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Conheça Ventura Profana, artista multifacetada e pastora travesti que 'edifica' comunidade LGBTQIAPN+ na Bahia

G1 Pop & Arte Cantora lança álbum de estreia, "Todo Cuidado É Pouco", em show no sábado (26), em Salvador. Artista multifacetada e pastora travesti, Ventura Profana lança 1° álbum de estúdio Ventura Profana lança álbum de estreia em Salvador Reprodução/Redes Sociais Artista multifacetada e pastora travesti, Ventura Profana, de 31 anos, subverte a igreja ao "edificar" e acolher a comunidade LGBTQIAPN+. No sábado (26), a baiana lança seu primeiro álbum de estúdio no Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador. A apresentação acontece às 19h, com entrada gratuita. "Eu sou muito feliz quando estou em casa. A Bahia é uma terra de muita abundância e de muita fertilidade", disse em entrevista ao g1. Com participações de Rico Dalasam, Preta QueenB Rull e Gabi Guedes, o disco "Todo Cuidado É Pouco" narra uma jornada de autoconhecimento e libertação ao apresentar a artista no cenário musical. Ventura Profana lança primeiro álbum em Salvador Divulgação/Fe Ávila O trabalho mescla reggae, jazz, R&B, pagodão, afrobeat e rock, e compila os aprendizados de Ventura Profana nas letras, que falam sobre cuidado, amor e louvam o tempo. Nele, a cantora se desprende da busca pela perfeição enquanto registra uma trajetória de erros e acertos, percorrida por diferentes estradas, esquinas e vidas. "Por mais que uma série de outros territórios tenha me feito, me constituído, eu sinto que quando eu penso e quando eu me dou conta da necessidade de cuidar melhor de mim, isso automaticamente reflete na maneira como eu cuido dos lugares por onde eu passo e, sobretudo, do lugar de onde eu venho". O projeto conta ainda com um curta-metragem de ficção documental, que trata algumas das questões presentes ao longo das faixas e revela parte do processo de desenvolvimento da obra, além de narrar a história de amor entre o que chamou de uma "profeta peregrinação e o espírito da vida". Quem é Ventura Profana? Ventura Profana lança álbum de estreia em Salvador Reprodução/Redes Sociais Nascida em Salvador e criada em Catu, na região metropolitana, a baiana teve a infância marcada pela forte conexão com a religião e a espiritualidade. A influência veio da família, que frequentava a Primeira Igreja Batista. "Eu tive uma infância muito mágica, porque eu sinto que naquela época tinha uma certa fantasia interiorana, sabe? Um mistério que me envolvia e isso, de certa forma, era contraposto à realidade de eu ter nascido em uma família Batista e ter sido criada nesse regime, moldada segundo os mandamentos e as doutrinas cristãs", relembrou. A igreja também foi o local onde Ventura teve seu primeiro contato com a arte. Segundo ela, nessa época não havia muita opção de lazer na cidade, logo, o templo Batista se tornou o lugar onde era possível consumir e produzir cultura. Foi na Primeira Igreja Batista, em Catu, que ela deu os primeiros passos como cantora, enquanto alguém que se comunica com multidões e que trabalha com a oratória. Ventura Profana sempre foi ligada à religiosidade Reprodução/Redes Sociais A vivência na igreja também contribuiu para que Ventura se tornasse pastora, já que durante toda sua jornada no templo religioso ela foi preparada para se tornar uma líder espiritual, por meio de discipulados e de uma série de ritos. "Em determinado momento, eu rompo com a igreja, justamente por conta da minha travestilidade, então isso passa a ser algo incompatível. Depois de um tempo, eu passo a ser reconhecida pela minha própria comunidade como uma pastora, que eu acho que é o traço mais importante de uma liderança: você ser reconhecida enquanto enquanto alguém que conduz", explicou. Tabernáculo da Edificação Atualmente, Ventura Profana leva a palavra do Senhor através da comunidade itinerante "Tabernáculo da Edificação". Para ela, ser pastora é algo que requer seriedade e responsabilidade. "Existem dois tipos de pastores: o pastor que conduz o seu rebanho para o abate e o pastor que conduz o rebanho à liberdade. E, esse segundo, é o tipo de pastora que eu decidi e que eu labuto para ser". Pastora travesti prega amor e liberdade Reprodução/Redes Sociais Profana relatou que há uma cobrança da parte da comunidade que a acolhe enquanto pastora, como há também um desdém e uma cobrança externa de parcelas mais conservadoras da igreja. Ainda assim, ela segue firme com o objetivo de acolher e levar amor através da fala. "É uma sociedade que não consegue lidar com a possibilidade de travestis espirituais, de travestis que assumem uma vida de religiosidade e que podem assumir um ministério", afirmou. "Isso torna tudo mais difícil, mas, ao mesmo tempo, eu acho que o amor pela obra, pelas transformações, pela vida de pessoas como eu, pela transgeneridade, faz com que eu continue acreditando em uma igreja mais acolhadora, em uma igreja que seja reconhecida pelo amor e não pelo ódio", complementou. Relação com a família e transfobia Após romper com a igreja tradicional por conta da travestilidade, Ventura Profana contou com o apoio da família para seguir firme na jornada. Ela afirmou que ter os parentes ao seu lado foi fundamental, além de pontuar que, infelizmente, a transfobia continua presente na sociedade. "Nós estamos em um mundo que implementa como política a violência contra pessoas trans. Então, todas nós precisamos nos engajar contra a transfobia", disse. Veja Mais

Como funciona a escolha da escalada do 'Jornal Nacional'?

G1 Pop & Arte Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como funciona a escolha da escalada do “Jornal Nacional”? A escalada do Jornal Nacional sempre mexeu com o imaginário dos brasileiros. Em menos de dois minutos, ela apresenta um resumo das principais notícias do dia. Mas como ela é montada? Quem escreve o texto final? Na série especial do g1 sobre os 60 anos da TV Globo, vamos mostrar como funciona a escolha da escalada do Jornal Nacional, e ninguém melhor do que William Bonner, editor-chefe e apresentador do JN, para explicá-la. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Do Plantão ao Tema do Senna: como é feita uma vinheta instrumental? Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela? A escalada do Jornal Nacional corresponde ao que seria a primeira página de um jornal impresso. É assim que William Bonner define o segmento do telejornal. Em apenas poucos segundos, ele precisa prender a atenção dos telespectadores para as principais notícias do dia. "Essa é a nossa função. É chamar a atenção do público para aquilo que é muito importante e para aquilo que poderá despertar a atenção dele. É um programa de televisão. Então, o primeiro passo é quais são, entre as notícias importantes que vamos dar no JN, as mais importantes? Elas têm que estar na escalada do JN", explica Bonner ao g1. Como é feita a escalada do Jornal Nacional? Jornal Nacional/ Reprodução Selecionadas as notícias, eles partem para um novo momento: elencar quais devem ser citadas primeiro. É um verdadeiro quebra-cabeça. A manchete de um determinado assunto precisa ficar próxima a um conteúdo que a complemente ou que possa servir de contraponto. Tudo posicionado de forma estratégica e com cadência para que se torne mais agradável de ser ouvido. E a decisão final cabe a William Bonner e Cristina Sousa Cruz, editora-chefe adjunta do JN. Quando ela começa a ser escrita? Bonner detalha que a escalada começa a ser estruturada assim que termina a reunião de pauta, que ocorre à tarde. “Quando termina a reunião, a gente já está com o plano do Jornal Nacional muito consolidado na cabeça. Aí é a hora de começar a pensar na escalada. É um rascunho”, conta. Durante o período de quatro horas, eles precisam ficar avaliando e reavaliando o que é importante. “Às vezes, a gente acha que o mais importante daquele assunto é um determinado aspecto, mas aí os fatos nos desmentem, nos atropelam e nós temos que estar prontos para rever o rascunho da escalada até ela ficar fiel à relevância dos assuntos que estão ali tratados”. Gravada ou ao vivo? Essa é uma dúvida que sempre ronda quando o assunto é a escalada. Ela é gravada poucos minutos antes de ir ao ar, com um limite de segurança de até cinco minutos antes do início do telejornal. Mas tudo muda se acontecer alguma notícia urgente. A versão gravada é “derrubada” e eles se posicionam para que ela seja feita ao vivo. Edição de colecionador Um fenômeno frequente nas redes sociais é a expectativa das pessoas pela escalada do JN durante momentos importantes no país. Nesses períodos, é comum ver o comentário “edição de colecionador”. “Jornal Nacional é um patrimônio dos brasileiros. É muito tempo de cumplicidade e de conquista de confiança das pessoas. Então, esse é um fenômeno brasileiro. Quando alguma coisa muito importante acontece, é para o Jornal Nacional que as pessoas correm para ver. E isso nos honra enormemente. Nos orgulha imensamente. Mas isso também aumenta brutalmente a nossa responsabilidade todos os dias”, comenta Bonnner. Bonner aponta a sua “edição de colecionador”. “Acho que a escalada que eu mais revi na minha vida é a que registra um fato histórico de maior relevância da minha carreira, que é a escalada de 11 de setembro de 2001. Essa edição levou o Jornal Nacional a ser indicado ao Emmy Internacional pela primeira vez no ano seguinte e nunca mais nós deixamos de ser indicados. Uma edição antológica. Ou como as pessoas gostam de dizer nos memes, uma edição de colecionador do Jornal Nacional”, fala. Veja Mais

Gloria Maria ganha série documental que celebra sua trajetória dentro e fora do jornalismo

G1 Pop & Arte Série estreia neste domingo (27), logo após o 'Fantástico', e mostrará imagens e fatos desconhecidos sobre a apresentadora. Os diretores Paulo Sampaio, Danielle França e a produtora executiva da série documental 'Gloria', Fatima Baptista Manoella Mello/Globo Neste domingo (27), estreia "Gloria", série documental que traz depoimentos, imagens inéditas e revelações sobre Gloria Maria, um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro. O evento de lançamento da série ocorreu nesta quinta-feira (24), na Casa Horto, no Rio de Janeiro (RJ). Dividida em quatro episódios, a série vai ao ar logo após o "Fantástico". O documentário mostra o impacto de Gloria no jornalismo e o porquê ela conquistou o coração do público. A carioca morreu em 2023 por complicações de saúde causadas por metástases cerebrais. William Bonner, Thiago Oliveira, Luis Miranda e Monica Maria Barbosa, editora-chefe do 'Globo Repórter' Manoella Mello/Globo A série Com direção de Danielle França e Paulo Sampaio, "Gloria" explora arquivos pessoais de Gloria Maria, como os bloquinhos em que a jornalista documentava as experiências que vivia. A série também relembra reportagens icônicas apresentadas por ela, como o primeiro voo duplo exibido na TV brasileira. Também serão mostrados bastidores de entrevistas com celebridades como Michael Jackson e Madonna. Para contar os primeiros passos da carreira de Gloria Maria, a série reconstitui a "Veraneio", um veículo utilitário produzido no Brasil nas décadas de 1970 e 1980, que era utilizado pelas equipes do jornalismo da TV Globo quando Gloria Maria começou a fazer reportagens de rua. "Gloria" também faz um passeio pela história da jornalista, que chegou à Globo no início dos anos 1970 para ser radioescuta da Editoria Rio, conciliando os estudos com o emprego até se tornar repórter, em plena ditadura militar. Durante seus 52 anos de carreira na TV Globo, Gloria Maria percorreu os cinco continentes, participou de coberturas de Olimpíadas, Copas do Mundo, posses de presidentes e tantos outros acontecimentos da história do Brasil e do mundo. Entre os entrevistados pelo documentário, estão Pedro Bial, William Bonner, Fátima Bernardes, Leilane Neubarth, Zileide Silva e Dulcinéia Novaes. cantora Liniker no lançamento da série documental "Gloria" Manoella Mello/Globo Veja Mais

Como se escolhe as novelas do 'Vale a pena ver de novo'?

G1 Pop & Arte Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem a perguntas que o público sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como se escolhe as novelas do 'Vale a pena ver de novo'? No ar há 45 anos, o "Vale a Pena Ver de Novo" oferece não apenas nostalgia aos saudosistas, como também descobertas a amantes da teledramaturgia brasileira. É por isso que a escolha de suas novelas passa por um processo de várias etapas. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Do Plantão ao Tema do Senna: como é feita uma vinheta instrumental? Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela? Como funciona a escolha da escalada do 'Jornal Nacional'? Diretor de conteúdo da TV Globo, Gabriel Jacome explica que as novelas do "Vale a Pena" são escolhidas a partir de análises, elaboradas por diferentes setores. Primeiro, se estuda a programação completa da emissora. Depois, a ideia é debater questões como "quais temas podem ser mais explorados?", "o que está faltando?", "como é o comportamento dos noveleiros de hoje?". Para uma novela ser reprisada, ela precisa atender a esses requisitos: Ter sido exibida originalmente há pelo menos cinco anos; Ter importância para a teledramaturgia brasileira; Ter um enredo que conecta passado e presente; A prioridade é uma novela clássica e/ou de bastante sucesso. Quanto mais icônicos forem seus personagens, cenas e até diálogos, mais chances ela terá de ser reprisada. "A gente pensa: 'O que comporia bem a programação atual?'. Às vezes, é uma novela dos anos 2000, por exemplo. Outras, é dos anos 1980, como 'Tieta' que está sendo exibida agora. É um quebra cabeça para ter uma oferta diversa. Esse é o principal termômetro, não importa se a novela é antiga ou recente", diz Gabriel. A decisão Qualquer novela pode ser reexibida mais de uma vez. Nesse caso, não existe tempo mínimo entre as reprises, apenas a exigência de não soar enjoativo. Embora não seja regra, a escolha da obra também é influenciada por sua faixa de horário. Geralmente, a reprise que passa às 14h45 é uma novela originalmente exibida às 18h, enquanto o "Vale a Pena" das 17h25 traz uma novela que, no passado, era das 19h ou 21h. O diretor também explica que, como a grade da TV Globo é composta por programas ao vivo, alguns capítulos podem ter a duração ajustada, com pequenos cortes de cena que não prejudiquem o enredo. Após a novela ser escolhida, as equipes começam a trabalhar nas questões jurídicas de pagamento de direitos autorais e musicais, assim como detalhes comerciais. Pouco depois, todo ciclo volta se repetir. "Existem clássicos como 'Cinderela' e 'Branca de Neve', que nunca envelhecem. No Brasil, esses clássicos são as novelas", afirma Gabriel. "E os noveleiros são os maiores fãs da TV Globo." Veja Mais

Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela?

G1 Pop & Arte Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela? Quatro minutos de cena foram suficientes para que a música “Love by Grace”, de Lara Fabian, se tornasse parte do imaginário coletivo brasileiro. Mesmo quem não acompanhou “Laços de Família” no ano 2000 sabe: é a trilha sonora do momento dramático em que Carolina Dieckmann raspa o cabelo. As trilhas sonoras das novelas da Globo se tornam memória afetiva para muita gente. Ao longo dos 60 anos de TV, elas não só emocionaram o público, como viraram memes e até se tornaram hits improváveis de artistas no Brasil. Mas para que cada uma dessas canções entrasse para o nosso repertório - além dos CDs e vinis nas casas brasileiras -, uma equipe trabalhou para estudar as melhores opções. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Do Plantão ao Tema do Senna: como é feita uma vinheta instrumental? O processo de seleção Ao g1, a equipe responsável pela produção musical da programação explicou como essa escolha é feita: A equipe recebe a sinopse da novela e o roteiro dos primeiros capítulos, para compreender o perfil psicológico dos personagens e como será a história; Então, é feito um organograma dos personagens para mapear a relação entre eles; Há reuniões entre o time de Produção Musical, a direção e o autor da novela para chegar na "identidade sonora" da novela; Cria-se uma "playlist ideal", nome dado para a primeira lista de todas as músicas que funcionariam bem na história; Uma vez aprovada, a playlist vai para a equipe de Direitos Musicais, que negocia a liberação dessas faixas. Carolina Dieckmann em 'Laços de Família' Reprodução Como uma música entra para uma novela? Nos primeiros anos, as trilhas eram encomendadas a um ou a uma dupla de compositores e outros artistas gravavam. Isso só mudou em "Pecado Capital" (1975), quando as músicas inéditas de todas as gravadoras passaram a ser cogitadas para o repertório das tramas. Hoje, a equipe recebe a sinopse da novela e o roteiro dos primeiros capítulos e, então, já começa uma pesquisa de repertório. Segundo Juliana Costantini, gerente de conteúdo e entretenimento da Globo, um "universo musical nacional e internacional" é levado em consideração. "O autor apresenta como a sua trama vai se desenvolver e já nos transporta para viagens no tempo que passeiam pelo presente, passado e futuro daqueles personagens. Este é nosso primeiro contato com eles e com os núcleos e temas da história que vai ser contada", explica. A partir disso, começam as reuniões entre o time de Produção Musical, Direção e autor. "Vamos decifrando personalidades, gostos e estilos para essas pessoas e ambientes, em cima de tudo o que foi lido nos materiais apresentados". Giovanna Antonelli e Murilo Benício na novela 'O Clone' (2001) Jayme Monjardim/Globo Nesse momento, o "universo musical" vai se afunilando para chegar na chamada identidade sonora da novela. Ao g1, José Luiz Villamarim, diretor artístico de "Amor de Mãe" e "Avenida Brasil", contou que cerca de 500 músicas são ouvidas até a seleção final. Segundo ele, a performance de uma música no YouTube, nas rádios ou nos serviços de streaming não afetam em nada a escolha. "Para nós o que interessa é que a música ajude a contar a história. A gente faz novela, não faz clipe. A música que melhor ajudar a contar aquela história, será selecionada". Em alguns casos, a escolha tem caminhos "fáceis". Para "O Clone" (2001), que se passa parcialmente no Marrocos, a trilha tinha que incluir canções árabes; em "Caminho das Índias" (2009), músicas indianas não podiam ficar de fora. Mas além do cenário da novela, o gênero, a época e o perfil dos personagens podem ajudar na escolha. A trilha de um personagem As músicas que são temas de personagens são chamadas de "leitmotiv", um conceito alemão que significa motivo condutor. É o tema tradicional, aquele que você imediatamente associa a um personagem ou casal. Claudia Alencar e Flávio Galvão na novela 'Tieta', de 1989 Acervo Grupo Globo Ao mesmo tempo que a trilha dá dicas sobre quem é aquele personagem, a equipe tenta buscar músicas menos óbvias. Um vilão, por exemplo, não precisa de uma música muito pesada - pode ser algo suave, o que dá mais nuance ao personagem. Por exemplo, a divertida "Erva Venenosa", de Rita Lee, foi tema de Leona em "Cobras & Lagartos" (2006). Além disso, é importante que a trilha não tenha spoiler sobre o que acontecerá com o personagem. O certo é tentar responder perguntas como "Qual música essa pessoa escutaria?". A abertura A maior responsabilidade fica com a escolha da música-tema da novela. Segundo Costantini, a ideia é "trazer uma faixa que, de alguma forma, 'apresente' o enredo daquela obra ou de seu protagonista, e já direcione o público para o principal universo que o autor irá explorar ao longo de alguns meses". Para tanto, são comuns as regravações, que são "encomendas" de sucessos em novas versões. Assim, o arranjo pode mudar um pouco o astral, e a música fica "personalizada" para a novela. É o caso de "Brasil", de Cazuza, regravada por ninguém menos que Gal Costa para "Vale Tudo" (1988). Com o canto expressivo de Gal, a versão se tornou tão icônica que foi utilizada novamente para o remake de 2025. Gal Costa aparece na abertura de 'Vale Tudo' (2025) Reprodução/TV Globo Às vezes, as regravações podem acontecer porque não é fácil - ou barata - a liberação de músicas com os intérpretes originais. É muito difícil obter uma gravação dos Beatles, por exemplo. Mas as canções do quarteto já foram parar em novelas em versões de Cássia Eller, Skank, Simony e mais. Nasce uma trilha Com tudo isso em mente, a “playlist ideal” é formada contando com a colaboração dos autores e diretores das novelas para críticas e sugestões. Uma vez aprovada, a playlist segue para a equipe de Direitos Musicais. É ela quem vai fazer a negociação com gravadoras e representantes para ter a liberação das músicas. A negativa pode acontecer por alguma faixa já estar liberada para outros produtos ou ter algum bloqueio com representantes internacionais. E então, a música só é incluída na trilha caso não tenha a chance de ser barrada em qualquer país - afinal, a novela ou série pode ser exibida no exterior ou liberada para o Globoplay. Com as aprovações, começa a produção das regravações e trilhas originais. E claro, mesmo depois da estreia, outras músicas pontuais podem acabar aparecendo na trama. Veja Mais

Do Plantão ao Tema do Senna: como é feita uma vinheta instrumental?

G1 Pop & Arte Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Do Plantão ao Supercine: como é feita uma vinheta instrumental? Com poucos acordes, as vinhetas instrumentais conseguem entrar para a história. Utilizadas para identificar programas ou momentos importantes, elas se fixam na memória afetiva do público, tornando-se símbolos de eventos marcantes e inesquecíveis. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Apesar de geralmente ser bem curta, a criação da vinheta instrumental tem um processo. De acordo com o maestro Roger Henri, criador da vinheta do "Supercine", o primeiro passo é pensar em qual é o assunto a música vai estar inserida. “Qual é a matéria? Qual é o programa? Se é para cima, se é uma minissérie. Você (precisa) entender que aquela vinheta vai abrir o quê?”. E são apenas poucos segundos para transformar os acordes em uma mensagem. “Você tem que resumir em seis segundos. Uma coisa fácil para pessoa que está assistindo em casa assimilar", explica. A experiência torna o processo mais rápido, mas nada que possa ser feito em poucos minutos. “Com o tempo, você sabe o que vai funcionar em termos de harmonia, de sonoridade, e, principalmente, o que vai chamar atenção. Às vezes, eu levo uma tarde, isso se eu ficar muito em cima”, diz Roger. O maestro destaca a importância de coordenar o som com a imagem. “A vinheta não é só compor uma música. Eu recebo uma imagem, que tem um movimento, uma luz, a logomarca. Então, você tem que sincronizar tudo”. Para controlar o compasso da composição, utiliza-se um metrônomo - aparelho que através de pulsos (sonoros) de duração regular, indica um andamento musical. "Então, uma metade do tempo é de composição e a outra metade de aperfeiçoar o sincronismo com a imagem”. A famosa música do Plantão Quando a música do Plantão da Globo toca, você automaticamente interrompe o que está fazendo e olha para a televisão. Criada em um concurso interno da Globo em 1991, essa música continua sendo temida por muitos, que a associam ao anúncio de notícias ruins. O músico João Nabuco, criador da música, se surpreende com a longevidade da composição. “Entrou na cabeça das pessoas de uma forma que eu não poderia imaginar”, comenta o compositor. Na época, ele teve como inspiração o Repórter Esso, referência entre programas de radiojornalismo no Brasil, lançado em 1941. Outra vinheta que mexe com os sentimentos dos brasileiros é o Tema da Vitória. Composta pelo maestro Eduardo Souto Neto e com arranjo do grupo Roupa Nova, ela foi entoada pela primeira vez na vitória de Nelson Piquet, no Grande Prêmio do Brasil, em 1983. Mas foi no ano de 1986 que ela entraria para a história, no GP dos Estados Unidos. O Brasil tinha acabado de ser eliminado na Copa do Mundo e Ayrton Senna levantou a bandeira do país após vencer em Detroit, nos Estados Unidos. Veja Mais

Faz 60 anos o álbum grandiloquente em que Elis Regina começou enfim a soar em disco com a força de... Elis Regina

G1 Pop & Arte Cantora somente conseguiu imprimir a verdadeira personalidade artística no LP ‘Samba eu canto assim’, produzido por Armando Pittigliani em 1965 com músicas de Edu Lobo, Francis Hime e Adilson Godoy. Capa do álbum ‘Samba eu canto assim’ (1965), de Elis Regina Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ “É, vou contar o que há / É tempo de dizer quem sou”, avisou Elis Regina ao dar voz aos versos iniciais de Resolução (1964), música que havia sido lançada no ano anterior pelo Quarteto em Cy e por Edu Lobo, parceiro de Lula Freire na composição. Ao cantar Resolução, pareceu que a cantora mandava recado para si mesma e para o meio musical em álbum, Samba eu canto assim, que mostrou ao Brasil quem era Elis Regina após quatro álbuns infelizes. Sim, nem sempre grandes cantoras debutam em discos com a dimensão da voz. Sob o jugo de produtores incapazes de perceber a potência da artista, Elis Regina Carvalho Costa (17 de março de 1945 – 19 de janeiro de 1982) lutou muito para soar em disco com a força de... Elis Regina. Gravado em janeiro de 1965, Samba eu canto assim foi o quinto álbum de estúdio de Elis, mas pareceu o primeiro porque os quatro fracassados discos anteriores foram gravados quando Elis era marionete nas mãos inábeis de executivos da indústria fonográfica. No álbum de estreia, Viva a brotolândia (1961), feito para gravadora Continental, a cantora foi induzida a disputar mercado com Celly Campello (1942 – 2003), cantora paulista que abrira espaço e atraíra público para a música jovem em 1959 com som pop e ingênuo, produzido no embalo da conquista mundial do rock’n’roll em 1956. No segundo álbum, Poema de amor (1962), segundo e último disco da artista pela Continental, Elis foi transformada em cantora romântica de boleros de má qualidade. O terceiro, Ellis Regina, marcou em 1963 a estreia da artista na gravadora CBS, a adoção do l duplo no nome artístico e uma guinada para o samba, mas com repertório de má qualidade. O quarto, O bem do amor, também saiu em 1963 com miscelânea feita em linha similar ao do terceiro disco. Na época, Elis já barbarizava nos palcos, em trajetória que ganhou impulso em 1964 com os shows da cantora no lendário point carioca Beco das Garrafas, mas somente conseguiu ser Elis em disco – já sem o segundo l adicionado ao nome – ao ser contratada pela gravadora Philips (da qual sairia em 1979 em ruptura ruidosa, mas isso é outra história...) e ao gravar o álbum Samba eu canto assim com produção de Armando Pittigliani. Em 1964, ano em que assinou com a Philips, Elis já era sensação no palco do Teatro Paramount em show feito com o Copa Trio em São Paulo (SP). Os shows foram o passaporte para a Philips – que disputou o passe da cantora com a gravadora Elenco, de mentor porte, mas prestígio igual ou até maior – e para o álbum, cujo título aparecia com a correta grafia gramatical e um ponto de exclamação (Samba, eu canto assim!) na contracapa do LP. O disco foi lançado perto da consagração de Elis em 6 de abril 1965 na final do I Festival da Música Popular Brasileira, do qual a cantora saiu vitoriosa ao defender Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes, 1965), música exclusiva do festival e ausente de Samba eu canto assim, disco que de certa forma antecipou a MPB que iria nascer e se fortalecer na era dos festivais a partir daquele ano de 1965. Conduzida pelos engenheiros de som Célio Martins, Norman Sternberg e Sylvio Rabello, a gravação do disco foi pautada por interpretações e arranjos grandiloquentes, criados pelo baixista Luiz Chaves (1931 – 2007) e pelos maestros Paulo Moura (1932 – 2010) e Lindolpho Gaya (1921 – 1987) à moda da época. Tamanha pompa já salta aos ouvidos no canto de Reza (1964), outra música de Edu Lobo (esta em parceria com Ruy Guerra) lançada no ano anterior pelo autor – assim como Aleluia (1964), outra parceria de Lobo com Ruy Guerra gravada por Elis no disco. Exercitado com técnica lapidar, o canto de Elis Regina ainda soou impostado em músicas como Maria do Maranhão (Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros, 1963) e Por um amor maior (1965), música sublime e então inédita do quase debutante Francis Hime, parceiro do recorrente Ruy Guerra no tema. HIme e Guerra também assinam Último canto (1965), samba-canção que arrematou o álbum em tom lacrimoso no formato ostensivo da maioria dos arranjos. Em João Valentão (Dorival Caymmi, 1953), Elis driblou a grandiloquência e amaciou um pouco o canto, guiada pelo arranjo de Paulo Moura que insinuou clima de samba-jazz na introdução da faixa. Foi quando ficou evidente o som azeitado de Rio 65 Trio, conjunto que nasceu com o álbum de Elis e que trazia na formação o pianista Dom Salvador, o baterista Edison Machado (1934 – 1990) e o baixista Sergio Barrozo. Foi com o toque sagaz do Rio 65 Trio que Elis se apropriou com notável senso rítmico de Menino das laranjas (1964), música que, embora tenha sido lançada em disco pelo organista Walter Wanderley (1932 – 1986) no ano anterior, se tornou um dos grandes sucessos da cantora na segunda metade dos anos 1960. Do pianista e compositor Adylson Godoy, Elis gravou Eternidade (1965) – parceria de Godoy com Luiz Chaves, um dos arranjadores do disco – e Sou sem paz (1964), música lançada pelo Zimbo Trio no ano anterior. Ambas foram gravadas pela cantora no estilo pomposo que rege o disco, com o detalhe de que o verso “E triste, amor, eu canto assim”, da música Sou sem paz, inspirou o título deste álbum dominado pelo samba em várias variações. O canto esplendoroso de Elis irradiou especial calor no pot-pourri que uniu três afrosambas de 1963 – Consolação (1963), Berimbau (1963) e Tem dó – da parceria lapidar de Baden Powell (1937 – 2000) com Vinicius de Moraes (1913 – 1980). E ainda teve mais. Na 11º das 12 faixas, o álbum Samba eu canto assim apresentou uma das mais antológicas intepretações de Elis, a do angustiado samba-canção Preciso aprender a ser só (1965), uma das obras-primas da parceria dos irmãos Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle. Ali Elis já foi inteiramente Elis. Ouvido e analisado 60 anos após a edição, com o benefício da perspectiva do tempo, o álbum Samba eu canto assim é belo retrato de um momento específico da música brasileira no nascimento da MPB em 1965. Elis apararia excessos em álbuns ainda melhores e atingiria a plenitude como intérprete na discografia lançada ao longo da década de 1970. Mas já estava tudo ali – a técnica, a alma e a habilidade de usar a voz como instrumento que caracterizavam essa cantora que se portava como músico – nesse disco de 1965 que dividiu águas na trajetória fonográfica da artista, saudade do Brasil desde janeiro de 1982. Com o álbum Samba eu canto assim, Elis Regina disse quem era. E o resto foi uma grande história, desenvolvida na dimensão da cantora. Contracapa do álbum ‘Samba eu canto assim’ (1965), de Elis Regina Divulgação Veja Mais

Aguinaldo Silva e Gilberto Braga são os autores de novela mais consagrados, mostra ranking de 60 anos da TV Globo

G1 Pop & Arte Veja ranking das 60 melhores novelas da emissora, elaborado por 60 jornalistas culturais e especialistas em teledramaturgia. (Dir. à esq.): Os autores Aguinaldo Silva e Gilberto Braga Divulgação Aguinaldo Silva e Gilberto Braga são os autores de novela mais consagrados da história da TV Globo, que completa 60 anos neste sábado (26). É o que indica o ranking das 60 melhores novelas da emissora, elaborado pelo g1. A lista foi feita a partir de votos de 60 jornalistas de cultura e especialistas em teledramaturgia, considerando as 340 novelas já produzidas e exibidas até o momento. Cada um escolheu seu top 5, da quinta à primeira posição. A pontuação foi computada assim: 1º lugar = 5 pontos; 2º = 4; 3º = 3; 4º = 2; e 5º = 1. O critério de desempate foi a data de lançamento das obras: as mais antigas levaram vantagem. Tanto Aguinaldo quanto Gilberto tiveram seis novelas listadas no ranking. Quem também apareceu em peso foram os autores Janete Clair, Walcyr Carrasco, Ivani Ribeiro, Manoel Carlos, Ricardo Linhares e Silvio de Abreu. Para conferir a lista completa das 60 melhores novelas, acesse aqui. Ranking das 60 melhores novelas da Tv Globo Veja Mais

Últimos dias

Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região

G1 Pop & Arte Jornal Nacional destaca a cultura popular, o apreço pelas artes, as demonstrações de fé e a paixão das pessoas do Norte pelo lugar em que cresceram. 60 anos da TV Globo: JN celebra conexão com o Norte Na comemoração do aniversário da Globo, quando o Jornal Nacional mergulhou nos arquivos de reportagens sobre a Região Norte, o objetivo era encontrar aquelas que mostraram para todos os brasileiros os maiores motivos de orgulho dos brasileiros de lá. Essa pesquisa histórica no acervo da Globo teve um resultado fascinante porque lembrou a gente de como tudo no Norte é grandioso, exuberante, surpreendente. Começando pela natureza, claro. Mas essas são características também da cultura popular, do apreço pelas artes, das demonstrações de fé e da paixão dessa gente pelo lugar em que cresceu. Veja a reportagem no vídeo acima. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais

Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'?

G1 Pop & Arte Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Globo 60 anos: conheça quem dá vida aos cavalinhos do Fantástico Figurinhas conhecidas nos estádios, os cavalinhos do Fantástico se tornaram famosos no futebol brasileiro. Mas quem são as pessoas por trás dos personagens? Na série especial do g1 sobre os 60 anos da TV Globo, vamos te mostrar quem são os responsáveis por dar vida a esses adoráveis mascotes. Se na década de 70 a Zebrinha fez sucesso ao divulgar os resultados da Loteria Esportiva, agora é a vez dos Cavalinhos do Fantástico. Quiá Rodrigues e Renato Spinelli, os intérpretes dos bonecos, explicam ao g1 como controlam os bonecos e criam as vozes dos personagens, além de revelarem seus bonecos favoritos. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Cavalinhos do Fantástico Raisa Carvalho/Fantástico Interação com apresentador Em março deste ano, o jornalista Lucas Gutierrez assumiu o comando dos "Gols do Fantástico" e a interação com os cavalinhos, substituindo o apresentador Alex Escobar. A ideia de usar cavalinhos para mostrar o ranking do futebol foi criada por Tadeu Schmidt em 2008, mas eles só se tornaram fantoches em 2014. Quiá Rodrigues e Renato Spinelli, os intérpretes dos bonecos, explicam como desenvolvem a interação que acontece todo domingo no Fantástico. “Quem escreve o texto é o Lucas. Antes era o Tadeu, depois o Escobar. Eles pensam na interação do cavalinho com eles, o que pode ser legal falarem. Meia hora antes de entrar ao ar, a gente se senta com o Lucas e chega no formato final desse texto”, explica Quiá Rodrigues. Apesar de ser tudo combinado, no “ao vivo” a dupla sempre está pronta para o improviso. “Já aconteceu um acidente com um cavalinho. Os dentes dele caíram em cena e ele falou ‘Aí meu dente’. A gente tem que trabalhar com o que acontece”, conta Quiá. "Uma vez, que eu tive que trocar de personagem e não deu tempo. O boneco entrou todo torto, mas foi o que deu para fazer na hora”, recorda Renato. E teve até boneco baiano com sotaque carioca. “Uma vez eu troquei o (cavalinho do) Flamengo pelo do Bahia correndo e aí o Bahia saiu com a voz do Flamengo. Esqueci de trocar na minha cabeça a voz do boneco, diz Quiá. Como são manipulados? Os personagens são confeccionados pela empresa Oba (Oficina de Bonecos Animados) do Quiá Rodrigues e do Renato Spineli, que tem também Heloisa Dile como sócia. “Ela faz todos os personagens femininos. Além de ser a eguinha, zebrina, ela é uma superprodutora e uma diretora de arte bacana”. Eles explicam que, para um cavalinho ganhar vida, são necessárias duas pessoas: “Um manipula as mãozinhas, dá emoção com as mãozinhas. No caso deles, as patinhas para apontar, para fazer alguma coisa de sentimento”, fala Quiá. A voz característica de cada representante dos times também é cuidadosamente planejada. “A gente tenta fazer o mais próximo possível, tanto de sotaque quanto de personalidade. Cada um de nós faz dez personagens diferentes. É uma coisa bem complicada”, conta Renato. Juntos, eles fazem 20 personagens, o número de times do Campeonato Brasileiro. Cavalinhos nas torcidas Os bonecos viraram o xodó nos estádios e não é tão difícil encontrar algum torcedor acompanhado pelo boneco do time. Quiá e Renato recebem o carinho do público quando precisam fazer matérias fora do estúdio. “A gente fica horas tirando foto com as pessoas, mandando recado para os filhos”, fala Quiá. E a dupla também tem seus personagens favoritos. “O meu é o Flamengo porque acabou ficando mais famoso”, apontou Quiá. Já Renato escolheu o rival carioca. “Eu gosto muito do Vasco porque, apesar de não estar exatamente na melhor posição do mundo, é um dos melhores personagens que eu tenho”. Quiá Rodrigues e Renato Spinelli são os responsáveis pelos Cavalinhos do Fantástico Raisa Carvalho/Fantástico Veja Mais

Juliette desanima a festa com ‘Risca faca’, álbum pop produzido em linha de montagem com dez faixas artificiais

G1 Pop & Arte Cantora transita entre arrocha, piseiro e pagodão baiano em repertório trivial gravado pela artista com feats com J. Eskine, Silva, Psirico e Michele Andrade. Capa do álbum ‘Risca faca’, de Juliette Gabriela Schmidt / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Risca faca Artista: Juliette Cotação: ★ ♬ A anemia das 10 faixas do segundo álbum de estúdio de Juliette – Risca faca, em rotação desde 17 de abril – causa nenhuma surpresa. As quatro músicas apresentadas entre janeiro e fevereiro já sinalizaram que vinha por aí um disco fabricado em linha de montagem, sem alma, sem emoções reais, dissipadas pela padronizada produção musical de Pedro Breder. As seis faixas inéditas somente intensificam a má impressão. A conexão de Juliette com J. Eskine no arrocha Cachaça e mel (Juliette, Pedro Breder, Cantini, Carolzinha, Shylton, J. Eskine, Alefdonk e Murilo Chester), por exemplo, é produto que tenta clonar a fórmula do sucesso do cantor e compositor baiano Jonathan Souza Santana, nome de batismo de Eskine, autor e intérprete de Resenha do arrocha, o maior hit do primeiro trimestre de 2025. A sensualidade artificial de Dopaminados (Pedro Breder, Carolzinha, Cantini e Shylton Fernandes) ecoa o clima de Boyzinho (Carolzinha, Gabriel Cantini, Juliette, Pedro Breder e Shylton Fernandes) e Quarto proibido (Gabriel Cantini e Daniel de Souza Moreira), as músicas que anunciaram este álbum moldado para as baladas com a frivolidade típica do repertório do gênero. Juliette canta 'Boyzinho' no trio da banda Psirico Já o dueto insípido com Silva em Labirinto (Shylton Fernandes, Daniel Caon e Elan Rubio) é o atestado de que falta um traço de vitalidade, mínimo que seja, no álbum Risca faca – e a simples presença de Silva na faixa explica por que o cantor tem tido tanta dificuldade de recuperar o público perdido nos últimos anos. Mal nenhum há em fazer música para entretenimento. O problema é quando as músicas são ruins, triviais. E quando a cantora não prima exatamente por um canto atraente... Para tentar animar a festa e atrair seguidores para o rolê, Juliette se une com Michele Andrade – cantora pernambucana conhecida no universo do forró – no piseiro Risca faca (Head midia, Pedro Dash, Dan Valbusa, Jotta, Fraga, Dida Sallô e Chum), música-título formatada em linha similar à da já conhecida faixa Eu vou aí (Carolzinha, Cantini, Juliette, Pedro Breder e Shylton), tema forrozeiro que junta Juliette com Henry Freitas, cantor pernambucano de forró. Já Me pega (Àttooxxá, Cantini e Juliette) cai na cadência sintetizada do pagodão baiano com a batida da banda soteropolitana Àttooxxá e a adesão de Márcio Victor, vocalista do grupo Psirico, também de Salvador (BA). Enfim, é transitando nesse universo pop do mainstream – entre piseiro, arrocha e pagodão – que Juliette dá voz (mas não sentimento) a músicas como Acho é pouco (Carolzinha, Pedro Breder, Timbó, King, VictorJame e Juliette). Enfim, Risca faca é assumido álbum feito para a festa, assunto da última faixa, A culpa não é nossa (Pedro Breder, Carolzinha, Cantini e Shylton Fernandes). Sob tal prisma, a superficialidade das 10 músicas até pode ser entendida, mas o fato é que falta muito para Juliette animar uma festa. Falta uma voz viçosa. Falta vitalidade. Falta sobretudo uma alma musical, decepada em Risca faca em nome de uma fórmula comercial que dilui todo e qualquer traço de personalidade da artista. Juliette canta com J. Eskine, Silva, Michele Andrade e Henry Freitas no álbum ‘Risca faca’ Gabriela Schmidt / Divulgação Veja Mais

Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil

G1 Pop & Arte A Globo nasceu em 1965. O Jornal Nacional, quatro anos e meio depois. E isso permitiu ao nosso jornalismo registrar um fenômeno histórico: a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras do Sul e do Sudeste para o Centro-Oeste e para o Norte do país. 60 anos da TV Globo: JN celebra conexão com o Centro-Oeste Na semana de aniversário de 60 anos da Globo, o Jornal Nacional visita cada região do Brasil. Nesta quarta-feira (23), Renata Vasconcellos esteve na casa da família Soares, em Goiânia, no Centro-Oeste do Brasil. A Globo nasceu em 1965. O Jornal Nacional, quatro anos e meio depois. E isso permitiu ao nosso jornalismo registrar um fenômeno histórico: a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras do Sul e do Sudeste para o Centro-Oeste e para o Norte do Brasil. As estradas abertas nas décadas de 1960 e 1970 trouxeram milhares de cidadãos com o desejo de trabalhar, de crescer, e com o sonho de encontrar um lugar para a família. A história desses brasileiros é também a história do nosso país. Porque, primeiro, a própria capital do Brasil se mudou para o Centro-Oeste. Depois, o Centro-Oeste foi fundamental para mudar o Brasil. Veja a reportagem no vídeo acima. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Globo reúne jornalistas e revela novidades da comemoração dos 60 anos da emissora Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais

Ayrton Montarroyos adiciona Belchior à densa lira poética de ‘show maluco’

G1 Pop & Arte Música lançada por Ney Matogrosso há 50 anos, ‘As ilhas’ emerge com força dramática na cena de recital enfim apresentado pelo cantor no Rio de Janeiro. Ayrton Montarroyos no palco do Teatro Gláucio Gill na estreia carioca do show ‘A lira do povo’ dentro do projeto ‘Cenas musicais’ Felipe Steurer / Divulgação Teatro Gláucio Gill ♫ CRÔNICA ♩ Foi somente quando voltou para o bis do show A lira do povo que Ayrton Montarroyos deu boa noite ao público que lotou o Teatro Gláucio Gill na noite de ontem, 22 de abril, para assistir à estreia carioca desse recital indie que entrou em cena em novembro de 2023, virou álbum – gravado em estúdio – em junho de 2024 e enfim chegou à cidade do Rio de Janeiro (RJ) neste ano de 2025 dentro da programação do projeto Cenas musicais, orquestrado com curadoria de Pedro Baby. A rigor, ninguém sentiu falta do cumprimento porque a plateia já parecia ciente da estranheza deste “show maluco” – assim caracterizado em cena pelo próprio Ayrton – em que o cantor pernambucano dá voz a quase 40 músicas encadeadas em três suítes temáticas e sequenciais. No palco do Gláucio Gill, acompanhado somente pelo polivalente Arquétipo Rafa, homem-orquestra que pilotou todos os instrumentos, o intérprete puxou o fio de meada que partiu do sertão nordestino, desaguou no mar e aportou na selva urbana das cidades. Na cena densa, o cantor jamais perdeu o fio dessa meada, mas a fragmentação de muitas músicas favoreceu a fruição das que foram cantadas na íntegra. Não por acaso, as interpretações de Estrada do sertão (João Pernambuco e Hermínio Bello de Carvalho, 1985), A mãe d'água e a menina (Dorival Caymmi, 1985) e As ilhas (Astor Piazzolla e Geraldo Carneiro, 1975) foram os momentos mais aplaudidos na estreia carioca do show A lira do povo. Música apresentada há 50 anos na voz de Ney Matorosso, As ilhas emergiu com força dramática no arremate teatral do recital. Pela rígida estrutura conceitual, o show A lira do povo foi concebido sem bis. Contudo, ao longo da turnê, Ayrton Montarroyos acabou criando um bis, adicionando a lira angustiada do compositor Belchior (1946 – 2027) ao recital com o canto no bis de Galos, noites e quintais (1976), música amplificada por Maria Bethânia no último show solo da cantora, estreado em abril de 2022. Curiosamente, Bethânia também é intérprete que jamais prejudica a fluência de um roteiro de show para dar boa noite ao público. Com A lira do povo, Ayrton Montarroyos reafirma a lucidez e a personalidade forte ao seguir fiel o roteiro desse “show maluco”. Ayrton Montarroyos canta músicas como ‘As ilhas’ e ‘Estrada do sertão’ em roteiro que encadeia três suítes temáticas Felipe Steurer / Divulgação Teatro Gláucio Gill Veja Mais

Lollapalooza 2023 ao vivo: shows dos palcos 3 e 4

G1 Pop & Arte Lollapalooza 2023 ao vivo: shows dos palcos 3 e 4 Assista aos shows do Lolla no Globoplay; clique aqui. Vai ao Lolla? Veja aqui o que pode e o que não pode levar. E confira a previsão do tempo. Comprou e desistiu? Saiba como transferir sua pulseira. Mais conteúdos: desafie seus amigos no LollaKart, veja o que esperar de cada show e ouça o podcast g1 Ouviu com um guia do festival Veja Mais

Sophie Nyweide, atriz de 'Noé', morre aos 24 anos

G1 Pop & Arte Atriz morreu após se automedicar, diz família em texto que celebra sua trajetória e lamenta sua morte. A atriz Sophie Nyweide em cena do curta-metragem 'Born Again' Reprodução Conhecida por atuar em "Noé" (2014), a atriz Sophie Nyweide morreu aos 24 anos, no dia 14 de abril. A notícia foi anunciada por sua família, em uma publicação online que afirma que a morte foi resultado de uma automedicação. "Ela se automedicou para lidar com todo o trauma e vergonha que carregava dentro de si, e isso resultou na sua morte. Ela repetidamente dizia que 'lidaria com isso' sozinha e foi compelida a rejeitar o tratamento que poderia ter salvado sua vida", diz o post. "Sophie era uma garota gentil", afirma ainda a publicação. "Muitas vezes, isso a deixava vulnerável para que outras pessoas se aproveitassem [dela]. Ela escrevia e desenhava bastante, e grande parte dessa arte retrata a profundidade que ela tinha e sua dor. Muitas das obras de arte são roteiros de suas lutas e traumas." Além de "Noé", a atriz trabalhou em produções como "Bella" (2006), "Margot e o Casamento" (2007), "Corações em Conflito" (2009), "Born Again" (2015) e na série "Lei & Ordem". "Uma vida que terminou cedo demais. Que não tenha sido em vão. Que todos nós aprendamos com sua breve vida na Terra e façamos melhor. Sim, todos nós devemos proteger nossos filhos e fazer melhor", finaliza o texto. Veja Mais

BBB 25: Quem está na final e que horas acompanhar?

G1 Pop & Arte Guilherme, João Pedro e Renata disputam o prêmio de R$ 2,72 milhões. O valor variou ao longo do programa. O último episódio desta edição pode ser assistido tanto na Tv Globo quanto no Globoplay. Tadeu Schmidt se despede dos minidummies no BBB 25 com 'ataque' de fofura; veja TV Globo/Reprodução Guilherme, João Pedro e Renata disputam o prêmio de R$ 2,72 milhões do BBB 25. A final acontece nesta terça-feira (22), às 22h30 (horário de Brasília), após a novela Vale Tudo, e pode ser assistida tanto na TV Globo quanto no Globoplay. O prêmio variou ao longo do programa, pois, quinzenalmente, os participantes emparedados escolhiam outro jogador para enfrentar o desafio "Pegar ou Guardar", que podia acrescentar até R$ 45 mil por vez ao valor final. Os jogadores começaram o programa no dia 13 de janeiro, em dupla, e passaram a jogar sozinhos em 6 de fevereiro. Relembre como começaram os finalistas: Guilherme, com a sogra, Joselma Joselma e Guilherme, participantes do 'BBB 25' Divulgação Pernambucanos de Olinda, a dona de casa Joselma e o fisioterapeuta Guilherme são sogra e genro há seis anos. Ela o trata como um filho. A simpatia pelo marido da filha foi instantânea e a cumplicidade e o respeito entre eles vêm desde que se conheceram. “Eu digo que com a filha dela foi amor à primeira vista, mas, com Joselma, foi conexão à primeira vista. Acho que ela sabe mais coisas da minha vida que qualquer amigo meu”, conta Guilherme sobre a escolha da dupla para o BBB. Guilherme começou a trabalhar bem jovem. Ainda na adolescência, fazia panfletagem, foi promotor de eventos e atuou em call center. Nessa época, jogou handebol, o que lhe garantiu bolsas de estudo em algumas escolas.. Hoje atua na área da fisioterapia geriátrica. Competitivo, ele conta que sempre buscou se destacar e que faz de tudo para atingir seus objetivos, mas sem passar por cima de ninguém. A sogra o considera muito carinhoso: “Ele é só paciência e amor comigo. Escuto ele e não escuto minhas filhas”, brinca Joselma. Ela diz que o defeito do genro é ser muito bonzinho, por isso, é passado para trás em algumas situações. Renata, com a amiga Eva Renata e Eva, participantes do 'BBB 25' Divulgação Eva e Renata são naturais de Fortaleza, no Ceará, e estão solteiras. As duas se conheceram há 25 anos em um projeto social onde iniciaram sua trajetória na dança e a amizade. De lá para cá, passaram por diversos processos seletivos, dançaram profissionalmente e viveram juntas todas as etapas da vida. Chegaram a morar na mesma casa durante a pandemia. Dizem que encontram equilíbrio quando estão juntas. Professora de dança e coordenadora de uma escola de ginástica rítmica, Renata cresceu em uma comunidade de Fortaleza e começou a trabalhar cedo para ajudar em casa. Foi numa ONG que começou toda sua trajetória na dança. Formou-se em Educação Física e fez pós-graduação em Preparação Física, unindo a dança e o esporte. Sempre teve a mãe como maior incentivadora. Já conquistou premiações nacionais no meio esportivo. Diz que sua personalidade dominante é motivo de conflitos; é direta e gosta de estar no centro das situações. Sai do sério com pessoas lentas e prolixas. João Pedro, com o irmão, João Gabriel João Gabriel e João Pedro, participantes do 'BBB 25' Divulgação Os gêmeos João Gabriel e João Pedro são naturais de Goiatuba e moram em Buriti Alegre, cidades de Goiás. Entre as muitas coisas que compartilham desde o nascimento estão a profissão e o estado civil: são pecuaristas e solteiros. Eles trabalham como salva-vidas de rodeio. Contam que já tentaram diversas profissões como dupla, até mesmo a de cantores, mas que não tinham talento para nenhuma delas. “Minha maior alegria é quando estou com minha família. Nós dois somos muito parecidos, é um pelo outro, e nossa conexão é forte demais”, afirma João Gabriel. João Pedro é o mais calmo da dupla; justifica dizendo que sabe lidar com as pessoas e que, por isso, é alguém muito difícil de estressar. Seu ponto fraco é ser xingado. Nessas situações, admite que revida na mesma moeda. Circo de Edilberto, o Ed do BBB 25, é destruído durante temporal em Tocantins Veja Mais

'Conclave' é um ótimo e imprevisível drama sobre a escolha de um novo papa; g1 já viu

G1 Pop & Arte Filme dirigido por Edward Berger, de 'Nada de novo no front', mostra os bastidores da eleição de um novo pontífice. Ralph Fiennes é o grande destaque do elenco. Assista ao trailer do filme "Conclave" Indicado a oito Oscars (e vencedor do prêmio de melhor roteiro adaptado), o longa "Conclave" mostra os bastidores da escolha de um novo papa. Lançado no Brasil em janeiro de 2025, o filme retoma o drama religioso de ficção voltado ao Vaticano - gênero que, desde as adaptações de "O Código da Vinci", estava um pouco adormecido no cinema. A produção comandada por Edward Berger, que chamou a atenção por seu trabalho em "Nada de novo no front" (vencedor de quatro Oscars), tem uma técnica impecável e um elenco incrível. Principalmente, uma condução louvável para narrar muito bem sua história. A partir do livro "Conclave" — publicado por Robert Harris em 2016 —, o longa começa logo após a morte do Papa (Bruno Novelli), devido a uma grave doença. Por causa disso, o Cardeal Lawrence (Ralph Fiennes, de "O Grande Hotel Budapeste" e "King's Man: A Origem") é o escolhido para coordenar o conclave, cerimônia que reúne outros cardeais para eleger o novo sumo pontífice. À medida que a eleição avança, Lawrence começa a lidar com questões problemáticas envolvendo os candidatos, o que torna o ritual ainda mais complicado do que ele esperava. Para piorar, o cardeal descobre um segredo impactante, capaz de mudar toda a Igreja Católica de forma irremediável. Anjos e Demônios O que torna "Conclave" uma obra fascinante é o fato de Berger demonstrar controle e sabedoria na narração. Assim, o diretor nunca parece perder tempo com elementos desnecessários que poderiam dar voltas na trama. Ele mantém tudo no tempo e ritmo corretos, para não deixar o público perdido com tantos detalhes a respeito dos rituais do Vaticano que surgem na história. Além disso, o cineasta consegue prender o espectador com os olhos grudados na telona graças ao bom desenvolvimento dos personagens, além das reviravoltas da trama. Isso também é mérito do bom roteiro assinado por Peter Straughan (indicado ao Oscar por "O espião que sabia demais", 2012), que cria bons diálogos e situações que surpreendem pela qualidade e pelos questionamentos sobre fé, religião e o atual papel da Igreja Católica. Cena do filme 'Conclave', de Edward Berger Divulgação No roteiro, os cardeais que participam do conclave demonstram virtudes, mas também defeitos. Diante da possibilidade de assumir o posto mais alto da Igreja, os religiosos são capazes de cometer atos condenáveis. Outro destaque de "Conclave" está na apurada técnica do filme, em especial a bela fotografia assinada por Stéphane Fontaine (de "Jackie"), que cria belos enquadramentos, como uma cena em que os cardeais se protegem de uma chuva, o que dá uma imagem interessante — dessas de emoldurar e colocar num quadro. A trilha sonora composta por Volker Bertelmann (vencedor do Oscar por "Nada de novo no front") também chama a atenção pelos tons solenes que pontuam bem as cenas mais tensas. Elenco divino "Conclave" ainda se beneficia de um elenco mais do que eficiente. A começar por Ralph Fiennes, que já é conhecido do grande público, especialmente por suas participações em franquias como "Harry Potter" e "007". Ralph Fiennes e Stanley Tucci numa cena do filme 'Conclave' Divulgação Como o cardeal Lawrence, Fiennes consegue transmitir bem os conflitos de seu personagem, que lida com uma grande responsabilidade e problemas inusitados. À medida que eleição no Vaticano avança, ele deixa seu corpo cada vez mais curvo. Não será surpresa se o ator for lembrado nas grandes premiações de 2025. Além de Fiennes, Stanley Tucci brilha como o centrado Cardeal Bellini, que busca uma visão contemporânea para a Igreja, mas, diferentemente de seus colegas, não deseja tanto ser o novo Papa. Já John Lithgow ("O escândalo") constrói bem seu ambicioso cardeal Tremblay, que faz articulações para conquistar o poder, mas sempre com um jeito de parecer mais vítima do que algoz. O italiano Sergio Castellitto representa corretamente o cardeal Tedesco, que transparece o conservadorismo relacionado a alguns dogmas religiosos. Sem muito espaço para personagens femininas, Isabella Rossellini ("La Chimera") se destaca como a irmã Agnes, freira que participa da organização do conclave e sabe de um segredo capaz de complicar ainda mais a cerimônia. Embora ela apareça pouco, o que é um dos poucos pecados do longa, a presença é marcante. Isabella Rossellini interpreta uma misteriosa freira em 'Conclave' Divulgação Com um desfecho realmente surpreendente, "Conclave" vale toda a conversa que surgiu em torno do filme desde seu lançamento. Quem for assistir essa bela e intrigante obra, terá muito para pensar e refletir sobre o que assistiu, não só sobre suas crenças, mas também sobre visão mudana. Algo que não se vê muito na maioria das produções atuais. Cartela resenha crítica g1 g1 Veja Mais

'BBB 25' entra na reta final após eliminação de Vitória Strada, e votação já está aberta

G1 Pop & Arte Guilherme, João Pedro e Renata são os finalistas do 'BBB 25', tornando essa a segunda edição consecutiva liderada por Pipocas. Guilherme, João Pedro e Renata disputam a final do BBB 25 Arte/gshow Nesta terça-feira (22), o público vai conhecer o vencedor ou a vencedora do "Big Brother Brasil 2025". Quem disputa o prêmio são os finalistas Guilherme, João Pedro e Renata. Para votar no seu brother favorito, basta acessar o gshow. A última participante a ser eliminada do programa foi Vitória Strada, que deixou o reality com 54,52% da média dos votos para eliminação. Pelo segunda edição consecutiva, os finalistas são todos Pipocas, ou seja, pertencem ao elenco não famoso do "BBB". Os finalistas do 'BBB 25' Guilherme Guilherme após vencer uma prova de resistência e se tornar o primeiro finalista do 'BBB 25' TV Globo/Reprodução De Olinda, em Pernambuco, Guilherme é fisioterapeuta e tem 29 anos; Guilherme entrou no BBB 25 com a sogra, Delma, 19ª eliminada do reality; Os dois foram a última dupla a entrar na casa, após vencerem votação em que disputaram a vaga com outras duas duplas; Foi Líder duas vezes e enfrentou dois Paredões; Cumpriu o Castigo do Monstro uma vez; foi colocado por João Gabriel, irmão do outro finalista, João Pedro; Foi o primeiro participante a garantir vaga na Final ao vencer a Prova do Finalista João Pedro João Pedro quando assumiu liderança pela quarta vez no 'BBB 25' Globo De Buriti Alegre, no interior de Goiás, João Pedro é salva-vidas de rodeios e tem 21 anos; João Pedro entrou no BBB 25 com o irmão gêmeo, João Gabriel, 16º eliminado do reality; Demorou 81 dias até enfrentar seu primeiro Paredão; Em toda a edição, foi votado apenas uma vez, na formação do quinto Paredão, quando outra finalista, Renata, decidiu jogar o voto fora; Não enfrentou o Castigo do Monstro nenhuma vez; Conquistou a liderança quatro vezes, e venceu as últimas três provas do Líder da temporada Renata Renata em uma das vezes em que retornou à casa do 'BBB 25' Reprodução/TV Globo De Fortaleza, no Ceará, Renata é bailarina e tem 33 anos; Renata entrou no BBB 25 com a amiga Eva, 13ª eliminada do reality; Dos finalistas, é a que enfrentou mais Paredões, seis vezes; Após votação envolvendo todos os participantes, foi escolhida para participar de uma dinâmica inédita no BBB, a Vitrine do Seu Fifi; Na reta final, viveu um romance com Maike, 17º eliminado; Foi Líder uma vez, conquistou o colar do Anjo uma vez e também por uma vez cumpriu o Castigo do Monstro. Veja Mais

As aberturas de novelas marcantes... relembre trilhas, participações e efeitos especiais

G1 Pop & Arte Relembre participações marcantes de Mônica Carvalho, Maria Fernanda Cândido, Taís Araújo e Renata Vasconcellos. Neste sábado (26), TV Globo celebra aniversário de 60 anos. Relembre aberturas marcantes de novelas da Globo As novelas da Globo têm cativado milhões de espectadores e suas aberturas também fazem parte do pacote. Elas costumam ser comentedas por seus efeitos especiais, trilhas sonoras inesquecíveis e, claro, participações especiais das quais nem todo mundo se lembra. Neste sábado (26), a TV Globo celebra seu aniversário de 60 anos. Em "História de Amor", Renata Vasconcellos protagonizou cenas românticas. Taís Araújo, aos 15 anos, apareceu nos créditos iniciais de "Pátria Minha". Mônica Carvalho, Maria Fernanda Cândido e Isadora Ribeiro também já estrelaram aberturas. Em outras aberturas clássicas, a música chamou a atenção: de "Vem Dançar Com Tudo" (o famoso "Oi, oi, oi" de "Avenida Brasil") a "Fera Ferida" na novela de mesmo nome, com canção cantada por Maria Bethânia. O designer alemão Hans Donner, criador de aberturas clássicas de programas do entretenimento e do jornalismo da TV Globo, inovou em vários casos. Levam a assinatura dele as aberturas de "Deus nos Acuda" e "O Dono do Mundo", por exemplo. Abaixo, veja mais curiosidades das aberturas de novelas: O que as aberturas de 'História de Amor' e 'Pátria Minha' têm em comum? Aberturas de "História de Amor" e "Pátria Minha" Reprodução/TV Globo Uma participação especial. Em "História de Amor", a jornalista Renata Vasconcellos foi a mulher que protagonizava as cenas românticas. Já em "Pátria Minha", Taís Araújo, com apenas 15 anos, apareceu como uma das pessoas que tentavam achar a saída do labirinto. Quais atrizes apareceram em aberturas antes da fama? Ao som de “Sexy Yemanjá" de Pepeu Gomes, Mônica Carvalho dançava entre água e areia, representando a dualidade entre as duas irmãs, Ruth e Raquel, de "Mulheres de Areia". Embalada por Luiz Caldas, Isadora Ribeiro representava a mistura entre os elementos da natureza e a beleza feminina na abertura de "Tieta". Já Maria Fernanda Cândido corria, se transformava em água, fogo e pedra, ao som de “Maracatu", de Sérgio Mendes, marcando a abertura de "A Indomada". Aberturas de "Tieta", "A Indomoda" e "Mulheres de Areia" Reprodução/Globo/Acervo Quais músicas fizeram ainda mais sucesso? O "Oi oi oi" de “Vem Dançar Com Tudo" foi tão forte que virou hashtag e era referência absoluta de “Avenida Brasil”, era quase um segundo nome da novela. Em outros casos, as tramas tinham exatamente o mesmo nome da música de abertura. Foram os casos de “A Viagem”, do Roupa Nova, “Alma Gêmea”, de Fábio Jr. e "Fera Ferida", de Maria Bethânia. Avenida Brasil (2012): Abertura E os efeitos especiais do Hans Donner? O designer alemão Hans Donner entrou para história com a criação de aberturas que ficaram na memória. “Elas por elas” (1982) trouxe inovou ao fundir imagens atuais das protagonistas com fotos antigas. Em “Deus nos Acuda”, para ironizar a corrupção no país, um mar de lama invadia a festa da alta sociedade, que era escoado por um ralo no formato da bandeira do Brasil. Ao som da canção "Querida", de Tom Jobim, a abertura de “O Dono do Mundo” trazia trecho do filme "O Grande Ditador" (1940), em que Charles Chaplin satirizava Adolf Hitler. A cena foi modificada com a inserção de imagens de mulheres no globo terrestre. O Dono do Mundo (1991): Abertura Quais novelas com fotos de 'pessoas comuns'? Se em “Mulheres Apaixonadas” os telespectadores enviaram as próprias fotos para participar da abertura, em “Por Amor”, ela foi feita com fotos do arquivo pessoal das protagonistas Regina Duarte e Gabriela Duarte, mãe e filha na vida real, em diferentes épocas de suas vidas. Já em "Senhora do Destino", fotos do elenco se misturavam a imagens de outras pessoas, abertura que virou meme nas redes sociais. Por Amor (1997): Abertura Quem é a rainha nas aberturas? Rita Lee reina embalando aberturas das novelas. Foram nove aberturas: "O Pulo do Gato" (1978) "Chega Mais" (1980) "Final Feliz" (1982) "Sassaricando" (1987) "Lua Cheia de Amor" (1990) "A Próxima Vítima" (1995) "Zazá" (1997) "Ti Ti Ti" (2010) "Espelho da Vida" (2018) Nuno Leal Maia e Rita Lee na novela 'Top Model', em 1989 Acervo Grupo Globo Veja Mais

'Geni e o Zepelim' terá protagonista trans após críticas; entenda polêmica

G1 Pop & Arte Escolha de atriz cisgênero para interpretar Geni levou a pronunciamento da diretora, críticas de artistas trans e mudança na escalação. Entenda caso. Thainá Duarte sai do elenco de 'Geni e o Zepelim' Divulgação/Rodrigo Reis O filme "Geni e o Zepelim", adaptação homônima da canção de Chico Buarque, anunciou mudanças no elenco neste sábado (19) após uma série de críticas. A polêmica começou depois que a atriz Thainá Duarte foi anunciada no papel de Geni. A escolha da atriz cisgênero para interpretar a protagonista, que é uma travesti na peça "Ópera do Malandro", não foi bem recebida pelo público. O assunto levou a vários pronunciamentos da diretora, críticas de artistas trans e mudanças na escalação. Entenda o que aconteceu: Escolha de elenco causa controvérsia A controvérsia começou após o anúncio do elenco de "Geni e o Zepelim", feito nesta terça (15). Seu Jorge seria o comandante do zepelim, enquanto Thainá Duarte seria a protagonista Geni. No filme, Geni seria uma prostituta de uma cidade ribeirinha, localizada no coração da Floresta Amazônica. A proposta do longa seria de alterar o trágico fim da personagem, com o aval de Chico Buarque, segundo O Globo. Thainá Duarte e Seu Jorge seriam protagonistas de 'Geni e o Zepelim' Reprodução/Instagram/Divulgação Mas a escolha de Thainá para interpretar a protagonista foi motivo de controvérsia. Afinal, a canção "Geni e o Zepelim" faz parte do musical "Ópera do Malandro", de 1978. Não há especificação do gênero da personagem na letra da música, mas na peça, Geni é uma travesti. Com isso, a produção foi acusada de "transfake", nome dado à escalação de atores cisgênero para interpretar personagens trans. "Poxa, fico muito feliz com a notícia… mas uma atriz trans ou travesti dando vida a esse papel seria tão simbólico e poderoso.. Geni é uma personagem travesti", comentou a atriz Gabriela Medeiros, a Buba de "Renascer". Anna Muylaert 'abre discussão' sobre escalação Com a polêmica, a diretora Anna Muylaert publicou um vídeo no Instagram para explicar a escalação. De acordo com ela, no processo de idealização do filme, a produção entendeu que "a letra do Chico e o conto do Guy de Maupassant, Bola de Seda, no qual o Chico diz ter se inspirado", poderiam ter várias interpretações. "Poderia ser uma mulher trans, uma mãe solteira, uma carroceira da favela do Moinho, uma presidente tirada do poder sem crime de responsabilidade, uma floresta atacada diariamente por oportunistas", disse. Então, no filme, a personagem seria "uma prostituta cis da Amazônia". “A gente entendeu que essa poesia poderia ter várias interpretações, e que a gente poderia fazer essa versão amazônica cis com a atriz Thainá Duarte". Anna Muylaert e Seu Jorge nos bastidores de 'A Melhor Mãe do Mundo' Divulgação/Aline Arruda Apesar disso, Anna explicou que estava aberta à discussão e queria compreender "se hoje em 2025, o mito Geni só pode ser interpretado como uma mulher trans". A diretora completou que, se fosse o caso, ela poderia repensar a escalação de Thainá. Artistas como Liniker, Majur e Camila Pitanga pediram pela reescalação do papel. "Eu acho que no Brasil que a gente vive hoje, o debate ser aberto como votação se é certo ter uma pessoa trans ou cis nesse papel ou não, já nos expõe grandemente", comentou Liniker. Associação se reúne com equipe Com a discussão, Anna Muylaert e a produção do filme se reuniram com a Apta, Associação de profissionais trans do audiovisual. Segundo um comunicado publicado pela instituição, a conversa "teve como objetivo estabelecer um canal direto de diálogo e reivindicação com a equipe responsável pelo projeto". "Estamos acompanhando ativamente os desdobramentos junto à produção, com o compromisso de defender caminhos que contribuam para o fortalecimento e valorização da narrativa da personagem travesti Geni, bem como para a dignidade, representatividade e segurança da comunidade trans no audiovisual brasileiro", diz a nota da Apta. Atriz trans é escalada para o papel Migdal Filmes publica nota sobre 'Geni e o Zepelim' Reprodução/Instagram Neste sábado (19), a Migdal Filmes, responsável pela produção do longa, anunciou que uma atriz trans assumiria o papel de Geni. "A decisão coletiva foi fruto da escuta atenta e do aprendizado de intensas trocas com pessoas de diferentes setores da sociedade. Compreendemos que o momento político global, e em especial o cenário transfóbico no Brasil, impõe a todas as pessoas uma postura ativa e comprometida". "Consideramos que esta mudança de abordagem da identidade de gênero da personagem no filme é a atitude acertada". A nova intérprete de Geni ainda não foi anunciada. Anna Muylaert falou sobre o assunto em suas redes sociais. "Foi um debate muito rico, eu ouvi muitas vozes e pude entender a dimensão, a importância da personagem Geni para a comunidade trans", disse. Ela declarou que foi um "equívoco" tratar a personagem como uma mulher cis, e pediu desculpas às pessoas que se sentiram apagadas pela ideia. Em publicação no Instagram, Thainá Duarte também falou sobre a sua saída do filme. "Lamento que todo esse processo tenha causado tanta dor. Reafirmo meu compromisso com a escuta, aprendizado e com a luta pela equidade. Boa sorte e todo meu carinho”, escreveu a atriz. VÍDEO: Como pessoas trans já foram representadas no Oscar Veja como pessoas trans já foram representadas no Oscar Veja Mais

Sérgio Sampaio volta vívido em ‘Velho bandido’, elogio de Felipe de Oliveira ao artista que ‘matava rato para comer’

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘Velho bandido – Elogio a Sérgio Sampaio’, de Felipe de Oliveira Autorretrato ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Velho bandido – Elogio a Sérgio Sampaio Artista: Felipe de Oliveira Cotação: ★ ★ ★ ★ 1/2 ♬ Sérgio Sampaio foi ácido e certeiro ao se perfilar nos versos “Eu que só tenho essa cabeça grande / Penso pouco, falo muito e sigo pr’adiante / Eu descobri que a velha arca já furou / Quem não desembarcou / Dançou na transação dormindo / E como eu fui o tal velho bandido / Eu vou ficar matando rato pra comer / Dançando rock pra viver / Fazendo samba pra vender sorrindo”, escritos para a letra de samba-choro lançado há 50 anos. Intitulado Velho bandido, o samba-choro de 1975 dá nome, cinco décadas depois, ao álbum em que o cantor mineiro Felipe de Oliveira aborda o cancioneiro do compositor capixaba. Matar rato pra comer foi metáfora usada por Sampaio para descrever o efeito social causado pelo temperamento indomado do artista face ao capitalismo que dá o tom da indústria da música desde que o samba é samba. Em rotação desde 11 de abril, o álbum Velho bandido – Elogio a Sérgio Sampaio enfatiza a ideologia de Sérgio Moraes Sampaio (13 de abril de 1947 – 15 de maio de 1994), artista que ganhou projeção nacional em 1972 ao defender a marcha-rancho Eu quero é botar meu bloco na rua (de refrão eletrizante) na sétima e última edição do Festival Internacional da Canção (FIC), mas logo depois jogado na vala dos malditos da MPB. “Minha lucidez nem me trouxe o futuro”, avaliou e profetizou o compositor já no ano seguinte, em verso da angustiada canção Viajei de trem (1973), também abordada por Felipe de Oliveira em Velho bandido, álbum valorizado pela produção musical, edição, mixagem e masterização de Fillipe Glauss. Com arranjos sagazes como a poética do compositor, Velho bandido – Elogio a Sérgio Sampaio é o quarto tributo fonográfico a Sérgio Sampaio em dois anos. Em 2023, Cida Moreira e Edy Star apresentaram álbuns com músicas do compositor capixaba, Sérgio Sampaio – Poeta do riso e da dor (2023) e Meu amigo Sérgio Sampaio (2023), respectivamente. No ano passado, saiu o EP Giuliano Eriston interpreta Sérgio Sampaio (2024). Cada um dos quatro discos tem uma particularidade, um viés, e o do álbum de Felipe de Oliveira passa pelo canto andrógino do artista, ainda um traço dissonante para a parte do mundo que, em 2025, vem tentando reestabelecer fronteiras rígidas entre gêneros. Outro traço marcante de Velho bandido é o realce da inadequação de Sérgio Sampaio a um sistema que parecia ávido por deglutir o compositor. Sintomaticamente, o álbum abre em ritmo de blues (o gênero dos excluídos pela sociedade) com Meu pobre blues, composição de 1974 em que Sampaio versou sobre o sonho de ter música gravada por Roberto Carlos (então no auge da popularidade no status quo), já prevendo a falência na tentativa vã de realizar tal sonho, recorrente entre os compositores dos anos 1970. No álbum Velho bandido, Felipe de Oliveira alinha 13 músicas de Sérgio Sampaio em 12 faixas. A diferença se dá porque o samba-choro que nomeia o disco aparece agregado em medley com Chorinho inconsequente (Sérgio Sampaio e Erivaldo Santos, 1971). Como o contemporâneo Belchior (1946 – 2017), Sérgio Sampaio carregava na obra o peso da cabeça. O que talvez explique a ânsia e a agonia que rondam Roda morta (Sérgio Sampaio e Sérgio Natureza, 2006), outra música da coerente seleção de Felipe de Oliveira. Essa ânsia aflitiva reverbera em Tem que acontecer (2006) – único possível hit de Sampaio depois da onda do festival de 1972 – nesse álbum formatado com os toques dos músicos André Milagres (guitarra e violão de sete cordas), Gabruga (teclados), Marco Aur (baixo) e Yuri Vellasco (bateria e percussão). Somente o sopro melancólico do trombone de Norton Ferreira sublinha o canto do intérprete em Nem assim (1982), reiterando o foco na poética do compositor. Afiada, a guitarra de André Milagres entrecorta o samba Foi ela (1974) enquanto o arranjo suave de Destino trabalhador (1994) suaviza o corte da navalha na carne do compositor em único momento de desajuste entre música e arranjo. A rigor, inexistem excessos nos arranjos criados de forma coletiva pelos músicos e o produtor sob a direção do cantor. Tal precisão contribui para evidenciar a poética refinada de Meu pobre pai (1973), um dos achados da seleção de Felipe de Oliveira. As sete cordas do violão de André Milagres conduzem o canto do artista em Maiúsculo (2006), outra pérola rara entre as joias (a rigor, quase todas raras) do álbum Velho bandido. Intérprete identificado com o universo da MPB, como já mostrara nos álbuns Coração disparado (2018) e Terra vista da lua (2021), Felipe de Oliveira se mostra cantor vocacionado para dar voz a músicas como Não adianta (1972). As letras saltam aos ouvidos com clareza. No arremate do disco, O que será de nós (1976) menciona na letra o Roberto Carlos que inspirou Sérgio Sampaio na criação do Meu pobre blues alocado no início do álbum, amarrando a costura fina de Velho bandido. No melhor título da discografia de Felipe de Oliveira, Sérgio Sampaio ressurge aflito e vívido com a lucidez poética que nunca lhe deu futuro, mas paradoxalmente garantiu ao compositor um lugar na galeria dos imortais da música brasileira. Felipe de Oliveira canta 13 músicas do compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 – 1974) nas 12 faixas do álbum produzido por Fillipe Glauss Autorretrato Veja Mais

Lexa lança canção em que expressa ‘o meu amor mais sincero’ por Sofia, filha que morreu três dias após o nascimento

G1 Pop & Arte Lexa em imagem do clipe da canção ‘Você e eu’ Reprodução / Vídeo ♫ NOTÍCIA ♪ Filha de Lexa, Sofia Vianna Araújo (2 de fevereiro de 2025 – 5 de fevereiro de 2025) viveu somente três dias porque não resistiu às complicações de um parto prematuro. Mas foi tempo suficiente para garantir o amor eterno da mãe, expressado na letra da inédita canção Você e eu, lançada hoje, 18 de abril, pela artista. Cantora e compositora associada ao funk, Lexa desacelera o beat e aciona a batida do coração na canção Você e eu, música de autoria da própria Lexa. Editada em single e promovida com clipe, a canção Você e eu ganhou forma no estúdio com a produção musical de Stefan Baby e Machadez. Capa do single ‘Você e eu’, de Lexa Divulgação ♪ Eis a letra da música: Você e eu (Lexa) “Ontem tive um sonho com você Parecia ainda estar aqui E antes de acordar aquela sensação De você me acalmando E aquela força pra seguir É em você que eu tô buscando O teu amor me escolheu Toda vez que eu cantar você e eu Mais um dia amanheceu Você é O meu amor mais sincero Somos o elo Tudo que eu sempre quis foi você E o nosso tempo Lindos momentos Juro que eu nunca vou esquecer Eu vejo você E você vive em mim” Veja Mais

Globo 60 anos: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Manaus, capital do Amazonas

G1 Pop & Arte Nesta quinta-feira (24), Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional da casa da família Alves. Veja como foi. 60 anos da TV Globo: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família de Manaus Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional desta quinta-feira (24) da sala da casa da família Alves, em Manaus. A capital do Amazonas representa a Região Norte na celebração dos 60 anos da Globo no Jornal Nacional. No vídeo acima, veja como foi a visita. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em em Manaus, capital do Amazonas Jornal Nacional/ Reprodução Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em em Manaus, capital do Amazonas Jornal Nacional/ Reprodução Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em em Manaus, capital do Amazonas Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais

Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'?

G1 Pop & Arte Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como são escritos os discursos do 'BBB'? Em sua vigésima quinta edição, o "Big Brother Brasil" — "BBB", para íntimos — já faz parte do calendário anual da televisão brasileira. Entre muitos momentos marcantes, os discursos que os apresentadores fazem para os eliminados no paredão está com certeza no top 3. Mas como ele é escrito? O apresentador Tadeu Schmidt, responsável pelos monólogos de despedida, conta detalhes sobre seu processo criativo. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem a perguntas que o público sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Como os discursos são escritos? "Meu processo criativo é baseado no suor", afirma Tadeu. Assim que o paredão é formado, ele já começa a pensar no discurso e só para instantes antes de falar ao vivo. Se uma nova ideia surgir minutos antes, ele faz ajustes — um método que usa desde sua época como jornalista. Os discursos começaram lá na primeira edição, de 2002, escritos por Pedro Bial. A principal diferença é que, na época, os participantes eram informados sobre as porcentagens das votações — algo que durou por anos. "Eu passo ali dois dias pensando no discurso sem parar." Além de ser uma despedida para o eliminado, o discurso também serve para que o apresentador passe recados aos brothers e sisters sem que isso fique explícito. Participantes do 'BBB 22' abraçam Tadeu Schmidt na gravação do 'BBB Dia 101' Divulgação/Globo Tadeu conversa com a equipe do programa para coletar ideias e até com ex-participantes, como Gil do Vigor — "é legal ter essa ideia de quem estava lá dentro". Na hora de estruturar o texto, o apresentador busca o meio-termo ideal entre o mistério e a homenagem. "Essa matemática, esse equilíbrio, que eu fico buscando — e isso que dá mais trabalho. Porque quando você vai fazer o suspense, você não pode falar muito das pessoas ali, sobretudo da pessoa que vai sair, porque você entrega, já. Se você quer fazer uma homenagem, você estraga o suspense. Então, esse equilíbrio que eu fico buscando e que dá muito trabalho." O momento final Duas horas antes do programa ao vivo, Tadeu se reúne com a equipe para revisar o discurso. "A gente vê se tem alguma coisa que a gente quer falar para os emparedados ou para a casa que não está no discurso", conta. Ele sempre está preparado para qualquer resultado da votação, que pode mudar até os minutos finais. Ao longo da temporada, o apresentador também anota possíveis ideias para discursos em um aplicativo de notas. Ele armazena informações importantes sobre cada participante — desde histórias de vida até detalhes que podem não aparecer nas edições exibidas na TV. O apresentador do BBB, Tadeu Schmidt, fez um discurso emocionante após a eliminação da cantora Linn da Quebrada Reprodução/TV Globo "Podem ser, inclusive, coisas que não vão para a edição, que não viram notícias nos sites, coisas muito pessoais dos participantes – essas são as principais coisas", diz Tadeu. Apesar dos desafios, ele vê o discurso como um momento de despedida e escreve principalmente para quem está deixando a casa. "Mas, acima de tudo, quando eu estou escrevendo, o discurso para mim é uma despedida. O discurso é uma despedida para quem está saindo, então, a minha preocupação maior é com a pessoa que está sendo eliminada. É para ela que eu estou escrevendo." Veja Mais

'Vale Tudo', 'Avenida Brasil' e 'Roque Santeiro' dominam lista de melhores novelas da TV Globo

G1 Pop & Arte Veja ranking das 60 melhores novelas da emissora, elaborado por 60 jornalistas culturais e especialistas em teledramaturgia. (Esq. p/ dir.): Beatriz Segall em 'Vale Tudo', Adriana Esteves em 'Avenida Brasil' e Regina Duarte em 'Roque Santeiro' TV Globo Em seus 60 anos de trajetória, a TV Globo exibiu 340 novelas e mudou os rumos da teledramaturgia brasileira. São dramas, comédias, romances, mistérios e vários outros gêneros embalados por histórias icônicas que marcaram noveleiros dentro e fora do país. Para celebrar essas seis décadas, o g1 elaborou um ranking das 60 melhores novelas da TV Globo. A lista foi elaborada a partir de votos de 60 jornalistas de cultura e especialistas em teledramaturgia. Cada um escolheu seu top 5, da quinta à primeira posição. A pontuação foi computada assim: 1º lugar = 5 pontos; 2º = 4; 3º = 3; 4º = 2; e 5º = 1. O critério de desempate foi a data de lançamento das obras: as mais antigas levaram vantagem. Em primeiríssimo lugar no ranking, está a versão original de "Vale Tudo", escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. Lançada 1988, a novela paralisou o Brasil com o mistério "quem matou Odete Roitman?". Com críticas sobre desigualdade social, ética e corrupção, a novela se tornou um clássico. A trama, que ganhou remake em 2025, se desenrola a partir do embate entre a honesta Raquel (Regina Duarte) e sua filha, a gananciosa Maria de Fátima (Gloria Pires). Buscando ascensão social a qualquer custo, a garota vende a casa da mãe e seduz o milionário Afonso (Cássio Gabus Mendes), filho de Odete (Beatriz Segall). No topo do ranking também estão as novelas "Avenida Brasil" (em 2º lugar), "Roque Santeiro" (3º), "A Favorita" (4º) e "O Clone" (5º). Para conferir a lista completa das 60 melhores novelas, acesse aqui. Ranking das 60 melhores novelas da Tv Globo Veja Mais

Globo 60 anos: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Goiânia, em Goiás

G1 Pop & Arte Nesta quarta-feira (23), Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional da casa da família Soares. Veja como foi. 60 anos da TV Globo: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família de Goiânia Na semana de aniversário de 60 anos da Globo, o Jornal Nacional visita cada região do Brasil. Nesta quarta-feira (23), Renata Vasconcellos esteve na casa da família Soares em Goiânia, no Centro-Oeste do Brasil. Eles receberam a equipe de uma forma muito acolhedora na manhã desta quarta-feira (23), mesmo sem saber que o Jornal Nacional seria apresentado por lá. No vídeo acima, veja como foi a visita. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Globo reúne jornalistas e revela novidades da comemoração dos 60 anos da emissora Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Goiânia, em Goiás Jornal Nacional/ Reprodução Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Goiânia, em Goiás Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais

Nintendo Switch 2 chega ao Brasil em 5 de junho; veja valores

G1 Pop & Arte Console será lançado na mesma data do lançamento mundial e deve custar por volta de R$ 4500. Nintendo Switch 2 Reprodução A Nintendo anunciou nesta quarta-feira (23) que o console Switch 2 será lançado no Brasil no dia 5 de junho, mesma data do lançamento mundial. Segundo o comunicado da empresa, o console deve custar R$ 4.499,90. Já o pacote com a versão digital do jogo Mario Kart World ficará por volta de R$ 4.799,90. Separadamente, o jogo Mario Kart World deve custar por volta de R$ 499,90, enquanto o Donkey Kong Bananza custará R$ 439,90. O Nintendo Switch 2 continuará sendo um modelo híbrido, jogável no modo portátil e na TV, com controles Joy-Con destacáveis. Além disso, o console será compatível com os jogos físicos e digitais do Switch original. Veja Mais

Renata vence o BBB 25 com 51,90% dos votos

G1 Pop & Arte Temporada chega à final, e Guilherme e João Pedro ficam em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Renata é a grande campeã do BBB25 Reprodução/TV Globo Renata é a grande campeã do "Big Brother Brasil 2025". Com 51,90% dos votos, a sister venceu o reality e levou o prêmio R$ 2.720.000. A edição chegou ao final na noite desta terça-feira (22). Quem ficou em segundo lugar foi Guilherme, que recebeu 43,38% dos votos e ganhou R$ 150 mil. Em terceiro, João Pedro teve 4,72% dos votos e levou o prêmio de R$ 50 mil. No discurso de vitória, Tadeu relembrou a trajetória da sister no programa, que chegou a ficar confinada com acesso ao público. "A caixinha de música nunca mais vai se fechar", disse o apresentador, em menção a profissão de bailarina na ganhadora. Em sua 25ª temporada, o "BBB" teve clima de bodas de prata. Pela primeira vez, o reality teve um elenco formado somente por duplas, divididas entre Camarote e Pipoca. Relembre aqui os participantes da edição. Perfil da Renata Professora de dança e coordenadora de uma escola de ginástica rítmica, Renata cresceu em uma comunidade de Fortaleza e começou a trabalhar cedo para ajudar em casa. Foi numa ONG que começou toda sua trajetória na dança. Formou-se em Educação Física e fez pós-graduação em Preparação Física, unindo a dança e o esporte. Sempre teve a mãe como maior incentivadora. Já conquistou premiações nacionais no meio esportivo. Diz que sua personalidade dominante é motivo de conflitos; é direta e gosta de estar no centro das situações. Sai do sério com pessoas lentas e prolixas. Ela entrou na casa com a dupla Eva, seguindo a dinâmica especial dos 25 anos do programa. Veja também: Relembre aberturas marcantes de novelas da Globo Veja Mais

Voz da Bahia, Mirceia Jordana quer atenção para álbum autoral ‘À vontade’

G1 Pop & Arte Mirceia Jordana alinha oito músicas de lavra própria no primeiro álbum, ‘À vontade’, no mundo a partir de quinta-feira, 24 de abril Clara Solano / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ O título Cravo e canela – nome da primeira das oito músicas do primeiro álbum de Mirceia Jordana, À vontade – já dá a pista da origem da cantora e compositora. Sim, Jordana é da Bahia, terra natal de Jorge Amado (1912 – 2001), precisamente de Iraquara (BA), cidade da Chapada Diamantina. Como ressalta em versos de Cravo e canela, citando a Gabriela criada pela imaginação do escritor baiano, Mirceia Jordana faz canção e quer tão somente a atenção dos ouvintes para o disco que chega ao mundo digital na quinta-feira, 24 de abril. À vontade é álbum inteiramente autoral que apresenta repertório composto por oito músicas feitas pela artista entre 2019 e 2024. As canções foram formatadas no estúdio com produção musical de Thiagu Machado. Violonista e guitarrista do disco, Machado também assina a mixagem, a masterização e os arranjos, estes criados com o baixista Joaquim Izaias e com a própria Mirceia Jordana. Duas músicas, o xote Bandeja (2024) e a canção Gosto da palavra (2024), já foram apresentadas em singles editados no ano passado. As demais são inteiramente inéditas. Não tem canção é bolero assumido, composto sob inspiração do Bolero de Satã (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1976). Suas variáveis é samba-reggae feito sob influência de sucesso do bloco Olodum no gênero. Beijo vadio é flerte pop com o samba de roda. Embora goste da palavra, Mirceia Jordana se permitiu compor música sem letra, A cada sol brilhante, presente neste disco marcado pelas percussões de origem afro-baiana e afro-caribenha. Aos 25 anos, a nova baiana Mirceia Jordana quer atenção e pede passagem com o álbum À vontade. Capa do álbum ‘À vontade’, de Mirceia Jordana Clara Solano Veja Mais

'Conclave' x realidade: compare os momentos em que os aposentos do papa são selados

G1 Pop & Arte Após a morte do papa, o aposento onde ele residia é selado em um rito tradicional, presidido pelo camerlengo. Veja como o momento foi representado no filme 'Conclave'. Apartamento do papa Francisco é selado no Palácio Apostólico O Vaticano divulgou nesta segunda-feira (21) imagens dos aposentos do papa Francisco sendo selados no Palácio Apostólico e na Casa Santa Marta. Essa mesma cena foi representada no filme "Conclave", de 2024. AO VIVO: Acompanhe a repercussão da morte do papa 'Conclave': o que é real e o que é invenção no filme ganhador de Oscar? Filme é o mais visto no Prime Video após morte de Francisco Compare a cena de "Conclave" e o momento em que o aposento de Francisco foi selado: Aposento do papa Francisco selado (esquerda) e cena de 'Conclave' (direita) Reprodução/Associated Press/Prime Video Como é o processo Quando um papa morre e é decretada a Sé vacante, seus aposentos são selados, de forma que é vetado o acesso aos locais até a eleição de um novo pontífice. A medida é uma tradição e serve também para evitar saques. Tanto na obra de ficção quanto na realidade, o aposento é fechado com a passagem de um laço vermelho em ganchos na porta. Em seguida, o laço é selado com cera. Aposento do papa Francisco selado (esquerda) e cena de 'Conclave' (direita) Reprodução/Associated Press/Prime Video O rito é presidido pelo camerlengo - na obra de ficção, representado pelo cardeal Tremblay (John Lithgow). Ele também tem a função de constatar a morte do papa. Hoje, no Vaticano, o responsável foi o cardeal Kevin Farrell. Momentos antes, em uma cerimônia na capela da Casa de Santa Marta, Farrell realizou a leitura da constatação da morte de Francisco. Camerlengos: Kevin Farrell (esquerda) e o fictício cardeal Tremblay, de 'Conclave' (direita) Reprodução/Associated Press/Prime Video Tradicionalmente, o papa reside no Palácio Apostólico, onde ficam os suntuosos apartamentos particulares do pontífice, juntamente com o escritório de onde o ele despacha. Francisco, por sua vez, decidiu morar desde o início de seu papado em um apartamento modesto na Casa Santa Marta, que funciona como hospedagem para membros do clero em visita a Roma. Aposento do papa Francisco selado (esquerda) e quarto do papa de 'Conclave' (direita) Reprodução/Associated Press/Prime Video Veja Mais

'Conclave': o que é real e o que é invenção no filme ganhador de Oscar?

G1 Pop & Arte Obra ganhou como melhor roteiro adaptado no Oscar 2025. Assista ao trailer do filme "Conclave" O filme "Conclave"(2024) gerou o interesse de pessoas ao redor do mundo no processo de seleção de um novo papa. Ganhadora de um Oscar de melhor roteiro adaptado e inspirada no livro de mesmo nome de Robert Harris, a obra de ficção mistura com habilidade fatos reais e licenças criativas sobre a eleição papal. Mas, afinal o que é real e o que é completa invenção no filme? O que é real ✅Procedimento do conclave: Os cardeais realmente se reúnem na Capela Sistina, entregam seus votos em cédulas, e a fumaça (preta ou branca) indica o resultado. O isolamento dos cardeais também é real. O professor de história da Universidade de Maryland, Piotr H. Kosicki, ressaltou apenas "New York Times" que todos os rituais no Vaticano são praticados "em italiano ou latim. Ponto"; ✅Tensões políticas na Igreja: O filme acerta ao mostrar divisões ideológicas entre cardeais, algo comum nas eleições papais, com disputas entre alas conservadoras e progressistas. "Mesmo com pessoas que têm boa vontade e que estão trabalhando pelo melhor da Igreja, pelo bem da Igreja, há desentendimentos. Isso é humano e é normal", disse o reverendo Thomas Reese à rádio americana NPR; ✅Clima de segredo e introspecção: A atmosfera de tensão, silêncio e ritualismo condiz com o ambiente real do conclave. O que é invenção ❌Participação de um cardeal “in pectore”: No filme, um cardeal secreto aparece no conclave. Na vida real, isso só seria possível se o papa revelasse seu nome antes de morrer — o que não ocorre na trama. ❌Reviravoltas dramáticas e revelações pessoais: O enredo inclui segredos explosivos, tensões quase cinematográficas entre cardeais e até ameaças físicas — esses elementos são invenções para fins dramáticos. Veja Mais

Nova regra do Oscar exige que membros tenham assistido a todos os indicados para votar

G1 Pop & Arte Academia anunciou novidade, mas não especificou como vai praticar exigência. Oscar 2026 acontece em 15 de março. Estatuetas do Oscar Matt Sayles/AP A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas americana anunciou nesta segunda-feira (21) que vai começar a exigir que seus membros tenham assistido a todos os indicados antes de votar em cada categoria do Oscar. "Em uma mudança de procedimento, os membros da Academia agora precisam assistir a todos os filmes indicados em cada categoria para poderem votar na rodada final do Oscar", anunciou a organização, responsável pela maior premiação do cinema. O Oscar 2026 acontece em 15 de março, em Los Angeles. Até 2025, não era cobrado que os quase 10 mil membros tivessem visto todos os filmes concorrentes. Em entrevistas anônimas para revistas como a "Entertainment Weekly" e a "Variety", alguns votantes admitiram que não tinham visto todas as obras. Entre as ignoradas estavam "A substância" e o brasileiro "Ainda estou aqui", que ganhou uma de suas três indicações. A Academia não esclareceu como vai praticar a nova exigência. Veja Mais

Cazuza tem a poesia reavivada em exposição e documentário agendados para estrearem entre junho e julho

G1 Pop & Arte Cazuza (1958 – 1990) é tema de exposição que abre em junho no Rio de Janeiro e de documentário que estreia nos cinemas em julho Reprodução / Site oficial do artista ♫ NOTÍCIA ♪ Já virou clichê na imprensa musical dizer que “ o poeta está vivo” quando o assunto é alguma efeméride ou acontecimento relacionado a Agenor de Miranda Araújo Neto (4 de abril de 1958 – 7 de julho de 1990), o cantor e compositor carioca imortalizado com o nome Cazuza. Mas o fato é que, a toda hora, surgem eventos que legitimam a expressão já tornada clichê. As notícias da vez envolvem exposição e documentário sobre o artista revelado em 1982 como vocalista da banda carioca Barão Vermelho. Com curadoria de Ramon Nunes Mello e chancela da Sociedade Viva Cazuza, instituição beneficente comanda por Lucinha Araújo, a exposição Cazuza exagerado tem inauguração programada para 12 de junho em shopping carioca. A mostra ocupará área de 1,2 mil metros quadrados em que estarão expostos figurinos, objetos pessoais, cartas, desenhos, documentos e manuscritos de poemas e letras de música, além de material em áudio e vídeo. Um mês após a exposição Cazuza exagerado, chega aos cinemas em julho o documentário Cazuza – Boas Novas, produção original do Canal Curta! realizada em parceria com 5e60 Filmes e rodada sob a direção de Nilo Romero, músico, compositor e produtor que trabalhou com o cantor. Codirigido por Roberto Moret, o filme foca Cazuza entre 1987 e 1989, anos de intensa produtividade que marcaram o auge da carreira do cantor e compositor. O roteiro alinha imagens de arquivo, vídeos inéditos e depoimentos de Ney Matogrosso, Frejat, Gilberto Gil e Lucinha Araújo, entre outras pessoas que conviveram com Cazuza nesse período intenso da vida louca vida do artista. Veja Mais

Roberto Carlos chega aos 84 anos com canção apaixonada em alta rotação na novela ‘Vale tudo’ com Maria Bethânia

G1 Pop & Arte Roberto Carlos no especial de fim de ano de 2024 Globo / Bob Paulino ♫ ANÁLISE ♩ Nascido em 19 de abril de 1941, Roberto Carlos festeja 84 anos neste sábado, véspera do domingo de Páscoa. Não é uma data redonda e tampouco há comemorações públicas na agenda do artista, além de um show em Natal (RN) marcado para hoje na Casa de Apostas Arena das Dunas. Mas é uma data que corrobora a longevidade rara do reinado do cantor diante de uma parte do público brasileiro. Roberto Carlos parece estar em toda a parte do Brasil pela força perene do cancioneiro que totaliza quase 700 músicas feitas desde 1962, a maior parte composta em parceria com Erasmo Carlos (1941 – 2023). Basta dizer que o principal tema romântico da trilha sonora do remake da novela Vale tudo – atração da Globo no horário das 21h – é uma das mais apaixonadas canções da dupla, Olha (1975), lançada há 50 anos na voz de Roberto e ouvida na novela na gravação feita por Maria Bethânia há 32 anos para o álbum As canções que você fez pra mim (1993), dedicado pela cantora ao repertório do compositor. Roberto Carlos está longe de ser unanimidade na música brasileira. Poucos artistas foram e são tão amados quanto o cantor e compositor capixaba. Mas poucos também foram e são tão atacados quanto Roberto. Talvez porque Roberto Carlos seja um artista amado pelo povo, dono de um cancioneiro que transcende gerações e que alcança todas as classes. O fato é que o Rei nunca foi de fato admitido no seleto clube da MPB. Roberto Carlos sempre foi um caso à parte na música brasileira. E esse caso não tem solução... Haverá sempre quem ame as canções do Roberto, e esses são a grande maioria dos brasileiros. Mas também haverá sempre aqueles que as desprezam... Ou que fingem desprezá-las. Porque, olha, Roberto Carlos tem todas as coisas que os compositores sonham para eles. Em bom português, o artista é dono de obra que transcenderá a existência do próprio criador. Parabéns, Roberto Carlos! Veja Mais

A psicologia por trás do fascínio de crianças com Minecraft

G1 Pop & Arte Jogo em que pessoas têm liberdade para construir coisas é o mais vendido do mundo e até se tornou filme no cinema. Minecraft é o jogo de computador mais vendido do mundo e atrai pessoas de diversas idades Getty Images via BBC Minecraft é o jogo de computador mais vendido no mundo e, recentemente, chegou às telas dos cinemas com Um Filme Minecraft. Não é à toa que as crianças não se cansam de jogá-lo. O americano AJ Minotti tem três filhos, e todos eles adoram jogar Minecraft. Tanto as gêmeas de dez anos quanto o filho mais novo de seis passam horas construindo coisas com uma quantidade infinita de blocos virtuais disponíveis no jogo. Minotti, que trabalha com marketing em Ohio, nos Estados Unidos, se impressiona, com frequência, com o que eles são capazes de criar. "Pai, quero te mostrar uma coisa", disse uma das filhas de Minotti recentemente, segurando a tela do Nintendo Switch. O avatar dela estava diante de uma cachoeira. Assim que ela apertou um botão, a água parou, revelando a entrada de uma caverna. Lá dentro havia uma construção subterrânea cheia de luzes interativas e um painel que exibia os itens que ela tinha conseguido ao longo do jogo. "Parecia uma mansão subterrânea", lembra Minotti, maravilhado. "Eu fiquei super impressionado." A filha havia seguido alguns tutoriais no YouTube, mas também criou muitas coisas a partir das próprias ideias. "Me lembra de quando eu era uma criança e ficava o tempo todo mexendo no computador", diz Minotti. O sucesso do jogo Minecraft fez com que ele fosse adaptado para um filme de Holywood, lançado no início de abril PA Media via BBC Minecraft é um dos jogos mais populares de todos os tempos. Lançado em 2009, vendeu mais de 300 milhões de cópias até 2023. Assim como outros similares como Roblox e Terraria, atrai jogadores de todas as idades, desde crianças até adultos. O jogo é capaz de prender a atenção das crianças por horas, algo cada vez mais raro hoje em dia, com tantas distrações. Mas alguns pais temem que o interesse dos filhos pelo Minecraft se torne uma obsessão, ou até mesmo um vício, já que muitas vezes é difícil tirá-los de frente da tela do computador. A popularidade do Minecraft é tanta que deu origem a uma adaptação para o cinema: Um Filme Minecraft, estrelado por Jack Black e Jason Momoa, e lançado no início deste mês. Segundo especialistas, é possível que haja fatores psicológicos, e até mesmo evolutivos, por trás do sucesso de Minecraft. Jogos como esse despertam um instinto natural que existe em todos nós, e que sustenta o progresso da espécie humana: o desejo de construir. Instituto natural de construção Se pensarmos bem, as crianças sempre gostaram de construir coisas. Seja castelos de areias e casas na árvore, seja objetos feitos com blocos de madeira, massinhas de modelar e peças de Lego. O Minecraft é apenas uma nova versão desse tipo de brincadeira, só que no espaço digital. Mas por que construir coisas é tão irresistível para muitas crianças? "Todos os mamíferos brincam quando são jovens", afirma Peter Gray, psicólogo que estuda formas de aprendizagem infantil no Boston College, em Massachussets, Estados Unidos. Animais predadores, por exemplo, brincam de pegar coisas. Já as presas brincam de se esquivar. "Eles brincam com as habilidades que são mais importantes para o seu desenvolvimento, sobrevivência e capacidade de reprodução", diz Gray. Mas diferente de outros animais, os seres humanos devem grande parte da sua capacidade de sobrevivência à habilidade de construção — desde cabanas às ferramentas para caça. "Por isso, não é uma surpresa que a seleção natural tenha dotado crianças com um instinto forte para brincar de construir coisas", pontua. Gray também observa que as crianças brincam usando a linguagem e a imaginação, ou criam jogos baseados em regras e interação social — aparentemente como parte da preparação para a vida adulta. O que as crianças escolhem construir enquanto brincam, e a forma como constroem, tende a refletir a cultura em que vivem. "Não devemos nos surpreender com o fato de que as crianças hoje em dia estejam tão atraídas a brincar no computador, e isso não deveria nos preocupar", afirma Gray. "As crianças sabem, instintivamente, que essas são as habilidades que elas precisam desenvolver." A psicologia por trás do fascínio de crianças com Minecraft BBC Julian Togelius, cientista da computação da Universidade de Nova York, tem notado esse ímpeto para construção surgindo no filho, que não tem nem três anos. Na creche, ele já constrói túneis para passar com trenzinhos e caminhões de brinquedo. Quando o filho de Togelius ficar um pouco mais velho, será difícil resistir aos computadores. Segundo o cientista, os jogos estilo sandbox, como Minecraft, que dão aos jogadores liberdade para explorar a criatividade sem ter um objetivo específico, facilitam a interação e a execução de tarefas no computador. "No mundo do Minecraft, criar algo é direto e simples", explica. "É muito mais fácil do que escrever um código." Em outras palavras, jogos como esse satisfazem nosso desejo natural de construir, algo que os computadores, tradicionalmente, poderiam dificultar, principalmente para as crianças. Mas a construção não é o único atrativo. Embora o modo sandbox permita que os jogadores criem com liberdade, há também o modo sobrevivência, em que o jogador é desafiado a enfrentar inimigos. Minotti destaca ainda que há um lado social no jogo. Quando seus filhos não conseguem encontrar pessoalmente com os amigos ou primos, eles podem fazer isso online. "Acaba se tornando um espaço virtual de convivência." Talvez seja melhor pensar no Minecraft como um playground virtual, onde as crianças podem encontrar seu próprio nicho, uma vez que elas podem escolher entre uma grande variedade de atividades e estilos de jogo. Personalidade e comportamento Togelius estudou como o comportamento de jogadores em Minecraft revelam aspectos de suas personalidades. Ele argumenta que, devido à liberdade que é dada aos jogadores, é mais fácil para eles se expressarem no jogo do que em clássicos de fliperama como Asteroides, em que é preciso atirar contra rochas que caem do espaço. Como parte do estudo, Togelius e seus colegas pediram a participantes adultos que respondessem um questionário sobre suas personalidades. Em seguida, compararam os resultados com a forma como cada participante jogava Minecraft. O comportamento dos participantes dentro do jogo apresentou correlação com certos traços de personalidade. "A independência é fortemente vista no jogador que não termina a missão principal do jogo", diz Togelius. Além disso, pessoas que disseram carregar fortes valores familiares pareciam demonstrar isso, ainda que de forma inconsciente, dentro do jogo. "Elas constroem casas e fortalezas com cercas." Apesar de Togelius não ter repetido o estudo com crianças, ele diz que não ficaria surpreso se as personalidades delas também se manifestassem no jogo. O estudo ainda revelou que os jogadores de Minecraft tendem a se diferenciar da população em geral, sendo significativamente mais curiosos e menos motivados por desejos de vingança. A diversidade de possibilidades nos jogos sandbox ajuda a garantir um apelo mais amplo, diz Bailey Brashears, psicóloga da Texas Tech University, que no ano passado publicou uma tese sobre como o Minecraft pode ser usado como uma ferramenta de pesquisa psicológica. Brashears identificou cinco aspectos distintos oferecidos pelo jogo: a socialização, a oportunidade de se sentir competente através de um combate ou exploração, engenharia, criatividade, e a sobrevivência. "A maioria dos jogos oferece apenas um ou dois desses elementos", Brashears diz. "Você tem jogos que são mais focados no aspecto social e na sobrevivência, como o Fortnite", explica. A psicologia por trás do fascínio de crianças com Minecraft Alamy via BBC É claro que a quantidade de tempo que as crianças passam jogando Minecraft também gera preocupações mais amplas sobre o excesso de exposição às telas. Mas Minotti ressalta que os filhos também fazem outros tipos de atividades – eles amam jogar basquete, por exemplo. Ainda assim, às vezes ele precisa lembrá-los de não jogar em excesso, e supervisionar os pedidos de amizade online. "Nós não deixamos eles livres para fazer o que querem na internet", afirma. A Sociedade Nacional para a Prevenção de Crueldade contra Crianças no Reino Unido, (NSPCC, sigla em inglês) publicou orientações sobre como manter as crianças seguras enquanto jogam Minecraft ou jogos desse tipo. Há relatos de casos sérios envolvendo abuso infantil e aliciamento de menores no Minecraft. Recentemente, o chefe executivo da Roblox, outro tipo de jogo que permite às pessoas criarem, gerou um debate intenso ao dizer que os pais deveriam manter seus filhos longe das plataformas de jogos se eles estivessem preocupados com a exposição deles a conteúdos prejudiciais. No geral, Minotti se sente confortável com o fato de os filhos passarem bastante tempo jogando Minecraft. Segundo ele, além de ter controle sobre o que os filhos estão fazendo, eles jogam usando a criatividade. "Eu vejo como um playground digital", afirma. Ferramenta de aprendizagem O grande apelo do Minecraft também está na sua capacidade de conectar pessoas de novas formas. Professores universitários, por exemplo, usaram o Minecraft para dar aulas online durante os primeiros anos da pandemia de Covid-19. Na Irlanda, professores do Ensino Fundamental relataram ter tido sucesso em engajar os alunos nas aulas por meio plataforma Minecraft Education - uma versão do jogo feita para atividades escolares -, segundo uma pesquisa feita por Éadaoin Slattery, professora de Psicologia da Technlogical University of the Shannon Midwest. Ela entrevistou 11 professores no país para um estudo financiado pela Microsoft, proprietária do Minecraft. E cita o exemplo de um professor que decidiu criar um jogo dentro do Minecraft Education para ajudar os alunos a aprender gaélico. "Ele falou sobre como criar restaurantes e diferentes tipos de comida no Minecraft ajudaria os estudantes a aprender novas palavras", disse. Outras pesquisas apontam que o uso do Minecraft nas salas de aula pode aumentar a motivação dos alunos para tarefas escolares, resolução de problemas, leitura e escrita, entre outras habilidades. Talvez as atividades educativas no Minecraft estejam aproveitando o chamado "estado de flow", um alto nível de concentração e foco que os jogadores atingem quando estão imersos no jogo. Esse fenômeno é associado a diferentes tipos de atividade, mas é tão comum entre fãs de Minecraft que se tornou um objeto de estudo. Isso ajuda entender por que as crianças ficam tão concentradas no jogo a ponto de ignorar tudo o que acontece ao redor. A psicologia por trás do fascínio de crianças com Minecraft Alamy via BBC Mas há indícios de que o Minecraft não é atrativa para todos os públicos da mesma forma e pode apresentar uma desigualdade de gênero. Um estudo na Austrália, que entrevistou mais de 700 pais, revelou que enquanto 54% dos meninos entre 3 e 12 anos jogam Minecraft, apenas 32% das meninas nessa faixa etária também fazem isso. Os autores do estudo afirmam que é importante que jogos e plataformas online busquem engajar as meninas tanto quanto os meninos, uma vez que esses jogos ajudam as crianças a desenvolver habilidades digitais que elas vão precisar quando crescerem. AJ Minoti, por exemplo, não está preocupado com qualquer dificuldade que as filhas possam ter para se adaptar ao mundo digital. "O Minecraft é a praia delas", ele afirma. "Sou eu que tenho que perguntar como se mexe nas coisas." E embora seus filhos também se divirtam construindo coisas com peças de lego, Minotti diz que não tem espaço para guardar tantos blocos em casa. No fim das contas, o Minecraft oferece uma solução prática: "É como ter todas as peças de Lego que você poderia imaginar", afirma. Veja mais em: Técnica do ‘cérebro podre’: alunos usam app que transforma textos longos em vídeos curtos Os riscos invisíveis do TikTok para crianças Veja Mais

Criolo, Duda Beat e Carol Biazin tiram o brilho de músicas da fase mais pop de Rita Lee em EP sem graça e sem razão

G1 Pop & Arte Roberto Frejat soa correto ao reviver o rock ‘Mamãe natureza’ no EP Revisita Rita’ e Iza dá voz a ‘Ovelha negra’ sem a alma da gravação original de 1975. ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Revisita Rita Artistas: Carol Biazin, Criolo, Duda Beat, Iza e Roberto Frejat Cotação: ★ ★ ♬ Revisitar o cancioneiro de Rita Lee (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) – sobretudo os hits da fase pop da parceria com Roberto de Carvalho – é tarefa difícil porque a obra da artista paulistana exige leveza, verve e espirituosidade para realçar o brilho desse repertório que abriu alas femininas na seara do rock. Brilho é tudo o que falta ao EP Revisita Rita, idealizado pelo produtor musical Moogie Canazio – amigo do casal Rita & Roberto – e lançado hoje, 18 de abril, pela gravadora Universal Music com gravações inéditas de quatro sucessos da cantora e compositora paulistana. O lote oscila entre a mera correção e a infelicidade dos registros. A falência das boas intenções fica evidente já na primeira das quatro faixas, Chega mais (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1979). Esse rock pop com clima de disco music e espirito folião perde toda a graça e charme no canto insosso de Carol Biazin e Duda Beat, intérpretes deste hit do primeiro álbum de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Adornada com sintetizada batucada de samba, ouvida após o segundo dos quatro minutos da faixa, a abordagem de Chega mais é reverente ao arranjo do mago Lincoln Olivetti (1954 – 2015), piloto dos teclados (piano e sintetizadores) da gravação original de Rita. Na sequência do EP, o canto de Criolo em Flagra (1982) – outro irresistível hit da obra pop de Rita & Roberto – reitera a sensação de inutilidade dessa revisita. Na batida do rock, o rapper sambista dissipa toda a graça e malícia sensual da música em total inadequação – a ponto de essa constrangedora abordagem de Flagra soar como o ponto menos luminoso da trajetória fonográfica de Criolo. Já a gravação de Ovelha negra (Rita Lee, 1975) – hino geracional da fase de Rita com a banda Tutti Frutti que soa atemporal porque haverá sempre dissonâncias entre pais e filhos – é xerox do registro original da cantora no álbum Fruto proibido (1975), com direito a uma cópia do antológico solo da guitarra de Luiz Carlini. Cantora de voz potente, Iza faz o que pode, mas não consegue dar o recado de Ovelha negra com a alma posta por Rita na gravação original de clima folk. Por fim, a abordagem do rock Mamãe natureza com Frejat é a faixa mais correta do lote de gravações do EP Revisita Rita. Mamãe natureza foi a primeira música composta por Rita, em 1973, após a saída do grupo Os Mutantes. Como Frejat é do ramo do rock, a faixa resultou eficaz, mas sem deixar de tornar questionável a existência de disco sem graça e sem razão de ser porque o EP nada – rigorosamente nada – acrescenta ao cancioneiro imortal de Rita Lee e, pior, ainda presta desserviço ao tirar o brilho das músicas que embala para novos ouvidos e gerações. Rita Lee (1947 – 2023) tem quatro músicas regravadas no EP Revisita Rita’ Guilherme Samora / Divulgação Veja Mais

Conheça o álbum assumidamente gay em que Edy Star trouxe ícones da MPB para o universo do glam rock tropical

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘...Sweet Edy...’, de Edy Star Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ A morte de Edy Star (1938 – 2025) na madrugada desta quinta-feira, 24 de abril, joga luz sobre o antológico primeiro álbum solo do performático artista baiano. Em ...Sweet Edy..., Star trouxe ícones da MPB para o universo do glam rock de sabor tropical. Andrógino, elétrico e ousado, Edivaldo Souza já era Edy Star há muitos anos quando, em 1974, gravou e lançou este álbum que o fez brilhar com aura glam nas trevas da ditadura que escureceu o Brasil dos anos 1960 e 1970. ...Sweet Edy... eternizou o desbunde de Star naquele período sombrio. Com o apoio empresarial de João Araújo (1935 – 2013), diretor da gravadora Som Livre e avalista do disco, Edy Star entrou em estúdio para pôr voz em músicas inéditas compostas por nomes do naipe de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira (1947 – 2020), Jorge Mautner, Getúlio Côrtes e Roberto Carlos, este em parceria com o fiel amigo de fé Erasmo Carlos (1941 – 2022). Caetano mandou O conteúdo. Gil forneceu Edith Cooper. Ambas as músicas estavam aquém dos altos padrões dos compositores, mas se afinaram com o tom de desbunde deste disco em que o artista mixou tango e rock em Coração embalsamado (a música inédita de Getúlio Cortes), apostou na latinidade caribenha de Olhos de raposa (a contribuição de Jorge Mautner) e dançou o Boogie woogie do rato (Denis Brean). ...Sweet Edy... é disco pop glam de pegada roqueira, evidenciada na inédita de Roberto e Erasmo, Claustrofobia, música com mais jeito de Erasmo do que de Roberto. De Moraes Moreira, Edy Star ganhou rock à moda do grupo Novos Baianos, Pro que der na telha, composto por Moraes com o parceiro letrista Luiz Galvão (1937 – 2022). Relançado em CD em 2011 e reeditado no formato original de LP em 2019, com toda pompa em ambas as ocasiões, o álbum ...Sweet Edy... é assumidamente gay. "...Para um bom entendido / Meia cantada basta", avisou Star em versos de Bem entendido (Renato Piau e Sérgio Natureza). Mesmo que o cantor fosse falso (Edy sempre foi mais performer) e que as canções não fossem tão bonitas assim. o disco ...Sweet Edy... ganhou status e prestígio da MPB por tudo o que representou naquele momento de ditadura. É um disco em que a atitude desbundada valia mais do que a música em si. O segundo álbum solo de Edy, Cabaré Star, lançado em 2017, é disco mais interessante do ponto de vista musical do que ...Sweet Edy... (1974), mas não tem a importância e a aura do álbum de 1974, ano em que o brilho de Edivaldo Souza pôs um pouco de glamour na música brasileira. Veja Mais

Morre Edy Star, estrela que iluminou o universo glam brasileiro nos anos 1970

G1 Pop & Arte Cantor deixa disco inédito com músicas de Raul Seixas e lega obra que inclui álbuns feitos com a liberdade e a ousadia que pautaram o artista. Edy Star (1938 – 2025) morre em São Paulo (SP), aos 87 anos, dias após acidente doméstico Andres Costa / Divulgação ♫ OBITUÁRIO ♪ A estrela de Edivaldo Souza (10 de janeiro de 1938 – 24 de abril de 2025) se apagou na madrugada de hoje, mas o brilho de Edy Star permanecerá na história da música brasileira como o primeiro artista glam do universo da MPB. Baiano de Juazeiro (BA), o cantor sofreu acidente doméstico há dias e morreu em hospital de São Paulo (SP), aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda. Edy Star deixa álbum inédito, gravado no ano passado com o repertório de Raul Seixas (1945 – 1989) e a participação do cantor Edson Cordeiro. Revisitar a obra do roqueiro conterrâneo foi amarrar as pontas de uma história que, em 1971, juntou Edy Star com Raul, Miriam Batucada (1947 – 1994) e Sérgio Sampaio (1947 – 1994) na gravação do álbum Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das 10, título anárquico da discografia brasileira, cercado de lendas sobre a feitura e a edição. Ícone gay da contracultura brasileira, Edy Star manteve hasteada a bandeira da liberdade desde a infância e adolescência passadas na Bahia natal até os últimos anos vividos em São Paulo (SP) em rota existencial que destacou a vinda do artista para o Rio de Janeiro (RJ), cidade onde o performático intérprete barbarizou na década de 1970 em shows em boates da marginalizada região central. Foi também no Rio que Star gravou e lançou em 1974 o primeiro álbum solo, ...Sweet Edy..., com músicas inéditas de medalhões da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Roberto Carlos em parceria com Erasmo Carlos (1941 – 2023). Em ...Sweet Edy..., Star mergulhou no universo do glam rock gringo, mas com o sabor tropical do Brasil e da América Latina. Aliás, Edy é parceiro de Gilberto Gil em Procissão (1965), um dos primeiros sucessos de Gil. O artista conseguiu o crédito de coautor da música nos anos 2010 após acordo com Gil. Edy Star também transitou pela Espanha, país onde morou por quase duas décadas. Na volta ao Brasil, o cantor retomou a discografia com a edição, em 2017, do álbum Cabaré star, produzido por Zeca Baleiro com Sérgio Fouad. Neste disco de teatralidade dionisíaca, o artista cantou com Caetano Veloso, Ney Matogrosso – cantor que de certa forma abriu portas no mercado para o Edy Star, em 1973, com a postura libertária do trio Secos & Molhados – e Filipe Catto. O último álbum de Edy, Meu amigo Sérgio Sampaio (2023), foi lançado há dois anos e reconectou o artista a um universo de marginalidade no qual ele sempre esteve mergulhado de forma mais ou menos profunda. Como artista, Edy Star ecoou a irreverência do teatro de revista e a espirituosidade dos cabarés, rompendo rótulos e expressando a liberdade que exercitou nos 87 anos de vida, a ponto de ter sido gay assumido na Bahia dos anos 1950, época em que a homossexualidade era praticada dentro dos armários. “Depois de duas tentativas de suicídio e um câncer, tudo é lucro”, contabilizou o artista em entrevista para o documentário Antes que me esqueçam, meu nome é Edy Star (2024), dirigido por Fernando Moraes. Artista multimídia, Edy Star também brilhou no rádio, na televisão e no teatro, sempre buscando ousadia estética. A música foi somente um dos veículos encontrados pelo artista para exercitar a liberdade na vida louca vida. Veja Mais

'O Contador 2' traz mais ação e humor, mas não supera o filme original; g1 já viu

G1 Pop & Arte Filme que estreia nesta quinta-feira (24) é sequência da surpresa de 2016. Ben Affleck e Jon Bernthal são destaques do elenco. "O Contador 2" levou nove longos anos para chegar aos cinemas após o sucesso do primeiro filme, lançado em 2016. Tempo suficiente para que a sequência, que estreia nas telas brasileiras nesta quinta-feira (24), fosse bem trabalhada e oferecesse um bom longa de ação para o público, o que conseguiu. Porém, poderia ter rendido bem mais. A continuação tem o raro mérito de trazer quase todos os envolvidos do filme original que estavam à frente e por trás das câmeras, uma história que consegue manter o interesse durante boa parte do tempo e uma direção que, se não é inovadora, pelo menos conduz tudo de maneira eficaz. Só não supera o que já tinha sido feito na primeira parte. A trama é mais uma vez centrada em Christian Wolff (Ben Affleck), um contador que possui incríveis habilidades matemáticas, ao mesmo tempo em que tem outras qualidades como o manuseio de armas e conhecimentos de diversas lutas corporais. Escondido depois dos eventos do filme anterior, ele volta à ativa quando Ray King (J.K. Simmons, vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por "Whiplash") é assassinado e a Diretora Adjunta do Tesouro dos EUA, Marybeth Medina (Cynthia Addai-Robinson), ex-parceira de King, pede ajuda a Christian para terminar a investigação que ele fazia antes de ser morto. Assista ao trailer do filme "O contador 2" Logo, o contador descobre que o caso é um pouco mais complexo do que o esperado e resolve, então, pedir ajuda ao irmão Paxton (Jon Bernthal, o Justiceiro das séries da Marvel), com quem não tem uma boa relação. Apesar das diferenças, os dois se unem para combater uma rede de assassinos que está disposta a tudo para impedir que seus segredos venham a ser revelados. Algo que vai deixar o desafio ainda mais difícil e mortal para os irmãos. Liga Extraordinária "O Contador 2" vai agradar ao público que quer assistir a um filme de ação que está mais preocupado em entregar boas sequências de tiro, porrada e bomba do que elaborar algo mais denso e profundo. O diretor Gavin O’Connor, que também comandou o primeiro filme em 2016, mostra um trabalho esforçado para dar um bom ritmo às sequências de lutas e tiroteios, como a que abre o filme e, principalmente, no clímax que encerra o longa. Claro que não tem nada muito criativo, no estilo da franquia "John Wick". Mas, pelo menos, consegue manter alto o nível de diversão. O roteiro de Bill Dubuque, que também foi o responsável pelo texto da primeira parte, não escapa de alguns clichês do gênero de ação policial. Porém, ele também apresenta algumas coisas interessantes, como a expansão da ajuda que o protagonista recebe para realizar suas ações. Se no primeiro filme, Christian só contava com o auxílio de Justine (Allison Wright no original e Allison Robertson na sequência) uma pessoa que era de espectro autista como ele, mas era extremamente habilidosa com tecnologia, agora há um grupo de jovens com a mesma condição dos dois, mas super dotados. Paxton (Jon Bernthal) encara seu irmão Christian (Ben Affleck) numa cena de 'O contador 2' Divulgação Isso deixa a dinâmica, embora bem fantasiosa, bastante interessante. Além disso, mesmo com os exageros com que os autistas são mostrados, o filme jamais os ridiculariza ou desrespeita, o que conta como ponto positivo. Quem embarcar nessa proposta deve curtir um pouco mais o filme. Outra coisa que o filme resolve trabalhar um pouco mais é a relação de amor e ódio entre Christian e seu irmão, Paxton. Como o longa anterior já tinha mostrado, os dois não conseguem se entender de imediato e as formas diferentes de verem as coisas rendem alguns momentos até divertidos. Outras cenas soam até forçadas e dão a sensação de já terem sido vistas em outras produções, o que atrapalha um pouco a diversão, assim como os vilões, sem nenhuma personalidade e carisma. Pelo menos, o roteiro guarda uma boa reviravolta, que deve pegar muita gente desprevenida, no terço final do filme, e muda um pouco a dinâmica das coisas. Christian (Ben Affleck) e seu irmão Paxton (Jon Bernthal) num momento de descontração em 'O contador 2' Divulgação Laços de família "O Contador 2" poderia não funcionar ainda mais se os protagonistas não mostrassem o mínimo de entrosamento na tela e, felizmente, isso acontece bastante. Tanto Ben Affleck quanto Jon Bernthal se mostram bem conectados um com o outro e divertem com sua relação problemática. Affleck, que também é um dos produtores, que já tinha feito uma construção interessante no primeiro filme para seu personagem com espectro autista, volta a chamar a atenção com sua performance que pode até causar estranhamento, mas que funciona a contento. Dessa vez, o ator até faz rir com os pontos de vista de Christian, como numa cena em que participa de um programa de encontro às escuras e tenta usar seus conhecimentos matemáticos com as mulheres, gerando resultados hilariantes. Ou quando tenta se enturmar num bar country, mesmo com seu jeito travado. Já Bernthal se mostra bem menos tenso do que no filme original e fica mais divertido, sem perder sua periculosidade, já que Paxton também se especializou em executar pessoas para viver. De qualquer forma, o ator garante bons momentos durante suas discussões com o irmão e quando tenta parecer mais esperto do que é, o que acaba gerando um humor inusitado. Por causa disso, não é muito difícil entrar em sintonia com Affleck tanto nas sequências de ação quanto nas cômicas. Anaïs (Daniela Pineda) e Ray King (J.K. Simmons) conversam numa cena de 'O contador 2' Divulgação Além dos protagonistas, vale destacar a atuação de Daniela Pineda (de "Jurassic World: Domínio" ), como Anaïs, uma assassina de aluguel implacável, que marca presença sempre quando está em cena. A atriz se sai bem nas cenas de ação e de luta e compensa a falta de graça dos integrantes da quadrilha que os dois irmãos tentam destruir. J.K. Simmons, embora apareça pouco, sempre se destaca com seu talento para interpretar policiais veteranos e tem até a oportunidade de sair no braço com criminosos, algo que raramente aconteceu em outros filmes que participou. Já Cynthia Addai-Robinson está apenas funcional como Marybeth Medina e, tirando uma ou outra cena cômica com Affleck e Bernthal, pouco tem a fazer. É uma pena, no entanto, que Anna Kendrick, que interpretou Dana Cummings, a colega de trabalho de Christian, não teve espaço para voltar para a sequência. Seria interessante ver se houve alguma evolução na relação dos dois. No final das contas (sem trocadilho), "O Contador 2" serve como um mero passatempo de final de semana para quem quer algo bem descompromissado e cheio de socos, pontapés e balas para todos os lados. Pode ser que, em breve, surjam novas histórias envolvendo o personagem de Affleck, porque a ideia é bem interessante. Só precisa ser cuidada com mais criatividade e menos preguiça para sair do lugar comum. Cartela resenha crítica g1 g1 Veja Mais

Ana Castela, Paulinho da Viola e João Gomes estão no lineup do show de 60 anos da TV Globo

G1 Pop & Arte O público reviverá momentos icônicos da TV Globo, além de cantar junto dos artistas, que se apresentarão em feats. Atrações musicais confirmadas no ‘Show 60 anos’, da TV Globo Divulgação Em clima de aniversário, a TV Globo terá um megashow para celebrar seus 60 anos. A apresentação, que reúne vários artistas, será na segunda-feira (28) à noite, após a novela "Vale Tudo". Entre as atrações confirmadas, estão, IZA, Ana Castela, Simone Mendes, Maiara e Maraisa, Zezé Di Camargo e Luciano, Lauana Prado, João Gomes, Joelma, MC Cabelinho, As Frenéticas, Rosana, Negra Li, Roupa Nova, Alexandre Pires e Paulinho da Viola. O show também trará nomes do jornalismo, esporte e entretenimento da emissora. Com direção artística de Antonia Prado e direção de gênero de Monica Almeida, o Show 60 anos vai trazer boas histórias e grandes talentos. O público reviverá momentos icônicos da TV Globo, além de cantar junto dos artistas, que se apresentarão em feats. O Show 60 anos tem direção artística de Antonia Prado e direção de Dennis Carvalho, João Monteiro, Henrique Sauer, Gian Carlos Bellotti, Renan de Andrade e Marcelo Amiky. A produção é de Bárbara Maia, Natalia Daumas e Matheus Pereira. O roteiro é Carlyle Junior, Alberto Renault, Leonardo Lanna, Ricardo Linhares e Juan Jullian. A direção de gênero é de Monica Almeida. Veja Mais

Papa Francisco lançou disco com rock progressivo e música foi comparada a Pink Floyd; relembre

G1 Pop & Arte Pontífice lançou o álbum 'Wake Up!' em 2015, com faixas de pop, rock e música clássica. O álbum teve parte dos lucros revertidos a um fundo de ajuda a refugiados, segundo o Vaticano. A história por trás da famosa imagem de papa Francisco no metrô de Buenos Aires Durante seu papado, o papa Francisco chegou a lançar um disco de pop rock intitulado "Wake Up!", em 2015. O álbum teve parte dos lucros revertidos a um fundo de ajuda a refugiados, segundo o Vaticano. O disco foi produzido por Don Giulio Neroni, que também trabalhou em discos de orações lançados pelos papas João Paulo II e Bento XVI, e lançado em 27 de novembro daquele ano. Ao vivo: ACOMPANHE o velório de papa Francisco 'Conclave': o que é real e o que é invenção no filme ganhador de Oscar? Ao longo das 11 faixas, há orações com instrumentação de rock progressivo ("Wake up! Go go forward!", que foi comparada a Pink Floyd pelo jornal El País) e até um discurso em português (“Fazei o que Ele vos disser"). Boa parte do repertório foi composto por Tony Pagliuca, um músico italiano que na década de 1970 teve uma banda de rock progressivo chamada Le Orme, que chegou a liderar as paradas em seu país de origem. Veja Mais

Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades

G1 Pop & Arte Nos 60 anos da TV Globo, o Jornal Nacional vai comemorar de um jeito inédito a conexão com os brasileiros de todas as regiões. Começando pelo Nordeste, onde os portugueses avistaram o litoral baiano 525 anos atrás, em um 22 de abril. 60 anos da TV Globo: JN celebra conexão com o Nordeste Desde que o Jornal Nacional estreou, e ao longo de décadas, o jornalismo da Globo mostrou o Nordeste do Brasil para todos os brasileiros. Foram muitas reportagens, muitas histórias, muitos personagens. Na hora de celebrar essa conexão com os nordestinos, a gente poderia relembrar tantas e tantas coberturas jornalísticas marcantes sobre a natureza muitas vezes hostil - que foi o centro de muitas reportagens. Mas o Jornal Nacional optou por comemorar vitórias, conquistas, soluções, orgulhos dessa região do Brasil que ensina o país todo a enfrentar e a superar dificuldades. Veja a reportagem no vídeo acima. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Globo reúne jornalistas e revela novidades da comemoração dos 60 anos da emissora 60 anos da TV Globo terá edição única do Vídeo Show e programa especial com música e encontros inéditos Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais

'Oblivion Remastered' é anunciado e lançado ao mesmo tempo

G1 Pop & Arte Versão atualizada do quarto 'The Elder Scrolls', game de 2006, está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X e S e computadores. Assista ao trailer de 'The Elder Scrolls 4: Oblivion Remaster' A Bethesda pegou todo mundo de surpresa ao anunciar e lançar "The Elder Scrolls 4: Oblivion Remaster" nesta terça-feira (22). A versão atualizada do game de 2006 já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X e S e computadores. Assista ao vídeo acima. O jogo é o primeiro da clássica franquia de RPG na primeira pessoa a usar uma engine de fora do estúdio — no caso, a Unreal Engine 5. A versão apresenta mudanças na interface do jogador, no sistema de evolução do personagem e em animações de combate. "Modernizamos muito, mas ainda é a mesma aventura incrível e o mesmo mundo cuidadosamente criado", afirmou o diretor da Bethesda, Tom Mustaine, durante o anúncio. Veja Mais

Uma noite de sonho, samba (e carimbó) para Eliana Pittman em show no Rio...

G1 Pop & Arte Eliana Pittman saboreia momento de felicidade profissional no show ‘Nem lágrima nem dor’ Reprodução / Instagram Eliana Pittman ♫ CRÔNICA ♩ Não chegou a haver lágrima, tampouco dor, mas os olhos de Eliana Pittman marejaram no palco do Teatro Claro Mais quando a artista carioca ouviu o coro espontâneo do público no canto de Ex-amor (1981), famoso samba de Martinho da Vila, na estreia carioca do show Nem lágrima nem dor na noite de ontem, 21 de abril. Nascida em 14 de agosto de 1945, Eliana Pittman se aproxima dos 80 anos em instante luminoso na trajetória artística iniciada no mundo do samba-jazz, no alvorecer da década de 1960 ,ao lado do pai, o saxofonista norte-americano Booker Pittman (1909 – 1969). Ontem, na cidade natal do Rio de Janeiro (RJ), diante de público disposto a reverenciar a artista, a cantora viveu noite de sonho e samba com o pretexto de apresentar no palco o irretocável álbum Nem lágrima nem dor (2025), dedicado ao repertório do compositor carioca Jorge Aragão, gravado com produção musical de Rodrigo Campos e lançado em março com elogios da crítica, dos seguidores de Eliana e até de quem pouco conhecia a cantora. A noite de ontem corroborou a felicidade da fase atual da artista. Em cena, a cantora deu voz às nove músicas do álbum – posto à venda no teatro na edição em CD ao lado da recém-lançada edição em LP de Pérolas negras (2024), disco ao vivo de Eliana com Alaíde Costa e Zezé Motta – com canto fiel ao registro do disco, mas sem as presenças na banda de Rodrigo Campos e Thiago França, músicos fundamentais na criação da estética arrojada do álbum Nem lágrima nem dor. Além do repertório de Jorge Aragão, Eliana Pittman fez emergir Maré mansa (1974), única parceria de Martinho da Vila com Paulinho da Viola lançada na voz da cantora no álbum Tô chegando, já cheguei (1974), LP de vendas impulsionadas pelo sucesso radiofônico do medley com os carimbós Sinhá Pureza (Pinduca) e Carimbó do mato (tema tradicional). A propósito, Eliana refez o medley na segunda parte do show, encerrado com o samba Do fundo do nosso quintal (Jorge Aragão e Alberto Souza, 1987), veículo para a cantora expressar em cena a gratidão ao público, aos arquitetos do disco Nem lágrima nem dor e ao produtor Thiago Marques Luiz pelo momento glorioso da carreira. Quase houve lágrima, mas, se tivesse havido, teria sido de felicidade... Eliana Pittman tá chegando de novo, já chegou... Veja Mais

De 'Conclave' a 'Dois Papas': Veja filmes e séries de TV sobre o Vaticano

G1 Pop & Arte Assembleia para eleger novo o sumo pontífice já foi tema de longas-metragens e séries que abordam diferentes nuances do assunto. (Dir. à esq.): cenas de 'Conclave', 'Dois Papas' e 'The Young Pope' Divulgação/Netflix/Reprodução Desde o conclave para eleger o novo papa até a convivência de dois papas após a renúncia de Bento XVI: o Vaticano e seus meandros inspiraram múltiplos filmes nos últimos anos. Aqui estão quatro filmes e uma série de TV que colocaram o papado no centro de sua trama: 'Conclave' (2024) Assista ao trailer do filme "Conclave" Como um "House of Cards" do Vaticano, o filme "Conclave" segue a escolha de um novo papa entre traições e mentiras.  Indicado em oito categorias, o longa do diretor alemão Edward Berger levou o Oscar de melhor roteiro adaptado, em março. Ralph Fiennes interpreta o cardeal Lawrence, encarregado de organizar o conclave, a assembleia de cardeais que elege o próximo sumo pontífice após a morte do papa. Uma missão de alto risco em um pequeno mundo clerical onde todos se conhecem e onde os rancores são tenazes. Adaptado de um romance do britânico Robert Harris, a obra escala as tensões até um inesperado final. Ralph Fiennes interpreta o cardeal Lawrence no filme 'Conclave' Divulgação 'Dois Papas' (2019) Anthony Hopkins e Jonathan Pryce em 'Dois Papas' (2019) Divulgação Após a renúncia de Bento XVI, o cinema se interessou pelo tema da convivência de dois pontífices. Em "Dois Papas", o brasileiro Fernando Meirelles imagina um duelo verbal entre Anthony Hopkins, interpretando um papa alemão muito mais autoritário que seu tímido modelo, e Jonathan Pryce, no papel do futuro papa argentino que deseja ensiná-lo a dançar tango. Na tela, os dois homens superam suas diferenças graças à música de Bento, pianista, e à paixão de Francisco pelo futebol. Entre os principais desafios mencionados por Meirelles para realizar o filme, produzido pela Netflix, está a gravação das cenas sem acesso à Cidade do Vaticano, em "uma réplica perfeita" reconstruída em estúdio. 'The Young Pope' (2016) Jude Law em cena da série 'The Young Pope' Divulgação Nos dez episódios desta série do italiano Paolo Sorrentino, Jude Law interpreta um prelado ítalo-americano, Lenny Belardo, que acaba de ser eleito papa para surpresa geral. Mas enquanto os cardeais achavam que haviam escolhido um sumo pontífice facilmente manipulável, Pio XIII mostra uma personalidade atormentada, maquiavélica e desconcertante. Ultraconservador, ele bebe Coca-Cola de cereja, fuma nos salões do Vaticano e luta com o trauma de ter sido abandonado quando criança. Uma segunda temporada, intitulada "The New Pope", veio à tona em 2020. Segue a eleição de um novo papa, João Paulo III interpretado por John Malkovich, enquanto Pio XIII está em coma, e enfatiza as personagens femininas, especialmente a diretora de comunicação da Santa Sé, interpretada pela atriz francesa Cécile de France. 'Habemus Papam' (2011) Michel Piccoli protagoniza 'Habemus papam' Divulgação "Habemus Papam", do italiano Nanni Moretti e apresentado no Festival de Cannes, surpreendeu em 2011 ao narrar a eleição de um papa relutante em assumir o cargo, dois anos antes da renúncia de Bento XVI. Enquanto uma fumaça branca se eleva do Vaticano, sinal do desfecho de um conclave, os fiéis se apressam para ver o novo papa, mas a moldura da janela permanece vazia. De repente, ouve-se um grito. Aterrorizado, desorientado diante da magnitude de sua tarefa e responsabilidades, o cardeal Melville se recusa a assumir seu novo papel e adentra os corredores. Até que decide recorrer aos serviços de um psicanalista para acompanhá-lo em sua nova missão. Michel Piccoli, então com 85 anos, assumiu o papel principal nesta comédia que zomba principalmente da mídia e da psicanálise. 'Amém' (2002) Cena de 'Amém' (2002) Divulgação Em 2002, o diretor franco-grego Costa-Gavras, conhecido por seus filmes políticos, inspira-se em uma obra do alemão Rolf Hochhut ("O Vigário", de 1963) e ganha no ano seguinte o César, maior prêmio do cinema francês. O troféu era de melhor roteiro. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial. Um químico contratado pela polícia secreta nazista SS descobre a realidade das câmaras de gás. Cristão convicto, ele tenta em vão, com a ajuda de um jesuíta (Mathieu Kassovitz), alertar o papa Pio XII. Com este filme, o cineasta contribui para alimentar a imagem de um papa covarde, responsável por um silêncio cúmplice sobre os crimes nazistas. Esta tese, contudo, é matizada pelo Vaticano e por alguns historiadores, que lembram que Pio XII rompeu seu silêncio três vezes e contribuiu para o resgate de dezenas de milhares de judeus, especialmente na Itália. Relembre 5 momentos da entrevista do Papa ao Fantástico em 2013 Veja Mais

Fafá de Belém completa 50 anos de carreira com identidade nacional e uma imagem amazônica que irradia alegria

G1 Pop & Arte Revelada em abril de 1975 na trilha da novela ‘Gabriela’, cantora paraense tem obra situada entre o repertório regional e o cancioneiro sentimental brasileiro. Fafá de Belém Mauricio Figalgo / Globo ♫ ANÁLISE ♪ No início dos anos 1980, Fafá de Belém ouviu de Roberto Menescal – então no posto de diretor artístico da gravadora Philips – que deveria voltar para Belém (PA) porque a carreira da cantora já dava sinais de exaustão. Firme e forte, Maria de Fátima Palha de Figueiredo ignorou o conselho duro e seco do colega artista travestido de executivo da indústria fonográfica. Nunca deixou de visitar a amada cidade natal onde veio ao mundo em 9 de agosto de 1956, mas jamais voltou definitivamente para Belém (PA) para interromper carreira que, ao contrário dos prognósticos pessimistas de Menescal, continuou com vigor ao longo dos tempos, chegando aos 50 anos neste mês de abril de 2025. Sim, Fafá de Belém completa 50 anos de carreira, iniciada em abril de 1975 quando a gravação do samba de roda Filho da Bahia (Walter Queiroz) começou a tocar na trilha sonora da novela Gabriela, exibida pela TV Globo com sucesso naquele ano de 1975. Quem gravaria o samba era Maria Creuza, mas a artista baiana ficou doente e o produtor Roberto Sant’Ana – padrinho artístico de Fafá por ter descoberto, ainda em Belém (PA), a cantora então ainda em formação – sugeriu o nome da jovem paraense. O resto é história que será contada em biografia e musical de teatro. A partir de 1976, no embalo do sucesso conquistado com a gravação do samba Filho da Bahia, Fafá pavimentou discografia que, nessa fase inicial, enfatizou a origem da cantora de Belém do Pará. Foi construída uma imagem regional, brejeira, que se afinou com o repertório de álbuns como Tamba tajá (1976), Água (1977) – a obra-prima desse momento nascente – e Banho de cheiro (1978). A receptividade da gravação do bolero Sob medida (Chico Buarque) no álbum Estrela radiante (1979) – grande a ponto de abafar o registro simultâneo de Simone no lapidar disco Pedaços (1979) – sinalizou o caminho romântico que seria trilhado por Fafá na década de 1980. Até porque o álbum Crença (1980) apontou o desgaste comercial da fórmula regional. Atenta aos sinais, Fafá percebeu o esgotamento e virou o disco com Essencial (1982), o último álbum da artista na gravadora Philips (em 1988, a cantora gravaria mais um, Sozinha, em outro momento da carreira). Mesmo com vendas modestas, o álbum Essencial legou uma das gravações mais pungentes da discografia da artista, a de Bilhete, canção de separação que Ivan Lins compusera – com versos do parceiro letrista Vitor Martins – e que lançara sem repercussão em 1980. Na voz passional de Fafá. Bilhete virou sucesso nacional como um dos temas principais da novela Sol de verão (1982 / 1983). Na sequência, a cantora provou que, como executivo da indústria fonográfica, Roberto Menescal era mesmo um bom guitarrista e compositor. Encerrado o contrato com a Philips, Fafá foi para a gravadora Som Livre, onde de 1983 a 1987 seguiu a tendência das cantoras de MPB e pôs o pé no cancioneiro sentimental brasileiro, ampliando o sucesso e ecoando influências que absorvera ainda menina nos saraus e programas de rádio de Belém (BA). Atrevida (1986) – disco do sucesso Memórias (Leonardo, 1986) – foi o marco comercial da guinada popular da cantora em movimento que conduziria a artista ao topo da popularidade com o álbum Fafá de 1989. Foi neste disco que, ao lado da dupla Chitãozinho & Xororó, a cantora apresentou a guarânia Nuvem de lágrimas (Paulo Debétio e Paulinho Rezende, 1989) em gravação que abriu as antenas das rádios FMs para a música sertaneja no Rio de Janeiro (RJ), cidade até então refratária ao gênero. Cantora com aguçado tino comercial, Fafá apontou no já mencionado disco de 1986 o reinado nacional das lambadas. Em 1996, indicou outra tendência do mercado ao amplificar a toada amazônica Vermelho (Chico da Silva) no álbum Pássaro sonhador, disco que também rendeu o sucesso Abandonada (Michael Sullivan e Paulo Sérgio Valle, 1986). Entre discos de menor voltagem e ambição artística, caso do popularesco Cantiga pra ninar meu namorado (1994), e álbuns em que o canto grave da intérprete soou com todo o brilho e expressão, casos do disco ao vivo Piano e voz (2002) e do mais recente Humana (2019), Fafá se tornou uma personalidade. Uma cantora de cabelos platinados que prescinde de ter músicas nas playlists para ser reconhecida em todo canto do Brasil como uma mulher amazônica de riso farto e identidade nacional. Sim, Fafá transcendeu Belém – mas sem tirar a cidade natal do lado esquerdo do peito igualmente farto – e se tornou a voz de uma pessoa vitoriosa além do universo musical. Uma voz que irradia alegria a cada bom dia dado nas redes sociais, mas que também chora nas mesmas redes, vertendo nuvens de lágrimas atiçadas pela alma sentimental que faz bater o coração essencialmente brasileiro dessa artista movida a emoções, contradições e paixões ao longo dos últimos 50 anos. O que somente torna risível e malévolo o conselho dado por Roberto Menescal a Fafá de Belém lá no início da década de 1980... Veja Mais

Cantora do Trio Esperança, Evinha tem voz amplificada por samples do rapper BK e single do DJ Alok com Watzgood

G1 Pop & Arte Evinha tem gravações de 1971 utilizadas em fonogramas do rapper BK e do DJ Alok Instagram Evinha ♫ ANÁLISE ♪ A voz de Evinha tem sido amplificada muito além do círculo de seguidores do Trio Esperança, grupo do qual a cantora carioca – residente em Paris desde meados da década de 1970 – faz parte desde os anos 1960. Tudo por conta da reutilização de duas gravações feitas pela artista para o álbum Cartão postal, lançado em 1971. Na sexta-feira, 18 de abril, saiu single em que o DJ Alok reprocessa com batidas de house music a gravação de Esperar pra ver com Gabriel Ribeiro, DJ e produtor do duo Watzgood. Objeto da releitura dos DJs, Esperar pra ver (Renato Corrêa e Guarabyra, 1971) é a música que o rapper BK sampleou – na mesma gravação de Evinha – em Cacos de vidro, uma das faixas mais cultuadas do quinto álbum de estúdio de BK, Diamantes, lágrimas e rostos para esquecer (2025), lançado em janeiro. Neste mesmo disco, BK usou outra gravação de Evinha no álbum Cartão postal, Só quero (Dal, Tom e Lilito, 1971), em sample inserido na faixa Só quero ver. O sucesso das faixas do álbum do rapper BK com samples de Evinha certamente influenciou a decisão de Alok remexer em Esperar para ver com Gabriel Ribeiro – ação que somente amplia a visibilidade do canto agudo de Evinha em um circuito musical frequentado por público jovem. Não é por acaso que a cantora já está confirmada como uma das atrações da edição de 2025 do festival Rock The Mountain, programado para novembro, em Itaipava (RJ), município da serra fluminense. Revelada em 1961 como integrante do afinado Trio Esperança, quando tinha dez anos, Evinha – cantora nascida em setembro de 1971 com o nome de Eva Côrrea José Maria – iniciou paralela carreira solo em 1969, ano em que evidenciou a doçura da Cantiga por Luciana (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós) na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC). Na primeira metade da década de 1970, a cantora transitou pelo soul e pela MPB em álbuns como Eva (1970), Evinha (1973) e Eva (1974), além do já mencionado Cartão postal. Ao partir para a França, onde se radicou em Paris e se casaria mais tarde como pianista e maestro francês Gérard Gambus, Evinha desacelerou a carreira no Brasil, mas nunca deixou de fazer shows eventuais no país natal em que vem sendo descoberta pela juventude graças a BK e, agora, a Alok. Veja Mais

Vovô Bebê ecoa o rock da adolescência no repertório em inglês do álbum ‘Bad english’, produzido por Chico Neves

G1 Pop & Arte Vovô Bebê lança o quarto álbum, ‘Bad english’, com repertório composto em inglês Biel Basile / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Assim que lançou o álbum Briga de família em fevereiro de 2020, Vovô Bebê começou a arquitetar e a compor – em inglês – o repertório de um outro disco, tendo ao lado o produtor musical Chico Neves. A inspiração para a criação das músicas foi a estética do rock, precisamente o dos 1990, década do grunge, de Beck, do britpop e de outras vertentes roqueiras que fizeram a cabeça do então adolescente Pedro Dias Carneiro, nome de batismo do compositor, arranjador e produtor musical carioca. Gravado em 2021 no estúdio 304, em Nova Lima (MG), esse repertório chega enfim ao público na forma do quarto álbum de Bebê, Bad english, produzido por Chico Neves (moog e programações) sob direção artística de Ana Frango Elétrico (guitarra, moog, voz, DX7 e Piano). O álbum tem lançamento programado para a próxima quarta-feira, 23 de abril, pelo selo fonográfico 304. “Esse disco é como uma volta no tempo, uma espécie de retorno ao período em que eu me formei musicalmente”, sintetiza Vovô Bebê, ressaltando que não reproduz o rock dos anos 1990 no álbum Bad english, mas que somente usou a estética do gênero como guia na hora de dar forma ao disco. Gravado com as adesões e os toques dos músicos Biel Basile (bateria, percussão e voz) e Guilherme Lírio (baixo, moog, piano, guitarra e metalofone), o álbum de Vovô Bebê alinha 14 temas ao longo das 11 faixas. Se músicas como Little sun e Off book effort ressoam a estética do rock, Star smoke sucker reverbera influências da disco music e a Intro de End of the moon ecoa a psicodelia do rock britânico. Antecedido em novembro de 2024 pelo single Forest baby, o álbum Bad english também traz as músicas Brazil commodity, Left for dead, Night away e Wrong ticket. Capa do álbum ‘Bad english’, de Vovô Bebê Divulgação Veja Mais

Antes de chegada ao Brasil, Lady Gaga está no topo do Spotify Global com música em parceria com Bruno Mars

G1 Pop & Arte “Die with a Smile”, parceria com Bruno Mars, está no topo do das músicas mais ouvidas do mundo. Lady Gaga se apresenta na praia de Copacabana no dia 3 de maio. Lady Gaga em apresentação de jazz Reprodução/YouTube Faltando cerca duas semanas para o tão aguardado show de Lady Gaga em Copacabana, no Rio de Janeiro, a estrela norte-americana está no topo do Spotify com a música mais ouvida no mundo nesta última semana. “Die with a Smile”, parceria de Gaga com Bruno Mars, foi tocada mais de 43,4 milhões de vezes entre os 11 e 17 de abril. Só aqui no Brasil, fora mais de 3 milhões de execuções – aparecendo na 26º posição. Lady Gaga no Rio: o que se sabe sobre o show em Copacabana O tão esperando megashow na Praia de Copacabana de Lady Gaga acontecerá no sábado, dia 3 de maio, durante o feriadão de 1º de maio. A previsão é que Gaga suba ao palco das 21h às 23h30. O palco fica bem em frente ao hotel Copacabana Palace, perto do Posto 2 da orla do bairro. Um painel gigante da cantora foi instalado na entrada do Túnel Engenheiro Coelho Cintra, que liga os bairros de Copacabana e Botafogo. A ação de marketing chama atenção pelos seus 72,7 metros de largura e 14,2 metros de altura (veja abaixo). Rio ganha mega painel de Lady Gaga a duas semanas do show em Copacabana Vinicius Rodrigues / Divulgação O show de Gaga deve ter um impacto econômico ainda maior que o show da Madonna, no ano passado, segundo a Prefeitura do Rio. A passagem de Madonna pelo Rio em 2024 gerou R$ 469,4 milhões para a cidade. A previsão é que Lady Gaga traga R$ 600 milhões, ou 27,5% a mais. A projeção consta do estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Show da Lady Gaga no Rio – 2025”, feito pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) e da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). A estimativa é que 1,6 milhão de pessoas acompanhem o show de Gaga na praia, o mesmo público que foi ver Madonna. De acordo com dados do estudo da prefeitura, 240 mil turistas virão para o show, sendo 80% estrangeiros e 20% nacionais. Já o público local esperado, da capital e da Região Metropolitana, é de 1,36 milhão. Lady Gaga no Rio deve movimentar 1,6 mil pessoas na areia na praia O show de Gaga, que acontecerá na esteira do feriado do Dia do Trabalhador, vai movimentar bares, restaurantes, atrativos turísticos e a rede hoteleira da cidade. Apenas com a produção do show e a montagem do palco, em frente ao Hotel Copacabana Palace, já foram gerados 4 mil empregos. O palco, que já está sendo montado pela produtora Bônus Track, terá 1.260 m² e ficará a 2,20 metros de altura da base na areia. Um mega painel de LED de última geração também será colocado, além de outros 10 telões que vão reproduzir a apresentação da artista. Montagem do palco da Lady Gaga na Praia de Copacabana Globo Veja Mais

Hits e prêmios em ofícios do governo: como produtora convenceu secretaria do Rio a apoiar show de Lady Gaga

G1 Pop & Arte Com menções a 'Abracadabra' a 'Die With a Smile', documentos enfatizam o impacto cultural da cantora. Lady Gaga em 'Poker Face' Reprodução/YouTube Para convencer o governo do Rio de Janeiro a disponibilizar uma verba de R$ 15 milhões em um show da Lady Gaga, a produtora Bonus Track Entretenimento mencionou o impacto da cantora na música mundial, entre outros argumentos. O show acontecerá no dia 3 de maio, na Praia de Copacabana. "Lady Gaga é ganhadora de 14 prêmios Grammy e um Oscar de melhor canção original com 'Shallow'", justifica um dos documentos, enviado pela Funarj (Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro) a Rodrigo Abel, secretário do gabinete do governador Cláudio Castro (PL). "Em 2022, [Gaga] realizou um show da turnê 'Chromatica Ball' para 55.000 pessoas em Nova Iorque e para 78.000 pessoas em Paris. Seu novo single 'Abracadabra' quebrou o recorde de maior audiência mensal já alcançada por uma artista feminina, ultrapassando 124 milhões de ouvintes mensais nas plataformas de streaming." O documento cita ainda o videoclipe de "Abracadabra", enfatizando que havia ultrapassado 84 milhões de visualizações. O sucesso estrondoso de "Die With a Smile", feat de Gaga e Bruno Mars, também é mencionado: "[A canção] liderou a Billboard Hot 100 por cinco semanas e alcançou o nº 1 na Billboard Global 200", diz o texto em referência a rankings de audiência musical. Além dos hits de Gaga, o documento fala do "aspecto social e o impacto no Turismo do Rio de Janeiro e no comércio que este evento poderá trazer". Em outros documentos enviados ao governador, a Bonus Track solicitou "apoio logístico e de estrutura", além dos R$ 15 milhões já citados. Também falou de ações sociais da Gaga, como a defesa da causa LGBTQIA+ e combate a Aids. Feito pela Prefeitura do Rio, o estudo "Potenciais Impactos Econômicos do Show da Lady Gaga no Rio" projeta que a apresentação da cantora deve movimentar R$ 600 milhões para a cidade, 27,5% a mais do que a passagem de Madonna pelo Rio em 2024. Show de Lady Gaga, no Rio, deve movimentar R$ 600 milhões e superar show de Madonna ano passado Veja Mais

‘Daniel, decidi te expor’: Gloria Groove e MC Daniel são multados após transtorno com QR Code em avenida

G1 Pop & Arte Banners enigmáticos que simulavam 'exposed' amoroso eram anúncio de parceria musical e infringiam a Lei Cidade Limpa, informou a prefeitura de São Paulo. 'Daniel, decidi te expor': cartaz espalhado na Radial Leste lança parceria entre Gloria Groove e MC Daniel Arquivo Pessoal Os artistas Gloria Groove e MC Daniel receberam uma multa no valor de R$ 10 mil cada após infringirem a Lei Cidade Limpa ao espalharem banners divulgando uma nova parceria musical, informou a Secretaria Municipal das Subprefeituras nesta quinta (24). Nos últimos dias, quem passava pela Radial Leste na capital paulista se deparava com banners enigmáticos que simulavam um 'exposed' amoroso: "Daniel, você nunca mereceu o amor que eu te dei. Por isso decidi te expor", anunciava a mensagem acompanhada de um QR Code. Quem mirava a câmera do celular no recado para acompanhar a fofoca, mordia a isca de uma jogada de marketing: o código impresso na faixa levava à divulgação de uma parceria musical entre os artistas. Gloria Groove e MC Daniel Bruno Gordilho Gabriel Rostey, pesquisador em urbanismo pela FAU-USP e sócio-diretor da CULTURB, explica que a faixa se configura em um anúncio publicitário a partir do momento em que o QR CODE direciona o usuário para a parceria entre os artistas. "Como todo o texto é uma espécie de teaser, uma isca para provocar a curiosidade das pessoas e fazer com que acessem QR Code que comunica a parceria musical, toda a extensão da faixa configura uma propaganda em área externa", explica. Ao g1, a Secretaria Municipal das Subprefeituras informou que retirou, ainda na quarta-feira (23), as faixas instaladas nos locais mencionados. "Foram aplicadas duas multas, no valor de R$ 10 mil cada, aos responsáveis pela infração. A medida está amparada na Lei Cidade Limpa (14.223/2006) que não permite a instalação de "banners", faixas ou qualquer outro elemento em obras públicas de arte, tais como pontes, passarelas, viadutos e túneis, visando chamar a atenção da população para ofertas, produtos ou informações que não aquelas estabelecidas em lei." O g1 procurou pelas assessorias de Gloria Groove e MC Daniel, que não se pronunciaram até o momento. O que diz a Lei Cidade Limpa? Criada com a intenção de diminuir a poluição visual e regulamentar propagandas, a Lei Cidade Limpa está em vigor desde 2007 na capital. Completou 18 anos em setembro do ano passado, enfrentando falhas de fiscalização, permitindo que comércios descumpram a lei sem punição. Entre as determinações, a Lei Cidade Limpa prevê: Anúncios em vias públicas só são permitidos em mobiliários urbanos ou equipamentos autorizados pela prefeitura; A altura das letras de um anúncio não pode ultrapassar 20 centímetros; O avanço máximo de um anúncio sobre a calçada é de 15 centímetros; A placa do anúncio deve estar a uma altura mínima de 2,2 metros do solo; O estabelecimento não pode ter mais de um anúncio indicativo; O anúncio indicativo pode ser colocado em um totem, mas deve estar dentro do terreno do imóvel.; Anúncios na fachada de mercados, por exemplo, não são permitidos, mas são comumente vistos em diversas regiões da capital. Quando entrou em vigor, em 1º de janeiro de 2007, na gestão Gilberto Kassab, a multa para quem descumprisse as regras era de R$ 10 mil. Até hoje, o valor nunca foi alterado. Veja Mais

Grelo grava EP ao vivo, em show em Salvador, com quatro músicas inéditas

G1 Pop & Arte Grelo em estúdio no ensaio para a gravação do EP em Salvador João Müller Moura / Facebook Grelo ♫ NOTÍCIA ♪ Um dos artistas mais bem-sucedidos do universo pop brasileiro em 2024, por conta do estouro das músicas Só fé e De graça ou pagando no universo do arrocha e do brega, Grelo grava EP ao vivo em show programado para o próximo sábado, 26 de abril, na Arena Fonte Nova, estádio de Salvador (BA). No disco intitulado Ao vivo em Salvador, o cantor e compositor goiano – nascido Gabriel Ângelo Furtado de Oliveira em 1997 – apresentará quatro músicas inéditas de autoria do artista entre regravações das composições Como tudo deve ser, De vez outra vez e Trocaria tudo. Antes de se lançar como cantor, Grelo atuava como compositor, fornecendo músicas para artistas do universo sertanejo e do circuito do forró e do arrocha. Veja Mais

Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'?

G1 Pop & Arte Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Um grupo de famosos disputando um reality de dança no qual, a cada semana, esses artistas apresentam no palco uma coreografia em diferentes ritmos de dança depois de ensaiar por alguns dias com seus professores. Essa é a dinâmica geral do quadro "Dança dos Famosos", que estreou em 2005 na Globo e já colocou mais de 250 estrelas para dançar. Mas você sabe como funciona toda a produção do quadro? A seleção, o tempo de preparo e de ensaios, ou quantas pessoas são convocadas para cada edição? Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? A produtora de elenco da TV Globo e responsável pelo casting do Dança dos Famosos Roberta Galinari explicou que a equipe do quadro sempre se reúne e faz uma curadoria pensando no perfil do elenco que eles querem para cada temporada. Isso sempre pensando em um equilíbrio de famosos em diferentes áreas artísticas, na diversidade e, claro, na disponibilidade do artista, já que a participação no quadro implica em um compromisso de quatro meses. Elenco do Dança dos Famosos Divulgação/Globo "O mais importante é que esse elenco seja diverso, que as pessoas se sintam representadas e que os participantes tenham a dedicação necessária para encarar o 'Dança dos Famosos', que é um grande desafio", afirma Roberta ao g1. A seleção do elenco é um processo contínuo. Enquanto uma edição está rolando, a produção já está de olho em possíveis próximos participantes. E os convites são feitos cinco meses antes da estreia de cada temporada. O número de convites varia de acordo com cada edição. Isso por alguns fatores. Primeiro porque já teve programa com 6, 12 e até 18 participantes. Atualmente, são 16. Outro fator que mexe no número de famosos que recebem os convites é a quantidade de aceites. Porque pode ser que os primeiros contactados aceitem logo de cara. Mas se tiver alguma negativa, a produção vai atrás de outro nome. "Pode ser que eu converse com 35 ou 40. Tem ano que muito menos, tem ano que quase que dá certo todo mundo. Não tem o número fixo, não. Cada temporada tem suas particularidades." Sem teste Tati Machado e Diego Maia são os vencedores da "Dança dos Famosos 2024" Reprodução/Instagram Roberta explica que não existe um teste prévio para saber se a pessoa dança alguma coisa ou não. "A gente busca sempre um elenco diverso, com diferentes níveis de experiência. Porque a superação também é um dos pilares do quadro", diz Roberta. "A gente acredita firmemente que a dança é para todos. O único critério que a gente verifica é se o participante tem alguma restrição médica que possa impedi-lo de dançar e de cumprir a nossa rotina, que é intensa. Porque a nossa preocupação principal é garantir a segurança e o bem-estar de cada um deles." Hora dos ensaios Fiuk durante ensaio para o forró para a Dança dos Famosos Globo/Paulo Belote Convites aceitos e elenco fechado, é hora de dançar. Os ensaios mesmo só têm início quando o programa começa. Na verdade, três dias antes da apresentação de elenco, eles já têm uma espécie de esquenta. O grupo todo participa de uma coreografia especial para a apresentação do elenco da temporada. Ali, todos os participantes dançam juntos. Após essa grande confraternização, cada um vai para o seu lado e, a cada semana, eles ensaiam por cerca de cinco dias antes de levar a coreografia para o palco, quando mostram seus passos de tango, de samba, de funk, foxtrote e tantos outros ritmos. "Essa dinâmica funciona muito bem. Parece que não, mas sim. E ao longo de todos esses anos a gente viu que é um tempo suficiente para que o talento chegue no palco pronto para dar o seu melhor sem prejudicar a condição física deles", afirma Roberta, que já está há 17 anos à frente do casting do programa. No fim, a produtora define o processo de seleção como um "grande quebra-cabeça". "A gente busca um time que tenha disponibilidade, vontade, paixão pelo desafio, porque o 'Dança dos Famosos' é mais do que uma competição. É uma experiência transformadora." Veja Mais

Marcelo Jeneci faz registro audiovisual de show solo no Rio de Janeiro

G1 Pop & Arte Marcelo Jeneci grava ao vivo show solo programado para sexta-feira, 25 de abril, no Teatro Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ) Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Quase um ano após o lançamento de Night clube forró latino – Volume I (2024), disco situado na fronteira entre EP e álbum, Marcelo Jeneci parte para outro registro fonográfico. O cantor, compositor e músico paulistano faz a gravação audiovisual de show solo programado para sexta-feira, 25 de abril, no Teatro Solar de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Munido de sanfona e teclados, Jeneci se apresenta sozinho nesse show em que segue roteiro que entrelaça composições autorais com temas de lavras alheias, geralmente músicas de artistas nordestinos. Desde 2016, o artista vem se apresentado pelo Brasil no formato solitário deste show originalmente intitulado Solo, mas agora também eventualmente chamado de Um. O registro audiovisual da apresentação de Marcelo Jeneci no Solar de Botafogo gera álbum ao vivo. Veja Mais

Globo 60 anos: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família de Salvador, na Bahia

G1 Pop & Arte Nesta terça-feira (22), Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional da sala da casa da casa da família da Duca e do Antônio. Veja como foi. 60 anos da TV Globo: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família de Salvador Nesta terça-feira (22), Renata Vasconcellos esteve em Salvador, na casa da família da Duca e do Antônio. O combinado com eles é que uma equipe do Jornal Nacional passaria o dia lá em uma gravação para as comemorações dos 60 anos da Globo, porque eles acompanham a nossa programação todos dias. Só que eles não sabiam que a Renata também iria para lá, e muito menos para apresentar o Jornal Nacional da sala da casa deles. No vídeo acima, veja como foi quando a equipe chegou nesta terça-feira (22) de manhã. Renata Vasconcellos vai à casa de uma família de Salvador, na Bahia Jornal Nacional/ Reprodução LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Globo reúne jornalistas e revela novidades da comemoração dos 60 anos da emissora 60 anos da TV Globo terá edição única do Vídeo Show e programa especial com música e encontros inéditos Veja Mais

Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'?

G1 Pop & Arte Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Desde 1974, a "Sessão da Tarde" apresenta vários filmes para novas audiências de todas as faixas etárias. De "As Branquelas" a "A Lagoa Azul", os longas exibidos nessa sessão costumam se tornar "clássicos" queridinhos para os brasileiros. Pode parecer uma escolha simples, mas na verdade, muito é levado em conta na hora de decidir quais filmes entram para a programação: época do ano, dados de audiência e até o noticiário. Abaixo, entenda como são escolhidos os filmes da "Sessão da Tarde". Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como é feita a escolha de filmes? A equipe da Globo tem um catálogo de filmes, que são tagueados por gêneros e temas. Então, a equipe cruza as listas geradas pelo sistema com os índices de audiência e resultados de pesquisas com consumidores para começar a estruturar a grade. 'As Branquelas' Reprodução Esses dados e algoritmos ajudam, claro, mas a curadoria ainda é feita por pessoas - afinal, os filmes serão exibidos para pessoas. A partir disso, o planejamento é feito da seguinte forma: Planejamento anual, quando o time se reúne para definir os títulos que passarão no próximo ano. Daí, escolhem cerca de 300 filmes do catálogo; Depois, no início de cada trimestre, repensam a programação diária de filmes das 12 semanas seguintes; Semanalmente, revisam e reajustam a grade escolhida para a semana seguinte, de acordo com o que acontece no mundo. Além disso, a equipe do “Sessão da Tarde” tem a diretriz de que é proibido reprisar um título em menos de seis meses. 'A Lagoa Azul' Reprodução O que pode afetar o planejamento? A revisão trimestral ou semanal pode causar mudanças na programação de acordo com o noticiário. Por exemplo, quando Fernanda Torres foi indicada ao Oscar, a "Sessão da Tarde" mudou a programação para homenagear a atriz, e exibiu dois episódios de "Tapas e Beijos". O que mais é levado em conta? Ao contrário de sessões mais noturnas, a "Sessão da Tarde" tem um público bem amplo - então, é normal exibir filmes para todas as faixas etárias, de comédia, aventura, ação ou drama. A época em que o filme será exibido também é um fator. No início do ano, histórias de superação ou comédias leves costumam ser mais proveitosas. Já em abril e agosto, começam as temporadas de lançamentos, quando ousar é mais permitido. Em julho, é tempo de olhar as crianças - e os pais, mães e avós que passam as tardes em casa com elas. Por isso, animações, heróis e aventuras dominam a programação. Vale lembrar que o catálogo se renova ao longo do tempo. A Globo segue tendo contrato com grandes distribuidoras, como Disney, NBCU, Sony, MGM e LionsGate. Mas além disso, você pode ter reparado que o "Sessão da Tarde" tem exibido mais filmes de diferentes países nos últimos anos. Existe mesmo essa preocupação. A equipe contou ao g1 que o planejamento anual tenta incluir histórias de diferentes comunidades, classes, gêneros e faixas etárias. Cena de 'Curtindo a Vida Adoidado' Reprodução Não à toa, a Globo investe em contratos com distribuidoras em todo mundo e, atualmente, tem parceria com empresas como a ShowBox, da Coreia do Sul e Minerva Pictures, da Itália, entre outras. E claro, também busca valorizar produções brasileiras: ao todo, dos 700 filmes exibidos pela Globo por ano, 120 são nacionais. Veja Mais

'Conclave' é o conteúdo mais visto no Prime Video Brasil após morte do papa Francisco

G1 Pop & Arte Filme vencedor do Oscar mostra os bastidores da escolha de um novo pontífice. Longa também é o 2º mais visto no Prime Video em todo o mundo. Assista ao trailer do filme "Conclave" O filme "Conclave" (2024), que mostra os bastidores da escolha de um novo papa, é o conteúdo mais visto no Prime Video no Brasil nesta terça (22). O longa já era o 2º mais assistido no Prime Video desde sexta-feira (18), mas alcançou o topo da lista de filmes nesta segunda, após a morte do papa Francisco. Já nesta terça, ultrapassou até as séries e se tornou o conteúdo mais visto em toda a plataforma no Brasil. Ganhadora de um Oscar de melhor roteiro adaptado e inspirada no livro de mesmo nome de Robert Harris, a obra de ficção mistura com habilidade fatos e licenças criativas sobre a eleição papal. Veja o que é real e o que não é no filme LEIA ANÁLISE: 'Conclave' é um ótimo e imprevisível drama sobre a escolha de um novo papa "Conclave" também lidera a lista de filmes mais vistos no Prime Video na Argentina, Chile, Bolívia, Uruguai, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e mais. Segundo o portal FlixPatrol, que monitora filmes no streaming, o longa é o 2º mais visto na plataforma em todo o mundo. Ralph Fiennes interpreta o cardeal Lawrence no filme 'Conclave' Divulgação A partir do livro "Conclave" — publicado por Robert Harris em 2016 —, o longa começa logo após a morte do Papa (Bruno Novelli), devido a uma grave doença. Por causa disso, o Cardeal Lawrence (Ralph Fiennes, de "O Grande Hotel Budapeste" e "King's Man: A Origem") é o escolhido para coordenar o conclave, cerimônia que reúne outros cardeais para eleger o novo sumo pontífice. À medida que a eleição avança, Lawrence começa a lidar com questões problemáticas envolvendo os candidatos, o que torna o ritual ainda mais complicado do que ele esperava. Para piorar, o cardeal descobre um segredo impactante, capaz de mudar toda a Igreja Católica de forma irremediável. O filme foi indicado a oito Oscars e venceu o prêmio de melhor roteiro adaptado. Veja Mais

Em trio, o violeiro Neymar Dias vai de Beatles a Villa-Lobos no álbum ‘Solar’

G1 Pop & Arte O violeiro Neymar Dias (ao centro) forma o trio com o baixista Pedro Gadelha e a violoncelita Vana Bock Tarita de Souza / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Hábil no toque da viola caipira, o multi-instrumentista paulistano Neymar Dias lança o álbum Solar na quinta-feira, 24 de abril, com capa que expõe ilustração de Cinthia Camargo. Quem assina o disco é Neymar Dias Trio, grupo formado pelo violeiro com o baixista recifense Pedro Gadelha e a violoncelista paulistana Vana Bock. Gravado, editado e mixado por Alexandre Fontanetti no estúdio Space Blues, em São Paulo (SP), de 3 a 5 de novembro de 2024, Solar é álbum essencialmente autoral composto por temas do próprio Neymar Dias, como Chamamé da lua, Ciranda, De manhã, Giga e Tulipas. Contudo, fora do trilho autoral. Neymar Dias Trio aborda no álbum Solar uma música dos Beatles – You’ve got to hide your love away (John Lennon e Paul McCartney), apresentada pelo grupo há 60 anos no álbum Help! (1965) – e a brasileiríssima Melodia sentimental (1958), uma das obras-primas do compositor carioca Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959). Capa do álbum ‘Solar’, de Neymar Dias Trio Ilustração de Cínthia Camargo com arte gráfica de Mauro Aguiar Veja Mais

Papa Francisco: artistas e famosos lamentam a morte do pontífice

G1 Pop & Arte Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos às 7h35 desta segunda-feira (21) no horário do Vaticano. Artistas como Whoopi Goldberg, Russell Crowe e Antonio Banderas homenagearam o pontífice nas redes sociais. Papa Francisco deixa legado de transformação na Igreja Católica Celebridades de todo o mundo lamentaram nesta segunda-feira (21) a morte do papa Francisco. Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos às 7h35 desta segunda-feira (21) no horário do Vaticano (2h35, no horário de Brasília). O pontífice ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos. À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu. AO VIVO: Acompanhe a repercussão da morte do papa ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp ANÁLISE: Papa Francisco eterniza legado de reforma e simplicidade na Igreja Católica Veja abaixo as homenagens feitas por celebridades: Whoopi Goldberg "Ele foi o mais próximo, em muito tempo, que parecia lembrar que o amor de Cristo envolveu fiéis e não fiéis", escreveu a atriz. "Navegue, Papa Francisco, com seu amor pela humanidade e risada". Initial plugin text Russell Crowe "Um belo dia em Roma, mas um dia triste para os fiéis. Descanse em paz, papa Francisco", publicou no X. Antônio Banderas "Morre o Papa Francisco, um homem que, como chefe da Igreja Católica, demonstrou bondade, amor e misericórdia para com os mais necessitados". Initial plugin text Eva Longoria "Descanse em paz, Sua Santidade Papa Francisco. Obrigado por ser um aliado de muitos de nós e falar pelos marginalizados. Sua compaixão, bondade e humildade serão sempre lembradas". Initial plugin text Fabio Porchat "Papa Francisco era aberto ao diálogo. Nunca pregou contra. Sempre agregador. Queria trazer as pessoas pra junto. E é nisso que eu acredito! Foi um prazer poder conhecê-lo e rir com ele", escreveu. Fátima Bernardes Initial plugin text VÍDEOS: Encontros do Papa Francisco Veja Mais

Morre Cristina Buarque, pescadora de pérolas do samba e cantora de nome feito sem usar fama de ‘irmã do Chico’

G1 Pop & Arte Farol e referência para colegas como Marisa Monte e Mônica Salmaso, artista sai de cena aos 74 anos em decorrência de complicações de câncer de mama. Morre aos 74 anos a cantora Cristina Buarque, irmã de Chico Buarque ♫ OBITUÁRIO ♪ Se Cristina Buarque não tivesse sido uma cantora avessa aos holofotes, como a caracterizou o filho Zeca Ferreira em rede social ao comunicar a morte da mãe na manhã de hoje, talvez a artista tivesse ficado ressentida com o fato de Cauby Peixoto (1931 – 2016) ter se apropriado de Bastidores, a canção de 1980 que o irmão de Cristina, um certo Chico Buarque, compusera para ela. Contudo, Maria Christina Buarque de Hollanda (23 de dezembro de 1950 – 20 de abril de 2025) jamais se importou com o estouro de Cauby. Preferia o coro e a discrição das vocalistas ao protagonismo das cantoras estelares. Cristina Buarque (1950 – 2025) morre aos 74 anos em decorrência de câncer de mama Reprodução / Capa do álbum ‘Cristina’, de 1981 Mas, sim, Cristina Buarque foi uma cantora e, para quem entende que a grandeza do canto independente do tamanho da voz, ela foi uma grande cantora que também fica imortalizada como hábil pescadora de pérolas da música brasileira, em especial do samba. É essa a imagem que fica da artista na manhã deste domingo de Páscoa quando começa a se espalhar nas redes sociais e na imprensa a notícia da morte de Cristina Buarque, aos 74 anos, em decorrência de complicações de um câncer de mama que vinha tratando há tempos. Cantora de origem paulistana e criação carioca que viveu os últimos anos em Paquetá (RJ), onde comandava afamada roda de samba, a irmã de Chico Buarque entrou em cena em 1967 – se apresentando somente como Cristina – como convidada do compositor paulista Paulo Vanzolini (1924 – 2013) no álbum Onze sambas e uma capoeira (1967), dando voz ao samba Chorava no meio da rua, de Vanzolini. No embalo, Cristina dividiu com Chico Buarque a interpretação do samba-canção Sem fantasia (1968), no terceiro álbum do cantor. Daí em diante, a cantora trilhou o próprio caminho sem jamais se aproveitar do prestígio e da fama do irmão. E a trilha seguida por Cristina foi o samba dos bambas da velha guarda. Já no primeiro álbum, Cristina, lançado em 1974, a cantora deu voz a sambas de Cartola (1908 – 1980), Manacéa (1921 – 1995), Noel Rosa (1910 – 1937), Ismael Silva (1905 – 1978) e Ivone Lara (1922 – 2018), entre outros desbravadores do terreirão do samba. Foi pela voz pequena, devotada e respeitada de Cristina que, no disco de 1974, o Brasil realmente conheceu o samba Quantas lágrimas (1970), obra-prima do compositor Manacéa, também autor do samba Sempre teu amor (1963), revivido por Cristina na abertura do segundo álbum da artista, Prato e faca, gravado com arranjos do pianista José Briamonte e editado em 1976. Farol para cantoras como Marisa Monte e Mônica Salmaso, a discografia de Cristina Buarque sempre guardou joias do baú do samba. Foi no álbum Prato e faca, por exemplo, que Marisa Monte conheceu Esta melodia (Bubu da Portela e Jamelão, 1959), samba ao qual daria projeção ao regravá-lo no disco Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão (1994), lançado por Marisa 20 anos após o LP de Cristina. A coerência da discografia referencial de Cristina Buarque ficou atestada em em álbuns posteriores como Arrebém (1978), Vejo amanhecer (1980), Cristina (1981) e Resgate (1994). A obra da cantora inclui álbuns em tributos aos compositores Wilson Baptista (1913 – 1968) e Candeia (1935 – 1978). A partir de 1995, ano em que gravou com Henrique Cazes um disco com músicas de Noel Rosa, Cristina incorporou o famoso sobrenome Buarque à identidade artística, ciente de que todo mundo já sabia que ela nunca se beneficiou do parentesco próximo com Chico. Para os bambas do samba, Maria Christina Buarque de Hollanda sempre foi grande nome da música brasileira pela devoção, respeito e reverência com que abordou o repertório da velha guarda. Cristina Buarque (à direita) com Mart'nália em 2011 Reprodução / Blog do escritor Rodrigo Alzuguir Veja Mais

Lady Gaga pede desculpas por problemas no microfone durante o show no Coachella

G1 Pop & Arte "Pelo menos você sabe que eu canto ao vivo", disse Lady Gaga ao se desculpar com os fãs. A cantora se apresenta na praia de Copacabana no dia 3 de maio. Lady Gaga pede desculpas por problemas em microfone durante o show no Coachella Reprodução/Youtube Lady Gaga não teve problemas em lidar com as questões técnicas que atrapalharam o início do seu show, no segundo fim de semana do Coachella. O microfone da cantora apresentou falhas e cortou a voz da artista durante "Abracadabra", a segunda música do setlist. Porém, antes de descer para o centro do palco, Gaga discretamente trocou o equipamento quebrado por um microfone de mão comum – diferente do microfone estilo headset que costuma usar. Além disso, ela continuou sua coreografia sem perder o ritmo. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver a artista segurando o microfone em uma mão e uma bengala na outra. Alguns minutos depois, Gaga apareceu com um novo microfone de cabeça que funcionou sem problemas pelo resto da noite. Depois, ao se sentar para tocar piano, a cantora norte-americana pediu desculpas aos fãs: "Me desculpem, meu microfone parou de funcionar por um segundo. Pelo menos vocês sabem que eu canto ao vivo".  "Acho que a única coisa que podemos fazer é dar nosso melhor e, com certeza, eu estou dando meu melhor para vocês hoje", disse Lady Gaga ao se desculpar. Para o show Gaga chegou com um setilist bem diferenciado, com singles do novo disco, “Mayhem”, mas sem esquecer de faixas que fazem parte de sua carreira, como “Judas”, “Alejandro”, “Paparazzi” e “Born This Way” (veja abaixo videos do show e momento da falha). Initial plugin text Initial plugin text Lady Gaga no Rio: o que se sabe sobre o show em Copacabana Lady Gaga na Praia de Copacabana O tão esperando megashow na Praia de Copacabana de Lady Gaga acontecerá no sábado, dia 3 de maio, durante o feriadão de 1º de maio. A previsão é que Gaga suba ao palco das 21h às 23h30. O palco fica bem em frente ao hotel Copacabana Palace, perto do Posto 2 da orla do bairro. Um painel gigante da cantora foi instalado na entrada do Túnel Engenheiro Coelho Cintra, que liga os bairros de Copacabana e Botafogo. A ação de marketing chama atenção pelos seus 72,7 metros de largura e 14,2 metros de altura (veja abaixo). Rio ganha mega painel de Lady Gaga a duas semanas do show em Copacabana Vinicius Rodrigues / Divulgação O show de Gaga deve ter um impacto econômico ainda maior que o show da Madonna, no ano passado, segundo a Prefeitura do Rio. A passagem de Madonna pelo Rio em 2024 gerou R$ 469,4 milhões para a cidade. A previsão é que Lady Gaga traga R$ 600 milhões, ou 27,5% a mais. A projeção consta do estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Show da Lady Gaga no Rio – 2025”, feito pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) e da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). A estimativa é que 1,6 milhão de pessoas acompanhem o show de Gaga na praia, o mesmo público que foi ver Madonna. De acordo com dados do estudo da prefeitura, 240 mil turistas virão para o show, sendo 80% estrangeiros e 20% nacionais. Já o público local esperado, da capital e da Região Metropolitana, é de 1,36 milhão. Lady Gaga no Rio deve movimentar 1,6 mil pessoas na areia na praia O show de Gaga, que acontecerá na esteira do feriado do Dia do Trabalhador, vai movimentar bares, restaurantes, atrativos turísticos e a rede hoteleira da cidade. Apenas com a produção do show e a montagem do palco, em frente ao Hotel Copacabana Palace, já foram gerados 4 mil empregos. O palco, que já está sendo montado pela produtora Bônus Track, terá 1.260 m² e ficará a 2,20 metros de altura da base na areia. Um mega painel de LED de última geração também será colocado, além de outros 10 telões que vão reproduzir a apresentação da artista. Montagem do palco da Lady Gaga na Praia de Copacabana Globo Veja Mais

Quais são os direitos das pessoas trans no Brasil? Semana foi marcada por polêmicas aqui, nos EUA e no Reino Unido

G1 Pop & Arte Governo dos EUA e Justiça britânica passaram a adotar entendimento de 'sexo biológico', rejeitando a transição de gênero. No Brasil, conquistas da comunidade trans ainda não viraram lei; especialistas veem risco de retrocessos. Desde o começo do ano, polêmicas envolvendo os direitos das pessoas transexuais e transgêneros reacenderam o debate sobre o tema no Brasil e no mundo. No Reino Unido, a Suprema Corte decidiu nesta semana que mulheres trans não se enquadram na definição legal de mulheres segundo a legislação de igualdade do país. Ou seja, a definição deve se restringir ao "sexo biológico", definido no nascimento. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump emitiu uma ordem executiva com o mesmo teor no primeiro dia do novo mandato. O texto diz que gêneros não são mutáveis e baseiam-se em “realidade fundamental e incontestável”. Por conta dessa medida de Trump, o governo americano concedeu nesta semana um visto de entrada à deputada federal brasileira Erika Hilton (PSOL-SP) considerando seu gênero como sendo masculino. O Brasil tem duas parlamentares trans na Câmara dos Deputados, as primeiras da história. A outra, Duda Salabert (PDT-MG), também informou que seu visto de entrada nos EUA teve o gênero alterado para masculino. Aqui no Brasil, também nesta semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que altera a idade mínima permitida para terapias hormonais e para cirurgias por pessoas que buscam mudança de gênero, além de proibir o bloqueio da puberdade em crianças e adolescentes trans. Ao longo de décadas, transexuais e transgêneros – pessoas que não se identificam com o sexo que lhes foi atribuído no nascimento – têm lutado para garantir direitos constitucionais e mais respeito na sociedade. Saiba a diferença entre orientação sexual, expressão e identidade de gênero As deputadas Érika Hilton,PSOL, e Duda Salbert, PDT, afirmam que foram vítimas de transfobia por parte do governo americano Risco de retrocessos Especialistas ouvidos pelo g1 avaliam que há um risco de retrocesso de direitos conquistados pelo grupo ao longo do tempo. O principal "fator de risco", no país, é a fragilidade dos direitos conquistados – que não constam em leis, e sim, em decisões judiciais usadas como parâmetro. "É um ataque coordenado que faz parte de um projeto político. Os avanços no Brasil foram majoritariamente em decisões judiciais. A falta de compromisso do governo em ratificar as mudanças em políticas públicas fica evidente e faz com que a cidadania não chegue de fato aos 3 milhões de pessoas trans", avalia a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides. De acordo com Benevides, os governos usam a defesa dos "bons costumes" ou "os direitos das mulheres e meninas" para restringirem questões fundamentais das pessoas trans. Saiba a diferença entre orientação sexual, expressão e identidade de gênero Editoria de Arte/G1 Coordenadora de um núcleo sobre diversidade sexual e de gênero na Universidade de Brasília (UnB), a professora Silvia Marques vê no Brasil um "panorama muito conservador", sobretudo na última década. "Dentro do Congresso, a população LGBTQIA+ não consegue aprovar nenhuma iniciativa. É uma pauta que envolve uma moral sexual, na qual os parlamentares tendem a usufruir", diz. Mas... de quais direitos estamos falando, e qual a situação deles no Brasil? Confira abaixo: Cirurgias de redesignação sexual no SUS Em 2008, uma portaria do Sistema Nacional de Saúde (SUS) definiu a habilitação do processo transexualizador (para transição de gênero) em hospitais públicos brasileiros. Quais são os critérios para fazer a cirurgia? Segundo o Conselho Federal de Medicina, o interessado em realizar a cirurgia deve: realizar acompanhamento terapêutico pelo prazo mínimo de dois anos; e ser maior de 21 anos. Presidente da Antra, Bruna Benevides criticou a decisão recente do CFM sobre a idade mínima para começo das terapias hormonais. Ela defende que a realização da cirurgia seja feita quando o paciente se sentir apto à mudança, já que ele passa por um rígido acompanhamento terapêutico. "Proibir crianças trans vai fazer com que elas façam o uso do medicamento por conta própria. Uma vez que a gente vive em um país que se auto medica, os setores de defesa dos direitos humanos estão preocupados com a mudança", afirma Benevides. Em 2018, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) emitiu uma resolução que orienta a atuação profissional de psicólogas e psicólogos para que travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias. CFM estabeleze diretriz mais restritiva para terapias e cirurgias de mudança de gênero Registro civil para pessoas trans Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que transexuais e transgêneros podem alterar o nome no registro civil sem a necessidade de realização de cirurgia. À época, a maioria dos ministros decidiu pela autorização independentemente de decisão judicial. “É inaceitável no estado democrático de direito inviabilizar a alguém a escolha do caminho a ser percorrido, obstando-lhe o protagonismo pleno e feliz da própria jornada”, afirmou o relator do caso, o então ministro Marco Aurélio Mello. Criminalização da homofobia Em 2019, o STF reconheceu a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero como crime. A prática foi comparada ao crime de racismo, até que o Congresso Nacional aprove uma legislação específica sobre o tema. Com a decisão, pessoas que cometam atos de discriminação contra pessoas LGBTQIA+ podem ser punidas com penas que variam de 1 a 5 anos de reclusão. Supremo decide que homofobia deve ser criminalizada como racismo Maria da Penha para pessoas trans Por unanimidade, em 2022, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que a Lei Maria da Penha se aplica aos casos de violência doméstica ou familiar contra mulheres transexuais. Os ministros analisaram um recurso do Ministério Público contra decisão da Justiça de São Paulo, que negou medidas protetivas previstas na lei para uma mulher transgênero agredida pelo pai. Em entendimento unânime, a Sexta Turma concluiu que o artigo 5º da Lei Maria da Penha caracteriza a violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero, e que isso não envolve aspectos biológicos. Lei Maria da Penha, que torna crime a violência contra a mulher, completa 15 anos Cota trans nas universidades A aplicação de cotas para pessoas trans em universidades não é uma medida governamental, e sim uma decisão de cada instituição de ensino. Para especialistas, a medida pode ser um instrumento de acesso ao ensino e justiça social. "A gente acredita que a luta pelo acesso de pessoas trans ao ensino superior pode beneficiar a longo prazo a qualificação profissional dessas pessoas, considerando que essa população é marginalizada e que muitas vezes não consegue ter uma permanência adequada nas escolas", afirma a coordenadora de um dos núcleos sobre diversidade sexual de gênero da Universidade de Brasília Silvia Marques. Cada universidade fica responsável por delimitar a quantidade de vagas reservadas e critérios de permanência para o grupo. Onde funciona? Atualmente, 23 universidades públicas aprovaram políticas de inclusão para pessoas trans. O levantamento é da Seção Sindical dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará. Em 2018, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) foi a primeira instituição brasileira a reservar vagas para pessoas trans. No ano seguinte, a Universidade Federal do ABC (UFABC), inaugurou a medida no estado de São Paulo. A Universidade Federal da Bahia também adotou o sistema de cotas e reservou uma vaga por turma para pessoas trans. Veja Mais

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Álbum com gravação inédita de show de Arrigo Barnabé em 1980 captura ‘Clara Crocodilo’ em cena antes do histórico LP

G1 Pop & Arte Arrigo Barnabé em 1980, ano em que o artista fez o show ‘Clara Crocodilo’ no Sesc Consolação meses antes de lançar o álbum homônimo Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Quando subiu ao palco do Teatro Pixinguinha do Sesc Consolação (SP), em 29 de junho de 1980, Arrigo Barnabé estava prestes a começar gravar o álbum que imprimiria o nome do artista paranaense na história da música brasileira. Gravado entre julho e setembro daquele ano, o álbum Clara Crocodilo foi lançado em 15 de novembro de 1980 com som que revolucionou a lira paulistana por ter sido pautado pela escola da música atonal e pelo serialismo dodecafônico, além de ter vindo embalado em narrativa teatralizada que incorporava elementos do rock, do canto falado e da estética dos quadrinhos. “O ponto de partida foi a fusão da música erudita do século XX (Bartok, Stravinsky e Schoenberg, principalmente) com a música popular como se fazia no Brasil na época, com influências estrangeiras como o rock e o jazz”, sintetiza Arrigo Barnabé, acrescentando na receita sonora o teatro e dança contemporânea. A síntese é feita pelo artista no texto que apresenta o álbum que será lançado pelo Selo Sesc em 25 de abril, dentro da série Relicário, com a gravação inédita do show feito por Arrigo com a Banda Sabor de Veneno naquele 29 de junho de 1980, dia da última apresentação da temporada que mostrou o show Clara Crocodilo à cidade de São Paulo (SP) antes da edição oficial do álbum que daria início ao movimento rotulado como Vanguarda Paulista e que agregaria artistas como Itamar Assumpção (1949 – 2003) e o grupo Rumo. Com oito faixas, o álbum Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980 captura Clara Crododilo em cena, ao vivo, com sete das oito músicas do disco. A gravação ora editada em disco com o registro histórico do show não inclui a música que abre o LP original, Acapulco drive-in (Arrigo Barnabé, Gilson Gibson, Otávio Fialho e Paulo Barnabé, 1980). Em contrapartida, o álbum traz no repertório Lástima (Fim), música da lavra solitária de Arrigo que somente seria registrada em disco 23 anos depois no álbum de 2003 em que Tuca Fernandes e Quinteto Delas abordaram o cancioneiro do compositor. Ao vivo no palco do Teatro Pixinguinha, Arrigo e o coletivo paulistano – que trazia as cantoras Suzana Salles e Vãnia Bastos como vocalistas da banda – também executam músicas como Infortúnio, Instante, Office-boy, Orgasmo total, Sabor de veneno, além de Diversões eletrônicas (Arrigo Barnabé e Regina Porto) e do tema-título Clara Crocodilo (Arrigo Barnabé e Mário Lúcio Cortes). Enfim, o álbum Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980 capta em cena uma das gêneses da Vanguarda Paulista. Capa do álbum ‘Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980’, da série ‘Relicário’ Divulgação / Selo Sesc Veja Mais

Filipe Bragança vai do rock à canção de amor ao dar voz à animada trilha sonora original do filme ‘Abá e sua banda’

G1 Pop & Arte Filipe Bragança é o ator que dá voz ao protagonista da animação ‘Abá e sua banda’, a partir de hoje nos cinemas, e o principal intérprete da trilha do filme Divulgação / Produção ‘Abá e sua banda’ ♫ NOTÍCIA ♪ Um ano após ter colhido elogios da crítica e do público ao interpretar Sidney Magal no filme Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), o ator Filipe Bragança volta ao cinema em outra produção musical. Bragança – que canta, além de tocar violão e piano – é a voz de Abá, o abacaxi protagonista da animação Abá e sua banda, que estreia hoje, 17 de abril, nos cinemas do Brasil. Na trama da animação dirigida por Humberto Avelar (com roteiro de Silvia Fraiha, Sylvio Gonçalves e Daniel Fraiha), o príncipe Abá se recusa a ser o sucessor do pai (Rei Caxi, ouvido na voz de Mauro Ramos), se afasta do reino e se infiltra entre os plebeus na luta pela própria identidade como cidadão e como cantor e guitarrista, formando banda com Ana (a banana baterista rebelde que tem a voz de Carol Valença) e Juca (o caju gaitista, personagem que ganhou a voz de Robson Nunes). O trio alimenta o sonho de se apresentar no Festival de Música da Primavera. Por Abá ser o vocalista da banda, Filipe Bragança é o principal intérprete da trilha sonora de Abá e sua banda, já disponível para audição nos players digitais na forma de EP com sete faixas e 12 minutos. Na trilha do filme, assinada pelo compositor e pianista André Mehmari, o ator canta três das sete músicas, indo do rock à canção de amor. O destaque é o rock Abá e sua banda, tema-título da animação. O arranjo da gravação evidencia a influência do rhythm and blues na criação do rock. As outras músicas cantadas por Filipe Bragança na trilha de Abá e sua banda são a canção Zum zum zum e a balada A força do teu olhar, cuja forma evoca os temas românticos dos musicais de cinema. Intérprete habilidoso, Filipe dá voz às músicas como se fosse o príncipe Abá, não como o intérprete que encanta os seguidores quando posta nas redes sociais registros de voz e violão de músicas como Stand by me (Ben E. King, Jerry Leiber e Mike Stoller, 1961), hino soul da fraternidade. As músicas originais da trilha sonora da animação Abá e sua banda são assinadas por André Mehmari, Milton Guedes e Silvia Fraiha. A animação é graciosa e também merece crédito por embutir na trama um viés político ao ilustrar, através da aventura musical de Abá, a luta da juventude contra a tirania dos que usam o poder para tentar tolher a liberdade do povo em proveito próprio. Capa do EP com a trilha sonora da animação ‘Abá e sua banda’ Divulgação Veja Mais

Contrato de exclusividade assinado pelos pais de Larissa Manoela é anulado pela Justiça

G1 Pop & Arte O acordo entre a produtora e a artista foi assinado em 2012, quando ela era menor de idade. Com a decisão desta quarta-feira (16), Larissa passa a ter controle de contas e canais que exibiam produções suas, mas que eram controlados pela empresa Deck Produções Artísticas Ltda. Larissa Manoela Reprodução/TV Globo O Juiz Mário Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), determinou a rescisão do contrato de exclusividade entre Larissa Manoela e a empresa Deck Produções Artísticas, nesta quarta-feira (16). O acordo firmado em 2012, quando a artista tinha 11 anos, foi assinado por seus pais e tinha longa duração. Com a decisão, a Deck Produções terá que entregar à Larissa os logins e senhas das contas e canais que operava no Youtube e Spotify e exibiam conteúdos produzidos pela artista. Larissa Manoela assume comando da própria carreira após ficar 18 anos sob a tutela dos pais Ao longo do processo, a empresa alegou que a rescisão só poderia acontecer com a anuncia dos pais de Larissa. Contudo, o juiz considerou que "a autora já atingiu a maioridade, sendo plenamente capaz para os atos da vida civil, inclusive para contratar e rescindir contratos". Com a decisão, a empresa também está proibida de exibir ou vincular os materiais produzidos por Larissa durante a vigência do contrato. O magistrado também determinou o pagamento de multa de R$ 5 mil e R$ 15 mil em caso de descumprimento das determinações. "Declarar a extinção (por resilição, e não por rescisão) do contrato de exclusividade para fixações e de cessão de direitos sobre interpretações fixadas firmado entre as partes, condenando a ré a não mais vincular ou se utilizar de materiais da autora", dizia um trecho da decisão. O juiz também reforçou que os pais da artista não eram partes no contrato, mas sim seus representantes, o que não foi considerado como irregular. Por conta disso, a decisão não aceitou o pedido de indenização por danos morais pretendida por Larissa. Relembre o caso Larissa Manoela Em agosto de 2023, a atriz e cantora Larissa Manoela, famosa desde os quatro anos, revelou em entrevista exclusiva ao Fantástico que estava abrindo mão de todo o patrimônio que acumulou em 18 anos de carreira por causa de uma briga com o pai e a mãe. Larissa Manoela rompe com os pais e abre mão de patrimônio estimado em R$ 18 milhões Na ocasião, ela contou que não tinha acesso no dia a dia ao próprio dinheiro e relatou brigas envolvendo, entre outras coisas, pedidos negados de transferência por PIX. 'Lei Larissa Manoela': entenda projeto que pode limitar acesso dos pais a dinheiro dos filhos Em novembro daquele ano, a atriz conseguiu formalizar a saída da empresa que mantinha com os pais. Ela tentava deixar a sociedade desde março de 2023, mas os pais se recusavam a permitir. Na sociedade estavam Silvana de Jesus (49%), Gilberto Elias (49%) e Larissa Manoela (2%), à época. Em 19 de junho de 2017, uma redistribuição passou para 33% para cada uma das partes em uma alteração de sócios/titular/diretoria. Já em março de 2020, as quotas passaram novamente a 49% para cada um dos pais e 2% para Larissa. Veja Mais

'Manas', que acumula 20 prêmios e retrata violência na Amazônia, tem pré-estreia em Belém

G1 Pop & Arte Primeira exibição foi na cidade onde o longa foi gravado em 2022. Nesta quarta (16), diretora e elenco voltaram aos locais de gravação. "Manas" tem pré-estréia em Belém O filme “Manas” teve pré-estreia em Belém com participação de Dira Paes, Fafa de Belém, convidados e elenco local que compõe a história que se passa nas águas do Rio Tajapuru, na ilha do Marajó e conta a história de Marcielle, a Tielle, uma menina de 13 anos que decide confrontar a rede de violação dos direitos humanos na região. Exibido em duas salas, o filme foi aclamado e aplaudido por minutos na cidade onde foi gravado. Nesta quarta-feira (16), a protagonista voltou à casa construída na Ilha do Combu, em Belém, e que compôs um dos locais de gravação em 2022. “Estou emocionada de estar aqui, porque foi onde tudo começou". Em Manas, o público acompanha o cotidiano de crianças e adolescentes marcado por histórias reais de violência e recebe o convite à reflexão a partir do ato de coragem da protagonista, que denúncia o que vive. "Acho que Manas vai servir como porta-voz para mulheres e meninas que não têm voz", afirma a paraense Jamilli Corrêa, que estreia como atriz na personagem de Tielle. A estreia nos cinemas será em 15 de maio, mas o longa de Marianna Brennand já acumula 20 prêmios, incluindo o GDA Director’s Award, principal prêmio da Giornate Degli Autori, no Festival de Veneza. MANAS' filme de estreia da diretora Marianna Brennand ganha trailer "Esse filme poderia se passar em qualquer lugar, porque o abuso não é uma questão Amazônica, é universal", afirma Dira Paes. Ela faz a delegada Aretha, inspirada em duas pessoas reais. Uma delas, a ativista irmã Henriqueta. "Emociona ver nosso trabalho contra a exploração sexual no Pará nas telas, alcançando tanta gente", afirma Henriqueta. Imagem do filme Manas, de Marianna Brennand, que abre a 15ª edição do festival Janela Internacional de Cinema no Recife Reprodução/Manas/Marianna Brennand Conversa com Fafa de Belém inspirou diretora 'Manas': Filme que se passa no Marajó tem pré-estreia em Belém O filme nasceu de uma conversa entre a diretora Mariana Brennand e a cantora Fafa de Belém há 10 anos. "Falei para a Mariana que tava perturbada com uma história. Ela disse: 'eu vou lá'. Alertei: 'ali é terra de ninguém'. Ela foi assim mesmo", relembra Fafá. Coproduzido por Globo filmes e Canal brasil, 'Manas' é o primeiro longa de ficção de Mariana Brennand. "A Marcielle pega tua mão e te coloca no coração dela. Espero que saiam emocionados, com vontade de falar, de quebrar silêncios, de abraçar uma mana e dizer: ‘tô aqui, tamo junto’.", diz a diretora. ‘Manas’ recebe prêmio máximo da Jornada dos Autores, mostra paralela à competição principal do Festival de Veneza Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM: Diretora Marianna Brennand vai receber prêmio Women In Motion no Festival de Cannes 2025 'Manas', de Marianna Brennand, vence o GdA Director’s Award no Festival de Veneza Veja mais informações do Pará no g1 Veja Mais

Justiça do Reino Unido decide que definição legal de mulher se refere ao sexo biológico

G1 Pop & Arte De acordo com o jornal 'New York Times', essa decisão pode ter consequências de longo alcance sobre como a lei é aplicada a espaços de gênero único, reivindicações de igualdade salarial e políticas de maternidade. Corte do Reino Unido define mulher apenas pelo sexo biológico A Suprema Corte do Reino Unido decidiu na quarta-feira (16) que mulheres trans não se enquadram na definição legal de mulheres segundo a legislação de igualdade do país. O julgamento histórico afirmou que a definição legal de mulher é baseada no sexo biológico. De acordo com o jornal “New York Times”, essa decisão pode ter consequências de longo alcance sobre como a lei é aplicada a espaços de gênero único, reivindicações de igualdade salarial e políticas de maternidade. A ação ocorre após anos de batalha jurídica sobre se mulheres transgênero podem ser consideradas mulheres sob a Lei da Igualdade britânica de 2010, que visa prevenir a discriminação. Trump proíbe mulheres trans em prisões femininas; risco de crime sexual contra transgêneros na cadeia é 10 vezes maior Sandra Cohen: Trump remove termos como gay, lésbica, transgênero, bissexual e LGBTQ dos sites da Casa Branca e de agências federais 'Agora só existem dois gêneros: masculino e feminino', diz Trump em discurso de posse Suprema Corte britânica afirma que definição legal de mulher se refere ao sexo biológico REUTERS/Maja Smiejkowska Ao anunciar a decisão na quarta-feira, o vice-presidente do tribunal, Lord Hodge, disse: “A decisão unânime deste tribunal é que os termos ‘mulher’ e ‘sexo’ na Lei da Igualdade de 2010 se referem a mulheres biológicas e sexo biológico”. No entanto, ele acrescentou: “Aconselhamos não interpretar esta sentença como um triunfo de um ou mais grupos em nossa sociedade às custas de outro, não é”. Ele disse que a decisão “não causa desvantagem às pessoas trans” porque elas têm proteção sob leis antidiscriminação e de igualdade. Lord Hodge iniciou seus comentários reconhecendo o debate nacional sobre os direitos e proteções dos transgêneros e descreveu as pessoas trans como uma "minoria vulnerável e frequentemente assediada", ao mesmo tempo em que observou que as mulheres lutaram por séculos por direitos iguais. Hodge acrescentou ainda que "Não é tarefa deste tribunal formular políticas sobre como os interesses desses grupos devem ser protegidos", mas sim "apurar o significado da legislação que o Parlamento promulgou". De acordo com o "New York Times", ele solicitou que o tribunal permanecesse em silêncio durante a leitura da sentença, mas houve suspiros de espanto quando decisão foi anunciada. Ativistas do For Women Scotland, o grupo ativista que havia interposto a ação judicial, iniciaram uma salva de palmas e se abraçaram ao final da audiência. Trump determina que mulheres trans presas cumpram pena em prisões para homens Veja Mais

The Town terá novo palco e receberá shows de MC Hariel, Black Pantera, Kayblack e Criolo

G1 Pop & Arte Chamado de Quebrada, espaço tem o cantor Belo como embaixador. Festival acontecerá nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro. MC Hariel no Encontro das Tribos 2023 neste sábado (21) em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 O The Town 2025 terá um novo palco, o Quebrada. O anúncio foi feito nesta terça-feira (15), em nota enviada pela equipe do festival, que acontecerá nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro. Com o cantor Belo como seu embaixador, o palco será voltado à música brasileira. Neste ano, o Quebrada têm nomes como MC Hariel, Black Pantera, Kayblack e Criolo entre as atrações. O festival também terá os shows de Katy Perry, Mariah Carey, Green Day e Iggy Pop. Veja Mais

Gang do Eletro amplia volta à cena com álbum no embalo retrô do tecnobrega que fez a fama da banda paraense

G1 Pop & Arte A banda Gang do Eletro lança o álbum ‘No embalo do tecnobrega’ com músicas inéditas como ‘Baladeira’ Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ De volta à cena desde dezembro de 2023, a Gang do Eletro tenta consolidar o retorno aos palcos com o lançamento do álbum No embalo do tecnobrega. Em rotação desde sexta-feira, 11 de abril, o álbum reforça no título a identidade da banda paraense com o gênero musical do norte que alicerçou a trajetória da Gang entre 2008 e 2018. Nessa década, a banda amplificou para o Brasil o som rotulado como eletromelody, abordagem pop do brega tocado nas aparelhagens de Belém (PA), capital do Pará e do gênero. No álbum No embalo do tecnobrega, Waldo Squash, Keila Gentil, Maderito e Will Love apresentam músicas inéditas como Baladeira, Eu me amo e Endoida na balada ao mesmo tempo em que reciclam composições já presentes nos roteiros dos shows da Gang, casos de Seu Vavá, Planeta tecno e Eta menina danada. A intenção da Gang do Eletro foi apresentar com “olhar atual” a um repertório composto em paradoxal clima de revival do gênero musical paraense. Capa do álbum ‘No embalo do tecnobrega’, da Gang do Eletro Divulgação Veja Mais

INXS celebra 40 anos de álbum clássico, aceita comparação com Maroon 5 e exalta Rock in Rio 91

G1 Pop & Arte Ao g1, guitarrista e saxofonista comenta edição deluxe de 'Listen Like Thieves', que mudou grupo de patamar. 'Não éramos uma banda que soava como o AC/DC, todo disco igual.' O vocalista Michael Hutchence e o guitarrista Kirk Pengilly em show do INXS Divulgação/Universal Music Os australianos do INXS já tinham quatro álbuns lançados entre 1980 e 1984 quando saiu "Listen Like Thieves". Mas foi este disco, que ganha edição deluxe cheia de conteúdos inéditos, que mudou a banda de patamar. Liderados pelo mais que carismático vocalista Michael Hutchence (1960-1997), a banda de pop funk rock se tornou onipresente nas rádios e na MTV. As plateias da banda começaram a ficar gigantes a partir de "What You Need", seu primeiro grande sucesso fora da Austrália. Ao g1, o guitarrista e saxofonista Kirk Pengilly fala sobre o relançamento do álbum em comemoração aos 40 anos do lançamento. Ele fala sobre como a banda influência o Maroon 5 e relembra os shows "eletrizantes" no Rock in Rio, em 1991. "A plateia se comportou como se estivesse em um jogo de futebol, com todos cantando as partes musicais juntos." Veja os trechos principais da entrevista: G1 - O que você acha que fez este álbum se destacar em comparação com outros da mesma época? Kirk Pengilly - Acho que nos diferenciamos de várias maneiras. Nossos discos tinham músicas bastante diferentes umas das outras. Não éramos uma banda que era como o AC/DC, todo disco soando igual. Sempre estávamos experimentando e tentando coisas diferentes. Cada álbum era uma oportunidade para explorar novos sons e estilos. Por exemplo, em um álbum podíamos ter uma música com influências de funk, enquanto em outro podíamos ter uma faixa mais rock. Essa diversidade musical nos permitiu atrair diferentes públicos e manter nossa música fresca e interessante ao longo dos anos. G1 - E como você acha que o som da banda envelheceu? Você acredita que a música do INXS ainda faz sentido hoje? Kirk Pengilly - Sim, especialmente com uma música como "What You Need". Acho que encontramos nosso som com este álbum. Antes disso, estávamos ainda experimentando e tentando descobrir qual era a nossa identidade musical. Com "What You Need", sentimos que conseguimos capturar a essência do que queríamos expressar. Foi um processo de amadurecimento, onde aprendemos a combinar influências e criar algo único. Esse álbum marcou um ponto de virada, em que sentimos que tínhamos encontrado nosso lugar na indústria musical. G1 - Até que ponto o sucesso de 'What You Need' foi um termômetro para entender o tipo de som que vocês queriam fazer e que o público queria ouvir? Kirk Pengilly - Nunca fizemos música pensando no que o público queria ouvir. Fazíamos música para nós mesmos. Basicamente, ouvíamos todas as nossas demos e músicas e escolhemos as que amávamos, encaixando-as juntas de forma orgânica. "What You Need" foi a última música que gravamos para o álbum, e inicialmente ela foi deixada de lado. Mas quando voltamos a ouvi-la, percebemos que ela era a peça que faltava no quebra-cabeça. Foi uma decisão intuitiva, baseada no que sentíamos que funcionava melhor para nós como banda. O sucesso foi uma agradável surpresa, mas nunca foi o nosso objetivo principal. G1 - Sou fã do uso de saxofone na música pop, mas percebi que muitas pessoas consideram cafona ou ultrapassado, embora esteja presente em sucessos mais recentes de artistas como Lady Gaga e Katy Perry. Por que você acha que o saxofone não é usado tanto na música de hoje? Kirk Pengilly - Acho que certas coisas entram e saem de moda. Os anos 80 foram uma época muito criativa e experimental, com bandas usando trombones, trompetes e outros instrumentos de orquestra. Eu comecei a tocar saxofone mais tarde, pois tínhamos três guitarristas na banda e todos não podiam tocar guitarra o tempo todo. "O saxofone é um instrumento versátil, pode soar agressivo, sexy, suave e melancólico. Escolhi o saxofone porque ele oferecia uma gama de emoções e texturas para enriquecer nossas músicas. Embora o saxofone não seja tão comum na música pop hoje, ele ainda tem seu lugar e pode adicionar um toque especial quando usado de maneira criativa." G1 - Bandas de pop funk rock como Maroon 5 foram comparadas ao INXS. Você vê alguma semelhança? Kirk Pengilly - Sim, o pessoal do Maroon 5 já disse que o INXS foi uma grande influência. Eles são uma banda interessante, com muitos hits e que experimenta diferentes estilos. É gratificante saber que nossa música inspirou outras bandas. O Maroon 5 tem uma abordagem semelhante à nossa. Eles também têm uma forte presença de palco e uma conexão genuína com seus fãs, algo que sempre valorizamos. LEIA MAIS: Counting Crows e os segredos de 'Mr. Jones' Cantor de 'Mmm mmm mmm mmm' explica letra G1 - O que você lembra do show no Rock in Rio de 1991, no Maracanã? Fizemos uma votação com jornalistas (clique para ver o top 40) e o show foi considerado um dos melhores da história do festival. Kirk Pengilly - Foi um show incrível. Tocamos depois da meia-noite, muito tarde, com cerca de 150 mil pessoas. O público estava muito animado… Talvez por uma questão de idioma, vocês falam português, então em vez de cantar as letras, os fãs cantavam os riffs das músicas, como em "Devil Inside". A plateia se comportou como se estivesse em um jogo de futebol, com todos cantando as partes msucais juntos. A energia do público foi indescritível, e isso nos motivou a dar o nosso melhor no palco. Lembro-me de como a multidão reagiu a cada nota, criando uma atmosfera eletrizante. Foi um dos momentos mais memoráveis da nossa carreira. Michael Hutchence, vocalista do INXS, no camarim da banda Divulgação/Universal Music G1 - Como foi viver e trabalhar de perto com o Michael Hutchence? O que foi mais desafiador e o que você mais sente falta dele? Kirk Pengilly - Sinto falta de tudo do Michael. Sempre fomos e ainda somos como uma família. Eram três irmãos na banda [Tim, Jon e Andrew Farris], então sempre tivemos uma conexão muito forte. Trabalhar com Michael era natural para nós, pois crescemos juntos na escola, escrevendo músicas e depois saindo em turnês. Michael tinha uma verdadeira paixão pela vida e queria experimentar tudo o que o mundo tinha a oferecer. Tudo com ele era muito pessoal. Ele fazia um contato visual constante, sendo uma pessoa incrível e um performer excepcional. Acho que ele é um dos melhores frontmen de todos os tempos e é muito querido por todos nós. Ele tinha uma sede de vida e queria tentar tudo o que podia no mundo. Ele realmente se dedicou a isso e acho que conseguiu ir fundo nessa busca. LEIA MAIS: Por que auge do Men At Work durou tão pouco? G1 - Como funciona o processo de aprovação de músicas do INXS para filmes e comerciais? Hoje, acredito que seja a maior fonte de renda para vocês, certo? Kirk Pengilly - Sim. Temos uma pessoa especial, que cuida disso e tenta colocar nossas músicas em diferentes projetos. Recebemos tudo por e-mail, pois moramos em diferentes partes do mundo. Se é algo para um filme ou comercial, geralmente recebemos uma ideia ou um vídeo em uma versão bem inicial. Daí, decidimos se é bom para nós e votamos entre nós se vamos liberar ou não. Se a maioria aprovar, liberamos. Recebemos muitas ofertas para filmes e comerciais, e é incrível pensar que nossas músicas ainda são tocadas em rádios pelo mundo. "Se você pensar bem, nos anos 80, não ouvíamos tantas músicas de 40 anos atrás naquela época, como as da era do swing, Frank Sinatra e coisas assim. Mas agora ouvimos músicas de todas as épocas. É realmente gratificante e uma honra que nossa música ainda seja ouvida e que possamos relançar álbuns como 'Listen Like Thieves' como se fossem novos." A banda australiana INXS Divulgação/Universal Music Veja também: 'How Bizarre', OMC e o hit mais bizarro da história: letra sobre preconceito foi feita em 15 minutos Quando eu hitei: OMC e o bizarro sucesso que tomou as paradas musicais VÍDEOS: AS HISTÓRIAS DE HITS DOS ANOS 80 E 90 Veja Mais

'Harry Potter': saiba quem são os atores confirmados na série

G1 Pop & Arte HBO divulgou parte do elenco da nova adaptação da saga de J.K. Rowling para TV. John Lithgow, que recebeu o Emmy por 'The Crown', e Michael Gambon como Dumbledore nos filmes 'Harry Potter' Frederic J. Brown/AFP e Divulgação A HBO divulgou nesta segunda-feira (14) parte do elenco da série "Harry Potter" que irá adaptar a saga de J.K. Rowling para a TV. John Lithgow será Dumbledore Janet McTeer será McGonagall Paapa Essiedu será Snape Nick Frost será Hagrid Luke Thallon será Quirrell Paul Whitehouse será Filch Luke Thallon será Quirino Quirrell Paul Whitehouse Argus Filch “Estamos muito felizes por termos um talento tão extraordinário a bordo e mal podemos esperar para vê-los dar nova vida a esses personagens tão amados", disseram Francesca Gardiner, showrunner e produtora executiva, e Mark Mylod, diretor de vários episódios e produtor executivo, em comunicado. Já os protagonistas - Harry, Ron, e Hermione - ainda não foram revelados. Mais de três mil crianças fizeram testes para os papéis principais. A HBO descreve a série como uma adaptação fiel da saga. "Explorando todos os cantos do mundo bruxo, cada temporada levará 'Harry Potter' e suas incríveis aventuras para públicos novos e antigos". 'Expresso de Hogwarts' não é anunciado em estação, e fãs de Harry Potter se decepcionam Veja Mais

Leci Brandão passa mal durante show em SP e é levada ao hospital

G1 Pop & Arte Cantora participava neste sábado (12) do festival Isso é Samba, no Parque Villa-Lobos, quando teve mal súbito. Ela foi retirada do palco por sua produção e transferida para o Hospital Samaritano Paulista. Leci Brandão antes de passar mal em apresentação no Festival Isso é Samba, em SP Reprodução/Instagram Isso é Samba Festival A cantora Leci Brandão, de 80 anos, precisou ser levada a um hospital de São Paulo após passar mal durante uma apresentação no festival Isso é Samba, no Parque Villa-Lobos, neste sábado (12). Em comunicado divulgado nas redes sociais, a equipe de Leci informou que ela "teve um pico de pressão e um consequente mal súbito". "Foi retirada do palco por sua produção, conduzida à ambulância UTI de remoção do evento, e transferida para o Hospital Samaritano Paulista", diz a nota. Ainda segundo o comunicado, Leci passou por exames e, após todos apresentaram resultados positivos, ela teve alta na noite de sábado (12). Comunicado sobre Leci Brandão Reprodução Leci Brandão Reprodução/Instagram Isso é Samba Festival Veja Mais

Dois anos após a morte do baterista Mamão, Azymuth anuncia para junho o álbum ‘Marca passo’ com dez músicas

G1 Pop & Arte Trio carioca presta tributo póstumo ao músico em samba inédito do disco em que toca com integrante do grupo inglês Incognito em tema de 1983. Remanescente da formação original do Azymuth, o baixista Alex Malheiros (ao centro) foram o trio com o baterista Renato Massa (à esquerda) e o tecladista Kiko Continentino Elisa Maciel / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Hoje faz exatos dois anos da morte do baterista da formação original do trio carioca Azymuth, Ivan Conti (16 de agosto de 1946 – 17 de abril de 2023), o Mamão. A data foi escolhida pela gravadora inglesa Far Out Recordings para comunicar que o primeiro álbum do Azymuth após a morte de Mamão se chama Marca passo e tem lançamento agendado para 6 de junho nos formatos de CD e LP (com vinil fabricado nas cores azul, vermelho e preto) e em edição digital. Com a música Arabutã (2024) já revelada em single editado em 13 de dezembro, o álbum Marca passo apresenta Samba pro Mamão entre as dez músicas que compõem o repertório autoral do disco formatado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) pelo produtor musical Daniel Maunick, colaborador recorrente na discografia do grupo. No álbum, o baixista Alex Malheiros (único remanescente da formação original do Azymuth), o tecladista Kiko Continentino e o baterista Renato Massa soam fiéis ao mix de samba, funk e jazz que identifica o trio carioca no mapa-múndi musical. Capa do álbum ‘Marca passo’, do grupo Azymuth Divulgação No álbum Marca passo, o Azymuth apresenta composições inéditas – Belenzinho, Crianças valentes e Marca tempo, entre elas – e recicla Last summer in Rio (José Roberto Bertrami), tema lançado pelo próprio grupo no álbum Telecomunication (1983), com o toque da guitarra de Jean Paul Bluey Maunick, integrante da banda britânica de acid jazz Incognito. Andaraí, Fantasy ’82, O mergulhador e Togu são outras músicas presentes no repertório de Marca passo, primeiro álbum do Azymuth desde Fênix (2016), disco lançado há nove anos. Antes mesmo do lançamento do álbum Marca passo em 6 de junho, o Azymuth faz turnê por nove cidades de sete países da Europa entre 7 e 31 de maio. Na sequência, de 20 a 29 de junho, o trio se apresenta no Canadá e nos Estados Unidos. Enfim, sem se deixar abater pelas mortes de Mamão e do também fundador José Roberto Bertrami (1946 – 2012), tecladista que saiu de cena há 13 anos, o Azymuth segue em frente, sem marcar passo... O trio Azymuth lança em 6 de junho o álbum ‘Marca passo’, gravado com produção musical de Daniel Maunick Elisa Maciel / Divulgação Veja Mais

Caso Erika Hilton: transfobia é crime no Brasil e em alguns estados dos EUA; veja regras em cada país

G1 Pop & Arte Deputada recebeu visto que a trata como homem, contra sua identificação. Segundo a equipe da parlamentar, não há como questionar juridicamente o documento, já que se trata de um ato de soberania do governo americano. Deputada Erika Hilton (PSOL) Mário Agra/Câmara dos Deputados A deputada federal brasileira Erika Hilton (PSOL) disse que o governo dos EUA cometeu "transfobia de Estado" após receber um visto de entrada para um evento no país com o gênero masculino. Erika Hilton se identifica como mulher e é a segunda pessoa trans a integrar a Câmara dos Deputados. O caso de Erika Hilton é reflexo de uma ofensiva do governo Trump contra o que ele chama de “ideologia de gênero radical”. Ele determinou que o governo considerasse apenas dois gêneros - masculino e feminino -, e assinou várias medidas para, em suas palavras, "deter a loucura transgênero". Segundo a equipe da parlamentar, não há como questionar juridicamente o documento, pois se trata de um ato de soberania do governo federal americano. Erika Hilton recusou-se a viajar ao receber o documento em desacordo com sua autodeterminação de gênero como mulher. Mesmo que o caso do visto não tenha consequências jurídicas diretas, ele levanta dúvidas sobre como cada país trata a transfobia atualmente. Veja abaixo as diferenças: Brasil O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou em agosto de 2023 que atos de transfobia sejam igualados ao crime de injúria racial. E quem os fizer não tem direito a fiança, nem limite de tempo para responder judicialmente. Em 2019, o STF já tinha reconhecido o crime de transfobia, mas deveria ser enquadrado como crime de racismo. Quatro anos depois, ampliou a proteção e determinou que as ofensas deverão ser punidas como injúria racial. A diferença entre os dois é: crime de racismo - é um ato de discriminação contra um grupo ou coletividade; Injúria racial - é uma ofensa à dignidade de uma única pessoa. Ambos os crimes são inafiançáveis e não prescrevem. A pena é de prisão de dois a cinco anos, que pode ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. STF determina que atos de homofobia e transfobia contra indivíduos sejam punidos como injúria racial Estados Unidos Os EUA aplicam leis federais contra crimes de ódio, que podem abranger crimes cometidos com base em raça, cor, religião, nacionalidade, orientação sexual, gênero, identidade de gênero ou deficiência. Mesmo com a ofensiva de Trump contra a regras de proteção de pessoas transgênero no âmbito federal, a interpretação e a aplicação de leis contra crimes de ódio com a proteção da identidade de gênero variam entre as jurisdições estaduais. Abaixo, veja onde atos contra a orientação sexual, gênero e sexo, e identidade de gênero (onde pode ser incluída a transfobia) são considerados crimes de ódio. No levantamento, se a bolinha estiver preta, é visto como crime; se estiver branca, não. Um dos estados que inclui ataques à identidade de gênero dentro dos crimes de ódio é Massachusetts, onde acontece o evento para o qual Erika Hilton foi convidada. Crimes de ódio nos estados norte-americanos ❌ Extinção de programas de diversidade A forma como o documento foi emitido é resultado das políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Desde seu primeiro discurso de posse, ele prometeu a extinção de programas de diversidade e reiterou que alterará políticas federais sobre gênero nos Estados Unidos. Na fala, em 20 de janeiro, o republicano misturou conceitos sobre gênero e sexo biológico. "Esta semana, também porei fim à política governamental de tentar incorporar socialmente a raça e o gênero em todos os aspectos da vida pública e privada. Vamos forjar sociedade que não enxergará duas cores e será baseada no mérito. Será política oficial dos EUA que existam apenas dois gêneros, masculino e feminino", afirmou ele. Donald Trump faz seu primeiro discurso como o 47º presidente eleito dos EUA Veja todas as medidas assinadas por Trump desde que assumiu: 20 de janeiro: palavras e expressões em desacordo com a nova política de dois gêneros foram removidas de sites federais, como gay, lésbica, bissexual, LGBTQ, HIV, orientação sexual e transgênero. 22 de janeiro: Casa Branca ordenou o fechamento dos programas de diversidade do governo federal e colocou seus funcionários em licença remunerada. 24 de janeiro: o governo determinou que mulheres trans presas passem a cumprir pena em cadeias para homens. No dia 4 de fevereiro, a Justiça americana, no entanto, suspendeu a decisão. 25 de janeiro: suspensão da emissão de passaportes com o gênero "X" para pessoas que se identificam como não binárias. 27 de janeiro: Trump assinou ordem que abria portas para o banimento de soldados abertamente transgênero no Exército do país. Exatamente um mês depois, o Pentágono anunciou que começaria a removê-los nos próximos 30 dias, mas uma juíza federal suspendeu a ação no dia 18 de março. 28 de janeiro: restrição de transições de gênero para menores de 19 anos. 29 de janeiro: Trump assina ordem executiva para acabar com fundos para disciplinas que abordam racismo e teoria de gênero nas escolas. 5 de fevereiro: proibição da participação de meninas e mulheres transgêneros em eventos esportivos femininos em escolas e faculdades - nesta quarta-feira (16), o governo anunciou que vai processar o estado do Maine por não cumprir ordem. Gênero masculino no visto de deputada trans é reflexo de ordem assinada por Trump no 1º dia de mandato *Com colaboração de Juliana Maselli Veja Mais

Michelle Trachtenberg, de 'Gossip Girl' e 'Buffy', morreu por complicações de diabetes

G1 Pop & Arte Atriz morreu aos 39 anos em fevereiro. Pouco antes, ela tinha passado por um transplante de fígado. Michelle Trachtenberg em 'Eurotrip - Passaporte para a confusão' (2004) Divulgação A atriz Michelle Trachtenberg morreu "naturalmente" por complicações de diabetes, segundo afirmou o Gabinete do Médico Legista Chefe da cidade de Nova York ao site Deadline nesta quarta-feira (16). A americana, conhecida por papéis em "Gossip Girl" e "Buffy: A caça-vampiros", morreu aos 39 anos em fevereiro. A mãe de Trachtenberg encontrou a filha no apartamento onde ela morava, em Nova York, e chamou a polícia e os paramédicos. Os policiais nunca suspeitaram de crimes. Trachtenberg tinha passado por um transplante de fígado pouco antes da morte. O Gabinete da cidade inicialmente afirmou que não realizaria autópsia, porque a família havia pedido por motivos religiosos. Com isso, a causa da morte não poderia ser determinada. No entanto, após resultados de exames de laboratório, a causa da morte foi atualizada. Carreira Trachtenberg começou a carreira ainda na infância, com seu primeiro papel na série "As Aventuras de Pete & Pete", da Nickelodeon. Seu primeiro papel de destaque foi como a protagonista do filme "A Pequena Espiã", em 1996. Michelle ganhou fama após estrelar várias produções famosas nos anos 2000, como a série "Buffy: A caça-vampiros", em que interpretou Dawn Summers, irmã da protagonista vivida por Sarah Michelle Gellar. No cinema, seus papéis mais conhecidos foram como Jenny, na comédia "Eurotrip - Passaporte para a confusão", e como Penny, no filme "Inspetor Bugiganga". Também estrelou "Sonhos no Gelo", da Disney, com Joan Cusack e Kim Cattrall. Uma das personagens mais importantes de sua carreira foi Georgina Sparks, na série "Gossip Girl". Ela chegou a reprisar a vilã no reboot, em 2023. Michelle Trachtenberg em cena de 'Gossip Girl' Divulgação Assista o vídeo abaixo, que fala sobre o retorno de séries antigas. Semana Pop fala sobre o retorno de séries antigas em novas versões Veja Mais

JK Rowling elogia decisão do Reino Unido sobre definição legal de mulher baseada no sexo biológico

G1 Pop & Arte Autora da saga ‘Harry Potter’ agradeceu ao grupo ativista For Women Scotland pelo que ela considerou uma vitória. ‘Estou muito orgulhosa de conhecer vocês’. Corte do Reino Unido define mulher apenas pelo sexo biológico JK Rowling se pronunciou nesta quarta-feira (16) sobre a decisão da Justiça do Reino Unido sobre definição legal de mulher baseada no sexo biológico. A autora da saga “Harry Potter” agradeceu ao grupo ativista For Women Scotland pela vitória. “Foram necessárias três mulheres escocesas extraordinárias e tenazes, com um exército por trás delas, para que este caso fosse ouvido pela Suprema Corte e, ao vencer, elas protegeram os direitos das mulheres e meninas em todo o Reino Unido. For Women Scotland, estou muito orgulhosa de conhecer vocês”, escreveu em seu perfil em uma rede social. Após ter feito essa publicação, a autora voltou a falar sobre o assunto, respondendo ao comentário de que ela estaria feliz ao ver pessoas com as quais discorda perderem quaisquer direitos que poderiam ter tido. “Pessoas trans não perderam nenhum direito hoje, embora eu não duvide que algumas (não todas) ficarão furiosas porque a Suprema Corte manteve os direitos das mulheres baseados no sexo”, respondeu. Nos último anos, JK Rowling assumiu uma postura aberta contra mulheres trans, alegando que elas "não eram mulheres". JK Rowling elogia decisão da Justiça do Reino Unido sobre definição legal de mulher baseado no sexo biológico Reprodução/X Decisão da Suprema Corte do Reino Unido Nesta quarta, a Suprema Corte do Reino Unido decidiu que mulheres trans não se enquadram na definição legal de mulheres segundo a legislação de igualdade do país. A ação ocorre após anos de batalha jurídica sobre se mulheres transgênero podem ser consideradas mulheres sob a Lei da Igualdade britânica de 2010, que visa prevenir a discriminação. Ao anunciar a decisão, o vice-presidente do tribunal, Lord Hodge, disse: “A decisão unânime deste tribunal é que os termos ‘mulher’ e ‘sexo’ na Lei da Igualdade de 2010 se referem a mulheres biológicas e sexo biológico”. No entanto, ele acrescentou: “Aconselhamos não interpretar esta sentença como um triunfo de um ou mais grupos em nossa sociedade às custas de outro, não é”. Ele disse que a decisão “não causa desvantagem às pessoas trans” porque elas têm proteção sob leis antidiscriminação e de igualdade. As integrantes do For Women Scotland, o grupo ativista que havia interposto a ação judicial, iniciaram uma salva de palmas e se abraçaram ao final da audiência. Veja Mais

George R. R. Martin e os lobos-terríveis: autor de 'Game of Thrones' se inspirou em espécie e investe em desextinção

G1 Pop & Arte Empresa americana diz ter trazido de volta o lendário lobo-terrível, extinto há mais de 10 mil anos. George R. R. Martin, escritor dos livros que levaram à série "Game of Thrones", é investidor e consultor da Colossal O Fantástico deste domingo (13) mostrou detalhes por trás da Colossal, empresa americana que diz ter trazido de volta o lobo-terrível, animal extinto há mais de 10 mil anos. E um detalhe curioso chama a atenção nesta história: George R. R. Martin, autor dos livros que inspiraram a série "Game of Thrones", é investidor e consultor da empresa. A conexão faz sentido — afinal, o lobo-terrível é uma das criaturas mais icônicas do universo da aclamada série americana. Cena de Game of Thrones com lobo-terrível Reprodução/TV Globo Veja Mais

Leonardo recicla ‘lados B’ do próprio repertório em gravação ao vivo de show programado para maio em São Paulo

G1 Pop & Arte Leonardo faz o registro audiovisual do show ‘Uma história sem fim’ em 22 de maio em São Paulo (SP) Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Ainda movimentada, a agenda de Leonardo sempre inclui shows feitos em cidades grandes e também em municípios menores situados no vasto interior do Brasil. Contudo, o nome do cantor já não ostenta a força mercadológica da década de 1990 e dos anos 2000. A próxima gravação audiovisual do artista goiano – agendada para 22 de maio em show no Espaço Unimed, na cidade de São Paulo (SP) – é tentativa de injetar algum ânimo em carreira que já totaliza mais de 40 anos, se contabilizado o tempo da dupla Leandro & Leonardo. A gravação ao vivo dará origem ao álbum intitulado Uma história sem fim. A intenção do cantor é reciclar o próprio repertório, com ênfase nos chamados lados B, termo que designa músicas menos propagadas nas rádios e nas TVs, mas ainda assim conhecidas pelo público fiel do artista. Com produção musical de Newton Fonseca, Uma história sem fim será a primeira gravação solo de Leonardo em sete anos. O último álbum somente do cantor, Canto, bebo e choro – Ao vivo, foi gravado em abril de 2018, também em show em São Paulo (SP), e lançado em agosto daquele ano. Veja Mais

Lisa e Jennie, do Blackpink, levam shows solo ao Coachella e comprovam força do k-pop

G1 Pop & Arte Elas se apresentaram pela 1ª vez como artistas solo diante de multidões no festival que aconteceu na Califórnia. Grupo das cantoras foi o primeiro do pop coreano a ser headliner. Jennie, do Blackpink, se apresenta no Coachella 2025 Amy Harris/Invision/AP Lisa e Jennie, do Blackpink, se apresentaram pela primeira vez como artistas solo diante de multidões no festival Coachella no primeiro fim de semana de festival, na sexta-feira e no domingo (13). Elas mostraram a força do K-pop, o pop coreano que mistura estilos como música dançante, R&B e rap. As duas retornam ao evento no segundo fim de semana, entre sexta (18) e domingo. Lisa rebolou ao som marcante de sua música "Money", vestindo um traje vermelho e sob luzes de mesma cor. Outras apresentações de K-pop no Coachella incluíram o ENHYPEN, um grupo masculino sul-coreano com sete integrantes, que se apresentou no sábado; e o XG, acrônimo de Xtraordinary Girls, grupo feminino japonês baseado na Coreia do Sul, no domingo. Sinalizando o crescente interesse dos Estados Unidos pelo K-pop nos últimos anos, o Blackpink fez história no Coachella duas vezes: em 2019, foi o primeiro grupo de K-pop liderado por mulheres a se apresentar no festival; em 2023, o grupo foi o primeiro headliner de K-pop da história. Blackpink durante apresentação no Coachella 2023 Frazer Harrison/Getty Images North America/Getty Images via AFP Começando com o trio de hip-hop Epik High em 2016, o Coachella tem trazido mais artistas coreanos para o cenário do festival, incluindo Aespa, alguns membros do DPR (Dream Perfect Regime), LE SSERAFIM, ATEEZ e The Rose. "Alter Ego" é o primeiro álbum de estúdio solo de Lisa desde que a cantora tailandesa deixou a YG Entertainment em 2023, juntando-se à RCA Records, dentro da Sony Music. A popstar também passou a ser ainda mais falada após integrar o elenco da terceira temporada da série "White Lotus". A cantora de 28 anos continuará gravando para a Interscope como parte do Blackpink, com suas colegas Jennie, Rosé e Jisoo. O álbum tem 15 faixas que incorporam os gêneros hip-hop, electropop e trap e conta com a participação dos cantores Raye, Doja Cat, Tyla, Rosalía, Future e Megan Thee Stallion. Jennie também optou por ter uma carreira musical independente, lançando seu primeiro single "Solo" em 2018 com a YG Entertainment e a Interscope. A artista de 29 anos fez sua estreia como atriz na série Max "The Idol" em 2023. VÍDEO: Fantástico foi a Seul entender por que o k-pop conquistou o Brasil Fantástico vai a Seul entender por que o k-pop conquistou o Brasil e o mundo Veja Mais

'Um gênio das letras': as reações à morte de Mario Vargas Llosa

G1 Pop & Arte Escritor peruano morreu neste domingo (13), aos 89 anos. Causa da morte não foi informada. Mario Vargas Llosa assume cadeira na Academia Francesa Emmanuel Dunand/AFP "Um gênio das letras" e "um mestre universal da palavra". As reações à morte do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa se sucederam do Peru, onde foi decretado um dia de luto nacional, ao exterior. Luto nacional no Peru A presidente do Peru, Dina Boluarte, lamentou o falecimento e afirmou que "seu gênio intelectual e sua vastíssima obra permanecerão como um legado imperecível para as futuras gerações". O governo peruano decretou "Luto Nacional no dia 14 de abril" e anunciou que posicionaria as bandeiras a meio mastro nas instituições públicas, segundo um Decreto Supremo divulgado à meia-noite. O escritor peruano Alfredo Bryce Echenique, amigo de Vargas Llosa, afirmou que sua partida é "um luto para o Peru". "Ninguém nos representou tanto quanto ele no mundo por sua obra em geral, sua teimosia, sua limpeza, sua enormidade", acrescentou. Morre aos 89 anos o escritor Mario Vargas Llosa América Latina O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, descreveu Vargas Llosa como "mestre da palavra, grande cronista da América Latina e intérprete exponencial de suas rotas e destinos". Ele acrescentou que "sua profusa e profunda obra literária permanece como um enorme legado para a América Latina e o mundo". "Mario Vargas Llosa faleceu, o mestre dos mestres. Nos deixa obra, admiração e exemplo. Nos deixa um rumo para o futuro", escreveu no X o ex-mandatário colombiano Álvaro Uribe. "Mario Vargas Llosa foi um escritor gigante, que descreveu a América Latina com uma caneta de lágrimas reais em uma ficção delicada e questionadora", declarou no X o presidente chileno, Gabriel Boric. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou em coletiva de imprensa que "além das diferenças políticas, sempre devemos reconhecer a grandeza de um escritor". Estados Unidos "Entristecido ao saber do falecimento do grande escritor e intelectual peruano Mario Vargas Llosa", comentou na rede X o subsecretário de Estado americano, Christopher Landau, que destacou que "seus temas e interesses eram atemporais e universais, como foi reconhecido pelo seu Prêmio Nobel de Literatura". Espanha O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, descreveu Vargas Llosa como um "mestre universal da palavra". "Meu agradecimento como leitor por uma obra imensa, por tantos livros essenciais para entender o nosso tempo. Em nome do Governo da Espanha, envio minhas condolências à família e amigos e à grande comunidade de leitores e leitoras em todo o mundo", escreveu no X. O ministro da Cultura, Ernest Urtasun, destacou "um dos grandes nomes da literatura universal" durante uma entrevista televisiva. "Todos nós temos um livro de Vargas Llosa em nossas memórias de jovens leitores." A Casa Real da Espanha publicou no X uma foto do escritor com o rei e a rainha, agradecendo-lhe por "sua imensa obra". "O Olimpo das letras universais abriu suas portas para ele", acrescentou. Em Madri, a Casa de América lamentou no X a morte de uma "figura emblemática do boom latino-americano" e destacou que a carreira do autor "foi marcada pela paixão pela literatura e pelo compromisso de explorar a condição humana por meio de suas histórias". O diretor do Instituto Cervantes, Luis García Montero, agradeceu pela carreira "exemplar" do autor, a "qualidade de seus romances e pela lucidez de seus ensaios". França O presidente da França, Emmanuel Macron, prestou sua "homenagem" ao escritor nesta segunda-feira (14), quando o descreveu como um "gênio das letras". Vargas Llosa "pertenceu à França, através da Academia (Francesa), através de seu amor por nossa literatura (...) Com sua obra, ele opôs a liberdade ao fanatismo, a ironia aos dogmas, um ideal tenaz diante das tempestades do século", escreveu ele no X. O autor peruano tornou-se, em 2023, o primeiro escritor sem uma obra original em francês a entrar para a Academia Francesa. A instituição para a promoção da língua francesa, fundada em 1635, emitiu um comunicado para informar sua morte. "O secretário Perpétuo e os membros da Academia Francesa estão tristes em anunciar a morte de seu colega, Mario Vargas Llosa, que faleceu em 13 de abril de 2025 em Lima (Peru). Ele tinha oitenta e nove anos de idade. Ele foi eleito em 25 de novembro de 2021 para ocupar a cadeira de Michel Serres (18ª cadeira)". Fundação Gabo A Fundação Gabo, criada pelo escritor Gabriel García Márquez, lamentou no X "a morte de Mario Vargas Llosa, mestre da narrativa em espanhol e figura fundamental da literatura latino-americana. Acompanhamos sua família, amigos e leitores em seu luto". O autor peruano manteve uma estreita amizade com o escritor colombiano, que também fez parte do boom latino-americano. Mas o relacionamento entre eles terminou abruptamente com um soco do peruano, envolto em mistério. "Deixe que os biógrafos cuidem disso", disse Vargas Llosa sobre o incidente. Editora Alfaguara Pilar Reyes, diretora editorial da Divisão Literária da Penguin Random House e diretora editorial da Alfaguara, também reagiu à morte do autor. "É com infinita tristeza que recebemos a notícia da morte de Mario Vargas Llosa. Sua obra e seus pensamentos continuarão a nos iluminar. À sua família, minhas mais sinceras condolências. A Mario, toda a nossa gratidão por uma vida em que nos ajudou a ver mais longe", escreveu no X. Veja Mais

‘E.T.' hitou no espaço’': Katy Perry em voo da Blue Origin vira meme que resgata hit da cantora

G1 Pop & Arte Cantora viajou nesta segunda (14) em missão da Blue Origin, empresa de foguetes do fundador da Amazon. "E.T." é o quarto single do álbum "Teenage Dream". Katy Perry mostra cápsula antes de viagem ao espaço A participação de Katy Perry na missão espacial da Blue Origin nesta segunda (14) virou meme nas redes sociais. Nas publicações, os fãs reviveram o sucesso "E.T.", parceria de Katy Perry com Kanye West lançada em 2011, fazendo uma brincadeira com a estética espacial do videoclipe e a participação da cantora na viagem real em um foguete. "E.T." é o quarto single do álbum "Teenage Dream", o primeiro da cantora com cinco músicas em primeiro lugar na história parada principal de singles da "Billboard" nos EUA. Dirigido por Floria Sigismondi, o clipe mostra Katy Perry caracterizada como um ser extraterrestre. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Como foi a missão? A Blue Origin lançou com sucesso a nave New Shepard para uma viagem de turismo espacial com seis mulheres a bordo. Além de Katy Perry, estava presente a jornalista Lauren Sánchez — noiva do bilionário Jeff Bezos, dono da empresa de foguetes. O lançamento ocorreu às 10h31 (horário de Brasília), e tanto a cápsula quanto o foguete retornaram cerca de dez minutos depois. g1 transmitiu ao vivo: Katy Perry viaja ao espaço nesta segunda Ao deixar a nave após o pouso, Katy Perry beijou o chão. O voo foi suborbital, ou seja, a nave não escapou completamente da gravidade da Terra. Mesmo assim, a viagem tinha a previsão de ultrapassar a Linha de Kárman — marca de 100 km de altitude reconhecida como o início do espaço. A cantora comentou sobre a viagem neste domingo (13). "Algo maior que eu está guiando esta jornada", escreveu. Katy Perry mostra cápsula de viagem espacial Reprodução/Instagram Quem estava na missão? Katy Perry vai ao espaço com tripulação 100% feminina g1 A missão foi chamada de NS-31 por ser o 31º lançamento da nave New Shepard. Este foi o 11º voo da Blue Origin com passageiros. Ao todo, 52 pessoas já foram ao espaço com a cápsula, segundo a empresa. Fãs comparam viagem da Blue Origin com clipe de 'E.T' Reprodução/Youtube/Instagram Veja Mais

Haley Joel Osment, de 'O Sexto Sentido', é preso por embriaguez em resort

G1 Pop & Arte De acordo com a revista ‘People’, ator foi detido por 'intoxicação pública' e 'posse de substância controlada'. O caso aconteceu no começo de abril. Haley Joel Osment em foto após prisão nos Estados Unidos, em 08 de abril de 2025 Mono County Sheriff’s Office Haley Joel Osment, de “O Sexto Sentido”, foi preso em um resort de esqui depois que a polícia recebeu um relato de "conduta indisciplinada", segundo informações da revista “People”. Na dia 08 de abril, o ator de 37 anos foi autuado por suposta intoxicação pública e posse de substância controlada não identificada em Mammoth Lakes, Califórnia. Uma fonte policial disse para revista que a substância foi enviada para análise, mas “presume-se que, neste momento, seja cocaína”. Haley Joel Osment foi preso na área de esqui de Mammoth Mountain, no estacionamento do Mill Base Lodge, depois que as autoridades receberam uma ligação por causa da "conduta indisciplinada" de uma pessoa na montanha. O sargento Jason Heilman confirmou para “People” que Osment foi autuado e não está mais sob custódia. O incidente ainda está sob investigação. Na "mug shot", que são fotografias de pessoas fichadas pela polícia, o ator aparece sorrindo. Essa não é a primeira vez que o ator é preso por um crime relacionado a álcool. Em 2006, quando ele tinha 18, Osment foi acusado de dirigir embriagado após se ferir em um acidente de carro. Posteriormente, ele se declarou culpado de uma acusação de dirigir sob influência de álcool e de uma acusação de porte de maconha, sendo condenado a três anos de liberdade condicional. Veja Mais

'Pecadores' impressiona com ótima mistura de terror e conflitos raciais; g1 já viu

G1 Pop & Arte Filme que estreia nesta quinta-feira (17) é dirigido por Ryan Coogler, de 'Pantera Negra' e 'Creed'. Michael B. Jordan, habitual parceiro do cineasta, é o destaque do elenco com papel duplo de irmãos gêmeos "Pecadores", filme que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (17), oferece ao público um dos melhores exemplos de longas "2 por 1". Ele traz um interessante e envolvente drama racial protagonizado por dois irmãos que buscam superar as dificuldades para ter uma vida melhor e, também, uma história de suspense e terror da melhor qualidade. Algo que vai agradar aos fãs e mesmo aos que não se interessam tanto por esses gêneros. A inusitada mistura de estilos narrativos consegue a proeza de jamais parecer mal feita ou desequilibrada durante toda a duração do filme e faz com que os espectadores fiquem completamente absorvidos por tudo o que acontece na tela. Isso se deve ao fato de seus realizadores levarem sua proposta bastante a sério (mesmo que tenham inesperados momentos de humor), que é defendida por um elenco afiado e uma direção que sabe exatamente onde quer chegar. Assista ao trailer do filme "Pecadores" A trama é ambientada em 1932 e focada nos irmãos gêmeos conhecidos como Fumaça e Fuligem (ambos interpretados por Michael B. Jordan). Após uma temporada longe de casa, os dois voltam para sua cidade natal, Clarksville, no estado da Louisiana, em 1932. O plano deles é deixar o passado para trás e começar um novo negócio, com uma casa de blues. Com a ajuda de seu primo Sammie (Miles Caton) e de alguns amigos, os irmãos buscam trazer diversão para os habitantes do local e, no processo, lucrar com a venda de bebidas. Só que, na noite da inauguração do clube, Fumaça e Fuligem recebem a inesperada visita do misterioso Remmick (Jack O'Connell, de "Ferrari" e "Back to Black"), que tem intenções sombrias sobre a casa e todos que estão nela. Uma série de acontecimentos sinistros faz com que o laço que une os irmãos seja testado, ao mesmo tempo em que começa uma sangrenta batalha pela vida contra forças além da compreensão humana. Além da escuridão Quem está acostumado a ver filmes de terror e suspense poderá notar semelhanças entre a trama de "Pecadores" e "Um drink no inferno" (algo que o próprio diretor, Ryan Coogler, já confessou em entrevistas). Mas, ao contrário do filme de 1996 dirigido por Robert Rodriguez, o longa de Coogler busca fazer algo mais profundo, que vai além da ação convencional e sustos fáceis. O cineasta, também autor do roteiro, procurou fazer um melhor desenvolvimento dos personagens e da região onde vivem. Michael B. Jordan (em dose dupla), Omar Miller, Wunmi Mosaku, Hailee Steinfeld e Miles Caton numa cena de 'Pecadores' Divulgação Assim, a primeira parte do filme se dedica a mostrar como vive a comunidade negra do Sul dos Estados Unidos, suas dificuldades e, principalmente, a segregação racial a que seus habitantes são forçados a se submeter. Desta forma, o longa destaca, entre outras coisas, a luta das pessoas para sobreviver com muito trabalho e pouco dinheiro, sem condições de poderem viver suas vidas da melhor maneira possível. Outro ponto curioso está no relacionamento conturbado entre Fuligem e Mary (Hailee Steinfeld, de “Bumblebee"), que precisam esconder o que sentem por causa da cor da pele. Essas subtramas dão mais camadas para os personagens e fazem com o que o público crie maior empatia por eles e tema por seus destinos à medida que a trama avança. Além disso, o filme conta com uma incrível trilha sonora assinada por Ludwig Göransson (vencedor do Oscar por seus trabalhos em "Pantera Negra" e "Oppenheimer"), que utiliza elementos do blues e que, aos poucos, muda para composições que contribuem para criar a atmosfera tensa que circula os personagens, seja pelo racismo ou pelo sobrenatural. Sammie (Miles Caton) toca uma música num clube de blues no filme 'Pecadores' Divulgação A música, aliás, é um dos maiores méritos de "Pecadores". Um dos melhores momentos do filme acontece num plano-sequência (sem cortes aparentes), quando o primo Sammie toca uma música e a sua performance apaixonada "conversa" com artistas do passado e do futuro (no caso, nosso presente), como se fosse uma inspiração para todos. Foi uma bela maneira encontrada pelo filme para mostrar a força da música negra americana sobre a vida de todos e a cena ficou belíssima. Show de horrores (no bom sentido) O maior capricho nos elementos dramáticos não enfraquece, de forma nenhuma, o terror proposto em "Pecadores". Coogler, que ficou famoso depois dos hits "Pantera Negra" e "Creed: Nascido Para Lutar", prova mais uma vez ser um dos mais interessantes diretores que surgiram em Hollywood nos últimos anos. Ele demonstra firmeza nas cenas de terror e faz ótimos "jump scares" (sequências de sustos rápidos que pegam o público de surpresa) que nunca soam gratuitos ou desnecessários. Desta forma, quando chega a sua segunda parte, o filme acelera o seu ritmo, mas sem perder sua cadência, e proporciona um grande espetáculo de tensão e suspense que pode deixar os mais sensíveis com um frio na espinha. Mesmo que a real ameaça do longa tenha algumas regras bem conhecidas dos monstros do terror, o resultado é simplesmente fascinante. Hailee Steinfeld interpreta Mary no filme 'Pecadores', de Ryan Coogler Divulgação Outra coisa que vale destacar é a parte técnica do filme. "Pecadores" foi pensado para ser exibido na maior tela possível. Um bom exemplo disso estão nas sequências onde os irmãos protagonistas passam por campos de algodão, que são filmados de uma maneira esplêndida. Além disso, os figurinos criados por Ruth E. Carter (que também levou o Oscar por suas criações para "Pantera Negra" e "Pantera Negra: Wakanda para sempre"), chamam a atenção. Em especial pela forma encontrada para diferenciar os irmãos gêmeos, tanto nos estilos distintos, como no uso das cores: um sempre usa roupas azuladas e o outro, avermelhadas. Isso facilita ao público saber quem é quem na trama. Duplo impacto Além de ter ótimos direção e roteiro, "Pecadores" também conta com um ótimo elenco, encabeçado pelo astro Michael B. Jordan, habitual colaborador do cineasta Ryan Coogler. Em seu quinto filme ao lado do realizador dos dois longas do "Pantera Negra", Jordan consegue tirar de letra o desafio de interpretar irmãos gêmeos pela primeira vez no cinema. O ator dá características específicas para cada personagem, o que ajuda o público a distinguir quem é quem, além do figurino. Além disso, Jordan acerta na intensidade e, principalmente, na forma que encontrou para mostrar o sentimento que um irmão tem pelo outro, especialmente nos momentos mais tensos do filme, o que faz com que o espectador se compadeça de seus personagens nas cenas dramáticas. Seu entrosamento com seus colegas de elenco também se destaca no filme. Em especial com Hailee Steinfeld, que interpreta Mary, interesse amoroso de Fuligem. Os dois atores mostram uma ótima química na tela, como numa sequência em que dançam juntos no clube. É uma pena, no entanto, que Steinfeld, em seu primeiro papel mais maduro, não apareça tanto quanto deveria, já que ela é uma peça essencial em alguns dos acontecimentos da história. Mesmo assim, quando ela surge, chama muito a atenção. Também merece destaque a atuação de Wunmi Mosaku, que interpreta Annie, ligada ao passado de Fumaça e a única que compreende os estranhos fenômenos que surgem diante de todos. Uma grata surpresa é a participação de Miles Caton, estreante no cinema. O jovem ator, além de tocar e cantar blues muito bem, segura bem a responsabilidade de interpretar um personagem que tem um grau de importância bem grande para a trama. Ele acaba se tornando o coração do filme e não decepciona. Já o veterano Delroy Lindo, como o músico Delta Slim, mostra sua habitual competência como um inesperado alívio cômico na segunda parte do longa. Jack O'Connell interpreta o perigoso Remmick no filme 'Pecadores' Divulgação Quanto a Jack O'Connell, a composição dele para o vilão Remmick é interessante porque, incialmente, ele se mostra uma pessoa frágil e até simpática, mas que, aos poucos, vai ficando cada vez mais ameaçador não só pelos seus ataques ferozes às suas vítimas, mas também por manipulação através de seus medos, o que desencadeia um desfecho realmente explosivo. O trabalho do ator, visto em filmes como "Jogo do Dinheiro" e "Invencível", é realmente muito bom. Emocionante e assustador na medida certa, "Pecadores" tem grandes chances de ser um dos melhores filmes lançados em 2025. Com uma história que tem várias camadas sociais e muitas cenas impactantes, o longa certamente vai ficar na memória de muita gente ao final da sessão. Uma dica: não deixe o cinema assim que surgirem os créditos. Entre eles, surgirá uma sequência importante para o desfecho da trama e uma cena curtinha para encerrar de vez essa grande experiência. Ao final, fica uma certeza: que venham mais parcerias entre Coogler e Jordan. O cinema agradece. Cartela resenha crítica g1 g1 Veja Mais

Gênero derivado da bossa nova, o samba-jazz ecoa na novela ‘Vale tudo’ no toque do fictício pianista Rubinho

G1 Pop & Arte Imagem de cena da novela ‘Vale tudo’ na fictícia boate carioca Vanguard Rio Reprodução / Vídeo Globoplay ♫ ANÁLISE ♪ Quem acompanha o remake da novela Vale tudo – atração da Globo no horário das 21h – já viu o fictício pianista Rubens Acioly em ação na também fictícia boate carioca Vanguard Rio. Interpretado pelo ator Julio Andrade, Rubinho – como o músico é chamado pelos outros personagens da trama – aparece sempre tocando um samba-jazz, como integrante de trio de piano, baixo e bateria. Sim, a novela Vale tudo tem ecoado nestas três primeiras semanas esse gênero musical derivado da bossa nova e tipicamente carioca como a bossa que o gerou. Se a bossa nova tinha alguma influência do jazz, o samba-jazz escancarava a mistura, caindo no suingue com energia. O gênero surgiu no alvorecer da década de 1960 e, embora continue sendo tocado por músicos brasileiros e estrangeiros em discos e shows, o samba-jazz parece eternamente associado ao som feito em alguma boate carioca (ou mesmo paulistana) da primeira metade da década de 1960. O balanço do samba-jazz abre espaço para as improvisações características do jazz, feitas em interação com a cadência bonita e as harmonias do samba. Por exigir destreza rítmica, o samba-jazz é música para virtuoses do naipe do saxofonista e arranjador carioca J.T. Meirelles (1940 – 2008), merecidamente reconhecido como um dos criadores do gênero. Nome também fundamental na gênese do gênero, o pianista fluminense Sergio Mendes (1941 – 2024) tocava o gênero com maestria e foi a partir do samba-jazz que Mendes criou a bossa pop com que cativou os Estados Unidos – e por extensão o mundo – a partir de 1966. No Brasil, grupos como o Tamba Trio e o Zimbo Trio foram mestres no toque do samba-jazz. Pela linguagem universal, o samba-jazz facilitou a absorção da bossa nova pelos jazzistas dos Estados Unidos. Em essência, o samba-jazz é música instrumental, mas cantoras com ouvidos de músico e apurado senso rítmico, como Elis Regina (1945 – 1982) e Leny Andrade (1943 – 2023), conseguiam acompanhar os trios sem perder o fio da meada. Embora geralmente tocado no escurinho das boates e na intimidade de um piano-bar, o samba-jazz abre mão do clima íntimo da bossa nova. É uma música mais extrovertida, calorosa, vibrante. Uma música viva que, embora carimbada com a data dos anos 1960, segue cultuada Brasil e mundo afora, alimentando a alma de músicos como o fictício pianista Rubinho, o personagem sonhador de Vale tudo. Como a bossa nova, o samba-jazz não tem prazo de validade. Veja Mais

Mulher cis x mulher trans: entenda os termos e por que Erika Hilton chamou de transfobia a mudança em seu visto dos EUA

G1 Pop & Arte O governo de Donald Trump emitiu um visto para a deputada Erika Hilton (PSOL) considerando seu gênero como masculino, e ela classificou o ato como "transfobia de Estado". Erika Hilton: Defender agenda LGBTQIA+ é um projeto de democracia O governo de Donald Trump emitiu um visto para a deputada federal Erika Hilton (PSOL) considerando seu gênero como sendo masculino. Erika é uma das duas primeiras parlamentares trans da Câmara dos Deputados e classificou a situação como uma "transfobia de Estado praticada pelo governo americano". Veja Mais

Lady Gaga no Rio: o que se sabe sobre o show em Copacabana

G1 Pop & Arte Popstar vai se apresentar no dia 3 de maio para público estimado de 1,6 milhão de pessoas. Lady Gaga no Rio deve movimentar 1,6 mil pessoas na areia na praia A popstar norte-americana Lady Gaga fará um megashow na Praia de Copacabana em maio, a exemplo de Madonna em 2024. Veja abaixo o que se sabe sobre a apresentação. Quando e onde será o show? Veja Mais

William Levy, do remake de 'Café com aroma de mulher', é preso nos EUA

G1 Pop & Arte Ator cubano-americano estrelou novelas mexicanas como 'Sortilégio' e 'Cuidado com o anjo'. Ele foi preso por causar desordem intoxicado e por se recusar a ir embora de restaurante. William Levy, em foto de 2024, foi preso nos Estados Unidos Reprodução/Instagram/willevy O ator cubano-americano William Levy, conhecido pelo remake da novela colombiana "Café com aroma de mulher", foi preso nos Estados Unidos nesta segunda-feira (14) por causar desordem intoxicado e por se recusar a ir embora de um restaurante. Segundo o site TMZ, ele participou de uma audiência em um tribunal nesta terça (15), na qual o juiz determinou uma fiança de US$ 500. A polícia respondeu a um chamado em um restaurante em Miami, onde encontrou o ator "muito intoxicado". Levy então ignorou diversas ordens dos policiais para que deixasse o local. Além do remake, ele também ficou conhecido no Brasil por estrelar novelas mexicanas como "Cuidado com o anjo" e "Sortilégio". Katy Perry cantou 'What a Wonderful World' em viagem espacial Veja Mais

De fã de Fidel Castro a candidato da direita à Presidência: relembre a trajetória política de Mario Vargas Llosa

G1 Pop & Arte Escritor peruano e vencedor do Prêmio Nobel morreu no domingo (13), aos 89 anos. Autor foi ativo na política e chegou a ser favorito na corrida presidencial de seu país em 1990, com uma campanha pautada na cartilha liberal. Mario Vargas Llosa Daniel Ochoa de Olza/Associated Press O peruano ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, que morreu no último domingo (13) em Lima, tinha uma grande paixão pela política. Embora não gostasse de lembrar, ele simpatizou com a revolução cubana — e, como candidato, liderou a direita nas eleições presidenciais peruanas, que perdeu em 1990. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O escritor respirava a realidade política desde muito jovem. Em seu livro autobiográfico "O Chamado da Tribo" (2018), ele conta que descobriu a política aos 12 anos (em 1948), quando o general Manuel Odría derrubou o presidente José Luis Bustamante y Rivero, que era seu tio por parte materna da família. "Acho que uma das grandes paixões de Vargas Llosa era a política. Ele vem de uma família onde a política fez parte de sua vida desde cedo", disse seu amigo e biógrafo Pedro Cateriano. Segundo Cateriano, o romancista se envolveu com causas sociais e com o movimento comunista desde seus dias de estudante na Universidade de San Marcos, na década de 1950. Politicamente, ele se atraiu pelas ideologias de Fidel Castro, mas em 1971 rompeu com a Revolução Cubana. "Ele rompeu depois de se aproximar das ideias da esquerda e apoiar a revolução cubana com o famoso caso do poeta Heberto Padilla", explicou Cateriano. "Foi um período muito difícil para mim, porque me senti como os padres que penduram suas vestes e retornam a uma sociedade secular de incerteza e insegurança. Descobrindo que a democracia não era o que acreditávamos e o que a esquerda comunista reivindicava", relembrou Vargas Llosa em "O Chamado da Tribo". Mario Vargas Llosa, escritor e Nobel da Literatura, morre aos 89 anos Líder de direita Na década de 1980, Vargas Llosa assumiu desafios maiores em seu país como defensor das ideias liberais. Em resposta às tentativas do governo social-democrata do então presidente Alan García de nacionalizar os bancos peruanos, Vargas Llosa emergiu como um líder de direita, liderando protestos contra a ação em 1987. Naquele ano, ele fundou o Movimento pela Liberdade e em 1990 concorreu à presidência pela Frente Democrática. Era o favorito, mas perdeu para o então desconhecido Alberto Fujimori. Após sua derrota, ele se estabeleceu em Madri e continuou sua carreira literária, mas permaneceu intimamente envolvido na política peruana e internacional. "Vargas Llosa perdeu a eleição, mas triunfou na arena política e ideológica. Sua campanha não foi apenas pedagógica, mas, é preciso dizer com clareza, corajosa e arriscada", afirmou Cateriano, que o acompanhou em sua fracassada aventura política, hasteando a bandeira da direita liberal. O romancista era um crítico persistente das ditaduras e dos governos que considerava autoritários, questionando-os em artigos de jornais e declarações públicas. "Se há algo a elogiar em Vargas Llosa é justamente sua ação política e, nesse sentido, ele fez muito bem ao Peru e à América Latina", diz Cateriano. Vargas Llosa acompanhou de perto os acontecimentos na política global, atacando nos últimos anos o populismo, "a doença da democracia", que abrangia desde o chavismo e o castrismo até a extrema direita e a esquerda radical europeia e o nacionalismo independentista catalão. Especula-se que as visões políticas contrastantes tenham sido a causa da famosa briga entre Vargas Llosa e o colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), que terminou com os dois intelectuais indo às vias de fato. "Deixe que os biógrafos cuidem desse assunto", disse Vargas Llosa, tergiversando sobre o fim da amizade. Veja Mais

Filme ‘Luiz Gonzaga – Légua tirana’ estreia em junho nos cinemas com foco na infância e juventude do ‘Rei do baião’

G1 Pop & Arte Imagem do filme ‘Luiz Gonzaga – Légua tirana’, programado para estrear nos cinemas em 12 de junho Reprodução / Trailer do filme ‘Luiz Gonzaga – Légua tirana’ ♫ NOTÍCIA ♪ Um dos pilares da música brasileira, a obra de Luiz Gonzaga (13 de dezembro de 1912 – 2 de agosto de 1989) é a trilha matricial da nação nordestina que ecoa em todo o Brasil desde os anos 1940. Já a vida do cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano é tão folhetinesca que deu não um, mas dois filmes. Treze anos após Gonzaga – De pai pra filho (2012), longa-metragem centrado na relação conflituosa do artista com o filho também cantor Gonzaguinha (1945 – 1991), Luiz Gonzaga – Légua tirana chega aos cinemas em 12 de junho, reforçando a onda das cinebiografias de astros da música. Dirigido por Diogo Fontes e Marcos Carvalho, o filme Luiz Gonzaga – Légua tirana tem foco na infância e na juventude de Gonzagão no sertão nordestino, mostrando como a obra do artista é reflexo do contexto cultural e social em que foi criado o artista nascido em Exu (PE), cidade do interior de Pernambuco. As gravações do filme foram realizadas na Chapada do Araripe – situada na divisa dos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí – e em Caiçara (PB), município da Paraíba. No filme, Luiz Gonzaga é vivido pelos atores Kayro Oliveira (na infância) e Wellington Lugo (na juventude). O ator Luiz Carlos Vasconcelos também integra o elenco do filme, interpretando o mítico Januário José dos Santos (1888 – 1978), pai de Gonzaga. Veja Mais

A história da 'cena mais infame do cinema' (e seu impacto em Maria Schneider, atriz principal)

G1 Pop & Arte 'Meu nome é Maria', um novo filme estrelado por Matt Dillon e Anamaria Vartolomei, explora a vida de Maria Schneider e a filmagem de uma das produções mais famosas da história do cinema. Maria Schneider protagonizou o filme Último Tango em Paris, drama erótico de 1972 Getty Images Pode ser a cena mais infame de toda a história do cinema. O drama sexualmente explícito Último Tango em Paris, do diretor italiano Bernardo Bertolucci, lançado em 1972, é a história de um affair entre um homem de meia-idade, Paul, e uma jovem chamada Jeanne, em um apartamento da capital francesa. A famosa "cena da manteiga" não estava no roteiro original, e algumas partes dela foram feitas sem o consentimento prévio da atriz Maria Schneider, que tinha 19 anos na época. Aviso: esta reportagem contém referências a agressões sexuais que podem ser consideradas perturbadoras por alguns leitores Schneider sofreu com a dependência química e transtornos de saúde mental durante anos após o lançamento do filme, mas sua história e da produção de Último Tango em Paris estão sendo contadas agora no filme Meu nome é Maria. O longa é protagonizado por Matt Dillon, que interpreta Marlon Brando, ator que fez o papel de Paul, e Anamaria Vartolomei, que dá vida a Schneider. A diretora francesa do filme, Jessica Palud, adaptou a história de um livro de memórias de 2018 da jornalista Vanessa Schneider, prima de Maria. "Acho que temos que analisar o contexto da época de Último Tango em Paris, já se passaram cinquenta anos desde que o filme foi feito", afirmou Matt Dillon à BBC. "Era uma época diferente, mas é muito importante olhar para ela agora de uma perspectiva diferente." "Foi uma experiência muito traumática para ela. E não apenas no momento em que aconteceu, mas porque continuou a persegui-la e assombrá-la ao longo da vida, por onde quer que ela passasse, de várias maneiras." Meu nome é Maria conta a história de Schneider e da filmagem de Último Tango em Paris Kino Lorber Meu nome é Maria explora as origens de Schneider. A atriz é fruto de um affaire entre um famoso ator francês, Daniel Gélin, e uma modelo romena. Ela conheceu o pai quando era adolescente, e ele a apresentou aos sets de filmagem. O Último Tango em Paris foi seu primeiro papel de destaque. Em uma entrevista em 2007, quando tinha 50 anos, ela contou que a convenceram a aceitar o papel, em vez de protagonizar um filme com o astro do cinema francês Alain Delon — e disse que, aos 19 anos, "não entendia todo o conteúdo sexual do filme". "Tinha um mau pressentimento", ela afirmou, mas sua agência disse que ela não poderia recusar um trabalho com Marlon Brando, um dos maiores astros do cinema do século 20. Schneider recordou o que aconteceu no dia da filmagem daquela cena, em que sua personagem é estuprada por Brando, usando manteiga como lubrificante. "Essa cena não estava no roteiro original. A verdade é que foi Marlon quem teve a ideia. Só me contaram antes de filmarmos a cena, e eu fiquei com muita raiva... Me senti humilhada e, para ser sincera, me senti um pouco estuprada, tanto por Marlon quanto por Bertolucci", ela afirmou. "Depois da cena, Marlon não me consolou nem pediu desculpas." "Marlon me disse: 'Maria, não se preocupe, é apenas um filme', mas durante a cena, mesmo sabendo que o que Marlon estava fazendo não era real, eu chorava com lágrimas de verdade." "Felizmente, houve apenas uma tomada." Marlon Brando recebeu uma indicação ao Oscar por seu papel em Último Tango em Paris Getty Images Mais tarde, Bertolucci falaria sobre o motivo de ter ocultado detalhes da cena para Schneider, dizendo: "Eu queria que ela reagisse como uma garota, não como uma atriz. Queria que ela reagisse humilhada". E insistiu que foi apenas o uso da manteiga que havia surpreendido a atriz. Mas, para Matt Dillon, o que aconteceu foi "muito errado". "É algo que nós, atores, fazemos com frequência, não contamos ao outro ator, ou o diretor nos incentiva a não revelar o que vamos fazer, para que possamos ter uma reação real", diz ele. "Mas foi muito errado, em uma cena tão delicada, fazer algo assim." Jessica Palud disse à BBC que a recriação da cena do estupro "não podia ser evitada" em Meu nome é Maria. Mas, desta vez, o público vê o ocorrido da perspectiva de Maria Schneider. "Não podia evitar filmar esta cena porque foi o exato momento em que a vida dela mudou completamente. A partir daí, tudo dá errado", diz Palud. "Era importante fazer a cena do ponto de vista dela, do seu corpo, do seu olhar, o que ela passou, e o fato de que havia testemunhas. Maria estava sendo agredida na presença de toda a equipe, que estava observando, e não estava reagindo." Desta vez, a cena foi preparada em parceria com um coordenador de intimidade — Dillon, de 61 anos, conta ter sido a primeira vez que trabalhou com este tipo de profissional. O uso de um coordenador de intimidade, que atua como coreógrafo e mediador entre os atores e a produção durante cenas simuladas de sexo e nudez, é cada vez mais comum no setor desde o movimento #MeToo. Agora vira notícia quando eles são recusados, como por Mikey Madison no filme Anora, vencedor do Oscar, ou quando Gwyneth Paltrow revelou que disse a um deles para "se afastar um pouco" durante as cenas de sexo com Timothée Chalamet em Marty Supreme. "Não acho que seja uma coisa ruim, acho que pode evoluir para algo bom", diz Dillon sobre o uso de coordenadores de intimidade. "Parece que eles estão lá para evitar que as pessoas ultrapassem os limites, mas na verdade estão criando limites que oferecem oportunidades para diferentes maneiras de abordar essas cenas. Espero que seja assim que as coisas evoluam, em vez de as pessoas sentirem que 'eles estão aqui para nos dizer o que podemos e o que não podemos fazer'. E Anamaria e eu nos sentimos muito à vontade." Anamaria Vartolomei, que interpreta Maria Schneider no novo filme, diz que, embora tenha se sentido "segura, protegida e orientada" ao gravar a cena de estupro em Meu nome é Maria, ainda assim ficou mal. "Essa cena foi realmente violenta", afirmou ela à BBC. "Não consigo imaginar o que foi para Maria, pois ela sentiu isso de verdade. Estou apenas interpretando. Mas isso realmente aconteceu com ela, e ela não tinha ninguém ao seu redor. As pessoas estavam apenas olhando para ela sem fazer nada. Acho que a violência foi em dobro porque ela não tinha o apoio que eu tinha no set, e ainda assim foi muito difícil para mim." "Eu estava muito emotiva naquele dia. Não conseguia parar de chorar, acho que acumulei a violência da cena quando vi na tela. Quando tive que interpretá-la, as lágrimas vieram à tona. Acho que é muito brutal. E é insano pensar que alguém possa fazer isso." Meu nome é Maria é baseado em um livro escrito por Vanessa Schneider, prima de Maria Schneider Kino Lorber Fama da noite para o dia Maria Schneider não só não recebeu apoio profissional no set, como também não tinha experiência suficiente para saber que Bertolucci não podia obrigá-la a fazer a cena. "Devia ter ligado para o meu agente ou pedido ao meu advogado para ir ao set, porque não se pode obrigar alguém a fazer algo que não está no roteiro, mas na época eu não sabia disso", ela diria mais tarde. Além disso, a sensação causada pelo filme Último Tango em Paris, quando estreou em outubro de 1972, também acabaria com Schneider. Apesar de (ou graças a) ter sido proibido ou restringido em alguns países, o filme arrecadou cerca de US$ 36 milhões em bilheteria somente nos EUA. Na França, foi noticiado que o público chegava a esperar mais de duas horas na fila para conseguir um ingresso. A disparidade entre Bertolucci, Brando e Schneider ficou evidente: a reação da crítica ao filme consolidou a reputação de Bertolucci como cineasta internacional, e tanto ele quanto Brando foram indicados ao Oscar pelo longa. Brando — que fez O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, na mesma época — teria ganhado cerca de US$ 3 milhões com Último Tango em Paris, já que ficou com uma parte dos lucros; Schneider lembra que recebeu cerca de US$ 4 mil. Ela fez nu frontal; Brando nunca apareceu nu no filme. Schneider afirmou em entrevistas que, na época das filmagens, não entendia todo o conteúdo sexual do filme Getty Images A jovem achou cada vez mais difícil lidar com a fama que alcançou da noite para o dia. Quando o filme foi lançado, ela disse aos entrevistadores, que havia dormido com 50 homens e 20 mulheres, e "experimentado heroína", porque, conforme explicou mais tarde, embora isso não fosse verdade, ela era vista como "um símbolo sexual". Seu comportamento errático, segundo ela, era devido ao medo. "Ser famosa de repente no mundo todo era assustador", ela disse. "Eu não tinha guarda-costas como os de hoje. As pessoas achavam que eu era igual à minha personagem, e eu inventava histórias para a imprensa, mas aquela não era eu... Me deixou louca. Me envolvi com drogas... era como uma fuga da realidade. Era a década de 1970 e, naquela época, tudo isso estava acontecendo." Vanessa Schneider, prima da atriz, disse que Maria também foi vítima do sistema de dois pesos e duas medidas da época: "Para os espectadores puritanos, ela era uma mulher fácil que fazia pornografia. Foi brutal para ela, especialmente porque isso não fazia parte da natureza dela — ela era muito modesta, reservada e bastante conservadora em certos aspectos". "As pessoas achavam que eu era como a garota do filme, mas aquela não era eu", declarou Maria Schneider em uma entrevista de 2007. "Eu me sentia muito triste porque era tratada como um símbolo sexual, e eu queria ser reconhecida como atriz. Todo o escândalo e desdobramentos do filme me deixaram um pouco louca, e tive um colapso." Schneider também revelou que tentou tirar sua vida durante esse período. Schneider morreu de câncer em 2011, aos 58 anos Getty Images A cultura no set de filmagem Mais tarde, Schneider ficaria sóbria, mas apesar de ter feito cerca de 50 filmes durante sua carreira (incluindo o longa aclamado pela crítica Profissão: Repórter, de 1975, com Jack Nicholson), ela comentou que "Último Tango em Paris ainda é o filme sobre o qual todo mundo me pergunta". Ela morreu em 2011, vítima de câncer. "O lamentável é que Maria Schneider teve um desempenho incrível nesse filme, e você pode ver como sua carreira poderia ter tomado um rumo diferente", diz Matt Dillon, que interpreta Brando no novo filme. "Mas ela já tinha sofrido tantos golpes. Sua família era muito complicada. Ela foi abandonada pelos pais, e depois pelas pessoas com quem trabalhava. Acho que esse abandono a perseguiu." Schneider não é a única atriz daquela época que sofreu por causa do alarde em torno do filme erótico que estrelou — Sylvia Kristel também teve dificuldade para escapar do escândalo gerado pelo filme de soft porn Emmanuelle, de 1974, no qual ela era protagonista, e que também contava com uma cena de estupro. Não foram apenas as mulheres que sofreram ao fazer filmes com conteúdo sexual; Schneider diria mais tarde que "até Brando disse que se sentiu estuprado e manipulado" durante a infame cena da manteiga. Schneider, Brando e Bertolucci no set de filmagem de Último Tango em Paris Getty Images "Foi uma era de diretores famosos", conta Anna Smith, apresentadora do podcast Girls on Film, à BBC. "E o padrão parece ser principalmente o de diretores homens dominadores que exploram e intimidam atrizes mais jovens. A autoridade desses homens aclamados permitia a eles exercer controle sobre as mulheres." "Tínhamos essa ideia do criador, do diretor que tem o poder supremo", acrescenta Vartolomei. "E que era uma espécie de guru, e que todas as pessoas ao seu redor o escutavam como se fosse Deus. Acho que esse era o problema naquela época. Agora estamos mais protegidas, e nossa voz é ouvida e também valorizada, o que não acontecia naquele momento." Mas a diretora de Meu nome é Maria, Jessica Palud, ressalta que um dos aspectos mais extraordinários da personagem de Schneider é que, muito antes da era #MeToo, ela estava falando sobre o que aconteceu no set de filmagem de Último Tango em Paris. "O que eu realmente achei interessante e comovente nela é que, apesar de ter sido na década de 1970, e naquela época muitas atrizes jovens eram agredidas ou estupradas, mas se calavam, Maria era extremamente direta e clara nas entrevistas... ela falava, mas não era ouvida." Schneider atuou em mais de 50 filmes ao longo de sua carreira Getty Images A experiência de Schneider em Último Tango em Paris acabou sendo levada a sério em 2016, quando veio à tona um vídeo da entrevista de Bertolucci em 2013 à Cinémathèque Française sobre a cena infame e seu desejo de que a humilhação de Schneider fosse real. Desta vez, causou indignação. Alguns não perceberam que a cena de sexo, embora traumática, foi apenas simulada por Brando e Schneider. O diretor, então com 76 anos, classificou o furor de "ridículo", e reiterou que Schneider sabia da cena de antemão. Os três protagonistas do escândalo de Último Tango em Paris — Bertolucci, Brando e Schneider — já morreram. Sabendo que o horror, o choque, a tristeza e a fúria que se vê no rosto de Maria Schneider são reais e deliberadamente provocados, será que o filme, como ponderou o jornal francês Le Monde após o cancelamento de uma exibição em 2024 em Paris devido a protestos, deveria conter algum tipo de advertência? "Há muito tempo acho que é preciso reavaliar o cânone percebido dos grandes nomes do cinema pois ele vem de um lugar inerentemente patriarcal", diz Smith. "Acho que é saudável revisitar os clássicos a partir de uma perspectiva moderna; espero que nossa compreensão dos danos que podem ser causados por certas atitudes e práticas tenha evoluído." Meu nome é Maria, diz Palud, tenta mostrar isso. Ela afirma que "não queria julgar nem condenar, mas mostrar o sistema e o que precisa mudar para proteger a geração mais jovem. Ainda há muito a ser feito. Mas uma cena como essa não aconteceria agora, graças a Deus". Vartolomei acrescenta: "Acho que este filme está esclarecendo o lado da Maria, junto ao livro da Vanessa Schneider. Naquela época, Maria era considerada uma vítima, mas para mim, ela está longe disso, pois encontrou forças para falar, para que sua história fosse ouvida, mesmo que a sociedade não estivesse pronta para escutar sua voz. Mas agora estou feliz por finalmente podermos ouvi-la." Diretora do Me Too Brasil é ameaçada de morte Veja Mais

Fyre Festival 2 é adiado, dois meses antes do início do evento

G1 Pop & Arte Sequência do desastroso festival de 2017 estava programada para acontecer entre os dias 30 de maio e 2 de junho, no México. Segundo a organização, um reembolso foi emitido para os clientes. Cena do documentário 'Fyre': Este era o alojamento do festival, que prometia acomodações luxuosas Divulgação/Netflix A segunda edição do Fyre Festival foi adiada, a dois meses do início dos eventos, e não tem data para acontecer, segundo a ABC News. O canal de notícias afirmou que os clientes receberam uma mensagem, dizendo que um reembolso foi emitido. "Assim que a nova data for anunciada, você poderá comprar novamente, se for adequado à sua agenda." O evento, que deveria ser a sequência do desastroso festival de 2017 estava programado para acontecer no México de 30 de maio a 2 de junho. Depois de uma infame e desastrosa primeira edição, os ingressos para o segundo Fyre Festival foram colocados à venda em fevereiro, custando de US$ 1.400 (R$ 8.085) a US$ 1,1 milhão. "Não há outro evento como este", diz o site, que promete “uma celebração eletrizante de música, artes, culinária, comédia, moda, jogos, esportes e caça ao tesouro” com “performances inesquecíveis, experiências imersivas e uma atmosfera que redefine a criatividade e a cultura”. O criador do festival, Billy McFarland, de 31 anos, disse em um vídeo publicado no Instagram que esta segunda edição será diferente. Não há programação confirmada. De acordo com o que McFarland disse ao Today Show, o festival incluirá "artistas de música eletrônica, hip-hop, pop e rock". Veja Mais

Zeca Baleiro canta ‘Frank Sinatra’ em álbum que registra show de voz e piano

G1 Pop & Arte Zeca Baleiro (de pé) com o pianista Adriano Magoo em apresentação do show ‘Piano’ Guilherme Leite / Divulgação Produção Zeca Baleiro ♫ NOTÍCIA ♪ Zeca Baleiro canta Frank Sinatra no álbum Piano. Não, o artista maranhense não aborda o repertório do cantor norte-americano. Frank Sinatra é o nome da música composta por John McCrea e lançada em 1996 pela banda norte-americana Cake. No disco que será lançado por Baleiro amanhã, 17 de abril, Frank Sinatra é uma das 12 músicas gravadas pelo cantor no Midas Estúdio, em takes captados praticamente ao vivo, em São Paulo (SP) durante quatro dias de novembro de 2024. Com produção musical de Sérgio Fouad, o álbum Piano apresenta recorte do show homônimo feito por Zeca Baleiro com o pianista Adriano Magoo. Cantor e músico já tinham percorrido algumas cidades do Brasil com o show Piano no binômio 2013 / 2014. No ano passado, Baleiro retomou o projeto com a ideia de fazer gravação em estúdio para a edição do álbum e a intenção de promover a volta à cena do show Piano neste ano de 2025. Desde janeiro, Baleiro e Magoo têm apresentado o show em algumas capitais. Em essência, o roteiro é o mesmo de 2013, mas entraram algumas músicas como a inédita Tem algo lá – parceria recente de Baleiro com Juliano Holanda – e como Ninguém perguntou por você (Arthur Braganti e Letícia Novaes, 2017), sucesso de Letrux que Baleiro já cantava eventualmente em shows antes da retomada de Piano. No álbum, Baleiro também registra Tarde de chuva, parceria do artista com o poeta roraimense Eliakin Rufino. Detalhe: Tarde de chuva já figurava no roteiro do show Piano nas apresentações iniciais de 2013, mas a música permaneceu inédita em disco ao longo desses 12 anos. Capa do álbum ‘Piano’, de Zeca Baleiro Divulgação Veja Mais

'Branca de Neve' é banido do Líbano por ter Gal Gadot no elenco

G1 Pop & Arte Live-action da Disney com a atriz israelense interpretando a Rainha Má foi proibido de ser exibido nos cinemas do país. Rachel Zegler (à direita) e Gal Gadot estrelam a nova versão da Disney para 'Branca de Neve' Divulgação O live-action "Branca de Neve" foi banido dos cinemas do Líbano, segundo informações da revista "Variety". A proibição acontece por ter a atriz israelense Gal Gadot no elenco. No longa, ela interpreta a Rainha Má. A publicação informa que a proibição foi ordenada pelo Ministro do Interior do Líbano, Ahmad Al-Hajjar, que, de acordo com a mídia local, foi motivado a tomar medidas pelo órgão de fiscalização de mídia e cinema do país em meio aos ataques de Israel ao Hezbollah no Líbano, que causaram mortes de civis. Manifestantes interrompem homenagem a Gal Gadot na Calçada da Fama Contudo, um representante da distribuidora do Oriente Médio Italia Films, sediada em Beirute e responsável pelos títulos da Disney na região, disse à Variety que Gadot está há muito tempo na "lista de boicote de Israel" do Líbano e que nenhum filme em que ela atua jamais foi lançado no país. Os representantes de Gadot não responderam ao pedido de comentário da Variety. Gadot já defendeu Israel em algumas ocasiões desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. "Eu estou com Israel, você também deveria. O mundo não pode ficar em cima do muro quando esses atos horríveis de terror estão acontecendo", escreveu a atriz nas redes sociais na época. A atriz declarou, em um evento em março deste ano, que "nunca imaginou que nas ruas dos Estados Unidos, e em diferentes cidades ao redor do mundo, veríamos pessoas não condenando o Hamas, mas celebrando, justificando e aplaudindo um massacre de judeus”. 'Branca de Neve' se esforça, mas não consegue trazer o encanto dos contos de fadas; g1 já viu Assista ao trailer do filme "Branca de Neve" Veja Mais

Anna Ratto revisita a obra de Arnaldo Antunes em ‘Vison negro’ com mais viço e vigor do que no álbum de 2021

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘Vison negro’, de Anna Ratto Elisa Bezerra ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Vison Negro Artista: Anna Ratto Cotação: ★ ★ ★ ★ ♬ Com Vison negro, álbum disponível desde 11 de abril, Anna Ratto desmonta a tese de que o segundo volume de um disco costuma soar como xerox do trabalho que lhe deu origem. Quatro anos após o álbum Contato imediato – Anna Ratto visita Arnaldo Antunes (2021), a artista carioca volta a abordar o cancioneiro do compositor paulistano – revelado no grupo Titãs no início dos anos 1980 e em carreira solo desde 1993 – em disco que, como revela a própria artista, é “obra do acaso”. Bela obra do acaso, pois soa mais vigoroso do que o disco que lhe deu origem. O que de início seria somente um EP sugerido por Alexandre Kassin – com gravações de três músicas que entraram no show originado do songbook de 2021 – ganhou a forma de álbum com 10 faixas quando Arnaldo Antunes forneceu repertório inédito para Anna Ratto. São cinco músicas inéditas e cinco regravações. Dentre as cinco novidades de Vison negro, há o rock que batiza o álbum produzido pelo mesmo Liminha que pilotou o disco anterior, mas agora com a adesão de Kassin. Vison negro, o álbum, tem dose mais farta de rock do que Contato imediato porque outras músicas, como Não enfeitar (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Liminha) e Não temo (primeira parceria de Anna Ratto com Arnaldo Antunes, menos imponente no conjunto da obra), também foram ambientadas em atmosfera roqueira. No caso de Não enfeitar, com um toque country na introdução da faixa. De modo geral, a sonoridade de Vison negro resulta bem mais sedutora do que a do disco anterior, gerado em contexto pandêmico ainda marcado pelo isolamento social. O álbum Vison negro ostenta músicos do naipe do guitarrista Davi Moraes e do pianista Marcelo Galter, ambos presentes na guitarrada Bam bam bam – música assinada por Arnaldo com Céu e Hyldon que reforça a já recorrente conexão do ex-titã com o universo musical do norte do Brasil – e em Dança (2015), reggae em clima de dub. Dança é parceria de Arnaldo Antunes com Marisa Monte apresentada pelo cantor há dez anos no álbum Já é (2015). Com a mesma Marisa Monte e com Pepeu Gomes, o compositor assina Um branco, um xis, um zero (1999), música que até então ninguém tinha tido coragem de regravar posto que lançada por ninguém menos do que Cássia Eller (1962 – 2001). Ratto se desvia da cruel comparação ao abordar a música no tom mais suave de um pop radiofônico. Na seara das baladas, a cantora dá voz à recente Lágrimas no mar (Pedro Baby, João Moreira, Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2021) – canção que deu nome ao álbum lançado por Arnaldo com o pianista Vitor Araújo há quatro anos – e à inédita Todo dia e toda hora com você (Arnaldo Antunes com Marcelo Jeneci, Betão Aguiar, Fefê e Junix). Canção melódica gravada por Anna com Fernanda Takai, Todo dia e toda hora com você seria um hit em potencial se o rádio ainda moldasse o gosto musical popular (resta torcer para que entre na trilha sonora de alguma novela...). Com arranjo que evidencia as guitarras de Liminha e Kassin, a balada Se tudo pode acontecer (Arnaldo Antunes, Alice Ruiz, Paulo Tatit e João Bandeira, 2001) exemplifica a superioridade da sonoridade de Vison negro em relação ao som de Contato imediato, inclusive pela mixagem azeitada do norte-americano Michael H. Brauer, engenheiro de som que tem no currículo trabalhos com nomes do porte de Bob Dylan e Rolling Stones. A dose adicional de viço e vigor de Vison negro é reiterada no arremate do álbum com a pulsação enérgica que move Sem você (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 1998), a música que Brown lançou ainda no século passado com o título de Busy man. Enfim, Anna Ratto virou o jogo no segundo tempo com Vison negro. Anna Ratto apresenta cinco músicas inéditas e cinco regravações do cancioneiro de Arnaldo Antunes no álbum ‘Vison negro’ Elisa Bezerra / Divulgação Veja Mais

Funkeiro lançou mais de 3 mil músicas em um ano com estratégia incomum; entenda

G1 Pop & Arte Com mais de 7 mil canções registradas na carreira, MC Gw virou nome quase onipresente na música brasileira. Ao g1, ele conta estratégia de liberação de vocais 'a capella' para DJs de funk. Funkeiro lançou mais de 3 mil músicas em 2024 com estratégia incomum; entenda Na última sexta (11), um cantor de funk teve seu nome associado a não uma, não duas, nem dez... mas 48 novas faixas. De MTGs a remixes e até colaboração com Anitta, o MC Gw parece ser o artista mais onipresente da música brasileira. Não à toa. No momento da publicação deste texto, o nome do cantor, Glaucio William Da Silva Jeronimo, estava em 7.658 fonogramas registrados no Ecad - a título de comparação, um artista prolífico e veterano como Caetano Veloso tem 2.080 fonogramas em seu nome. Pode parecer que Gw atira para todo lado, mas na verdade, essa é uma jogada inteligente, que ajuda o músico e quem trabalha com ele. Em 2024, ele foi o segundo artista brasileiro mais ouvido no Spotify no exterior, atrás somente de Anitta. MC Gw Reprodução/Spotify Ao g1, o funkeiro explicou como funciona o seu esquema de trabalho - que já funciona assim há mais de três anos: Gw cria algumas estrofes e disponibiliza os vocais "a capella" (sem instrumentação) no SoundCloud e no YouTube para utilização de DJs e outros artistas; Caso alguém queira usar os vocais, é só montar a música e pedir a liberação para equipe dele; Os direitos são divididos entre os artistas, para que as músicas apareçam também na conta do Spotify de MC Gw; São tantas músicas com a voz de Gw que ele tem que contar com a equipe para verificar todas as faixas, como foi o uso e como deve ser a distribuição de créditos; Assim, o nome dele aparece em várias faixas e tem mais chances de subir nas paradas; já artistas menores ganham o peso de um nome maior em uma colaboração, e têm mais chances de ter suas músicas ouvidas. O artista que colabora com todo mundo Gláucio William da Silva Jerônimo, o Gw, cresceu na música - passando por gêneros como o samba, pagode baiano e o funk proibidão. Ele já faz sucesso desde os anos 2010, com faixas como "Sarra Novinha no Grau", "Ritmo Mexicano" e "Atura ou Surta". Grave, rouca e anasalada, a voz de Gw é inconfundível e sempre foi requisitada por DJs no Brasil. Então, quando algum produtor queria o timbre de Gw em sua música, o funkeiro não via problema em autorizar. MC GW canta com Pedro Sampaio e Anitta em 'Bota um funk' Divulgação Esse tipo de liberação de vocais já acontece muito na indústria. Mas Gw percebeu que poderia estruturar esse processo, dar oportunidade para DJs de funk e manter o controle sobre para onde vão seus vocais. Então, o artista e sua equipe desenvolvem um "trabalho de formiguinha" há pouco mais de três anos. "Sempre liberei vocais. Só que eu fazia de forma desordenada. A gente começou a acertar e dar um norte. A fazer a coisa registrada, direitinho. Eu via que ninguém no mercado fazia isso, e comecei a olhar de forma estratégica", conta ao g1. Hoje, praticamente qualquer um pode ter a voz de Gw em sua música; basta seguir o processo. Como funciona Ao g1, Gw explicou como funciona essa estratégia: ele pensa em versos, grava acapella e, com sua equipe, planeja quando esses vocais serão disponibilizados no YouTube e no SoundCloud. Essa parte é comum no funk - a raridade aqui é que os vocais venham de alguém do porte de Gw. Tudo é calculado em um cronograma, com foco em épocas estratégicas como o verão no Brasil e no hemisfério norte. Além disso, eles precisam planejar bem para que, à medida que os vocais forem usados por DJs e produtores, a equipe de Gw consiga estimar o volume de músicas que será lançado. Então, de tempos em tempos, Gw disponibiliza vários vocais de uma vez. Em novembro de 2024, por exemplo, ele publicou um vídeo de 44 minutos no YouTube intitulado "Acapellas do Gw 2025". "Os vocais são gratuitos, mas os direitos devem ser compartilhados", diz a descrição. A partir disso, DJs usam a voz dele em diferentes beats e instrumentações, montam músicas e solicitam a liberação da equipe de Gw. Hoje, os acapellas são usados por tantas pessoas que nem o próprio cantor consegue ouvir todas. “Eu já botei uma equipe específica para poder fazer [a liberação]. Eles me mostram o resumo de tudo que eles fazem, uma auditoria certinho, para ver se é aquilo ali mesmo ou não dá nenhum tipo de problema. A gente não tem que ficar fazendo nenhum tipo de autorização. Se eu quiser fazer, aí fica ao meu critério, mas prefiro não fazer”. Segundo Gw, a maior parte das músicas é aprovada sem grandes alterações. "Eu já tive alguns probleminhas com algumas músicas que eu não concordava, mas aí a gente entra em comum acordo", explica. Na maioria das vezes, a única exigência é de que Gw seja devidamente creditado e recompensado por sua participação. Ele negocia a porcentagem de lucro que lhe é devida, de acordo com a duração da sua voz na música. Todo mundo ganha A estratégia é boa para manter Gw no radar e dá mais chances de subir nas paradas - com tantas músicas, alguma acaba ganhando tração. Não à toa, ele tem mais de 19 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Muitas faixas com a voz do cantor vêm ganhando sucesso no exterior por adotar o estilo "brazilian phonk" (funk pesado e agressivo, com influências de vertentes eletrônicas), sonoridade que tem muita adesão no leste europeu. Ou seja, liberar vocais não faz mal para os números de Gw. Mas o funkeiro garante que não é esse o objetivo. MC Gw Divulgação “[Ganhar números] é bom, eu gosto, mas esse tipo de trabalho que eu fiz... não foi visando nada, sabe? Eu comecei a olhar o mercado de uma forma diferente, para poder também ajudar os DJs que não são conhecidos, que estão começando agora. A gente vai fazendo as músicas e isso abre portas". “Para mim, o maior pagamento é quando uma pessoa que tá começando, que é DJ e tem um sonho de soltar a música, dá certo com alguma música minha que ele fez e consegue mudar a vida dele”. Por isso, Gw pretende continuar com essa estratégia até porque "não tem nenhum tipo de problema, nem porque parar". “Pretendo também continuar fazendo que, através de mim, outras pessoas também venham a se inspirar”. Veja Mais

Alcione regrava Arlindo Cruz e canta samba inéditos de Zeca Pagodinho e Inácio Rios no álbum que lança em maio

G1 Pop & Arte Alcione lança em maio o primeiro álbum de músicas inéditas da discografia da cantora desde ‘Tijolo por tijolo’, de 2020 Vinícius Mochizuki / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Alcione lança álbum com músicas inéditas na primeira quinzena de maio. Intitulado Alcione, o disco traz no repertório um samba de Arlindo Cruz – samba famoso, mas nunca gravado pela artista – e composições inéditas de autoria de nomes como Zeca Pagodinho, Fred Camacho, Inácio Rios e Arlindinho, filho de Arlindo Cruz. No álbum Alcione, a cantora também dá voz às já conhecidas músicas Marra de feroz (Xande de Pilares, Gilson Bernini e Helinho do Salgueiro, 2024), Mar de segredo (Nani Palmeira e Reno Duarte, 2024) – gravada pela artista para a trilha sonora da novela Garota do momento (Globo, 2024 / 2025) – e Não mexe comigo (Igor Leal e Thiago Servo, 2025). Assim como o anterior disco de inéditas da cantora, Tijolo por tijolo (2020), o álbum Alcione tem produção musical e arranjos assinados por Alexandre Menezes, diretor musical da Banda do Sol. Veja Mais

Trump, Beyoncé, Jay-Z, DiCaprio, Will Smith: as festas milionárias de Diddy frequentadas por celebridades

G1 Pop & Arte Documentário mostra a ascensão e a queda de um dos principais nomes do rap dos anos 1990 em meio a um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento. Donald Trump ao lado de P. Diddy em uma das festas promovidas pelo rapper Reprodução/ Fantástico Magnata da música e símbolo do rap dos anos 1990, Sean Combs, também conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy, viu o seu império desmoronar em um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento. O rapper está preso desde 2024 e o seu julgamento está marcado para 5 de maio. Se condenado, pode pegar prisão perpétua. No auge da fama, Puff Diddy promovia festas milionárias em sua mansão nos Hamptons, frequentadas por celebridades como Beyoncé, Jay-Z, Will Smith, Leonardo DiCaprio e Donald Trump, além de membros da alta sociedade americana. As chamadas "festas brancas", na qual todos vestiam a cor branca, eram promovidas em sua mansão toda de vidro. Os eventos eram cobiçados. Mas, o que nem todos sabiam era que essas festas escondiam um lado sombrio. Há relatos de drogas, orgias e tráfico sexual de menores. Beyoncé e Jay-Z ao lado de P. Diddy em uma das festas promovidas pelo rapper Reprodução/ Fantástico No último domingo (13), o Fantástico exibiu trechos do documentário "Diddy: Como Nasce um Bad Boy", disponível no Globoplay. Assista no vídeo abaixo. Entre as entrevistas, uma advogada afirma ter reunido provas de crimes graves cometidos durante esses eventos. Uma das vítimas relata ao documentário ter sido violentada brutalmente e ameaçada por Diddy. "Consegui fugir, mas ainda tenho pesadelos", diz ela, sob anonimato. Documentário retrata vida de luxúria e violência de Sean 'Diddy' Combs "Trata-se da figura mais poderosa na indústria da música e uma das pessoas mais poderosas nos Estados Unidos. Então, este é um caso de enorme proporção", diz a advogada Lisa Bloom, que representa uma das mulheres que acusam Diddy. Relacionamento com Cassie Ventura Em 2005, Sean começou um relacionamento com Cassie Ventura, enquanto ainda estava com Kim Porter, mãe de seus filhos. Kim morreu em 2008, vítima de pneumonia. Desde então, o controle de Diddy sobre Cassie se intensificou, segundo testemunhas. Hoje, ela está entre as principais testemunhas do processo judicial. Em um dos vídeos, P. Diddy agride a socos e pontapés a então namorada, a modelo e cantora Cassie Ventura, dentro de um hotel. As imagens, captadas por câmeras de segurança, só vieram a público em 2024, embora a agressão tenha ocorrido em 2016, em Los Angeles. Cassie Ventura acusa o ex-namorado de violência física e psicológica, além de abuso sexual e controle total sobre sua vida. Ela afirma que era obrigada a manter relações com garotos de programa e a usar drogas fornecidas por ele. Veja Mais

'Esse cara é muito violento', diz funcionário que conviveu com P. Diddy

G1 Pop & Arte Documentário mostra a ascensão e a queda de um dos principais nomes do rap dos anos 1990 em meio a um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento. Documentário retrata vida de luxúria e violência de Sean 'Diddy' Combs Sean Combs, também conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy, é um magnata da música e símbolo do rap dos anos 1990. Ele viu o seu império desmoronar em um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento. Neste domingo (13), o Fantástico exibiu trechos do documentário inédito que mostra os bastidores da história, com acusações graves de tráfico sexual, agressão e estupro. Assista no vídeo acima. Entre os depoimentos, um funcionário que conviveu com P. Diddy por três décadas afirmou: "Esse cara é muito violento". Com medo, ele não quis se identificar. "Ele pensava que se as pessoas o temessem, elas os respeitariam", comenta. O documentário traz imagens inéditas e depoimentos de vítimas, funcionários e ex-parceiras do cantor. Mais de cem pessoas já relataram abusos cometidos por ele. Entre as denúncias, há casos de estupro de adolescentes de 13 e 17 anos. A defesa de P. Diddy nega todas as acusações. Caso P. Diddy: documentário traz imagens inéditas e depoimentos de vítimas do rapper Reprodução/ Fantástico "Trata-se da figura mais poderosa na indústria da música e uma das pessoas mais poderosas nos Estados Unidos. Então, este é um caso de enorme proporção", diz a advogada Lisa Bloom, que representa uma das mulheres que acusam Diddy. "Diddy: Como Nasce um Bad Boy" já está disponível no Globoplay e também será exibido nesta segunda-feira (14), às 23h45 (no horário de Brasília), no GNT. Veja Mais

Fabiana Cozza saúda São Jorge com ‘Oloie de Ogum’, samba de álbum que festejará 50 anos da artista em 2026

G1 Pop & Arte Fabiana Cozza lança o single ‘Oloie de Ogum’ em 23 de abril, dia do São Jorge Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Nascida em 16 de janeiro de 1976, Fabiana Cozza planeja festejar os 50 anos de vida em 2026 com álbum arquitetado desde 2024. Antes previsto para ser lançado em setembro deste ano de 2025, o décimo álbum da cantora e cantora paulistana ficou para 2026, mas já ganha uma terceira amostra em 23 de abril, dia de São Jorge. Na data, escolhida de forma estratégica para a edição do inédito single, Cozza festejará o santo guerreiro na cadência do samba Oloie de Ogum. No sagrado sincretismo do Brasil, São Jorge corresponde ao orixá Ogum no Candomblé e na Umbanda, religiões de matriz afro-brasileira. Oloyê é o termo da iorubá que, na hierarquia do Candomblé, designa um sacerdote. Cozza lembra que 23 de abril é também o dia do aniversário de Pixinguinha (1897 – 1973), “um homem de Ogum” na definição da artista, o que potencializa o sentido do single Oloie de Ogum. A direção musical e o arranjo do fonograma são do baixista Fi Maróstica, produtor do disco. Oloie de Ogum é samba assinado pelo compositor baiano Roque Ferreira em parceria com Marcos Ramos. O samba Oloie de Ogum se junta a outros dois sambas – Motumbá (Edivan Freitas e Marcos Ramos) e Mais feliz (Toninho Geraes e Paulinho Resende, 2006) – que compõem o repertório do décimo álbum de Fabiana Cozza. Capa do single ‘Oloie de Ogum’, de Fabiana Cozza Raul Zito com Débora Sacramento Veja Mais