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Venda de carne bovina do Brasil aos EUA dispara 500% em abril em meio a tarifaço de Trump
Para exportadores, alta foi 'grande surpresa'. Rebanho bovino dos EUA caiu, mas demanda por carne é alta. Venda de carne bovina do Brasil aos EUA disparou em meio a tarifaço de Trump. Foto: Assessoria/Governo/Rondônia As vendas de carne bovina do Brasil para os EUA dispararam 498% em abril, em relação a igual mês de 2024, uma alta que causou "grande surpresa" no setor. Foi o que disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, nesta quinta-feira (8). "Os Estados Unidos, apesar de já estarem vindo numa crescente, compraram um grande volume. Nós saímos de 8 mil toneladas em abril de 2024, para um volume em torno de 48 mil toneladas em abril de 2025", detalhou Perosa. A disparada ocorreu no mesmo mês em que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um aumento das taxas de importação para os seus parceiros comerciais. O presidente da Abiec e o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias dizem que a alta nas vendas para os EUA aconteceu porque: a oferta de bois dos EUA está em seu menor nível em 80 anos; mas a demanda é muito alta: americano "come hambúrguer todo o dia", diz Perosa; a carne dos EUA está mais cara do que a brasileira, mesmo com as tarifas. As compras dos americanos já vinham crescendo em meses anteriores. De janeiro a abril, eles importaram 135,8 mil toneladas de carne do Brasil, um volume quase cinco vezes maior do que no mesmo período de 2024. Como ficaram as tarifas para a carne bovina brasileira ➡️Com o anúncio, os importadores americanos estão pagando uma taxa de 36,4% para importar a carne brasileira. Isso porque a tarifa anterior era de 26,4%, mas Trump adicionou uma sobretaxa de 10%. ➡️Somente as carnes que entram nos EUA a partir de cotas estão sendo taxadas em 10%. "O Brasil participa de um grupo de outros 10 países que têm direito a uma cota de exportação de 65 mil toneladas com zero de tarifa. [A taxa] Era zero, mas agora passou para 10%. Mas essa cota, geralmente, se atinge até 15 de janeiro", explica Perosa. "Majoritariamente, é o Brasil que se apropria dessa cota porque os outros países não tem capacidade de se apropriar", acrescenta. Veja Mais
Fraude no INSS: saiba como baixar o app oficial e como será a notificação dos descontos irregulares
Órgão vai notificar os aposentados e pensionistas que podem ter sido prejudicados pela fraude na próxima terça-feira (13). Segurados deverão reconhecer se autorizaram o desconto ou não. Aplicativo "Meu INSS" Reprodução/TV Globo O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) afirmou que vai notificar, na terça-feira (13), os 9 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios nos últimos anos e que, portanto, podem ter sido prejudicados pela fraude dos descontos irregulares. Essas pessoas terão de informar se as operações foram autorizadas por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores. Veja Mais
ES registra morte em massa de abelhas e envenenamento por agrotóxicos é investigado
Insetos foram encontrados mortos em produções de Boa Esperança e São Mateus, no Norte do Espírito Santo. Veterinários foram até o local e coletaram animais mortos para entender se agrotóxicos podem estar ligados à causa da morte. Morte em massa de abelhas é investigada no ES Apicultores de Boa Esperança, no Norte do Espírito Santo, registraram mortandade de milhares de abelhas, quase 100% dos insetos em apiários da região desde segunda-feira (5). O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) foi até a cidade com veterinários, na quarta (8). Uma das suspeitas levantadas pelo órgão é a possibilidade de intoxicação dos insetos por agrotóxicos. Veja Mais
Como abrir uma conta gov.br
Cadastro dá acesso aos serviços digitais do governo. Confira o passo a passo para abrir a conta e como aumentar o seu nível de segurança. Conta Gov.br Reprodução/Globo A conta gov.br serve para identificar o cidadão e dar acesso a ele aos serviços públicos digitais do governo brasileiro, como a CNH Digital, a Carteira de Trabalho Digital e o Meu INSS. Na última versão do aplicativo, se o usuário inserir o CPF na tela inicial e for constatado que ele ainda não possui uma conta de acesso, é direcionado automaticamente para o fluxo de criação de contas, unificando o acesso às plataformas. Veja abaixo o passo a passo para abrir a conta gov.br e como aumentar o seu nível de segurança. Passo a passo para abrir conta gov.br A criação da conta gov.br é gratuita. Quem ainda não possui pode fazer o cadastro pelos seguintes caminhos: Site de acesso: https://sso.acesso.gov.br/ Aplicativo: link iOS ou link Android Conta gov.br dá acesso aos serviços digitais do governo Reprodução Ao acessar o site ou o aplicativo, o usuário precisa digitar o CPF no campo indicado na tela inicial e clicar em "Continuar". Se for constatado que o usuário ainda não possui uma conta de acesso, ele será direcionado automaticamente para criá-la. Caso já tenha, o sistema pedirá uma senha. Basta clicar em "Esqueci minha senha" e seguir os passos para recuperá-la, se não lembrar o código. Durante a abertura da conta, o sistema pedirá que o usuário leia e aceite os termos de uso. Ele também terá que informar dados pessois como data de nascimento e nome da mãe. Ao final do processo, será necessário criar uma senha que atenda os critérios exigidos. Como aumentar o nível da conta gov.br? Saiba como ter login na plataforma gov.br do tipo 'prata' ou 'ouro' A conta gov.br dá acesso aos serviços digitais do governo como, por exemplo, INSS, carteira de trabalho digital, Receita Federal, eSocial, entre outros. A conta gov.br tem três níveis de segurança e acesso: bronze, prata e ouro. Ao ser criada via formulário online do INSS ou da Receita Federal, por exemplo, a conta gov.br costuma iniciar no nível bronze, que dá acesso apenas parcial aos serviços digitais do governo e cujo grau de segurança é considerado básico. Página em que é possível aumentar o selo de confiabilidade da conta Reprodução O login nível "prata" ou "ouro" exige maior nível de segurança, como reconhecimento facial, permitindo o acesso a bancos credenciados e a serviços mais sensíveis. Ao fazer o login no gov.br, o cidadão já é informado do nível da conta. Para aumentar o nível, basta seguir as instruções ou entrar em "Privacidade/Selos de Confiabilidade". No app, ao fazer o login no gov.br, o cidadão já é informado do nível da conta. Reprodução Como obter nível prata O nível prata é obtido por meio de: Validação dos seus dados com usuário e senha do SIGEPE, se você for servidor público federal; Reconhecimento facial pelo aplicativo gov.br para conferência da sua foto na base da Carteira Nacional de Habilitação (CNH); ou Validação dos seus dados via internet banking de um banco credenciado. Como obter nível ouro O nível máximo de segurança pode ser através de: Reconhecimento facial pelo aplicativo gov.br para conferência da sua foto na base da Justiça Eleitoral (TSE); Validação dos seus dados utilizando a biometria digital cadastrada na base da Justiça Eleitoral (TSE); Validação dos seus dados com Certificado Digital compatível com ICP-Brasil; Validação dos seus dados utilizando aplicativo gov.br pra ler o QR Code da Carteira de Identidade Nacional (CIN); ou Validação dos seus dados via Certificados em Nuvem. Veja Mais
Café de torra extraforte, clara, média ou escura: entenda as diferenças
Veja qual deixa o café mais doce, mais azedo e como mascarar os defeitos do grão. Café de torra extraforte, clara, média ou escura: entenda as diferenças A torra do café é o principal parte do processo para a fabricação da bebida, afirma a agricultura Janaína Rocha. Existem 4 pontos principais de torra: a clara, média, escura e extraforte, segundo o técnico agrícola Denilson Fantin. Mas, afinal, qual a diferença entre elas? ☕Clara: usada em café de mais qualidade. Ela acentua a acidez do fruto e aflora todas as suas nuances. ☕Média: aplicada em cafés mais azedos, pois ajuda a disfarçar a sua acidez. Com ela, o grão fica caramelizado. ☕Escura: acentua ainda mais o caramelo do café, o deixando mais doce. ☕Extraforte: utilizada para grãos com defeitos, ajudando a mascará-los. Saiba mais: Entenda a diferença entre café extraforte, tradicional, gourmet e especial Café fake apreendido não é alimento: entenda o que pode ser vendido como café pela lei 'Café fake': saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira Veja Mais
Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, aponta demonstração financeira
Este é o primeiro prejuízo bilionário da estatal desde 2016. Demonstração financeira foi publicada nesta sexta-feira (9). Placa dos Correios. Reprodução A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9) a demonstração financeira referente ao ano de 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões. O déficit neste ano é quatro vezes maior do que o registrado no ano passado, quando o prejuízo registrado foi de R$ 597 milhões. Veja Mais
Últimos dias
Mega-Sena, concurso 2.860: prêmio acumula e vai a R$ 45 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 02 - 05 - 17 - 24 - 38 - 57. Quina teve 119 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 25.909,13. Mega-Sena Marcelo Brandt/Arquivo g1 O sorteio do concurso 2.860 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (8), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 45 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 02 - 05 - 17 - 24 - 38 - 57 5 acertos - 119 apostas ganhadoras: R$ 25.909,13 4 acertos - 6.632 apostas ganhadoras: R$ 664,13 O próximo sorteio da Mega será no sábado (10). Mega-Sena, concurso 2.860 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio A Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Fraude no INSS: saiba como vai funcionar o ressarcimento dos aposentados e pensionistas; veja perguntas e respostas
Governo informou, em coletiva de imprensa, que, na semana que vem, notificará 9 milhões de cidadãos que tiveram descontos indevidos em seus benefícios. Na próxima terça-feira (13), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) notificará 9 milhões de cidadãos que tiveram descontos em seus benefícios. Essas pessoas notificadas terão de informar se as operações foram autorizadas ou se foram prejudicados pelas fraudes Veja Mais
INSS vai notificar prejudicados por descontos irregulares na próxima semana; contato será via app
A partir de terça-feira (14), 9 milhões de cidadãos receberão um aviso no aplicativo Meu INSS. Nesta terça, 27 milhões que não foram prejudicados serão avisados. Não haverá contato telefônico, nem via SMS. INSS notificará lesados por fraude no dia 14 de maio O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, afirmou que o órgão começou a enviar, nesta quinta-feira (8), avisos a 27 milhões de aposentados e pensionistas que não foram prejudicados pelo esquema de descontos indevidos nos benefícios. Na próxima terça-feira (13), o INSS irá notificar, exclusivamente pelo aplicativo oficial do órgão, o Meu INSS, 9 milhões de cidadãos que tiveram descontos em seus benefícios. Eles deverão informar se as operações foram autorizadas, ou se foram prejudicados pelas fraudes. A notificação será a partir de um recorte de cinco anos. Ou seja, serão notificados cidadãos que tiveram descontos desde março de 2020. Waller garantiu que "haverá o ressarcimento de todos que reclamaram e não há comprovação da aprovação dos descontos". O presidente do INSS, porém, não informou quando começará a devolução do dinheiro. Veja Mais
Rendimento mensal do brasileiro bate recorde e fica em R$ 3.057 em 2024, diz IBGE
Apesar da alta, a diferença entre o rendimento médio nos estados continua grande. Entre o Maranhão, que tem o menor rendimento mensal, e o Distrito Federal, que tem o maior, a diferença é de R$ 2.198. O rendimento médio de todas as fontes dos brasileiros em 2024 tem o maior número já registrado em toda série histórica. Jornal Nacional/ Reprodução O rendimento médio de todas as fontes dos brasileiros foi de R$ 3.057 em 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8). Esse é o maior número já registrado em toda série histórica, superando o recorde de 2014 (R$ 2.974). O cálculo desses valores é feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. O levantamento analisa informações sobre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos e de outras fontes. Em 2024, 66,1% do total de pessoas residentes no Brasil (equivalente a 143,4 milhões pessoas) possuíam algum tipo de rendimento. No ano anterior, eram 64,9%. Esses rendimentos podem ser de trabalho, ou outras fontes como: Aposentadoria e pensão; Aluguel e arrendamento; Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador; Programas sociais do governo federal (BPC-LOAS, Bolsa Família, entre outros); Outros rendimentos, como: seguro desemprego e seguro defeso, rentabilidade de aplicações financeiras, bolsas de estudos, direitos autorais, exploração de patentes, entre outros. Segundo o analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, o crescimento do rendimento médio de todas as fontes foi impulsionado principalmente pela renda de trabalho. O especialista analisa que embora a renda do trabalho tenha avançado, a participação na renda per capita aumentou pouco. “Apesar de programas sociais importantes do governo terem contribuído para esse crescimento, a renda do trabalho foi fundamental para o aumento de todas as fontes de renda, ampliando sua participação no rendimento domiciliar”, completa Fontes. O rendimento médio mensal real do trabalho no Brasil alcançou o maior valor já registrado na série histórica: R$ 3.225. O aumento representa uma alta de 3,7% em relação a 2023, que já havia mostrado um crescimento expressivo de 7,2%. Já o valor médio de outras fontes, como aposentadoria, pensão, aluguel e programas sociais, permaneceu praticamente inalterado em relação ao ano anterior, sendo estimado em R$ 1.915. Pessoas que declararam receber outros tipos de rendimentos, como seguro-desemprego, rentabilidades de aplicações financeiras ou bolsas de estudos, tiveram um valor médio de R$ 2.135, o mais elevado da série histórica para essa categoria. Comparado a 2023 (R$ 1.907), houve um crescimento de 12%. Um destaque é o crescimento dos rendimentos de programas sociais do governo, que atingiram R$ 836 em 2024, o maior da série histórica. Isso representa um aumento de 2,2% em comparação a 2023 (R$ 818), que até então detinha o maior valor. Em relação a 2019 (R$ 484), o crescimento foi de 72,7% no país. (entenda mais abaixo) Por fim, há uma grande diferença no rendimento médio de todas as fontes entre os estados. O menor valor foi registrado no Maranhão, com R$ 1.078, enquanto o maior foi no Distrito Federal, com R$ 3.276 — uma diferença de R$ 2.198. Os estados das regiões Norte e Nordeste tiveram os menores rendimentos em 2024, enquanto os estados do Sul e do Sudeste são a maioria entre aqueles que tiveram os maiores. (veja comparativo no gráfico abaixo) LEIA MAIS EM: Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE População que recebe programas sociais do governo cresce em 2024 Outro destaque da PNAD Contínua divulgada nesta quinta-feira (8) foi o aumento na proporção de pessoas que recebem programas sociais do governo. Segundo o IBGE, esse percentual atingiu os 9,2% dos brasileiros em 2024 — um aumento de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação a 2023 e de 2,9 p.p. em comparação a 2019, período pré-pandemia. O levantamento mostra, também, um aumento significativo do valor médio dos rendimentos provenientes de programas sociais do governo, para R$ 836 — o maior valor da série histórica. O resultado ainda representa um crescimento de 2,2% em comparação a 2023 e de 72,7% em relação a 2019. De acordo com o analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, parte da explicação para essa diferença entre o rendimento visto em 2019 em relação ao ano passado está na pandemia e no contexto político e macroeconômico vivido pelo país nos últimos anos. Na pandemia, quando inúmeras empresas precisaram fechar as portas ou paralisar suas operações, houve um drástico aumento na taxa de desemprego — que atingiu 13,3% no segundo trimestre de 2020 — e a criação de auxílios do governo para ajudar os trabalhadores afetados. Entre os principais programas criados estavam o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), por exemplo, além do próprio Bolsa Família — que ficou em vigor até 2021, quando foi substituído pelo Auxílio Brasil. “Houve um aumento importante no Bolsa Família e Auxílio Brasil, que captamos como o mesmo programa, principalmente em 2022 e 2023”, diz Fontes. No segundo semestre de 2022, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criou mais uma série de benefícios — como o auxílio caminhoneiro e o auxílio taxista, por exemplo — para tentar mitigar os efeitos da alta dos combustíveis. Em 2023, já no novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo transformou o Auxílio Brasil no Novo Bolsa Família, e aumentou o valor pago às famílias para R$ 600, além de incluir valores adicionais para crianças, adolescentes e gestantes. Também houve aumento no número de famílias que recebiam o benefício. O IBGE mostra que o percentual de domicílios que recebiam o Bolsa Família foi de 18,7% em 2024, uma queda de 0,3 p.p. em comparação a 2023, mas uma alta de 4,4 p.p. em relação a 2019 e de 11,5 p.p. ante 2020. Na relação entre 2024 e 2019, certamente o maior impacto aqui é do Bolsa Família, tanto pelo número total do contingente de beneficiários como pelo aumento do valor do benefício" País mostra melhora no índice de desigualdade Por fim, o IBGE também trouxe a medição do Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita alcançou o menor valor da série histórica em 2024, com queda em todas as grandes regiões do país exceto o Sul. Veja Mais
Mega-Sena pode pagar R$ 38 milhões nesta quinta-feira
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.860 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 38 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (8), em São Paulo. No concurso da última terça (6), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Fed mantém juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, diante de incertezas com Trump
Essa é a terceira decisão consecutiva em que o BC americano mantém as taxas inalteradas. Presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou a jornalistas que a pressão de Trump por redução nos juros 'não afeta' o trabalho da instituição. Foto de arquivo: O presidente dos EUA, Donald Trump, observa Jerome Powell, seu indicado para presidir o Federal Reserve (Fed), durante discurso na Casa Branca, em Washington, EUA, em 2 de novembro de 2017. REUTERS/Carlos Barria/Foto de arquivo O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, manteve as taxas de juros do país inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A decisão unânime, anunciada nesta quarta-feira (7), veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. Essa foi a terceira reunião seguida em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optou por não alterar o referencial de juros. Em março, o colegiado destacou a perspectiva econômica "incerta" e a atenção a riscos ao justificar sua posição. Além de reiterar o cenário, o comitê afirmou hoje que as incertezas em torno das perspectivas econômicas "aumentaram ainda mais" em meio à política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump. (leia mais abaixo) As decisões sobre as taxas de juros nos EUA geram efeitos também no Brasil. Quando as taxas permanecem elevadas, há maior pressão para que a Selic, a taxa básica de juros brasileira, também permaneça alta por mais tempo. Além disso, há impactos no câmbio. (leia também mais abaixo) O anúncio desta quarta-feira foi o terceiro desde que Donald Trump tomou posse como 47º presidente dos EUA, em 20 de janeiro. O cenário, porém, ficou mais adverso de lá para cá, diante da guerra tarifária promovida pelo republicano. Economistas e agentes do mercado têm feito uma série de alertas sobre os impactos nos EUA das taxas aplicadas a outros países — em especial, contra os principais parceiros comerciais dos norte-americanos. Algumas tarifas estão em vigor. Outras, foram suspensas. O grande destaque vai para a guerra comercial entre EUA e China. Ao longo das últimas semanas, os norte-americanos anunciaram taxas de até 145% sobre produtos importados da China. Pequim respondeu com alíquotas de até 125% sobre a importação de itens dos EUA. 'Não afeta nosso trabalho' A decisão de manter os juros inalterados nos EUA nesta quarta-feira veio apesar da pressão e de fortes críticas de Trump contra o presidente do Fed, Jerome Powell. Nas últimas semanas, o republicano questionou inúmeras vezes o trabalho do banqueiro central à frente da instituição e chegou a ameaçar demiti-lo, mesmo que o presidente dos EUA não tenha poder para tomar essa decisão. Após o anúncio, Powell afirmou que a pressão de Trump por cortes nas taxas de juros "não afeta" o trabalho do Federal Reserve. Ele declarou ainda que não tentou agendar um encontro com o republicano. "Nunca pedi uma reunião com nenhum presidente, e nunca pedirei", disse o chefe do Fed, em entrevista a jornalistas. "Nunca houve motivo para eu solicitar uma reunião. Sempre partiu do outro lado." O banqueiro central também observou que a política comercial de Trump continua sendo uma fonte de incertezas e reforçou a necessidade de o Fed esperar antes de ajustar sua política monetária. "Eu não acho que podemos dizer qual será o desfecho disso", disse. "Há uma grande incerteza sobre, por exemplo, onde as políticas tarifárias vão se estabilizar." Powell ponderou, no entanto, que a economia dos EUA "continua saudável, apesar do clima de pessimismo observado entre consumidores e empresas". Presidente do Fed, Jerome Powell. Reuters O que disse o Fomc Em comunicado, o comitê reiterou que a atividade econômica dos EUA continuou a se expandir "em um ritmo sólido", com taxa de desemprego estabilizada em níveis baixos e um mercado de trabalho igualmente sólido. Diante do cenário, a inflação do país "permanece um pouco elevada", citou o Fomc. Em março, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou em 2,4% no acumulado em 12 meses — ainda acima da meta de 2% do Fed. O comitê também reforçou que as incertezas sobre o cenário econômico "aumentaram ainda mais". "O Comitê busca alcançar o máximo emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. A incerteza sobre as perspectivas econômicas aumentou ainda mais. O Comitê está atento aos riscos em ambas as frentes de seu mandato duplo [de máximo emprego e controle da inflação]", disse, em comunicado. O Fomc também declarou que "continuará monitorando as implicações das informações recebidas" e que está "preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme necessário caso surjam riscos que possam impedir o alcance dos objetivos do Comitê". A decisão desta quarta-feira também veio após a divulgação de números de empregos mais fortes do que o esperado para abril. Os dados levaram muitos economistas a adiar suas previsões de corte na taxa de juros do Fed para, no mínimo, setembro. Resultados negativos Apesar de o objetivo central de Trump ser priorizar a indústria nacional (e usar as tarifas como barganha em negociações), a cobrança de taxas sobre a importação de produtos encarece o custo de itens produzidos dentro dos EUA, o que tende a pressionar a inflação. Além disso, a incerteza diante do vaivém tarifário e das ameaças do republicano tem prejudicado a confiança dos consumidores, levantando temores de que a maior economia do mundo possa enfrentar um período de esfriamento — ou, em cenários mais pessimistas, uma recessão. Um dos principais dados que ajudam a medir a temperatura da economia dos EUA é a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB). Conforme divulgação na última semana, o PIB do país registrou queda de 0,3% em taxa anualizada no primeiro trimestre. Foi o primeiro recuo em três anos. Veja Mais
Dólar opera em alta, com mercado de olho em decisões de juros do Copom e do Fed; Ibovespa oscila
No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,37%, cotada a R$ 5,7102. Já a bolsa encerrou com um leve avanço de 0,02%, aos 133.516 pontos. Dólar freepik O dólar inverteu o sinal e opera em alta nesta quarta-feira (7), dia de decisões sobre as taxas básicas de juros do Brasil e dos Estados Unidos — tema que toma conta das atenções dos investidores neste pregão. A primeira decisão vem dos EUA, com o fim da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) previsto para às 15h. Lá, a expectativa é que a instituição mantenha suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano. O destaque, porém, não deve ser nem o percentual das taxas em si, mas sim o que os membros do Fed podem sinalizar no comunicado divulgado logo após a reunião. Esse documento mostra o que as autoridades monetárias do país discutiram para tomar sua decisão e o que está no radar do Fed para os próximos meses, com possíveis pistas de quais podem ser os próximos passos do BC americano na condução dos juros. Há expectativa de que o Fed fale sobre o tarifaço do presidente americano, Donald Trump, que trouxe novas perspectivas de alta da inflação no país, ao passo que a atividade econômica pode sofrer com o esperado aumento nos preços dos produtos importados. No Brasil, por outro lado, o mercado espera um novo aumento na taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano, conforme o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro já havia sinalizado em sua última reunião, em março. Será a sexta alta consecutiva dos juros, em uma tentativa do BC de controlar a inflação, que encerrou 2024 acima da meta de 3%. As projeções do mercado apontam para uma alta de 0,50 ponto percentual, o que levaria a taxa Selic para 14,75% ao ano. A decisão deve sair por volta das 18h30. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, oscila entre leves altas e baixas. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Veja Mais
Lula ou Trump? Compare as críticas dos presidentes aos chefes dos BCs do Brasil e dos EUA
Nesta 'Superquarta', o Federal Reserve não deve baixar os juros dos EUA como deseja Donald Trump, o que deve desencadear novos ataques do presidente americano a Jerome Powell, chefe do BC. Situação lembra os ataques de Lula a Roberto Campos Neto entre 2023 e 2024. Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e presidente dos EUA, Donald Trump. AFP/Reuters O Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciam nesta quarta-feira (6) mais uma decisão sobre as taxas básicas de juros dos dois países. A data em que os dois anúncios coincidem é chamada de "Superquarta". Nos EUA, o Federal Reserve não deve baixar os juros do país, mantendo as taxas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano — nível considerado historicamente alto. No Brasil, o BC deve promover uma nova alta, ainda que não se saiba exatamente de quanto. O mercado projeta que a Selic deve chegar a 14,75% até o fim do ano. Os resultados, se confirmados, vão seguir desagradando tanto Trump quanto Lula. Nas últimas semanas, o presidente dos EUA fez diversas críticas ao chefe do Fed, Jerome Powell, ao pedir — e tentar impor — redução nos juros do país. As reclamações de Trump são muito semelhantes às queixas do presidente Lula ao longo de seus dois primeiros anos de mandato. Entre 2023 e 2024, o alvo era Roberto Campos Neto, ex-presidente do BC indicado por Jair Bolsonaro (PL). Campos Neto deixou o cargo em dezembro deste ano. As críticas só pararam após a posse de Gabriel Galípolo, nome indicado por Lula para assumir a presidência do BC. A nova gestão começou em janeiro de 2025. As instituições utilizam a elevação das taxas de juros como ferramenta para combater a inflação. Mas juros altos tendem a provocar um desaquecimento da economia, por meio do encarecimento do crédito. Isso faz com que pessoas consumam menos e o país tenha um crescimento menor, afetando a popularidade dos presidentes. Diante da semelhança de discursos, o g1 reuniu frases de Trump e Lula no início de mandato dos dois. Será possível reconhecer as críticas de cada um? Veja no QUIZ abaixo se você sabe qual frase é de quem. Lula ou Trump: de quem são as críticas aos presidentes dos BCs? Trump diz que não planeja demitir Powell, mas volta a pressionar Fed por juros mais baixos Veja Mais
Haddad diz que governo vai publicar MP para desonerar data centers de tributos
Medida vai focar na desoneração de investimentos e na retirada do Imposto de Importação sobre equipamentos que não são fabricados no Brasil, além de isentar a exportação dos serviços prestados por esses centros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (6) que o governo deve enviar nos próximos dias uma medida provisória ao Congresso para instituir a Política Nacional de Data Centers. O texto prevê a isenção de impostos sobre equipamentos importados e a exportação de serviços do setor. Segundo Haddad, a proposta tem como objetivo tornar o Brasil mais atrativo para investimentos em infraestrutura digital, reduzindo os custos hoje considerados entre os mais altos do mundo para esse tipo de operação. Veja Mais
INSS deixa de publicar mensalmente atualização sobre fila de espera de benefícios; dados mais recentes são de dezembro
O INSS deixou de divulgar mensalmente, no segundo semestre de 2024, os dados sobre a fila de pedidos de reconhecimento inicial de direitos, provocando um apagão nos dados sobre brasileiros que aguardam atendimento pela autarquia. A fila do INSS é como é chamada a espera para o trabalhador ser atendido para tentar conseguir uma pensão. A demora na análise e concessão dos benefícios traz dificuldades financeiras para quem depende deles, como auxílio-doença, pensão por morte e aposentadorias. Os dados mais atuais hoje sobre a fila no INSS são de dezembro de 2024. Os atrasos na divulgação começaram a ocorrer em outubro de 2024. Antes, os dados eram conhecidos em pouco mais de 30 dias. Em dezembro de 2024, somando todas as filas de reconhecimento inicial de direitos eram 2,043 milhões de pessoas na fila do INSS. Estimativas feitas por auditores no Congresso Nacional são de que a fila atual poderia já ter ultrapassado 2,5 milhões de pedidos em abril. Segundo servidores do próprio órgão que falaram ao blog sob condição de anonimato, atualmente o órgão já teria condições de divulgar os dados de março. Portanto, há falta de transparência de pelo menos três meses nos dados oficiais. O recorde de espera na fila do INSS já registrado foi em julho de 2019, quando chegou a 2.442.816 pessoas. O presidente Lula determinou ao novo presidente do INSS que zerasse a fila, promessa de campanha em 2022. Uma análise de relatórios do INSS dos últimos dois anos mostra que a autarquia passa a atrasar a divulgação de dados a partir de outubro, além de não mostrar o total da fila de espera, que soma o estoque previdenciário total, o assistencial, os requerimentos em exigência com o segurado e requerimentos reiterados. Veja Mais
LISTA: venda de motos sobe quase 9% nos primeiros quatro meses de 2025; veja lista
Segundo a Fenabrave, foram emplacadas mais de 656.600 motos zero km no país nos quatro primeiros meses do ano. A Honda CG 160 continua sendo a moto mais vendida do mercado, como acontece desde 1976. Nova Royal Enfield Himalayan 450 tem 40 cv de potência Divulgação | Royal Enfield O mercado de motos se supera a cada mês. Até abril deste ano, foram 656.600 emplacamentos de motocicletas no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Comparando com o mesmo período de 2024, a alta é de 8,96% nas vendas, quando o Brasil registrou 602.592 emplacamentos. De acordo com a entidade, abril já superou março e, até agora, foi o mês que registrou o melhor número de vendas com mais de 180 mil unidades emplacadas. (veja mais abaixo) Veja as 10 motos mais vendidas até abril de 2025. Honda CG 160: 143.235 unidades; Honda Biz: 84.983 nidades; Honda Pop 110i: 72.904 unidades; Honda NXR 160 Bros: 56.917 unidades; Mottu Sport 110I: 23.547unidades; Honda CB300F: 21.228 unidades; Yamaha YBR 150: 17.937 unidades; Honda PCX 160: 17.538 unidades; Honda XRE 300: 13.597 unidades; Yamaha XTZ 250: 13.256 unidades. Dos destaques de abril, a Mottu Sport 110i ultrapassou a Honda CB300F e ocupou a 5ª colocação entre as motos mais vendidas do ano. E a Yamaha YBR 150, opção à Honda CG 160, ultrapassou a scooter PCX e agora é a 7ª colocada. Além disso, trocaram de posição as Trail XTZ 250 da Yamaha e a Sahara 300, da Honda (ainda identificada pela Fenabrave como XRE 300, modelo que saiu de linha em 2024). Agora, o modelo da Honda é o nono colocado entre os mais vendidos. "O sistema de consórcios e os pagamentos à vista têm representado cerca de 33% cada, na proporção das vendas de motos de até 300 cilindradas, que compõem 80% dos emplacamentos ", diz Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. Segundo ele, "as vendas de motos continuam crescendo em função dos serviços de entrega e como opção de segundo veículo da família". ⚡ Apesar de um mercado feroz de novas motos a combustão, as vendas de modelos elétricos seguem sem muita energia no Brasil. Nos primeiros quatro meses de 2025, foram emplacadas 4.021 unidades eletrificadas, que representam apenas 0,61% de todos os modelos comercializados. Mesmo assim, o mercado deste tipo de moto cresceu 81,86% em um ano, quando passou de 2.211 unidades emplacadas em 2024 para 4.021 modelos vendidos no primeiro quadrimestre de 2025. Abril, no entanto, registrou uma desaceleração do segmento, foi ficou 50,26% abaixo das vendas de março. Foram 569 unidades emplacadas no quarto mês do ano e 1.144 unidades em março. LEIA MAIS Volkswagen Polo é o mais vendido de abril, mas Fiat Strada ainda lidera em 2025; veja lista Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido até abril de 2025; veja a lista Shineray aposta na Storm 200 para peitar Honda e Yamaha; g1 testou moto chinesa Royal Enfield Himalayan 450: confira o teste do g1 com a nova trail indiana As motos mais vendidas de abril Em abril, foram 182.676 emplacamentos de motocicletas, 10,04% acima de março, que teve 166.013 unidades comercializadas. A Honda CG 160 continua sendo a moto mais vendida do mercado, como acontece desde 1976. Em abril, foram 39.020 novos emplacamentos do modelo. Em segundo lugar, ficou a Honda Biz. A cub vendeu 21.367 unidades em março. Veja as 10 motos mais vendidas em abril. Honda CG 160: 39.020 unidades; Honda Biz 125: 21.367 unidades; Honda Pop 110i ES: 19.841 unidades; Honda NXR 160 Bros: 16.225 unidades; Mottu Sport 110I: 10.241 unidades; Honda CB 300F Twister: 5.877 unidades; Yamaha YBR 150: 5.517 unidades; Honda PCX 160: 4.730 unidades; Honda XRE 300: 4.013 unidades. Shineray XY 125: 3.781 unidades. Veja as 10 marcas mais vendidas no acumulado de 2025, por fatia de mercado. Honda: 68,03%; Yamaha: 14,46%; Shineray: 5,70%; Mottu: 3,59%; Avelloz: 1,39%; Royal Enfield: 1,32%; Bajaj: 1,15%; Haojue: 1,04%; BMW: 0,62%; Triumph: 0,58%. Veja Mais
Os fatores que emperram desenvolvimento humano do Brasil em ranking da ONU
País subiu cinco posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mas está estagnado quando o assunto é educação. As Nações Unidas alertam para riscos de desaceleração do crescimento e veem na inteligência artificial um caminho para a retomada do desenvolvimento. Os indicadores relacionados à educação no Brasil aparecem estagnados nos relatórios sobre IDH Getty Images via BBC O Brasil subiu cinco posições no ranking de desenvolvimento humano atualizado todos os anos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O relatório divulgado nesta terça-feira (6/5) leva em conta os indicadores relativos ao ano de 2023. Na tabela que compara os resultados de 193 países, o Brasil aparece ao lado de Palau na 84ª posição, com um IDH de 0.786. LEIA TAMBÉM Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE O IDH é a sigla para Índice de Desenvolvimento Humano e considera questões como expectativa de vida, anos de escolaridade e renda per capita. A partir desses números, os pesquisadores fazem uma equação que dá um resultado que varia entre 0 e 1 — e, quanto mais próximo do 1, melhor a situação ou o IDH daquele país. "O IDH foi criado para enfatizar que as pessoas e suas capacidades devem ser o critério final para avaliar o desenvolvimento de um país, não apenas o crescimento econômico", contextualiza o PNUD em seu site oficial. No relatório anterior, que considerava os dados de 2022, o Brasil aparecia na 89ª posição do ranking. Rendimento do 1% mais rico do Brasil é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Uma nota de 0.786 no IDH coloca o país numa classificação de desenvolvimento humano considerada "alta", um pouco acima da média mundial e dos resultados da América Latina e do Caribe. No entanto, outras nações da região aparecem bem à frente, como Chile (45ª posição, IDH de 0.878), Argentina (47ª posição, IDH de 0.865) e Uruguai (48ª posição, IDH de 0.862). O topo do ranking global é liderado por Islândia (IDH de 0.972), Noruega (0.970), Suíça (0.970), Dinamarca (0.962), Alemanha (0.959) e Suécia (0.959). Já as últimas colocações são ocupadas por Sudão do Sul (0.388), Somália (0.404), República Centro-Africana (0.414), Chade (0.416), Níger (0.419) e Mali (0.419). A expectativa de vida ao nascer tem crescido ano após ano no Brasil Getty Images via BBC Avanços e dificuldades do Brasil O Brasil tem apresentado crescimentos no IDH desde o início dos anos 1990 — as únicas três exceções foram 2015, 2020 e 2021. Em 2015, a queda aconteceu na renda bruta per capita e na expectativa de anos na escola. Já entre 2020 e 2021, os dois primeiros anos da pandemia de covid-19, houve uma redução na expectativa de vida — algo que impactou o mundo todo. De 2022 para 2023, o Brasil avançou em dois dos quatro fatores analisados para o cálculo do IDH. A expectativa de vida ao nascer saltou de 74,87 anos para 75,85. Esse, aliás, é o maior número alcançado na série histórica e supera o pico conquistado em 2019, último ano antes da crise de saúde pública causada pelo coronavírus, quando a expectativa de vida estava em 75,81 anos. Já a renda bruta per capita nacional subiu de US$ 17,5 mil para US$ 18 mil. No entanto, os dois números relacionados à educação permaneceram inalterados de um ano para o outro: a expectativa de anos na escola ficou em 15,79, enquanto os anos de escolaridade seguiram em 8,43. Aliás, os anos de escolaridade estão congelados em 8,43 no país por três anos consecutivos, desde 2021. IA como tábua de salvação? O relatório da PNUD recém-divulgado alerta para a "desaceleração sem precedentes" no desenvolvimento humano. A expectativa era que o mundo passasse por uma fase de recuperação sólida após as perdas relacionadas à pandemia de covid-19, entre 2020 e 2021. Mas os últimos resultados revelam um "progresso frágil", com o menor crescimento no IDH desde o início dos anos 1990. Os dados também revelam que as desigualdades entre países ricos e pobres continuam a aumentar, uma tendência que se consolidou nos últimos quatro anos. "Por décadas, estivemos num caminho para alcançar um desenvolvimento humano no mundo muito alto a partir de 2030, mas a desaceleração recente sinaliza uma grande ameaça", alertou Achim Steiner, um dos coordenadores do PNUD, em materiais divulgados junto com o relatório deste ano. "Se em 2024 essa tendência continuar e se tornar o 'novo normal', a meta estabelecida para 2030 ficará inalcançável por décadas — e fará do mundo um lugar menos seguro, mais dividido e mais vulnerável aos choques econômicos e ecológicos", complementou ele. Mas o estudo da PNUD aponta um caminho para retomar um crescimento sólido nos indicadores do IDH: a inteligência artificial. "No meio dessa turbulência global, precisamos urgentemente explorar novas maneiras de incentivar o desenvolvimento. Como a inteligência artificial continua a avançar rapidamente sobre muitos aspectivos de nossa vida, precisamos considerar o potencial que ela representa", justifica Steiner. "Novas possibilidades surgem praticamente todos os dias e, embora a IA não seja uma panaceia, as escolhas que fazemos hoje têm o potencial de reacender o desenvolvimento humano e abrir novos caminhos e possibilidades", acredita ele. Agência das Nações Unidas pede que aplicação da inteligência artificial seja centrada no ser humano Getty Images via BBC Um levantamento conduzido pela PNUD que foi incluída no relatório sobre o IDH aponta que metade das pessoas acreditam que seus empregos serão automatizados. No entanto, 60% esperam que a IA traga um impacto positivo no mundo do trabalho, ao criar novas oportunidades e profissões que ainda não existem no mundo de hoje. Mesmo em países com um IDH baixo ou médio, dois terços dos respondentes antecipam que essas novas tecnologias vão ter um impacto em setores como educação, saúde e trabalho já no próximo ano. O relatório recém-publicado da PNUD propõe uma abordagem da IA "centrada no humano" por meio de ações como "criar uma economia em que as pessoas colaboram com as novas tecnologias, em vez de competir com elas" e "modernizar os sistemas de educação e saúde para suprir as demandas do século 21". "As escolhas que fizermos nos próximos anos vão definir o legado dessa transição tecnológica para o desenvolvimento humano", acredita Pedro Conceição, um dos diretores do PNUD. "Com as políticas corretas e o foco nas pessoas, a IA pode ser uma ponte crucial para novos conhecimentos, habilidades e ideias que empoderam todo mundo", conclui ele. Veja Mais
Índice mais usado para reajustar aluguéis sobe mais de 8% nos últimos 12 meses; veja como se proteger
Os principais motivos pela alta são: alta do dólar e as tarifas americanas. Especialistas recomendam trocar o índice: do IGP-M pelo IPCA. Índice usado para reajustar aluguéis subiu mais de 8% em 12 meses O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), também conhecido como um dos índices mais usados no reajuste dos aluguéis, subiu mais de 8% nos últimos 12 meses. Os principais motivos pela alta são: dólar e tarifas norte-americanas (entenda no vídeo acima). Essa alta foi prejudicial para diversos brasileiros. A auxiliar de serviços gerais Janaina Luara, que trabalha e estuda em Brasília, precisou mudar para uma cidade um pouco mais distante antes que a renda fosse completamente comprometida com o aluguel. "Tenho que pagar meu curso, moradia, alimentação... Então fica [muito] pesado", diz. Como saída, economistas entrevistados pelo Bom Dia Brasil sugerem duas opções aos inquilinos: Trocar o índice de reajuste, usando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - já que o efeito do câmbio é menor Ou, caso o contrato já seja com o IGP-M, tentar negociar para o reajuste ser menor. Como a vendedora Brenda Cristina, que não tem aumento no reajuste há cinco anos. "O salário não está acompanhando esse aumento, então fico com medo. Por isso, sempre tento conversar com o proprietário [para não ter o aluguel reajustado]". Como saída, economistas entrevistados pelo Bom Dia Brasil sugerem trocar o índice de reajuste, usando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - já que o efeito do câmbio é menor Reprodução/TV Integração Veja Mais
Mega-Sena pode pagar R$ 20 milhões nesta terça-feira
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.859 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 20 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (6), em São Paulo. No concurso do último sábado (3), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Nova modalidade do Minha Casa, Minha Vida começa nesta segunda
Caixa Econômica Federal passou a disponibilizar o financiamento para famílias com renda de até R$ 12 mil. Expectativa do governo é beneficiar cerca de 120 mil famílias ainda em 2025. Caixa Economica Federal em Cacoal Magda Oliveira/G1 A Caixa Econômica Federal começou a disponibilizar a contratação de crédito para a nova modalidade do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), nesta segunda-feira (5). Agora disponível para a modalidade Classe Média, o financiamento atenderá famílias com renda de até R$ 12 mil. A modalidade foi anunciada no mês passado. As famílias, segundo o governo, vão compor a "Faixa 4" do programa e terão acesso a juros menores que os praticados atualmente no mercado. As regras foram aprovadas em 15 de abril pelo Conselho Curador do FGTS. Segundo a Caixa, as condições de financiamento para a nova faixa do programa terão: Prazo para pagamento de até 420 meses; Taxa de juros nominal de 10% ao ano; Cota de financiamento de 80% para imóveis novos, independente da região do país Cota de financiamento de 60% para imóveis usados nas regiões Sul e Sudeste e de 80% para as demais localidades; Valor máximo de compra e venda do imóvel pode chegar a R$ 500 mil. Minha Casa, Minha Vida: veja novas regras De acordo com o presidente da Caixa, Carlos Vieira, o MCMV Classe Média visa democratizar o acesso ao crédito imobiliário e oferecer taxas de juros mais acessíveis para uma classe social que "cresce cada vez mais no país". "O governo federal e a CAIXA têm a expectativa de beneficiar cerca de 120 mil famílias ainda em 2025, que terão melhores condições para realizar o sonho da casa própria", disse o presidente do banco em nota oficial. A Caixa também informou que promoveu reajustes nos limites de renda das demais faixas, que passam a ser: Faixa 1: renda familiar até R$ 2.850,00 Faixa 2: renda familiar de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil Faixa 3: renda familiar de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil. Procurado, o Banco do Brasil não respondeu imediatamente aos questionamentos sobre sua operação na Faixa 4 do programa. Veja Mais
Dólar opera em baixa e inicia semana com mercado na expectativa por juros no Brasil e nos EUA; Ibovespa cai
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,41%, cotada a R$ 5,6538. Já a bolsa inverteu o sinal e encerrou em alta de 0,05%, aos 135.134 pontos e renovou o maior patamar desde setembro. Dólar freepik O dólar opera em baixa nesta segunda-feira (5), com os mercados financeiros na expectativa por decisões de política monetária previstas para esta semana e ainda de olho nos desdobramentos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por volta das 10h30, a moeda americana era negociada a R$ 5,64. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, também opera em baixa. Na quarta-feira, os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciam suas novas taxas básicas de juros, que servem de referência para todos os juros praticados nos países, inclusive os de investimentos. Por aqui, o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) siga no seu ciclo de alta nos juros, levando a taxa Selic para um patamar próximo de 15% ao ano. Hoje, a taxa Selic está em 14,25% ao ano. Os juros estão em trajetória de alta no país por conta de uma pressão persistente nos preços, que levou a inflação a encerrar acima da meta do BC no ano passado e dá sinais de que pode encerrar 2025 também em um nível maior que o desejado. Até onde vai a taxa Selic? Inflação deve levar juros a 15% ao ano em 2025 Já nos EUA, a expetativa dos investidores é que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mantenha suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano. No entanto, o mercado deve acompanhar com atenção o que a instituição vai sinalizar sobre o cenário econômico e de juros do país, por conta da política tarifária de Trump. Além das decisões de juros, o mercado também acompanha os desdobramentos do tarifaço do presidente americano. Segundo agências de notícias internacionais, Trump pode iniciar acordos para evitar as tarifas ainda nesta semana. Neste domingo (4), O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontrou com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, para discutir um possível acordo entre os países. O Brasil foi taxado em 10% na política de tarifas recíprocas de Trump, que acusou o país de aplicar taxas e restrições pesadas sobre os EUA. Haddad disse que a conversa foi de "alto nível" e que Bessent "demonstrou uma abertura para o diálogo bastante importante". Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Veja Mais
Áreas de arroz e feijão param de cair, após perderem espaço para soja e milho por 16 anos
Áreas de plantio dos dois alimentos caíram mais de 30%. Número é reflexo de altos custos de produção e baixa rentabilidade do agricultor, mas produtividade mantém abastecimento do país. Como milho e soja vêm tomando área de arroz e feijão há 19 anos O arroz e o feijão podem ser a combinação mais tradicional do Brasil, mas, em 19 anos, as suas áreas plantadas caíram. No período, o recuo da área de arroz foi de 43% e o de feijão, 32%. Ao mesmo tempo, a soja cresceu 108% e o milho, 63%, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dois se tornaram líderes em área plantada no país. Com a alta da inflação dos alimentos, surge a questão se o Brasil deveria plantar mais comida e menos grãos que viram ração de animais. Mas isso não, necessariamente, tem relação com a queda da área. O arroz e feijão têm ficado mais barato. No acumulado dos 12 meses até fevereiro, o preço do arroz caiu 4% e o do feijão, 24,35%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). Apesar da queda na comparação com 2006, desde a safra 2022/2023, as áreas plantadas de arroz e feijão não caíram mais. Confira a trajetória do arroz e feijão ao longo dos anos. Bruna Azevedo / arte g1 A produção de arroz e feijão dá pouco lucro e custa caro. Por isso, muitos agricultores preferiram plantar soja e milho, que valem mais e são exportados. A soja e o milho são commodities, ou seja, matérias-primas para a indústria, que são negociadas em bolsas de valores internacionais, em dólar, e exportadas como ração para animais de criação, como bois e porcos. Já o arroz e o feijão são vendidos quase totalmente no Brasil. Seus preços variam de acordo com o tamanho da produção, procura e negociações entre agricultores e a indústria. No caso do arroz, além da soja e do milho, a área plantada também deu lugar a pastos, afirma a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Andressa Silva. Contudo, isso não significa que o brasileiro tem menos arroz e feijão disponíveis: a quantidade colhida se mantém quase a mesma de 19 anos atrás, devido ao crescimento da produtividade. E, apesar de o volume ser menor do que o da soja e o do milho, o país ainda consegue suprir a necessidade de consumo. Nesta reportagem, as seguintes perguntas serão respondidas: Por que a área de arroz e feijão diminuiu? O que aumentou o faturamento da produção de arroz nos últimos 3 anos? Por que, mesmo assim, não falta arroz e feijão? Como reverter a redução? Por que a área de arroz e feijão diminuiu? Veja Mais
Cafeicultores apostam em cafés especiais
Agricultores de café precisam fazer uma colheita manual para produzir o café premium. Procura pelos grãos especiais cresceu significativamente no país. Mercado do café premium tem crescido cerca de 20% ao ano TV TEM/Reprodução Todas as manhãs, milhares de brasileiros já iniciam o dia pensando em uma coisa: preparar uma boa xícara de café. Diante disso, o mercado do café premium tem crescido cerca de 20% ao ano, o que está chamando a atenção de diversos agricultores. Para a produção dos grãos especiais, é necessário que a colheita seja de forma manual. Em uma fazenda localizada em Garça (SP), esse método foi adotado com o objetivo de selecionar os grãos mais graúdos e maduros. A fazenda tem 14 hectares de cafezais e a expectativa é de que 25% da safra seja de café premium. De acordo com o produtor Cassiano Terciotti Tosta, os grãos especiais são colhidos da mesma safra. “A diferença é que, no café especial, a gente procura colher os frutos cereja, que são os mais maduros, onde há maior concentração de açúcares. São esses açúcares que, quando manejados corretamente no pós-colheita, trazem mais sabores e complexidade para a bebida”, diz. Além do cuidado manual na colheita, os grãos são secos em terreiros suspensos, o que garante uma secagem mais uniforme, lenta e sem contato com o solo — fator que também ajuda a preservar a qualidade final do produto. “No nosso caso, a gente deixa o café secar até atingir cerca de 16% de umidade. Depois, ele descansa por 45 a 50 dias e, só então, voltamos para finalizar a secagem. São esses cuidados e protocolos que fazem com que o café ganhe mais sabor e se torne uma bebida de mais qualidade”, complementa. O preço dos cafés é regulado pelo mercado internacional, seguindo a lei da oferta e da demanda. Uma saca de 60 quilos comum é vendida, em média, por R$ 2.500, enquanto o café premium é vendido por R$ 3 mil, podendo variar de acordo com a pontuação da bebida. Veja a reportagem exibida no programa em 04/05/2025 Título Genérico do Nosso campo: CAFÉ PREMIUM VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais
Por que maioria dos economistas diz que tarifas não funcionam — e o que argumenta quem as defende
Muitos economistas acreditam que o livre comércio é o modelo mais benéfico para a economia global; ainda assim, o protecionismo tem seus defensores. Trump anuncia tarifas recíprocas REUTERS/Carlos Barria Poucas ideias geram tanto consenso entre economistas quanto o fato de que tarifas de importação são uma má ideia. Apesar de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar estar convencido de que a imposição de tarifas sobre importações de outros países vai gerar "resultados históricos" que tornarão seu país "rico de novo", a maioria dos economistas considera essa medida um obstáculo ao progresso. Trump impôs tarifas pesadas e as transformou em uma das bandeiras do seu segundo mandato. Mas a maioria dos especialistas aponta que essa medida vai ser prejudicial, e que os principais prejudicados provavelmente serão os consumidores e as empresas americanas. Como a ciência econômica chegou a essa conclusão negativa sobre as tarifas? O que são tarifas e o que dizem seus defensores? Tarifas são impostos cobrados sobre produtos importados que são pagos na alfândega pelos importadores. Por exemplo, se uma empresa americana quiser importar madeira no valor de US$100 (R$ 568) e o governo americano tiver aplicado uma tarifa de 10% sobre o país de origem do produto, a empresa vai ter que pagar US$ 110. Durante décadas, as tarifas foram um instrumento de políticas econômicas protecionistas, usadas em diferentes países por governos que buscavam proteger a indústria local da concorrência externa. Os defensores do protecionismo acreditavam que a imposição de tarifas favoreceria o desenvolvimento da indústria nacional, que eles consideravam fundamental para o desenvolvimento econômico, e que estaria sendo prejudicado pela entrada de produtos estrangeiros. Foi essa lógica defendida, entre outros, por Alexander Hamilton, um dos "pais fundadores" dos Estados Unidos, que propôs a imposição de tarifas para frear as importações da Grã-Bretanha e permitir que a indústria da jovem república americana decolasse. A teoria protecionista sustentava que as restrições à concorrência estrangeira ajudariam a indústria nacional, que, com menos concorrentes de fora, poderia aumentar seus lucros e empregar mais trabalhadores locais. Além disso, equilibraria a balança comercial e contribuiria para a capitalização do país. É a mesma lógica aparentemente adotada por Trump mais de dois séculos depois, ao defender que os carros americanos sejam fabricados dentro dos Estados Unidos e que a receita gerada pelos impostos sobre importação compense a arrecadação perdida com a redução de tributos que ele prometeu. Tarifas de Trump podem levar à enxurrada de produtos chineses no Brasil O que dizem os economistas de hoje sobre as tarifas Há décadas, a ideia de que tarifas sobre importações fazem mais mal do que bem é dominante. Nas palavras de Erika York, analista da Tax Foundation, um centro de análises dos Estados Unidos, "barreiras comerciais, como as tarifas, têm demonstrado causar mais prejuízos econômicos do que benefícios". "[As tarifas] aumentam os preços, reduzem a oferta de bens e serviços, o que resulta em queda na renda, redução de emprego e uma menor produção", diz York. Atualmente, a principal preocupação é que as tarifas provoquem um efeito imediato de alta nos preços, em um momento em que os Estados Unidos e o mundo começam a superar a onda de inflação dos últimos anos. As tarifas impactam as margens de lucro dos fabricantes e importadores, o que em muitos casos vai impactar no preço final dos produtos, contribuindo para uma possível queda do consumo e, consequentemente, do crescimento econômico. "Quando um produto é mais caro para uma empresa, ele será vendido por um preço mais alto para o consumidor, e o consumidor vai ter que pagar mais ou decidir não comprar, o que vai desacelerar a economia", explica Sebnem Kalemli-Özcan, professora de economia da Universidade Brown. Por isso, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, alertou que as tarifas propostas por Trump têm "alto risco de gerar mais desemprego e mais inflação". Os especialistas também criticam a "obsessão" de usar a balança comercial como um indicador da prosperidade de um país. Trump costuma dizer que o déficit comercial dos Estados Unidos é prova de que seu país está sendo explorado pelo resto do mundo há anos. Contudo, a balança comercial é apenas um indicador que mede o fluxo de bens e serviços e de capital, o que reflete nos fluxos financeiros, mas não necessariamente na saúde da economia. York dá um exemplo de por que se focar apenas na balança pode ser enganoso. Imagine que uma empresa americana envia um carregamento no valor de US$ 100 milhões à França. Como a quantia está saindo do país, ela é registrada como déficit para os Estados Unidos. Se após vender os produtos na França, esse mesmo navio volta com mercadorias francesas avaliadas em US$ 30 milhões para serem vendidas, há uma redução no déficit na balança comercial, mas ele ainda soma US$ 70 milhões. Só que, no fim das contas, essa empresa americana vendeu um total de US$ 130 milhões entre os dois países. Outro ponto levantado pelos especialistas é que o protecionismo foi abandonado devido à percepção de que, embora possa trazer benefícios a curto prazo para um determinado setor industrial, a longo prazo acaba sendo prejudicial para a economia no geral. Os agricultores locais, por exemplo, podem aumentar suas vendas e sua participação de mercado quando não têm que enfrentar concorrência estrangeira. Mas, em larga escala, a falta de concorrentes levará a um encarecimento dos preços dos produtos e, possivelmente, a uma queda da qualidade que acabará afetando todos os consumidores. "À medida que os consumidores gastam mais em produtos sobre os quais foi imposto a tarifa de importação, eles têm menos dinheiro para gastar em outros. Assim, uma indústria é sustentada às custas de outras", explica York. As tarifas também são consideradas um imposto pouco justo, uma vez que incidem sobre os produtos sem considerar o nível de renda dos consumidores. Como geralmente resultam em aumento dos preços, acabam afetando mais as pessoas com menos renda. Por exemplo, se o preço dos abacates sobe 15% como resultado das tarifas, o impacto será maior para as famílias que têm pouca ou nenhuma margem financeira para lidar com esse aumento. Segundo um estudo publicado por um grupo de economistas na revista acadêmica Journal of Purchasing and Supply Management, as tarifas acabam sendo prejudiciais até mesmo para setores que deveriam ser protegidos por elas. "Ainda que as tarifas possam oferecer alguma proteção a certas indústrias, elas também podem criar ineficiências" tanto para essas empresas quanto para seus parceiros e clientes na cadeia de suprimentos, afirma o estudo. Trump admite 'problemas de transição' com tarifas O que a história nos ensina sobre as tarifas A ideia de que o livre comércio é uma forma de prosperidade está presente entre os economistas clássicos há muitos séculos. Adam Smith, considerado o pai da ciência econômica moderna, já defendia essa ideia em seu livro A riqueza das nações, de 1776. Smith argumentou que o livre comércio permitiria a cada país se especializar nos produtos que lhe eram mais convenientes e com os quais obteria mais lucro, em vez de ter que produzir toda a demanda do seu mercado. Várias experiências do passado levaram os economistas ao consenso atual sobre as tarifas e o protecionismo. Robert Gulotty, professor de Ciência Política da Universidade de Chicago, lembra da Lei de Embargo de 1807, aprovada nos Estados Unidos para restringir o comércio com a Grã-Bretanha e a França. "[A lei] teve como efeito uma redução drástica das importações e exportações dos Estados Unidos e a expansão do comércio britânico na América do Sul, o que levou à guerra de 1812", entre os Estados Unidos e sua antiga metrópole. Recentemente, Joseph S. Stiglitz, Nobel de Economia, disse em uma conferência que o programa protecionista implementado pelos Estados Unidos na década de 1930, quando o país sofria uma grave crise econômica provocada pelo colapso da Bolsa em 1929, foi "um fator importante que contribuiu para a Grande Depressão". "Não foi um programa de criação de emprego. Foi um programa de destruição de emprego", disse Stiglitz, alertando que a imposição de tarifas por um país pode desencadear medidas de retaliação de outros, algo que acontece há anos entre os Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo. "Sabemos que esse tipo de guerra comercial leva a uma redução nas condições de vida da população", afirmou Stiglitz. Castigados por experiências como a da década de 1930, os líderes mundiais optaram, após o fim da Segunda Guerra, por remover barreiras comerciais no mundo todo, um movimento impulsionado, sobretudo, pelos Estados Unidos. A assinatura em 1948 pelo Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT, na sigla em inglês) resultou em um sistema de maior abertura comercial e na eliminação generalizada de tarifas, o que levou à criação da Organização Mundial do Comércio em 1995, um legado que é visto positivamente pela maioria dos economistas. Foi na era da globalização que, segundo Erika York, "o mundo abandonou as políticas comerciais protecionistas, movendo em direção a um sistema de comércio aberto baseado em regras", algo que "tem gerado benefícios, em geral, como aumento de renda, preços mais baixos e mais opções para os consumidores" Após a Segunda Guerra Mundial, também se iniciou um processo de integração, que levou à criação da União Europeia, fundamental para a reconstrução do continente após o desastre deixado pela guerra e para o desenvolvimento que a Europa tem experimentado desde então. Além disso, estudos sobre os episódios mais recentes, como as tarifas impostas a produtos chineses durante a primeira presidência de Trump, também revelaram mais prejuízos do que benefícios, e mostraram que quem acabou sofrendo o impacto dessa medida foram os consumidores americanos. Veja Mais
Trump fala em 'período de transição' e minimiza risco de recessão nos EUA
Declaração do republicano ocorre apesar dos impactos negativos atribuídos ao seu tarifaço e à guerra comercial em curso com a China. No 1º trimestre, o PIB dos EUA recuou 0,3% em taxa anualizada. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mike Stewart/ AP Photo O presidente Donald Trump afirmou nesta sexta-feira (2) que os Estados Unidos estão em um "período de transição" e que o país terá resultados "fantásticos", mesmo diante dos impactos negativos atribuídos ao seu tarifaço e à guerra comercial em curso com a China. A declaração do republicano, na qual também minimizou os efeitos de uma eventual recessão econômica nos EUA, ocorreu durante uma entrevista à NBC News. Questionado se seria aceitável uma recessão de curto prazo, Trump afirmou que "está tudo bem". "Olha, sim, está tudo bem. O que estamos passando, eu disse, é um período de transição. Acho que vamos nos sair fantasticamente." LEIA TAMBÉM Trump diz que EUA estão fazendo algo que já deveria ter sido feito 'Supertaxa das blusinhas' de Trump entra em vigor nesta sexta-feira (2) Trump 100 dias: aprovação do presidente dos EUA despenca O comentário de Trump sobre a transição econômica dos EUA reitera uma postagem feita por ele mais cedo nas redes sociais, na qual destacou a força do mercado de trabalho do país e reiterou seu pedido para que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reduza os juros. "Estamos apenas em um estágio de transição, só começando!", escreveu Trump. A publicação veio após a divulgação de dados nos EUA mostrarem uma leve desaceleração na criação de empregos em abril. Além disso, na última quarta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA teve queda de 0,3% em taxa anualizada no primeiro trimestre, após aumentar 2,4% nos últimos três meses de 2024, de acordo com dados preliminares do Departamento do Comércio do país. Veja Mais
'Supertaxa das blusinhas' de Trump entra em vigor nesta sexta-feira
Republicano assinou ordem executiva que colocava fim à isenção tributária de produtos vindos da China no início de abril. Com isso, remessas de até US$ 800 terão um imposto de 120% do seu valor ou uma taxa fixa de US$ 100. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mike Stewart/ AP Photo A "supertaxa das blusinhas" imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos chineses importados com menor valor começou a valer nesta sexta-feira (2). A ordem executiva foi assinada pelo republicano no começo de abril. A medida, semelhante à decisão do governo brasileiro que colocou um imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 e que ficou conhecida no Brasil como "taxa das blusinhas", coloca fim à brecha comercial norte-americana conhecida como "minimis", que permitia que pacotes de valor mais baixo vindos da China e de Hong Kong entrassem nos EUA livres de impostos. Com isso, as encomendas com valor de até US$ 800 (R$ 4,5 mil) passam a ter um imposto de 120% do seu valor ou uma taxa fixa de US$ 100 (R$ 563,94) por item. A expectativa é que essa taxa aumente para US$ 200 (R$ 1,1 mil) após 1º de junho. Antes, essas remessas eram isentas de tributos. De acordo com as diretrizes mais recentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), a partir de hoje, as remessas que chegarem aos EUA vindos da China e de Hong Kong, independentemente do tamanho, estarão sujeitas às novas tarifas de Trump de 145%. Ainda se somam a esse valor quaisquer taxas anteriores, exceto para produtos como smartphones, que foram excluídos no mês passado. Segundo a Reuters, o número de remessas que entraram nos EUA livres de imposto aumentou exponencialmente nos últimos anos, chegando a quase 1,4 bilhão de pacotes em 2024. Além disso, ainda de acordo com a agência de notícias, mais de 90% de todos os pacotes chegavam aos EUA por meio dos "minimis". Desse total, cerca de 60% vinham da China. Trump amplia 'taxa das blusinhas' nos EUA e encarece produtos chineses Efeitos das taxas A ordem executiva assinada por Trump atinge em cheio varejistas chinesas como Shein e Temu, que respondem pela maior parte das remessas chinesas que chegam aos EUA. Tanto que, após o anúncio da medida, a Temu chegou a expandir rapidamente para um modelo de entregas semelhante ao da Amazon, que envia as mercadorias a granel para armazéns no exterior em vez de diretamente aos clientes. A decisão também fez com que essas empresas se preparassem para as novas tarifas. No final de abril, por exemplo, a Shein chegou a subir os preços dos produtos vendidos nos EUA em até 377%, em uma tentativa de se antecipar aos efeitos das novas taxas. Com receio do aumento de preços, consumidores norte-americanos chegaram a estocar produtos vindos das varejistas chinesas. VÍDEO: Americanos começam a estocar mercadorias da Shein para evitar tarifas de Trump As exportações da China também registraram uma alta de 12,4% em março em comparação ao mesmo mês do ano passado, atingindo o maior nível em cinco meses. O aumento veio após as fábricas do país aceleraram os embarques antes da entrada em vigor das novas tarifas dos EUA. *Com informações da agência de notícias Reuters. Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump Veja Mais
Os golpes virtuais que mais fazem os brasileiros perder dinheiro
Fraudes digitais custaram em 2024 mais de R$ 10 bilhões às vítimas, salto de 17% frente a 2023. Segundo pesquisa, uma em cada quatro pessoas com mais de 16 anos já foi lesada. Veja quais os golpes mais frequentes. Golpe do WhatsApp, das falsas vendas e do falso funcionário de banco lideram ranking das fraudes mais comuns Bernd Feil/MiS/IMAGO "Mãe, tudo bem? Tive um problema com meu cartão, você consegue me enviar um pix de R$ 800 agora?”. Foi essa mensagem que a aposentada Lourdes Diana, de 77 anos, recebeu em seu WhatsApp em agosto do ano passado e a fez perder R$ 1 mil. O contato, que usava a foto de sua filha de 36 anos, fez o pedido justamente na semana em que a mulher estava viajando. Sem desconfiar, a idosa fez a transferência pensando que estava ajudando a filha num momento de imprevisto. Mas era golpe. Assim como Lourdes, 153 mil pessoas foram vítimas do "golpe do WhatsApp", no Brasil em 2024, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O golpe das falsas vendas (150 mil vítimas) e do falso funcionário de banco (105 mil vítimas) completam o ranking das três abordagens mais comunicadas por clientes às instituições bancárias. Prejuízo que, segundo o órgão, chega a R$10,1 bilhões, em 2024. Volume 17% maior do que o registrado no ano anterior quando essa perda foi de R$8,6 bilhões. Mas porque tantas pessoas ainda caem em golpes que não são novos? Segundo especialistas ouvidos pela DW, há três fatores principais: a capacidade de a internet atingir milhões de pessoas; o imediatismo e a capacidade dos golpistas de manipular as pessoas. "Estatisticamente quanto mais pessoas você atinge, maior a possibilidade de essas pessoas caírem em golpes. O segundo ponto é a rapidez. A internet dá essa necessidade de ser tudo mais rápido, fazendo com que as pessoas nem pensem no que estão fazendo", explica Wanderson Castilho, perito em crimes digitais. a terceira é a questão da tecnologia. "Apesar de as pessoas usarem a internet diariamente, elas não têm noção da força que ela tem. Consequentemente, se usar algumas técnicas psicológicas, vai ser muito fácil manipular as pessoas”, completa. Outra pesquisa feita sobre os golpes digitais no Brasil, aponta que 24% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmaram já terem perdido dinheiro em golpes no último ano. Ou seja, isso representa quase um a cada quatro pessoas com mais de 16 anos. Segundo o Instituto DataSenado, responsável pelo levantamento, são mais de 40,8 milhões de pessoas que perderam dinheiro em função de algum crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. A pesquisa foi feita por telefone, o que significa que muitas dessas vítimas podem não ter procurado a polícia ou a instituição bancária para relatar o golpe. Os dois tipos de perfis que mais são vulneráveis aos golpes de crimes eletrônicos são as pontas das pirâmides, ou seja, os mais novos e os mais velhos, segundo os especialistas ouvidos pela DW. O aplicativo de mensagens WhatsApp é um dos meios preferidos pelos criminosos Photothek/Picture alliance "Os mais velhos não têm tanta intimidade com a tecnologia, porque o seu raciocínio está um pouco mais lento, são coisas completamente novas e eles tendem a acreditar mais, principalmente quando os criminosos se passam por alguém da família", diz Castilho. "Os mais novos, por outro lado, têm um excesso de confiança, porque estão nascendo dentro da tecnologia, e eles acreditam que sabem tudo, mas o conhecimento é muito raso, normalmente. E os criminosos sabem muito bem disso e sabem que esse público quer agilidade, facilidade e o [produto] mais barato", completa o especialista. Como são os golpes mais comuns Golpe do WhatsApp O golpe do WhatsApp acontece quando criminosos clonam a conta de WhatsApp da vítima. Para obter o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo, o golpista envia uma mensagem se fazendo passar por algum tipo de serviço de atendimento ao cliente. Nessa mensagem é solicitado o código para a vítima, que, ao fornecê-lo, tem o número clonado. Para evitar que o WhatsApp seja clonado é necessário habilitar no aplicativo a opção "verificação em duas etapas”. Assim, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitada em links recebidos. Falsa venda No golpe de falsa venda, os criminosos criam sites e páginas falsas de lojas nas redes sociais, e enviam promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp. Para não cair nesse tipo de golpe, é importante ficar atento a preços praticados muito abaixo dos cobrados pelo mercado. Também é importante tomar cuidado com links recebidos em e-mails e mensagens. Falsa central bancária ou falso funcionário Já nesse golpe, os criminosos passam por funcionários do banco ou empresa com a qual o cliente já tem um relacionamento. O estelionatário faz contato por telefone e diz haver algum tipo de problema na conta ou relata alguma compra irregular usando o cartão bancário. A partir daí, ele solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. Em alguns casos, ele também pede para que a pessoa realize transferências financeiras alegando a necessidade de regularizar problemas na conta ou no cartão. Para evitar cair nesse golpe, o cliente deve sempre verificar a origem das ligações e mensagens recebidas. Os bancos podem entrar em contato com os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, ou ainda que o cliente realize transferências ou pagamentos. Ao receber uma ligação suspeita, o melhor é desligar e ligar nos canais oficiais do banco ou entrar em contato diretamente com o seu gerente. Dados pessoais expostos Vazamentos de dados que expõem informações pessoais e até mesmo senhas acendem um alerta ainda maior para os golpes virtuais. Munidos de mais informações importantes sobre pessoas e empresas, cibercriminosos aproveitam para agirem e fazerem mais vítimas. Nos últimos cinco anos, o governo federal registrou quase 58 mil incidentes cibernéticos ou alertas de vulnerabilidade digital, sendo mais de 9 mil casos envolvendo vazamentos de dados em sistemas da União. Em novembro de 2024, a Polícia Civil de São Paulo descobriu uma quadrilha responsável por vender dados de, ao menos, 120 milhões de pessoas, ou seja, mais da metade da população brasileira teve os dados acessados e vazados pelo grupo, que operava como um call center do crime. "Os vazamentos de dados impulsionam muito os golpes, na medida em que o que os golpistas precisam de informações que tornem o contato deles crível. Se alguém te contacta, tem uma boa comunicação, um tom de voz adequado e quer confirmar nome completo, endereço, ela vai dando essas informações que conseguiu, por exemplo, através de um vazamento", diz Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação. "E do outro lado a pessoa tende a acreditar que é um contato de verdade. Por isso que esses vazamentos são tão ruins, porque dão muita munição para os golpistas". Como se proteger dos golpes Homem idoso usando o celular Andrea Piacquadio/Pexels Medidas simples de "higiene digital" podem ajudar a evitar uma parcela expressiva das fraudes, como: ativar a verificação em duas etapas nos aplicativos; desconfiar de preços muito abaixo dos praticados no mercado; checar se um perfil comercial é recente e tem poucas opções de pagamento; e nunca compartilhar dados por mensagens ou ligações suspeitas. "É importante lembrar que instituições financeiras jamais solicitam senhas ou códigos de autenticação", lembra Rony Vainzof, professor especializado em direito digital, proteção de dados e segurança cibernética e conselheiro titular do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber). Segundo ele, como hoje grande parte dos dados cadastrais dos cidadãos já se encontram expostos, além de outras informações que podem ser coletadas em redes sociais pelos criminosos, somado ao uso da Inteligência Artificial, a prática de engenharia social tornou-se significativamente mais fácil. "Isso exige um grau de atenção e cautela muito maior por parte das pessoas em suas interações", diz Vainzof. Ainda de acordo com o especialista, tomar os cuidados pessoais é importante, mas superar esse cenário exige mais do que medidas pontuais ou reações isoladas. "É necessário estruturar uma política nacional de cibereducação, fortalecer os mecanismos de normatização e garantir que a Lei Geral de Proteção de Dados seja aplicada, bem como a repressão contundente contra os criminosos", diz. Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem Hackers deixam Coreia do Norte bilionária com criptomoedas Golpe da CNH: como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da habilitação Veja Mais
Trump prevê 'reunião amigável' entre EUA e China e diz que tarifas devem ser reduzidas
Declarações mostram um tom mais conciliador do republicano, em meio à guerra comercial. Altos funcionários dos países terão encontro na Suíça, neste sábado (10), para negociar taxas. Trump na Casa Branca em 30 de abril de 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (8) que espera por negociações "substanciais" neste fim de semana sobre o comércio entre EUA e China, e indicou que as tarifas impostas a Pequim devem ser reduzidas. Ao longo das últimas semanas, os EUA anunciaram taxas de até 145% sobre produtos importados da China, em uma guerra tarifária promovida por Trump. Pequim respondeu com alíquotas de até 125% sobre itens americanos, em uma escalada de taxas, até então, sem sinais de recuo. Mas, nesta semana, os dois países anunciaram o envio de altos funcionários à Suíça para negociações presenciais a partir deste sábado (10). O encontro bilateral ocorrerá entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng. Tanto o tom mais conciliador de Trump quanto as conversas previstas para este fim de semana são vistos como um primeiro passo para resolver a guerra comercial que tem impactado a economia global. Conforme indicou o republicano, os EUA poderiam reduzir tarifas para aliviar as tensões. "Não dá para subir mais. Está em 145%, então sabemos que vai cair", acrescentou Trump. "Acho que será uma reunião muito amigável. Eles estão ansiosos para fazer isso de uma maneira elegante." A equipe de Trump tem trabalhado em diversos acordos comerciais depois que o presidente suspendeu as tarifas recíprocas para a maioria dos países. A pausa nas taxas foi anunciada em meio a negociações e a uma guerra comercial que abalou os mercados financeiros e os relacionamentos dos EUA com aliados e adversários. China diz que está disposta a negociar com Trump, mas não aceita coação nem extorsão Ele ainda não suspendeu, porém, as tarifas sobre a China. Enquanto isso, a disputa entre Washington e Pequim levanta uma série de dúvidas sobre as consequências econômicas de uma guerra comercial prolongada entre os dois países. As declarações de Trump nesta quinta-feira foram feitas durante a apresentação de um novo acordo comercial entre EUA e Reino Unido, na Casa Branca. Na ocasião, Trump também disse acreditar que a China está muito interessada em chegar a um acordo. Ele afirmou que gostaria de ver o país abrir mais sua economia. "Acho que vamos ter um bom fim de semana com a China. Acho que eles têm muito a ganhar. Na verdade, acho que têm muito mais a ganhar do que nós", disse Trump. Ao ser questionado se conversaria com o presidente chinês Xi Jinping após as negociações, Trump respondeu: "Talvez, sim, com certeza". O presidente sempre expressou admiração por Xi, ao mesmo tempo em que reconhece as divergências comerciais e culpa a China pelo início da pandemia de Covid-19. O comércio tem sido uma preocupação constante do presidente. Trump afirmou que a China tem um "enorme superávit comercial" com os EUA e que quer ver essa situação mudar. "Gostaria de ver a China se abrir", disse. * Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais
Presidente do INSS e ministros detalham ressarcimento de aposentados vítimas de fraude
A partir de terça-feira (14), 9 milhões de cidadãos receberão um aviso no aplicativo Meu INSS. Presidente do INSS e ministros detalham ressarcimento de aposentados vítimas de fraude A partir de terça-feira (14), 9 milhões de cidadãos receberão um aviso no aplicativo Meu INSS. INSS vai notificar prejudicados sobre descontos irregulares na próxima terça-feira, dia 13 de maio;. O contato aos lesados pelas fraudes serão feitos exclusivamente pelo aplicativo oficial do órgão, o Meu INSS;. Os prejudicados serão notificados e, no dia seguinte, o INSS vai disponibilizar canais diretos para saber o valor descontado;. 27 milhões de aposentados e pensionistas que não foram prejudicados pelo esquema de descontos indevidos nos benefícios. Veja Mais
Bill Gates promete doar maior parte de sua fortuna nos próximos 20 anos
Bilionário fundador da Microsoft disse que os mais pobres do mundo receberão US$ 200 bilhões por meio de sua fundação até 2045. Bill Gates, cofundador da Microsoft Reprodução/Twitter Bill Gates prometeu na quinta-feira (8) doar quase toda a sua fortuna pessoal nos próximos vinte anos e disse que os mais pobres do mundo receberão cerca de US$ 200 bilhões por meio de sua fundação, num momento em que governos ao redor do mundo estão reduzindo a ajuda internacional. O bilionário de 69 anos, cofundador da Microsoft e filantropo, afirmou que está acelerando os planos para se desfazer de sua fortuna e encerrar a Fundação Gates em 31 de dezembro de 2045. “As pessoas dirão muitas coisas sobre mim quando eu morrer, mas estou determinado que ‘ele morreu rico’ não será uma delas”, escreveu Gates em uma postagem em seu site. “Existem problemas urgentes demais para eu manter recursos que poderiam ser usados para ajudar outras pessoas.” LEIA TAMBÉM Elon Musk é homem mais rico do mundo em 2025; veja o top 10 Schwarzenegger, Springsteen, criador de rede de burritos: os novatos na lista de bilionários da Forbes Quem é Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico da lista de bilionários da Forbes Lista de bilionários da Forbes tem 55 brasileiros; conheça os mais ricos, e de onde vêm suas fortunas Em uma crítica implícita ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela redução da ajuda externa por parte dos Estados Unidos — maior doador do mundo —, a declaração de Gates disse que ele quer ajudar a evitar que recém-nascidos, crianças e mães morram de causas evitáveis, erradicar doenças como poliomielite, malária e sarampo, e reduzir a pobreza. “Não está claro se os países mais ricos do mundo continuarão a apoiar os mais pobres”, acrescentou, destacando cortes de doadores importantes como Reino Unido e França. Gates disse que, apesar da grande capacidade financeira da fundação, o progresso não seria possível sem o apoio dos governos. Ele elogiou a resposta de países africanos aos cortes na ajuda, onde alguns governos remanejaram seus orçamentos, mas disse que, por exemplo, a poliomielite não será erradicada sem financiamento dos EUA. Gates fez o anúncio no 25º aniversário da fundação, criada com sua então esposa Melinda French Gates em 2000, e posteriormente com a adesão do investidor Warren Buffett. “Eu percorri um longo caminho desde que era apenas um garoto iniciando uma empresa de software com meu amigo da escola”, disse ele. Lista de bilionários da Forbes 2025: saiba quem são as pessoas mais ricas do mundo Fundação já doou US$ 100 bilhões Desde a sua criação, a fundação já doou 100 bilhões de dólares, ajudando a salvar milhões de vidas e apoiando iniciativas como o grupo de vacinas Gavi e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária. Ela será encerrada após gastar cerca de 99% da fortuna pessoal de Gates, segundo ele. Os fundadores esperavam originalmente que a fundação fosse encerrada décadas após suas mortes. Gates, que atualmente possui um patrimônio estimado em cerca de 108 bilhões de dólares, espera que a fundação gaste cerca de 200 bilhões até 2045, sendo o valor final dependente dos mercados e da inflação. A fundação já é um dos principais atores na saúde global, com um orçamento anual que chegará a 9 bilhões de dólares até 2026. A organização enfrentou críticas por seu enorme poder e influência na área, sem a devida prestação de contas, inclusive na Organização Mundial da Saúde (OMS). O próprio Gates também foi alvo de teorias da conspiração, especialmente durante a pandemia de Covid-19. Gates também conversou com o presidente Donald Trump várias vezes nos últimos meses sobre a importância de continuar investindo em saúde global. “Espero que outras pessoas ricas considerem o quanto poderiam acelerar o progresso para os mais pobres do mundo se aumentassem o ritmo e a escala de suas doações, porque é uma maneira profundamente impactante de retribuir à sociedade”, escreveu Gates. Veja Mais
TikTok Shop: rede social lança loja virtual no Brasil para concorrer com Amazon e Magalu
Nova funcionalidade integra vídeos, lives e e-commerce para usuários e vendedores. Celular sobre teclado de notebook com a logo do aplicativo TikTok Dado Ruvic/Illustration/REUTERS O TikTok lançou nesta quarta-feira (8) sua plataforma de comércio eletrônico no Brasil, o TikTok Shop. A novidade, que passa a concorrer com grandes varejistas como Amazon, Magalu e Americanas, promete transformar a forma como os usuários descobrem e compram produtos na rede social, ao adotar o conceito de "compra por descoberta". Segundo a empresa, a plataforma integra descoberta e compra dentro do próprio aplicativo, permitindo que marcas, vendedores e criadores usem o TikTok para impulsionar seus negócios. O serviço já está disponível em países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Espanha. A proposta é que o usuário encontre e adquira produtos sem sair da rede social. O TikTok Shop oferece três formatos de venda: Vídeos e lives: permite comprar produtos marcados em vídeos curtos ou durante transmissões ao vivo no feed "Para Você"; Vitrine: usuários podem navegar e comprar produtos diretamente da vitrine de marcas e criadores, acessível nos perfis; Programa de afiliados: conecta criadores a vendedores por meio de comissões. Criadores monetizam ao indicar produtos, enquanto os vendedores definem o plano de parceria. TikTok Shop: rede social lança loja virtual no Brasil para concorrer com Amazon e Magalu Divulgação/TikTok A empresa afirma que a iniciativa também busca apoiar vendedores de todas as regiões do Brasil, conectando seus produtos a um público mais amplo e incentivando o fortalecimento de economias locais. Segundo a companhia, negócios de todos os portes poderão lançar e expandir suas operações pela plataforma. Influenciadora viraliza ao simular parto de bebê Reborn Globo inaugura transmissão experimental da DTV+, que deve revolucionar a TV aberta Google libera nova IA que gera vídeos a partir de textos Veja Mais
Fraude no INSS gera onda de desinformação nas redes; governo alerta para risco de golpes
Uma das estratégias dos golpistas é enviar mensagens que oferecem um link para supostamente agilizar a devolução dos valores descontados Após a deflagração da operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) que revelou um esquema bilionário de fraudes no INSS, diversas informações falsas e tentativas de golpe têm circulado nas redes sociais. O governo federal e o INSS alertam os beneficiários para que fiquem atentos e não caiam em armadilhas virtuais. Com o caso em evidência, criminosos têm aproveitado para aplicar novos golpes, disseminando fake news sobre o ressarcimento. As fraudes incluem mensagens enviadas por e-mail e WhatsApp prometendo devolver o dinheiro cobrado indevidamente. Mensagem que promete devolução é falsa Uma das estratégias dos golpistas é enviar mensagens que oferecem um link para supostamente agilizar a devolução dos valores descontados. O conteúdo dessas mensagens é #FAKE e visa roubar dados pessoais das vítimas. O Ministério da Previdência Social alertou que os ressarcimentos serão feitos exclusivamente na conta em que o beneficiário já recebe seu pagamento do INSS. "Da mesma conta que ele recebe o seu benefício previdenciário, vai ser depositado. Por isso eu peço: não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade", afirmou o atual presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior. Site falso imita o g1 e promete indenização Outra fraude detectada é um anúncio que imita o layout do portal g1 e promete indenizações que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil para aposentados. O golpe inclui um link que leva a um site que simula ser uma plataforma oficial do governo, com símbolo "gov.br", mas exige CPF e cobra uma taxa de R$ 61,90 para liberar a suposta indenização. O g1 desmentiu o conteúdo e alertou que nunca publicou reportagens com as informações mencionadas no golpe. A assessoria do INSS também confirmou que se trata de fake news. Distorções sobre a fraude Nas redes sociais, políticos também têm disseminado desinformação sobre o caso. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que teve mais de 85 milhões de visualizações, afirma que a fraude movimentou R$ 90 bilhões em 2023. Na realidade, esse é o valor total de empréstimos consignados liberados para beneficiários no ano passado. A fraude, segundo a PF, está estimada em R$ 6 bilhões. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu as declarações e ressaltou que as investigações e operações contra as fraudes ocorreram durante o governo Lula. "Foi no governo Bolsonaro que quadrilhas criaram entidades fantasmas para roubar os aposentados, sem que nada fosse feito para investigá-las ou coibir sua ação no INSS", afirmou. Como se proteger Diante da onda de desinformação, o governo federal orienta os segurados a: Não clicar em links enviados por mensagens ou e-mails que prometem devolução de dinheiro. Conferir informações somente por meio de canais oficiais do INSS ou do governo federal. Denunciar tentativas de golpe às autoridades competentes. Fraude bilionária No final de abril, uma operação conjunta da PF e da CGU revelou que associações realizaram descontos indevidos nas aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS. O esquema, que teria ocorrido entre 2019 e 2024, pode ter gerado um prejuízo de até R$ 6,3 bilhões. Segundo o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, as associações prometiam serviços como acesso a academias e planos de saúde, mas não tinham estrutura para oferecê-los. Além disso, falsificavam as assinaturas dos segurados para garantir os descontos. Seis servidores públicos foram afastados, incluindo o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi demitido após a operação. O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também perdeu o cargo após o escândalo. Veja Mais
Em meio ao tarifaço de Trump, superávit da balança comercial recua para US$ 8,15 bi em abril
Apesar de medidas protecionistas anunciadas por Donald Trump, as exportações brasileiras para os EUA subiram 21,9% em abril — na comparação com o mesmo mês do ano passado. A balança comercial registrou superávit de US$ 8,15 bilhões em abril, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta-feira (7). Veja Mais
Bancos fazem leilões de imóveis neste mês com valores a partir de R$ 10,4 mil; veja como participar
Serão milhares de imóveis com descontos que, em alguns casos, podem chegar a até 90%. Propostas só podem ser feitas com leiloeiros parceiros. Chaves para a casa própria. Divulgação Quatro dos maiores bancos do país — Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Itaú Unibanco — farão diversos leilões de imóveis ao longo deste mês. Serão milhares de imóveis com descontos variados que, em alguns casos, podem chegar a até 90%. Os bancos ainda destacam que, em alguns casos, ainda é possível conseguir financiamento. Para isso, é necessário ler o edital do leilão. Caso o crédito seja possível, basta entrar em contato com o banco para conhecer as condições, submeter-se à análise de risco e obter a aprovação do crédito antes da participação na disputa. Conta de luz fica mais cara em maio: veja dicas de como economizar com a bandeira amarela Saiba mais sobre os leilões e veja como participar: Banco do Brasil Segundo o Banco do Brasil, os leilões devem acontecer na segunda metade do mês. Serão ofertados 17 imóveis comerciais com locação garantida, quatro imóveis rurais e 255 imóveis urbanos residenciais Os clientes poderão ver os imóveis e consultar as condições de venda e de pagamento de cada leilão no site oficial do banco. Por lá, é possível encontrar imóveis para venda direta com valores a partir de R$ 10,4 mil. ➡️ Como participar? Avalie o imóvel: para participar do leilão, o consumidor precisa avaliar bem o imóvel, consultando o número de matrícula e documentos adicionais, além do edital do leilão e das condições de venda e pagamento no site do leiloeiro parceiro do banco. Envie sua proposta: para enviar a proposta, basta fazer um cadastro no site do leiloeiro e enviar a proposta, obedecendo às condições de cada leilão. Depois, basta aguardar o resultado e efetuar o pagamento caso a sua proposta tenha sido a vencedora. Bradesco O Bradesco informou que realizará, por meio dos seus leiloeiros parceiros, 12 leilões de imóveis no mês de maio. Segundo o banco, as condições de venda serão "bem atrativas" e com valores abaixo do mercado. "Serão ofertados mais de 250 imóveis, entre apartamentos, casas, comerciais, rurais e terrenos, localizados em diversos estados", disse o banco em nota. As informações sobre os eventos e parceiros estão disponíveis no site oficial do Bradesco. ➡️ Como participar? Encontre seu imóvel: o consumidor pode avaliar uma série de imóveis tanto no site oficial do Bradesco quanto nos sites oficiais dos leiloeiros parceiros do banco. Faça o cadastro: para participar de um leilão, o consumidor precisará se cadastrar no site do leiloeiro responsável pela venda. Faça a proposta: leia atentamente a descrição do lote e o edital de venda. Depois, solicite a habilitação para participar do leilão e faça a sua proposta. Aguarde o resultado e efetue o pagamento caso a sua proposta tenha sido a vencedora. Caixa Econômica Federal Segundo a Caixa, são realizados diversos leilões durante todo o ano, em todas as regiões do país, e com a aplicação dos mais variados percentuais de descontos. Só neste mês, o banco conta com pelo menos 19 leilões com leiloeiros parceiros e diferentes modalidades de venda — 1º e 2º leilão SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário) e de licitação aberta. Os imóveis podem ser consultados no Portal Imóveis Caixa, que reúne informações detalhadas sobre as modalidades de alienação dos imóveis e os certames realizados pelo banco, incluindo o calendário de leilões e as licitações abertas. Para acessá-lo, basta clicar na opção “Veja o calendário de leilões e licitações abertas”. O banco informa ainda que os imóveis levados a leilão podem ser consultados nos editais de venda. Para acessar a informação, é preciso realizar uma busca utilizando os seguintes parâmetros no filtro de modalidade de venda: Leilão SFI – Edital Único; 1º Leilão SFI; e 2º Leilão SFI No resultado da busca serão disponibilizados os editais nacionais dos leilões publicados na unidade da federação selecionada, contendo a relação dos imóveis em cada cidade e as principais informações de cada um deles. ➡️ Como participar? Faça uma proposta: para participar dos leilões de imóveis da Caixa, o consumidor deve encontrar um imóvel por meio do sistema e fazer sua proposta diretamente no site do leiloeiro indicado no edital. Aguarde o resultado: com a proposta feita, basta aguardar o prazo necessário para verificar se a sua proposta foi vencedora. Nos leilões e licitações abertas, o resultado é publicado no site do leiloeiro e na seção Resultado de Licitações Caixa. Faça o pagamento: caso a sua proposta no site do leiloeiro tenha sido a vencedora, você receberá um e-mail com as instruções para o pagamento. A Caixa ainda informa que os imóveis disponíveis para venda em leilão, bem como as exigências e orientações para a participação nos certames, constam nos editais de venda. Itaú Unibanco Segundo o Itaú, os leilões de imóveis do banco são todos coordenados por leiloeiros parceiros. São eles que definem preços, condições e os lotes dos imóveis. São pelo menos quatro leiloeiros parceiros da instituição, com diferentes leilões acontecendo neste mês. Na Zukerman Leilões, por exemplo, são 184 oportunidades até o momento, com descontos que chegam a até 77%. Já no Mega Leilões, serão três leilões neste mês com um total de 77 lotes disponíveis — alguns com diferentes condições, como 10% de desconto no pagamento à vista ou opção de parcelamento para arrematações com valores a partir de R$ 20 mil. ➡️ Como participar? Encontre seu imóvel: o consumidor pode acessar os sites dos leiloeiros parceiros e identificar os imóveis dos quais gostaria de participar do leilão. Faça sua proposta: para fazer uma proposta, o consumidor precisará fazer um cadastro no site do leiloeiro parceiro. É importante ler atentamente os editais dos leilões para só então fazer uma proposta. Depois, basta aguardar o resultado e efetuar o pagamento caso sua proposta seja a vencedora. Caixa muda regras para financiamento de imóveis Veja Mais
Veja o que se sabe até agora sobre o ressarcimento para quem teve dinheiro desviado na fraude do INSS
Presidente do INSS já disse que pagamentos serão feitos como parte do benefício dos pensionistas e aposentados. Mas ainda não há uma data nem uma logística definida para o ressarcimento. O governo federal ainda não definiu data nem logística para o ressarcimento dos aposentados e pensionistas que tiveram valores descontados indevidamente em um esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A fraude envolveu associações de convênios que cadastravam beneficiários sem autorização e realizavam cobranças ilegais. Nesta terça-feira (6), houve uma reunião no Palácio do Planalto para discutir o plano de ressarcimento. No entanto, o encontro terminou sem anúncios oficiais sobre o tema. Uma nova reunião está marcada para esta quarta-feira (7). Nos bastidores do governo, discute-se a possibilidade de utilizar recursos públicos para garantir o pagamento aos prejudicados, já que as apreensões e bloqueios realizados até agora podem não ser suficientes para cobrir todo o rombo. O que já se sabe? De acordo com o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, o ressarcimento será feito diretamente na conta onde os beneficiários recebem os pagamentos previdenciários. "Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de PIX, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco", afirmou Waller em entrevista à CBN. O governo optou por utilizar uma folha suplementar — que é uma folha de pagamento adicional — para garantir que os valores sejam depositados na mesma conta onde o aposentado ou pensionista já recebe o benefício. "Da mesma conta que ele recebe o seu benefício previdenciário, vai ser depositado. Por isso eu peço: não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade", alertou Waller. Fraude no INSS: Presidente do Instituto diz que reembolso às vitimas será feito na conta do segurado Dificuldades para calcular o prejuízo Ainda há dificuldade em calcular o valor total do desvio. O governo cogita utilizar o aplicativo Meu INSS para que os próprios aposentados e pensionistas indiquem os valores descontados indevidamente. No entanto, há um desafio tecnológico, pois muitos beneficiários não têm acesso à internet ou ao aplicativo. A estimativa inicial é que cerca de 4,1 milhões de beneficiários possam ter sido vítimas, e o prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Movimento na agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), unidade Santa Cruz, na zona sul de São Paulo, na terça-feira, 29 de abril de 2025 Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo Preocupação com golpes O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que as associações responsáveis sejam processadas e obrigadas a devolver os valores aos aposentados. O governo está preocupado com novos golpes que se aproveitem da situação para enganar aposentados. Criminosos têm se passado por funcionários do INSS para oferecer suposta ajuda na devolução do dinheiro. Próximos passos A expectativa é que a nova reunião desta quarta-feira, com ministros no Palácio do Planalto, possa trazer definições sobre o uso de recursos públicos e acelerar o processo de devolução dos valores aos prejudicados. Veja Mais
Mega-Sena, concurso 2.859: prêmio acumula e vai a R$ 38 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 07 - 08 - 15 - 17 - 20 - 51. Quina teve 77 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 33,3 mil. Mega-Sena Marcelo Brandt/Arquivo g1 O sorteio do concurso 2.859 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (6), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 38 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 07 - 08 - 15 - 17 - 20 - 51 5 acertos - 77 apostas ganhadoras: R$ 33.331,53 4 acertos - 4.406 apostas ganhadoras: R$ 832,15 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (8). Mega-Sena, concurso 2.859 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio A Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Ex-presidente do BC, Campos Neto assumirá cargo no Nubank em julho
Economista será vice chairman e chefe global de políticas públicas, além de assumir um assento no conselho de administração, após completar período de quarentena. Roboerto Campos Neto, ex-presidente do BC. Pedro França/Agência Senado O ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto assumirá o cargo de vice-presidente e chefe global de políticas públicas do Nubank em julho, informou o banco nesta terça-feira (5). O economista também será um membro não independente do conselho de administração da Nu Holdings. (veja a nota do banco na íntegra) Campos Neto assume o novo cargo a partir de 1º de julho, quando termina seu "período de quarentena", um prazo de seis meses em que ex-funcionários públicos de alto escalão não podem trabalhar no setor privado. A regra está estabelecida pela legislação brasileira, para evitar que empresas ou instituições financeiras reguladas ou fiscalizadas pelo poder público se beneficiem da antiga posição de seus contratados. Como executivo do banco, Campos Neto deverá "liderar os esforços em inovação, estratégia de negócios e regulação internacional" do Nubank, uma função que ele havia expressado interesse ao sair do Banco Central. Em nota oficial, o banco afirmou que Campos Neto se reportará diretamente a David Vélez, fundador e CEO do Nubank, destacando que o ex-BC ajudará a apoiar o programa de expansão internacional da instituição e o relacionamento com reguladores financeiros globais. Além disso, Campos Neto também deve representar a Nu Holdings em fóruns e conselhos internacionais e ajudar a elevar a análise econômica e de risco para operações do banco no Brasil na América Latina. "Damos as boas-vindas a Roberto Campos Neto, que tem sido um dos principais pensadores do mundo sobre como usar a tecnologia para avançar os sistemas financeiros locais por meio de sistemas como o PIX e o Open Finance", afirmou Vélez em nota oficial. "Estamos confiantes de que sua vasta experiência técnica nos setores financeiro e regulatório proporcionará uma liderança estratégica valiosa para o crescimento contínuo de nosso portfólio e operações na América Latina e em futuras geografias”, completou o CEO do Nubank. Veja a nota do Nubank na íntegra O Nu, uma das maiores plataformas de serviços financeiros digitais do mundo, anuncia a nomeação prevista do ex-presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, para a sua estrutura de liderança e Conselho de Administração da Nu Holdings, a partir de 1º de julho, após concluir um período de seis meses de quarentena, conforme determinado pela legislação brasileira. Reportando-se diretamente a David Vélez, fundador e CEO do Nubank, o executivo atuará como Vice Chairman do Nubank e Chefe Global de Políticas Públicas, para apoiar o programa de expansão internacional do Nu e o relacionamento com reguladores financeiros globais, representar a Nu Holdings em fóruns e conselhos internacionais, além de elevar a análise econômica e de risco para as operações do Nu no Brasil e na América Latina, contribuindo para desenhar a estratégia de negócios de longo prazo do Nu. “Damos as boas-vindas a Roberto Campos Neto, que tem sido um dos principais pensadores do mundo sobre como usar a tecnologia para avançar os sistemas financeiros locais por meio de sistemas como o PIX e o Open Finance. Estamos confiantes de que sua vasta experiência técnica nos setores financeiro e regulatório proporcionará uma liderança estratégica valiosa para o crescimento contínuo de nosso portfólio e operações na América Latina e em futuras geografias”, diz David Vélez, fundador e CEO do Nubank. Além de sua posição na estrutura de liderança, Campos Neto também será um membro não independente do Conselho de Administração da Nu Holdings. Campos Neto informou à Comissão de Ética Pública do Brasil (CEP) que tem intenção de ingressar no Nubank após a conclusão de seu período de quarentena. “Estou ansioso por essa mudança de carreira e por liderar as equipes do Nubank em sua jornada contínua para desenvolver produtos e serviços financeiros inovadores, apoiando políticas e regulações modernas e competitivas no cenário internacional, levando a um maior acesso, transparência e qualidade para os consumidores”, diz Roberto Campos Neto. Campos Neto tem uma extensa carreira no setor financeiro, atuando como Presidente do Banco Central do Brasil de 2019 até o final de 2024. Durante seu mandato, a organização recebeu o prêmio de “Central Bank of the Year” em 2024 pela Central Banking Magazine. Além disso, ele é a única pessoa a ter recebido o prêmio de “Best Central Banker of the Year” da revista LatinFinance por três anos consecutivos. Em 2020, também foi reconhecido pela revista The Banker como o “Best Central Banker of the Year” por sua liderança no enfrentamento da inflação durante a pandemia. Em seu mandato no Banco Central, Campos Neto implementou uma agenda ampla ancorada nos pilares de inclusão financeira, educação financeira, aumento da concorrência e sustentabilidade. Os avanços em inovação levaram à inclusão de milhões de brasileiros no setor e ao aumento do acesso ao crédito. Ele supervisionou o lançamento e desenvolvimento do método de pagamento instantâneo PIX, avançou a agenda do Open Finance (integração dos sistemas financeiros) e promoveu o Drex, o real digital (R$) utilizando tecnologia blockchain. De forma geral, o Banco Central do Brasil acumulou dezenas de prêmios locais e internacionais em reconhecimento ao seu trabalho para conter a inflação, modernizar o sistema financeiro, combater as mudanças climáticas e pela colaboração internacional. Antes do Banco Central, Campos Neto ocupou importantes cargos de liderança no setor financeiro por mais de duas décadas, em empresas como Santander, Claritas Investments e Bozano Simonsen. Campos Neto possui bacharelado e mestrado em Economia pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Nubank passa Itaú em número de clientes e se torna o 3º maior do país Veja Mais
EUA e China vivem uma 'Guerra Fria 2.0', diz ex-presidente do Banco do Brics
Debate promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil discute a nova geopolítica e seus impactos nos mercados internacionais. Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque Os Estados Unidos e a China vivem hoje uma "Guerra Fria 2.0", disse Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco do Brics, nesta terça-feira (6), durante um evento promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Estadão. O debate, chamado "Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical", discute a nova geopolítica e seus impactos nos mercados internacionais, além de oportunidades e desafios para o agro brasileiro nesse novo cenário de guerra comercial. No início do mês, o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs uma série de tarifas de importação para seus parceiros comerciais, com taxas maiores para os chineses. Para Troyjo, ainda que EUA e China estejam passando por uma "Guerra Fria 2.0", o Brasil deve passar ileso pelas medidas, uma vez que boa parte dos produtos exportados pelo país estão de fora do tarifaço. "A economia mundial está mais perigosa, mas não para o Brasil", disse. Para João Martins, presidente da CNA, ainda é incerto o que acontecerá em relação ao Brasil em meio às tarifas de Trump. Mas o cenário é uma oportunidade, que o país precisa saber aproveitar, afirmou. O pesquisador do Carnegie Endowment e Harvard, Oliver Stuenkel, avalia que na briga entre China e EUA, os chineses podem resistir por mais tempo. Isso porque o país já estava preparado emocionalmente e economicamente para uma briga com os EUA. Além disso, os republicanos, do partido de Trump, já enfrentam descontentamento da população e temem as eleições no próximo ano. "Os americanos não acreditam no argumento de Trump de que precisam sofrer um pouco para chegar a um momento melhor", disse Stuenkel. China diz que está disposta a negociar com Trump, mas não aceita coação nem extorsão Lei da Reciprocidade A senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura entre 2019 e 2022, comentou que a Lei da Reciprocidade Econômica não deve ser aplicada de imediato contra os Estados Unidos. A lei brasileira, aprovada em abril deste ano, autoriza o Brasil a adotar medidas de retaliação comercial contra países que impuserem sanções unilaterais ao país, como as taxas de importação anunciadas por Trump. Para a senadora, caso o presidente dos EUA continue impondo tarifas ao Brasil, a lei poderá ser usada: "Vai depender do juízo de Trump", disse. A ex-ministra da Agricultura acredita ainda que a guerra tarifária entre Estados Unidos e China pode incentivar a conclusão do acordo de comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O tratado entre os dois blocos foi anunciado oficialmente no final de 2024, mas a assinatura só acontece depois que os textos passarem por uma revisão jurídica e de serem traduzidos para os idiomas oficiais dos países envolvidos. Veja Mais
Embraer registra prejuízo de R$ 428,5 milhões no 1° trimestre de 2025
O prejuízo líquido ficou acima do resultado negativo registrado no mesmo período de 2024, que foi de R$ 63,5 milhões - um aumento de 574,8%. Segundo a empresa, os resultados do primeiro trimestre não foram afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos (EUA). Imagem de arquivo - Sede da Embraer. Divulgação/Embraer A Embraer registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre de 2025. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (6) pela fabricante brasileira de aeronaves, que tem sede em São José dos Campos (SP). O prejuízo líquido ficou acima do resultado negativo registrado no mesmo período de 2024, que foi de R$ 63,5 milhões - um aumento de 574,8%. Em comunicado à imprensa, a Embraer ressaltou que "os resultados do primeiro trimestre não foram afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos (EUA)”. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A fabricante informou que o fluxo de caixa livre ajustado sem Eve no período foi negativo em R$ 2,3 bilhões durante o primeiro trimestre do ano, “resultado decorrente da preparação para um maior número de entregas de aeronaves nos próximos trimestres” Nos três primeiros meses do ano, a Embraer entregou 30 aeronaves, cinco a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram entregues 25 aeronaves. A alta é de 20%. De acordo com a empresa, a carteira de pedidos chegou a US$ 26,4 bilhões no primeiro trimestre do ano. O montante representa um aumento de US$ 5,3 bilhões na carteira de pedidos da multinacional na comparação com o primeiro trimestre de 2024, quando foram registrados US$ 21,1 bilhões -- uma alta de 25,1%. O balanço da Embraer apontou que, dos 30 jatos entregues nos três primeiros meses deste ano, sete foram jatos comerciais (3 E195-E2 e 4 E175-E1) e 23 jatos executivos (14 leves e 9 médios). Vista da sede da Embraer, em São José dos Campos, interior de SP Luis Lima Jr./Futura Press/Estadão Conteúdo Embraer anuncia aumento na entrega de aviões e confira a taxação do governo Trump Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais
Por que a fome persiste no Brasil mesmo com tanto alimento disponível?
Piora do poder de compra dos mais pobres é visto como principal desafio, mas parte dos especialistas avalia que Brasil está muito focado em produzir para exportar. Brasil é um grande produtor de alimentos, mas convive com a insegurança alimentar O Brasil é um grande produtor de alimentos, bate recordes anuais na colheita de grãos e é o maior exportador mundial de diversos produtos, como soja, café, carnes, açúcar. Ainda assim, tem gente que acorda sem ter certeza se vai comer. Os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU) mostram que 8,4 milhões de brasileiros passaram fome no triênio 2021-2023, o que representa 3,9% da população nacional. É exatamente esse indicador que, desde 2021, mantém o Brasil no Mapa da Fome da ONU, de onde país já tinha conseguido sair em 2014, pela primeira vez. Apesar disso, houve uma melhora em relação ao triênio 2020-2022, quando a fome atingia 4,2% dos brasileiros. Mas por que o país convive ainda com essa contradição? Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que: no Brasil, não falta alimentos, mas há muita gente sem dinheiro para comprar comida suficiente – o desemprego caiu, mas os preços dos alimentos têm subido bem acima dos salários; alguns afirmam que a produção agropecuária tem se voltado mais à exportação do que ao abastecimento interno, e que isso precisa ser reequilibrado para garantir segurança alimentar no futuro; outros discordam e afirmam que o modelo de produção do país tem dado conta tanto do mercado interno como do externo, e que aumentar a produção não vai tirar pessoas da fome; as mudanças climáticas são, hoje, o principal risco para o desabastecimento. o Brasil ainda tem locais com pouca ou nenhuma oferta de alimentos saudáveis, chamados de desertos alimentares. O g1, inclusive, visitou, em março, um município do Piauí que convivia com a falta de alimentos frescos. E mostrou como o plantio de hortaliças na região tem tirado pessoas da insegurança alimentar, quando não há acesso regular à alimentos de qualidade para uma vida saudável. Qual é a diferença entre fome e insegurança alimentar 'A prateleira está cheia, o carrinho está vazio' Graziano, que foi diretor-geral da FAO-ONU entre 2012 e 2019, coordenou o programa Fome Zero, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006). “Há um grupo de políticas macroeconômicas que são as grandes responsáveis por erradicar a fome quando ela tem a proporção que tem no Brasil: ela é massiva, não é localizada e nem específica". "Quem não ganha o salário mínimo, passa fome. Então, o que resolve é gerar emprego e melhorar a renda das pessoas”, diz Graziano. Ele lembra que esse foi o caminho traçado pelo Brasil para sair do Mapa da Fome em 2014. Exemplo disso foram as políticas de valorização do salário mínimo, a criação do Bolsa Família, além de incentivos à agricultura familiar. Graziano relaciona a volta da fome e do aumento da insegurança alimentar nos últimos anos justamente com a piora dos indicadores de emprego e renda, a partir da crise de 2014/2016. Essa piora se estendeu até a pandemia. Ele menciona também o esvaziamento de políticas voltadas para a segurança alimentar durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Alguns deles são a merenda escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no qual o governo federal, os estados e municípios compram produtos de agricultores familiares para doar a escolas, hospitais e a pessoas em vulnerabilidade social. Esse cenário levou 33 milhões de brasileiros à insegurança alimentar grave em 2022, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Salários não acompanham inflação Sílvia Helena de Miranda, pesquisadora do Cepea-USP, afirma que o desemprego começou a cair a partir do segundo trimestre de 2021. Mas o problema é que os aumentos salariais não acompanharam a disparada da inflação ao longo dos anos. Entre 2014 e 2024, os salários tiveram um aumento real (já com desconto da inflação) de 5%, enquanto a inflação para a baixa renda subiu 85,8%, e os preços dos alimentos dispararam 116,7% Os dados de preços citados por Miranda são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE. “Logo, para a população de menor renda, as condições econômicas de acesso aos alimentos pioraram”, diz Sílvia. Ela lembra que as famílias mais pobres gastam uma proporção muito maior da renda com alimentos do que as famílias de classe mais elevada. Comida e commodities Apesar de a renda ser um pilar fundamental, parte dos especialistas aponta que é preciso repensar o modelo produtivo do Brasil levando em conta a segurança alimentar das próximas gerações. É o que afirma Elisabetta Recine, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), um órgão consultivo do governo federal. “Quando se fala se fala em supersafra de grãos no Brasil, se fala, basicamente, de soja e milho, que são voltados para exportação", diz Recine. "Não é supersafra de feijão, que a gente come, que é voltado para o mercado interno”, afirma. Hoje, 88% dos grãos que o Brasil colhe por ano correspondem a soja e milho, mostram dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dois grãos são commodities, ou seja, matérias-primas negociadas em dólar em bolsas de valores internacionais e exportadas como ração para bovinos, suínos e frangos. Miranda, do Cepea, observa que a soja e o milho não se limitam ao mercado externo, e que também são necessários para a produção de ovos, leite, óleos, carne de frango e de suínos, que integram a cesta básica do consumidor de baixa e média renda no Brasil. Expansão da soja, queda de arroz e feijão Em 19 anos, a área plantada de soja cresceu 108%, e a de milho, 63%. Na contramão, o plantio de arroz diminuiu 43%, e o de feijão, 32%, diz a Conab. Alguns dos motivos que impulsionaram essas mudanças foram o aumento dos custos de produção e a menor rentabilidade para os produtores de arroz e feijão, em comparação com os de soja e milho. Apesar disso, o consumo de arroz e feijão diminuiu, e a eficiência dessas colheitas aumentou, ou seja, o produtor passou a colher mais por área do que há 19 anos. Com isso, a produção atual tem conseguido dar conta da demanda. Mas Recine defende um reequilíbrio dessa cadeia de produção, com investimentos públicos no plantio de arroz e feijão, que podem ser feitos via formação de estoques, crédito público e assistência técnica para pequenos produtores. “Quanto mais basearmos a nossa produção em produtos destinados ao mercado externo, mais risco corremos, pois as regras do mercado e do comércio internacional não estão em nossas mãos" "A variação cambial (dólar) oscila por questões geopolíticas. A produção de commodities se organiza conforme a demanda e preços internacionais”, destaca presidente do Consea. Para ela, aumentar a oferta de alimentos básicos pode ainda contribuir para uma redução de preços dos alimentos. Capacidade de abastecimento Bruno Lucchi, diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reforça que a insegurança alimentar no Brasil não tem a ver com problemas de abastecimento, e que aumentar a oferta de comida não vai tirar pessoas da fome. "Para melhorar a nutrição do brasileiro, é preciso melhorar a renda dele", destaca. "Não só a comida ficou mais cara, como também o transporte, o custo de vida em geral. Hoje, temos muito mais pessoas entrando nos programas sociais do que saindo. E isso é um problema. Não só deste governo, mas de longa data", diz Lucchi. "Nós passamos por pandemia, por greve de caminhoneiros, sem desabastecer nenhuma região. Claro que tivemos incremento de preço. Frete ficou mais caro. Insumo chegou mais caro. Mas não faltou alimento no Brasil", reforça. Para o diretor da CNA, é errado também afirmar que o Brasil tem uma cultura mais voltada para a exportação. Já a maior parte da produção das carnes bovinas, de frango e o milho, fica mais no mercado interno, apesar de também serem fortes na exportação. Lucchi comenta ainda que um dos riscos atuais para crises de desabastecimento são as mudanças climáticas, e que, ao longo dos anos, o Brasil tem desenvolvido sementes resistentes a secas e animais adaptados a temperaturas extremas. Mas Miranda, do Cepea-USP, acrescenta que o país vai precisar desenvolver novas pesquisas para lidar com esse cenário. "Os eventos climáticos extremos – que estão se tornando mais frequentes – acabam fazendo com que os modelos de previsão existentes sejam insuficientes para garantir a manutenção dos níveis de produção que já alcançamos", afirma. "Logo, um conjunto novo de políticas de pesquisa e inovação, agrícolas, industriais, sanitárias, macroeconômicas serão necessárias para evitar ou mitigar o risco de desabastecimento", acrescenta. 'Desertos alimentares' Apesar de o Brasil ser um grande produtor agrícola, a presidente do Consea observa que, em algumas regiões do país, há locais com pouca ou nenhuma oferta de alimentos frescos, como verduras, frutas, legumes. São os chamados "desertos alimentares". “São regiões em que as pessoas precisam percorrer longas distâncias para ter acesso à alimentação diversificada, saudável”, afirma Recine. Entre 2023 e 2024, em torno de 25 milhões de brasileiros residiam nesses locais. Desses, 6,7 milhões têm baixa renda ou estão em situação de pobreza, aponta dados do Ministério do Desenvolvimento Social. O g1 conheceu uma dessas regiões, em Betânia do Piauí, que sempre conviveu com a falta de alimentos frescos. Veja no vídeo abaixo como agricultores estão mudando essa situação. Prato do Futuro: Quintais mudam vidas no sertão Para Recine, é importante que o governo invista na agricultura familiar nessas regiões, já que esses tipos de produtores são responsáveis por 62% da produção de hortaliças no Brasil. “Se há alimentos que falta produzir são frutas, verduras e legumes. Não falta produzir arroz e feijão", diz Graziano, do Instituto Fome Zero. Ele comenta que o consumo de hortaliças e frutas no Brasil não passa de um terço do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 400 gramas por pessoa por dia. E que a falta de acesso a uma alimentação saudável é um dos principais problemas da insegurança alimentar hoje entre os mais pobres. Isso porque o consumo de ultraprocessados tem sido relacionado ao desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, obesidade. Brasil vai sair do Mapa da Fome? O governo federal tem a meta de sair do Mapa da Fome da ONU em 2026. Os últimos dados do IBGE mostram que já houve uma redução considerável da insegurança alimentar grave no Brasil, de 33 milhões em 2022, para 8 milhões em 2023. O representante da FAO-Brasil, Jorge Meza, comenta que isso foi resultado de uma série de políticas, com destaque para o relançamento do Bolsa Família, em 2023, que passou a conceder benefícios adicionais por criança nas famílias, por exemplo. “Atualmente, esse programa alcança 55 milhões de pessoas”, diz. Ele cita ainda a merenda escolar, “que atende 40 milhões de alunos”, e o aumento dos recursos do PAA. “As 8 milhões de pessoas que ainda restam estão em extrema vulnerabilidade social. São pessoas que não foram captadas pela assistência social, não tiveram acesso ao Bolsa Família, pertencem a famílias com crianças fora da escola ou estão em situações de trabalho precário e informal”, explica Recine. Recine aponta que, para tirar essas pessoas da fome, demandará mais articulação do governo para incluí-las nas políticas públicas. Para isso, uma das metas do governo federal é ampliar o número de pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Isso porque é preciso estar cadastrado nesse sistema para acessar programas assistenciais. O problema é que nem todos conhecem esse caminho. E é por isso que o governo precisa fazer uma busca ativa, ou seja, ir atrás dessas pessoas. Até 2027, o governo federal tem a meta de incluir 80% dos habitantes em risco de insegurança nesse cadastro. É o que prevê o 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, aprovado em março. Nele, o governo estipula inúmeras estratégias para reduzir a fome, incluindo o aumento de agricultores beneficiados pelo PAA de 85 mil, em 2025, para 95 mil em 2027. Veja Mais
Volkswagen Polo é o mais vendido de abril, mas Fiat Strada ainda lidera em 2025; veja lista
Segundo os dados da Fenabrave, foram 39.373 unidades emplacadas da picape nos quatro primeiros meses do ano. Volkswagen Polo vem na sequência. Fiat Strada divulgação/Fiat A Fiat Strada foi o veículo novo mais emplacado do Brasil até abril deste ano, segundo dados da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave) publicados nesta segunda-feira (5). Foram emplacadas 39.373 unidades da picape em todo o país em quatro meses. O vice-líder foi o hatch Volkswagen Polo, que emplacou 32.813 unidades. Veja a lista de mais vendidos de 2025 até abril. Fiat Strada: 39.373 unidades; Volkswagen Polo: 32.813 unidades; Fiat Argo: 28.168 unidades; Volkswagen T-Cross: 26.493 unidades; Chevrolet Onix: 21.451 unidades; Hyundai HB20: 21.284 unidades; Fiat Mobi: 20.424 unidades; Hyundai Creta: 19.430 unidades; Honda HR-V: 19.419 unidades; Toyota Corolla Cross: 19.242 unidades. No geral, o Hyundai Creta perdeu duas posições, caindo da sexta para a oitava colocação. E o SUV da Chevrolet, o Tracker, saiu da lista dos dez mais vendidos, dando lugar para o Toyota Corolla Cross. LEIA MAIS Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido do 1º quadrimestre; veja a lista BYD quer dobrar vendas no exterior em 2025; marca já figura entre as 10 mais vendidas do mundo VÍDEO: o g1 deu uma volta no Opel Kadett de ‘Ainda Estou Aqui’, que foi leiloado por R$ 215 mil g1 testa o novo VW Nivus: é melhor que os rivais? Vendas de abril Em abril, o Volkswagen Polo foi o líder entre os carros mais vendidos com 10.932 emplacamentos. A Strada vem na cola, com 10.076 unidades vendidas no mês, diferença de apenas 856 emplacamentos. Veja abaixo a lista de abril. Volkswagen Polo: 10.932 unidades; Fiat Strada: 10.076 unidades; Fiat Argo: 8.444 unidades; Volkswagen T-Cross: 8.114 unidades; Hyundai HB20: 6.923 unidades; Toyota Corolla Cross: 6.232 unidades; Fiat Mobi: 6.179 unidades; Volkswagen Saveiro: 5.458 unidades; Chevrolet Onix: 5.416 unidades; Honda HR-V: 5.259 unidades. O Chevrolet Onix, prestes a passar por uma mudança de geração, perdeu a oitava posição em vendas para a Volkswagen Saveiro. Resultados do setor No primeiro quadrimestre de 2025, os brasileiros compraram 760.288 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Um aumento de 3,41%. Com 208.661 emplacamentos, a queda foi de 5,48% contra abril de 2024, quando foram firmadas 220.757 vendas. "Apesar da queda nominal, observada em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, em função dos dias úteis a mais em abril de 2024, houve alta de 1,7% nas vendas diárias em abril de 2025, o que é um bom indicativo do mercado", disse Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. ⚡O cenário para carros eletrificados (elétricos e híbridos) continua favorável, pois registrou aumento de 37,06% no período. No primeiro quadrimestre de 2024, foram 50.835 unidades vendidas. Neste ano, 69.672 vendas (sendo 52.115 híbridos e 17.557 elétricos). Um carro em extinção: Ford Mustang manual é o último muscle car raiz Veja abaixo os resultados por segmento AUTOMÓVEIS: 551.965 emplacamentos em 2025, aumento de 2,03% contra 2024. 152. 286 emplacamentos em abril, queda de 7,31 % contra abril de 2024. COMERCIAIS LEVES: 162.820 emplacamentos em 2025, aumento de 8,31% contra 2024; 44.790 emplacamentos em abril, aumento de 2,42% contra abril de 2024. CAMINHÕES E ÔNIBUS: 45.503 emplacamentos em 2025, aumento de 3,63 % contra 2024; 11.585 emplacamentos em abril, aumento de 1,35% contra abril de 2024. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: alta de 4,5% (de 122.099 para 127.593); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução no crescimento esperado para 2025 está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional. Porém, se essa alta se confirmar, serão registrados 124.037 veículos a mais que em 2024. Veja Mais
Petrobras anuncia redução de R$ 0,16 no litro do diesel para as distribuidoras
Preço médio do diesel A nas distribuidoras passará a ser de R$ 3,27 por litro, na terceira revisão para baixo em 2025. Petrobras prevê que preços do diesel devem continuar altos no 2º semestre do ano Gabriel Bastos/A7 Press/Estadão Conteúdo A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (5) que vai reduzir o valor do diesel vendido para as distribuidoras a partir desta terça-feira (6). O preço médio do diesel A passará a ser de R$ 3,27 por litro — uma queda de R$ 0,16. "Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81 /litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B", diz nota da empresa. As quedas no preço do petróleo no mercado internacional têm levado às reduções no preço do diesel no Brasil. Outras duas reduções do diesel foram anunciadas neste ano, em 31 de março e em 17 de abril. Segundo a Petrobras, os preços de diesel para as distribuidoras caíram em R$ 1,22 por litro desde dezembro de 2022, uma redução de 27,2%. Os demais combustíveis não foram alterados. Veja a nota da Petrobras A partir de amanhã, 06/05, a Petrobras reduzirá seus preços de venda de diesel A para as distribuidoras que passará a ser, em média, de R$ 3,27 por litro, uma redução de R$ 0,16 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81 /litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B. Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 1,22 / litro, uma redução de 27,2%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,75/ litro ou 34,9%. Momento de queda A disputa comercial desencadeada pelas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está levando à redução nas estimativas de demanda global por petróleo e à queda no preço do barril. O preço do diesel vendido nos postos é composto por: valor de venda do combustível fóssil pela Petrobras às distribuidoras impostos federais (PIS e Cofins) imposto estadual (ICMS) preço do biodiesel, que é adicionado na proporção de 14% margens de distribuição e revenda Como a grande maioria dos produtos no Brasil é transportada por caminhões, a redução no valor do diesel pode ter efeito indireto na inflação — que é uma preocupação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Veja Mais
Quais são os próximos feriados de 2025? (Spoiler: restam seis)
Dos seis feriados que restam, dois podem ser emendados com finais de semana, garantindo mais folgas. Veja o calendário de feriados de 2025 A última quinta-feira, 1º de maio, combinado com a sexta-feira (2), garantiu para muitos trabalhadores uma emenda com feriadão prolongado de quatro dias. Agora, restam apenas seis feriados no ano, sendo que dois deles podem ser emendados para prolongar os dias de descanso. Esses feriados caem em quintas-feiras, permitindo emendar com a sexta e o fim de semana, dependendo da decisão de cada empresa. São eles: 20 de novembro (Dia da Consciência Negra); 25 de dezembro (Natal). Além disso, o ano ainda terá outros quatro feriados que caem em finais de semana: 7 de setembro (Independência do Brasil); 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida); 2 de novembro (Finados); 15 de novembro (Proclamação da República). Os municípios e estados também podem determinar feriados locais, como Corpus Christi, que é considerado ponto facultativo e cai em uma quinta-feira. Para ajudar no seu planejamento para o próximo ano, o g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: Calendário de 2025. Yara Ramalho/g1 RR Entenda o que é o ponto facultativo Veja Mais
Trump diz que não vai demitir Powell até o fim do mandato dele na presidência do banco central dos EUA
Presidente americano vem criticando a atuação de Jerome Powell na presidência do Federal Reserve, o Fed. Ele já chegou a ameaçar uma demissão mesmo sem ter poder para fazê-la, mas recuou após abalar os mercados. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que não vai demitir Jerome Powell do Federal Reserve, o banco central americano, antes do fim do mandato dele à frente da instituição, em maio de 2026. O republicano ainda descreveu o chefe do Fed como "totalmente rígido" e repetiu os apelos para uma redução das taxas de juros. Em uma entrevista ao programa da NBC News "Meet the Press with Kristen Welker", que foi ao ar neste domingo (4), Trump disse que Powell não era seu fã, mas que esperava que o Fed reduzisse as taxas de juros em algum momento. "Ele deveria baixá-las (as taxas). E, em algum momento, ele o fará. Ele prefere não reduzir porque não é meu fã. Sabe, ele simplesmente não gosta de mim", disse ele na entrevista, gravada na Flórida na sexta-feira (2). Perguntado se tiraria Powell do Fed antes do término do mandato dele à frente da instituição em 2026, Trump emitiu sua negativa mais definitiva: "Não, não, não. Por que eu faria isso? Eu posso substituí-lo em pouco tempo". Os comentários deste domingo foram a indicação mais clara até o momento de que o presidente dos EUA vai manter Powell no cargo, o que pode tranquilizar os mercados perturbados pela guerra tarifária de Trump. Presidente Donald Trump desembarca em West Palm Beach, na Flórida, na quinta-feira (1º) Manuel Balce Ceneta/AP Photo O republicano chegou a ameaçar a permanência de Powell no cargo mesmo sem ter poder para demiti-lo. As ações de Wall Street caíram drasticamente no mês passado depois que o republicano redobrou seus ataques contra o chefe do Fed, ampliando as preocupações sobre a autonomia do banco central e abalando os mercados. Após a queda vertiginosa, Trump recuou um pouco. As taxas de juros nos EUA estão, atualmente, entre 4,25% e 4,50% ao ano — um patamar alto para os padrões do país — e Trump já criticou essa política monetária em diversas ocasiões, desejando o corte dos juros. O governo de Trump está agora negociando com mais de 15 países acordos comerciais que poderiam evitar as tarifas mais altas, e as autoridades dizem que o primeiro acordo poderá ser anunciado em breve. Durante a entrevista com a NBC News, Trump se recusou a descartar a possibilidade de tornar algumas das tarifas permanentes. "Não, eu não faria isso porque, se alguém pensasse que as tarifas seriam retiradas da mesa, por que construiria nos Estados Unidos?", disse ele. Trump reconheceu que foi "muito duro com a China", mas disse que Pequim agora quer chegar a um acordo. "Isso significa que não estamos perdendo um trilhão de dólares (...) porque não estamos fazendo negócios com eles no momento. E eles querem fazer um acordo. Eles querem muito fazer um acordo. Veremos como isso vai se desenrolar, mas tem que ser um acordo justo." China diz que está avaliando oferta dos EUA para negociar tarifas aplicadas entre os dois países Terceiro mandato, anexação do Canadá: outros destaques da entrevista Na entrevista, Trump minimizou as chances de concorrer a um terceiro mandato na Casa Branca e repetiu a ideia de que pretende anexar o Canadá ao território americano. Sobre a reeleição, o presidente disse que tem apoio para concorrer a um terceiro mandato, mas que não é algo que deseja buscar. "Espero ter quatro ótimos anos (na presidência) e passar o cargo para outra pessoa. De preferência um grande republicano", continuou. Ele chegou a sugerir que queria concorrer a um terceiro mandato, algo que é proibido na constituição americana. Então quem vai concorrer em 2028? JD Vance? Marco Rubio? Trump evitou dar nomes a seus possíveis sucessores. "Você olha para Marco, você olha para JD Vance, que é fantástico", disse Trump. "Eu poderia citar 10, 15, 20 pessoas agora mesmo sentadas aqui. Acho que temos um partido fantástico. E sabe o que eu não consigo citar? Não consigo citar um único democrata." Trump irá se encontrar com o recém-eleito primeiro-ministro canadense, Mark Carney, na terça-feira (6). Ele disse na entrevista que achava "altamente improvável" precisar usar força militar na empreitada. Veja Mais
Agricultores de café e cana adotam irrigação subterrânea e melhoram produção e economizam água no ES
Plantação de café e de cana-de açúcar no Norte do Espírito Santo já adotaram a medida e tiveram bons resultados. Técnica utiliza mangueira enterrada no solo e leva nutrientes direto para a raiz da planta. Produtores de cana e café aprovam uso de irrigação por gotejamento subterrâneo A técnica de irrigação subterrânea, conhecida como gotejamento enterrado, começou a ser utilizada em plantações de cana-de-açúcar e café no Norte do Espírito Santo. A prática tem dado bons resultados para produtores, que estão colhendo mais frutos e, ao mesmo tempo, economizam água na propriedade. Esse tipo de sistema está resente há mais de 20 anos em lavouras brasileiras, mas está sendo testada apenas agora em lavouras das cidades de Linhares e Jaguaré. Veja Mais
‘Você parou igual idiota’: estudante cria cartão para dar recado a motoristas espaçosos
Vitor Todorov queria uma abordagem bem-humorada e educativa para mudar o comportamento dos motoristas mais folgados que cruzassem o caminho. Acabou criando um produto e garantiu alguns milhões de visualizações nas redes sociais. Estudante cria cartão para conscientizar motoristas Divulgação | @estacionadireito Lidar com o trânsito das grandes cidades já é estressante o suficiente. A situação piora ainda mais quando, ao chegar ao destino, há um carro atrapalhando todo mundo. O estudante de engenharia de produção Vitor Todorov, de 23 anos, cansou de se deparar com veículos estacionados incorretamente, ocupando mais de uma vaga ou em locais proibidos. “Na frente da casa dos meus pais existia um bar que deixava as ruas lotadas. Era muito desrespeito às faixas de sinalização e placas de ‘proibido estacionar’. Bloqueavam até a garagem do prédio. A gente fazia denúncia na CET, mas nada tinha efeito”, conta Todorov. Ele resolveu, então, distribuir cartões “educativos” e mostrar os episódios nas redes sociais. Os dizeres são autoexplicativos: “Atenção: você parou como idiota. Vire para ver o motivo”. No verso do cartão, há uma série de opções para indicar ao motorista infrator qual foi o erro cometido. Entre as respostas estão “ocupou mais de uma faixa” ou “bloqueando calçada/rampa”, entre outras. LEIA MAIS Tesla busca substituto para Elon Musk, diz jornal; empresa nega Royal Enfield transforma a Himalayan 450 em outra moto — muito melhor; confira o teste do g1 Volkswagen Nivus GTS é anunciado por R$ 174.990; veja detalhes e ficha técnica Initial plugin text A maior inspiração de Vitor veio das redes sociais, onde ele encontrou perfis estrangeiros que faziam parecido com os carros estacionados de forma irregular. “Esses perfis são muito agressivos nas críticas e colam adesivos nos carros das pessoas. Não quisemos seguir esse caminho.” “A nossa ideia não é prejudicar a pessoa, mas deixar um lembrete – que pode ser facilmente retirado – para que ela se toque na próxima vez que for estacionar”, explica Todorov. O estudante optou por uma abordagem bem-humorada para evitar um embate com o dono do carro. A ideia é que a pessoa se autocritique, pois será ela mesma vendo o cartão, sem ter ninguém para reclamar, explica. Atualmente, os perfis do @estacionadireito somam pouco mais de 10 mil seguidores, com publicações que já ultrapassam 1,6 milhões de visualizações. Além de vídeos em que Vitor demonstra os erros ao estacionar, ele também circula com sua scooter pela região metropolitana de São Paulo, registrando infrações cometidas por outros motoristas. O que diz a lei? O g1 consultou o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) para definir as penalizações de cada opção do cartão do influenciador. Veja abaixo as possíveis penalidades para quem estaciona de forma errada: Estacionou ocupando mais de uma vaga: infração média, multa de R$ 130,16 com quatro pontos na CNH e remoção do veículo; Bloqueando calçada/rampa: infração média, multa de R$ 130,16 com quatro pontos na CNH e remoção do veículo; Estacionou fora da linha: neste caso, existem duas possibilidades. 1️⃣Afastado do meio-fio de 50 centímetros a um metro: infração leve, multa de R$ 88,38 com três pontos na CNH e remoção do veículo; 2️⃣Afastado do meio-fio a mais de um metro: infração grave, multa de R$ 195,23 com cinco pontos na CNH e remoção do veículo; Estacionou em vaga de deficiente ou idoso sem permissão: infração gravíssima, multa de R$ 292,47 com sete pontos na CNH e remoção do veículo; Estacionou muito perto de outro carro (se houver o impedimento da movimentação de outro veículo): infração média, multa de R$ 130,16 com quatro pontos na CNH e remoção do veículo; Inventou uma vaga ou estacionou em faixa de pedestre: infração grave, multa de R$ 195,23 com cinco pontos na CNH e remoção do veículo; Estacionou bloqueando ponto de ônibus: infração média, multa de R$ 130,16 com quatro pontos na CNH e remoção do veículo; Estacionou bloqueando entrada de garagem: infração média, multa de R$ 130,16 com quatro pontos na CNH e remoção do veículo; Estacionou em local proibido: aqui também existem duas possibilidades. 1️⃣Proibido estacionar: infração média, multa de R$ 130,16 com quatro pontos na CNH e remoção do veículo; 2️⃣Proibido parar e estacionar: infração grave, multa de R$ 195,23 com cinco pontos na CNH e remoção do veículo. Comércio dos cartões Vitor Todorov e seu amigo Bruno Rocca, colegas de classe no Instituto Mauá de Tecnologia, já venderam mais de 15 mil cartões desde fevereiro. O comércio começou pelas redes sociais e rapidamente despertou o interesse de outros usuários, criando uma oportunidade de negócio. “Muita gente já mandou vídeos para nossos perfis nas redes. Todos os vídeos tiveram boas reações”, disse Todorov. Sabendo que poderiam alcançar um público grande, Vitor e Bruno já tinham montado uma estratégia para comercializar os cartões ao criar os perfis na rede. “Eu quis que a página já tivesse uma boa estrutura, com formas de pagamento, tipos de frete, embalagens, estoque e uma loja 100% pronta”, explica. Veja os pacotes: 10 cartões: R$ 14,99; 20 cartões: R$ 19,99; 50 cartões: R$ 39,99; 100 cartões: R$ 69,99; 200 cartões: R$ 129,99. g1 testa o novo VW Nivus: é melhor que os rivais? ‘Idiota’ é ofensa? Vitor afirma que o uso da palavra “idiota” é ofensivo, mas menos agressivo do que outras palavras. “Tentamos encontrar um termo intermediário, que não deixe a pessoa revoltada ou constrangida, mas que a faça refletir. Quem vai deixar o cartão não saberá quem é a pessoa que vai recebê-lo e vice-versa”. Veja Mais
Lupi já entrou em reunião com Lula sabendo que deixaria o ministério; tom da conversa foi cordial
Lupi já entrou em reunião com Lula sabendo que deixaria o ministério Carlos Lupi já entrou na sala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ex-ministro. Ele sabia que a decisão já estava tomada e que a saída era inevitável. O ex-titular da Previdência anunciou que estava deixando o governo logo após a reunião, no fim da tarde desta sexta-feira (2). O pedido de demissão ocorre na esteira das fraudes do INSS, que desviaram dinheiro de aposentados. As conversas para sucessão do ministro vinham ocorrendo há pelo menos dois dias, e o diagnóstico era claro: a permanência de Lupi no comando do Ministério da Previdência havia se tornado insustentável. O argumento que o convenceu a sair não veio apenas de aliados dentro do PDT, mas especialmente de integrantes do próprio governo. A avaliação era a de que, mesmo com mudanças no INSS, o peso político das fraudes identificadas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) continuaria recaindo sobre Lupi. Isso porque ele indicou o presidente do instituto, e durante sua gestão o número de irregularidades cresceu exponencialmente. Mas vale ressaltar que a escolha de Wolney Queiroz como novo ministro, que também é do PDT e era o número 2 de Lupi, já que exercia o cargo de secretário-executivo da Previdência, pode trazer problemas para o governo (entenda mais abaixo). Lupi pede demissão do cargo de ministro da Previdência Tom cordial com Lula A conversa com o presidente Lula foi descrita como amena e politicamente cordial. Lula abriu espaço para que Lupi fizesse pedidos, e a saída será publicada no Diário Oficial da União como “demissão a pedido”. Nos bastidores, porém, aliados admitem que Lupi resistiu à decisão. Ele não queria deixar o cargo, mas reconheceu que a crise se agravou a ponto de não haver mais alternativas. Ficou acordado que Lupi comunicaria pessoalmente sua saída, e que a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) não faria uma nota oficial sobre o episódio. Ministro da Previdência, Carlos Lupi, fala Comissão de Previdência, Assistência Social da Câmara sobre as fraudes do INSS. Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo Sucessor do PDT Durante a reunião, ficou decidido que o PDT continuará na base aliada do governo. O novo ministro será Wolney Queiroz, ex-deputado federal do PDT e número dois de Lupi no Ministério da Previdência. O governo não quer perder o PDT na base. Apesar de ser um nome do mesmo partido, a escolha de Wolney pode trazer novos problemas para o governo. Isso porque ele participou de reuniões nas quais poderiam ter sido discutidas as fraudes no INSS — mas não foram. O envolvimento, mesmo que indireto, levanta dúvidas sobre sua capacidade de afastar a crise. Crise continua A saída de Lupi não encerra a crise. O governo ainda precisa apresentar um plano efetivo de ressarcimento às vítimas dos descontos indevidos nas aposentadorias e pensões. Enquanto isso não acontecer, a pressão política e social deve continuar. Veja Mais
Ressarcimento para aposentados vítimas de fraude no INSS: veja o que se sabe
Ainda não há um número oficial, mas a Controladoria-Geral da União (CGU) estima que milhões de beneficiários tenham sido atingidos. Prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024. O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, se reúne nesta sexta-feira (2) com o advogado-Geral da União, Jorge Messias, para começar a definir como será feito o ressarcimento dos aposentados e pensionistas que foram vítimas de fraudes bilionárias envolvendo associações e descontos não autorizados no contracheque. Servidores da Dataprev, estatal que processa os pagamentos do INSS, também participaram do encontro. Dados do INSS estimam que 4 milhões de beneficiários tenham sido atingidos. Segundo uma pesquisa preliminar, 97,6% das pessoas com contratos ativos com as entidades investigadas disseram não ter autorizado os descontos. O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024. Segundo a investigação da Polícia Federal, associações firmavam acordos com o INSS para oferecer serviços a aposentados e pensionistas. No entanto, essas entidades cadastravam pessoas sem autorização, muitas vezes com assinaturas falsas, e passavam a descontar mensalidades diretamente da folha de pagamento. Em muitos casos, os idosos nem sabiam que haviam sido “associados”. Lula deu missão de "sanear INSS", diz novo presidente O que o governo promete fazer? O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu, em pronunciamento em rede nacional na quarta-feira (30), que os prejudicados serão ressarcidos: “Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, disse Lula. Segundo o blog da Ana Flor, Lula deu carta branca ao novo presidente do INSS para reformar o órgão e adotar as medidas que considerar necessárias. Quando o dinheiro será devolvido? Ainda não há uma data definida. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo irá devolver os valores descontados indevidamente, mas disse que “a maneira de fazer ainda não está formatada”. “Essas pessoas foram lesadas. Nós vamos encontrar o caminho de reparação”, afirmou o ministro a jornalistas. Como será o pagamento do ressarcimento? O governo ainda discute qual será o modelo de devolução. Segundo Haddad, CGU e AGU devem orientar os próximos passos. O Tesouro Nacional indicou que o INSS pode utilizar recursos próprios para pagar as vítimas, mas, se isso não for suficiente, a questão pode ser levada à Junta Orçamentária para buscar fontes alternativas no orçamento. “Não vejo nada atípico ou que não seja endereçável”, afirmou Rogério Ceron, secretário do Tesouro. O novo presidente do INSS, Gilberto Waller, disse em entrevista nesta sexta-feira (2) que os aposentados serão avisados pelo governo quando for o momento de erem ressarcidos. Ele alertou para as pessoas só acreditarem em avisos oficiais do governo, para não caírem em golpes. "Aguarde. Quando sair o ressarcimento, ele vai ser avisado para todos. Todo mundo vai saber o caminho e vai ser um caminho mais simples, mais fácil, que você não precisa de ninguém para fazer esse ressarcimento. O perigo maior é esse segurado e não confiar no INSS e cair num segundo golpe. E esse segundo golpe talvez, não tenha quem possa parar, não vai ter o INSS, não vai ter a Advocacia Geral da União, não vai ter a Controladoria Geral da União para poder defendê-lo e esse é o recado. Tomem cuidado", afirmou. Mas ele não deu prazo para quando vai ser feito o ressarcimento. Haverá revisão nos cadastros? Sim. O INSS já iniciou um pente-fino nos registros de associação e nos descontos, com o objetivo de identificar os contratos fraudulentos e viabilizar os pagamentos. A revisão pode ajudar a liberar recursos internos para a reparação dos beneficiários. Veja Mais
Trump propõe corte de US$ 163 bilhões no orçamento federal dos EUA para 2026
O Escritório de Administração e Orçamento da Casa Branca disse em comunicado que os gastos discricionários não relacionados à defesa seriam reduzidos em 23%, o nível mais baixo desde 2017. O presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso pelos cem primeiros dias de governo, no Michigan, em 29 de abril de 2025. Paul Sancya/ AP O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs um corte de US$ 163 bilhões nos gastos federais para o próximo ano, o que eliminaria mais de um quinto dos gastos não militares, excluindo programas obrigatórios, disse o órgão em comunicado. O orçamento proposto aumentaria os gastos com defesa em 13% e os gastos com segurança interna em quase 65% em relação aos níveis aprovados para 2025. Já os gastos discricionários não ligados à defesa seriam reduzidos em 23%, atingindo o menor nível desde 2017, segundo informou o Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca (OMB, na sigla em inglês) em comunicado. O chamado “orçamento enxuto” é um esboço das prioridades do governo que servirá de base para os parlamentares republicanos no Congresso começarem a elaborar projetos de lei de financiamento. Sendo o primeiro orçamento de Trump desde que retomou o cargo, ele busca cumprir promessas de aumentar os investimentos nas Forças Armadas e na segurança das fronteiras, ao mesmo tempo em que promove cortes profundos na burocracia federal. “Em um momento crítico como este, precisamos de um orçamento histórico — um que encerre o financiamento do nosso declínio, coloque os americanos em primeiro lugar e ofereça um apoio sem precedentes às nossas forças armadas e à segurança interna”, disse Russ Vought, diretor do OMB, no comunicado. Atualmente, o governo federal norte-americano enfrenta uma dívida crescente de US$ 36 trilhões, e alguns conservadores fiscais e especialistas em orçamento temem que o projeto de cortes de impostos de Trump aumente ainda mais essa dívida, sem cortes de gastos suficientes. Trump pressiona o Congresso, controlado pelos republicanos, para estender os cortes de impostos de 2017, considerados sua principal conquista legislativa no primeiro mandato — cortes que, segundo projeções de analistas não partidários, podem adicionar US$ 5 trilhões à dívida nacional. O pedido anual de orçamento da Casa Branca inclui previsões econômicas e propostas detalhadas sobre quanto dinheiro cada agência do governo deve receber no ano fiscal que começa em 1º de outubro. Os gastos no ano fiscal de 2024 somaram US$ 6,8 trilhões, de acordo com o Escritório de Orçamento do Congresso. Os parlamentares costumam fazer mudanças substanciais no pedido de orçamento da Casa Branca. No entanto, Trump exerce uma influência incomum sobre este Congresso republicano e pode conseguir grande parte do que está propondo. Os republicanos esperam aprovar o projeto de cortes de impostos até o dia 4 de julho e estão tentando superar divisões internas sobre os cortes federais necessários para financiá-lo. Também poderão ter de considerar o crescente estresse na economia dos EUA causado pelos aumentos tarifários de Trump, que estão desestabilizando o comércio global. A proposta orçamentária também avança na promessa de Trump de encerrar ou reduzir drasticamente o Departamento de Educação dos EUA, segundo o OMB, ao mesmo tempo em que preserva o financiamento para crianças de famílias de baixa renda. “Os dias de Donald Trump fingindo ser um populista acabaram”, afirmou o senador democrata Chuck Schumer, líder da minoria no Senado, em comunicado. “Suas políticas representam um verdadeiro ataque aos trabalhadores americanos. Enquanto destrói o sistema de saúde, corta a educação e desmantela programas essenciais para as famílias, ele financia isenções fiscais para bilionários e grandes corporações.” O orçamento da Casa Branca prevê ainda US$ 500 milhões adicionais em gastos discricionários para reforçar a segurança na fronteira e apoiar o plano de Trump para deportações em massa, além de US$ 766 milhões para aquisição de tecnologia de segurança de fronteira, manutenção de 22 mil agentes da Patrulha de Fronteira e contratação de mais oficiais de Alfândega e Proteção de Fronteiras. 100 dias de governo: Trump usa estratégia de ‘inundação’ em peso no segundo mandato Veja Mais
Câmara aprova novo marco para concessões e parcerias público-privadas
Proposta é demanda do setor de infraestrutura que cobrava atualização de lei de 1995. Projeto segue para análise do Senado. Plenário da Câmara dos Deputados durante votação do projeto sobre parcerias público-privadas Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (7) um projeto que altera a lei geral sobre concessões. O texto vai ao Senado. O projeto, relatado pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), atende a uma demanda do setor de infraestrutura, que pede uma atualização na lei em vigor, que é de 1995. Desde então, novos mecanismos contratuais passaram a ser adotados, mas não tinham respaldo na lei. “Para termos maior segurança jurídica, precisamos de respaldo na legislação. Claro que a lei geral funcionou bem nesses anos, temos um dos maiores programas de concessão do mundo, mas, com o desenvolvimento da prática das concessões, a atualização é bem vinda", afirmou o especialista Fernando Vernalha. Vernalha participou da elaboração da proposta aprovada pela Câmara. O projeto permite que sejam estabelecidas medidas para reequilibrar o contrato de concessão economicamente de maneira cautelar nos casos em que fique reconhecido evento que impacte esse equilíbrio do contrato. Também fica estabelecido que a concessionária poderá suspender a execução de obras públicas quando o poder concedente deixar de cumprir parte de suas obrigações – entre as quais, está a de fazer aportes públicos para custear parte da execução da obra. O projeto estabelece ainda que as concessionárias poderão buscar renda alternativa através de projetos associados ou exploração de outras atividades rentáveis. A concessionária deverá deixar explícito no contrato se as novas receitas reduzirão as obrigações de pagamento do poder que concedeu a concessão, bem como se serão consideradas em aferições de equilíbrio econômico-financeiro do contrato. O projeto também incluiu novos critérios para definição de uma concessão, como: o menor aporte de recursos pelo concedente – nos casos de realização de obras ou aquisição de bens; o menor prazo para exploração do serviço público; maior percentual de receita ao poder concedente ou para o estabelecimento da tarifa. A lei atualmente já previa os critérios de menor tarifa do serviço público a ser prestado e maior oferta pela outorga da concessão. Nos casos de uso de mais de um critério, deve ser considerada a maior pontuação obtida. Segundo o advogado especialista em infraestrutura, João Paulo Pessoa, a alteração na lei acompanha práticas, em parte, já adotadas pelo mercado. "Algumas das alterações propostas já estão incorporadas por alguns entes, como o reequilíbrio cautelar, o compartilhamento de receitas acessórias, aporte público em concessões. Mas a previsão em lei tende a aumentar a segurança jurídica." Para ele, a atualização da lei reforça a modalidade de parcerias público-privadas para obras de infraestrutura no país. Pontos problemáticos Novo Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal vai priorizar parcerias público-privadas O projeto também levantou preocupação por parte dos especialistas. Fernando Vernalha afirma que a possibilidade da concessão por adesão é uma nova modalidade que é difícil de ser operacionalizada em contrato. A concessão por adesão acontece nas hipóteses da administração pública ou um ente federado participar da licitação de outro. “É quando um município, por exemplo, pega carona na concessão de um município vizinho. Mas essa modalidade faz sentido para contratações mais singelas, não para contratação de serviços públicos complexos, como os objeto de uma concessão", diz Vernalha. Veja Mais
CNU 2025: veja os salários iniciais para as mais de 3 mil vagas ofertadas
Segunda edição do 'Enem dos concursos' deve ter edital publicado em julho, e as provas serão em duas etapas, em outubro e em dezembro. Confira o que já se sabe sobre a seleção. A ministra da Gestão, Esther Dweck, em coletiva de imprensa que apresentou a 2ª edição do CNU Adalberto Marques/Ministério da Gestão A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado, o CNU 2025, vai preencher 3.352 vagas de nível médio e superior em 35 órgãos do governo federal, com salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 17 mil. Nesta quinta-feira (8), o Ministério da Gestão, responsável pela iniciativa, divulgou quanto os candidatos aprovados vão ganhar ao assumirem os cargos em 2026. Veja abaixo. ➡️ ACESSE AQUI A REMUNERAÇÃO DE CADA CARGO ✅ Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp A realização do CNU 2025 foi anunciada no último dia 28 pela ministra Esther Dweck. Ela detalhou que o edital do concurso sairá em julho, e que as provas serão realizadas em duas etapas, em outubro e em dezembro. Veja o cronograma ao fim da reportagem. Lançado no ano passado, o chamado "Enem dos concursos" revolucionou a seleção de servidores públicos ao centralizar a disputa por vagas em diversos órgãos federais em uma só prova. Quase 1 milhão de candidatos participaram da primeira edição. Agora, mais uma vez, os participantes poderão fazer uma única inscrição para concorrer a vários cargos em diferentes órgãos públicos, ordenando-os por preferência no momento do cadastro. CNU 2025: veja o que se sabe e o que falta saber Mais de 3 mil vagas CNU 2025: lista de cargos, salários, cronograma e mais; veja o que se sabe Das oportunidades disponíveis na segunda edição, 2.844 são para nível superior e 508 para nível médio. (veja a tabela abaixo) O governo também informou que 2.180 das oportunidades são para início imediato, enquanto as outras 1.172 são para cadastro reserva, mas com expectativa de provimento no curto prazo, após a homologação dos resultados. A maioria das vagas é para órgãos com sede em Brasília (DF), mas também há opções em outros estados: 315 vagas no Rio de Janeiro (INTO, INC, INCA e Biblioteca Nacional, entre outros órgãos), 65 em São Paulo (Fundacentro), 66 no Pará (Instituto Evandro Chagas e Centro Nacional de Primatas) e 20 em Pernambuco (Fundação Joaquim Nabuco). Cronograma Escolha da banca organizadora: prevista para o mês de junho; Publicação do edital: prevista para o mês de julho; Período de inscrição: previsto para o mês de julho; Aplicação da prova objetiva: 5 de outubro de 2025; Aplicação da prova discursiva: 7 de dezembro de 2025; Divulgação dos resultados: prevista para fevereiro de 2026. Veja Mais
Presidente do INSS e ministros farão coletiva para detalhar ressarcimento de aposentados vítimas de fraude
Presidente do INSS e ministros farão coletiva para detalhar ressarcimento de aposentados vítimas de fraude Presidente do INSS e ministros farão coletiva para detalhar ressarcimento de aposentados vítimas de fraude no órgão;. Pagamentos serão feitos como parte do benefício dos pensionistas e aposentados. Veja o que se sabe até agora;. PF estima que mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS;. A fraude gerou onda de fake news nas redes sociais; governo faz alerta para risco de golpes. Veja Mais
Dólar abre em baixa após decisões do Copom e do Fed em linha com o esperado
No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,62%, cotada a R$ 5,7458. Já a bolsa recuou 0,09%, aos 133.398 pontos. Dólar vive disparada nos últimos dias Cris Faga/Dragonfly/Estadão Conteúdo O dólar abriu em baixa nesta quinta-feira (8), um dia após as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, que vieram em linha com as expectativas de agentes do mercado financeiro. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a Selic, taxa básica de juros, para 14,75% ao ano, um aumento de 0,50 ponto percentual, levando os juros para o maior patamar em 20 anos. O Copom atribuiu a decisão a dois principais fatores: os efeitos econômicos do tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, e a política fiscal mais expansionista do governo Lula. Apesar de não indicar uma nova alta para a próxima reunião, o comunicado do Comitê destacou que o "cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação." Já nos EUA, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve o referencial inalterado na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. No anúncio, a instituição também ressaltou as incertezas causadas pela política tarifária do presidente Trump. Nesta quinta, após a decisão do Fed, Trump disse que Powell é "um idiota" e voltou a chamá-lo de "atrasado demais" em uma publicação na sua plataforma Truth Social. No entanto, diferentemente das últimas declarações dadas pelo presidente, desta vez Trump afirmou que "tirando isso, gosta muito" de Powell. Investidores também aguardam o anúncio do primeiro acordo comercial dos EUA em razão do tarifaço. Mais cedo, Trump se antecipou e sinalizou que esse acordo será fechado com o Reino Unido. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Veja Mais
Ford aumenta preço nos EUA como consequência do tarifaço de Trump, diz agência
Segundo a agência Reuters, o aumento de preço afeta três dos veículos da marca, todos finalizados no México e que chegam ao país como modelos importados. Ford Bronco Sport 2025 é um dos carros afetados pelo aumento de preços nos EUA divulgação/Ford A Ford aumentou os preços de três de seus veículos produzidos no México a partir de 2 de maio, segundo informação da agência Reuters. A marca é uma das primeiras grandes montadoras a reajustar os valores de tabela após as tarifas impostas por Donald Trump. A alteração nos preços afeta, inicialmente, o mercado dos Estados Unidos e inclui o SUV elétrico Mustang Mach-E, a picape Maverick e o Bronco Sport. O reajuste pode chegar a até US$ 2 mil, segundo comunicado enviado às concessionárias norte-americanas. No início da semana, a Ford declarou que a guerra comercial iniciada por Donald Trump deverá gerar um custo adicional de aproximadamente US$ 2,5 bilhões em 2025, embora a empresa espere reduzir esse impacto em cerca de US$ 1 bilhão. A rival General Motors também estimou um aumento entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões em seus custos, após a imposição de tarifas elevadas sobre a importação de automóveis estrangeiros, mas espera compensar ao menos 30% desse valor. Um porta-voz da Ford informou à agência Reuters que os reajustes de preço afetarão veículos produzidos após 2 de maio, com chegada prevista às concessionárias norte-americanas no final de junho. LEIA MAIS VÍDEO: Mustang ganha edição limitada com câmbio manual por R$ 600 mil; veja os destaques Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido até abril de 2025; veja a lista Peças de carro dentro das normas de acordo comercial entre EUA, México e Canadá estão isentas das tarifas de 25% A marca afirmou que os aumentos refletem “ações usuais” de reajuste de preços típicas do meio do ano, combinadas com algumas tarifas que estão sendo enfrentadas. “Não repassamos o custo total das tarifas aos nossos clientes”, acrescentou. As ações da Ford caíram menos de 1% na manhã desta quarta-feira (7). A montadora também lançou um programa de descontos válido até 4 de julho para diversos modelos, segundo o porta-voz. As tarifas impostas por Trump geraram semanas de incerteza no setor automotivo, levando grandes montadoras dos EUA e da Europa a suspenderem previsões, alterarem linhas de produção e até paralisarem fábricas. Após semanas de resistência da indústria automobilística, Donald Trump decidiu suavizar as tarifas sobre peças automotivas importadas, concedendo créditos às montadoras por componentes fabricados nos Estados Unidos e evitando a aplicação de tarifas duplas sobre matérias-primas utilizadas na produção de veículos. No entanto, a Casa Branca ainda não suspendeu a tarifa de 25% sobre os 8 milhões de veículos que o país importa anualmente. Analistas estimam que as vendas de automóveis nos EUA podem cair em mais de 1 milhão de unidades por ano, caso as tarifas continuem em vigor. A Ford está em uma posição mais favorável para lidar com as tarifas do que alguns de seus concorrentes, graças à sua sólida base de produção nacional nos Estados Unidos. A empresa monta 79% dos veículos vendidos no país em território americano, contra 53% da GM, segundo analistas da consultoria Barclays. Ainda assim, a Ford importa do México um de seus modelos mais acessíveis e populares no mercado norte-americano: a picape Maverick. A maioria das grandes montadoras dos EUA enfrenta aumentos significativos nos preços de seus veículos de entrada produzidos localmente. A Ford e a GM também enfrentam tarifas elevadas sobre importações provenientes da China e da Coreia do Sul, respectivamente. A GM estimou que os custos relacionados às importações sul-coreanas somam cerca de US$ 2 bilhões, enquanto a Ford preferiu não divulgar os valores referentes à importação de veículos chineses. Ford F-150 2024: cinco coisas mais legais da picape Ford não tem carros totalmente feitos nos EUA Segundo a Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos Estados Unidos — equivalente ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) no Brasil — a Ford não possui nenhum veículo totalmente fabricado no país. Mustang Mach-E, o Bronco Sport e a Maverick são os únicos veículos com montagem final no México, o que faz com que cheguem aos Estados Unidos prontos para a venda. O SUV Escapade é o único veículo da Ford montado nos Estados Unidos, mas a maior parte de seus componentes é produzida em outros países. Ao todo, 27% vêm do México e 36% são fabricados nos EUA. A lista de carros americanos com peças produzidas no México segue abaixo: Escapade: 27% dos componentes feitos no México; Mustang: 22% dos componentes feitos no México; Expedition: 22% dos componentes feitos no México; Ranger: 20% dos componentes feitos no México; Explorer: 17% dos componentes feitos no México; Bronco: 16% dos componentes feitos no México. Dentre os modelos vendidos nos Estados Unidos, apenas a picape Ford Ranger possui motor fabricado no país. Todos os demais têm o bloco produzido no México. Veja Mais
Crédito consignado ao setor privado com garantia do FGTS atinge marca de R$ 10 bilhões
Modalidade começou em 21 de março sem regulamentação do FGTS como garantia apenas em junho. Febraban já previa que primeiros dias de operação seriam 'mais modestos'. As instituições financeiras emprestaram R$ 10,1 bilhões as trabalhadores com carteira assinada do setor privado por meio da nova linha de crédito com garantia do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), conhecida também como "Consignado CLT". Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego nesta quarta-feira (7). O valor ainda segue distante da estimativa de que podem ser liberados mais de R$ 100 bilhões em três meses, mas está dentro das expectativas iniciais tanto do governo quanto da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que a linha de crédito vai ganhar força com o passar do tempo. Consignado CLT: contratação será feita diretamente com os bancos a partir desta sexta Veja Mais
Governo quer ajuda do Banco dos Brics para financiar um dos maiores projetos de infraestrutura do país
Verba será para a Linha de Transmissão Graça Aranha, que conectará a energia elétrica entre os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. Nova linha vai permitir que energia escoe para o Sudeste. O governo federal vai buscar apoio do Novo Banco do Desenvolvimento (NBD), dos Brics, para financiar a Linha de Transmissão Graça Aranha, que conectará a energia elétrica entre os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. O Brics é um grupo de países emergentes que se unem para fortalecer laços comerciais. Entre os integrantes estão Brasil, China, Rússia e Índia. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou nesta terça-feira (6) com executivos da companhia chinesa State Grid Corporation, em uma reunião para alinhar parcerias na área de energia. A State Grid Corporation é uma das maiores empresas do setor elétrico mundial e parceira estratégica do Brasil na área de energia. A companhia chinesa vai investir R$18 bilhões até 2030 no projeto. ANEEL acompanha obras da linha de transmissão energética entre Manaus e Boa Vista O empreendimento, considerado um dos maiores de infraestrutura energética no Brasil, será fundamental para reduzir os chamados "curtailment", que são os cortes de geração de energia renovável, atualmente realizados pelo ONS, para evitar sobrecarga no sistema. Isso ocorre porque, com mais energia para ser escoada do que linhas de transmissão disponíveis, as linhas podem ficar sobrecarregadas se não houver os cortes. Só que os cortes estão prejudicando os geradores de energia e, além disso, representam um desperdício de potencial elétrico. Dessa forma, a nova Linha de Transmissão vai permitir que essa energia renovável escoe para o Sudeste do país, por meio de maior integração do sistema. Linha de transmissão de energia, em Brasília. Ueslei Marcelino/ Reuters O encontro de Silveira com a companhia chinesa antecede a viagem oficial do ministro à Rússia e à China, onde integrará a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Silveira deve participar de debates sobre temas estratégicos do setor elétrico mundial, com foco na transição energética e no fortalecimento da cooperação entre países emergentes. A agenda internacional do ministro ainda inclui reuniões com autoridades e investidores internacionais para discutir estratégias de ampliação da matriz energética renovável, inovação tecnológica no setor elétrico e cooperação multilateral na transição para uma economia de baixo carbono. No mês passado, Silveira se reuniu com a presidente do banco dos BRICS, Dilma Rousseff, em Xangai. Dentre as pautas do encontro, o ministro defendeu parcerias e investimentos com bancos internacionais para fortalecer e defender a economia nacional. Veja Mais
Copom deve subir juro para 14,75% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas
Essa é a expectativa da maioria do mercado financeiro. Banco Central tem dito que aguarda sinais consistentes de desaceleração da economia para interromper ciclo de alta nos juros. Banco Central do Brasil (BC). Adriano Machado/ Reuters O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (7) e deve subir a taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano — um aumento de 0,5 ponto percentual. Essa é a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro, a partir das indicações do próprio Banco Central. Recentemente, a instituição informou, em documentos oficiais, que subiria novamente a taxa em maio (mas com menor intensidade). Com o novo aumento, a taxa Selic deve atingir o maior patamar desde julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquele momento, os juros estavam em 15,25% ao ano. Se confirmada, esta será a sexta elevação seguida na taxa Selic, que serve de referência para taxas de juros cobradas no Brasil. O anúncio da nova taxa de juros acontecerá após as 18h. Desaceleração econômica O Banco Central tem dito que busca uma desaceleração (ritmo menor de crescimento) para a economia como forma de tentar conter as pressões inflacionárias, e atingir as metas de inflação. No relatório de política monetária, divulgado em março, a instituição informou que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, avaliou no fim do mês passado que os sinais de desaceleração da economia ainda são muito iniciais e que é necessário manter vigilância sobre o comportamento dos preços. Galípolo reforça necessidade de alta dos juros na próxima reunião Entre os motivos para a inflação alta, o BC tem listado: a resiliência do nível de atividade; o mercado de trabalho aquecido; a alta de gastos públicos. Apesar da economia doméstica aquecida, contribui para a desaceleração o contexto da economia internacional, marcado pelo tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump — que freia o ritmo global de expansão (com tendência de impactar também o Brasil). Entenda como age o BC Veja Mais
Lula dá aval a medida provisória que amplia gratuidade da conta de luz, diz ministro
Texto será enviado ao Congresso após viagem de Lula à Rússia, de acordo com ministro. Últimos detalhes foram definidos em reunião no Palácio da Alvorada, nesta terça (6). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou, nesta terça-feira (6), a medida provisória (MP) que promove uma reforma do setor elétrico e prevê descontos na tarifa de luz para cerca de 60 milhões de brasileiros. A informação foi divulgada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo ele, o presidente irá formalizar o envio da medida após a viagem à Rússia. "O presidente Lula aprovou a reforma, nos termos que nós encaminhamos à Casa Civil e assim que nós retornamos da Rússia e da China, nós queremos que o presidente Lula faça o anúncio oficial do encaminhamento". Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, diz que governo pode adotar horário de verão em 2024 Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo De acordo com o ministro, Lula incumbiu a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, de preparar uma boa recepção da proposta no Senado e na Câmara dos Deputados. O texto passará a valer a partir do momento da publicação como MP. No entanto, precisará ser votado e aprovado pelo Congresso em um prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Caso contrário, perde a validade. A proposta determina a ampliação da tarifa social, com descontos em etapas: Em um primeiro momento, cerca de 14 milhões de cidadãos terão gratuidade. Os 46 milhões restantes terão um desconto significativo. Como vai funcionar? Veja Mais
Qual o tamanho da fortuna da Igreja Católica e de onde vem a riqueza
Desde o início de seu pontificado, o papa Francisco se esforçou em retirar o véu que encobria as finanças da Santa Sé com medidas que mudaram e enxugaram a engrenagem da máquina da Cidade do Vaticano e repercutiram na igreja em geral. Basílica de São Pedro, no Vaticano. REUTERS Há uma máxima que diz que o valor do patrimônio da Igreja Católica é um dos mistérios da fé, tamanho segredo que a instituição guardou ao longo dos séculos sobre o assunto. Diante de tanto sigilo, as especulações sobre o tamanho da fortuna da Santa Madre se avolumaram, criando uma mística em torno do tema que beiravam a ingenuidade e comentários como "por que o papa não vende o Vaticano para acabar com a fome no mundo?". O fato é que, desde o início de seu pontificado, o papa Francisco, morto em 21 de abril, se esforçou em retirar o véu que encobria as finanças da Santa Sé com medidas que mudaram e enxugaram a engrenagem da máquina do Vaticano e repercutiram na Igreja em geral. Uma delas foi divulgar, em 2021, o balanço financeiro público da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa) do ano de anterior, prática que vem sendo seguida desde então. Foi a primeira vez, desde a criação em 1967 da Apsa, responsável pela gestão de imóveis e investimentos, que tais cifras vieram a público. De acordo com o último relatório, referente a 2023 e divulgado no ano passado, a Igreja teve um lucro total de 45,9 milhões de euros (aproximadamente R$ 294,8 milhões) e um aumento de ativos de 7,9 milhões de euros (R$ 50,7 milhões). O patrimônio líquido não foi divulgado, mas o último número de que se tem notícia é 886 milhões de euros (R$ 5,69 bilhões). Esse valor é referente a todos os ativos administrados pelo Banco do Vaticano, ficando de fora imóveis, terras e demais bens. A Igreja ainda ganha com a gestão dos mais dos 5 mil imóveis, dos quais 20% são alugados, o que que gera uma receita operacional de 73,6 milhões de euros (RS 477,2 milhões) e um lucro líquido de 35 milhões de euros (R$ 224,8 milhões) por ano. É importante fazer uma observação: todos esses valores são relativos apenas à economia que o Vaticano movimenta. Mas as finanças da Igreja são descentralizadas, cabendo a cada diocese do mundo gerir seu orçamento, o que significa que, na prática, o total é ainda maior e talvez seja incalculável. "É praticamente impossível avaliar o patrimônio de toda a Igreja Católica", afirma Fernando Altemeyer Junior, professor do departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). De toda forma, seu patrimônio pode ser seguramente estimado em escala multibilionária, de acordo com especialistas. A Igreja é, por exemplo, considerada uma das maiores proprietárias de terras do mundo. Especialistas no tema estimam que ela possua entre 177 e 200 milhões de acres, quase o tamanho do Estado do Pará, incluindo igrejas, escolas, hospitais, mosteiros e propriedades rurais e urbanas. A origem da fortuna da Igreja Católica Mas de onde vem este dinheiro, já que a Igreja Católica é uma instituição religiosa que em tese não visa o acúmulo de bens ou o lucro, segundo o Código de Direito Canônico? A Igreja começou a acumular bens e riqueza a partir do século 4, com o imperador Constantino (272-337 d.C.), que alçou o catolicismo à religião oficial do Império Romano. Até este momento, como apontam os historiadores, os cristãos viviam de forma humilde e celebravam seus cultos em suas próprias casas, majoritariamente humildes, até em catacumbas. Isso era considerado natural para os seguidores de uma religião baseada nas palavras e ações de um judeu pertencente às castas sociais inferiores, que pregava o comedimento, a sobriedade e ações voltadas aos menos favorecidos. "Esses eventos mudaram radicalmente a história do cristianismo e do Império Romano", escreve Ney de Souza, professor de história eclesiástica e especialista em religião e política, em seu livro História da Igreja (Ed. Vozes). "A partir deste momento, temporal e espiritual entrelaçaram seus destinos. Os séculos seguintes demonstraram se essa aliança e as sucessivas foram a melhor estratégia da instituição religiosa ou se do martírio [sofrido pelos cristãos] e das catacumbas [onde eles professavam sua fé] se passou para os palácios, em grande prejuízo para a vivência da fé cristã, chegando à Reforma Protestante." De perseguida, a Igreja se tornou privilegiada e detentora de muitos bens. A simplicidade de seus seguidores, um diferencial no início, dá lugar a um status e símbolos de riqueza equiparados a dignatários do império. O perigo de acomodação e contaminação com o poder se tornam reais. "No percurso da história do cristianismo, é possível verificar que o joio e o trigo estão sempre presentes", escreve Souza. "Às vezes, o joio em quantidade maior, outras vezes o trigo; mas mesmo que o trigo seja em número reduzido, é ele o responsável pela continuidade do seguimento a Jesus de Nazaré." Dentre os católicos, nomes como o santo Francisco de Assis e o próprio papa Francisco seriam os representantes desta defesa da simplicidade. Enquanto figuras como o papa Bento 9º (102-1055), que chegou a vender o trono papal, e do cardeal Giovanni Angelo Becciu, chefe da Secretaria de Estado do último pontificado, afastado após desviar cerca de 200 milhões de dólares (R$ 1,13 bilhão) destinados à caridade para comprar um apartamento em Londres, seriam exemplos em sentido contrário. Constantino e outros tantos líderes do Império Romano doaram à Igreja palácios, imóveis, terras a perder de vista e até termas, além de quantidades inimagináveis de ouro e prata. A partir daí, o mecanismo da doação em troca de algo, até mesmo para a Igreja se firmar em determinado território, se estabeleceu. Até que, no século 18, surgiram os Estados papais, territórios na Península Itálica que funcionavam como entidades político religiosas sob o comando de um papa, e a hierarquia católica emergiu como autoridade civil, tornando-se aliada declarada das famílias mais abastadas da Europa. Apesar de nem sempre ter desfrutado da bonança — a Idade Média, por exemplo, foi um período de vacas magras, pelos católicos não nutrirem da simpatia dos poderes constituídos à época —, pode-se afirmar com segurança que a Igreja Católica construiu seu patrimônio por meio de doações de fiéis e de pessoas interessadas na sua influência política e social. Hoje, no século 21, agrega-se a isso seu patrimônio cultural, que inclui obras de valor incalculável, museus que recebem milhões de visitantes (pagos) por ano, e os investimentos no mercado financeiro, terreno que já foi epicentro de inúmeros escândalos de grandes proporções. g1 no Vaticano: veja como está Praça de São Pedro às vésperas do conclave Cidade do Vaticano, o centro do poder No centro do poder católico, a Cidade do Vaticano, o regime de governo é a monarquia absoluta exercida pelo papa, nome dado ao bispo de Roma, que carrega outros títulos como Vigário de Jesus Cristo, sucessor do príncipe dos apóstolos e Sumo pontífice da Igreja Universal. O Estado do Vaticano se estabeleceu por volta do ano 752 durante o pontificado de Estevão 2º (715-757). Os primeiros museus datam da época do papa Júlio 2º (1443-1513). O Vaticano é sustentado por meio da colaboração financeira de todas as dioceses do mundo, particularmente das americanas e alemãs, duas das mais abastadas. Outra fonte de receitas é o turismo. No interior da cidade, estão localizados os organismos da Cidade-Estado, os dicastérios e serviços da Santa Sé, entre os quais: Palácio Apostólico, 15 museus, galerias de arte (Capela Sistina, capelas de Rafael, Pinacoteca Vaticana, Museu Missionário Etnológico, Museu histórico), Biblioteca Apostólica Vaticana, Rádio Vaticana, banco, Observatório Astronômico, Domus Vaticanae (antiga Casa Santa Marta), Basílica de São Pedro, prédios contíguos à Basílica, Jornal Osservatore Romano, Vatican Media - Centro Televisivo Vaticano, Libreria Editrice e os arquivos apostólicos. Há 12 prédios ou espaços extraterritoriais que pertencem ao Vaticano, entre os quais as Basílicas Maiores de São João de Latrão, de São Paulo extramuros, de Santa Maria Maior e a paróquia de Santa Ana, além dos escritórios dos dicastérios e a Villa de Castel Gandolfo, conhecida como a residência de verão dos papas. Há também o óbolo de São Pedro, que consiste em doações voluntárias realizadas por fiéis do mundo todo. Essas doações são destinadas a obras de cunho social e manutenção das atividades do Vaticano, turismo e museus, que atraem milhões de pessoas por ano para algumas atrações. Dentre elas, o Museu do Vaticano e a Capela Sistina, a venda de selos postais e moedas comemorativas e, a mais controversa, a atuação de suas instituições financeiras, o Instituto para Obras da Religião (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano, que administra ativos financeiros significativos, e a Apsa. O Vaticano também é detentor de um dos maiores acervos artísticos e culturais do mundo. No entanto, esses bens são considerados patrimônio imensurável e não estão disponíveis para venda ou uso comercial. Boa parte desse patrimônio provém do ditador italiano Benito Mussolini (1883-1945). Em 1929, ele depositou 1,75 bilhão de liras nos cofres da Santa Sé por meio da Conciliação, um ressarcimento pelos bens que eram de propriedade do Estado com a Unificação. Boa parte desse patrimônio provém do ditador italiano Benito Mussolini (1883-1945). Em 1929, ele depositou 1,75 bilhão de liras nos cofres da Santa Sé por meio da Conciliação, um ressarcimento pelos bens da Igreja Católica que foram retirados durante a Unificação italiana (1861). O movimento político e militar consolidou diversos reinos, ducados e Estados independentes, entre eles os Estados Papais, no reino da Itália. Na época, especialmente entre 1860 1870, muitos bens e territórios foram retirados dos católicos, o que representou um dos momentos mais delicados da história na relação entre a Igreja e Itália unificada. Cerca de um quarto deste valor foi usado pelo papa Pio 11 (1857-1939) para estruturar o novo Estado do Vaticano, erguer os edifícios da Santa Sé (como o monumental palácio de San Calisto, em Trastevere/Roma) e construir moradias para funcionários próximas ao Vaticano. O restante do dinheiro recebido foi aplicado em uma série de investimentos usando como estratégia o princípio da diversificação, a fim de evitar riscos. Por conta disso, a Apsa possui imóveis na Grã-Bretanha, França e Suíça, além da Itália, principal país de investimento, especialmente Roma, com 92% das unidades imobiliárias, que vão de edifícios a escritórios, lojas e restaurantes. Números nebulosos Atualmente, parte do patrimônio imobiliário, juntamente com a gestão da carteira de investimentos — cerca de 1,77 bilhão de euros (R$ 11,37 bilhões) — geram rendimentos destinados para a manutenção da Cúria Romana, o órgão gestor do Vaticano. Esta é a função principal das finanças do Vaticano: sustentar a máquina da Santa Sé, as nunciaturas, as movimentações do papa e as ações de caridade. Em 2019, questionado sobre as finanças, papa Francisco defendeu a necessidade de investir, não para especular, mas para evitar que o capital se desvalorizasse. "Que se mantenha ou renda um pouco", afirmou. Isso se faz relevante porque a Santa Sé, apesar de estar amparada pelo Estado do Vaticano, não é por si só um Estado, disse o historiador italiano Andrea Riccardi, fundador da organização católica Comunidade de Santo Egídio, ao jornal italiano Corriere dela Sera. "Não tem impostos nem dívida pública. Conta com o rendimento de seus bens e, sobretudo, com as ofertas dos fiéis. A tendência disso está ligada à opinião pública dos católicos", diz Riccardi. "Por isso, assim como por outros motivos, são necessárias transparência orçamentária e ordem na gestão." No entanto, as receitas e despesas anuais do Vaticano foram significativamente subnotificadas, e seus ativos totais são o dobro do que foi antes declarado (cerca de 4 bilhões de dólares, ou R$ 25,69 bilhões). A constatação é do padre jesuíta espanhol Juan Antonio Guerrero Alves, responsável pela Secretaria de Economia, escritório criado por Francisco no início de sua reforma econômica, em 2014. Para controlar os gastos excessivos, o Vaticano começou a vender cerca de 20 a 25 milhões de dólares (R$ 160,6 milhões) de seu patrimônio todos os anos. "Esses desafios precisam ser enfrentados e não está claro como uma igreja lutando com o declínio de membros em países com as economias mais desenvolvidas do mundo pode gerar os recursos necessários para se manter", afirma o vaticanista americano John Allen Jr. 'Rezem por nós': cardeais fazem última reunião antes do conclave As dioceses mais ricas Mesmo sob a sombra do declínio no número de fiéis generosos nas nações mais desenvolvidas, principalmente na Europa e Estados Unidos, onde a debandada de devotos é mais acentuada, há países nos quais a Igreja Católica é riquíssima. O mais cintilante membro deste rol milionário é a Alemanha. Lá a prosperidade impera por conta do kirchensteuer, o imposto eclesiástico cobrado diretamente dos membros de comunidades religiosas reconhecidas pelo Estado, como a Igreja Católica. O kirchensteuer corresponde uma porcentagem da renda tributável do cidadão, variando entre 8% e 9%, dependendo do Estado. Em 2023, a Igreja arrecadou aproximadamente 6,51 bilhões de euros (R$ 41,75 bilhões) com a taxa, representando uma queda de cerca de 5% em relação ao ano anterior, quando foram arrecadados 6,84 bilhões de euros (R$ 43,9 milhões). Apesar do número vultuoso, a diminuição da arrecadação preocupa a hierarquia católica, pois está diretamente ligada à debandada de fiéis. Parte da responsabilidade nessa queda de fiéis na Alemanha se dá pelas seguidas crises de imagem da Igreja no país. Em 2013, veio à tona o escândalo do então bispo de Limburg, Franz-Peter Tebartz van Elst. As despesas com a construção de seu palácio episcopal saltaram de 5 milhões de euros para pelo menos 31 milhões (R$ 199 milhões) em cinco anos, crise que recaiu sobre toda a Igreja Católica alemã. Tais gastos levaram muitos alemães a questionar a riqueza da Igreja. Após as pressões da imprensa, metade das 27 dioceses alemãs tornou público o seu patrimônio. Foi então que a população descobriu que conhecia somente uma pequena parte do total. De fato, embora os bispos devam publicar seus balancetes, os números da Igreja permaneciam confidenciais. Além dos bens imóveis clássicos, ela possuía dez bancos, diversas companhias de seguros, 70 hotéis, importantes sociedades de gestão imobiliária e diversos meios de comunicação. Em 2023, somente a diocese de Colônia, uma das mais ricas do mundo, avaliava seu patrimônio líquido em 4,32 bilhões de euros (cerca de R$ 26,1 bilhões). No mesmo ano, ela arrecadou 655 milhões de euros (R$ 4,2 bilhões) por meio do imposto eclesiástico, o que representou 70% da sua receita anual total. Esta operação transparência permitiu à população conhecer, ainda que de forma limitada, um pouco da pujança da vida privada dos religiosos católicos alemães. Como o bispo Tebartz-van Elts, que dispunha de uma banheira de 15 mil euros (R$ 96,3 mil), e o arcebispo de Munique, cardeal Reinhard Marx, morador de um imponente palácio barroco, restaurado por 8,7 bilhões de euros (R$ 55, 9 bilhões), três quartos dos quais ficaram a cargo dos contribuintes. O mesmo Reinhard Marx dispõe, entre outros bens, de uma BMW 730 — com direito a motorista. Foi uma constatação que muitos católicos alemães consideram indigesta ao descobrir que sustentavam tantos luxos. "Nenhum bem da Igreja Católica está no nome de pessoa física, ou seja, padre, bispo, cardeal ou qualquer religioso", afirma padre Antonio Lisboa Lustosa, professor de teologia e especializado em ciências da religião. O religioso reconhece haver desvios entre alguns de seus pares e que tais práticas, de luxo, soberba e ostentação, não condizem com o cristianismo. "Muitas vezes acontece, mas ninguém pode esquecer que igreja é composta por homens passíveis de erro", diz Lustosa. "De qualquer forma, o pregado por Jesus Cristo e reforçado pelo papa Francisco é a manutenção da sobriedade, da simplicidade". Já a Igreja dos Estados Unidos, outra das que mais abastece o Vaticano com contribuições, não fica atrás. Lá, a hierarquia católica possui um vasto patrimônio, incluindo universidades renomadas como Notre Dame, em Indiana (receita de 1,76 bilhão de dólares, ou R$ 9,9 bilhões), e Georgetown, em Washington (receita de 1,92 bilhão de dólares, ou R$ 10,8 bilhões), além de hospitais e escolas. Embora não haja um imposto eclesiástico obrigatório, a Igreja recebe significativas doações privadas. Estima-se que os religiosos americanos arrecadem anualmente cerca de 10 bilhões de dólares (R$ 56,7 bilhões) em doações, além de possuir ativos imobiliários e financeiros consideráveis. Vale considerar que a Igreja americana concentra o maior número de religiosos da ala conservadora católica, que se mantém intimamente ligados à direita radical. G1 em 1 Minuto: Horários do fim das votações do conclave Os números do Santuário de Aparecida O Brasil, o país com o maior número de católicos no mundo, também possui uma Igreja com considerável influência e patrimônio. Embora não haja dados financeiros consolidados — não existe um relatório financeiro público nacional, o que dificulta a obtenção de um panorama completo das finanças da Igreja —, as dioceses brasileiras administram uma vasta rede de paróquias, escolas, hospitais e universidades. Além disso, recebem doações de fiéis e possuem isenções fiscais. É também no Brasil que fica o maior e segundo mais visitado santuário mariano do mundo, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, localizado em Aparecida, no interior de São Paulo, considerado o mais rico do mundo em recursos financeiros, segundo dados fornecidos pelas próprias dioceses e consolidados por especialistas em turismo religioso. Seu tamanho impressiona: uma área de 1,3 milhão de metros quadrados, incluindo o templo. Ali, estão distribuídas áreas comerciais e de lazer com capacidade para até 70 mil fiéis em sua basílica central, um complexo com 380 lojas e restaurantes, 900 banheiros, hotel com 330 quartos, heliporto, estábulo para cavalos dos peregrinos e o maior estacionamento da América Latina, com capacidade para 2 mil ônibus e 3 mil automóveis. O santuário recebe cerca de 10 milhões de peregrinos por ano, que gastam, em média, R$ 120 por dia, o que resulta em uma receita anual de aproximadamente R$ 1,4 bilhão na cidade de somente 35 mil habitantes. Para manter essa estrutura complexa, o centro de peregrinação se mantém com comércio de artigos religiosos e doação de fiéis. Durante a visita do Papa Bento 16 ao Brasil, em 2007, a arrecadação mensal da Basílica, segundo divulgado pela arquidiocese à época, variava entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões, impulsionada por campanhas de doações. O santuário também investiu cerca de R$ 60 milhões na construção da "Cidade dos Romeiros", um complexo que inclui hotéis, centro de convenções e áreas comerciais. A França não figura na lista dos países com maior população católica no mundo. Atualmente, 29% dos franceses se declaram católicos — há dez anos, eram 70%. Mas é lá que está o terceiro templo católico mais visitado do mundo, a Catedral de Notre-Dame, em Paris. Antes do incêndio de 2019, que a manteve fechada por cinco anos, ela recebia cerca de 13, 6 milhões de visitantes por ano, à frente de atrações turísticas como a Torre Eiffel e o Museu do Louvre. A restauração da catedral compreendeu um projeto que envolveu colaboração internacional e um investimento significativo. A restauração do templo gótico construído há nove séculos custou cerca de 700 milhões de euros (R$ 3,97 bilhões), e arrecadou 846 milhões de euros (R$ 4,79 bilhões) por meio de doações de cerca de 340 mil pessoas de 150 países. Entre os doadores, nomes como o bilionário Bernard Arnault, que comanda o conglomerado LVMH, e a família Bettencourt, que está à frente da multinacional L'Oréal, cada um desembolsando 200 milhões de euros (R$1,13 bilhão), e François Pinault, fundador do grupo de luxo Kering, com 100 milhões de euros (R$ 567 milhões). Tais cifras condizem com o tamanho do patrimônio que sustenta uma instituição dotada de uma máquina monumental, composta por milhares de funcionários e religiosos espalhados pelo mundo, universidades, museus, hospitais e centenas de obras assistenciais, entre outros. Em entrevista ao diretor do jornal Corriere della Sera, Ferrucio de Bortoli, em 2014, o papa Francisco defendeu que a questão não tanto o tamanho desta fortuna, mas a falta de transparência em torno dela. Ao ser questionado sobre a riqueza e os excessos da Igreja, Francisco disse: "Jesus diz que não se pode servir a dois senhores, a Deus e à riqueza. E quando seremos julgados no juízo final, a nossa proximidade à pobreza contará. A pobreza afasta da idolatria, abre as portas à Providência". E concluiu: "O dinheiro é sempre traidor". Veja Mais
Latam anuncia retomada dos voos comerciais em Viracopos após suspensão na pandemia
Companhia não transportava passageiros no terminal desde 2020, quando alegou queda da demanda e demitiu funcionários. Empresa também vai atuar em Parnaíba (PI) e ampliar voos de Brasília (DF). Avião Latam Latam/Divulgação A Latam Airlines vai retomar os voos comerciais no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), no segundo semestre deste ano. As operações estavam suspensas desde 2020, quando a empresa alegou queda da demanda devido à pandemia da Covid-19. A partir do dia 1º de agosto, a Latam oferecerá a rota Campinas-Brasília com 21 frequências semanais. O trecho será realizado por aeronaves da família Aribus 320, com capacidade para até 214 passageiros, de acordo com a companhia. Veja Mais
Dólar opera em alta, ainda sob a pressão das expectativas de juros e tarifaço dos EUA
No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,63%, cotada a R$ 5,6893. Já a bolsa encerrou em queda de 1,22%, aos 133.491 pontos. Dólar freepik O dólar opera em alta nesta terça-feira (6), iniciando mais um pregão com o mercado de olho nas reuniões de política monetária que acontecem no Brasil e nos Estados Unidos. Por volta das 9h40, a moeda americana era negociada acima dos R$ 5,70. Os encontros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) por aqui e o do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começam hoje e terão seus resultados divulgados nesta quarta-feira (7). Nos dois países, os bancos centrais decidem sobre o futuro das taxas básicas de juros, que servem como referência para todos os juros praticados nas regiões. No cenário brasileiro, a expectativa é de alta na taxa Selic, hoje em 14,25% ao ano. Se a projeção se concretizar, essa será a sexta alta consecutiva dos juros no Brasil, numa tentativa do BC de controlar o avanço da inflação, que encerrou 2024 acima da meta. Já nos EUA, a expetativa dos investidores é que o Fed mantenha suas taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano. Mas mais do que as indicações sobre os juros, o mercado deve acompanhar com atenção o que a instituição vai sinalizar sobre o cenário econômico e de juros do país, por conta da política tarifária de Trump. O tarifaço, inclusive, gerou novos comentários nesta terça. Em um novo cenário de promessas de acordos comerciais para evitar as altas tarifas de Trump, a União Europeia disse que não vai aceitar a pressão de um acordo que não seja bom para o bloco. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Veja Mais
Como tarifas de Trump podem afetar Hollywood?
À medida que Trump volta sua atenção para o que ele chama de indústria cinematográfica "moribunda" dos EUA, sua solução provocou fortes reações. Thunderbolts* da Marvel está atualmente no topo das bilheterias dos EUA. Getty Images via BBC O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que aplicará tarifas de 100% sobre filmes produzidos em países estrangeiros, intensificando as disputas comerciais com países ao redor do mundo. Trump afirmou em uma publicação no Truth Social que estava autorizando o Departamento de Comércio e o Representante Comercial dos EUA a iniciar o processo de imposição da taxa porque a indústria cinematográfica americana estava morrendo "muito rapidamente". Posteriormente, ele disse que consultaria executivos de Hollywood para ver se "eles estavam satisfeitos" com sua proposta, após a notícia ter repercutido na indústria. Mas o que isso pode significar tanto para a indústria cinematográfica dos EUA quanto para a indústria cinematográfica global? LEIA TAMBÉM: Silêncio nas docas: maior porto dos EUA sente efeito da guerra comercial de Trump Trump fala em 'período de transição' e minimiza risco de recessão nos EUA Trump promete pagar US$ 1 mil a imigrantes ilegais que deixarem o país por iniciativa própria Hollywood está 'morrendo'? Ao anunciar as novas tarifas, Trump declarou que Hollywood estava "morrendo". Será mesmo? É verdade que a indústria cinematográfica passou por um momento muito difícil nos últimos anos. A pandemia levou à paralisação das produções e o impacto continua. Os estúdios de Hollywood gastaram US$ 11,3 bilhões (R$ 64 bilhões) em produções no segundo trimestre de 2024, uma queda de 20% em relação ao mesmo período de 2022, à medida que os estúdios continuavam a cortar custos na tentativa de se recuperar das perdas causadas pela covid-19. Qualquer tentativa de recuperação foi então severamente sufocada pelas greves de atores e roteiristas de 2023. Então, os incêndios florestais atingiram o país no início deste ano. E, há vários anos, cada vez mais pessoas — não somente os jovens — têm recorrido ao YouTube e a outras plataformas de streaming para obter conteúdo. Os EUA continuam sendo um importante polo de produção cinematográfica e, de acordo com a Variety, 2025 viu uma recuperação nos números de bilheteria em relação ao ano passado, com a receita doméstica total crescendo 15,8% em relação a 2024 até o momento. O mais recente filme de super-heróis da Marvel, Thunderbolts*, liderou as bilheterias americanas neste fim de semana, arrecadando cerca de US$ 76 milhões, marcando um início promissor para a temporada de verão. Mas Hollywood definitivamente ainda está em apuros. Trump anuncia tarifa de 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA O que Trump propõe? O presidente afirma que quer "iniciar imediatamente o processo de instituir uma tarifa de 100% sobre todo e qualquer filme que entre em nosso país e seja produzido em terras estrangeiras. Queremos filmes feitos na América novamente!" Isso levantou questionamentos sobre se as tarifas também se aplicariam a empresas cinematográficas americanas que produzem filmes no exterior. Vários filmes recentes de grande porte produzidos por estúdios americanos foram filmados fora dos Estados Unidos, incluindo Deadpool & Wolverine, Wicked e Gladiador II. Franquias de sucesso como Missão Impossível também são filmadas no exterior. Também não sabemos ainda se as tarifas serão aplicadas retroativamente. Trump disse posteriormente a repórteres que "outras nações têm roubado os filmes e a capacidade de produção cinematográfica dos Estados Unidos", o que pode sugerir que ele se referia somente a filmes não americanos. O porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, disse à BBC que "nenhuma decisão final sobre tarifas para filmes estrangeiros foi tomada" e acrescentou que o governo está "explorando todas as opções". Teremos que aguardar mais detalhes. Que incentivos outros países oferecem? A Amazon, sediada nos EUA, agora detém os direitos criativos de James Bond. Getty Images via BBC Muitos países oferecem incentivos fiscais para incentivar a produção cinematográfica, como Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido, e isso é algo que Trump quer abordar. Mas não é o único motivo pelo qual uma produtora cinematográfica americana pode querer filmar no exterior. Alguns optam por fazê-lo por causa da localização específica, cenários exóticos e emocionantes, por exemplo. Quem poderia esquecer a subida de Tom Cruise ao Burj Khalifa, em Dubai, em Missão: Impossível - Protocolo Fantasma? O que isso poderia significar para o próximo filme de James Bond, uma franquia agora de propriedade da gigante americana Amazon, mas baseada em um icônico personagem britânico que trabalha para o MI6, sediado em Londres? E não são somente outros países que oferecem incentivos – outros estados americanos estão atraindo a produção cinematográfica para longe de Hollywood. Geórgia, Illinois e Kentucky estão entre os muitos outros estados americanos com os quais a Califórnia agora compete. Gavin Newsom, governador da Califórnia, que Trump descreveu como "grosseiramente incompetente" ao falar sobre as tarifas de cinema na segunda-feira, está atualmente pressionando por seu plano para mais que dobrar os incentivos fiscais para cinema e TV no estado, para US$ 750 milhões anuais. Embora Newsom ainda não tenha feito nenhum comentário sobre a proposta de Trump, seu assessor sênior de comunicação disse ao Deadline: "Acreditamos que ele não tem autoridade para impor tarifas sob a Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional, uma vez que tarifas não são listadas como uma solução sob essa lei." Como essas tarifas realmente funcionariam? Há mais perguntas do que respostas neste momento. A Organização Mundial do Comércio (OMC) impôs uma moratória sobre tarifas para bens digitais até 2026. Presumivelmente, filmes são considerados bens digitais. E em que baseariam as tarifas? Receita de bilheteria ou custos de produção? O conteúdo de streaming está incluído? Isso teria um enorme impacto em empresas americanas como a Netflix. E quanto à pós-produção, ou seja, à edição? Tim Richards, CEO e fundador da Vue Entertainment, disse ao programa Today da BBC Radio 4: "Grande parte disso é o que constitui o cinema americano — é de onde vem o dinheiro, o roteiro, o diretor, o talento, onde foi filmado?" E como classificar um filme estrangeiro quando tantos são coproduções e frequentemente filmados em vários países? Trump parecia estar falando sobre cinema e não sobre TV, mas não está 100% claro neste momento. As tarifas se aplicariam a filmes feitos para streaming ou somente a lançamentos no cinema? Teremos que aguardar mais detalhes. E, claro, Trump pode voltar atrás nas propostas, como fez com outras tarifas. Senado americano tenta barrar tarifas de Trump, mas não consegue O que isso poderia significar para outros países? Obviamente, impor uma tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros significa um enorme aumento de custos para as produtoras que desejam vender para o mercado americano. Comentando o anúncio de Trump, a presidente do Comitê de Cultura, Mídia e Esporte do governo do Reino Unido, e deputada Dame Caroline Dinenage, disse: "No mês passado, o Comitê de Cultura, Mídia e Esporte alertou contra a complacência com nosso status de Hollywood da Europa. O anúncio do presidente Trump tornou esse alerta bastante real. "Dificultar a produção de filmes no Reino Unido não é do interesse das empresas americanas. Seu investimento em instalações e talentos no Reino Unido, com base em propriedade intelectual de propriedade dos EUA, está apresentando retornos fantásticos em ambos os lados do Atlântico. Os ministros devem priorizar isso urgentemente como parte das negociações comerciais em andamento." A chefe do sindicato de mídia e entretenimento Bectu no Reino Unido, Philippa Childs, disse em um comunicado: "Essas tarifas, surgindo após a Covid e a recente desaceleração, podem desferir um golpe devastador em uma indústria que está apenas se recuperando e serão uma notícia realmente preocupante para dezenas de milhares de profissionais autônomos qualificados que fazem filmes no Reino Unido." Kirsty Bell, diretora-executiva da produtora Goldfinch, questionou como as tarifas funcionariam, apontando que sucessos de bilheteria como Barbie, distribuído pelo estúdio cinematográfico americano Warner Bros Pictures, "na verdade, foram filmados praticamente inteiramente no Reino Unido". "Se esses filmes americanos não forem ao menos parcialmente produzidos no Reino Unido, os trabalhadores autônomos ficarão desempregados", disse ela à PA. Os governos da Austrália e da Nova Zelândia também se manifestaram em apoio às indústrias cinematográficas de seus países. "Ninguém deve ter dúvidas de que defenderemos inequivocamente os direitos da indústria cinematográfica australiana", disse o ministro de Assuntos Internos da Austrália, Tony Burke. O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, disse em entrevista coletiva que seu governo aguardava mais detalhes sobre as tarifas propostas. "Mas seremos, obviamente, um grande defensor, um grande campeão desse setor e dessa indústria", acrescentou. E com o festival de cinema de Cannes se aproximando, a incerteza paira no ar, com muitos produtores de cinema americanos buscando vender direitos de distribuição no exterior. Essas tarifas podem funcionar? Tarifas poderiam incentivar as produtoras cinematográficas americanas a produzir mais filmes em solo nacional, mas o risco é que, se for mais caro do que no exterior, alguns filmes simplesmente não sejam produzidos. Mais incentivos ou descontos poderiam ajudar a compensar isso, mas não sabemos, neste momento, se isso está em discussão em escala nacional. O crítico de cinema da rádio NPR, Eric Deggans, alertou que as tarifas, caso sejam introduzidas, podem prejudicar ainda mais a indústria. Outros países podem responder impondo tarifas sobre filmes americanos, disse ele à BBC, tornando "mais difícil para esses filmes obterem lucros no exterior". "Isso pode criar uma situação em que as tarifas nos Estados Unidos causem mais danos do que benefícios", acrescentou. Veja Mais
Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido até abril de 2025; veja a lista
Segundo os dados da Fenabrave, foram 26.493 unidades do SUV alemão comercializadas no ano. A categoria é a que possui a maior participação de mercado com 53,81%. Volkswagen T‑Cross Comfortline 2025 divulgação/Volkswagen O Volkswagen T-Cross foi o SUV novo mais emplacado do Brasil no primeiro quadrimestre, segundo dados da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave) publicados nesta segunda-feira (5). Nos três primeiros meses de 2025, foram emplacadas 26.492 unidades do utilitário esportivo em todo o país. O vice-líder foi o Hyundai Creta, que vendeu 19.430 unidades. Veja a lista de SUVs mais vendidos até abril de 2025. Volkswagen T-Cross: 26.493 unidades; Hyundai Creta: 19.430 unidades; Honda HR-V: 19.419 unidades; Toyota Corolla Cross: 19.242 unidades; Chevrolet Tracker: 17.914 unidades; Jeep Compass: 17.298 unidades; Nissan Kicks: 16.199 unidades; Fiat Fastback: 15.421 unidades; Jeep Renegade: 13.615 unidades; Volkswagen Nivus: 13.279 unidades. LEIA MAIS Volkwagen Polo é o mais vendido de abril, mas Fiat Strada ainda lidera em 2025; veja lista BYD quer dobrar vendas no exterior em 2025; marca já figura entre as 10 mais vendidas do mundo VÍDEO: o g1 deu uma volta no Opel Kadett de ‘Ainda Estou Aqui’, que foi leiloado por R$ 215 mil g1 testa o novo VW Nivus: é melhor que os rivais? Vendas de abril Em abril, o Volkswagen T-Cross também liderou o ranking, com mais de 8.114 emplacamentos. O Toyota Corolla Cross vem na cola, com 6.232 mil unidades vendidas no mês. Veja abaixo a lista de abril. Volkswagen T-Cross: 8.114 unidades; Toyota Corolla Cross: 6.232 unidades; Honda HR-V: 5.259 unidades; Hyundai Creta: 4.905 unidades; Fiat Fastback: 4.676 unidades; Jeep Compass: 4.542 unidades; Chevrolet Tracker: 4.297 unidades; Nissan Kicks: 4.006 unidades; Volkswagen Nivus: 3.615 unidades; Jeep Renegade: 3.380 unidades. Resultados do setor No primeiro quadrimestre de 2025, os brasileiros compraram 760.288 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Um aumento de 3,41%. Com 208.661 emplacamentos, a queda foi de 5,48% contra abril de 2024, quando foram firmadas 220.757 vendas. "Todos os segmentos automotivos apresentaram números positivos. Já na comparação com abril do ano passado, que teve dois dias úteis a mais, o desempenho de automóveis e comerciais leves sofreu retração", disse Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. ⚡O cenário para carros eletrificados (elétricos e híbridos) continua favorável, pois registrou aumento de 37,06% no período. No primeiro quadrimestre de 2024, foram 50.835 unidades vendidas. Neste ano, 69.672 vendas (sendo 52.115 híbridos e 17.557 elétricos). Veja abaixo os resultados por segmento AUTOMÓVEIS: 551.965 emplacamentos em 2025, aumento de 2,03% contra 2024. 152. 286 emplacamentos em abril , queda de 7,31 % contra abril de 2024; COMERCIAIS LEVES: 162.820 emplacamentos em 2025, aumento de 8,31% contra 2024. 44.790 emplacamentos em abril, aumento de 2,42% contra abril de 2024; CAMINHÕES E ÔNIBUS: 45.503 emplacamentos em 2025, aumento de 3,63 % contra 2024. 11.585 emplacamentos em abril , aumento de 1,35% contra abril de 2024; Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: alta de 4,5% (de 122.099 para 127.593); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução no crescimento esperado para 2025 está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional. Porém, se essa alta se confirmar, serão registrados 124.037 veículos a mais que em 2024. Veja Mais
Bolsa Família 2025: veja calendário de pagamentos em maio
Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de maio do Bolsa Família 2025 no dia 19. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para maio de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 19/5 Final do NIS: 2 - pagamento em 20/5 Final do NIS: 3 - pagamento em 21/5 Final do NIS: 4 - pagamento em 22/5 Final do NIS: 5 - pagamento em 23/5 Final do NIS: 6 - pagamento em 26/5 Final do NIS: 7 - pagamento em 27/5 Final do NIS: 8 - pagamento em 28/5 Final do NIS: 9 - pagamento em 29/5 Final do NIS: 0 - pagamento em 30/5 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Junho: de 16/6 a 30/6; Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 18/8 a 29/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 20/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Bolsa Família 2025: veja as regras e o calendário de pagamentos de abril Veja Mais
Trump autoriza tarifa de 100% para filmes estrangeiros
Presidente diz que indústria cinematográfica dos Estados Unidos está "morrendo muito rápido" por conta de incentivos de outros países. Presidente Donald Trump desembarca em West Palm Beach, na Flórida, na quinta-feira (1º) Manuel Balce Ceneta/AP Photo O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no domingo (4) uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos Estados Unidos. Ele disse que autorizou o Departamento do Comércio e o Escritório do Representante Comercial dos EUA a instituir a tarifa porque a indústria cinematográfica dos Estados Unidos está morrendo "muito rápido". Nas palavras de Trump, isso estaria ocorrendo por conta dos incentivos de outros países para atrair cineastas e estúdios. "Este é um esforço conjunto de outras nações e, portanto, uma ameaça à Segurança Nacional", disse Trump em uma publicação na rede Truth Social. "É, além de tudo, mensagem e propaganda!", escreveu o presidente, sem dar mais detalhes sobre quando a tarifa deve começar a ser implementada. Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Veja Mais
Concurso MPU: provas acontecem neste domingo; veja quando saem o gabarito e resultados
Processo seletivo está sendo organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). São 172 vagas com salário inicial de até R$ 13,9 mil. Saiba mais sobre o concurso público do MPU As provas para o o novo concurso público do Ministério Público da União (MPU) acontecem neste domingo (4) em todas as capitais do país. Os inscritos realizarão avaliações objetivas e discursivas, em turnos diferentes, de acordo com o cargo concorrido. ➡️A divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva está previsto para a próxima terça-feira (6), de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a banca que está organizando o processo seletivo. Cronograma das próximas etapas Veja Mais
Mega-Sena, concurso 2.858: prêmio acumula e vai a R$ 20 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 08-18-27-28-48-52. Quina teve 78 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 42.013,90. Mega-Sena Marcelo Brandt/Arquivo g1 O sorteio do concurso 2.858 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (3), em São Paulo, com prêmio de R$ 12.844.488,43. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 20 milhões. Veja os números sorteados: 08-18-27-28-48-52. 5 acertos - 78 apostas ganhadoras: R$ 42.013,90 4 acertos - 5.555 apostas ganhadoras: R$ 842,76 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (6). Resultado do concurso 2.858 da Mega-Sena Reprodução A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio A Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Entenda em 5 pontos a crise política causada pelas fraudes no INSS
Operação da Polícia Federal revelou esquema que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados. Nesta sexta, o ministro da Previdência deixou o cargo, após situação ficar insustentável; oposição quer CPI. A demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), nesta sexta-feira (2), marca o ápice até aqui de uma crise política que começou com a revelação de um esquema bilionário de fraudes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A Polícia Federal estima que até R$ 6,3 bilhões tenham sido desviados de aposentados e pensionistas desde 2019. A seguir, veja os principais pontos da crise: 1. O que são as fraudes no INSS Uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que entidades sindicais e associações que prestam serviços a aposentados cadastravam beneficiários do INSS sem autorização — usando assinaturas falsas — para aplicar descontos mensais diretamente na folha de pagamento. Segundo as investigações, o esquema começou no governo de Jair Bolsonaro (2019–2022) e se aprofundou no atual governo. Entre os alvos está o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, apontado como o operador central do esquema e sócio de 21 empresas. A fraude pode ter atingido 4,1 milhões de pessoas. Entre 2023 e o primeiro semestre de 2024, os descontos indevidos superaram R$ 3,2 bilhões. Em 95% dos casos, os beneficiários afirmaram que não autorizaram os débitos. 2. Queda de Lupi e do presidente do INSS O escândalo levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, na semana passada. Ele foi indicado ao cargo por Carlos Lupi e foi citado nas investigações como figura-chave da estrutura envolvida nas fraudes. Diante da pressão crescente, Lupi pediu demissão nesta sexta-feira (2). Em nota, afirmou que seu nome não foi citado nas investigações, mas reconheceu a gravidade da crise. A saída foi negociada diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos bastidores, o governo avaliava que a permanência de Lupi era insustentável e que o desgaste poderia contaminar ainda mais a imagem do Planalto. Lupi deixa Ministério da Previdência após escândalo de fraudes no INSS 3. O novo ministro já estava no centro das discussões O escolhido para substituir Lupi foi Wolney Queiroz, ex-deputado federal do PDT e número dois da pasta. Ele exercia o cargo de secretário-executivo da Previdência Social e também participou da reunião do Conselho Nacional da Previdência, em 2023, na qual as primeiras denúncias foram apresentadas. Só que medidas para coibir a fraude foram tomadas só um ano depois. A escolha de um nome ligado diretamente à antiga gestão pode não acalmar os ânimos como o governo gostaria. A oposição já sinaliza que vai cobrar explicações e pode passar a pressionar agora pela saída de Wolney. Leia também: Blog do Octavio Guedes: governo teme novo 'caso Pix' e quer falar com todos os segurados do INSS Wolney Queiroz foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) Reprodução 4. A ameaça de uma CPI no Congresso Aliados de Lula admitem preocupação com a possibilidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Parlamentares da oposição, especialmente do PL e do Novo, já articulam os primeiros movimentos. A fragilidade da base do governo no Congresso — que depende de apoios do Centrão — torna qualquer CPI um fator de desgaste adicional, especialmente em um tema sensível como o desvio de recursos de aposentados. Ano que vem é ano eleitoral. Uma CPI em 2025 tem o poder de afetar as ambições do governo. 5. O desafio do ressarcimento O governo prometeu devolver os valores descontados indevidamente dos beneficiários. O presidente Lula determinou que a AGU processe as associações envolvidas e garanta o ressarcimento às vítimas. Mas até agora não foi apresentado um plano claro de como ou quando isso será feito. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está buscando “o caminho” para fazer os pagamentos. A CGU e a AGU ainda avaliam como estruturar a devolução. Enquanto isso, a pressão por respostas aumenta — e a crise segue sem prazo para terminar. Veja Mais
Ovo atinge menor preço de 2025 em abril após recordes nas cotações, aponta centro de pesquisas da USP
Segundo o Cepea da Esalq de Piracicaba (SP), cotações da caixa de ovos comercias vermelhos com 30 dúzias caíram quase 12% entre os dias 1º e 30 de abril. Preços dos ovos registram queda após onda de calor Claudia Assencio/g1 Preços dos ovos registram alta no fim de janeiro de 2025 Claudia Assencio/g1 Depois de altas recordes nas cotações desde janeiro, com aumentos de até 40%, os preços dos ovos caíram no final de abril e alcançaram menor patamar do trimestre neste ano, nas cincos principais regiões produtoras do Brasil. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), e foram publicados em boletim desta sexta-feira (2). Agentes do setor consultados pelo Centro de Pesquisas nas regiões de Bastos (SP), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Grande São Paulo (SP), Santa Maria do Jequitibá (ES), os feriados de Páscoa e Tiradentes comprometeram o desempenho das vendas da proteína. "Além disso, o fim do mês, período geralmente marcado pelo menor poder de compra da população, também influenciou na redução da demanda. Em algumas praças, o aumento dos estoques intensificou ainda mais a pressão sobre as cotações, principalmente dos ovos vermelhos", apontam os pesquisadores do Cepea. Veja Mais
INSS estima 4,1 milhões de possíveis vítimas de descontos irregulares; plano de ressarcimento começa a ser discutido
Número corresponde aos usuários que possuem contratos associativos ativos com as onze entidades investigadas por fraudes. O total exato de atingidos só será conhecido ao final das investigações. Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que 4,1 milhões de beneficiários podem ter sido prejudicados por descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. O número corresponde aos usuários que possuem contratos associativos ativos com as onze entidades investigadas por fraudes. O total exato de atingidos só será conhecido ao final das investigações. Um levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que 97,6% dos beneficiários ouvidos não autorizaram os descontos mensais que foram aplicados diretamente no contracheque. Reunião para traçar plano de ressarcimento O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, participa nesta sexta-feira (2) de uma reunião com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para começar a definir como será feito o ressarcimento às vítimas do esquema. O encontro está previsto para a tarde, na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília. Além de representantes da AGU e do INSS, servidores da Dataprev, empresa pública responsável por dados da Previdência, também devem participar da reunião. A informação foi antecipada pelo blog da colunista Ana Flor, do g1. Segundo a publicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu carta branca para que o novo presidente do INSS reestruture o órgão e tome as medidas necessárias após o escândalo. INSS e AGU fazem reunião sobre fraudes Lula prometeu ressarcimento A reunião ocorre dois dias após Lula anunciar, em pronunciamento em rede nacional, que o governo garantirá o ressarcimento às pessoas prejudicadas pelas cobranças indevidas. “Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, afirmou o presidente na ocasião. Esquema bilionário Uma investigação da Polícia Federal revelou, na semana passada, um esquema de fraudes e desvio de dinheiro envolvendo aposentadorias e pensões do INSS. Associações ligadas a aposentados cadastravam beneficiários sem consentimento, muitas vezes com uso de assinaturas falsas, e passavam a descontar mensalidades diretamente da folha de pagamento. O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Ao todo, o INSS mantinha acordos de cooperação técnica com 39 entidades, que associaram cerca de 6,6 milhões de beneficiários. As irregularidades, até o momento, foram identificadas em 11 delas. Demissões e prisões Após o avanço das investigações, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado do cargo. A operação policial levou ainda ao afastamento de servidores e à prisão de seis pessoas ligadas às entidades sob suspeita. Entre os alvos está Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", apontado como lobista do esquema. Segundo as investigações, ele articulava repasses e lavava dinheiro por meio de empresas ligadas ao grupo. Veja Mais
Capixaba ajuda a preservar a natureza criando 40 mil abelhas em casa como pets
Clarindo Multz mantém 49 colmeias no bairro na Serra, na região metropolitana de Vitória. Protetores de abelhas destacam importância desses insetos na produção de alimentos No quintal da casa onde mora, no bairro Parque Residencial Laranjeiras, na Serra, na Grande Vitória, o comerciante aposentado Clarindo Multz, 78 anos, compartilha o espaço com mais de 40 mil moradoras muito especiais: abelhas de quatro espécies diferentes, todas sem ferrão, distribuídas em 49 colmeias. Para o aposentado, que mora sozinho, essas abelhas são mais que insetos, são verdadeiras companheiras. Elas são criadas como pets! "Eu cuido delas com muito carinho. Elas fazem parte da minha rotina, como qualquer outro bichinho de estimação", contou o meliponicultor, ou seja, criador de abelhas nativas sem ferrão. Veja Mais
Bet do conclave: 1% das apostas acertaram escolha do novo papa; Robert Francis Prevost assumirá o posto
Desde que Francisco morreu, as pessoas já poderiam apostar sobre quem seria o próximo papa. Na maioria dos dias, como nesta tarde, o cardeal Pietro Parolin era o nome mais cotado – ou seja, a grande parte das apostas estava errada. Apostas em Robert Prevost Polymarket 1% das apostas no site norte-americano Polymarket acertaram quem será o novo papa. Foi anunciado na tarde desta sexta-feira (8) que Robert Francis Prevost assumirá o posto (saiba que ele é mais abaixo). Menos de um minuto após o anúncio, a plataforma mostrava que ele movimentou US$ 1,1 milhão (R$ 6,2 milhões) em apostas. Desde que Francisco morreu, as pessoas já poderiam apostar sobre quem seria o próximo papa. Na maioria dos dias, como nesta tarde, o cardeal Pietro Parolin era o nome mais cotado – ou seja, a grande parte das apostas estava errada. Por volta das 13h10 (horário de Brasília), quando saiu uma fumaça branca da chaminé da Capela Sistina, Parolin estava com 60% das apostas. Quatro minutos depois, as apostas nele subiram para 69% (veja na imagem abaixo). Ele movimentou mais de US$ 2,2 milhões (R$ 12,50 milhões) em apostas. Ao todo, US$ 29 milhões (R$ 164,73 milhões) foram apostados na sessão do Polymarket sobre quem seria o próximo papa – sendo quase US$ 9 milhões (R$ 51,12 milhões) entre ontem, quando começou o conclave, e hoje. Na maioria dos dias, como nesta tarde, Pietro Parolin era o nome mais cotado – ou seja, a grande parte das apostas estava errada. Reprodução Vale destacar que, segundo Ricardo Magri, especialista em desenvolvimento de negócios iGaming na Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo (EBAC), esse tipo de aposta é proibido no Brasil. “Isso passou a ocorrer a partir da regulamentação do setor no país, em 1º de janeiro de 2025, que limitou as apostas a duas categorias: eventos reais de temática esportiva e jogos virtuais com resultado aleatório.” Papa escolhido: veja o momento em que fumaça branca sai da chaminé da Capela Sistina Quem é o cardeal Robert Francis Prevost dos Estados Unidos Cardeal Robert Francis Prevost, dos EUA, em 30 de setembro de 2023. Foto AP/Riccardo De Luca Robert Prevost, de 69 anos, é prefeito do Dicastério para os Bispos e nome forte da linha franciscana no Vaticano. Nascido em Chicago, foi no Peru que construiu sua trajetória pastoral e ganhou visibilidade internacional. Missionário no país por mais de uma década, enfrentou o período turbulento do governo Fujimori e cobrou desculpas por injustiças cometidas. Estudou teologia nos EUA e direito canônico em Roma. Nomeado bispo de Chiclayo por Francisco em 2015, assumiu depois a liderança do Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela escolha de novos bispos no mundo todo. Também presidiu a Comissão Pontifícia para a América Latina. Em 2023, tornou-se cardeal e passou a ser visto como possível continuador do legado de Francisco, com quem tem forte alinhamento. No mesmo ano, recebeu denúncias contra dois padres por abuso infantil. A diocese afirmou que Prevost seguiu os trâmites previstos pela lei canônica e enviou o caso ao Vaticano, onde segue em investigação. Veja Mais
Fraude no INSS: AGU diz que 'engenharia criminosa' foi montada na gestão Bolsonaro e critica vídeo de 'lacração' feito por deputado
Jorge Messias, advogado-geral da União, acusou o governo passado de não tomar providências a partir das primeiras denúncias de irregularidades. E disse que publicação de Nikolas Ferreira (PL-MG) teve objetivo de causar 'terror e pânico'. Ministro da AGU critica vídeo de 'lacração' de Nikolas Ferreira sobre fraudes no INSS O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou nesta quinta-feira (8) que a "engenharia criminosa" que viabilizou descontos indevidos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS foi montada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem citar nomes, o chefe da Advocacia-Geral da União também criticou um vídeo de "lacração", nas palavras do ministro, divulgado por um deputado aliado do ex-presidente. Ele se referiu a uma postagem do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que viralizou nas redes sociais nos últimos dias. Jorge Messias deu as declarações durante entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto sobre medidas tomadas pelo governo para ressarcimento de aposentados e pensionistas que foram vítimas do esquema fraudulento no INSS. "Está muito claro que uma tecnologia criminosa, um modelo criminoso, uma engenharia criminosa foi montada pelo governo anterior [de Jair Bolsonaro]. Foi montada nos estertores do governo anterior. Nós conseguimos desbaratar esta fraude. Mas quero dizer para vocês que não foi fácil, todos sabem a situação lamentável que encontramos no INSS, uma autarquia desmontada, sem servidores e sem sistema", afirmou Messias. Ele também acusou o governo Bolsonaro de desmontar a empresa pública DataPrev, que dá suporte tecnológico à Previdência Social, com o objetivo de privatizá-la. Na sequência, o chefe da AGU criticou o vídeo de Nikolas Ferreira e disse que o parlamentar deveria cobrar explicações dos integrantes da gestão Bolsonaro sobre providências que, para Jorge Messias, deveriam ter sido tomadas na gestão passada e não foram. "Eu vi que teve um deputado que fez um vídeo ontem [quarta-feira] com o objetivo de lacrar e causa terror e pânico na população. É importante que ele questione ao presidente que ele apoiou por que que colocou a DataPrev para vender e desmontou a empresa? Eu espero que ele pergunte ao antigo ministro por que que o Ministério da Previdência não adotou as providências necessárias para fazer investigação quando já havia indícios de denúncias de irregularidades de desconto", disse. "Eu quero que o deputado que fez o vídeo de lacração pergunte ao ministro da Casa Civil do governo anterior quais foram as providências adotadas quando o Congresso Nacional flexibilizou a regra e [viabilizou] a revalidação dos descontos", acrescentou Jorge Messias. O vídeo de Nikolas Governo discute como reagir a vídeo de Nikolas sobre o INSS Na última terça-feira (6), o deputado do PL publicou um vídeo em que culpa o governo Lula pelo esquema fraudulento no INSS. O vídeo, divulgado no Instagram, já foi reproduzido mais de 127 milhões de vezes na plataforma. Na gravação, o deputado resume informações que foram divulgadas nas últimas semanas sobre o caso e diz que esse é o maior escândalo de corrupção do país. O deputado distorce uma informação sobre o valor movimentado na fraude. Ele diz que “só em 2023, 35 mil reclamaram de fraude e o valor movimentado, R$ 90 bilhões”. Na verdade, essa foi a quantia de empréstimos consignados liberados para beneficiários do INSS em 2023. O que se sabe, até agora, é que a fraude nos descontos indevidos – feitos por entidades que diziam representar os aposentados – pode chegar a R$ 6 bilhões, segundo estimativa da Polícia Federal. Segundo as apurações da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU), criminosos teriam realizado os descontos indevidos entre os anos de 2019, o primeiro do governo Jair Bolsonaro, e 2024, já na gestão do ex-presidente Lula. Reação do Planalto Após a publicação de Nikolas Ferreira, o Palácio do Planalto orientou integrantes do governo e parlamentares da base aliada a reagir à postagem do deputado bolsonarista. O objetivo da reação é evitar que se repita o que aconteceu com outro vídeo divulgado pelo parlamentar, sobre transações via PIX, que gerou prejuízos à imagem do governo Lula. Nesta quarta, em uma rede social, a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) postou uma resposta à publicação do deputado do PL. Gleisi destacou que, conforme as investigações, o esquema fraudulento teve início em 2019 e disse que só na gestão Lula órgãos de Estado, como a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, tomaram providências para enfrentar o problema. Nesta quinta-feira, o ministro Vinícius Marques de Carvalho (CGU) também divulgou um vídeo nessa linha e com objetivo de responder à postagem de Nikolas. Jorge Messias, advogado-geral da União. Daniel Estevão / AscomAGU Veja Mais
IBGE lança mapa-múndi com Brasil no centro; objetivo é 'ressaltar liderança' em fóruns internacionais, diz presidente
Polêmico, Marcio Pochmann, presidente do IBGE, sem se posicionado no centro de uma crise política no órgão nos últimos meses. Ele citou a influência do Brasil nos Brics, no Mercosul e a realização da COP 30 em novembro para posicionar o país no centro do mundo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta quarta-feira (7) uma versão do mapa-múndi com o Brasil no centro, também identificado como "mapa invertido". "A novidade busca ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais como no BRICS e Mercosul e na realização da COP 30 no ano de 2025", afirmou o presidente do instituto, Marcio Pochmann, em uma rede social. Mapa-múndi com Brasil no centro IBGE Controverso, Pochmann, tem se posicionado no centro de uma crise no IBGE, órgão público responsável por indicadores importantes da economia — como o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação oficial do país, entre outros. O corpo técnico do instituto, que teme por perda de credibilidade do órgão, divulgou em janeiro deste ano uma carta aberta, assinada por mais de 600 pessoas, acusando Pochmann de autoritarismo. À época, o presidente do INGE sugeriu que servidores que o criticam mentem, o que teria aumentado a gravidade da crise interna. Lula defende indicação de Márcio Pochmann Brics O Brics, citado por Pochmann, é um grupo formado por onze países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. "Serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas", informa, em seu site. No fim do ano passado, o então eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu que os países membros do Brics se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar outra moeda que substitua o dólar, sob pena de sofrerem tarifas de 100%. Em abril, em meio à guerra comercial iniciada por Donald Trump contra Pequim, a China pressiona por uma reunião extraordinária de ministros de comércio do Brics, com o objetivo de discutir o comércio internacional e as tarifas dos Estados Unidos. Para isso, é preciso convencer o Brasil, que ocupa a presidência rotativa do BRICS, a convocar o encontro. Mercosul Já o Mercosul é um bloco comercial, que visa integração regional, formado inicialmente pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai ao qual recentemente incorporaram-se a Venezuela (suspensa por conta da "ruptura da ordem democrática") e a Bolívia, que ingressou no ano passado. Em meio a tensões comerciais decorrentes do tarifaço norte-americano, o bloco tem buscado ampliar o diálogo com a Europa. Após 25 anos de negociação, o Mercosul fechou, no fim de 2024, um acordo de livre comércio com a União Europeia - que prevê a redução de tarifas comerciais e facilitação de investimentos. Mas o acordo ainda precisa ratificado pelos parlamentos nacionais de todos os países do Mercosul para entrar em vigor. COP 30 A COP 30, por sua vez, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, prevista para novembro deste ano em Belém (PA) será debaterá questões-chave que devem orientar o debate no principal evento da ONU sobre crise climática global. O objetivo central é implementar as estratégias do Acordo de Paris, firmado ainda em 2015, para conter o aquecimento global abaixo de 2°C até o final do século, algo considerado indispensável ampliar os investimentos em preservação ambiental nos países em desenvolvimento - uma articulação complexa que pretende alcançar a cifra de US$ 1 trilhão por ano. Veja Mais
Após BC americano manter juros nos EUA, Trump diz que presidente é 'um idiota', mas que 'gosta muito' dele
Com a decisão desta quarta do Fed de manter as taxas nos EUA entre 4,25% e 4,50% ao ano, o patamar dos juros continua elevado para os padrões americanos, o que desagrada Trump. Foto de arquivo: O presidente dos EUA, Donald Trump, observa Jerome Powell, seu indicado para presidir o Federal Reserve (Fed), durante discurso na Casa Branca, em Washington, EUA, em 2 de novembro de 2017. REUTERS/Carlos Barria/Foto de arquivo O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nesta quinta-feira (8). Após a decisão do Fed, anunciada na quarta (7), de manter suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, Trump disse que Powell é "um idiota" e voltou a chamá-lo de "atrasado demais" em uma publicação na sua plataforma Truth Social. No entanto, diferentemente das últimas declarações dadas pelo presidente, desta vez Trump afirmou que "tirando isso, gosta muito" de Powell. "O 'atrasado demais' Jerome Powell é um IDIOTA, que não tem noção de nada. Tirando isso, eu gosto muito dele! (Os preços de) óleo e energia estão caindo, quase todos os custos (XXX e ovov) caindo, praticamente NENHUMA INFLAÇÃO, dinheiro das tarifas entrando nos EUA — EXATAMENTE O OPOSTO DO 'ATRASADO DEMAIS!' APROVEITE!", escreveu Trump. Trump completa 100 dias no governo com extensas mudanças Com a decisão desta quarta do Fed de manter as taxas nos EUA entre 4,25% e 4,50% ao ano, o patamar dos juros continua elevado para os padrões americanos. Trump já criticou essa política monetária em diversas ocasiões, desejando o corte dos juros. Veja Mais
É #FAKE que INSS faça ligação telefônica convocando para prova de vida
Beneficiários têm recebido telefonemas com gravação sobre o assunto. Ao Fato ou Fake, INSS diz que não faz esse tipo de convocação; veja qual é o procedimento correto. É #FAKE que INSS ligue para beneficiário para fazer prova de vida Reprodução Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) têm recebido ligações telefônicas pedindo que els façam prova de vida em 2025. É #FAKE. g1 Veja Mais
A 'taxa' que a Igreja Católica cobra com venda de imóveis e terras 'de santos' no Brasil
A prática era comum em todo o Brasil e, até hoje, santos são citados em documentos oficiais como os donos de terras em várias partes do país, incluindo em capitais como Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza. Montagem com imagem de uma igreja. BBC Em 1946, a Justiça na cidade de Franca (SP) foi convocada a decidir sobre um caso incomum. Uma família buscava recuperar terras que, em 1876, seus antepassados haviam doado para o santo católico ao qual eram devotos, São Sebastião. No processo, a família argumentava que "o santo de devoção não havia tomado posse da terra doada". Já a paróquia local protestou, dizendo ser a representante de São Sebastião na região e, portanto, a dona legítima das terras. A Justiça deu razão à Igreja. O caso foi encontrado por Dirceu Piccinato Junior, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas (SP), enquanto pesquisava sobre terras doadas a santos católicos no interior paulista - tema abordado em sua tese de doutorado. A prática era comum em todo o Brasil e, até hoje, santos são citados em documentos oficiais como os donos de terras em várias partes do país, incluindo em capitais como Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza. A lista de santos proprietários de terras inclui figuras como São Francisco, São José, São Pedro, São João Batista, São Bernardo, além das mais diversas aparições de Nossa Senhora - da Conceição, do Carmo, do Livramento, entre outras. Em sua maioria doadas às entidades no período colonial, várias dessas terras hoje abrigam bairros populosos, mas seguem tendo a Igreja Católica - a representante legal dos santos - como sua proprietária oficial. Poderia ser só uma curiosidade histórica, diz Piccinato, não estivessem essas terras sujeitas a um polêmico instrumento legal milenar que foi incorporado pelo Código Civil brasileiro: a enfiteuse. Também conhecida como aforamento ou emprazamento, essa norma jurídica obriga quem mora em imóveis localizados nessas terras a pagar uma espécie de imposto à Igreja Católica se quiser vendê-los. A cobrança, chamada de laudêmio, corresponde a 2,5% do valor do imóvel e garante à instituição religiosa uma fonte de renda perpétua. Afinal, mesmo com a transferência do imóvel, a Igreja Católica continua sendo a proprietária do terreno e tem o direito de voltar a receber o laudêmio sempre que ele for negociado outra vez. Boa parte das terras no quadrilátro central de Ribeirão Preto pertence formalmente a São Sebastião, segundo pesquisador. Google via BBC Conflitos urbanos Segundo Piccinato, a manutenção do regime da enfiteuse em terrenos da Igreja Católica gera uma série de conflitos. Ele conta que, por exemplo, há municípios que não conseguem cobrar IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de imóveis construídos nessas áreas. Outra dificuldade dessas cidades, diz o pesquisador, é atrair investimentos de programas públicos federais, como o Minha Casa, Minha Vida. Isso porque, segundo ele, vários programas só liberam os recursos se as terras beneficiadas forem públicas, e as terras pertencentes à Igreja são consideradas privadas. Piccinato diz ainda que há cidades em que moradores de áreas sob o regime da enfiteuse não conseguem os títulos de suas propriedades, além de terem mais dificuldades para vender os imóveis, já que o laudêmio encarece as transações. Em nota à BBC News Brasil, a Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci) disse que "a cobrança do laudêmio, tanto por entes públicos quanto privados, precisa ser revista à luz do princípio da função social da propriedade e da necessidade de simplificar e desonerar as transações imobiliárias". "Embora legal, essa exigência muitas vezes onera o comprador de boa-fé, desestimula a formalização de negócios e impõe um custo adicional que, em determinadas regiões, chega a impactar significativamente a liquidez do imóvel", afirmou a entidade. Nas redes sociais e em fóruns na internet, há vários moradores que dizem ter se surpreendido ao descobrir que deviam o pagamento à Igreja Católica. No Facebook, uma residente de Salvador diz que só soube da cobrança quando foi ao cartório transferir para seu nome a casa que tinha comprado. "Lembro de ter dado um ataque na época, mas, como queria regularizar tudo, acabei pagando", escreveu a moradora, para quem o instrumento retrata "o Brasil do privilégio, onde poucos ganham muito e muitos ganham nada". O pagamento do laudêmio à Igreja Católica já foi criticado por outras entidades religiosas. Em 2013, um texto no jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), tratou a cobrança como "medieval e anticristã", e questionou no título: "Para onde vai o dinheiro do laudêmio?". Questionada sobre as críticas, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão máximo da Igreja Católica no país, disse que não se manifestaria. A CNBB afirmou ainda que não tem dados sobre quanto a Igreja Católica arrecada com o laudêmio no Brasil nem sobre a extensão das terras que lhe pertencem no país, pois as informações estão fragmentadas entre as dioceses que administram suas propriedades. Vendas de imóveis no município de Petrópolis (RJ) geram até hoje receitas para a família imperial brasileira. Getty Images via BBC Áreas valorizadas Sabe-se, no entanto, que algumas das terras que geram pagamentos de laudêmio à Igreja ficam em áreas bastante valorizadas - é o caso, por exemplo, de terrenos no centro de Ribeirão Preto que pertencem a São Sebastião e que Piccinato analisou em seu doutorado. Segundo o pesquisador, a arquidiocese de Ribeirão Preto, representante do santo na cidade, é dona de todo o quadrilátero central do município - uma área que engloba dezenas de quarteirões com casas, edifícios e comércios, incluindo grandes lojas de redes varejistas. Sites de imobiliárias exibem dezenas de imóveis à venda na região com valores entre R$ 100 mil e R$ 1,8 milhão. Por conta do laudêmio, a arquidiocese tem o direito de receber 2,5% do valor de cada imóvel vendido na região. A venda de um apartamento de R$ 1 milhão, por exemplo, rende à entidade R$ 25 mil. O pagamento, feito por intermédio de cartórios, é uma condição para que a escritura do imóvel seja transferida para o nome do novo proprietário. Piccinato afirma que, durante sua pesquisa, advogados da arquidiocese lhe disseram que todo o dinheiro arrecadado com o laudêmio em Ribeirão Preto vai para o Vaticano. A BBC questionou a CNBB e a arquidiocese sobre o destino dos valores recebidos, mas os órgãos não responderam até a publicação deste texto. Qual a origem do laudêmio? Em artigo publicado em 2015 na Revista dos Tribunais, Vitor Frederico Kümpel, juiz de Direito em São Paulo, e Larissa Pavan Santos, advogada e pesquisadora da Faculdade de Direito da USP, afirmam que foi no Império Bizantino, sob o governo de Justiniano (483-565), que se criou a enfiteuse, regime jurídico associado ao laudêmio. O objetivo, segundo os autores, era ampliar o controle sobre terrenos da Igreja Católica arrendados a terceiros, impedindo que os arrendatários lucrassem negociando essas áreas com outras pessoas. Com a enfiteuse, o arrendatário dessas terras - ou enfiteuta - passou a ter a obrigação de comunicar à Igreja Católica qualquer transferência do terreno, dando à instituição o direito de readquiri-la igualando a oferta do comprador. Mas, se a Igreja não quisesse retomar o domínio pleno da terra, teria o direito de receber uma compensação, o laudemium. No Brasil colonial, o regime se expandiu e passou a vigorar também sobre terras de outras entidades públicas e privadas, incluindo a União e a família imperial. Mas, nos últimos anos, têm havido iniciativas para limitar o alcance da enfiteuse. Em 2021, por exemplo, o governo federal lançou um programa permitindo que moradores adquiram o domínio pleno de imóveis em áreas da União e, com isso, deixem de pagar o laudêmio. O programa, porém, não se aplica às terras da Igreja Católica nem às da família imperial. Ocupação do Brasil Segundo o professor de Arquitetura da PUC-Campinas - e estudioso da enfiteuse - Dirceu Piccinato Junior, a Igreja Católica construiu boa parte de seu patrimônio fundiário no período de colonização do Brasil, quando a Coroa portuguesa distribuía terras - as sesmarias - para estimular a ocupação do território. Para atrair mão de obra, muitos fazendeiros que recebiam essas terras doavam parte das áreas a seu santo de preferência. O objetivo era fazer com que a Igreja Católica construísse uma capela no local, uma condição para que os trabalhadores aceitassem morar na região. Com o tempo, vários desses povoados cresceram e se tornaram cidades. Nesse processo, segundo Piccinato, houve casos em que governos conseguiram negociar com a Igreja Católica para se apropriar de parte das "terras de santo". Também houve muitos moradores de terrenos da igreja que conseguiram na Justiça o domínio pleno de suas casas, livrando-se do laudêmio. Mas, em vários outros casos, a Igreja Católica batalhou nos tribunais para manter seus terrenos e o direito de receber o laudêmio. Em Ribeirão Preto, por exemplo, Piccinato diz que a arquidiocese contratou advogados para assegurar seus domínios e rebater na Justiça questionamentos sobre as cobranças, argumentando que se trata de um "direito adquirido". De fato, lembra o pesquisador, o Código Civil de 2002 reconhece a validade da enfiteuse, embora tenha proibido a extensão do regime a novas áreas. Já em Portugal, segundo Piccinato, a enfiteuse foi abolida de vez após a Revolução dos Cravos (1974). Foi quando chegou ao fim o Estado Novo português, regime ditatorial que mantinha fortes vínculos com a Igreja Católica. Lá, diz o pesquisador, todas as terras da entidade que não abrigavam templos nem atividades religiosas foram expropriadas. Piccinato afirma que, quando esteve em Portugal para estudar a enfiteuse, muitos se surpreendiam ao descobrir que o regime ainda existia no Brasil. Piccinato atribui a continuidade do sistema no país à influência que o catolicismo manteve na política brasileira após a Proclamação da República (1889). No novo regime, embora o Brasil tenha se tornado um Estado laico, o pesquisador afirma que "os poderosos eram católicos, e os próprios religiosos [da Igreja Católica] tiveram a permissão de se candidatar e ocupar cargos políticos". Isso, segundo ele, fez com que a enfiteuse fosse preservada no nosso ordenamento jurídico mesmo após sucessivas mudanças legislativas e tributárias. "Nunca houve uma separação plena entre Igreja e Estado no Brasil", afirma Piccinato. g1 no Vaticano: fiel aposta que novo papa será italiano Veja Mais
Conta de luz fica mais cara em maio; veja dicas de como economizar com a bandeira amarela
O chuveiro elétrico é o maior vilão da conta de luz, mas outros cuidados também podem ajudar na hora de conter o peso sobre o bolso do consumidor. Conta de luz terá Bandeira Amarela a partir de hoje A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira tarifária amarela para as contas de luz do mês de maio — consequência da redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período mais seco do ano, com a proximidade do inverno. Segundo a Aneel, "as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média" e, por isso, a energia elétrica terá um custo extra de cerca de R$ 1,89 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos por pessoa ou família neste mês. Para não pesar no bolso, o g1 reuniu alternativas para reduzir o consumo de energia, que podem ser uma boa saída para que as despesas da família não disparem. Veja a seguir dicas para economizar. Chuveiro é o maior vilão da conta de luz O chuveiro elétrico é o equipamento que mais consome energia e, consequentemente, também é o que mais pesa na conta de luz do consumidor. Por isso, um uso inteligente durante os banhos pode ser a chave para uma redução significativa dos gastos com energia. O engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, explica que o tempo de calorão traz uma "grande oportunidade de economia", porque os chuveiros podem ser colocados numa temperatura menor — o que gasta menos energia. "Ao colocar a chave do chuveiro na posição verão, as pessoas podem ter economia de, aproximadamente, 30% do consumo do aparelho ligado em sua potência máxima", diz o especialista. Batista destaca ainda que é importante manter o mesmo tempo de uso do equipamento, ou até reduzir. "Não adianta diminuir a potência do equipamento e aumentar o tempo de banho". A Cemig também aconselha que, se possível, o consumidor evite usar o chuveiro entre 17h e 22h, horários de pico. Além destas, outra dica mais drástica já bem conhecida: fechar o chuveiro para ensaboar o corpo ou os cabelos. Geladeira também consome bastante Segundo a Cemig, a geladeira é o segundo equipamento que mais consome energia dentro de casa, por conta de seu tempo de uso e o "abre e fecha". Isso porque a entrada de ar quente na geladeira faz com o que o equipamento precise trabalhar mais para refrigerar os alimentos, consumindo mais. No mesmo sentido, o engenheiro destaca que alimentos ainda quentes não devem ser armazenados no eletrodoméstico, porque isso faz com que o motor do tenha que funcionar por mais tempo, aumentando os gastos. Utilizar a parte de trás das geladeiras, que são mais quentes, como forma de secar roupa, também é contraindicado porque eleva o consumo. Por fim, Thiago Batista também orienta que o consumidor tenha atenção ao estado da borracha de vedação do equipamento, porque se as portas não se fecharem totalmente, o consumo será maior. "Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha, se ela sair com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários pontos da porta da geladeira", diz Batista. Ar-condicionado ou ventilador? O ventilador sempre é a opção mais barata para lidar com as altas temperaturas. Além do aparelho ser mais barato, o consumo de energia também é menor que o de um ar-condicionado. Ainda assim, o engenheiro da Cemig afirma que é importante ter atenção ao tempo de uso do equipamento, evitando deixá-lo ligado se a pessoa deixar o ambiente ou quando as temperaturas já estiverem agradáveis. "O consumo de energia depende de duas variáveis: potência dos equipamentos, em watts (W), e tempo de utilização, em horas. Para utilizar corretamente a energia, deve-se atuar nessas duas variáveis. Por isso, mesmo que o ventilador tenha uma potência menor, se o aparelho ficar por longo período ligado, o cliente poderá ter um aumento significativo na conta de energia", explica Batista. Ainda em relação ao uso do ventilador, o indicado é manter os ambientes abertos e ventilados durante sua utilização, para reduzir a necessidade de manter o equipamento em uma alta frequência. O ar-condicionado é também um aparelho com alto consumo de energia: a cada 1ºC mais baixo, existe um gasto cerca de 10% mais elevado do consumo de energia, explica Thiago Godoy, especialista em educação financeira e fundador da Papai Financeiro. Para quem pensa em comprar um ar-condicionado, o educador comenta que é necessário levar em conta exatamente quais são as necessidades do espaço, para não comprar um que utilize mais energia que o necessário. Devem entrar na conta: O tamanho do ambiente a ser climatizado; A eficiência energética do aparelho; As características do clima local. Em caso de dúvidas sobre qual o equipamento é o mais apropriado para o espaço, vale falar com profissionais para tomar uma decisão mais acertada. No entanto, Batista, da Cemig, comenta que há uma forma prática de entender qual a melhor opção de aparelho para cada consumidor. “Para as residências, existem dois modelos: o do tipo janela, menos eficiente, e o split, que tem tecnologia inverter e é mais eficiente", pontua o especialista. "Na aquisição de qualquer um deles deve-se dar preferência para aqueles cuja etiqueta indique o consumo anual provável e multiplicar pela tarifa de energia encontrada na conta de luz. Dessa forma, o consumidor terá uma boa ideia do quanto cada equipamento 'gastará' no ano, pois esse consumo foi padronizado para uma utilização típica no país", explica Batista. Sobre a escolha do aparelho, os modelos com selo Procel de eficiência energética podem trazer uma economia no longo prazo. Consumo inteligente do ar-condicionado Para economizar energia, Thiago Godoy comenta que é importante utilizar o ar-condicionado com sabedoria. "Ajuste a temperatura para um nível confortável, evite variações bruscas e desligue o aparelho quando o ambiente estiver desocupado. O uso de dispositivos de programação, como timers, pode ser uma opção eficaz para automatizar esses ajustes", comenta Godoy. Gustavo Sozzi, presidente da fornecedora Lux Energia, compartilha do ponto de vista e aconselha o consumidor a optar por uma temperatura moderada, evitando excesso de frio. Para que o ar-condicionado não precise ficar em uma temperatura tão baixa, Sozzi pontua que é importante bloquear o calor solar com cortinas ou persianas, mantendo a casa naturalmente mais fresca. Manter vidros ou janelas fechados também ajudam, já que impedem a entrada de ar mais quente e seguram a temperatura mais fria no ambiente. Com janelas e cortinas fechadas, o especialista da Lux Energia comenta que "ventiladores de teto ou portáteis também podem ser eficazes para refrescar ambientes, consumindo menos energia que o ar-condicionado". Godoy ainda traz outra dica: é possível deixar o ar numa temperatura mais amena e combinar com o uso de ventiladores, um combo que gasta menos energia do que deixar o aparelho numa temperatura muito mais fria. Lâmpadas e paredes claras Gustavo Sozzi afirma que, além da otimização do uso dos aparelhos que utilizam energia elétrica, outras opções podem fazer a diferença na conta de luz no longo prazo. A primeira e mais simples é a escolha da lâmpada. Trocar lâmpadas incandescentes pelas de LED reduz os custos da casa com energia porque a lâmpada de LED é mais eficiente que a incandescente. Além disso, se a família tiver a possibilidade de priorizar o uso de cores claras nas paredes da residência, isso favorece a iluminação natural e reduz a necessidade de uso das lâmpadas durante boa parte do dia. Energia elétrica pesou sobre a inflação do começo do ano fanjianhua no Freepik Veja Mais
China e EUA anunciam encontro na Suíça em meio à guerra comercial
Reunião deve ocorrer no sábado (10), em Genebra, entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng. Tarifas são tema central. China e EUA Associated Press Os governos dos Estados Unidos e da China anunciaram nesta terça-feira (6) que terão um encontro em Genebra, na Suíça, no fim desta semana. A previsão é que a reunião ocorra no sábado (10), segundo a agência de notícias Reuters. A conversa marca o início das negociações sobre a guerra comercial entre os dois países. Ao longo das últimas semanas, os EUA anunciaram taxas de até 145% sobre produtos importados da China, em uma guerra tarifária promovida pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Pequim respondeu com alíquotas de até 125% sobre a importação de itens norte-americanos, em uma escalada de taxas, até então, sem sinais de recuo. Em comunicado oficial, o governo dos EUA informou que o secretário do Tesouro do país, Scott Bessent, e o representante de Comércio, Jamieson Greer, vão viajar para a Suíça na quinta-feira (8), onde vão se encontrar com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng. Também em comunicado, o Ministério do Comércio chinês afirmou que Lifeng irá para a capital suíça na sexta-feira. A pasta confirmou o encontro com Bessent. Lifeng, considerado o principal responsável pela economia da China, ficará na Suíça entre sexta e segunda-feira (12). “Com base na plena consideração das expectativas globais, dos interesses da China e dos apelos da indústria e dos consumidores dos EUA, a China decidiu retomar o diálogo com os EUA", informou, em comunicado, o gigante asiático. “Há um velho ditado chinês: 'Ouça o que se diz e observe o que se faz'. Se os EUA disserem uma coisa e fizerem outra, ou tentarem usar as conversas como disfarce para continuar com coerção e chantagem, a China jamais aceitará", acrescentou. Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Reunião entre EUA e Suíça Conforme o governo americano, os dois representantes do país vão se encontrar também com a presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, para negociações sobre comércio recíproco. "Estou ansioso por conversas produtivas enquanto trabalhamos para reequilibrar o sistema econômico internacional, de forma a melhor atender aos interesses dos EUA", disse Bessent em um comunicado. O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) informou que Greer também se reunirá com a missão da agência junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra. "Por determinação do presidente Trump, estou negociando com países para reequilibrar nossas relações comerciais, alcançar reciprocidade, abrir novos mercados e proteger a segurança econômica e nacional dos EUA", disse Greer. "Estou ansioso para ter reuniões produtivas com alguns de meus colegas, bem como visitar minha equipe em Genebra, que trabalha diligentemente para promover os interesses dos EUA em diversas questões multilaterais." Déficit comercial recorde As medidas tarifárias de Trump, que ele afirma serem usadas para reduzir o déficit comercial dos EUA, têm causado o efeito oposto até agora. O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta terça-feira (6) que o déficit comercial do país atingiu um recorde em março, com empresas antecipando importações antes das tarifas. Os dados comerciais destacaram uma dinâmica que contribuiu para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 — o primeiro declínio em três anos. Em particular, a tentativa das farmacêuticas de evitar as tarifas anunciadas por Trump para o setor levou a um aumento recorde nas importações de medicamentos. O déficit comercial dos EUA com a China caiu acentuadamente, já que as tarifas punitivas impostas por Trump reduziram significativamente as importações chinesas. Trump e seus principais assessores intensificaram as reuniões com parceiros comerciais desde que o presidente anunciou, em 2 de abril, uma tarifa de 10% para a maioria dos países. Além disso, tarifas ainda maiores estão previstas para entrar em vigor em 9 de julho, a menos que acordos bilaterais sejam firmados. Trump também impôs tarifas de 25% sobre automóveis, aço e alumínio, 25% sobre produtos do Canadá e do México, e 145% sobre produtos da China. A China respondeu aumentando suas tarifas sobre produtos norte-americanos para 125%, embora tenha oferecido algumas isenções. Um alto funcionário da União Europeia afirmou nesta terça-feira que o bloco de 27 países está preparando contramedidas caso não se chegue a um acordo comercial com Washington. Ele acrescentou que outros países também têm buscado estreitar laços comerciais com a UE. * Com informações da agência de notícias Reuters. Veja Mais
Compra do Master pelo BRB: Justiça do DF não autoriza assinatura de contrato da negociação
Decisão é desta terça-feira (6). Corte acatou ação pública do Ministério Público do Distrito Federal; em nota BRB diz que tomou conhecimento da liminar e que 'reitera que transação permanece condicionada ao cumprimento de etapas e aprovações regulatórias'. Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O Banco de Brasília (BRB) está impedido de assinar o contrato definitivo de aquisição do Banco Master até que obtenha a autorização da Assembleia de Acionistas e a autorização legislativa. A decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) é desta terça-feira (6). O BRB pode recorrer. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. A decisão do juiz Carlos Fernando dos Santos atendeu a um pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizada no dia 28 de abril. Entre os argumentos do MP estão a falta de aprovação pela Assembleia de Acionistas e a falta de autorização legislativa. Em nota BRB diz que tomou conhecimento da liminar e que "reitera que transação permanece condicionada ao cumprimento de etapas e aprovações regulatórias e reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e o respeito às instituições competentes" (veja íntegra ao final da reportagem). Veja Mais
Trump diz que irá avaliar acordos comerciais nas próximas semanas
Presidente dos EUA e autoridades do alto escalão do governo afirmam que há negociações em curso com diversos países, em meio à guerra comercial que ameaça a economia global. Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em 5 de maio de 2025. Reuters/Leah Millis O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (6) que irá revisar, nas próximas semanas, acordos comerciais em negociação para decidir quais propostas serão aprovadas. O republicano e autoridades do alto escalão de seu governo têm declarado que há negociações em curso com diversos países, em meio à guerra comercial que ameaça a economia global. Segundo Trump, os resultados podem sair nas próximas duas semanas. Os comentários foram feitos antes de uma reunião bilateral entre Trump e o primeiro-ministro canadense, Mark Carney. Os dois aliados de longa data estão envolvidos em uma disputa comercial. Trump disse que o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA) pode ser renegociado. O tratado foi assinado durante o primeiro mandato de Trump e está previsto para expirar no próximo ano. O republicano afirmou, no entanto, que não está buscando estender o acordo de livre comércio. Ele disse que consideraria uma renegociação do acordo, mas questionou "se isso é mesmo necessário". Já Carney afirmou que o texto “é uma base para uma negociação mais ampla". "Algumas partes dele terão que mudar", acrescentou. Nesta terça, Trump também declarou que a China quer negociar um acordo comercial para encerrar as tarifas concorrentes. “Eles querem negociar, e querem uma reunião”, disse Trump. “Vamos nos encontrar com eles no momento certo.” Veja Mais
Lula finaliza MP que amplia gratuidade da conta de luz, dizem interlocutores do governo
Expectativa é que o texto seja enviado ao Congresso ainda essa semana. A matéria prevê que as mudanças comecem a valer em junho próximo. O Palácio do Planalto concluiu a análise da medida provisória (MP) que prevê a reforma do setor elétrico no Brasil, incluindo a redução da tarifa de luz para cerca de 60 milhões de brasileiros. As informações são de interlocutores do Palácio do Planalto e do Ministério de Minas e Energia (MME). A expectativa é que o texto seja enviado ao Congresso ainda essa semana. A matéria prevê que as mudanças comecem a valer em junho próximo. Proposta de reforma do setor elétrico divide opiniões O texto foi construído no Ministério de Minas e Energia e ficou sob análise na Casa Civil nas últimas semanas. A proposta prevê a ampliação da tarifa social para 60 milhões de consumidores. Num primeiro momento, cerca de 14 milhões terão gratuidade. Os 46 milhões restantes terão um desconto significativo. A avaliação é que a matéria está madura para ser enviada ao Congresso. A conta será gratuita para os consumidores com renda per capita mensal de até meio salário mínimo, inscritos no CadÚnico e com consumo de até 80 kw/h por mês. Para quem se enquadrar nos critérios de renda e consumir acima de 80 kW/h até 120 kW/h, haverá uma cobrança proporcional, dos kw/h consumidos acima da marca de 80. Atualmente, apenas indígenas e quilombolas têm gratuidade. Famílias de baixa renda que estão no CadÚnico têm um desconto que pode chegar a 65% do total da conta. O custo das mudanças é estimado em R$ 4,5 bilhões por ano. O dinheiro para bancar a ampliação da tarifa social virá da redistribuição dos encargos dentro do próprio setor. Ou seja, a MP prevê o corte de subsídios para fontes de energia mais limpa, como a eólica e solar. Hoje, os subsídios a essas fontes são custeados por todos os consumidores. Além disso, as contas dos demais consumidores terá um aumento de 1,4%. A MP estabelece ainda a abertura do mercado de energia a partir de 2027. Pela regra, todos os consumidores vão poder escolher de qual empresa querem comprar a energia — a exemplo do que ocorre com operadoras de celular. Hoje, o chamado “mercado livre’ é restrito a grandes consumidores, como indústrias e estabelecimentos comerciais de grande porte. A modernização do setor elétrico, com a abertura do mercado livre de energia, requer profissionais que entendam a dinâmica do processo de aquisição Getty Images Disputa política O governo vê na medida, caso seja aprovada, potencial para ser uma marca do terceiro mandato de Lula num ano pré-eleitoral. Houve ruídos, no entanto, na forma como a proposta foi divulgada. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a proposta em abril, após evento com empresários no Rio de Janeiro, e depois voltou a detalhar a matéria num café com jornalistas. A apresentação do tema foi feita à revelia da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o que gerou mal-estar entre ministros palacianos. Agora, há um entendimento que o assunto, dentro do governo, está pacificado. O enfrentamento se dará com a oposição e com os grupos de lobby que atuam no Congresso nesse tema. O ex-presidente Jair Bolsonaro, em postagens recentes nas redes sociais, já acusou o governo Lula de propor o encarecimento da conta dos brasileiros para bancar a gratuidade para uma parcela da população. Bolsonaro argumenta ainda que a abertura do setor foi iniciada por ele, com uma portaria assinada em 2022 pelo então ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachshida. Em resposta por meio de nota, Alexandre Silveira afirmou: “a referida portaria autorizou a abertura de mercado apenas para um grupo restrito de empresas conectadas à alta tensão, sem respaldo em alterações legislativas ou normativas adequadas, o que gerou impactos negativos à população mais vulnerável — como apontado em análise do TCU (Tribunal de Contas da União).” O ministro acrescentou ainda que é “igualmente incorreta a alegação de que haverá transferência de custos para os consumidores em geral. Vamos reavaliar e reduzir gradativamente esses subsídios — que hoje superam R$ 40 bilhões — para garantir energia gratuita a 60 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade.” Veja Mais
Concurso MPU: gabaritos preliminares são divulgados; veja como acessar
O processo seletivo está sendo organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). São 172 vagas de nível superior, com remuneração inicial de até R$ 13,9 mil. Saiba mais sobre o concurso público do MPU O Ministério Público da União (MPU) divulgou nesta terça-feira (6) o gabarito preliminar das questões objetivas do concurso público da instituição. VEJA O GABARITO AQUI A aplicação das provas objetivas e discursivas aconteceu no domingo (4) em todas as capitais brasileiras, em turnos diferentes, de acordo com o cargo concorrido. As respostas foram liberadas no site da Fundação Getulio Vargas (FGV), banca organizadora do processo seletivo. (veja abaixo os próximos passos do concurso) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Os candidatos que não concordarem com os gabaritos preliminares ou com a aplicação das provas podem entrar com recurso entre os dias 7 e 8 de maio. Cronograma das próximas etapas Veja Mais
Fraude do INSS: beneficiários dizem que descontos ilegais começaram antes de 2019; veja relatos
Novo presidente do instituto, Gilberto Waller Júnior, afirmou na segunda-feira (5) que o plano de ressarcimento das vítimas sairá até a próxima semana. Sede do Instituto Nacional do Seguro Social, em Brasília. Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) afirmam que tiveram descontos indevidos em seus contracheques muitos anos antes do amplo esquema de fraudes revelado pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Uma operação realizada no último mês mirou um esquema bilionário que desviou recursos de beneficiários do INSS entre 2019 e 2024. Segundo as investigações, os suspeitos cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios, sem autorização das pessoas. As apurações da PF e da CGU apontam que associações e entidades realizavam cadastros de aposentados sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar valores dos benefícios. O prejuízo total pode chegar a R$ 6,3 bilhões no período investigado. Na última semana, o governo federal publicou um despacho em que suspende, por tempo indeterminado, todos os acordos do INSS com entidades associativas que descontavam parcelas mensais de aposentados e pensionistas. (saiba mais abaixo como identificar e excluir as cobranças) Diante do escândalo, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido do cargo. Nomeado novo presidente, o procurador federal Gilberto Waller Júnior afirmou na segunda-feira (5) que o plano de ressarcimento das vítimas sairá até a próxima semana. A revelação da fraude também causou mal-estar dentro do governo, e o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão na última sexta-feira (2). Para o lugar dele, foi escolhido o ex-deputado e número 2 de Lupi, Wolney Queiroz. Descontos desde 2006 Odilon Guimarães, de 74 anos, notou há quase 20 anos descontos indevidos em sua aposentadoria. Segundo ele, as primeiras cobranças de mais de R$ 20 começaram em 2006, três anos após o início do benefício previdenciário por invalidez. Em seu extrato do INSS, o débito aparecia como “consignação”, mesmo sem a contratação de crédito consignado, relata. Aposentado Odilon Guimarães diz que passou a ter descontos sob a rubrica 'consignação' mesmo sem ter feito empréstimo consignado. Arquivo pessoal Apesar das tentativas com atendentes do INSS, Odilon diz não ter tido sucesso no cancelamento das deduções. Em 2008, então, as mesmas cobranças passaram a vir em seu contracheque sob o registro de “Contrb.assoc.aposent/cobap”. O aposentado de Belo Horizonte (MG) diz que, apesar da mudança na nomenclatura, o percentual descontado indevidamente de seu benefício continuou sendo o mesmo. “A rubrica de ‘consignação’ foi até junho de 2008. O valor era 1% da aposentadoria. Já em julho daquele ano, a rubrica passou a ser outra, a de contribuição associativa”, explica, acrescentando que o percentual descontado permaneceu o mesmo. Em 2008, nomenclatura dos descontos passou a ser 'Contrb.assoc.aposent/cobap 0800 940 3168'. Arquivo pessoal Odilon afirma ter conseguido suspender as cobranças apenas em 2021. “Foi engraçado que, entre julho e agosto de 2021, eu liguei e, de imediato, a atendente falou: ‘Pode deixar que nós vamos cancelar’. E pararam de cobrar. Foi sempre 1% do valor da pensão”, relata. “Antes, eu ligava e reclamava, mas diziam: ‘Nós não podemos fazer nada, você tem que entrar em contato com a associação responsável pelo desconto’. E não conseguia cancelar.” Pelas contas do aposentado, foram descontados mais de R$ 6,5 mil sem sua autorização ao longo de quase 15 anos. Ele diz que ainda não entrou com ações na Justiça sobre o caso. Procurado pelo g1, o INSS não se posicionou sobre o caso até a última atualização desta reportagem. Veja outros relatos de vítimas com descontos indevidos: Initial plugin text Consignado sem autorização A operação sobre fraudes no INSS também jogou luz sobre casos de empréstimos consignados sem autorização. A repórter Amanda Lüder, da GloboNews conversou com Maria da Glória, moradora de Porto Alegre, que recebe há mais de 10 anos pensão pela morte do marido. Ela tem quatro empréstimos consignados ativos, que não foram solicitados, além de outros 41 que já conseguiu encerrar ao longo desse tempo. Apenas três foram feitos com autorização da aposentada. O restante se refere a renegociações sem autorização. A família dela estima um prejuízo de R$ 160 mil reais ao longo desses mais de 10 anos. Aposentados denunciam refinanciamentos ilegais de consignado Avanço nas apurações A força-tarefa montada para desbaratar o esquema de fraudes no INSS avança para novas linhas de apuração. As investigações envolvem agora novos órgãos, como a Dataprev, e valores muito superiores ao que estão em apuração hoje, mostrou o blog da Daniela Lima. O novo tronco de investigação mira possíveis fraudes nos empréstimos consignados, firmados por meio do INSS, com aposentados e pensionistas. Só no ano de 2023, foram 35 mil reclamações de empréstimos liberados indevidamente, inclusive sem qualquer solicitação por parte do beneficiário, conforme auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) a que o blog teve acesso. Como descobrir se você teve descontos indevidos? E o que fazer? Veja abaixo o passo a passo. Como saber se tive valores descontados? Como excluir cobrança indevida? INSS: Especialista explica direitos dos beneficiários que caíram em golpe Como saber se tive valores descontados? Para descobrir se houve descontos indevidos, o aposentado ou pensionista deve consultar o extrato do INSS. No documento, estão todas as retiradas, tanto de crédito consignado como de mensalidades associativas. Veja o passo a passo: Acesse o app ou site Meu INSS Faça login com CPF e senha do Gov.br Clique em "Extrato de benefício" Em seguida, clique sobre o número do benefício Na próxima tela, irá aparecer o extrato Basta, então, verificar descontos de mensalidades associativas Como excluir cobrança indevida? O aposentado ou pensionista que não reconhecer um desconto em seu benefício pode requerer o serviço "excluir mensalidade associativa" pelo aplicativo, no site do Meu INSS ou pela central 135. Veja Mais
3G Capital, de Lemann, Telles e Sicupira, compra Skechers em acordo de mais de US$ 9 bilhões
Companhia é a terceira maior empresa de calçados do mundo e se tornará privada após a transação. Exterior de uma loja da Skechers na Times Square, em Nova York. Shannon Stapleton/ Reuters A 3G Capital — empresa de investimentos fundada pelo trio de bilionários Jorge Paulo Lehmann, Marcel Telles e Beto Sicupira — vai comprar a Skechers, a terceira maior companhia de calçados do mundo, por aproximadamente US$ 9,4 bilhões (R$ 53,1 bilhões). O acordo, anunciado nesta segunda-feira (5), fará com que a Skechers se torne uma empresa privada — ou seja, a companhia deve sair da bolsa de valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês). Em comunicado oficial, a Skechers informou que a transação foi aprovada por unanimidade por seu conselho de administração, incluindo um comitê independente de diretores. A empresa ainda indicou que o acordo representa "uma oportunidade transformadora de parceria de longo prazo". A expectativa é que a equipe de gestão da empresa liderará a transição ao lado da 3G Capital. "A Skechers está entrando em seu próximo capítulo, em parceria com a empresa global de investimentos 3G Capital. Dado seu notável histórico em facilitar o sucesso de alguns dos negócios de consumo globais mais emblemáticos, acreditamos que esta parceria apoiará nossa talentosa equipe [...] ao mesmo tempo em que possibilita o crescimento da empresa a longo prazo”, afirmou o presidente e CEO da Skechers, Roberto Greenberg, em nota oficial. Para oficializar o acordo, a 3G concordou em pagar US$ 63,00 (R$ 356,08) por ação, em dinheiro, por todas as ações em circulação da Skechers. A transação ainda inclui a opção para os acionistas atuais da Skechers receberem US$ 57,00 (R$ 322,26) em dinheiro e uma unidade de capital não listada e intransferível em uma empresa privada recém-formada que, após o fechamento da transação, será a controladora da Skechers. As ações da Skechers dispararam após o anúncio, tendo subido mais de 20% até o meio da tarde desta segunda-feira. Lista de bilionários da Forbes 2025: saiba quem são as pessoas mais ricas do mundo Veja Mais
VÍDEO: Mustang ganha edição limitada com câmbio manual por R$ 600 mil; veja os destaques
Modelo exclusivíssimo chega ao Brasil com apenas 200 unidades. Transmissão manual inclui melhorias para aumentar a esportividade, permitindo trocas de marcha mais rápidas. Um carro em extinção: Ford Mustang manual é o último muscle car raiz A Ford anunciou nesta segunda-feira (5) o lançamento do Mustang GT Performance manual. Este modelo é uma edição limitada com transmissão manual, celebrando os 60 anos da primeira geração do esportivo. O modelo exclusivíssimo chega ao Brasil com apenas 200 unidades, a R$ 600 mil. Cada veículo é numerado, com um emblema exibindo seu número logo abaixo do câmbio. As vendas também serão restritas. Segundo a Ford, apenas concessionárias que já comercializaram algum Mustang em sua história podem receber unidades para venda. Inicialmente, os novos Mustangs com câmbio manual serão vendidos apenas para clientes que já adquiriram algum modelo anterior. Em seguida, a venda será aberta para ex-clientes da Ford. Se sobrar algum, o público geral poderá comprar o veículo. Além da transmissão manual e da numeração do veículo em uma placa, há outros detalhes exclusivos neste Mustang. O primeiro é a adição de duas faixas pretas que percorrem a carroceria, com frisos vermelhos dentro de cada uma. As pinças de freio Brembo são vermelhas, as rodas e o emblema do cavalo na grade dianteira têm cor bronze, e há um emblema comemorativo aos 60 anos do Mustang, localizado na parte externa da última coluna do carro. Ford Mustang GT Performance manual divulgação/Ford LEIA MAIS Volkswagen Nivus GTS é anunciado por R$ 174.990; veja detalhes e ficha técnica Trump suaviza impacto de tarifas sobre setor automotivo dos EUA VÍDEO: Novo Nivus é um bom carro, mas preço não ajuda a ser campeão de vendas Ford Mustang GT Performance manual Tradição preservada O motor é o Coyote V8 5.0, presente em outras versões do Mustang. Na edição com transmissão manual de seis velocidades, ele oferece 492 cv de potência e 58 kgfm de torque. A velocidade máxima é de 250 km/h, e a aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 4,3 segundos. A transmissão manual inclui melhorias para aumentar a esportividade, permitindo trocas de marcha mais rápidas sem que o motorista precise tirar completamente o pé do acelerador. Este recurso só está disponível quando o motor está girando acima de 5.000 rpm. Nessas condições, o motorista pode pressionar apenas 40% do pedal do acelerador para realizar a troca de marcha corretamente. O Ford Mustang manual oferece cinco modos de condução, incluindo dois voltados para pista e dois adicionais: Launch Control e Rev Match. O Launch Control maximiza a potência do motor e evita que as rodas percam tração nas arrancadas, enquanto o Rev Match proporciona reduções de marcha mais suaves, minimizando os solavancos. Embora a transmissão manual remeta a uma era mais antiga da indústria automotiva, o Ford Mustang GT Performance manual possui painel de instrumentos digital de 12,4 polegadas e central multimídia de 13,2 polegadas, com reconhecimento de comandos por voz. O veículo também oferece espelhamento sem fio para celulares, que podem ser recarregados por indução. O sistema de som é desenvolvido pela B&O, com 900 watts de potência distribuídos por 12 alto-falantes e um subwoofer. Embora o freio seja eletrônico, há uma alavanca manual disponível para facilitar manobras de drift. O Ford Mustang GT Performance manual chega em um período em que a transmissão manual está cada vez mais rara nos carros vendidos no Brasil. Dos 781 modelos de carros produzidos por 33 marcas e homologados pelo Inmetro, apenas 86 possuem câmbio manual, onde as trocas de marcha são feitas exclusivamente pelo motorista. Em outras palavras, em 2025, apenas 11% dos carros vendidos oficialmente no Brasil têm transmissão manual. Ford Mustang GT Performance manual Volkswagen Nivus GTS é anunciado por R$ 174.990; veja detalhes Veja Mais
Silêncio nas docas: maior porto dos EUA sente efeito da guerra comercial de Trump
Terminal de Los Angeles, principal porta de entrada para produtos asiáticos, vê queda no movimento. O mesmo acontece com porto vizinho de Long Beach, diante do tarifaço do presidente dos EUA. Porto de Los Angeles. Robyn Beck/AFP No porto de Los Angeles, na Califórnia, a coreografia frenética dos guindastes que descarregam contêineres da Ásia diminuiu — e o barulho nas docas mais movimentadas dos Estados Unidos também. "É possível ouvir um alfinete cair, é muito incomum", disse à AFP o diretor do porto, Gene Seroka. De acordo com esse indicador não oficial, a economia dos EUA está enfrentando uma desaceleração sob o comando do presidente dos EUA, Donald Trump, em meio à sua guerra comercial com a China. A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do país nesta semana também reforça o cenário. Números apontam que as incertezas causadas pelo republicano colaboraram com o recuo de 0,3% da economia norte-americana no primeiro trimestre, em taxa anualizada. (leia mais abaixo) Juntamente com o porto vizinho de Long Beach, a área de Los Angeles representa a maior porta de entrada para os EUA de produtos da China e do resto da Ásia. Isso a tornou uma das primeiras vítimas de uma crise emergente que ameaça atrapalhar a vida de milhões de americanos. LEIA TAMBÉM PIB dos EUA tem queda de 0,3% nos primeiros meses do mandato de Trump Trump fala em 'período de transição' e minimiza risco de recessão nos EUA Trump diz que não vai demitir Powell até o fim do mandato do chefe do BC americano As tarifas de Trump, bem como as taxas retaliatórias lançadas por outros países, intimidaram os importadores, cujos pedidos regulares de móveis, brinquedos e roupas diminuíram. Nesta semana de 4 de maio, o porto de Los Angeles receberá até 35% menos carga em comparação com o mesmo período do ano passado, disse Seroka, diretor do terminal. Já o porto de Long Beach diz que uma queda de 30% nas importações é esperada para todo o mês de maio. Dezenas de navios cancelaram suas viagens para esses portos. "Muitos varejistas e fabricantes apertaram o botão de pausa, interrompendo todas as remessas da China", disse Seroka. PIB dos EUA tem queda de 0,3% nos primeiros meses do mandato de Trump; Bruno Carazza comenta Guerra comercial com a China O gigante asiático é o mais atingido pelas tarifas de Trump, com taxas de até 145% sobre alguns produtos. As vendas de produtos chineses para os EUA em 2024 ultrapassaram US$ 500 bilhões (quase R$ 3 trilhões), de acordo com Pequim. E, embora as vendas possam não aumentar este ano, os preços certamente aumentarão. "De fato, o custo de um produto fabricado na China está agora duas vezes e meia mais caro do que no mês passado", disse Seroka. No mês passado, Trump anunciou uma série de tarifas separadas contra quase todos os países do mundo. As taxas foram definidas com base no déficit dos EUA com cada um dos parceiros comerciais, em uma fórmula que gerou críticas ao redor do globo e deixou economistas perplexos. Alguns dias depois, ele suspendeu o tarifaço por 90 dias e deixou uma tarifa geral de 10% contra a maior parte do mundo. Essa sobretaxa, paga pelo importador de um produto, não pelo vendedor, afetará o comércio em todos os EUA. "Não se trata apenas de um problema da Costa Oeste. Ele afeta todos os portos, estejam eles no leste ou no Golfo" do México — que Trump decretou que deveria ser conhecido como Golfo da América", alertou o diretor do Porto de Long Beach, Mario Cordero. No início deste ano, Long Beach e Los Angeles viram as empresas americanas correndo para se antecipar às tarifas que Trump prometeu na campanha. Os volumes de frete dispararam enquanto as empresas corriam para estocar o máximo possível antes da entrada em vigor das novas tarifas. No entanto, à espera de que os impostos comecem a valer, a tendência é que as companhias interrompam as compras para escoar os estoques acumulados. China diz avaliar proposta dos EUA e critica tarifas Importações antecipadas e queda no PIB A queda de 0,3% no PIB dos EUA em taxa anualizada neste primeiro trimestre veio após o indicador aumentar 2,4% nos últimos três meses de 2024, de acordo com dados preliminares do Departamento do Comércio do país. Veja Mais
Dar nomes a animais é tradição na zona rural
Em um sítio localizado em Cedral (SP), cada um dos integrantes do gado possuem um nome. De acordo com o proprietário, tratá-los como pessoas interfere e muito na produção. Família de fazenda em Cabral (SP) dá nome a todos os animais TV TEM/Reprodução Em um sítio de Cedral (SP), os trabalhos começam já durante o nascer do sol. Primeiro de tudo, as vacas são conduzidas até o curral em uma caminhada que, geralmente, é longa. Porém, os animais são chamados pelo nome e obedecem sem nenhum tipo de problema. Luciano Colognesi é produtor de gado leiteiro há quatro anos e, durante todo o período, os animais sempre foram tratados com muito carinho. As 40 cabeças receberam nome logo após o nascimento e, de acordo com ele, o tratamento especial é fundamental. "Chamar pelo nome interfere muito. Você tem que tratar o animal como uma pessoa, pois eles entendem tudo. O povo mais antigo costumava colocar nomes de pessoas ao gado, eu já não tenho muito este costume", explica. Entre as estrelas da família, está o Ferdinando, o único que possui nome de "gente". O nome foi dado por Matheus, filho de Luciano, de apenas 11 anos, em referência ao filme "O Touro Ferdinando". "Ele é o nosso xodó. Ele é o primeiro dos dez que nasceram dessa remessa nova. Eu gostei do nome, ele é muito carinhoso e gosta de brincar. É o nosso animal de estimação, vai ser muito difícil vender. A raça dele é vendida com a intenção de abate e, com ele, não vai dar certo. Temos um carinho muito grande", comenta. Veja a reportagem exibida no programa em 04/05/2025: Título Genérico do Nosso campo: ANIMAIS NOMES VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais
Após tarifaço de Trump, TikTok vira vitrine de produtos chineses
Anunciantes usam marcas famosas, como Hèrmes e Louis Vuitton, para atrair consumidores, embora empresas neguem fabricação no país. Nike recomenda procurar canais oficiais, e especialista alerta sobre risco de falsificação: 'Preço elevado das marcas de luxo não se deve ao custo de produção, mas à percepção de valor e exclusividade'. Tarifaço de Trump: chineses mostram suposto segredo de produtos de luxo no TikTok Após o tarifaço imposto por Donald Trump contra produtos chineses, o TikTok virou uma vitrine para vendedores da China, que usam marcas famosas, como Hèrmes, Louis Vuitton e Nike, para atrair os consumidores. Algumas dessas marcas, entretanto, sequer têm produção no país asiático e, mesmo nos casos em que isso acontece, a ideia de que seria possível comprar diretamente dos fabricantes é considerada por um especialista em negócios ouvido pelo g1 como uma hipótese bem remota. Tem sugestão de reportagem? Escreva para o g1 Alguns desses vídeos, inclusive, foram tirados do ar. As diretrizes do TikTok dizem que a plataforma "é um lugar onde você pode compartilhar ou pesquisar informações sobre produtos ou atividades comerciais regulamentadas", mas ressaltam que a rede social "não é um local para tráfico ou comércio ilegal, nem um mercado não oficial (contrabando)". Visualizações cresceram após tarifaço Embora esses vídeos já circulassem antes, ganharam força com o aumento das tarifas americanas contra a China, que chegaram a 145%, podendo alcançar 245% para alguns produtos. Desde então, novos vídeos continuam sendo publicados, alimentados pela guerra comercial. A hashtag #madeinchina (Feito na China, em tradução livre), usada em alguns desses vídeos, cresceu após o tarifaço, segundo dados do TikTok. Veja a variação de menções nos gráficos abaixo: Nos Estados Unidos: Tendências da hashtag "madeinchina" nos Estados Unidos desde antes do tarifaço até 25 de abril TikTok Creative Center No Brasil: Tendências da hashtag "madeinchina" nos Estados Unidos desde antes do tarifaço até 25 de abril TikTok Creative Center Alguns usuários chegam a ver esses vídeos como atos de resistência às tarifas impostas por Trump ou como a revelação do que seriam, segundo eles, "verdades ocultas". "Essa guerra comercial está expondo o que é verdade e o que é fake", diz o influenciador Money Bates em um vídeo com mais de 11 milhões de visualizações. "Eles [chineses] vêm produzindo — e produzem por um preço mais baixo", afirma. TikTok vira vitrine de produtos chineses Reprodução/TikTok “Eu estou chocada sobre o quanto a China está expondo o segredo de grandes marcas e não está com medo de nada. Isso porque grandes empresas chinesas que produzem artigos de luxo estão mostrando como tudo é feito lá na China”, diz uma usuária brasileira do TikTok. Resistência? Não é bem assim... O que os criadores desses vídeos estão fazendo, entretanto, é vender produtos. No final de muitos dos vídeos, os vendedores orientam os usuários a clicarem em links no perfil ou a enviarem mensagens privadas para receberem links de fábricas. A ideia difundida é a de que as peças mostradas nos vídeos são as que vão parar nas prateleiras das lojas de marcas de luxo nos EUA e na Europa, ou que são similares às originais e têm o mesmo grau de qualidade. Um vídeo publicado após o tarifaço por um perfil chamado Wukong_LuxeLadyCraft afirma que os logos das marcas de luxo seriam a única coisa que diferencia os produtos vendidos no exterior daqueles vendidos pelas fábricas que suprem esse mercado. Vídeo no TikTok diz que única diferença entre bolsa fabricada na China e na Europa seria o logo das marcas. Reprodução/TikTok "Mais de 80% das bolsas de luxo são feitas na China. Normalmente com os mesmos materiais e artesanato que as versões europeias. A única diferença? O rótulo”, diz a vendedora. Até a publicação da reportagem, o perfil tinha 5 mil seguidores e mais de 80 mil curtidas. O especialista em negócios e tecnologia Arthur Igreja alerta para riscos sobre o que está sendo vendido por esses perfis. “Não tem nada de diferente de quem estende uma toalha no meio da rua e vende uma Louis Vuitton falsificada. Agora é via TikTok, via rede social”, diz. Igreja afirma que muitos desses vídeos exploram o desejo do consumidor por um “milagre de consumo”, algo similar à Black Friday. “A pessoa quer acreditar que está fazendo um grande negócio, mas ignora que o preço elevado das marcas de luxo não se deve ao custo de produção, mas à percepção de valor e exclusividade. Não existe milagre”, diz. O que o especialista em negócios recomenda é que os consumidores mantenham uma “desconfiança proativa”: “A pessoa precisa desconfiar de tudo. Questionar por que está muito barato. Se quiser verificar uma promoção, vá direto ao site oficial da marca”, disse. “[Essas fábricas] são auditadas com extremo rigor. É inocência achar que alguém dentro dessas fábricas vazaria vídeos e venderia produtos diretamente”, afirma. Além disso, Igreja afirma que embora algumas marcas como Nike, Adidas, New Balance e Lululemon de fato tenham parte da sua produção na China, seria inocente acreditar que é possível comprar esses produtos diretamente das fábricas, sem a intermediação das empresas. Em um perfil que vende bolsas, um homem que se apresenta como fabricante afirma que um item da marca Hermès, que custa US$ 23,6 mil nas lojas oficiais, sai por US$ 600 na China. “Vamos expor os segredos sujos dos preços de luxo”, diz. O vídeo, publicado antes do tarifaço, não está mais disponível na plataforma. A vendedora Luna afirma, em um dos seus vídeos, que é possível conseguir uma calça da marca de roupas esportivas Lululemon por 5% do preço pelo qual ela é vendida nos EUA. "Acho que a maioria de vocês sabe o preço da Lululemon ou de outras grandes marcas. Eles vendem uma calça legging por US$ 100. Adivinha só: nessas duas fábricas [chinesas], você consegue por US$ 5 ou US$ 6", diz ela. A versão original do vídeo foi excluída do perfil da vendedora, mas já foi replicada por outros perfis. O que dizem as marcas? A Hermès e a Louis Vuitton afirmam não possuir produção na China. A Hermès diz, ainda, que fabrica a maior parte dos produtos na França. A Lululemon, em um relatório de 2023, afirma que 19% dos seus produtos são produzidos na China, mas negou ao jornal "The New York Times" trabalhar com os fabricantes citados nos vídeos e alertou contra falsificações. Procurada pelo g1, a Nike recomendou que os consumidores procurassem as lojas oficiais ou parceiros autorizados. Adidas, que tem 16% de sua produção feita na China, e a New Balance, que tem dezenas de fornecedores no país, não responderam. Veja Mais
Mega-Sena pode pagar R$ 11 milhões neste sábado
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.858 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 11 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (3), em São Paulo. No concurso da última terça-feira (29), ninguém ganhou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Missão é sanear e tirar 'pecha de corrupção' do INSS, diz novo presidente do órgão em segundo dia no cargo
Gilberto Waller Júnior assumiu o INSS após investigação apontar desvio do dinheiro de pensionistas. Lula deu missão de "sanear INSS", diz novo presidente O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta sexta-feira (2) que sua principal missão à frente do órgão será sanear a instituição e recuperar a confiança da população após os recentes escândalos de fraude. A declaração foi dada no segundo dia dele no cargo, em entrevista exclusiva para a GloboNews. “Estou há um dia dentro do INSS e estou seguindo a determinação do presidente da República, que é sanear o INSS, retirar qualquer pecha de corrupção do INSS. É para que o segurado tenha, na verdade, confiança no INSS”, afirmou Waller. O novo presidente do INSS, Gilberto Waller, em entrevista à GloboNews Reprodução Ressarcimento O novo presidente do INSS afirmou também que uma prioridade é o ressarcimento dos aposentados atingidos pelas fraudes. "O que a gente está preocupado agora é assegurar que estas instituições que se beneficiaram injustamente, ilegalmente do segurado, que elas tenham seus bens acautelados pela Justiça por meio da Advocacia-Geral da União [AGU] para que assegure que não seja o cidadão que pague esse rombo, que efetivamente ele seja ressarcido e a gente possa retirar de quem realmente cometeu a fraude ali dentro", disse Waller. Segundo ele, a nova gestão iniciou um levantamento interno de casos com indícios de irregularidades e convocou a Controladoria-Geral da União (CGU) para identificar pendências entre o INSS e os órgãos de controle. “A gente chamou a Controladoria-Geral da União para levantar pra gente todos os casos de pendência de resposta que o INSS tem para com os órgãos de controle”, disse. Waller afirmou ainda que as providências já estão sendo repassadas às equipes internas e que o objetivo é evitar a repetição de escândalos como o revelado na semana passada pela Polícia Federal. A investigação apontou um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões por meio de associações cadastradas sem autorização. Recados aos aposentados O novo presidente do INSS deu dois recados para os aposentados. Pediu para eles confiarem na administração pública, que vai buscar o ressarcimento. E também alertou para que não acreditem em mensagens dizendo que são do INSS. "Primeiro, confie na administração pública. A administração pública, o INSS, ele vai procurar defender o seu direito. E segundo, cuidado com quem te procura. O INSS não manda link, o INSS não manda SMS. Os canais adequados de comunicação são o 135 e o 'Meu INSS'", afirmou. Veja Mais
Agrishow 2025 movimenta R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios
Resultado foi divulgado na tarde desta sexta-feira (2). Maior feira de tecnologia agrícola do país recebeu 197 mil pessoas. Ruas lotadas na Agrishow 2025, nesta quinta-feira (1º), em Ribeirão Preto (SP). Rogener Pavinski/g1 A Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, divulgou nesta sexta-feira (2) um volume total de R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios movimentados durante o evento em Ribeirão Preto (SP). O valor é 7% maior em comparação ao resultado do ano passado. A organização também confirmou uma visitação recorde de 197 mil pessoas desde segunda-feira (28). A direção da feira ponderou, no entanto, que a concretização desses negócios também depende do volume de crédito que será disponibilizado pelo governo federal no novo Plano Safra, ainda não anunciado, bem como das taxas de juros que serão ofertadas para o produtor rural. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Em visita à feira no interior de São Paulo, na cerimônia de abertura, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse que o governo trabalha para entregar um pacote mais robusto com relação ao anterior, que foi de R$ 400 bilhões para a agricultura empresarial. Em 2025, o evento chegou à sua 30ª edição em uma área de 520 mil metros quadrados - o que supera 50 campos de futebol -, onde 800 expositores do Brasil e do mundo apresentaram tecnologias e inovações para o campo. Entre as novidades deste ano, o público conferiu colheitadeiras gigantes, equipamentos de pulverização que otimizam o uso de substâncias químicas no campo, drones, tecnologias específicas para setores como o sucroenergético, entre outras aplicações, muitas delas dotadas de automação e inteligência artificial, direcionadas tanto para pequenas quanto para grandes propriedades rurais. Rodadas de negócios internacionais, eventos de conteúdo e um espaço dedicado a agtechs também movimentaram a feira em Ribeirão Preto. Diante das elevadas taxas de juros do mercado, uma das principais apostas das fabricantes, além das instituições parceiras, foi a oferta de condições especiais em consórcios. Em 2026, a Agrishow está prevista para acontecer entre 27 de abril e 1º de maio. "A área da Agrishow já ficou pequena, vamos ter que expandir para receber mais pessoas que querem expor", disse João Carlos Marchesan, presidente da feira. LEIA TAMBÉM IA, controle de temperatura, logística: inovações potencializam papel sustentável da cana-de-açúcar Agrishow 2025: 'maiores colheitadeiras do mundo' pesam até 25 toneladas Faturamento com máquinas e equipamentos sobe 15,2% em 2025, mas alta de importações preocupa Colheitadeira gigante exposta em estande da Agrishow 2025 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Incremento no faturamento Para expositores como a Herbicat, empresa de Catanduva (SP) especializada em tecnologias de aplicação de insumos, a participação na Agrishow representou a garantia de negócios para os próximos meses e um incremento nas receitas. "Durante a feira, tivemos pedidos concretizados em torno de um terço do faturamento mensal, negócio concluído e pedido assinado. Temos algumas propostas que podem significar até dois meses de faturamento, ou seja, a feira foi muito boa do ponto de vista de concretizar vendas reais, novas e deixar uma carteira de negócios orientada a grandes possibilidades", afirma Luís Pio, presidente da Herbicat, Estreante, a multinacional japonesa THK projeta um aumento de 10% no faturamento com a participação no evento no interior de São Paulo. "A estreia da THK na Agrishow 2025 representa um passo significativo na integração de tecnologias avançadas, já bastante utilizadas no setor industrial, agora direcionadas ao setor agrícola, alinhando-se às tendências de inovação e eficiência, que caracterizam o futuro do agronegócio", diz Nilton Gimenes Martins, presidente da THK Brasil. Galerias Relacionadas Veja mais notícias da Agrishow 2025 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais
Lula dá carta branca para novo presidente do INSS, que vai trocar diretores
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu carta branca para o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, fazer as modificações que considerar necessárias no órgão. Assessores presidenciais dão como certa a reformulação da autarquia e troca de seus diretores. Lula nomeou Waller para o cargo nesta quarta (30), após o antecessor, Alessandro Stefanutto, ser demitido em razão de fraudes no INSS investigadas pela PF. Conforme relatos de assessores próximos a Lula ouvidos pelo blog, o Planalto buscou mais do que um perfil técnico para o cargo, mas uma pessoa com ampla experiência em auditorias, para um pente-fino no INSS. “Precisava ser mais do que um nome técnico, mas um especialista em auditoria”, afirmou ao blog um ministro. Fraude no INSS: CGU aponta que uma associação filiou mais de 1500 aposentados por hora em abril 2024 Missões Waller recebeu algumas missões prioritárias do Planalto. A primeira é organizar a restituição dos valores descontados de aposentados e pensionistas, trabalho a ser concluído nos próximos meses. O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Reprodução A segunda é reestruturar o órgão, com um pente-fino em todos os setores. O diagnóstico feito no Planalto é que há décadas o INSS é terreno fértil para fraudes e que, para conseguir sair da crise que atinge politicamente o governo, é preciso remodelar a autarquia para que ela se torne confiável. Outra tarefa do novo presidente será zerar a fila de pedidos de benefícios – o que todos os governos tentam sem sucesso. Nesta sexta-feira, o novo presidente e integrantes da AGU e CGU terão a primeira reunião para traçar o plano de ressarcimento dos pensionistas que foram alvo de fraude e tiveram descontos no contracheque sem autorização. O governo não quis estabelecer ainda um prazo para realizar as devoluções. Apesar da autonomia, a nova direção será acompanhada de perto por outras áreas do governo responsáveis por investigações e controle. O primeiro passo será identificar as vítimas e solicitar às entidades responsáveis pelos descontos para que provem que eles foram autorizados. Veja Mais
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China diz que avalia proposta dos EUA para negociar tarifas
Ministério do Comércio chinês declarou, em comunicado, que os norte-americanos devem estar preparados para corrigir práticas 'equivocadas' e cancelar taxas unilaterais. ilustração mostra um modelo em miniatura impresso em 3D representando o presidente dos EUA, Donald Trump, a bandeira chinesa e a palavra "tariffs" (tarifas). Reuters O Ministério do Comércio da China declarou, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (2, data local), que está avaliando uma proposta dos Estados Unidos para iniciar conversas sobre a guerra comercial. "Recentemente, os EUA tomaram a iniciativa de transmitir informações à China por meio de canais apropriados, expressando o desejo de iniciar conversas", afirmou o ministério. "A China está atualmente avaliando essa proposta." Segundo a pasta, os EUA precisam "demonstrar sinceridade" se quiserem negociar. Para isso, os norte-americanos devem estar dispostos a "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais", acrescentou. "Em qualquer diálogo ou possível conversa, se os EUA não corrigirem suas medidas tarifárias equivocadas e unilaterais, isso simplesmente indicará que não são sinceros e prejudicará ainda mais a confiança mútua entre as partes." A pasta também afirmou que "tentar usar conversas como pretexto para coação e extorsão não funcionaria". Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Duelo tarifário As duas maiores economias do mundo têm travado um intenso duelo tarifário desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou suas tarifas em 2 de abril. Mais de 180 países e regiões foram afetados pela medida. Na ocasião, o republicano anunciou taxas de 34% sobre produtos chineses importados pelos EUA. Trump esperava usar as tarifas para negociar com a China, mas os asiáticos responderam aplicando taxas de mesma magnitude sobre itens norte-americanos importados. O embate escalou nas últimas semanas. Os EUA impuseram uma tarifa de 145% contra a China, que retaliou aplicando taxas de 125% sobre itens comprados dos EUA. Nos últimos dias, Trump afirmou repetidamente que autoridades chinesas têm entrado em contato para estabelecer negociações comerciais. O líder norte-americano declarou nesta quarta-feira (30) que há "muitas boas chances" de se chegar a um acordo. Pequim, no entanto, negou que houvesse conversas em andamento e pediu a Washington que dialogue de maneira "justa, respeitosa e recíproca". Além disso, advertiu que está disposto a lutar até o fim em uma guerra comercial. * Com informações das agências Reuters e France Presse. Veja Mais
Gol garante novo financiamento e pode sair da recuperação judicial nos EUA
A Gol está em recuperação judicial nos EUA desde o início de 2024. Com esse novo passo, a Gol já garantiu pelo menos US$1,375 bilhão em financiamento. Avião da GOL, Aeroporto de Natal Augusto César Gomes A Gol Linhas Aéreas anunciou nesta quinta-feira (1º) um novo acordo com um grupo relevante de credores, abrindo caminho para sair da recuperação judicial nos EUA até o final de junho. O acordo com investidores que detêm uma parcela da dívida sênior com vencimento em 2026 fornecerá US$ 125 milhões em financiamento, parte do plano de saída do Chapter 11, segundo informações regulatórias da companhia. A Gol está em recuperação judicial nos EUA desde o início de 2024. Com esse novo passo, a Gol já garantiu pelo menos US$1,375 bilhão em financiamento. A Gol também observou que o apoio deste grupo majoritário de credores aumentará substancialmente as chances de seu plano de reestruturação ser aprovado. A companhia aérea ajustará seu plano de recuperação para refletir os termos do novo acordo, que prevê que credores fora do grupo de investidores terão direito a receber até US$ 100 milhões em novas dívidas, que não poderão ser convertidas em ações. Além disso, outros investidores de fora desse grupo principal terão a oportunidade de participar do financiamento, com até US$ 50 milhões adicionais. Gol entra com pedido de recuperação judicial nos EUA Veja Mais
Peças de carro que seguem normas de acordo comercial entre EUA, México e Canadá estão isentas das tarifas de 25%
Acordo USMCA impede que indústrias sejam transferidas para locais com mão de obra mais barata. A ideia é que cerca de 75% das peças de um carro sejam fabricadas nos Estados Unidos O presidente Donald Trump durante discurso de 100 dias de governo REUTERS/Evelyn Hockstein Peças automotivas norte-americanas que estejam em conformidade com o acordo comercial EUA-México-Canadá (USMCA) estarão isentas das tarifas de 25% impostas pelo governo do presidente Donald Trump, informou a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA em um comunicado nesta quinta-feira (01). As tarifas entrarão em vigor em 3 de maio. O USMCA é um tratado de livre comércio entre Estados Unidos, Canadá e México que substituiu o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, chamado Nafta, que vigorava desde 1994. O acordo atual foi assinado por Donald Trump em 2018, no seu primeiro mandato, depois de uma negociação iniciada em 2017. As mudanças afetam vários setores, entre eles o automotivo, de propriedade intelectual e de comércio eletrônico. No setor automotivo, ele impede que indústrias sejam transferidas para locais com mão de obra mais barata. A ideia é que cerca de 75% das peças de um carro sejam fabricadas nos Estados Unidos, por trabalhadores que recebam em média 16 dólares por hora. O comércio de peças automotivas entre os EUA, México e Canadá é relevante para a indústria automotiva global, com a produção de veículos na América do Norte envolvendo a troca de componentes entre os três países. Veja Mais
EUA procuraram a China para iniciar negociações tarifárias, diz mídia estatal chinesa
Nesta semana, autoridades dos EUA, como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, também esperam progresso no alívio das tensões comerciais. Trump (presidente dos EUA) e Xi Jinping (presidente da China) AFP Os Estados Unidos procuraram a China para negociar as tarifas de 145% impostas pelo presidente Donald Trump, informou uma conta de mídia social ligada à mídia estatal chinesa, sinalizando uma possível abertura de Pequim às negociações. "Os EUA entraram em contato proativamente com a China por meio de vários canais, na esperança de manter discussões sobre a questão tarifária", disse o veículo Yuyuan Tantian em uma publicação em sua conta oficial na rede social Weibo, citando fontes anônimas. Autoridades dos EUA, como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, também esperam progresso no alívio das tensões comerciais. Hassett disse à CNBC que houve "discussões vagas entre ambos os governos" sobre as tarifas e que a redução dos impostos da China sobre alguns produtos dos EUA na semana passada foi um sinal de progresso. Pequim sempre demonstrou indignação com as tarifas, que considera uma intimidação por parte dos EUA e incapazes de deter a ascensão de sua economia. A China mobilizou a condenação pública e global das restrições às importações, sem mostrar interesse em uma trégua. Além de usar sua máquina de propaganda para reagir às taxas, a China criou discretamente uma lista de produtos dos EUA que serão isentos de suas tarifas retaliatórias de 125%, incluindo produtos farmacêuticos, microchips e motores a jato, informou a Reuters. Bessent não mencionou nenhuma conversa específica durante uma entrevista à Fox Business Network, mas disse que as altas tarifas de 145% dos EUA e 125% da China precisavam ser reduzidas para que as negociações começassem. "Estou confiante de que os chineses vão querer chegar a um acordo. E, como eu disse, este será um processo de várias etapas", disse Bessent. "Primeiro, precisamos reduzir a tensão e, com o tempo, começaremos a nos concentrar em um acordo comercial mais amplo." Ele afirmou que uma das primeiras medidas seria revisitar a falha da China em cumprir os compromissos de compra de produtos dos EUA como parte do acordo comercial de "Fase 1" de Trump, em 2020, que encerrou a guerra comercial do primeiro mandato do republicano. O acordo previa que a China aumentasse as compras de produtos e serviços agrícolas e manufaturados dos EUA em US$ 200 bilhões anualmente ao longo de dois anos, mas a pandemia de Covid-19 surgiu logo após a assinatura. Bessent disse que barreiras comerciais não tarifárias "insidiosas" e roubo de propriedade intelectual também fariam parte das negociações sobre tarifas com a China, acrescentando: "tudo está na mesa para o relacionamento econômico". Trump pede a empresários mais tempo para economia mostrar força, após PIB abaixo do esperado Tarifas mais altas Quando as tarifas de Trump ultrapassaram 35%, elas se tornaram proibitivas para os exportadores chineses. A Nomura Securities disse que cerca de 16 milhões de chineses podem perder seus empregos devido aos efeitos de uma queda de 50% nas exportações chinesas. Bessent disse que a pressão estava sobre a China, porque ela depende mais das exportações para os EUA do que o contrário. "Eles nos vendem cerca de cinco vezes mais do que nós vendemos a eles. Então, suas fábricas estão fechando neste exato momento", disse Bessent. "Estamos entrando na temporada de festas. Os pedidos já estão sendo feitos para isso. Então, se esses pedidos não forem feitos, pode ser devastador para os chineses." Ainda assim, Pequim tem se mostrado inflexível, indicando que irá resistir e lutar, em vez de negociar. O Ministério das Relações Exteriores comparou ceder às tarifas de Trump a "beber veneno". "Antes que os EUA tomem qualquer medida substancial, a China não precisa se envolver em negociações com os EUA", acrescentou Yuyuan Tantian na publicação, citando especialistas anônimos. "No entanto, se os EUA desejarem iniciar o contato, não há mal algum para a China se envolver neste momento." "A China precisa observar atentamente, até mesmo forçar a revelação das verdadeiras intenções dos EUA, para manter a iniciativa tanto na negociação quanto no confronto", concluiu. Trump disse em entrevista à imprensa na sexta-feira passada que seu governo estava negociando com a China para chegar a um acordo tarifário, acrescentando que o presidente chinês, Xi Jinping, havia ligado para ele. Pequim negou repetidamente na semana passada que tais negociações estivessem ocorrendo, acusando Washington de "enganar o público". Nenhuma conversação conhecida Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse na quarta-feira: "até onde eu sei, não houve consultas ou negociações entre a China e os EUA sobre tarifas". Autoridades chinesas afirmam que Pequim está aberta a negociações, desde que "o diálogo e a negociação sejam baseados na igualdade, no respeito e no benefício mútuo". Yuyuan Tantian não está entre os veículos de comunicação estatais mais importantes da China. O Global Times, de propriedade do jornal do Partido Comunista, tem sido frequentemente o primeiro a noticiar os próximos passos da China em desacordos comerciais nos últimos anos. Trump disse na quarta-feira que acreditava que havia uma "chance muito boa" de seu governo fechar um acordo com a China, horas depois de Xi ter pedido às autoridades que tomassem medidas para se ajustar às mudanças no ambiente internacional, sem mencionar explicitamente os EUA. Veja Mais
McDonald's, GM, Samsung e mais: empresas alertam para impacto negativo das tarifas nos negócios
Companhias têm reduzido as projeções de crescimento para este ano e já sinalizam que consumidores devem reduzir as compras, em meio às incertezas sobre o futuro da economia dos EUA. Unidade do McDonald's em Londres. Maja Smiejkowska/ Reuters A nova política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começou a afetar as empresas norte-americanas e acendeu um alerta entre empresários sobre as perspectivas à frente. Com uma série de incertezas sobre os impactos que o tarifaço de Trump deve ter na economia e no consumo dos Estados Unidos à frente, grandes empresas como McDonald's, General Motors (GM), Samsung e UPS, por exemplo, já alertaram seus investidores que seus resultados podem não ser tão bons assim ao longo deste ano. A perspectiva mais negativa sobre o futuro acompanha as sinalizações feitas por economistas de que as políticas tarifárias de Trump devem acabar encarecendo produtos para os consumidores norte-americanos — o que além de pressionar a inflação dos EUA, também pode forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), a trazer um novo ciclo de alta de juros no país. Os juros mais altos tendem a encarecer o acesso ao crédito para pessoas físicas e jurídicas. Com isso, além da expectativa de uma redução no consumo das famílias e nos investimentos feitos pelas empresas, o mercado também projeta uma desaceleração da maior economia do mundo. Menos gasto em restaurantes Nesta quinta-feira (1º), por exemplo, o McDonald's informou que registrou uma queda surpreendente em suas vendas globais no primeiro trimestre deste ano — um reflexo da demanda consideravelmente menor em restaurantes dos EUA e da Europa, devido às incertezas geradas pelas tarifas. As vendas recuaram 1%, bem abaixo da previsão dos analistas, de um aumento de 0,95% para o período. Nos EUA, o maior mercado da rede de fast-food, a queda foi de 3,6%, o maior recuo desde a pandemia de Covid-19, em 2020. Segundo o presidente executivo da companhia, Chris Kempczinski, a rede está enfrentando as "mais difíceis condições de mercado". O resultado do McDonald's ecoa os alertas já feitos por outros restaurantes, como Domino's Pizza, Chipotle Mexican Grill e Starbucks, que indicaram que os norte-americanos estão gastando menos para jantar fora, já que a inflação e a perspectiva econômica sombria prejudicam a confiança do consumidor. Senado americano tenta barrar tarifas de Trump, mas não consegue Piora no setor automotivo Outro segmento que também sinalizou uma piora das perspectivas à frente, diante do tarifaço de Trump, foi o setor automotivo. Enquanto a General Motors reduziu sua projeção de lucro para 2025 nesta quinta-feira (1º) e previu um impacto de até US$ 5 bilhões (R$ 28,3 bilhões), a Volkswagen indicou, na quarta-feira, que sua margem de lucro provavelmente ficará na parte inferior da faixa de previsão divulgada pela montadora. "Estamos prontos para trabalhar com os formuladores de políticas para encontrarmos soluções que apoiem o setor e, ao mesmo tempo, preservem as oportunidades para os trabalhadores", disse o diretor financeiro da montadora, Arno Antlitz, enfatizando a importância da iniciativa de redução de custos da Volkswagen em um mundo incerto. Os anúncios foram divulgados mesmo após o presidente dos EUA ter assinado uma ordem para reduzir o impacto de suas tarifas sobre o setor automotivo, oferecendo um conjunto de créditos e isenções de outras taxas sobre materiais e peças. Ainda assim, outras fabricantes de automóveis como Mercedes-Benz, Stellantis e Volvo Cars continuam sem uma previsão de lucro para este ano, após terem cancelado as estimativas de desempenho para o ano em meio às incertezas. A Porsche, que não tem produção nos EUA, afirmou na última terça-feira (29) que as tarifas levaram a um impacto de pelo menos 100 milhões de euros somente em abril e maio. Efeitos diversos no setor de tecnologia O segmento de tecnologia, por sua vez, tem dado uma série de sinalizações diferentes, uma vez que também depende de resultados relacionados a investimentos em inteligência artificial e vários outros fatores. Na véspera, por exemplo, a Microsoft reportou que superou as expectativas de receita trimestral, puxado pelo forte crescimento da computação em nuvem do Azure. Ainda assim, a Xbox, braço de consoles de videogames da companhia, informou nesta quinta-feira (1º) que está elevando os preços de seus consoles, controles, títulos originais e outros acessórios. A decisão segue medidas semelhantes de concorrentes e vem em função das tarifas comerciais dos Estados Unidos, que têm impactado as cadeias de suprimentos globais. Também na quarta-feira, a gigante sul-coreana de tecnologia Samsung Electronics alertou que as tarifas de Trump podem reduzir a demanda por produtos como smartphones, o que torna difícil trazer alguma previsão do desempenho futuro da companhia. Segundo a maior fabricante de chips de memória do mundo, a pequena alta no lucro operacional do primeiro trimestre reflete que os clientes da empresa, preocupados com as tarifas, correram para comprar smartphones e chips comum. A empresa anunciou lucro operacional de 6,7 trilhões de wons (US$ 4,68 bilhões ou R$ 26,5 bilhões) no período, aumento de 1,2% em relação ao ano anterior. Nesta quinta-feira, ainda são esperados os resultados da Amazon e da Apple. As empresas devem dar novas sinalizações sobre o que esperam para o futuro, principalmente após Washington já ter sinalizado que algumas taxas podem ser aplicadas a eletrônicos nas próximas semanas. *Com informações da agência de notícias Reuters. Veja Mais
3 freios que Trump encontrou nas tentativas de expandir seu poder nos EUA
Em seu segundo mandato, o presidente americano vem tentando expandir o alcance do seu poder de várias formas, mas tem encontrado resistências no Judiciário, nas universidades e no mercado financeiro. 3 freios que Trump encontrou nas tentativas de expandir seu poder nos EUA Getty Images via BBC Nos 100 primeiros dias do seu segundo mandato, Donald Trump demonstrou a intenção de ampliar os poderes descomunais que já detém como presidente dos Estados Unidos. Ele invocou sua extraordinária autoridade para atingir diversos objetivos – desde remodelar o comércio internacional até deportar imigrantes sem necessariamente respeitar o processo devido. Com uma enxurrada de ordens executivas assinadas neste curto espaço de tempo, o presidente deseja modificar o governo americano à sua maneira. E também reivindica maior influência sobre os escritórios de advocacia, as universidades e as regras eleitorais do seu país. Trump chegou a indicar que poderia buscar um terceiro mandato, apesar do limite de duas vitórias eleitorais imposto pela Constituição americana. Ainda assim, a professora de ciências políticas e especialista em autoritarismo Erica Frantz, da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, descarta que a sede de poder de Trump, agora, seja maior do que no seu primeiro mandato (2017-2021). "O que é diferente é sua capacidade de sucesso na busca pelo poder", declarou Frantz à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. "Ele está tendo muito mais sucesso ao tentar marginalizar, silenciar ou desmantelar qualquer indivíduo, instituição ou grupo que possa potencialmente limitar o seu poder." Mas Trump, em sua versão 2.0, nem sempre se saiu bem com suas investidas. Isso se deve, em grande parte, a três obstáculos importantes que ele enfrentou até agora. 1. O Judiciário Trump domina seu Partido Republicano – que, por sua vez, detém maioria nas duas câmaras do Congresso americano. Por isso, o Poder Judiciário é um contrapeso fundamental ao presidente dos Estados Unidos. Os tribunais federais suspenderam temporariamente medidas polêmicas de Donald Trump, como sua tentativa de pôr fim à cidadania automática outorgada pela Constituição americana a todas as pessoas que nascem no país. Tudo indica que a Suprema Corte americana irá solucionar algumas das maiores polêmicas do governo Trump Getty Images via BBC Outro caso notório que sofreu intervenção do Judiciário foi a deportação de um imigrante que Trump acusava de pertencer à gangue MS-13. Kilmar Ábrego García foi encaminhado a uma prisão de El Salvador ao lado de outros imigrantes, apesar de uma decisão judicial que proibia essa medida. O governo declarou inicialmente que se tratava de um erro administrativo, mas defendeu a expulsão do imigrante posteriormente. O caso chegou à Suprema Corte, que exigiu que o governo "facilitasse" a libertação de Ábrego García. E, ante os sinais de que essa medida vinha demorando a ser tomada, a juíza federal supervisora do caso, Paula Xinis, acusou o Executivo de agir de "má fé", ao se negar a fornecer informações sobre o caso. Ela ordenou uma investigação incomum a esse respeito, que foi posteriormente suspensa por alguns dias. O tribunal superior dos Estados Unidos também tomou decisões sobre outras ações do governo americano. A Suprema Corte exigiu, por exemplo, que o governo avise com "tempo razoável" aos imigrantes venezuelanos sua intenção de deportá-los, para que eles possam questionar judicialmente sua expulsão do país. Mas o tribunal também retirou bloqueios impostos por juízes de instâncias inferiores a medidas controversas do presidente, como as demissões de funcionários e o congelamento de fundos do governo. Com maioria conservadora de seis dos nove juízes (três dos quais foram nomeados por Donald Trump), a Suprema Corte será decisiva em diversos casos como esses. E, segundo Frantz, ainda é preciso observar sua disposição ou não de controlar significativamente o mandatário. "Outros tribunais podem desempenhar papel importante, como já vêm fazendo, nas tentativas de fazer Trump retroceder", segundo a especialista. "Mas, em última instância, se a Suprema Corte ceder, abrem-se totalmente as portas para que ele prossiga com a tomada de poder e a decadência da democracia." 2. Harvard Uma das novidades do retorno de Trump à Casa Branca são os seus esforços para exercer influência sobre algumas das principais universidades americanas. O presidente e seus assessores defendem que procuram combater o antissemitismo existente, segundo eles, naquelas instituições de ensino, desde os protestos contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza, ocorridos no ano passado. Mas as exigências apresentadas pelo governo às universidades, sob ameaça de cortes da ajuda financeira federal, vão desde reformas internas até mudanças nas políticas de admissões. E os críticos indicam que essas medidas comprometem a liberdade acadêmica. O presidente da Universidade Harvard, Alan Garber, defendeu a independência da instituição frente ao governo americano Getty Images via BBC Muitos ficaram inquietos em março, quando a Universidade Columbia acatou diversas exigências do governo americano. O objetivo da instituição era tentar manter US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,3 milhões) em fundos e contratos federais. As exigências incluíam uma mudança de supervisão no seu Departamento de Oriente Médio. Mas, em abril, Trump e seus colaboradores entraram em choque com outra instituição, que se recusou a cumprir suas exigências: a Universidade Harvard. "Nenhum governo – não importa qual partido esteja no poder – deve determinar o que as universidades privadas podem ensinar, quem elas podem admitir e contratar e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir", defendeu o presidente de Harvard, Alan Garber, em comunicado público. O governo congelou US$ 2,2 bilhões (cerca de R$ 12,5 bilhões) em fundos federais para aquela instituição de elite e poderá fazer o mesmo com outros US$ 8 bilhões (cerca de R$ 45,4 bilhões). Mas Harvard se manteve firme e apresentou uma ação judicial contra o governo Trump – que, por sua vez, ameaçou eliminar sua isenção fiscal. O professor emérito de ciências políticas Joshua Sandman, da Universidade de New Haven, nos Estados Unidos, é especialista na presidência americana. Ele declarou à BBC que Harvard não conseguiu "proteger estudantes judeus contra agressões físicas, assédio e intimidações". Mas "Trump usou isso como pretexto para pressionar Harvard a capitular e mudar sua cultura e posicionamento cultural". Outras universidades que evitavam confrontar Trump em público podem ter observado o comportamento de Harvard perante a Casa Branca. Na semana passada, os líderes de mais de 400 instituições de ensino superior dos Estados Unidos publicaram um comunicado conjunto "contra os excessos governamentais e a interferência política sem precedentes que, agora, colocam em risco o ensino superior americano". 3. O mercado (e o Federal Reserve) Dois dos maiores recuos de Trump desde que assumiu a presidência em 20 de janeiro estão relacionados a um fator difícil de ignorar: o mercado. O primeiro passo atrás anunciado pelo presidente foi o anúncio da trégua na sua guerra comercial global. A medida se deu frente às extraordinárias quedas das bolsas de valores e dos bônus do Tesouro americano, causadas pelo receio dos investidores sobre os impactos da política econômica do presidente. Trump suspendeu as tarifas de importação impostas a dezenas de países, após a reação adversa do mercado Getty Images via BBC "As pessoas estavam indo um pouco longe demais, estavam ficando meio nervosas", declarou Trump em abril, ao anunciar a suspensão por 90 dias do aumento das tarifas de importação para dezenas de países, exceto a China. A decisão provocou certo alívio no mercado. Mas as bolsas de valores, o dólar e os bônus do Tesouro voltaram a cair na semana passada, quando Trump atacou o presidente do Federal Reserve (o banco central americano), Jerome Powell, devido à sua resistência a baixar as taxas de juros para impulsionar a economia do país. Trump chegou a pedir nas redes sociais a demissão de Powell, embora seu trabalho seja independente do governo. Mas ele voltou a ceder após outra reação adversa do mercado às suas pressões. "Não tenho intenção de demiti-lo", declarou o presidente sobre Powell. O mercado voltou então a dar sinais de alívio. Trump também sugeriu que poderia buscar uma saída para a guerra comercial contra a China, frente às advertências das empresas de que as tarifas de importação de 145% sobre os produtos daquele país poderiam causar aumentos de preços e escassez de certas mercadorias. "145% é muito alto e não será tão alto", declarou Trump à imprensa. Mas a China se recusou a negociar sob coerção e tomou suas próprias medidas em represália comercial aos Estados Unidos. Wall Street mostrou desconfiança frente a algumas das políticas adotadas por Donald Trump. Getty Images via BBC Os analistas acreditam que Donald Trump poderá voltar a mudar sua postura a qualquer momento. Mas eles alertam que o mercado já provou que poderá vencer essa quebra de braço. "[Trump] é um empresário nato", declarou à BBC News Mundo o economista de Washington Arturo Porzecanski, experiente em Wall Street. "Por isso, é claro que ele se importa quando o mercado financeiro aponta o polegar para baixo." Para ele, também é significativo o anúncio de Elon Musk de que irá reduzir "significativamente" sua participação no governo Trump. Musk tomou essa decisão depois que um relatório demonstrou forte queda das ações da sua empresa Tesla, atribuída, em parte, às suas atividades políticas. "O que desnorteia Trump é o que acontece nos mercados", conclui Porzecanski. Veja mais em: Como Harvard se tornou a universidade mais rica do mundo e sua fortuna lhe permite resistir à pressão de Trump Como começou rivalidade entre EUA e China, acirrada por guerra comercial de Trump Senado dos EUA votará projeto para bloquear tarifas de Trump Como Trump 'cria' um novo inimigo a cada 15 dias Como as tarifas recíprocas de Trump foram calculadas? Veja Mais