma o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos. G1 em 1 Minuto: Concurso dos Correios: o que faz o carteiro Cargos, salários e mais Os Correios não realizavam um concurso público em âmbito nacional desde 2011. Agora, a seleção vai preencher 3.511 vagas imediatas, que foram divididas em dois editais: 3.099 das vagas são para o cargo de carteiro (agente de Correios), com salário inicial de R$ 2.429,26. Veja o edital. A carreira é de nível médio, ou seja, exige que o candidato apresente, após a aprovação, o certificado de conclusão ou diploma do ensino médio (colegial), mas ele não precisa ter feito faculdade. 412 oportunidades são para analista de Correios, de nível superior, e têm salários iniciais de R$ 6.872,48. Veja o edital. Nesse caso, os cargos são de várias especialidades diferentes e exigem que o candidato tenha formação na área em que vai atuar. Há vagas para advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro. Tanto para os funcionários da carreira de nível médio como para os de nível superior, os Correios oferecem um vale-alimentação/refeição de aproximadamente R$ 1,4 mil, além de benefícios como vale-transporte, auxílio-creche e possibilidade de adesão ao plano de saúde. ???? As oportunidades estão distribuídas em várias cidades em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. (veja o mapa) E, do total de vagas a serem preenchidas, 30% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 10% para pessoas com deficiência. Para concorrer a essas oportunidades, os candidatos precisaram enviar alguns documentos de comprovação. As provas terão 50 questões de múltipla escolha. Os candidatos aos cargos de nível superior terão também que escrever uma redação. Veja abaixo: O que estudar para as provas; Qual é o perfil da banca IBFC. Proximo passos No dia 26 de novembro, serão divulgadas as inscrições efetivadas, separadas por ampla concorrência e vagas reservadas. E quem tiver a participação negada poderá entrar com recurso das 10h do dia 27 até as 17h do dia 28. O edital de convocação para as provas, com o nome dos candidatos, será publicado no dia 6 de dezembro. Os locais de aplicação serão divulgados no dia 9, e o exame está previsto para 15 de dezembro. Mais informações podem ser encontradas no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), a banca responsável pelo concurso. Correios lançam edital pra mais de 3 mil vagas com salários de até R$ 6 mil Veja Mais

Soft skills: quais são as 17 habilidades socioemocionais mais buscadas por empregadores (e como aprimorá-las)

G1 Economia Os empregadores não olham apenas para habilidades específicas ao contratar pessoas. Soft skills são as habilidades que temos de cooperar e se relacionar com os outros. Getty Images via BBC As empresas sempre buscam pessoas que, além de possuir competências técnicas e profissionais, tenham também habilidades socioemocionais que são desenvolvidas ao longo da vida, as chamadas soft skills, em inglês. São vários atributos pessoais que facilitam a colaboração e o relacionamento com os demais. Esses atributos estão intimamente relacionados ao comportamento humano e à inteligência emocional, o que permite que executivos, líderes ou administradores de empresas gerenciem suas próprias emoções e influenciem positivamente as pessoas, evitando ser um líder que pode ofuscar o desempenho profissional. Estas competências são difíceis de medir, mas o seu impacto e benefícios são reais nas empresas. Afinal de contas, o mundo empresarial está sujeito a constantes mudanças e à necessidade de adaptação ao que o mercado exige. Soft skills e a busca por empregos Algumas habilidades socioemocionais fazem candidatos se destacarem na busca por emprego. Getty Images via BBC Para descobrir o que empregadores querem em termos de competências interpessoais, nós analisamos plataformas como Linkedin, Even, OCC, Computrabajo e o governo do México. Segundo a nossa análise, estas são as que mais se repetiram nas ofertas de emprego na área empresarial: Liderança. Saber direcionar um grupo de maneira positiva. Inteligência emocional. Conseguir conhecer pessoas e interagir com elas para melhorar seu relacionamento e habilidades de comunicação. Pensamento crítico e estratégico. Argumentar criticamente as decisões que são tomadas para conduzir a empresa a um plano estratégico. Criatividade e inovação. Inovar e ser criativo nos processos de melhoria contínua. Ética profissional. Reflexo do comportamento, princípios e integridade da pessoa. Comunicação eficaz. Transmitir ideias e conhecimentos de forma clara e simples, podendo ser verbal ou escrita. Trabalho em equipe. Disposição para trabalhar com um grupo de pessoas para alcançar um objetivo comum. Resolução de problemas ou conflitos. Saber analisar e avaliar soluções para imprevistos de forma organizada e metódica. Adaptabilidade. Você deve ser uma pessoa flexível e receptiva para se ajustar efetivamente a novas circunstâncias. Gerenciamento de tempo. Saber organizar o tempo de forma eficiente usando ferramentas ao planejar e maximizar a produtividade do negócio. Negociação. É a capacidade de chegar a um acordo mútuo entre duas partes sobre questões de interesses divergentes para obter benefícios comuns. Empatia. Capacidade de compreender e responder às exigências das equipes de trabalho e do mercado Orientação ao cliente. Focar nas necessidades e expectativas dos clientes, criando valor agregado aos produtos. Cumprimento de metas. Capacidade de atingir metas de acordo com o planejamento, execução e monitoramento de ações estratégicas. Mentoria e coaching. Capacidade de orientar e aconselhar pessoas com menos experiência a melhorar seu desempenho na superação de obstáculos. Proatividade. Saber antecipar problemas ou necessidades e tomar a iniciativa de agir e gerar mudanças imprevistas assumindo um papel ativo. Responsabilidade e honestidade. Cumprir as obrigações e deveres atribuídos de forma transparente, sincera, íntegra e sem erros. É possível demonstrar essas habilidades? É importante usar ferramentas de autodiagnóstico para identificar habilidades interpessoais. Getty Images via BBC Por décadas, a qualificação técnica e o conhecimento específico de uma área eram considerados pilares importantes na contratação de pessoal. Essas habilidades são demonstráveis ??com diplomas universitários, cartas de recomendação e experiências de trabalho anteriores. Mas como podemos demonstrar as nossas competências interpessoais e como os empregadores conseguem verificar isso? Especialistas recomendam realizar um autodiagnóstico para nos conhecermos melhor. Mesmo os recrutadores também podem utilizar este tipo de diagnóstico para avaliar as soft skills de seus candidatos. Como melhorar as soft skills Ferramentas podem ser utilizadas para se desenvolver as soft skills. Getty Images via BBC Para fortalecer ou desenvolver essas habilidades, é importante continuar se atualizando constantemente, participando de workshops, seminários, treinamentos, desenvolvendo o pensamento crítico — realizando uma análise de autoconhecimento, em constante feedback para o crescimento pessoal e profissional. Terminamos com algumas palavras do especialista americano Stephen R. Covey: “As soft skills são a verdadeira diferença entre um profissional competente e um líder excepcional. Ao desenvolver estas competências, nos conectamos com outras pessoas em um nível mais profundo e autêntico, permitindo influenciar positivamente os outros e alcançar resultados excepcionais em qualquer ambiente de trabalho.” *Sergio Franco Casillas é professor de tecnologias da informação na Universidade de Guadalajara. Claudia Islas Torres é professora-pesquisadora, coordenadora do Mestrado em Processos Inovadores em Aprendizagem da CUAltos, Universidade de Guadalajara. E Cristina Lizbeth Delgado Richarte, é estudante de Administração no Centro Universitário de los Altos. *Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original e ver links para os estudos citados. LEIA TAMBÉM: 'Não ensinam isso na escola': como jovens da periferia apostam nas 'soft skills' para impulsionar carreira Por que brasileiros que emigram preferem EUA, Portugal e Canadá, segundo LinkedIn VEJA MAIS EM: Vagas fantasmas: O que são? Por que empresas utilizam? Como identificá-las? 'Workation': conheça a tendência que une viagem de lazer ao trabalho Veja Mais

Setor de pesca movimenta mercado de iscas no interior de SP

G1 Economia Uma criação diferente, mas, que tem movimento o mercado com o público apaixoando por pesca esportiva. Criador de iscas vivas se destaca na região noroeste do estado de São Paulo. Criador de iscas vivas se destaca no interior de São Paulo Reprodução/TV TEM Uma criação um pouco diferente, mas com um público específico. O senhor Walter Roberto Schinelo, antigo proprietário de um pesque-pague em Mirassol (SP), transformou o local para a produção de iscas vivas, como minhocas e lambaris. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em sua propriedade, o senhor Walter mantém quatro galpões dedicados para a criação de minhoca "Gigante Africana", espécie que pode alcançar até 40 centímetros de comprimento. Além disso, ele conta com locais para o criação de lambaris, que também servem como isca para a pesca esportiva. Uma transformação que começou há mais de 16 anos, quando o produtor observou um potencial rentável de negócio. "Eu tinha um canteiro simples para o pesque-pague, até que um cliente de uma casa de iscas me mostrou que o mercado estava disposto a pagar bem por esse tipo de produto", relata ele. A produção de minhocas é feita em um composto orgânico específico, mantido em locais escuros e com tela para proteger contra predadores. O manejo, segundo Walter, é simples, mas requer cuidados como a oxigenação do solo e o controle de nutrientes, que inclui folhas, esterco bovino e restos vegetais. Com os lambaris, que passa por um processo de reprodução e crescimento em tanques de engorda até atingir o tamanho ideal para comercialização. Veja a reportagem exibida no programa em 03/11/2024: Setor de pesca movimenta mercado de iscas no interior de SP VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Dia 20 agora é feriado nacional: veja as possibilidades de folga em novembro

G1 Economia Antes, o Dia da Consciência Negra não era considerado feriado nem ponto facultativo, mas a mudança foi aprovada em novembro do ano passado. Confira os direitos dos trabalhadores. Mulheres com turbantes em evento de comemoração ao Dia da Consciência Negra, no Rio de Janeiro Fernando Frazão/Agência Brasil Neste ano, pela primeira vez, o dia 20 de novembro será feriado nacional. Na data, que marca a morte do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, é celebrado o Dia da Consciência Negra. Até o ano passado, a folga para o trabalhador neste dia dependia de leis municipais ou estaduais. Pelo menos seis estados e aproximadamente 1,2 mil cidades já reconheciam a data como feriado. Mas, em 29 de novembro de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que declarou o dia 20 feriado nacional. A medida foi sancionada pelo presidente Lula em dezembro. Neste mês, além do Dia da Consciência Negra, que cai numa quarta-feira, haverá um feriado prolongado: o Dia da Proclamação da República (15 de novembro), numa sexta. O primeiro feriado do mês, Dia de Finados (2 de novembro), foi num sábado. Abaixo, o g1 explica os direitos dos trabalhadores nessas datas, a partir das seguintes perguntas: Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Quais são os meus direitos? Remuneração em dobro ou folga? Quem define? Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? Como funciona no caso do trabalhador intermitente? Qual é o próximo feriado de 2024? Sábado é dia útil? Veja o que diz a lei 1. Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Sim. Apesar de o artigo 70 da CLT proibir atividades profissionais durante feriados nacionais, a legislação abre exceções para serviços considerados essenciais, como setores de indústria, comércio, transportes, comunicações, serviços funerários, atividades ligadas à segurança, entre outros. Além disso, o empregador pode solicitar que o funcionário trabalhe durante o feriado quando houver uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é um acordo antecipado feito entre empregadores e sindicatos. 2. Quais são os meus direitos? A legislação trabalhista brasileira determina que o trabalho exercido durante os feriados deve ser remunerado em dobro, a não ser que o empregador ofereça uma folga compensatória, explica o advogado trabalhista Luís Gustavo Nicoli. 3. Remuneração em dobro ou folga? Quem define? A definição do tipo de compensação (seja através do pagamento em dobro ou concessão de folga compensatória) geralmente é determinada durante o acordo que é feito entre empregador e sindicato. Na ausência da Convenção Coletiva de Trabalho, a decisão pode ser negociada entre empregador e funcionário. No entanto, é importante que as duas partes estejam de acordo e que a compensação escolhida esteja em conformidade com a legislação. 4. Faltei ao trabalho apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? Depende. A falta, diante da determinação do empregador para o comparecimento, poderá ser entendida como insubordinação, que é a desobediência a um superior. "Mas a dispensa por justa causa, em geral, não decorre de um fato isolado, mas de um comportamento faltoso de forma reiterada", afirma Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista. Com isso, a demissão por justa causa geralmente segue um processo que deve incluir uma soma de advertências escritas e tentativas de correção de comportamento. 5. As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? As regras básicas sobre trabalho em feriados aplicam-se tanto a empregados fixos quanto temporários, incluindo o direito ao pagamento em dobro ou folga compensatória. No entanto, contratados por meio de contratos de trabalho temporário podem ter pré-condições específicas. 6. Como funciona no caso do trabalhador intermitente? Para o trabalhador que é contratado em regime de trabalho intermitente (previsão legal inserida na CLT pela Reforma Trabalhista de 2017), o pagamento em feriados deve ser acordado no momento da admissão. O contrato de trabalho intermitente deve especificar o valor da hora de trabalho, que já deve considerar os adicionais devidos por trabalho em feriados ou horas extras. Dessa forma, o trabalhador intermitente receberá o valor que foi combinado para os dias trabalhados, incluindo feriados, aponta o advogado Luís Nicoli. 7. Qual é o próximo feriado de 2024? Após o mês de novembro, o próximo feriado nacional será o Natal, em 25 de dezembro. Porém, a data cai em uma quarta-feira, o que pode dificultar uma possibilidade de emenda. LEIA TAMBÉM 13º salário: quanto vale, quando cai na conta e quem tem direito à primeira parcela de 2024 Vagas fantasmas: O que são? Por que empresas utilizam? Como identificá-las? VEJA MAIS Entenda tudo sobre o 13º salário Vagas fantasmas: O que são? Por que empresas utilizam? Como identificá-las? Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.795: aposta de Cuiabá acerta sozinha as seis dezenas e leva R$ 201 milhões

G1 Economia Veja os números sorteados: 13 - 16 - 33 - 43 - 46 - 55. A quina teve 242 apostas ganhadoras e cada uma vai levar mais de R$49 mil. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 3 Uma aposta de Cuiabá (MT) acertou as seis dezenas do sorteio do concurso 2.795 da Mega-Sena, realizado na noite deste sábado (9), em São Paulo, e levou R$ 201.963.763,26. O prêmio pago será um dos 10 maiores da história. A lista considera os concursos regulares da Mega — ou seja, não inclui a Mega da Virada. (veja o ranking no fim da reportagem) Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 13 - 16 - 33 - 43 - 46 - 55 Veja quantas apostas foram premiadas no concurso 2.795: 6 acertos: 1 aposta ganhadora, R$ 201.963.763,26 5 acertos: 242 apostas ganhadoras, R$ 49.426,51 4 acertos: 19.146 apostas ganhadoras, R$ 892,48 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (12). Números sorteados do concurso 2795 da mega-sena. Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

+Milionária pode pagar R$ 21 milhões neste sábado

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes da +Milionária Rafael Leal /g1 O concurso 197 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 21 milhões para quem acertar a combinação de seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (9), em São Paulo. No concurso da última quarta-feira (6), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. Veja Mais

Censo: Pará ocupa 4° lugar em número de favelas e comunidades urbanas no Brasil, aponta IBGE

G1 Economia Estado também é terceiro com maior número de pessoas vivendo em favelas e só na capital, mais da metade da população vive nessa situação. Levantamento analisou condições de saneamento básico. Pará é o Estado com maior número de pessoas vivendo em favelas O Pará ocupa o 4° lugar em quantidade de favelas e comunidades urbanas no Brasil, de acordo com o Censo Demográfico 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado também é terceiro com maior número de pessoas vivendo em favelas. Além disso, a capital paraense têm mais da metade da população vivendo em favelas, ainda segundo o Censo O levantamento analisou informações sobre a população residente por sexo, idade, cor ou raça, domicílios e condições de saneamento básico. O estado só fica atrás apenas do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. Bairro do Jurunas/Condor em Belém Paulo Cezar / Ag. Pará Dentre os 1,9 milhão de habitantes que residem em Belém, Ananindeua, Marituba e Benevides 57,1% vivem em baixadas ou periferias, como são conhecidas na região norte do Brasil. Apenas na capital, foram identificadas um total de 214 favelas e comunidades urbanas, que abrigam uma população de 745.140 pessoas. Os dados mostram que as maiores regiões periféricas são: Baixada da Estrada Nova Jurunas (43 mil) Baixada da Condor (31 mil) Baixada do Guamá (25 mil) Bacia do Una-Pedreira (24 mil) Bacia do Una-Telegráfo (24 mil) Paar (23 mil) Bacia do Una-Barreiro (22 mil) Montese Tucumduba (17 mil) Bacia Tucumduba Guamá (16 mil) LEIA TAMBÉM Pará tem 80,9 mil indígenas Pará tem maior concentração de pessoas pardas do Brasil Belém tem redução de 6,46% habitantes em 2022 em relação a 2010 Quem são essas pessoas? Bairro do Guamá, em Belém. Carlos Brito TV Liberal A maioria se identifica como pardos, seguidas por brancos, pretos e indígenas; 51,7% são mulheres e 48,3% são homens; A presença feminina é maior nas faixas etárias mais altas, especialmente entre as pessoas com 75 anos ou mais, das quais 60% são mulheres e 39,6% são homens. Como essa população vive? Destino do Lixo: 96,3% possuem coleta de lixo 1,9% jogam o lixo em terrenos baldios ou áreas públicas 0,8% queimam o lixo na propriedade Esgotamento Sanitário: 66,7% possuem acesso à rede geral, pluvial ou possuem fossa séptica Água Canalizada: 91,9% possuem água canalizada até o interior do domicílio 2,3% ainda não possuem essa infraestrutura. Fontes de Abastecimento de Água: 53,5% dos domicílios ocupados em favelas e comunidades urbanas no Pará são abastecidos pela rede geral de distribuição 37,5% dos domicílios contam com poços profundos ou artesianos. O que são favelas? Segundo a Nota Metodológica sobre a Mudança de Aglomerados Subnormais para Favelas e Comunidades Urbanas, a partir do Censo de 2022, as Favelas ou comunidades urbanas são onde há a predominância de domicílios com graus diferenciados de insegurança jurídica da posse e, pelo menos, um dos demais critérios: ausência ou oferta incompleta de serviços públicos; predomínio de edificações; localização em áreas com restrição à ocupação definidas pela legislação ambiental ou urbanística; arruamento e infraestrutura que usualmente são autoproduzidos ou se orientam por parâmetros urbanísticos e construtivos distintos dos definidos pelos órgãos públicos. Veja abaixo, em vermelho, as regiões periféricas de Belém LEIA MAIS: INFOGRÁFICO: Veja quantas pessoas moram em favelas na sua cidade Belém e Manaus têm mais da metade da população vivendo em favelas, diz Censo VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 PA Veja Mais

População que vive em favelas cresce e chega a 8,1%, mostra Censo; no Norte, são 19%

G1 Economia País tem 16,4 milhões vivendo em 12,4 mil comunidades localizadas em 656 cidades, sobretudo da faixa litorânea e da calha do Rio Amazonas. Há 12 anos, eram 11,4 milhões de pessoas. A população que mora em favelas cresceu na última década e chegou 16,4 milhões de pessoas, 8,1% do total de brasileiros, segundo dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há 12 anos, em 2010, eram 11,4 milhões de moradores em favelas, 6% do total. ???? O número de favelas também cresceu. Em 2010, o Brasil tinha 6.329 favelas em 323 municípios. Em 2022, segundo Censo, eram 12.348 favelas distribuídas por 656 municípios (clique aqui para consultar quantas pessoas vivem em favelas em sua cidade). ????De acordo com o IBGE, parte desses aumentos estão relacionados a uma melhoria e aperfeiçoamento na coleta dos dados, especialmente em áreas menores, e não ao crescimento na população vivendo nas favelas. ????As favelas são diversas e heterogêneas em suas formas, tamanhos e tipos de construção. Ocupam morros, baixadas, praias, planaltos, alagados, mangues, beiras de rio e outras composições geográficas. E, segundo o IBGE, estão concentradas na faixa litorânea, na calha do Rio Amazonas e em regiões de expansão de fronteira agrícola. Os dados divulgados nesta sexta-feira também mostram que: ????A Região Norte tem a maior fatia da população vivendo em favelas, 19%; em Belém e Manaus, mais da metade da população está em comunidades. ????A maioria das favelas (72,5%) tem até 500 lares. ????A favela da Rocinha, no Rio, continua sendo a maior do país, seguida da Sol Nascente (DF) e da Paraisópolis (SP) (clique aqui para ver as 20 maiores). ???????????Os moradores de favelas são mais jovens e mais negros que a média brasileira (entenda). ? ???????????As favelas têm mais templos e menos unidades de saúde que a média (saiba mais). Região Norte tem maiores índices de população em favelas do país Enquanto a média nacional é de 8,1% da população vivendo em favelas, na região Norte do país este percentual chega a 18,9%. Em seguida, está o Nordeste (8,5%), seguido do Sudeste (8,4%), do Sul (3,2%) e do Centro-Oeste (2,4%). Quando se olha para os estados brasileiros, os maiores percentuais de população favelizada também estão no Norte: Amazonas: 34,7% Amapá: 24,4% Pará: 18,8% Da mesma forma, cidades do Norte também lideram a proporção de pessoas vivendo em comunidades em relação à população total: Vitória do Jari (AP): 69,2% Ananindeua (PA): 60,2% Marituba (PA): 58,7% Belém (PA): 57,2% Manaus (AM): 55,8% "A urbanização dessas cidades na região Norte não contou com uma base produtiva mais consolidada no processo histórico. Além disso, Manaus e a concentração urbana de Belém apresentam uma condição de macrocefalia, ou seja, uma única área que concentra fortemente os serviços, promovendo com isso uma forte atração de população", analisa a pesquisadora do IBGE Letícia de Carvalho. Em números totais, no entanto, São Paulo e Rio de Janeiro – 1º e 3º estados mais populosos do país – concentram a maior fatia da população que vive em favelas – 3,6 milhões e 2,1 milhões, respectivamente. Comunidade São Lucas, em Manaus, a sétima maior do país em população Suelen Gonçalves/G1 AM Rocinha, Sol Nascente e Paraisópolis são as maiores favelas do Brasil A favela da Rocinha, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, com 72.021 moradores, segue como a maior do país. Mantendo o segundo lugar, está Sol Nascente, no DF, com 70.908 habitantes (os dados preliminares do Censo divulgados em 2023 haviam apontado que ela era a maior, mas isso não se confirmou nos dados finais.) Uma das que mais cresceu foi Paraisópolis, em São Paulo, que saiu da oitava colocação em 2010 (42.826 habitantes) para a terceira em 2022, com 58 mil moradores. Vista da comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, que passou da oitava para a terceira maior do país. VAN CAMPOS/ESTADÃO CONTEÚDO Maior parte das favelas tem até 500 lares e está perto das capitais O Censo 2022 mostra ainda que a maior parte das comunidades do país tem até 500 domicílios –72,5% do total e estão concentradas próximo das capitais. ??????????????????????????Em 2022, as favelas tinham, em média 2,9 moradores por domicílio. No total do Brasil, a média é semelhante: 2,8. ???? 93,3% dos domicílios em favela são casas, proporção mais alta do que a do país (82,3%). Apenas 2,8% dos domicílios em comunidades são apartamentos, enquanto no total dos domicílios do país, são 14,9%. Em 1 em cada 5 casas de favela, coleta de lixo é feita através de caçambas O Censo 2022 também analisou a presença dos serviços de água, esgoto e lixo nos domicílios particulares permanentes ocupados das favelas brasileiras. ?? Na comparação com o total do Brasil, em alguns serviços o percentual brasileiro é menor do que nas favelas, porque inclui as áreas rurais, de baixa densidade demográfica. Veja o resultado das favelas: ???? 86,4% com ligação à rede geral e que a utilizam como principal forma de abastecimento de água. No Brasil, índice é de 83,9%. ???? 95,9% com canalização de água dentro de casa, apartamento ou habitação. No Brasil, índice é de 95,7%. ???? 99% com banheiro ou sanitário. ???? 76% com lixo coletado por serviço de limpeza. No Brasil, índice é de 83,1%. Uma das grandes diferenças em relação a média do pais é a forma da coleta de lixo. ?????Em 20,7% domicílios das favelas do país, a coleta de lixo era feita através de caçambas em vez de ser diretamente no domicílio. Na média do país esse percentual é de 8,6%. Favelas têm mais templos religiosos e menos unidades de saúde As favelas brasileiras têm mais estabelecimentos religiosos do que a média do Brasil. Já a proporção de unidades de saúde e de ensino é menor nas comunidades do país. ? No país, considerando o total de estabelecimentos (20.398.293), 579.798 são religiosos, o que representa 2,8% do total. ?Já nas favelas, considerando o total de estabelecimentos (958.251), 50.934 são religiosos, o que representa 5,3% do total. ???????????As unidades de saúde são 1,2% do total do país, e 0,3% das favelas. As comunidades também têm um percentual menor de unidades de educação: 0,8% do total, enquanto no país este índice é de 1,3%. IBGE passa a chamar as favelas de favelas Veja Mais

Cerca de 450 mil vagas temporárias serão abertas no fim de ano; veja dicas de como conquistar uma

G1 Economia Especialistas orientam que o candidato adeque o currículo para destacar experiências anteriores na área buscada, além da formação e das habilidades profissionais; plataformas de emprego são um bom caminho para encontrar o trabalho desejado. Segundo a ASSERTTEM, comércio deve impulsionar as contratações nos meses de outubro, novembro e dezembro. Cris Faga/Estadão Conteúdo Decoração natalina, lojas lotadas e clientes em busca de presentes. A expectativa do comércio é de alta nas vendas durante o período que vai da Black Friday até o Natal. Para dar conta dessa demanda, o varejo e outros setores estão abrindo vagas temporárias. Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), a previsão é de 450 mil contratos de trabalho temporário nos meses de outubro, novembro e dezembro em todo Brasil. Neste fim de ano, 30% dos empresários do setor de comércio e serviços devem abrir vagas, é o que mostra uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o site de empregos Indeed houve um aumento de 45% nas ofertas de emprego com termos relacionados a “temporário” no Brasil em setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Setores como saúde, logística e vendas são os mais procurados e principais geradores de vagas temporárias. O g1 conversou com especialista da aérea e destaca abaixo algumas perguntas e respostas para quem busca oportunidades temporárias para o fim de ano. Como montar um currículo para vagas temporárias? Não tenho experiência, e agora? É possível achar vagas que se encaixem no meu perfil? Fui chamado para entrevista, como conquistar o chefe? Quais são os direitos dos trabalhadores temporários? Como fazer o emprego temporário virar efetivo? Quais empresas estão contratando trabalhadores temporários? 1. Como montar um currículo para vagas temporárias? Para se destacar, o currículo do trabalhador deve ser objetivo, com palavras-chaves de acordo com a vaga que deseja e focado em experiências relevantes. É importante destacar habilidades que agreguem na rotina profissional. “Precisa ter informações que ajudem a comunicar o recrutador que você é um profissional focado, que entende a natureza temporária da função e tem capacidade de contribuir de forma efetiva e rápida”, explica a gestora de pessoas Camila Rodrigues Ferreira. Segundo a especialista da plataforma de gestão financeira F360, é importante detalhar a experiência profissional, além de conquistas ou projetos temporários, e os impactos gerados. Confira algumas informações que não podem faltar no currículo de um temporário: ?? Objetivo Claro e Direto: Inicie com uma frase que resuma a intenção e disponibilidade, como por exemplo “Profissional em busca de oportunidade temporária, com experiência em [área específica] e flexibilidade para início imediato”. ???? Experiência Profissional Relacionada: Liste as experiências mais alinhadas com a vaga, priorizando aquelas que demonstrem habilidades em adaptação rápida, entrega de resultados no curto prazo e flexibilidade. ???? Habilidades: Além de competências técnicas exigidas para a função, destaque habilidades comportamentais importantes para o sucesso em um contrato temporário, como proatividade, colaboração e agilidade na execução. ? Disponibilidade e Flexibilidade: Destacar flexibilidade de horários pode ser um diferencial. Empregadores buscam candidatos que consigam se adaptar à rotina de trabalho, que ocupem espaços nas escalas e que tenham disponibilidade no curto prazo. ???? Referências: Em empregos temporários, referências de experiências passadas têm peso significativo. Se possível, inclua referências e contatos de antigos supervisores que possam atestar suas habilidades e comprometimento. ????????????? Visual: Ter um portfólio em áreas como design, marketing, vendas e atendimento ao cliente, pode ser um diferencial. Mesmo em vagas temporárias, um portfólio visual ou um curriculo bem estruturado que mostre suas habilidades práticas podem chamar atenção. ? Currículo adaptável: Crie diferentes versões do seu currículo que enfatizem habilidades específicas, dependendo do setor. Isso facilita ajustar as qualificações e experiências para a vaga temporária em questão. De acordo com Marco Vidal, Diretor Executivo de Recursos Humanos do Grupo Azzas 2154 é essencial o currículo ter telefone atualizado e e-mail para que o recrutador possa fazer contato. Volte ao início. LEIA MAIS CONFIRA: quais os prós e contras da semana de 4 dias 'Short friday': sair mais cedo do trabalho às sextas já é realidade 'Workation': a tendência que une viagem de lazer ao trabalho 2. Não tenho experiência, e agora? Para os candidatos sem experiência profissional, é importante destacar a formação (nível médio ou superior), além de cursos ou atividades extracurriculares que possam agregar na rotina de trabalho. Segundo o Lucas Rizzardo, diretor de vendas da Indeed no Brasil, as vagas temporárias para o fim de ano são uma ótima oportunidade para quem deseja encontrar o primeiro emprego. “O mercado está com falta de mão de obra, principalmente essa mais operacional. E, nesse primeiro nível de profissionais, não se costuma ter grande experiência”, afirma o especialista. “Atitude proativa e vontade de crescer são mais valorizadas que experiência”, completa a especialista Camila Rodrigues Ferreira, que ainda destaca algumas dicas para esse perfil de candidatos: Invista em atividades extracurriculares: Voluntariado, cursos e atividades extracurriculares (como esportes e participação em grupos de estudo) mostram que você é engajado, responsável e sabe lidar com compromissos. Faça networking: Fale com familiares, amigos, professores e conhecidos sobre o interesse em encontrar um emprego. Muitas vezes, uma indicação pode ser a melhor porta de entrada. Busque cursos e certificações gratuitas: Existem várias plataformas online com cursos gratuitos. Qualificações como noções de informática, atendimento ao cliente podem ser um diferencial e são sempre bem-vindas. Volte ao início. O que colocar no 'objetivo' do currículo para primeiro emprego? 3. É possível achar vagas que se encaixem no meu perfil? Sim. Na busca por uma oportunidade, especialistas orientam utilizar sites de empregos que permitem filtrar vagas temporárias e para um perfil específico, como Infojobs, LinkedIn, Indeed, Catho, Vagas.com, e Glassdoor. ???? EXEMPLO: Digite na busca da plataforma "filtrar vagas temporárias para auxiliar de logística no Rio de Janeiro". Vale também buscar oportunidades em agências de vagas temporárias. Outra opção é ir pessoalmente nas lojas e estabelecimentos, no caso de setores com alta demanda como o varejo, comércio, restaurantes e shoppings. A maioria das contratações nesses locais ocorrem de forma presencial, e a proatividade pode ser um diferencial para conseguir uma oportunidade. Daniel Sakamoto, gerente executivo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), também orienta a buscar vagas em órgãos da prefeitura. Em São Paulo, por exemplo, há o Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (CATE). “Depende muito da cidade. Os grandes municípios que, por exemplo, têm as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL), geralmente tem um banco de vagas específico para aquela localidade”, explica Sakamoto. Também vale verificar empresas de interesse. Caso tenha uma organização específica em que o candidato já gostaria de trabalhar, é bom visitar os sites e conferir a seção de “carreiras” para verificar a disponibilidade de vagas temporárias. Além disso, é importante: ???? Autoconhecimento: Identifique as habilidades, experiências e preferências. Pergunte-se em quais áreas você tem mais facilidade e interesse em atuar e quais habilidades podem ser rapidamente aplicadas em um novo contexto. ?? Atenção às descrições: Observe se as exigências e atribuições estão alinhadas com suas habilidades e experiências. Evite se candidatar a vagas que exigem conhecimentos ou experiências muito diferentes do seu perfil. Isso pode levar à frustração. ??????????? Seja rápido: Para vagas temporárias, o tempo é crucial. Fique de olho em novas postagens de vagas e candidate-se assim que possível. Configurar alertas em sites de emprego pode ajudar a receber notificações de vagas relevantes rapidamente. Volte ao início. 13º salário: quanto vale, quando cai na conta e quem tem direito à primeira parcela de 2024 4. Fui chamado para entrevista, como conquistar o chefe? Ao ser chamado para uma entrevista, algumas atitudes podem ajudar a causar uma boa impressão e aumentar as chances de o candidato conquistar o empregador. Segundo Lucas Rizzardo, o principal ponto é a postura do trabalhador. “Se for uma conversa por vídeo, escolha um lugar que não tenha muito barulho, que não tenha distrações como pessoas passando atrás, para que consiga mostrar um pouco da experiência e bagagem”, explica o especialista. Também é importante destacar as principais experiências e desafios. Para quem não tem experiência, vale abordar os "soft skills" – ou, em uma tradução livre para o português, "habilidades socioemocionais". (entenda como jovens da periferia utilizam) “Fala que você tem vontade de aprender, que fez um curso relacionado na aérea, que já lidou o assunto antes porque assistiu vídeos sobre a empresa. Você mostra interesses nas áreas correlatas, mas não necessariamente uma experiência prévia”, afirma Rizzardo. Outros pontos importantes são conhecer bem a vaga e a empresa que está se aplicando, além de destacar as adaptabilidade e agilidade. Segundo Camila, um diferencial é levar referencias e ser pontual. “Tente entender também o papel da vaga temporária dentro da operação, principalmente em setores como o varejo, onde esses contratos são muito direcionados”, afirma. Veja algumas outras dicas da especialista: ????????????? Conheça a empresa e a vaga: Pesquise sobre a empresa, valores e a função para a qual está se candidatando. Apresentar esse conhecimento na entrevista mostra interesse e comprometimento. ????Adaptabilidade e agilidade: Empregadores geralmente valorizam quem consegue se adaptar rapidamente e entregar resultados. Cite experiências em que você se mostrou flexível e ágil, se adaptando a novos contextos e funções com eficiência. ? Pontualidade: Chegue com antecedência, pois a pontualidade é crucial. Vista-se adequadamente, seguindo o dress code da empresa (casual ou formal) para transmitir profissionalismo e alinhamento com a cultura da organização. ????? Habilidades relevantes: Seja objetivo ao descrever as experiências e foque nas habilidades que fazem sentido para o cargo. Conhecimentos práticos como atendimento ao cliente, capacidade de trabalhar em equipe e proatividade, costumam ser valorizadas. ???? Demonstre interesse: Mostre disposição e energia, uma vez que os empregadores buscam pessoas que, mesmo em uma posição temporária, demonstram engajamento e compromisso com o trabalho. ???? Seja flexível: Caso a vaga temporária demande flexibilidade de horários, deixe claro que você está disposto a se adaptar às necessidades da empresa. Para empregos temporários, essa é uma qualidade que pode fazer a diferença. ??????????? Faça perguntas inteligentes: Pergunte sobre as expectativas para a vaga, sobre a equipe e o ambiente de trabalho. Questionamentos mostram que você está interessado e pensando sobre como pode agregar valor. ???????? Prepare-se para um processo seletivo mais rápido: O recrutamento para vagas temporárias costuma ser ágil, com menos etapas. Esteja preparado para fazer entrevistas, enviar documentos rapidamente, e começar em poucos dias. O diretor de recursos humanos Marco Vidal também destaca que é importante saber falar sobre si mesmo. Antes da entrevista, é interessante se preparar e deixar exemplos frescos na memória de experiências ou realizações anteriores para destacar. "O recrutador não quer que você relate o currículo inteiro na hora. O melhor é escolher duas ou três realizações ou experiências que demonstrem o quanto você é adequado para o trabalho. Vale explicar como essas experiências te preparam para assumir a vaga que está disputando", completa. Volte ao início. 5. Quais são os direitos dos trabalhadores temporários? O patrão tem várias obrigações ao contratar um trabalhador temporário, que devem ser seguidas conforme a lei 6.019/1974. Esse tipo de contrato tem como objetivo atender a necessidades excepcionais, como picos de demanda ou substituição de funcionários permanentes. A legislação permite que o funcionário temporário seja contratado por um período de até 180 dias, consecutivos ou não, com a possibilidade de prorrogação apenas uma vez por mais 90 dias, conforme a necessidade da empresa. Esses trabalhadores têm direitos semelhantes aos dos empregados contratados por prazo indeterminado, como benefícios trabalhistas e previdenciários, registro em carteira, além do recolhimento do FGTS e o pagamento de férias proporcionais. “Ainda que o trabalhador esteja contratado de forma temporária, isso não significa que não exista a necessidade de observação dos direitos e garantias estabelecidos nas relações de trabalho, os quais a legislação brasileira protege”, afirma a advogada trabalhista Márcia Cleide Ribeiro. Veja abaixo os principais direitos dos trabalhadores temporários: Remuneração, respeitando a igualdade salarial; Jornada de oito horas diárias (40 horas semanais); Pagamento de horas extras (que não excedam duas horas diárias); Repouso semanal remunerado; Pagamento de adicional noturno, insalubridade e periculosidade, caso necessário; Recebimento de férias proporcionais ao período trabalhado; Indenização se dispensado fora do tempo previsto no contrato, sem justa causa; Seguro contra acidente de trabalho, bem como proteção previdenciária; Recepção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em conta vinculada; 13º salário proporcional ao período trabalhado. Além das obrigações financeiras, a empresa deve garantir ao trabalhador temporário as mesmas condições de trabalho oferecidas aos empregados permanentes, como segurança, higiene, saúde e ambiente salubre. “O temporário deve ter acesso ao atendimento médico, ambulatorial e de refeição nas mesmas condições que os outros empregados da empresa”, completa a advogada trabalhista Agatha Otero. O recolhimento do FGTS, que deve ser feito pela empresa, é de 8% sobre a remuneração paga ao empregado durante o período de contrato. Ao final do vínculo, o trabalhador pode sacar 100% do saldo do FGTS. No entanto, nesse tipo de contratação, não há o pagamento da multa de 40% sobre o Fundo de Garantia, já que essa penalidade se aplica apenas em rescisões sem justa causa de contratos por tempo indeterminado. Uma das obrigações mais importantes do empregador é a formalização do contrato por escrito. Esse documento deve detalhar a função do empregado, o período de serviço, a remuneração e todas as condições de trabalho. Além disso, é necessário registrar na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) que o vínculo é temporário, assegurando o cumprimento correto do contrato e prevenindo complicações futuras. O registro em carteira é fundamental para garantir que o contrato seja encerrado corretamente. Caso o empregador deixe de formalizar o contrato por escrito ou não siga as regras legais estabelecidas, a relação de trabalho pode ser reconhecida como permanente. Nesse caso, o empregado passa a ter os mesmos direitos que um trabalhador efetivo, incluindo aviso prévio, seguro-desemprego, multa de 40% sobre o FGTS em caso de demissão sem justa causa e estabilidade em casos de gravidez ou acidente de trabalho. Volte ao início. 6. Como fazer o emprego temporário virar efetivo? É importante evitar faltas sem justificativas, atrasos recorrentes, e não levar “problemas” para o patrão. Além disso, é essencial mostrar que tem disposição para trabalhar e trazer resultados para empresa. “Expresse interesse em permanecer na empresa. Converse com gestor sobre a possibilidade de permanecer no trabalho após o término do contrato. Pergunte sobre o que é preciso para ser considerado para uma vaga efetiva”, explica Camila. Segundo a especialista, para transformar um emprego temporário em efetivo é necessário ter um desempenho excelente, atitude proativa e alinhamento com a cultura da empresa. Veja abaixo algumas estratégias que podem ajudar: ? Comprometa-se com alta qualidade e produtividade: Entregue o seu melhor e mostre consistência. Os gestores observam colaboradores temporários que se destacam pela eficiência, cuidado e qualidade no trabalho. ???? Proatividade e disposição para aprender: Busque ajudar em tarefas além das suas responsabilidades imediatas e se mostre interessado em aprender sobre diferentes áreas e processos. Isso mostra interesse em crescer na empresa. ???? Boas relações com a equipe: Conectar-se bem com os colegas e superiores é essencial. Seja colaborativo, demonstre espírito de equipe e contribua para um ambiente de trabalho positivo. Bons relacionamentos podem influenciar a percepção de gestores. ??????????? Flexibilidade e adaptação: Empregos temporários costumam exigir rapidez de adaptação. Ao se mostrar ágil e flexível em horários, demandas e mudanças, você demonstra ser um profissional versátil e valioso para a empresa. ???? Exceda as expectativas: Procure entender as metas que a empresa espera que você atinja durante o período temporário e vá além delas, mostrando que você pode agregar valor no longo prazo. ?? Alinhamento com a cultura: Empresas tendem a efetivar profissionais que compartilham os mesmos valores e cultura. Mostre que conhece e pratica os princípios que a organização valoriza, seja o foco no cliente, inovação ou colaboração. ???????? Solicite feedback: Peça feedbacks regulares sobre seu desempenho e escute com atenção. Isso não só demonstra interesse em melhorar, mas também cria oportunidades para crescer e se ajustar ao que a empresa precisa. "Muitas vezes a vaga temporária pode ser a oportunidade que faltava para você mostrar o seu potencial. Esforço, determinação e, principalmente, força de vontade são fatores importantíssimos para o desempenho profissional", explica Marco Vidal. Além da performance do empregado, a efetivação depende de diversos fatores, como o desempenho da empresa e disponibilidade de vagas. Por isso, é fundamental entender as demandas da empresa. E mesmo que o emprego temporário não se torne efetivo, é essencial levar a oportunidade como crescimento profissional. Aproveite para fazer networking com pessoas que podem ajudar em futuras oportunidades. Volte ao início. 7. Quais empresas estão contratando trabalhadores temporários? Shopee A Shopee está com 3.500 vagas temporárias abertas para fortalecer a operação logística no fim de ano. As oportunidades estão espalhadas por 19 estados, abrangendo diversas regiões e cidades do país. Os candidatos devem ter ensino fundamental completo, além de ser desejável experiência com atividades operacionais. Os interessados podem se cadastrar através do link. Pernambucanas A Pernambucanas está com 1,7 mil vagas temporárias abertas em diferentes unidades espalhadas pelas cinco regiões do país. Todas as oportunidades disponíveis são para atuar nas lojas físicas da companhia. Os interessados podem se candidatar por meio da plataforma própria de recrutamento, por meio do link. A previsão de início das atividades está marcada para novembro e dezembro. Grupo Azzas 2154 O Grupo Azzas está abrindo 3,2 mil vagas extras temporárias para o Natal em todo o país, nas suas quatro unidades de negócios — Arezzo&Co, Soma, Hering e AR&Co. As oportunidades são para as posições de vendedor, estoquista, caixa e auxiliar de lojas de marcas como FARM, Animale, Hering, Arezzo, Schutz, Vans e Reserva. Ter experiência prévia na área será considerado um diferencial. Randstad Na Randstad, uma das maiores empregadoras no segmento de recrutamento e seleção do mundo, estão previstas a contratação de 7 mil pessoas para vagas temporárias nos setores de varejo, indústria e logística. Os talentos que desejam se candidatar, já podem acessar o site oficial da Randstad. Americanas A Americanas está com mais de 5 mil vagas temporárias para eventos de fim de ano, como Black Friday e Natal. As oportunidades são para as mais de 1,6 mil lojas físicas distribuídas por todos os estados brasileiros e para os centros de distribuição. Os interessados podem se inscrever para cargos nas lojas físicas pelo site e para CDs pelo link. Coca-Cola Para atender ao aumento de demanda das celebrações de fim de ano, a Coca-Cola FEMSA Brasil realiza contratações temporárias em diversos setores e localidades. Para se candidatar e consultar detalhes das mais de 1,1 mil oportunidades, os interessados devem acessar o site. As vagas abrangem as áreas de Distribuição, Comercial e Manufatura, e exigem Ensino Médio completo. WE CAN BR A agência de empregos WE CAN BR está com mais de 1,5 mil vagas temporárias. As oportunidades são para grandes empresas de comércio eletrônico, como Mercado Livre, Shopee e Nuvem Shop, em todo o país e foram impulsionadas pelas datas comemorativas de final do ano. Até dezembro, a agência deve abrir outras 12 mil vagas temporárias para diferentes segmentos. Os interessados em participar dos processos seletivos já podem se cadastrar gratuitamente pelo site. Grupo Habitasul Os hotéis IL Campanario e Jurerê Beach Village estão com 138 vagas temporárias abertas com início do trabalho previsto a partir de novembro. Todas as vagas exigem ensino fundamental. Para 50 delas não é preciso experiência prévia. Também estão disponíveis vagas para Pessoas com Deficiência (PCDs). As entrevistas iniciaram em outubro e vão até dezembro. As inscrições estão disponíveis pelo link. Volte ao início. LEIA TAMBÉM: Programa que pagará até R$ 92 mil para trabalhador remoto morar na Espanha abre inscrições Semana de 4 dias: por que empresas topam gastar mais para fazer o sistema funcionar VEJA MAIS Entenda tudo sobre o 13º salário Aposentadoria pelo INSS: veja como calcular valor do benefício e tempo de contribuição Veja Mais

Banco Central: 'dinheiro esquecido' soma R$ 8,53 bilhões; prazo para contestar recolhimento pelo Tesouro ainda está aberto

G1 Economia Prazo oficial para buscar os recursos terminou em 16 de outubro. Com isso, os valores foram remetidos ao Tesouro Nacional. Mas existe, ainda, um prazo extra para contestar esse recolhimento. Dinheiro, real, economia, salário mínimo, pagamento, PIB, reais, auxílio, notas, dívidas, contas, endividamento Natalia Filippin/G1 O Banco Central informou nesta quinta-feira (7) que ainda existem nas instituições financeiras R$ 8,53 bilhões em "recursos esquecidos" pelos clientes. O sistema do BC permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições. O prazo oficial para buscar os recursos acabou em 16 de outubro. Com isso, os valores foram remetidos ao Tesouro Nacional. G1 em 1 Minuto: 'Dinheiro esquecido': Termina hoje o prazo para sacar valores Prazo para contestar Mas, em nota enviada ao g1, o Ministério da Fazenda explicou que, além dos 30 dias para resgate após publicação da lei, os clientes tem outros 30 dias para contestar o recolhimento dos recursos pelo Tesouro, a contar da data de publicação de edital pela pasta. "Apenas após o término desse segundo prazo, e caso não haja manifestação daqueles que tenham direito sobre os depósitos, os valores serão incorporados ao Tesouro Nacional", disse o Ministério. A Fazenda também reforçou que, ainda assim, os interessados terão um prazo de seis meses para requerer judicialmente o reconhecimento de seu direito aos depósitos. "Logo, não há que se falar em confisco", afirmou. Caso não haja contestação do recolhimento, os valores serão, então, incorporados de forma definitiva como receita orçamentária primária, continuou a pasta, destacando que os recursos serão considerados para fins de verificação do cumprimento da meta de resultado primário. Ainda segundo o Ministério da Fazenda, a medida encontra precedentes no sistema jurídico brasileiro. Como consultar o dinheiro esquecido O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br. Via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. LEIA MAIS 'Dinheiro esquecido': veja como consultar e sacar os valores Quase 1 milhão de pessoas têm mais de R$ 1 mil para receber Veja como resgatar valores de falecidos Dicas para não cair em golpes A primeira dica do Banco Central para não cair em golpes é não clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram. A instituição informa que não envia links, nem entra em contato com ninguém para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais. "Somente a instituição que aparece na consulta aos valores a receber que pode contatar seu cliente, principalmente no caso de pedido de resgate de valores sem indicar uma chave PIX. Mas ela nunca irá pedir os dados pessoais ou sua senha", diz o BC. Além disso, a instituição orienta a não fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Também reforça que não existe a opção de receber algum valor pelo uso de cartões de crédito. Veja Mais

CNU: Justiça manda cancelar eliminação de candidatos que não preencheram 'bolinha' de identificação do gabarito

G1 Economia Decisão exige que o resultado do 'Enem dos concursos' seja republicado em 10 dias, incluindo esses participantes. Governo pode recorrer. Candidatos chegam para as provas do CNU na UERJ Tânia Rêgo/Agência Brasil A Justiça Federal determinou nesta quarta-feira (6) que o governo federal cancele a eliminação dos candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) que não preencheram todo o campo de identificação no cartão de respostas da prova. Conforme a decisão, o Executivo e a Cesgranrio devem republicar o resultado do concurso em 10 dias, incluindo os nomes desses participantes. O governo pode entrar com recurso. O g1 procurou o Ministério da Gestão, responsável pelo “Enem dos concursos”, para obter um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp O QUE ACONTECEU: Os cadernos de prova do CNU tinham várias versões, ou seja, as questões eram as mesmas para todos os candidatos de um determinado bloco temático, mas a ordem das perguntas e das alternativas estavam embaralhadas, para evitar cola. Assim, na hora de preencher o cartão de respostas, os participantes precisavam identificar qual era a versão da sua prova, pintando a bolinha correspondente ao número do gabarito. Além disso, deveriam transcrever a frase que estava na capa do caderno. (veja a foto abaixo) Caderno de provas do CNU exigia identificação do gabarito de duas formas Reprodução Apesar dessas instruções estarem descritas na prova, muitos candidatos alegaram que foram orientados pelos fiscais de aplicação de que bastava a transcrição da frase para identificar o tipo de gabarito, ou seja, não havia necessidade de pintar a bolinha. Mas, no dia seguinte ao exame, o Ministério da Gestão anunciou que quem não havia preenchido toda a identificação no cartão de respostas estava eliminado. O Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria-Geral do Tocantins, recebeu denúncias sobre o assunto e ingressou com uma ação civil pública contra o governo, pedindo a reintegração ao concurso dos candidatos eliminados. De acordo com a decisão, as instruções contidas na prova deixavam claro que seriam desclassificados apenas os participantes que não preenchessem, cumulativamente, os dois campos indicados: o número do gabarito e a frase da capa. Com isso, o juiz Adelmar Aires Pimenta da Silva, da 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Tocantins, deferiu a tutela de urgência para cancelar a eliminação dos candidatos que deixaram de cumprir uma das duas orientações. LEIA TAMBÉM: Justiça autoriza continuidade do bloco 4 do CNU Veja como acessar o resultado da prova de títulos Calendário do CNU As notas da prova escrita e de múltipla escolha foram divulgadas no dia 8 de outubro. Já o resultado da avaliação de títulos, uma etapa prevista para alguns cargos, saiu no último dia 4. No dia 13 de novembro, serão divulgados os resultados dos procedimentos de verificação para candidatos negros, indígenas e com deficiência. A lista final de aprovados no "Enem dos concursos" está prevista para sair no dia 21 de novembro. E, em janeiro de 2025, eles começarão a ser convocados para a posse ou, se for o caso, para iniciar o curso de formação do cargo. Serão aprovados os candidatos que receberem as notas mais altas dentro do número de oportunidades disponíveis para cada cargo, considerando a reserva de vagas para cotistas. A classificação também vai levar em consideração a preferência entre as carreiras e especialidades indicada pelo participante no momento da inscrição. CNU: os próximos passos depois da prova do ‘Enem dos concursos’ Veja Mais

Incerteza nos EUA, real fraco e inflação persistente: entenda os recados do Copom

G1 Economia Comitê anunciou a segunda alta seguida da taxa básica de juros, a Selic. Aceleração do aumento, de 0,50 ponto percentual, é o maior desde maio de 2022. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Reuters/Brendan McDermid O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (6) subir a taxa básica de juros do país, a Selic, de 10,75% para 11,25% ao ano. O aumento de 0,50 ponto percentual significa uma aceleração da sequência de altas, iniciada na reunião de setembro. O Banco Central entende que é necessário adotar uma dose maior de juros para trazer a inflação brasileira para a meta de 3%. O número estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) pode oscilar em 1,5 p.p. para cima ou para baixo, de 1,5% a 4,5% no ano. Hoje, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 4,42% na janela de 12 meses, próximo ao teto de tolerância da meta. E as projeções do BC estão acima dos 3% tanto para 2025 como para 2026. A persistência da expectativa de inflação em patamar acima do centro da meta é chamada pelo mercado financeira de "desancoragem". O BC condiciona os movimentos de taxa de juros a depender do quanto será necessário para que os preços voltem ao lugar — o centro da meta. Por isso, no comunicado divulgado nesta quarta, o Copom volta a citar a questão da desancoragem como preocupação e motivo da alta dos juros, mas não se compromete com a magnitude de novos aumentos no futuro. A saída foi reforçar que o balanço que faz dos riscos de alta ou de baixa está desequilibrado, com mais chances de alta. , A atividade econômica ainda potente no Brasil, o mercado de trabalho mais aquecido, e a falta de resolução da questão das contas públicas — que afeta tanto os juros do país como a inflação — foram questões ressaltadas pelo Copom no texto. E, como notaram os economistas ouvidos pelo g1, surgiu um tempero extra à incerteza na economia global, em especial nos Estados Unidos, após a vitória de Donald Trump nas eleições. Com promessas mais inflacionárias do novo presidente, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode ter mais dificuldade de baixar os juros por lá. (entenda abaixo) "O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed", diz o comitê. O Copom cita os seguintes aspectos como importantes para seu balanço de risco. Riscos de alta: (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado [quando a atividade do país está muito próxima do que ela pode produzir, ainda sem gerar inflação pela demanda]; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Riscos de baixa: (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado. Sobre as contas públicas — parte que o BC não tem ingerência, mas não deixou de citar — o comitê diz que tem acompanhado "com atenção" como a dificuldade de o governo federal garantir que vai cumprir a meta de déficit zero impactam a política monetária e os ativos financeiros. (saiba mais também abaixo) "A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio", diz o comunicado. "O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária." O Copom completa que o cenário segue marcado por "resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, o que demanda uma política monetária mais contracionista". "Era importante o BC manter essa dependência dos dados por causa da grande incerteza do cenário com toda a questão relacionada à eleição dos Estados Unidos e a incerteza em torno do pacote fiscal", avalia Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos. "Nós temos visto os ativos brasileiros bem estressados, com bastante prêmio de risco [maior rentabilidade por conta do aumento de risco], e uma eventual percepção de leniência com a inflação por parte do BC poderia piorar ainda mais essa situação." Para Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, o comunicado do Copom e seu tom duro veio para consolidar a necessidade de um anúncio de corte de gastos pelo governo federal o quanto antes. "A autoridade monetária foi bastante clara ao passar o recado: sem um programa de corte de gastos crível e de caráter estrutural, a política monetária deverá se manter dura", diz a economista. "Sem um bom pacote fiscal, não haverá ancoragem das expectativas e convergência da dívida, o que, em outras palavras, implica em uma política monetária ainda mais apertada." Copom sobe juros em 0,5 ponto percentual e taxa Selic vai a 11,25% Por que teremos novas altas da Selic? Segundo economistas consultados pelo g1, uma série de fatores tem influenciado a percepção do mercado de que o Copom precisará adotar uma postura mais dura na condução dos juros, subindo as taxas. Entre eles estão: A maior incerteza sobre as contas públicas do país; A atividade econômica aquecida e a consequente pressão inflacionária; e O cenário internacional, também mais incerto. Incerteza sobre as contas públicas do país De acordo com os especialistas, a dúvida sobre a capacidade do governo em cumprir com suas metas fiscais é um dos principais fatores avaliados pelo mercado nos últimos meses. “O fiscal é uma estatística macroeconômica importante e que entra de forma indireta nas expectativas de inflação”, explica o economista do ASA Leonardo Costa. Recentemente, o destaque das discussões econômicas tem sido a promessa feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a equipe econômica apresentaria novas medidas de cortes de gastos após as eleições municipais de 2024. O ministro ainda não detalhou as medidas nem indicou quando elas devem ser anunciadas. O governo federal tem a meta de zerar o déficit público neste ano, e mercado espera que o pacote que determine cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões para cumprir a promessa, segundo informou o blog do Valdo Cruz. Lula deve conversar com cúpula do Congresso sobre corte de gastos, diz Haddad Segundo o economista-sênior do Banco Inter André Valério, a expectativa em torno desse valor leva em consideração o quanto seria necessário para que o governo conseguisse cumprir com o que prometeu, sem derrubar o arcabouço fiscal, para este e para o próximo ano. “Se o governo vier com um corte menor do que esse ou com medidas menos transparentes, pode ser que eleve a percepção do mercado de que o arcabouço não será levado tão a sério”, diz o economista. O tema também tem sido abordado de maneira frequente pelo próprio BC, como um fator de influência nas decisões de política monetária. Nas últimas semanas, por exemplo, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar que se o Brasil quiser ter juros estruturalmente mais baixos, precisará apresentar medidas que sejam interpretadas como um choque fiscal positivo. "Tem que ser algo que produza uma mudança nas expectativas que seja grande o suficiente para reverter o prêmio de risco, a expectativa de inflação e a curva longa de juros, e isso alimentaria a função de reação [do BC] de maneira positiva", disse ele, no final de outubro. Para o estrategista de macroeconomia do BTG Pactual Portfolio Solutions Álvaro Frasson, mais do que um valor específico de cortes de gastos, o mercado espera um “plano de voo” por parte do governo, que indique um roteiro concreto e factível para estabilizar a dívida pública. “Não estou falando que o mercado quer a estabilidade da dívida em relação ao PIB para hoje, mas o mercado quer um plano de voo. Claro que um dos fatores para chegar a esse cenário é um custo de refinanciamento mais baixo, mas esse custo não se baixa com Selic, e sim com credibilidade do lado fiscal”, afirma. Camarotti: alta de juros pressiona corte de gastos do governo Economia aquecida e a pressão inflacionária O forte desempenho econômico do país ao longo nos últimos meses é outro fator observado pelo BC. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano, no 12º resultado positivo do indicador. Somado a isso, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua indicou na semana passada que a taxa de desemprego do país estava em 6,4% em setembro, na segunda menor taxa de desocupação da série histórica. “Há uma percepção de que a economia está mais forte do que o esperado ou de que a desaceleração está acontecendo bem aquém das expectativas. Tudo isso faz com que a projeção [de inflação] do BC não alcance o centro da meta. Por isso, começamos um novo ajuste [de alta de juros]”, afirma a economista-chefe da SulAmerica Investimentos, Natalie Victal. Esse, no entanto, não é o único fator de pressão inflacionária no país. Pontos como a forte alta do dólar – que já acumula ganhos de mais de 20% no ano – e a pressão mencionada acima, das contas públicas, também aumentam as expectativas de inflação e fazem com que o mercado projete novas altas de juros à frente. “Mas não é só a política monetária que define qual o patamar da inflação, é a política econômica como um todo. E são vários fatores. Temos a política monetária do BC, a política fiscal do governo e a política setorial, por exemplo, que afetam esse cenário”, explica Victal. Dólar dispara no mundo com vitória de Trump; veja a repercussão Cenário internacional mais difícil O que analistas têm batido na tecla é de que o cenário internacional, da economia global, não é favorável para os próximos meses. Com potências economias desacelerando, inflação persistente no mundo todo e mercados de trabalho com taxas bastante baixas, a expectativa é de que os juros globais permaneçam mais altos. “É um cenário geral difícil, que já estava dado. A resposta que se esperava era o resultado das eleições americanas, para entender a intensidade da dinâmica de fortalecimento do dólar, que atrapalha as economias emergentes. Com Kamala atrapalharia menos, com Trump atrapalha mais”, diz o economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani. A vitória de Trump prevê maior protecionismo para a indústria americana, com elevação de tarifas para produtos importados e possível encarecimento para a população, e renúncias de receitas para baixar impostos. Com produtos importados mais caros e menos recursos entrando no caixa do governo, há um aumento das preocupações com a capacidade de o país cumprir com o pagamento da dívida norte-americana. Essas dúvidas também tendem a aumentar a exigência de investidores por um prêmio maior, ou seja, juros mais altos. Juros maiores (e por mais tempo) nos Estados Unidos aumentam a rentabilidade dos títulos do Tesouro norte-americano (as Treasuries), considerados os ativos financeiros mais seguros do mundo. Assim, quem busca segurança e boa remuneração em momentos turbulentos prioriza o investimento por lá e se afasta dos emergentes, como o Brasil. Com o fluxo de dólares direcionado para os Estados Unidos, a taxa de câmbio tende a piorar por aqui, piorando também a inflação local. “A agenda do ex-presidente Trump é vista como expansionista, o que pode trazer juros mais altos no país e uma valorização do dólar ante o real”, diz Natalie Victal. Como os dados ainda são fortes, espera-se que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deva diminuir o ritmo de cortes de juros. Hoje, as taxas estão entre 4,75% e 5% ao ano, depois de um corte de 0,50 ponto percentual. As projeções para as próximas reuniões, nesta semana e em dezembro, são de reduções de 0,25 p.p. Com arrecadação menor e inflação pressionada, o Fed terá dificuldade de baixar juros. Fernando Haddad avaliou a vitória de Trump Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 140 milhões nesta quinta-feira, um dos 10 maiores prêmios da história

G1 Economia Lista considera os concursos regulares — ou seja, não inclui a Mega da Virada. Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.794 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 140 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (7), em São Paulo. Caso tenha vencedor, o prêmio pago será um dos 10 maiores da história. A lista considera os concursos regulares da Mega — ou seja, não inclui a Mega da Virada. (veja o ranking no fim da reportagem) No concurso da última terça-feira (5), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Justiça do Trabalho manda Carrefour interromper assédio moral a funcionários em Presidente Prudente

G1 Economia Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), foi proposto um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para adequação voluntária, mas a empresa negou a celebração do acordo. Carrefour em Presidente Prudente (SP) Leonardo Bosisio/g1 A filial do hipermercado Carrefour, em Presidente Prudente (SP), foi alvo de uma liminar da Justiça do Trabalho, que determina que a empresa cesse as práticas de assédio moral contra funcionários do estabelecimento. A ação é do Ministério Público do Trabalho (MPT). ???? Participe do Canal do g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp Segundo o inquérito conduzido pelo MPT, uma das gerentes da loja apresentava condutas assediadoras contra diversos funcionários. De acordo com depoimentos colhidos pelo MPT, a superior hierárquica tratava os subordinados com rigor excessivo e de forma grosseira, inclusive na frente dos clientes. Uma ex-funcionária da empresa foi acusada de furto pela gerente, o que gerou o seu pedido de demissão e consequentes problemas de adoecimento. Outros ex-empregados também relataram ter sofrido de ansiedade e outros transtornos em decorrência do assédio moral sofrido na loja. O setor jurídico do Carrefour afirmou ao MPT que a empresa estava tomando providências para melhorar o ambiente de trabalho, inclusive ministrando palestras contra a prática de assédio e disponibilizando canais de denúncia aos funcionários. Contudo, "os trabalhadores ouvidos sequer souberam informar sobre a existência de tais canais de denúncia, e disseram nunca ter participado de palestras ou treinamentos com a temática do assédio moral", segundo o MPT. Além dos depoimentos colhidos no inquérito, o MPT levantou uma série de reclamações trabalhistas movidas contra a empresa na Justiça do Trabalho por ex-funcionários, inclusive em outras localidades do Estado de São Paulo, sempre trazendo casos de assédio moral praticados dentro das lojas do Carrefour, até resultando em condenações por danos morais. Segundo o MPT, foi proposta a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para adequação voluntária do Carrefour, mas a empresa negou a celebração do acordo. “Ficou provado que o canal de denúncias da empresa era falho, pois os trabalhadores sequer souberam informar sobre a sua existência. Não há qualquer treinamento para que os funcionários saibam identificar e conduzir situações de assédio. Desta forma, verifica-se que a prova produzida é robusta. Os diversos depoimentos testemunhais colhidos, além da prova documental produzida confirmaram a prática assediadora e revelaram suas consequências nefastas”, pontuou o MPT. Obrigações a serem cumpridas A liminar proferida pelo juiz Regis Antonio Bersanin Nieddu, da 2ª Vara do Trabalho de Presidente Prudente, impôs obrigações que devem ser cumpridas escalonadamente, de forma imediata e em prazos de 15 e de 30 dias, pelo Carrefour na unidade. Entre elas: deixar de praticar o assédio moral, utilizando métodos que afetem a honra e a dignidade dos empregados; adotar medidas de prevenção à prática por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (Cipa); incluir regras de conduta contra o assédio e outras formas de violência; fixar procedimentos internos de enfrentamento ao assédio, no sentido de proteger a vítima denunciante; garantir medidas emergenciais a partir das denúncias; realizar treinamentos; criar uma ouvidoria e divulgar aos funcionários materiais e cartilhas de conscientização. Além disso, nos procedimentos para recebimento e processamento das denúncias, devem ser observados os parâmetros que garantem os direitos das vítimas, especialmente: oferecer protocolo das denúncias para os interessados; garantir resposta efetiva que informe o resultado concreto das apurações; prever mecanismos eficientes para evitar vazamento de informações; garantir a tramitação cautelosa/confidencial para não expor os envolvidos; garantir o direito ao contraditório, observada a impossibilidade de julgar o comportamento da vítima; garantir proteção à pessoa denunciante, o que inclui a necessidade de preservação de seu posto de trabalho, para que não seja configurada qualquer medida de retaliação, mesmo porque caracteriza discriminação; e garantir medidas emergenciais, quando do recebimento de denúncias que envolverem situações de assédio sexual ou atos de importunação sexual, como atendimento psicológico da vítima e afastamento de seu agressor, mesmo antes da conclusão das apurações. Além disso, o estabelecimento precisa encaminhar ao MPT semestralmente um relatório comprovando as medidas impostas pela Justiça do Trabalho. As multas por descumprimento da liminar variam de R$ 500 por dia a R$ 5 mil por item. As medidas deferidas liminarmente são pautadas nas diretrizes do projeto Florir, iniciativa nacional do MPT, que combate a violência de gênero em várias de suas formas, dentre as quais o assédio moral no ambiente de trabalho. Outro lado O g1 solicitou nesta quarta-feira (6) um posicionamento oficial sobre o assunto ao Carrefour. Em resposta, a empresa enviou a nota que segue abaixo na íntegra: "O Carrefour repudia qualquer forma de ofensa ou prática discriminatória e reafirma que qualquer atitude contrária está em desacordo com os valores e princípios da empresa. Em relação ao caso, a companhia foi devidamente notificada e está apurando os fatos. A empresa dispõe de um canal de denúncia (https://conexaoeticacarrefour.com.br/ ou 0800-772-2975), divulgado em todas as unidades, internamente e externamente, no qual qualquer pessoa pode registar ocorrências de assédio ou condutas inadequadas, com total confidencialidade, e o devido acompanhamento das situações reportadas. Além disso, o Carrefour realiza treinamentos periódicos com seus colaboradores, reforçando constantemente o código de conduta - disponível de forma online e impressa (https://conexaoeticacarrefour.com.br/#documentos) e impresso a todos os colaboradores". VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região. Veja Mais

Entenda por que dólar, juros futuros e bitcoin dispararam depois da vitória de Donald Trump

G1 Economia Política econômica protecionista defendida pelo presidente eleito pode prejudicar o controle da inflação americana e aumentar o endividamento do país. Taxas de juros mais altas, por mais tempo, ajudam a valorizar a moeda americana. Trump discursa a apoiadores na Flórida, na madrugada desta quarta-feira (6). Alex Brandon/AP A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos provocou um aumento expressivo nos juros futuros americanos nesta quarta-feira (6) e, como consequência, o dólar também dispara frente a outras moedas no mundo todo. Os juros futuros indicam a expectativa do mercado financeiro para a taxa básica de juros dos EUA, definida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nos próximos anos. São eles que servem de referência para o rendimento das Treasuries, os títulos públicos americanos. Como são considerados os produtos de investimento mais seguros do mundo, as Treasuries com rentabilidades mais altas atraem investidores estrangeiros, que encaminham seus recursos para os EUA e dão força para o dólar. Durante a manhã, o rendimento das Treasuries de 10 anos (título que representa a expectativa para 10 anos) saltou para o maior patamar em quatro meses, em torno de 4,47%. Na semana passada, quando o mercado projetava uma vitória de Trump, o título havia chegado a 4,388%. Os rendimentos de dois anos também avançaram, chegando a 4,31%. LEIA MAIS O que vitória de Trump significa para economia do Brasil Ações da Truth Social e Tesla disparam no pré-mercado após eleição de Trump De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? Vitória de Donald Trump reflete em mercados ao redor do mundo Os juros futuros subiram porque a agenda econômica de Trump prevê maior protecionismo para a indústria americana, com elevação de tarifas para produtos importados. Isso pode criar uma guerra comercial mais rígida para a China e reduzir as exportações de outros países emergentes que são importantes parceiros comerciais americanos, como Brasil e México, por exemplo. Isso poderia encarecer parte dos preços, pois quanto mais taxas, mais caros ficam os produtos e serviços. "Já havia um impacto da percepção do risco de vitória do Trump, com a expectativa de que ele possa colocar tarifas de importação. Exportadores de commodities, como o Brasil, também podem ser afetados", diz o economista Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo Corretora. Preços mais altos gerariam uma nova pressão na inflação americana, o que pode levar o Fed a manter os juros mais altos para controlar os preços. Hoje, as taxas estão entre 4,75% e 5% ao ano. O resultado das Treasuries mostra que o mercado espera justamente que as taxas fiquem maiores por mais tempo. Além disso, espera-se uma redução da arrecadação dos EUA com diminuição de impostos para empresas americanas. Na teoria, menos impostos poderiam segurar os preços de produtos nacionais. Mas há sempre a possibilidade de empresários só transformarem o desconto para fazer caixa. Com isso, os investidores temem que a arrecadação federal menor diminua a capacidade do governo em cobrir o pagamento da dívida. Isso também gera aumento dos juros futuros, pois é preciso ter um prêmio maior para que o investidor empreste dinheiro ao governo dos EUA. "Desta forma, investidores farão a opção de investir nos EUA com as taxas das Treasuries (títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo) mais altas", diz Alexandre Viotto, chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos. Nesse cenário de taxas mais altas das Treasuries, o índice DXY — que mostra qual a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas de outros países (como euro, iene, libra esterlina e dólar canadense) — tinha alta de cerca 2% pela manhã desta quarta-feira. No Brasil, o dólar bateu os R$ 5,8619 na máxima do dia, mas perdeu força ainda pela manhã. Às 13h30, operava em queda de 0,64%, cotado a R$ 5,7098. (saiba mais abaixo) "O real já era uma das moedas que mais acumulava perda dentre os emergentes nos últimos dias em função de questões domésticas, logo, o espaço para desvalorização foi bem menor do que outros casos, como o peso mexicano e o chileno", diz Matheus Pizzani, economista da CM Capital. Fernando Haddad avaliou a vitória de Trump Real mais desvalorizado Por aqui, há um agravante que aumenta a cautela dos investidores há algum tempo, que é a condução das contas públicas brasileiras. O dólar já ganhava força na semana passada com esse processo em que investidores já aplicam o dinheiro, antecipando que Trump tinha mais chances de ganhar a eleição (chamado de "Trump Trade"). Mas o real se desvalorizou ainda mais porque o governo federal deixou de anunciar medidas de corte de gastos para controlar a dívida pública brasileira. Quando os gastos públicos estão elevados, acima das receitas do governo (gerando déficit público), o mercado passa a desconfiar da capacidade do país de arcar com suas dívidas no médio e longo prazo. Esse risco mais alto faz com que investidores esperem juros também mais altos para trazerem seus recursos para o Brasil. O resultado dessa demanda por taxas maiores foi a saída ainda mais forte de dólares do país na última semana, enfraquecendo o real. Havia uma grande expectativa do mercado financeiro de que a equipe econômica do governo federal apresentasse algum pacote de cortes nos gastos públicos ainda na semana passada, logo após o segundo turno das eleições municipais no Brasil. Isso não aconteceu. A equipe econômica do governo vem afirmando que está discutindo os gastos — o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, inclusive que o governo está na "reta final" das definições dos cortes. Porém, enquanto não há definição de quais despesas serão cortadas, o dólar deve continuar subindo com mais força, aliado à eleição de Trump. "Quanto mais tempo passa, mais o mercado vai se protegendo", diz Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos. Agora, os investidores esperam o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que anuncia a nova taxa básica de juros do Brasil no fim do dia. A expectativa é de alta de 0,50 ponto percentual, levando o juro brasileira a 11,25% ao ano. "Estamos em vias de um anúncio de política monetária que certamente irá no sentido de apertar ainda mais os juros no campo doméstico, mantendo o Brasil como uma praça atrativa mesmo em meio ao cenário de força do dólar, ganho dos treasuries e perspectiva de juros mais elevados nos Estados Unidos", diz Pizzani, da CM Capital. Miriam Leitão: Trump atenuou o tom em discurso Bitcoin bate recorde O bitcoin, criptomoeda mais popular do mundo, também dispara nesta quarta-feira (6) e renova seu maior patamar histórico, sendo negociado próximo dos US$ 74 mil, com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Às 11h30, o bitcoin registrava alta de cerca 7% e era vendido a US$ 74.317. Na máxima do dia, a moeda subiu 8,63%, ultrapassando os US$ 75 mil. No Brasil, a alta da criptomoeda era ainda mais expressiva, de mais de 11%, vendida a quase R$ 443 mil — a cotação também considera o câmbio de real para dólar. A vitória do candidato republicano sobre a democrata Kamala Harris também impulsiona outras criptomoedas pelo mundo, como o ethereum, a solana e a BNB, alguns dos principais criptoativos da atualidade. Isso porque Donald Trump tornou-se um defensor ferrenho das criptomoedas, e investidores esperam que o político adote medidas que favoreçam esse mercado durante seu mandato. No fim de julho deste ano, durante sua campanha eleitoral, Trump participou da conferência Bitcoin 2024 e disse aos participantes do evento que eles seriam "muito felizes" com uma eventual vitória sua. "Se a criptografia vai definir o futuro, quero que seja extraída, cunhada e fabricada nos Estados Unidos", disse o republicano. Essa postura favorável às criptomoedas foi uma mudança nos discursos de Trump. Há alguns anos, ele se manifestava publicamente contra esse tipo de ativo. Em um post no X (antigo Twitter) em 2019, Trump afirmou que não era "fã" do bitcoin e de outras criptomoedas, dizendo que esses ativos "não são dinheiro e cujo valor é altamente volátil e baseado no ar". "Ativos criptográficos não regulamentados podem facilitar comportamento ilegal, incluindo comércio de drogas e outras atividades ilegais", disse o republicano à época. A mudança de postura, segundo especialistas ouvidos em reportagem do g1, é consequência de uma mudança do perfil do eleitorado norte-americano, que tem cada vez mais criptomoedas. Veja Mais

Reuniões cortes terminaram e Lula deve conversar com cúpula do Congresso antes de divulgação, diz Haddad

G1 Economia Governo fez uma série de tratativas nos últimos dias com ministros para fechar os cortes de gastos necessários para manter o arcabouço fiscal operante. Lula deve conversar com cúpula do Congresso sobre corte de gastos, diz Haddad O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (6) que as reuniões internas do governo para fechar os cortes de gastos terminaram, mas acrescentou que as propostas devem ser apresentadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos chefes do Legislativo antes de serem tornadas públicas. O governo efetuou uma série de reuniões nos últimos dias com ministros para fechar os cortes de gastos necessários para manter o arcabouço fiscal — a regra das contas públicas — operante. A expectativa é de que o anúncio das medidas possa ocorrer ainda nesta semana. Segundo o ministro Haddad, o próximo passo é conversar com o presidente Lula sobre as propostas. "A partir da devolutiva, Lula encaminha endereçamento ao Congresso", disse. Acrescentou que o presidente da República possivelmente conversará com a cúpula do Congresso Nacional sobre o assunto. Haddad, que viajaria para a Europa nesta segunda, ficou no Brasil a pedido de Lula para avaliar as ações do governo de cortes de despesas frente ao momento de pressão inflacionária e alta do dólar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso do governo com o corte de gastos Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo Cortes de gastos A equipe econômica do governo tem se debruçado nas últimas semanas sobre uma agenda que vem sendo cobrada por investidores e setores da política desde o começo do governo do presidente Lula: o corte de gastos públicos. Por enquanto, as medidas em estudo ainda não foram detalhadas, o que tem gerado nervosismo no mercado financeiro — com pressão sobre o dólar, queda da Bolsa de Valores e alta dos juros futuros. Nos últimos dias, Haddad defendeu que entende a "inquietação" do mercado, mas acrescentou que o governo apresentará propostas para manter o arcabouço fiscal operante. A expectativa é que as medidas sejam apresentadas nas próximas semanas. "A dinâmica das despesas obrigatórias tem que caber dentro do arcabouço. A ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem, a sustentabilidade de médio e longo prazo", declarou Haddad, na semana passada. Economistas consideram a agenda de cortes de despesas importante para conter a dívida e evitar alta dos juros, que penalizam investimentos produtivos e o consumo da população. Por outro lado, um manifesto critica o mercado e as políticas de austeridade fiscal (veja abaixo essa reportagem). Presidente Lula se reúne com ministros pra tratar de medidas de corte de gastos públicos O que pode acontecer sem o corte de gastos? A explicação de analistas é que, sem o corte de gastos obrigatórios (por meio do envio de propostas ao Congresso Nacional), o chamado "arcabouço fiscal", a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado pelo governo Lula, está em risco. Isso porque o espaço gastos livres dos ministérios, que englobam políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e o "Farmácia Popular", por exemplo, está sendo comprimido (e pode acabar no futuro próximo) por despesas obrigatórias, como a Previdência Social. E a previsão do TCU é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população, acabarão nos próximos anos, paralisando a máquina pública. Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, não haveria mais uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. O próprio Banco Central cita o aumento de gastos em seus comunicados, explicando que isso também pressiona a inflação. Segundo a instituição, a "percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos [dólar, juros futuros e bolsa de valores] e as expectativas [de inflação]". Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros. Com o possível fim do arcabouço fiscal, explicam analistas, a pressão poderia ser maior ainda sobre os juros futuros, aqueles que servem de base para as operações dos bancos, o que resultaria em taxas mais elevadas para consumo e investimentos. E juros mais altos, por sua vez, também piorariam as contas públicas, pois o Tesouro Nacional precisaria pagar taxas maiores na emissão de títulos públicos, a chamada rolagem da dívida. O governo entraria no que os analistas chamam de um "ciclo vicioso", ou seja, paga juros maiores por conta da dívida alta, o que também elevaria ainda mais o endividamento - que já grande para o padrão de países emergentes (veja abaixo). A ministra do Planejamento, Simone Tebet, fala sobre corte de gastos Diogo Zacarias/MPO Ajuste 'necessário e urgente' De acordo com os economistas Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, em análise contida no boletim Macro de outubro da FGV Ibre, o ajuste nas contas públicas é "necessário e urgente". "Desde o final de 2022, o Brasil vem experimentando uma sensível deterioração fiscal, com forte aumento dos gastos e persistente elevação da dívida pública. Isso sem que sejam adotadas medidas capazes de dar resposta adequada aos riscos daí decorrentes", diz o boletim. "Pelo contrário, o que se viu foram sucessivas propostas de mais e novos gastos, como se o problema não existisse", prosseguem os economistas. Com a persistência do problema, eles avaliaram que o "risco fiscal" (relativo às contas) voltou ao centro das atenções dos agentes de mercado. "E passou a fazer preço, como se diz, com a forte elevação da curva de juros e a desvalorização do real, mesmo com o ciclo monetário no Brasil [com alta de juros] indo na contramão do que se observa hoje nos EUA", afirmaram. Afirmam que a "piora do humor internacional", com notícias negativas sobre as eleições nos Estados Unidos e sobre a economia chinesa, ajuda a explicar a piora na curva de juros e a alta do dólar. Mas observaram que isso tem acontecido apesar de a agência de classificação de risco Moody’s ter elevado a nota de crédito soberano do Brasil (o que, em tese, deveria melhorar os indicadores). "Mesmo com sinais de desaceleração do gasto e de menor estímulo fiscal, estamos vivenciando uma nova rodada de desconfiança dos agentes de mercado. Diversas manobras fiscais e a ausência de contenção de gastos abalam a credibilidade", dizem os analistas, no texto. Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, do FGV Ibre, concluíram que a "grande dúvida" é saber se haverá apoio político para tais medidas. "Infelizmente, revisões sobre a regra de reajuste do salário mínimo e a desvinculação das aposentadorias, pensões e BPC do mínimo foram descartadas. E essas são medidas que dariam um impacto relevante na trajetória de gastos ao longo do tempo. Resta saber o que de fato será apresentado e aceito do ponto de vista político", afirmaram. Manifesto contra 'pacote antipopular' Enquanto o corte de gastos não é detalhado pelo governo, um manifesto com nomes de acadêmicos, economistas, pesquisadores, comunicadores populares, sindicalistas e parlamentares foi lançado contra as "políticas de austeridade fiscal" do governo federal. Entre eles, estão Vladimir Safatle, Ricardo Antunes, Lena Lavinas, Paulo Nakatani, ex-ministros como Roberto Amaral e José Gomes Temporão, além de parlamentares como Luiza Erundina, Sâmia Bomfim, Glauber Braga, Tarcísio Motta, Chico Alencar e Luciana Genro, presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco. "Desde o início, o Novo Arcabouço Fiscal foi concebido para impor limites rígidos aos gastos sociais e aos investimentos públicos, enquanto protege as despesas financeiras, especialmente o pagamento de juros que beneficiam os grandes rentistas", diz o documento. Segundo o manifesto divulgado, as medidas contam com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da "grande imprensa", que, diz o documento, "têm defendido abertamente que, para manter o arcabouço fiscal, é necessária uma redução estrutural dos direitos sociais". "Nós, em contraste, defendemos que o Novo Arcabouço Fiscal seja alterado ou revogado para que os direitos sociais não apenas sejam preservados, mas também expandidos, garantindo a inclusão e a proteção da população mais vulnerável", concluem os signatários. Veja Mais

MEI: empreendedor tem direito à aposentadoria por idade ou invalidez? Saiba o que diz a lei

G1 Economia Empreendedor garante uma série de benefícios previdenciários ao se formalizar, mas precisa pagar as contribuições mensais em dia; entenda as regras. Benefícios como aposentadoria por idade ou invalidez podem ser solicitados pelo telefone 135 ou no portal “Meu INSS” Reprodução/Freepik Ao se regularizar, o Microempreendedor Individual (MEI) tem acesso a benefícios previdenciários garantidos por lei. Dois deles são esseciais: as aposentadorias por idade ou invalidez. O microempreendedor não pode deixar de pagar as contribuições mensais em dia e deve cumprir a carência necessária para cada benefício. A contribuição é paga por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que é a soma da contribuição previdenciária (5% do salário-mínimo), com os impostos devidos pelos MEIs. (entenda como funciona) Veja como funcionam as regras para os MEIs regularizados. LEIA MAIS Saiba todos os direitos de quem é MEI MEI: conheça 5 golpes comuns contra pequenos negócios e veja como se proteger Quem tem nome sujo pode abrir MEI? Veja o que diz a lei MEIs devem usar apenas a plataforma federal para emitir notas fiscais Aposentadoria por idade Assim como um trabalhador regular, o microempreendedor também tem direito a aposentadoria. São dois cenários: antes e depois da reforma da Previdência. ?? Antes da reforma Para que o Microempreendedor Individual se aposentasse antes da reforma da Previdência — que passou a vigorar a partir de 13 de novembro de 2019 — era necessário: Ter 60 anos de idade, para as mulheres; Ter 65 anos de idade, para os homens; Ter 15 anos de contribuição, para ambos os sexos. ?? Depois da reforma Para quem ingressou no regime após a reforma da Previdência, as regras de aposentadoria mudaram: Mulheres: 62 anos de idade e tempo mínimo de contribuição de 15 anos; Homens: 65 anos de idade e tempo mínimo de contribuição de 20 anos. Aposentadoria por invalidez O empreendedor também tem direito a aposentadoria por invalidez, que mudou o nome para aposentadoria por incapacidade permanente. O benefício é concedido para profissionais impedidos de trabalhar permanentemente por razões de doença ou acidentes. Para ter acesso, é necessário no mínimo 12 meses contribuições através da guia DAS. A incapacidade por doença deve ser comprovada por meio de um laudo médico, que é liberado através da avaliação pericial. ???? COMO SOLICITAR? Os benefícios podem ser solicitados pelo telefone 135 ou no portal “Meu INSS” — em alguns casos é necessário agendar o atendimento ou ir a uma agência pessoalmente formalizar o pedido. Entenda o novo valor de contribuição mensal dos MEIs em 2024 Veja Mais

Copom: por que o mercado continua a esperar novas altas da Selic? Entenda

G1 Economia Próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) acontece na próxima quarta-feira (5). Estimativa do mercado é de nova alta da taxa básica de juros. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante sessão no Senado Adriano Machado/Reuters As dúvidas sobre a situação das contas públicas brasileiras e a perspectiva de uma atividade econômica que continuará forte devem continuar a pesar nessa e nas próximas decisões de juros do Banco Central (BC). O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana, e anuncia a nova taxa básica do país na quarta-feira (6). A Selic está em 10,75% ao ano, e a expectativa dos economistas e agentes do mercado financeiro é que ela sofra um novo aumento de 0,50 ponto percentual. E não termina por aí: a maior parte dos economistas ainda prevê uma nova elevação, da mesma magnitude, da taxa básica na reunião de dezembro. Assim, a Selic terminaria 2024 na casa dos 11,75% ao ano, maior patamar desde janeiro. O BC precisa analisar duas faces da economia brasileira: De um lado, o crescimento melhor do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) e um mercado de trabalho em mínimas históricas ajudam o consumo, mas pressionam as expectativas de inflação. Por outro, o governo com dificuldades em mostrar a credibilidade do arcabouço fiscal, o que deixa investidores aflitos e os faz pedirem juros mais altos para investir no país. Entenda melhor as questões abaixo, e saiba o que esperar do Copom. Por que teremos novas altas da Selic? Segundo economistas consultados pelo g1, uma série de fatores tem influenciado a percepção do mercado de que o Copom precisará adotar uma postura mais dura na condução dos juros, subindo as taxas. Entre eles estão: A maior incerteza sobre as contas públicas do país; A atividade econômica aquecida e a consequente pressão inflacionária; e O cenário internacional, também mais incerto. Haddad: Houve entendimento sobre medidas de corte de despesas; Bruno Carazza comenta Incerteza sobre as contas públicas do país De acordo com os especialistas, a dúvida sobre a capacidade do governo em cumprir com suas metas fiscais é um dos principais fatores avaliados pelo mercado nos últimos meses. “O fiscal é uma estatística macroeconômica importante e que entra de forma indireta nas expectativas de inflação”, explica o economista do ASA Leonardo Costa. Recentemente, o destaque das discussões econômicas tem sido a promessa feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a equipe econômica apresentaria novas medidas de cortes de gastos após as eleições municipais de 2024. O ministro ainda não detalhou as medidas nem indicou quando elas devem ser anunciadas. O governo federal tem a meta de zerar o déficit público neste ano, e mercado espera que o pacote que determine cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões para cumprir a promessa, segundo informou o blog do Valdo Cruz. Segundo o economista-sênior do Banco Inter André Valério, a expectativa em torno desse valor leva em consideração o quanto seria necessário para que o governo conseguisse cumprir com o que prometeu, sem derrubar o arcabouço fiscal, para este e para o próximo ano. “Se o governo vier com um corte menor do que esse ou com medidas menos transparentes, pode ser que eleve a percepção do mercado de que o arcabouço não será levado tão a sério”, diz o economista. O tema também tem sido abordado de maneira frequente pelo próprio BC, como um fator de influência nas decisões de política monetária. Nas últimas semanas, por exemplo, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar que se o Brasil quiser ter juros estruturalmente mais baixos, precisará apresentar medidas que sejam interpretadas como um choque fiscal positivo. "Tem que ser algo que produza uma mudança nas expectativas que seja grande o suficiente para reverter o prêmio de risco, a expectativa de inflação e a curva longa de juros, e isso alimentaria a função de reação [do BC] de maneira positiva", disse ele, no final de outubro. Para o estrategista de macroeconomia do BTG Pactual Portfolio Solutions Álvaro Frasson, mais do que um valor específico de cortes de gastos, o mercado espera um “plano de voo” por parte do governo, que indique um roteiro concreto e factível para estabilizar a dívida pública. “Não estou falando que o mercado quer a estabilidade da dívida em relação ao PIB para hoje, mas o mercado quer um plano de voo. Claro que um dos fatores para chegar a esse cenário é um custo de refinanciamento mais baixo, mas esse custo não se baixa com Selic, e sim com credibilidade do lado fiscal”, afirma. Economia aquecida e pressão inflacionária O forte desempenho econômico do país ao longo nos últimos meses é outro fator observado pelo BC. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano, no 12º resultado positivo do indicador. Somado a isso, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua indicou na semana passada que a taxa de desemprego do país estava em 6,4% em setembro, na segunda menor taxa de desocupação da série histórica. “Há uma percepção de que a economia está mais forte do que o esperado ou de que a desaceleração está acontecendo bem aquém das expectativas. Tudo isso faz com que a projeção [de inflação] do BC não alcance o centro da meta. Por isso, começamos um novo ajuste [de alta de juros]”, afirma a economista-chefe da SulAmerica Investimentos, Natalie Victal. Esse, no entanto, não é o único fator de pressão inflacionária no país. Pontos como a forte alta do dólar – que já acumula ganhos de mais de 20% no ano – e a pressão mencionada acima, das contas públicas, também aumentam as expectativas de inflação e fazem com que o mercado projete novas altas de juros à frente. “Mas não é só a política monetária que define qual o patamar da inflação, é a política econômica como um todo. E são vários fatores. Temos a política monetária do BC, a política fiscal do governo e a política setorial, por exemplo, que afetam esse cenário”, explica Victal. Eleições EUA: latinos podem definir vencedor em estados-chave Cenário internacional Por fim, há a incerteza da economia global. Em primeiro lugar, os dados ainda são fortes na economia norte-americana, que sugerem que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve diminuir o ritmo de cortes de juros por lá. Juros maiores (e por mais tempo) nos Estados Unidos aumentam a rentabilidade dos títulos do Tesouro norte-americano (as Treasuries), considerados os ativos financeiros mais seguros do mundo. Assim, quem busca segurança e boa remuneração em momentos turbulentos prioriza o investimento por lá e se afasta dos emergentes, como o Brasil. Com o fluxo de dólares direcionado para os Estados Unidos, a taxa de câmbio tende a piorar por aqui, piorando também a inflação local. Além disso, especialistas ainda citam as eleições norte-americanas como um fator de risco importante para a moeda brasileira e, possivelmente, para a curva de juros do país. “Além do componente de uma atividade mais forte nos Estados Unidos, temos também o fator eleição. A agenda do ex-presidente Trump é vista como expansionista, o que pode trazer juros mais altos no país e uma valorização do dólar ante o real”, diz Victal. O que o mercado espera ver no comunicado? Segundo os economistas, o Copom deve adotar um discurso um pouco mais cauteloso no comunicado divulgado após a decisão. “A gente acha que vai vir um comunicado no sentido de enfatizar a incerteza no cenário externo e doméstico”, afirma Valério do Inter. Além disso, a estimativa é que o colegiado não se comprometa com os próximos passos na condução da política monetária. “Acreditamos que o BC vai deixar os próximos passos em aberto porque ele tem conseguido ancorar a precificação do mercado só com declarações. E quando você escreve em um documento, bem ou mal, você tem um compromisso. E desfazer esse compromisso gera um custo”, completa Victal. Veja Mais

Netflix é alvo de buscas por suspeitas de fraude fiscal na Europa

G1 Economia A operação faz parte de uma investigação aberta em 2022 na França. Patrick T. FALLON / AFP Os escritórios da Netflix em Paris e Amsterdã foram alvos de operações de buscas na manhã desta terça-feira (5) como parte de uma investigação sobre suspeita de fraude fiscal e trabalho clandestino, disse uma fonte judicial à agência de notícias AFP. A sede da Netflix para Europa, Oriente Médio e África se encontra na capital holandesa. A busca realizada nesta terça por investigadores financeiros especializados está relacionada a suspeitas de "ocultação de fraude fiscal agravada e trabalho clandestino" e faz parte de uma investigação aberta em novembro de 2022, disse a fonte. "Há vários meses, as autoridades francesas e holandesas vêm cooperando nesse caso criminal", acrescentou. LEIA TAMBÉM Disney+ proíbe compartilhamento de senhas entre residências diferentes a partir de novembro O ‘acampamento de verão’ para bilionários que reúne as pessoas mais influentes dos EUA A Procuradoria Nacional de Finanças da França (PNF) abriu uma investigação preliminar em novembro de 2022 por lavagem de fraude fiscal agravada e trabalho clandestino em quadrilha organizada contra a Netflix França, que já era alvo de uma auditoria fiscal nos exercícios de 2019, 2020 e 2021. "Cumprimos as regras fiscais de todos os países em que operamos no mundo", disse um porta-voz da Netflix em 2023, quando foram reveladas informações sobre a auditoria fiscal na França. Até 2021, a gigante do streaming, que se estabeleceu na França em 2014, "minimizou sua tributação declarando na Holanda o seu faturamento feito na França", já que seus clientes estavam sob contrato com uma empresa holandesa, disse o veículo de comunicação francês La Lettre A. Entre 2019 e 2020, a Netflix, que já contava com 7 milhões de assinantes na França, pagou "apenas 981.000 euros (R$ 6,8 milhões) em impostos sobre os lucros". Para o ano fiscal de 2021, "os agentes fiscais estão procurando verificar se [...] a Netflix continuou a minimizar abusivamente seus lucros", explicou La Lettre A. A subsidiária francesa registrou margens operacionais muito baixas em comparação com a matriz nos EUA, de acordo com o veículo de mídia. Com mais de 282 milhões de assinantes em todo o mundo no final de setembro, a Netflix obteve US$ 9,82 bilhões (R$ 56,8 bilhões) em receitas no terceiro trimestre de 2024, com um lucro líquido de US$ 2,4 bilhões (R$ 13,9 bilhões). Procon de SP notifica Netflix sobre cobrança por compartilhamento de assinatura Veja Mais

Funcionários da Boeing encerram greve de 7 semanas que custou mais de US$ 10 bilhões para a companhia

G1 Economia Sindicato aceitou a proposta da empesa que garante um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos. Boeing Reuters Trabalhadores da Boeing em Seattle, noroeste dos Estados Unidos, aprovaram na segunda-feira (4) a proposta da empresa para encerrar mais de sete semanas de greve que custou mais de US$ 10 bilhões de dólares (US$ 57 bilhões) para o grupo e seus fornecedores. Após a rejeição de duas ofertas anteriores, a filial IAM-District 751 do sindicato de maquinistas IAM ratificou com 59% de apoio a última proposta da direção da empresa, que prevê importantes aumentos salariais, anunciou a organização. A decisão provocará o retorno ao trabalho de quase 33 mil funcionários em greve e a retomada das operações em duas grandes fábricas. LEIA TAMBÉM Boeing irá cortar 17 mil empregos, 10% da força de trabalho global, diz CEO Boeing pode levantar até US$ 19 bilhões em oferta de ações "A greve termina e agora nossa tarefa é voltar ao trabalho e começar a fabricar aviões (...) e devolver esta empresa ao sucesso financeiro", afirmou Jon Holden, diretor do sindicato. "Estou orgulhos dos nossos membros", afirmou. "Conseguiram muito e estamos prontos para seguir em frente", acrescentou. O novo acordo garante um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos, próximo dos 40% exigidos pelo sindicato. Também inclui um bônus de US$ 12 mil e dispositivos para aumentar as contribuições da empresa a um plano de aposentadoria e conter os custos da assistência médica. O acordo, no entanto, não restabelecerá o antigo plano de pensões da Boeing, como desejavam os funcionários mais antigos. O CEO do grupo, Kelly Ortberg, se declarou "feliz" com o acordo. "Os últimos meses foram difíceis para todos nós, mas agora fazemos parte da mesma equipe", disse. Ortberg destacou "a importância deste momento para a nossa história e para as gerações futuras". "Há muito trabalho a fazer para retornar à excelência que fez da Boeing uma empresa emblemática", afirmou. Segundo o Anderson Economic Group, esta é a greve mais cara do século nos Estados Unidos, com um impacto indireto de mais de US$ 11,56 bilhões (R$ 66 bilhões) desde o dia 13 de setembro. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou as partes "por alcançarem um acordo que reflete o trabalho duro e os sacrifícios dos 33.000 funcionários". Além disso, a poucas horas das eleições presidenciais do país, ele ressaltou o apoio da sua equipe econômica aos processos de negociação. "Ao longo dos últimos quatro anos, nós demonstramos que a negociação coletiva funciona. Os bons acordos beneficiam os trabalhadores, as empresas e os consumidores", declarou Biden. Com desemprego baixo e bolsa em alta, por que americanos acham que economia vai mal com Biden e Kamala? Boeing terá de pagar 150 milhões de dólares à Embraer Bancos de alimentos O acordo coletivo finalmente aprovado foi a quarta oferta apresentada pelo gigante da aviação desde o início de setembro, mas apenas a terceira submetida ao voto dos sindicatos. A primeira, rejeitada em 12 de setembro por quase 95% dos membros do sindicato e que desencadeou a greve, previa um aumento salarial de 25%. A direção da empresa propôs então 30% e 35%, até chegar aos 38% finalmente aprovados. Também manteve o compromisso de fabricar seu próximo modelo de avião, previsto para 2035, na região de Seattle, o berço da Boeing, o que garante dezenas de milhares de empregos por décadas. Os grevistas, sem seguro de saúde desde o final de setembro, recebiam 250 dólares semanais do sindicato desde a quarta semana de paralisação e alguns dependiam da ajuda de bancos de alimentos. O fim da greve também é crucial para a Boeing, que enfrenta graves dificuldades financeiras. As duas fábricas afetadas produzem os aviões 737 (seu principal modelo), 777, 767 e vários programas militares. Veja Mais

Corte de gastos: governo faz nova série de reuniões nesta terça para tentar fechar pacote

G1 Economia Área econômica elabora medidas de contenção de despesas, que devem ser apresentadas nesta semana. Ações são necessárias para frear dívida e juros, que penalizam investimentos. O governo federal faz nesta terça-feira (5) nova série de reuniões para tentar fechar um pacote de corte de gastos. Segundo o Ministério da Fazenda, a Casa Civil vai chamar ministérios para discutir a situação fiscal do país e as propostas de corte de despesas. O governo não indicou quais pastas serão convocadas. Também nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir à tarde com atores diretamente envolvidos no debate: o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a secretária-executiva da pasta, Miriam Belchior; a ministra da Gestão, Esther Dweck, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Na segunda (4), terminou sem anúncios uma reunião entre Lula e ministros para tentar concluir o pacote para cortar gastos públicos e garantir o respeito às metas fiscais nos próximos anos. A reunião da segunda durou será de três horas. Além de Lula, estavam presentes os ministros: Fernando Haddad (Fazenda); Simone Tebet (Planejamento e Orçamento); Rui Costa (Casa Civil); Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos); Luiz Marinho (Trabalho); Camilo Santana (Educação); Nísia Trindade (Saúde). Presidente Lula se reúne com ministros pra tratar de medidas de corte de gastos públicos Segundo o Ministério da Fazenda, "o quadro fiscal do País foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão". "Nesta terça (5), outros ministérios serão chamados pela Casa Civil para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações", informou o Ministério da Fazenda. Pela manhã, Haddad tinha dito a jornalistas que acreditava que o governo estava na "reta final" de elaboração das medidas. O que deve estar no pacote Segundo o colunista do g1 Valdo Cruz, no encontro com Lula, a equipe econômica pretendia propor um limite para despesas obrigatórias para preservar as regras previstas no arcabouço fiscal. Ficariam de fora do teto o aumento real do salário mínimo e a vinculação da aposentadoria ao mínimo. Estariam na mesa, ainda, mudanças na vinculação de gastos de áreas como saúde e educação. Miriam Leitão: Corte de gastos: Casa Civil e Fazenda chegaram a entendimento Cortes de gastos A equipe econômica do governo tem se debruçado nas últimas semanas sobre uma agenda que vem sendo cobrada por investidores e setores da política desde o começo do governo do presidente Lula: o corte de gastos públicos. Por enquanto, as medidas em estudo ainda não foram detalhadas, o que tem gerado nervosismo no mercado financeiro — com pressão sobre o dólar, queda da Bolsa de Valores e alta dos juros futuros. Nos últimos dias, Haddad defendeu que entende a "inquietação" do mercado, mas acrescentou que o governo apresentará propostas para manter o arcabouço fiscal operante. A expectativa é que as medidas sejam apresentadas nas próximas semanas. Surgiram notícias de que o governo estaria considerando mudanças no seguro desemprego e na multa de 40% de demissão sem justa causa, algo que foi negado pelo Ministério do Trabalho. O ministro Luiz Marinho ameaçou até deixar o cargo caso se sinta agredido, ou seja, na hipótese de mudanças serem encaminhadas sem discussão prévia com ele. Veja Mais

PIX por aproximação é lançado para clientes da carteira digital do Google

G1 Economia Funcionalidade foi anunciada em evento em São Paulo, com presença do presidente do BC, Roberto Campos Neto. PIX por aproximação do BB começa a ser testado Divulgação/Cielo O Google anunciou nesta segunda-feira (5) o lançamento do pagamento com PIX por aproximação para clientes de sua carteira digital, o GPay. Ou seja, o cliente poderá pagar sua conta aproximando o celular de uma máquina de cartão. O evento de lançamento aconteceu na sede da empresa, em São Paulo, com a presença do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto. O PIX por aproximação estaria disponível em todo o país somente a partir de fevereiro de 2025, mas a funcionalidade tem sido antecipada por alguns bancos. “Fizemos uma pesquisa com clientes do PIX para entender como usavam [...] um percentual grande das pessoas que não usavam o PIX no dia a dia era porque achavam mais simples aproximar o cartão”, diz Campos Neto. Com o novo percurso, o pagamento por PIX por aproximação se iguala ao sistema de aproximação já usado em cartões de crédito: O comprador avisa ao lojista que deseja pagar por meio do PIX por aproximação; O lojista seleciona o pagamento por PIX na maquininha; O comprador habilita o pagamento por reconhecimento facial ou senha; O comprador encosta o celular, confere o valor e confirma a transação. A função está disponível para clientes de bancos que conseguem vincular suas contas à carteira digital do Google. Também nesta segunda-feira, o Itaú Unibanco anunciou que suas maquininhas da Rede passarão a aceitar o pagamento por PIX por aproximação. Para todas as transações, é necessário que o lojista tenha equipamento que aceite o PIX por aproximação. O presidente do BC já havia adiantado o lançamento na semana passada. "Agora, nesta semana, vamos ter um evento com o Google para lançar o pagamento por aproximação do PIX. Da mesma forma que você tem hoje no Google Wallet, onde encosta o cartão de crédito e paga, você vai poder fazer isso com o PIX a partir da próxima semana", disse Campos Neto na última terça (29). Também na semana passada, passou a funcionar o PIX Agendado Recorrente, modalidade que permite que qualquer pessoa agende pagamentos de mesmo valor de forma recorrente, para cair na conta do recebedor sempre no mesmo dia de cada mês. O pagamento para outros profissionais autônomos, que recebam como pessoa física ou por meio de CNPJ, também pode ser cadastrado no agendamento recorrente do PIX, como terapeuta, diarista, personal trainer e professor de música, por exemplo. O que é o PIX Agendado Recorrente e como funciona a nova modalidade Banco do Brasil já lançou Em outubro, o Banco do Brasil havia anunciado a funcionalidade de PIX por Aproximação para parte dos seus correntistas, como um piloto — ou seja, um teste antes de ser liberado para o público geral. Esse grupo poderá testar o modelo em estabelecimentos comerciais previamente habilitados em Brasília (DF) e em São Paulo (SP). A expectativa da instituição é que o PIX por aproximação seja liberado para todos os clientes já em novembro deste ano. O sistema instaurado pelo banco, contudo, não tem integração imediata com as carteiras digitais. O cliente precisa abrir o app do banco e seguir o percurso. Para as compras de até R$ 200, o cliente deverá: ???? conferir o valor da compra na maquininha ???? abrir o aplicativo do banco ???? clicar em "PIX por aproximação" ????realizar a autenticação biométrica ou digitar a senha de login do app Já para as compras acima de R$ 200, além desse mesmo passo a passo, o cliente precisará, também, digitar a senha transacional da conta. Veja Mais

Dólar cai mais de 1% e vai a R$ 5,80, com expectativa por corte de gastos e eleições nos EUA no radar; Ibovespa sobe

G1 Economia Na última sexta-feira, a moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,8698, no segundo maior patamar da história, e já acumula uma alta de mais de 20% em 2024. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda de 1,23%, aos 128.121 pontos. freepik O dólar abriu em baixa nesta segunda-feira (4), depois de registrar o seu segundo maior valor nominal da história (descontada a inflação) na última sexta-feira (1°). A semana é bastante movimentada e investidores ficam de olho em eleições americanas, cenários fiscal brasileiro e decisões sobre juros aqui e lá fora. O alívio na taxa de câmbio veio após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelar uma viagem à Europa nesta semana a pedido do presidente Lula, em meio a pressões do mercado financeiro por um pacote de corte nos gastos. Investidores acreditavam que o anúncio seria feito logo após o segundo turno das eleições municipais, mas, com o governo levando mais tempo que o esperado, o dólar disparou mais de 6% na última semana. Agora, com a viagem cancelada de Haddad, há uma expectativa de que o governo pode anunciar em breve seus planos para redução das despesas. Apesar o tema fiscal seguir no radar, o grande destaque da semana são as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que acontecem nesta terça-feira (5), em que se enfrentam a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. As apostas do mercado financeiro são de uma vitória de Trump, mas nos últimos dias mostraram um avanço da Harris. A possibilidade de cenário em que o republicano saia vitorioso tem desvalorizado as moedas de países emergentes, como o Brasil, na esteira de declarações do candidato sobre a intenção de aplicar mais tarifas aos produtos importados nos Estados Unidos — o que prejudicaria países exportadores. Kamala ou Trump: como afetam a economia brasileira e quais os impactos no dólar, bolsa e juros Ainda nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) se reúne para decidir a nova Selic, taxa básica de juros, na quarta-feira (6), enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anuncia suas novas taxas de juros na quinta (7). O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Às 10h15, o dólar caía 1,07%, cotado a R$ 5,8067. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,7987. Veja mais cotações. Na última sexta-feira (1°), a moeda avançou 1,53%, cotada a R$ 5,8698, atingindo o segundo maior patamar da história. No dia 13 de maio de 2020, a moeda americana chegou aos R$ 5,9007, seu recorde. Com o resultado, acumulou: alta de 2,90% na semana; avanço de 1,53% no mês; ganho de 20,96% no ano. O Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,02%, aos 129.429 pontos. Na sexta, o índice encerrou em baixa de 1,23%, aos 128.121 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 1,36% na semana; perdas de 1,23% no mês; recuo de 4,52% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Na manhã deste domingo (3), o Ministério da Fazenda informou que a pedido do presidente Lula, o ministro Fernando Haddad estará em Brasília ao longo da próxima semana, "dedicado aos temas domésticos". Hoje o ministro se reúne com Lula e há expectativas de que haja algum avanço nas discussões sobre os cortes de gastos públicos. Por enquanto, as medidas em estudo ainda não foram detalhadas, o que tem gerado nervosismo no mercado financeiro — com pressão sobre o dólar, queda da Bolsa de Valores e alta dos juros futuros. Nos últimos dias, Haddad defendeu que entende a "inquietação" do mercado, mas acrescentou que o governo apresentará propostas para manter o arcabouço fiscal operante. A expectativa é que as medidas sejam apresentadas nas próximas semanas. Ao longo da semana, ainda, o mercado aguarda pela decisão do Copom, com expectativa de que o Comitê eleve em até 0,50 ponto percentual a taxa Selic, a um patamar de 11,25% ao ano. Juros maiores são uma tentativa do BC de conter o avanço da inflação. No Boletim Focus deste semana — um relatório do BC que reúne as projeções de economistas do mercado para os principais indicadores econômicos do país — as projeções para a inflação voltaram a subir, pela quinta semana consecutiva. Agora, o mercado passou a prever a inflação a 4,59% no fim de 2024, ultrapassando o limite da meta inflacionária para o ano. A meta do BC é de 3,00%, com a inflação podendo oscilar entre 1,50% e 4,50% para ser considerada oficialmente cumprida. No exterior, enquanto aguarda pelo fim das eleições, o mercado norte-americano não conta com grandes divulgações de dados econômicos neste pregão, com as atenções voltadas apenas ao cenário político. Em reportagem do g1, especialistas explicam que tanto Kamala Harris quanto Donald Trump podem trazer impactos para a economia brasileira com suas políticas. No entanto, com as propostas apesentadas até aqui, a expectativa é que uma vitória de Trump pressionaria mais o dólar em detrimento do real. Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos Estados Unidos, diminuindo o comércio com a China. "Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa. Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras", explicou ao g1 Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional. Esse cenário poderia mexer com a balança comercial brasileira, diminuindo o nível de exportações, o que reduziria a reserva de dólares e poderia pressionar ainda mais a inflação. As eleições americanas acontecem nesta terça-feira (5) e os resultados devem ser divulgados nos próximos dias. Ainda nos Estados Unidos, na quinta-feira, o Fed volta a se reunir para decidir suas novas taxas de juros, atualmente entre 4,75% e 5,00% ao ano, depois de um corte de 0,50 ponto percentual na última reunião, em setembro. O mercado aposta numa continuidade do ciclo de cortes nos juros, mas em maior magnitude, com uma redução de 0,25 ponto percentual. Veja Mais

Novas regras do PIX: tem um aparelho novo? Saiba como liberar seu limite

G1 Economia Novas regras do sistema de pagamentos passam a valer nesta sexta-feira (1º) e impõem um limite menor de transação em aparelhos novos. PIX Marcelo Casagrande / Agencia RBS As novas regras para o PIX começaram a valer na sexta-feira (1º). Anunciadas pelo Banco Central (BC) em julho, as medidas têm o objetivo de minimizar fraudes e trazer mais segurança. Com as alterações, os clientes terão um limite menor para transações em aparelhos novos — e precisarão cadastrá-los junto ao banco para liberar valores maiores. Já as instituições financeiras precisarão implementar uma série de ações de gerenciamento de risco e de prevenção à fraude. Veja abaixo as mudanças e como modificar os limites. O que muda para os consumidores? Como fazer o cadastro para liberar um valor maior de transferência? O que muda para as instituições financeiras? Por que o Banco Central fez essas mudanças? Meu PIX vai mudar? Entenda a nova regra O que muda para os consumidores? Para os consumidores, as novas regras do PIX vão colocar um teto para os valores transferidos por celulares ou computadores novos e/ou não cadastrados. Assim, se o aparelho é novo ou nunca realizou uma transação via PIX, as transferências serão limitadas a R$ 200 por transação, ou R$ 1 mil por dia. Para transações acima desses valores, o cliente precisará ter cadastrado o acesso previamente junto ao banco, liberando o aparelho para transações maiores. Os dispositivos que já estiverem cadastrados não terão mudanças. Volte ao topo. Como fazer o cadastro para liberar um valor maior de transferência? Segundo o chefe do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro (Decem) do Banco Central, Ricardo Mourão, o usuário que quiser registrar um novo dispositivo precisará procurar a opção para fazer o gerenciamento de dispositivos no aplicativo de sua instituição financeira. Em seguida, basta solicitar o cadastramento. "Cada instituição possui seu próprio procedimento de cadastro, então basta seguir as instruções fornecidas durante o procedimento. Após finalizado o cadastro, as transações naquele dispositivo poderão ser realizadas considerando o limite originalmente estabelecido para o cliente", disse Mourão em nota. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), toda a comunicação direta com o cliente sobre as novas medidas será feita dentro do dispositivo de acesso (celular ou computador) já usado para iniciar as transferências PIX. "Para elevar os limites será necessário cadastrar o novo aparelho em suas instituições financeiras. Caberá ao banco enviar uma mensagem diretamente ao cliente por meio de seu aplicativo, indicando os dados necessários e onde deve ser feito esse cadastro", informou a federação em nota. A Febraban ainda reforça que todos os aplicativos bancários também têm funções próprias de limites PIX, que permitem aos clientes solicitar aumento ou redução desses limites de acordo com suas necessidades. "Os limites podem ser determinados, por exemplo, para transferências diurnas ou noturnas, para contatos salvos do cliente, para pessoas jurídicas ou para pessoas que não estão cadastradas", disse a federação, lembrando que, nesses casos, o aumento do limite passa a valer entre 24 e 48 horas após a solicitação. Volte ao topo. O que muda para as instituições financeiras? As mudanças no regulamento do sistema de pagamentos instantâneos também envolvem uma série de aperfeiçoamentos nos mecanismos de segurança dos bancos e exige ações de gerenciamento de riscos e de prevenção à fraude. Segundo o BC, as instituições financeiras terão que: utilizar uma solução de gerenciamento de risco de fraude, que contemple as informações de segurança armazenadas no BC e que seja capaz de identificar transações PIX atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente; disponibilizar, em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes, informações sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar fraudes; e verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do BC. Nos casos em que haja uma marcação de fraude em clientes, o BC espera que os bancos: encerrem o relacionamento com esse usuário; tragam um limite diferenciado de tempo para autorizar transações iniciadas por eles; ou façam um bloqueio cautelar de transações recebidas. Volte ao topo. Por que o Banco Central fez essas mudanças? Segundo o BC e a Febraban, as medidas visam minimizar a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações PIX. É o caso de golpes por meio de engenharia social, por exemplo, que é quando um criminoso usa influência e persuasão para enganar e manipular pessoas e obter senhas de acesso. Assim, se o cliente caiu em um golpe desse tipo e acabou passando seus dados para o fraudador — como informações de conta e senha, por exemplo — o banco detectará o acesso em um local e dispositivo diferente quando o bandido tentar conectar na conta da vítima. "A instituição irá detectar que se trata de um novo local, ainda não cadastrado, e que o cliente não utiliza normalmente em suas operações. A transação, nesses casos, será limitada automaticamente", informou a Febraban. Caso o cliente realmente esteja com um dispositivo novo, no entanto, a federação alerta que é necessário ficar atento a mensagens que chegam por diferentes meios, mas sempre por um canal oficial do banco. “Portanto, não clique em links, e-mails e em mensagens de Whatsapp ou SMS que solicitem que você passe seus dados pessoais e bancários. Se você receber alguma mensagem fora dos canais oficiais de seu banco, a ignore, porque provavelmente é um golpe”, disse o diretor-adjunto de serviços da Febraban, Walter Faria. “Se tiver qualquer dúvida, entre você mesmo em contato com os canais oficiais de sua instituição financeira”, complementa Faria. Com as novas regras, todas as cerca de 900 instituições participantes do PIX deverão utilizar alguma solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple as informações de segurança armazenadas no BC e que seja capaz de identificar transações atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente. Volte ao topo. Veja Mais

Fiéis se emocionam com tradição do Pouso do Divino

G1 Economia Chegada do Divino Espírito Santo é aguardada pelos fiéis de Tietê (SP). Celebrações incluem homenagens no rio e em terra firme. Fiéis participam da tradicional festa do Pouso do Divino Reprodução/TV TEM Na zona rural de Tietê (SP), fiéis se reúnem para uma longa celebração em homenagem ao Divino Espírito Santo. A jornada, que dura algumas semanas, inclui homenagens no rio e em terra e é uma manifestação cheia de rituais, cantorias e muita fé. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp A tradição, que se mantém há 185 anos, começa no porto da cidade, com bênção do padre. Durante o período, as pessoas levam a imagem do santo até a outra ponta do Rio Tietê, com parada na casa de um fiel. A procissão de barco leva cerca de 20 minutos e todos ajudam a remar. Chegando na beira, os participantes encontram a primeira família que receberá o Divino Espírito Santo, com todas as portas abertas e o altar pronto. Na residência, o dono do imóvel se prepara para o Pouso do Divino, que consiste em uma refeição oferecida aos irmãos. O costume surgiu após a cidade sofrer uma epidemia de febre amarela, durante o século XIX. Veja a reportagem exibida no programa em 03/11/2024: Fiéis se emocionam com tradição do Pouso do Divino VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Moto Morini: conheça a marca italiana que chega ao Brasil com investimento de R$ 250 milhões

G1 Economia Fabricante de motos abre fábrica em Manaus (AM), terá três modelos e disputará mercado com Honda, BMW, Triumph e Royal Enfield. Moto Morini começará a produzir no Brasil a partir do segundo semestre de 2025 Divulgação | Moto Morini A Moto Morini, marca italiana de motos de média e alta cilindrada, confirma chegada ao Brasil para 2025 e investimento de R$ 250 milhões para início das operações em solo nacional. A estreia da montadora está prevista para o meio do ano que vem, quando ela apresentará os três modelos que serão feitos por aqui. O aporte divulgado pela marca será direcionado para os primeiros três anos de operação, que prevê as etapas de estruturação da cadeia produtiva na Zona Franca de Manaus (AM) e todos os processos de distribuição, rede de concessionários e posicionamento da marca no país. A marca italiana tem em sua gama motos que vão de 650 cilindradas a 1200cc, desde custom até trail. Ou seja, são motos que chegam para brigar com marcas premium como Triumph, BMW e Harley-Davidson. LEIA MAIS VÍDEO: veja a BYD Shark em 3 pontos positivos e 3 negativos Nova Honda CG 160 chega R$ 16.194; veja o que mudou na moto mais vendida do Brasil LISTA: veja as 5 motos mais baratas para pegar estrada Morini Calibro 650 é uma custom de média cilindrada Divulgação | Moto Morini De acordo com Gunther Hofstatter, diretor de vendas e pós-venda da Moto Morini Brasil, as peças serão produzidas na Itália e a montagem será feita em solo brasileiro. “Eliminamos o risco de falta de peças, uma vez que a montagem será nacional”, garantiu o executivo. “A escolha dos primeiros modelos é fruto de um compromisso que assumimos com o mercado, de oferecer motos premium. Com o tempo, novos modelos entrarão em linha de montagem e vamos estreitar cada vez mais essa relação”, disse Gunther. A Morini ainda não confirmou quais modelos virão para o mercado brasileiro. Contudo, é possível elencar algumas candidatas, uma vez que a montadora já comercializa esses modelos em outros mercados da América do Sul, como Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Equador e Venezuela. Veja abaixo. Seiemmezzo Naked deve disputar espaço com a Honda CB 650R Assim como o primeiro modelo da marca, a “três e meio”, a Seiemmezzo (do italiano, seis e meio), tem esse nome para corresponder à sua cilindrada: 650 cm³. Nos mercados citados acima, ela é comercializada em duas versões: STR e SCR. Contudo, o motor é o mesmo e rende 59,6 cv de potência que a fazem chegar a 170 km/h de velocidade máxima. A Seiemmezzo se encaixa na categoria das Naked e vem para brigar com a Honda CB 650R, que custa R$ 52.590. X-Cape Trail da marca italiana terá motor de 650 cilindradas Apesar de carregar um moto de mesma cilindrada, a X-Cape tem um apelo mais aventureiro e vem para brigar no segmento das trail, que são motos mais voltadas para trilhas. Apesar de não ter um desenho apto para encarar off-road pesado, ela tem rodas de 19 polegadas na dianteira, o que indica que ela pode passar por obstáculos maiores. Os modelos vendidos em países vizinhos tem como painel de instrumentos uma tela TFT de sete polegadas. O motor também é de 650 cilindradas, assim como na Seiemmezzo, o que indica que ela deve vir para rivalizar com a Triumph Tiger Sport 660 (R$ 56.990) e BMW F 800 GS (R$ 66.900). Calibro Custom Calibro chega para disputar espaço com os modelos da Royal Enfield E para marcar posição na categoria das custom, a Morini deve trazer a Calibro, uma estradeira que tem motor de 650 cilindradas, com pedaleiras avançadas para proporcionar mais conforto em viagens longas e iluminação totalmente em LED. O tanque, assim como na Seiemmezzo, tem 15 litros de capacidade. O quadro de instrumentos é mais simples que o da X-Cape, com um conta-giros analógico e um pequeno painel digital onde é possível ver a velocidade e o nível de combustível. Com essas características, a Calibro deve vir para disputar com a Royal Enfield Super Meteor 650, que tem preços girando na casa dos R$ 34.990. Lojas De acordo com comunicado, as primeiras concessionárias da Morini abrirão as portas a partir de julho de 2025 em São Paulo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos. “No ano seguinte, a marca continuará sua expansão para mais estados do Sudeste e para o Distrito Federal. A região Sul será contemplada durante a terceira fase da nossa expansão, em 2027”, finalizou o diretor de vendas. Origem A Moto Morini tem origem na Itália e foi fundada em 1937 em Bolonha. São quase 90 anos de história. Afonso Morini era um mecânico, designer e piloto que produzia motos voltadas para corridas. A fábrica foi totalmente destruída na Segunda Guerra Mundial, mas retornou pouco depois do fim do conflito. Atualmente, a sede da empresa fica em Trivolzio, na região da Lombardia, no norte italiano. Contudo, parte de seu parque industrial está em Taizhou, na China. A Morini está presente em 55 países. Nova Honda CG 160 2025 Veja Mais

Último vencedor da Mega-Sena é de Petrolina; prêmio acumulado em R$ 200 milhões pode sair neste sábado (9)

G1 Economia A pessoa sorteada em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, acertou as seis dezenas do concurso 2.783, sorteado no dia 5 de outubro. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Desde o dia 5 de outubro ninguém conseguiu acertar as seis dezenas da Mega-Sena. O último vencedor foi uma pessoa de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, que levou para casa pouco mais de R$ 52 milhões. Neste sábado (9), o concurso 2.795 pode pagar R$200 milhões, caso alguém acerte os seis números. Esse é o 6º maior prêmio regular da loteria, excluindo a Mega da Virada (veja o ranking no final da matéria). LEIA TAMBÉM: Mega-Sena pode pagar R$ 200 milhões neste sábado, 6º maior prêmio da história A aposta sortuda em Petrolina foi feita pela internet, com nove números e custou R$420,20. Os números sorteados foram: 07 - 30 - 38 - 39 - 43 – 54. Para concorrer aos R$200 milhões que podem ser sorteados neste sábado, os interessados podem fazer apostas até as 19h, inclusive pela internet, e a aposta mínima custa R$ 5,00. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Ranking dos maiores prêmios pagos Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE Veja Mais

Quem foi Ibrahim Eris, um dos pais do Plano Collor que morreu aos 80 anos

G1 Economia Economista e ex-presidente do Banco Central, Eris nasceu na Turquia e emigrou para o Brasil em 1973. Ibrahim Éris em entrevista coletiva realizada em Brasília, em dezembro de 1990 LEONARDO CASTRO/ESTADÃO CONTEÚDO O ex-presidente do Banco Central do Brasil (BC) Ibrahim Eris morreu nesta sexta-feira (8), aos 80 anos. Um dos criadores do Plano Collor, o economista esteve à frente da instituição entre março de 1990 e maio de 1991, durante a presidência de Fernando Affonso Collor de Mello e com a gestão de Zélia Maria Cardoso de Mello no Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento. Eris também foi vice-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atuou como consultor de investimentos. Início da carreira Nascido na Turquia, em 1944, Ibrahim Eris se formou em economia e estatística pela Middle East Technical University e cursou um doutorado no mesmo tema na Universidade de Vanderbilt, em 1966. Veio para o Brasil em 1973 e logo se tornou professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP). Nesse período, foi professor de grandes nomes da Economia brasileira, como Aloizio Mercadante, atual presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Persio Arida, um dos idealizadores do Plano Real. Na década de 70 se tornou vice-presidente do Ipea e colaborou com diversos trabalhos para Antônio Delfim Netto, então ministro do Planejamento. Plano Collor Segundo o Banco Central, Eris foi convidado por Maria Zélia Cardoso de Mello para integrar o grupo criado para preparar o programa econômico de Fernando Collor de Mello pouco antes de 1989. Com a eleição de Collor, Eris continuou parte da equipe econômica e foi presidente do Banco Central entre março de 1990 e maio de 1991, sendo um dos responsáveis pela criação e implementação do Plano Collor. ???? O que foi o Plano Collor? O Plano Collor, também conhecido como Plano "Brasil Novo" foi um conjunto de medidas que visavam controlar a hiperinflação em que o Brasil se encontrava e dar novas forças à economia. Entre as propostas estava o confisco dos depósitos à vista e de poupança da população pelo prazo de 18 meses, causando grande comoção nacional. Com o fracasso do plano, Eris deixou a presidência do BC em 1991. Veja Mais

Belém e Manaus têm mais da metade da população vivendo em favelas, diz Censo

G1 Economia São as únicas capitais do país com mais de 50% dos moradores vivendo em comunidades. Média do país é de 8,1%. Moradores da favela Educandos durante a pandemia de Covid-19 em Manaus Bruno Kelly/Reuters Belém e Manaus são as únicas capitais do país com mais da metade da população vivendo em favelas, revelam os dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Belém, que em 2025 irá sediar a COP 30 – a conferência do clima das Nações Unidas –, 57,2% dos moradores estão em comunidades. Em Manaus, 55,8%. ????Estes índices são bem maiores que a média do país, de 8,1% – um total de 16,4 milhões dos 203 milhões de brasileiros, que moram em 12.348 favelas distribuídas por 656 municípios (clique aqui para consultar quantas pessoas vivem em favelas em sua cidade). ????No conjunto, a Região Norte tem a maior fatia de pessoas vivendo em favela: são 18,9%, o dobro dos 8,5% do Nordeste e os 8,4% do Sudeste. O Sul tem 3,2% e o Centro-Oeste, 2,4%. ????Os três estados brasileiros com maior população em favelas são da região Norte: Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%). ????Todas as cinco cidades brasileiras com maior percentual de população em favelas são do Norte: Moradores de favelas De acordo com o IBGE, grande parte das comunidades acompanham a margem do rio Amazonas. "A urbanização dessas cidades na região Norte não contou com uma base produtiva mais consolidada no processo histórico. Além disso, Manaus e a concentração urbana de Belém apresentam uma condição de macrocefalia, ou seja, uma única área que concentra fortemente os serviços, promovendo com isso uma forte atração de população", analisa a pesquisadora do IBGE Letícia de Carvalho. IBGE passa a chamar as favelas de favelas Veja abaixo, em vermelho, as regiões de favela de Belém Veja abaixo, em vermelho, as regiões de favela de Manaus: Veja Mais

INFOGRÁFICO: Veja quantas pessoas moram em favelas na sua cidade

G1 Economia Brasil tem 16,4 milhões de pessoas vivendo em 12,4 mil favelas em 656 dos 5.570 municípios do país. Veja a situação na sua cidade. O Brasil tem 16,4 milhões de pessoas vivendo em favelas, mostram dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 8,1% da população do país, um aumento em relação aos 6% de 2010. Parte do crescimento, segundo o IBGE, decorre da melhoria na coleta dos dados. Ao todo, o país tem 12,4 mil distribuídas por 656 das 5.570 cidades do país (em 2010, elas eram 6.329 em 323 municípios). Veja, no infográfico a seguir, quais são elas e quantas pessoas vivem em favelas em cada uma, e leia abaixo mais detalhes sobre o levantamento. ????A Região Norte tem a maior fatia da população vivendo em favelas, 19%; em Belém e Manaus, mais da metade da população está em comunidades; ????A maioria das favelas (72,5%) tem até 500 lares; ????A favela da Rocinha, no Rio, continua sendo a maior do país, seguida da Sol Nascente (DF) e da Paraisópolis (SP) (clique aqui para ver as 20 maiores); ???????????Os moradores de favelas são mais jovens e mais negros que a média brasileira (entenda); ? ???????????As favelas têm mais templos e menos unidades de saúde que a média (saiba mais); ????As favelas são diversas e heterogêneas em suas formas, tamanhos e tipos de construção. Ocupam morros, baixadas, praias, planaltos, alagados, mangues, beiras de rio e outras composições geográficas. E segundo o IBGE, as favelas estão concentradas na faixa litorânea, na calha do Rio Amazonas e em regiões de expansão de fronteira agrícola. Moradores da favela Educandos durante a pandemia de Covid-19 em Manaus Bruno Kelly/Reuters Veja Mais

Trump quer taxar produtos importados e agro brasileiro poderia se dar bem com isso, avaliam especialistas

G1 Economia Uma possível guerra comercial deve atingir mais a China, e a disputa pode levar o Brasil a aumentar vendas para o país asiático, como foi no primeiro mandato do republicano. Café é o principal produto do agro que o Brasil vende para os EUA: exportadores avaliam que grão não deve ser alvo de tarifas de Donald Trump. Reprodução / Fantástico O republicano Donald Trump foi eleito o próximo presidente dos EUA sob a promessa de aumentar as tarifas de importação para parceiros comerciais, principalmente a China, nação com a qual ele já travou uma guerra comercial no primeiro mandato, entre 2017 e 2021. Em seu plano econômico, Trump promete impor uma alíquota de 60% ou mais às importações de produtos chineses, e taxas de 10% a 20% na entrada de mercadorias de outros países. ???? O Brasil é um importante fornecedor de alimentos para os EUA hoje: é o maior para o café, por exemplo. Outros itens agrícolas que têm peso na exportação para os americanos são suco de laranja, carne bovina, produtos da cana-de-açúcar, couro e soja (saiba mais abaixo). Então, um "tarifaço" do Trump poderia impactar o agro do Brasil? Analistas de mercado e associações entrevistadas pelo g1 destacaram dois pontos: é muito difícil que Trump taxe a importação de produtos de primeira necessidade, como o café e a carne, sob o risco de provocar um aumento nos preços dos alimentos nos EUA; além disso, o país é o que mais consome café no mundo e esse setor (cafeterias e torrefações) gera muitos empregos. uma possível guerra comercial deve atingir mais a China e produtos de tecnologia; e isso poderia ter impacto positivo para o agro, levando a um aumento das vendas de soja do Brasil para o país asiático, como aconteceu no primeiro mandato de Trump, e também de carne bovina. Veja detalhes a seguir. ????Tarifas de Trump e os alimentos É consenso entre os analistas e associações entrevistados que é pouco provável que Trump taxe a importação de produtos alimentícios do Brasil. Para o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o republicano não vai correr o risco de enterrar a sua popularidade causando um aumento de preços de produtos de primeira necessidade nos EUA. "Hoje, por exemplo, os Estados Unidos são o segundo grande comprador de carne bovina do Brasil [depois da China]. Eles estão na pior posição do seu rebanho de bovino desde os anos 50. Então, eles não têm muito como abrir mão do Brasil neste momento", exemplifica Iglesias. "Para qualquer governo do mundo, alta de preços dos alimentos é um assunto extremamente delicado. Por mais protecionista que Trump seja, ele não vai tomar uma medida que custe caro ao seu governo", acrescenta. Para Iglesias, a guerra comercial do Trump deve ficar muito concentrada na China e em produtos de tecnologia, como aconteceu no primeiro mandato do republicano. "Como em carros elétricos chineses, componentes eletrônicos, e outros manufaturados que a China exporta", ressalta o analista da Safras. A consultoria StoneX vai na mesma linha, ressaltando que os esforços protecionistas de Trump serão focados nos chineses. "Não existe, até o momento, a expectativa da imposição de tarifas sobre produtos alimentícios brasileiros", diz a StoneX, lembrando que o primeiro governo Trump não taxou produtos agrícolas do Brasil. Foi diferente, contudo, para os produtos industrializados. Em 2019, o republicano impôs tarifas para o aço brasileiro. ?Café: o maior produto agrícola de exportação do Brasil aos EUA O Brasil é o principal fornecedor de café dos EUA, país que está entre os maiores consumidores mundiais da bebida. Cerca de 15% das exportações brasileiras deste produto vão para o país norte-americano. Por isso, não seria nem "sensato" da parte dos EUA aumentar imposto de importação, comenta o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos. "Quando cito sensatez, refiro-me ao fato de não ser lógico tributar ou ampliar tributação sobre algo que os Estados Unidos não produzem e em que lideram o ranking de consumo", pontua Matos, acrescentando que a população americana gasta, por ano, US$ 110 milhões em café. Este dado faz parte de um estudo conduzido pela empresa de pesquisa norte-americana Technomic, em 2022, a pedido da National Coffee Association (NCA, principal associação de café dos EUA). País do chá, China descobre o café, e Brasil pega carona no 'hype' Esse mesmo estudo revela que o setor cafeeiro (torrefações, cafeterias, etc) sustenta mais de 2,2 milhões de empregos nos EUA, proporcionando US$ 100 bilhões em salários, além de representar 1,3% da economia do país, e responder por US$ 38 bilhões de receitas de impostos. "Vale lembrar que uma das promessas de campanha de Donald Trump - um direcionador de seu desempenho na eleição - foi a segurança na economia. Com todo esse arcabouço econômico que envolve o café nos Estados Unidos [...] ter segurança jurídica e política, bem como micro e macroeconomia bem definidas, é bom para a economia dos EUA", ressalta Matos. O representante da Cecafé pondera que ainda é preciso aguardar o início do governo Trump para fazer uma análise mais certeira das relações comerciais. Apesar disso, ele afirma que espera que o republicano "seja bem-sucedido e sensato" e mantenha uma relação "racional" com seus parceiros comerciais. De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior ????Brasil pode aumentar venda de soja para a China Há um outro consenso entre os entrevistados pelo g1: a de que as exportações de soja do Brasil podem aumentar para a China, caso os EUA levem para a frente a promessa de taxar os produtos do gigante asiático. Isso já aconteceu no primeiro mandato de Trump, quando os dois países protagonizaram uma intensa guerra comercial entre 2018 e 2019. Em resposta a barreiras tarifárias impostas por Trump, a China taxou, em 2019, uma série de produtos norte-americanos, incluindo a soja, com uma alíquota de 25%, destaca um relatório da consultoria StoneX. Esse movimento fez a China ampliar as suas compras de soja brasileira na época, para compensar a redução da importação do grão americano. Europa não quer mais produtos de área desmatada: a soja brasileira está adaptada? Brasil e EUA são, respectivamente, os maiores exportadores mundiais da leguminosa. Além disso, os brasileiros são os maiores fornecedores do grão para o mercado chinês. A soja, assim como o milho, é muito importante para a China conseguir alimentar seus rebanhos, principalmente o de suínos, que é o maior do mundo. "Se o Trump colocar tarifas, nós temos a expectativa de que o Brasil consiga fortalecer o comércio de soja com a China", diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Maurício Buffon. Diante de temores de uma possível tensão comercial, exportadores dos EUA correram para enviar soja para a China neste fim de ano, disse à Reuters a analista Rosa Wang, da JCI, empresa de agroconsultoria sediada em Xangai. Esse movimento fez com que, em outubro, as importações chinesas de soja aumentassem 56%, em relação a igual mês do ano passado, para 8 milhões de toneladas, segundo cálculos da agência Reuters. A analista reforçou que, desde 2018, a China tem feito esforços para direcionar a sua fonte de suprimento de soja para o Brasil. Segundo ela, isso colocou o país asiático em uma melhor posição para conseguir impor tarifas de comércio sobre os produtos agrícolas dos EUA. ????Milho Um relatório da StoneX destaca que as exportações de milho brasileiro também podem ser beneficiadas. Assim como no mercado de soja, o Brasil e os EUA são competidores mundiais nas vendas de milho. Em 2023, o país chegou a superar os americanos como maior exportador do cereal. "A China se consolidou como um grande importador de milho. Apesar de o país atualmente comprar volumes menores dos EUA [...], uma possível guerra comercial poderia impactar também o mercado do cereal, assim como de outras commodities agrícolas", acrescenta um relatório da StoneX. ????Carne Por fim, o mercado de carnes do Brasil é outro setor que pode se beneficiar de uma nova guerra comercial entre chineses e americanos. "Os EUA são um competidor direto do Brasil no mercado de carnes. O Brasil lidera nas exportações de frango, enquanto os Estados Unidos são o segundo colocado. No caso da carne suína, quem lidera são os EUA, e o Brasil vem em terceiro. Na carne bovina, o Brasil é líder global, enquanto os EUA estão um pouco abaixo [quarto lugar]", explica diz Iglesias, da consultoria Safras. A China é um dos maiores compradores mundiais de carne. O g1 procurou outras associações de produtos importantes da exportação brasileira para os EUA. A Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) disse que não vai comentar o tema. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) não responderam até o fechamento desta reportagem. PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia Entenda por que o preço do azeite aumentou e quando vai baixar Veja Mais

Com déficit de R$ 105,2 bi no ano, Tesouro projeta saldo positivo em outubro e espera alcançar meta fiscal

G1 Economia Déficit de janeiro a setembro é maior que os R$ 94,3 bilhões registrados no mesmo periodo de 2023. Governo precisa fechar o ano com rombo de, no máximo, R$ 28,8 bilhões. As contas do governo registraram déficit de R$ 105,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (7). ??O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário. O resultado representa aumento em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados R$ 94,3 bilhões de déficit. ???? O resultado negativo de janeiro a setembro está longe da meta fiscal do governo, de zerar o déficit em 2024. Ou seja, equilibrar despesas e receitas. O governo espera superávit nos últimos meses do ano para compensar o saldo negativo até o momento. Em conversa com jornalistas nesta quinta (7), o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o resultado de outubro deve ser positivo em cerca de R$ 40 bilhões. O saldo do próximo mês deve compensar parcialmente o déficit de R$ 105,2 bilhões, levando o resultado para cerca de R$ 68 bilhões de déficit. Desse total, cerca de R$ 14 bilhões são créditos extraordinários, que não são contabilizados para o cumprimento da meta fiscal (entenda mais abaixo). Segundo Ceron, restariam R$ 55 bilhões de déficit no período de janeiro a outubro. "Aí estamos cada vez mais próximos de atingir esse objetivo [de déficit zero]", disse. Haddad diz que governo trabalha para colocar contas públicas em ordem; Bruno Carazza comenta Em setembro deste ano, o déficit primário foi de R$ 5,3 bilhões. Segundo o Tesouro, o resultado negativo se deu por causa de uma redução real de 8,5% da receita líquida e aumento de 1,4% das despesas. De acordo com os dados do Tesouro, a receita líquida diminuiu principalmente por causa da queda de R$ 28,3 bilhões nas receitas não administradas pela Receita Federal, na comparação com setembro de 2023. Já o aumento das despesas se deve à antecipação do pagamento de precatórios federais (decisões judiciais que não cabem mais recurso) para o estado do Rio Grande do Sul. Também houve alta de crescimento real nas despesas com Benefícios de Prestação Continuada (BPC), no valor de R$ 1,1 bilhão, em relação a setembro do ano passado. Globo Rural revisita áreas mais atingidas pelas enchentes do Rio Grande do Sul Reprodução/Jornal Nacional Meta fiscal Para este ano, a meta do governo é de zerar o déficit das contas públicas. Entretanto, a área econômica estima um rombo acima de R$ 65 bilhões. Esse total inclui valores contabilizados fora da meta, para fins de cumprimento do déficit zero. Entenda o cálculo: Pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo de zerar o rombo fiscal seja formalmente descumprido, o equivalente a R$ 28,8 bilhões. Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 38,6 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul. Há, ainda, R$ 514,5 milhões foram direcionados para o combate a incêndios, principalmente no pantanal e na na Amazônia. Também foi concedido um crédito extraordinário de R$ 1,35 bilhão em favor do Judiciário e do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Pelas regras, R$ 40,5 bilhões podem ser contabilizados fora da meta fiscal neste ano. Veja Mais

Lula volta a reunir equipe econômica no Palácio do Planalto para discutir cortes de gastos

G1 Economia Governo trabalha para fechar a proposta que será enviada para análise do Congresso Nacional. Mercado financeiro pressiona por medidas de equilíbrio fiscal. Lula e Haddad em imagem 3 de julho de 2024 WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se reunir com ministros da área econômica, nesta quinta-feira (7), para discutir as medidas de corte de gastos planeja adotar. Lula convocou para o encontro no Palácio do Planalto os ministros que participaram da junta de execução orçamentária (JEO), órgão que assessora o presidente nas políticas fiscais. Foram chamados: Fernando Haddad (Fazenda) Rui Costa (Casa Civil) Simone Tebet (Planejamento) Esther Dweck (Gestão) O governo realizou uma série de reuniões nos últimos dias com ministros para fechar os cortes necessários para manter o arcabouço fiscal — a regra das contas públicas — operante. O mercado, que pressiona o governo por medidas de equilíbrio fiscal, aguarda para esta semana o anúncio das medidas, que serão enviadas para aprovação do Congresso Nacional. Na quarta-feira à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião desta quinta foi convocada para discutir os últimos detalhes do plano. Também na quarta, Lula criticou em entrevista o que chamou de "uma certa hipocrisia" do mercado financeiro na discussão, cobrou colaboração do Congresso e afirmou que os cortes não podem mais ser feitos "em cima do ombro das pessoas mais necessitadas". Aperto em despesas Camarotti: alta de juros pressiona corte de gastos do governo O plano discutido pelo governo prevê que algumas despesas passem a ser corrigidas pela mesma regra do arcabouço fiscal. No arcabouço fiscal há um limite para as despesas, que não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação. O governo pretende enviar ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para determinar que mais despesas passem a ter esse teto de crescimento. A alta de gastos acima do previsto no arcabouço reduz o espaço investimentos e dificulta o financiamento da máquina pública. Haddad já informou que Lula deve conversar com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a proposta que exigirá a aprovação dos congressistas. Veja Mais

Dez dicas para aumentar a segurança financeira das mulheres

G1 Economia Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, o maior medo apontado por elas é viver além das suas reservas Educação financeira pode garantir relação responsável com dinheiro No seminário anual promovido pelo Instituto das Mulheres para uma Aposentadoria Segura (Women’s Institute for a Secure Retirement, conhecido como WISER), que acompanhei on-line, ficou claro não somente que a educação financeira é crucial para administrar bem o orçamento, evitar erros e tomar as melhores decisões, mas também que a desigualdade de gênero é um obstáculo para atingir esse objetivo. Mesmo nos EUA, 49% das mulheres entre os 18 e 64 anos (um contingente de cerca de 27 milhões) não têm acesso a um plano de previdência privado de seus empregadores. Mulheres fazendo artesanato: insegurança financeira acompanha a maior parte da população feminina https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=57373177 “Quando ajustamos a lente para minorias, 64% das hispânicas e 53% das negras estão nessa situação”, afirmou Catherine Collinson, CEO da Transamerica Institute, que realizou pesquisa com 57 mil trabalhadores. “Não podemos perder de vista que é a mulher que deixa o emprego para cuidar de filhos e pais idosos. Além de viver mais, elas não conseguem poupar tanto quanto os homens”, completou. O levantamento mostra que as mulheres avaliam sua situação financeira com ansiedade: apenas 16% se dizem confiantes de que conseguirão se aposentar e manter um padrão de vida confortável e 39% estimam que só deixarão de trabalhar depois dos 70 anos, ou nem consideram mais essa hipótese. Outro motivo de angústia é a perspectiva de se tornar uma cuidadora – uma tendência em ascensão, por causa do envelhecimento da população. O maior medo apontado no trabalho: viver além das suas reservas financeiras é uma preocupação de 44% das mulheres e de 38% dos homens. Na sequência, vêm o temor de que o sistema de previdência seja reduzido ou deixe de existir no futuro; problemas de saúde que demandem cuidados de longo prazo; não ter condições de atender às necessidades básicas da família; custo da moradia; declínio cognitivo; e demência. Sugestões da equipe da WISER: Criar um orçamento detalhado que inclua as receitas esperadas, despesas fixas e variáveis, potencial impacto da inflação e objetivos financeiros, como criar uma reserva para emergências e poupar para a aposentadoria. Nos EUA é mais comum do que aqui, mas fique de olho em empregos que ofereçam planos privados de aposentadoria, que certamente alavancarão suas economias a longo prazo. Poupe, mesmo que pouco. O tempo funciona a favor de quem começa cedo, ainda que seja um valor modesto. Não deixe para economizar o que sobrar no fim do mês (porque, para a maioria das pessoas, nunca sobra). Separe uma parte antes. Evite empréstimos e retiradas da poupança. Previna-se contra golpes, ficando atenta a mensagens suspeitas, que só aumentarão com a utilização da inteligência artificial. Se tiver que lidar com o desafio de se tornar uma cuidadora, busque opções de trabalho que permitam uma jornada menor. Mantenha-se atualizada profissionalmente para garantir sua empregabilidade pelo maior tempo possível. Alimente sua rede de contatos. Aprenda pelo menos o básico sobre finanças. Discuta o assunto com amigos e familiares, com seu parceiro ou parceira. Crie um plano de emergência para eventos inesperados, como divórcio, viuvez ou ter que sair do mercado de trabalho precocemente. Cuide da saúde física e mental.Tenha uma alimentação equilibrada e um sono de qualidade, exercite-se, tente administrar o estresse e se submeta regularmente a exames de rotina. Veja Mais

Rombo da Previdência aumenta quase 20% em setembro em meio à pressão por corte de gastos

G1 Economia Mercado espera anúncio de plano de redução de despesas. Objetivo é sinalizar que novas regras para as contas públicas são sustentáveis no longo prazo e não correm risco. As contas da Previdência Social fecharam o mês de setembro com um rombo de R$ 26,2 bilhões, segundo dados do ministério obtidos pela TV Globo. ???? Isso significa que o governo federal gastou bem mais, para pagar aposentadorias e pensões, do que conseguiu arrecadar para bancar esses benefícios. Com o resultado de setembro, o déficit da Previdência no ano acelerou: ficou quase 20% maior do que no mesmo mês do ano passado, que foi de R$ 21,9 bilhões. A comparação é em termos reais, ou seja, já desconta o impacto da inflação do período. Os dados do Ministério da Previdência Social se referem ao chamado "regime geral", que inclui aposentadorias, pensões e benefícios de trabalhadores do setor privado. ???? O rombo da Previdência é o principal item nas despesas das contas federais. ???? Os números revelam a dificuldade do governo de controlar gastos obrigatórios, especialmente com aposentadorias, em meio à pressão para fazer ajuste fiscal. ???? O governo prepara um pacote de medidas para tentar manter de pé o arcabouço fiscal, ou seja, as regras atuais que regem as contas públicas. Sem elas, cresce a percepção de descontrole fiscal e alta maior no endividamento. Camarotti: alta de juros pressiona corte de gastos do governo No acumulado até agosto, o déficit já somava R$ 239,6 bilhões – um aumento de 1,5% em relação a 2023. Com o salto registrado em setembro, no entanto, a comparação piorou. Agora, 2024 tem um resultado 3,1% pior que o ano anterior. Procurado, o Ministério da Previdência não respondeu aos questionamentos do g1 sobre os motivos para esse déficit. A meta do governo federal é encerrar o ano com as contas no vermelho, mas dentro da margem permitida pelo arcabouço fiscal. Isso significa um rombo máximo de R$ 28,3 bilhões. Aperto em despesas O governo debate um plano para reduzir despesas e manter a sustentabilidade do arcabouço. Com isso, espera ganhar confiança do mercado. O ajuste fiscal também tem sido citado pelo Banco Central, que nesta quarta-feira (6) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% ao ano para 11,25% ao ano. O plano em estudo prevê que algumas despesas passem a ser corrigidas pela mesma regra do arcabouço fiscal. No arcabouço fiscal há um limite para as despesas. Elas não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação. A ideia é que, por meio de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), mais despesas passem a ter esse teto de crescimento. A alta de alguns gastos acima do previsto no arcabouço pode acabar pressionando ainda mais o espaço para o funcionamento da máquina pública e investimentos. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o anúncio pode ser feito nesta quinta-feira (7). O governo deverá apresentar uma PEC e um projeto de lei complementar. Ou seja, depende de apoio no Congresso Nacional. Lula deve conversar com cúpula do Congresso sobre corte de gastos, diz Haddad Ministros do governo dizem que o plano fiscal não deve colocar um limite para despesas com Previdência. “O Ministério da Previdência não tem o que cortar, porque as despesas são obrigatórias, são despesas constitucionais já previstas no Orçamento”, afirmou o chefe da pasta, Carlos Lupi, nesta terça-feira (5). Porém, o governo tem alertado para o aumento no número de pessoas que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência. A quantidade de beneficiários subiu de 5,1 milhões no início desse governo Lula para 6,2 milhões em setembro. Veja Mais

STF valida mudança constitucional que permitiu servidores públicos sem estabilidade e no modelo CLT

G1 Economia A alteração das regras foi feita durante o governo FHC e suspensa em 2007, mas volta a valer com decisão de maioria dos ministros. A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) validou, nesta quarta-feira (6), a mudança na Constituição que flexibilizou o regime jurídico único dos servidores públicos, ou seja, as regras que tratam do modelo de trabalho do funcionalismo. Na prática, a medida permite a contratação de servidores públicos pela Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, sem a mesma estabilidade de cargo que possuem os servidores do regime jurídico único. O voto que prevaleceu foi dado pelo ministro Gilmar Mendes, que divergiu da relatora – ministra Carmén Lúcia – e entendeu que a mudança foi válida. Acompanharam Mendes os ministros Nunes Marques, Flavio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e o presidente Luís Roberto Barroso. Além da relatora, também votaram pela inconstitucionalidade da mudança os ministros Edson Fachin e Luiz Fux. Esplanada dos Ministérios, onde se concentram grande parte dos servidores públicos federais em Brasília. TV Globo/Reprodução Mudança na Constituição O caso envolve uma alteração na Constituição aprovada pelo Congresso Nacional em 1998. A reforma administrativa daquele ano, durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, retirou a obrigação de que a União, estados, Distrito Federal e municípios criem o regime jurídico único e o plano de carreira dos servidores públicos. Na prática, a mudança permitia a flexibilização das modalidades de vínculo de trabalhadores com a Administração Pública, permitindo a contratação de empregados via CLT, ou seja, sem estabilidade. O regime jurídico único da União prevê a admissão via concurso público e a estabilidade no serviço público para quem atua por pelo menos três anos na atividade (o servidor só perde o cargo após processo administrativo disciplinar ou decisão da Justiça). Em 2000, os partidos PT, PCdoB, PDT e PSD questionaram a forma como a modificação na Constituição foi votada no Congresso Nacional. Para as siglas, a mesma versão de texto não foi aprovada em dois turnos nas Casas Legislativas, o que seria irregular. O argumento foi aceito pela relatora, mas a maioria dos ministros considerou válido o processo de votação, mantendo a constitucionalidade da medida. Fachada do Supremo Tribunal Federal. Gustavo Moreno/SCO/STF Medida estava suspensa Em 2007, uma decisão do próprio STF suspendeu a flexibilização – o que foi desfeito agora, com a conclusão da análise do conteúdo da ação. Apesar da suspensão naquele ano, alguns estados e municípios adotam atualmente a flexibilização do regime jurídico único porque adotaram a chamada convivência de modelos de trabalho dos servidores antes da suspensão de 2007. A partir de uma sugestão do ministro Flávio Dino, os magistrados deixaram claro que a decisão terá aplicação futura, ou seja, não haverá a mudança para os atuais servidores, para que não ocorra impactos à Previdência. Veja Mais

Truth Social e Tesla disparam com vitória de Trump; Elon Musk fica R$ 109 bilhões mais rico

G1 Economia Fortuna de Trump cresceu mais de 20% nesta quarta (6), chegando a US$ 7,2 bilhões. Já Musk, o homem mais rico do mundo, acumula um patrimônio de US$ 285,2 bilhões. Donald Trump e Elon Musk Reprodução Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), ganhou mais de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) nesta quarta-feira (6), até às 14h, segundo o ranking de bilionários em tempo real da revista Forbes. A fortuna de Trump cresceu mais de 6% em poucas horas, indo de US$ 6 bilhões para US$ 6,4 bilhões (cerca de R$ 36,8 bilhões). Essa é uma consequência da disparada dos preços das ações de sua empresa de rede social, a Truth Social. Entenda por que dólar, juros futuros e bitcoin dispararam depois da vitória de Donald Trump As ações da companhia, que Trump criou em 2022 para rivalizar com o antigo Twitter, após ser banido da plataforma, subiam mais de 8% por volta das 14h. Já seu apoiador e homem mais rico do mundo, Elon Musk viu seu patrimônio crescer em US$ 18,9 bilhões (cerca de R$ 109 bilhões), também até às 14h. As ações da Tesla, sua montadora de veículos elétricos, subiam 14% no mesmo horário, na esteira da vitória de Trump. Musk, fundador da Tesla e da SpaceX ficou mais de 7% mais rico na manhã desta quarta-feira, com sua fortuna partindo de US$ 264,7 bilhões para US$ 283,6 bilhões. "As ações da Tesla estão crescendo [...] devido às relações privilegiadas de Elon Musk com Donald Trump" que "lhe deve muito", explica Andrea Tueni, analista de mercado do Saxobank, à AFP. LEIA MAIS Efeito Trump: dólar dispara, juros futuros dos EUA avançam e bitcoin bate recorde O que vitória de Trump significa para economia do Brasil De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? Truth Social As ações da Truth Social já haviam começado a subir em outubro, devido ao aumento das expectativas de que Trump poderia ser eleito. No fim de setembro, a situação era completamente diferente. Os papéis da companhia viviam um período ruim e chegaram a despencar mais de 40%, por conta de resultados muito baixos apresentados nos balanços corporativos. É que, em agosto, a Truth Social mostrou uma receita de cerca de US$ 837 mil, um número considerado muito baixo para uma empresa com valor de mercado avaliado em aproximadamente US$ 4,7 bilhões. E a volta de Trump ao X naquele mês pesou ainda mais sobre as ações da companhia. Apoio de Musk Elon Musk, bilionário dono da Tesla e da rede social X, durante evento de apoio a Trump em outubro Evan Vucci/AP O bilionário Elon Musk, que também é dono do X, anunciou oficialmente o apoio a Trump em julho, horas depois de o ex-presidente sobreviver a uma tentativa de assassinato durante um comício em Butler, na Pensilvânia. Desde então, o empresário fez doações milionárias para a campanha do republicano e chegou a sortear US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) por dia para eleitores registrados na Pensilvânia, considerado um dos estados-chave para decidir a eleição presidencial americana. Mundo reage à eleição de Trump Veja Mais

Efeito Trump: dólar dispara, juros futuros dos EUA avançam e bitcoin bate recorde após eleições

G1 Economia Política econômica mais protecionista defendida pelo republicano pode elevar a inflação na maior economia do mundo e gerar aumento nos juros do país, o que valoriza a moeda americana. Trump faz discurso da vitória para apoiadores na Flórida Alex Brandon/AP A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos provocou um aumento expressivo nos juros futuros americanos nesta quarta-feira (6) e, como consequência, o dólar também dispara frente a outras moedas no mundo todo. No Brasil, às 10h35, o dólar tinha alta de 0,63%, cotado a R$ 5,7827. Na máxima do dia, até aqui, a moeda já bateu os R$ 5,8619. O índice DXY — que mostra qual a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas de outros países (como euro, iene, libra esterlina e dólar canadense) — tinha alta de cerca 2%. Os juros futuros dos Estados Unidos indicam a expectativa do mercado financeiro para qual deve ser a taxa de juros definida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nos próximos anos. Essas taxas, que hoje estão entre 4,75% e 5,00% ao ano, servem como referência para o rendimento das Treasuries, os títulos públicos americanos, considerados os ativos mais seguros do mundo. Para os próximos anos, havia uma expectativa de que as taxas fossem menores, mas a vitória de Trump voltou a fazer as projeções subirem. Durante a manhã, o rendimento do Treasury de 10 anos (que representa a expectativa para as taxas americanas daqui a 10 anos), por exemplo, saltou para o maior patamar em quatro meses, em torno de 4,47%, rompendo a máxima da semana passada, de 4,388%. Os rendimentos de dois anos também avançaram, chegando a 4,31%. Mas qual a razão para este desempenho? O candidato republicano defende uma política econômica mais protecionista, que prioriza a produção interna nos Estados Unidos em detrimento da importação de outros países. Isso pode criar uma guerra comercial mais rígida para a China e reduzir as exportações de outros países emergentes que são importantes parceiros comerciais americanos, como Brasil e México, por exemplo. Essa antecipação de cenário ajudou a valorizar o dólar contra outras moedas emergentes. "Já havia um impacto da percepção do risco de vitória do Trump, com a expectativa de que ele possa colocar tarifas de importação sobre países como México e China. Exportadores de commodities, como o Brasil, também podem ser afetados", diz o economista Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo Corretora. Além de uma possível redução das exportações, que fariam com que menos dólares entrassem em circulação no Brasil, o aumento das tarifas nos Estados Unidos também encareceria os preços dos produtos dentro do próprio país, pois quanto mais taxas, mais caros ficam os produtos e serviços. Preços mais altos gerariam uma nova pressão na inflação americana, o que pode levar o Fed a manter os juros mais altos, por mais tempo, para controlar os preços. "Desta forma, investidores farão a opção de investir nos EUA com as taxas das Treasuries (títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo) mais altas", diz Alexandre Viotto, chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos. Donald Trump é eleito presidente dos EUA No Brasil, pode ser pior Além da força do dólar no mundo inteiro pelas expectativas de juros maiores durante o governo de Trump, no Brasil ainda pesa a questão fiscal. O cenário das contas públicas brasileiras preocupa os investidores. Quando os gastos públicos estão elevados, acima das receitas do governo (gerando déficit público), o mercado passa a desconfiar da capacidade do país de arcar com suas dívidas no médio e longo prazo. Esse risco mais alto faz com que investidores esperem juros também mais altos para trazerem seus recursos para o Brasil. O resultado dessa demanda por taxas maiores foi uma desvalorização ainda mais forte do real na última semana. Havia uma grande expectativa do mercado financeiro de que a equipe econômica do governo federal apresentasse algum pacote de cortes nos gastos públicos ainda na semana passada, logo após o segundo turno das eleições municipais no Brasil. Isso não aconteceu. A equipe econômica do governo venha afirmando que está discutindo os gastos — o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, inclusive que o governo está na "reta final" das definições dos cortes. Porém, enquanto não há definição de quais despesas serão cortadas, o dólar deve continuar subindo com mais força, aliado à eleição de Trump. "Quanto mais tempo passa, mais o mercado vai se protegendo", diz Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos. Bitcoin bate recorde O bitcoin, criptomoeda mais popular do mundo, também dispara nesta quarta-feira (6) e renova seu maior patamar histórico, sendo negociado próximo dos US$ 74 mil, com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Às 08h, o bitcoin registrava alta de cerca 6,50% e era vendido a US$ 73.863. Na máxima do dia, a moeda subiu 8,63%, ultrapassando os US$ 75 mil. No Brasil, a alta da criptomoeda era ainda mais expressiva, de mais de 11%, vendida a quase R$ 443 mil. De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? O efeito da vitória do candidato republicano sobre a democrata Kamala Harris também impulsiona outras criptomoedas pelo mundo, como o ethereum, a solana e a BNB, alguns dos principais criptoativos da atualidade. Isso porque Donald Trump é um defensor mais ferrenho das criptomoedas do que Harris e investidores esperam que o político adote medidas que favoreçam esse mercado durante seu mandato. No fim de julho deste ano, durante sua campanha eleitoral, Trump participou da conferência Bitcoin 2024 e disse aos participantes do evento que eles seriam "muito felizes" com uma eventual vitória sua. "Se a criptografia vai definir o futuro, quero que seja extraída, cunhada e fabricada nos Estados Unidos", disse o republicano. Essa postura favorável às criptomoedas foi uma mudança nos discursos de Trump. Há alguns anos, ele se manifestava publicamente contra esse tipo de ativo. Em um post no X (antigo Twitter) em 2019, Trump afirmou que não era "fã" do bitcoin e de outras criptomoedas, dizendo que esses ativos "não são dinheiro e cujo valor é altamente volátil e baseado no ar". "Ativos criptográficos não regulamentados podem facilitar comportamento ilegal, incluindo comércio de drogas e outras atividades ilegais", disse o republicano à época. A mudança de postura, segundo especialistas ouvidos em reportagem do g1, é consequência de uma mudança do perfil do eleitorado norte-americano, que tem cada vez mais criptomoedas. *Com informações da agência de notícia Reuters Veja Mais

Fraude do arroz: governo confisca 10.500 kg vendidos como se fossem do tipo superior; conheça diferenças

G1 Economia Apreensão aconteceu em rede de supermercados em Araraquara (SP); diferença entre tipos está relacionada à soltura do grão depois de cozido, segundo especialista. Mapa apreende mais de 10 mil quilos de arroz fraudado. Divulgação / Arroz Meu Biju O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu 10.500 kg de arroz (2.119 pacotes de 5 quilos) que estavam sendo vendidos como um tipo superior ao que eram. O confisco aconteceu em uma rede de supermercados em Araraquara, no interior de São Paulo, no dia 28 de outubro. A responsabilidade, segundo o Ministério, é da empresa que fez a embalagem do produto, que tem sede no Rio Grande do Sul. Nem a marcar de arroz nem a empresa responsável pela embalagem foram divulgados. Nas embalagens dos itens apreendidos constava que eles eram do tipo 1, quando, na verdade, o Mapa verificou que eles eram do tipo 3 (entenda abaixo). Segundo os fiscais, a irregularidade se caracteriza como fraude ao consumidor. Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças Mas quais são os tipos de arroz e o eles que significam? Primeiro, é importante entender que existem dois grupos de arroz: os com casca (que não costumam ser vendidos ao consumidor) e os beneficiados (que levam esse nome por terem passado por um processo que os beneficiou, retirando as cascas, entre outros cuidados). É este que você normalmente encontra no mercado. Depois de retirarem a casca, o arroz beneficiado é preparado para se tornar uma dessas 3 categorias: branco: também conhecido como agulhinha ou polido, além da casca, são removidos os farelos, diferente do integral; integral: tem apenas a casca removida, mantendo os farelos, que são ricos em fibras e proteínas; parboilizado: passou por um processo de pré-cozimento que mantém alguns nutrientes. Dentro de cada um desses subgrupos, o governo classifica o arroz em tipos de 1 a 5, conforme a porcentagem da presença de elementos como: impurezas, grãos amarelados, danificados, quebrados, rajados (com pontos vermelhos ou brancos), ardidos (com cor escura) ou quireras (grãos finos e quebradiços). Quanto maior o número do tipo do arroz (de 1 a 5), maior a presença dessas características. Vale destacar que o tipo do arroz deve constar na embalagem do produto. Na prática, o valor nutricional de todos os tipos de arroz (1 a 5) é o mesmo, segundo Andressa Silva, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). O que muda é o quanto ele vai ficar "soltinho" depois de cozido. Nesse sentido, o tipo 1 é o melhor. "Os grãos quebrados, por exemplo, deixam o arroz mais pegajoso e, consequentemente, menos 'soltinho'. Como no Tipo 3 tem maior quantidade de grãos quebrados, ele vai ser menos 'soltinho' que o do Tipo 1" , descreve a especialista. As regras que definem a quantidade limite desses elementos para cada tipo de arroz variam de acordo com o subtipo de cereal (integral, parborizado e branco). ??? No caso do arroz apreendido pelo Ministério, ele estava classificado como tipo 1, mas foi constatado que ele tinham quase 24,5% do peso correspondente a grãos quebrados e quirera, o que, na verdade, corresponde ao tipo 3. Confira a seguir os limites de concentração (em porcentagem por peso) desses elementos para o arroz beneficiado polido, conhecido como arroz branco. Andressa Silva, da Abiarroz, destaca que o maior prejudicado com a venda do arroz com o tipo errado é o consumidor. "Ele tem o direito de saber qual o produto que está comprando. Além disso, ele acaba perdendo dinheiro, já que o arroz tipo 1 costuma ser mais caro que o 3", descreve a diretora-executiva da Abiarroz. Veja mais: Arroz: entenda a polêmica que causou anulação do leilão de importação e demissão no governo Brasil precisa importar arroz? Por que o preço subiu mais de 20% em um ano? Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Brasil precisa importar arroz? Por que o preço subiu mais de 20% em um ano? Veja Mais

Após mais de 20 anos de tramitação, Câmara aprova criação de marco dos seguros privados

G1 Economia Projeto é demanda do ministério da Fazenda para melhorar o ambiente de negócios do país. Texto segue agora para sanção do presidente Lula. A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (5) um projeto de lei que cria um marco regulatório para os seguros privados. O texto, que tramitava no Congresso há mais de 20 anos, segue para sanção presidencial. O projeto foi uma demanda do Ministério da Fazenda para melhorar o ambiente de negócios do Brasil. O texto cria um marco legal para o setor de seguro privado, estabelecendo uma série de regras para consumidores, corretores, seguradoras e órgãos de regulação. Ele também estabelece direitos e obrigações das partes envolvidas. Proteção aos contratantes O projeto já havia sido aprovado pela Câmara em 2017 e seguiu para análise do Senado. Lá, sofreu modificações que demandaram nova análise pelos deputados. O governo diz que o texto dá mais proteção ao contratante de seguros. Segundo o Ministério da Fazenda, as regras em vigência estão desatualizadas e precisam garantir maior proteção ao segurado. Relator da proposta, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). Mário Agra/Câmara dos Deputados O relator, Reginaldo Lopes (PT-MG), manteve a previsão de que a União possa receber os prêmios não resgatados pelos beneficiários. O projeto proíbe o rompimento unilateral entre seguradora e segurado. Em casos de sinistro, o texto estabelece que o pagamento das indenizações deve acontecer em até 30 dias. Veja Mais

Analista contábil, desenvolvedor: pesquisa revela profissões em alta e perspectiva de salários para 2025

G1 Economia Guia Salarial da recrutadora Robert Half aponta quais serão os profissionais mais procurados em oito áreas de atuação no Brasil. Empresas devem valorizar habilidades em IA, análise de dados, inglês e mais. Desenvolvedor back-end está entre os profissionais que serão mais buscados em 2025 ThisIsEngineering/Pexels Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (5) pela empresa Robert Half, de recrutamento e seleção, revelou quais serão os profissionais mais procurados no Brasil em 2025, em oito áreas de atuação. ?? Na lista, estão engenheiro de vendas, analista contábil, desenvolvedor back-end, gerente de marketing e diretor financeiro. O guia salarial da recrutadora, que é publicado todos os anos, também aponta os segmentos que vão liderar as contratações em cada um dos setores, além das habilidades técnicas, comportamentais e certificações mais exigidas. As empresas vão valorizar, por exemplo, conhecimentos em inteligência artificial, análise de dados, inglês e tecnologia imersiva. Clique nos tópicos abaixo para conferir os destaques de cada área. Engenharia; Finanças e contabilidade; Jurídico; Mercado Financeiro; Recursos Humanos; Seguros; Tecnologia; Vendas e marketing. Já a tabela a seguir mostra as perspectivas de remuneração para mais de 400 cargos nesses oito setores. O salário pode chegar a R$ 98 mil, para um diretor da área financeira. ???? ENTENDA A TABELA - Os salários listados são baseados na remuneração real de profissionais que a Robert Half conectou a empregadores no Brasil. Eles se referem apenas à compensação inicial, ou seja, o pagamento para alguém novo na empresa para o cargo listado, sem incluir bônus ou benefícios. A faixa salarial é dividida em três possibilidades, sendo a primeira (“salário inicial”) para o candidato que é novo no trabalho ou ainda está desenvolvendo habilidades relevantes, e a última (“salário final”) para o profissional mais experiente, com especializações e certificações. Dessa forma, o “salário médio” não representa a média salarial daquele cargo e, sim, o quanto ganha, em média, um candidato considerado intermediário nesses quesitos de qualificação e experiência. Já as letras “P”, “M” ou “G” (pequeno, médio ou grande), que acompanham alguns cargos, representam o faturamento das empresas. Uma empresa grande, segundo a pesquisa, é aquela com faturamento acima de R$ 500 milhões. No caso das profissões da área jurídica, as letras representam o tamanho dos escritórios: Pequeno porte/boutique - 1 a 30 advogados; Médio porte - 30 a 150 advogados; Grande porte - acima de 150 advogados. Vagas fantasmas: O que são? Por que empresas utilizam? Como identificá-las? Profissões em alta para 2025 ENGENHARIA Segmentos que lideram as contratações: alimentos e bebidas, petróleo e gás, energias renováveis, bens de consumo; Profissionais mais procurados: engenheiro(a) de aplicação/vendas, diretor(a) de operações, gerente de logística, gerente de vendas técnicas; Habilidades técnicas: controle e garantia de qualidade, gestão de projetos, análise de dados e big data, automação e robótica, simulação e modelagem, lean manufacturing e Six Sigma; Certificações mais exigidas: CREA, certificação PMP (Project Manager Professional), Six Sigma, análise de risco e segurança do trabalho; Habilidades comportamentais: resolução de problemas, gestão do tempo, liderança, pensamento criativo, inteligência emocional, gestão de stakeholders. FINANÇAS E CONTABILIDADE Segmentos que lideram as contratações: agronegócios, indústria química, saúde e equipamentos médicos, infraestrutura; Profissionais mais procurados: controller, gerente de planejamento financeiro/controladoria, coordenador(a) contábil/fiscal, analista contábil/fiscal; Habilidades técnicas: análise financeira, idiomas, análise de dados, ferramentas de inteligência de negócios, interpretação de normas contábeis/leis; Habilidades comportamentais: inteligência emocional, resolução de problemas, liderança, pensamento crítico, gestão de stakeholders. JURÍDICO Segmentos que lideram as contratações: agronegócio, tecnologia, meios de pagamentos/bancos, escritórios; Profissionais mais procurados (em todos os níveis): advogado(a) empresarial/societário/M&A, advogado(a) tributário (consultivo e contencioso), advogado(a) generalista; Habilidades técnicas: idiomas, conhecimento de finanças, habilidades de negociação, redação de contratos; Certificações mais exigidas: LLM, OAB, compliance/proteção de dados, graduação em contabilidade (tributário); Habilidades comportamentais: resolução de problemas, gestão de mudanças, pensamento criativo, pensamento crítico, inteligência emocional, gestão de stakeholders, liderança. MERCADO FINANCEIRO Segmentos que lideram as contratações: bancos de investimentos, meios de pagamentos, fintechs, fundos de private equity; Profissionais mais procurados: associate de fusões e aquisições, vice-presidente/gerente de crédito e risco, associate de compliance/auditoria/controles internos, diretor(a) de finanças; Habilidades técnicas: gestão de riscos financeiros, finanças corporativas, regulamentação financeira, idiomas; Certificações mais exigidas: CFP, CFA, CGA, ESG; Habilidades comportamentais: inteligência emocional, pensamento crítico, gestão de stakeholders, comunicação. RECURSOS HUMANOS  Segmentos que lideram as contratações: infraestrutura, bens de consumo, agronegócios, atacado e varejo; Profissionais mais procurados: gerente de RH generalista, gerente de DHO, coordenador(a) de payroll, especialista business partner; Habilidades técnicas: gestão de desempenho, gestão de clima organizacional, idiomas, desenvolvimento de liderança; Habilidades comportamentais: comunicação, liderança, resolução de problemas, inteligência emocional. SEGUROS Segmentos que lideram as contratações: seguradoras de grandes riscos, operadoras de saúde, resseguradoras, corretoras; Profissionais mais procurados: diretor(a) financeiro(a), gerente de subscrição, executivo(a) de contas, gerente atuarial; Habilidades técnicas: subscrição de seguros, avaliação atuarial, conhecimento em regulamentação, análise de dados; Certificações mais exigidas: SUSEP, MIBA; Habilidades comportamentais: comunicação, gestão de stakeholders, pensamento crítico, adaptabilidade. TECNOLOGIA Segmentos que lideram as contratações: tecnologia, bancos, startups em geral, atacado e varejo; Profissionais mais procurados: gerente de TI (generalista), desenvolvedor(a) back-end, coordenador(a) de segurança da informação, gerente de projetos; Habilidades técnicas: inteligência artificial/automação/aprendizado de máquina, linguagens de programação/desenvolvimento web, nuvem, tecnologia imersiva; Certificações mais exigidas: CCNP, AWS, CompTIA, Cobit; Habilidades comportamentais: liderança, inteligência emocional, pensamento criativo, pensamento crítico, resolução de problemas. VENDAS E MARKETING Segmentos que lideram as contratações: bens de consumo, alimentos e bebidas; máquinas e equipamentos, atacado e varejo; Profissionais mais procurados: gerente nacional de vendas, executivo(a) de contas, gerente de marketing, inside sales; Habilidades técnicas: análise de dados, prospecção, negociação, gestão de projetos; Certificações mais exigidas: Google Analytics, Google Ads, Salesforce sales cloud consultant, marketing digital; Habilidades comportamentais: adaptabilidade, comunicação, inteligência emocional, resolução de problemas. Veja Mais

INSS para autônomos: como contribuir e quais são os benefícios?

G1 Economia Os trabalhadores autônomos, que prestam serviços de forma independente, precisam contribuir ao INSS na categoria de segurado contribuinte individual para terem acesso aos benefícios previdenciários. O autônomo pode exercer atividade por conta própria, sem relação de trabalho com empresas. Reprodução/Unsplash Pessoas que trabalham ou prestam serviços sem vínculo empregatício, são considerados autônomos. Mesmo sem registro em carteira, elas também têm direito à aposentadoria e outros benefícios previdenciários. Para ter acesso, porém, é necessário contribuir regularmente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou ter contribuído por tempo suficiente na categoria de contribuinte individual. Entram nessa categoria, por exemplo, sacerdotes, diretores que recebem remuneração decorrente de atividade em empresa urbana ou rural, síndicos remunerados, motoristas de táxi, vendedores ambulantes, diaristas, pintores, eletricistas, associados de cooperativas de trabalho, entre outras funções. São considerados contribuinte individual todo tipo de profissional reconhecido pela legislação, prestadores de serviço e trabalhadores das mais variadas ocupações. Abaixo, entenda: Como contribuir? Quais são os benefícios? Quais são os tipos de contribuição? Como efetuar o pagamento ao INSS? Quem nunca contribuiu, pode pagar o retroativo? Quem parou de contribuir para o INSS, pode voltar a pagar? LEIA MAIS Aposentadoria pelo INSS: veja como calcular valor do benefício e tempo de contribuição CLT 'premium', CLT 'básico' e PJ: entenda diferentes formas de trabalho e os benefícios INSS para trabalhadores do lar: veja como contribuir e quais são os benefícios Aposentadoria pelo INSS: veja como calcular valor do benefício e tempo de contribuição 1. Como contribuir? Para quem nunca teve vínculo empregatício registrado, é necessário fazer a inscrição pela Central 135 ou acessar o Meu INSS – site ou aplicativo – e clicar no botão “Inscrever no INSS”. Mas quem já trabalhou com carteira assinada pode usar o número do PIS/PASEP. Veja o passo a passo: Acesse o Meu INSS; Clique em “Inscrever no INSS”; Clique em “Cidadão”; Clique em “Inscrição”, em seguida em “Filiado”; Leia o texto que aparece na tela e avance seguindo as instruções. Para concluir a solicitação, é obrigatório apresentar o CPF e um documento de identificação (carteira de identidade, de motorista ou de trabalho). 2. Quais são os benefícios? O autônomo que contribui ao INSS tem direito a uma série de benefícios previdenciários, incluindo: Aposentadoria; Salário-maternidade; Pensão por morte; Benefício por incapacidade temporária (auxílio-doença); Auxílio-acidente; Pensão por morte para dependentes; Auxílio-reclusão para dependentes; 3. Quais são os tipos de contribuição? Segundo o INSS, o valor mensal a ser pago não é de acordo com a remuneração, mas é determinado pelo próprio contribuinte. Porém, é necessário respeitar os limites mínimo e máximo de salários de contribuição da Previdência Social. Entenda como funciona: 11% sobre o salário mínimo: Destinado aos autônomos que pretendem apenas se aposentar por idade, com direito a receber o salário-mínimo como aposentadoria. O valor a ser pago hoje equivale a R$ 155,32. 20% sobre o salário mínimo: Aplica-se ao autônomo que deseja aumentar o valor do benefício. Nessa modalidade o pagamento inicia em 20% do salário-mínimo, e vai até 20% do teto previdenciário (R$ 7.786,02). Ou seja: o pagamento pode variar entre R$ 282,40 e R$ 1.557. Autônomo MEI: O trabalhador autônomo formalizado como Microempreendedor Individual (MEI), tem uma forma facilitada de contribuição ao INSS. O valor pago é 5% do salário mínimo, que hoje equivale a R$ 70,60. Porém, essa contribuição dá direito a benefícios apenas no valor de um salário mínimo. ?? IMPORTANTE: O trabalhador que tenha optado pela contribuição de 11% sobre o salário-mínimo ou via MEI (5%), não terá direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição, apenas por idade. O autônomo também não terá direito à Certidão de Tempo de Contribuição (CTC). Caso queira dar entrada em uma Aposentadoria por Tempo de Contribuição ou obter a CTC, precisará complementar a contribuição mensal, ou seja, pagar a diferença entre a alíquota que foi utilizada e a de 20%. Já o trabalhador que presta serviço a outro contribuinte individual, a produtor rural pessoa física, ou a missão diplomática e repartição consular de carreira estrangeira também é considerado contribuinte individual. Nesse caso, o recolhimento da contribuição previdenciária é de responsabilidade do próprio segurado, que poderá deduzir, da sua contribuição mensal, 45% da contribuição patronal do contratante (recolhida/por este declarada), limitada a 9% do respectivo salário de contribuição. Esse recolhimento incide sobre a remuneração que o contratante lhe tenha pago ou creditado, no respectivo mês. 4. Como efetuar o pagamento ao INSS? O pagamento da contribuição ao INSS pode ser feito através da Guia da Previdência Social (GPS), que pode ser emitida pelo site da Receita Federal, no aplicativo Meu INSS, ou adquirida em papelarias. O pagamento pode ser realizado em bancos, lotéricas e estabelecimentos conveniados. Para emitir o boleto, é necessário informar o código da contribuição escolhida. Os pagamentos podem ser mensais ou trimestrais. A GPS vence todo dia 15 de cada mês, prorrogando-se para o próximo dia útil em caso de não haver expediente bancário. Veja abaixo os códigos: Códigos de pagamentos para contribuinte individual A legislação não permite a antecipação das contribuições. Isso significa que, trabalhadores autonomos não podem contribuir de uma só vez o que pagariam em um ano, por exemplo. 5. Quem nunca contribuiu, pode pagar o retroativo? Segundo Danilo Schettini, advogado especialista em direito previdenciário, o autônomo que nunca contribuiu ao INSS pode pagar retroativamente, mas existem algumas condições. “É necessário comprovar que houve a atividade como autônomo no período em que se deseja recolher. Essa comprovação pode ser feita por meio de notas fiscais, contratos de prestação de serviços, entre outros. Em alguns casos, o INSS exige o pagamento de juros e multa por conta do atraso”, explica. Segundo Danilo, em casos de pagamento de contribuições em atraso, o trabalhador deve sempre tomar muito cuidado. “Dependendo da situação, vale procurar um advogado especialista em direito previdenciário, para evitar que esse pagamento seja feito sem que atinja os principais objetivos do segurado”, completa. 6. Quem parou de contribuir, pode voltar a pagar? Sim. Qualquer autônomo que tenha interrompido o pagamento das contribuições ao INSS, pode voltar a contribuir a qualquer momento. Para isso, basta retomar os pagamentos utilizando o código correto da categoria contribuinte individual. “É importante notar que a interrupção das contribuições pode impactar a qualidade de segurado, ou seja, a perda temporária de direitos a benefícios até que o período contributivo seja restabelecido”, afirma o especialista em Direito Previdenciário. O advogado ainda explica que, mesmo que o autônomo pare de contribuir por um tempo, ele mantém a qualidade de segurado por um período conhecido como "período de graça", que pode variar de 12 a 36 meses, dependendo da situação do trabalhador. Durante esse tempo, o trabalhador ainda pode ter direito ao auxílio-doença e salário-maternidade, por exemplo. O especialista alerta, porém, que é fundamental manter as contribuições em dia para não prejudicar o direito e acesso aos benefícios. Danilo também destaca: quem nunca pagou ao INSS não poderá se aposentar, já que no Brasil é exigindo um período mínimo de contribuições (veja as exigências após a reforma da Previdência). Em caso de dúvidas, é necessário entrar em contato com o INSS pelo 135. Veja Mais

Corte de gastos: reunião de 3 horas entre Lula e ministros termina sem anúncios; debate segue nos próximos dias, diz Fazenda

G1 Economia Área econômica elabora medidas de contenção de despesas, que devem ser apresentadas nesta semana. Ações são necessárias para frear dívida e juros, que penalizam investimentos. Terminou sem anúncios, nesta segunda-feira (4), a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros para tentar concluir o pacote que o governo vai anunciar para cortar gastos públicos e garantir o respeito às metas fiscais nos próximos anos. A reunião no Palácio do Planalto começou às 15h30. Além de Lula, estavam presentes os ministros: Fernando Haddad (Fazenda); Simone Tebet (Planejamento e Orçamento); Rui Costa (Casa Civil); Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos); Luiz Marinho (Trabalho); Camilo Santana (Educação); Nísia Trindade (Saúde). O encontro durou cerca de 3 horas e meia, mas terminou sem declarações das autoridades. Segundo o Ministério da Fazenda, "o quadro fiscal do País foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão". "Nesta terça (5), outros ministérios serão chamados pela Casa Civil para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações", informou a Fazenda. A lista de ministérios que participarão dessas reuniões não foi divulgada. A ideia é que eles possam contribuir e opinar sobre o tema. Pela manhã, Haddad tinha dito a jornalistas que acreditava que o governo estava na "reta final" de elaboração das medidas. A reunião com demais ministros foi a segunda do dia de Haddad com o presidente da República. Pela manhã, os dois se encontraram com os ministros Rui Costa, da Casa Civil; Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral, para tratar da Cúpula do G20. Lula se reúne com Haddad após ministro cancelar viagem à Europa O que deve estar no pacote Segundo o colunista do g1 Valdo Cruz, no encontro com Lula, a equipe econômica pretendia propor um limite para despesas obrigatórias para preservar as regras previstas no arcabouço fiscal. Ficariam de fora do teto o aumento real do salário mínimo e a vinculação da aposentadoria ao mínimo. Estariam na mesa, ainda, mudanças na vinculação de gastos de áreas como saúde e educação. Cortes de gastos A equipe econômica do governo tem se debruçado nas últimas semanas sobre uma agenda que vem sendo cobrada por investidores e setores da política desde o começo do governo do presidente Lula: o corte de gastos públicos. Por enquanto, as medidas em estudo ainda não foram detalhadas, o que tem gerado nervosismo no mercado financeiro — com pressão sobre o dólar, queda da Bolsa de Valores e alta dos juros futuros. Nos últimos dias, Haddad defendeu que entende a "inquietação" do mercado, mas acrescentou que o governo apresentará propostas para manter o arcabouço fiscal operante. A expectativa é que as medidas sejam apresentadas nas próximas semanas. Surgiram notícias de que o governo estaria considerando mudanças no seguro desemprego e na multa de 40% de demissão sem justa causa, algo que foi negado pelo Ministério do Trabalho. O ministro Luiz Marinho ameaçou até deixar o cargo caso se sinta agredido, ou seja, na hipótese de mudanças serem encaminhadas sem discussão prévia com ele. Miriam Leitão: Corte de gastos: Casa Civil e Fazenda chegaram a entendimento Veja Mais

Haddad diz que se reunirá com Lula nesta segunda para definir cortes de gastos: 'Reta final'

G1 Economia Área econômica elabora medidas de contenção de despesas, que devem ser apresentadas nesta semana. Ações são necessárias para frear dívida e juros, que penalizam investimentos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso do governo com o corte de gastos Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe econômica do governo vai se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta segunda-feira (4) para definir medidas de contenção de gastos públicos. Haddad, que viajaria para a Europa nesta segunda, ficou no Brasil a pedido de Lula para avaliar as ações do governo frente ao momento de pressão inflacionária e alta do dólar. O ministro embarcaria em uma viagem que passaria por Paris (França), Londres (Reino Unido), Berlim (Alemanha) e Bruxelas (Bélgica), onde se reuniria com autoridades e conversaria com investidores. "Minha ida [para a Europa] estava dependendo desta definição. Se esta semana, ou semana que vem, seriam feitos os anúncios. Como o presidente pediu para eu ficar, e como as coisas estão muito bem adiantadas do ponto de vista técnico, eu acredito que estejamos prontos nesta semana para anunciar [...] Penso que nós estamos na reta final", declarou Haddad, a jornalistas. Segundo o colunista do g1 Valdo Cruz, no encontro com Lula, a equipe econômica vai propor um limite para despesas obrigatórias para preservar as regras previstas no arcabouço fiscal. Ficariam de fora do teto o aumento real do salário mínimo e a vinculação da aposentadoria ao mínimo. A reunião desta tarde será a segunda do dia de Haddad com o presidente da República. Pela manhã, os dois se encontraram com os ministros Rui Costa, Casa Civil; Mauro Vieira (Relações Exteriores)e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), para tratar da Cúpula do G20. A reunião com os representantes das principais economias do mundo ocorrerá no Rio de Janeiro daqui a duas semanas. O Brasil é o atual presidente do G20. Cortes de gastos A equipe econômica do governo tem se debruçado nas últimas semanas sobre uma agenda que vem sendo cobrada por investidores e setores da política desde o começo do governo do presidente Lula: o corte de gastos públicos. Por enquanto, as medidas em estudo ainda não foram detalhadas, o que tem gerado nervosismo no mercado financeiro — com pressão sobre o dólar, queda da Bolsa de Valores e alta dos juros futuros. Nos últimos dias, Haddad defendeu que entende a "inquietação" do mercado, mas acrescentou que o governo apresentará propostas para manter o arcabouço fiscal operante. A expectativa é que as medidas sejam apresentadas nas próximas semanas. "A dinâmica das despesas obrigatórias tem que caber dentro do arcabouço. A ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem, a sustentabilidade de médio e longo prazo", declarou Haddad, na semana passada. Haddad: Houve entendimento sobre medidas de corte de despesas; Bruno Carazza comenta Surgiram notícias de que o governo estaria considerando mudanças no seguro desemprego e na multa de 40% de demissão sem justa causa, algo que foi negado pelo Ministério do Trabalho. O ministro Luiz Marinho ameaçou até deixar o cargo caso se sinta agredido, ou seja, na hipótese de mudanças serem encaminhadas sem discussão prévia com ele. Economistas consideram a agenda de cortes de despesas importante para conter a dívida e evitar alta dos juros, que penalizam investimentos produtivos e o consumo da população. Por outro lado, um manifesto critica o mercado e as políticas de austeridade fiscal (veja abaixo essa reportagem). O que pode acontecer sem o corte de gastos? A explicação de analistas é que, sem o corte de gastos obrigatórios (por meio do envio de propostas ao Congresso Nacional), o chamado "arcabouço fiscal", a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado pelo governo Lula, está em risco. Isso porque o espaço gastos livres dos ministérios, que englobam políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e o farmácia popular por exemplo, está sendo comprimido (e pode acabar no futuro próximo) por despesas obrigatórias, como a Previdência Social. E a previsão do TCU é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população, acabarão nos próximos anos, paralisando a máquina pública. Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, não haveria mais uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. O próprio Banco Central cita o aumento de gastos em seus comunicados, explicando que isso também pressiona a inflação. Segundo a instituição, a "percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos [dólar, juros futuros e bolsa de valores] e as expectativas [de inflação]". Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros. Com o possível fim do arcabouço fiscal, explicam analistas, a pressão poderia ser maior ainda sobre os juros futuros, aqueles que servem de base para as operações dos bancos, o que resultaria em taxas mais elevadas para consumo e investimentos. E juros mais altos, por sua vez, também piorariam as contas públicas, pois o Tesouro Nacional precisaria pagar taxas maiores na emissão de títulos públicos, a chamada rolagem da dívida. O governo entraria no que os analistas chamam de um "ciclo vicioso", ou seja, paga juros maiores por conta da dívida alta, o que também elevaria ainda mais o endividamento - que já grande para o padrão de países emergentes (veja abaixo). Ajuste 'necessário e urgente' De acordo com os economistas Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, em análise contida no boletim Macro de outubro da FGV Ibre, o ajuste nas contas públicas é "necessário e urgente". "Desde o final de 2022, o Brasil vem experimentando uma sensível deterioração fiscal, com forte aumento dos gastos e persistente elevação da dívida pública. Isso sem que sejam adotadas medidas capazes de dar resposta adequada aos riscos daí decorrentes", diz o boletim. "Pelo contrário, o que se viu foram sucessivas propostas de mais e novos gastos, como se o problema não existisse", prosseguem os economistas. Com a persistência do problema, eles avaliaram que o "risco fiscal" (relativo às contas) voltou ao centro das atenções dos agentes de mercado. "E passou a fazer preço, como se diz, com a forte elevação da curva de juros e a desvalorização do real, mesmo com o ciclo monetário no Brasil [com alta de juros] indo na contramão do que se observa hoje nos EUA", afirmaram. Afirmam que a "piora do humor internacional", com notícias negativas sobre as eleições nos Estados Unidos e sobre a economia chinesa, ajuda a explicar a piora na curva de juros e a alta do dólar. Mas observaram que isso tem acontecido apesar de a agência de classificação de risco Moody’s ter elevado a nota de crédito soberano do Brasil (o que, em tese, deveria melhorar os indicadores). "Mesmo com sinais de desaceleração do gasto e de menor estímulo fiscal, estamos vivenciando uma nova rodada de desconfiança dos agentes de mercado. Diversas manobras fiscais e a ausência de contenção de gastos abalam a credibilidade", dizem os analistas, no texto. Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, do FGV Ibre, concluíram que a "grande dúvida" é saber se haverá apoio político para tais medidas. "Infelizmente, revisões sobre a regra de reajuste do salário mínimo e a desvinculação das aposentadorias, pensões e BPC do mínimo foram descartadas. E essas são medidas que dariam um impacto relevante na trajetória de gastos ao longo do tempo. Resta saber o que de fato será apresentado e aceito do ponto de vista político", afirmaram. Manifesto contra 'pacote antipopular' Enquanto o corte de gastos não é detalhado pelo governo, um manifesto com nomes de acadêmicos, economistas, pesquisadores, comunicadores populares, sindicalistas e parlamentares foi lançado contra as "políticas de austeridade fiscal" do governo federal. Entre eles, estão Vladimir Safatle, Ricardo Antunes, Lena Lavinas, Paulo Nakatani, ex-ministros como Roberto Amaral e José Gomes Temporão, além de parlamentares como Luiza Erundina, Sâmia Bomfim, Glauber Braga, Tarcísio Motta, Chico Alencar e Luciana Genro, presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco. "Desde o início, o Novo Arcabouço Fiscal foi concebido para impor limites rígidos aos gastos sociais e aos investimentos públicos, enquanto protege as despesas financeiras, especialmente o pagamento de juros que beneficiam os grandes rentistas", diz o documento. Segundo o manifesto divulgado, as medidas contam com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da "grande imprensa", que, diz o documento, "têm defendido abertamente que, para manter o arcabouço fiscal, é necessária uma redução estrutural dos direitos sociais". "Nós, em contraste, defendemos que o Novo Arcabouço Fiscal seja alterado ou revogado para que os direitos sociais não apenas sejam preservados, mas também expandidos, garantindo a inclusão e a proteção da população mais vulnerável", concluem os signatários. O que pode ser cortado? Analistas consultados pelo g1 nos últimos anos listaram uma série de propostas que podem ser enviadas ao Legislativo. Para terem validade, teriam de ser aprovadas pelo Congresso Nacional. Veja algumas propostas: Redução de gastos com servidores, por meio de uma reforma administrativa; Contenção de gastos previdenciários, por meio de uma nova reforma da Previdência; Reforma de gastos sociais, por meio da integração de políticas públicas; Mudanças ou o fim do abono salarial; Revisão de vinculações, como o piso da saúde e educação à receita, e dos benefícios previdenciários e assistenciais (como o seguro-desemprego) do salário mínimo. Estas são consideradas reformas estruturantes dos gastos. Entretanto, esse tipo de reforma costuma ser impopular. Dependendo do que for proposto: Uma eventual proposta de reforma da Previdência Social poderia elevar a idade mínima para aposentadoria, acabar com a diferença de idade entre homens e mulheres ao se aposentar, ou mudar as regras da aposentadoria rural, entre outros. Uma reforma administrativa poderia propor o fim de alguns direitos de servidores, como rendimentos acima do teto constitucional, ou até mesmo propor o fim da estabilidade para algumas categorias, entre outros pontos. Propostas de desvinculação, por exemplo, poderiam desatrelar os gastos em saúde e educação das receitas (regra atual), o que pode gerar perda de recursos para essas áreas. As desvinculações também poderiam desatrelar as despesas previdenciárias do salário mínimo, que, pelas regras atuais, têm crescimento real (acima da inflação). Ou seja, os benefícios podem ser menores do que o salário mínimo. As desvinculações também poderiam desindexar outros benefícios, como seguro-desemprego e abono salarial do salário mínimo. Ou seja, os benefícios podem ser menores do que o salário mínimo. Integração de políticas públicas pode significar a unificação de regras para benefícios, como, Auxílio Brasil, Auxílio Gás, Auxílio reclusão, Farmácia Popular, salário maternidade, salário família, seguro defeso, BPC, dentre outros. O objetivo seria evitar que pessoas recebam benefícios de forma cumulativa. Veja Mais

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação em 2024 para 4,59%, acima do teto da meta

G1 Economia Números foram divulgados pelo Banco Central. Mercado também aumentou projeção para o crescimento da economia neste ano e para a taxa de câmbio. Decisão do Banco Central é desta sexta-feira (26) Marcello Casal/Agência Brasil Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,55% para 4,59%. Foi a quinta alta consecutiva. Com isso, a projeção segue acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%. Na semana passada, pela primeira vez, o indicador ultrapassou esse patamar. As expectativas, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central (BC). A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. A projeção do mercado de que a inflação ficará acima do teto da meta neste ano acontece após a divulgação do IPCA de setembro, que veio pressionado por questões climáticas, como a seca, que impactou a energia elétrica e os alimentos. Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 4% para 4,03% na última semana. E, para 2026, a expectativa subiu de 3,60% para 3,61%. A partir de 2025, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Miriam Leitão: inflação nos EUA não caiu o suficiente para o americano perceber Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026. ????Porque isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 3,08% para 3,10%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro permaneceu em 1,93%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro continuaram prevendo aumento da taxa básica de juros da economia brasileira até o fim do ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, após um aumento em meados de setembro. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 11,75% ao ano, o que pressupõe novas elevações até o fim do ano. Para o fim de 2025, o mercado financeiro elevou a estimativa de 11,25% para 11,50% ao ano. Com isso, os economistas continuam estimando corte dos juros ano que vem, mas em menor intensidade. Dolar Reprodução: TV Globo Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 5,45 para R$ 5,50. Para o fim de 2025, a estimativa avançou de R$ 5,40 para R$ 5,43. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção recuou de US$ 78 bilhões para US$ 77,8 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo caiu de US$ 76,8 bilhões para US$ 76,5 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano ficou estável em US$ 72 bilhões. Para 2025, a estimativa de ingresso recuou de US$ 74 bilhões para US$ 73,8 bilhões. Veja Mais

CNU: resultado da prova de títulos sai nesta segunda; veja como entrar com recurso

G1 Economia Quem não enviou os documentos no prazo não será desclassificado, mas receberá nota zero nesta etapa. Lista final de aprovados será divulgada no dia 21 de novembro. Candidatos deverão acessar a área do candidato para conferir o resultado da prova de títulos Reprodução/Fundação Cesgranrio O Ministério da Gestão vai divulgar nesta segunda-feira (4) os resultados preliminares da prova de títulos do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o "Enem dos concursos". As notas ficarão disponíveis na área do candidato, no site da Fundação Cesgranrio. No mesmo endereço, os participantes que desejarem poderão recorrer do resultado até esta terça-feira (5). O recurso administrativo é o envio de um documento formal à banca organizadora, no qual o candidato narra o porquê não concorda com a nota e pede uma revisão. Não será possível enviar novos documentos para comprovar os títulos. ? Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp. ?? A avaliação de títulos é uma etapa do CNU prevista para alguns cargos, em que a comprovação de experiências profissionais e titulação acadêmica — como pós-graduação, mestrado e doutorado — ajuda a compor a nota final dos candidatos. Para algumas carreiras, os títulos valem 10% da nota final e, para outras, 5%. Essas informações estão especificadas nas tabelas do item 7.1.1 do edital de cada bloco temático do concurso. (acesse aqui) Foram convocados para enviar os documentos comprobatórios os participantes que atingiram uma nota mínima na prova de múltipla escolha e tiveram a parte escrita da avaliação corrigida. Esses resultados, de todos os blocos do concurso, saíram no dia 8 de outubro. O prazo para enviar os títulos era até o dia 11 de outubro. Quem não fez o upload não será desclassificado, mas vai receber nota zero nesta etapa e concorrer à vaga apenas com a pontuação obtida na prova escrita e de múltipla escolha. 'Enem dos Concursos': notas do CNU são divulgadas; veja como acessar Quando sai o resultado final do CNU? No dia 17 de outubro, os candidatos que estão concorrendo à reserva de vagas (pessoas negras, indígenas e com deficiência) começaram a ser chamados para procedimentos de verificação. No dia 13 de novembro, serão divulgados os resultados preliminares dessas avaliações e, até o dia 14, os participantes ainda poderão entrar com eventuais pedidos de recurso. A lista final de aprovados no Concurso Nacional Unificado está prevista para sair no dia 21 de novembro. Em janeiro de 2025, eles começam a ser convocados para a posse ou, se for o caso, para iniciar o curso de formação do cargo. ?? Serão aprovados os candidatos que receberem as notas mais altas dentro do número de oportunidades disponíveis para cada cargo, considerando a reserva de vagas para pessoas negras, com deficiência e indígenas. Lembrando que a nota final é formada pelos resultados da prova de múltipla escolha, prova escrita e avaliação de títulos, se houver, conforme os pesos definidos para cada carreira nos editais. A classificação também vai levar em consideração a preferência entre as carreiras e especialidades indicada pelo participante no momento da inscrição. Se o candidato for aprovado no seu segundo cargo mais preferido, por exemplo, ele ainda ficará na lista de espera da sua primeira opção, mas será eliminado da concorrência das carreiras menos preferidas. Veja Mais

Receita Nosso Campo: aprenda a fazer um escondidinho de carne de sol

G1 Economia O Nosso Campo deste domingo (27) ensina a preparar um delicioso escondidinho de carne de sol; veja como fazer. Receita Nosso Campo: aprenda a fazer um delicioso escondidinho de carne de sol Reprodução/TV TEM O Nosso Campo deste domingo (3) ensina a preparar um delicioso escondidinho de carne de sol. Saiba como fazer: ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Para o recheio: 1 quilo de carne de sol dessalgada, cozida e desfiada; 2 cebolas grandes fatiadas; 4 dentes de alho amassados; 2 pimentas dedo-de-moça sem sementes; 1 maço de salsinha; 2 colheres de sopa de óleo de milho; 2 colheres de sopa de manteiga; Sal e pimenta-do-reino a gosto. Para o purê: 1 quilo de batata cozida e amassada; 8 colheres de sopa de manteiga; 300 ml de leite integral; 1 caixinha de creme de leite; Sal; Pimenta-do-reino; 300 gramas de muçarela ralada; 50 gramas de parmesão. Modo de preparo: Em uma panela, coloque o óleo e a cebola; Refogue a cebola e, em seguida, acrescente o alho; Adicione a pimenta dedo-de-moça; Despeje a carne; Coloque um pouco de salsinha picada e mexa; Reserve; Para o purê, derreta a manteiga; Acrescente o leite e a batata amassada; Mexa até ficar cremoso; Adicione o creme de leite; Para finalizar, sal e pimenta; Na travessa, coloque uma camada do purê; Agora, o recheio e outra camada; Cubra com muçarela e salpique o parmesão; Leve ao forno para gratinar a 180°C; Retire e sirva. Receita Nosso Campo: aprenda a fazer um escondidinho de carne de sol Bom apetite! VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

QUIZ dos ricaços do futebol: quanto ganham os jogadores mais bem pagos do mundo?

G1 Economia Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo lidera a lista da revista Forbes pelo 2º ano consecutivo. Dois brasileiros estão entre os 10 atletas com maiores ganhos no planeta. Karim Benzema, Kylian Mbappé, Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Neymar. Reuters Pelo segundo ano consecutivo, Cristiano Ronaldo é o jogador de futebol mais bem pago do planeta, conforme ranking da revista Forbes. O astro de 39 anos deve ganhar, ao longo de 2024, nada menos que US$ 285 milhões (R$ 1,6 bilhão). Só a atuação dele pela equipe saudita Al Nassr irá render US$ 220 milhões (R$ 1,2 bilhão). Os outros US$ 65 milhões (R$ 368 milhões) têm origem fora de campo, que incluem patrocínios e outros empreendimentos comerciais. Essa é a sexta vez na última década que Cristiano Ronaldo lidera o ranking de atletas de futebol mais bem remunerados da Forbes. (veja os top 10 no fim desta página) Teste seus conhecimentos sobre os jogadores que mais ganham no mundo: QUIZ dos ricaços do futebol: quanto ganham os jogadores mais bem pagos do mundo? Veja abaixo a remuneração dos 10 jogadores mais bem pagos do planeta: Quanto ganham os jogadores mais bem pagos do mundo? 1?? Cristiano Ronaldo: US$ 285 milhões Idade: 39 Clube: Al Nassr Nacionalidade: Portugal Em campo: US$ 220 milhões Fora de campo: US$ 65 milhões Cristiano Ronaldo em partida pelo Al Nassr. Reuters 2?? Lionel Messi: US$ 135 milhões Idade: 37 Clube: Inter Miami Nacionalidade: Argentina Em campo: US$ 60 milhões Fora de campo: US$ 75 milhões Lionel Messi em partida pela seleção da Argentina. Reuters 3?? Neymar: US$ 110 milhões Idade: 32 Clube: Al Hilal Nacionalidade: Brasil Em campo: US$ 80 milhões Fora de campo: US$ 30 milhões Neymar é apresentado no Al-Hilal antes de jogo de estreia, em 19 de agosto de 2023 Ahmed Yosri/Reuters 4?? Karim Benzema: US$ 104 milhões Idade: 36 Clube: Al Ittihad Nacionalidade: França Em campo: US$ 100 milhões Fora de campo: US$ 4 milhões Karim Benzema em partida pelo Al Ittihad. Reuters 5?? Kylian Mbappé: US$ 90 milhões Idade: 25 Clube: Real Madrid Nacionalidade: França Em campo: US$ 70 milhões Fora de campo: US$ 20 milhões Kylian Mbappé em partida pelo Real Madrid. Reuters 6?? Erling Haaland: US$ 60 milhões Idade: 24 Clube: Manchester City Nacionalidade: Noruega Em campo: US$ 46 milhões Fora de campo: US$ 14 milhões Haaland em partida do Manchester City. Molly Darlington/Reuters 7?? Vinicius Jr.: US$ 55 milhões Idade: 24 Clube: Real Madrid Nacionalidade: Brasil Em campo: US$ 40 milhões Fora de campo: US$ 15 milhões Vini Jr Vinicius Junior gol Liverpool x Real Madrid Molly Darlington/Reuters 8?? Mohamed Salah: US$ 53 milhões Idade: 32 Clube: Liverpool Nacionalidade: Egito Em campo: US$ 35 milhões Fora de campo: US$ 18 milhões Mohamed Salah em partida pelo Liverpool. Reuters 9?? Sadio Mané: US$ 52 milhões Idade: 32 Clube: Al Nassr Nacionalidade: Senegal Em campo: US$ 48 milhões Fora de campo: US$ 4 milhões Sadio Mané em partida pelo Al Nassr. Reuters ???? Kevin De Bruyne: US$ 39 milhões Idade: 33 Clube: Manchester City Nacionalidade: Bélgica Em campo: US$ 35 milhões Fora de campo: US$ 4 milhões Kevin De Bruyne em partida pelo Manchester City. Reuters Veja Mais

Brasil tem 12,4 mil favelas: veja onde ficam, quantos moram e a concentração de pessoas em cada uma delas

G1 Economia Comunidades estão distribuídas por 656 cidades do país e abrigam 16,4 milhões de habitantes, 8,1% da população brasileira. Fatia cresceu em relação em 2010. População que vive em favelas cresce e chega a 8,1%, mostra Censo; no Norte, são 19% O Brasil possui um total de 12,4 mil favelas espalhadas pelas cinco regiões do Brasil, conforme dados do Censo de 2022 divulgados na última sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Veja, abaixo, os principais destaques do estudo divulgado pelo IBGE: Veja cada favela do Brasil Confira, na arte abaixo, dados de cada uma das 12,4 mil favelas espalhadas pelo Brasil: a cidade em que ficam, a população dessas comunidades e o grau de concentração dessas pessoas em cada localidade. LEIA MAIS: Maior que 91% das cidades brasileiras, Rocinha segue como maior favela do país, diz Censo Belém e Manaus têm mais da metade da população vivendo em favelas, diz Censo INFOGRÁFICO: Veja quantas pessoas moram em favelas na sua cidade Moradores de favelas são mais jovens e mais negros que média do país Veja quais são as 20 maiores favelas do país, segundo o Censo 2022 Favelas têm mais templos religiosos e menos estabelecimentos de saúde do que média do país Veja Mais

AGU pede que Enel indenize consumidores em R$ 1 bilhão por apagão de outubro em SP

G1 Economia Pedido é para que valor seja pago com descontos nas contas de luz. Ação judicial inclui indenizações individuais para quem passou mais de 24 horas sem energia. A AGU cobra R$ 260 milhões pelas falhas no fornecimento de energia entre 11 e 17 de outubro Reuters/via BBC A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou nesta sexta-feira (8) com uma ação judicial contra a Enel pedindo a indenização dos consumidores de São Paulo afetados pela falta de energia em outubro. No total, o pedido é para que sejam pagos R$ 1 bilhão aos clientes, por meio de descontos na conta de luz. A AGU cobra R$ 260 milhões pelas falhas no fornecimento de energia entre 11 e 17 de outubro. O valor se soma a indenizações individuais para cada imóvel que tenha ficado mais de 24 horas sem energia, no valor de R$ 500 por dia. O custo dos pagamentos individuais deve ser de, no mínimo, R$ 757 milhões – uma vez que cerca de 900 mil imóveis ficaram mais de 24 horas sem eletricidade. Segundo a AGU, apesar de a Enel ter alegado atribuído a demora para restabelecer o serviço à tempestade, o apagão poderia ter sido evitado. "Se o risco de eventos climáticos mais severo nesta época do ano é recorrente, provável e previsível, a concessionária tem o dever de considerar esse risco na sua atividade de fornecimento de energia elétrica, criando mecanismos para restabelecer o serviço ao consumidor em prazo razoável, justamente por se tratar de serviço público essencial", diz a AGU na ação. Procon multa Enel Apagão na região central de São Paulo Reprodução Na quarta-feira (6), o Procon-SP multou a Enel em R$ 13,3 milhões pelo apagão. É a terceira penalidade que a empresa recebe em menos de 12 meses por má prestação de serviço. Em um ano, o estado teve dois grandes apagões: em novembro de 2023, quando cerca de 2 milhões de imóveis ficaram cerca de seis dias sem energia elétrica; e em outubro deste ano, quando mais de 3,1 milhões de residências passaram outros seis dias no escuro. Em novembro de 2023, a Enel já tinha sido multada em R$ 12,7 milhões. A penalidade está sendo questionada judicialmente. A empresa informou que tem mantido o compromisso com os clientes e tem realizado "fortes investimentos para melhorar os serviços prestados" (leia a nota abaixo). Concessionária de SP Bruno Carazza comenta as falhas na prestação de serviços pela Enel A Enel é a distribuidora responsável por atender aos consumidores da região metropolitana de São Paulo. O papel da Enel é prestar o serviço de distribuição de energia. Ou seja, comercializar a energia e cuidar para que ela chegue aos consumidores. Isso deve ser feito seguindo critérios de qualidade estabelecidos pela Aneel. Caso a distribuidora falhe na prestação dos serviços, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode aplicar penalidades que variam entre advertência, multa e até mesmo intervenção e cassação do contrato. No final de outubro, a Aneel intimou a Enel a prestar esclarecimentos sobre o apagão em São Paulo. É o primeiro passo no processo que apura a responsabilidade da empresa e pode resultar em cassação do contrato. Nota da Enel "A Enel reforça o compromisso com os seus clientes e reitera que tem realizado fortes investimentos para melhorar os serviços prestados. O vendaval que atingiu a área de concessão da Enel Distribuição São Paulo em 11 de outubro, com rajadas de até 107,6 km/h, foi o mais forte registrado na Região Metropolitana nos últimos 30 anos, segundo a Defesa Civil, e causou danos severos na rede elétrica de distribuição. O número total de clientes afetados chegou a 3,1 milhões na noite de sexta-feira (11/10). Na mesma noite, com a atuação dos sistemas de automação e manobras remotas, a distribuidora restabeleceu a energia para quase 1 milhão de clientes. Até o fim da noite do dia 12/10 (sábado), o serviço foi normalizado para cerca de 80% dos consumidores. A companhia precisou reconstruir trechos inteiros da rede elétrica e restabeleceu a energia gradativamente para todos os clientes afetados em menos de 6 dias. Em São Paulo, de 2018, quando assumiu a concessão, a 2023, a Enel investiu uma média de cerca de R$ 1,4 bilhão por ano, quase o dobro da média de R$ 800 milhões por ano realizada pelo controlador anterior. Como resultado, a duração média das interrupções (DEC) e a frequência média das interrupções (FEC) melhoraram 42% e 45% no período. Os investimentos realizados nos últimos cinco anos são inclusive superiores ao lucro líquido registrado no período. De 2024 a 2026, a companhia ampliou ainda mais os investimentos para uma média de cerca de R$ 2 bilhões por ano, um total de R$ 6,2 bilhões. O plano em curso tem como foco o fortalecimento e a modernização das redes, a automação dos sistemas, além da ampliação da capacidade dos canais de comunicação com os clientes. A companhia também reforçou o plano de atuação nas contingências com a mobilização antecipada de equipes em campo e um aumento significativo do quadro de eletricistas próprios em andamento, com a contratação de 1200 profissionais até março de 2025" Veja Mais

Rocinha, maior favela do país segundo Censo 2022, possui mais habitantes que dois terços dos municípios do RJ

G1 Economia Os dados do IBGE revelam que, depois da Rocinha, Sol Nascente, no Distrito Federal, e Paraisópolis, em São Paulo, vêm em número de habitantes. Rocinha é a maior favela do Brasil A Rocinha é a maior favela do Brasil em número de habitantes, com uma população maior do que 91% das cidades do país, segundo dados do Censo 2022. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a comunidade tem 72.021 moradores, o que representa mais habitantes que dois terços dos municípios fluminenses. Das 92 cidades do estado, 59 têm menos habitantes que a Rocinha. Em âmbito nacional, a Rocinha é maior que 91% dos 5.570 municípios brasileiros. Os dados do IBGE revelam que, depois da Rocinha, Sol Nascente, no Distrito Federal, e Paraisópolis, em São Paulo, vêm em número de habitantes. Rocinha Alexandre Macieira/Riotur Os dados preliminares do Censo, divulgados em 2023, chegaram a apontar Sol Nascente como maior, mas a informação não se confirmou nos dados finais. Além do número de moradores, a Rocinha está na frente também em número de domicílios, que totaliza 30.371 residências particulares ocupadas. Na lista das 20 maiores favelas em número de habitantes no país, outras comunidades cariocas aparecem. Em 5º está Rio das Pedras, com 55.653 moradores; em 16º está o Jacarezinho, com 29.766 pessoas vivendo no local. O Rio de Janeiro é o segundo estado com o maior número de favelas, ficando atrás somente de São Paulo. O território fluminense conta com 1.724, e o paulista tem 3.123. Rocinha Alexandre Macieira/Riotur LEIA MAIS: INFOGRÁFICO: Veja quantas pessoas moram em favelas na sua cidade Veja quais são as 20 maiores favelas do país, segundo o Censo 2022 Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio TV Globo 2 milhões vivem em favelas no RJ O Rio de Janeiro tem mais de 2 milhões de pessoas vivendo nas favelas no estado do Rio. Contudo, uma realidade além dos números que a pesquisa revela são as condições das moradias, esgotamento sanitário, acesso à água, tratamento de lixo. Nas favelas do Rio, 86,2% dos domicílios estão conectados à rede de esgoto sanitário, ou então a fossas. O número é maior que a média nacional, que considera também as áreas rurais (77,4%). Os dados mostram que 16,3 milhões de brasileiros vivem em favelas e comunidades urbanas. O número representa 8,1% da população do país. A maioria das favelas, cerca de 72,5%, conta com até 500 lares. Veja Mais

Moradores de favelas são mais jovens e mais negros que média do país

G1 Economia No total da população brasileira, 10,9% tem 65 anos ou mais. Em comunidades, este índice cai para 6,6%. Os moradores das favelas do Brasil são mais jovens e mais negros (grupo que reúne pretos e pardos) que a média brasileira, de acordo com novos dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total da população brasileira, 10,9% tem 65 anos ou mais. Já em favelas, este índice cai para 6,6%. ????????O IBGE analisou ainda o índice de envelhecimento, que é o número de pessoas com 60 anos ou mais de idade em relação a um grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos. ?? Enquanto, no Brasil, o índice é de 80 idosos para cada 100 crianças, nas favelas este número cai para 45 idosos para cada 100 crianças. ????????Curiosidade: Ainda assim, há 1.715 pessoas com mais de 100 anos nas favelas brasileiras. Destas, 708 estão no Nordeste, 508 no Norte, 426 no Sudeste, 47 no Sul e 26 no Centro-Oeste. ????????????Ao se analisar a cor e raça dos moradores de favelas, as proporções de pardos (56,8%) e pretos (16,1%) na população das favelas é superior aos percentuais observados na população total - 45,3% e 10,2%, respectivamente. No Censo 2022, pela 1ª vez, o número de brasileiros que se declarou pardo foi maior do que o dos brancos. Nas favelas, a cor parda já era predominante desde o Censo 2010. ????????????Já o percentual de pessoas que se declaram brancas no Brasil é de 43,5% do total, enquanto nas comunidades é de 26,6%. Veja a lista com as 20 maiores favelas do país Após 50 anos, IBGE volta a usar o termo favela no Censo População que vive em favelas cresce e chega a 8,1% do Brasil O Censo 2022 mostrou ainda que a população brasileira que mora em favelas cresceu e chegou a 8,1% da população do país, o que representa 16 milhões e 390 mil pessoas vivendo em comunidades. ?? O IBGE identificou 12.348 favelas distribuídas em 656 cidades (de um total de 5.570). ???? Há 12 anos, no Censo 2010, o IBGE havia localizado 6.329 favelas em 323 municípios. Nas comunidades, moravam 11 milhões e 425 mil pessoas, o que representava 6% da população brasileira. ????A identificação e o mapeamento dessas áreas foram aperfeiçoados entre os dois levantamentos. Considerando que os Censos são fotografias dos dois momentos, a nitidez e resolução do Censo 2022 são superiores. Assim, não se sabe quanto desse crescimento se deve à expansão dessas áreas e quanto se deve à melhoria da coleta, sobretudo em áreas menores, destacou o instituto. As favelas e comunidades do país são diversas e heterogêneas em suas formas, tamanhos e tipos de construção. Ocupam morros, baixadas, praias, planaltos, alagados, mangues, beiras de rio e outras composições geográficas. IBGE passa a chamar as favelas de favelas Veja Mais

Audi Q6 e-tron: veja pontos fortes e fracos do SUV elétrico de mais de R$ 500 mil

G1 Economia Elétrico não é um primor de potência, mas traz o que se espera: conforto. Seus destaques são itens de tecnologia, caso dos faróis com 61 LEDs, GPS com realidade aumentada e 16 alto-falantes. A Audi anunciou o lançamento do Q6 e-tron, SUV totalmente elétrico da marca. Ainda que custe mais de meio milhão de reais, o carro não é o mais caro da companhia. Sua promessa é encabeçar o ranking dos mais tecnológicos e completos. No Brasil, o Q6 e-tron está disponível em duas versões: Audi Q6 e-tron Performance: R$ 559.990; Audi Q6 e-tron Performance Black: R$ 599.990. As diferenças entre as duas versões estão na estética e roda. O Performance Black coloca para-choques esportivos, capa do espelho retrovisor na cor preta e frisos das janelas pintados de preto brilhante. Por dentro, as soleiras das portas apresentam o logo S em alumínio e são iluminadas, bancos dianteiros esportivos têm inscrição S, pedaleiras são de aço inoxidável e o volante é aquecido, além de ter revestimento em couro perfurado com base e topo achatados. As rodas passam do aro 20 para 21 no Performance Black. LEIA MAIS Renault Kardian: por que lançar um carro manual se o mercado prefere automáticos? Veja o teste Fiat lança versões de Pulse e Fastback com motor híbrido flex; veja os preços e equipamentos Troca de pneus: veja 7 dicas essenciais para escolher o modelo correto para o seu carro Audi Q6 e-tron por fora Um carro para a família O Q6 e-tron estreia uma plataforma chamada Premium Platform Electric (PPE), feita para carros premium do grupo Volkswagen, especialmente da Audi e Porsche. Entre os principais pontos, a plataforma tem arquitetura de 800V que permite recarga mais veloz para os veículos. A bateria do Q6 e-tron tem capacidade para 100 kWh, que oferece 411 km de autonomia (conforme ciclo brasileiro). Ela pode ser recarregada de 10% para 80% em menos de 22 minutos — são cerca de 96 quilômetros de autonomia a cada quatro minutos no carregador rápido. Em carregamento comum, o tempo pode subir para cerca de 9 horas. O SUV tem tração integral e feita por dois motores, sendo um em cada eixo e que oferecem 387 cv de potência e 54,5 kgfm de torque. Com este conjunto, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 5,9 segundos, número comedido para tanta potência e que corrobora com o espírito de SUV feito para família, não um esportivo. Audi Q6 e-tron divulgação/Audi Se a performance não é o foco, a tecnologia traz pontos interessantes. O primeiro deles é a iluminação externa, feita por 61 LEDs em cada farol, criando um desenho que pode ser personalizado na central multimídia. Além de criar uma assinatura frontal, uma saudação quando o veículo é ligado também pode ser customizada. Além de efeito puramente estético, ter os 61 LEDs permite que o farol apague algumas partes da iluminação. O objetivo é não iluminar carros na direção contrária, evitando ofuscar a visão dos outros motoristas, enquanto mantém visível todo o entorno da rodovia. A personalização das luzes é feita pela central multimídia. Ela é uma das quatro telas disponíveis no novo Q6 e-tron e tem 14 polegadas. Outra, do painel de instrumentos, tem 11,9 polegadas. Há um terceiro display, à frente do passageiro, com 10,9 polegadas. Outro toque de refino da tecnologia do Q6 e-tron é que a tela do passageiro pode ser escurecida para o ângulo do motorista, evitando que ele desvie a atenção da pista. É muito semelhante ao que é adotado em caixas eletrônicos no Brasil, que permite a correta visualização do conteúdo apenas para quem está exatamente a frente da tela. Audi Q6 e-tron divulgação/Audi Q6 O carro conta com um Head-up Display (HUD), que é considerada a quarta tela. Ela é uma projeção feita no para-brisa, na frente do motorista e vista só por ele. Nela, são exibidos dados como velocidade e indicações do GPS. Este é um ponto de destaque, pois a projeção funciona em realidade aumentada. Isso significa que o sistema de navegação por GPS exibe indicações sobre nome das ruas, replica o número de faixas e as saídas de curvas, sobrepondo os exatos locais onde o motorista precisa virar. Por fim, o Audi Q6 e-tron conta diversos recursos de assistência ao motorista, como sensores de estacionamento espalhados pelo carro, piloto automático adaptativo, manutenção do veículo no centro da faixa, freio de emergência e alertas para tráfego cruzado que inclui também as pessoas, não somente carros. Como anda o Audi Q6 e-tron O teste do g1 foi feito em uma pista, não na cidade. Mesmo assim, foram simuladas áreas com piso molhado, curvas fechadas e mudanças bruscas de aceleração. Em todos os momentos, o Audi Q6 e-tron conseguiu transmitir o esperado para um SUV médio: conforto. A suspensão, mesmo quando ativado o modo mais esportivo, não era das mais duras. Os solavancos das mudanças do tipo de piso eram pouco ou nada perceptíveis. Mesmo mais elevado do solo, o Audi não demonstrou ter dificuldades na hora das curvas mais acentuadas e em velocidade elevada. As retomadas foram velozes, típicas do que se espera de um carro elétrico — onde o torque é instantâneo, permitindo até mesmo que o veículo acelere mais que as motos na saída do semáforo. Em conforto, os bancos entregam até massagem. Este ponto não é tão importante enquanto testamos o carro em movimento, mas pode ser um alívio em algum momento de descanso. Para essas horas, o SUV disponibiliza até dois jogos podem ser exibidos na tela de projeção do motorista. Audi Q6 e-tron divulgação/Audi Outro ponto importante foi a mudança de vários ajustes e botões, que deixaram de estar na central do veículo e foram para o apoio do braço do motorista, na porta. Lá ficam controles de luzes, trava das portas e ajuste dos espelhos laterais. Em pontos negativos, fica evidente que, mesmo em um veículo de tecnologia avançada, as montadoras ainda não acertaram os comandos de voz. O Audi Q6 e-tron aceita mais de 100 deles, mas não foi raro ver o sistema não compreendendo o que dissemos. O tempo para tudo funcionar foi maior que o necessário, seja para subir os vidros, alterar a temperatura do ar condicionado, entre outros. Outro ponto negativo fica na ausência de ventilação dos bancos. Um SUV de meio milhão de reais poderia contar com algo além de apenas aquecimento. Claro que se trata de um projeto global, mas em poucas cidades do Brasil se faria bom uso do recurso. Ficha técnica do Audi Q6 e-tron Veja Mais

Governo quer reservar R$ 4,3 bilhões para o programa Luz para Todos em 2025

G1 Economia Maior parte do valor será custeada por encargo na conta de luz. Programa leva energia a áreas rurais e isoladas. Imóveis em 15 estados devem ser contemplados; veja ranking. Ligações do programa Luz para Todos beneficiam comunidades rurais de Juruti Equatorial Energia Pará / Divulgação O Ministério de Minas e Energia lançou nesta quinta-feira (7) uma consulta pública para definir o orçamento do programa Luz para Todos em 2025. A pasta pretende reservar R$ 4,3 bilhões para ações no ano que vem. A maior parte desse valor é custeada por todos os consumidores na conta de luz. São R$ 3,95 bilhões pagos por meio do encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) — que agrega subsídios a políticas públicas, como a universalização do serviço de energia. Recriado em 2023, o Luz para Todos é um programa operado pelo governo, que dá subvenção econômica às distribuidoras de energia para que levem eletricidade a áreas sem o serviço, como comunidades rurais e regiões remotas da Amazônia Legal. A meta do governo é iluminar 97,1 mil imóveis em 2025. O número é 23% superior à meta deste ano. Os seguintes estados serão atendidos: Pará: 40.192 imóveis Bahia: 13.300 imóveis Amapá: 9.452 imóveis Piauí: 7.344 imóveis Amazonas: 4.918 imóveis Maranhão: 4.634 imóveis Roraima: 4.387 imóveis Acre: 4.348 imóveis Tocantins: 2.624 imóveis Rondônia: 2.561 imóveis Mato Grosso: 1.696 imóveis Ceará: 1.000 imóveis Goiás: 315 imóveis Rio de Janeiro: 221 imóveis Paraíba: 120 imóveis Segundo o governo, o orçamento será usado para dar continuidade a obras em execução e em processo de contratação. O governo tem como meta atender a 500 mil famílias até o final de 2026. Lula inaugura subestação e anuncia a retomada do 'Luz para Todos' em Parintins "O aumento de recursos a serem disponibilizados na promoção da universalização dos serviços públicos de distribuição de energia reafirma o compromisso do Governo Brasileiro em promover um crescimento sustentável inclusivo e equitativo", diz a nota técnica do Ministério de Minas e Energia. Criado em 2003, o programa Luz para Todos tinha o objetivo de levar energia elétrica às residências que não são atendidas pelas distribuidoras. Prorrogado por diversas vezes até 2022, o programa foi retomado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agosto de 2023. Nas comunidades isoladas da Amazônia, o programa tem levado kits individuais de energia solar. Já nas comunidades rurais, as famílias são atendidas com a extensão da rede das distribuidoras até as localidades. Veja Mais

Em crise, Nissan vai encerrar 9 mil postos de trabalho no mundo e reduzir sua produção em 20%

G1 Economia Depois de uma queda de 93% no lucro do primeiro semestre, a montadora está adotando uma série de medidas para tentar sair da crise. Foto do modelo Nissan Kicks Active Divulgação | Nissan A montadora japonesa Nissan anunciou nesta quinta-feira (7) que vai encerrar 9 mil postos de trabalho no mundo e reduzirá em 20% suas capacidades de produção, consequência direta da queda nas vendas. O grupo também revisou e reduziu drasticamente as previsões de receitas e lucros operacionais para o ano fiscal de 2024. "Diante da gravidade da situação, a Nissan está adotando medidas urgentes para reverter seus resultados e criar uma empresa mais reativa e resiliente", afirma um comunicado. LEIA TAMBÉM Indústria brasileira pede aumento de imposto para frear 'invasão' de veículos chineses Por que os EUA decidiram avançar com o banimento de importação de carros chineses As origens da crise na Volkswagen A empresa japonesa e as concorrentes locais enfrentam uma forte concorrência da China, com a rápida expansão de suas montadoras de carros elétricos apoiadas pelo governo. O CEO da Nissan, Makoto Uchida, afirmou que as vendas fracas no mercado crucial dos Estados Unidos também influenciaram a situação da empresa, que registrou uma queda 93% no lucro no primeiro semestre. Uchida "reduzirá voluntariamente 50% de sua remuneração mensal a partir de novembro de 2024. Os demais integrantes do comitê executivo terão cortes salariais voluntários", acrescenta o comunicado. A Nissan agora projeta vendas líquidas de 12,7 trilhões de ienes (cerca de US$ 80 bilhões), abaixo dos 14 trilhões de ienes projetados anteriormente. A empresa não divulgou uma nova projeção de lucro, depois de reduzir a previsão em julho para 300 bilhões de ienes em julho. No semestre entre abril e setembro, o lucro líquido foi de apenas 19,2 bilhões de ienes. "Os lucros líquidos não foram determinados devido à avaliação em curso dos custos necessários para os esforços de recuperação planejados", explicou Uchida. Veja Mais

Sem acordo no TCU, Aeroporto de Viracopos volta ao processo de relicitação da concessão

G1 Economia Concessionária que administra o aeroporto foi a 1ª do Brasil a solicitar a devolução da concessão, mas tentou reverter o processo. Tentativa de acordo entre concessionária, Anac e governo federal não andou. Passageiros em Viracopos, Campinas Aeroportos Brasil Viracopos O processo para viabilizar uma "solução consensual" entre o governo federal, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), com o objetivo de fazer a atual concessionária, Aeroportos Brasil, permanecer à frente da gestão do terminal e evitar a relicitação, terminou sem acordo no Tribunal de Contas da União (TCU). ???? Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Com a decisão publicada no dia 30 de outubro pelo presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, a concessionária, a União e a Anac reiniciam o processo para licitar novamente o aeroporto, com um novo edital - ainda sem prazo - e a abertura de concorrência à iniciativa privada. "Após intensos debates ao longo do prazo de funcionamento da Comissão, não foi possível elaborar proposta de solução consensual", diz o texto da decisão. A comissão a qual Bruno Dantas se refere é a Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso), um braço do TCU criado para tentar solucionar problemas relacionados a concessões federais, evitando que se chegue à relicitação. A opção passou a ser viável, no fim de 2023, quando a concessionária se reequilibrou financeiramente e apresentou um pedido oficial à União para permanecer à frente do aeroporto e encerrar o processo de relicitação. O Ministério de Portos e Aeroportos, à época, sinalizou positivamente, o que possibilitou que a discussão para a permanência fosse levada ao TCU. Entretanto, após um ano do processo em curso no tribunal, não foi possível chegar ao acordo. Sede do Tribunal de cotnas da União (TCU), em Brasília. Divulgação/TCU Por que não andou? O principal impasse foram as divergências em relação ao cálculo de indenização à Aeroportos Brasil tanto pelos investimentos realizados desde o início da concessão, em 2012, quanto ao ressarcimento de prevenção a "futuros litígios", caso a concessionária continuasse na administração. Depois do arquivamento do processo no TCU, a concessionária voltou a se apegar a um decreto de arbitragem na Justiça para buscar a definição sobre a indenização. Em paralelo a isso, a Anac divulgou o cálculo de ressarcimento que ela considera ser legítimo: R$ 2,5 bilhões, "a valores de 31 de dezembro de 2022, pelos investimentos realizados no aeroporto e ainda não amortizados". Deste saldo, ainda seriam descontados na relicitação as dívidas da concessionária com o poder concedente, como outorgas vencidas e multas não quitadas. O valor da indenização ainda será submetido à certificação de empresa de auditoria independente e, posteriormente, levado ao TCU. O que diz a concessionária? Em comunicado ao mercado, a Triunfo, principal acionista da concessionária Aeroportos Brasil, afirmou que retomou a "arbitragem em vigor, até então suspensa, que trata de reequilíbrios contratuais relacionados à concessão". "Por fim, a Concessionária reafirma seu compromisso com a continuidade da prestação de serviços, objeto da concessão, nos elevados padrões de qualidade já reconhecidos ao longo dos 12 anos de vigência do contrato tanto pelos usuários como pela própria Anac", finaliza o comunicado. Histórico do imbróglio Por conta da crise financeira e depois de encerrar o processo de recuperação judicial, a concessionária de Viracopos manifestou interesse na relicitação. No entanto, o aeroporto se reequilibrou e voltou a atingir números positivos de fluxo de passageiros, batendo recorde histórico por dois anos seguidos, em 2022 e 2023, o que foi possível que a concessionária se reestruturasse e reunisse argumentos para recorrer à solução consensual, e tentar mostrar que a continuidade de concessão era a melhor alternativa. Torre do controle no Aeroporto de Viracopos, em Campinas Fernando Pacífico/g1 A relicitação A relicitação foi a única a esperança da atual concessionária após a crise financeira que gerou uma dívida de R$ 2,88 bilhões - esse valor é de outorgas vencidas e dívidas com bancos que ainda vão vencer. O débito, inclusive, não está mais sob responsabilidade da concessionária porque foi incluído no decreto de arbitragem. O terminal foi o primeiro do Brasil a solicitar a devolução da concessão. O último plano de recuperação judicial do aeroporto foi protocolado à Justiça no dia 12 de dezembro de 2019. Desta data até o dia da aprovação, em fevereiro de 2020, Viracopos e os principais credores, entre eles a Anac e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), se reuniram para tentar chegar a um acordo e definiram que a proposta seria votada na assembleia desde que Viracopos aceitasse a relicitação. Depois de aceita em assembleia, a recuperação judicial de Viracopos foi encerrada pela Justiça no dia 10 de dezembro de 2020. A partir disso, começou o processo de relicitação. Em agosto de 2021, a Anac aprovou o edital dela. A concessionária já havia sinalizado a intenção de devolver a concessão em julho de 2017, mas emperrou na lei 13.448/2017, que regulamenta as relicitações de concessões aeroportuárias, ferroviárias e rodoviários do Brasil e só teve o decreto publicado em agosto de 2019. A crise A crise de Viracopos se agravou na metade de 2017, quando a concessionária manifestou o interesse da relicitação, mas, por conta da não regulamentação da lei, apostou na recuperação judicial para solucionar a crise. A Aeroportos Brasil protocolou o pedido em 7 de maio de 2018 na 8ª Vara Cível de Campinas. Viracopos também foi o primeiro aeroporto do Brasil a pedir recuperação. O aeroporto sempre brigou por reequilíbrios no contrato de concessão por parte da Anac. De acordo com a concessionária, a agência descumpriu itens que contribuíram para a perda de receita da estrutura. A Infraero detém 49% das ações de Viracopos. Os outros 51% são divididos entre a UTC Participações (48,12%), Triunfo Participações (48,12%) e Egis (3,76%), que formam a concessionária. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas Veja Mais

Haddad diz que espera anunciar corte de gastos nesta quarta, mas aguarda aval de Lula para 'detalhes' na proposta

G1 Economia Governo tem feito uma série de reuniões para definir novos cortes nos gastos públicos. As medidas ainda não foram detalhadas, o que tem gerado nervosismo no mercado financeiro. Presidente Lula e Ministro da Fazenda Fernando Haddad. Nesta terça (17) o Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, participa no Palácio do Planalto de reunião para anúncios de novos projetos da ApexBrasil. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (6), que ainda aguarda aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definir "dois detalhes" dentro da proposta de corte nos gastos públicos. “A questão é como é que o presidente vai decidir dialogar com as duas Casas [do Congresso]. Mas, da nossa parte, eu quero crer que no final da manhã nós vamos estar com essas questões decididas”, afirmou. A equipe econômica do governo tem se debruçado nas últimas semanas sobre a agenda de corte de gastos. A expectativa de investidores para esse anúncio tem mexido com o mercado financeiro. O governo efetuou uma série de reuniões nos últimos dias com ministros para fechar os cortes necessários para manter o arcabouço fiscal — a regra das contas públicas — operante. A expectativa é de que o anúncio das medidas possa ocorrer ainda nesta semana. Lula cita 'hipocrisia do mercado' sobre gastos e cobra do Congresso: 'Não é só tirar do governo' Lula deve conversar com cúpula do Congresso sobre corte de gastos, diz Haddad Lula terá uma nova reunião, na manhã desta quinta (7), com Haddad, Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão) sobre o tema. Segundo titular da Fazenda, o encontro no Planalto será para alinhar os últimos detalhes, antes do governo apresentar a proposição, em linhas gerais, ao Congresso. "São dois detalhes que nós temos que discutir. Tivermos com o Ministério do Desenvolvimento Social, com a Previdência, com a Saúde, Educação e Trabalho. Tem duas questões que nós vamos levar para ele [...] é uma arbitragem simples que tem que ser feita, de coisas que também compõem o quadro de medidas, e aí nós estaríamos liberados para proceder com o Congresso e com a imprensa". Para Haddad, o Congresso não deve pedir ajustes no texto a ser apresentado previamente aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “O Congresso não vai pedir ajuste antes do encaminhamento, até porque o Congresso tem as prerrogativas dele. É só uma questão protocolar, de não ficar sabendo pela imprensa. Então, poder ter uma visão privilegiada da coisa antes de uma coletiva, coisas desse tipo”, disse o ministro. Questionado se o plano vai estar em linha com o esperado pelo mercado financeiro, Haddad disse que “vai estar em linha com as contas do Tesouro Nacional”. “Vai estar em linha com o que nós entendemos que é necessário para que a trajetória das finanças públicas continue sendo ajustada”, afirmou. Veja Mais

Dólar a R$ 6,17? Google mostra cotação errada e cria confusão nas redes; moeda fechou a R$ 5,67

G1 Economia Com a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, o dólar chegou a subir forte no início da manhã, mas inverteu o sinal e passou a cair. Procurado pelo g1, o Google diz que recursos da busca, como o câmbio de moeda, são baseados em dados de terceiros. Google mostra dólar aos R$ 6,17 por volta das 13h. Valor está errado. Reprodução/Google Quem procurou a cotação do dólar no Google nesta quarta-feira (6) levou um susto com a moeda supostamente operando bem acima de R$ 6. No buscador, o dólar hoje aparecia cotado em R$ 6,17, uma alta de 7,6% em relação ao fechamento da véspera. Com o erro a aplicação foi removida. Procurado pelo g1, o Google diz que recursos da busca, como o câmbio de moeda, são baseados em dados de terceiros. "Em caso de imprecisões, nós removemos as informações da busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível." O dólar passou por um período de alta forte nesta manhã, após a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, mas nunca chegou ao valor mostrado pelo buscador. Durante a tarde, a moeda inverteu o sinal e passou a cair. No fechamento, o dólar terminou o dia aos R$ 5,67. Na máxima, chegou a R$ 5,8619. Mesmo o dólar turismo, que é a moeda utilizada para quem vai viajar ou fazer compras internacionais, chegou à máxima de R$ 6,0815 — distante da cotação mostrada pelo Google. O dólar comercial, inclusive, nunca chegou à casa dos R$ 6. Em sua máxima histórica, a moeda americana bateu os R$ 5,9007, no dia 13 de maio de 2020. LEIA TAMBÉM: Entenda por que dólar, juros futuros e bitcoin dispararam depois da vitória de Donald Trump Truth Social e Tesla disparam com vitória de Trump; Elon Musk fica R$ 109 bilhões mais rico Veja a repercussão abaixo. Usuários questionam o valor do dólar no Google Reprodução/X Usuários questionam o valor do dólar no Google Reprodução/X Usuários questionam o valor do dólar no Google Reprodução/X Usuários questionam o valor do dólar no Google Reprodução/X Usuários questionam o valor do dólar no Google Reprodução/X Veja Mais

O que vitória de Trump significa para economia do Brasil

G1 Economia Propostas do republicano - que incluem tarifaço contra importados e aumento de subsídios - podem reduzir comércio global e impactar Brasil, segundo analistas. Donald Trump faz discurso da vitória em 6 de novembro de 2024 Brian Snyder/Reuters A agenda que Donald Trump prometeu colocar em prática em seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, com deportação em massa de imigrantes sem documentos, tarifaço de importados e aumento de subsídios, deve elevar a dívida pública americana, alimentar inflação e reduzir a corrente de comércio global, dizem analistas ouvidos pela BBC News Brasil. Uma combinação que terá efeitos negativos no curto prazo para a economia do Brasil, que deve se preparar para enfrentar um ciclo de dólar mais alto e possível redução das exportações para seu segundo maior parceiro comercial. Entre as propostas de Trump que suscitam maior preocupação entre especialistas está o aumento generalizado das tarifas de importação praticadas pelos EUA, de 10% a 20% para todos os seus parceiros comerciais, de 60% para produtos da China, tratada como inimiga na retórica trumpista, e sobretaxas de mais de 100% em circunstâncias específicas. O republicano argumentou durante a campanha que o tarifaço incentivaria as empresas a produzirem mais nos Estados Unidos e a criar empregos no país. A maioria dos especialistas discorda. Em uma consulta realizada pelo jornal americano The Wall Street Journal com 39 economistas, todos desaprovaram a medida, a única posição unânime diante de uma lista de propostas polêmicas das candidaturas tanto do republicano quanto de sua adversária derrotada, a democrata Kamala Harris. O protecionismo tarifário, como é chamado no jargão econômico, "ou vira inflação ou vira redução de demanda", pontua o professor aposentado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e economista-chefe do Banco Fator José Francisco de Lima Gonçalves. Ele explica com um exemplo ilustrativo da China. Os americanos ou não fabricam ou têm capacidade reduzida para produzir o que importam do país asiático. Se de uma hora para outra esses importados forem sobretaxados, o consumidor americano ou vai topar pagar mais caro para ter acesso ao produto de qualquer forma (o que os economistas chamam de demanda pouco elástica), ou vai deixar de comprar porque acha que ele ficou caro demais, com impacto na redução do consumo. Nesse último caso, a consequência para os parceiros comerciais, como o Brasil, é direta: diminuição do volume de exportações. Para os produtos cuja demanda é menos elástica, o aumento na tarifa tende a ser repassado para os preços, o que tende a alimentar a inflação. A alta nos índices de preços, por sua vez, costuma ser seguida por aumentos nas taxas de juros pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano, movimento que fortalece o dólar. "Os EUA provavelmente vão ter uma inflação bem pior e, portanto, os juros vão ficar lá em cima por mais tempo, o dólar vai ficar mais forte por mais tempo. Essa eu acho que vai ser a grande dificuldade para o Brasil", opina o economista-chefe do Banco Fator. Steven Kamin, pesquisador sênior do centro de pesquisa American Enterprise Institute, reflete sobre um cenário alternativo: a imposição de tarifas elevadas também pode levar a um grande aumento da incerteza e criar disrupções que podem esfriar a atividade econômica americana e levar o FED a reduzir juros, em vez de aumentar. "Esse não é o cenário mais provável agora, mas foi o que aconteceu em 2019", ele ressalta, referindo-se ao primeiro governo Trump. Fazia um ano que o republicano havia dado início a uma guerra comercial com a China, e o temor de que o aumento de tarifas pudesse prejudicar a atividade levou o banco central americano a cortar juros em três ocasiões na segunda metade do ano. "Mas esse cenário alternativo tampouco seria positivo para a América Latina", ressalva o especialista. "Porque significaria uma desaceleração da economia dos EUA e talvez até da economia global", completa. Nesse sentido, o professor titular aposentado da PUC-RJ e economista-chefe da Genial Investimentos. José Márcio Camargo, chama atenção para uma possível desaceleração econômica também da China, o maior parceiro comercial do Brasil. Os EUA são um dos principais destinos das exportações chinesas. Uma redução da corrente de comércio entre os dois países poderia, por exemplo, diminuir a demanda chinesa por commodities - que são, por sua vez, a principal categoria das exportações brasileiras para o país asiático. A queda nos preços de commodities é, aliás, o cenário-base com o qual o economista-sênior para América Latina Tim Hunter trabalha. Uma possível consequência positiva para o Brasil de uma guerra comercial em larga escala entre China e Estados Unidos seria uma diminuição das compras chinesas de soja dos Estados Unidos (atrás apenas do Brasil em volumes de exportação do produto) o que abriria oportunidades para aumento de vendas brasileiras. Logicamente, o maior volume das exportações poderia não ser suficiente para compensar uma brusca queda de preços da commodity. Em relatório enviado a clientes pouco antes da eleição, ele destacou que caso o governo Trump materialize de fato uma guerra comercial, os preços de itens como carvão, cobre, alumínio, ferro e soja tenderiam a cair. Para além do tarifaço, a proposta de deportação de milhões de imigrantes sem documentos também é destacada pelos economistas ouvidos pela BBC News Brasil como tendo potencial para prejudicar a economia americana e impactar negativamente outros países. Essa mão de obra, argumenta Steven Kamin, é hoje a base de setores como a construção e diversos segmentos de serviços, especialmente os que pagam menores salários. A redução dessa força de trabalho, além de criar um problema para essas indústrias no curto prazo, alimentaria mais inflação - o que, em última instância, pode significar dólar mais caro para o Brasil. Os especialistas ressaltam que a dimensão do impacto da agenda Trump vai depender do que o presidente eleito colocar de fato em prática e como os países afetados vão reagir. Quantos milhões de migrantes seriam de fato deportados? Vai haver aumento generalizado de tarifas, com uma alíquota semelhante para todos os setores, ou alguns segmentos vão ser mais taxados do que outros? Como a China vai responder? Veja Mais

Dólar opera em forte alta com vitória de Donald Trump nos EUA; Ibovespa cai

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,63%, cotada a R$ 5,7464. Já o principal índice de ações da bolsa de valores, encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos. Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos. Carlos Barria/Reuters O dólar opera em forte alta nesta quarta-feira (6), acompanhando a valorização da moeda no mundo inteiro após a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos. Trump defendeu durante toda sua campanha a taxação de produtos importados nos Estados Unidos, além de outras medidas de protecionismo econômico — o que aumentou as perspectivas de que, em um governo dele, a inflação poderia subir, elevando os juros e isso levou a uma disparada do dólar pelo mundo. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em baixa. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Às 10h35, o dólar subia 0,63%, cotado a R$ 5,7827. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8619. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda caiu 0,63%, cotada a R$ 5,7464. Com o resultado, acumulou: queda de 2,10% na semana; recuo de 0,60% no mês; ganho de 18,42% no ano. O Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,06%, aos 129.271 pontos. Na véspera, o índice encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos. Com o resultado, acumulou: avanço de 1,87% na semana; ganhos de 0,62% no mês; recuo de 2,74% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Em reportagem do g1, especialistas explicaram que tanto Kamala Harris quanto Donald Trump podem trazer impactos para a economia brasileira com suas políticas. No entanto, com as propostas apesentadas até aqui, a expectativa é que a vitória de Trump pressione mais o dólar em detrimento do real. Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos Estados Unidos, diminuindo o comércio com a China. "Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa. Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras", explicou ao g1 Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional. Esse cenário poder mexer com a balança comercial brasileira, diminuindo o nível de exportações, o que reduziria a reserva de dólares e poderia pressionar ainda mais a inflação. Veja Mais

+Milionária pode pagar R$ 20,5 milhões nesta quarta-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes da +Milionária Rafael Leal /g1 O concurso 196 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 20,5 milhões para quem acertar a combinação de seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (6), em São Paulo. No concurso da última sexta-feira (1º), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. Veja Mais

Lojas Marisa sofre ataque cibernético e avalia extensão do incidente

G1 Economia Companhia disse que suspendeu temporariamente parte dos sistemas de forma preventiva. Rede varejista Marisa foi alvo de ataque cibernético nesta terça-feira (5). Divulgação A Lojas Marisa informou nesta terça-feira (5) que sofreu um ataque cibernético do tipo "ransomware" que gerou indisponibilidade temporária em parte de seus sistemas. A companhia disse que tomou as medidas de segurança e controle apropriadas e suspendeu temporariamente parte dos sistemas de forma preventiva. "Esse período limitado não causou impactos significativos nas operações da companhia. Nossas lojas físicas estão funcionando normalmente", afirmou a empresa em comunicado. Lojas Marisa fica com site e aplicativo fora do ar após ataque cibernético Reprodução A Lojas Marisa acrescentou que está conduzindo uma avaliação completa do incidente para apurar sua extensão e a eventual necessidade de adoção de medidas adicionais. "Até o momento, a companhia atesta que a ameaça foi neutralizada sem maiores impactos a suas operações e sistemas", disse. Veja mais: Ransomware: entenda como o vírus é usado em extorsões e saiba como se proteger Empresas vítimas de ransomware precisam avisar sobre ataque? Quem investiga? Veja perguntas e respostas Sequestro digital: veja como agem as quadrilhas de ‘ransomware’ VÍDEO: Ransomware - entenda como vírus é usado em extorsões Veja Mais

Aposta da Volkswagen no Brasil pode ajudar empresa a contornar crise?

G1 Economia Enfrentando dificuldades na Europa e China, montadora alemã registra crescimento de vendas no Brasil e anuncia investimentos no país. Apesar de enfrentar dificuldades, Volkswagen anuncia investimento no Brasil Divulgação/Volkswagen A Volkswagen enfrenta um futuro incerto, confrontada com uma série de desafios à medida que o mercado global transita dos motores de combustão interna para alternativas mais ecológicas, como veículos elétricos e híbridos. O cenário vem causando dificuldades para a empresa especialmente na Europa e na China. Por outro lado, os investimentos da VW no Brasil vêm aumentando, assim como as vendas, o que gera a expectativa de que o país possa auxiliar no momento difícil da montadora. A empresa anunciou nesta semana que o seu lucro no terceiro trimestre, entre julho e setembro, caiu 64%, para 1,58 bilhão de euros, face aos 4,35 bilhões de euros que ganhou um ano antes. Os números foram divulgados em meio a negociações sobre possíveis demissões em massa e cortes salariais. LEIA MAIS Moto Morini: conheça a marca italiana que chega ao Brasil com investimento de R$ 250 milhões VÍDEO: veja a BYD Shark em 3 pontos positivos e 3 negativos Nova Honda CG 160 chega R$ 16.194; veja o que mudou na moto mais vendida do Brasil O conselho de trabalhadores da empresa disse no início desta semana que a administração informou seus representantes que pretende fechar pelo menos três fábricas na Alemanha, o que resultaria na perda de dezenas de milhares de empregos. Os chefes da VW dizem que o ambiente geral do mercado é "desafiador" e que há uma "necessidade urgente de reduções significativas de custos e de ganhos de eficiência". A empresa, que até agora não detalhou publicamente os seus planos, cita uma série de razões para as suas dificuldades, que vão desde o enfraquecimento da demanda pelos seus veículos nos principais mercados e uma maior concorrência dos fabricantes chineses de elétricos até aos elevados custos de mão-de-obra e energia na Alemanha. Nos primeiros nove meses deste ano, as vendas da VW caíram 1,6% no mercado interno alemão e despencaram 10,2% na China, país que tem sido fundamental para a solidez financeira da empresa nos últimos anos. Aposta no Brasil Embora a VW enfrente uma grave crise nos seus principais mercados europeus e asiáticos, a montadora continua registrando crescimento em regiões como a América do Norte e a América do Sul. No Brasil, a Volkswagen informou no início deste mês que suas vendas cresceram 19,1%. Ao longo de 2024, ano em que celebrou 70 anos no Brasil, a empresa anunciou uma série de investimentos no país, normalmente acompanhados de declarações otimistas para as perspectivas sobre o cenário regional. "A Volkswagen reafirma sua confiança no Brasil e mais que dobra seus investimentos para R$ 16 bilhões. Vamos lançar 16 novos veículos até 2028, incluindo modelos híbridos, 100% elétricos e Total Flex. Assim, reforçamos o nosso compromisso com o país, com nossos clientes, concessionárias, fornecedores e colaboradores", afirmou Ciro Possobom, CEO da VW do Brasil, em fevereiro, quando a empresa ampliou seus aportes no país. Confira o visual do novo VW Nivus Na ocasião, a empresa celebrou ser a marca que mais cresceu em volume de vendas (29,5%) no país em 2023, o que representou 15,8% de participação no mercado em 2023, em um aumento de 2,1 pontos percentuais em market share. Apoio governamental O cenário surge num momento no qual o governo brasileiro vem lançando medidas para promover a descarbonização da frota no país. Neste ano, a VW adquiriu uma linha de crédito junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 304 milhões para financiamento da transformação digital de suas quatro fábricas no Brasil. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Márcio de Lima Leite, afirma à DW que o "Brasil vive o maior ciclo de investimentos da história de seu setor automotivo, com R$ 130 bilhões apenas entre os fabricantes de veículos, sem contar o que será investido pelo parque de fornecedores". "Vários fatores contribuem para esse fluxo de investimentos, como o ritmo de recuperação do mercado interno; a estabilidade econômica e política; políticas industriais que garantem previsibilidade, como o Programa Mover; e a necessidade de cumprir regras de emissões e segurança, o que coloca o Brasil numa posição vantajosa em termos de descarbonização", aponta. O programa Mover do governo federal prevê a concessão de estímulos fiscais e facilidade de acesso ao crédito às empresas que busquem ampliar a produção de veículos de menor emissão de carbono no país. Embora elétricos ainda representem menos de 5% das vendas de veículos no Brasil, eles vivenciam um rápido crescimento. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), as vendas de veículos eletrificados aumentaram 145% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 36.090 unidades, com as rivais chinesas da Volkswagen BYD e Great Wall Motor liderando o grupo. O governo brasileiro respondeu às crescentes importações de elétricos impondo tarifas de 10% no início deste ano, que foram aumentadas para 18% em julho e devem chegar a 35% até 2026. Para Alicia Garcia-Herrero fellow sênior do think tank Bruegel, é normal a aposta de empresas como a VW em mercados emergentes, como o Brasil. "São uma solução, especialmente em regiões como a América Latina e a África. Quando se começa a produzir nestes países, se evitam tarifas que normalmente são cobradas dos veículos chineses", avalia. Ponderações e concorrência chinesa "No mercado chinês, os carros elétricos são importantes. Mas no Brasil, eles não são tanto. Além disso, modelos relativamente mais antigos e mais acessíveis funcionam bem no Brasil", o que tem ajudado a VW até agora, avalia Ferdinand Dudenhöffer, diretor do Centro de Pesquisa Automotiva (CAR) na cidade alemã de Bochum. O especialista, porém, não acredita que o mercado brasileiro possa compensar a situação enfrentada pela empresa na Europa e na China. Segundo ele, o bom desempenho do país sul-americano é como "uma gota no oceano e não resolverá o problema" de declínio das vendas da VW nos principais mercados. O especialista destacou ainda que a VW enfrentará maior concorrência das montadoras chinesas no Brasil nos próximos cinco anos. "A empresa enfrentará uma concorrência maior mesmo quando se trata de motores a combustão e de veículos movidos a etanol. A concorrência vai se tornar acirrada, no momento ainda é relativamente administrável, mas certamente se tornará mais acirrada", avalia. Herrero acrescenta que será cada vez mais difícil para as montadoras europeias, como a VW, competirem com as chinesas, tanto no mercado do país asiático quanto no exterior. "A China subiu na hierarquia, está a competindo com empresas europeias, talvez o setor do luxo seja o menos afetado, mas há muito nacionalismo e pressão das marcas locais, por isso penso, francamente, que será cada vez mais difícil", disse. "A China ajuda suas próprias empresas financiando exportações e apoia com soft power, é muito difícil para a VW competir", aponta. Neste contexto, para competir eficazmente com as empresas chinesas, "é importante que a VW não fique parada com os modelos de veículos existentes", disse Dudenhöffer. "Os chineses, tal como os japoneses, estão criando veículos mais modernos. A VW deve gerir eficazmente a transição e modernizar os seus veículos, peça por peça, para que não seja ultrapassada pela concorrência no futuro." Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 127 milhões nesta terça-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.793 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 127 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (5), em São Paulo. No concurso da última sexta-feira (1º), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Regulamentação do uso de postes de energia é tema de campanha

G1 Economia Iniciativa destaca as consequências negativas da exploração desordenada, como roubo de cabos, pirataria, poluição visual e riscos à segurança. E pede urgência na aprovação de regras pela Aneel. Em setembro de 2023, o governo lançou programa para organizar emaranhado de fios nos postes Globo A Federação Nacional de Call Center, Provedores, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e Informática (Feninfra) lançou nesta segunda-feira (4) uma campanha para conscientizar sobre a importância da regulamentação e fiscalização do uso compartilhado dos postes de energia elétrica. A iniciativa destaca as consequências negativas da exploração desordenada dessas estruturas, como o roubo de cabos, pirataria, interrupções nos serviços, impacto visual urbano e riscos à segurança. A campanha também defende a criação da uma figura responsável pela gestão e fiscalização dos postes. E reforça a urgência de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprove essa regulamentação (saiba mais ao fim da reportagem). “É preciso eliminar os fios das ligações irregulares, promovidas por empresas fantasmas, que têm atuado livremente diante da falta de regulamentação e fiscalização”, afirma Vivien Mello Suruagy, presidente da Feninfra. “No cenário atual, as prestadoras de serviços idôneas não conseguem trabalhar de modo adequado devido à sobrecarga de cabos nos postes e à precariedade das instalações", completa. Para a federação, a regulamentação e a boa gestão dos postes poderiam melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações e energia, aumentando a segurança para trabalhadores e consumidores, e reduzir os impactos urbanos, como poluição visual e acidentes. O papel das agências O assunto está em discussão desde 2018. Em junho deste ano, o decreto presidencial 12.068/2024 determinou a cessão de postes pelas distribuidoras de energia elétrica a terceiros, que deveriam promover o compartilhamento das estruturas com o setor de telecomunicações. Mas cabe à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e à Aneel decidir sobre a regulamentação. Ainda em 2023, a Anatel já havia aprovado a norma, incluindo a criação de uma entidade independente para gerir e, principalmente, fiscalizar o uso dos postes. A Aneel, no entanto, adiou a decisão. Um relatório da Anatel, de 2020, estima que havia 10 milhões de postes em situação crítica que precisavam ser tratados como prioridade para ordenamento. A agência também previa que seriam necessários cerca de oito anos para regularizar os 46 milhões de postes do país — isso num ritmo de ordenamento de 3% da infraestrutura a cada ano, com um esforço maior nos três primeiros anos. Veja Mais

CNU: veja como acessar o resultado da prova de títulos do 'Enem dos concursos'

G1 Economia Quem não enviou os documentos no prazo não será desclassificado, mas receberá nota zero nesta etapa. Lista final de aprovados será divulgada no dia 21 de novembro. Resultado da avaliação de títulos saiu nesta segunda-feira (4) Fundação Cesgranrio/Reprodução O Ministério da Gestão divulgou, nesta segunda-feira (4), os resultados preliminares da prova de títulos do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o "Enem dos concursos". As notas estão disponíveis na área do candidato, no site da Fundação Cesgranrio, pelo menu "Resultados e Convocação". No mesmo endereço, os participantes que desejarem podem recorrer do resultado, até esta terça-feira (5). ?? A avaliação de títulos é uma etapa do CNU prevista para alguns cargos, em que a comprovação de experiências profissionais e titulação acadêmica, como pós-graduação, mestrado e doutorado, ajuda a compor a nota final dos candidatos. Cabe recurso quando a banca não reconhece algum título enviado pelo participante, mesmo que ele atenda a todos os critérios do edital, explica a professora Aline Menezes, do Gran Concursos. Para algumas carreiras, os títulos valem 10% da nota final e, para outras, 5%. Essas informações estão especificadas nas tabelas do item 7.1.1 do edital de cada bloco temático do concurso (acesse aqui). A comprovação de títulos é apenas classificatória. Isso significa que a classificação do candidato pode mudar de acordo com a pontuação obtida na etapa. ? Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp. A pontuação máxima na avaliação de títulos é de 10 pontos, mesmo que a soma dos valores dos títulos apresentados exceda esse limite. Foram convocados para enviar os documentos comprobatórios os participantes que atingiram uma nota mínima na prova de múltipla escolha e tiveram a parte escrita da avaliação corrigida. Esses resultados, de todos os blocos do concurso, saíram no dia 8 de outubro. O prazo para enviar os títulos era até o dia 11 de outubro, mas quem não fez o upload não será desclassificado. O candidato vai receber nota zero nesta etapa e concorrer à vaga apenas com a pontuação obtida na prova escrita e de múltipla escolha, conforme as regras do edital. Quando sai o resultado final do CNU? No dia 17 de outubro, os candidatos que estão concorrendo à reserva de vagas (pessoas negras, indígenas e com deficiência) começaram a ser chamados para procedimentos de verificação. No dia 13 de novembro, serão divulgados os resultados preliminares dessas avaliações e, até o dia 14, os participantes ainda poderão entrar com eventuais pedidos de recurso. A lista final de aprovados no Concurso Nacional Unificado está prevista para sair no dia 21 de novembro. Em janeiro de 2025, eles começam a ser convocados para a posse ou, se for o caso, para iniciar o curso de formação do cargo. ?? Serão aprovados os candidatos que receberem as notas mais altas dentro do número de oportunidades disponíveis para cada cargo, considerando a reserva de vagas para pessoas negras, com deficiência e indígenas. Lembrando que a nota final é formada pelos resultados da prova de múltipla escolha, prova escrita e avaliação de títulos, se houver, conforme os pesos definidos para cada carreira nos editais. A classificação também vai levar em consideração a preferência entre as carreiras e especialidades indicada pelo participante no momento da inscrição. Se o candidato for aprovado no seu segundo cargo mais preferido, por exemplo, ele ainda ficará na lista de espera da sua primeira opção, mas será eliminado da concorrência das carreiras menos preferidas. 'Enem dos Concursos': notas do CNU são divulgadas; veja como acessar Veja Mais

Kamala ou Trump: como afetam a economia brasileira e quais os impactos no dólar, bolsa e juros

G1 Economia Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que dois principais temas podem gerar reflexos ao Brasil: as contas públicas dos EUA e o protecionismo, marcado pela guerra comercial contra a China. Democrata Kamala Harris e republicano Donald Trump. Reuters Democrata Kamala Harris e republicano Donald Trump. Reuters Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira, 5 de novembro, para decidir quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. E, como esperado, a eleição da maior economia do planeta está sendo acompanhada de perto por agentes econômicos do mundo inteiro — incluindo do Brasil. A vice-presidente Kamala Harris deu novos ares à corrida eleitoral após Joe Biden, presidente do país, desistir da candidatura. Com a mudança no lado democrata, cresceram as expectativas sobre como seria a condução econômica em uma eventual gestão de Kamala, então estreante no cargo. Do outro lado, o republicano Donald Trump é velho conhecido do mercado. O ex-presidente comandou o país de janeiro de 2017 a janeiro de 2021 e, em meio a diversas polêmicas, deu uma prévia de sua gestão na economia — ainda que novas ideias estejam sendo avaliadas por investidores. Com a disputa voto a voto, a desconfiança de que Trump esteja em ligeira vantagem deu o tom do mercado nos últimos dias. As dúvidas estão no efeito de uma postura protecionista do republicano, que promete elevação de tarifas e uma escalada da guerra comercial contra a China. (leia mais abaixo) LEIA TAMBÉM De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? Kamala Harris promete foco na classe trabalhadora O primeiro debate — e o único — entre Trump e Kamala ocorreu no dia 10 de setembro, em uma noite marcada pelo tom mais assertivo da democrata, que se impôs, inclusive, em temas mais confortáveis para o republicano, como imigração e economia. O cenário eleitoral, no entanto, ainda está indefinido: o agregador FiveThirtyEight, que compila e publica a média das pesquisas realizadas até agora, mostra Kamala com 48% das intenções de voto, pouco à frente de Trump, que tem 46,7%. Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que há dois principais temas que tendem a se refletir na economia brasileira após o vencedor assumir o cargo, em 2025: O protecionismo, por meio do controle comercial; As contas públicas dos EUA, com as diferentes medidas sobre gastos e incentivos. Mesmo com semelhanças em alguns aspectos — como a busca pelo fortalecimento da economia norte-americana e a guerra contra a China —, a democrata e o republicano têm visões distintas. Se, por um lado, há um protecionismo mais presente na postura de Donald Trump, Kamala tem princípios mais alinhados a aspectos sociais, com previsão de maior transferência de renda à população mais pobre. E ambas as condutas podem causar reflexos no Brasil, conforme especialistas. Entenda, a partir dos temas abaixo, os possíveis impactos para a economia brasileira: Balança comercial; Dólar; Ibovespa; Taxa de juros. Em 1º debate, Kamala e Trump apresentam visões diferentes para futuro dos EUA Balança comercial Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Isso significa que há um importante fluxo de importação e exportação entre os países. Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional, afirma que a relação do Brasil com os norte-americanos é considerada estável desde o governo de Barack Obama (2009-2017). Ele aponta, no entanto, que o governo Trump ficou marcado por uma série de decisões "imprevisíveis". Entre elas, medidas contra a importação de produtos chineses, que acabaram impactando também o fluxo de vendas do mercado brasileiro para os EUA. "Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa. Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras", diz. Por outro lado, o governo do democrata Biden não só manteve, mas também aumentou as tarifas contra produtos chineses. Em maio deste ano, ele elevou as cobranças sobre itens ligados a tecnologia, como veículos elétricos, semicondutores, baterias, células solares, aço e alumínio. A medida vem em meio à força do gigante asiático no comércio de produtos superbaratos e no mercado de veículos eletrificados. Conforme já mostrou o g1, a China detém quase 20% do mercado global de veículos 100% elétricos. "Os setores brasileiros mais prejudicados são os de aço e alumínio, que representam exportações importantes do país na relação com os Estados Unidos", diz Barral. Balança comercial tem superávit de US$ 5,4 bilhões em setembro Queda na exportação pode significar perda na balança comercial brasileira, que é a diferença entre o que o Brasil vende para fora e o que compra de outros países. O saldo negativo da balança (exportar menos do que importar) prejudica, entre outros pontos, a formação de reservas internacionais — valores que um país possui em moeda estrangeira. Além disso, impacta negativamente o câmbio: quando há menos vendas para o exterior, há menor volume de dólar entrando no país, o que enfraquece o real frente à moeda norte-americana. Por isso, de forma geral, barreiras comerciais são vistas como negativas por agentes econômicos. "Uma vitória de Kamala Harris poderia levar a uma política externa americana mais cooperativa e menos protecionista, o que beneficiaria o Brasil em termos de comércio bilateral e investimentos", afirma Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações. O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, destaca que o acirramento da guerra comercial entre EUA e China após uma eventual vitória de Trump também pode, em outra frente, impactar de forma negativa a indústria brasileira. "A tendência é que haja uma sobra de produtos chineses, e esses itens vão procurar outras praças, como o Brasil. Então, ficamos mais expostos a produtos ultrabaratos da China, o que pode prejudicar a indústria doméstica e impactar a balança comercial", diz. Volte ao início. Dólar O dólar também pode ser impactado de diferentes formas a partir de políticas econômicas de Trump e Kamala. Além dos possíveis reflexos na balança comercial, há receios de que uma eventual alta da inflação dos EUA possa resultar em uma valorização da moeda norte-americana frente ao real. A situação já é complicada: na sexta-feira, a moeda americana bateu seu segundo maior valor nominal da história, aos R$ 5,86. Nesse sentido, o economista-chefe do banco Daycoval, Rafael Cardoso, destaca que as políticas fiscais de Kamala, com foco na população mais pobre, podem gerar impactos no índice de preços do país. "Uma política centrada em assistencialismo tende a estimular o consumo e gerar um efeito maior na atividade econômica. Isso eleva a inflação. E a resposta sabemos qual é: ou o Fed [o banco central dos EUA] sobe juros ou mantém taxas altas por mais tempo", diz. Segundo Cardoso, a lógica a partir da política social de Kamala é a seguinte: A maior transferência de renda para a população significa mais dinheiro em circulação; Um volume maior de dinheiro na praça tende a impulsionar o consumo; Esse aumento na demanda, por sua vez, pode pressionar os preços dos EUA para cima; Para controlar os preços, os juros do país tendem a ficar mais elevados; Taxas elevadas nos Estados Unidos atraem mais investidores para lá; Isso se reflete no dólar: quanto mais investidores aplicam nos EUA, mais a moeda se fortalece. "Nós não podemos cravar que a linha é exatamente essa, mas, se formos estereotipar o processo, é isso o que deve acontecer", pondera. "Então, do lado protecionista, Trump é mais perigoso para o Brasil. Do lado da política fiscal, a Kamala pode ser mais inflacionária." Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, afirma que a cotação do dólar frente ao real tende a ser influenciada principalmente pelos juros nos EUA. Mas, seguindo uma linha de raciocínio distinta, o especialista acredita que Kamala Harris pode ser menos prejudicial do que Donald Trump para a inflação — e, assim, para a moeda brasileira. "Uma eleição de Kamala poderia amenizar a força do dólar, enquanto um governo Trump, com histórico de protecionismo e contra a imigração, poderia levar a um mercado de trabalho mais aquecido, inflação mais alta, juros maiores e uma moeda norte-americana mais forte", diz. Os temores em relação ao dólar não ocorrem à toa: em 2024, a moeda norte-americana subiu quase 16%, cotada acima de R$ 5,60, em meio a uma série de fatores externos e internos — incluindo as taxas de juros ainda elevadas nos EUA. O histórico de Trump também não traz boas memórias quando o assunto é dólar. André Galhardo, da Análise Econômica, lembra que a moeda norte-americana disparou em relação ao real durante o governo do republicano. Trump assumiu a presidência dos EUA em janeiro de 2017, com o dólar cotado a R$ 3,18. No fim de sua gestão, em janeiro de 2021, a moeda valia R$ 5,31 — um salto de 67% no período, com reflexos também da pandemia de Covid-19, que teve início em 2020, e de questões internas do Brasil. "As tensões comerciais [como as que são travadas pelo ex-presidente] elevam o nível de incerteza do investidor global. E uma eventual nova gestão de Trump pode piorar esse cenário. A consequência, então, deve ser uma desvalorização gradual e contínua da moeda brasileira", diz Galhardo. Volte ao início. Dólar em alta: entenda Ibovespa As políticas econômicas adotadas pelo próximo presidente dos Estados Unidos também podem influenciar os resultados do Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa de valores brasileira. Os reflexos podem ser vistos, por exemplo, nas ações de empresas como a Vale e a Petrobras, que possuem maior peso no índice e estão suscetíveis à variação dos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional. Quando as commodities sobem de preço, as ações das empresas tendem a subir, acompanhando a valorização do produto comercializado por elas. Por outro lado, em caso de queda, os papéis tendem a cair, influenciando também o Ibovespa. "Uma possível desaceleração da economia chinesa, potencializada pelas tensões comerciais aplicadas por Trump, pode contaminar diversos setores e jogar o Ibovespa para baixo, em meio ao clima de incerteza", diz Galhardo, da Análise Econômica. Alex Andrade, CEO da Swiss Capital, afirma que a candidatura de Kamala oferece menos riscos ao representar uma política econômica menos protecionista e, possivelmente, um dólar menos forte. Na prática, diz Andrade, esse movimento poderia beneficiar também o setor imobiliário — que tem grandes empresas na composição do Ibovespa. "Uma moeda americana mais fraca tornaria os imóveis brasileiros mais acessíveis para investidores estrangeiros, potencialmente aumentando a demanda. Além disso, com um dólar mais barato, os custos de importação de materiais de construção poderiam diminuir, reduzindo os custos de desenvolvimento de novos projetos imobiliários", afirma. Volte ao início. Taxa de juros A inflação norte-americana é motivo de preocupação não só para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), mas também para o Banco Central do Brasil (BC), responsável por decidir sobre a Selic, a taxa básica de juros brasileira. A alta dos juros é a principal ferramenta dos bancos centrais para controlar a inflação. Quanto mais elevada a taxa, mais ela desestimula a atividade econômica, em busca de reflexos de queda nos preços. Em termos simples, é a lógica da oferta e da demanda: com menos crédito para as pessoas consumirem, menor a tendência de busca por produtos e serviços, o que ajuda a conter a inflação. Juros mais altos nos EUA também elevam a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos). Isso se reflete nos mercados de ações e no dólar, com a migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de melhor remuneração. Essa fuga de capital é outro fator que pode colaborar para que o BC do Brasil eleve a taxa Selic por aqui, gerando impacto negativo na atividade econômica brasileira. Por isso, a inflação norte-americana é tão importante — e monitorada de perto pelos agentes econômicos. Nesse sentido, especialistas ouvidos pelo g1 destacam que há um risco maior de alta nos preços a partir do protecionismo de Trump, com possíveis reflexos na elevação da taxa de juros brasileira. "Trump propõe cortes de impostos para aquecer a economia, o que pode gerar preocupações com a inflação e com a saúde fiscal dos Estados Unidos", pontua Jefferson Laatus, chefe-estrategista do grupo Laatus. O especialista alerta, por fim, que a redução de impostos no país também tende a causar uma menor arrecadação e um aumento do risco fiscal — ou seja, elevação de gastos públicos —, podendo pressionar ainda mais a política monetária do Fed. Volte ao início. Veja Mais

Produtores paulistas colhem safra de mirtilo

G1 Economia Fruta pequena tem dado ótimo retorno aos produtores do interior de São Paulo. Clima e o manejo correto são fatores fundamentais para o sucesso da produção. Produção de mirtilo tem movimentado o mercado no Brasil Reprodução/TV TEM A produção de mirtilo - também conhecido como blueberry -, uma fruta pequena, mas com grande valor de mercado, têm dado destaque para a cidade de Bofete (SP). ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp O produtor Sylvio Magri Daige cultiva 10 mil pés em sua propriedade. A decisão de iniciar o cultivo começou em 2018, após um agrônomo recomendar a diversificação da produção. O clima também ajudou muito no cultivo e na adaptação da planta às condições locais e surpreendeu positivamente o produtor. Segundo ele, com a boa produção, o retorno tem sido melhor ainda. Um dos cuidados que os agricultores têm tomado na hora do cultivo é com os canteiros, que precisam ser elevados do solo para não ter contato com ervas daninhas e manter a umidade. O sistema usado para irrigação é por gotejamento automatizado, para garantir a hidratação e a fertilização adequadas. Em Botucatu, Bianca Lemonica e o marido também produzem mirtilos em um modelo familiar e orgânico. Eles aproveitaram a estrutura de estufas já existente no sítio para expandir a produção que, inicialmente, tinha somente morangos. O casal conta com o apoio da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agronegócio (Embrapa), para explorar produtos derivados. Veja a reportagem exibida no programa em 03/11/2024: Produtores paulistas colhem safra de mirtilo VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Governo vive pressão para corte de gastos, mas ainda não tem previsão de quando anunciará medidas; entenda o cenário

G1 Economia Área econômica estuda agenda de corte de gastos, que deve ser proposta nas próximas semanas. Analistas a consideram importante para conter a dívida e evitar alta dos juros, que penalizam investimentos. Manifesto critica o mercado e as políticas de austeridade fiscal. Governo está avaliando propor cortes em despesas obrigatórias dos ministérios para preservar o arcabouço fiscal Ana Volpe/Agência Senado A equipe econômica do governo tem se debruçado nas últimas semanas sobre uma agenda que vem sendo cobrada por investidores e setores da política desde o começo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o corte de gastos públicos. Por enquanto, as medidas em estudo ainda não foram detalhadas, o que tem gerado nervosismo no mercado financeiro — com pressão sobre o dólar, queda da Bolsa de Valores e alta dos juros futuros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que entende a "inquietação" do mercado, mas acrescentou que o governo apresentará propostas para manter o arcabouço fiscal operante. A expectativa é que as medidas sejam apresentadas nas próximas semanas. "A dinâmica das despesas obrigatórias tem que caber dentro do arcabouço. A ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem, a sustentabilidade de médio e longo prazo", declarou Haddad, nesta semana. Haddad: Houve entendimento sobre medidas de corte de despesas; Bruno Carazza comenta Surgiram notícias de que o governo estaria considerando mudanças no seguro desemprego e na multa de 40% de demissão sem justa causa, algo que foi negado pelo Ministério do Trabalho. O ministro Luiz Marinho ameaçou até deixar o cargo caso se sinta agredido, ou seja, na hipótese de mudanças serem encaminhadas sem discussão prévia com ele. Economistas consideram a agenda de cortes de despesas importante para conter a dívida e evitar alta dos juros, que penalizam investimentos produtivos e o consumo da população. Por outro lado, um manifesto critica o mercado e as políticas de austeridade fiscal (veja abaixo essa reportagem). O que pode acontecer sem o corte de gastos? A explicação de analistas é que, sem o corte de gastos obrigatórios (por meio do envio de propostas ao Congresso Nacional), o chamado "arcabouço fiscal", a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado pelo governo Lula, está em risco. Isso porque o espaço gastos livres dos ministérios, que englobam políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e o farmácia popular por exemplo, está sendo comprimido (e pode acabar no futuro próximo) por despesas obrigatórias, como a Previdência Social. E a previsão do TCU é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população, acabarão nos próximos anos, paralisando a máquina pública. Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, não haveria mais uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. O próprio Banco Central cita o aumento de gastos em seus comunicados, explicando que isso também pressiona a inflação. Segundo a instituição, a "percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos [dólar, juros futuros e bolsa de valores] e as expectativas [de inflação]". Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros. Com o possível fim do arcabouço fiscal, explicam analistas, a pressão poderia ser maior ainda sobre os juros futuros, aqueles que servem de base para as operações dos bancos, o que resultaria em taxas mais elevadas para consumo e investimentos. E juros mais altos, por sua vez, também piorariam as contas públicas, pois o Tesouro Nacional precisaria pagar taxas maiores na emissão de títulos públicos, a chamada rolagem da dívida. O governo entraria no que os analistas chamam de um "ciclo vicioso", ou seja, paga juros maiores por conta da dívida alta, o que também elevaria ainda mais o endividamento - que já grande para o padrão de países emergentes (veja abaixo). Ajuste 'necessário e urgente' De acordo com os economistas Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, em análise contida no boletim Macro de outubro da FGV Ibre, o ajuste nas contas públicas é "necessário e urgente". "Desde o final de 2022, o Brasil vem experimentando uma sensível deterioração fiscal, com forte aumento dos gastos e persistente elevação da dívida pública. Isso sem que sejam adotadas medidas capazes de dar resposta adequada aos riscos daí decorrentes", diz o boletim. "Pelo contrário, o que se viu foram sucessivas propostas de mais e novos gastos, como se o problema não existisse", prosseguem os economistas. Com a persistência do problema, eles avaliaram que o "risco fiscal" (relativo às contas) voltou ao centro das atenções dos agentes de mercado. "E passou a fazer preço, como se diz, com a forte elevação da curva de juros e a desvalorização do real, mesmo com o ciclo monetário no Brasil [com alta de juros] indo na contramão do que se observa hoje nos EUA", afirmaram. Afirmam que a "piora do humor internacional", com notícias negativas sobre as eleições nos Estados Unidos e sobre a economia chinesa, ajuda a explicar a piora na curva de juros e a alta do dólar. Mas observaram que isso tem acontecido apesar de a agência de classificação de risco Moody’s ter elevado a nota de crédito soberano do Brasil (o que, em tese, deveria melhorar os indicadores). "Mesmo com sinais de desaceleração do gasto e de menor estímulo fiscal, estamos vivenciando uma nova rodada de desconfiança dos agentes de mercado. Diversas manobras fiscais e a ausência de contenção de gastos abalam a credibilidade", dizem os analistas, no texto. Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, do FGV Ibre, concluíram que a "grande dúvida" é saber se haverá apoio político para tais medidas. "Infelizmente, revisões sobre a regra de reajuste do salário mínimo e a desvinculação das aposentadorias, pensões e BPC do mínimo foram descartadas. E essas são medidas que dariam um impacto relevante na trajetória de gastos ao longo do tempo. Resta saber o que de fato será apresentado e aceito do ponto de vista político", afirmaram. Manifesto contra 'pacote antipopular' Enquanto o corte de gastos não é detalhado pelo governo, um manifesto com nomes de acadêmicos, economistas, pesquisadores, comunicadores populares, sindicalistas e parlamentares foi lançado contra as "políticas de austeridade fiscal" do governo federal. Entre eles, estão Vladimir Safatle, Ricardo Antunes, Lena Lavinas, Paulo Nakatani, ex-ministros como Roberto Amaral e José Gomes Temporão, além de parlamentares como Luiza Erundina, Sâmia Bomfim, Glauber Braga, Tarcísio Motta, Chico Alencar e Luciana Genro, presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco. "Desde o início, o Novo Arcabouço Fiscal foi concebido para impor limites rígidos aos gastos sociais e aos investimentos públicos, enquanto protege as despesas financeiras, especialmente o pagamento de juros que beneficiam os grandes rentistas", diz o documento. Segundo o manifesto divulgado, as medidas contam com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da "grande imprensa", que, diz o documento, "têm defendido abertamente que, para manter o arcabouço fiscal, é necessária uma redução estrutural dos direitos sociais". "Nós, em contraste, defendemos que o Novo Arcabouço Fiscal seja alterado ou revogado para que os direitos sociais não apenas sejam preservados, mas também expandidos, garantindo a inclusão e a proteção da população mais vulnerável", concluem os signatários. O que pode ser cortado? Analistas consultados pelo g1 nos últimos anos listaram uma série de propostas que podem ser enviadas ao Legislativo. Para terem validade, teriam de ser aprovadas pelo Congresso Nacional. Veja algumas propostas: Redução de gastos com servidores, por meio de uma reforma administrativa; Contenção de gastos previdenciários, por meio de uma nova reforma da Previdência; Reforma de gastos sociais, por meio da integração de políticas públicas; Mudanças ou o fim do abono salarial; Revisão de vinculações, como o piso da saúde e educação à receita, e dos benefícios previdenciários e assistenciais (como o seguro-desemprego) do salário mínimo. Estas são consideradas reformas estruturantes dos gastos. Entretanto, esse tipo de reforma costuma ser impopular. Dependendo do que for proposto: Uma eventual proposta de reforma da Previdência Social poderia elevar a idade mínima para aposentadoria, acabar com a diferença de idade entre homens e mulheres ao se aposentar, ou mudar as regras da aposentadoria rural, entre outros. Uma reforma administrativa poderia propor o fim de alguns direitos de servidores, como rendimentos acima do teto constitucional, ou até mesmo propor o fim da estabilidade para algumas categorias, entre outros pontos. Propostas de desvinculação, por exemplo, poderiam desatrelar os gastos em saúde e educação das receitas (regra atual), o que pode gerar perda de recursos para essas áreas. As desvinculações também poderiam desatrelar as despesas previdenciárias do salário mínimo, que, pelas regras atuais, têm crescimento real (acima da inflação). Ou seja, os benefícios podem ser menores do que o salário mínimo. As desvinculações também poderiam desindexar outros benefícios, como seguro-desemprego e abono salarial do salário mínimo. Ou seja, os benefícios podem ser menores do que o salário mínimo. Integração de políticas públicas pode significar a unificação de regras para benefícios, como, Auxílio Brasil, Auxílio Gás, Auxílio reclusão, Farmácia Popular, salário maternidade, salário família, seguro defeso, BPC, dentre outros. O objetivo seria evitar que pessoas recebam benefícios de forma cumulativa. Veja Mais

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Europa não quer mais produtos de área desmatada: a soja brasileira está adaptada?

G1 Economia Grão foi tema de polêmica na semana, após executivo da Danone dizer que a multinacional francesa não compra mais a soja nacional; depois, empresa negou. Produtores, indústria e ambientalistas destacam que a produção segue regras de sustentabilidade, sobretudo na Amazônia. E apontam os próximos desafios. Itapetininga é o principal produtor de soja de SP CNA/Wanderson Araujo/Trilux A soja brasileira foi assunto nesta semana, depois de uma fala do diretor financeiro global da Danone repercutir negativamente entre o governo brasileiro e os agricultores do país. Juergen Esser disse à agência Reuters que a gigante de laticínios tinha deixado de importar soja brasileira. Sem explicar motivos, ele afirmou que a multinacional francesa estava importando soja da Ásia e acrescentou: "Nós realmente temos um rastreamento muito completo, então garantimos que levamos apenas ingredientes sustentáveis ??do nosso lado", de acordo com a reportagem. O Ministério da Agricultura e produtores de soja repudiaram as falas, defendendo a produção brasileira, a maior do mundo. Sem explicar a fala de Esser, a Danone Brasil e a presidente da Danone América Latina disseram que a divulgação tinha "informações incorretas" e que os países onde a empresa está continuam comprando soja nacional. Tudo aconteceu às vésperas de entrar em vigor a lei da União Europeia que proibirá a importação de produtos vindos de áreas que foram desmatadas depois de dezembro de 2020. Conhecida como European Union Deforestation Regulation (EUDR), ela começa a valer no próximo dia 30 de dezembro, mas pode ser adiada em 1 ano. ?? Afinal, a soja produzida no Brasil poderá ser vendida para União Europeia quando a regra começar? A lei prejudica o comércio com a UE? A produção brasileira segue padrões de sustentabilidade? O g1 ouviu associações de produtores e da indústria da soja, que têm participado de discussões com a Europa sobre a nova regra, e também ambientalistas. Eles destacaram os seguintes pontos: a lei europeia mira apenas produtos que vêm de floresta, o que abrange somente a soja da Amazônia e de parte do Cerrado, onde existe pouca produção em áreas de desmatamento, segundo Bernardo Pires, diretor de sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). na Amazônia, por exemplo, existe um acordo para que empresas de exportação não comprem soja de área que tenha sido desmatada a partir de 2008, chamado Moratória da Soja. Por causa dele, o Brasil tem, hoje, ferramentas para rastrear o grão e atender ao mercado europeu, diz Cristiane Mazzetti, coordenadora da frente de florestas do Greenpeace Brasil; mas a associação dos produtores (Aprosoja) alertou, em julho, sobre incertezas com relação ao sistema de checagem e auditagem que seria implementado pelos europeus e a preocupação de que os custos e riscos para o cumprimento da norma "gerem lentidão ou queda no comércio, ou pior, redução no preço pago ao produtor"; o fato de a lei europeia não diferenciar desmatamento ilegal do legal (previsto no Código Florestal brasileiro) também é um ponto de atenção, diz Sueme Mori, diretora de relações internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). não existe uma Moratória da Soja para o Cerrado, onde está a maior parte da área plantada de soja no Brasil; ela é defendida por ambientalistas. Saiba mais sobre esses desafios abaixo. De onde vem a soja? Pires, da Abiove, explica que, dos 87 milhões de hectares do território brasileiro (cerca de 10%) usados na agricultura, "quase metade é soja (46 milhões de hectares)". Um hectare é igual a 10.000 metros quadrados, pouco mais do que um campo de futebol. Segundo ele, a produção do grão se divide assim: 50% (23 milhões de hectares) no Cerrado; 24% (11 milhões) na Mata Atlântica; 16% (7,4 milhões) na Amazônia; 10% (4,5 milhões) nos Pampas, que ficam na Região Sul. Ainda de acordo com Pires, a soja plantada no Brasil em área de desmatamento, depois de dezembro de 2020 – período que é enquadrado na lei europeia —, corresponde a pequenos percentuais de toda a área desse cultivo: 0,4% da soja na Amazônia; 0,8% da soja no Cerrado. Essas seriam as áreas cujo produto seria vetado pela UE, quando a lei entrar em vigor. Os dados acima são de um levantamento encomendado pela Abiove à Agrosatélite Tecnologia – empresa comprada pela Serasa Experian em 2023. Ela atua na Moratória da Soja, que regula a produção na Amazônia. "Hoje o impacto (da nova lei europeia na exportação de soja para a UE) seria relativamente pequeno", diz Pires. "Então, não é justo classificar o Brasil inteiro como um país de alto risco para soja, como eles (europeus) vêm afirmando há muito tempo." Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças A Moratória da Soja e a Amazônia ???? O que é? A Moratória da Soja é um acordo voluntário firmado em 2006 entre ONGs, empresas e associações do agro, no qual as tradings – responsáveis pela exportação e importação – se comprometem a não comprar soja de áreas que tenham sido desmatadas de 2008 em diante, na Amazônia. Ou seja, ainda antes do período enquadrado na lei europeia, que é depois de 2020. O acordo conta com a participação da Abiove, da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), além de organizações ambientais como o Greenpeace, WWF e Imaflora. Ele levou a uma redução da produção de soja em áreas desmatadas, diz Pires, apesar de o cultivo na Amazônia ter aumentado de lá para cá. "A Moratória provocou uma expansão do plantio para terras desmatadas antes de 2008", explica o diretor da Abiove. "Na Amazônia, 97% da produção de soja está em áreas abertas antes desse período." "Na época em que o acordo foi feito, em 2006, tinha 1,4 milhão de hectares (de soja plantada na Amazônia). Em 18 anos, teve um incremento de 6 milhões hectares", diz Pires. "Desses 6 milhões de hectares que foram incorporados os últimos 18 anos, apenas 250.000 hectares foram em cima de desmatamento da floresta, de acordo com monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)", completa. Mesmo assim, diz Pires, a área plantada é pequena: "98% da Amazônia não tem soja (...) Isso o Macron também não sabia quando fez aquele discurso". Em 2021, o então presidente da França, Emanuel Macron, postou em suas redes sociais que "continuar dependendo da soja brasileira é endossar o desmatamento da Amazônia". Ele não apresentou dados que sustentassem a afirmação. "Nós precisamos da soja brasileira para viver? Então nós vamos produzir soja europeia ou equivalente", completou. Entenda por que o preço do azeite aumentou e quando vai baixar A situação do Cerrado Não existe, no entanto, uma Moratória para o Cerrado, onde está a maior parte da soja. Nessa área, o Matopiba é a região que demanda mais atenção, segundo Pires, pois é para este local que o plantio do grão tem se expandido, a partir do desmatamento de novas áreas. O Matopiba compreende partes dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, daí o apelido. Lá, diz o diretor da Abiove, 2,5% da área de cultivo foi desmatada depois de dezembro de 2020 e, consequentemente, teria seu produto barrado na Europa. “Hoje, seriam 2,5%, mas, daqui a dois anos, pode ser que sejam 5%”, alerta. “Se os produtores insistirem em converter Cerrado em área com aptidão agrícola, eles terão muitos problemas de comercialização.” Ambientalistas defendem que a moratória seja expandida para o Cerrado. Cristiane Mazzetti, do Greenpeace Brasil, lembra que isso já foi tema de discussões no passado, mas encontrou resistências por parte de produtores, principalmente no que diz respeito ao conceito de desmatamento zero. O governo do Mato Grosso aprovou uma lei, no final de outubro, que restringe a concessão de benefícios fiscais a empresas que aderirem à Moratória da Soja, lembra Alice Thuault, diretora-executiva do Instituto Centro de Vida (ICV), organização que investiga sustentabilidade e uso de recursos naturais. Principal produtor de soja do Brasil, o Mato Grosso é composto por cerca de 50% do bioma amazônico e 40% de Cerrado. “É um retrocesso. [Essa lei do Mato Grosso] acaba com esse instrumento [da moratória] e vai contra o objetivo de pôr em prática uma produção de soja sustentável, que é o que demandam mercados consumidores, como a União Europeia”, pontua Alice. Desafios do rastreamento Na visão de Pires, da Abiove, agora, os desafios da lei europeia para a soja brasileira estão mais ligados ao rastreamento. O Brasil já tem experiência com esse acompanhamento por causa da Moratória, como lembrou Cristiane Mazzetti, do Greenpeace. Funciona assim: todos os anos, a Agrosatélite cruza dados de áreas de soja com terras desmatadas após julho de 2008, na Amazônia; esse cruzamento de dados dá origem a uma lista de fazendas com a qual as tradings signatárias da Moratória não devem negociar, explica Cristiane. “Ao longo do tempo, as tradings implementaram sistemas para poder bloquear os fornecedores que têm relação com o desmatamento”, acrescenta a coordenadora do Greenpeace. Mas Pires, da Abiove, alerta que ainda é não possível rastrear toda a cadeia. "Se o produtor tiver 10 fazendas, você perde a rastreabilidade", diz. Segundo ele, é importante conseguir o engajamento dos produtores indiretos, algo que também é um gargalo para a rastreabilidade da carne, como o g1 mostra na série Prato do Futuro. "(É preciso) evitar triangulação, que é quando o produtor tem quatro fazendas, uma está ruim e as outras três estão boas, e ele 'lava' a cultura agrícola por aquela que está boa", exemplifica. Conflito com o Código Florestal O ponto que preocupa a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) em relação à lei europeia é que, ao contrário do Brasil, ela não diferencia desmatamento legal do ilegal. ???? O que é o desmatamento legal: no Brasil, é considerado desmatamento legal aquele que acontece com autorização dos órgãos competentes e fora de áreas destinadas à preservação, devolutas ou de domínio público. O Código Florestal, de 2012, permite que um produtor rural consiga autorização para desmatar parte de sua área para para cultivo agrícola ou criação de animais. Os limites variam conforme a região: na Amazônia, esse percentual é de até 20%; no Cerrado, varia entre 35% e 20%. O texto europeu fala apenas em "desmatamento zero", segundo Sueme Mori, diretora de relações internacionais da associação, que participa das negociações com o bloco europeu junto ao governo brasileiro e a outras entidades do setor privado. Ela diz que o Brasil tem dialogado muito com a UE para que haja esclarecimento sobre esse ponto, mas que o bloco não tem cedido. Cristiane, do Greenpeace, lembra que, na Amazônia, a Moratória da Soja já trabalha com o conceito de desmatamento zero e, justamente por isso, as empresas signatárias do acordo têm condições de atender à Europa. O problema, para Sueme, é quando um mesmo produtor tem áreas abertas em diferentes períodos. Ele pode ter cultivos de soja numa terra aberta antes de dezembro de 2020 — período enquadrado na lei europeia — e depois disso. O que acontece, no dia a dia, é que os agricultores misturam a soja de todas as suas terras para vender. Mas, com a entrada da EUDR, eles teriam que mudar toda essa operação, e separar a soja desses dois pedaços de terra. A mesma lógica funcionaria para os silos (onde os grãos são armazenados) e para as tradings, explica Sueme. É o que a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e a Abiove chamam de segregação do produto. Ambas destacaram preocupação com esse ponto. "Todo o processo de checagem e auditagem previsto na EUDR, além de complexo, traz um risco associado para as empresas que realizam o comércio", disse o presidente da Aprosoja, Maurício Buffon, em julho, durante encontros com membros da Frente Parlamentar da Agropecuária e representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE). "Neste cenário, a grande preocupação é de que os custos e riscos inerentes ao cumprimento da norma gerem lentidão ou queda no comércio, ou pior, redução no preço pago ao produtor”, completou. O g1 não conseguiu contato com Buffon até a publicação desta reportagem. Qual a importância da UE para a soja brasileira? O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo. Considerando todo o volume, a maior parte das vendas para o exterior tem a China com destino. O mercado europeu tem um peso grande na exportação de farelo de soja, usado para ração: 40% de tudo o que é vendido para outros países vai para o continente. "Esse é o produto mais valioso para nós", diz Pires, da Abiove, ressaltando que o farelo tem mais valor agregado que o grão de soja. "No total, a exportação de grão e de farelo de soja para Europa é um mercado de US$ 11 bilhões (mais de R$ 60 bilhões), ou seja, 14% das exportações totais que vão para o continente europeu. É muita coisa”, pontua. Danone fez mais um pronunciamento Na noite de sexta-feira (1º), a presidente da Danone América Latina, Silvia Dávila, fez mais um pronunciamento sobre a compra de soja pela companhia. Na quarta-feira (30), ela já tinha feito uma declaração sobre o tema. Silvia também faz parte do Comitê Executivo Global da multinacional francesa. Veja abaixo a nova nota. "Reafirmamos que não há medidas restritivas para a compra de soja brasileira na cadeia de suprimentos da Danone em todo o mundo. Isso se aplica não apenas à cadeia de suprimentos brasileira, mas também a outros países onde operamos. Novamente, a informação que circula sobre este assunto não é precisa. A Danone continua a comprar soja brasileira, e isso é um insumo essencial para nossos produtores de leite." >>>Volte ao topo Veja Mais

'Bolsa Família deveria premiar quem consegue trabalho. Hoje, penaliza'

G1 Economia Programa é principal instrumento de redução da pobreza do Brasil, mas não pode ser blindado de mudanças necessárias para corrigir problemas, diz a pesquisadora Laura Machado, do Insper, em entrevista à BBC News Brasil. Dinheiro, real, notas de R$ 50, contagem de cédulas Marcello Casal Jr./Agência Brasil Hoje, 7,7% da população brasileira vivem com menos de R$ 300 por mês — ou seja, estão abaixo da linha da pobreza definida pela Fundação Getulio Vargas (FGV), de rendimento familiar per capita abaixo de R$ 667. Neste grupo, 3,8 milhões de pessoas estão economicamente ativas: além de beneficiárias do programa Bolsa Família, elas têm idade para trabalhar, apesar de algumas restrições. Algumas delas chegam até a atuar informalmente no mercado, fazendo “bicos”, por exemplo, para aumentar a renda. Neste grupo, porém, há 2,5 milhões de brasileiros — o tamanho da população de cidades como Salvador, na Bahia, ou Fortaleza, no Ceará — vivendo um dilema social: eles estão desempregados, querem um trabalho, mas não encontram. Enquanto isso, permanecem quase todos dependentes do Bolsa Família. “Temos que encontrar rapidamente soluções para eles”, aponta a economista Laura Muller Machado, que coordena os cursos de gestão pública do Insper, em São Paulo, e que liderou a Secretaria de Desenvolvimento Social paulista por sete meses, em 2022, em entrevista à BBC News Brasil. Ao lado do também economista Ricardo Paes de Barros, também do Insper, Machado tem se dedicado não só a construir esse diagnóstico da pobreza no Brasil, como também a desenhar uma forma de resolver o problema. Há pouco mais de um ano, ambos publicaram o livro Diretrizes para o desenho de uma política para a superação da pobreza, pela editora do Insper, que condensa toda essa ideia. Ela funcionaria, sobretudo, pela atuação de milhares de agentes de desenvolvimento social já espalhados pelo país e que receberiam, agora, a tarefa de encontrar essas famílias pobres, entender como elas podem se capacitar e quais trabalhos poderiam fazer e, então, conectá-las às vagas existentes nos locais em que vivem. Tudo depende, de um lado, do crescimento da economia brasileira e da consequente ampliação das oportunidades de emprego e, de outro, da intermediação entre estas oportunidades e a mão de obra disponível “Um match”, diz ela, usando uma palavra comum ao universo digital. Neste período, os pesquisadores têm se deparado com problemas complexos. Um deles é o formato atual do Bolsa Família que, nas palavras de Laura, “está desincentivando que seus beneficiários trabalhem”. Isso porque o programa — que atende hoje 20,8 milhões de famílias com um montante médio mensal de R$ 682 — não tem mecanismos que façam a transição entre simplesmente receber o dinheiro e incluir seus beneficiários de alguma forma no mercado de trabalho. “Ao contrário: quando elas encontram emprego, são ‘penalizadas’ com a perda do benefício”, explica a economista à BBC News Brasil. Mas não só: às vésperas da eleição de 2022, além de reajustar o valor ofertado pelo programa — em uma grande reestruturação que mudou seu nome para Auxílio Brasil e desidratou algumas políticas paralelas ao desenho original —, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) também mudou as regras de declaração, abrindo uma brecha para que beneficiários se cadastrem individualmente e, então, recebam o piso, que hoje é de R$ 600. Com isso, algumas pesquisas têm indicado mudanças estruturais, além de fraudes no escopo do Bolsa Família, como o crescimento de benefícios duplicados dentro de uma mesma família ou de beneficiários homens solteiros, por exemplo. Relançado no começo do ano passado, o orçamento do Bolsa Família somou R$ 168,6 bilhões em 2024. Para participar do programa hoje, é preciso comprovar renda mensal média abaixo de R$ 282, além de uma série de condicionantes para famílias com filhos. Para Machado, além de rever o desenho do Bolsa Família, é preciso incluir logo essas 2,5 milhões de pessoas de alguma forma no mercado de trabalho, mesmo com desafios como a precarização do trabalho e a alta rotatividade das vagas. A solução para isso, na visão dela, é manter o programa como renda enquanto as pessoas trabalham – e, mais do que isso, elevar pontualmente o valor do benefício até que seu orçamento doméstico se estabilize. "O Bolsa Família é o responsável pelas grandes reduções de pobreza do país. É a coroa brasileira, nosso maior instrumento de política social, mas que não pode ser blindado de mudanças necessárias", diz a economista. Leia a seguir os principais trechos da entrevista. Governo Federal analisa como proibir uso do bolsa família em apostas online BBC News Brasil - O Brasil tem hoje uma das taxas de desemprego mais baixas da sua história. Por que o mercado de trabalho tão aquecido não está atingindo as camadas mais pobres? Laura Machado - Temos somente hipóteses. A primeira é sobre o salário reserva brasileiro de hoje. Toda vez que se concede um benefício como o Bolsa Família, o salário reserva das pessoas sobe. Isso significa que elas só topam trabalhar a partir de um certo valor — que, hoje, são pelo menos os R$ 600 do programa. Não faz sentido trabalhar por menos do que isso. O salário inicial para que alguém aceite trabalhar precisa ser, pelo menos, maior que esse montante. Esse é um fenômeno positivo da economia. Não é ruim. A segunda hipótese é sobre a transição truncada do Bolsa Família para o mercado de trabalho. O programa deveria funcionar premiando os beneficiários que conseguem um emprego, até porque essa tem sido uma tarefa quase impossível para eles. A taxa de ocupação dessa parte da população ainda é minúscula. Quem está no Bolsa Família e alcança um trabalho é um herói. Essa pessoa deveria receber um programa de transição como prêmio, não a retirada total do benefício. Do jeito que está, há apenas desincentivo ao trabalho. Tudo isso sem contar os choques tecnológicos. O mundo do trabalho mudou muito nos últimos tempos, e as pessoas parecem inaptas a ele. Precisamos de programas que, em paralelo, façam uma requalificação delas. BBC News Brasil - Como funcionaria essa "premiação" dentro do Bolsa Família? Qual deveria ser o tempo para uma pessoa ficar paralelamente nos dois programas? Machado - Existem algumas propostas. Nossa ideia é que essa pessoa receba um valor até maior do Bolsa Família no momento inicial [após conseguir um emprego]. Esse montante deve ficar estável até que ela ganhe segurança no trabalho. Então, a partir de certo momento, o valor começa a cair gradualmente, de forma que ela vá se adaptando à nova realidade e progredindo no trabalho. Essa transição pode durar 24 meses, por exemplo: seis meses com o prêmio e, depois, com uma redução de 5% por mês do Bolsa Família até o processo acabar. Se ela perder o emprego, o benefício volta como era no início. BBC News Brasil - Há um dado muito utilizado que mostra como a taxa de ocupação entre os 10% mais pobres do Brasil caiu (de 49% em 2005 para 25% em 2023, segundo o IBGE). Você tem chamado isso de “nova cara da pobreza brasileira”. O que houve? Machado - Quando uma família cai em situação de vulnerabilidade, qualquer política de assistência e desenvolvimento social precisa atendê-la, porque não queremos que ninguém passe fome. Então, ela recebe uma primeira assistência e, depois, deveria ser realocada no mercado de trabalho. Se isso tivesse funcionado desse jeito sempre no Brasil, a pobreza não teria mudado de cara. Algo falhou. No intervalo desse dado, o Bolsa Família, como programa de assistência social, também mudou. No desenho anterior, o benefício era pago per capita, enquanto hoje ele incentiva que as pessoas o declarem erroneamente. É um problema do cadastro e do próprio programa, cujo efeito foi desincentivar quem está nele de procurar trabalho. Também não houve, nesse período, um programa de reinserção das pessoas que estão no Bolsa Família. É exatamente isso que estamos propondo agora. Por enquanto, o país continua com um programa de transferência de renda que, ao contrário, penaliza o pobre quando ele arruma um trabalho. Pior do que isso: não o ajuda a se incluir produtivamente enquanto ele está desempregado. Essa perspectiva é clara: vai piorar. Desses dois braços, um não funciona muito bem e o outro está totalmente sem proposta. Não apareceu nada para ocupar o lugar do Brasil Sem Miséria, por exemplo. Golpe mira beneficiários do Bolsa Família; R$ 16 milhões já foram sacados BBC News Brasil - Mas os pobres de antes, que trabalhavam, mas ganhavam pouco, não fariam parte desse grupo de extrema pobreza agora? Machado - De fato, tinha muita gente trabalhando e em condição de pobreza considerável. BBC News Brasil - Então, o quanto incluir essas pessoas não seria colocá-las de novo naquele perfil da pobreza anterior, trabalhando e ainda assim, muito pobres? Machado - É que, no passado, o Bolsa Família entregava um valor de R$ 89. Depois ele foi subindo: primeiro para R$ 104, depois, na pandemia, para R$ 400 e, então, para R$ 600. Agora está do jeito que está. Não significa dar um passo para trás, porque é ótimo que a gente tenha um programa que entrega esse salário reserva [de R$ 600]. Estamos apontando agora para um desenho de transição dele ao mercado de trabalho. Naquele momento, o Bolsa Família era muito pequeno, estávamos tentando ajudar essas pessoas a gerar renda via arranjo produtivo ou inclusão de outro tipo. Hoje, o foco é manter o benefício que elas já possuem e, ao mesmo tempo, entregá-las para uma atividade produtiva. BBC News Brasil - Quem gera vagas de emprego no Brasil costuma reclamar da falta de qualificação da mão de obra. Como convencer estas pessoas a contratar quem hoje, além desse problema, ainda está na pobreza extrema? Machado - É que elas não deveriam ser convencidas. Precisamos de um programa que coloca as pessoas mais pobres em condição de competir por essas vagas. O setor privado não deveria contratar trabalhadores menos eficientes ou desinteressantes para ele. Não se trata de uma concessão, de uma cota para essa população, mas que ela seja fortalecida em termos da sua capacidade de trabalho. De um lado, o mercado produz, gera riqueza e abre vagas de emprego e, do outro lado — onde a mão invisível não funciona — tem que ter alguém intermediando as condições de ocupar esses postos de trabalho. É óbvio que, se eles ofertarem um salário pífio, não serão ocupados. Mas aí é outro problema. BBC News Brasil - Quais trabalhos essas pessoas poderiam fazer, levando em conta, ainda, o desafio da qualificação? Machado - A ideia de um programa de superação de pobreza e de inclusão pela via do trabalho é fazer um casamento entre as vocações das famílias mais pobres com as oportunidades que o território onde elas vivem oferta. Essas vagas não são pré-determinadas. É aí que está, inclusive, a importância dos agentes de desenvolvimento social no desenho: são pessoas preparadas para conversar com as famílias, explorar as oportunidades de trabalho que elas entendem que cabem a elas, considerando o que elas sabem e gostam de fazer, e fazer esse casamento. Isso vai dar um monte de possibilidades, porque é comum achar que pobres não têm uma atividade laboral, quando, na verdade, eles têm. Ela só está enfraquecida. Há até alguns exemplos disso no Brasil. Miriam Leitão: Corte de gastos: Casa Civil e Fazenda chegaram a entendimento BBC News Brasil - Quais? Machado - Em Minas Gerais, por exemplo, houve um projeto que notou como a maior vontade de um grupo grande de mulheres desempregadas e com filhos era encontrar emprego, mas com alguns requisitos: que fosse próximo de casa, com flexibilidade de horários e sem uma grande demanda física. Então, descobriram que elas eram boas para trabalhos internos na construção civil, como fazer rejunte, colocar revestimento, instalar piso, essas coisas. O setor topou se adaptar aos horários das escolas dos filhos delas e, então, criou um programa de formação que deu certo: muitas dessas mulheres foram, de fato, trabalhar na construção civil depois. BBC News Brasil - Mas como funcionaria em cidades onde há menos vagas no mercado de trabalho do que a oferta local de mão de obra? Machado - Esse casamento vai ser fácil em alguns lugares, mas difícil em outros. Alguns lugares não terão oferta de emprego e, neles, será necessário fazer arranjos produtivos locais. O mel produzido na zona rural do Piauí é um exemplo. O governo resolveu ajudar um conjunto de famílias pobres que produziam mel em uma área rural do Estado fortalecendo suas cadeias produtivas e ofertando meios delas finalizarem o produto. Daí se estabeleceu um arranjo produtivo por meio de uma cooperativa capaz de fortalecer a marca do mel, certificar a sua qualidade, vendê-lo em locais com mais demanda. No final, ele se valorizou. Hoje, tem uma embalagem, uma marca, um marketing e ele é vendido em locais onde o preço é mais alto. Veja bem: para aquelas famílias, o ofício é o mesmo, mas, agora, a comercialização está fortalecida. Isso demonstra a importância desse projeto acontecer da família para fora e não o contrário. Tem ainda o exemplo do Rio Grande do Sul, onde uma série de produtores de azeite entrou em um programa chamado Pró-Oliva — que hoje está até presente na lei gaúcha. Era um produto comercializado por preços abaixo das marcas comuns do mercado. Daí o governo o colocou para competir no exterior, ganhou um monte de prêmios, e ele começou a ser vendido em uma lojinha em Gramado com o selo dos reconhecimentos. Pronto: aquelas famílias pobres passaram a vender o azeite pelo triplo do preço anterior e saíram da condição de pobreza em que estavam. Todos esses exemplos são importantes para entender a ideia: as mulheres de Minas precisaram se adequar a um novo ofício, na construção civil, enquanto os produtores pobres que faziam mel no Piauí ou azeite no Rio Grande do Sul mudaram de situação por meio da comercialização do produto deles. São demandas diferentes, mas que funcionaram. Veja: a lógica do projeto é semelhante à do médico que fala com o paciente, identifica o problema e monta um tratamento individual para ele. BBC News Brasil - Mas nem todas essas pessoas estão produzindo algo. Além disso, há uma série de críticas à ideia do empreendedorismo. Como vocês observam isso dentro desse escopo? Machado - Nesses exemplos que dei, ofertar cursos de empreendedorismo — o que é muito comum, aliás — não iria resolver o problema. É entender que empreender é uma ótima ideia, mas que não serve para todos. Isso reforça como tudo começa identificando a vocação das famílias e fazendo o casamento dela com o território, que também tem suas vocações. Se acontecer, ótimo. Não dá para achar que existe um único remédio para todas as doenças — neste caso, que todos os pobres nessa situação querem só empreender. É um canal que precisa estar aberto e, que, para mim, parece até atrativo. Tem dados qualitativos que mostram até uma empolgação das famílias com o empreendedorismo, apesar de certo medo com a aposentadoria. BBC News Brasil - Como lidar com a possibilidade do emprego que surgir desse casamento entre vocações terminar colocando a pessoa em uma situação de precariedade? Machado - Temos legislações e órgãos de controle que acompanham isso. Mas, se a gente olhar, essa não é uma realidade apenas dos 10% mais pobres, mas de 40% da força de trabalho que está no mercado informal. Todas essas pessoas estão mais suscetíveis a serem precarizadas do que os trabalhadores formais. Claro que seria preciso um esforço ainda maior para checar as situações às quais as pessoas do projeto estariam sujeitas depois de empregadas, mas há uma série de normas, canais de denúncia, um sistema judiciário com condições de averiguar, ainda que não com tanta rapidez. Sem contar, novamente, a importância do agente de desenvolvimento social em entender a vocação da família, ajudá-la a se alocar no mercado e fazer uma boa intermediação daquela mão de obra, para que aquelas pessoas acessem os setores produtivos de forma digna. Haddad diz que vai apresentar medidas para manter contas sob controle; Klava analisa BBC News Brasil - E o desafio da rotatividade? O mercado de trabalho brasileiro, principalmente empregos de salários mais baixos, tem uma alta circulação de trabalhadores pelas vagas. Como seria no caso dos mais pobres? Machado - Há algum tempo, em uma conversa com o Martín Burt [presidente da Fundación Paraguaya], que foi prefeito de Assunção, no Paraguai, ele me disse algo que não esqueci: qualquer programa de superação de pobreza não vai resolver todos os problemas das pessoas mais pobres, mas vai tirá-las daquela situação e jogá-las no mundo dos problemas comuns das “classes médias”. Esse é um bom exemplo: a rotatividade também é um desafio que assola toda a força de trabalho brasileira. Uma vez incluídas em um mundo onde têm renda, essas pessoas ainda estarão sujeitas a problemas de todos nós — baixas atualizações salariais, alta rotatividade, a possibilidade de ser demitido e ter que encontrar outra vaga, etc. Tudo como parte de um mundo novo. Elas vão precisar ser acompanhadas e orientadas para lidar com questões com essas. Em um momento de crescimento econômico como o de agora, o fundamental é que a intermediação de mão de obra seja bem realizada, um prestador de serviço fortalecido que conheça as vagas existentes no lugar, saiba quem está buscando por trabalho e consiga fazer esse match acontecer. BBC News Brasil - É que, no caso desses mais pobres, se eles perdem o trabalho, voltam para aquela condição de pobreza extrema de antes. Podem até ficar sem o Bolsa Família. Machado - Isso pode acontecer com todo mundo. Você está trabalhando, daí perde o emprego e cai em uma situação extrema. Precisa se adequar e voltar [ao mercado de trabalho]. A pobreza é cíclica: ela roda, troca de lugar, novos bolsões nascem, outros terminam... É difícil que isso seja absolutamente erradicado. Qualquer política de superação da pobreza deve ficar monitorando, readequando, reinserindo constantemente as pessoas. Não se trata de uma política de desenvolvimento econômico, que faz o país crescer e produzir, mas de um serviço que acopla os mais pobres de volta ao mercado de trabalho. Essa dinâmica precisa ser permanente. BBC News Brasil - Pensando ainda no contexto de informalidade, dá para saber que atividade laboral essas pessoas têm hoje? Machado - Se uma pessoa no Bolsa Família tem atividade com renda acima da linha do programa, perde o benefício. Então, não dá para saber. Pode ser que a maioria delas não esteja trabalhando absolutamente ou que parte delas esteja fazendo algo não declarado. Provavelmente as duas coisas estejam acontecendo, mas não sabemos o tamanho disso. BBC News Brasil - É difícil mapear? Machado - É que o “imposto” que existe para a família que declara corretamente é muito alto. Em vez de premiar as pessoas porque elas conseguiram um emprego, o país apenas retira o recurso. BBC News Brasil - O que falta para essa ideia sair do papel? Machado - Ela precisa ser uma política pública sem necessariamente ter execução governamental. É curioso que a gente já tenha tido algo assim: o Brasil Sem Miséria, criado no governo da presidente Dilma Rousseff. Ela quis, desenhou, escreveu, tem um livro enorme já pronto. É só pegá-lo, atualizá-lo — porque o mundo mudou de lá para cá — e fazê-lo funcionar outra vez. Precisa decidir fazer. BBC News Brasil - E por que o Brasil Sem Miséria não deu certo? Machado - O desenho dele era muito bom, mas sumiu do mapa em 2016, depois que a Dilma deixou o cargo. Não sabemos muito bem o motivo — e tampouco porque ele não volta. Eu realmente não sei por que esse governo não faz, já que foi do [partido do] presidente atual que saiu o programa. BBC News Brasil - Se não é uma execução governamental, quem poderia fazê-lo acontecer? Machado - No nosso desenho, o agente de desenvolvimento da família chegaria com a demanda da mesma forma que o médico: “o diagnóstico é esse e o paciente precisa disso”. Aí precisaríamos de um "hospital" para atendê-las. Ali estaria a intermediação da mão de obra, em que o setor privado atua melhor do que o Estado. Precisaríamos de programas de qualificação profissional que, da mesma forma, o mercado privado tem melhores. Vamos precisar também de um sistema de saúde — e daí já temos o SUS. Temos ainda a necessidade de educação técnica, que o Centro Paula Souza, em São Paulo, oferece, por exemplo. Seria um portfólio com todos os motivos pelos quais aquelas famílias estão excluídas do mercado. Comercialização, intermediação de mão de obra, problemas de saúde, qualificação profissional, creche para quem tem filhos... Enfim, é tarefa para todo mundo. É por isso que se trata de um grande programa de articulação de políticas que, aí sim, deve ser feito pelo poder público. Mas ele não precisa executar. Tem coisas que o setor privado é mais ágil. BBC News Brasil - Você apontava alguns problemas no Bolsa Família. Quais ajustes precisam ser feitos no programa? Machado - O Bolsa Família é o responsável pelas grandes reduções de pobreza do país. É a coroa brasileira, nosso maior instrumento de política social, mas que não pode ser blindado de mudanças necessárias. O desenho per capita do benefício, por exemplo, era infinitamente melhor, porque incentivava as famílias a declararem sua renda corretamente. Sem contar que, do jeito que está, por exemplo, um casal sem filhos tem uma renda per capita de R$ 300, enquanto quem tem um único filho possui renda per capita menor, de R$ 250. Isso é injusto. Não tem nenhum benefício para a primeira infância. Pior ainda: se o casal sem filhos se declarar como casal, ganhará o valor de R$ 600, mas, se cada um se declarar sozinho — e dá para fazer isso —, então cada adulto receberá R$ 600. Tebet descarta interromper programas sociais e obras do PAC já iniciadas para corte gastos BBC News Brasil - Dobra o valor dentro da mesma casa. Isso está acontecendo? Machado - Sim. Antes o beneficiário declarava a sua família e o programa dividia o número de membros dela pelo valor transferido. Um casal, por exemplo, recebia duas vezes o valor dessa divisão. Se fosse uma pessoa só, receberia o montante individual a partir desse mesmo cálculo. Ou seja: dava na mesma se declarar como família ou individualmente. As pessoas, então, declaravam corretamente. Hoje o Bolsa Família incentiva que se declare errado — e, como é consenso na economia, as pessoas respondem a incentivos. É por isso que o desenho do programa precisa voltar a ser per capita. Se a declaração está errada, então, todas as tarifas sociais embutidas no Cadastro Único, o [programa] Pé-de-Meia, o Minha Casa, Minha Vida, tudo também está errado. Nós gostaríamos mesmo que o Bolsa Família fosse grande, que a rede de proteção dele fosse alta. Isso não é ruim. Ele só precisa voltar a ser per capita e ter um desenho de transição que incentive as pessoas a trabalharem. BBC News Brasil - Sem uma inclusão produtiva efetiva e com esses problemas atuais do Bolsa Família, o que pode se esperar do futuro? Machado - Nesses últimos 20 anos,aconteceram duas coisas importantes de observar. Uma é que a população mais pobre foi totalmente excluída do mercado de trabalho. A outra é que, em paralelo, cresceu a discussão sobre a primeira infância, e mais especificamente sobre como cuidar dos filhos dessas famílias em situação vulnerável. Isso não existia antes. A nossa perspectiva é que, se os programas de primeira infância funcionarem bem agora, as crianças terão um futuro. Os pais nós não sabemos, porque é difícil cuidar de uma criança com os cuidadores em desalento, mas já será uma criação diferente daquela do passado. Eu costumo ser otimista. Acho que é só a gente decidir fazer que, então, engatamos as coisas e revertemos a situação atual. Por ora, infelizmente, ainda não aconteceu. Veja Mais

Estados Unidos se apresentam como “solução inteligente” para quem quer empreender

G1 Economia Empreendedores e especialistas da área econômica explicam as vantagens de se investir em território norte-americano. Empreender no Brasil ainda vale a pena? Entre altos impostos, burocracia desenfreada e uma economia instável, empreendedores se veem sobrecarregados por desafios que parecem não ter fim. A realidade é que, apesar do espírito inovador do brasileiro, o ambiente de negócios no país vem se tornando cada vez mais sufocante. Empreendedores brasileiros têm procurado os Estados Unidos para abrir seus negócios. Especialistas explicam por que esse novo caminho tem se apresentado como uma solução inteligente. Uma nova rota para investidores brasileiros está nos EUA. Divulgação O "Custo Brasil" Empreender no Brasil é um sonho para muitos, mas com uma realidade cada vez mais dura nos últimos anos. Segundo especialistas, a complexidade tributária e a burocracia são os principais obstáculos. O Brasil é conhecido mundialmente pelo chamado "Custo Brasil", que inclui não apenas altos impostos, mas também uma infinidade de regulamentações que tornam a vida do empreendedor ainda mais complicada. Além disso, a instabilidade econômica e política do país gera incertezas que dificultam o planejamento a longo prazo. Na lista das principais perguntas e momentos de frustração do empreendedor brasileiro, podemos citar: a moeda não valorizou? O dólar disparou? Os impostos se multiplicaram? Tem propina? Tem corrupção? "Jeitinho brasileiro"? E a segurança? Será que vai quebrar? Caiu na burocracia? Armadilha tributária? Mudança na lei? "No Brasil, tudo parece uma batalha contra o sistema. E, no final, são poucos os vencedores. E mesmo quem vence, o suor é diário", lamenta o empreendedor da área automobilística, Paulo dos Santos, de São Paulo. Nova rota: EUA. Por quê? De acordo com especialistas econômicos, o mercado nos EUA se destaca por ser mais estável, com menos burocracia e políticas governamentais voltadas para o incentivo ao crescimento econômico. O advogado especializado em imigração Werner Steiner, sócio fundador da SKW Law, empresa referência na área nos Estados Unidos, observa que os brasileiros têm optado por expandir seus negócios ou até mesmo imigrar, atraídos pela segurança jurídica e o ambiente mais favorável ao empreendedorismo. "A diferença é gritante. Nos EUA, há clareza nas regras, apoio ao empresário e segurança, tanto jurídica quanto pessoal. Esses são fatores decisivos para quem está cansado de lidar com a imprevisibilidade no Brasil", explica Steiner. Soluções para o desenvolvimento pessoal e profissional. Divulgação Empreendedores que já fizeram a transição relatam que a mudança não é apenas uma questão de localização, mas também de mentalidade. Nos EUA, a valorização do talento e a busca por inovação são aspectos que atraem profissionais brasileiros que procuram reconhecimento e sucesso. Pensar em dólar, receber em dólar, lucrar em dólar. Gee Gomes, sócio fundador do SKW Law, acrescenta: “Nos EUA, o governo oferece incentivos para novos negócios e há uma cultura de apoio ao empreendedorismo que simplesmente não existe no Brasil. A mudança para os EUA não é apenas uma fuga dos problemas brasileiros, mas uma busca por um ambiente onde o esforço e a criatividade são recompensados", observou. Eles já optaram pela nova rota Empreendedores como Carla de Almeida, que se especializou no setor de tecnologia, e Paulo Oliveira, do ramo de alimentação, compartilharam suas histórias de sucesso nos EUA. Eles são clientes SKW Law. "Cheguei ao ponto em que, para continuar crescendo, era necessário procurar outro mercado. A estabilidade e o apoio que encontrei nos Estados Unidos foram determinantes para o sucesso da minha empresa. E todas as soluções eu encontrei com o time SKW Law. Um passo a passo que transformou a minha vida", conta a brasileira Carla, que vive na Flórida. "Ah, mas temos que esperar o que vai acontecer nas eleições para os próximos investimentos. Ah, mas tem uma nova lei, tem um novo imposto. Ah, mas ele falou que precisamos entrar no esquema. Enfim, não dava mais para continuar no Brasil. Amamos o nosso país, mas o desenvolvimento como empreendedor ali tem um buraco muito profundo", comentou Paulo, que trabalha em Massachusetts. E você, empreendedor? Nicholas Morgan White, advogado americano, sócio do escritório SKW Law, explica quais são as primeiras reflexões que os brasileiros precisam fazer antes de escolher a mudança. "A decisão de empreender fora do Brasil é complexa e envolve diversos fatores, desde questões financeiras até a adaptação a uma nova cultura. No entanto, para muitos, essa nova rota representa uma oportunidade real de crescimento e sucesso. Uma realização pessoal e profissional num país de primeiro mundo", detalhou. SKW Law: referência em imigração nos Estados Unidos. Divulgação Se você também está considerando essa nova rota para empreender, lembre-se de buscar as melhores soluções. O Steiner, Kleim & White Law (SKW Law) oferece orientação completa em processos de imigração e adaptação ao mercado americano. A transição pode ser mais acessível do que se imagina. Clique aqui e faça uma consulta inicial gratuita. Veja Mais

Novembro começa com novas regras para uso do PIX e financiamento de imóveis; veja o que muda

G1 Economia Consumidores terão limite de transações com aparelhos novos e precisarão dar um valor de entrada maior em imóveis financiados com recursos da poupança pela Caixa. Banco Central e Caixa Econômica Federal anunciaram mudanças. Marcelo Casagrande / Agencia RBS | Marcelo Camargo/Agência Brasil O mês de novembro começou com anúncios importantes no sistema financeiro nacional, com novas regras para transações via PIX e para financiamentos de imóveis realizados pela Caixa Econômica Federal. Entenda nesta reportagem o que muda em cada um dos casos. Novas regras para transações via PIX Do lado do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil (BC), as mudanças limitam os valores a serem transferidos por celulares e computadores novos ou não cadastrados. Ou seja, se o aparelho nunca realizou uma transação via PIX, as transferências serão limitadas a: R$ 200 por transação; R$ 1.000 na soma de todas as transações no dia. Os limites valem até que o usuário confirme junto ao banco que aquele novo aparelho pode ser liberado para transações maiores. Aqueles que já usam o PIX em um celular ou computador atualmente não será impactado, a menos que troque de aparelho ou queira usar outra chave. ??Como cadastrar o novo dispositivo? Segundo o chefe do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro (Decem) do Banco Central, Ricardo Mourão, o usuário que quiser registrar um novo dispositivo precisará procurar a opção para fazer o gerenciamento de dispositivos no aplicativo de sua instituição financeira. Em seguida, basta solicitar o cadastramento. "Cada instituição possui seu próprio procedimento de cadastro, então basta seguir as instruções fornecidas durante o procedimento. Após finalizado o cadastro, as transações naquele dispositivo poderão ser realizadas considerando o limite originalmente estabelecido para o cliente", disse Mourão em nota. O chefe do Decem ainda reforçou que, para garantir a segurança no cadastro, será exigida autenticação em dois fatores. O objetivo, segundo Mourão, é evitar tentativas de cadastramento por um fraudador, caso ele tenha acesso indevido à senha do usuário. O BC ainda destaca que o objetivo da nova regra é diminuir os golpes em que o criminoso consegue obter informações de senhas dos cidadãos. LEIA MAIS 'Golpes do PIX' podem causar perdas de R$ 3 bilhões até 2027; saiba como se proteger Golpe do 'PIX errado': saiba como os criminosos agem e como não ser enganado Meu PIX vai mudar? Entenda a nova regra Novas regras de financiamento de imóveis pela Caixa Já do lado dos bancos, as mudanças foram anunciadas pela Caixa Econômica Federal e acontecem exclusivamente nos financiamentos de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). ???? O que mudou? A partir de novembro, nos empréstimos feitos com recursos do SBPE, o banco passará a financiar a compra ou a construção individual de imóveis que tenham valor de avaliação ou de compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão. ???? E como era? No modelo válido até o fim de outubro, o banco não impunha nenhum limite para os financiamentos feitos com recursos do SBPE. Além disso, o cliente também podia ter outros financiamentos imobiliários ativos na Caixa na mesma modalidade. Os financiamentos com recursos do FGTS, por sua vez, sempre foram restritos a apenas um contrato de crédito ativo. ?? Redução das cotas de financiamento Além disso, outra mudança anunciada pela Caixa foi uma redução nas cotas de financiamento oferecidas. A partir de novembro, o banco só financiará até 70% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) e até 50% do montante pelo sistema Price. No modelo anterior, as cotas de financiamento eram de até 80% e 70%, respectivamente. Pelo sistema SAC, o valor total das prestações pagas vai diminuindo ao longo do tempo, por conta da parcela decrescente de juros. Já no sistema Price, o valor total é constante durante o prazo contratado. Na prática, isso significa que os compradores precisarão dar um valor maior de entrada no imóvel. Veja os exemplos abaixo. ???? Modelo SAC Modelo antigo: se um imóvel valia R$ 800 mil, a Caixa financiava até R$ 640 mil (80%). Nesse caso, o mutuário pagava 20% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 160 mil. Novo modelo: agora, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 560 mil (70%) financiados pela Caixa. Os outros 30%, por sua vez, ficam a cargo do tomador (R$ 240 mil). ???? Modelo Price Modelo antigo: se um imóvel valia R$ 800 mil, a Caixa financiava até R$ 560 mil (70%). Nesse caso, o mutuário pagava 30% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 240 mil. Novo modelo: agora, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 400 mil (50%) financiados pela Caixa. Os outros 50%, por sua vez, ficam a cargo do tomador (R$ 400 mil). Segundo a Caixa, a alteração nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel a R$ 1,5 milhão não se aplicam às unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos financiados pelo banco. Nesse caso, mantiveram-se as condições vigentes. O banco ainda informou que as novas medidas não têm prazo de validade, ou seja, podem ser permanentes. As mudanças também não valem para quem já tem um financiamento ativo. As mudanças anunciadas pela Caixa acontecem em meio à crescente demanda por imóveis no mercado brasileiro e pelo maior volume de saques da caderneta de poupança — origem dos recursos utilizados para os empréstimos via SBPE. Em nota, a Caixa informou que a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para o ano de 2024. Atualmente, a instituição é responsável por quase 70% do mercado. "A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado", afirmou o banco em nota oficial. Veja Mais

Secretaria do Consumidor notifica 17 bets para esclarecer possível descumprimento de regras; veja a lista

G1 Economia Ação surge após a análise de possíveis violações das regras do Código de Defesa do Consumidor. Entre as exigências, a Senacon solicita que as empresas expliquem suas políticas de marketing e publicidade. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou 17 empresas de apostas online para esclarecer suas práticas de bonificação, publicidade e medidas de proteção ao consumidor. A ação surge após a análise de possíveis violações das regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC), em especial aquelas relacionadas à oferta de vantagens financeiras para atrair jogadores e aos mecanismos de proteção a grupos vulneráveis, como crianças e adolescentes. Entre as exigências, a Senacon solicita que as empresas expliquem suas políticas de marketing e publicidade, com foco em como evitam atingir menores de idade e consumidores em situação de vulnerabilidade. A Senacon também questiona a ausência de medidas contra o endividamento excessivo dos consumidores e cobra informações sobre a disponibilidade de canais de atendimento que atendam adequadamente às reclamações dos usuários. Operadoras começam a bloquear acesso a sites de bets As notificações incluem demandas sobre a transparência do sistema de apostas, exigindo que as empresas garantam que os consumidores tenham acesso a informações claras e suficientes para tomar decisões conscientes. Em relação à prática de bonificações, a Senacon recorda que a legislação proíbe a concessão de adiantamentos, bonificações e outras vantagens financeiras com o objetivo de incentivar apostas As empresas têm 10 dias para responder às solicitações e esclarecer as questões apontadas pela Senacon. A Secretaria informou que as notificações buscam assegurar a proteção dos consumidores e evitar práticas abusivas que possam comprometer a saúde financeira e mental dos apostadores. A Senacon notificou as empresas com base nos seguintes motivos: Oferta de Adiantamentos e Bonificações: As empresas devem explicar a prática de oferecer adiantamentos, bonificações ou vantagens para incentivar as apostas, prática vedada pela legislação. Política de Publicidade para Menores: Foi solicitado que expliquem como evitam que suas publicidades e propagandas de apostas alcancem menores de idade. Política de Jogo Responsável: As empresas devem esclarecer como comunicam aos consumidores sobre o jogo responsável, incluindo riscos de dependência e transtornos, e se oferecem informações sobre prevenção e tratamento. Transparência sobre o Funcionamento do Sistema de Apostas: As empresas foram questionadas sobre a clareza das informações fornecidas aos consumidores para garantir que façam decisões conscientes. Canais de Atendimento ao Consumidor: A Senacon pediu informações sobre a existência de canais de atendimento e ouvidoria, com a finalidade de assegurar o tratamento adequado das reclamações dos consumidores. Mecanismos de Restrição para Menores e Vulneráveis: As empresas foram solicitadas a informar sobre a presença de mecanismos que impeçam apostas por crianças, adolescentes e consumidores em vulnerabilidade agravada, como idosos e dependentes de jogos. Prevenção ao Superendividamento: A Senacon indagou sobre a existência de mecanismos de alerta ou impedimento ao superendividamento do consumidor. Empresas notificadas As empresas notificadas são as seguintes: Bet365 Site: bet365.com Empresa: HS DO BRASIL LTDA Betano Site: br.betano.com Empresa: KAIZEN GAMING BRASIL LTDA KTO Site: KTO.com Empresa: APOLLO OPERATIONS LTDA 1xBet Site: 1xBetr.com Empresa: BET.BET SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS S.A Parimatch Site: world.parimatch.com Empresa: AMPLEXUS CORPORATION LTDA Sportingbet Site: sportingbet.com Empresa: VENTMEAR BRASIL S.A Betnacional Site: betnacional.com Empresa: NSX BRASIL S.A. Superbet Site: superbet.com Empresa: SUPERBET INTERACTIVE BRASIL LTDA (SPRBT) Rivalo Site: rivalo.com Empresa: OLAVIR LTDA EstrelaBet Site: estrelabet.com Empresa: EB INTERMEDIAÇÕES E JOGOS S/A IO (Sportsbet.io) Site: sportsbet.io Empresa: TROPICALIZE BET LTDA. Bet Sul Site: betsul.com Empresa: CDA GAMING LTDA. Betfair Site: betfair.com Empresa: BETFAIR BRASIL LTDA. PixBet Site: pixbet.com Empresa: PIXBET SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS LTDA Pix365 Site: pix365.live Empresa: Pix365 Soluções Tecnológicas LTDA Esportes da Sorte Site: esportesdasorte.com Empresa: CATAR.SPORTS DA SORTE LIMITADA Vai de Bet Site: m.vaidebet.com/ptb Empresa: SUPREME MARKETING E PUBLICIDADE LTDA Veja Mais

Renault Kardian: por que lançar um carro manual se o mercado prefere automáticos? Veja o teste

G1 Economia Versão com câmbio manual chega como a opção mais acessível da linha lançada em março. São R$ 12 mil a menos, mantendo o motor turbo e os mesmos itens de série. Veja o que acerta e erra a nova versão. Renault Kardian: o que erra e acerta a versão manual Poucos meses após lançar o Kardian no Brasil, a Renault adicionou uma opção manual do SUV compacto na lista de versões do veículo. Esaa é escolha mais barata do modelo, custando R$ 106.990. O Kardian manual é idêntico ao modelo Evolution (que era o de entrada), com os mesmos itens de série, motor, acabamento e até opcionais. O câmbio mecânico escolhido pela Renault é um de seis marchas, diferente daquele utilizado pelo Sandero RS. Mesmo não contando com a versão do esportivo, as trocas de marchas não decepcionaram durante o dia de avaliação do carro pelo g1. Acontece que o câmbio automático é cada vez mais o queridinho dos brasileiros. Segundo a consultoria Bright Consulting, os carros equipados com transmissão manual deixaram de ser a maioria no Brasil desde 2019. “Em algum momento, essa tecnologia [câmbio manual] deverá ser extinta, principalmente por conta do aumento da conectividade e dos níveis de automação dos automóveis”, diz Murilo Briganti, diretor de operações da Bright Consulting. A tendência de queda deve se manter. De acordo com previsões da Bright Consulting, a transmissão manual estará presente em cerca de 5% dos veículos comercializados em 2030. Antes presentes apenas nos modelos premium, agora até os automóveis de entrada podem ser equipados com trocas automáticas de marcha. O ganho em escala fez o custo diminuir e que essa fosse uma opção mais presente como item de série, especialmente nos SUVs. Kardian manual venderá menos que o automático Segundo Felipe Munoz, especialista em mercado automotivo na consultoria JATO Dynamics, o câmbio manual continua presente em mercados emergentes, como a América Latina, por conta de custo reduzido na compra do carro. “Mesmo com o custo para ter trocas automáticas no carro reduzido drasticamente nos últimos 20 anos, ele ainda é uma consideração importante para os consumidores de baixa renda”, diz o especialista. Munoz acredita que preconceitos e a confiabilidade dos automáticos, aliados ao custo elevado para a manutenção da caixa de câmbio, ainda prevalecem na região. A Renault sabe e reconhece que a versão manual do Kardian não será a mais vendida. Ainda assim, a ampliação das variantes do SUV compacto já estava prevista no lançamento do veículo — que aconteceu em março deste ano. “A ampliação da gama já era prevista para acontecer em cerca de seis meses após o lançamento do Kardian. A gente sabe que a maioria das vendas acontecerá nas versões com câmbio automático”, comenta Caique Ferreira, diretor de comunicação para a Renault na América Latina. Para a Renault, a maior parte das vendas do Kardian manual virão de cidades do interior e da região Nordeste, enquanto as versões automáticas devem prevalecer nas grandes cidades e centros urbanos, como em São Paulo (SP), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ). Aumentando a gama de opções, a montadora francesa quer deixar para trás o modesto 17º lugar na lista de SUVs mais vendidos do Brasil, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Com sete meses no Brasil, o Kardian soma 13.124 unidades vendidas até o mês passado. O Fiat Pulse, um de seus principais concorrentes, emplacou 28.640 veículos, 2,18 vezes mais que o Kardian. Veja abaixo os destaques do carro, e se ainda há espaço para um SUV manual em um mercado tão competitivo. LEIA MAIS Troca de óleo: como escolher o melhor lubrificante para o seu carro? Licenciamento atrasado? Veja quanto e quando pagar a taxa para não perder o direito de rodar com o veículo IPVA à vista ou parcelado: veja como se organizar para a sua realidade financeira Renault Kardian com câmbio manual por fora Como anda o Kardian manual O motor é um turbo flex de injeção direta, com 125 cv de potência e 22,4 kgfm para o torque. Este é o mesmo conjunto presente nas outras versões do Kardian comercializadas no Brasil. Como vantagem, as trocas de marchas da versão manual são precisas e curtas. Em 120 quilômetros entre as cidades de São Paulo (SP) e São Roque (SP), não houve um momento de engasgo ou engate de marcha errada. As retomadas estavam ágeis como um motor turbo precisa entregar, significando ultrapassagens mais seguras tanto na estrada, quanto na cidade. O torque foi suficiente para vencer ladeiras da cidade montanhosa em terceira marcha, sem perda de potência — trunfo do torque elevado. Durante os trechos de estrada, e somente nestes momentos, foi possível tirar proveito da sexta marcha. Nela e com gasolina no tanque de combustível, o carro exibia consumo na casa dos 14 km/l. Esse é o número divulgado tanto pela Renault, quanto pelo Inmetro. Assim, o carro oferece conforto para quem faz questão de ter o carro na mão. Mesmo assim, é difícil imaginar que o consumidor possa optar por uma versão manual se há concorrentes com valores próximos e câmbio automático. A versão topo de linha do Citroën Basalt, chamada de Shine Turbo 200, custa R$ 2 mil a menos. Renault Kardian com câmbio manual por dentro Como a alteração relevante desta edição do Kardian é o câmbio, não há novidades no design e no acabamento interno. A iluminação da frente é feita em LED, da luz de rodagem diurna (DRL) aos faróis. São lâmpadas mais fortes, duradouras e gastam menos energia. A luz branca revela mais da pista durante à noite, e torna a direção mais segura. Na traseira, as lanternas são halógenas. Nesse caso, o LED não tem função prática e são mais caros que lâmpadas convencionais. São truques para reduzir o preço final do carro. Mas a Renault secou tanto os custos que colocou rodas com calota no Kardian. Ao primeiro olhar, elas dão a impressão de serem rodas de liga-leve, mas é um jogo de calota plástica que esconde muito bem a parte interna. Algo inesperado para um carro de mais de R$ 100 mil. O interior também é simples, em que predomina o plástico duro com textura homogênea. Alguns concorrentes, como o C3, usam cores diferentes para passar a sensação de mais requinte, mas o Kardian apostou na sobriedade. O painel de instrumentos tem um conta-giros pouco detalhado, o que deixa devendo para um carro turbo. O painel é digital, e permite remover todo o conteúdo para mostrar apenas a velocidade. Poderia manter a opção de exibir a rotação do motor. Os pontos fortes do interior são os bancos e espaço interno. O assento é lembra o tipo concha, com laterais fechando bem nas bordas. Não chega a ser um exemplo de esportividade, mas dá o conforto necessário. Já os passageiros da fileira traseira vão bem na viagem, com espaço generoso para os joelhos. Com banco do motorista ajustado para uma pessoa com 1,65 metro, sobrou mais de um palmo para o passageiro logo atrás. A central multimídia tem 8 polegadas, e não é das melhores do setor. Ela demonstrou algum atraso entre o que era processado pelo celular e a imagem no display. Fica aquela sensação deque o Waze estava sempre um pouco atrás de qualquer curva, mudança de faixa ou alerta de radar. Mesmo com um celular potente, conectado por cabo, o problema persistiu. Itens de série no Kardian manual Assim como na versão Evolution com câmbio automático, a variante manual conta com: 6 airbags (frontal, lateral e de cortina); Piloto automático e limitador de velocidade; Assistente de partida (HSA); Sensores de estacionamento traseiro e câmera de ré; Controles eletrônicos de estabilidade e tração; Sistema de monitoramento de pressão dos pneus; Painel de instrumentos digital, com 7 polegadas; Central multimídia com tela de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio; Ar-condicionado automático digital; Retrovisores externos com ajuste elétrico; Faróis e iluminação diurna (DRL) em LED; Roda de 16 polegadas; Aerofólio traseiro; Sistema Start&Stop. Veja a ficha técnica do Renault Kardian (manual) Como trocar o filtro de ar? Veja Mais

+Milionária, concurso 195: prêmio acumula e vai a R$ 20,5 milhões

G1 Economia Uma aposta acertou cinco dezenas e dois trevos, e vai levar R$ 158.932,47. +Milionária Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 195 da +Milionária foi realizado na noite desta sexta-feira (1º). Nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 20,5 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp De acordo com a Caixa Econômica Federal, uma aposta acertou cinco dezenas e dois trevos, e vai levar R$ 158.932,47. Veja os números sorteados: Dezenas: 17 - 24 - 42 - 45 - 49 - 50 Trevos: 05 - 06 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 20 apostas ganhadoras, R$ 3.531,83 4 acertos + 2 trevos - 56 apostas ganhadoras, R$ 1.351,46 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 869 apostas ganhadoras, R$ 87,09 3 acertos + 2 trevos - 1.110 apostas ganhadoras, R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 8.672 apostas ganhadoras, R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 6.660 apostas ganhadoras, R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 60.920 apostas ganhadoras, R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será na quarta-feira (6). +Milionária, concurso 195 Reprodução/Caixa +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Kamala ou Trump: quem será o vencedor das eleições, de acordo com o mercado financeiro

G1 Economia Aumento das taxas sobre títulos da dívida norte-americana mostram que Wall Street está antecipando uma vitória do republicano. Entenda o motivo. Donald Trump e Kamala Harris disputam a eleição presidencial dos EUA em 2024 REUTERS/Eduardo Munoz/Nathan Howard A menos de uma semana para o pleito presidencial dos Estados Unidos, as campanhas de Kamala Harris e Donald Trump tentam suas últimas cartadas para convencer eleitores em estados decisivos, como Georgia, Nevada, Wisconsin e Michigan. Enquanto nas pesquisas de intenção de voto a democrata e o republicano aparecem tecnicamente empatados, um movimento no mercado de títulos da dívida pública norte-americana (chamados de "Treasuries") sugere que o mercado financeiro aposta que Donald Trump será o vencedor do dia 5 de novembro. No último mês, as taxas das Treasuries americanas saltaram. Veja abaixo. As taxas das Treasuries com vencimento em dois anos saíram de 3,61% para 4,16%; Já as taxas dos títulos com vencimento em 10 anos passaram de 3,78% para 4,35%. Na prática, isso significa que os investidores estão pedindo um prêmio maior para emprestar dinheiro ao governo dos Estados Unidos. Isso porque a agenda de redução da arrecadação de Trump é vista como o cenário mais provável, o que diminuiria a capacidade do governo em cobrir o pagamento da dívida. "Os mercados esperam um aumento na dívida pública americana sob qualquer um dos candidatos. Mas sob Trump e as medidas de corte de arrecadação, vemos o avanço da dívida pública ocorrendo em uma escala ainda maior", disse Garrett Melson, da Natixis Wealth Management, à agência Reuters. Segundo dados do Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês), a dívida pública dos Estados Unidos chega aos US$ 35 trilhões, um patamar maior que 100% do Produto Interno Bruto (PIB) gerado pelo país. Durante o primeiro mandato Trump, o déficit público saltou US$ 7,8 trilhões. Na administração Joe Biden, até o presente momento, o incremento foi de US$ 4,8 trilhões. Cálculos do CBO ainda apontam que o déficit poderá chegar a US$ 56,4 trilhões até 2034. De acordo com o presidente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell, a trajetória fiscal dos Estados Unidos pode ser considerada como "insustentável". Esse cenário fez com que a Moody's e a Fitch Ratings, duas das três principais agências de crédito, rebaixassem a nota da dívida soberana do país no ano passado. A despeito do número astronômico, o tema fiscal não vem sendo explorado pelas candidaturas com tanta intensidade quanto a imigração e a estabilidade das instituições democráticas. A falta de protagonismo do tema fiscal na disputa presidencial pode ter uma razão: o fato dos Estados Unidos serem capazes de refinanciar, constantemente, sua dívida através do dólar, contando com o poder da moeda como reserva mundial de valor. Mas apesar dos efeitos serem minimizados pela condição especial do dólar, isso não significa que a economia dos Estados Unidos consiga sair totalmente ilesa do crescente déficit. O aumento da inflação e a convivência com juros básicos mais elevados seriam efeitos possíveis ante a expansão fiscal sem controle. " Com a diminuição dos impostos, a vitória de Trump poderia aquecer a economia, mas também aumentar a inflação, a taxa de juros do BC norte-americano e o risco fiscal", afirmaram os economistas do grupo financeiro europeu Julius Baer. LEIA MAIS Eleições 2024 nos EUA: veja como Kamala e Trump estão nas pesquisas Corrida eleitoral: veja a disputa entre democratas e republicanos nos EUA ao longo da história; INFOGRÁFICO O impacto das medidas de Harris e Trump no orçamento Entre as medidas defendidas por Kamala Harris que mais custariam aos cofres públicos dos Estados Unidos está a extensão da isenção de impostos para os americanos que ganham até US$ 400 mil por ano — o que poderia gerar um rombo de US$ 3 trilhões. O programa de governo da democrata também prevê a expansão de programas sociais para o cuidado de crianças e para famílias de baixa renda, além da inclusão de novos públicos dentro do programa de saúde do governo. Harris compensaria o impacto do seu programa com a proposta de aumentar a 28% a taxa sobre empresas e ganhos capitais, além de estudar a criação de novas taxas para os mais ricos. Já entre as medidas defendidas por Donald Trump que mais afetariam o orçamento estão a revogação de impostos sobre gorjetas e horas extras trabalhadas, além da redução do imposto sobre empresas para 15%. Essas medidas, em conjunto, têm a capacidade de reduzir a receita em US$ 3,8 trilhões. Do lado das despesas, Trump prometeu aumentar o orçamento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, além de investimentos no patrulhamento da fronteira entre os Estados Unidos e o México. Seja com Kamala Harris ou Donald Trump na Casa Branca, especialistas ressaltam que o novo presidente não conseguirá, sozinho, aprovar medidas de arrecadação ou corte do orçamento federal. "Tudo dependerá do resultado das eleições do Congresso", disseram os analistas financeiros do Julius Baer. Segundo dados do agregador FiveThirtyEight divulgados nesta quinta-feira (31), os republicanos são favoritos para manter o controle da Câmara dos Representantes, onde todos os assentos serão disputados. E os republicanos podem vencer também no Senado, onde apenas um terço dos assentos estão abertos para disputa. Para isso, o partido de Donald Trump precisaria conquistar duas vagas, se Kamala for eleita, ou uma vaga, se Trump for eleito — o vice-presidente eleito também será o presidente do Senado. Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.792: prêmio acumula e vai a R$ 127 milhões

G1 Economia Veja os números sorteados: 16 - 22 - 33 - 34 - 49 - 59. Quina teve 119 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 68.004,21. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 3 O sorteio do concurso 2.792 da Mega-Sena foi realizado na noite desta sexta-feira (1º), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 127 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 16 - 22 - 33 - 34 - 49 - 59 5 acertos - 119 apostas ganhadoras, R$ 68.004,21 4 acertos - 10.706 apostas ganhadoras, R$ 1.079,83 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (5). Mega-Sena, concurso 2.792 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais