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Cantora do Trio Esperança, Evinha tem voz amplificada por samples do rapper BK e single do DJ Alok com Watzgood

G1 Pop & Arte Evinha tem gravações de 1971 utilizadas em fonogramas do rapper BK e do DJ Alok Instagram Evinha ♫ ANÁLISE ♪ A voz de Evinha tem sido amplificada muito além do círculo de seguidores do Trio Esperança, grupo do qual a cantora carioca – residente em Paris desde meados da década de 1970 – faz parte desde os anos 1960. Tudo por conta da reutilização de duas gravações feitas pela artista para o álbum Cartão postal, lançado em 1971. Na sexta-feira, 18 de abril, saiu single em que o DJ Alok reprocessa com batidas de house music a gravação de Esperar pra ver com Gabriel Ribeiro, DJ e produtor do duo Watzgood. Objeto da releitura dos DJs, Esperar pra ver (Renato Corrêa e Guarabyra, 1971) é a música que o rapper BK sampleou – na mesma gravação de Evinha – em Cacos de vidro, uma das faixas mais cultuadas do quinto álbum de estúdio de BK, Diamantes, lágrimas e rostos para esquecer (2025), lançado em janeiro. Neste mesmo disco, BK usou outra gravação de Evinha no álbum Cartão postal, Só quero (Dal, Tom e Lilito, 1971), em sample inserido na faixa Só quero ver. O sucesso das faixas do álbum do rapper BK com samples de Evinha certamente influenciou a decisão de Alok remexer em Esperar para ver com Gabriel Ribeiro – ação que somente amplia a visibilidade do canto agudo de Evinha em um circuito musical frequentado por público jovem. Não é por acaso que a cantora já está confirmada como uma das atrações da edição de 2025 do festival Rock The Mountain, programado para novembro, em Itaipava (RJ), município da serra fluminense. Revelada em 1961 como integrante do afinado Trio Esperança, quando tinha dez anos, Evinha – cantora nascida em setembro de 1971 com o nome de Eva Côrrea José Maria – iniciou paralela carreira solo em 1969, ano em que evidenciou a doçura da Cantiga por Luciana (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós) na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC). Na primeira metade da década de 1970, a cantora transitou pelo soul e pela MPB em álbuns como Eva (1970), Evinha (1973) e Eva (1974), além do já mencionado Cartão postal. Ao partir para a França, onde se radicou em Paris e se casaria mais tarde como pianista e maestro francês Gérard Gambus, Evinha desacelerou a carreira no Brasil, mas nunca deixou de fazer shows eventuais no país natal em que vem sendo descoberta pela juventude graças a BK e, agora, a Alok. Veja Mais

Morre Cristina Buarque, pescadora de pérolas do samba e cantora de nome feito sem usar fama de ‘irmã do Chico’

G1 Pop & Arte Farol e referência para colegas como Marisa Monte e Mônica Salmaso, artista sai de cena aos 74 anos em decorrência de complicações de câncer de mama. Morre aos 74 anos a cantora Cristina Buarque, irmã de Chico Buarque ♫ OBITUÁRIO ♪ Se Cristina Buarque não tivesse sido uma cantora avessa aos holofotes, como a caracterizou o filho Zeca Ferreira em rede social ao comunicar a morte da mãe na manhã de hoje, talvez a artista tivesse ficado ressentida com o fato de Cauby Peixoto (1931 – 2016) ter se apropriado de Bastidores, a canção de 1980 que o irmão de Cristina, um certo Chico Buarque, compusera para ela. Contudo, Maria Christina Buarque de Hollanda (23 de dezembro de 1950 – 20 de abril de 2025) jamais se importou com o estouro de Cauby. Preferia o coro e a discrição das vocalistas ao protagonismo das cantoras estelares. Cristina Buarque (1950 – 2025) morre aos 74 anos em decorrência de câncer de mama Reprodução / Capa do álbum ‘Cristina’, de 1981 Mas, sim, Cristina Buarque foi uma cantora e, para quem entende que a grandeza do canto independente do tamanho da voz, ela foi uma grande cantora que também fica imortalizada como hábil pescadora de pérolas da música brasileira, em especial do samba. É essa a imagem que fica da artista na manhã deste domingo de Páscoa quando começa a se espalhar nas redes sociais e na imprensa a notícia da morte de Cristina Buarque, aos 74 anos, em decorrência de complicações de um câncer de mama que vinha tratando há tempos. Cantora de origem paulistana e criação carioca que viveu os últimos anos em Paquetá (RJ), onde comandava afamada roda de samba, a irmã de Chico Buarque entrou em cena em 1967 – se apresentando somente como Cristina – como convidada do compositor paulista Paulo Vanzolini (1924 – 2013) no álbum Onze sambas e uma capoeira (1967), dando voz ao samba Chorava no meio da rua, de Vanzolini. No embalo, Cristina dividiu com Chico Buarque a interpretação do samba-canção Sem fantasia (1968), no terceiro álbum do cantor. Daí em diante, a cantora trilhou o próprio caminho sem jamais se aproveitar do prestígio e da fama do irmão. E a trilha seguida por Cristina foi o samba dos bambas da velha guarda. Já no primeiro álbum, Cristina, lançado em 1974, a cantora deu voz a sambas de Cartola (1908 – 1980), Manacéa (1921 – 1995), Noel Rosa (1910 – 1937), Ismael Silva (1905 – 1978) e Ivone Lara (1922 – 2018), entre outros desbravadores do terreirão do samba. Foi pela voz pequena, devotada e respeitada de Cristina que, no disco de 1974, o Brasil realmente conheceu o samba Quantas lágrimas (1970), obra-prima do compositor Manacéa, também autor do samba Sempre teu amor (1963), revivido por Cristina na abertura do segundo álbum da artista, Prato e faca, gravado com arranjos do pianista José Briamonte e editado em 1976. Farol para cantoras como Marisa Monte e Mônica Salmaso, a discografia de Cristina Buarque sempre guardou joias do baú do samba. Foi no álbum Prato e faca, por exemplo, que Marisa Monte conheceu Esta melodia (Bubu da Portela e Jamelão, 1959), samba ao qual daria projeção ao regravá-lo no disco Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão (1994), lançado por Marisa 20 anos após o LP de Cristina. A coerência da discografia referencial de Cristina Buarque ficou atestada em em álbuns posteriores como Arrebém (1978), Vejo amanhecer (1980), Cristina (1981) e Resgate (1994). A obra da cantora inclui álbuns em tributos aos compositores Wilson Baptista (1913 – 1968) e Candeia (1935 – 1978). A partir de 1995, ano em que gravou com Henrique Cazes um disco com músicas de Noel Rosa, Cristina incorporou o famoso sobrenome Buarque à identidade artística, ciente de que todo mundo já sabia que ela nunca se beneficiou do parentesco próximo com Chico. Para os bambas do samba, Maria Christina Buarque de Hollanda sempre foi grande nome da música brasileira pela devoção, respeito e reverência com que abordou o repertório da velha guarda. Cristina Buarque (à direita) com Mart'nália em 2011 Reprodução / Blog do escritor Rodrigo Alzuguir Veja Mais

'Geni e o Zepelim' terá protagonista trans após críticas; entenda polêmica

G1 Pop & Arte Escolha de atriz cisgênero para interpretar Geni levou a pronunciamento da diretora, críticas de artistas trans e mudança na escalação. Entenda caso. Thainá Duarte sai do elenco de 'Geni e o Zepelim' Divulgação/Rodrigo Reis O filme "Geni e o Zepelim", adaptação homônima da canção de Chico Buarque, anunciou mudanças no elenco neste sábado (19) após uma série de críticas. A polêmica começou depois que a atriz Thainá Duarte foi anunciada no papel de Geni. A escolha da atriz cisgênero para interpretar a protagonista, que é uma travesti na peça "Ópera do Malandro", não foi bem recebida pelo público. O assunto levou a vários pronunciamentos da diretora, críticas de artistas trans e mudanças na escalação. Entenda o que aconteceu: Escolha de elenco causa controvérsia A controvérsia começou após o anúncio do elenco de "Geni e o Zepelim", feito nesta terça (15). Seu Jorge seria o comandante do zepelim, enquanto Thainá Duarte seria a protagonista Geni. No filme, Geni seria uma prostituta de uma cidade ribeirinha, localizada no coração da Floresta Amazônica. A proposta do longa seria de alterar o trágico fim da personagem, com o aval de Chico Buarque, segundo O Globo. Thainá Duarte e Seu Jorge seriam protagonistas de 'Geni e o Zepelim' Reprodução/Instagram/Divulgação Mas a escolha de Thainá para interpretar a protagonista foi motivo de controvérsia. Afinal, a canção "Geni e o Zepelim" faz parte do musical "Ópera do Malandro", de 1978. Não há especificação do gênero da personagem na letra da música, mas na peça, Geni é uma travesti. Com isso, a produção foi acusada de "transfake", nome dado à escalação de atores cisgênero para interpretar personagens trans. "Poxa, fico muito feliz com a notícia… mas uma atriz trans ou travesti dando vida a esse papel seria tão simbólico e poderoso.. Geni é uma personagem travesti", comentou a atriz Gabriela Medeiros, a Buba de "Renascer". Anna Muylaert 'abre discussão' sobre escalação Com a polêmica, a diretora Anna Muylaert publicou um vídeo no Instagram para explicar a escalação. De acordo com ela, no processo de idealização do filme, a produção entendeu que "a letra do Chico e o conto do Guy de Maupassant, Bola de Seda, no qual o Chico diz ter se inspirado", poderiam ter várias interpretações. "Poderia ser uma mulher trans, uma mãe solteira, uma carroceira da favela do Moinho, uma presidente tirada do poder sem crime de responsabilidade, uma floresta atacada diariamente por oportunistas", disse. Então, no filme, a personagem seria "uma prostituta cis da Amazônia". “A gente entendeu que essa poesia poderia ter várias interpretações, e que a gente poderia fazer essa versão amazônica cis com a atriz Thainá Duarte". Anna Muylaert e Seu Jorge nos bastidores de 'A Melhor Mãe do Mundo' Divulgação/Aline Arruda Apesar disso, Anna explicou que estava aberta à discussão e queria compreender "se hoje em 2025, o mito Geni só pode ser interpretado como uma mulher trans". A diretora completou que, se fosse o caso, ela poderia repensar a escalação de Thainá. Artistas como Liniker, Majur e Camila Pitanga pediram pela reescalação do papel. "Eu acho que no Brasil que a gente vive hoje, o debate ser aberto como votação se é certo ter uma pessoa trans ou cis nesse papel ou não, já nos expõe grandemente", comentou Liniker. Associação se reúne com equipe Com a discussão, Anna Muylaert e a produção do filme se reuniram com a Apta, Associação de profissionais trans do audiovisual. Segundo um comunicado publicado pela instituição, a conversa "teve como objetivo estabelecer um canal direto de diálogo e reivindicação com a equipe responsável pelo projeto". "Estamos acompanhando ativamente os desdobramentos junto à produção, com o compromisso de defender caminhos que contribuam para o fortalecimento e valorização da narrativa da personagem travesti Geni, bem como para a dignidade, representatividade e segurança da comunidade trans no audiovisual brasileiro", diz a nota da Apta. Atriz trans é escalada para o papel Migdal Filmes publica nota sobre 'Geni e o Zepelim' Reprodução/Instagram Neste sábado (19), a Migdal Filmes, responsável pela produção do longa, anunciou que uma atriz trans assumiria o papel de Geni. "A decisão coletiva foi fruto da escuta atenta e do aprendizado de intensas trocas com pessoas de diferentes setores da sociedade. Compreendemos que o momento político global, e em especial o cenário transfóbico no Brasil, impõe a todas as pessoas uma postura ativa e comprometida". "Consideramos que esta mudança de abordagem da identidade de gênero da personagem no filme é a atitude acertada". A nova intérprete de Geni ainda não foi anunciada. Anna Muylaert falou sobre o assunto em suas redes sociais. "Foi um debate muito rico, eu ouvi muitas vozes e pude entender a dimensão, a importância da personagem Geni para a comunidade trans", disse. Ela declarou que foi um "equívoco" tratar a personagem como uma mulher cis, e pediu desculpas às pessoas que se sentiram apagadas pela ideia. Em publicação no Instagram, Thainá Duarte também falou sobre a sua saída do filme. "Lamento que todo esse processo tenha causado tanta dor. Reafirmo meu compromisso com a escuta, aprendizado e com a luta pela equidade. Boa sorte e todo meu carinho”, escreveu a atriz. VÍDEO: Como pessoas trans já foram representadas no Oscar Veja como pessoas trans já foram representadas no Oscar Veja Mais

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Roberto Carlos chega aos 84 anos com canção apaixonada em alta rotação na novela ‘Vale tudo’ com Maria Bethânia

G1 Pop & Arte Roberto Carlos no especial de fim de ano de 2024 Globo / Bob Paulino ♫ ANÁLISE ♩ Nascido em 19 de abril de 1941, Roberto Carlos festeja 84 anos neste sábado, véspera do domingo de Páscoa. Não é uma data redonda e tampouco há comemorações públicas na agenda do artista, além de um show em Natal (RN) marcado para hoje na Casa de Apostas Arena das Dunas. Mas é uma data que corrobora a longevidade rara do reinado do cantor diante de uma parte do público brasileiro. Roberto Carlos parece estar em toda a parte do Brasil pela força perene do cancioneiro que totaliza quase 700 músicas feitas desde 1962, a maior parte composta em parceria com Erasmo Carlos (1941 – 2023). Basta dizer que o principal tema romântico da trilha sonora do remake da novela Vale tudo – atração da Globo no horário das 21h – é uma das mais apaixonadas canções da dupla, Olha (1975), lançada há 50 anos na voz de Roberto e ouvida na novela na gravação feita por Maria Bethânia há 32 anos para o álbum As canções que você fez pra mim (1993), dedicado pela cantora ao repertório do compositor. Roberto Carlos está longe de ser unanimidade na música brasileira. Poucos artistas foram e são tão amados quanto o cantor e compositor capixaba. Mas poucos também foram e são tão atacados quanto Roberto. Talvez porque Roberto Carlos seja um artista amado pelo povo, dono de um cancioneiro que transcende gerações e que alcança todas as classes. O fato é que o Rei nunca foi de fato admitido no seleto clube da MPB. Roberto Carlos sempre foi um caso à parte na música brasileira. E esse caso não tem solução... Haverá sempre quem ame as canções do Roberto, e esses são a grande maioria dos brasileiros. Mas também haverá sempre aqueles que as desprezam... Ou que fingem desprezá-las. Porque, olha, Roberto Carlos tem todas as coisas que os compositores sonham para eles. Em bom português, o artista é dono de obra que transcenderá a existência do próprio criador. Parabéns, Roberto Carlos! Veja Mais

A psicologia por trás do fascínio de crianças com Minecraft

G1 Pop & Arte Jogo em que pessoas têm liberdade para construir coisas é o mais vendido do mundo e até se tornou filme no cinema. Minecraft é o jogo de computador mais vendido do mundo e atrai pessoas de diversas idades Getty Images via BBC Minecraft é o jogo de computador mais vendido no mundo e, recentemente, chegou às telas dos cinemas com Um Filme Minecraft. Não é à toa que as crianças não se cansam de jogá-lo. O americano AJ Minotti tem três filhos, e todos eles adoram jogar Minecraft. Tanto as gêmeas de dez anos quanto o filho mais novo de seis passam horas construindo coisas com uma quantidade infinita de blocos virtuais disponíveis no jogo. Minotti, que trabalha com marketing em Ohio, nos Estados Unidos, se impressiona, com frequência, com o que eles são capazes de criar. "Pai, quero te mostrar uma coisa", disse uma das filhas de Minotti recentemente, segurando a tela do Nintendo Switch. O avatar dela estava diante de uma cachoeira. Assim que ela apertou um botão, a água parou, revelando a entrada de uma caverna. Lá dentro havia uma construção subterrânea cheia de luzes interativas e um painel que exibia os itens que ela tinha conseguido ao longo do jogo. "Parecia uma mansão subterrânea", lembra Minotti, maravilhado. "Eu fiquei super impressionado." A filha havia seguido alguns tutoriais no YouTube, mas também criou muitas coisas a partir das próprias ideias. "Me lembra de quando eu era uma criança e ficava o tempo todo mexendo no computador", diz Minotti. O sucesso do jogo Minecraft fez com que ele fosse adaptado para um filme de Holywood, lançado no início de abril PA Media via BBC Minecraft é um dos jogos mais populares de todos os tempos. Lançado em 2009, vendeu mais de 300 milhões de cópias até 2023. Assim como outros similares como Roblox e Terraria, atrai jogadores de todas as idades, desde crianças até adultos. O jogo é capaz de prender a atenção das crianças por horas, algo cada vez mais raro hoje em dia, com tantas distrações. Mas alguns pais temem que o interesse dos filhos pelo Minecraft se torne uma obsessão, ou até mesmo um vício, já que muitas vezes é difícil tirá-los de frente da tela do computador. A popularidade do Minecraft é tanta que deu origem a uma adaptação para o cinema: Um Filme Minecraft, estrelado por Jack Black e Jason Momoa, e lançado no início deste mês. Segundo especialistas, é possível que haja fatores psicológicos, e até mesmo evolutivos, por trás do sucesso de Minecraft. Jogos como esse despertam um instinto natural que existe em todos nós, e que sustenta o progresso da espécie humana: o desejo de construir. Instituto natural de construção Se pensarmos bem, as crianças sempre gostaram de construir coisas. Seja castelos de areias e casas na árvore, seja objetos feitos com blocos de madeira, massinhas de modelar e peças de Lego. O Minecraft é apenas uma nova versão desse tipo de brincadeira, só que no espaço digital. Mas por que construir coisas é tão irresistível para muitas crianças? "Todos os mamíferos brincam quando são jovens", afirma Peter Gray, psicólogo que estuda formas de aprendizagem infantil no Boston College, em Massachussets, Estados Unidos. Animais predadores, por exemplo, brincam de pegar coisas. Já as presas brincam de se esquivar. "Eles brincam com as habilidades que são mais importantes para o seu desenvolvimento, sobrevivência e capacidade de reprodução", diz Gray. Mas diferente de outros animais, os seres humanos devem grande parte da sua capacidade de sobrevivência à habilidade de construção — desde cabanas às ferramentas para caça. "Por isso, não é uma surpresa que a seleção natural tenha dotado crianças com um instinto forte para brincar de construir coisas", pontua. Gray também observa que as crianças brincam usando a linguagem e a imaginação, ou criam jogos baseados em regras e interação social — aparentemente como parte da preparação para a vida adulta. O que as crianças escolhem construir enquanto brincam, e a forma como constroem, tende a refletir a cultura em que vivem. "Não devemos nos surpreender com o fato de que as crianças hoje em dia estejam tão atraídas a brincar no computador, e isso não deveria nos preocupar", afirma Gray. "As crianças sabem, instintivamente, que essas são as habilidades que elas precisam desenvolver." A psicologia por trás do fascínio de crianças com Minecraft BBC Julian Togelius, cientista da computação da Universidade de Nova York, tem notado esse ímpeto para construção surgindo no filho, que não tem nem três anos. Na creche, ele já constrói túneis para passar com trenzinhos e caminhões de brinquedo. Quando o filho de Togelius ficar um pouco mais velho, será difícil resistir aos computadores. Segundo o cientista, os jogos estilo sandbox, como Minecraft, que dão aos jogadores liberdade para explorar a criatividade sem ter um objetivo específico, facilitam a interação e a execução de tarefas no computador. "No mundo do Minecraft, criar algo é direto e simples", explica. "É muito mais fácil do que escrever um código." Em outras palavras, jogos como esse satisfazem nosso desejo natural de construir, algo que os computadores, tradicionalmente, poderiam dificultar, principalmente para as crianças. Mas a construção não é o único atrativo. Embora o modo sandbox permita que os jogadores criem com liberdade, há também o modo sobrevivência, em que o jogador é desafiado a enfrentar inimigos. Minotti destaca ainda que há um lado social no jogo. Quando seus filhos não conseguem encontrar pessoalmente com os amigos ou primos, eles podem fazer isso online. "Acaba se tornando um espaço virtual de convivência." Talvez seja melhor pensar no Minecraft como um playground virtual, onde as crianças podem encontrar seu próprio nicho, uma vez que elas podem escolher entre uma grande variedade de atividades e estilos de jogo. Personalidade e comportamento Togelius estudou como o comportamento de jogadores em Minecraft revelam aspectos de suas personalidades. Ele argumenta que, devido à liberdade que é dada aos jogadores, é mais fácil para eles se expressarem no jogo do que em clássicos de fliperama como Asteroides, em que é preciso atirar contra rochas que caem do espaço. Como parte do estudo, Togelius e seus colegas pediram a participantes adultos que respondessem um questionário sobre suas personalidades. Em seguida, compararam os resultados com a forma como cada participante jogava Minecraft. O comportamento dos participantes dentro do jogo apresentou correlação com certos traços de personalidade. "A independência é fortemente vista no jogador que não termina a missão principal do jogo", diz Togelius. Além disso, pessoas que disseram carregar fortes valores familiares pareciam demonstrar isso, ainda que de forma inconsciente, dentro do jogo. "Elas constroem casas e fortalezas com cercas." Apesar de Togelius não ter repetido o estudo com crianças, ele diz que não ficaria surpreso se as personalidades delas também se manifestassem no jogo. O estudo ainda revelou que os jogadores de Minecraft tendem a se diferenciar da população em geral, sendo significativamente mais curiosos e menos motivados por desejos de vingança. A diversidade de possibilidades nos jogos sandbox ajuda a garantir um apelo mais amplo, diz Bailey Brashears, psicóloga da Texas Tech University, que no ano passado publicou uma tese sobre como o Minecraft pode ser usado como uma ferramenta de pesquisa psicológica. Brashears identificou cinco aspectos distintos oferecidos pelo jogo: a socialização, a oportunidade de se sentir competente através de um combate ou exploração, engenharia, criatividade, e a sobrevivência. "A maioria dos jogos oferece apenas um ou dois desses elementos", Brashears diz. "Você tem jogos que são mais focados no aspecto social e na sobrevivência, como o Fortnite", explica. A psicologia por trás do fascínio de crianças com Minecraft Alamy via BBC É claro que a quantidade de tempo que as crianças passam jogando Minecraft também gera preocupações mais amplas sobre o excesso de exposição às telas. Mas Minotti ressalta que os filhos também fazem outros tipos de atividades – eles amam jogar basquete, por exemplo. Ainda assim, às vezes ele precisa lembrá-los de não jogar em excesso, e supervisionar os pedidos de amizade online. "Nós não deixamos eles livres para fazer o que querem na internet", afirma. A Sociedade Nacional para a Prevenção de Crueldade contra Crianças no Reino Unido, (NSPCC, sigla em inglês) publicou orientações sobre como manter as crianças seguras enquanto jogam Minecraft ou jogos desse tipo. Há relatos de casos sérios envolvendo abuso infantil e aliciamento de menores no Minecraft. Recentemente, o chefe executivo da Roblox, outro tipo de jogo que permite às pessoas criarem, gerou um debate intenso ao dizer que os pais deveriam manter seus filhos longe das plataformas de jogos se eles estivessem preocupados com a exposição deles a conteúdos prejudiciais. No geral, Minotti se sente confortável com o fato de os filhos passarem bastante tempo jogando Minecraft. Segundo ele, além de ter controle sobre o que os filhos estão fazendo, eles jogam usando a criatividade. "Eu vejo como um playground digital", afirma. Ferramenta de aprendizagem O grande apelo do Minecraft também está na sua capacidade de conectar pessoas de novas formas. Professores universitários, por exemplo, usaram o Minecraft para dar aulas online durante os primeiros anos da pandemia de Covid-19. Na Irlanda, professores do Ensino Fundamental relataram ter tido sucesso em engajar os alunos nas aulas por meio plataforma Minecraft Education - uma versão do jogo feita para atividades escolares -, segundo uma pesquisa feita por Éadaoin Slattery, professora de Psicologia da Technlogical University of the Shannon Midwest. Ela entrevistou 11 professores no país para um estudo financiado pela Microsoft, proprietária do Minecraft. E cita o exemplo de um professor que decidiu criar um jogo dentro do Minecraft Education para ajudar os alunos a aprender gaélico. "Ele falou sobre como criar restaurantes e diferentes tipos de comida no Minecraft ajudaria os estudantes a aprender novas palavras", disse. Outras pesquisas apontam que o uso do Minecraft nas salas de aula pode aumentar a motivação dos alunos para tarefas escolares, resolução de problemas, leitura e escrita, entre outras habilidades. Talvez as atividades educativas no Minecraft estejam aproveitando o chamado "estado de flow", um alto nível de concentração e foco que os jogadores atingem quando estão imersos no jogo. Esse fenômeno é associado a diferentes tipos de atividade, mas é tão comum entre fãs de Minecraft que se tornou um objeto de estudo. Isso ajuda entender por que as crianças ficam tão concentradas no jogo a ponto de ignorar tudo o que acontece ao redor. A psicologia por trás do fascínio de crianças com Minecraft Alamy via BBC Mas há indícios de que o Minecraft não é atrativa para todos os públicos da mesma forma e pode apresentar uma desigualdade de gênero. Um estudo na Austrália, que entrevistou mais de 700 pais, revelou que enquanto 54% dos meninos entre 3 e 12 anos jogam Minecraft, apenas 32% das meninas nessa faixa etária também fazem isso. Os autores do estudo afirmam que é importante que jogos e plataformas online busquem engajar as meninas tanto quanto os meninos, uma vez que esses jogos ajudam as crianças a desenvolver habilidades digitais que elas vão precisar quando crescerem. AJ Minoti, por exemplo, não está preocupado com qualquer dificuldade que as filhas possam ter para se adaptar ao mundo digital. "O Minecraft é a praia delas", ele afirma. "Sou eu que tenho que perguntar como se mexe nas coisas." E embora seus filhos também se divirtam construindo coisas com peças de lego, Minotti diz que não tem espaço para guardar tantos blocos em casa. No fim das contas, o Minecraft oferece uma solução prática: "É como ter todas as peças de Lego que você poderia imaginar", afirma. Veja mais em: Técnica do ‘cérebro podre’: alunos usam app que transforma textos longos em vídeos curtos Os riscos invisíveis do TikTok para crianças Veja Mais

Criolo, Duda Beat e Carol Biazin tiram o brilho de músicas da fase mais pop de Rita Lee em EP sem graça e sem razão

G1 Pop & Arte Roberto Frejat soa correto ao reviver o rock ‘Mamãe natureza’ no EP Revisita Rita’ e Iza dá voz a ‘Ovelha negra’ sem a alma da gravação original de 1975. ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Revisita Rita Artistas: Carol Biazin, Criolo, Duda Beat, Iza e Roberto Frejat Cotação: ★ ★ ♬ Revisitar o cancioneiro de Rita Lee (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) – sobretudo os hits da fase pop da parceria com Roberto de Carvalho – é tarefa difícil porque a obra da artista paulistana exige leveza, verve e espirituosidade para realçar o brilho desse repertório que abriu alas femininas na seara do rock. Brilho é tudo o que falta ao EP Revisita Rita, idealizado pelo produtor musical Moogie Canazio – amigo do casal Rita & Roberto – e lançado hoje, 18 de abril, pela gravadora Universal Music com gravações inéditas de quatro sucessos da cantora e compositora paulistana. O lote oscila entre a mera correção e a infelicidade dos registros. A falência das boas intenções fica evidente já na primeira das quatro faixas, Chega mais (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1979). Esse rock pop com clima de disco music e espirito folião perde toda a graça e charme no canto insosso de Carol Biazin e Duda Beat, intérpretes deste hit do primeiro álbum de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Adornada com sintetizada batucada de samba, ouvida após o segundo dos quatro minutos da faixa, a abordagem de Chega mais é reverente ao arranjo do mago Lincoln Olivetti (1954 – 2015), piloto dos teclados (piano e sintetizadores) da gravação original de Rita. Na sequência do EP, o canto de Criolo em Flagra (1982) – outro irresistível hit da obra pop de Rita & Roberto – reitera a sensação de inutilidade dessa revisita. Na batida do rock, o rapper sambista dissipa toda a graça e malícia sensual da música em total inadequação – a ponto de essa constrangedora abordagem de Flagra soar como o ponto menos luminoso da trajetória fonográfica de Criolo. Já a gravação de Ovelha negra (Rita Lee, 1975) – hino geracional da fase de Rita com a banda Tutti Frutti que soa atemporal porque haverá sempre dissonâncias entre pais e filhos – é xerox do registro original da cantora no álbum Fruto proibido (1975), com direito a uma cópia do antológico solo da guitarra de Luiz Carlini. Cantora de voz potente, Iza faz o que pode, mas não consegue dar o recado de Ovelha negra com a alma posta por Rita na gravação original de clima folk. Por fim, a abordagem do rock Mamãe natureza com Frejat é a faixa mais correta do lote de gravações do EP Revisita Rita. Mamãe natureza foi a primeira música composta por Rita, em 1973, após a saída do grupo Os Mutantes. Como Frejat é do ramo do rock, a faixa resultou eficaz, mas sem deixar de tornar questionável a existência de disco sem graça e sem razão de ser porque o EP nada – rigorosamente nada – acrescenta ao cancioneiro imortal de Rita Lee e, pior, ainda presta desserviço ao tirar o brilho das músicas que embala para novos ouvidos e gerações. Rita Lee (1947 – 2023) tem quatro músicas regravadas no EP Revisita Rita’ Guilherme Samora / Divulgação Veja Mais

Fyre Festival 2 é adiado, dois meses antes do início do evento

G1 Pop & Arte Sequência do desastroso festival de 2017 estava programada para acontecer entre os dias 30 de maio e 2 de junho, no México. Segundo a organização, um reembolso foi emitido para os clientes. Cena do documentário 'Fyre': Este era o alojamento do festival, que prometia acomodações luxuosas Divulgação/Netflix A segunda edição do Fyre Festival foi adiada, a dois meses do início dos eventos, e não tem data para acontecer, segundo a ABC News. O canal de notícias afirmou que os clientes receberam uma mensagem, dizendo que um reembolso foi emitido. "Assim que a nova data for anunciada, você poderá comprar novamente, se for adequado à sua agenda." O evento, que deveria ser a sequência do desastroso festival de 2017 estava programado para acontecer no México de 30 de maio a 2 de junho. Depois de uma infame e desastrosa primeira edição, os ingressos para o segundo Fyre Festival foram colocados à venda em fevereiro, custando de US$ 1.400 (R$ 8.085) a US$ 1,1 milhão. "Não há outro evento como este", diz o site, que promete “uma celebração eletrizante de música, artes, culinária, comédia, moda, jogos, esportes e caça ao tesouro” com “performances inesquecíveis, experiências imersivas e uma atmosfera que redefine a criatividade e a cultura”. O criador do festival, Billy McFarland, de 31 anos, disse em um vídeo publicado no Instagram que esta segunda edição será diferente. Não há programação confirmada. De acordo com o que McFarland disse ao Today Show, o festival incluirá "artistas de música eletrônica, hip-hop, pop e rock". Veja Mais

Zeca Baleiro canta ‘Frank Sinatra’ em álbum que registra show de voz e piano

G1 Pop & Arte Zeca Baleiro (de pé) com o pianista Adriano Magoo em apresentação do show ‘Piano’ Guilherme Leite / Divulgação Produção Zeca Baleiro ♫ NOTÍCIA ♪ Zeca Baleiro canta Frank Sinatra no álbum Piano. Não, o artista maranhense não aborda o repertório do cantor norte-americano. Frank Sinatra é o nome da música composta por John McCrea e lançada em 1996 pela banda norte-americana Cake. No disco que será lançado por Baleiro amanhã, 17 de abril, Frank Sinatra é uma das 12 músicas gravadas pelo cantor no Midas Estúdio, em takes captados praticamente ao vivo, em São Paulo (SP) durante quatro dias de novembro de 2024. Com produção musical de Sérgio Fouad, o álbum Piano apresenta recorte do show homônimo feito por Zeca Baleiro com o pianista Adriano Magoo. Cantor e músico já tinham percorrido algumas cidades do Brasil com o show Piano no binômio 2013 / 2014. No ano passado, Baleiro retomou o projeto com a ideia de fazer gravação em estúdio para a edição do álbum e a intenção de promover a volta à cena do show Piano neste ano de 2025. Desde janeiro, Baleiro e Magoo têm apresentado o show em algumas capitais. Em essência, o roteiro é o mesmo de 2013, mas entraram algumas músicas como a inédita Tem algo lá – parceria recente de Baleiro com Juliano Holanda – e como Ninguém perguntou por você (Arthur Braganti e Letícia Novaes, 2017), sucesso de Letrux que Baleiro já cantava eventualmente em shows antes da retomada de Piano. No álbum, Baleiro também registra Tarde de chuva, parceria do artista com o poeta roraimense Eliakin Rufino. Detalhe: Tarde de chuva já figurava no roteiro do show Piano nas apresentações iniciais de 2013, mas a música permaneceu inédita em disco ao longo desses 12 anos. Capa do álbum ‘Piano’, de Zeca Baleiro Divulgação Veja Mais

'Branca de Neve' é banido do Líbano por ter Gal Gadot no elenco

G1 Pop & Arte Live-action da Disney com a atriz israelense interpretando a Rainha Má foi proibido de ser exibido nos cinemas do país. Rachel Zegler (à direita) e Gal Gadot estrelam a nova versão da Disney para 'Branca de Neve' Divulgação O live-action "Branca de Neve" foi banido dos cinemas do Líbano, segundo informações da revista "Variety". A proibição acontece por ter a atriz israelense Gal Gadot no elenco. No longa, ela interpreta a Rainha Má. A publicação informa que a proibição foi ordenada pelo Ministro do Interior do Líbano, Ahmad Al-Hajjar, que, de acordo com a mídia local, foi motivado a tomar medidas pelo órgão de fiscalização de mídia e cinema do país em meio aos ataques de Israel ao Hezbollah no Líbano, que causaram mortes de civis. Manifestantes interrompem homenagem a Gal Gadot na Calçada da Fama Contudo, um representante da distribuidora do Oriente Médio Italia Films, sediada em Beirute e responsável pelos títulos da Disney na região, disse à Variety que Gadot está há muito tempo na "lista de boicote de Israel" do Líbano e que nenhum filme em que ela atua jamais foi lançado no país. Os representantes de Gadot não responderam ao pedido de comentário da Variety. Gadot já defendeu Israel em algumas ocasiões desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. "Eu estou com Israel, você também deveria. O mundo não pode ficar em cima do muro quando esses atos horríveis de terror estão acontecendo", escreveu a atriz nas redes sociais na época. A atriz declarou, em um evento em março deste ano, que "nunca imaginou que nas ruas dos Estados Unidos, e em diferentes cidades ao redor do mundo, veríamos pessoas não condenando o Hamas, mas celebrando, justificando e aplaudindo um massacre de judeus”. 'Branca de Neve' se esforça, mas não consegue trazer o encanto dos contos de fadas; g1 já viu Assista ao trailer do filme "Branca de Neve" Veja Mais

Anna Ratto revisita a obra de Arnaldo Antunes em ‘Vison negro’ com mais viço e vigor do que no álbum de 2021

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘Vison negro’, de Anna Ratto Elisa Bezerra ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Vison Negro Artista: Anna Ratto Cotação: ★ ★ ★ ★ ♬ Com Vison negro, álbum disponível desde 11 de abril, Anna Ratto desmonta a tese de que o segundo volume de um disco costuma soar como xerox do trabalho que lhe deu origem. Quatro anos após o álbum Contato imediato – Anna Ratto visita Arnaldo Antunes (2021), a artista carioca volta a abordar o cancioneiro do compositor paulistano – revelado no grupo Titãs no início dos anos 1980 e em carreira solo desde 1993 – em disco que, como revela a própria artista, é “obra do acaso”. Bela obra do acaso, pois soa mais vigoroso do que o disco que lhe deu origem. O que de início seria somente um EP sugerido por Alexandre Kassin – com gravações de três músicas que entraram no show originado do songbook de 2021 – ganhou a forma de álbum com 10 faixas quando Arnaldo Antunes forneceu repertório inédito para Anna Ratto. São cinco músicas inéditas e cinco regravações. Dentre as cinco novidades de Vison negro, há o rock que batiza o álbum produzido pelo mesmo Liminha que pilotou o disco anterior, mas agora com a adesão de Kassin. Vison negro, o álbum, tem dose mais farta de rock do que Contato imediato porque outras músicas, como Não enfeitar (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Liminha) e Não temo (primeira parceria de Anna Ratto com Arnaldo Antunes, menos imponente no conjunto da obra), também foram ambientadas em atmosfera roqueira. No caso de Não enfeitar, com um toque country na introdução da faixa. De modo geral, a sonoridade de Vison negro resulta bem mais sedutora do que a do disco anterior, gerado em contexto pandêmico ainda marcado pelo isolamento social. O álbum Vison negro ostenta músicos do naipe do guitarrista Davi Moraes e do pianista Marcelo Galter, ambos presentes na guitarrada Bam bam bam – música assinada por Arnaldo com Céu e Hyldon que reforça a já recorrente conexão do ex-titã com o universo musical do norte do Brasil – e em Dança (2015), reggae em clima de dub. Dança é parceria de Arnaldo Antunes com Marisa Monte apresentada pelo cantor há dez anos no álbum Já é (2015). Com a mesma Marisa Monte e com Pepeu Gomes, o compositor assina Um branco, um xis, um zero (1999), música que até então ninguém tinha tido coragem de regravar posto que lançada por ninguém menos do que Cássia Eller (1962 – 2001). Ratto se desvia da cruel comparação ao abordar a música no tom mais suave de um pop radiofônico. Na seara das baladas, a cantora dá voz à recente Lágrimas no mar (Pedro Baby, João Moreira, Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2021) – canção que deu nome ao álbum lançado por Arnaldo com o pianista Vitor Araújo há quatro anos – e à inédita Todo dia e toda hora com você (Arnaldo Antunes com Marcelo Jeneci, Betão Aguiar, Fefê e Junix). Canção melódica gravada por Anna com Fernanda Takai, Todo dia e toda hora com você seria um hit em potencial se o rádio ainda moldasse o gosto musical popular (resta torcer para que entre na trilha sonora de alguma novela...). Com arranjo que evidencia as guitarras de Liminha e Kassin, a balada Se tudo pode acontecer (Arnaldo Antunes, Alice Ruiz, Paulo Tatit e João Bandeira, 2001) exemplifica a superioridade da sonoridade de Vison negro em relação ao som de Contato imediato, inclusive pela mixagem azeitada do norte-americano Michael H. Brauer, engenheiro de som que tem no currículo trabalhos com nomes do porte de Bob Dylan e Rolling Stones. A dose adicional de viço e vigor de Vison negro é reiterada no arremate do álbum com a pulsação enérgica que move Sem você (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 1998), a música que Brown lançou ainda no século passado com o título de Busy man. Enfim, Anna Ratto virou o jogo no segundo tempo com Vison negro. Anna Ratto apresenta cinco músicas inéditas e cinco regravações do cancioneiro de Arnaldo Antunes no álbum ‘Vison negro’ Elisa Bezerra / Divulgação Veja Mais

Funkeiro lançou mais de 3 mil músicas em um ano com estratégia incomum; entenda

G1 Pop & Arte Com mais de 7 mil canções registradas na carreira, MC Gw virou nome quase onipresente na música brasileira. Ao g1, ele conta estratégia de liberação de vocais 'a capella' para DJs de funk. Funkeiro lançou mais de 3 mil músicas em 2024 com estratégia incomum; entenda Na última sexta (11), um cantor de funk teve seu nome associado a não uma, não duas, nem dez... mas 48 novas faixas. De MTGs a remixes e até colaboração com Anitta, o MC Gw parece ser o artista mais onipresente da música brasileira. Não à toa. No momento da publicação deste texto, o nome do cantor, Glaucio William Da Silva Jeronimo, estava em 7.658 fonogramas registrados no Ecad - a título de comparação, um artista prolífico e veterano como Caetano Veloso tem 2.080 fonogramas em seu nome. Pode parecer que Gw atira para todo lado, mas na verdade, essa é uma jogada inteligente, que ajuda o músico e quem trabalha com ele. Em 2024, ele foi o segundo artista brasileiro mais ouvido no Spotify no exterior, atrás somente de Anitta. MC Gw Reprodução/Spotify Ao g1, o funkeiro explicou como funciona o seu esquema de trabalho - que já funciona assim há mais de três anos: Gw cria algumas estrofes e disponibiliza os vocais "a capella" (sem instrumentação) no SoundCloud e no YouTube para utilização de DJs e outros artistas; Caso alguém queira usar os vocais, é só montar a música e pedir a liberação para equipe dele; Os direitos são divididos entre os artistas, para que as músicas apareçam também na conta do Spotify de MC Gw; São tantas músicas com a voz de Gw que ele tem que contar com a equipe para verificar todas as faixas, como foi o uso e como deve ser a distribuição de créditos; Assim, o nome dele aparece em várias faixas e tem mais chances de subir nas paradas; já artistas menores ganham o peso de um nome maior em uma colaboração, e têm mais chances de ter suas músicas ouvidas. O artista que colabora com todo mundo Gláucio William da Silva Jerônimo, o Gw, cresceu na música - passando por gêneros como o samba, pagode baiano e o funk proibidão. Ele já faz sucesso desde os anos 2010, com faixas como "Sarra Novinha no Grau", "Ritmo Mexicano" e "Atura ou Surta". Grave, rouca e anasalada, a voz de Gw é inconfundível e sempre foi requisitada por DJs no Brasil. Então, quando algum produtor queria o timbre de Gw em sua música, o funkeiro não via problema em autorizar. MC GW canta com Pedro Sampaio e Anitta em 'Bota um funk' Divulgação Esse tipo de liberação de vocais já acontece muito na indústria. Mas Gw percebeu que poderia estruturar esse processo, dar oportunidade para DJs de funk e manter o controle sobre para onde vão seus vocais. Então, o artista e sua equipe desenvolvem um "trabalho de formiguinha" há pouco mais de três anos. "Sempre liberei vocais. Só que eu fazia de forma desordenada. A gente começou a acertar e dar um norte. A fazer a coisa registrada, direitinho. Eu via que ninguém no mercado fazia isso, e comecei a olhar de forma estratégica", conta ao g1. Hoje, praticamente qualquer um pode ter a voz de Gw em sua música; basta seguir o processo. Como funciona Ao g1, Gw explicou como funciona essa estratégia: ele pensa em versos, grava acapella e, com sua equipe, planeja quando esses vocais serão disponibilizados no YouTube e no SoundCloud. Essa parte é comum no funk - a raridade aqui é que os vocais venham de alguém do porte de Gw. Tudo é calculado em um cronograma, com foco em épocas estratégicas como o verão no Brasil e no hemisfério norte. Além disso, eles precisam planejar bem para que, à medida que os vocais forem usados por DJs e produtores, a equipe de Gw consiga estimar o volume de músicas que será lançado. Então, de tempos em tempos, Gw disponibiliza vários vocais de uma vez. Em novembro de 2024, por exemplo, ele publicou um vídeo de 44 minutos no YouTube intitulado "Acapellas do Gw 2025". "Os vocais são gratuitos, mas os direitos devem ser compartilhados", diz a descrição. A partir disso, DJs usam a voz dele em diferentes beats e instrumentações, montam músicas e solicitam a liberação da equipe de Gw. Hoje, os acapellas são usados por tantas pessoas que nem o próprio cantor consegue ouvir todas. “Eu já botei uma equipe específica para poder fazer [a liberação]. Eles me mostram o resumo de tudo que eles fazem, uma auditoria certinho, para ver se é aquilo ali mesmo ou não dá nenhum tipo de problema. A gente não tem que ficar fazendo nenhum tipo de autorização. Se eu quiser fazer, aí fica ao meu critério, mas prefiro não fazer”. Segundo Gw, a maior parte das músicas é aprovada sem grandes alterações. "Eu já tive alguns probleminhas com algumas músicas que eu não concordava, mas aí a gente entra em comum acordo", explica. Na maioria das vezes, a única exigência é de que Gw seja devidamente creditado e recompensado por sua participação. Ele negocia a porcentagem de lucro que lhe é devida, de acordo com a duração da sua voz na música. Todo mundo ganha A estratégia é boa para manter Gw no radar e dá mais chances de subir nas paradas - com tantas músicas, alguma acaba ganhando tração. Não à toa, ele tem mais de 19 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Muitas faixas com a voz do cantor vêm ganhando sucesso no exterior por adotar o estilo "brazilian phonk" (funk pesado e agressivo, com influências de vertentes eletrônicas), sonoridade que tem muita adesão no leste europeu. Ou seja, liberar vocais não faz mal para os números de Gw. Mas o funkeiro garante que não é esse o objetivo. MC Gw Divulgação “[Ganhar números] é bom, eu gosto, mas esse tipo de trabalho que eu fiz... não foi visando nada, sabe? Eu comecei a olhar o mercado de uma forma diferente, para poder também ajudar os DJs que não são conhecidos, que estão começando agora. A gente vai fazendo as músicas e isso abre portas". “Para mim, o maior pagamento é quando uma pessoa que tá começando, que é DJ e tem um sonho de soltar a música, dá certo com alguma música minha que ele fez e consegue mudar a vida dele”. Por isso, Gw pretende continuar com essa estratégia até porque "não tem nenhum tipo de problema, nem porque parar". “Pretendo também continuar fazendo que, através de mim, outras pessoas também venham a se inspirar”. Veja Mais

Alcione regrava Arlindo Cruz e canta samba inéditos de Zeca Pagodinho e Inácio Rios no álbum que lança em maio

G1 Pop & Arte Alcione lança em maio o primeiro álbum de músicas inéditas da discografia da cantora desde ‘Tijolo por tijolo’, de 2020 Vinícius Mochizuki / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Alcione lança álbum com músicas inéditas na primeira quinzena de maio. Intitulado Alcione, o disco traz no repertório um samba de Arlindo Cruz – samba famoso, mas nunca gravado pela artista – e composições inéditas de autoria de nomes como Zeca Pagodinho, Fred Camacho, Inácio Rios e Arlindinho, filho de Arlindo Cruz. No álbum Alcione, a cantora também dá voz às já conhecidas músicas Marra de feroz (Xande de Pilares, Gilson Bernini e Helinho do Salgueiro, 2024), Mar de segredo (Nani Palmeira e Reno Duarte, 2024) – gravada pela artista para a trilha sonora da novela Garota do momento (Globo, 2024 / 2025) – e Não mexe comigo (Igor Leal e Thiago Servo, 2025). Assim como o anterior disco de inéditas da cantora, Tijolo por tijolo (2020), o álbum Alcione tem produção musical e arranjos assinados por Alexandre Menezes, diretor musical da Banda do Sol. Veja Mais

Trump, Beyoncé, Jay-Z, DiCaprio, Will Smith: as festas milionárias de Diddy frequentadas por celebridades

G1 Pop & Arte Documentário mostra a ascensão e a queda de um dos principais nomes do rap dos anos 1990 em meio a um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento. Donald Trump ao lado de P. Diddy em uma das festas promovidas pelo rapper Reprodução/ Fantástico Magnata da música e símbolo do rap dos anos 1990, Sean Combs, também conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy, viu o seu império desmoronar em um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento. O rapper está preso desde 2024 e o seu julgamento está marcado para 5 de maio. Se condenado, pode pegar prisão perpétua. No auge da fama, Puff Diddy promovia festas milionárias em sua mansão nos Hamptons, frequentadas por celebridades como Beyoncé, Jay-Z, Will Smith, Leonardo DiCaprio e Donald Trump, além de membros da alta sociedade americana. As chamadas "festas brancas", na qual todos vestiam a cor branca, eram promovidas em sua mansão toda de vidro. Os eventos eram cobiçados. Mas, o que nem todos sabiam era que essas festas escondiam um lado sombrio. Há relatos de drogas, orgias e tráfico sexual de menores. Beyoncé e Jay-Z ao lado de P. Diddy em uma das festas promovidas pelo rapper Reprodução/ Fantástico No último domingo (13), o Fantástico exibiu trechos do documentário "Diddy: Como Nasce um Bad Boy", disponível no Globoplay. Assista no vídeo abaixo. Entre as entrevistas, uma advogada afirma ter reunido provas de crimes graves cometidos durante esses eventos. Uma das vítimas relata ao documentário ter sido violentada brutalmente e ameaçada por Diddy. "Consegui fugir, mas ainda tenho pesadelos", diz ela, sob anonimato. Documentário retrata vida de luxúria e violência de Sean 'Diddy' Combs "Trata-se da figura mais poderosa na indústria da música e uma das pessoas mais poderosas nos Estados Unidos. Então, este é um caso de enorme proporção", diz a advogada Lisa Bloom, que representa uma das mulheres que acusam Diddy. Relacionamento com Cassie Ventura Em 2005, Sean começou um relacionamento com Cassie Ventura, enquanto ainda estava com Kim Porter, mãe de seus filhos. Kim morreu em 2008, vítima de pneumonia. Desde então, o controle de Diddy sobre Cassie se intensificou, segundo testemunhas. Hoje, ela está entre as principais testemunhas do processo judicial. Em um dos vídeos, P. Diddy agride a socos e pontapés a então namorada, a modelo e cantora Cassie Ventura, dentro de um hotel. As imagens, captadas por câmeras de segurança, só vieram a público em 2024, embora a agressão tenha ocorrido em 2016, em Los Angeles. Cassie Ventura acusa o ex-namorado de violência física e psicológica, além de abuso sexual e controle total sobre sua vida. Ela afirma que era obrigada a manter relações com garotos de programa e a usar drogas fornecidas por ele. Veja Mais

'Esse cara é muito violento', diz funcionário que conviveu com P. Diddy

G1 Pop & Arte Documentário mostra a ascensão e a queda de um dos principais nomes do rap dos anos 1990 em meio a um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento. Documentário retrata vida de luxúria e violência de Sean 'Diddy' Combs Sean Combs, também conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy, é um magnata da música e símbolo do rap dos anos 1990. Ele viu o seu império desmoronar em um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento. Neste domingo (13), o Fantástico exibiu trechos do documentário inédito que mostra os bastidores da história, com acusações graves de tráfico sexual, agressão e estupro. Assista no vídeo acima. Entre os depoimentos, um funcionário que conviveu com P. Diddy por três décadas afirmou: "Esse cara é muito violento". Com medo, ele não quis se identificar. "Ele pensava que se as pessoas o temessem, elas os respeitariam", comenta. O documentário traz imagens inéditas e depoimentos de vítimas, funcionários e ex-parceiras do cantor. Mais de cem pessoas já relataram abusos cometidos por ele. Entre as denúncias, há casos de estupro de adolescentes de 13 e 17 anos. A defesa de P. Diddy nega todas as acusações. Caso P. Diddy: documentário traz imagens inéditas e depoimentos de vítimas do rapper Reprodução/ Fantástico "Trata-se da figura mais poderosa na indústria da música e uma das pessoas mais poderosas nos Estados Unidos. Então, este é um caso de enorme proporção", diz a advogada Lisa Bloom, que representa uma das mulheres que acusam Diddy. "Diddy: Como Nasce um Bad Boy" já está disponível no Globoplay e também será exibido nesta segunda-feira (14), às 23h45 (no horário de Brasília), no GNT. Veja Mais

Fabiana Cozza saúda São Jorge com ‘Oloie de Ogum’, samba de álbum que festejará 50 anos da artista em 2026

G1 Pop & Arte Fabiana Cozza lança o single ‘Oloie de Ogum’ em 23 de abril, dia do São Jorge Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Nascida em 16 de janeiro de 1976, Fabiana Cozza planeja festejar os 50 anos de vida em 2026 com álbum arquitetado desde 2024. Antes previsto para ser lançado em setembro deste ano de 2025, o décimo álbum da cantora e cantora paulistana ficou para 2026, mas já ganha uma terceira amostra em 23 de abril, dia de São Jorge. Na data, escolhida de forma estratégica para a edição do inédito single, Cozza festejará o santo guerreiro na cadência do samba Oloie de Ogum. No sagrado sincretismo do Brasil, São Jorge corresponde ao orixá Ogum no Candomblé e na Umbanda, religiões de matriz afro-brasileira. Oloyê é o termo da iorubá que, na hierarquia do Candomblé, designa um sacerdote. Cozza lembra que 23 de abril é também o dia do aniversário de Pixinguinha (1897 – 1973), “um homem de Ogum” na definição da artista, o que potencializa o sentido do single Oloie de Ogum. A direção musical e o arranjo do fonograma são do baixista Fi Maróstica, produtor do disco. Oloie de Ogum é samba assinado pelo compositor baiano Roque Ferreira em parceria com Marcos Ramos. O samba Oloie de Ogum se junta a outros dois sambas – Motumbá (Edivan Freitas e Marcos Ramos) e Mais feliz (Toninho Geraes e Paulinho Resende, 2006) – que compõem o repertório do décimo álbum de Fabiana Cozza. Capa do single ‘Oloie de Ogum’, de Fabiana Cozza Raul Zito com Débora Sacramento Veja Mais

Vovô Bebê ecoa o rock da adolescência no repertório em inglês do álbum ‘Bad english’, produzido por Chico Neves

G1 Pop & Arte Vovô Bebê lança o quarto álbum, ‘Bad english’, com repertório composto em inglês Biel Basile / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Assim que lançou o álbum Briga de família em fevereiro de 2020, Vovô Bebê começou a arquitetar e a compor – em inglês – o repertório de um outro disco, tendo ao lado o produtor musical Chico Neves. A inspiração para a criação das músicas foi a estética do rock, precisamente o dos 1990, década do grunge, de Beck, do britpop e de outras vertentes roqueiras que fizeram a cabeça do então adolescente Pedro Dias Carneiro, nome de batismo do compositor, arranjador e produtor musical carioca. Gravado em 2021 no estúdio 304, em Nova Lima (MG), esse repertório chega enfim ao público na forma do quarto álbum de Bebê, Bad english, produzido por Chico Neves (moog e programações) sob direção artística de Ana Frango Elétrico (guitarra, moog, voz, DX7 e Piano). O álbum tem lançamento programado para a próxima quarta-feira, 23 de abril, pelo selo fonográfico 304. “Esse disco é como uma volta no tempo, uma espécie de retorno ao período em que eu me formei musicalmente”, sintetiza Vovô Bebê, ressaltando que não reproduz o rock dos anos 1990 no álbum Bad english, mas que somente usou a estética do gênero como guia na hora de dar forma ao disco. Gravado com as adesões e os toques dos músicos Biel Basile (bateria, percussão e voz) e Guilherme Lírio (baixo, moog, piano, guitarra e metalofone), o álbum de Vovô Bebê alinha 14 temas ao longo das 11 faixas. Se músicas como Little sun e Off book effort ressoam a estética do rock, Star smoke sucker reverbera influências da disco music e a Intro de End of the moon ecoa a psicodelia do rock britânico. Antecedido em novembro de 2024 pelo single Forest baby, o álbum Bad english também traz as músicas Brazil commodity, Left for dead, Night away e Wrong ticket. Capa do álbum ‘Bad english’, de Vovô Bebê Divulgação Veja Mais

Antes de chegada ao Brasil, Lady Gaga está no topo do Spotify Global com música em parceria com Bruno Mars

G1 Pop & Arte “Die with a Smile”, parceria com Bruno Mars, está no topo do das músicas mais ouvidas do mundo. Lady Gaga se apresenta na praia de Copacabana no dia 3 de maio. Lady Gaga em apresentação de jazz Reprodução/YouTube Faltando cerca duas semanas para o tão aguardado show de Lady Gaga em Copacabana, no Rio de Janeiro, a estrela norte-americana está no topo do Spotify com a música mais ouvida no mundo nesta última semana. “Die with a Smile”, parceria de Gaga com Bruno Mars, foi tocada mais de 43,4 milhões de vezes entre os 11 e 17 de abril. Só aqui no Brasil, fora mais de 3 milhões de execuções – aparecendo na 26º posição. Lady Gaga no Rio: o que se sabe sobre o show em Copacabana O tão esperando megashow na Praia de Copacabana de Lady Gaga acontecerá no sábado, dia 3 de maio, durante o feriadão de 1º de maio. A previsão é que Gaga suba ao palco das 21h às 23h30. O palco fica bem em frente ao hotel Copacabana Palace, perto do Posto 2 da orla do bairro. Um painel gigante da cantora foi instalado na entrada do Túnel Engenheiro Coelho Cintra, que liga os bairros de Copacabana e Botafogo. A ação de marketing chama atenção pelos seus 72,7 metros de largura e 14,2 metros de altura (veja abaixo). Rio ganha mega painel de Lady Gaga a duas semanas do show em Copacabana Vinicius Rodrigues / Divulgação O show de Gaga deve ter um impacto econômico ainda maior que o show da Madonna, no ano passado, segundo a Prefeitura do Rio. A passagem de Madonna pelo Rio em 2024 gerou R$ 469,4 milhões para a cidade. A previsão é que Lady Gaga traga R$ 600 milhões, ou 27,5% a mais. A projeção consta do estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Show da Lady Gaga no Rio – 2025”, feito pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) e da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). A estimativa é que 1,6 milhão de pessoas acompanhem o show de Gaga na praia, o mesmo público que foi ver Madonna. De acordo com dados do estudo da prefeitura, 240 mil turistas virão para o show, sendo 80% estrangeiros e 20% nacionais. Já o público local esperado, da capital e da Região Metropolitana, é de 1,36 milhão. Lady Gaga no Rio deve movimentar 1,6 mil pessoas na areia na praia O show de Gaga, que acontecerá na esteira do feriado do Dia do Trabalhador, vai movimentar bares, restaurantes, atrativos turísticos e a rede hoteleira da cidade. Apenas com a produção do show e a montagem do palco, em frente ao Hotel Copacabana Palace, já foram gerados 4 mil empregos. O palco, que já está sendo montado pela produtora Bônus Track, terá 1.260 m² e ficará a 2,20 metros de altura da base na areia. Um mega painel de LED de última geração também será colocado, além de outros 10 telões que vão reproduzir a apresentação da artista. Montagem do palco da Lady Gaga na Praia de Copacabana Globo Veja Mais

Álbum com gravação inédita de show de Arrigo Barnabé em 1980 captura ‘Clara Crocodilo’ em cena antes do histórico LP

G1 Pop & Arte Arrigo Barnabé em 1980, ano em que o artista fez o show ‘Clara Crocodilo’ no Sesc Consolação meses antes de lançar o álbum homônimo Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Quando subiu ao palco do Teatro Pixinguinha do Sesc Consolação (SP), em 29 de junho de 1980, Arrigo Barnabé estava prestes a começar gravar o álbum que imprimiria o nome do artista paranaense na história da música brasileira. Gravado entre julho e setembro daquele ano, o álbum Clara Crocodilo foi lançado em 15 de novembro de 1980 com som que revolucionou a lira paulistana por ter sido pautado pela escola da música atonal e pelo serialismo dodecafônico, além de ter vindo embalado em narrativa teatralizada que incorporava elementos do rock, do canto falado e da estética dos quadrinhos. “O ponto de partida foi a fusão da música erudita do século XX (Bartok, Stravinsky e Schoenberg, principalmente) com a música popular como se fazia no Brasil na época, com influências estrangeiras como o rock e o jazz”, sintetiza Arrigo Barnabé, acrescentando na receita sonora o teatro e dança contemporânea. A síntese é feita pelo artista no texto que apresenta o álbum que será lançado pelo Selo Sesc em 25 de abril, dentro da série Relicário, com a gravação inédita do show feito por Arrigo com a Banda Sabor de Veneno naquele 29 de junho de 1980, dia da última apresentação da temporada que mostrou o show Clara Crocodilo à cidade de São Paulo (SP) antes da edição oficial do álbum que daria início ao movimento rotulado como Vanguarda Paulista e que agregaria artistas como Itamar Assumpção (1949 – 2003) e o grupo Rumo. Com oito faixas, o álbum Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980 captura Clara Crododilo em cena, ao vivo, com sete das oito músicas do disco. A gravação ora editada em disco com o registro histórico do show não inclui a música que abre o LP original, Acapulco drive-in (Arrigo Barnabé, Gilson Gibson, Otávio Fialho e Paulo Barnabé, 1980). Em contrapartida, o álbum traz no repertório Lástima (Fim), música da lavra solitária de Arrigo que somente seria registrada em disco 23 anos depois no álbum de 2003 em que Tuca Fernandes e Quinteto Delas abordaram o cancioneiro do compositor. Ao vivo no palco do Teatro Pixinguinha, Arrigo e o coletivo paulistano – que trazia as cantoras Suzana Salles e Vãnia Bastos como vocalistas da banda – também executam músicas como Infortúnio, Instante, Office-boy, Orgasmo total, Sabor de veneno, além de Diversões eletrônicas (Arrigo Barnabé e Regina Porto) e do tema-título Clara Crocodilo (Arrigo Barnabé e Mário Lúcio Cortes). Enfim, o álbum Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980 capta em cena uma das gêneses da Vanguarda Paulista. Capa do álbum ‘Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980’, da série ‘Relicário’ Divulgação / Selo Sesc Veja Mais

Filipe Bragança vai do rock à canção de amor ao dar voz à animada trilha sonora original do filme ‘Abá e sua banda’

G1 Pop & Arte Filipe Bragança é o ator que dá voz ao protagonista da animação ‘Abá e sua banda’, a partir de hoje nos cinemas, e o principal intérprete da trilha do filme Divulgação / Produção ‘Abá e sua banda’ ♫ NOTÍCIA ♪ Um ano após ter colhido elogios da crítica e do público ao interpretar Sidney Magal no filme Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), o ator Filipe Bragança volta ao cinema em outra produção musical. Bragança – que canta, além de tocar violão e piano – é a voz de Abá, o abacaxi protagonista da animação Abá e sua banda, que estreia hoje, 17 de abril, nos cinemas do Brasil. Na trama da animação dirigida por Humberto Avelar (com roteiro de Silvia Fraiha, Sylvio Gonçalves e Daniel Fraiha), o príncipe Abá se recusa a ser o sucessor do pai (Rei Caxi, ouvido na voz de Mauro Ramos), se afasta do reino e se infiltra entre os plebeus na luta pela própria identidade como cidadão e como cantor e guitarrista, formando banda com Ana (a banana baterista rebelde que tem a voz de Carol Valença) e Juca (o caju gaitista, personagem que ganhou a voz de Robson Nunes). O trio alimenta o sonho de se apresentar no Festival de Música da Primavera. Por Abá ser o vocalista da banda, Filipe Bragança é o principal intérprete da trilha sonora de Abá e sua banda, já disponível para audição nos players digitais na forma de EP com sete faixas e 12 minutos. Na trilha do filme, assinada pelo compositor e pianista André Mehmari, o ator canta três das sete músicas, indo do rock à canção de amor. O destaque é o rock Abá e sua banda, tema-título da animação. O arranjo da gravação evidencia a influência do rhythm and blues na criação do rock. As outras músicas cantadas por Filipe Bragança na trilha de Abá e sua banda são a canção Zum zum zum e a balada A força do teu olhar, cuja forma evoca os temas românticos dos musicais de cinema. Intérprete habilidoso, Filipe dá voz às músicas como se fosse o príncipe Abá, não como o intérprete que encanta os seguidores quando posta nas redes sociais registros de voz e violão de músicas como Stand by me (Ben E. King, Jerry Leiber e Mike Stoller, 1961), hino soul da fraternidade. As músicas originais da trilha sonora da animação Abá e sua banda são assinadas por André Mehmari, Milton Guedes e Silvia Fraiha. A animação é graciosa e também merece crédito por embutir na trama um viés político ao ilustrar, através da aventura musical de Abá, a luta da juventude contra a tirania dos que usam o poder para tentar tolher a liberdade do povo em proveito próprio. Capa do EP com a trilha sonora da animação ‘Abá e sua banda’ Divulgação Veja Mais

Contrato de exclusividade assinado pelos pais de Larissa Manoela é anulado pela Justiça

G1 Pop & Arte O acordo entre a produtora e a artista foi assinado em 2012, quando ela era menor de idade. Com a decisão desta quarta-feira (16), Larissa passa a ter controle de contas e canais que exibiam produções suas, mas que eram controlados pela empresa Deck Produções Artísticas Ltda. Larissa Manoela Reprodução/TV Globo O Juiz Mário Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), determinou a rescisão do contrato de exclusividade entre Larissa Manoela e a empresa Deck Produções Artísticas, nesta quarta-feira (16). O acordo firmado em 2012, quando a artista tinha 11 anos, foi assinado por seus pais e tinha longa duração. Com a decisão, a Deck Produções terá que entregar à Larissa os logins e senhas das contas e canais que operava no Youtube e Spotify e exibiam conteúdos produzidos pela artista. Larissa Manoela assume comando da própria carreira após ficar 18 anos sob a tutela dos pais Ao longo do processo, a empresa alegou que a rescisão só poderia acontecer com a anuncia dos pais de Larissa. Contudo, o juiz considerou que "a autora já atingiu a maioridade, sendo plenamente capaz para os atos da vida civil, inclusive para contratar e rescindir contratos". Com a decisão, a empresa também está proibida de exibir ou vincular os materiais produzidos por Larissa durante a vigência do contrato. O magistrado também determinou o pagamento de multa de R$ 5 mil e R$ 15 mil em caso de descumprimento das determinações. "Declarar a extinção (por resilição, e não por rescisão) do contrato de exclusividade para fixações e de cessão de direitos sobre interpretações fixadas firmado entre as partes, condenando a ré a não mais vincular ou se utilizar de materiais da autora", dizia um trecho da decisão. O juiz também reforçou que os pais da artista não eram partes no contrato, mas sim seus representantes, o que não foi considerado como irregular. Por conta disso, a decisão não aceitou o pedido de indenização por danos morais pretendida por Larissa. Relembre o caso Larissa Manoela Em agosto de 2023, a atriz e cantora Larissa Manoela, famosa desde os quatro anos, revelou em entrevista exclusiva ao Fantástico que estava abrindo mão de todo o patrimônio que acumulou em 18 anos de carreira por causa de uma briga com o pai e a mãe. Larissa Manoela rompe com os pais e abre mão de patrimônio estimado em R$ 18 milhões Na ocasião, ela contou que não tinha acesso no dia a dia ao próprio dinheiro e relatou brigas envolvendo, entre outras coisas, pedidos negados de transferência por PIX. 'Lei Larissa Manoela': entenda projeto que pode limitar acesso dos pais a dinheiro dos filhos Em novembro daquele ano, a atriz conseguiu formalizar a saída da empresa que mantinha com os pais. Ela tentava deixar a sociedade desde março de 2023, mas os pais se recusavam a permitir. Na sociedade estavam Silvana de Jesus (49%), Gilberto Elias (49%) e Larissa Manoela (2%), à época. Em 19 de junho de 2017, uma redistribuição passou para 33% para cada uma das partes em uma alteração de sócios/titular/diretoria. Já em março de 2020, as quotas passaram novamente a 49% para cada um dos pais e 2% para Larissa. Veja Mais

'Manas', que acumula 20 prêmios e retrata violência na Amazônia, tem pré-estreia em Belém

G1 Pop & Arte Primeira exibição foi na cidade onde o longa foi gravado em 2022. Nesta quarta (16), diretora e elenco voltaram aos locais de gravação. "Manas" tem pré-estréia em Belém O filme “Manas” teve pré-estreia em Belém com participação de Dira Paes, Fafa de Belém, convidados e elenco local que compõe a história que se passa nas águas do Rio Tajapuru, na ilha do Marajó e conta a história de Marcielle, a Tielle, uma menina de 13 anos que decide confrontar a rede de violação dos direitos humanos na região. Exibido em duas salas, o filme foi aclamado e aplaudido por minutos na cidade onde foi gravado. Nesta quarta-feira (16), a protagonista voltou à casa construída na Ilha do Combu, em Belém, e que compôs um dos locais de gravação em 2022. “Estou emocionada de estar aqui, porque foi onde tudo começou". Em Manas, o público acompanha o cotidiano de crianças e adolescentes marcado por histórias reais de violência e recebe o convite à reflexão a partir do ato de coragem da protagonista, que denúncia o que vive. "Acho que Manas vai servir como porta-voz para mulheres e meninas que não têm voz", afirma a paraense Jamilli Corrêa, que estreia como atriz na personagem de Tielle. A estreia nos cinemas será em 15 de maio, mas o longa de Marianna Brennand já acumula 20 prêmios, incluindo o GDA Director’s Award, principal prêmio da Giornate Degli Autori, no Festival de Veneza. MANAS' filme de estreia da diretora Marianna Brennand ganha trailer "Esse filme poderia se passar em qualquer lugar, porque o abuso não é uma questão Amazônica, é universal", afirma Dira Paes. Ela faz a delegada Aretha, inspirada em duas pessoas reais. Uma delas, a ativista irmã Henriqueta. "Emociona ver nosso trabalho contra a exploração sexual no Pará nas telas, alcançando tanta gente", afirma Henriqueta. Imagem do filme Manas, de Marianna Brennand, que abre a 15ª edição do festival Janela Internacional de Cinema no Recife Reprodução/Manas/Marianna Brennand Conversa com Fafa de Belém inspirou diretora 'Manas': Filme que se passa no Marajó tem pré-estreia em Belém O filme nasceu de uma conversa entre a diretora Mariana Brennand e a cantora Fafa de Belém há 10 anos. "Falei para a Mariana que tava perturbada com uma história. Ela disse: 'eu vou lá'. Alertei: 'ali é terra de ninguém'. Ela foi assim mesmo", relembra Fafá. Coproduzido por Globo filmes e Canal brasil, 'Manas' é o primeiro longa de ficção de Mariana Brennand. "A Marcielle pega tua mão e te coloca no coração dela. Espero que saiam emocionados, com vontade de falar, de quebrar silêncios, de abraçar uma mana e dizer: ‘tô aqui, tamo junto’.", diz a diretora. ‘Manas’ recebe prêmio máximo da Jornada dos Autores, mostra paralela à competição principal do Festival de Veneza Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM: Diretora Marianna Brennand vai receber prêmio Women In Motion no Festival de Cannes 2025 'Manas', de Marianna Brennand, vence o GdA Director’s Award no Festival de Veneza Veja mais informações do Pará no g1 Veja Mais

Justiça do Reino Unido decide que definição legal de mulher se refere ao sexo biológico

G1 Pop & Arte De acordo com o jornal 'New York Times', essa decisão pode ter consequências de longo alcance sobre como a lei é aplicada a espaços de gênero único, reivindicações de igualdade salarial e políticas de maternidade. Corte do Reino Unido define mulher apenas pelo sexo biológico A Suprema Corte do Reino Unido decidiu na quarta-feira (16) que mulheres trans não se enquadram na definição legal de mulheres segundo a legislação de igualdade do país. O julgamento histórico afirmou que a definição legal de mulher é baseada no sexo biológico. De acordo com o jornal “New York Times”, essa decisão pode ter consequências de longo alcance sobre como a lei é aplicada a espaços de gênero único, reivindicações de igualdade salarial e políticas de maternidade. A ação ocorre após anos de batalha jurídica sobre se mulheres transgênero podem ser consideradas mulheres sob a Lei da Igualdade britânica de 2010, que visa prevenir a discriminação. Trump proíbe mulheres trans em prisões femininas; risco de crime sexual contra transgêneros na cadeia é 10 vezes maior Sandra Cohen: Trump remove termos como gay, lésbica, transgênero, bissexual e LGBTQ dos sites da Casa Branca e de agências federais 'Agora só existem dois gêneros: masculino e feminino', diz Trump em discurso de posse Suprema Corte britânica afirma que definição legal de mulher se refere ao sexo biológico REUTERS/Maja Smiejkowska Ao anunciar a decisão na quarta-feira, o vice-presidente do tribunal, Lord Hodge, disse: “A decisão unânime deste tribunal é que os termos ‘mulher’ e ‘sexo’ na Lei da Igualdade de 2010 se referem a mulheres biológicas e sexo biológico”. No entanto, ele acrescentou: “Aconselhamos não interpretar esta sentença como um triunfo de um ou mais grupos em nossa sociedade às custas de outro, não é”. Ele disse que a decisão “não causa desvantagem às pessoas trans” porque elas têm proteção sob leis antidiscriminação e de igualdade. Lord Hodge iniciou seus comentários reconhecendo o debate nacional sobre os direitos e proteções dos transgêneros e descreveu as pessoas trans como uma "minoria vulnerável e frequentemente assediada", ao mesmo tempo em que observou que as mulheres lutaram por séculos por direitos iguais. Hodge acrescentou ainda que "Não é tarefa deste tribunal formular políticas sobre como os interesses desses grupos devem ser protegidos", mas sim "apurar o significado da legislação que o Parlamento promulgou". De acordo com o "New York Times", ele solicitou que o tribunal permanecesse em silêncio durante a leitura da sentença, mas houve suspiros de espanto quando decisão foi anunciada. Ativistas do For Women Scotland, o grupo ativista que havia interposto a ação judicial, iniciaram uma salva de palmas e se abraçaram ao final da audiência. Trump determina que mulheres trans presas cumpram pena em prisões para homens Veja Mais

The Town terá novo palco e receberá shows de MC Hariel, Black Pantera, Kayblack e Criolo

G1 Pop & Arte Chamado de Quebrada, espaço tem o cantor Belo como embaixador. Festival acontecerá nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro. MC Hariel no Encontro das Tribos 2023 neste sábado (21) em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 O The Town 2025 terá um novo palco, o Quebrada. O anúncio foi feito nesta terça-feira (15), em nota enviada pela equipe do festival, que acontecerá nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro. Com o cantor Belo como seu embaixador, o palco será voltado à música brasileira. Neste ano, o Quebrada têm nomes como MC Hariel, Black Pantera, Kayblack e Criolo entre as atrações. O festival também terá os shows de Katy Perry, Mariah Carey, Green Day e Iggy Pop. Veja Mais

Gang do Eletro amplia volta à cena com álbum no embalo retrô do tecnobrega que fez a fama da banda paraense

G1 Pop & Arte A banda Gang do Eletro lança o álbum ‘No embalo do tecnobrega’ com músicas inéditas como ‘Baladeira’ Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ De volta à cena desde dezembro de 2023, a Gang do Eletro tenta consolidar o retorno aos palcos com o lançamento do álbum No embalo do tecnobrega. Em rotação desde sexta-feira, 11 de abril, o álbum reforça no título a identidade da banda paraense com o gênero musical do norte que alicerçou a trajetória da Gang entre 2008 e 2018. Nessa década, a banda amplificou para o Brasil o som rotulado como eletromelody, abordagem pop do brega tocado nas aparelhagens de Belém (PA), capital do Pará e do gênero. No álbum No embalo do tecnobrega, Waldo Squash, Keila Gentil, Maderito e Will Love apresentam músicas inéditas como Baladeira, Eu me amo e Endoida na balada ao mesmo tempo em que reciclam composições já presentes nos roteiros dos shows da Gang, casos de Seu Vavá, Planeta tecno e Eta menina danada. A intenção da Gang do Eletro foi apresentar com “olhar atual” a um repertório composto em paradoxal clima de revival do gênero musical paraense. Capa do álbum ‘No embalo do tecnobrega’, da Gang do Eletro Divulgação Veja Mais

INXS celebra 40 anos de álbum clássico, aceita comparação com Maroon 5 e exalta Rock in Rio 91

G1 Pop & Arte Ao g1, guitarrista e saxofonista comenta edição deluxe de 'Listen Like Thieves', que mudou grupo de patamar. 'Não éramos uma banda que soava como o AC/DC, todo disco igual.' O vocalista Michael Hutchence e o guitarrista Kirk Pengilly em show do INXS Divulgação/Universal Music Os australianos do INXS já tinham quatro álbuns lançados entre 1980 e 1984 quando saiu "Listen Like Thieves". Mas foi este disco, que ganha edição deluxe cheia de conteúdos inéditos, que mudou a banda de patamar. Liderados pelo mais que carismático vocalista Michael Hutchence (1960-1997), a banda de pop funk rock se tornou onipresente nas rádios e na MTV. As plateias da banda começaram a ficar gigantes a partir de "What You Need", seu primeiro grande sucesso fora da Austrália. Ao g1, o guitarrista e saxofonista Kirk Pengilly fala sobre o relançamento do álbum em comemoração aos 40 anos do lançamento. Ele fala sobre como a banda influência o Maroon 5 e relembra os shows "eletrizantes" no Rock in Rio, em 1991. "A plateia se comportou como se estivesse em um jogo de futebol, com todos cantando as partes musicais juntos." Veja os trechos principais da entrevista: G1 - O que você acha que fez este álbum se destacar em comparação com outros da mesma época? Kirk Pengilly - Acho que nos diferenciamos de várias maneiras. Nossos discos tinham músicas bastante diferentes umas das outras. Não éramos uma banda que era como o AC/DC, todo disco soando igual. Sempre estávamos experimentando e tentando coisas diferentes. Cada álbum era uma oportunidade para explorar novos sons e estilos. Por exemplo, em um álbum podíamos ter uma música com influências de funk, enquanto em outro podíamos ter uma faixa mais rock. Essa diversidade musical nos permitiu atrair diferentes públicos e manter nossa música fresca e interessante ao longo dos anos. G1 - E como você acha que o som da banda envelheceu? Você acredita que a música do INXS ainda faz sentido hoje? Kirk Pengilly - Sim, especialmente com uma música como "What You Need". Acho que encontramos nosso som com este álbum. Antes disso, estávamos ainda experimentando e tentando descobrir qual era a nossa identidade musical. Com "What You Need", sentimos que conseguimos capturar a essência do que queríamos expressar. Foi um processo de amadurecimento, onde aprendemos a combinar influências e criar algo único. Esse álbum marcou um ponto de virada, em que sentimos que tínhamos encontrado nosso lugar na indústria musical. G1 - Até que ponto o sucesso de 'What You Need' foi um termômetro para entender o tipo de som que vocês queriam fazer e que o público queria ouvir? Kirk Pengilly - Nunca fizemos música pensando no que o público queria ouvir. Fazíamos música para nós mesmos. Basicamente, ouvíamos todas as nossas demos e músicas e escolhemos as que amávamos, encaixando-as juntas de forma orgânica. "What You Need" foi a última música que gravamos para o álbum, e inicialmente ela foi deixada de lado. Mas quando voltamos a ouvi-la, percebemos que ela era a peça que faltava no quebra-cabeça. Foi uma decisão intuitiva, baseada no que sentíamos que funcionava melhor para nós como banda. O sucesso foi uma agradável surpresa, mas nunca foi o nosso objetivo principal. G1 - Sou fã do uso de saxofone na música pop, mas percebi que muitas pessoas consideram cafona ou ultrapassado, embora esteja presente em sucessos mais recentes de artistas como Lady Gaga e Katy Perry. Por que você acha que o saxofone não é usado tanto na música de hoje? Kirk Pengilly - Acho que certas coisas entram e saem de moda. Os anos 80 foram uma época muito criativa e experimental, com bandas usando trombones, trompetes e outros instrumentos de orquestra. Eu comecei a tocar saxofone mais tarde, pois tínhamos três guitarristas na banda e todos não podiam tocar guitarra o tempo todo. "O saxofone é um instrumento versátil, pode soar agressivo, sexy, suave e melancólico. Escolhi o saxofone porque ele oferecia uma gama de emoções e texturas para enriquecer nossas músicas. Embora o saxofone não seja tão comum na música pop hoje, ele ainda tem seu lugar e pode adicionar um toque especial quando usado de maneira criativa." G1 - Bandas de pop funk rock como Maroon 5 foram comparadas ao INXS. Você vê alguma semelhança? Kirk Pengilly - Sim, o pessoal do Maroon 5 já disse que o INXS foi uma grande influência. Eles são uma banda interessante, com muitos hits e que experimenta diferentes estilos. É gratificante saber que nossa música inspirou outras bandas. O Maroon 5 tem uma abordagem semelhante à nossa. Eles também têm uma forte presença de palco e uma conexão genuína com seus fãs, algo que sempre valorizamos. LEIA MAIS: Counting Crows e os segredos de 'Mr. Jones' Cantor de 'Mmm mmm mmm mmm' explica letra G1 - O que você lembra do show no Rock in Rio de 1991, no Maracanã? Fizemos uma votação com jornalistas (clique para ver o top 40) e o show foi considerado um dos melhores da história do festival. Kirk Pengilly - Foi um show incrível. Tocamos depois da meia-noite, muito tarde, com cerca de 150 mil pessoas. O público estava muito animado… Talvez por uma questão de idioma, vocês falam português, então em vez de cantar as letras, os fãs cantavam os riffs das músicas, como em "Devil Inside". A plateia se comportou como se estivesse em um jogo de futebol, com todos cantando as partes msucais juntos. A energia do público foi indescritível, e isso nos motivou a dar o nosso melhor no palco. Lembro-me de como a multidão reagiu a cada nota, criando uma atmosfera eletrizante. Foi um dos momentos mais memoráveis da nossa carreira. Michael Hutchence, vocalista do INXS, no camarim da banda Divulgação/Universal Music G1 - Como foi viver e trabalhar de perto com o Michael Hutchence? O que foi mais desafiador e o que você mais sente falta dele? Kirk Pengilly - Sinto falta de tudo do Michael. Sempre fomos e ainda somos como uma família. Eram três irmãos na banda [Tim, Jon e Andrew Farris], então sempre tivemos uma conexão muito forte. Trabalhar com Michael era natural para nós, pois crescemos juntos na escola, escrevendo músicas e depois saindo em turnês. Michael tinha uma verdadeira paixão pela vida e queria experimentar tudo o que o mundo tinha a oferecer. Tudo com ele era muito pessoal. Ele fazia um contato visual constante, sendo uma pessoa incrível e um performer excepcional. Acho que ele é um dos melhores frontmen de todos os tempos e é muito querido por todos nós. Ele tinha uma sede de vida e queria tentar tudo o que podia no mundo. Ele realmente se dedicou a isso e acho que conseguiu ir fundo nessa busca. LEIA MAIS: Por que auge do Men At Work durou tão pouco? G1 - Como funciona o processo de aprovação de músicas do INXS para filmes e comerciais? Hoje, acredito que seja a maior fonte de renda para vocês, certo? Kirk Pengilly - Sim. Temos uma pessoa especial, que cuida disso e tenta colocar nossas músicas em diferentes projetos. Recebemos tudo por e-mail, pois moramos em diferentes partes do mundo. Se é algo para um filme ou comercial, geralmente recebemos uma ideia ou um vídeo em uma versão bem inicial. Daí, decidimos se é bom para nós e votamos entre nós se vamos liberar ou não. Se a maioria aprovar, liberamos. Recebemos muitas ofertas para filmes e comerciais, e é incrível pensar que nossas músicas ainda são tocadas em rádios pelo mundo. "Se você pensar bem, nos anos 80, não ouvíamos tantas músicas de 40 anos atrás naquela época, como as da era do swing, Frank Sinatra e coisas assim. Mas agora ouvimos músicas de todas as épocas. É realmente gratificante e uma honra que nossa música ainda seja ouvida e que possamos relançar álbuns como 'Listen Like Thieves' como se fossem novos." A banda australiana INXS Divulgação/Universal Music Veja também: 'How Bizarre', OMC e o hit mais bizarro da história: letra sobre preconceito foi feita em 15 minutos Quando eu hitei: OMC e o bizarro sucesso que tomou as paradas musicais VÍDEOS: AS HISTÓRIAS DE HITS DOS ANOS 80 E 90 Veja Mais

'Harry Potter': saiba quem são os atores confirmados na série

G1 Pop & Arte HBO divulgou parte do elenco da nova adaptação da saga de J.K. Rowling para TV. John Lithgow, que recebeu o Emmy por 'The Crown', e Michael Gambon como Dumbledore nos filmes 'Harry Potter' Frederic J. Brown/AFP e Divulgação A HBO divulgou nesta segunda-feira (14) parte do elenco da série "Harry Potter" que irá adaptar a saga de J.K. Rowling para a TV. John Lithgow será Dumbledore Janet McTeer será McGonagall Paapa Essiedu será Snape Nick Frost será Hagrid Luke Thallon será Quirrell Paul Whitehouse será Filch Luke Thallon será Quirino Quirrell Paul Whitehouse Argus Filch “Estamos muito felizes por termos um talento tão extraordinário a bordo e mal podemos esperar para vê-los dar nova vida a esses personagens tão amados", disseram Francesca Gardiner, showrunner e produtora executiva, e Mark Mylod, diretor de vários episódios e produtor executivo, em comunicado. Já os protagonistas - Harry, Ron, e Hermione - ainda não foram revelados. Mais de três mil crianças fizeram testes para os papéis principais. A HBO descreve a série como uma adaptação fiel da saga. "Explorando todos os cantos do mundo bruxo, cada temporada levará 'Harry Potter' e suas incríveis aventuras para públicos novos e antigos". 'Expresso de Hogwarts' não é anunciado em estação, e fãs de Harry Potter se decepcionam Veja Mais

Leci Brandão passa mal durante show em SP e é levada ao hospital

G1 Pop & Arte Cantora participava neste sábado (12) do festival Isso é Samba, no Parque Villa-Lobos, quando teve mal súbito. Ela foi retirada do palco por sua produção e transferida para o Hospital Samaritano Paulista. Leci Brandão antes de passar mal em apresentação no Festival Isso é Samba, em SP Reprodução/Instagram Isso é Samba Festival A cantora Leci Brandão, de 80 anos, precisou ser levada a um hospital de São Paulo após passar mal durante uma apresentação no festival Isso é Samba, no Parque Villa-Lobos, neste sábado (12). Em comunicado divulgado nas redes sociais, a equipe de Leci informou que ela "teve um pico de pressão e um consequente mal súbito". "Foi retirada do palco por sua produção, conduzida à ambulância UTI de remoção do evento, e transferida para o Hospital Samaritano Paulista", diz a nota. Ainda segundo o comunicado, Leci passou por exames e, após todos apresentaram resultados positivos, ela teve alta na noite de sábado (12). Comunicado sobre Leci Brandão Reprodução Leci Brandão Reprodução/Instagram Isso é Samba Festival Veja Mais

Lady Gaga pede desculpas por problemas no microfone durante o show no Coachella

G1 Pop & Arte "Pelo menos você sabe que eu canto ao vivo", disse Lady Gaga ao se desculpar com os fãs. A cantora se apresenta na praia de Copacabana no dia 3 de maio. Lady Gaga pede desculpas por problemas em microfone durante o show no Coachella Reprodução/Youtube Lady Gaga não teve problemas em lidar com as questões técnicas que atrapalharam o início do seu show, no segundo fim de semana do Coachella. O microfone da cantora apresentou falhas e cortou a voz da artista durante "Abracadabra", a segunda música do setlist. Porém, antes de descer para o centro do palco, Gaga discretamente trocou o equipamento quebrado por um microfone de mão comum – diferente do microfone estilo headset que costuma usar. Além disso, ela continuou sua coreografia sem perder o ritmo. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver a artista segurando o microfone em uma mão e uma bengala na outra. Alguns minutos depois, Gaga apareceu com um novo microfone de cabeça que funcionou sem problemas pelo resto da noite. Depois, ao se sentar para tocar piano, a cantora norte-americana pediu desculpas aos fãs: "Me desculpem, meu microfone parou de funcionar por um segundo. Pelo menos vocês sabem que eu canto ao vivo".  "Acho que a única coisa que podemos fazer é dar nosso melhor e, com certeza, eu estou dando meu melhor para vocês hoje", disse Lady Gaga ao se desculpar. Para o show Gaga chegou com um setilist bem diferenciado, com singles do novo disco, “Mayhem”, mas sem esquecer de faixas que fazem parte de sua carreira, como “Judas”, “Alejandro”, “Paparazzi” e “Born This Way” (veja abaixo videos do show e momento da falha). Initial plugin text Initial plugin text Lady Gaga no Rio: o que se sabe sobre o show em Copacabana Lady Gaga na Praia de Copacabana O tão esperando megashow na Praia de Copacabana de Lady Gaga acontecerá no sábado, dia 3 de maio, durante o feriadão de 1º de maio. A previsão é que Gaga suba ao palco das 21h às 23h30. O palco fica bem em frente ao hotel Copacabana Palace, perto do Posto 2 da orla do bairro. Um painel gigante da cantora foi instalado na entrada do Túnel Engenheiro Coelho Cintra, que liga os bairros de Copacabana e Botafogo. A ação de marketing chama atenção pelos seus 72,7 metros de largura e 14,2 metros de altura (veja abaixo). Rio ganha mega painel de Lady Gaga a duas semanas do show em Copacabana Vinicius Rodrigues / Divulgação O show de Gaga deve ter um impacto econômico ainda maior que o show da Madonna, no ano passado, segundo a Prefeitura do Rio. A passagem de Madonna pelo Rio em 2024 gerou R$ 469,4 milhões para a cidade. A previsão é que Lady Gaga traga R$ 600 milhões, ou 27,5% a mais. A projeção consta do estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Show da Lady Gaga no Rio – 2025”, feito pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) e da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). A estimativa é que 1,6 milhão de pessoas acompanhem o show de Gaga na praia, o mesmo público que foi ver Madonna. De acordo com dados do estudo da prefeitura, 240 mil turistas virão para o show, sendo 80% estrangeiros e 20% nacionais. Já o público local esperado, da capital e da Região Metropolitana, é de 1,36 milhão. Lady Gaga no Rio deve movimentar 1,6 mil pessoas na areia na praia O show de Gaga, que acontecerá na esteira do feriado do Dia do Trabalhador, vai movimentar bares, restaurantes, atrativos turísticos e a rede hoteleira da cidade. Apenas com a produção do show e a montagem do palco, em frente ao Hotel Copacabana Palace, já foram gerados 4 mil empregos. O palco, que já está sendo montado pela produtora Bônus Track, terá 1.260 m² e ficará a 2,20 metros de altura da base na areia. Um mega painel de LED de última geração também será colocado, além de outros 10 telões que vão reproduzir a apresentação da artista. Montagem do palco da Lady Gaga na Praia de Copacabana Globo Veja Mais

Quais são os direitos das pessoas trans no Brasil? Semana foi marcada por polêmicas aqui, nos EUA e no Reino Unido

G1 Pop & Arte Governo dos EUA e Justiça britânica passaram a adotar entendimento de 'sexo biológico', rejeitando a transição de gênero. No Brasil, conquistas da comunidade trans ainda não viraram lei; especialistas veem risco de retrocessos. Desde o começo do ano, polêmicas envolvendo os direitos das pessoas transexuais e transgêneros reacenderam o debate sobre o tema no Brasil e no mundo. No Reino Unido, a Suprema Corte decidiu nesta semana que mulheres trans não se enquadram na definição legal de mulheres segundo a legislação de igualdade do país. Ou seja, a definição deve se restringir ao "sexo biológico", definido no nascimento. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump emitiu uma ordem executiva com o mesmo teor no primeiro dia do novo mandato. O texto diz que gêneros não são mutáveis e baseiam-se em “realidade fundamental e incontestável”. Por conta dessa medida de Trump, o governo americano concedeu nesta semana um visto de entrada à deputada federal brasileira Erika Hilton (PSOL-SP) considerando seu gênero como sendo masculino. O Brasil tem duas parlamentares trans na Câmara dos Deputados, as primeiras da história. A outra, Duda Salabert (PDT-MG), também informou que seu visto de entrada nos EUA teve o gênero alterado para masculino. Aqui no Brasil, também nesta semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que altera a idade mínima permitida para terapias hormonais e para cirurgias por pessoas que buscam mudança de gênero, além de proibir o bloqueio da puberdade em crianças e adolescentes trans. Ao longo de décadas, transexuais e transgêneros – pessoas que não se identificam com o sexo que lhes foi atribuído no nascimento – têm lutado para garantir direitos constitucionais e mais respeito na sociedade. Saiba a diferença entre orientação sexual, expressão e identidade de gênero As deputadas Érika Hilton,PSOL, e Duda Salbert, PDT, afirmam que foram vítimas de transfobia por parte do governo americano Risco de retrocessos Especialistas ouvidos pelo g1 avaliam que há um risco de retrocesso de direitos conquistados pelo grupo ao longo do tempo. O principal "fator de risco", no país, é a fragilidade dos direitos conquistados – que não constam em leis, e sim, em decisões judiciais usadas como parâmetro. "É um ataque coordenado que faz parte de um projeto político. Os avanços no Brasil foram majoritariamente em decisões judiciais. A falta de compromisso do governo em ratificar as mudanças em políticas públicas fica evidente e faz com que a cidadania não chegue de fato aos 3 milhões de pessoas trans", avalia a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides. De acordo com Benevides, os governos usam a defesa dos "bons costumes" ou "os direitos das mulheres e meninas" para restringirem questões fundamentais das pessoas trans. Saiba a diferença entre orientação sexual, expressão e identidade de gênero Editoria de Arte/G1 Coordenadora de um núcleo sobre diversidade sexual e de gênero na Universidade de Brasília (UnB), a professora Silvia Marques vê no Brasil um "panorama muito conservador", sobretudo na última década. "Dentro do Congresso, a população LGBTQIA+ não consegue aprovar nenhuma iniciativa. É uma pauta que envolve uma moral sexual, na qual os parlamentares tendem a usufruir", diz. Mas... de quais direitos estamos falando, e qual a situação deles no Brasil? Confira abaixo: Cirurgias de redesignação sexual no SUS Em 2008, uma portaria do Sistema Nacional de Saúde (SUS) definiu a habilitação do processo transexualizador (para transição de gênero) em hospitais públicos brasileiros. Quais são os critérios para fazer a cirurgia? Segundo o Conselho Federal de Medicina, o interessado em realizar a cirurgia deve: realizar acompanhamento terapêutico pelo prazo mínimo de dois anos; e ser maior de 21 anos. Presidente da Antra, Bruna Benevides criticou a decisão recente do CFM sobre a idade mínima para começo das terapias hormonais. Ela defende que a realização da cirurgia seja feita quando o paciente se sentir apto à mudança, já que ele passa por um rígido acompanhamento terapêutico. "Proibir crianças trans vai fazer com que elas façam o uso do medicamento por conta própria. Uma vez que a gente vive em um país que se auto medica, os setores de defesa dos direitos humanos estão preocupados com a mudança", afirma Benevides. Em 2018, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) emitiu uma resolução que orienta a atuação profissional de psicólogas e psicólogos para que travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias. CFM estabeleze diretriz mais restritiva para terapias e cirurgias de mudança de gênero Registro civil para pessoas trans Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que transexuais e transgêneros podem alterar o nome no registro civil sem a necessidade de realização de cirurgia. À época, a maioria dos ministros decidiu pela autorização independentemente de decisão judicial. “É inaceitável no estado democrático de direito inviabilizar a alguém a escolha do caminho a ser percorrido, obstando-lhe o protagonismo pleno e feliz da própria jornada”, afirmou o relator do caso, o então ministro Marco Aurélio Mello. Criminalização da homofobia Em 2019, o STF reconheceu a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero como crime. A prática foi comparada ao crime de racismo, até que o Congresso Nacional aprove uma legislação específica sobre o tema. Com a decisão, pessoas que cometam atos de discriminação contra pessoas LGBTQIA+ podem ser punidas com penas que variam de 1 a 5 anos de reclusão. Supremo decide que homofobia deve ser criminalizada como racismo Maria da Penha para pessoas trans Por unanimidade, em 2022, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que a Lei Maria da Penha se aplica aos casos de violência doméstica ou familiar contra mulheres transexuais. Os ministros analisaram um recurso do Ministério Público contra decisão da Justiça de São Paulo, que negou medidas protetivas previstas na lei para uma mulher transgênero agredida pelo pai. Em entendimento unânime, a Sexta Turma concluiu que o artigo 5º da Lei Maria da Penha caracteriza a violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero, e que isso não envolve aspectos biológicos. Lei Maria da Penha, que torna crime a violência contra a mulher, completa 15 anos Cota trans nas universidades A aplicação de cotas para pessoas trans em universidades não é uma medida governamental, e sim uma decisão de cada instituição de ensino. Para especialistas, a medida pode ser um instrumento de acesso ao ensino e justiça social. "A gente acredita que a luta pelo acesso de pessoas trans ao ensino superior pode beneficiar a longo prazo a qualificação profissional dessas pessoas, considerando que essa população é marginalizada e que muitas vezes não consegue ter uma permanência adequada nas escolas", afirma a coordenadora de um dos núcleos sobre diversidade sexual de gênero da Universidade de Brasília Silvia Marques. Cada universidade fica responsável por delimitar a quantidade de vagas reservadas e critérios de permanência para o grupo. Onde funciona? Atualmente, 23 universidades públicas aprovaram políticas de inclusão para pessoas trans. O levantamento é da Seção Sindical dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará. Em 2018, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) foi a primeira instituição brasileira a reservar vagas para pessoas trans. No ano seguinte, a Universidade Federal do ABC (UFABC), inaugurou a medida no estado de São Paulo. A Universidade Federal da Bahia também adotou o sistema de cotas e reservou uma vaga por turma para pessoas trans. Veja Mais

Dois anos após a morte do baterista Mamão, Azymuth anuncia para junho o álbum ‘Marca passo’ com dez músicas

G1 Pop & Arte Trio carioca presta tributo póstumo ao músico em samba inédito do disco em que toca com integrante do grupo inglês Incognito em tema de 1983. Remanescente da formação original do Azymuth, o baixista Alex Malheiros (ao centro) foram o trio com o baterista Renato Massa (à esquerda) e o tecladista Kiko Continentino Elisa Maciel / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Hoje faz exatos dois anos da morte do baterista da formação original do trio carioca Azymuth, Ivan Conti (16 de agosto de 1946 – 17 de abril de 2023), o Mamão. A data foi escolhida pela gravadora inglesa Far Out Recordings para comunicar que o primeiro álbum do Azymuth após a morte de Mamão se chama Marca passo e tem lançamento agendado para 6 de junho nos formatos de CD e LP (com vinil fabricado nas cores azul, vermelho e preto) e em edição digital. Com a música Arabutã (2024) já revelada em single editado em 13 de dezembro, o álbum Marca passo apresenta Samba pro Mamão entre as dez músicas que compõem o repertório autoral do disco formatado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) pelo produtor musical Daniel Maunick, colaborador recorrente na discografia do grupo. No álbum, o baixista Alex Malheiros (único remanescente da formação original do Azymuth), o tecladista Kiko Continentino e o baterista Renato Massa soam fiéis ao mix de samba, funk e jazz que identifica o trio carioca no mapa-múndi musical. Capa do álbum ‘Marca passo’, do grupo Azymuth Divulgação No álbum Marca passo, o Azymuth apresenta composições inéditas – Belenzinho, Crianças valentes e Marca tempo, entre elas – e recicla Last summer in Rio (José Roberto Bertrami), tema lançado pelo próprio grupo no álbum Telecomunication (1983), com o toque da guitarra de Jean Paul Bluey Maunick, integrante da banda britânica de acid jazz Incognito. Andaraí, Fantasy ’82, O mergulhador e Togu são outras músicas presentes no repertório de Marca passo, primeiro álbum do Azymuth desde Fênix (2016), disco lançado há nove anos. Antes mesmo do lançamento do álbum Marca passo em 6 de junho, o Azymuth faz turnê por nove cidades de sete países da Europa entre 7 e 31 de maio. Na sequência, de 20 a 29 de junho, o trio se apresenta no Canadá e nos Estados Unidos. Enfim, sem se deixar abater pelas mortes de Mamão e do também fundador José Roberto Bertrami (1946 – 2012), tecladista que saiu de cena há 13 anos, o Azymuth segue em frente, sem marcar passo... O trio Azymuth lança em 6 de junho o álbum ‘Marca passo’, gravado com produção musical de Daniel Maunick Elisa Maciel / Divulgação Veja Mais

Caso Erika Hilton: transfobia é crime no Brasil e em alguns estados dos EUA; veja regras em cada país

G1 Pop & Arte Deputada recebeu visto que a trata como homem, contra sua identificação. Segundo a equipe da parlamentar, não há como questionar juridicamente o documento, já que se trata de um ato de soberania do governo americano. Deputada Erika Hilton (PSOL) Mário Agra/Câmara dos Deputados A deputada federal brasileira Erika Hilton (PSOL) disse que o governo dos EUA cometeu "transfobia de Estado" após receber um visto de entrada para um evento no país com o gênero masculino. Erika Hilton se identifica como mulher e é a segunda pessoa trans a integrar a Câmara dos Deputados. O caso de Erika Hilton é reflexo de uma ofensiva do governo Trump contra o que ele chama de “ideologia de gênero radical”. Ele determinou que o governo considerasse apenas dois gêneros - masculino e feminino -, e assinou várias medidas para, em suas palavras, "deter a loucura transgênero". Segundo a equipe da parlamentar, não há como questionar juridicamente o documento, pois se trata de um ato de soberania do governo federal americano. Erika Hilton recusou-se a viajar ao receber o documento em desacordo com sua autodeterminação de gênero como mulher. Mesmo que o caso do visto não tenha consequências jurídicas diretas, ele levanta dúvidas sobre como cada país trata a transfobia atualmente. Veja abaixo as diferenças: Brasil O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou em agosto de 2023 que atos de transfobia sejam igualados ao crime de injúria racial. E quem os fizer não tem direito a fiança, nem limite de tempo para responder judicialmente. Em 2019, o STF já tinha reconhecido o crime de transfobia, mas deveria ser enquadrado como crime de racismo. Quatro anos depois, ampliou a proteção e determinou que as ofensas deverão ser punidas como injúria racial. A diferença entre os dois é: crime de racismo - é um ato de discriminação contra um grupo ou coletividade; Injúria racial - é uma ofensa à dignidade de uma única pessoa. Ambos os crimes são inafiançáveis e não prescrevem. A pena é de prisão de dois a cinco anos, que pode ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. STF determina que atos de homofobia e transfobia contra indivíduos sejam punidos como injúria racial Estados Unidos Os EUA aplicam leis federais contra crimes de ódio, que podem abranger crimes cometidos com base em raça, cor, religião, nacionalidade, orientação sexual, gênero, identidade de gênero ou deficiência. Mesmo com a ofensiva de Trump contra a regras de proteção de pessoas transgênero no âmbito federal, a interpretação e a aplicação de leis contra crimes de ódio com a proteção da identidade de gênero variam entre as jurisdições estaduais. Abaixo, veja onde atos contra a orientação sexual, gênero e sexo, e identidade de gênero (onde pode ser incluída a transfobia) são considerados crimes de ódio. No levantamento, se a bolinha estiver preta, é visto como crime; se estiver branca, não. Um dos estados que inclui ataques à identidade de gênero dentro dos crimes de ódio é Massachusetts, onde acontece o evento para o qual Erika Hilton foi convidada. Crimes de ódio nos estados norte-americanos ❌ Extinção de programas de diversidade A forma como o documento foi emitido é resultado das políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Desde seu primeiro discurso de posse, ele prometeu a extinção de programas de diversidade e reiterou que alterará políticas federais sobre gênero nos Estados Unidos. Na fala, em 20 de janeiro, o republicano misturou conceitos sobre gênero e sexo biológico. "Esta semana, também porei fim à política governamental de tentar incorporar socialmente a raça e o gênero em todos os aspectos da vida pública e privada. Vamos forjar sociedade que não enxergará duas cores e será baseada no mérito. Será política oficial dos EUA que existam apenas dois gêneros, masculino e feminino", afirmou ele. Donald Trump faz seu primeiro discurso como o 47º presidente eleito dos EUA Veja todas as medidas assinadas por Trump desde que assumiu: 20 de janeiro: palavras e expressões em desacordo com a nova política de dois gêneros foram removidas de sites federais, como gay, lésbica, bissexual, LGBTQ, HIV, orientação sexual e transgênero. 22 de janeiro: Casa Branca ordenou o fechamento dos programas de diversidade do governo federal e colocou seus funcionários em licença remunerada. 24 de janeiro: o governo determinou que mulheres trans presas passem a cumprir pena em cadeias para homens. No dia 4 de fevereiro, a Justiça americana, no entanto, suspendeu a decisão. 25 de janeiro: suspensão da emissão de passaportes com o gênero "X" para pessoas que se identificam como não binárias. 27 de janeiro: Trump assinou ordem que abria portas para o banimento de soldados abertamente transgênero no Exército do país. Exatamente um mês depois, o Pentágono anunciou que começaria a removê-los nos próximos 30 dias, mas uma juíza federal suspendeu a ação no dia 18 de março. 28 de janeiro: restrição de transições de gênero para menores de 19 anos. 29 de janeiro: Trump assina ordem executiva para acabar com fundos para disciplinas que abordam racismo e teoria de gênero nas escolas. 5 de fevereiro: proibição da participação de meninas e mulheres transgêneros em eventos esportivos femininos em escolas e faculdades - nesta quarta-feira (16), o governo anunciou que vai processar o estado do Maine por não cumprir ordem. Gênero masculino no visto de deputada trans é reflexo de ordem assinada por Trump no 1º dia de mandato *Com colaboração de Juliana Maselli Veja Mais

Michelle Trachtenberg, de 'Gossip Girl' e 'Buffy', morreu por complicações de diabetes

G1 Pop & Arte Atriz morreu aos 39 anos em fevereiro. Pouco antes, ela tinha passado por um transplante de fígado. Michelle Trachtenberg em 'Eurotrip - Passaporte para a confusão' (2004) Divulgação A atriz Michelle Trachtenberg morreu "naturalmente" por complicações de diabetes, segundo afirmou o Gabinete do Médico Legista Chefe da cidade de Nova York ao site Deadline nesta quarta-feira (16). A americana, conhecida por papéis em "Gossip Girl" e "Buffy: A caça-vampiros", morreu aos 39 anos em fevereiro. A mãe de Trachtenberg encontrou a filha no apartamento onde ela morava, em Nova York, e chamou a polícia e os paramédicos. Os policiais nunca suspeitaram de crimes. Trachtenberg tinha passado por um transplante de fígado pouco antes da morte. O Gabinete da cidade inicialmente afirmou que não realizaria autópsia, porque a família havia pedido por motivos religiosos. Com isso, a causa da morte não poderia ser determinada. No entanto, após resultados de exames de laboratório, a causa da morte foi atualizada. Carreira Trachtenberg começou a carreira ainda na infância, com seu primeiro papel na série "As Aventuras de Pete & Pete", da Nickelodeon. Seu primeiro papel de destaque foi como a protagonista do filme "A Pequena Espiã", em 1996. Michelle ganhou fama após estrelar várias produções famosas nos anos 2000, como a série "Buffy: A caça-vampiros", em que interpretou Dawn Summers, irmã da protagonista vivida por Sarah Michelle Gellar. No cinema, seus papéis mais conhecidos foram como Jenny, na comédia "Eurotrip - Passaporte para a confusão", e como Penny, no filme "Inspetor Bugiganga". Também estrelou "Sonhos no Gelo", da Disney, com Joan Cusack e Kim Cattrall. Uma das personagens mais importantes de sua carreira foi Georgina Sparks, na série "Gossip Girl". Ela chegou a reprisar a vilã no reboot, em 2023. Michelle Trachtenberg em cena de 'Gossip Girl' Divulgação Assista o vídeo abaixo, que fala sobre o retorno de séries antigas. Semana Pop fala sobre o retorno de séries antigas em novas versões Veja Mais

JK Rowling elogia decisão do Reino Unido sobre definição legal de mulher baseada no sexo biológico

G1 Pop & Arte Autora da saga ‘Harry Potter’ agradeceu ao grupo ativista For Women Scotland pelo que ela considerou uma vitória. ‘Estou muito orgulhosa de conhecer vocês’. Corte do Reino Unido define mulher apenas pelo sexo biológico JK Rowling se pronunciou nesta quarta-feira (16) sobre a decisão da Justiça do Reino Unido sobre definição legal de mulher baseada no sexo biológico. A autora da saga “Harry Potter” agradeceu ao grupo ativista For Women Scotland pela vitória. “Foram necessárias três mulheres escocesas extraordinárias e tenazes, com um exército por trás delas, para que este caso fosse ouvido pela Suprema Corte e, ao vencer, elas protegeram os direitos das mulheres e meninas em todo o Reino Unido. For Women Scotland, estou muito orgulhosa de conhecer vocês”, escreveu em seu perfil em uma rede social. Após ter feito essa publicação, a autora voltou a falar sobre o assunto, respondendo ao comentário de que ela estaria feliz ao ver pessoas com as quais discorda perderem quaisquer direitos que poderiam ter tido. “Pessoas trans não perderam nenhum direito hoje, embora eu não duvide que algumas (não todas) ficarão furiosas porque a Suprema Corte manteve os direitos das mulheres baseados no sexo”, respondeu. Nos último anos, JK Rowling assumiu uma postura aberta contra mulheres trans, alegando que elas "não eram mulheres". JK Rowling elogia decisão da Justiça do Reino Unido sobre definição legal de mulher baseado no sexo biológico Reprodução/X Decisão da Suprema Corte do Reino Unido Nesta quarta, a Suprema Corte do Reino Unido decidiu que mulheres trans não se enquadram na definição legal de mulheres segundo a legislação de igualdade do país. A ação ocorre após anos de batalha jurídica sobre se mulheres transgênero podem ser consideradas mulheres sob a Lei da Igualdade britânica de 2010, que visa prevenir a discriminação. Ao anunciar a decisão, o vice-presidente do tribunal, Lord Hodge, disse: “A decisão unânime deste tribunal é que os termos ‘mulher’ e ‘sexo’ na Lei da Igualdade de 2010 se referem a mulheres biológicas e sexo biológico”. No entanto, ele acrescentou: “Aconselhamos não interpretar esta sentença como um triunfo de um ou mais grupos em nossa sociedade às custas de outro, não é”. Ele disse que a decisão “não causa desvantagem às pessoas trans” porque elas têm proteção sob leis antidiscriminação e de igualdade. As integrantes do For Women Scotland, o grupo ativista que havia interposto a ação judicial, iniciaram uma salva de palmas e se abraçaram ao final da audiência. Veja Mais

George R. R. Martin e os lobos-terríveis: autor de 'Game of Thrones' se inspirou em espécie e investe em desextinção

G1 Pop & Arte Empresa americana diz ter trazido de volta o lendário lobo-terrível, extinto há mais de 10 mil anos. George R. R. Martin, escritor dos livros que levaram à série "Game of Thrones", é investidor e consultor da Colossal O Fantástico deste domingo (13) mostrou detalhes por trás da Colossal, empresa americana que diz ter trazido de volta o lobo-terrível, animal extinto há mais de 10 mil anos. E um detalhe curioso chama a atenção nesta história: George R. R. Martin, autor dos livros que inspiraram a série "Game of Thrones", é investidor e consultor da empresa. A conexão faz sentido — afinal, o lobo-terrível é uma das criaturas mais icônicas do universo da aclamada série americana. Cena de Game of Thrones com lobo-terrível Reprodução/TV Globo Veja Mais

Leonardo recicla ‘lados B’ do próprio repertório em gravação ao vivo de show programado para maio em São Paulo

G1 Pop & Arte Leonardo faz o registro audiovisual do show ‘Uma história sem fim’ em 22 de maio em São Paulo (SP) Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Ainda movimentada, a agenda de Leonardo sempre inclui shows feitos em cidades grandes e também em municípios menores situados no vasto interior do Brasil. Contudo, o nome do cantor já não ostenta a força mercadológica da década de 1990 e dos anos 2000. A próxima gravação audiovisual do artista goiano – agendada para 22 de maio em show no Espaço Unimed, na cidade de São Paulo (SP) – é tentativa de injetar algum ânimo em carreira que já totaliza mais de 40 anos, se contabilizado o tempo da dupla Leandro & Leonardo. A gravação ao vivo dará origem ao álbum intitulado Uma história sem fim. A intenção do cantor é reciclar o próprio repertório, com ênfase nos chamados lados B, termo que designa músicas menos propagadas nas rádios e nas TVs, mas ainda assim conhecidas pelo público fiel do artista. Com produção musical de Newton Fonseca, Uma história sem fim será a primeira gravação solo de Leonardo em sete anos. O último álbum somente do cantor, Canto, bebo e choro – Ao vivo, foi gravado em abril de 2018, também em show em São Paulo (SP), e lançado em agosto daquele ano. Veja Mais

Lisa e Jennie, do Blackpink, levam shows solo ao Coachella e comprovam força do k-pop

G1 Pop & Arte Elas se apresentaram pela 1ª vez como artistas solo diante de multidões no festival que aconteceu na Califórnia. Grupo das cantoras foi o primeiro do pop coreano a ser headliner. Jennie, do Blackpink, se apresenta no Coachella 2025 Amy Harris/Invision/AP Lisa e Jennie, do Blackpink, se apresentaram pela primeira vez como artistas solo diante de multidões no festival Coachella no primeiro fim de semana de festival, na sexta-feira e no domingo (13). Elas mostraram a força do K-pop, o pop coreano que mistura estilos como música dançante, R&B e rap. As duas retornam ao evento no segundo fim de semana, entre sexta (18) e domingo. Lisa rebolou ao som marcante de sua música "Money", vestindo um traje vermelho e sob luzes de mesma cor. Outras apresentações de K-pop no Coachella incluíram o ENHYPEN, um grupo masculino sul-coreano com sete integrantes, que se apresentou no sábado; e o XG, acrônimo de Xtraordinary Girls, grupo feminino japonês baseado na Coreia do Sul, no domingo. Sinalizando o crescente interesse dos Estados Unidos pelo K-pop nos últimos anos, o Blackpink fez história no Coachella duas vezes: em 2019, foi o primeiro grupo de K-pop liderado por mulheres a se apresentar no festival; em 2023, o grupo foi o primeiro headliner de K-pop da história. Blackpink durante apresentação no Coachella 2023 Frazer Harrison/Getty Images North America/Getty Images via AFP Começando com o trio de hip-hop Epik High em 2016, o Coachella tem trazido mais artistas coreanos para o cenário do festival, incluindo Aespa, alguns membros do DPR (Dream Perfect Regime), LE SSERAFIM, ATEEZ e The Rose. "Alter Ego" é o primeiro álbum de estúdio solo de Lisa desde que a cantora tailandesa deixou a YG Entertainment em 2023, juntando-se à RCA Records, dentro da Sony Music. A popstar também passou a ser ainda mais falada após integrar o elenco da terceira temporada da série "White Lotus". A cantora de 28 anos continuará gravando para a Interscope como parte do Blackpink, com suas colegas Jennie, Rosé e Jisoo. O álbum tem 15 faixas que incorporam os gêneros hip-hop, electropop e trap e conta com a participação dos cantores Raye, Doja Cat, Tyla, Rosalía, Future e Megan Thee Stallion. Jennie também optou por ter uma carreira musical independente, lançando seu primeiro single "Solo" em 2018 com a YG Entertainment e a Interscope. A artista de 29 anos fez sua estreia como atriz na série Max "The Idol" em 2023. VÍDEO: Fantástico foi a Seul entender por que o k-pop conquistou o Brasil Fantástico vai a Seul entender por que o k-pop conquistou o Brasil e o mundo Veja Mais

'Um gênio das letras': as reações à morte de Mario Vargas Llosa

G1 Pop & Arte Escritor peruano morreu neste domingo (13), aos 89 anos. Causa da morte não foi informada. Mario Vargas Llosa assume cadeira na Academia Francesa Emmanuel Dunand/AFP "Um gênio das letras" e "um mestre universal da palavra". As reações à morte do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa se sucederam do Peru, onde foi decretado um dia de luto nacional, ao exterior. Luto nacional no Peru A presidente do Peru, Dina Boluarte, lamentou o falecimento e afirmou que "seu gênio intelectual e sua vastíssima obra permanecerão como um legado imperecível para as futuras gerações". O governo peruano decretou "Luto Nacional no dia 14 de abril" e anunciou que posicionaria as bandeiras a meio mastro nas instituições públicas, segundo um Decreto Supremo divulgado à meia-noite. O escritor peruano Alfredo Bryce Echenique, amigo de Vargas Llosa, afirmou que sua partida é "um luto para o Peru". "Ninguém nos representou tanto quanto ele no mundo por sua obra em geral, sua teimosia, sua limpeza, sua enormidade", acrescentou. Morre aos 89 anos o escritor Mario Vargas Llosa América Latina O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, descreveu Vargas Llosa como "mestre da palavra, grande cronista da América Latina e intérprete exponencial de suas rotas e destinos". Ele acrescentou que "sua profusa e profunda obra literária permanece como um enorme legado para a América Latina e o mundo". "Mario Vargas Llosa faleceu, o mestre dos mestres. Nos deixa obra, admiração e exemplo. Nos deixa um rumo para o futuro", escreveu no X o ex-mandatário colombiano Álvaro Uribe. "Mario Vargas Llosa foi um escritor gigante, que descreveu a América Latina com uma caneta de lágrimas reais em uma ficção delicada e questionadora", declarou no X o presidente chileno, Gabriel Boric. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou em coletiva de imprensa que "além das diferenças políticas, sempre devemos reconhecer a grandeza de um escritor". Estados Unidos "Entristecido ao saber do falecimento do grande escritor e intelectual peruano Mario Vargas Llosa", comentou na rede X o subsecretário de Estado americano, Christopher Landau, que destacou que "seus temas e interesses eram atemporais e universais, como foi reconhecido pelo seu Prêmio Nobel de Literatura". Espanha O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, descreveu Vargas Llosa como um "mestre universal da palavra". "Meu agradecimento como leitor por uma obra imensa, por tantos livros essenciais para entender o nosso tempo. Em nome do Governo da Espanha, envio minhas condolências à família e amigos e à grande comunidade de leitores e leitoras em todo o mundo", escreveu no X. O ministro da Cultura, Ernest Urtasun, destacou "um dos grandes nomes da literatura universal" durante uma entrevista televisiva. "Todos nós temos um livro de Vargas Llosa em nossas memórias de jovens leitores." A Casa Real da Espanha publicou no X uma foto do escritor com o rei e a rainha, agradecendo-lhe por "sua imensa obra". "O Olimpo das letras universais abriu suas portas para ele", acrescentou. Em Madri, a Casa de América lamentou no X a morte de uma "figura emblemática do boom latino-americano" e destacou que a carreira do autor "foi marcada pela paixão pela literatura e pelo compromisso de explorar a condição humana por meio de suas histórias". O diretor do Instituto Cervantes, Luis García Montero, agradeceu pela carreira "exemplar" do autor, a "qualidade de seus romances e pela lucidez de seus ensaios". França O presidente da França, Emmanuel Macron, prestou sua "homenagem" ao escritor nesta segunda-feira (14), quando o descreveu como um "gênio das letras". Vargas Llosa "pertenceu à França, através da Academia (Francesa), através de seu amor por nossa literatura (...) Com sua obra, ele opôs a liberdade ao fanatismo, a ironia aos dogmas, um ideal tenaz diante das tempestades do século", escreveu ele no X. O autor peruano tornou-se, em 2023, o primeiro escritor sem uma obra original em francês a entrar para a Academia Francesa. A instituição para a promoção da língua francesa, fundada em 1635, emitiu um comunicado para informar sua morte. "O secretário Perpétuo e os membros da Academia Francesa estão tristes em anunciar a morte de seu colega, Mario Vargas Llosa, que faleceu em 13 de abril de 2025 em Lima (Peru). Ele tinha oitenta e nove anos de idade. Ele foi eleito em 25 de novembro de 2021 para ocupar a cadeira de Michel Serres (18ª cadeira)". Fundação Gabo A Fundação Gabo, criada pelo escritor Gabriel García Márquez, lamentou no X "a morte de Mario Vargas Llosa, mestre da narrativa em espanhol e figura fundamental da literatura latino-americana. Acompanhamos sua família, amigos e leitores em seu luto". O autor peruano manteve uma estreita amizade com o escritor colombiano, que também fez parte do boom latino-americano. Mas o relacionamento entre eles terminou abruptamente com um soco do peruano, envolto em mistério. "Deixe que os biógrafos cuidem disso", disse Vargas Llosa sobre o incidente. Editora Alfaguara Pilar Reyes, diretora editorial da Divisão Literária da Penguin Random House e diretora editorial da Alfaguara, também reagiu à morte do autor. "É com infinita tristeza que recebemos a notícia da morte de Mario Vargas Llosa. Sua obra e seus pensamentos continuarão a nos iluminar. À sua família, minhas mais sinceras condolências. A Mario, toda a nossa gratidão por uma vida em que nos ajudou a ver mais longe", escreveu no X. Veja Mais

‘E.T.' hitou no espaço’': Katy Perry em voo da Blue Origin vira meme que resgata hit da cantora

G1 Pop & Arte Cantora viajou nesta segunda (14) em missão da Blue Origin, empresa de foguetes do fundador da Amazon. "E.T." é o quarto single do álbum "Teenage Dream". Katy Perry mostra cápsula antes de viagem ao espaço A participação de Katy Perry na missão espacial da Blue Origin nesta segunda (14) virou meme nas redes sociais. Nas publicações, os fãs reviveram o sucesso "E.T.", parceria de Katy Perry com Kanye West lançada em 2011, fazendo uma brincadeira com a estética espacial do videoclipe e a participação da cantora na viagem real em um foguete. "E.T." é o quarto single do álbum "Teenage Dream", o primeiro da cantora com cinco músicas em primeiro lugar na história parada principal de singles da "Billboard" nos EUA. Dirigido por Floria Sigismondi, o clipe mostra Katy Perry caracterizada como um ser extraterrestre. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Como foi a missão? A Blue Origin lançou com sucesso a nave New Shepard para uma viagem de turismo espacial com seis mulheres a bordo. Além de Katy Perry, estava presente a jornalista Lauren Sánchez — noiva do bilionário Jeff Bezos, dono da empresa de foguetes. O lançamento ocorreu às 10h31 (horário de Brasília), e tanto a cápsula quanto o foguete retornaram cerca de dez minutos depois. g1 transmitiu ao vivo: Katy Perry viaja ao espaço nesta segunda Ao deixar a nave após o pouso, Katy Perry beijou o chão. O voo foi suborbital, ou seja, a nave não escapou completamente da gravidade da Terra. Mesmo assim, a viagem tinha a previsão de ultrapassar a Linha de Kárman — marca de 100 km de altitude reconhecida como o início do espaço. A cantora comentou sobre a viagem neste domingo (13). "Algo maior que eu está guiando esta jornada", escreveu. Katy Perry mostra cápsula de viagem espacial Reprodução/Instagram Quem estava na missão? Katy Perry vai ao espaço com tripulação 100% feminina g1 A missão foi chamada de NS-31 por ser o 31º lançamento da nave New Shepard. Este foi o 11º voo da Blue Origin com passageiros. Ao todo, 52 pessoas já foram ao espaço com a cápsula, segundo a empresa. Fãs comparam viagem da Blue Origin com clipe de 'E.T' Reprodução/Youtube/Instagram Veja Mais

Sérgio Sampaio volta vívido em ‘Velho bandido’, elogio de Felipe de Oliveira ao artista que ‘matava rato para comer’

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘Velho bandido – Elogio a Sérgio Sampaio’, de Felipe de Oliveira Autorretrato ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Velho bandido – Elogio a Sérgio Sampaio Artista: Felipe de Oliveira Cotação: ★ ★ ★ ★ 1/2 ♬ Sérgio Sampaio foi ácido e certeiro ao se perfilar nos versos “Eu que só tenho essa cabeça grande / Penso pouco, falo muito e sigo pr’adiante / Eu descobri que a velha arca já furou / Quem não desembarcou / Dançou na transação dormindo / E como eu fui o tal velho bandido / Eu vou ficar matando rato pra comer / Dançando rock pra viver / Fazendo samba pra vender sorrindo”, escritos para a letra de samba-choro lançado há 50 anos. Intitulado Velho bandido, o samba-choro de 1975 dá nome, cinco décadas depois, ao álbum em que o cantor mineiro Felipe de Oliveira aborda o cancioneiro do compositor capixaba. Matar rato pra comer foi metáfora usada por Sampaio para descrever o efeito social causado pelo temperamento indomado do artista face ao capitalismo que dá o tom da indústria da música desde que o samba é samba. Em rotação desde 11 de abril, o álbum Velho bandido – Elogio a Sérgio Sampaio enfatiza a ideologia de Sérgio Moraes Sampaio (13 de abril de 1947 – 15 de maio de 1994), artista que ganhou projeção nacional em 1972 ao defender a marcha-rancho Eu quero é botar meu bloco na rua (de refrão eletrizante) na sétima e última edição do Festival Internacional da Canção (FIC), mas logo depois jogado na vala dos malditos da MPB. “Minha lucidez nem me trouxe o futuro”, avaliou e profetizou o compositor já no ano seguinte, em verso da angustiada canção Viajei de trem (1973), também abordada por Felipe de Oliveira em Velho bandido, álbum valorizado pela produção musical, edição, mixagem e masterização de Fillipe Glauss. Com arranjos sagazes como a poética do compositor, Velho bandido – Elogio a Sérgio Sampaio é o quarto tributo fonográfico a Sérgio Sampaio em dois anos. Em 2023, Cida Moreira e Edy Star apresentaram álbuns com músicas do compositor capixaba, Sérgio Sampaio – Poeta do riso e da dor (2023) e Meu amigo Sérgio Sampaio (2023), respectivamente. No ano passado, saiu o EP Giuliano Eriston interpreta Sérgio Sampaio (2024). Cada um dos quatro discos tem uma particularidade, um viés, e o do álbum de Felipe de Oliveira passa pelo canto andrógino do artista, ainda um traço dissonante para a parte do mundo que, em 2025, vem tentando reestabelecer fronteiras rígidas entre gêneros. Outro traço marcante de Velho bandido é o realce da inadequação de Sérgio Sampaio a um sistema que parecia ávido por deglutir o compositor. Sintomaticamente, o álbum abre em ritmo de blues (o gênero dos excluídos pela sociedade) com Meu pobre blues, composição de 1974 em que Sampaio versou sobre o sonho de ter música gravada por Roberto Carlos (então no auge da popularidade no status quo), já prevendo a falência na tentativa vã de realizar tal sonho, recorrente entre os compositores dos anos 1970. No álbum Velho bandido, Felipe de Oliveira alinha 13 músicas de Sérgio Sampaio em 12 faixas. A diferença se dá porque o samba-choro que nomeia o disco aparece agregado em medley com Chorinho inconsequente (Sérgio Sampaio e Erivaldo Santos, 1971). Como o contemporâneo Belchior (1946 – 2017), Sérgio Sampaio carregava na obra o peso da cabeça. O que talvez explique a ânsia e a agonia que rondam Roda morta (Sérgio Sampaio e Sérgio Natureza, 2006), outra música da coerente seleção de Felipe de Oliveira. Essa ânsia aflitiva reverbera em Tem que acontecer (2006) – único possível hit de Sampaio depois da onda do festival de 1972 – nesse álbum formatado com os toques dos músicos André Milagres (guitarra e violão de sete cordas), Gabruga (teclados), Marco Aur (baixo) e Yuri Vellasco (bateria e percussão). Somente o sopro melancólico do trombone de Norton Ferreira sublinha o canto do intérprete em Nem assim (1982), reiterando o foco na poética do compositor. Afiada, a guitarra de André Milagres entrecorta o samba Foi ela (1974) enquanto o arranjo suave de Destino trabalhador (1994) suaviza o corte da navalha na carne do compositor em único momento de desajuste entre música e arranjo. A rigor, inexistem excessos nos arranjos criados de forma coletiva pelos músicos e o produtor sob a direção do cantor. Tal precisão contribui para evidenciar a poética refinada de Meu pobre pai (1973), um dos achados da seleção de Felipe de Oliveira. As sete cordas do violão de André Milagres conduzem o canto do artista em Maiúsculo (2006), outra pérola rara entre as joias (a rigor, quase todas raras) do álbum Velho bandido. Intérprete identificado com o universo da MPB, como já mostrara nos álbuns Coração disparado (2018) e Terra vista da lua (2021), Felipe de Oliveira se mostra cantor vocacionado para dar voz a músicas como Não adianta (1972). As letras saltam aos ouvidos com clareza. No arremate do disco, O que será de nós (1976) menciona na letra o Roberto Carlos que inspirou Sérgio Sampaio na criação do Meu pobre blues alocado no início do álbum, amarrando a costura fina de Velho bandido. No melhor título da discografia de Felipe de Oliveira, Sérgio Sampaio ressurge aflito e vívido com a lucidez poética que nunca lhe deu futuro, mas paradoxalmente garantiu ao compositor um lugar na galeria dos imortais da música brasileira. Felipe de Oliveira canta 13 músicas do compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 – 1974) nas 12 faixas do álbum produzido por Fillipe Glauss Autorretrato Veja Mais

Lexa lança canção em que expressa ‘o meu amor mais sincero’ por Sofia, filha que morreu três dias após o nascimento

G1 Pop & Arte Lexa em imagem do clipe da canção ‘Você e eu’ Reprodução / Vídeo ♫ NOTÍCIA ♪ Filha de Lexa, Sofia Vianna Araújo (2 de fevereiro de 2025 – 5 de fevereiro de 2025) viveu somente três dias porque não resistiu às complicações de um parto prematuro. Mas foi tempo suficiente para garantir o amor eterno da mãe, expressado na letra da inédita canção Você e eu, lançada hoje, 18 de abril, pela artista. Cantora e compositora associada ao funk, Lexa desacelera o beat e aciona a batida do coração na canção Você e eu, música de autoria da própria Lexa. Editada em single e promovida com clipe, a canção Você e eu ganhou forma no estúdio com a produção musical de Stefan Baby e Machadez. Capa do single ‘Você e eu’, de Lexa Divulgação ♪ Eis a letra da música: Você e eu (Lexa) “Ontem tive um sonho com você Parecia ainda estar aqui E antes de acordar aquela sensação De você me acalmando E aquela força pra seguir É em você que eu tô buscando O teu amor me escolheu Toda vez que eu cantar você e eu Mais um dia amanheceu Você é O meu amor mais sincero Somos o elo Tudo que eu sempre quis foi você E o nosso tempo Lindos momentos Juro que eu nunca vou esquecer Eu vejo você E você vive em mim” Veja Mais

Haley Joel Osment, de 'O Sexto Sentido', é preso por embriaguez em resort

G1 Pop & Arte De acordo com a revista ‘People’, ator foi detido por 'intoxicação pública' e 'posse de substância controlada'. O caso aconteceu no começo de abril. Haley Joel Osment em foto após prisão nos Estados Unidos, em 08 de abril de 2025 Mono County Sheriff’s Office Haley Joel Osment, de “O Sexto Sentido”, foi preso em um resort de esqui depois que a polícia recebeu um relato de "conduta indisciplinada", segundo informações da revista “People”. Na dia 08 de abril, o ator de 37 anos foi autuado por suposta intoxicação pública e posse de substância controlada não identificada em Mammoth Lakes, Califórnia. Uma fonte policial disse para revista que a substância foi enviada para análise, mas “presume-se que, neste momento, seja cocaína”. Haley Joel Osment foi preso na área de esqui de Mammoth Mountain, no estacionamento do Mill Base Lodge, depois que as autoridades receberam uma ligação por causa da "conduta indisciplinada" de uma pessoa na montanha. O sargento Jason Heilman confirmou para “People” que Osment foi autuado e não está mais sob custódia. O incidente ainda está sob investigação. Na "mug shot", que são fotografias de pessoas fichadas pela polícia, o ator aparece sorrindo. Essa não é a primeira vez que o ator é preso por um crime relacionado a álcool. Em 2006, quando ele tinha 18, Osment foi acusado de dirigir embriagado após se ferir em um acidente de carro. Posteriormente, ele se declarou culpado de uma acusação de dirigir sob influência de álcool e de uma acusação de porte de maconha, sendo condenado a três anos de liberdade condicional. Veja Mais

'Pecadores' impressiona com ótima mistura de terror e conflitos raciais; g1 já viu

G1 Pop & Arte Filme que estreia nesta quinta-feira (17) é dirigido por Ryan Coogler, de 'Pantera Negra' e 'Creed'. Michael B. Jordan, habitual parceiro do cineasta, é o destaque do elenco com papel duplo de irmãos gêmeos "Pecadores", filme que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (17), oferece ao público um dos melhores exemplos de longas "2 por 1". Ele traz um interessante e envolvente drama racial protagonizado por dois irmãos que buscam superar as dificuldades para ter uma vida melhor e, também, uma história de suspense e terror da melhor qualidade. Algo que vai agradar aos fãs e mesmo aos que não se interessam tanto por esses gêneros. A inusitada mistura de estilos narrativos consegue a proeza de jamais parecer mal feita ou desequilibrada durante toda a duração do filme e faz com que os espectadores fiquem completamente absorvidos por tudo o que acontece na tela. Isso se deve ao fato de seus realizadores levarem sua proposta bastante a sério (mesmo que tenham inesperados momentos de humor), que é defendida por um elenco afiado e uma direção que sabe exatamente onde quer chegar. Assista ao trailer do filme "Pecadores" A trama é ambientada em 1932 e focada nos irmãos gêmeos conhecidos como Fumaça e Fuligem (ambos interpretados por Michael B. Jordan). Após uma temporada longe de casa, os dois voltam para sua cidade natal, Clarksville, no estado da Louisiana, em 1932. O plano deles é deixar o passado para trás e começar um novo negócio, com uma casa de blues. Com a ajuda de seu primo Sammie (Miles Caton) e de alguns amigos, os irmãos buscam trazer diversão para os habitantes do local e, no processo, lucrar com a venda de bebidas. Só que, na noite da inauguração do clube, Fumaça e Fuligem recebem a inesperada visita do misterioso Remmick (Jack O'Connell, de "Ferrari" e "Back to Black"), que tem intenções sombrias sobre a casa e todos que estão nela. Uma série de acontecimentos sinistros faz com que o laço que une os irmãos seja testado, ao mesmo tempo em que começa uma sangrenta batalha pela vida contra forças além da compreensão humana. Além da escuridão Quem está acostumado a ver filmes de terror e suspense poderá notar semelhanças entre a trama de "Pecadores" e "Um drink no inferno" (algo que o próprio diretor, Ryan Coogler, já confessou em entrevistas). Mas, ao contrário do filme de 1996 dirigido por Robert Rodriguez, o longa de Coogler busca fazer algo mais profundo, que vai além da ação convencional e sustos fáceis. O cineasta, também autor do roteiro, procurou fazer um melhor desenvolvimento dos personagens e da região onde vivem. Michael B. Jordan (em dose dupla), Omar Miller, Wunmi Mosaku, Hailee Steinfeld e Miles Caton numa cena de 'Pecadores' Divulgação Assim, a primeira parte do filme se dedica a mostrar como vive a comunidade negra do Sul dos Estados Unidos, suas dificuldades e, principalmente, a segregação racial a que seus habitantes são forçados a se submeter. Desta forma, o longa destaca, entre outras coisas, a luta das pessoas para sobreviver com muito trabalho e pouco dinheiro, sem condições de poderem viver suas vidas da melhor maneira possível. Outro ponto curioso está no relacionamento conturbado entre Fuligem e Mary (Hailee Steinfeld, de “Bumblebee"), que precisam esconder o que sentem por causa da cor da pele. Essas subtramas dão mais camadas para os personagens e fazem com o que o público crie maior empatia por eles e tema por seus destinos à medida que a trama avança. Além disso, o filme conta com uma incrível trilha sonora assinada por Ludwig Göransson (vencedor do Oscar por seus trabalhos em "Pantera Negra" e "Oppenheimer"), que utiliza elementos do blues e que, aos poucos, muda para composições que contribuem para criar a atmosfera tensa que circula os personagens, seja pelo racismo ou pelo sobrenatural. Sammie (Miles Caton) toca uma música num clube de blues no filme 'Pecadores' Divulgação A música, aliás, é um dos maiores méritos de "Pecadores". Um dos melhores momentos do filme acontece num plano-sequência (sem cortes aparentes), quando o primo Sammie toca uma música e a sua performance apaixonada "conversa" com artistas do passado e do futuro (no caso, nosso presente), como se fosse uma inspiração para todos. Foi uma bela maneira encontrada pelo filme para mostrar a força da música negra americana sobre a vida de todos e a cena ficou belíssima. Show de horrores (no bom sentido) O maior capricho nos elementos dramáticos não enfraquece, de forma nenhuma, o terror proposto em "Pecadores". Coogler, que ficou famoso depois dos hits "Pantera Negra" e "Creed: Nascido Para Lutar", prova mais uma vez ser um dos mais interessantes diretores que surgiram em Hollywood nos últimos anos. Ele demonstra firmeza nas cenas de terror e faz ótimos "jump scares" (sequências de sustos rápidos que pegam o público de surpresa) que nunca soam gratuitos ou desnecessários. Desta forma, quando chega a sua segunda parte, o filme acelera o seu ritmo, mas sem perder sua cadência, e proporciona um grande espetáculo de tensão e suspense que pode deixar os mais sensíveis com um frio na espinha. Mesmo que a real ameaça do longa tenha algumas regras bem conhecidas dos monstros do terror, o resultado é simplesmente fascinante. Hailee Steinfeld interpreta Mary no filme 'Pecadores', de Ryan Coogler Divulgação Outra coisa que vale destacar é a parte técnica do filme. "Pecadores" foi pensado para ser exibido na maior tela possível. Um bom exemplo disso estão nas sequências onde os irmãos protagonistas passam por campos de algodão, que são filmados de uma maneira esplêndida. Além disso, os figurinos criados por Ruth E. Carter (que também levou o Oscar por suas criações para "Pantera Negra" e "Pantera Negra: Wakanda para sempre"), chamam a atenção. Em especial pela forma encontrada para diferenciar os irmãos gêmeos, tanto nos estilos distintos, como no uso das cores: um sempre usa roupas azuladas e o outro, avermelhadas. Isso facilita ao público saber quem é quem na trama. Duplo impacto Além de ter ótimos direção e roteiro, "Pecadores" também conta com um ótimo elenco, encabeçado pelo astro Michael B. Jordan, habitual colaborador do cineasta Ryan Coogler. Em seu quinto filme ao lado do realizador dos dois longas do "Pantera Negra", Jordan consegue tirar de letra o desafio de interpretar irmãos gêmeos pela primeira vez no cinema. O ator dá características específicas para cada personagem, o que ajuda o público a distinguir quem é quem, além do figurino. Além disso, Jordan acerta na intensidade e, principalmente, na forma que encontrou para mostrar o sentimento que um irmão tem pelo outro, especialmente nos momentos mais tensos do filme, o que faz com que o espectador se compadeça de seus personagens nas cenas dramáticas. Seu entrosamento com seus colegas de elenco também se destaca no filme. Em especial com Hailee Steinfeld, que interpreta Mary, interesse amoroso de Fuligem. Os dois atores mostram uma ótima química na tela, como numa sequência em que dançam juntos no clube. É uma pena, no entanto, que Steinfeld, em seu primeiro papel mais maduro, não apareça tanto quanto deveria, já que ela é uma peça essencial em alguns dos acontecimentos da história. Mesmo assim, quando ela surge, chama muito a atenção. Também merece destaque a atuação de Wunmi Mosaku, que interpreta Annie, ligada ao passado de Fumaça e a única que compreende os estranhos fenômenos que surgem diante de todos. Uma grata surpresa é a participação de Miles Caton, estreante no cinema. O jovem ator, além de tocar e cantar blues muito bem, segura bem a responsabilidade de interpretar um personagem que tem um grau de importância bem grande para a trama. Ele acaba se tornando o coração do filme e não decepciona. Já o veterano Delroy Lindo, como o músico Delta Slim, mostra sua habitual competência como um inesperado alívio cômico na segunda parte do longa. Jack O'Connell interpreta o perigoso Remmick no filme 'Pecadores' Divulgação Quanto a Jack O'Connell, a composição dele para o vilão Remmick é interessante porque, incialmente, ele se mostra uma pessoa frágil e até simpática, mas que, aos poucos, vai ficando cada vez mais ameaçador não só pelos seus ataques ferozes às suas vítimas, mas também por manipulação através de seus medos, o que desencadeia um desfecho realmente explosivo. O trabalho do ator, visto em filmes como "Jogo do Dinheiro" e "Invencível", é realmente muito bom. Emocionante e assustador na medida certa, "Pecadores" tem grandes chances de ser um dos melhores filmes lançados em 2025. Com uma história que tem várias camadas sociais e muitas cenas impactantes, o longa certamente vai ficar na memória de muita gente ao final da sessão. Uma dica: não deixe o cinema assim que surgirem os créditos. Entre eles, surgirá uma sequência importante para o desfecho da trama e uma cena curtinha para encerrar de vez essa grande experiência. Ao final, fica uma certeza: que venham mais parcerias entre Coogler e Jordan. O cinema agradece. Cartela resenha crítica g1 g1 Veja Mais

Gênero derivado da bossa nova, o samba-jazz ecoa na novela ‘Vale tudo’ no toque do fictício pianista Rubinho

G1 Pop & Arte Imagem de cena da novela ‘Vale tudo’ na fictícia boate carioca Vanguard Rio Reprodução / Vídeo Globoplay ♫ ANÁLISE ♪ Quem acompanha o remake da novela Vale tudo – atração da Globo no horário das 21h – já viu o fictício pianista Rubens Acioly em ação na também fictícia boate carioca Vanguard Rio. Interpretado pelo ator Julio Andrade, Rubinho – como o músico é chamado pelos outros personagens da trama – aparece sempre tocando um samba-jazz, como integrante de trio de piano, baixo e bateria. Sim, a novela Vale tudo tem ecoado nestas três primeiras semanas esse gênero musical derivado da bossa nova e tipicamente carioca como a bossa que o gerou. Se a bossa nova tinha alguma influência do jazz, o samba-jazz escancarava a mistura, caindo no suingue com energia. O gênero surgiu no alvorecer da década de 1960 e, embora continue sendo tocado por músicos brasileiros e estrangeiros em discos e shows, o samba-jazz parece eternamente associado ao som feito em alguma boate carioca (ou mesmo paulistana) da primeira metade da década de 1960. O balanço do samba-jazz abre espaço para as improvisações características do jazz, feitas em interação com a cadência bonita e as harmonias do samba. Por exigir destreza rítmica, o samba-jazz é música para virtuoses do naipe do saxofonista e arranjador carioca J.T. Meirelles (1940 – 2008), merecidamente reconhecido como um dos criadores do gênero. Nome também fundamental na gênese do gênero, o pianista fluminense Sergio Mendes (1941 – 2024) tocava o gênero com maestria e foi a partir do samba-jazz que Mendes criou a bossa pop com que cativou os Estados Unidos – e por extensão o mundo – a partir de 1966. No Brasil, grupos como o Tamba Trio e o Zimbo Trio foram mestres no toque do samba-jazz. Pela linguagem universal, o samba-jazz facilitou a absorção da bossa nova pelos jazzistas dos Estados Unidos. Em essência, o samba-jazz é música instrumental, mas cantoras com ouvidos de músico e apurado senso rítmico, como Elis Regina (1945 – 1982) e Leny Andrade (1943 – 2023), conseguiam acompanhar os trios sem perder o fio da meada. Embora geralmente tocado no escurinho das boates e na intimidade de um piano-bar, o samba-jazz abre mão do clima íntimo da bossa nova. É uma música mais extrovertida, calorosa, vibrante. Uma música viva que, embora carimbada com a data dos anos 1960, segue cultuada Brasil e mundo afora, alimentando a alma de músicos como o fictício pianista Rubinho, o personagem sonhador de Vale tudo. Como a bossa nova, o samba-jazz não tem prazo de validade. Veja Mais

Mulher cis x mulher trans: entenda os termos e por que Erika Hilton chamou de transfobia a mudança em seu visto dos EUA

G1 Pop & Arte O governo de Donald Trump emitiu um visto para a deputada Erika Hilton (PSOL) considerando seu gênero como masculino, e ela classificou o ato como "transfobia de Estado". Erika Hilton: Defender agenda LGBTQIA+ é um projeto de democracia O governo de Donald Trump emitiu um visto para a deputada federal Erika Hilton (PSOL) considerando seu gênero como sendo masculino. Erika é uma das duas primeiras parlamentares trans da Câmara dos Deputados e classificou a situação como uma "transfobia de Estado praticada pelo governo americano". Veja Mais

Lady Gaga no Rio: o que se sabe sobre o show em Copacabana

G1 Pop & Arte Popstar vai se apresentar no dia 3 de maio para público estimado de 1,6 milhão de pessoas. Lady Gaga no Rio deve movimentar 1,6 mil pessoas na areia na praia A popstar norte-americana Lady Gaga fará um megashow na Praia de Copacabana em maio, a exemplo de Madonna em 2024. Veja abaixo o que se sabe sobre a apresentação. Quando e onde será o show? Veja Mais

William Levy, do remake de 'Café com aroma de mulher', é preso nos EUA

G1 Pop & Arte Ator cubano-americano estrelou novelas mexicanas como 'Sortilégio' e 'Cuidado com o anjo'. Ele foi preso por causar desordem intoxicado e por se recusar a ir embora de restaurante. William Levy, em foto de 2024, foi preso nos Estados Unidos Reprodução/Instagram/willevy O ator cubano-americano William Levy, conhecido pelo remake da novela colombiana "Café com aroma de mulher", foi preso nos Estados Unidos nesta segunda-feira (14) por causar desordem intoxicado e por se recusar a ir embora de um restaurante. Segundo o site TMZ, ele participou de uma audiência em um tribunal nesta terça (15), na qual o juiz determinou uma fiança de US$ 500. A polícia respondeu a um chamado em um restaurante em Miami, onde encontrou o ator "muito intoxicado". Levy então ignorou diversas ordens dos policiais para que deixasse o local. Além do remake, ele também ficou conhecido no Brasil por estrelar novelas mexicanas como "Cuidado com o anjo" e "Sortilégio". Katy Perry cantou 'What a Wonderful World' em viagem espacial Veja Mais

De fã de Fidel Castro a candidato da direita à Presidência: relembre a trajetória política de Mario Vargas Llosa

G1 Pop & Arte Escritor peruano e vencedor do Prêmio Nobel morreu no domingo (13), aos 89 anos. Autor foi ativo na política e chegou a ser favorito na corrida presidencial de seu país em 1990, com uma campanha pautada na cartilha liberal. Mario Vargas Llosa Daniel Ochoa de Olza/Associated Press O peruano ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, que morreu no último domingo (13) em Lima, tinha uma grande paixão pela política. Embora não gostasse de lembrar, ele simpatizou com a revolução cubana — e, como candidato, liderou a direita nas eleições presidenciais peruanas, que perdeu em 1990. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O escritor respirava a realidade política desde muito jovem. Em seu livro autobiográfico "O Chamado da Tribo" (2018), ele conta que descobriu a política aos 12 anos (em 1948), quando o general Manuel Odría derrubou o presidente José Luis Bustamante y Rivero, que era seu tio por parte materna da família. "Acho que uma das grandes paixões de Vargas Llosa era a política. Ele vem de uma família onde a política fez parte de sua vida desde cedo", disse seu amigo e biógrafo Pedro Cateriano. Segundo Cateriano, o romancista se envolveu com causas sociais e com o movimento comunista desde seus dias de estudante na Universidade de San Marcos, na década de 1950. Politicamente, ele se atraiu pelas ideologias de Fidel Castro, mas em 1971 rompeu com a Revolução Cubana. "Ele rompeu depois de se aproximar das ideias da esquerda e apoiar a revolução cubana com o famoso caso do poeta Heberto Padilla", explicou Cateriano. "Foi um período muito difícil para mim, porque me senti como os padres que penduram suas vestes e retornam a uma sociedade secular de incerteza e insegurança. Descobrindo que a democracia não era o que acreditávamos e o que a esquerda comunista reivindicava", relembrou Vargas Llosa em "O Chamado da Tribo". Mario Vargas Llosa, escritor e Nobel da Literatura, morre aos 89 anos Líder de direita Na década de 1980, Vargas Llosa assumiu desafios maiores em seu país como defensor das ideias liberais. Em resposta às tentativas do governo social-democrata do então presidente Alan García de nacionalizar os bancos peruanos, Vargas Llosa emergiu como um líder de direita, liderando protestos contra a ação em 1987. Naquele ano, ele fundou o Movimento pela Liberdade e em 1990 concorreu à presidência pela Frente Democrática. Era o favorito, mas perdeu para o então desconhecido Alberto Fujimori. Após sua derrota, ele se estabeleceu em Madri e continuou sua carreira literária, mas permaneceu intimamente envolvido na política peruana e internacional. "Vargas Llosa perdeu a eleição, mas triunfou na arena política e ideológica. Sua campanha não foi apenas pedagógica, mas, é preciso dizer com clareza, corajosa e arriscada", afirmou Cateriano, que o acompanhou em sua fracassada aventura política, hasteando a bandeira da direita liberal. O romancista era um crítico persistente das ditaduras e dos governos que considerava autoritários, questionando-os em artigos de jornais e declarações públicas. "Se há algo a elogiar em Vargas Llosa é justamente sua ação política e, nesse sentido, ele fez muito bem ao Peru e à América Latina", diz Cateriano. Vargas Llosa acompanhou de perto os acontecimentos na política global, atacando nos últimos anos o populismo, "a doença da democracia", que abrangia desde o chavismo e o castrismo até a extrema direita e a esquerda radical europeia e o nacionalismo independentista catalão. Especula-se que as visões políticas contrastantes tenham sido a causa da famosa briga entre Vargas Llosa e o colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), que terminou com os dois intelectuais indo às vias de fato. "Deixe que os biógrafos cuidem desse assunto", disse Vargas Llosa, tergiversando sobre o fim da amizade. Veja Mais

Filme ‘Luiz Gonzaga – Légua tirana’ estreia em junho nos cinemas com foco na infância e juventude do ‘Rei do baião’

G1 Pop & Arte Imagem do filme ‘Luiz Gonzaga – Légua tirana’, programado para estrear nos cinemas em 12 de junho Reprodução / Trailer do filme ‘Luiz Gonzaga – Légua tirana’ ♫ NOTÍCIA ♪ Um dos pilares da música brasileira, a obra de Luiz Gonzaga (13 de dezembro de 1912 – 2 de agosto de 1989) é a trilha matricial da nação nordestina que ecoa em todo o Brasil desde os anos 1940. Já a vida do cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano é tão folhetinesca que deu não um, mas dois filmes. Treze anos após Gonzaga – De pai pra filho (2012), longa-metragem centrado na relação conflituosa do artista com o filho também cantor Gonzaguinha (1945 – 1991), Luiz Gonzaga – Légua tirana chega aos cinemas em 12 de junho, reforçando a onda das cinebiografias de astros da música. Dirigido por Diogo Fontes e Marcos Carvalho, o filme Luiz Gonzaga – Légua tirana tem foco na infância e na juventude de Gonzagão no sertão nordestino, mostrando como a obra do artista é reflexo do contexto cultural e social em que foi criado o artista nascido em Exu (PE), cidade do interior de Pernambuco. As gravações do filme foram realizadas na Chapada do Araripe – situada na divisa dos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí – e em Caiçara (PB), município da Paraíba. No filme, Luiz Gonzaga é vivido pelos atores Kayro Oliveira (na infância) e Wellington Lugo (na juventude). O ator Luiz Carlos Vasconcelos também integra o elenco do filme, interpretando o mítico Januário José dos Santos (1888 – 1978), pai de Gonzaga. Veja Mais

A história da 'cena mais infame do cinema' (e seu impacto em Maria Schneider, atriz principal)

G1 Pop & Arte 'Meu nome é Maria', um novo filme estrelado por Matt Dillon e Anamaria Vartolomei, explora a vida de Maria Schneider e a filmagem de uma das produções mais famosas da história do cinema. Maria Schneider protagonizou o filme Último Tango em Paris, drama erótico de 1972 Getty Images Pode ser a cena mais infame de toda a história do cinema. O drama sexualmente explícito Último Tango em Paris, do diretor italiano Bernardo Bertolucci, lançado em 1972, é a história de um affair entre um homem de meia-idade, Paul, e uma jovem chamada Jeanne, em um apartamento da capital francesa. A famosa "cena da manteiga" não estava no roteiro original, e algumas partes dela foram feitas sem o consentimento prévio da atriz Maria Schneider, que tinha 19 anos na época. Aviso: esta reportagem contém referências a agressões sexuais que podem ser consideradas perturbadoras por alguns leitores Schneider sofreu com a dependência química e transtornos de saúde mental durante anos após o lançamento do filme, mas sua história e da produção de Último Tango em Paris estão sendo contadas agora no filme Meu nome é Maria. O longa é protagonizado por Matt Dillon, que interpreta Marlon Brando, ator que fez o papel de Paul, e Anamaria Vartolomei, que dá vida a Schneider. A diretora francesa do filme, Jessica Palud, adaptou a história de um livro de memórias de 2018 da jornalista Vanessa Schneider, prima de Maria. "Acho que temos que analisar o contexto da época de Último Tango em Paris, já se passaram cinquenta anos desde que o filme foi feito", afirmou Matt Dillon à BBC. "Era uma época diferente, mas é muito importante olhar para ela agora de uma perspectiva diferente." "Foi uma experiência muito traumática para ela. E não apenas no momento em que aconteceu, mas porque continuou a persegui-la e assombrá-la ao longo da vida, por onde quer que ela passasse, de várias maneiras." Meu nome é Maria conta a história de Schneider e da filmagem de Último Tango em Paris Kino Lorber Meu nome é Maria explora as origens de Schneider. A atriz é fruto de um affaire entre um famoso ator francês, Daniel Gélin, e uma modelo romena. Ela conheceu o pai quando era adolescente, e ele a apresentou aos sets de filmagem. O Último Tango em Paris foi seu primeiro papel de destaque. Em uma entrevista em 2007, quando tinha 50 anos, ela contou que a convenceram a aceitar o papel, em vez de protagonizar um filme com o astro do cinema francês Alain Delon — e disse que, aos 19 anos, "não entendia todo o conteúdo sexual do filme". "Tinha um mau pressentimento", ela afirmou, mas sua agência disse que ela não poderia recusar um trabalho com Marlon Brando, um dos maiores astros do cinema do século 20. Schneider recordou o que aconteceu no dia da filmagem daquela cena, em que sua personagem é estuprada por Brando, usando manteiga como lubrificante. "Essa cena não estava no roteiro original. A verdade é que foi Marlon quem teve a ideia. Só me contaram antes de filmarmos a cena, e eu fiquei com muita raiva... Me senti humilhada e, para ser sincera, me senti um pouco estuprada, tanto por Marlon quanto por Bertolucci", ela afirmou. "Depois da cena, Marlon não me consolou nem pediu desculpas." "Marlon me disse: 'Maria, não se preocupe, é apenas um filme', mas durante a cena, mesmo sabendo que o que Marlon estava fazendo não era real, eu chorava com lágrimas de verdade." "Felizmente, houve apenas uma tomada." Marlon Brando recebeu uma indicação ao Oscar por seu papel em Último Tango em Paris Getty Images Mais tarde, Bertolucci falaria sobre o motivo de ter ocultado detalhes da cena para Schneider, dizendo: "Eu queria que ela reagisse como uma garota, não como uma atriz. Queria que ela reagisse humilhada". E insistiu que foi apenas o uso da manteiga que havia surpreendido a atriz. Mas, para Matt Dillon, o que aconteceu foi "muito errado". "É algo que nós, atores, fazemos com frequência, não contamos ao outro ator, ou o diretor nos incentiva a não revelar o que vamos fazer, para que possamos ter uma reação real", diz ele. "Mas foi muito errado, em uma cena tão delicada, fazer algo assim." Jessica Palud disse à BBC que a recriação da cena do estupro "não podia ser evitada" em Meu nome é Maria. Mas, desta vez, o público vê o ocorrido da perspectiva de Maria Schneider. "Não podia evitar filmar esta cena porque foi o exato momento em que a vida dela mudou completamente. A partir daí, tudo dá errado", diz Palud. "Era importante fazer a cena do ponto de vista dela, do seu corpo, do seu olhar, o que ela passou, e o fato de que havia testemunhas. Maria estava sendo agredida na presença de toda a equipe, que estava observando, e não estava reagindo." Desta vez, a cena foi preparada em parceria com um coordenador de intimidade — Dillon, de 61 anos, conta ter sido a primeira vez que trabalhou com este tipo de profissional. O uso de um coordenador de intimidade, que atua como coreógrafo e mediador entre os atores e a produção durante cenas simuladas de sexo e nudez, é cada vez mais comum no setor desde o movimento #MeToo. Agora vira notícia quando eles são recusados, como por Mikey Madison no filme Anora, vencedor do Oscar, ou quando Gwyneth Paltrow revelou que disse a um deles para "se afastar um pouco" durante as cenas de sexo com Timothée Chalamet em Marty Supreme. "Não acho que seja uma coisa ruim, acho que pode evoluir para algo bom", diz Dillon sobre o uso de coordenadores de intimidade. "Parece que eles estão lá para evitar que as pessoas ultrapassem os limites, mas na verdade estão criando limites que oferecem oportunidades para diferentes maneiras de abordar essas cenas. Espero que seja assim que as coisas evoluam, em vez de as pessoas sentirem que 'eles estão aqui para nos dizer o que podemos e o que não podemos fazer'. E Anamaria e eu nos sentimos muito à vontade." Anamaria Vartolomei, que interpreta Maria Schneider no novo filme, diz que, embora tenha se sentido "segura, protegida e orientada" ao gravar a cena de estupro em Meu nome é Maria, ainda assim ficou mal. "Essa cena foi realmente violenta", afirmou ela à BBC. "Não consigo imaginar o que foi para Maria, pois ela sentiu isso de verdade. Estou apenas interpretando. Mas isso realmente aconteceu com ela, e ela não tinha ninguém ao seu redor. As pessoas estavam apenas olhando para ela sem fazer nada. Acho que a violência foi em dobro porque ela não tinha o apoio que eu tinha no set, e ainda assim foi muito difícil para mim." "Eu estava muito emotiva naquele dia. Não conseguia parar de chorar, acho que acumulei a violência da cena quando vi na tela. Quando tive que interpretá-la, as lágrimas vieram à tona. Acho que é muito brutal. E é insano pensar que alguém possa fazer isso." Meu nome é Maria é baseado em um livro escrito por Vanessa Schneider, prima de Maria Schneider Kino Lorber Fama da noite para o dia Maria Schneider não só não recebeu apoio profissional no set, como também não tinha experiência suficiente para saber que Bertolucci não podia obrigá-la a fazer a cena. "Devia ter ligado para o meu agente ou pedido ao meu advogado para ir ao set, porque não se pode obrigar alguém a fazer algo que não está no roteiro, mas na época eu não sabia disso", ela diria mais tarde. Além disso, a sensação causada pelo filme Último Tango em Paris, quando estreou em outubro de 1972, também acabaria com Schneider. Apesar de (ou graças a) ter sido proibido ou restringido em alguns países, o filme arrecadou cerca de US$ 36 milhões em bilheteria somente nos EUA. Na França, foi noticiado que o público chegava a esperar mais de duas horas na fila para conseguir um ingresso. A disparidade entre Bertolucci, Brando e Schneider ficou evidente: a reação da crítica ao filme consolidou a reputação de Bertolucci como cineasta internacional, e tanto ele quanto Brando foram indicados ao Oscar pelo longa. Brando — que fez O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, na mesma época — teria ganhado cerca de US$ 3 milhões com Último Tango em Paris, já que ficou com uma parte dos lucros; Schneider lembra que recebeu cerca de US$ 4 mil. Ela fez nu frontal; Brando nunca apareceu nu no filme. Schneider afirmou em entrevistas que, na época das filmagens, não entendia todo o conteúdo sexual do filme Getty Images A jovem achou cada vez mais difícil lidar com a fama que alcançou da noite para o dia. Quando o filme foi lançado, ela disse aos entrevistadores, que havia dormido com 50 homens e 20 mulheres, e "experimentado heroína", porque, conforme explicou mais tarde, embora isso não fosse verdade, ela era vista como "um símbolo sexual". Seu comportamento errático, segundo ela, era devido ao medo. "Ser famosa de repente no mundo todo era assustador", ela disse. "Eu não tinha guarda-costas como os de hoje. As pessoas achavam que eu era igual à minha personagem, e eu inventava histórias para a imprensa, mas aquela não era eu... Me deixou louca. Me envolvi com drogas... era como uma fuga da realidade. Era a década de 1970 e, naquela época, tudo isso estava acontecendo." Vanessa Schneider, prima da atriz, disse que Maria também foi vítima do sistema de dois pesos e duas medidas da época: "Para os espectadores puritanos, ela era uma mulher fácil que fazia pornografia. Foi brutal para ela, especialmente porque isso não fazia parte da natureza dela — ela era muito modesta, reservada e bastante conservadora em certos aspectos". "As pessoas achavam que eu era como a garota do filme, mas aquela não era eu", declarou Maria Schneider em uma entrevista de 2007. "Eu me sentia muito triste porque era tratada como um símbolo sexual, e eu queria ser reconhecida como atriz. Todo o escândalo e desdobramentos do filme me deixaram um pouco louca, e tive um colapso." Schneider também revelou que tentou tirar sua vida durante esse período. Schneider morreu de câncer em 2011, aos 58 anos Getty Images A cultura no set de filmagem Mais tarde, Schneider ficaria sóbria, mas apesar de ter feito cerca de 50 filmes durante sua carreira (incluindo o longa aclamado pela crítica Profissão: Repórter, de 1975, com Jack Nicholson), ela comentou que "Último Tango em Paris ainda é o filme sobre o qual todo mundo me pergunta". Ela morreu em 2011, vítima de câncer. "O lamentável é que Maria Schneider teve um desempenho incrível nesse filme, e você pode ver como sua carreira poderia ter tomado um rumo diferente", diz Matt Dillon, que interpreta Brando no novo filme. "Mas ela já tinha sofrido tantos golpes. Sua família era muito complicada. Ela foi abandonada pelos pais, e depois pelas pessoas com quem trabalhava. Acho que esse abandono a perseguiu." Schneider não é a única atriz daquela época que sofreu por causa do alarde em torno do filme erótico que estrelou — Sylvia Kristel também teve dificuldade para escapar do escândalo gerado pelo filme de soft porn Emmanuelle, de 1974, no qual ela era protagonista, e que também contava com uma cena de estupro. Não foram apenas as mulheres que sofreram ao fazer filmes com conteúdo sexual; Schneider diria mais tarde que "até Brando disse que se sentiu estuprado e manipulado" durante a infame cena da manteiga. Schneider, Brando e Bertolucci no set de filmagem de Último Tango em Paris Getty Images "Foi uma era de diretores famosos", conta Anna Smith, apresentadora do podcast Girls on Film, à BBC. "E o padrão parece ser principalmente o de diretores homens dominadores que exploram e intimidam atrizes mais jovens. A autoridade desses homens aclamados permitia a eles exercer controle sobre as mulheres." "Tínhamos essa ideia do criador, do diretor que tem o poder supremo", acrescenta Vartolomei. "E que era uma espécie de guru, e que todas as pessoas ao seu redor o escutavam como se fosse Deus. Acho que esse era o problema naquela época. Agora estamos mais protegidas, e nossa voz é ouvida e também valorizada, o que não acontecia naquele momento." Mas a diretora de Meu nome é Maria, Jessica Palud, ressalta que um dos aspectos mais extraordinários da personagem de Schneider é que, muito antes da era #MeToo, ela estava falando sobre o que aconteceu no set de filmagem de Último Tango em Paris. "O que eu realmente achei interessante e comovente nela é que, apesar de ter sido na década de 1970, e naquela época muitas atrizes jovens eram agredidas ou estupradas, mas se calavam, Maria era extremamente direta e clara nas entrevistas... ela falava, mas não era ouvida." Schneider atuou em mais de 50 filmes ao longo de sua carreira Getty Images A experiência de Schneider em Último Tango em Paris acabou sendo levada a sério em 2016, quando veio à tona um vídeo da entrevista de Bertolucci em 2013 à Cinémathèque Française sobre a cena infame e seu desejo de que a humilhação de Schneider fosse real. Desta vez, causou indignação. Alguns não perceberam que a cena de sexo, embora traumática, foi apenas simulada por Brando e Schneider. O diretor, então com 76 anos, classificou o furor de "ridículo", e reiterou que Schneider sabia da cena de antemão. Os três protagonistas do escândalo de Último Tango em Paris — Bertolucci, Brando e Schneider — já morreram. Sabendo que o horror, o choque, a tristeza e a fúria que se vê no rosto de Maria Schneider são reais e deliberadamente provocados, será que o filme, como ponderou o jornal francês Le Monde após o cancelamento de uma exibição em 2024 em Paris devido a protestos, deveria conter algum tipo de advertência? "Há muito tempo acho que é preciso reavaliar o cânone percebido dos grandes nomes do cinema pois ele vem de um lugar inerentemente patriarcal", diz Smith. "Acho que é saudável revisitar os clássicos a partir de uma perspectiva moderna; espero que nossa compreensão dos danos que podem ser causados por certas atitudes e práticas tenha evoluído." Meu nome é Maria, diz Palud, tenta mostrar isso. Ela afirma que "não queria julgar nem condenar, mas mostrar o sistema e o que precisa mudar para proteger a geração mais jovem. Ainda há muito a ser feito. Mas uma cena como essa não aconteceria agora, graças a Deus". Vartolomei acrescenta: "Acho que este filme está esclarecendo o lado da Maria, junto ao livro da Vanessa Schneider. Naquela época, Maria era considerada uma vítima, mas para mim, ela está longe disso, pois encontrou forças para falar, para que sua história fosse ouvida, mesmo que a sociedade não estivesse pronta para escutar sua voz. Mas agora estou feliz por finalmente podermos ouvi-la." Diretora do Me Too Brasil é ameaçada de morte Veja Mais

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Morre Alcides Lima, o 'Cidão', baterista e fundador da Traditional Jazz Band

G1 Pop & Arte Natural de Sorocaba, Cidão começou a tocar bateria aos 16 anos. Em 1964, se uniu a um grupo de jovens universitários com o desejo de recriar o jazz tradicional com liberdade e personalidade. Cidão, da Traditional Jazz Band Reprodução/Redes Sociais Alcides Lima, o Cidão, um dos grandes nomes do jazz nacional e fundador da banda paulistana Traditional Jazz Band, morreu neste sábado (12) aos 85 anos. Nas redes sociais oficiais da banda, uma nota de pesar homenageia o músico. " É com imensa tristeza que comunicamos o falecimento de Alcides Lima, o querido Cidão, baterista e um dos fundadores da Traditional Jazz Band (TJB). Cidão foi parte essencial da nossa história desde o início, em 1964. Com seu talento, carisma e paixão pelo jazz, ele ajudou a construir a identidade sonora e afetiva da banda — marcando gerações com sua batida inconfundível e presença cativante nos palcos. Mais do que um músico brilhante, Cidão foi um amigo, um parceiro e uma inspiração para todos nós. Neste momento de luto, prestamos nossa homenagem a ele e enviamos nosso abraço solidário à família, aos amigos e aos fãs que compartilharam tantos momentos ao som de sua música. Veja Mais

‘Novo mundo’ de Arnaldo Antunes somente engrena em cena quando o cantor recorre aos velhos sucessos

G1 Pop & Arte Requintado visualmente, show peca pelo roteiro mal estruturado que prejudica a fruição do inédito repertório do vigoroso álbum lançado em março. Arnaldo Antunes na estreia nacional da turnê do show ‘Novo mundo’ no Circo Voador (RJ), no Festival Queremos! 2025 Karyme França / Miolo Filmes / Divulgação Festival Queremos! ♫ OPINIÃO SOBRE SHOW Título: Novo mundo Artista: Arnaldo Antunes Data e local: 11 de abril de 2025 no Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ) Cotação: ★ ★ ★ ♬ Foi somente quando A casa é sua (2009) entrou no roteiro do show estreado por Arnaldo Antunes no Circo Voador, palco mais caloroso do Rio de Janeiro (RJ), que o público se sentiu realmente em casa e fez coro ardoroso com o artista no canto desta parceria com Ortinho lançada por Arnaldo no álbum Iê Iê Iê (2009). Só que A casa é sua já era a 16º das 24 músicas do roteiro do show Novo mundo, cuja turnê – baseada no álbum homônimo lançado pelo cantor e compositor paulistano em 20 de março – teve o pontapé inicial na noite de ontem, 11 de abril, dentro da programação do Festival Queremos! 2025, em apresentação que somente engrenou no terço final quando Arnaldo recorreu aos velhos hits. Nessa parte final, cujos sucessos beneficiaram a fruição das duas novíssimas parcerias de Arnaldo com David Byrne e do samba-rock Tanta pressa pra quê? (Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2025), a música Socorro (Arnaldo Antunes e Alice Ruiz, 1994) atiçou o público que pareceu nada sentir no início do show, O pulso (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Bellotto, 1989) ainda pulsou e a canção tribalista Passe em casa (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte e Margareth Menezes, 2002) surtiu efeito catártico na plateia. Sem falar no bis em que o grito “Sem anistia” ecoou forte em coro espontâneo da plateia (e endossado por Arnaldo), precedendo o rock punk Fora de si (1995) e abrindo o apetite popular para Comida (Arnaldo Antunes, Marcelo Frommer e Sergio Britto, 1987). Arnaldo virou o jogo no segundo tempo. Visualmente, o show Novo mundo primou pelo requinte, em especial o da iluminação. O efeito das luzes sobre os figurinos – com Arnaldo vestido de branco em contraponto com o preto das roupas dos músicos – resultou belo, merecendo menção honrosa o manto brilhante portado pelo artista durante o canto de Debaixo d’água (2009). A julgar pela estreia da turnê Novo mundo, o problema do show está sobretudo na disposição das músicas no roteiro. Merece ser louvado o artista que, ao lançar um álbum com músicas inéditas, apresenta em cena todo o repertório desse disco. Só que Arnaldo não levou em consideração que o álbum Novo mundo ainda é muito recente e que ainda não foi absorvido pelo público. Se Arnaldo tivesse estreado a turnê em um teatro, talvez tivesse se dissipado a apatia observada na apresentação de músicas como É primeiro de janeiro (Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2025). Em show apresentado em festival ou em casa em que o público em maioria fica na pista, é preciso contrabalançar o repertório inédito com músicas mais conhecidas para equilibrar o roteiro – cuidado que Arnaldo não teve ao inserir composições menos conhecidas e menos aliciantes, como Cultura (1993), Muito muito pouco (2013) e Se assim quiser (Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho, 2004), no meio das músicas novas ao longo da primeira metade. Para piorar o quadro inicial, o repertório do álbum Novo mundo não chegou à cena com a pegada do disco produzido por Pupillo Oliveira com sonoridade nervosa que revigorou o som de Arnaldo Antunes. Algo se perdeu na transposição do disco para o palco. Tanto que a presença de um guitarrista de forte assinatura como Kiko Dinucci – presente luxuosa na banda formada por músicos do naipe de Curumin (bateria), Betão Aguiar (baixo) e o virtuose Vitor Araújo (piano e sintetizador) – demorou a ser notada em cena. E o fato é que músicas como Novo mundo (2005) – número que evidenciou já na abertura do show a presença performática de Arnaldo em cena – e Tire o seu passado da frente (2025) soaram sem o peso do álbum, assim como as baladas, a exemplo da canção de amor Acordarei (2025), não reverberaram com toda a delicadeza do disco. Algo soou tão fora da ordem nessa metade inicial do show que até ficou difícil reconhecer de imediato Busy man (Sem você). Arnaldo cantou mal a parceria com Carlinhos Brown apresentada por Brown no álbum Omelete man (1998). A questão não é cobrar do artista um show preguiçoso para todo mundo cantar junto no estilo karaokê – e cabe ressaltar que o hit tribalista Já sei namorar (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte, 2002) cumpriu essa função na desanimada primeira metade do show – mas apontar um desequilíbrio no roteiro. Se mais bem estruturado, o roteiro do show Novo mundo pode facilitar a fruição do repertório inédito e impedir espectadores que gritem algo na linha “socorro, não estou sentindo nada”. Arnaldo Antunes segue roteiro sem equilíbrio, mas vira o jogo ao fim do show ‘Novo mundo’ Patricia Burlamaqui / Divulgação Circo Voador ♪ Eis as 24 músicas do roteiro seguido por Arnaldo Antunes em 11 de abril de 2025 na estreia nacional do show Novo mundo no Circo Voador, na cidade do Rio de Janeiro (RJ): 1. Novo mundo (Arnaldo Antunes, 2025) 2. O amor é a droga mais forte (Arnaldo Antunes, 2025) 3. Muito muito pouco (Arnaldo Antunes, 2013) 4. É primeiro de janeiro (Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2025) 5. Se assim quiser (Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho, 2004) 6. Busy man (Sem você) (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 1998) 7. Viu, mãe? (Arnaldo Antunes e Erasmo Carlos, 2025) 8. Já sei namorar (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte, 2002) 9. Pra não falar mal (Arnaldo Antunes, 2025) 10. Debaixo d’água (Arnaldo Antunes, 2001) 11. Acordarei (Arnaldo Antunes, 2025) 12. Lágrimas no mar (Pedro Baby, João Moreira, Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2021) 13. Tire o seu passado da frente (Arnaldo Antunes, 2025) 14. Cultura (Arnaldo Antunes, 1993) 15. Pedido de casamento (Arnaldo Antunes, 2004) 16. A casa é sua (Arnaldo Antunes e Ortinho, 2009) 17. Body corpo (Arnaldo Antunes e David Byrne, 2025) 18. Não dá para ficar parado aí na porta (Arnaldo Antunes e David Byrne, 2025) 19. O pulso (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Bellotto, 1989) 20. Socorro (Arnaldo Antunes e Alice Ruiz, 1994) 21. Tanta pressa pra quê? (Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2025) 22. Passe em casa (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte e Margareth Menezes, 2002) Bis: 23. Fora de si (Arnaldo Antunes, 1995) 24. Comida (Arnaldo Antunes, Marcelo Frommer e Sergio Britto, 1987) Veja Mais

Caetano Veloso rejeita aposentadoria, planeja compor e organiza o roteiro de shows já programados em festivais

G1 Pop & Arte Caetano Veloso inicia em maio ciclo de shows em festivais Roncca / Reprodução Facebook Caetano Veloso ♫ NOTÍCIA ♪ A turnê que reuniu Caetano Veloso e Maria Bethânia chegou ao fim em março, mas os artistas tocam em frente as respectivas carreiras. Do jeito habitualmente discreto, a cantora já arquiteta o álbum com que celebrará 60 anos de trajetória artística, contados por Bethânia a partir da estreia no show Opinião em fevereiro de 1965. Ao disco, deverá se somar um show que de certa forma também festejará os 80 anos que a intérprete completará em junho de 2026. Já Caetano, leonino que fará 83 anos em agosto, alardeia nas rede sociais que descarta a aposentadoria e que, para felicidade geral da nação, ficará em cena sem planos de parar. Além de planejar compor mais músicas (a última, Um baiana, entrou no roteiro no penúltimo show da turnê Caetano & Bethânia), o cantor organiza o roteiro do show que apresentará em festivais. De maio a novembro, o artista já tem agendados seis shows em cinco festivais diferentes. O primeiro show deste novo ciclo de Caetano Veloso está programado para 17 de maio em apresentação no Festival Coolritiba, em Curitiba (PR). Veja Mais

Eric Dane, de 'Grey's Anatomy' e 'Euphoria', é diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica

G1 Pop & Arte Doença degenerativa é a mesma de Stephen Hawking e causa a perda do controle muscular. Eric Dane em 'Grey's Anatomy' Reprodução O ator Eric Dane, de "Grey's Anatomy" e "Euphoria", revelou à revista "People" nesta quinta (10) que foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA). Dane, de 52 anos, é casado com Rebecca Gayheart e tem dois filhos: Billie, de 15, e Georgia, de 13 anos. Na declaração enviada à revista, ele disse que é grato por ter sua família enquanto "navega esse próximo capítulo", e reforçou que segue trabalhando na série "Euphoria". "Me sinto sortudo por poder continuar trabalhando e estou ansioso para retornar ao set de 'Euphoria' na próxima semana. Peço gentilmente que deem privacidade a mim e à minha família durante esse período.” Eric Dane em 'Euphoria' Reprodução/HBO O que é a esclerose lateral amiotrófica (ELA) De caráter progressivo, a esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, afeta os neurônios responsáveis pelos movimentos do corpo e causa a perda do controle muscular. Isso gera a curto e médio prazo enfraquecimento dos músculos, contrações involuntárias e incapacidade de mover os braços, as pernas e o corpo. A Ela geralmente começa com espasmos musculares e fraqueza em um braço ou perna, dificuldade para engolir ou fala arrastada, mas à medida que progride, afeta profundamente a capacidade de se mover, falar e até respirar. Um dos portadores da doença mais conhecidos mundialmente foi o físico britânico Stephen Hawking, que descobriu o problema aos 21 – quando os médicos chegaram a dizer que ele teria apenas alguns anos a mais de vida. Especialista tira dúvidas sobre esclerose lateral amiotrófica Veja Mais

Nasi tem opinião e que ninguém espere dele uma mudança de comportamento

G1 Pop & Arte Nasi, vocalista da banda Ira! Divulgação ♫ OPINIÃO ♩ A treta da vez no universo pop brasileiro envolve Nasi. A produtora 3LM Entretenimento cancelou quatro shows da atual turnê da banda Ira! por conta do comportamento do cantor em apresentação do grupo paulistano na cidade de Contagem (MG) em 29 de março. No palco, Nasi endossou o coro do público que gritava “Sem anistia” – brado aliás recorrente nas plateias dos shows da corrente turnê de Gilberto Gil, Tempo rei, e em shows de vários outros artistas Brasil afora – em atitude que irritou uma parcela minoritária que pensa diferente em relação à punição dos responsáveis pelos ataques à democracia em 8 de janeiro de 2023. Diante da polarização que envolveu a figura de Nasi, a produtora 3LM Entretenimento decidiu cancelar as apresentações da turnê acústica do Ira! programadas para as cidades de Blumenau (SC), Caxias do Sul (RS), Jaraguá do Sul (SC) e Pelotas (RS) e, em comunicado postado em rede social, a empresa argumentou (mal) que artistas “deveriam subir ao palco apenas para apresentar suas músicas e talentos”. Ora, Nasi é artista de opinião e personalidade fortes. Sempre esteve afinado com a ideologia dos grupos de rock. Esperar de Nasi uma mudança de comportamento a essa altura da vida, aos 63 anos, é insensato e felizmente inútil. Nasi somente agiu em consonância com o repertório que a banda Ira! gravou e cantou ao longo de carreira iniciada no início dos anos 1980. O Nasi do show de Contagem (MG) apenas reiterou o posicionamento do Nasi que, na juventude, dava voz a músicas como Núcleo base (Edgard Scandurra, 1985) e Dias de luta (Edgard Scandurra, 1986). Em suma, Nasi envelhece na cidade com coerência. Veja Mais

Maria de Fátima fala 'pobre' 20 vezes, e cena de 'Vale Tudo' viraliza nas redes

G1 Pop & Arte Papel de Bella Campos, a personagem briga com sua mãe, Raquel Acioli (Taís Araújo), em cena que está viralizando. Bella Campos em cena de 'Vale Tudo' Reprodução Viralizou nas redes um trecho do remake de "Vale Tudo", novela que estreou na TV Globo no dia 31 de março. Na cena, a personagem Maria de Fátima (Bella Campos) briga com sua mãe, Raquel Acioli (Taís Araújo), e repete várias vezes a palavra "pobre". "Claro, mais um pobre ajudando outro pobre", diz Maria na cena, ao comentar a amizade entre Raquel e Ivan Meireles (Renato Góes). "A vida inteira você se cercou de gente pobre, e tá tudo bem. Você pode gostar de pobre, mas eu não gosto." "O Ivan é pobre e acabou. Porque, para ele subir em casa de gente de nível que vocês nem sabem que existe, é porque é pobre. Só pobre faz isso. E para ele ser seu amiguinho, é porque é pobre. Porque pobre atrai pobre. Por isso, eu sei que do seu lado eu não vou chegar em lugar nenhum", continua Maria. "Para de me chamar desse nome, Maria de Fátima. Nome de pobre. Até nome, que é de graça, você tinha que escolher nome de pobre né? Eu tava indo muito bem até você aparecer. O César é um dos modelos mais importantes do país, mas você tinha que aparecer com essa sua cara de pobre para atrapalhar minha vida." "Sabe quem tá preocupado com dignidade? Pobre. Rico não tem dignidade. Rico tem arte, joia, fazenda", diz Maria. "Pobre gosta de pobre, e rico gosta de rico. Eu tinha inventado uma história maravilhosa de uma mãe fazendeira, mas agora que o César sabe que você é minha mãe, ele me humilhou [...] Isso porque ele não viu essa vila pobre em que você está morando [...] No mundo aonde eu quero chegar, ninguém suporta pobre [...] Sabe quem vive tendo pressentimento? Pobre." Initial plugin text O Brasil de ‘Vale Tudo’ Veja Mais

Vinicius de Moraes tem questionado o machismo de algumas letras em EP e livro que Luca Argel lançará em maio

G1 Pop & Arte Cantor e escritor propõe meiga revisão crítica de versos do compositor e poeta para músicas como ‘Formosa’, ‘Maria Moita’ e ‘Broto maroto’. “Como qualquer artista, Vinicius de Moraes é filho de seu tempo. Um tempo onde os amores nem sempre tinham o mesmo horizonte de diversidade que temos hoje, onde os papéis de homens e de mulheres na sociedade eram muito menos flexíveis e onde certas manifestações do machismo nem sequer tinham sido nomeadas ainda. Tudo isto se reflete na obra de um artista. E quando este artista é Vinicius, o nosso Vinicius, que nos ensinou a amar, a sofrer por amor, e a ser só perdão, é preciso uma dose extra de coragem para apontar o quanto destes ensinamentos já não têm mais lugar no nosso tempo.” ♫ ANÁLISE ♪ Com as palavras reproduzidas acima, Luca Argel procura contextualizar – com argumento que já serve de defesa para possíveis ataques desferidos no ringue das redes sociais – o sentido do EP e do livro que lançará em maio. Agendado para 9 de maio, o EP Meigo energúmeno – Luca Argel canta Vinicius descende do ensaio escrito por Argel e publicado no livro Meigo energúmeno – Notas para uma leitura antimachista de Vinicius de Moraes, também previsto para ser lançado na primeira quinzena de maio. Cantor, compositor e escritor carioca residente em Portugal há cerca de dez anos, Luca Argel evidencia e questiona no disco e no ensaio – produto de dissertação publicada em 2016 – o machismo entranhado em parte do cancioneiro de Vinicius de Moraes (19 de outubro de 1913 – 9 de julho de 1980). Vinicius foi poeta e compositor carioca que contribuiu decisivamente a partir dos anos 1950 para a renovação da música brasileira – sobretudo através da parceria fundamental com Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) – na seara das letras, umas escritas com a leveza pedida pela bossa nova, outras em tom mais dramático. E algumas outras escritas com visão afinada com o machismo estrutural enraizado na sociedade patriarcal brasileira – objeto da carinhosa (e corajosa) revisão crítica proposta por Luca Argel no EP Meigo energúmeno e no livro. Como justificar à luz politicamente correta de 2025 versos como os de “Deus fez primeiro o homem/ A mulher nasceu depois/ E é por isso que a mulher/ Trabalha sempre pelos dois/ O homem acaba de chegar, tá com fome/ A mulher tem que olhar pelo homem / E é deitada, em pé/ Mulher tem é que trabalhar”, presentes na letra de Maria Moita, música composta por Vinicius em 1963, em parceria com Carlos Lyra (1933 – 2023), para a trilha sonora do musical Pobre menina rica (1964). Mesmo que escritos em fictício contexto dramatúrgico, tais versos refletem mais a visão machista do homem do que a da personagem da música. Maria Moita é uma das seis músicas cantadas por Luca Argel no EP Meigo energúmeno, editado pelo selo Aurita Records, de César Lacerda. Tempo de amor (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966), Formosa (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1965) – música de letra cujos versos “Formosa, não faz assim / Carinho não é ruim / Mulher que nega não sabe, não / Tem uma coisa de menos no seu coração / A gente nasce, a gente cresce / A gente quer amar / Mulher que nega / Nega o que não é para negar” são contrários ao respeito do “não é não”, regra básica do movimento feminista – e Medo de amar (Vinicius de Moraes, 1958). Sem falar na esquecível Broto maroto (1965), outra parceria de Carlos Lyra com Vinicius, autor dos versos “Embora eu lhe tenha carinho / E ela só cuide de mim / Eu já tenho muito brotinho / Plantado no meu jardim”, lembranças de flerte fugaz do poeta com o universo juvenil do pop rock brasileiro da década de 1960. Tantas o poeta fez em favor do modus operandi masculino que, em Regra três (Toquinho e Vinicius de Moraes, 1971), o compositor alerta o rapaz da letra para os efeitos maléficos do abuso dessas regras de conduta masculina que já caducaram no código social. Enfim, antes de jogar Vinicius de Moraes na fogueira dos tribunais das redes socais, é preciso contextualizar essas letras machistas no tempo social em que foram escritas. O que jamais invalida a meiga revisão crítica proposta por Luca Argel no livro e no disco Meigo energúmeno, cujo titulo alude a um trecho de poema de 1943, Elegia ao primeiro amigo (“Sou um meigo energúmeno. Até hoje só bati numa mulher. Mas com singular delicadeza. Não sou bom nem mau: sou delicado. Preciso ser delicado”). Por ousar questionar sem sensacionalismo o teor machista de parte da da poética de um ícone da música brasileira, Luca Argel merece atenção. Saudações a quem tem dose extra de coragem em um tempo em que a grande maioria prefere o silêncio providencial... Capa do EP ‘Meigo energúmeno – Luca Argel canta Vinicius’, de Luca Argel Divulgação Veja Mais

João Gabriel é eliminado do 'BBB 25', com 51,95% dos votos do paredão

G1 Pop & Arte O brother disputava a permanência no reality com Diego Hypolito e Vitória Strada, que continuam no jogo após receberem 45,76% e 2,29% da média dos votos, respectivamente. João Gabriel é eliminado do 'BBB 25' Reprodução João Gabriel foi eliminado do "BBB 25" no paredão desta terça-feira (8), com 51,95% da média dos votos. O brother disputava a permanência no reality com Diego Hypolito e Vitória Strada, que continuam no jogo após receberem 45,76% e 2,29% da média dos votos, respectivamente. Aos 22 anos, João é goiano e influenciador digital. Ele entrou no programa acompanhado de seu irmão gêmeo, João Pedro. Veja Mais

Por que a música brasileira fascina cada vez mais os fadistas?

G1 Pop & Arte Cuca Roseta lança álbum com repertório nacional e feats com Seu Jorge, Zé Renato e Zeca Pagodinho, seguindo a linha de António Zambujo e Carminho. Fadista Cuca Roseta lança álbum com repertório nacional e faixas com Seu Jorge (à esquerda), Zé Renato e Zeca Pagodinho, seguindo os passos de António Zambujo e Carminho. Divulgação ♫ ANÁLISE ♪ O lançamento de álbum inteiramente dedicado pela fadista Cuca Roseta ao cancioneiro brasileiro – Até a fé se esqueceu, no mundo a partir de sexta-feira, 11 de abril – reforça as conexões dos artistas de Portugal com a música popular do Brasil. Essa conexão vem se solidificando nos últimos anos por conta de discos dos cantores António Zambujo e Carminho, mas, a rigor, a ponte Brasil-Portugal começou a ser erguida por Amália Rodrigues (1920 – 1999), referência máxima de fadista. Em 1970, Amália gravou álbum com Vinicius de Moraes (1913 – 1980) – com algumas músicas do poeta e compositor no repertório do LP duplo – e, três anos depois, lançou “Um amor de Amália” (1973), disco gravado ao vivo em show da fadista no Canecão. Amália foi a musa de Vinicius em Saudades do Brasil em Portugal, parceria do poeta com Homem Cristo lançada em 1968. Discípula de Amália Rodrigues, Mariza lançou o primeiro álbum em 2001, dois anos após a morte da antecessora, e estendeu o elo com o Brasil para a seara da produção musical. A presença do violoncelista, maestro e produtor musical carioca Jaques Morelenbaum se tornou recorrente na discografia de Mariza desde 2004, ano em que o artista foi convidado para dar forma ao álbum Transparente (2005), terceiro disco de músicas inéditas dessa cantora de origem africana e alma portuguesa por ter sido criada em Lisboa logo após o nascimento em Moçambique. Morelenbaum voltou a trabalhar com a fadista no álbum Mariza (2018) e, na sequência, fez a direção musical do disco Mariza canta Amália (2020), gravado em estúdio da cidade do Rio de Janeiro (RJ). As relações dos cantores portugueses com a música brasileira se estreitaram a partir dos anos 2010 com as incursões recorrentes de António Zambujo, Carminho e Cuca Roseta pelo repertório nacional. Esse trânsito foi facilitado pelo fato de os discos dos três cantores serem editados no Brasil pelo selo MP,B – braço fonográfico da produtora do empresário João Mario Linhares – e também pelo fato de a melancolia do fado se afinar com a alma lírica da canção brasileira, sobretudo com o tom melancólico dos sambas-canção e das valsas da fase pré-Bossa Nova. Ao editar no Brasil em 2009 o terceiro álbum, Outro sentido (2007), lançado dois anos antes em Portugal, Zambujo adicionou três faixas para o mercado brasileiro, incluindo dueto com Ivan Lins na canção Bilhete (Ivan Lins e Vitor Martins, 1980) e abordagem do samba-canção Quando tu passas por mim (1953), parceria de Vinicius de Moraes com Antonio Maria (1921 – 1964). No quarto álbum, Guia (2010), Zambujo ambientou naturalmente a valsa seresteira A deusa da minha rua (Jorge Faraj e Newton Teixeira, 1939) em clima de fado, além de ter cantado a letra de Apelo (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966) sobre a melodia do Fado perseguição (Carlos da Maia e Avelino de Souza). No sexto álbum, Rua da emenda (2014), Zambujo deu voz ao samba-canção Último desejo (Noel Rosa, 1937) e, na sequência, lançou em 2016 um álbum dedicado ao cancioneiro de Chico Buarque, Até pensei que fosse minha. Já aclimatado em solo nacional, o cantor português acabou de fazer turnê pelo Brasil em março ao lado do violonista Yamandu Costa, com quem gravou os álbuns Prenda minha (2024) e Sur (2025). Capa do álbum ‘Carminho canta Tom Jobim’ (2016), de Carminho Divulgação Já Carminho começou a estreitar laços com a música brasileira ao gravar três faixas adicionais para a edição brasileira do terceiro álbum da cantora, Alma (2012). Com arranjos dos violonista do Trio Madeira Brasil, Carminho inventou um Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972) ao lado de Milton Nascimento, cumpriu delicadamente com Nana Caymmi Contrato de separação (Dominguinhos e Anastácia, 1979) e se afinou com Chico Buarque na melancolia de Carolina (1967), canção do compositor. No álbum seguinte, Canto (2014), Carminho fez Chuva no mar cair com Marisa Monte (parceira de Arnaldo Antunes na canção) e, dois anos depois, a artista lançou o disco Carminho canta Tom Jobim (2016) com participações de Chico Buarque, Maria Bethânia e da mesma Marisa Monte. Cuca Roseta veio seguindo os passos de António Zambujo e Carminho até chegar ao álbum Até a fé se esqueceu, produzido por João Mario Linhares – nome fundamental nas articulações dos fadistas com os ícones da MPB – com arranjos e direção musical de Marcelo Caldi. Em 2014, a fadista já havia se conectado com a canção brasileira ao gravar álbum produzido por Nelson Motta, Riû, lançado em 2015 com parcerias de Motta com Djavan (O amor não é somente o amor, gravada por Cuca com Djavan) e Ivan Lins (Primavera em Lisboa) no repertório. Com as participações de Seu Jorge na música-título Até a fé se esqueceu (Zé Renato com letra de Cuca Roseta) e de Zeca Pagodinho na canção estilo serenata Arranha-céu (Silvio Caldas e Orestes Barbosa, 1937), o álbum de 2025 reforça a conexão de Cuca com o Brasil através da sincronia do sentimento do fado com as emoções dramáticas de músicas como o samba-canção Saia do caminho (Custódio Mesquita e Evaldo Ruy, 1946) e a canção de alma camerística Sem você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958). Mas nem tudo é drama no disco brasileiro de Cuca Roseta, que se acomoda na Cama da ilusão (Zé Renato e Moska, 2000) – armada há 25 anos em álbum de Zé Renato no compasso de samba-choro e revivida por Cuca em gravação que traz Zé Renato nos vocais – e dá voz a refinado samba-canção de Dorival Caymmi (1914 – 2008), Não tem solução (1950). A seleção do repertório do álbum Até a fé se esqueceu surpreende ao incursionar por um Jorge Ben Jor obscuro, Dzarm (1995), e pela canção Mistérios (Mauricio Maestro e Joyce Moreno, 1978). Enfim, parece ecoar cada vez forte a saudade do Brasil em Portugal por conta de uma melancolia de além-mar que atravessa o oceano e conecta as músicas dos dois países. O violonista gaúcho Yamandu Costa (à esquerda) e o cantor português António Zambujo têm dois álbuns gravados em dupla Kenton Thatcher / Divulgação Veja Mais

Conselho do Congresso defende análise de projetos que criam cotas para obras nacionais no streaming

G1 Pop & Arte Órgão funciona para consulta de parlamentares para abastecer discussões, mas não tem peso legislativo. Levantamento da Ancine indica que cerca de 9% do catálogo das plataformas é de obras brasileiras. O Conselho de Comunicação Social do Congresso defendeu nesta segunda-feira (7) a análise, pela Câmara e pelo Senado, de projetos que criam regras para o funcionamento de serviços de streaming (vídeo sob demanda) no Brasil. O órgão, formado por representantes do setor, também aprovou nesta segunda o envio de uma série de recomendações a deputados e senadores para o debate do assunto no Congresso. Veja Mais

Nicole Louise, ex-Estrela da Casa, conta ter sido dopada nos EUA

G1 Pop & Arte A cantora disse que foi chamada para um falso estúdio em Orlando e precisou sair correndo do local. Nicole Louise, ex-Estrela da Casa, conta ter sido dopada nos EUA Nicole Louise, ex-participante do reality show Estrela da Casa, relatou em seu perfil no Instagram que foi dopada nos EUA. A cantora contou que foi chamada para o que seria um estúdio, mas no local teria sido dopada por um homem. “Ontem aconteceu um livramento na minha vida. Fui ingênua, errei, mas às vezes a gente só aprende passando pela situação, estando em apuros. Foi punk, agora que minha ficha está caindo, fiquei meio atordoada com o que aconteceu”, falou em uma sequência de stories publicados neste domingo (06). Nicole Louise conta que precisou de atendimento depois de ter sido dopada nos EUA Reprodução/Instagram A cantora seguiu contando mais detalhes de como tudo aconteceu. “Eu estava indo fazer uma gravação com um senhor americano que tinha um estúdio e dizia ser musicista. Olhei o site dele, fui conferir se estava tudo certo. Falei: ‘Ah, manda foto do seu estúdio’. Ai, que ingênua. Às vezes, tomam muito cuidado, a gente precisa passar por essa situação para aprender. Não é possível”, desabafou. Nicole deu mais detalhes da situação que viveu nos EUA. “Cheguei na casa do senhor, ele estava desleixado na forma de se vestir. A casa dele era escura, só que o estúdio dele era na casa dele, dizia ele. A casa era toda diferente, algumas esculturas um pouco macabras, com chifres, esculturas meio satânicas, muitos quadros bizarros assim para todo canto, tinha um bongue enorme assim na sala dele e muitos instrumentos. Tudo escuro, sem luz nenhuma”. Quando começou a tocar piano, o homem ofereceu um copo de água. Ela chegou a ficar desconfiada, mesmo assim bebeu. Em seguida, ela começou a sentir um mal-estar. “De repente, meu corpo começou a esquentar. Tudo começa a esquentar. Eu começo a ficar down, meio mole. Falei para ele que precisava ir ao banheiro”, disse. Nicole explicou que foi nesse momento que fugiu do local. “Peguei minha bolsa, meu sapato, meu ukulelê e deixei meu celular lá na casa dele. Saí correndo, gente, minha adrenalina foi aqui em cima. Eu saí correndo. Corri, corri, corri e pedi ajuda para um ônibus, era tudo deserto”. Nicole Louise participou do reality show Estrela da Casa Globo/ Manoella Mello A cantora foi atendida por uma ambulância e contou aos policiais o que tinha acontecido. “Eles foram lá, pegaram meu celular de volta, voltaram e disseram que conversaram com ele, que estava tudo bem, que não tinha nada, que o que ele me deu foi só sparkling (espumante), mas eu pedi água”, disse. Nicole fez questão de alertar aos seguidores. “Descobri que aqui em Orlando tem muito tráfico humano. Eu não tinha noção disso e eu não sei o que poderia ter acontecido comigo. Nada aconteceu com o senhor, que tem 78 anos. Tomem cuidado aonde vocês vão", aconselhou. Veja Mais

Jão toca em questão essencial para a saúde mental dos artistas da era digital ao oficializar a pausa na carreira

G1 Pop & Arte Jão oficializa a pausa na carreira em comunicado em que reclama da ‘onipresença obrigatória dos artistas’ Reprodução / Instagram Jão ♫ OPINIÃO ♩ Jão já não está on. Como anunciara em entrevista ao programa Fantástico, na edição de 19 de janeiro, o artista entrou de fato em recesso por tempo indeterminado na carreira após o encerramento da SuperTurnê para se reabastecer sob o prisma musical e também pessoal. Ao oficializar a pausa em comunicado postado em rede social na quinta-feira, 3 de abril, Jão tocou em uma questão essencial para a preservação da saúde mental dos artistas. Trata-se da necessidade de se libertar da obrigação da “onipresença obrigatória dos artistas”, fator que pode gerar ansiedade e depressão, males recorrentes em popstars no Brasil e no mundo. O fato é que, na era digital, um artista não precisa somente fazer shows e lançar músicas e discos. O artista precisa se mostrar presente o tempo todos nas redes sociais, alimentando a fome insaciável dos seguidores por novidades, mesmo que não haja novidades. Não é à toa que, volta e meia, algum cantor ou grupo anuncia uma pausa. Houve um tempo em que um artista saía de cena e nem precisava avisar a ninguém. Era natural. Fazia parte do show. Hoje o anúncio de uma pausa gera notícia porque o público se habituou a esperar satisfação de todos os passos do artista. É aí que mora o perigo da ansiedade, trampolim para a falência da saúde mental. Jão quer apenas sair temporariamente dessa roda-viva típica do século XXI. É como pular do trem bala em segurança para embarcar novamente quando se sentir apto a voltar para a engrenagem. Veja Mais

Gretchen move ação contra posts de IA que usam sua imagem em teor sexual

G1 Pop & Arte Artista diz que 'frequentemente vem sofrendo ataques nas redes sociais e fóruns, onde pessoas mal intencionadas promovem fake news'. A cantora Gretchen em vídeos postados no X Reprodução A cantora Gretchen moveu uma ação judicial contra a publicação de vídeos sexuais com sua imagem gerada por Inteligência Artificial (IA). Para comentar o caso, ela postou uma sequência de vídeos e uma nota no X (o antigo Twitter), nesta sexta (4). "Como é de conhecimento por grande parte dos fãs da artista, esta frequentemente vem sofrendo ataques nas redes sociais e fóruns, onde pessoas mal intencionadas promovem fake news, além de disseminarem conteúdos falsos e editados (fotos, vídeos e etc), tudo com a vertente de denigrir e atacar a honra e a imagem da artista", diz a nota publicada no perfil de Gretchen. Primeiro, a artista disse que esse tipo de conteúdo tem sido postado no YouTube, X (antigo Twitter) e nos fóruns BCharts e Pandlr. Horas depois, ela fez outro post, dizendo que o "BCharts está fora dessa sujeira" e que o problema era mesmo com o Fórum Pandlr, que agora está com as contas suspensas no X e Instagram. Após as postagens de Gretchen, a página BCharts postou uma nota: "Queremos deixar claro que não há processo judicial contra nós e estamos conversando com todas as partes envolvidas para esclarecer qualquer mal-entendido". O g1 não conseguiu contato com o Pandlr. Veja Mais

Daúde canta o hino homossexual de Agnaldo Timóteo em álbum gravado com Lia de Itamaracá em São Paulo

G1 Pop & Arte Lia de Itamaracá (à esquerda) canta sozinha o bolero ‘Quem é’ no álbum com Daúde enquanto Daúde revisita ‘Galeria do amor’ em faixa solo Ytallo Barreto / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Embora nunca tivesse admitido publicamente a homossexualidade, o cantor Agnaldo Timóteo (1936 – 2021) alcançou em 1975 sucesso nacional com música em que enaltecia de forma velada a Galeria Alaska, então um badalado ponto carioca de encontros entre homens gays na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Música que batizou o álbum lançado pelo cantor mineiro naquele ano de 1975, Galeria do amor é composição de autoria do próprio Timóteo. Decorridos 50 anos, a cantora baiana Daúde ecoa o hit-hino homossexual de Agnaldo Timóteo no álbum que acabou de gravar em dupla com Lia de Itamaracá, matriarca das cirandas e cocos de Pernambuco. Galeria do amor é um solo de Daúde no disco gravado sob direção artística de Marcus Preto e com produção musical de Pupillo Oliveira – dupla que já arquitetou elogiados álbuns para Alaíde Costa, Gal Costa (1945 – 2022) e Erasmo Carlos (1941 – 2022), entre outros artistas. No álbum formatado por Daúde e Lia de Itamaracá no estúdio Da Pá Virada, na cidade de São Paulo (SP), há um ou outro solo. Lia, por exemplo, canta sozinha o bolero Quem é (1961), composto pelo cantor Silvinho (1931 – 2019) em parceria com Maurílio Lopes, lançado pelo próprio Silvinho e regravado pelo mesmo Agnaldo Timóteo de Galeria do amor. Contudo, quase todas as músicas do álbum foram gravadas em duetos pelas cantoras. Além de alguns standards do cancioneiro brasileiro, há músicas inéditas compostas por Emicida, Karina Buhr e Otto especialmente para as vozes das artistas. Originado do show apresentado pelas cantoras em várias cidades do Brasil, desde 2023, o álbum de Daúde e Lia de Itamaracá será lançado pelo Selo Sesc no segundo semestre deste ano de 2025. Veja Mais

Moptop volta após 15 anos com show e o álbum ‘Ghosts’, mas ainda há lugar no mercado para o grupo de indie rock?

G1 Pop & Arte O grupo carioca Moptop lança o álbum em maio e programa o primeiro show do retorno para julho em São Paulo (SP) Divulgação ♫ ANÁLISE ♪ É curioso e sintomático que a volta do Moptop – grupo carioca de indie rock que esteve em evidência na segunda metade dos anos 2000 – tenha sido anunciada dias após a notícia de que a banda potiguar Far From Alaska entrará em recesso após a gravação de álbum audiovisual em show acústico. Formado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) em 2003 e fora de cena desde 2010, o Moptop retorna após 15 anos com disco, show e a mesma formação original do quarteto, deixando no ar uma questão: ainda há lugar para o grupo de indie rock no mercado brasileiro de música pop? Gabriel Marques (voz e guitarra), Rodrigo Curi (guitarra), Daniel Campos (baixo) e Mario Mamede (bateria) apostam que sim e planejam o lançamento em maio de álbum com músicas inéditas, Ghosts, promovido pelo single Last time, em rotação desde ontem, 11 de abril. Na sequência, o Moptop volta aos palcos, já com show agendado para 12 de julho na casa Augusta Hi-Fi, na cidade de São Paulo (SP). Em mercado cada vez mais fragmentado, o indie rock ocupa espaços cada vez menores. Mas resta uma chance para o Moptop: tentar entrar no circuito de festivais, hoje bem mais forte do que na década em que o grupo virou uma das sensações (mais pela imprensa musical do que pelo público...) por conta do primeiro álbum, Moptop (2006), disco que ecoava o som da banda norte-americana Strokes e ao qual se seguiu um segundo álbum, Como se comportar (2008), de som menos sujo. Na época desses dois discos, o Moptop contava com o dinheiro e o marketing de uma gravadora multinacional, a Universal Music. Já o anunciado terceiro álbum, Ghosts, foi gravado de forma inteiramente independente. É um disco autoral com dez músicas, todas compostas em inglês, como nos primórdios do Moptop, cuja demo inicial Delux também foi gravada em inglês. Talvez a saída para o Moptop em 2025 seja mais o aeroporto do que o circuito nacional de festivais, cujas programações tendem a repetir os mesmos nomes, com pouco ou nenhum espaço para ousadias e apostas mais arriscadas. Como os guitarristas Gabriel Marques e Rodrigo Curi já vivem no exterior, a opção pelo álbum em inglês soa mais natural e, de certa forma, até providencial. De todo modo, o retorno do Moptop é surpresa que atesta que o pulso do indie rock ainda pulsa, em que pese a fraqueza desse gênero musical em um mercado voltado para a mistureba pop que mobiliza multidões. Veja Mais

Zé Ibarra evolui estranho em ‘Transe’

G1 Pop & Arte Zé Ibarra lança o primeiro single do segundo álbum solo Elisa Maciel / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Transe Artista: Zé Ibarra Cotação: ★ ★ ★ ★ ♬ Uma certa estranheza pauta Transe, single que anuncia o segundo álbum solo de Zé Ibarra. Em rotação desde a noite de ontem, 10 de abril, Transe apresenta uma canção de início convencional, conduzida pela levada do violão. Mas a pista é falsa. À medida que avança a gravação de quase três minutos e meio, masterizada por Angelo Wolf com Lucas Nunes, outros instrumentos vão entrando no arranjo de tom meio experimental. Há no registro da músicaTranse certa evocação da sonoridade indie-rock da MPB dos anos 1970 que se afina com a fonte em que bebe Ibarra, cantor, compositor e instrumentista carioca que se impôs como uma das grandes revelações da música brasileira dos anos 2010. Com música inédita composta somente por Zé Ibarra, sem parceiros, o single Transe insinua que o segundo álbum solo de Ibarra terá sonoridade mais complexa do que o antecessor Marquês, 256. (2023), registro calcado na voz, no violão e na alma do artista. Previsto para ser lançado pelo selo Coala Records até o fim deste primeiro semestre de 2025, o álbum foi gravado com banda e tem produção musical orquestrada pelo próprio Zé Ibarra. Canção que segue a sina da não-solução, para citar verso da letra confessional, Transe sinaliza a evolução de Zé Ibarra em salutar clima de estranheza. Capa do single ‘Transe’, de Zé Ibarra Divulgação ♪ Eis a letra da nova música de Zé Ibarra: Transe (Zé Ibarra) “Agora já faz mais de um mês Que a gente se viu pela última vez E ainda confuso eu tento entender Se aquilo foi bom ou foi ruim pra você Daqui já não posso sentir Que sei o caminho ou sei onde ir No fundo, no fundo, eu já me arrependi Mas isso eu só digo pra mim, jamais pra ti E lá já se vão quase três Três meses de silêncio longe de vez E aquela saudade que um dia sumiu De repente retorna em devaneio febril É como feitiço no ar Com cheiro, cor, sabor, temperatura Que o fino da fresta deixou escapar E que há tudo em festa e desarmoniza Às vezes ser bom Ser feita a mais perfeita combinação Mas as coisas que vivem da própria ilusão Cultivam sempre a sina da não-solução Não... solução... solução...” Veja Mais

Rappers não escrevem mais letras? Como o 'punch-in' está mudando a forma de fazer rap

G1 Pop & Arte Avanço da tecnologia fez com que letras de rap ficassem mais 'improvisadas'. Ao g1, Negra Li, Major RD e Brocasito explicam se tendência que domina EUA tem vez no Brasil. Do protesto ao lifestyle: como a técnica de Punch-In mudou o jeito de fazer rap Desde que o rap é rap, o estilo foi pautado pela força das narrativas e da escrita. São letras que mesclavam a realidade das ruas com metáforas e outras figuras de linguagem. Ser um bom rapper era ter autenticidade e habilidade para criar esses versos. Mas a tecnologia e a mudança no perfil dos ouvintes de rap parecem estar abrindo espaço para uma outra forma de criar: o "punch-in". Não tem caneta ou papel. Hoje, para a maioria dos rappers americanos as músicas são criadas com microfone e batida, tudo improvisado. Grandes nomes internacionais do estilo como Doechii, Lil Wayne e Jay-Z confirmaram isso em entrevistas recentes. No Brasil, Major RD e Mc Cabelinho estão entre os adeptos do "punch-in". "Eu tinha mais facilidade de fazer rima na hora do que compor", contextualiza Major RD ao g1. "Quando eu fazia música com os caras, eu ficava ali enrolando, mexendo no telefone fingindo que estava escrevendo, quando chegava a hora de gravar eu começava a rimar na hora." Hoje, grandes nomes da indústria nacional e mundial do rap como Doechii, Playboi Carti, utilizam da técnica conhecida como "punch-in” para criar suas músicas e atingir números astronômicos. Entenda: Mas o que é o 'punch-in'? O "Punch-In", ou "freestyle", é uma técnica de criação musical levada no improviso, utilizando a batida instrumental; Os versos não são escritos no processo, apenas gravados em partes curtas, muitas vezes com trechos balbuciados, sem palavras; Antes, com as limitações tecnológicas, os rappers chegavam com letras prontas para as sessões de estúdio; Hoje, é possível fazer quantas regravações o artista quiser, dispensando a necessidade de uma composição prévia. Jay-Z foi um dos primeiros a popularizar esse método nos anos 1990. Conhecido por improvisar suas letras com base em experiências pessoais, ele inspirou as gerações seguintes. Jay-Z durante a cerimônia do Hall da Fama do Rock, em 2021 David Richard/AP Travis Scott foi testemunha da gravação de "Magna Carta", álbum icônico de Jay-Z. "Eu achava que essa história de freestyle era mito até ver ele entrar no estúdio... mano, ele improvisou durante o álbum todo", disse Scott a uma rádio americana. Ele produziu algumas faixas do disco. A existência do "punch-in" só foi possível por conta da modernização das gravações. Antes, músicas eram gravadas de forma analógica em fita. O processo era muito mais complexo e caro, então o rapper tinha que chegar com tudo já criado. Isso obrigava os artistas a chegarem com letras praticamente prontas, já que havia uma escassez na disponibilidade de horário nos estúdios e a hora era muito cara. "Se você está sentindo o beat e improvisa ali na hora, isso pode ser tão bom quanto uma composição", opina Brocasito, rapper e produtor baiano, em entrevista ao g1. Com o digital, foi possível usar múltiplas gravações sobrepostas, técnica conhecida como “multitrack”. O recurso possibilitou que artistas tivessem mais liberdade criativa para explorar rimas variadas em cima das batidas. De Jay-Z ao SoundCloud O "punch-in" ganhou ainda mais força nos anos 2000 com nomes como Lil Wayne, Young Thug e Future, sendo impulsionada pelos “SoundCloud rappers" na década de 2010. O SoundCloud, plataforma de publicação de áudio, e a facilidade de encontrar na internet ferramentas de produção musical indicaram uma nova era no rap. Com isso, jovens talentos lançaram suas primeiras gravações. Esse movimento fez nascer o trap e as letras improvisadas sobre lifestyle, objetivos de vida e saúde mental. Chief Keef, Xxxtentacion, Juice WRLD e Playboi Carti são alguns dos representantes dessa leva. Apesar de ser não ser uma novidade no rap, o punch-in não é bem aceito por alguns veteranos. O produtor americano Just Blaze já disse que "nem todos são bons ou capazes de fazer isso". Ou seja, há rappers que vão para frente do microfone sem letras escritas pensando que são o Jay-Z. Obviamente, estão bem longe disso. E no Brasil? Por aqui, a história é parecida, mas envolve um tempero brasileiro. Os Racionais MC’s tinha suas letras (escritas antes das gravações) focadas na narrativa e na realidade que viviam. Outros nomes como Thaíde, GOG e Facção Central tinham acesso limitado a grandes estúdios. Então, tudo precisava ser muito bem ensaiado, para não rolarem erros. As batalhas de rima e a tecnologia, claro, mudaram um pouco essa mentalidade. Rappers como Emicida costumam anotar pequenas frases em cadernos e desenvolviam o restante da letra em estúdio. Outros, inspirados pelos ídolos americanos, passaram fazer tudo totalmente no improviso. O que dizem os rappers brasileiros? Negra Li A cantora Negra Li Divulgação Para a cantora e compositora Negra Li, essa técnica sempre existiu como recurso dos artistas de destravarem bloqueios criativos. Ela, que despontou nos anos 2000 e segue em atividade, diz que utiliza o "punch-in". Mesmo assim, ela vê com cautela o uso: letras que utilizam dados históricos precisariam de "um estudo maior". Mesmo assim, ela não condena os artistas novos que utilizam. “Eu não vou nunca criticar quem está fazendo, quem tá vencendo, quem está contrariando as estatísticas. É melhor essa pessoa estar usando da arte dela para fazer o seu dinheiro do que estar fazendo algo criminoso.” Major RD Major RD em sessão de estúdio Reprodução / redes sociais Para o rapper carioca Major RD, cria das batalhas de rima e apadrinhado pelo rapper Xamã, ele é um infiltrado no sistema mainstream. A ideia, segundo ele, é "hackear o sistema". Inspirado por bandas de rock como Kiss e Slipknot, Major vê no "punch-in" uma forma de conseguir improvisar com rimas fortes em cima dos beats enérgicos. Ele se empolga com o momento em que está vivendo em estúdio e consegue passar a sensação de viver intensamente a vida. Ele enxerga nas batalhas de rima a principal forma de melhorar a capacidade de improvisar. Em casa, ele também costuma deixar um filme no mudo e tentar improvisar dublagens. São exercícios que, segundo ele, podem aumentar a técnica e melhorar o desempenho no estúdio. "As minhas músicas 'só rock', todas as três são músicas completamente zoeira... Mas aí se você prestar atenção, em algum momento vai ter uma crítica, sobre o presidente, polícia, ou governo", ele exemplifica. "Existem novos consumidores no rap e eles não querem ouvir música sobre crítica social, tá ligado? Eles consomem mais esse tipo de rima porque eles se identificam mais esse estilo de vida. Eles não vivem o caos que a gente vive na favela. Essa galera nova... a playboyzada." Brocasito Rapper Brocasito divulga imagens do seu álbum #OCARAMAU Reprodução / Mídias sociais Brocasito, rapper e produtor oriundo de Juazeiro (BA), conheceu a música por meio da igreja e começou a lançar projetos na cena underground do trap aos 15 anos. Para ele, o "punch-in" é o carro-chefe da sua forma de criar música. Ele acrescenta que os "softwares pirateados" foram importantes para dar uma chance aos artistas periféricos. "Acho que flui melhor: você grava na hora pelo celular, sem muita complicação. É só você ter ali e ter a vibe do seu som e o que você quer passar." Mais do que uma tendência passageira, o "punch-in" se tornou mais uma ferramenta na criação das músicas. Uma ferramenta que dominou os estúdios americanos, mas ainda busca mais espaço no Brasil. Veja Mais

Escritora Jillian Lauren, mulher de baixista do Weezer, leva tiros de policiais que procuravam suspeitos

G1 Pop & Arte Casada com Scott Shriner, da banda americana, ela apontou arma a agentes que realizavam busca por envolvidos em acidente de trânsito. Autora não corre risco de vida. Scott Shriner, baixista do Weezer, e sua esposa, a escritora Jillian Lauren Reprodução/Instagram/sgs711 A escritora Jillian Lauren levou tiros da polícia após apontar uma arma a agentes que realizavam uma procura por suspeitos nos Estados Unidos nesta terça-feira (9), de acordo com a revista "Hollywood Reporter". Casada com o baixista do Weezer, Scott Shriner, ela foi levada ao hospital e não corre risco de vida. O Departamento de Polícia de Los Angeles afirma que policiais realizavam uma busca por três suspeitos de envolvimento com um acidente de trânsito. Eles dizem que viram uma mulher do lado de fora de uma casa com uma pistola na mão. Depois de se recusar a largar o objeto após diversas ordens, eles atiraram quando Lauren apontou a arma em sua direção. De acordo com a polícia, a escritora não estava envolvida no atropelamento e fuga e foi autuada por tentativa de homicídio. Ela foi fichada e está detida sob fiança fixada em US$ 1 milhão, segundo registros da cadeia do condado de Los Angeles. Um dos três suspeitos do caso de batida e fuga foi localizado, autuado pela CHP e liberado. Os representantes de Lauren não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. Não há indícios de que Scott Shriner estivesse envolvido no incidente. O Weezer está programado para se apresentar no festival Coachella no sábado. Lauren ainda não compareceu ao tribunal, e não está claro se já contratou um advogado. Não houve respostas imediatas a um e-mail enviado ao seu agente, nem a uma mensagem deixada no site oficial da autora. Também não houve retorno de um representante do Weezer. Lauren é autora de dois livros de memórias que se tornaram best-sellers: 'Some Girls: My Life in a Harem' (2010) e 'Everything You Ever Wanted' (2015). O Weezer é uma banda de Los Angeles conhecida pelo álbum de 1994, informalmente chamado de “Blue Album”, com músicas como “Say It Ain’t So” e “Buddy Holly”. Shriner entrou para o grupo no início dos anos 2000. Lauren e Shriner se casaram em 2005 e têm dois filhos. Veja Mais

Procon-SP vê irregularidades na entrada de show da dupla Jorge & Mateus no estádio do Pacaembu e autua produtora

G1 Pop & Arte Conforme o g1 publicou, entrada da pista premium no sábado (5) teve venda de lugar na fila por cambistas, agressões, pisoteamento e falha nas catracas. Fãs de Jorge & Mateus relatam confusão e agressão de cambistas na entrada do show em SP  O Procon-SP autuou, nesta quarta-feira (9), a empresa TEP Entretenimento, responsável pela organização da turnê de 20 anos da dupla sertaneja Jorge & Mateus, devido a falhas no atendimento ao público durante o show realizado no último fim de semana, na Arena Pacaembu, em São Paulo. Como publicado pelo g1, diversos fãs relataram problemas no acesso à área premium do evento no sábado (5), incluindo empurra-empurra, agressões e longos atrasos para entrar no estádio. Com catracas falhando no reconhecimento dos ingressos, a apresentação da dupla começou mesmo com uma fila enorme do lado de fora. Também houve ação descontrolada de cambistas e falta de segurança no entorno da Praça Charles Miller (veja vídeo acima). Depois do posicionamento da empresa, o Procon define o valor da multa. O g1 tenta contato com a produtora, mas ainda não obteve resposta. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Segundo o Procon, a TEP Entretenimento “foi autuada por irregularidades constatada pela fiscalização do Procon-SP no último fim de semana” e, com isso “a empresa já poderá ser multada conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor”. “Houve constatação de falhas de organização na entrada do público, que estão, inclusive, sendo relatados pela imprensa e em redes sociais, e os fiscais presentes no local identificaram ainda falta de informação de alvará e do AVCB (licença fornecida pelo Corpo de Bombeiros) nos ingressos vendidos, o que, por lei, é necessário indicar ao menos um site onde a informação sobre a documentação do espaço está disponível”, afirmou o Procon-SP. Além dos problemas narrados na reportagem do g1, o órgão afirmou que os próprios fiscais do Procon-SP foram procurados por consumidores nos dias dos shows da dupla relatando “terem adquirido ingressos falsos por meios oficiais, sendo orientados a lavrar boletim de ocorrência e registrar reclamações” no órgão. A dupla Jorge e Mateus que está em turnê pelo país comemorando os 20 anos de carreira. Cadu Fernandes Segundo o órgão de defesa do consumidor, além da produtora dos shows, a concessionária Allegra Pacaembu foi convocada pela entidade para “conhecer as exigências que precisará ter dos organizadores de eventos naquele espaço, a exemplo do que já é feito em relação a outros grandes eventos como a F-1 e alguns festivais como Lollapalooza, The Town e Tomorrowland, dentre outros”. "O objetivo é que todas as empresas que atuam nos shows e eventos estejam alinhadas e adequadas a todas as legislações envolvidas, como o Código de Defesa do Consumidor", afirmou. O g1 procurou a TEP Entretenimento e Allegra Pacaembu para comentarem o assunto, mas ainda não recebeu retorno. Assim que houver posicionamento das duas empresas, esse texto será atualizado. Visita dos vereadores Além da autuação do Procon-SP, os vereadores da Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal de São Paulo aprovaram nesta quarta-feira (9) uma visita técnica do Poder Legislativo às obras de revitalização do Complexo Esportivo do Pacaembu. A visita foi marcada para o dia 30 de abril e os parlamentares querem entender o motivo das obras não terem sido ainda finalizadas e o alvará definitivo do estádio não ter sido ainda emitido pela Prefeitura de São Paulo. Conforme o g1 também já publicou, o estádio do Pacaembu tem funcionado por meio de alvarás provisórios emitidos pela gestão Ricardo Nunes (MDB) desde a final da Copa São de Futebol Júnior, em 25 de janeiro. Vistoria da Prefeitura de SP diz que obra de reforma do estádio do Pacaembu está incompleta Técnicos da prefeitura que vistoriaram a obra em janeiro emitiram um relatório apontando vários reparos na reforma que precisavam ser feitos antes que o ateste final – documento básico para emissão do alvará definitivo do estádio – seja emitido pela Secretaria Municipal de Esportes (SEME). O relatório apontou naquele momento que 50% dos itens da reforma do Pacaembu foram 'parcialmente atendidos' pela Allegra Pacaembu (veja mais aqui). Confusão na pista premium Filas e relato de fãs sobre violência na entrada do show da dupla Jorge & Mateus, na Arena Pacaembu, em SP, no sábado (5). Reprodução/Instagram Fãs da dupla sertaneja Jorge e Mateus relataram venda de lugar em longas filas, tumulto e brigas na entrada do show realizado no último sábado (5), na Arena Pacaembu, Zona Oeste de São Paulo. A apresentação faz parte da última turnê antes da pausa na carreira dos artistas. A maior parte dos transtornos foi enfrentada justamente pelos fãs mais dedicados da dupla Jorge e Mateus, que desembolsaram entre R$ 500 e R$ 1 mil por ingressos da chamada "pista premium" do show comemorativo dos 20 anos de carreira (veja vídeo acima). Segundo relatos, cerca de 2 mil pessoas vivenciaram momentos de caos a partir das 17h, quando começaram a chegar à Arena Pacaembu para acompanhar a apresentação. Eles relatam que a fila para acesso à arena dava mais de cinco voltas na Praça Charles Miller e que apenas sete catracas estariam em funcionamento, provocando lentidão na entrada. Antes do show principal, o evento contou com apresentações de artistas como Belo e a dupla César Menotti & Fabiano. Com o passar das horas, a angústia entre os fãs aumentava diante da possibilidade de perderem a aguardada performance dos ídolos, programada como a última da noite. Segundo alguns fãs ouvidos pelo g1, a organização do evento não informou em nenhum momento qual o horário que o show principal da noite começaria. Porém, a fila andava muito lentamente e a confusão começou a se armar quando um grupo de cambistas começou a oferecer cortes na fila de entrada por valores que variavam de R$ 30 a R$ 50. "A fila estava imensa e não andava. Quando deu 19h, todos achando que estava tocando César Menotti e Fabiano, notamos pelos fogos que era o início do show do Jorge e Mateus. Foi um empurra- empurra na fila para pressionar que andasse mais rápido", contou a publicitária Vanessa Cristina Pereira. "Nesse momento, eis que noto um bate-boca atrás de mim. Estavam filmando cambistas que estavam cobrando para passarem pessoas diretamente na catraca. Um rapaz levantou o celular para filmar, e começou uma porradaria generalizada com outros cambistas que foram chamados", disse. Cambistas acusados de agredir fãs da dupla e vender lugares na fila da pista premium do estádio do Pacaembu, no sábado (5). Reprodução/Redes Sociais "Como eu estava na fila sozinha, corri para um recuo que me aproximava da catraca, e todos pensaram também da mesma forma. Foi então que começaram a brigar em cima da gente com socos, pontapés, jogando grades. Tinha um monte de gente chorando e jogaram uma grade nas minhas costas", contou a moça. Vanessa narra que chegou ser pisoteada na confusão. “Um rapaz bateu no outro com uma lata de lixo. Aí as pessoas [que estavam na fila] começaram querer pular a grade do show. Derrubaram as grades, inclusive em cima de mim. E aí um monte de gente começou brigar em cima da gente nesse recuo. A gente caiu e outras pessoas começaram a passar por cima da gente. Todo mundo ficou preso nesse recuo”, afirmou. O que dizem os responsáveis pelo evento Por meio de nota, a Allegra Pacaembu – empresa que administra o estádio após reforma – disse que “já convocou os promotores do evento para esclarecer os ocorridos que geraram desconforto ao público”. “Nosso compromisso é o de que a experiência dos shows seja a melhor possível, tanto para o público quanto para os bairros vizinhos”, afirmou a empresa. O g1 também procurou a produção da dupla Jorge & Mateus, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. Fãs se queixam nas redes sociais da organização do show da dupla Jorge & Mateus na Arena Pacaembu, em SP, no sábado (5). Reprodução/Redes Sociais Início da confusão O rapaz que tentou filmar a ação de um dos cambistas é o mecânico de empilhadeira Wellington Gomes. Ele tinha ido ao show com a esposa e um grupo de seis amigos. O mecânico comemorava os dois anos de casamento com a enfermeira Melissa Monteiro. A moça disse que, no meio da confusão, ela também foi agredida com um soco no rosto que quebrou seus óculos. “Uma menina na nossa frente foi denunciar lá na catraca que os cambistas estavam vendendo espaço pra quem quer cortar a fila. O coordenador do evento disse pra ela provar e aí meu marido tirou o celular para filmar e perguntou pro cambista: 'você acha legal fazer isso que você tá fazendo, bigode?'. Aí o cambista tentou tomar o celular dele. Como não conseguiu, ligou pra outros cambistas. Em segundos tinham mais de dez deles que começaram a bater no meu marido e num amigo nosso”, contou a enfermeira. O mecânico de empilhadeiras Wellington Gomes exibe os hematomas dele e do amigo após serem agredidos por cambistas na Praça Charles Miller, na entrada do show da dupla Jorge & Mateus, em SP. Reprodução/Instagram “Tentei pedir pelo amor de Deus pra eles pararem, e um cambista me deu um soco no rosto. Gritei que ele era agressor de mulher. E aí eles direcionaram as agressões contra meu marido e meu amigo. Deram chupes no rosto dele, pontapés no meu amigo. Foi a pior experiência que já passei na vida”, lembrou relatou Melissa ao g1. A estudante Larissa Simões presenciou todo o tumulto e diz que toda a situação vivida pelo grupo foi consequência do que ela chama de “total falta de organização das empresas que produziram o show”. “A gente chegou por volta das 17h e a fila estava enorme. Não tinha nenhum funcionário da Allegra ou da Enter Eventos para orientar onde era a entrada correta da pista premium. Quando a confusão começou, não tinha nenhum policial na Praça Charles Miller, nenhum segurança. Uma desorganização que nunca vi na minha vida em shows desse nível”, disse a moça. “Quando a confusão começou, tinha uns dez cambistas batendo nos dois meninos. Eles inclusive faziam ameaças, dando a entender que estavam armados. Na correria pra perto da entrada, minha irmã foi agredida, tomou socos e chutes. Eu comecei a chorar e gritar, porque estava prensada na grade. Foi um inferno que deixou todo mundo traumatizado”, contou Larissa. A enfermeira Melissa Monteiro chora após a confusão na entrada do show na Arena Pacaembu, no último sábado (5), em São Paulo. Ela exibe as mãos dela e do marido machucadas. Montagem/g1/Acervo pessoal A jovem Rayane Ferreira, que estava já dentro do estádio na hora da confusão, narrou que demorou uma hora e meia para conseguir entrar e, quando finalmente estava na pista premium, ouviu relatos da briga na parte de fora. “Teve muito desorganização na entrada, fiquei mais de uma hora e meia na fila para conseguir entrar. Quando o show principal começou, a fila ainda estava grande lá fora porque tinha muitos ingressos dando erro de leitura na entrada. E como estava dando erro do ingresso, tudo estava travado”, afirmou. “Ouvi relatos na fila do banheiro de pessoas que subornaram os seguranças para conseguir entrar. Já fui em diversos shows do Jorge e Mateus como fã mesmo, nunca vi nada desse tipo”, comentou. Descaso e reembolso Fãs agredidos na fila da pista premium do show de Jorge & Mateus relatam os problemas na entrada do show na Arena Pacaembu, em São Paulo, no sábado (5). Reprodução/Redes Sociais As reclamações sobre o ocorrido no sábado (5) inundaram as redes sociais da dupla Jorge e Mateus e também da Arena Pacaembu. Há muitos relatos e reclamações da desorganização e perrengues enfrentados pelos fãs da dupla sertaneja. Além da confusão, os fãs também reclamaram da superlotação dentro do estádio e falta de sinalização para encontrar banheiros, locais de compra de bebidas e finalização correta das saídas de emergência. Fãs que estavam do lado de fora da Arena Pacaembu quando o show começou dizem que só conseguiram entrar apenas perto das 20h, quando já tinha transcorrido mais de 1h da apresentação dos sertanejos. Alguns registraram queixa da delegacia pelas agressões e pretendem ir à Justiça para reaver o valor caro pago pelos ingressos. É o caso da enfermeira Melissa Monteiro. “Já registrei o B.O junto com os meus amigos. A gente pretende ir ao Procon e à Justiça para tentar reaver os valores do ingresso. Foi uma experiência traumatizante. Como eu trabalho perto do Pacaembu, quando meu ônibus passa em frente eu já choro de nervoso, lembrando de tudo que aconteceu”, contou. “Foi um descaso tudo isso. A gente gostaria de um ressarcimento do ingresso e um pedido de desculpas pelo que aconteceu. Não sei se os artistas ficaram sabendo do que realmente ocorreu lá fora, mas foi uma humilhação com os fãs que tanto adoram eles”, afirmou Larissa Simões. Por meio de nota, a Polícia Militar disse que "realizou esquema de segurança específico para o entorno do evento, com equipes da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM), viaturas de quatro rodas e uma Base Comunitária Móvel, com foco na manutenção da ordem pública nos arredores do estádio". Disse também que uma ocorrência foi atendida pelos policiais que integravam a base e foi solucionada no local, sem necessidade de condução das partes ao distrito policial. "A Polícia Civil permanece à disposição para a formalização de boletim de outras eventuais ocorrências, não localizadas com os dados fornecidos. A autoridade policial reitera a medida para dar início às investigações", afirmou a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Reclamações da vizinhança Imagem do show da dupla Jorge & Mateus na Arena Pacaembu, em São Paulo. Reprodução/Instagram/Mercado Livre Arena Pacaembu Além dos fãs, os vizinhos da Arena Pacaembu também usaram as redes sociais do estádio para reclamar de problemas do lado de fora. O entorno do estádio é formado de casas de alto padrão, que sempre foram contra transformar o estádio em uma casa de evento. Após os shows, a vizinhança relatou falta de agentes da CET para coordenar o trânsito, presença massiva de flanelinhas, carros estacionados na frente das garagens das casas e barulho além dos limites estabelecidos pela lei de ruídos da capital paulista. A Allegra Pacaembu disse, por meio de nota, que “depois de 20 anos sem shows no local, é esperado que surjam alguns incômodos”. “Com relação a isso, a Concessionária vem tomando diversas medidas a fim de minimizar o impacto na região, como a nova localização do palco e melhorias nos acessos das vias ao redor do Complexo”, afirmou. O g1 também procurou a Prefeitura de SP para falar desses problemas do lado de fora e, segundo a gestão municipal, equipes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) atuaram no monitoramento do trânsito no entorno do Estádio do Pacaembu nos dias 5 e 6 de abril desde as 6h e aplicaram 178 multas por infrações relacionadas a estacionamento irregular. "Todas as informações sobre interdições e caminhos alternativos foram divulgadas previamente no site da companhia. A CET monitora rotineiramente o entorno do Pacaembu e, para os dias de eventos, ativa um plano operacional específico", afirmou. A Subprefeitura Sé também informou, por meio de nota, que "houve fiscalização no local para evitar o uso inadequado do espaço público por ambulantes irregulares". "A Guarda Civil Metropolitana (GCM) prestou apoio aos agentes da subprefeitura durante as ações de fiscalização na Praça Charles Muller. A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer informa que a segurança interna do Complexo Pacaembu é de responsabilidade da concessionária", disse a nota. Veja Mais

China estuda proibir a importação de filmes dos Estados Unidos em resposta às tarifas de Trump

G1 Pop & Arte Governo chinês estuda conjunto de medidas retaliatórias após 'tarifaço'. País asiático é o segundo maior mercado cinematográfico do mundo e proibição poderia representar um grande baque para os estúdios americanos. Os Vingadores em foto durante batalha em Nova York Divulgação/Marvel Filmes americanos podem ser proibidos na China em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos, segundo o Deadline. De acordo com a reportagem, dois chineses "bem-conectados" publicaram nas redes sociais locais um conjunto idêntico de medidas retaliatórias que a China estaria estudando tomar contra os EUA. Nas publicações de Liu Hong, editor sênior do site Xinhuanet, e Ren Yi, neto do ex-líder de um partido em Guangdong, o governo chinês estaria estudando inclusive a redução ou proibição da importação de filmes dos EUA. A China é o segundo maior mercado cinematográfico no mundo e, por isso, a medida poderia representar um grande baque para os estúdios americanos. Segundo o Deadline, o filme "Minecraft", que estreou no último dia 3, estreou na China em primeiro lugar e arrecadou pouco mais de 10% da bilheteria internacional do filme no país. 'Tarifaço' de Trump As tarifas de 104% dos Estados Unidos contra a China começam a valer nesta quarta-feira (9), após o país asiático não desistir da retaliação aos EUA dentro do prazo estabelecido pelo presidente Donald Trump — que era até as 13h desta terça-feira (8). Na madrugada de segunda para terça, a China já havia dito que não voltaria atrás na decisão e que estaria pronta para seguir respondendo aos aumentos tarifários, apesar de considerar que "em uma guerra comercial não há vencedores". Entenda como a tarifa para a China chegou a 104%. China não dá sinais de recuo após ultimato de Trump Veja Mais

Anitta se junta com cantora mexicana Kenia OS no single em espanhol ‘En 4’

G1 Pop & Arte Anitta (à direita) posa com Kenia OS, com quem lançará o single ‘En 4’ em 17 de abril Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ O próximo lançamento fonográfico de Anitta é o single intitulado En 4. Neste single em espanhol, programado para ser lançado às 21h de 17 de abril, Anitta é a convidada da cantora mexicana Kenia OS. Estrela do mercado pop latino que entrou em cena em 2018, Kenia já tinha se conectado com Anitta ao participar de clipe promocional do single Loco, lançado pela artista brasileira em janeiro de 2021. No ano passado, Anitta e Kenia OS estiveram entre as convidadas de Shakira no clipe da música Soltera (2024). Feito na noite de ontem, 7 de abril, o anúncio da reunião das cantoras no single En 4 gerou expectativa no universo da música latina de língua hispânica, sobretudo no México. Veja Mais

Fióti sobre afastamento de Emicida: ‘Tenho saudade do Leandro que se emocionava quando eu tocava violão’

G1 Pop & Arte Briga entre os irmãos e sócios na Laboratório Fantasma causou um racha no mundo do rap. ‘Tenho saudade do Leandro que se emocionava quando eu tocava’, diz Fióti sobre Emicida A briga entre Emicida e Fióti, que dividiam a sociedade na Laboratório Fantasma, expôs um rompimento dos irmãos que vai além dos negócios. Em entrevista ao Fantástico deste domingo (6), Fióti falou sobre o fim da parceria com o rapper e fez um desabafo sobre o distanciamento entre eles. “Tenho muita saudade do Leandro que se emocionava quando eu tocava violão. Aquela foi a energia que possibilitou que a nossa família construísse uma empresa para impulsionar os nossos sonhos”, disse Fióti ao ser questionado se a relação entre os dois havia terminado. A fala veio após semanas de crise pública, iniciada quando Emicida divulgou um comunicado nas redes sociais anunciando que Fióti não representava mais seus interesses artísticos. No mesmo dia, Fióti afirmou que iniciava uma nova fase em sua trajetória profissional. Fióti comenta reação da mãe sobre briga entre ele e Emicida: 'Ela não tem como escolher um lado' O rompimento, porém, vinha se desenhando há anos. “Quando eu percebi que existia um distanciamento entre nós, foi ali mais ou menos entre 2017 e 2018”, contou Fióti. A disputa chegou à Justiça. Emicida acusa o irmão de fazer saques indevidos de R$ 6 milhões. Fióti nega e diz ter provas de que o irmão sabia das movimentações. “Eu não trabalhei de maneira antiética em nenhuma vez da minha vida”, disse. Emicida não quis gravar entrevista, mas mandou uma nota em que afirmou que foi surpreendido pelo processo judicial proposto pelo irmão enquanto eles negociavam amistosamente mudanças no modelo de trabalho. No texto, Emicida reforçou que a Justiça já negou por duas vezes os pedidos feitos por Evandro nesse processo porque o juiz não viu fundamento. Disse ainda que as alegadas provas que Evandro diz ter e que são espalhadas nas redes foram apresentadas nos autos, e nem assim a Justiça viu fundamento. "Estou muito triste de ter que passar por tudo isso. Não quero e não vou espetacularizar essa situação, minha família, que eu amo tanto. Peço que meus fãs, amigos e parceiros compreendam este momento difícil. Deixarei que os advogados tratem do assunto daqui pra frente e torço para que nada disse precise continuar acontecendo", disse na nota. ASSISTA À REPORTAGEM COMPLETA Evandro Fióti fala com exclusividade sobre ruptura da parceria com o irmão Emicida Fióti e Emicida Reprodução/ Instagram Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Veja Mais

Legendários: como é o movimento cristão para homens que atraiu Eliezer, Thiago Nigro e Neymar pai

G1 Pop & Arte Grupo fundado na Guatemala promove eventos de intensa atividade física ao ar livre com pregação religiosa. Inscrição para evento pode custar mais de R$ 81 mil. Eliezer, Thiago Nigro e Neymar pai já participaram do 'Legendários' Reprodução/Instagram O grupo Legendários se tornou um dos principais assuntos da internet neste domingo (6). O movimento cristão, que já atraiu famosos como Thiago Nigro e Eliezer, foi exaltado pela influenciadora Viih Tube nas redes sociais neste fim de semana. "O Legendário não é só sobre o homem. É sobre uma transformação pra sua família, as esposas unidas daqui orando por eles e eles lá por nós e Deus no controle de tudo". O Legendários ainda não é tão conhecido no Brasil, mas tem atraído cada vez mais participantes. Voltado para homens, o movimento une pregações religiosas com atividades físicas intensas, ao ar livre. Entenda o que é o Legendários: É um movimento cristão que nasceu na Guatemala e diz promover a "transformação de homens e famílias". A maior parte dos eventos combina pregações religiosas com atividades físicas intensas; São 108 sedes do Legendários ao redor do mundo. Na esfera global, além dos desafios para homens, há eventos para pais e filhos, movimentos para ajuda comunitária e uma experiência para "empoderamento matrimonial". Além de Eliezer, o grupo já atraiu participantes como Gustavo Tubarão, Thiago Nigro (Primo Rico), Neymar pai e o empresário Kaká Diniz, marido de Simone Mendes. O que é o Legendários O grupo foi fundado em 2015 por Chepe Tupzu, um pastor guatemalteco da Igreja Casa de Deus. Em 2017, o movimento chegou ao Brasil, conquistando aqui o segundo maior número de participantes no mundo. O Legendários se define como "um movimento que busca a transformação de homens, famílias e comunidades por meio de experiências que levam os homens a encontrar a melhor versão de si mesmos e seu novo potencial". Legendários, grupo cristão para homens Reprodução/Instagram Além das experiências, o grupo defende que os participantes vão à igreja todos os domingos. "Legendário, hoje é dia de comunhão na fé com nossos irmãos e de buscarmos ao Legendário #001", diz o perfil do grupo, se referindo a Deus. Como funcionam os eventos O Legendários promove eventos para homens casados ou solteiros. As opções de experiências têm preços variados - há desafios que custam de R$ 450 até mais de R$ 81 mil. Os principais eventos são os "TOP - TRACK OUTDOOR POTENTIAL", que consistem em 4 dias de "conexão com a natureza" e intensas caminhadas. "TOP é um desafio físico, mental e espiritual em sua vida, onde você vai romper com tudo que te prende e você aprenderá a desfrutar o caminho, lutar suas batalhas certas e desenvolver seu potencial máximo para chegar ao seu nível 10 e se tornar o herói caçador que toda família precisa", diz o site. O "TOP Pantanal", ofertado para o próximo dia 9, custa R$ 81.490 e as inscrições estão esgotadas. Já o "TOP Rio de Janeiro" está com inscrições abertas, pelo valor de R$ 81.590. Há opções mais em conta, como o "TOP Warriors 1011", uma experiência para solteiros de 18 a 30 anos "que nunca tiveram relacionamentos/uniões conjugais". A inscrição custa R$ 1.490 e não há mais detalhes no site. VÍDEO: Documentário retrata multiplicação de igrejas e crentes Igrejas evangélicas de bairro são as que mais crescem no Brasil Veja Mais

Clem Burke, da banda Blondie, morre aos 70 anos

G1 Pop & Arte Músico tocou com artistas como Ramones, Iggy Pop e Bob Dylan. A informação foi anunciada nas redes sociais da banda. Clem Burke, da banda Blondie Reprodução O baterista Clem Burke, que fazia parte da banda Blondie, morreu aos 70 anos. A informação foi anunciada nas redes sociais do grupo. Segundo a publicação, o músico morreu "após uma batalha particular contra o câncer". "Clem não era apenas um baterista; ele era o coração do Blondie. Seu talento, energia e paixão pela música eram inigualáveis, e suas contribuições para o nosso som e sucesso são imensuráveis". Além de sua musicalidade, Clem foi uma fonte de inspiração dentro e fora do palco. Seu espírito vibrante, entusiasmo contagiante e ética de trabalho sólida como uma rocha tocaram todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo". Autoproclamado “sobrevivente do Rock & Roll”, Clem passou pelo Romantics, foi baterista de Joan Jett, Iggy Pop, Bob Dylan, Pete Townshend, entre outros. Ele também tocou com o Ramones em duas ocasiões em 1987, com a alcunha de "Elvis Ramone". Banda Blondie, em 1977 Reprodução Veja Mais

A ‘sanfonada’ de Toninho Ferragutti em álbum autoral derivado da quarentena

G1 Pop & Arte Toninho Ferragutti lança o álbum ‘QuarenteMas’ em 18 de abril Tarita de Souza / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Ao longo do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19, o acordeonista Toninho Ferragutti compôs e gravou uma série de trilhas e temas, apresentados ao público através da internet. QuarenteMas – álbum autoral que o músico e compositor lançará em 18 de abril – registra essa produção, como já insinua o título do disco gravado entre setembro e novembro de 2024 no estúdio Space Blues, em São Paulo (SP), com produção musical orquestrada pelo próprio Ferragutti. Ao decidir gravar o álbum QuarenteMas, o artista revisitou e rearranjou essas composições, registradas pelo acordeonista para o disco em diferentes formações ao lado de músicos como o também acordeonista Bebê Kramer (convidado de Sanfonada), o pianista Hércules Gomes (ouvido em Choro de Carnaval), o violeiro Neymar Dias (com quem Ferragutti toca Foleado), o pianista Salomão Soares (presente em Alegria outra vez), a violoncelista Adriana Holz (convidada de O que será do amanhã?) e o clarinetista Nailor Azevedo, o Proveta, virtuose que participa da faixa No passo do pato. Com capa que enquadra ilustração de Cinthia Camargo na arte gráfica de Mauro Aguiar, o álbum QuarenteMas abre e fecha com solos de Toninho Ferragutti em Carrocinha e Ladeira acima, respectivamente. Capa do álbum ‘QuarenteMas’, de Toninho Ferragutti Cinthia Camargo com arte de Mauro Aguiar Veja Mais

Por que Ana Carolina lança a gravação ao vivo do show em que canta Cássia Eller em um tempo tão lento e tardio?

G1 Pop & Arte Capa do EP ‘Ana canta Cássia – Ao vivo – Vol. 2 ’, de Ana Carolina Divulgação ♫ OPINIÃO ♩ Alguma coisa parece fora da ordem fonográfica mundial em relação ao registro do show Ana canta Cássia – Estranho seria se eu não me apaixonasse por você. O show estreou em 22 de setembro de 2022 e foi gravado em 7 de maio de 2023 – há quase dois anos! – e, no entanto, somente hoje, 4 de abril de 2025, Ana Carolina lança o segundo EP com seis músicas extraídas do registro audiovisual feito em apresentação na casa Tokyo Marine Hall na cidade de São Paulo (SP). O primeiro EP saiu em 9 de setembro de 2024 – dia do 50º aniversário da artista mineira – com outras cinco músicas. A distância de sete meses entre um EP e outro reforça a sensação de que Ana Carolina lança esse registro fonográfico em um tempo demasiadamente lento e tardio, fora de sintonia com a velocidade da era digital. É claro que Ana Carolina é artista surgida em outros tempos e que pode e deve se recusar a entrar no ritmo insano de um mercado fonográfico cada vez mais volátil e dominado por lançamentos fugazes. Ainda assim, paira no ar uma sensação de anormalidade em relação ao lançamento da gravação ao vivo desse show em que a cantora abordou o repertório de Cássia Eller (1962 – 2001). Até porque a turnê, em tese, terminou em outubro de 2024. Sem falar que Ana Carolina já está há seis anos sem apresentar álbum autoral gravado em estúdio com músicas inéditas. O último, Fogueira em alto mar, foi lançado em 2019. Enfim, já passa da hora de a cantora reacender a velha chama para atiçar os sinais de fogo do ótimo início da carreira. Veja Mais

Lady Gaga estreia turnê com show grandioso no Coachella antes de vinda ao Brasil

G1 Pop & Arte Artista se apresentou para um grande público pela 1ª vez em oito anos, como atração principal do festival, nesta sexta (11). Ela canta na praia de Copacabana no dia 3 de maio. Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube do festival Lady Gaga retornou a um grande público pela primeira vez em oito anos para ser a atração principal do festival Coachella nesta sexta-feira (11) à noite, dançando com esqueletos, lutando contra um dançarino vestido de monstro e fazendo um bis surpresa. "Bem-vindos à minha casa do caos", disse a cantora de "Poker Face" no palco. Lady Gaga juntou músicas de seu álbum "Mayhem", de 2025, bem como outras mais antigas, incluindo "Judas", "Born This Way" e "Poker Face". "Eu amo vocês", ela disse várias vezes durante o show de duas horas. Em seu estilo tipicamente extravagante, ela fez trocas de roupa, incluindo um vestido vermelho, uma malha preta, um vestido branco com penas e uma armadura metálica com uma capa. A apresentação teatral é a primeira prévia do que podemos esperar no show da artista em Copacabana, no dia 3 de maio. Os fãs também optaram por peças marcantes para homenagear a cantora. Lady Gaga, um ícone LGBTQ+ que carinhosamente chama seus fãs de "pequenos monstros" ("little monsters), é conhecida por seu ativismo na comunidade e por ser assumidamente bissexual. Alguns homens na plateia se abraçaram e se beijaram, gritando seu amor pela mulher de 39 anos. Sua música de 2011, "Born This Way", foi apelidada de "hino gay", dando origem à Born This Way Foundation, com o objetivo de acabar com o "bullying e promover a conscientização sobre saúde mental, principalmente na comunidade LGBTQ+". Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube do festival A cantora, compositora e atriz é conhecida pela música pop animada que incorpora electropop, dance, rock, house, jazz e gêneros experimentais. Ela deve realizar uma série de shows em sua turnê "Mayhem Ball", neste ano. "Mayhem" alcançou o primeiro lugar na parada Billboard 200, tornando-se seu sétimo álbum a liderar as paradas. Ela também estreou em primeiro lugar na parada de álbuns do Reino Unido. Dois dos maiores hits da nova era são "Die With a Smile", gravada com Bruno Mars, e "Abracadabra". Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube do festival Veja Mais

Alok no Coachella: 'show histórico' terá 50 dançarinos interagindo com músicas e nova versão de megahit

G1 Pop & Arte DJ é atração do festival neste sábado (12). Ao g1, ele elogia grupo de dança que o acompanha: 'A gente parte do pressuposto que um humano não é capaz de fazer aquilo'. Alok foi confirmado no Coachella, na edição de 2025 Divulgação/Instagram do DJ Alok vai se apresentar no festival Coachella, neste sábado (12) e no próximo (19), em um show que terá como grande novidade um "painel humano interativo", composto por 50 dançarinos sincronizados com a música e com os outros efeitos visuais. Alok levará ao festival americano Coachella, neste sábado (12) e no próximo, uma apresentação que tem uma grande novidade: 50 dançarinos do grupo Urban Theory vão interagir de forma sincronizada com as músicas e com os outros efeitos especiais. O g1 viu uma parte do ensaio e constatou: a performance do grupo de dança se encaixa nos beats da música e o impacto visual é ainda maior do que o show de luzes, lasers e outros aparatos geralmente usados por Alok. No palco, a meia centena de "robôs humanos" parecem se multiplicar e a motivação é bizarramente coordenada com as canções. "Estou muito feliz com o resultado, vai ser um show histórico e é importante que seja no Coachella. É um momento que traz um desafio para os artistas. Uma das funções dos artistas é mover a cultura para frente", conta o DJ ao g1. Post Malone, Green Day e Lady Gaga são as atrações principais do evento que acontece na cidade que batiza o festival, no estado americano da Califórnia. Alok é a única atração brasileira no evento, após o cancelamento de Anitta. "Tudo hoje em dia está no lance dessa ideia da inteligência artificial, até onde vão os limites. Falam que ela vai dominar a indústria musical também. A gente fica nessa discussão: será que para fazer arte não precisa de uma alma para tocar outras almas?", ele explica. "Dessa discussão, a gente vai vir com uma mensagem no fim do show que é "Keep the art human" [mantenha a humanidade da arte]. Foi muito louco que quando a gente posto o vídeo dos ensaios, a galera ficou falando 'nossa, isso é inteligência artificial?'. É muito louco que a gente parte do pressuposto que um humano não é capaz de fazer aquilo, né? Eu acho que esse é o 'statement' desse show. O ser humano quando está unido consegue fazer coisas extraordinárias." Nova versão de megahit Alok foi confirmado no Coachella, na edição de 2025 Divulgação/Instagram do DJ Além do grupo de dança, o cantor Zeeba está confirmado. Colaborador frequente de Alok, ele também cantou com o DJ no show do The Town. No festival paulistano, soltou a voz no hit do assobio "Hear me now", e participou de outras três canções: "Ocean", "Never ler me go" e "Nossos Dias". No show do evento "irmão do Rock in Rio", Alok contou ao g1 que buscava criar um setlist com "mais autenticidade e originalidade". Houve uma nítida diferença no repertório, com bem menos inserções de trechos curtos de músicas de outros artistas. "Agora, a gente vai tocar uma nova versão de 'Hear me now' e não tem nada a ver com o The Town", Alok diferencia. "Essa versão nova vai muito em uma pegada que eu estou acreditando muito que tenho chamado de Alok 3.0, porque se você der uma olhada no set do Tomorrowland Brasil e do Tomorrowland Winter é a linha de som que estou apostando muito." "A indústria da música acaba tendo ciclos e a direção que está indo agora é uma direção que eu sinto muito confortável. É basicamente uma atualização daquilo que eu já fazia. Eu estou bem confiante." Alok já disse ao g1 que considera define seu som como "free spirit", com arranjos e ideias que não se limitam a subestilos da música eletrônica com os quais já foi rotulado, como o dance pop. "Quando eu vou para alguns festivais mais alternativos, falam 'pô, não curto muito a linha de som que você toca hoje em dia, mas, caraca, meu filho é seu fã... meu sobrinho, minha mãe, minha vó". E eu falo 'que massa, irmão, valeu e tal'. E era essa a ideia. Eu nunca quis ser uma coisa limitada." RELEMBRE: No The Town, show de Alok começou com beijo e drone Alok começa show no The Town com beijo e drone Veja Mais

Caso Maria Gladys: o que sabe sobre o desaparecimento e as atuais condições da atriz

G1 Pop & Arte Segundo uma postagem da filha da artista, ela estaria perdida nas ruas de Santa Rita de Jacutinga, em Minas Gerais. O Disque-Denúncia do RJ divulgou nesta sexta-feira (11) o cartaz pedindo informações sobre a atriz. Maria Gladys TV Globo / Fabrício Mota Maria Thereza Mello Maron, filha da atriz Maria Gladys, fez um apelo nas redes sociais nesta quinta-feira (10) para encontrar a mãe. De acordo com ela, a artista estaria perdida em Santa Rita de Jacutinga, no sudoeste de Minas Gerais. “Alô, amigos! Maria Gladys está em Santa Rita de Jacutinga na rua, confusa, sozinha, sem dinheiro e sem casa. Precisa vir ao Rio me encontrar para que eu possa trazê-la para a minha casa. Nem eu nem minha irmã temos o dinheiro da passagem. Quem puder ajudar estou deixando o pix dela", escreveu na postagem. Atriz estaria sem dinheiro De acordo com o colunista Pablo Oliveira, da Super Rádio Tupi, Maria Gladys teria entrado em contato por áudio e confirmado que estava em Minas Gerais. A atriz teria deixado o Rio de Janeiro com o intuito de economizar, mas ao chegar em Santa Rita de Jacutinga, percebeu que estava sem saldo na conta bancária. Não fica claro se ela conseguiu um local para se abrigar. Segundo o texto, Gladys declarou que é Maria Thereza quem administra as redes sociais da mãe, além de ter acesso integral às contas bancárias e extratos financeiros da atriz. Gladys teria dito que Maria Thereza ocultou, intencionalmente, que a mãe estava sem dinheiro, e "deixou" a atriz viajar mesmo assim. O Disque-Denúncia do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira (11) o cartaz pedindo informações sobre a atriz. "Maria Gladys Mello da Silva, de 85 anos, é moradora da cidade de Santa Rita de Jacutinga /MG. Ela desapareceu no dia 10 de abril de 2025, após ser vista pela última vez na cidade mencionada, em situação de vulnerabilidade". Disque denúncia do RJ pede informações sobre a atriz Maria Gladys Divulgação O g1 tentou entrar em contato com a atriz e com sua família, mas não teve resposta até a última atualização deste texto. Desaparecimento em janeiro Essa não é a primeira vez que a filha pede ajuda nas redes sociais para encontrar a mãe. Em janeiro, Maria Gladys ficou algumas horas desaparecida depois de aproveitar a virada do ano em Copacabana. Horas depois que a postagem foi feita, Maria Thereza retornou às redes sociais para avisar que a mãe estava hospedada em hotel no Flamengo. "Consegui achá-la. Está no Hotel Venezuela, no Flamengo. Desculpem o susto é porque ela está em um apartamento na Sá Ferreira e quando cheguei e não a encontrei, entrei em pânico. Gratidão." Avó de Mia Goth Maria Gladys é avó da atriz Mia Goth, que trabalhou em “Pearl” e “Infinity Pool”. Mia é filha de Rachel Goth, uma das filhas da atriz, que vive na Inglaterra. Em entrevista ao “Jornal O Globo”, Gladys falou sobre o orgulho do sucesso da neta. “Ela viveu comigo quando era pequena. Minha filha estava com a vida complicada em Londres e precisou deixar a Mia comigo um tempo. E foi uma felicidade. Tinha um seriado americano que a gente adorava, e a Mia imitava direitinho a inflexão da protagonista, fazia igualzinho. Eu não conseguia. Ela tinha só 3 anos de idade e eu logo vi: 'Não vai dar outra'. Ela é fabulosa. Ela nasceu atriz. Tenho o maior orgulho dela”, disse. Mia Goth em 'Pearl' divulgação Mostra de Cinema de Ouro Preto presta homenagem à atriz Maria Gladys Veja Mais

Josyara propaga palavras e ritmos ao redor do sol que ilumina ‘Avia’, álbum autoral de sonoridade e poética quentes

G1 Pop & Arte Josyara alinha oito músicas autorais no fluxo do álbum ‘Avia’ entre regravações de composições de Anelis Assumpção e Cátia de França Juh Almeida / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Avia Artista: Josyara Cotação: ★ ★ ★ 1/2 ♬ É estranho que Josyara abra um álbum essencialmente autoral como Avia – no mundo a partir de amanhã, 11 de abril – com música de lavra alheia, Eu gosto assim (2014), lançada há onze anos pela autora Anelis Assumpção com toque de latinidade. E é mais estranho ainda que essa faixa seja o ponto mais alto do disco gravado com (primorosa) produção musical orquestrada pela própria Josyara com Rafael Ramos. Fica a impressão de que Eu gosto assim é música que nasceu para ser gravada por essa baiana de Juazeiro (BA), dona de um violão manso e furioso, de toque percussivo, evidenciado no álbum Avia sobretudo na cadência bonita da música De samba em samba, faixa bafejada pelos sopros arranjados por Josyara com o trompetista Diogo Gomes. É o violão de Josyara que abre a gravação de Eu gosto assim e, por consequência, abre o disco. No anterior álbum autoral da artista, ÀdeusdarÁ (2022), o violão de Josyara foi abafado pelo baticum afro-baiano proeminente nesse disco. Em Avia, o violão está lá, não soberano, mas com mais destaque, em interação com os toques de músicos como Alberto Continentino (baixo), Kainã do Jêje (percussão) e Rodrigo Tavares (piano e teclados). Esse time de virtuoses produziu um som quente. Avia irradia calor na sonoridade que valoriza repertório composto por oito músicas autorais e pelas recriações da já mencionada Eu gosto assim e da já conhecida abordagem de Ensacado (1979), parceria da compositora paraibana Cátia de França com o poeta e letrista Sérgio Natureza. Música revivida pela nova baiana com a conterrânea Pitty, parceira na inédita Sobre nós, Ensacado faz sentido no roteiro afogueado do álbum Avia porque o canto de Josyara é árido mesmo quando doce, ecoando a força feminina do sertão nordestino. É com a temperatura quente do disco que escorre Seiva, parceria de Josyara com Iara Rennó que exala lembrança de gozo em conexão com a poética do álbum que projetou a artista, Mansa fúria (2018), disco embebido em saudades de lugares e pessoas. Josyara sofre sem lamento. Se expia a dor do abandono em Festa nada a ver, a cantora deixa escorrer a mágoa no fluxo de Corredeiras. Eu não sou prova de amor é samba composto por Josyara com Juliana Linhares e gravado em Avia com menor poder de sedução no conjunto da obra. Na sequência, Peixe coração – parceria de Josyara com Liniker, autora da letra – é faixa de poética ardente mergulhada em águas revolvidas com força rítmica. No arremate do disco Avia, editado pela gravadora Deck, Oasis (a duna e o vento) é canção que junta as vozes de Josyara com Chico Chico. Em suma, neste álbum invariavelmente pautado pela quentura do som, Josyara segue em frente, propagando palavras (as próprias e as alheias) com ritmo ao redor de um sol a pino. Capa do álbum ‘Avia’, de Josyara Juh Almeida Veja Mais

Iza levanta os ânimos ao dar voz com fervor à edificante canção ‘You raise me up’ em álbum de padre Marcelo Rossi

G1 Pop & Arte Iza reitera a grandeza do canto em single que anuncia o segundo volume do álbum ‘Amorização’, de padre Marcelo Rossi Reprodução / Facebook Iza ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: You raise me up Artista: Iza Cotação: ★ ★ ★ ★ ♬ Até o mais incrédulo dos ateus talvez sinta algum resquício de fé ao ouvir o canto arrebatador de Iza em You raise me up. Apresentada na noite de ontem, 8 de abril, a gravação faz parte do ainda inédito segundo volume do álbum Amorização, de padre Marcelo Rossi. O religioso cantor apenas declama na faixa, mas quem canta é Iza. E como canta! Feita com produção musical de Guto Graça Mello, com direito a cordas, a gravação de You raise me up com Iza e Rossi está à altura dos melhores registros da canção composta pelo maestro norueguês Rolf Løvland – de início como tema instrumental intitulado Silent story – e depois letrada pelo escritor e compositor irlandês Brendan Graham. A música foi lançada em 2002 na voz do cantor irlandês Brian Kennedy. O canto de Iza no single You raise me up reitera a grandeza da voz da artista, que já havia dado um banho de interpretação no ano passado ao gravar Cry me a river (Arthur Hamilton, 1953) para a trilha sonora da novela Garota do momento (Globo, 2024 / 2025). A partir da metade do fonograma, que tem toque celta no arranjo, um coro engrandece a gravação de You raise me up sem abafar a voz de Iza. Ponha fé nesse registro capaz de levantar os ânimos de qualquer cristão ou ateu! Capa do single You raise me up’, de padre Marcelo Rossi com participação de Iza Divulgação Veja Mais

Viola Davis estrela 'G20', filme em que é presidente dos EUA que luta contra terroristas

G1 Pop & Arte Longa de ação estreia nesta quinta-feira e tem atriz como heroína que protege sua família e outros líderes mundiais em uma cúpula do G20 na Cidade do Cabo, na África do Sul. Viola Davis no filme 'G20' Divulgação/Amazon Para Viola Davis, ver as primeiras imagens de uma "mulher negra durona na televisão" quando era criança se tornou uma inspiração para seu papel como presidente dos Estados Unidos no filme "G20". A série dramática policial norte-americana de 1974 "Get Christie Love!", estrelada por Teresa Graves como uma detetive disfarçada, cativou Davis imediatamente. "Sempre que ela prendia alguém, dizia: 'Você está presa, querido!', e eu dizia: 'Meu Deus! Oh, meu Deus!" e ela jogava os homens das sacadas", diz Davis à agência de notícias Reuters. "Quando você vê isso, você pode acreditar. Quando você vê, você pode se ver nisso e há algo sobre ver isso que força você a se ver", acrescentou. "G20", que chega à plataforma Amazon Prime Video nesta quinta-feira (10), é dirigido pela diretora mexicana Patricia Riggen. A trama acompanha a personagem de Davis, a presidente dos EUA Danielle Sutton, que protege sua família e outros líderes mundiais durante uma cúpula do G20 na Cidade do Cabo, na África do Sul, é infiltrada por terroristas. O filme também é estrelado por Anthony Anderson como o marido de Danielle Derek Sutton. Marsai Martin, atriz da série "black-ish", atua como sua filha Serena Sutton. Davis pediu que Anderson interpretasse seu marido no filme por causa do vínculo estreito entre eles. "Sempre tivemos um ótimo relacionamento, apenas na mesma rede, viajando nos mesmos círculos, tendo os mesmos amigos", diz Anderson. No entanto, Davis e Anderson admitiram que suas maiores experiências de união vieram da coleta de itens gratuitos juntos em eventos de doação de presentes. "Eu não queria mencionar isso. Gostamos de coisas grátis", afirma Davis, provocando um ataque de riso no elenco. Outra coisa sobre o filme que divertiu Davis foi pensar em como seu eu mais jovem ficaria em êxtase ao vê-la interpretando o papel de Danielle. "Aquela Viola de 6 anos está me servindo. Meu trabalho é fazê-la gritar. Meu trabalho é deixá-la realmente empolgada com quem ela vai se tornar", conta a atriz. Veja Mais

Cantor morto na República Dominicana: quem era Rubby Pérez, ícone do merengue

G1 Pop & Arte Vocalista era conhecido como 'a voz mais alta do merengue' e foi um dos músicos dominicanos mais bem-sucedidos no estilo. Ele foi uma das vítimas do desabamento do teto de uma boate nesta terça (8). Rubby Pérez, cantor dominicano, foi uma das vítimas do desabamento do teto de uma boate na República Dominicana Reprodução/Spotify O desabamento do teto de uma boate na República Dominicana na noite desta terça (8) deixou pelo menos 100 mortos, segundo autoridades locais. Uma das vítimas foi o premiado cantor Rubby Pérez, 69, conhecido como "a voz mais alta do merengue". O cantor era um dos apresentadores da noite na discoteca. O empresário dele, Enrique Paulino, disse que o show começou pouco antes da meia-noite, e o teto desabou quase uma hora depois. O saxofonista da banda também morreu. Segundo a "Billboard", a filha dele, Zulinka Pérez, que teria sido backing vocal no evento, sobreviveu ao desabamento. Rubby Pérez era considerado um ícone do merengue, com sucesso mundial. Sua morte repercutiu não só na República Dominicana, como em veículos do Panamá, dos Estados Unidos, México, Portugal e mais. Quem era Rubby Pérez O cantor dominicano, cujo nome de batismo é Roberto Antonio Pérez Herrera, se formou em um conservatório de música e ganhou fama nos anos 80, ao entrar para a orquestra Wilfrido Vargas. Ele era conhecido como "A voz mais alta do merengue". “Um apresentador de um programa de TV chamado 'El Caribe Show' queria dizer que minha voz era a de maior qualidade, então ele me chamou de 'A voz mais alta' e foi assim que ficou”, disse ao veículo CentroTampa. Rubby Pérez nos anos 80 Reprodução/YouTube Com Wilfrido, o cantor ganhou reconhecimento internacional e passou a ser considerado uma estrela do canto popular dominicano. Sua projeção só aumentou com as músicas "El Africano" e "Volveré". A última é uma das músicas do estilo mais vendidas na história da República Dominicana. Com mais de 13 álbuns lançados, o músico explorou gêneros como a bachata e o bolero. No YouTube, ele acumula milhões de reproduções em sucessos como "Y No Voy a Llorar" e "Sobreviveré en Vivo". Premiado, Pérez acumulou várias honrarias ao longo de sua carreira, como o dominicano Prêmio Casandra por Orquestra do Ano e Merengue do Ano, bem como discos de ouro e platina na Venezuela. Também recebeu os Prêmios Globo de "Melhor Canção" e "Álbum do Ano". Em 2014, o músico foi homenageado em Nova York por ajudar as vítimas do terremoto no Haiti, alugando uma casa para quem não teve espaço nos hospitais superlotados. Apesar de seu reconhecimento na música, Pérez quase teve outra carreira. Segundo a Associated Press, quando jovem, o dominicano sonhava em ser jogador de beisebol. O sonho foi interrompido por um acidente de trânsito em 1972, que o manteve internado em um hospital por um ano. "Deus tinha outro propósito para mim, que em vez de ter um taco na mão, eu teria um microfone, para poder comunicar às pessoas minha alegria, minha positividade, meu desejo de continuar, não importa o que aconteça". Veja Mais

Conheça um grande samba de Jorge Aragão que todo mundo esqueceu...

G1 Pop & Arte Jorge Aragão é parceiro de Sereno e Nilton Barros em ‘Sem perdão’, samba lançado por Alcione em 1981 e nunca gravado pelo autor Divulgação ♫ OPINIÃO ♩ É curioso como algumas músicas fazem sucesso quando são lançadas e depois caem no esquecimento ao passo que outras ficam batidas com tantas (dispensáveis) regravações. Jorge Aragão, por exemplo, tem um grande samba que permaneceu esquecido. Lançado por Alcione em 1981, no último álbum feito pela cantora para a gravadora Philips com músicas inéditas, Sem perdão tocou bem nas rádios e foi o carro-chefe do disco batizado com o nome da artista. Só que nunca foi gravado por Jorge Aragão e tampouco foi revisitado por Alcione em shows e discos ao vivo ao longo desses 44 anos. A única regravação de Sem perdão foi feita pela cantora Lucy Ribeiro em álbum editado em 1996 de forma independente. Assinado por Jorge Aragão com Sereno e Nilton Barros, o samba Sem perdão tem tom feminista. Embora a letra não especifique o gênero do eu-lírico da música, o samba parece vocacionado para vozes femininas e ecoa o estilo de Vou festejar (Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias, 1978), samba lançado três anos antes por Beth Carvalho (1946 – 2017) com grande sucesso. Assim como Vou festejar, Sem perdão é samba bem animado na linha ‘sofri na sua mão, agora é você quem chora e eu não estou nem aí’. Um samba perfeito para a era das mulheres empoderadas. Por isso mesmo, é surpreendente que Sem perdão nunca tenha entrado nos repertórios de cantoras voltadas para o samba como Maria Rita, Roberta Sá e Teresa Cristina. Mas o fato é que o samba não foi lembrado nem para o Sambabook Jorge Aragão, lançado em 2016 com regravações de 25 músicas de autoria do compositor carioca. ♬ Eis a letra de Sem perdão, com os cacos postos por Alcione na gravação original de 1981: Sem perdão (Jorge Aragão, Sereno e Nilton Barros) “Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver[ Quando eu sofri, quase morri, você sorriu Tanta maldade na verdade me feriu Já me enrolei na sua linha igual pião Hoje é você que vai rodar na minha mão Se pensa que é chegar, ver e vencer (não é assim) Pode parar que já não quero nem lhe ver Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver Quando eu sofri, quase morri, você sorriu Tanta maldade na verdade me feriu Já me enrolei na sua linha igual pião Hoje é você que vai rodar na minha mão Então vou ver por fim, você chorar por mim Foi um crime sem perdão magoar meu coração Então vou ver, vou ver por fim, você chorar por mim Foi um crime sem perdão magoar meu coração Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver (pode parar) Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver Quando eu sofri, quase morri, você sorriu Tanta maldade na verdade me feriu Já me enrolei na sua linha igual pião (todinha) Hoje é você que vai rodar na minha mão Então vou ver por fim, você chorar por mim Foi um crime sem perdão magoar meu coração Então vou ver, vou ver por fim, você chorar por mim Foi um crime sem perdão magoar meu coração Se pensa que é chegar, ver e vencer (não é assim mesmo) Pode parar que já não quero nem lhe ver (pó parar, pó parar) Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver Quando eu sofri, quase morri, você sorriu Tanta maldade na verdade me feriu Já me enrolei na sua linha igual pião Hoje é você que vai rodar na minha mão Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver Se pensa que é chegar, ver e vencer (tá pensando o quê?) Pode parar que já não quero nem lhe ver Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver Se pensa que é chegar, ver e vencer Pode parar que já não quero nem lhe ver (ai, ai, ai, ai...)” Veja Mais

Legendários: Por que homens pagam até R$ 81 mil para subir montanha e melhorar casamento?

G1 Pop & Arte Evento chamado de 'TOP Pantanal' custa R$ 81.490, e as inscrições estão esgotadas. Já o 'TOP Rio de Janeiro' está com inscrições abertas, pelo valor de R$ 81.590. Legendários, grupo cristão para homens Reprodução/Instagram "Ei, homens", diz Ricardo Weiler, pastor da Igreja Embaixada, em um vídeo fixado no Instagram do grupo Legendários Brasil. "Venha conquistar a sua montanha e esteja caminhando com homens com um novo nível de amor, honra e unidade. Homens que são íntegros e vão mudar a história dessa nação. Uhul." Weiler, que é diretor do Legendários Brasil, afirma que qualquer homem maior de idade pode participar das experiências promovidas pelo grupo. No vídeo, porém, ele não explica o que são exatamente essas experiências, nem que elas são pagas — e chegam a custar mais de R$ 81 mil. Após a influenciadora Viih Tube celebrar o Legendários no domingo (6), dizendo que se trata de um movimento que transforma famílias, o nome do grupo viralizou nas redes. Mas, afinal, o que é o Legendários? Por que homens pagam milhares de reais para participar disso? Eliezer, Thiago Nigro e Neymar pai já participaram do 'Legendários' Reprodução/Instagram O que é o grupo Legendários É um movimento cristão voltado a homens, fundado na Guatemala em 2015 Seus organizadores dizem que a ideia é "promover a transformação de homens e famílias". A maior parte dos eventos combina pregações religiosas com atividades físicas intensas. São 108 sedes do Legendários ao redor do mundo. Na esfera global, além dos desafios para homens, há eventos para pais e filhos, movimentos para ajuda comunitária e uma experiência para "empoderamento matrimonial". Além de Eliezer, o grupo já atraiu participantes como Gustavo Tubarão, Thiago Nigro (Primo Rico), Neymar pai e o empresário Kaká Diniz, marido de Simone Mendes. "Quando se olha para uma mulher, se vê automaticamente quem é o seu marido, o homem que está ao seu lado", diz um porta-voz do Legendários, em um vídeo postado no Instagram do grupo. "Eu não sei como chegou sua história até aqui, mas existe uma oportunidade a partir dessa montanha para você escrever essa nova história. Então escreva no coração da sua esposa." O grupo foi fundado em 2015 por Chepe Tupzu, um pastor guatemalteco da Igreja Casa de Deus. Em 2017, o movimento chegou ao Brasil, onde ainda não é tão famoso, mas atrai cada vez mais participantes. O país já é seu segundo maior público no mundo. O Legendários se define como "um movimento que busca a transformação de homens, famílias e comunidades por meio de experiências que levam os homens a encontrar a melhor versão de si mesmos e seu novo potencial". Além das experiências, o grupo defende que os participantes frequentem a igreja todos os domingos. "Legendário, hoje é dia de comunhão na fé com nossos irmãos e de buscarmos ao Legendário #001", diz o perfil do grupo, se referindo a Deus. Como funcionam os eventos O Legendários promove eventos para homens casados ou solteiros. As opções de experiências têm preços variados — há desafios que custam de R$ 450 até mais de R$ 81 mil. Os principais eventos são os "TOP - TRACK OUTDOOR POTENTIAL", que consistem em 4 dias de "conexão com a natureza" e intensas caminhadas. "TOP é um desafio físico, mental e espiritual em sua vida, onde você vai romper com tudo que te prende e você aprenderá a desfrutar o caminho, lutar suas batalhas certas e desenvolver seu potencial máximo para chegar ao seu nível 10 e se tornar o herói caçador que toda família precisa", diz o site. O "TOP Pantanal", ofertado para o próximo dia 9, custa R$ 81.490 e as inscrições estão esgotadas. Já o "TOP Rio de Janeiro" está com inscrições abertas, pelo valor de R$ 81.590. Há opções mais em conta, como o "TOP Warriors 1011", uma experiência para solteiros de 18 a 30 anos "que nunca tiveram relacionamentos/uniões conjugais". A inscrição custa R$ 1.490 e não há mais detalhes no site. VÍDEO: Documentário retrata multiplicação de igrejas e crentes Igrejas evangélicas de bairro são as que mais crescem no Brasil Veja Mais

Lady Gaga no Rio: palco começa a ser montado na praia de Copacabana

G1 Pop & Arte Cantora vai ser apresentar no dia 3 de maio e os organizadores esperam um público superior a 1 milhão de pessoas. Lady Gaga no Rio: palco começa a ser montado na Praia de Copacabana Começou a preparação para o show da Lady Gaga no Rio de Janeiro. A cantora vai se apresentar no dia 3 de maio e, nesta segunda (07), a praia de Copacabana já recebe a estrutura que será usada na montagem do palco. Os organizadores esperam um público superior a 1 milhão de pessoas. O show foi confirmado no dia 21 de março, e a cantora escreveu que a apresentação será inesquecível. "É uma grande honra ser convidada para cantar para o Rio — durante toda a minha carreira, os fãs no Brasil têm sido parte da força vital dos 'little monsters' [apelido dos seus fãs]. Eu estava morrendo de vontade de ir me apresentar para vocês há anos e fiquei de coração partido quando tive que cancelar anos atrás porque estava hospitalizada". Cartaz do show da Lady Gaga em Copacabana Divulgação Montagem do palco da Lady Gaga na Praia de Copacabana Globo Começo da montagem do palco da Lady Gaga Globo/Reprodução 'Ela não vem mais' Em 2017, Gaga foi substituída de última hora pelo Maroon 5 e precisou ser internada em um hospital por conta das severas dores causadas pela fibromialgia, uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. "Tenho que cuidar do meu corpo", disse ela, que garantiu estar "arrasada" com o cancelamento. Esta será, então, a segunda vez no Brasil. Ela esteve por aqui em 2012. Relembre como foi a estreia no Brasil e drama do Rock in Rio. Lady Gaga tem show confirmado na Praia de Copacabana por Eduardo Paes Veja Mais

Preta Gil posta vídeo em UTI aérea; cantora continuará tratamento contra o câncer em SP

G1 Pop & Arte Artista e empresária foi diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023. Preta Gil posta vídeo durante deslocamento em UTI aérea A cantora e empresária Preta Gil, de 50 anos, compartilhou um vídeo, neste domingo (6), mostrando que estava em uma aeronave equipada com UTI aérea. Segundo a assessoria de imprensa, a equipe médica achou melhor que a artista continue o tratamento contra o câncer em São Paulo. Preta estava em um hospital do Rio de Janeiro, onde, na última quarta-feira (2), foi internada para fazer exames e tomar medicamentos. Dias antes dessa internação, em 30 de março, a cantora revelou, durante o programa "Domingão", da TV Globo, que continuaria o tratamento nos Estados Unidos a partir do mês de abril. Questionada pelo g1, a assessoria não soube informar se o plano de ir ao exterior foi adiado ou abortado. No vídeo deste domingo (6), Preta aparece com a irmã, Bela Gil, e uma amiga, Ju de Paulla, e faz uma brincadeira com um bordão da influencer Virginia Fonseca, viralizado recentemente: “Mãe pode dar beijo?”. Preta Gil foi diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023 (leia mais abaixo). Entenda o diagnóstico de Preta Gil A cantora Preta Gil ficou internada em SP no fim de 2024 Reprodução/Instagram Preta Gil foi diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023 e passou a fazer tratamento com quimioterapia e radioterapia. Em 16 de agosto daquele ano, ela passou por uma cirurgia para retirada do tumor e remoção do útero. Após 28 dias de internação, Preta recebeu alta do hospital e se estabeleceu temporariamente em São Paulo, para facilitar o acompanhamento médico. Em dezembro do mesmo ano, anunciou o fim do tratamento. Em 2024, após exames de rotina, Preta descobriu que a doença havia voltado em quatro locais do corpo: dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter. "Eu tive um câncer no intestino que eu tratei, me curei dele, fui liberada pelos médicos completamente para seguir uma vida perto da normalidade. Estava indo muito bem na minha reabilitação e tenho exames periódicos para serem feitos enquanto estiver em remissão. Remissão é um período de cinco anos em que o câncer pode voltar. O meu câncer voltou", disse Preta Gil na ocasião. Veja Mais

Nasce primeira filha do casal Manu Gavassi e Jullio Reis

G1 Pop & Arte A ex-BBB deu à luz a sua primeira filha na última quinta-feira (3) no hospital Pró Matre, em São Paulo A cantora e ex-BBB Manu Gavassi Divulgação/Reprodução Manu Gavassi, cantora, atriz e ex-BBB, deu à luz a sua primeira filha na última quinta-feira (3) no hospital Pró-Matre, em São Paulo. A informação foi confirmada pela sua assessoria ao g1. A bebê, cujo nome ainda não foi revelado, é fruto do relacionamento da cantora com o modelo Jullio Reis. O casal assumiu o relacionamento no Dia dos Namorados de 2021 e está junto desde então. No 21 de março, Manu Gavassi publicou em seu Instagram um ensaio fotográfico junto com o seu marido, pressentindo que seria o seu último desta gestação. "Meu palpite é que esse é o último registro dessa gestação mágica pelas lentes do meu melhor amigo Alli, curadoria de minha irmã, Catarina, e a melhor companhia do amor da minha vida, Jullio Reis, na nossa nova/futura casa", escreveu a ex-BBB em sua rede social. Manu anunciou a sua gravidez em novembro. A cantora é reservada quanto a sua vida pessoal e manteve praticamente todo o desenvolvimento de sua gestação fora dos holofotes. Manu Gavassi fala sobre 'Gracinha', o quarto álbum de sua carreira Veja Mais

É tão lindo ouvir Kell Smith dar voz a hit do grupo Turma do Balão Mágico para propagar a inclusão social de autistas

G1 Pop & Arte Kell Smith na gravação de ‘É tão lindo’, música lançada no Brasil em 1984 pela Turma do Balão Mágico com Roberto Carlos Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Na quarta-feira, 2 de abril, foi o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Engajada publicamente na causa desde que revelou o diagnóstico de autismo em rede social, a cantora paulistana Kell Smith aceitou regravar música do repertório do grupo infantil A Turma do Balão Mágico para propagar, em tom afetuoso, a necessidade de inclusão social de pessoas neurodivergentes, sobretudo crianças. Em rotação a partir de hoje, 4 de abril, no canal infantil Hora do Mostarda, a gravação de É tão lindo terá a renda revertida para a AMA (Associação de Amigos do Autista). Cabe ressaltar que A Turma do Balão Mágico foi o grupo que reabriu o mercado fonográfico para o público infantil no início da década de 1980, abrindo caminho para a criação de outros grupos – como Trem da Alegria – e para apresentadores tornados cantores, caso de Xuxa. Música que sobressaiu no terceiro álbum da Turma do Balão Mágico, lançado em 1984, É tão lindo é versão em português – escrita por Edgard Poças – de It’s so easy, canção norte-americana dos compositores Al Kasha e Joel Hirschhorn lançada em 1977 em trilha de musical. A gravação da versão do Balão Mágico contou com a presença de ninguém menos do que Roberto Carlos. Veja Mais

Max Romeo, ícone do reggae, morre aos 80 anos

G1 Pop & Arte Cantor morreu por problemas cardíacos, segundo o jornal Jamaica Observer. Max Romeo, ícone do reggae, morre aos 80 anos Reprodução/YouTube O cantor jamaicano Max Romeo morreu nesta sexta (11), aos 80 anos. A informação é do jornal Jamaica Observer. Segundo o veículo, Romeo morreu por problemas cardíacos. O cantor, cujo nome verdadeiro era Maxwell Smith, é considerado um pioneiro do "roots reggae". Ele deixou sua casa aos 14 anos para trabalhar em uma plantação de açúcar e, aos 18, mudou-se para Kingston para seguir carreira musical. Ele iniciou sua carreira solo e ganhou notoriedade internacional com a polêmica canção "Wet Dream", que, apesar de banida pela BBC por letras sexuais, alcançou o Top 10 no Reino Unido.​ Nos anos 1970, Romeo consolidou-se como uma figura central do roots reggae, especialmente por suas colaborações com o produtor Lee "Scratch" Perry. O álbum "War Ina Babylon" (1976) é considerado uma obra-prima do gênero, destacando-se a faixa "Chase the Devil", amplamente sampleada por artistas como Jay-Z e The Prodigy. Max Romeo, ícone do reggae, morre aos 80 anos Reprodução/YouTube Seu envolvimento político também foi marcante; a música "Let the Power Fall" tornou-se o hino do Partido Nacional do Povo (PNP) durante as eleições gerais de 1972 na Jamaica.​ Romeo continuou ativo na música até o final de sua vida, incluindo projetos em família com seus filhos. Em seus últimos anos, enfrentou batalhas legais por direitos autorais, destacando-se um processo de US$ 15 milhões contra a Universal Music Group e a Polygram Publishing por royalties não pagos ao longo de 47 anos. Esse caso trouxe à tona discussões sobre justiça e reconhecimento para artistas pioneiros do reggae.​ Max Romeo deixa um legado duradouro na música reggae, sendo lembrado por sua voz distinta, letras conscientes e contribuições significativas para a cultura jamaicana e mundial. Veja Mais

Ted Kotcheff, diretor de 'Rambo', morre aos 94 anos

G1 Pop & Arte Cineasta também foi responsável por 'Um morto muito louco' e produtor de 'Law & Order: SVU'. O cineasta Ted Kotcheff em entrevista em Los Angeles em 2012 Reprodução/YouTube/Film Courage Ted Kotcheff, diretor de "Rambo - Programado para matar" (1982), morreu aos 94 anos nesta quinta-feira (10). A causa da morte não foi divulgada, mas o filho do cineasta, Thomas Kotscheff, disse ao site TMZ que ele morreu pacificamente cercado da família em um hospital no México. Ganhador de um Urso de Ouro do Festival de Berlim com "O grande vigarista" (1974), o canadense fez sucesso em Hollywood ao dirigir "Adivinhe quem vem para roubar" (1977). Alguns anos depois, comandou a adaptação literária estrelada por Sylvester Stallone que marcaria sua carreira e daria início a uma longa série cinematográfica de ação. Kotcheff também é conhecido por "Um morto muito louco" (1989). Depois de um período lento no cinema, ele passou a trabalhar na televisão. Entre diversas obras na área, foi produtor-executivo da série "Law & Order: SVU". Veja Mais

Rita Lee é vista como personagem no retrato unidimensional esculpido por inédito documentário sobre a artista

G1 Pop & Arte Atração da 30ª edição do festival ‘É tudo verdade’, o filme ‘Ritas’ estreia nos cinemas em 22 de maio. Entrevista inédita dada em 2018 por Rita Lee (1947 – 2023) é a base do roteiro do documentário ‘Ritas’ Divulgação / Biônica Filmes ♫ OPINIÃO SOBRE DOCUMENTÁRIO MUSICAL Título: Ritas Direção: Oswaldo Santana Codireção: Karen Harley Roteiro: Oswaldo Santana, Karen Harley e Fernando Fraiha Cotação: ★ ★ ★ 1/2 ♬ “Rita Lee é uma personagem”, revela a própria lá pelo meio do documentário Ritas, produção da Biônica Filmes que debutou como uma das principais atrações da 30ª edição do festival É tudo verdade. A fala da artista é a senha para o entendimento do filme de Oswaldo Santana que chega aos cinemas em 22 de maio, mês em que outro documentário sobre a roqueira, Rita Lee – Mania de você estreia na plataforma Max. Com roteiro conduzido (e valorizado) pela última e até então inédita entrevista da cantora e compositora paulistana, concedida em 2018, o filme esculpe bom retrato unidimensional de Rita Lee. Sim, fica claro que Rita Lee Jones (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) se escondeu atrás da máscara de Rita Lee, a artista irreverente, primeira mulher a hastear a bandeira do rock no Brasil dos anos 1960 e 1970, com toda a carga de rebeldia inerente ao gênero. Ao longo do roteiro construído pelo diretor Oswaldo Santana com a codiretora Karen Harley e com Fernando Fraiha, Rita Lee repassa literalmente páginas de um álbum de família entre imagens de arquivo da trajetória artística. Há dose generosa de números musicais captados sobretudo nos anos 1970 e também flashes das personagens fictícias em que a artista aparece com caracterizações exemplares a ponto de ficar quase irreconhecível nas peles dessas personagens, como Adelaide Adams, figura impagável do programa TVLeezão (MTV, 1991) – o que corrobora a pluralidade enfatizada no título e no roteiro de Ritas. Somente Rita Lee fala no filme. Quando discorre sobre a controvertida saída do grupo Os Mutantes, remexendo na ferida nunca cicatrizada, fica no filme somente a versão da expulsão, contestada em outro documentário por músicos como Liminha, na época integrante da banda. Mas o que seduz em Ritas é que, no limite da liberdade consentida pela artista, o filme desvenda o cotidiano de Rita na chácara em que viveu os últimos anos da vida louca vida ao lado do companheiro Roberto de Carvalho, parceiro de amor, sexo e música, visto cuidando do jardim da casa, refúgio onde Rita garante ter vivido “a fase mais feliz da minha vida”. É nessa casa que Rita ergueu altar que mostra com orgulho para as câmeras de Ritas. Nesse altar ecumênico, a artista expressava a devoção por James Dean (1931 – 1955), Nossa Senhora Aparecida, Hebe Camargo (1929 – 2012), o ET do filme de Steven Spielberg e Elvis Presley (1935 – 1977). Para quem por acaso desconhecer a gênese de Rita Lee, a artista-personagem, o filme dá boas pinceladas da trajetória da roqueira nos anos 1960 e 1970, a mulher meio Leila Diniz que derrubou barreiras e virou mesas em um universo fonográfico machista. Nessa parte musical, o doc dá justa ênfase ao álbum Fruto proibido (1975), emblemático disco que há 50 anos consolidou a carreira da cantora pós-Mutantes, então com a banda Tutti Frutti. O filme reproduz clipes de três músicas do disco. Mas (quase) tudo isso está na internet, assim como o sedutor jogo de cena armado com Maria Bethânia no canto de Baila comigo (Rita Lee, 1980) e como o encontro com João Gilberto (1931 – 2019) em especiais de TV. Ritas se engrandece ao expor cenas da intimidade de Rita, como a que a mostra às voltas com os gatos ávidos por requeijão. “Bicho me faz chegar ao divino”, confidencia, coerente com a postura ativista que a levou a abraçar a causa dos que protestam contra os maus tratos dos animais. Avalizado pela família de Rita Lee, o filme perfila a artista com doses cavalares de afeto e generosidade em roteiro que ignora contradições e dissonâncias da personagem. “Em geralda, minha vida foi o máximo”, sentencia a ovelha negra de cabelos brancos. Em Ritas, fica somente o dito pelo dito por Rita Lee. Cartaz do documentário ‘Ritas’, de Oswaldo Santana Divulgação / Biônica Filmes Veja Mais

Oscar terá categoria para dublês pela primeira vez na história

G1 Pop & Arte Nova categoria será incluída a partir de 2027, quando a premiação completará 100 edições. Estatuetas do Oscar Matt Sayles/AP A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou que, a partir de 2027, o Oscar terá a categoria de melhor direção de dublês, algo inédito na premiação. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10). "Desde os primórdios do cinema, a direção de dublês tem sido parte da produção cinematográfica", disseram em um comunicado o CEO da Academia, Bill Kramer, e a presidente da instituição, Janet Yang. "Temos orgulho de homenagear o trabalho inovador desses artistas técnicos e criativos. Os parabenizamos por seu comprometimento e dedicação." As regras para participação na categoria serão anunciadas em 2027, ano em que a premiação completa 100 edições. Veja Mais

Vanessa da Mata anuncia ‘Todas elas’, álbum autoral em que se conecta com João Gomes, Jota.Pê e Robert Glasper

G1 Pop & Arte Vanessa da Mata abre parceria com Jota.Pê em um reggae incluído no 11º álbum da artista, ‘Todas elas’ Priscila Prade / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Vanessa da Mata reforça a conexão com João Gomes no 11º álbum da discografia da cantora e compositora mato-grossense. O astro pernambucano do piseiro participa de uma das músicas compostas pela artista para o álbum, intitulado Todas elas e gravado com repertório inteiramente inédito e autoral. João Gomes – cabe lembrar – já tinha feito feat com a cantora no álbum anterior de Vanessa, Vem doce (2023), no qual deu voz à canção Comentário a respeito de John (Belchior e José Luiz Penna, 1979) em ritmo de xote. Além de João Gomes, Vanessa abre parceria com o cantor e compositor Jota.Pê em um reggae. Outro nome presente na ficha técnica do álbum Todas elas é o pianista e compositor norte-americano Robert Glasper, artista associado ao universo do jazz e do soul dos Estados Unidos. Assim como no disco anterior Vem doce, a própria Vanessa da Mata assina a produção musical do álbum Todas elas. Já os arranjos em maioria têm criação coletiva, envolvendo a banda formada por músicos como Marcelo Costa (bateria), Maurício Pacheco (violão e guitarra) – nome recorrente na discografia recente de Vanessa da Mata – e Rafael Rocha (trombone), entre outros instrumentistas. Gravado e mixado no estúdio Visom Digital, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o álbum Todas elas terá um primeiro single, Esperança, posto em rotação na sexta-feira, 11 de abril. Veja Mais

Diretora Marianna Brennand vai receber prêmio Women In Motion no Festival de Cannes 2025

G1 Pop & Arte Cineasta do filme 'Manas' receberá apoio para criação de seu segundo projeto de longa-metragem. Iniciativa celebra 10 anos de reconhecimento das mulheres do cinema. Marianna Brennand, diretora do filme 'Manas' Divulgação/Redes sociais da cineasta Marianna Brennand, diretora do filme "Manas", vai receber o prêmio Women In Motion Emerging Talent, dedicado a novos talentos do cinema, no Festival de Cannes 2025. O evento francês acontece entre os dias 13 e 24 de maio. A cineasta foi selecionada pela diretora Amanda Nell Eu, da Malásia, vencedora do prêmio em 2024. Cada vencedora escolhe a próxima ganhadora, que recebe uma bolsa de 50 mil euros (cerca de R$ 320 mil) para apoiar a criação de seu segundo projeto de longa-metragem. "Manas", estreia de Marianna, é uma coprodução da Inquietude, Globo Filmes e Canal Brasil. Em 2024, ele recebeu o prêmio máximo da Jornada dos Autores, mostra paralela do Festival de Veneza. No filme, Marcielle, de 13 anos, vive em uma comunidade ribeirinha na Ilha do Marajó, no Pará. Ela decide "confrontar a engrenagem violenta que rege sua família e as mulheres da sua comunidade". 10 anos do Women In Motion Em 2025, o programa Women In Motion celebra 10 anos de reconhecimento das mulheres do cinema. A iniciativa busca "promover talentos femininos emergentes, expondo desigualdades persistentes na indústria cinematográfica". A ideia também é promover uma "evolução real" nesta questão. A participação de diretoras aumentou de 7,5% para 13,6% entre os 100 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos entre 2015 e 2024. Todos os anos em Cannes, nas últimas dez edições, o programa premiou diretoras com um primeiro longa-metragem cheio de potencial. O prêmio Emerging Talent já apoiou Leyla Bouzid (Tunísia), Gaya Jiji (Síria), Ida Panahandeh (Irã), Maysaloun Hamoud (Palestina), Carla Simón (Espanha), Eva Trobisch (Alemanha), Maura Delpero (Itália), Shannon Murphy (Austrália), Ninja Thyberg (Suécia), Carmen Jaquier (Suíça) e Amanda Nell Eu (Malásia). Algumas vencedoras do prêmio receberam reconhecimento internacional por seu segundo longa-metragem. Carla Simón, por exemplo, ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim 2022 por "Alcarràs". Maura Delpero recebeu o Grande Prêmio do Júri do Festival de Veneza 2024 por "Vermiglio". Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (9), Marianna Brennand falou sobre a premiação. "Reconheço a importância e a beleza de fazer parte da comunidade Women In Motion e gostaria de honrar as manas que compartilharam suas histórias corajosamente conosco", ela comentou. "Agradeço à nossa equipe e aos parceiros do time de Manas que me apoiaram nos últimos dez anos enquanto tecíamos juntos essa história que parecia difícil de contar. Espero que, através de 'Manas', as mulheres se sintam vistas, ouvidas, respeitadas e encorajadas a quebrar seus silêncios. A todas as manas do mundo, vamos nos manifestar." VÍDEO: Trailer de 'Manas' ''MANAS': filme de estreia da diretora Marianna Brennand ganha trailer Veja Mais

Marieta Severo fala sobre novo filme, 60 anos de carreira e o orgulho de dona Nenê

G1 Pop & Arte Atriz reflete sobre reflexos de sua vida própria vida em 'Câncer com ascendente em virgem', no qual interpreta a mãe de uma mulher com câncer: 'foi para regiões muito dolorosas e difíceis'. No ano em que completa 60 anos de carreira, uma das maiores atrizes do país quer descanso. O que não quer dizer que Marieta Severo tenha se afastado completamente do trabalho. Para estrelar a comédia "Câncer com ascendente em virgem", em cartaz nos cinemas brasileiros, ela usou da arte para lidar com experiências pessoais difíceis. No filme, a atriz interpreta uma mulher que tenta ajudar a filha (Suzana Pires), recém diagnosticada com câncer de mama — um reflexo direto do que a própria Severo passou em 2014 com sua filha, Silvia Buarque. Tempos depois, ela também teve de passar por tratamento contra um câncer no endométrio. "Eu inclusive aceitei imediatamente, porque para mim isso é meio como uma missão mesmo. Eu pensei: eu tenho uma história. Eu tenho um, como se diz, lugar de fala disso, eu sei o que é que essa mãe está passando. E eu sei o que é receber uma notícia dessa. Enfim, eu já estive, infelizmente, nesse território aí", diz a atriz em entrevista ao g1. "Foi para regiões muito dolorosas e difíceis, né?" Na conversa, ela falou sobre a produção baseada na experiência da produtora Clélia Bessa, o poder "curativo" da arte, a situação do cinema e do teatro brasileiros, o orgulho dos anos em "A grande família" e o tempo de descanso dedicado à família dos últimos anos — em especial desde a morte do marido, o diretor Aderbal Freire Filho, em 2023. Assista ao trailer de 'Câncer com ascendente em virgem' Leia a entrevista abaixo, editada para clareza: G1 - Como foi para você fazer essa personagem que dá um toque de leveza a uma história que poderia ser bem pesada? Marieta Severo - Eu acho que partiu já da (produtora) Clélia (Bessa), né? Parte do blog dela, parte da postura que ela teve, a maneira que ela teve de enfrentar uma coisa tão difícil que é um câncer de mama, com a retirada de um seio, com tudo aquilo. A maneira que ela teve de enfrentar isso, de colocar nesse blog, de fazer esse blog para se comunicar com o máximo de mulheres que estivessem na mesma situação, para tentar passar a experiência dela adiante de uma maneira construtiva, produtiva. O filme parte disso. Isso é a alma do filme, a essência. Eu acho que aí, não só a Susana – enfim, a turma do roteiro como, a direção da Rosane (Svartman) – tiveram a capacidade de colocar essa alma no próprio filme. Então, o filme trata de um assunto que é meio aterrorizante, porque, quando a gente ouve essa palavra, ela vem como uma condenação. O filme te traz uma mensagem de que não, não é uma condenação. Você passa por isso. A ciência já tem meios de ajudar a enfrentar isso, de te colocar numa situação de cura. E isso tudo é feito com a realidade do que está ali tá retratado, mas com humor, com leveza, com positividade – de uma forma construtiva para quem estiver vendo o filme, né? Como eu já tenho a minha família – as minhas adolescentes e até as minhas adultas já foram ver, e eu vi a maneira como o filme toca, emociona, mas com essa pegada mais leve. Você tem razão, (isso acontece) muito através do meu personagem. Eu fiquei com essa missão adorável no filme, que é essa mãe meio maluca, mística. G1 - Em algumas entrevistas, você já falou que tem esse lado positivo, um lado otimista, mas que dá a entender que não tem tanto esse lado místico. Você não não vê a vida dessa forma tão mística? Marieta Severo - Vamos dizer que eu não me ocupe desse lado. A minha personagem é completamente eclética. Ela acredita em tudo, né? E o divertido dela é isso. Porque ela leva o Buda, ela leva o santo, ela leva o candomblé. Ela leva tudo. Ela acredita em tudo e leva tudo. Eu não tenho um exercício de fé. Eu fui batizada e frequentei – fui criada dentro da Igreja Presbiteriana até os 13 anos de idade. Fui de escola metodista, o Bennett. Então, eu tenho uma formação mística. Só que aí, essa parte toda dogmática das religiões – eu me afastei muito da religião por causa disso. Sei lá, com 13, 14 anos, no domingo as minhas amigas católicas do meu prédio iam todas para a praia e eu não podia ir, porque era o dia do Senhor. Essa parte dogmática que é inventada pelo ser humano, né? Porque a gente é que dá, a gente é que deu forma a cada religião. E essa formatação é que não me convence, digamos assim. Agora, essa sensação do mistério, de que tem alguma coisa aí, de que terá alguma coisa, mas que a gente não sabe, é que me dá até curiosidade. Mas nem tanto assim para eu querer me relacionar com ela, não. Então, a minha relação com a coisa mística é essa. E eu sempre digo que a religião que mais me atrai é o candomblé. Pela liberdade, pela falta de preconceito, por não ter esse dogmatismo, por lidar com as forças da natureza. Mas eu eu eu não consigo, sabe, o exercício da religião. E o meu sonho em relação à religião é termos realmente um estado laico. É isso. G1 - Você também já teve uma experiência pessoal com o câncer, pessoalmente e nessa posição da mãe que vê uma filha com câncer. Imagino que tenha influenciado a sua escolha de participar do projeto. Como foi lidar com esses momentos durante as filmagens em que você conseguia se ver ali? Marieta Severo - Foi para regiões muito dolorosas e difíceis, né? Eu inclusive aceitei imediatamente, porque para mim isso é meio como uma missão mesmo. Eu pensei: eu tenho uma história. Eu tenho um, como se diz, lugar de fala disso, eu sei o que é que essa mãe está passando. E eu sei o que é receber uma notícia dessa. Enfim, eu já estive, infelizmente, nesse território aí. Agora, eu tenho muita confiança, muita fé, no poder da arte. A arte é a coisa mais ligada ao sagrado que existe. Se há uma coisa que me aproxime do mistério é a arte, a capacidade que o ser humano tem de produzir arte, a necessidade que o ser humano tem da arte. A gente precisa, a gente bebe. Tanto que eu sou apaixonada por artesanato popular, né? Porque eu acho lindo essa necessidade que o ser humano tem de botar beleza, de botar arte na sua vida. A partir disso, eu sabia que, ao estar nesse lugar, a arte também ia me ajudar. Eu tenho uma cena no filme que foi a mais dolorosa, mais difícil de fazer, que é quando a mãe diz para filha: "eu queria estar no teu lugar, eu queria que esse seio fosse o meu" e tal. Então, isso tudo para mim teve também um poder, vamos dizer assim, "curativo" entre aspas, mas teve. Eu repassei por esses lugares que eu tinha vivido, e que ainda bem que estamos fora deles. A minha vida é isso, é acreditar nesse poder sublime, maravilhoso, misterioso, amplo, fundamental para o ser humano, que é o fazer artístico. Marieta Severo, Suzana Pires e Nathália Costa em cena de 'Câncer com ascendente em virgem' Mariana Vianna/Divulgação G1 - Outra coisa que você tem falado muito também é como você sofria, e pelo jeito ainda sofre, com uma certa falta de confiança na sua habilidade, na sua destreza. O que hoje chamam de síndrome de impostor. Isso isso te ajuda a dar conselhos e a guiar novas gerações de atrizes, como por exemplo, a Nathália Costa, que interpreta sua neta no filme? Marieta Severo - Não, não, não. Eu não falaria conselho, não. Eu não gosto muito do negócio de conselho, não. Conselho parece uma coisa que vem de fora, de cima, de um lugar assim onde eu nunca quero estar, nem nunca me coloco, entendeu? Mas a gente também está numa sociedade muito de "winners", né? Vencedores. Como que você tem que estar. Você ser o máximo. Você se sentir o máximo. Eu, com os meus 78 anos, acho melhor falar e tentar tocar uma pessoa que está começando e tal falando de como eu penei, como foi difícil, como foi custoso, como eu tive que trabalhar o meu interior, as minhas dúvidas, as minhas desconfianças em relação a mim mesma, eu não ter nunca certeza do meu talento. Eu falo que eu sempre tive muita certeza da minha vocação. Eu tenho uma vocação inacreditável para o que eu faço. Isso tenho mesmo. Eu sou caxias, pé de boi. O horário, o trabalho, eu cumpro isso tudo com muita tranquilidade, com muito prazer, sempre foi assim desde jovem. Mas cada personagem, cada momento da minha carreira, foi também de muita angústia, de muita insegurança, de muito "será que eu consigo? Não vou conseguir". De muita dúvida em relação ao meu potencial, ao que eu podia fazer. Eu acho mais útil, já que eu tenho esse compromisso com essa utilidade pública, quero que as pessoas vejam em mim ou peguem de mim alguma coisa que seja bacana para elas. É melhor eu tentar tocar o jovem para ele saber que você não tem que ser assim. Calma, calma. Fica atenta. É assim mesmo, a gente pena, é difícil, a gente tem muita insegurança, a gente caminha num terreno (que tem) muito lodaçal, sabe? É difícil mesmo. G1 - E, com 60 anos de carreira, óbvio que é importante a sua visão do audiovisual brasileiro. Como você vê a situação atual, em especial depois do primeiro Oscar do Brasil, com "Ainda estou aqui", que parece ter atraído de volta o público ao cinema nacional? Marieta Severo - Olha, eu parto de uma coisa que é o seguinte: nós temos muito a dizer. A nossa cultura é comoventemente rica, diversa, incrível. Nós somos um país culturalmente incrível, dos melhores do mundo. Nós temos mais diversidade nesse continente. Você vê o que que é a cultura do Nordeste, a cultura do Centro, a cultura do Sul, a cultura do Norte. Meu Deus do céu, a gente tem muito a dizer. E nós temos, nós conseguimos desenvolver com a excelência que é a nossa dramaturgia do audiovisual televisiva. Nós conseguimos desenvolver realmente uma capacidade de contar histórias maravilhosa, ímpar. Agora, o que que a gente tem que fazer? Agora estamos nesse momento com esses streaming todos, esses poderes em potencial, vamos dizer assim, de fora chegando aqui. Que ótimo. Eles sabem onde eles estão chegando. Eles sabem o que nós temos a oferecer. Nós temos um know-how impressionante, maravilhoso. Agora, é claro que isso tem que ser regulamentado. É regulamentado no mundo inteiro. Eu acho que nós estamos nesse momento e eu sei que o Ministério da Cultura está trabalhando nisso. Nós precisamos de leis, como existe no mundo, como existe na França, eles são taxados em 20%. Aqui não acontecerá isso, mas uma taxação significativa em prol do nosso cinema, disso tudo que nós temos para contar, para dizer, para nos estabelecer. E, ao lado disso, nós temos uma indústria que tem que ser fortalecida. Esses acessos todos, esses mecanismos todos, eles têm que ser muitas vezes retrabalhados. A gente tem sempre que falar nisso, nós tivemos quatro anos de destruição da nossa cultura, do nosso cinema, principalmente, de toda capacidade de nós dizermos o que a gente tinha para dizer. Eles tinham muito medo do que a gente tinha para dizer. Depois de dois anos, já reconstruímos. Agora, eu acho que a gente tem que pensar muito no fortalecimento dessa indústria e nas oportunidades. Eu acho que a gente tem que formar novos polos, sabe? Novos polos pelo Brasil afora. E fortalecer onde a indústria já acontece de uma forma mais potente. Então, eu acho que essas duas coisas têm que caminhar paralelamente. Sem uma ocupar o lugar da outra, porque as duas são fundamentais, né? A diversidade, outros polos, tal, e o fortalecimento dos polos que já existem. G1 - E o quanto mudou essa produção cultural no Brasil nos últimos 60 anos? Marieta Severo - Eu vivi a minha juventude toda na ditadura. Então, a gente lidava não só com uma censura, com um achatamento muito grande assim das nossas ideias, do nosso fazer. Você produziu uma peça, de repente na última hora eles embargavam, como aconteceu com Calabar, por exemplo, né? Asfixiaram a produção. A gente lidou com isso tudo. Isso tudo também, eu acho, criou um fortalecimento muito grande das nossas ideias, dos nossos ideais, da nossa batalha. Da sensação do coletivo. Eu sou formada por grupos. Pelo Oficina, pelo Arena, por grupos, onde o que interessava era estar coletivamente fazendo as coisas. Agora, anos se passaram e não é que isso não exista de outras maneiras, mas são muitas outras maneiras – até também condicionadas por uma dificuldade de produção muito grande, sabe? Eu faço a curadoria lá do Poeira, as pessoas basicamente mandam projetos de monólogos. São monólogos, monólogos, monólogos, monólogos, monólogos. Também por dificuldade, muito por dificuldade financeira, não é que as pessoas não continuem tendo seus ideais de coletivos. É lindo você ver num palco, sei lá, hoje em dia quatro, cinco, seis pessoas. Mas tá cada vez mais difícil a parte do atendimento à produção, porque houve um afastamento muito grande do preço do ingresso e do custo da produção. Enfim, é uma questão toda econômica aí e, ufa, a economia cansa, né? Ô assunto chato. Desculpe, economistas. Eu até acompanho, acompanho vocês com todas as questões e tal. Então, eu confesso que eu fico um pouco saudosa disso de uau, oito pessoas em cena. Que lindo, que bonito. Mas são os momentos. Esse é um momento rico também – de outra forma, né? Marieta Severo em cena de 'Laços de família' Divulgação G1 - Agora, indo um pouco para a sua carreira na TV. Você fez muitas vilãs em novelas ao longo dos anos. Por que que isso aconteceu? Foi algo que você buscava? Você acha que você ficou meio marcada por esse lado de vilão ou ou te interessava esse tipo de personagem? Marieta Severo - Não, me interesso por personagens diversos, diferentes. Eu acabei de fazer uma coisa, a próxima tem que ser o oposto dessa, completamente diferente, que me solicite de outro jeito, que me desafie de outro jeito. Eu nunca, vamos dizer assim, chovo no molhado. Isso não existe. Já aconteceu algumas vezes na minha vida de vir um personagem que eu falei: "gente, mas eu acabei de fazer uma parecidíssima com isso, não vou fazer outra". Isso é uma regra. Mas se eu te falar assim, o que eu acho que realmente me marcou e eu sinto isso andando por aí é dona Nenê. G1 - Ah, claro. Eu ia falar sobre isso em seguida. Marieta Severo - Eu não acho que eu vou ficar marcada como as minhas vilãs, que elas não eram nem vilãs suficientes, né? Então, eu acho que a minha marca para o público mesmo é, dona Nenê. Eu vejo isso andando, mas agora que fica passando, passando, passando. Às vezes eu passo ali, ai, só que me aperta o coração, aí eu não consigo ficar vendo. Mas é isso, foram 14 anos de dona Nenê, dessa mãezona, né, na época a mãe do Brasil e tarará. Acho ótimo, gosto do personagem, adoro a série. Acho que realmente aquilo ali é de uma qualidade enorme, né. Não só dos atores, tudo, mas basicamente de uma dramaturgia riquíssima, ótima. Eu tenho o maior orgulho de ficar conhecida como a dona Nenê. Marco Nanini e Marieta Severo em cena de 'A grande família' Sergio Zalis/Globo G1 - Sem dúvida, essa era a minha próxima pergunta. Porque eu lembro muito da Alma, em "Laços de família". Aquilo me marcou muito. E você já tinha feito algumas vilãs. Em seguida, ficou anos como a "mãe do Brasil" em "A grande família". Depois já emendou duas vilãs em novelas. Marieta Severo - É isso. Depois de 14 anos sendo boazinha, depois de 14 anos fazendo dona Nenê, tinha que vir pelo menos duas vilãs, entendeu? Tinha que ser, ainda bem que eu tive essa sorte. Ainda bem que eu fui chamada, né? Eu acho "Verdades Secretas" maravilhoso, maravilhoso, é um maior orgulho de ter feito. Mas enfim, é isso, essa alternância que vai sendo gostosa, que desafia, que é o sabor maior. G1 - E faz parte também essa própria conexão com o público? Essa reação de alguém que cresceu com Dona Nenê e aí de repente te vê ali mais vilanesca e sensual em "Verdades Secretas". Marieta Severo - É, claro, claro. Foi um foi um espanto. Acho até que descobriram que eu era atriz ali (risos). A gente falava: "Nossa, se espantaram por que?". Achavam que eu era na vida real meio dona Nenê, né. Mãe, três filhos, casada, não sei quê, tarará. Aí,depois: "nossa, mãe, ela é atriz, ela sabe fazer outra coisa, olha só". Teve um pouco esse sabor também. G1 - E, agora, o que te falta? Tem alguém com quem você ainda gostaria de trabalhar? O que você quer fazer agora? Marieta Severo - Você quer dizer agora? Neste momento? G1 - Sim. Marieta Severo - Nesse momento atual, agora, nada. Eu estou quieta. Eu estou muito bem quieta. Eu estou muito disponível para a minha família, para os meus netos, para o meu momento. Eu passei três anos muito difíceis. Então, eu estou me concedendo isso. Vou viajar agora com a minha filha mais velha, com a Silvinha, estou animadíssima. Estou num momento de me recompor. Eu fiz cinema. Fiz esse filme. Eu fiz o "Domingo à noite", num período dificílimo também, que foi mais uma vez ligado a esse lugar da arte, que vai me ajudar. O Aderbal já estava mal. Enfim, isso tudo. Agora eu me permiti ficar quieta um pouco e estou achando bom, estou vendo muita coisa, estou assimilando muita coisa. Mas tenho projeto de teatro, tenho projeto de quatro filmes, eu estou com os projetos aí. Então, provavelmente, no segundo semestre, já devo começar a sair desse lugarzinho gostosinho que eu tô. Também é bom eu me permitir esse lugar. É um grande ganho, porque na a vida inteira eu fazer teatro, cinema, televisão, três filhas, um marido, não sei quê, o escritório. Tudo muito bem, quer dizer, com muita confiança e achando que a vida era muito boa assim. Não reclamo nadinha, nadinha. Veja Mais

Venda de lugar na fila, agressões e pisoteamento: fãs de Jorge & Mateus narram tumulto na entrada do show da dupla no estádio do Pacaembu

G1 Pop & Arte Confusão aconteceu no sábado (5), na entrada da pista premium, setor com ingresso de quase R$ 1 mil por pessoa. Com catracas falhando no reconhecimento dos ingressos, apresentação da dupla começou com fila enorme do lado de fora, ação descontrolada de cambistas e falta de segurança. Fãs de Jorge & Mateus relatam confusão e agressão de cambistas na entrada do show em SP  Fãs da dupla sertaneja Jorge e Mateus relataram venda de lugar em longas filas, tumulto e brigas na entrada do show realizado no último sábado (5), na Arena Pacaembu, Zona Oeste de São Paulo. A apresentação faz parte da última turnê antes da pausa na carreira dos artistas. A maior parte dos transtornos foi enfrentada justamente pelos fãs mais dedicados da dupla Jorge e Mateus, que desembolsaram entre R$ 500 e R$ 1 mil por ingressos da chamada "pista premium" do show comemorativo dos 20 anos de carreira (veja vídeo acima). Segundo relatos, cerca de 2 mil pessoas vivenciaram momentos de caos a partir das 17h, quando começaram a chegar à Arena Pacaembu para acompanhar a apresentação. Eles relatam que a fila para acesso à arena dava mais de cinco voltas na Praça Charles Miller e que apenas sete catracas estariam em funcionamento, provocando lentidão na entrada. Antes do show principal, o evento contou com apresentações de artistas como Belo e a dupla César Menotti & Fabiano. Com o passar das horas, a angústia entre os fãs aumentava diante da possibilidade de perderem a aguardada performance dos ídolos, programada como a última da noite. Filas e relato de fãs sobre violência na entrada do show da dupla Jorge & Mateus, na Arena Pacaembu, em SP, no sábado (5). Reprodução/Instagram Segundo alguns fãs ouvidos pelo g1, a organização do evento não informou em nenhum momento qual o horário que o show principal da noite começaria. Porém, a fila andava muito lentamente e a confusão começou a se armar quando um grupo de cambistas começou a oferecer cortes na fila de entrada por valores que variavam de R$ 30 a R$ 50. "A fila estava imensa e não andava. Quando deu 19h, todos achando que estava tocando César Menotti e Fabiano, notamos pelos fogos que era o início do show do Jorge e Mateus. Foi um empurra- empurra na fila para pressionar que andasse mais rápido", contou a publicitária Vanessa Cristina Pereira. "Nesse momento, eis que noto um bate-boca atrás de mim. Estavam filmando cambistas que estavam cobrando para passarem pessoas diretamente na catraca. Um rapaz levantou o celular para filmar, e começou uma porradaria generalizada com outros cambistas que foram chamados", disse. Cambistas acusados de agredir fãs da dupla e vender lugares na fila da pista premium do estádio do Pacaembu, no sábado (5). Reprodução/Redes Sociais "Como eu estava na fila sozinha, corri para um recuo que me aproximava da catraca, e todos pensaram também da mesma forma. Foi então que começaram a brigar em cima da gente com socos, pontapés, jogando grades. Tinha um monte de gente chorando e jogaram uma grade nas minhas costas", contou a moça. Vanessa narra que chegou ser pisoteada na confusão. “Um rapaz bateu no outro com uma lata de lixo. Aí as pessoas [que estavam na fila] começaram querer pular a grade do show. Derrubaram as grades, inclusive em cima de mim. E aí um monte de gente começou brigar em cima da gente nesse recuo. A gente caiu e outras pessoas começaram a passar por cima da gente. Todo mundo ficou preso nesse recuo”, afirmou. O que dizem os responsáveis pelo evento Por meio de nota, a Allegra Pacaembu – empresa que administra o estádio após reforma – disse que “já convocou os promotores do evento para esclarecer os ocorridos que geraram desconforto ao público”. “Nosso compromisso é o de que a experiência dos shows seja a melhor possível, tanto para o público quanto para os bairros vizinhos”, afirmou a empresa. O g1 também procurou a produção da dupla Jorge & Mateus, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. Fãs se queixam nas redes sociais da organização do show da dupla Jorge & Mateus na Arena Pacaembu, em SP, no sábado (5). Reprodução/Redes Sociais Início da confusão O rapaz que tentou filmar a ação de um dos cambistas é o mecânico de empilhadeira Wellington Gomes. Ele tinha ido ao show com a esposa e um grupo de seis amigos. O mecânico comemorava os dois anos de casamento com a enfermeira Melissa Monteiro. A moça disse que, no meio da confusão, ela também foi agredida com um soco no rosto que quebrou seus óculos. “Uma menina na nossa frente foi denunciar lá na catraca que os cambistas estavam vendendo espaço pra quem quer cortar a fila. O coordenador do evento disse pra ela provar e aí meu marido tirou o celular para filmar e perguntou pro cambista: 'você acha legal fazer isso que você tá fazendo, bigode?'. Aí o cambista tentou tomar o celular dele. Como não conseguiu, ligou pra outros cambistas. Em segundos tinham mais de dez deles que começaram a bater no meu marido e num amigo nosso”, contou a enfermeira. O mecânico de empilhadeiras Wellington Gomes exibe os hematomas dele e do amigo após serem agredidos por cambistas na Praça Charles Miller, na entrada do show da dupla Jorge & Mateus, em SP. Reprodução/Instagram “Tentei pedir pelo amor de Deus pra eles pararem, e um cambista me deu um soco no rosto. Gritei que ele era agressor de mulher. E aí eles direcionaram as agressões contra meu marido e meu amigo. Deram chupes no rosto dele, pontapés no meu amigo. Foi a pior experiência que já passei na vida”, lembrou relatou Melissa ao g1. A estudante Larissa Simões presenciou todo o tumulto e diz que toda a situação vivida pelo grupo foi consequência do que ela chama de “total falta de organização das empresas que produziram o show”. “A gente chegou por volta das 17h e a fila estava enorme. Não tinha nenhum funcionário da Allegra ou da Enter Eventos para orientar onde era a entrada correta da pista premium. Quando a confusão começou, não tinha nenhum policial na Praça Charles Miller, nenhum segurança. Uma desorganização que nunca vi na minha vida em shows desse nível”, disse a moça. “Quando a confusão começou, tinha uns dez cambistas batendo nos dois meninos. Eles inclusive faziam ameaças, dando a entender que estavam armados. Na correria pra perto da entrada, minha irmã foi agredida, tomou socos e chutes. Eu comecei a chorar e gritar, porque estava prensada na grade. Foi um inferno que deixou todo mundo traumatizado”, contou Larissa. A enfermeira Melissa Monteiro chora após a confusão na entrada do show na Arena Pacaembu, no último sábado (5), em São Paulo. Ela exibe as mãos dela e do marido machucadas. Montagem/g1/Acervo pessoal A jovem Rayane Ferreira, que estava já dentro do estádio na hora da confusão, narrou que demorou uma hora e meia para conseguir entrar e, quando finalmente estava na pista premium, ouviu relatos da briga na parte de fora. “Teve muito desorganização na entrada, fiquei mais de uma hora e meia na fila para conseguir entrar. Quando o show principal começou, a fila ainda estava grande lá fora porque tinha muitos ingressos dando erro de leitura na entrada. E como estava dando erro do ingresso, tudo estava travado”, afirmou. “Ouvi relatos na fila do banheiro de pessoas que subornaram os seguranças para conseguir entrar. Já fui em diversos shows do Jorge e Mateus como fã mesmo, nunca vi nada desse tipo”, comentou. Descaso e reembolso Fãs agredidos na fila da pista premium do show de Jorge & Mateus relatam os problemas na entrada do show na Arena Pacaembu, em São Paulo, no sábado (5). Reprodução/Redes Sociais As reclamações sobre o ocorrido no sábado (5) inundaram as redes sociais da dupla Jorge e Mateus e também da Arena Pacaembu. Há muitos relatos e reclamações da desorganização e perrengues enfrentados pelos fãs da dupla sertaneja. Além da confusão, os fãs também reclamaram da superlotação dentro do estádio e falta de sinalização para encontrar banheiros, locais de compra de bebidas e finalização correta das saídas de emergência. Fãs que estavam do lado de fora da Arena Pacaembu quando o show começou dizem que só conseguiram entrar apenas perto das 20h, quando já tinha transcorrido mais de 1h da apresentação dos sertanejos. Alguns registraram queixa da delegacia pelas agressões e pretendem ir à Justiça para reaver o valor caro pago pelos ingressos. É o caso da enfermeira Melissa Monteiro. “Já registrei o B.O junto com os meus amigos. A gente pretende ir ao Procon e à Justiça para tentar reaver os valores do ingresso. Foi uma experiência traumatizante. Como eu trabalho perto do Pacaembu, quando meu ônibus passa em frente eu já choro de nervoso, lembrando de tudo que aconteceu”, contou. “Foi um descaso tudo isso. A gente gostaria de um ressarcimento do ingresso e um pedido de desculpas pelo que aconteceu. Não sei se os artistas ficaram sabendo do que realmente ocorreu lá fora, mas foi uma humilhação com os fãs que tanto adoram eles”, afirmou Larissa Simões. Reclamações da vizinhança Imagem do show da dupla Jorge & Mateus na Arena Pacaembu, em São Paulo. Reprodução/Instagram/Mercado Livre Arena Pacaembu Além dos fãs, os vizinhos da Arena Pacaembu também usaram as redes sociais do estádio para reclamar de problemas do lado de fora. O entorno do estádio é formado de casas de alto padrão, que sempre foram contra transformar o estádio em uma casa de evento. Após os shows, a vizinhança relatou falta de agentes da CET para coordenar o trânsito, presença massiva de flanelinhas, carros estacionados na frente das garagens das casas e barulho além dos limites estabelecidos pela lei de ruídos da capital paulista. A Allegra Pacaembu disse, por meio de nota, que “depois de 20 anos sem shows no local, é esperado que surjam alguns incômodos”. “Com relação a isso, a Concessionária vem tomando diversas medidas a fim de minimizar o impacto na região, como a nova localização do palco e melhorias nos acessos das vias ao redor do Complexo”, afirmou. O g1 também procurou a Prefeitura de SP para falar desses problemas do lado de fora, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. Veja Mais

Gilberto Gil supre ausência sentida no roteiro do show ‘Tempo rei’ ao receber Caetano Veloso no fim da turnê no Rio

G1 Pop & Arte Gilberto Gil e Caetano Veloso cantam ‘Super homem, a canção’, música lançada por Gil em 1979 e até então ausente da turnê ‘Tempo rei’ Pridia / Reprodução Facebook Caetano Veloso ♫ NOTÍCIA ♪ Desde que Gilberto Gil estreou a turnê Tempo rei em Salvador (BA), em 15 de março, a ausência de uma música vinha sendo sentida no roteiro do show retrospectivo do artista baiano e reclamada por alguns seguidores de Gil em redes sociais. Trata-se de Super homem, a canção, um dos destaques do repertório do álbum Realce (1979). Pois ontem, 6 de abril, essa música entrou de surpresa no roteiro da última das quatro apresentações do show na primeira passagem da turnê Tempo rei pela cidade do Rio de Janeiro (RJ). Super homem, a canção ganhou a voz de Gil em dueto com Caetano Veloso, convidado (também surpresa) do show de domingo. Gil se reencontrou com Caetano no palco dez anos após a turnê que reuniu os dois artistas, Dois amigos, um século de música (2015), apresentada dentro e fora do Brasil quando Gil e Caetano celebravam 50 anos de carreira, tomando-se como ponto de partida as vindas dos artistas em 1965 para o Rio de Janeiro (RJ), cidade onde ambos alcançaram visibilidade nacional. Gilberto Gil e Caetano Veloso em momento afetuoso do reencontro no show de Gil na noite de ontem, 6 de abril Pridia / Reprodução Facebook Caetano Veloso Veja Mais

Trilha sonora da novela ‘Gabriela’ faz 50 anos como a mais bela e memorável da história da teledramaturgia brasileira

G1 Pop & Arte Gravações de Gal Costa, Fafá de Belém, Maria Bethânia, Djavan e MPB4 valorizam seleção musical afinada com a trama estreada em abril de 1975. Gal Costa (1945 – 2022) é a intérprete de ‘Modinha para Gabriela’, tema de abertura da novela estreada em 14 de abril de 1975 Reprodução / Capa do disco ‘Divina maravilhosa’ ♫ MEMÓRIA ♪ Lâmina afiada na gravação de Brasil (Cazuza, George Israel e Nilo Romero, 1987), música ouvida no remake da novela Vale tudo na gravação feita em 1988 para a versão original da novela, a voz imortal de Gal Costa (1945 – 2022) marcou grandes momentos da teledramaturgia brasileira em uma história que completa 50 anos na próxima segunda-feira, 14 de abril. Sim, foi em 14 de abril de 1975 que a voz de Gal foi ouvida pela primeira vez na trilha sonora de uma novela da TV Globo. Naquele dia, a emissora exibiu o primeiro dos 132 capítulos de Gabriela, primorosa adaptação do livro Gabriela cravo e canela (1958), um dos romances mais aclamados do escritor baiano Jorge Amado (1912 – 2001). Também baiana, Gal era a intérprete de Modinha para Gabriela (1975), música então inédita do compositor também baiano Dorival Caymmi (1914 – 2008), gravada pela cantora com arranjo de João Donato (1934 – 2023) para ser o tema de abertura da novela escrita por Walter George Durst (1922 – 1997) e dirigida por Walter Avancini (1935 – 2001). Realizada com esmero para celebrar a primeira década da TV Globo, emissora que entrou no ar em 26 de abril de 1965, a novela Gabriela ganhou trilha sonora à altura da produção. Produzida por Guto Graça Mello, essa trilha sonora original – como enfatizada na capa dupla do LP editado pela gravadora Som Livre com as 13 músicas da novela – completa 50 anos como a mais bela da história da teledramaturgia e dos 60 anos da TV Globo. Todas as gravações e músicas são irretocáveis. A começar por Modinha para Gabriela, composição que associou Gal definitivamente ao universo do escritor Jorge Amado. Gal chegou a ser convidada para interpretar a personagem-título Gabriela, mas recusou o convite por não ser atriz, abrindo caminho para que a personagem caísse nas mãos de Sônia Braga, atriz alçada ao estrelato a partir de então. Capa da edição em LP do disco editado em 1975 pela gravadora Som Livre com a trilha sonora original da novela ‘Gabriela’ Reprodução Além de Gal Costa, quem também debutou nas trilhas sonoras de novelas da Globo em Gabriela foi Maria Bethânia, intérprete da então inédita canção Coração ateu, pérola poética de Sueli Costa (1943 – 2023), compositora já associada a Bethânia desde a encenação de Rosa dos ventos – O show encantado (1971). Com arranjo de Perinho Albuquerque, a gravação de Coração ateu foi feita para a trilha sonora de Gabriela, assim como a quase totalidade dos 13 fonogramas. A exceção é Retirada, composição de Elomar, extraída do primeiro álbum do artista baiano, ...Das barrancas do Rio Gavião (1973), editado dois anos antes. Retirada ilustrava o fluxo migratório da população nordestina pelos sertões áridos da região em busca de água e pão. Na trilha dessa rota, seguida pela personagem Gabriela no início da trama, cabia também Caravana, composição de Geraldo Azevedo e Alceu Valença. Caravana não foi composta para a trilha, mas se afinou com ela ao ser gravada por Geraldo para a novela, se tornando o primeiro sucesso do artista pernambucano. Já Alceu Valença figura no disco como intérprete de outra música, São Jorge dos Ilhéus, tema da lavra de Alceu gravado sem a letra censurada por falar da tirania de Ramiro Bastos (Paulo Gracindo), coronel que simbolizava o poder totalitário em Ilhéus (BA), cidade onde se passava a história. Os vocalizes de Alceu valorizam gravação histórica como um grito de protesto parado no ar pela repressão da época. Também sem letra, Guitarra baiana tinha a efervescência rítmica do grupo Novos Baianos, no qual emergira Moraes Moreira (1947 – 2000), autor e intérprete do tema instrumental. Fora do grupo desde 1974, Moraes Moreira iniciava carreira solo naquele momento. Também sem verso, Porto é tema de Dori Caymmi que trazia a assinatura vocal do grupo MPB4 em gravação que se tornou indissociável da novela. Além do alto valor artístico, a trilha sonora de Gabriela contribuiu para propagar duas novas vozes da MPB. Djavan já tinha sido projetado em janeiro daquele ano de 1975 com a defesa do samba autoral Fato consumado no festival Abertura, promovido pela TV Globo, mas o sucesso da gravação da música Alegre menina – composta por Dori Caymmi a partir de poema de Jorge Amado, por sugestão de Guto Graça Mello – abriu caminho para que o artista alagoano lançasse o primeiro álbum em 1976. Já a paraense Fafá de Belém era ilustre desconhecida quando foi convidada para gravar o samba de roda Filho da Bahia, do cantor e compositor baiano Walter Queiroz. A intérprete escalada era Maria Creuza. Mas, como Creuza ficou doente, Fafá assumiu Filho da Bahia – em gravação arranjada por Guto Graça Mello – e conquistou o Brasil com um canto brejeiro, solar, construindo bem-sucedida carreira que completa 50 anos em 2025. Walter Queiroz também figura na trilha de Gabriela como intérprete de outro samba de roda, Quero ver subir quero ver descer, tema tradicional do Recôncavo Baiano adaptado por Roberto Santana, o produtor que pôs o nome de Fafá na roda diante da impossibilidade de contar com Maria Creuza na trilha. Já João Bosco era conhecido como compositor desde 1972 na voz de Elis Regina (1945 – 1972) pela obra criada em parceria como Aldir Blanc (1946 – 2020). Para a novela, a dupla compôs Doces olheiras, música gravada por Bosco em clima de tango. Embora com letra escrita para a trama, a música nunca ficou associada à novela e terminou esquecida, sem jamais ter sido regravada nesses 50 anos. Além de Modinha para Gabriela, Dorival Caymmi figura com autor de outras duas composições, ambos de tom melancólico. Horas era música inédita que ganhou as vozes do Quarteto em Cy. Já Adeus era canção tristonha de 1948 que ressurgiu com o canto macio de Carlos Walker em gravação que reverencia um certo João Gilberto (1931 – 2019), cantor e violonista natural de Juazeiro (BA) e devoto do cancioneiro em que Caymmi evocou a Bahia mítica em que se ambienta Gabriela, memorável novela que tem na antológica trilha sonora um ponto luminoso e fundamental para o sucesso da adaptação do livro de Jorge Amado para a televisão. Veja Mais

Fala de Ailton Krenak ecoa no álbum ‘Manu’, outro grito potente de Manuela Rodrigues, cantora fora dos padrões

G1 Pop & Arte Cantora e compositora baiana, Manuela Rodrigues faz feats com Fabiana Cozza, Jadsa e Zé Manoel no quinto álbum, ‘Manu’ Sara Regis / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Manu Artista: Manuela Rodrigues Cotação: ★ ★ ★ ★ ♬ Em 2022, ano em que a cantora e compositora Manuela Rodrigues lançou o EP Grito, o líder e ativista indígena Ailton Krenak mobilizou o público da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), em Salvador (BA), com discurso sobre a ação letal do Homem no meio ambiente. Três anos depois, a fala de Krenak reverbera em Minimalista, música que abre Manu, quinto disco da artista baiana. Em rotação desde 31 de março, o álbum Manu é mais um grito potente e dissonante de Manuela Rodrigues, cantora e compositora que segue os próprios caminhos harmônicos em discografia iniciada com o álbum Rotas (2003) e elevada com títulos expressivos como Uma outra qualquer por aí (2011) e Se a canção mudasse tudo (2016). Deixa os ETs, segunda faixa do álbum, gravada por Manuela com a conterrânea Jadsa, segue na mesma trilha incomum, fazendo de Manu quase um alien em produção fonográfica automatizada dentro de padrões industriais. Com formato situado na fronteira entre álbum e EP, por conter somente sete faixas, Manu é disco inteiramente autoral. Manuela assina sozinha seis das sete músicas, além de ser parceira de Ian Cardoso em Sou de água, canção suave gravada com adesão de Zé Manoel no refinado canto da composição. Bamba paulistana, Fabiana Cozza completa o time de convidados do disco, dividindo com a anfitriã o canto de Cabe um tanto, samba no qual Manuela Rodrigues dialoga com a poesia dramática da canção Gota d’água (Chico Buarque, 1975) em tom denso que desanuvia no frenesi rítmico de O que me instiga a cantar, tema situado na nação nordestina entre o balanço do coco e a pulsação da embolada. A letra soa como carta de princípios dessa cantora que nunca foi uma qualquer por aí. Já Nobre mulher puxa Manu para as profundezas de um discurso feminista potencializado pelo canto da artista, ouvido em ambiente de câmara com o toque do baixo acústico de Alexandre Vieira e o solo do violão de Ruan de Souza. Na sequência, Delírio letal arremata o álbum Manu com batida funkeada e o mesmo discurso potente de mulher dona de si própria no gozo do amor e do sexo. Em essência, o álbum Manu é outro grito de Manuela Rodrigues que talvez ecoasse além das fronteiras da Bahia se (quase) todos não estivessem surdos quando se trata de ouvir música fora do padrão pop do mercado. Capa do álbum ‘Manu’. de Manuela Rodrigues Sara Regis Veja Mais

Ana Cañas concilia ‘feminejo’, baladas e ecos de Belchior e Dylan em álbum para o ‘mercado comum da vida humana’

G1 Pop & Arte Ana Cañas assina dez das onze músicas que compõem o repertório essencialmente inédito do álbum ‘Vida real’ Fernando Furtado / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Vida real Artista: Ana Cañas Cotação: ★ ★ ★ ♬ “O que é uma vida de artista / No mercado comum da vida humana?”, perguntou Sueli Costa (1943 – 2023), através de verso do poeta Abel Silva, na letra de Vida de artista, canção gravada em 1978 pela compositora e por Gal Costa (1945 – 2022). Vida real – álbum lançado ontem, 4 de abril, por Ana Cañas – de certa forma embute essa resposta ao longo de 11 faixas pautadas pela diversidade. Trata-se do primeiro disco da cantora, compositora e instrumentista paulistana após o ciclo vitorioso de turnê que, a reboque do cancioneiro de Belchior (1946 – 2017), repôs Cañas no mainstream – universo no qual a artista debutou em 2007 como grande aposta da gravadora Sony Music – com 180 shows apresentados em todo o Brasil para plateias arrebatadas. Seria ingênuo pensar que o estouro da turnê não impactou o álbum em que Cañas apresenta dez inéditas canções autorais –compostas sem parceiros – e dá voz a uma música já antiga, O que eu só vejo em você (2012), da lavra de Nando Reis, compositor presente na trajetória da cantora com o dueto Pra você guardei o amor (2009). Ana Cañas canta Belchior: cantora se apresentou no Theatro 4 de setembro Em bom português, espera-se que a Ana Cañas de Vida real dê uma resposta ao mercado que a cantora do anterior álbum autoral, Todxs (2018), não precisava dar porque, na época, inexistiam expectativas comerciais sobre o trabalho da artista. Até porque agora há um empresário forte no agenciamento dos shows de Cañas, Fernando Furtado, nome ligado à trajetória do Skank. Sintomaticamente, quem assina a produção musical do álbum Vida real (Soul Rica Records) é Dudu Marote, celebrado por ter dado forma a álbuns blockbusters do grupo mineiro nos anos 1990. Ao produzir Vida real, Marote conseguiu dar certa unidade a um álbum que paquera diversos mundos musicais. Há o aceno para o feminejo em Amiga, se liga, música criada com inspiração na obra de Marília Mendonça (1995 – 2021) e gravada por Cañas com Roberta Miranda, primeira mulher a se firmar como compositora no universo sertanejo. Há o flerte forçosamente sensual com Ney Matogrosso em Derreti. Há o encontro com Ivete Sangalo em Brigadeiro e café, faixa que serve pop requentado para o mainstream. Há o toque pop de piseiro em Quero um love, faixa que também tem algo de reggae. E há, na abertura do álbum, a música-título Vida real, inimaginável reprodução do estilo do som folk do Bob Dylan da década de 1960 com ecos da música de Belchior. Cañas canta e toca gaita na faixa. Capa do álbum ‘Vida real’, de Ana Cañas Fernando Furtado Na segunda metade do disco, há as baladas de espírito folk, levadas ao violão. Cicatriz, confessional e introspectiva, se destaca nessa seara em que também há Vai passar – faixa mais exteriorizada escrita com versos motivacionais e produzida por Rodrigo Sanches – e há Voa. “A liberdade é a mãe das que sonham”, sentencia Ana Cañas em verso enfatizado no canto de Toda mulher é além, balada estradeira que evoca o universo country-folk e que se conecta com a ideologia feminista do cancioneiro do já mencionado álbum anterior Todxs. No ponto final do disco, há a emoção real de Do lado de lá, canção íntima e pessoal composta por Ana por ocasião da morte do irmão da artista, Leandro Cañas, vítima de afogamento em agosto de 2013, aos breves 24 anos. “Não há tempo que volte, amor”, canta Ana Cañas ao dar voz à música (mediana) de 2012 em que Nando Reis cita o verso de Lulu Santos no hit Tempos modernos (1982). De fato, o tempo espera por ninguém. Com o álbum Vida real, Ana Cañas procura se conectar com os sons de hoje sem anular a alma, a essência e a identidade da artista no mercado comum da vida humana. Veja Mais