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Taiti é lima-ácida ou limão 'verdadeiro'? Saiba a diferença

G1 Economia Podcast 'De onde vem o que eu como' explica por que tem limão o ano todo e revela mais curiosidades da terceira fruta mais exportada pelo Brasil. Taiti, galego, siciliano... é tudo limão, certo? Errado. O podcast "De onde vem o que eu como" conta quais dessas frutas podem levar o nome de limão e quais são consideradas limas-ácidas. ????OUÇA o episódio (acima) Independente da espécie, o que conhecemos popularmente como limão é terceira fruta mais exportada pelo país — só fica atrás da manga e do melão, segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). E por que tem limão o ano todo? É que a safra principal vai de dezembro a maio. Ela é que tem o maior volume, explica o diretor da associação, Luiz Rafaelli. Mas outras safras, menores, existem ao longo de todo o ano. Quem domina, em quantidade produzida, é o taiti. E sabe quem gosta de comprar o limão-taiti brasileiro? A Europa, principalmente a Holanda e o Reino Unido. Taiti, com a casca mais escura, e siciliano: só um deles pode corretamente ser chamado de limão Irina - Unsplash Afinal, por que nem todo limão é limão? ????O limão-siciliano é considerado um limão "de verdade" por ser um cruzamento entre a laranja-azeda e o chamado limão ancestral. Ele é amarelo, mais ácido e tem gominhos nas pontas. ????O limão-taiti, mais popular no Brasil, é, na verdade, uma lima ácida. Na comparação com o siciliano, ele é menor, mais arredondado, tem a casca verde-escura e poucas sementes. ????O limão-galego, pequeno e de casca amarelada, também é uma lima-ácida. Ele vem de outro cruzamento: o do limão ancestral com o siciliano. Lima ácida tem as mesmas características do limão, mas é de espécie diferente Arte/g1 Limão-caviar: já ouviu falar? O limão-caviar também é uma lima, que chegou ao Brasil há pouco tempo, vinda da Austrália. A polpa em formato de bolinhas lembra as ovas de peixe. Apesar de existir no país, ele não é tão fácil de encontrar - e isso reflete no preço do produto. O quilo custa quase R$ 800. Limão-caviar Gustavo Wanderley/g1 Leia também: Receitas com limão: 10 opções salgadas e doces com a fruta; Massa que deu origem ao macarrão surgiu na China e foi criada há cerca de 11 mil anos; Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro. De onde vem o que eu como: limão Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: limão De onde vem o que eu como: mandioca De onde vêm as frutas vermelhas De onde vem a tangerina Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 42 milhões nesta quinta-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.728 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 42 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (23), em São Paulo. No concurso da última terça (21), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Pecuária: A alimentação adequada para cada criação

G1 Economia Orientações essenciais para maximizar o potencial produtivo de bovinos, suínos, equinos, ovinos e aves. Divulgação A alimentação é a base do desenvolvimento saudável de qualquer animal e, por isso, desempenha um papel crucial no potencial produtivo dentro da atividade pecuária. Nesse sentido, adequar a dieta às necessidades de cada animal é imprescindível, equilibrando saúde, desempenho, custos e impacto ambiental. Seja lidando com bovinos, equinos, ovinos, aves ou outras espécies, é essencial que o produtor rural considere a evolução que a pecuária possui ano após ano. A busca contínua por inovação e aprendizado não apenas fortalece a eficiência da operação, mas também promove o bem-estar dos animais e a sustentabilidade do negócio. Pensando nisso, confira a seguir orientações valiosas para cuidar da nutrição do seu rebanho. Dicas gerais para uma alimentação eficiente 1. Avaliação das necessidades nutricionais: Avalie precisamente as necessidades nutricionais de cada categoria animal, considerando fatores como idade, peso, estágio fisiológico, nível de atividade e propósito, como produção de leite ou carne. 2. Formulação de dietas balanceadas: Utilize recursos como tabelas de composição de alimentos e consulte profissionais especializados para formular dietas balanceadas que atendam às exigências nutricionais específicas de cada espécie e categoria animal. 3. Utilização de ingredientes locais e alternativos: Dê preferência a ingredientes locais e alternativos na formulação das dietas, visando reduzir custos e promover a sustentabilidade ambiental. 4. Monitoramento e ajustes: Estabeleça um programa de monitoramento nutricional regular para avaliar a eficácia das dietas e realizar ajustes conforme necessário, garantindo o atendimento contínuo às necessidades dos animais. 5. Ênfase no bem-estar animal: Priorize a saúde e conforto dos animais ao planejar as estratégias nutricionais, oferecendo condições adequadas, como água limpa e fresca sempre à disposição. Vamos falar mais sobre a alimentação das criações mais comuns? Bovinos Quando falamos de alimento a ser fornecido às vacas e bois, a quantidade de proteínas e carboidratos é extremamente importante. Uma das principais fontes de energia a esses ruminantes estão presentes no capim, no feno e nas rações para auxiliar no ganho de peso. Outras alternativas incluem frutas e grãos, como cevada, trigo e farelo de soja. Para alcançar o peso ideal para o abate, o gado deve ser alimentado com milho, sorgo, farelo de soja, farelo de algodão, caroço de algodão e outras fontes alternativas como como farelo de amendoim e farelo de girassol. Quando atingem esse patamar, é recomendado a ureia, que pode ser ofertada como fonte única de suplemento de nitrogênio. Ela não causa efeitos colaterais ao desenvolvimento do anima e proporciona economia ao criador. Quanto às vitaminas, é importante garantir a ingestão adequada das vitaminas A, D e E, que podem ser fornecidas por meio de alimentos verdes, suplementos comerciais (núcleo mineral) e através da exposição adequada ao sol. Suínos De filhote à adulto, cada etapa de vida dos suínos exige um tipo de alimentação. A fase creche, até os 70 dias de vida, é iniciada assim que o desmame acaba. O leitão é separado da mãe e deve se adaptar à alimentação sólida. Por isso, é recomendado o fornecimento de alimentos de fácil digestão, como rações que contenham farinha de peixe, soro de leite, leite em pó, levedura e proteicos de soja. Já a fase crescimento, até os 110 dias de vida, deve ser dedicada ao ganho de peso do animal. Neste período, é preciso oferecer rações que, além de alto teor proteico, contenham também conteúdo energético, podendo ser farelos triturados ou peletizados. O cuidador também pode recorrer à ração líquida, que se torna mais palatáveis aos animais e auxiliam no ganho de peso. Já na fase de terminação, quando o porco é preparado para o abate, necessita de maior índice nutricional para a engorda, de acordo com o mercado que será comercializado. Aqui todas as características influenciam, como sexo, reprodução, peso e demais especificações genéticas. Assim, ofereça rações balanceadas e de boa qualidade. Alguns exemplos são as compostas por milho, sorgo, triguilho, cascas, bagaços e sementes. Equinos A alimentação dos cavalos deve ser equilibrada, indo de pastagens de alta qualidade a feno e rações concentradas. Os cavalos têm o hábito natural de pastar regularmente, preferindo forragens de altura média, como Kikuyu, Coast-cross e Pangola. Esteja atento à presença de oxalato em certas pastagens e evite o excesso de fibra, pois níveis elevados desses componentes podem levar o equino a distúrbios digestivos como diarreia e cólicas intestinais. Cereais, como milho e aveia, óleos vegetais e gordura animal também podem ser usados como alternativas energéticas. A falta adequada de nutrientes pode acarretar problemas de saúde, como deformidades ósseas, afetando a capacidade reprodutiva do animal. Durante o último terço da gestação, por exemplo, a vitamina A desempenha um papel crucial no desenvolvimento saudável do feto. Portanto, garantir a ingestão adequada de sal mineral também é essencial, pois otimiza a absorção de vitaminas e nutrientes essenciais. Ovinos Para garantir uma alimentação adequada para ovelhas e carneiros, capim picado e cana-de-açúcar são opções volumosas viáveis. Entre os capins recomendados estão as espécies Cynodon e Panicum, além de Pangola e Rhodes. Já a silagem de milho e de capim são métodos eficazes de conservação de forragem, fornecendo energia, embora possam exigir suplementação proteica – assim como a cana-de-açúcar. O feno, versátil e estável, é uma opção para pequenos e grandes produtores, enquanto o feijão guandu e a palma forrageira são alternativas nutritivas para períodos de seca. Quanto aos alimentos concentrados, o milho e o farelo de soja são fontes comuns de energia e proteína, respectivamente. Subprodutos como a polpa cítrica, ajudam na suplementação de cálcio, além do caroço de algodão, que também pode ser utilizado, porém, em teor moderado. Esse subproduto têxtil é uma ótima opção energética, rica em proteína e fibra, no entanto, não deve ser oferecida a machos reprodutores, pois pode levá-los a infertilidade. Aves Para garantir a nutrição adequada das galinhas, é fundamental oferecer uma dieta diversificada, incluindo rações balanceadas e alimentos naturais como forrageiras, hortaliças e frutas. As rações fornecem os nutrientes necessários, e podem ser compostas por milho, farelo de soja, suplementos minerais e vitamínicos, como calcário calcítico, farinha de ostras, fosfato bicálcico e sal. Isso é muito importante, pois caso a galinha tenha deficiência de cálcio, retirará o necessário de seus ossos para produzir ovos, ocasionando lesões ósseas graves. Recomenda-se disponibilizar ração à vontade, especialmente para as fases de crescimento e engorda. Além disso, complementar a dieta com alimentos naturais enriquece a nutrição das galinhas e pode ajudar a reduzir custos com insumos externos. Exemplos desses alimentos incluem abóbora, rabanete, cenoura, banana, acerola, manga, caju, mamão, melancia, e até mesmo restos de grãos e vegetais da alimentação humana. Liberdade para avançar Seja qual for sua criação ou plantação, na hora de crescer, conte com o Bradesco – uma das principais instituições entre os bancos privados na concessão de Crédito Rural*. A solução foi feita para pequenos, médios e grandes produtores rurais expandirem o seu negócio. Financie e inove no que você precisa, sem se preocupar. O pagamento pode ser feito em até 3 anos. Acreditando no potencial do agronegócio, o Bradesco apoia o produtor rural e o coloca sempre a frente, oferecendo um amplo portfólio de produtos e serviços voltados para o seu setor. Ao contratar, você conta com profissionais altamente especializados, além de equipes treinadas para proporcionar a melhor experiência. São 14 plataformas e mais de 800 pontos de atendimento espalhados pelo Brasil para te ajudar. Para contratar, fale com um de nossos gerentes. Avance no custeio, comercialização e industrialização das suas produções. Isso é o que mais importa, porque, entre nós, você vem primeiro. Clique aqui e saiba mais. *Sujeito a análise de crédito e demais condições do produto. Veja Mais

'Enem dos concursos' tem nova data; veja dicas financeiras para quem quer focar exclusivamente nos estudos

G1 Economia Especialistas consideram que os principais pontos para a preparação são guardar dinheiro, reduzir os gastos e fazer investimentos seguros. Dicas para organizar as finanças e focar nos estudos O Ministério da Gestão divulgou nesta quinta-feira (23), a nova data para o 'Enem dos Concursos', nome pelo qual ficou conhecido o Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), após o adiamento das provas por conta das enchentes no Rio Grande do Sul. A nova data para a realização das provas é 18 de agosto. Mais de 2,1 milhões de candidatos estão inscritos neste processo, que oferece 6.640 vagas para 21 órgãos da administração pública federal, em diferentes áreas de atuação. Com o reaquecimento do mercado de concursos públicos, milhares de pessoas devem passar a se dedicar aos estudos para conseguir uma aprovação, tendo em vista a alta concorrência para essas vagas, segundo o professor e especialista em concursos públicos Mateus Andrade. Neste contexto, uma das alternativas que se apresenta aos candidatos é parar de trabalhar e focar exclusivamente nos estudos. Essa é uma decisão, diz Andrade, que pode funcionar e trazer bons resultados. No entanto, a preparação para "largar tudo" deve começar no planejamento financeiro. Veja, a seguir, dicas de como se organizar financeiramente para passar um período apenas estudando. ?? Entender o universo dos concursos De acordo com o professor, antes de falar sobre dinheiro é necessário olhar com atenção para o próprio universo dos concursos públicos. Andrade explica que os processos de um concurso são demorados e que todo esse tempo deve ser mapeado na hora de fazer as contas sobre quanto dinheiro guardar. Além do tempo de estudos em si, que muitas vezes pode levar mais de um ano, também é preciso colocar no papel o período que vai da aprovação na prova até a convocação para o cargo, que envolve uma série de processos burocráticos para a homologação dos resultados. Isso tudo pode levar meses e a reserva criada para "largar tudo" até passar em um concurso tem que abranger esse tempo. ???? Guardar o máximo de dinheiro possível Nessa mesma toada de ter em conta todo o período em que vai ficar parado até a convocação para o cargo, outra dica do especialista, que vai de encontro ao que diz o planejador financeiro da GT Capital, Rodrigo Azevedo, é guardar o máximo de dinheiro possível. Para isso, Azevedo pontua que é importante começar a montar a reserva pelo menos um ano antes de parar de trabalhar para estudar. Nesse tempo, além de continuar trabalhando para receber o salário, vale empreender um esforço, quando possível, para conseguir uma renda extra. Andrade pontua que vender itens que não farão tanta falta na rotina ou fazer trabalhos independentes (os famosos "bicos") podem ser uma boa opção. ?? Reduzir os gastos Aliada ao hábito de guardar dinheiro tem que estar a redução dos gastos, destacam os especialistas. E essa dica é válida tanto para o período de preparação, quando se está montando a reserva, quanto para o período de dedicação exclusiva aos estudos, quando realmente nenhum outro valor vai entrar no fim do mês. Segundo Azevedo, com a redução dos gastos o que tem que sobrar são apenas as despesas essenciais e eventuais custos com a preparação para o concurso, como materiais de estudo, por exemplo. ???? Investir no que é seguro Ainda durante o período de preparação para "largar tudo", o planejador financeiro afirma que vale a pena escolher algum investimento seguro para alocar parte do dinheiro da reserva. Ele explica que, sobretudo os títulos da renda fixa, protegem o patrimônio contra a inflação e garantem a manutenção do poder de compra, o que é essencial para um período em que não haverá outros ganhos. Mas, além de prezar pela segurança do investimento, Azevedo também ressalta que é importante pesquisar e escolher um título que ofereça alta liquidez — ou seja, que tenha um período curto, de apenas um ou dois dias, para fazer o resgate do dinheiro. ???? Ouça o podcast de Educação Financeira Neste episódio passado do podcast Educação Financeira do g1, Mateus Andrade e Rodrigo Azevedo trazem dicas sobre como se organizar financeiramente para "largar tudo" para se dedicar aos estudos para um concurso público. Veja Mais

De onde vem o que eu como #90: Limão

G1 Economia Episódio conta o motivo do limão-taiti não ser considerado um limão verdadeiro. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. Originário do Sudeste da Ásia, o limão chegou ao Brasil através dos portugueses no século 16. A sua jornada, desde as raízes asiáticas até a disseminação pelo mundo, revela a importância na culinária e na saúde, tornando-se um alimento essencial tanto para produtores quanto para consumidores. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: O que é uma lima-ácida; quais são os benefícios do limão para à saúde; e sobre um limão que custa até 800 reais. O podcast "De onde vem o que eu como'" é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Carol Lorencetti e Helen Menezes. Limão-taiti e limão-siciliano Irina - Unsplash Leia também: Receitas com limão: 10 opções salgadas e doces com a fruta; Massa que deu origem ao macarrão surgiu na China e foi criada há cerca de 11 mil anos; Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro. ????OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: ????ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o que eu como: limão De onde vem a tangerina De onde vêm as frutas vermelhas De onde vem o que eu como: laranja Limão é o tema do 90º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo Veja Mais

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Haddad rebate críticas à política econômica e diz que há 'fantasminhas' influenciando pessoas contra o governo

G1 Economia O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta quarta-feira (22) que a economia está no rumo certo e criticou analistas e economistas que estão subindo o tom das críticas à política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A impressão que dá é que tem um fantasminha fazendo a cabeça das pessoas e prejudicando nosso plano de desenvolvimento", declarou o ministro da Fazenda, durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. O ministro citou artigos de jornal que desabonam o plano do governo petista para o desenvolvimento do país. Além de artigos de jornais, economistas proeminentes elevaram as críticas nas últimas semanas depois que o governo anunciou que quer reduzir as metas de superávit das contas públicas. Veja Mais

Imposto de Renda 2024: como declarar planos de previdência PGBL e VGBL

G1 Economia Contribuições feitas para o PGBL são dedutíveis da base de cálculo do IR 2024 em até 12% da renda bruta tributável anual. Já o VGBL não permite o desconto. Imposto de Renda 2023: prazo para declaração vai de 15 de março a 31 de maio. Marcos Serra/ g1 Os contribuintes que têm planos de previdência privada precisam ficar em alerta na hora de declarar o Imposto de Renda 2024. O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) costuma ser útil para reduzir o tributo a pagar. Só serve para quem faz a declaração usando o modelo completo, já que se pode abater os aportes anuais em até 12% da renda bruta tributável. O valor deve ser lançado como pagamento efetuado. O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) tem a parcela paga como não é dedutível. Os valores entram como Bens e direitos, e são lançados no saldo do ano atual e no saldo do ano anterior. Veja mais detalhes abaixo sobre como funciona a tributação de cada um dos planos. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Entenda as novas regras de cobrança do imposto de renda da previdência privada Tributação regressiva ou progressiva? Segundo a Receita, o contribuinte pode optar pelo modelo de tributação pelo modelo regressivo. Por esse regime, quanto maior o tempo de acumulação, menor é o tributo pago. Veja a tabela abaixo: 35% para recursos com prazo de acumulação inferior ou igual a dois anos; 30% para recursos com prazo de acumulação superior a dois anos e inferior ou igual a quatro anos; 25% para recursos com prazo de acumulação superior a quatro anos e inferior ou igual a seis anos; 20% para recursos com prazo de acumulação superior a seis anos e inferior ou igual a oito anos; 15% para recursos com prazo de acumulação superior a oito anos e inferior ou igual a 10 anos; 10% para recursos com prazo de acumulação superior a 10 anos. Já a tributação progressiva funciona da seguinte forma: Os benefícios pagos pelas entidades de previdência privada estão sujeitos à tributação sobre a renda na fonte, aplicando a tabela mensal, e na Declaração de Ajuste Anual; Os resgates de contribuições, parciais ou totais, em virtude de desligamento do plano, estão sujeitos à incidência de imposto sobre a renda na fonte à alíquota de 15%, calculada sobre os valores de resgate; O resgate de recursos efetuado em plano estruturado na modalidade de benefício definido é uma exceção e continua sendo tributado com base na tabela progressiva mensal e na Declaração de Ajuste Anual — de 0% a 27,5%. Uma nova regra, criada neste ano, permite que quem contratou um plano de previdência privada vai poder escolher como vai pagar o Imposto de Renda. Onde e como informar PGBL ou VGBL na declaração do IR? As contribuições do PGBL devem ser informadas na ficha "Pagamentos e Doações Efetuados" na Declaração Completa, porque é considerado uma previdência complementar. Apenas as contribuições feitas no ano base – neste caso, em 2023 –, devem ser declaradas. Já as contribuições feitas em planos do tipo VGBL devem ser informadas na ficha de "Bens e Direitos", porque é considerado um seguro. Apenas o saldo deve ser declarado. Como é a tributação do PGBL? Segundo a Receita Federal, tanto nos planos PGBL quanto no Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), os valores das contribuições são dedutíveis na declaração do Imposto de Renda, limitado a 12% do rendimento tributável incluído na base de cálculo. De acordo com o Fisco, quando há o pagamento do benefício ou crédito, o imposto incide sobre a totalidade do rendimento. O regime de tributação fica à escolha do contribuinte. Nesses casos, para fazer a declaração, o contribuinte precisa informar na ficha “Pagamentos Efetuados”, de acordo com a natureza do tipo de previdência complementar. Os especialistas destacam, porém, que só conseguirá aproveitar da dedução o contribuinte que já contribui para a Previdência Social ou para um regime próprio de previdência de servidores públicos. Contribuições feitas em nome de terceiros — como filho ou cônjuge — também podem ser abatidas. Caso esse terceiro tenha 16 anos ou mais, a contribuição para a previdência pública também é obrigatória para que haja o direito às deduções. Como é a tributação do VGBL? Já nos planos VGBL, o valor das contribuições não é dedutível na Declaração de Ajuste Anual. Segundo a Receita, nesse caso, quando há o recebimento, o imposto incide sobre a diferença entre o valor recebido e o valor aplicado. O regime de tributação também fica à escolha do contribuinte. Nesse caso, na ficha “Bens e Direitos”, selecionando o Grupo 99 – Outros Bens e Direitos, sob o código 06 – VGBL, é preciso informar a discriminação do plano contratado e os saldos acumulados referentes aos valores históricos dos prêmios em 31 de dezembro de 2021 e em 31 de dezembro de 2022, independentemente do valor atual (com correção). Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. 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Governo monitora preço interno do arroz e deve se reunir com atacadistas, diz ministro

G1 Economia O governo federal monitora os preços praticados pela indústria de arroz no país – e pretende se reunir com atacadistas para evitar uma escala nos preços, incluindo o estoque já em posse dos revendedores. Em conversa com o blog, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a pasta está estruturando uma "ação" com varejistas brasileiros. Segundo Fávaro, esse seria o primeiro passo para garantir o abastecimento, sem escalada de preços, do arroz no país. O risco de escassez ou inflação surgiu no radar após as chuvas fortes que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas – o estado concentra 70% da produção nacional do grão. A maior parte da safra atual, no entanto, já tinha sido colhida antes das enchentes. O Ministério da Agricultura reuniu dados levantados por associações de supermercados. As tabelas mostram que, de nove empresas que vendem arroz ao varejo, cinco suspenderam as negociações. O governo também identificou que pelo menos oito das principais marcas de arroz do país já vendem o cereal com reajustes entre 5% e 14% – mesmo sem terem estoques afetados pelas enchentes no RS. Pesquisa quer diminuir dependência da região Sul na produção de arroz Leilão suspenso Nesta segunda (20), o governo federal zerou o imposto de importação do arroz para países de fora do Mercosul. Em seguida, Carlos Fávaro afirmou ao g1 que o país suspenderia o leilão em que previa comprar toneladas do cereal produzido por países vizinhos. O Mercosul, segundo ele, elevou os preços em cerca de 30% antevendo a compra. "Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar", disse Fávaro. Veja Mais

Arrecadação federal soma R$ 228,8 bilhões em abril, maior valor para o mês em 30 anos

G1 Economia Nos quatro primeiros meses do ano, arrecadação somou R$ 886 bilhões e também bateu recorde histórico para esse período. Números foram divulgados pela Secretaria da Receita Federal. A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 228,8 bilhões em abril deste ano, informou nesta terça-feira (21) a Receita Federal. O resultado representa um aumento real de 8,26% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 211,4 bilhões (valor corrigido pela inflação). Esse também foi a maior arrecadação já registrada para meses de abril desde o início da série histórica, em 1995, ou seja, em 30 anos. A arrecadação recorde de março acontece após o governo ter aprovado no Congresso, em 2023, medidas como: a tributação de fundos exclusivos, de "offshores"; mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados, e a limitação no pagamento de precatórios (decisões judiciais), entre outros. Parcial do ano Nos quatro primeiros meses de 2024, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 886,6 bilhões. Em valores corrigidos pela inflação, a arrecadação totalizou R$ 892,2 bilhões de janeiro a abril, que representa um crescimento real (acima da inflação) de 8,33% em relação ao mesmo período do ano passado. quando somou R$ 823,6 bilhões. Nos quatro primeiros meses do ano, a arrecadação também bateu recorde histórico para esse período. Mês de março De acordo com dados da Receita Federal, alguns fatores contribuíram para a alta da arrecadação federal em abril deste ano: O PIS/Pasep e a Cofins tiveram uma arrecadação de R$ 44,3 bilhões em abril, com crescimento real de 23,38%. Esse desempenho é explicado, principalmente, pelo fim da redução da tributação sobre combustíveis e pela redução de 14% no montante das compensações. A receita previdenciária somou R$ 52,79 milhões no mês passado, com crescimento real de 6,15%. Esse resultado se deve ao crescimento real de 5,11% da massa salarial. A arrecadação do imposto sobre importação e o IPI-Vinculado à Importação somou R$ 8,07 bilhões, com aumento real de 27,46%. Isso decorre dos aumentos reais de 14,02% no valor em dólar das importações, de 2,18% na taxa média de câmbio, de 15,70% na alíquota média efetiva do I. Importação e de 7,77% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado. Déficit zero A alta da arrecadação está na mira do governo para tentar zerar o rombo das contas públicas neste ano, meta que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas) de até R$ 28,75 bilhões para cima ou para baixo em relação ao objetivo de zerar o rombo neste ano. O objetivo é considerado ousado pelo mercado financeiro, que projeta um rombo em torno de R$ 80 bilhões para 2024. Em 2023, o governo federal registrou um déficit primário (sem contar as despesas com juros) de R$ 230,5 bilhões em 2023. Foi o segundo pior resultado da série histórica, que começa em 1997. Segundo o Tesouro Nacional, o valor alto decorreu, entre outros fatores, do pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios herdados do governo anterior. No começo deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo buscará o "superávit" nas suas contas neste ano, ou seja, arrecadar mais do que gastar. Mas indicou que, se não for viável, não haverá problemas. Para atingir a meta de voltar ao azul em suas contas em 2024, o governo terá de aumentar a receita líquida (após as transferências constitucionais aos estados e municípios) em cerca de R$ 280 bilhões neste ano. O valor consta no orçamento deste ano, já aprovada pelo Legislativo. Para 2025 e 2026, o governo já propôs a revisão das metas fiscais para um resultado positivo menor -- abrindo um espaço de cerca de R$ 160 bilhões adicionais em despesas nos dois anos. A equipe econômica também informou que prevê contas no vermelho até o fim do governo Lula. Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 37 milhões nesta terça-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.727 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 37 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (21), em São Paulo. No concurso do último sábado (18), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Aéreas podem vender passagens para a Base Aérea de Canoas a partir desta terça; voos começam na quarta

G1 Economia Serão 134 voos semanais para o estado, incluindo 35 para a Base Aérea. Aeroporto Internacional de Porto Alegre foi inundado e pode levar meses para voltar a operar. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta segunda-feira (20) que as companhias aéreas poderão começar a vender, nesta terça (21), passagens para voos com destino à Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul. Segundo o ministro, os voos começam na quarta-feira (22). Serão 35 voos por semana, com uma expectativa de 6 mil passageiros. A base aérea servirá como alternativa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, interditado em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Aeroporto Salgado Filho deve reabrir só em setembro Ainda segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, ao todo, serão 134 voos semanais para o Rio Grande do Sul nesta etapa do plano emergencial. Além da Base Aérea de Canoas, os aviões vão decolar e pousar em oito aeroportos de pequeno e médio porte espalhados pelo estado. Veja a lista: Aeroporto de Caxias do Sul: 39 voos semanais Aeroporto de Santo Ângelo: 6 voos semanais Aeroporto de Passo Fundo: 21 voos semanais Aeroporto de Pelotas: 6 voos semanais Aeroporto de Santa Maria: 3 voos semanais Aeroporto de Uruguaiana: 3 voos semanais Aeroporto de Florianópolis: 14 voos semanais Aeroporto de Jaguaruna: 7 voos semanais Base Aérea de Canoas: 35 voos semanais Ainda de acordo com o governo, a concessionária Fraport – que administra o Aeroporto de Porto Alegre – foi consultada sobre "o interesse e a disponibilidade" de operar a Base Aérea de Canoas em caráter emergencial, já que tem a expertise para lidar com voos comerciais. A empresa, diz o ministério, informou estar "disponível". O governo não confirmou, no entanto, se essa transferência de comando será efetivada. Veja Mais

Nasdaq bate recorde com apoio de fabricantes de chips e aguardando resultados da Nvidia

G1 Economia Os três principais índices das bolsas americanas em níveis recorde. O S&P 500 e Nasdaq fecharam nas máximas históricas na semana passada. O Dow Jones fechou acima dos 40 mil pontos pela primeira vez na sexta-feira. Wall Street Lucas Jackson/Reuters O Nasdaq, índice com forte peso do setor de tecnologia, atingiu um pico recorde nesta segunda-feira, impulsionado por fabricantes de chips, antes dos aguardados resultados trimestrais da Nvidia e da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve desta semana, que provavelmente testarão o recente rali recorde de Wall Street. No início da tarde, o Nasdaq Composite avançava 0,69%, a 16.800,27 pontos. O Dow Jones subia 0,10%, a 40.045,43 pontos. O S&P 500 tinha alta de 0,37%, a 5.322,75 pontos. O índice de referência S&P 500 e o índice Nasdaq atingiram máximas históricas na semana passada. O Dow Jones também fechou acima do nível de 40 mil pontos pela primeira vez na sexta-feira. No pregão de hoje, resultados corporativos otimistas e dados de inflação mais fracos do que o esperado sustentaram as esperanças de cortes nas taxas de juros este ano, ajudando os três principais índices dos EUA a marcarem sua quarta semana consecutiva de ganhos na sexta-feira. Os investidores estão aguardando os resultados trimestrais da Nvidia na quarta-feira (22) para obter evidências de que a líder em chips de inteligência artificial (IA) poderia manter seu crescimento explosivo e ficar à frente dos rivais. A ata da última reunião de política monetária do Fed também está programada para o mesmo dia. "Esta semana, a questão de saber se fomos longe demais, rápido demais com esse movimento do mercado estará na mesa", disse Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da CFRA Research. "Se eles (os resultados da Nvidia) continuarem a superar (as expectativas do mercado), mas em menor quantidade, o avanço das ações diminuirá... mas as pessoas não estarão vendendo tão cedo. Estamos apenas no início de um boom impulsionado pela IA que elevará não apenas a Nvidia, mas muitas outras ações." Fed mantém juros entre 5,25% e 5,5% ao ano; Bruno Carazza comenta Veja Mais

Volkswagen inicia férias coletivas para trabalhadores de três fábricas no Brasil por impacto da tragédia no RS

G1 Economia A montadora tem fornecedores de peças que são produzidas no Sul do país. Férias coletivas atingem as unidades de Taubaté, São Bernardo do Campo e São Carlos. Fábrica da Volkswagen em Taubaté Volkswagen/Divulgação A Volkswagen iniciou, nesta segunda-feira (20), um período de férias coletivas em três unidades no Brasil por impacto na produção provocado pela tragédia que atinge o Rio Grande do Sul. A medida afeta as fábricas da Anchieta, de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São Carlos (SP). Temporais causaram grandes enchentes no Rio Grande do Sul e mais de 150 pessoas morreram até o momento. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Em comunicado à imprensa na última semana, a Volkswagen afirma que "em função das fortes chuvas que acometem o estado do Rio Grande do Sul e o povo gaúcho, alguns fornecedores de peças da Volkswagen do Brasil, com fábricas instaladas no estado, estão impossibilitados de produzir". Estragos no Rio Grande do Sul Fábio Tito/g1 Ainda segundo a Volks, as fábricas Anchieta e de Taubaté devem ter 10 dias de férias coletivas a partir de 20 de maio. Já a fábrica de motores de São Carlos deverá ter férias de 11 dias para parte do time de produção. A fábrica de São José dos Pinhais (PR), no entanto, seguirá produzindo normalmente. ENTENDA: Como enchentes no Rio Grande do Sul prejudicam a produção de carros no país Ainda na nota, a Volkswagen do Brasil disse que "se solidariza com o povo sul-rio-grandense e reforça sua convicção de que a reconstrução desse estado será realizada com a mesma grandeza dos gaúchos”. Volks pretende colocar trabalhadores de Taubaté em férias coletivas Impacto em Taubaté Em comunicado enviado aos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) informou que 1,8 mil funcionários de Taubaté podem ser afetados com a medida. Ainda segundo o sindicato, a medida é necessária “devido à situação de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul e com possibilidade de afetar a produção em Taubaté”. O g1 apurou que algumas peças usadas pela fábrica da Volkswagen em Taubaté são enviadas do Sul do país. Com a tragédia no RS, existe a possibilidade de que a produção dessas peças seja impactada. O Sindmetau explicou ainda que, caso não haja impacto, o aviso de férias coletivas pode ser cancelado antes do início da medida. Fábrica da Volkswagen. Celso Tavares/g1 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Criadora dá leite de vaca aos porcos para não perder produção após estragos das enchentes no RS

G1 Economia Sem energia elétrica, a família da produtora rural Lovane Guillante não teve como armazenar o alimento e decidiu dá-lo aos suínos, que já estavam quase sem comida. Caminhão da cooperativa ficou 10 dias sem passar na propriedade Agricultores e pecuaristas gaúchos tentam retomar a produção após estragos das chuvas A família da produtora rural Lovane Guillante decidiu dar o leite da vaca aos porcos para manter os animais e não estragar o alimento, após as enchentes no Rio Grande do Sul gerarem perdas na propriedade. "Nós conseguimos manter os suínos com esse leite", disse Lovane. Os porcos já estavam quase sem comida. Além disso, esta foi a forma que a família encontrou para não deixar o leite estragar. Sem energia elétrica, o resfriador não funcionava e o caminhão da cooperativa, que transporta o leite, ficou 10 dias sem passar. Guillante Globo Rural Essa é uma das histórias que a equipe do Globo Rural acompanhou no Rio Grande do Sul. No estado, as famílias de agricultores que sofrem as consequências das chuvas no Rio Grande do Sul. Em algumas regiões, os gaúchos tentam, aos poucos, retomar a produção agropecuária. Um dos desafios é a criação de animais. Os caminhos ainda estão cheios de obstáculos, por exemplo, a coleta de leite e a entrega da ração nas propriedades ainda estão sendo atividades difíceis de serem realizadas. Já para quem planta grãos, pode demorar um bom tempo para ter uma recuperação. Isso porque o solo também foi danificado pelas chuvas. Chuvas prejudicam o solo e recuperação no campo pode ser lenta Na região Sul do estado, que foi a última a ser atingida, metade da soja ainda estava no campo para ser colhida. Chuvas na região sul do RS chegam com metade da soja ainda no campo Mais sobre o Rio Grande do Sul: 'Abrimos os chiqueiros para os porcos saírem à própria sorte', diz criador de suínos do RS Prejuízos na agropecuária causados pelas chuvas no RS ultrapassam R$ 2,5 bilhões Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro Veja Mais

Produtores colhem safra de tangerina

G1 Economia Na safra passada, 370 mil toneladas da fruta foram colhidas, e a colheita da próxima safra começou a ser colhida em março, e deve se estender até o mês de agosto. Produtores colhem safra de tangerina Reprodução/TV TEM O estado de São Paulo é o maior produtor de tangerina do país, representando 34% da produção nacional. Na safra passada, 370 mil toneladas da fruta foram colhidas, e a colheita da próxima safra começou a ser colhida em março, e deve se estender até o mês de agosto. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEAPA) da USP, a expectativa é colher pelo menos o mesmo que foi colhido em 2023. O Nosso Campo foi até uma propriedade de uma família, onde as tangerinas produzidas abastecem a Ceagesp de Bauru (SP) e algumas quitandas de Alvinlândia (SP) e Ubirajara (SP). Veja a reportagem exibida no programa em 19/05/2024: Produtores colhem safra da tangerina Um dos produtores sempre morou e trabalhou na cidade e, há seis meses, migrou para o campo. Ele relata que a vida de trabalhar no campo é tranquila e se sente seguro em trabalhar com isso. Um outro trabalhador rural relata que depende 100% do campo para viver e pagar as contas, e, se não fosse a produção de tangerina, eles estariam passando dificuldades. Apesar desta safra não estar rendendo tantos frutos como em outros anos, os preços continuam os mesmos, o que é ótimo para quem produz a fruta. Adevair Rosa é produtor rural e, segundo ele, se a fábrica permanecer com o preço bom, o valor de mercado não cai. Ele diz que, independente da safra não ser a melhor dos últimos anos, o preço ainda compensa. VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.726: prêmio acumula e vai a R$ 37 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 27 - 45 - 49 - 53 - 55 - 59. Quina teve 48 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 69.387,92. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O O sorteio do concurso 2.726 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 37 milhões. Veja os números sorteados: 27 - 45 - 49 - 53 - 55 - 59 5 acertos - 48 apostas ganhadoras: R$ 69.387,92 4 acertos - 3.858 apostas ganhadoras: R$ 1.233,28 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (21). Dezenas sorteadas no concurso 2.726 da Mega-Sena Reprodução/Facebook/Loterias CAIXA Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Entenda como insetos são usados para transformar restos de comida em ração e adubo para agropecuária

G1 Economia Projeto foi um dos escolhidos de iniciativa vai percorrer 18 países em busca de exemplos de sustentabilidade. Entenda como empresa de Campinas utiliza insetos em larga escala para tratar alimentos Em um cenário onde o combate ao desperdício e a busca por práticas sustentáveis se tornam cada vez mais urgentes, uma empresa de Campinas (SP) começou a criar insetos em larga escala para "tratar" alimentos que seriam jogados no lixo. No lugar de enterrar ou incinerar os resíduos, o tratamento os transforma em proteína para ração de animal ou adubo para agropecuária, ou seja, é utilizado para produzir novos alimentos. O processo de tratamento utiliza as larvas da mosca soldado negra (BSF), que são capazes de consumir um grande volume de alimentos em um curto período de tempo, reduzindo o tempo de compostagem (transformação de resíduo em adubo) para 7 a 10 dias. Ao final do processo, os insetos são processados e destinados ao mercado de alimentação animal como ingrediente rico em proteína sustentável para rações de peixes, aves, suínos e pets. E o resíduo, resultado da digestão dos insetos, se transforma em adubo orgânico. Esse insumo é oferecido ao mercado de agricultura como uma alternativa nutritiva para fertilizar e enriquecer o solo. Empresa de Campinas utiliza insetos em larga escala para tratar alimentos que seriam desperdiçados Meruoca Ao g1, Fernando Ehrensperger, sócio-diretor da empresa, destacou a gravidade do problema do desperdício de alimentos e a necessidade urgente de soluções sustentáveis. "É muito gratificante participar de um projeto como a Meruoca, que tem impactos tão positivos do ponto de vista social e ambiental", comentou. Larvas que são usadas pela empresa de Campinas (SP) que visa acabar com o desperdício de alimentos Meruoca Jornada ESG A empresa responsável por esse trabalho, chamada Meruoca, foi uma das selecionadas para participar da Jornada ESG, iniciativa que vai percorrer 18 países em busca de exemplos de sustentabilidade. A expedição, segundo Marcel Guariglia, idealizador do projeto, foi criada para desmistificar a sigla "ESG", que significa Environment, Social and Governance (em português: Ambiental, Social e Governança), e tem o propósito de aproximar diferentes iniciativas socioambientais com as grandes corporações. Além da Meruoca, a organização SAS Brasil, que tem o objetivo de levar atendimento para regiões sem acesso à saúde especializada, também foi selecionada para participar da jornada ESG, que passou no dia 6 de maio em Campinas e deve acabar no dia 10 de novembro no Alasca (EUA). Empresa de Campinas utiliza insetos em larga escala para tratar alimentos que seriam desperdiçados Meruoca Passo a passo da compostagem A empresa recebe uma variedade de resíduos alimentícios, incluindo varreduras, limpezas de máquinas, matérias-primas e produtos finais vencidos, provenientes de grandes produtores da indústria alimentícia; Os resíduos são misturados para criar uma formulação ideal para alimentar as larvas que serão os principais consumidores desses resíduos; As larvas, conhecidas por sua voracidade, consomem os resíduos ao longo de um período de sete a dez dias. Esse processo de consumo transforma os resíduos em proteína para ração animal e adubo para agricultura; Após o período de consumo, as larvas, agora adultas e em grande quantidade, são separadas do adubo resultante da digestão dos resíduos. Esse adubo é conhecido como "frass" e é um produto rico em nutrientes; O adubo "frass" é moído e ensacado para ser distribuído como fertilizante orgânico para agricultura. As larvas podem ser desidratadas inteiras ou moídas para produzir farelo de larva, que é utilizado como ingrediente na alimentação animal; Pelo menos 5% das larvas adultas são destinadas à reprodução, passando por um processo que envolve a metamorfose em pupas e, posteriormente, em moscas adultas. Essas moscas, por sua vez, reproduzem e depositam ovos para iniciar um novo ciclo. Localizada em Campinas, a planta de 3,2 metros quadrados da Meruoca iniciou suas operações no segundo semestre de 2022, e foi financiada pela Linha Verde do Desenvolve São Paulo (SP), banco de desenvolvimento do Estado. Desde então, a empresa já tratou cerca de 250 toneladas de resíduos, evitando sua destinação a aterros, lixões ou incineradoras. Jornada ESG esteve na Meruoca na segunda-feira (6) Curadoria Truman Stakeholders | Realização: Jornada ESG Iniciativas sustentáveis em 18 países A Jornada ESG é uma expedição que visa explorar e conectar diferentes iniciativas sustentáveis e negócios de impacto em 18 países. Iniciada em março de 2024, a expedição prevê percorrer 50 mil quilômetros terrestres pelas Américas, em uma expedição de 240 dias que atravessará desde o extremo sul, Ushuaia, até o extremo norte, Alasca. Chegou em São Paulo em maio, e estendeu o roteiro para Campinas e São Carlos (SP), onde conheceu os projetos que prometem contribuir para um futuro mais sustentável e inclusivo. Marcel Guariglia, idealizador do projeto, destacou a importância da curadoria realizada para selecionar as iniciativas visitadas. Foram realizadas curadoria buscando equilíbrio entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, na qual foram baseados em atividades locais, diferentes modelos de negócios e atuações, impacto e inovação. Mais de 300 iniciativas foram mapeadas e pelo menos 100 serão apresentadas para o mercado. A jornada teve início no Ushuaia, sul da Argentina, em 18 de março, e está passando por 9 estados brasileiros, seguindo depois para Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. Seu roteiro foi planejado com base nos pilares de maturidade das organizações, materialidade, entrega, execução e consistência dos projetos pelas organizações visitadas. Dentro da jornada, há entrega do diário de bordo, com um resumo do que foi vivido e apresentado. Também tem a produção dos conteúdos técnicos para apresentar essas soluções. Além disso, tem a visão de um especialista convidado para ter uma conversa sobre os temas e todo conteúdo pode ser acessado através da plataforma. *Reportagem sob supervisão de João Gabriel Alvarenga VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas Veja Mais

Governo anuncia parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios para cidades em calamidade no RS

G1 Economia Previsão é que R$ 192,7 milhões sejam transferidos para municípios atingidos por enchentes. Há previsão de anúncio de medidas para socorrer empresas do estado na próxima semana. O governo federal anunciou nesta sexta-feira (17) o pagamento de uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para cidades do Rio Grande do Sul em estado de calamidade. A estimativa é que R$ 192,7 milhões sejam transferidos para 46 ou 47 municípios, segundo integrantes do governo. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o valor será incluído em uma medida provisória que deve ser publicada até a próxima semana. "Isso vai significar que, neste mês de maio, esses municípios vão receber um recurso duplo do Fundo de Participação de Municípios. Exatamente para apoiar os municípios nas várias ações de resgate, independentemente dos outros recursos", disse Padilha. O FPM é a principal fonte de receita para grande parte dos municípios brasileiros. O repasse é previsto na Constituição e equivale a uma parcela da arrecadação de tributos federais. Cidades do Vale do Taquari, RS, vão precisar ser reconstruídas em outros lugares mais altos Socorro à indústria A medida foi apresentada no início de uma reunião entre ministros e prefeitos de cidades do Rio Grande do Sul. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do início da reunião virtual. Para a semana que vem, o governo prepara uma nova rodada de medidas para o Rio Grande do Sul. Mais cedo, Haddad afirmou a jornalistas que está desenhando um programa de socorro às empresas gaúchas. Sem dar muitos detalhes, ele disse que deve haver uma condição: “permanência no Rio Grande [do Sul]”. “Não vou antecipar, porque o esboço já foi apresentado ao presidente, mas não apresentei a medida. Semana que vem devemos apresentar e acredito que haverá temos de já anunciar na semana que vem”, afirmou o ministro. “Falamos com a federação das indústrias. O sul tem um parque industrial relevante. Temos que cuidar dessa parte também”, explicou Haddad. Nesta sexta, uma comitiva de industriais gaúchos se encontrou com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e apresentou uma lista de pedidos para enfrentamento dos prejuízos provocados pelas enchentes. O vice-presidente Geraldo Alckmin conversa com jornalistas após reunião com comitiva da Fiergs Guilherme Mazui/g1 Os pedidos incluem crédito para as empresas e a flexibilização de regras trabalhistas, em um modelo semelhante ao adotado durante a pandemia de Covid-19. A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) defende também a criação de um Programa Emergencial de Manutenção de Renda e Emprego específico para o estado, que ainda lida com cidades alagadas, pessoas desabrigadas, rodovias bloqueadas e aeroporto fechado. Veja Mais

Mapa do Censo 2022: veja os dados de alfabetização, população, idade, cor e raça, homens e mulheres e saneamento na sua cidade

G1 Economia Mapa do g1 reúne informações do Censo 2022 divulgadas pelo IBGE para todos os municípios do país até o momento. Novos dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram quais as taxas de alfabetização da população em cada um dos municípios do Brasil. No recorte nacional, a pesquisa aponta que, dos 163 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade, 11,4 milhões (7%) não sabem ler e escrever um bilhete simples. Considerando só a região Nordeste, o índice de analfabetismo chega a 14% — o dobro do registrado no país. Veja como o Censo mostrou a desigualdade na educação entre raças, regiões e faixas etárias Consulte, no mapa abaixo, a situação de alfabetização de seu município e outros dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE até o momento (população, idade, divisão entre homens e mulheres, raça e cor e acesso a saneamento): V Outros dados do Censo 2022 As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que: O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais; O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros; 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na história em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo; O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas; Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu. Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos. Após 50 anos, termo favela voltou a ser usado no Censo. O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já A falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros. Mais da metade dos 203 milhões de brasileiros – 54,8% – mora a até 150 km em linha reta do litoral. Veja Mais

Novo DPVAT: quem tem que pagar e como vai funcionar a volta do seguro automotivo obrigatório

G1 Economia O seguro foi rebatizado para Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). Reservas antigas se esgotaram e pagamentos para vítimas estão suspensos desde novembro. Novo DPVAT será obrigatório para todo dono de veículo Jornal Nacional/ Reprodução O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que determina a volta da cobrança do seguro obrigatório de veículos terrestres, antes conhecido como DPVAT, e agora rebatizado de Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). O pagamento é obrigatório para qualquer proprietário de veículo automotivo, como carros, motos, caminhões e micro-ônibus, por exemplo. Esse seguro será usado para pagar indenizações à vítimas de acidentes de trânsito. O texto, que foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17), trouxe dois vetos em relação ao que havia sido aprovado pelo Senado Federal no último dia 8. Lula derrubou da lei dois artigos que previam multa e penalidade de infração grave para os motoristas que não pagarem o seguro. Veja, abaixo, mais informações sobre como vai funcionar a volta do DPVAT. O que é o DPVAT/SPVAT? Para que serve o DPVAT/SPVAT? Quem terá que pagar o SPVAT? Qual será o valor pago pelos donos de veículos? Quem pode ser indenizado pelo SPVAT? Qual será a punição para quem não pagar? Por que o DPVAT vai voltar? LEIA TAMBÉM Com mercado de luxo em alta, Brasil tem mais de 90 carros a partir de R$ 500 mil; veja a lista A difícil transição para carros elétricos em uma Europa em ciclo eleitoral ???? O que é o DPVAT? DPVAT é uma sigla para Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres. É um seguro nacional obrigatório, pago por todos os donos de veículos anualmente, como um imposto. Até 2020, a cobrança acontecia em todo início de ano, no mês de janeiro. O valor da contribuição variava de acordo com o tipo de veículo, além de ser corrigido, também, anualmente. O pagamento continuará acontecendo uma vez ao ano, e será obrigatório para os donos de veículos automotores terrestres. ???? Para que serve o DPVAT? O dinheiro arrecadado com a cobrança do seguro é destinado para as vítimas de acidentes de trânsitos, independentemente do tipo de veículo e de quem foi a culpa. Mas o pagamento dos benefícios às vítimas foi suspenso no fim do ano passado pelo esgotamento dos recursos arrecadados com o DPVAT. Agora, serão reformuladas as regras e o governo volta a cobrar o seguro, que passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). ???? Quem terá que pagar o SPVAT? O SPVAT será de contratação obrigatória por todos os veículos automotores de vias terrestres, como carros, motos e caminhões, por exemplo. O texto sancionado pelo presidente Lula destaca que "considera-se automotor o veículo dotado de motor de propulsão que circula em vias terrestres por seus próprios meios e é utilizado para o transporte viário de pessoas e cargas ou para a tração viária de veículos utilizados para esses fins, sujeito a registro e a licenciamento perante os órgãos de trânsito". ???? Qual será o valor pago pelos donos de veículos? O valor do novo seguro só será definido posteriormente pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). No entanto, a lei sancionada já traz algumas pistas do que a população pode esperar. Segundo o texto publicado no DOU, o pagamento do seguro será feito uma vez por ano e seu valor "terá como base de cálculo atuarial o valor global estimado para o pagamento das indenizações e das despesas relativas à operação do seguro". A lei também determina que o pagamento será de abrangência nacional e que os valores podem variar de acordo com o tipo do veículo. Segundo o relator da proposta no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), um estudo do Ministério da Fazenda estima que a tarifa deverá variar entre R$ 50 e R$ 60. Se a proposta virar lei, a cobrança deve voltar a ocorrer em 2025. O texto possibilita que a cobrança do seguro seja feita pelos estados junto ao licenciamento anual ou ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). As unidades federativas que seguirem esse caminho poderão receber até 1% do montante arrecadado anualmente pelo SPVAT. ???? Quem pode ser indenizado pelo SPVAT? O SPVAT tem como objetivo indenizar vítimas de acidentes de trânsito, independentemente de quem foi a culpa ou onde estava (se era pedestre ou motorista). O seguro poderá pagar indenizações a vítimas de acidentes ou seus herdeiros em casos de: morte; e invalidez permanente, total ou parcial. Também poderá reembolsar despesas com: assistência médica, como fisioterapia, medicamentos e equipamentos ortopédicos; serviços funerários; e a reabilitação profissional para vítimas com invalidez parcial. Para solicitar o seguro, a vítima precisa apresentar o pedido com uma prova simples do acidente e do dano causado pelo evento. Em caso de morte, é preciso apresentar certidão da autópsia emitida pelo Instituto Médico Legal (IML), caso não seja comprovado a conexão da morte com o acidente apenas com a certidão de óbito. O valor da indenização ou reembolso será estabelecido pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). O órgão também será responsável por definir os percentuais de cobertura para cada tipo de incapacidade parcial. Apesar de não haver definições sobre valores, o projeto de lei já deixou de fora da cobertura de reembolsos: despesas que forem cobertas por seguros privados; que não apresentarem especificação individual do valor do serviço médico e/ou do prestador de serviço na nota fiscal ou relatório; de pessoas que foram atendidas pelo SUS. ???? Qual será a punição para quem não pagar? O motorista que não fizer o pagamento do SPVAT não poderá fazer o licenciamento e nem circular em via pública com o veículo. Caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) garantir o cumprimento da lei. Antes, o texto previa que o não pagamento do SPVAT resultaria em penalidade no Código de Trânsito Brasileiro, equivalente a uma multa por infração grave, hoje de R$ 195,23. Mas, o presidente Lula vetou o trecho. ???? Por que o DPVAT vai voltar? A cobrança do seguro, que é pago por todos os proprietários de veículos, foi suspensa no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020. Desde então, a Caixa Econômica Federal ficou responsável por administrar os recursos que já haviam sido arrecadados. Segundo o governo, o dinheiro disponível foi suficiente para pagar os pedidos de seguro das vítimas de acidentes de trânsito até novembro do ano passado. De lá para cá, os pagamentos foram suspensos. A nova regulamentação possibilitará tanto a volta da cobrança quanto a dos pagamentos do seguro. Veja Mais

Temporais alagam vinhedos na Serra Gaúcha, e produtor diz: 'Nem imagino o tamanho do estrago'

G1 Economia Local é polo de produção de vinhos e destino importante para turistas. Mercado vinícola tem desafios logísticos à frente, com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre e com os danos em estradas do entorno, impactadas pelos deslizamentos de terra. Água acumulada em parreiras de Bento Gonçalves (RS) Fábio Tito/g1 Desde criança, Flávio Rotava, de 51 anos, ajuda o pai, Alfeo, de 80 anos, a produzir vinhos em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. A tristeza resume o sentimento ao ver como suas parreiras foram atingidas pelas fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. O impacto no cultivo de uvas é certo: a estimativa aponta perdas de 20% a 30% na próxima colheita. Foram 250 hectares danificados pelo que Flavio chamou de avalanches. "A perda vai ser grande", diz. "É praticamente uma área que vai ficar imprópria para o cultivo de videiras e vai ser praticamente extinta para trabalho", conta Rotava. Segundo ele, a produção anual é de 100 mil garrafas Rotava, marca que leva o nome da família. Dados preliminares da Emater/RS-ASCAR, instituição de assistência técnica a produtores, dão conta de que os alagamentos na Serra Gaúcha destruíram ao menos 500 hectares de vinhedos. O número pode crescer, conforme produtores reportem suas perdas à entidade. Mas os danos podem chegar a algo perto de 2% dos cerca de 44 mil hectares ativos no estado. A situação dos produtores do estado só não é pior porque a colheita da safra de 2024 foi realizada entre dezembro e março. As uvas já estão em processo de vinificação, para que os vinhos do ano sejam engarrafados ou postos para amadurecer. Entre o fim do outono e o inverno, os vinhedos passam por um período de dormência. Somente em agosto as videiras começam a recuperar a parte vegetativa, para que a frutificação da próxima safra se reinicie, por volta de novembro. "A produção de suco e de vinho não está abalada do ponto de vista de estoque. [...] Mas há famílias que perderam tudo, e estamos nos preparando para estimulá-los a tocar o negócio à frente", afirma Luís Bohn, gerente técnico da Emater/RS. Além de restabelecer os produtores, o mercado de vinhos brasileiros terá de lidar com a recuperação das estradas para escoamento da produção. Segundo o Ministério dos Transportes, há pelo menos 62 trechos de estradas e pontes que precisarão ser reconstruídos no RS, a um custo estimado em R$ 1,2 bilhão para início de reparos. Por fim, foi suspensa a chegada de visitantes para o enoturismo em uma das regiões preferidas para quem quer conhecer a produção de vinhos brasileiros. Em 2023, o segmento movimentou R$ 3 milhões — R$ 1,7 milhão só em Bento Gonçalves (saiba mais abaixo). Hora de se reerguer Flávio Rotava, produtor de vinho Fábio Tito/g1 Quem sofre com os prejuízos tenta agora se reerguer em meio aos trabalhos de buscas pelos desaparecidos. Rotava é vizinho e cresceu junto de Artemio Cobalchi e Ivonete, casal de idosos morto em deslizamento no começo de maio. Uma das filhas dos dois, Natalia, está desaparecida, enquanto a outra, Marina, busca o corpo da irmã. "É difícil, mas tem que ter os pés no chão, cabeça olhando para o ar, para ir em frente e seguir. Agora é o momento de começar a construir, resgatar as pessoas que estão ainda como nós, mas que não estão mais conosco. Tentar resgatar, se unir todo mundo com uma missão, ajudar... Se ajudar para seguir", lamenta Rotava, que faz um apelo a quem quiser ajudar. "O Rio Grande do Sul só vai se erguer depois dessa tragédia se tiver a ajuda do país inteiro, com ações de adquirir produtos gaúchos para manter os empregos, para manter as transportadoras, para poder fazer a economia girar de novo", diz. Nesta semana, produtores e revendedores do Rio Grande do Sul lançaram campanhas pulverizadas para incentivar a compra de vinho gaúcho — seja em benefício do próprio setor, seja para ajudar regiões afetadas pelas cheias. A campanha Solidariza RS, por exemplo, fechou parceria com 18 grandes vinícolas do Sul que disponibilizaram 2 mil garrafas que tiveram a receita destinada para instituições que estão auxiliando as regiões mais afetadas pelas enchentes. A ação arrecadou R$ 200 mil. Outras, como a campanha #CompreVinhoGaúcho, da Brasil de Vinhos, pede que os consumidores deem uma chance ao vinho do estado, tanto para que os produtores aumentem o faturamento, quanto para que o consumidor conheça mais rótulos da região. Mapa mostra a região de Bento Gonçalves Arte g1 'Malemá saímos com a roupa do corpo' Com as águas que não baixam e risco de novos deslizamentos, há produtores que nem conseguiram estimar as perdas. Inácio Salton, de 63 anos, cultiva uvas para a produção de vinhos na comunidade de Santo Antônio da Paulina, em Bento Gonçalves. Apesar de ter o sobrenome de uma famosa marca da região, ele fornece uvas para a Aurora. Salton precisou abandonar o local e alugar uma casa à beira da estrada que liga o distrito de Faria Lemos à estrada RS-431. Segundo ele, a Aurora está oferecendo ajuda em grupos que reúnem produtores, que precisam informar os impactos em suas plantações. As terras de Salton estão alagadas, e ele já prevê impacto nas uvas, porque a água em excesso piora a qualidade da fruta que será colhida por volta de setembro. "Nem fui embaixo das parreiras ainda, nem sabemos o que aconteceu. Nem imagino o tamanho do estrago", conta ao g1. A família, de sete pessoas, deixou a casa às pressas e se abrigou com ajuda de amigos. Inácio Salton, 63 anos, conta que trabalha com uvas desde sempre Fábio Tito/g1 "Malemá saímos com a roupa do corpo, mas está tudo tranquilo. Todos estão bem e salvos", afirmou, sem saber quanto pagará de aluguel na casa cedida. "Falaram para a gente vir e depois conversávamos de dinheiro. Vamos ficar uns 15, 20 dias e depois vemos." "Como vou falar o quanto fomos atingidos se nem consegui entrar na terra?" diz. Sua torcida é para ter sol e, nesse cenário, dos dias seriam o suficiente para a água deixar o solo e poder calcular mais precisamente o tamanho do prejuízo. Retomada gradual Segundo o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), o Complexo Econômico da Uva e Derivados representa cerca de 2% do PIB do estado do Rio Grande do Sul, com atividade vinda de 550 vinícolas e cooperativas. Uma reunião do Consevitis-RS aconteceu nesta terça-feira (13), para que vinícolas afetadas compartilhassem os impactos das chuvas e pensassem em ações integradas para ajudar a recuperação. Como mostrou o g1 neste fim de semana, os efeitos na economia do Rio Grande do Sul ainda são calculados com dificuldade em meio à tragédia. Além de um panorama mais claro sobre o mercado, os produtores se preocupam com o escoamento do vinho já pronto para o comércio e com o turismo na região. "A maior parte das empresas está operando normalmente, mas há um impacto muito grande nas vendas no mercado local e no turismo. Essa retomada vai ser lenta e gradual", afirma Daniel Panizzi, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra). Panizzi diz há uma limitação de distribuição dos produtos por Porto Alegre, com a interdição completa do Aeroporto Salgado Filho. A alternativa tem sido o envio pelo aeroporto de Caxias do Sul. Por terra, as transportadoras têm procurado rotas alternativas, em virtude das interdições. "É um cenário preocupante para restaurantes e hotéis que dependem da cadeia do vinho. Precisamos de força para recuperar a infraestrutura que foi gravemente afetada pelas enchentes e pelas chuvas", diz. Restaurante fechado e funcionários em férias coletivas Bruna Cristofoli em frente a parreira e ao restaurante da família Arquivo pessoal A família de Bruna Cristofoli tem uma vinícola, um vinhedo de uvas finas e um restaurante em Faria Lemos, que fica no limite dos bloqueios por conta dos deslizamentos de terra. Por conta da tragédia no estado, os funcionários estão em casa. "Tínhamos uma receita significativa vinda do enoturismo, que está comprometido. Nosso restaurante atende 99% pessoas da Grande Porto Alegre e foro do estado. A gente deu férias coletivas para os colaboradores porque não temos histórico de atender pessoas da região", diz ela. Os prejuízos são de 100% da receita do restaurante, que não recebe turistas, e de 40% no faturamento das vendas de vinho no varejo. "Estamos com a loja fechada, as pessoas têm medo de chegar até aqui, e o aeroporto está fechado. Está um clima de muita insegurança para andar nas rodovias, a chuva que não para", diz Bruna, que repete o apelo no Flávio Rotava. "O nosso pedido é só um: compre vinho gaúcho e quando a situação acalmar, voltem a viajar para o Rio Grande do Sul." Resgate de desaparecidos soterrados em Bento Gonçalves, no RS Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.725: prêmio acumula e vai a R$ 30 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 02 -10 - 32 - 33 - 38 - 47. Quina teve 41 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 54.241,82. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O O sorteio do concurso 2.725 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (16), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 30 milhões. Veja os números sorteados: 02 -10 - 32 - 33 - 38 - 47 5 acertos - 41 apostas ganhadoras: R$ 54.241,82 4 acertos - 3.204 apostas ganhadoras: R$ 991,57 O próximo sorteio da Mega será no sábado (18). Mega-Sena, concurso 2.725 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Sem considerar enchentes no RS, governo eleva para 2,5% estimativa de crescimento do PIB em 2024

G1 Economia Fazenda informou que 'magnitude' do impacto das enchentes no estado no PIB depende de eventos futuros. Secretaria de Política Econômica também elevou estimativa de inflação para este ano, a 3,7%. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda aumentou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024: de 2,2%, em março deste ano, para 2,5% nesta quinta-feira (16). Também foi elevada a estimativa para a inflação deste ano, de 3,5% para 3,7%. O cálculo, no entanto, não considerou o impacto financeiro da tragédia causada pelas enchentes e inundações no Rio Grande do Sul. Segundo a Fazenda, essa medição depende de eventos futuros (veja mais abaixo). Projeção do PIB O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 4 de junho. Em 2023, dados oficiais do IBGE mostram que o PIB registrou um crescimento de 2,9% na comparação com o ano anterior. Ao projetar uma alta de 2,5% neste ano, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira. A estimativa do governo federal segue acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,09% para este ano. A expectativa foi coletada pelo Banco Central no boletim Focus, que ouviu mais de 100 bancos na última semana. Já o Banco Central estima um crescimento da economia da ordem de 1,9% em 2024. A projeção foi divulgada em março deste ano por meio do relatório de inflação. Para 2025, o Ministério da Fazenda também manteve a expectativa de crescimento do PIB brasileiro, que permaneceu em 2,8%. Com isso, o governo espera aceleração da atividade econômica no ano que vem. O mercado financeiro, por sua vez, projeta uma expansão da economia de 2% no ano que vem. Rio Grande do Sul O Ministério da Fazenda informou que, em suas estimativas para o crescimento do PIB, não estão considerados os impactos da calamidade no Rio Grande do Sul na atividade econômica. "A magnitude do impacto depende da ocorrência de novos eventos climáticos, de transbordamentos desses impactos para estados próximos e do efeito de programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas", informou o governo. Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o PIB do Rio Grande do Sul, com peso aproximado de 6,5% no PIB brasileiro, "deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, parcialmente compensadas ao longo dos trimestres posteriores". "Atividades ligadas à agropecuária e indústria de transformação deverão ser as mais afetadas a nível nacional, por serem mais representativas no PIB do estado que no PIB brasileiro", acrescentou. Inflação Entenda como a inflação é calculada O Ministério da Fazenda também piorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Em março, o governo tinha estimado que a inflação atingiria 3,50% neste ano, valor que subiu para 3,70% no documento divulgado hoje. "O aumento nas estimativas para a inflação captura tanto os efeitos da depreciação cambial recente nos preços livres como os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul na oferta e nos preços de produtos in natura, arroz, carnes e aves", informou a área econômica. Segundo o Ministério da Fazenda, os preços desses alimentos "devem subir de maneira mais pronunciada nos próximos dois meses, mas parcela relevante desse aumento deve ser devolvida nos meses seguintes, com a normalização da oferta". A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. O mercado financeiro estimou, na semana passada, que o IPCA somará 3,76% em 2024. Para 2025, a equipe econômica espera uma inflação de 3,20%, com alta em relação à estimativa anterior, divulgada em março deste ano, de 3,10%. A meta central de inflação definida para 2025 é 3%, podendo ser cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. O principal instrumento do Banco Central para conter a inflação é a taxa básica de juros, atualmente em 10,5% ao ano após sete quedas consecutivas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, o BC pode baixar os juros. Caso contrário, opta por manter a taxa ou até mesmo elevá-la. Veja Mais

Chuvas no RS: birôs de crédito suspendem negativação de dívidas em todo o estado

G1 Economia Medida vale por 60 dias, a partir do dia 1º de maio. A associação não descarta uma prorrogação, caso necessário. A Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC) informou nesta quinta-feira (16) que as empresas associadas vão suspender os pedidos de negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado do Rio Grande do Sul, em virtude das enchentes no estado. A medida vale por 60 dias, a partir do dia 1º de maio. A associação não descarta uma prorrogação, caso necessário. Os birôs de crédito participantes são: Equifax | Boa Vista; Quod; Serasa Experian; SPC Brasil. "O setor postergará a inclusão de dívidas que já estejam em processo de comunicação no banco de dados e cancelará a exibição de apontamentos inscritos após a decretação da calamidade pública", informa a ANBC. Com as medidas, a informação de inadimplência estará indisponível para consulta ou utilização até o fim do prazo. A ideia é proporcionar o tempo adequado para as renegociações entre os credores e os consumidores de crédito. “A ideia é que, com essa suspensão, credores, consumidores e empresas sejam capazes de conversar e renegociar seus créditos de forma responsável para que a economia e o bem-estar social possam se restabelecer de forma sustentável no estado”, afirma em nota Elias Sfeir, presidente da ANBC. Anteriormente, em abril de 2020, frente às consequências econômicas da pandemia, o setor de birôs de crédito ampliou o prazo de negativação de consumidores e empresas. A ação teve impacto positivo, ao trazer estabilidade ao processo de crédito e estimular a negociação entre credor e devedor durante a crise de saúde. Governo antecipa benefícios Lula volta ao Rio Grande do Sul para anunciar ajuda e ministério extraordinário Na quarta-feira (15), o governo anunciou uma série de medidas para famílias afetadas pela chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. Também foi criada uma secretaria extraordinária, com status de ministério, para coordenar a reconstrução do estado, sob comando do ministro Paulo Pimenta. Entre as medidas, estão um auxílio de R$ 5,1 mil para compra de móveis e eletrodomésticos, além de saque de até R$ 6,2 mil do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e inclusão de 21 mil famílias no Bolsa Família. Veja abaixo: Auxílio Reconstrução de R$ 5,1 mil: Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o dinheiro será transferido pela Caixa Econômica Federal via Pix para a compra de móveis e eletrodomésticos. Costa afirmou que a confirmação do direito ao benefício será feita por meio do endereço, se o local foi afetado pela chuva. De acordo com o ministro, os interessados devem manifestar o interesse no benefício e a checagem do endereço será feita pelas autoridades. A expectativa do governo é conceder o valor a 200 mil famílias. O montante destinado à medida é de R$ 1,2 bilhão. Saque do FGTS: O governo anunciou que moradores dos locais atingidos, em que houve declaração de estado de calamidade ou emergência, poderão fazer um saque de até R$ 6.220 do FGTS. O ministro Rui Costa informou que também foi derrubada a obrigatoriedade de intervalo de 1 ano entre os saques. Isso porque famílias da região do Vale do Taquari, por exemplo, foram afetadas pelas chuvas há poucos meses e, com a regra, ficariam impedidas de fazer uma nova retirada. Antecipação e ampliação do Bolsa Família: O governo anunciou que vai pagar, em 17 de maio, o Bolsa Família para os atingidos pela tragédia no estado. Antes, o pagamento estava previsto para ocorrer entre 17 e 31 de maio. Além disso, mais 21 mil famílias que preenchem os requisitos do programa no Rio Grande do Sul entrarão na folha de pagamento de junho, segundo o governo. O Ministério do Desenvolvimento Social afirma que seguirá identificando outras famílias que cumpram os requisitos. Antecipação do abono salarial: O governo vai antecipar para maio o pagamento do abono salarial 2024 para trabalhadores que tenham direito ao benefício, de até um salário mínimo. Geralmente, o valor é liberado ao longo do ano, de acordo com a data de nascimento do beneficiário. Para ter direito à antecipação, é preciso que o estabelecimento empregador do trabalhador esteja nos municípios com reconhecimento federal de calamidade ou emergência. Liberação de duas parcelas adicionais do Seguro-Desemprego: Segundo o governo, as duas parcelas extras serão disponibilizadas para desempregados que já estavam recebendo o benefício na data do reconhecimento federal de calamidade pública. Antecipação da restituição do Imposto de Renda: Segundo o governo, os moradores do Rio Grande do Sul vão receber a restituição do Imposto de Renda em 31 de maio, no primeiro lote de pagamentos. A estimativa é que a liberação atinja R$ 1,1 bilhão. Moradia: O governo afirmou que vai comprar casas nas regiões atingidas para dar às famílias que perderam suas residências. "O presidente Lula está garantindo que as casas que foram perdidas na enchente, aquelas que se encaixam dentro do perfil do Minha Casa Minha Vida 1, Minha Casa Minha Vida 2, dentro do mesmo padrão de renda, 100% destas famílias terão suas casas garantidas de volta pelo governo federal", afirmou o ministro Rui Costa. Segundo o ministro, o governo pretende comprar imóveis usados e em construção para entregar às famílias, além de propriedades que iriam a leilão. Também pretende aproveitar propostas não utilizadas no programa Minha Casa, Minha Vida, além de fazer novas seleções na iniciativa. Financiamento habitacional: O governo anunciou a suspensão, por seis meses, das parcelas mensais de residências adquiridas pelo programa Minha Casa, Minha Vida ou financiadas por meio do FGTS. Também disse que vai aumentar, de 6 para 12 meses, o prazo para uso do FGTS com fim de pagar parcelas atrasadas. Veja Mais

A medida de Biden contra os veículos elétricos chineses que intensifica guerra comercial

G1 Economia Na terça-feira (14), o governo de Biden anunciou a imposição de tarifas elevadas sobre a importação de vários produtos chineses Os veículos elétricos chineses estão rapidamente ganhando participação de mercado na União Europeia. Getty Images via BBC Esta é a mais recente batalha na guerra comercial entre Estados Unidos e China nos últimos anos. O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira um substancial aumento nas tarifas sobre carros elétricos, painéis solares, aço e outros produtos de fabricação chinesa. A Casa Branca disse que as medidas, que incluem um imposto de 100% sobre carros elétricos provenientes da China, eram uma resposta a políticas comerciais injustas e tinham como objetivo proteger os empregos americanos. A China já criticou os planos, que foram anunciados antecipadamente. LEIA TAMBÉM A difícil transição para carros elétricos em uma Europa em ciclo eleitoral Recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Stellantis explica como serão aplicados os R$ 30 bilhões em investimentos no país Os analistas disseram que as tarifas eram em grande parte simbólicas e visavam ajudar na reeleição em um ano eleitoral difícil. As medidas chegam precedidas por meses de duras críticas do ex-presidente Donald Trump, o virtual concorrente de Biden na corrida pela Casa Branca, que afirmou que o apoio de seu rival aos carros elétricos "mataria" a indústria automobilística americana. As tarifas anunciadas nesta terça-feira afetarão importações no valor estimado de US$ 18 bilhões, segundo a Casa Branca. Além de um aumento de 25% para 100% nos impostos de importação de veículos elétricos, as tarifas sobre os painéis solares aumentarão de 25% para 50%. As taxas sobre certos produtos de aço e alumínio triplicarão para 25%, em comparação com os atuais 7,5% ou menos. 'Comércio desleal' O governo de Joe Biden afirma que as tarifas visam objetivos específicos para proteger a economia dos EUA. Getty Images via BBC As medidas anunciadas pela Casa Branca se somam às tarifas que os Estados Unidos impuseram aos produtos chineses durante o governo Trump, citando práticas comerciais desleais. Durante a revisão das medidas pela administração Biden, o governo recebeu quase 1.500 comentários, a grande maioria de proprietários de empresas que argumentavam que as tarifas estavam aumentando os preços para os americanos comuns e pediam sua eliminação. A decisão de Biden de manter as tarifas em vigor e expandi-las para novas áreas - apesar da inflação persistente nos Estados Unidos ter afetado suas taxas de aprovação - é uma indicação da mudança dramática nas posturas sobre comércio tanto dos democratas quanto dos republicanos nos Estados Unidos, que há muito tempo defendiam os benefícios do comércio global. Wendy Cutler, ex-funcionária de comércio dos Estados Unidos e agora vice-presidente do Asia Society Policy Institute, disse que acredita que os americanos estão dispostos a aceitar carros com preços mais altos em troca de ajudar a proteger as empresas e os empregos americanos. "Já vimos esse filme antes: com energia solar, com aço e [alumínio], e quando se tratam de carros e outros produtos, os Estados Unidos precisam se antecipar", disse. "Trata-se de fazer concessões e talvez a curto prazo os carros fiquem mais caros, mas a longo prazo queremos ter uma indústria competitiva aqui", apontou. Em uma reunião com jornalistas, funcionários da Casa Branca negaram que a política interna dos Estados Unidos tenha influenciado na decisão. Disseram que as medidas são uma resposta às práticas comerciais de Pequim que prejudicam os Estados Unidos, por exemplo, ao forçar empresas ocidentais que operam na China a compartilhar informações, para depois se apropriarem desse conhecimento. Também afirmaram que as medidas visavam objetivos específicos e não esperavam que inflação aumentasse, contrastando seu enfoque com o de Trump. O ex-presidente, que em algum momento se autodenominou um "homem das tarifas", fez campanha com uma proposta de aumento geral de 10% nas tarifas sobre as importações, que subiria para 60% para produtos provenientes da China. Também atacou Biden por promover veículos elétricos, medida que, segundo ele, destruirá as empresas automobilísticas americanas, empregadores-chave em estados como Michigan, que serão campos de batalha importantes nas eleições de novembro. Um olhar sobre as novas tarifas: Semicondutores: de 25% para 50% até 2025 Certos produtos de aço e alumínio: de 7,5% para 25% até 2024 Veículos elétricos: de 25% para 100% até 2024 Baterias de lítio e minerais críticos: de 7,5% para 25% até 2024 Painéis solares: de 25% para 50% até 2024 Guindastes de barco a terra: de 0% para 25% até 2024 Luvas médicas e cirúrgicas de borracha: de 7,5% para 25% até 2026 Aguardando a Europa A acessibilidade de seus preços torna os carros elétricos chineses altamente competitivos. Getty Images via BBC Os Estados Unidos já estão impondo altas tarifas sobre os veículos elétricos fabricados na China, o que resultou em vendas insignificantes desses automóveis. No entanto, Washington tem observado com cautela o aumento das vendas das empresas chinesas na Europa e em outros países. Autoridades da Casa Branca afirmaram que garantir que as tecnologias verdes não sejam dominadas por um único país é fundamental para uma transição energética bem-sucedida e sustentável a longo prazo. Embora as medidas direcionadas aos veículos elétricos provavelmente tenham um efeito prático mínimo, o mundo empresarial está aguardando para ver se a Europa tomará medidas semelhantes, disse Natasha Ebtehadj, da Artemis Investment Management. A União Europeia e o Reino Unido estão debatendo medidas para conter as importações de carros elétricos fabricados na China, mesmo que isso possa desacelerar sua adoção. "Não é realmente uma surpresa para os investidores ou para as empresas chinesas, especialmente no período anterior a uma eleição em que ambos os candidatos não são realmente favoráveis à China", disse Ebtehadj. "Dado o volume relativamente pequeno de importações para os EUA, talvez seja mais interessante ver o que acontecerá a seguir na Europa", acrescentou. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br Os Estados Unidos e a China estão envolvidos em uma guerra comercial desde 2018, quando Trump impôs tarifas sobre cerca de dois terços dos bens importados da China, no valor estimado de US$ 360 bilhões na época. Essas medidas provocaram retaliações de Pequim, um conflito que terminou em um alívio no início de 2020, quando Trump reduziu as taxas de alguns impostos, enquanto a China se comprometeu a aumentar suas compras dos Estados Unidos. No entanto, essas promessas não foram suficientes, e desde então as tarifas resultaram em mais de US$ 200 bilhões em novos impostos de fronteira para o governo dos EUA, além de causar uma significativa reorganização nos padrões do comércio global. Grande parte desse montante foi sustentada pelos americanos comuns, na forma de preços mais altos para móveis, calçados e outros bens. No entanto, a Oxford Economics descreveu as últimas medidas como "mais um rosnado simbólico do que uma mordida". A empresa afirmou que provavelmente aumentariam a inflação em apenas 0,01 ponto percentual, ao mesmo tempo em que afetariam o crescimento de forma semelhante. Veja Mais

Governo publica novas regras para ‘bets’ que atuam com apostas esportivas e de jogos online

G1 Economia Portaria traz uma série de condições e critérios a serem cumpridos, além do pagamento de R$ 30 milhões por parte das empresas à União. Página de um site de apostas esportivas Reprodução TV Globo O governo publicou nesta quarta-feira (22) uma portaria com as novas regras para atuação das “bets” de quotas fixas no Brasil. O sistema de quotas fixas permite que, no momento em que faz a aposta, o apostador já saiba o quanto poderá ganhar caso acerte o cenário. Segundo o Ministério da Fazenda, a publicação permitirá a regulação das empresas que atualmente exploram a modalidade de loteria, nos segmentos de apostas esportivas e jogos online. O documento, publicado pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), estabelece uma série de condições e critérios que deverão ser seguidos por agentes econômicos privados que quiserem obter a autorização para atuar na modalidade. As empresas precisarão cumprir critérios de cinco categorias: Habilitação jurídica; Regularidade fiscal e trabalhista; Idoneidade; Qualificação econômico-financeira; e Qualificação técnica Em nota, o Ministério da Fazenda informou que os critérios foram estabelecidos para “dar mais proteção aos apostadores, visando garantir que as empresas autorizadas tenham estrutura de governança corporativa compatível com a complexidade, especificidade e riscos do negócio”. “Além de capacidade econômico-financeira elevada, as ‘bets’ autorizadas deverão possuir sede e canal de atendimento aos apostadores no Brasil, observar políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo, de jogo responsável, de integridade das apostas e de prevenção à manipulação de resultados, além de adotar boas práticas de publicidade e propaganda”, informou o órgão. Além de atender a todos os critérios dispostos pelo Ministério, as empresas também precisarão pagar R$ 30 milhões à União para adquirirem a autorização de explorar até três marcas comerciais em território nacional pelo prazo de cinco anos. As empresas que já estavam em atividade no Brasil em 29 de dezembro do ano passado, dia em que foi publicada a chamada "Lei das Bets" – que regulamenta o setor no Brasil – têm até o final deste ano para se adequarem e obter a autorização para atuarem no país. “A partir de 1º de janeiro de 2025, as empresas sem autorização da SPA/MF ficarão sujeiras às penalidades pertinentes”, disse a Pasta. O prazo de análise é de até 180 dias. Mas, como regra de transição, as empresas que pedirem autorização nos primeiros 90 dias terão resposta ainda neste ano. A estimativa da SPA/MF é emitir as primeiras autorizações até o final do segundo semestre de 2024. Veja Mais

+Milionária pode pagar R$ 190 milhões nesta quarta-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 148 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 190 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (22), em São Paulo. No concurso do último sábado (18), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. Veja Mais

Imposto de Renda 2024: Receita abre nesta quinta consulta ao maior lote de restituição pago na história; veja como consultar

G1 Economia Ao todo, mais de 5,5 milhões de contribuintes serão contemplados, com um valor total de crédito de R$ 9,5 bilhões. Mais de R$ 1 bilhão serão pagos a contribuintes que residem no Rio Grande do Sul. Imposto de renda Marcos Serra/g1 A Receita Federal vai abrir, a partir das 10h desta quinta-feira (23), a consulta ao 1º lote de restituições do Imposto de Renda 2024. Este é o maior valor já pago pelo Fisco em um lote de restituição do IRPF. Os pagamentos serão feitos a partir de 31 de maio — mesmo dia em que se encerra o prazo para declaração. Ao todo, mais de 5,5 milhões de contribuintes serão contemplados, com um valor total de crédito de R$ 9,5 bilhões. O lote também inclui restituições residuais de exercícios anteriores. Segundo o Fisco, em razão do estado de calamidade decretado no Rio Grande do Sul (RS), foi dada prioridade aos contribuintes domiciliados no estado. No RS, serão restituídas 886.260 declarações, incluindo exercícios anteriores, totalizando mais de R$ 1 bilhão. Os gaúchos foram inseridos na faixa de preferência após as prioridades legais e antes daqueles que optaram pelos modelos de pagamento via PIX e pela declaração pré-preenchida. Saiba mais aqui. Do montante de R$ 9,5 bilhões, aproximadamente R$ 8,9 bilhões referem-se aos contribuintes prioritários. São eles: 258.877 idosos acima de 80 anos 2.595.933 contribuintes entre 60 e 79 anos 162.902 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave 1.105.772 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 787.747 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a Declaração Pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via PIX. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Veja o calendário da restituição do IR 2024 Os pagamentos das restituições do IR 2024 serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações começou no dia 15 de março. Veja as datas dos pagamentos: 1º lote: 31 de maio 2º lote: 28 de junho 3º lote: 31 de julho 4º lote: 30 de agosto 5º lote: 30 de setembro Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal lembrou que disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. Veja Mais

'Palavra intervencionismo é completamente inadequada na Petrobras', diz Alexandre Silveira

G1 Economia Conselho da companhia aprovou a saída de Jean Paul Prates. No seu lugar, a engenheira Magda Chambriard deve assumir o posto. Ministro de Minas e Energia diz que não será 'uma mudança abrupta' na empresa, e que a Petrobras continuará atrativa para os investimentos. Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira Reprodução O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (21) ao Em Ponto, da GloboNews, que a "palavra intervencionismo é completamente inadequada na Petrobras". O posicionamento acontece quase uma semana após o Conselho da companhia aprovar a saída de Jean Paul Prates do comando da empresa. Prates travou embates com os integrantes do Conselho de Administração da petroleira e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Um deles foi o pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras, que se tornou a gota d'água na relação entre todos. Prates foi indicado para o cargo antes mesmo de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar posse, em dezembro de 2022. Para o seu lugar, a indicada de Lula é a engenheira Magda Chambriard, que também assessorou a comissão interministerial para estudar as regras de exploração e produção das reservas de petróleo e gás na área do pré-sal. Magda tem 66 anos e foi convidada por Lula para a presidência da estatal Silveira justificou que a indicação de Magda não é "uma mudança abrupta na Petrobras, [...] para que ela (Petrobras) continue sendo atrativa para os investimentos". O ministro afirmou ainda que o foco com a estatal é continuar com o plano de investimentos. No último mês, a companhia informou que projeta investir US$ 73 bilhões em atividades de exploração e produção, sendo que parte dos recursos será destinada para demandas relacionadas à indústria naval e offshore. De acordo com a petroleira, os projetos relacionados a essas demandas contemplam, entre outros pontos, plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo, embarcações de cabotagem e destinação sustentável de unidades. A estimativa da empresa é criar até 100 mil empregos diretos e indiretos com essa demanda, no prazo estimado para os projetos. O ministro afirmou ainda que o investidor não precisa se preocupar com o novo nome e que não terão surpresas na gestão da companhia. Magda já passou por todas as etapas formais de aprovação interna da companhia. Como as regras da Petrobras determinam que o presidente deve ser integrante do Conselho de Administração da Petrobras, a indicada deve ser aprovada pelo conselho e depois pela assembleia de acionistas. De acordo com a colunista Ana Flor, o Conselho deve se reunir na próxima sexta-feira (24) para analisar o nome da engenheira. Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado após demissão de Jean Paul Prates; Bruno Carazza comenta Veja Mais

Governo pode antecipar recursos à Fraport para custear operação da Base Aérea de Canoas

G1 Economia Capacidade financeira da companhia para arcar com custos da operação emergencial da base aérea preocupa Anac. Empresas poderão vender passagens a partir desta terça-feira. O governo federal pode antecipar recursos para custear a operação comercial da Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul – que vai substituir de forma emergencial o aeroporto internacional Salgado Filho, interditado desde 3 de maio. As companhias aéreas poderão começar a vender, a partir desta terça (21), passagens para voos com destino à base. Aeroporto de Porto Alegre fechado por tempo indeterminado: veja como está o local com o Fantástico A base será operada temporariamente pela Fraport, que tem o contrato de concessão do aeroporto de Porto Alegre. Na sexta-feira (17), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou uma norma que permite a operação comercial, pela Fraport, da Base Militar de Canoas. Contudo, há uma preocupação em relação à capacidade financeira da companhia para arcar com os custos da operação emergencial da base aérea. “Cumpre-nos ponderar que a situação de caixa da empresa Fraport Brasil S/A Aeroporto de Porto Alegre, dadas as perdas no Aeroporto Salgado Filho, preocupa esta SRA [Superintendência de Regulação Econômica] quanto ao seu fôlego financeiro para fazer frente à operação emergencial”, diz nota técnica da Anac à qual o g1 teve acesso. Por isso, a agência incluiu na norma aprovada a possibilidade de o governo antecipar recursos à Fraport, do Orçamento da União, para que a empresa possa “fazer frente imediata à transferência das operações do Aeroporto Salgado Filho para a Base Militar”. Crédito extraordinário Outro parecer técnico, este do Ministério de Portos e Aeroportos, cita a possibilidade de se utilizar crédito extraordinário para ressarcimento à Fraport. Questionada sobre a possibilidade de adiantamento e o montante estimado, a pasta afirmou que ainda não há definição. "Ainda estamos trabalhando na estratégia para indenização à Fraport. Assim que houver uma definição será amplamente divulgada", disse. Base aérea em Canoas é utilizada para transporte de voluntários e doações desde as enchentes. MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO Todos os custos da operação emergencial da Base Aérea de Canoas serão ressarcidos pelo governo federal à Fraport. No decorrer da atividade em Canoas, a empresa vai enviar ao governo informações de receitas e custos. Ao término da operação, a Anac vai verificar o que foi gasto em termos de custo e o que foi recebido pela empresa, para ressarcimento da diferença entre receitas e despesas. Entre as receitas da Fraport no período está a cobrança de taxa de embarque dos passageiros, no mesmo valor que a taxa cobrada em voos domésticos no aeroporto Salgado Filho, de R$ 53,14. A operação emergencial da base deve se encerrar quando os voos puderem ser retomados no aeroporto de Porto Alegre. Veja Mais

Desenrola Brasil: prazo para renegociação de dívidas termina nesta segunda-feira; veja dicas

G1 Economia Desenrola já beneficiou mais de 14,9 milhões de pessoas, negociando cerca de R$ 52,25 bilhões em dívidas, segundo dados do Ministério da Fazenda. Descontos no pagamento das dívidas podem ultrapassar os 90%. Reprodução/TV Anhanguera Depois de uma segunda ampliação do prazo, o programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil, entra em seu último dia. Os consumidores podem renegociar suas dívidas pela plataforma do programa até esta segunda-feira (20). Nesta última fase, somente as dívidas de pessoas inseridas na faixa 1 do programa podem ser renegociadas. Essa faixa contempla quem tem renda mensal de até dois salários mínimos ou está inscrito no CadÚnico. Além disso, para ser elegível ao programa, o valor original da dívida não pode ultrapassar R$ 20 mil e deve ter sido negativada somente entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. As dívidas podem ser bancárias, como as com cartão de crédito ou empréstimo, ou também aquelas geradas em outros setores, como as contas em atraso de energia, água e comércio, por exemplo. Até agora, o Desenrola já beneficiou mais de 14,9 milhões de pessoas, negociando cerca de R$ 52,25 bilhões em dívidas, segundo dados do Ministério da Fazenda. Veja abaixo como conseguir uma boa negociação em três passos. LEIA TAMBÉM ???? PODCAST EDUCAÇÃO FINANCEIRA: Como renegociar dívidas no Desenrola PERGUNTAS E RESPOSTAS: Veja entrevista do ministro Márcio França sobre o Desenrola Pequenos Negócios Governo Federal prorroga para 20 de maio o fim do Programa Desenrola ?? Mapear as dívidas Antes de correr para a renegociação, os especialistas enfatizam que é essencial ter um bom mapeamento das finanças, conhecendo muito bem todas as dívidas que a pessoa ou a família tem. Marcela Gaiato Martins, diretora da Recovery, pontua que o primeiro passo para o endividado é fazer uma "parada estratégica para enxergar todas as dívidas" e responder os seguintes pontos: Quais são as dívidas? Quais são as empresas em que se deve? Quais são as taxas de juros de cada uma das dívidas? A partir daí, é necessário elencar quais são as dívidas mais e menos críticas — ou seja, aquelas que necessitam de uma renegociação de forma mais urgente do que outras. "Se a dívida do cartão está com juros maior do que a dívida do financiamento de veículo, então eu vou priorizar negociar essa primeiro. O primeiro passo é ter clareza de todas as suas dívidas", comenta Marcela. ?? Entender o que cabe no orçamento Com tudo mapeado, o próximo passo é entender quais são os valores que cabem dentro do orçamento pessoal ou familiar. Marcela destaca que o programa oferece descontos expressivos à vista, que às vezes ultrapassam os 90%. Uma dívida de R$ 10 mil, por exemplo, pode sair por R$ 1 mil. Mas se a pessoa não tiver a possibilidade de quitar esse valor de uma vez só, é melhor optar pelo parcelamento do que se endividar de novo para pagar outra dívida. No caso do parcelamento, é necessário olhar para tudo o que entra e tudo o que sai durante o mês para conseguir definir que valor de parcelas cabem no bolso, para que a pessoa possa honrar o compromisso financeiro sem gerar novos endividamentos. Guilherme Casagrande, especialista em educação financeira da Creditas, compartilha do mesmo ponto de vista e complementa que, na ânsia por conseguir resolver o problema das dívidas, é comum que as pessoas não olhem com atenção para o montante que elas realmente podem destinar para o pagamento da dívida mensalmente e, pouco tempo depois de renegociar, acabam ficando negativadas novamente. "A gente precisa ter calma, porque se eu aceito qualquer negociação agora e eu não consigo honrar com isso, provavelmente vou atrasar (o pagamento) de novo", afirma. ?? Consultar todas as opções de renegociação Sabendo quais dívidas serão priorizadas e os valores que pode destinar para esse pagamento, Marcela, da Recovery, destaca que é importante conferir todas as opções de renegociação. Na plataforma do Desenrola, por exemplo, as opções para o pagamento da dívida já aparecem e é necessário avaliar qual delas tem o melhor custo-benefício. Casagrande explica que o custo-benefício, nesse caso, é encontrar a menor parcela com a menor taxa de juros possível. Na prática, isso significa que, na maioria das vezes, quanto menor a parcela, maior é a taxa de juros — e, consequentemente, também é maior o tempo total que a dívida demorará para ser paga e maior o custo efetivo da dívida. Uma dívida com parcelas de R$ 50 por 10 meses, totalizando R$ 500, por exemplo, é maior do que uma dívida com parcelas de R$ 60 por 8 meses, totalizando R$ 480. Nesse sentido, o ideal é encontrar um equilíbrio entre o máximo que se pode pagar com os juros (e tempo) que serão cobrados por isso. Além disso, Marcela também pontua que o cliente pode ser bastante transparente com o banco ou outra instituição financeira a quem está devendo, deixando claro o quanto pode pagar e qual sua atual situação, já que para o banco é mais interessante que a dívida seja paga (mesmo que com desconto) do que não receber nada. ?? Como acessar o Desenrola Para acessar a plataforma do Desenrola para renegociação de dívidas, é necessário tem uma conta gov.br, seja ela no nível ouro, prata ou bronze. Veja como abrir uma conta gov.br Todos os usuários podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento, se optarem por não pagar à vista. ???? OUÇA MAIS DICAS NO PODCAST EDUCAÇÃO FINANCEIRA Veja Mais

Chuvas no RS: produtores lançam campanha integrada para motivar a compra do vinho gaúcho

G1 Economia Nova ação engloba representantes de cerca de 100 empresas e mais de 10 mil produtores de uva. Mercado vinícola tem desafios logísticos à frente, com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre e com os danos em estradas impactadas pelos deslizamentos de terra. Selo verde lançado pela campanha do Consevitis-RS serve para destacar o vinho gaúcho na gôndola dos supermercados Divulgação/Circle Lab O Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS) lançou nesta segunda-feira (20) uma campanha integrada de apoio aos produtores de vinho, suco de uva e derivados do Rio Grande do Sul. O estado ainda sofre com alagamentos e as consequências das fortes chuvas neste mês, que causaram a morte de 157 pessoas, além de milhares de desabrigados. Os efeitos na economia do estado ainda são calculados com dificuldade em meio à tragédia. A nova ação em prol do vinho gaúcho engloba os representantes de cerca de 100 empresas associadas entre a União Brasileira De Vitivinicultura (Uvibra), Associação Gaúcha De Vinicultores (AGAVI) e Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho). Pela Associação da Comissão Interestadual da Uva (ACIU), são 23 sindicatos, com mais de 10 mil produtores de uva. A campanha do Consevitis-RS procura dar destaque ao produto com um selo que identifica o vinho gaúcho nas gôndolas de lojas e supermercados. Serão impressas 500 mil unidades no primeiro momento da campanha. Junto com os selos, será lançada também uma campanha digital, por meio das hashtags #CompreVinhoGaucho e #AjudeRS. “Ainda estamos vivendo as consequências da catástrofe, e muitos produtores foram fortemente impactados. Além de continuar com o acolhimento a todos os que foram atingidos, para que haja reconstrução precisamos movimentar a economia. E valorizar os produtos gaúchos também é uma das formas de prestar esse apoio”, diz em nota Luciano Rebellatto, presidente do Consevitis-RS. As primeiras campanhas que surgiram, de produtores e revendedores do Rio Grande do Sul, foram pulverizadas para incentivar a compra de vinho gaúcho — seja em benefício do próprio setor, seja para ajudar regiões afetadas pelas cheias. Como mostrou o g1 na semana passada, a região da Serra Gaúcha foi a mais afetada, com vinhedos alagados e deslizamentos de terra que destruíram as videiras. Dados preliminares da Emater/RS-ASCAR, instituição de assistência técnica a produtores, dão conta de que foram destruídos ao menos 500 hectares de vinhedos. Os danos podem chegar a algo perto de 2% dos cerca de 44 mil hectares ativos no estado. Além das perdas nos vinhedos, empresas que tinham pontos de apoio logístico em áreas alagadas tiveram prejuízos pontuais de estoque. Outro desafio dos produtores nos próximos meses será o escoamento da produção, já que o aeroporto de Porto Alegre está inoperante e ainda há bloqueios em estradas do estado. Esses dois fatores prejudicam, também, o turismo na região. Segundo o Consevitis-RS, o Complexo Econômico da Uva e Derivados representa cerca de 2% do PIB do estado do Rio Grande do Sul, com atividade vinda de 550 vinícolas e cooperativas. Temporais no RS alagam vinhedos na Serra Gaúcha: 'Nem imagino o estrago', diz produtor Veja Mais

Influenciadores de finanças: veja como escolher os melhores e como confiar neles

G1 Economia Episódio do podcast Educação Financeira discutiu as melhores práticas para que o investidor não confunda recomendação com publicidade e não erre ao seguir as sugestões de um ‘finfluencer’. Conforme a Ambima, o Brasil tem 534 influenciadores de finanças DC Studio/Freepik Jogo do Tigrinho, rifas online ou investimentos milagrosos. Quando se vê um influenciador de finanças divulgando formas muito fáceis de ganhar dinheiro, é melhor desconfiar. Para mitigar o impacto dos falsos “finfluencers” — como se chamam os produtores de conteúdo do setor — , a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançaram, em setembro de 2023, normas para a contratação de criadores de conteúdo por instituições financeiras. Com a regulamentação, os finfluencers são obrigados, por exemplo, a informar em suas redes sociais caso façam uma publicação patrocinada. Além disso, as entidades recomendam que criadores de conteúdo financeiro passem a tirar certificações de analistas de investimento, como a CEA (Certificação Anbima de Especialistas em Investimento) e o CNPI (Certificado Nacional do Profissional de Investimento). Mas como saber se o influenciador é idôneo ou não? O episódio do Educação Financeira desta semana entrevistou Amanda Brum, gerente executiva de Comunicação com Associados da Anbima, para dar dicas de como escolher um bom influenciador e o que observar para saber se o trabalho é bem feito. Pelo lado dos influenciadores, o podcast convidou Eduardo Feldberg, do canal Primo Pobre, para contar sobre as melhores práticas que os criadores deveriam adotar para manter a confiança do público que atingem. OUÇA O PODCAST ABAIXO: Como desconfiar do influenciador de finanças Para os especialistas ouvidos pelo g1, os investidores precisam adotar três regras: Desconfiar de investimentos milagrosos, com rendimento alto em pouco tempo Uma das promessas mais comuns é o famoso “aprenda a ganhar R$1 milhão em pouco tempo”. A isca é o sonho de se tornar milionário. Mas, em geral, uma rentabilidade que chegue na casa do milhão rapidamente não existe. Promessas como essa são sinônimos de golpe. “Se a esmola é grande, o santo desconfia. Se você estiver seguindo um influenciador que está te prometendo mundos e fundos, acenda o sinal de alerta, busque entender quem é aquela pessoa que está falando com você“, declara Amanda Brum, da Anbima. Assim, é recomendado procurar o nome do influenciador na internet e verificar se ele é conhecido. Aprofundando um pouco, é bom ver se ele possui processos judiciais, número baixo de seguidores, ou se faz poucas postagens em suas redes sociais, por exemplo. Há casos também de gente grande que dá golpe em seguidores. Lembre aqui o caso de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins. Evitar quem anuncie jogos de azar A planejadora financeira Carol Stange alerta que um bom influenciador não deve promover ou divulgar jogos de azar. Os cassinos online e outros jogos pouco transparentes podem levar os seguidores a perdas significativas, além de serem contra os princípios éticos dos profissionais da educação financeira. “Como influenciadores, temos a responsabilidade de orientar nossos seguidores na construção de uma vida financeira sólida e sustentável, baseada em princípios de planejamento, economia e investimento responsável”, diz Carol. “Eu considero que a divulgação de jogos de azar por influenciadores de finanças é inaceitável e contraproducente para o bem-estar financeiro da população”, alega. Além disso, a especialista afirma que as apostas não garantem nenhum retorno financeiro, onde as chances de sucesso são baixas e a “perda total do capital investido é um risco frequente”. Pior ainda se o influenciador falar que o jogo pode ser uma “renda extra”. Preferir recomendações de quem possui certificação — tendo em mente que anúncio são publicitários Certificados emitidos por instituições como a Anbima e a Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) permitem com que profissionais atuem no mercado financeiro. A Anbima produz as principais certificações: Certificado Profissional Anbima (CPA-10 e CPA-20): é obrigatória para funcionários de órgãos financeiros trabalharem na venda ou prospecção de produtos de investimento. Certificado de Especialista em Investimento Anbima (CEA): Além de ganharem o selo CPA -10 e CPA -20, profissionais com CEA podem trabalhar como especialistas em investimentos. Certificação de Gestores Anbima (CGA): Requisitada para pessoas que desejam ocupar um cargo de gestor profissional de recursos de terceiros junto a CVM. Para consultar se o profissional possui certificações ANBIMA é necessário pesquisar no site da instituição o nome ou CPF da pessoa que deseja consultar. Outras instituições também emitem certidões que permite a atuação no mercado financeiro, como a CNPI, da Apimec, a CFA, da CFA Society Brazil, a PQO (da B3 e Ancord), CFP, da Planejar, e a AI, da Ancord. Mas é fundamental lembrar: influenciadores podem fazer parcerias pagas para vender produtos financeiros. Isso significa que, o que ele anuncia, pode não ser o ideal para o investidor. Melhores práticas para finfluencers A Anbima lançou em abril deste ano o “Tá na Rede”, manual online que reúne as melhores práticas que um influenciador de finanças precisa seguir para fazer publicidade sobre investimentos e produzir conteúdo na internet. Além disso, o site indica cursos, princípios éticos e onde podem encontrar fontes confiáveis para ajudar na produção de conteúdo. As principais recomendações são: Deixar claro quando o conteúdo produzido for uma publicidade; Não apresentar produtos com promessas inalcançáveis e não se comunicar de forma exagerada e apelativa; Ao informar a rentabilidade de um produto, explique se o valor possui desconto de impostos; Sempre informar para os seguidores se você possui certificação, vínculo profissional com alguma empresa e se os ativos divulgados fazem parte de sua carteira. “Outra boa ação que a gente prega é se você, finfluencer, tiver falando de um produto, deixe claro quais são os riscos e se o material é válido para qual tipo de investidor. Isso é essencial, pois às vezes o influenciador fala mil maravilhas de um produto e a pessoa pode comprar aquilo que não é adequado para os objetivos dela”, informa Brum. O Primo Pobre Eduardo Feldberg, do canal Primo Pobre, é um dos influenciadores de finanças que mais crescem na internet Reprodução/Instagram O influenciador de finanças Eduardo Feldberg, do canal Primo Pobre, começou a publicar vídeos na internet porque se sentiu incomodado com a falta de conteúdo de finanças voltado para a população de baixa renda. “Eu resolvi começar a ensinar sobre coisas que eu faço na minha vida e esse é um dos pontos principais, pois eu ponho em prática absolutamente tudo o que eu ensino antes de apresentar para o meu público”, declara. Conforme a sexta edição do relatório Finfluence, da Anbima, a página Primo Pobre foi a que mais cresceu no Facebook no último semestre de 2023, com 513% de crescimento. A evolução também foi verificada no Instagram e Youtube, com 199% e 34%, respectivamente. Sobre a sua repercussão nas redes sociais, Feldberg alega que as pessoas passaram a seguir ele a partir de três pontos: identificação, linguagem acessível e credibilidade. Ele diz que recebe muita proposta de parceria com empresas de apostas, mas diz negar quase todas, para seguir com seus princípios éticos. “Até hoje no meu canal eu fiz três publicidades, porque eu não gosto de poluir meu canal com merchan. Eu não divulgo nada se eu sei que tem alguma coisa melhor, mais barato ou de graça. Isso aumenta muito a minha credibilidade”, ressalta o influenciador. Copom avalia que cenário para inflação se tornou mais desafiador Veja Mais

Produção de arroz será 19% menor do que a anterior no Paraná

G1 Economia Em 2023, produtores paranaenses perderam boa parte da safra devido a chuva e enchentes. Com chuvas em 2023, produção de arroz será menor A safra de arroz no Paraná está terminando e, de acordo com o Departamento de Economia Rural, a área plantada é praticamente a mesma de 2023, mas a produção deve ser ao menos 19% menor. Isso porque o campo paranaense foi afetado pelas chuvas e diversas lavouras sofreram com as enchentes. Em 2023 foram colhidas 152,6 mil toneladas e até o momento em 2024 são 124,3 mil toneladas. ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ? Siga o canal do g1 PR no Telegram Em Santa Mônica, no noroeste, por exemplo, o Rio Ivaí transbordou e atingiu inúmeras propriedades produtoras de arroz. Produção de arroz diminui em 2024 Reprodução Apesar da redução e recentes impactos da chuva no maior produtor de arroz do Brasil, o Rio Grande do Sul, o engenheiro agrônomo do Deral-PR Carlos Hugo Godinho, aponta que não faltará produto. O ponto de atenção, segundo ele, está na logística. “Tem bastante arroz disponível principalmente nesse primeiro momento. A não ser alguns problemas de logísticas mais específicos do Rio Grande do Sul, mas nada que seja capaz de criar um preço muito mais alto. Agora, para o final do ano, possivelmente, a gente tenha que importar um pouco mais de arroz. Essa já é uma prática dos períodos de entressafra. Então, caso a gente precise, a gente vai ajustar as nossas exportações (exportando um pouco menos de arroz esse ano) ou a gente vai importar um pouco mais. Mas são canais estabelecidos, mas não é como se a gente nunca tivesse tido que importar arroz e tivesse que começar do zero. Isso acontecerá naturalmente”, explica. LEIA TAMBÉM: Acidente: Condutor morre atropelado por caminhão logo após descer de carro na PR-151 Bruno Mars em Curitiba: cantor anuncia show no Estádio Couto Pereira; veja preços Veja cargos e salários: Concursos públicos no Paraná ofertam mais de 400 vagas VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná Veja Mais

Idosos continuam trabalhando na roça mesmo depois da aposentadoria

G1 Economia Mesmo após a aposentadoria, muitos idosos continuam trabalhando na roça. Para um casal de Glicério (SP), a rotina do campo traz satisfação e o sustento de casa. Casal troca vida na cidade por rotina mais tranquila no campo Reprodução/TV TEM Para um casal de Glicério (SP), a jornada no campo começa antes mesmo do dia clarear. Na propriedade rural de Ênio e Olésia, os 150 litros de leite ordenhados por eles diariamente são só um da longa lista de compromissos. Dos 55 anos de casamento, 30 são morando no campo. Depois da aposentadoria, o casal quis trocar o movimento da cidade por uma vida mais tranquila na zona rural. Hoje, os dois dividem as tarefas, e esse esforço ajuda no sustento da casa. Veja a reportagem exibida no programa em 12/05/2024: Idosos continuam trabalhando na roça mesmo depois da aposentadoria "Sempre gostei de mexer com sítio, galinhas, plantas. Voltei à minha origem. Até 10h, fico cuidando das plantações. Depois, vou para o almoço. Às 14h, voltamos para a rotina. O cachorro, inclusive, chama o Ênio. Ele só levanta e vai", conta. Antes morador de São José do Rio Preto (SP), Ênio relata que a vida camponesa vai além da satisfação e do sustento. O cuidado com a agricultura e a pecuária o ajudou a tirar de um quadro de depressão. "O campo me faz muito bem. Na firma que eu trabalhava, não faltava dinheiro, mas a rotina era muito puxada. A cabeça fervia. Quando você se vê sozinho, pode dar um caminhão de dinheiro para a pessoa que o problema não vai resolver", relembra. VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Confira as últimas notícias do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Veja Mais

Chuvas no RS: setor produtivo gaúcho teme por sobrevivência de empresas e pede medidas como na pandemia; entenda

G1 Economia Mais de 94% de toda a atividade econômica do Rio Grande do Sul foi afetada pelas tempestades e cheias que atingem o estado. Imagem de drone mostra carros submersos em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, nesta segunda (13) Reuters/Amanda Perobelli A tragédia que assolou o Rio Grande do Sul (RS) nas duas últimas semanas, com tempestades e cheias que mataram mais de 150 pessoas e deixaram milhares de desabrigados no estado, também deixa seus rastros na economia gaúcha. Com mais de 94% de toda a atividade econômica gaúcha tendo sido afetada pelas chuvas, o setor produtivo sinaliza temer pela sobrevivência das empresas — principalmente dos pequenos e médios negócios. Também indica a necessidade de medidas semelhantes às vistas na pandemia para auxiliar empresas no processo de recuperação e na manutenção do emprego no estado. Desde o início da tragédia, tanto o governo do estado quanto o federal anunciaram injeção de recursos e medidas para auxiliar as famílias e os empresários no processo de retomada. Os bancos também apresentaram uma série de iniciativas. (veja a lista mais abaixo) ?? Saiba como ajudar as vítimas da chuva no RS Demandas do setor produtivo Apesar de as iniciativas anunciadas serem vistas como positivas, representantes da indústria e do comércio reforçam a necessidade de medidas voltadas para recuperar os polos empresariais e manter o nível de emprego no estado. “Ainda estamos na fase de acolhimento e de abrigo de pessoas, mas temos que pensar que logo em seguida virá a recuperação. E para isso estamos trabalhando fortemente com o governo, em busca de legislações parecidas com aquelas que aconteceram na pandemia”, afirmou o presidente da Fecomercio-RS, Luiz Carlos Bohn. De acordo com os executivos do setor produtivo, elas envolvem a flexibilização do mercado de trabalho, com o adiantamento das férias, a redução da jornada, a possibilidade de suspensão de contratos e de compensação futura do banco de hora, entre outros. “Temos muitos pequenos negócios atingidos e o setor terciário perdeu muita força. E uma das grandes preocupações que temos nesse momento é como vamos manter as pessoas empregadas. Teremos muita dificuldade se não houver novas políticas públicas nesse sentido e empréstimos com recursos a fundo perdido”, completa Bohn. Na última quarta-feira (15), representantes de diversos setores da economia do estado se uniram para elaborar o chamado Programa de Recuperação Econômica e Social do Rio Grande do Sul, batizado de “Resgate-RS”. O projeto, entregue ao presidente Lula, sugere sete projetos legislativos que abrangem as esferas federal, estadual e municipal, com foco em medidas tributárias necessárias para a reconstrução da atividade econômica do estado. Gaúchos viajam até Santa Catarina para comprar comida Segundo o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) do RS, Bruno Lanzer, além das medidas de curto e médio prazo que estão sendo anunciadas e que são essenciais para permitir que o estado se recupere, também é preciso trazer iniciativas de longo prazo, "que venham no sentido de criar um sistema de proteção contra desastre naturais". "Se não, ainda corremos o risco de o pessoal que trabalha nessas regiões afetadas, alguns que já sofreram com enchentes outras vezes, começar a se deslocar para outras regiões para não sofrerem de novo essa catástrofe. E isso seria uma perda para a economia do estado", disse. Problemas de logística e impactos na cadeia de produção Outro ponto levantado pelo setor produtivo gaúcho diz respeito aos problemas de logística e aos impactos na cadeia de produção trazidos pelas enchentes no RS. Isso porque além de todos os ativos colocados a prejuízo — com muitas empresas e indústrias tendo perdido estoques, máquinas e equipamentos — o setor ainda enfrenta um grande problema de transporte daquilo que conseguiu ser salvo, uma vez que a maior parte do trajeto de comunicação entre as cidades também foi destruído. “A gente ainda não sabe o que vai encontrar quando a água baixar completamente. A maior parte das indústrias está sem trabalhar, sem vender, sem receber, sem matéria-prima para produzir, estão embaixo da água. E aqueles 5% que conseguem faturar algo, têm problema de deslocamento de seus produtos”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Arildo Bennech Oliveira. O executivo ainda reforça a necessidade de medidas por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), citando empresas perto do Rio Taquari, que viveram a terceira enchente em menos de um ano. “Vou dar um exemplo de uma empresa de cosméticos no Vale do Taquari. Para ter uma ideia, na primeira e na segunda enchentes a fábrica ficou quase destruída. Eles gastaram muito para recompor o lugar, pegaram empréstimo junto ao BNDES para ajudar. E hoje a empresa não existe mais porque a água levou tudo de novo”, contou Oliveira. Além disso, ainda há preocupação sobre como a falta de produtos e insumos e as dificuldades nas cadeias logística e de produção podem afetar a inflação — não só da região, mas do país. Na quinta-feira (16), por exemplo, o Ministério da Fazenda informou que piorou suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) para este ano. A estimativa passou de 3,50% em março para 3,70% na previsão atual. Rio Grande do Sul anuncia criação de 4 “cidades temporárias” De olho na recuperação Apesar de o prejuízo ainda não ter sido completamente contabilizado pelas famílias e empresas gaúchas, a esperança e estimativa dos representantes da indústria é que alguns setores consigam se recuperar primeiro e mais fortemente uma vez que a recuperação do estado comece a despontar. A projeção envolve, por exemplo, um avanço do setor de construção civil e serviços e indústrias relacionadas. "Setores ligados à reconstrução [do estado], como construção civil e alguns setores o varejo voltado para linha branca, podem ser beneficiados. O resto vai depender da rapidez e eficiência que veremos para conseguir ligar os pontos de comunicação do estado que estão quebrados", disse Lanzer, do Corecon-Rs. Além disso, os executivos também preveem uma recuperação mais rápida por parte dos segmentos com maior presença no RS. Nesse sentido, para o presidente da FIERGS, a previsão é que as indústrias metalmecânica, de alimentação e moveleira, de forte atuação no estado, possam ter uma recuperação mais rápida. “Mas precisamos ver como conseguiremos reativar essas indústrias e ainda estamos muito preocupados com os MEIS [microempreendedores individuais] e pequenas empresas. Teremos um período difícil pela frente”, acrescenta Oliveira. Quais medidas já foram anunciadas pelos bancos e pelo governo? Do lado da esfera pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na última quarta-feira (15), uma série de novas medidas para a recuperação do RS. O pacote de iniciativas já propostas pelo governo inclui: o pagamento de R$ 5,1 mil para mais de 200 mil famílias atingidas pelas chuvas; a doação de casas para aquelas famílias que se encaixem nas faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida; a inclusão de 21 mil famílias no Bolsa Família; a antecipação do Bolsa Família e do Auxílio-Gás; a antecipação da restituição do Imposto de Renda para moradores do RS; a facilitação do crédito para famílias, empresas e pequenos agricultores do estado; a antecipação do pagamento do abono salarial de 2024; duas parcelas adicionais do seguro-desemprego; e uma série de medidas para as cidades do RS e para o próprio estado, como a destinação de recursos voltados para projetos de reconstrução de infraestrutura e equilíbrio econômico, a aceleração da análise de crédito para municípios, entre outros. Além disso, as instituições financeiras também trouxeram ações de apoio à população atingida pelos temporais no RS, como a ampliação de linhas de crédito, a isenção de tarifas e a suspensão da cobrança em contratos com atraso curto. Veja mais detalhes na reportagem abaixo: Chuvas no RS: veja as medidas anunciadas pelos principais bancos para apoiar os atingidos Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 30 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 187 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (18), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.726 da Mega-Sena e 147 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 187 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 30 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (16), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Haddad diz que troca na Petrobras foi decisão 'natural' de Lula e não houve interferência de ministros

G1 Economia Em nota interna na última terça, Jean Paul Prates disse que Lula pediu o cargo. Nome de Magda Chambriard como nova presidente será submetido ao Conselho de Administração. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (17) que a decisão de troca do comando da Petrobras foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem a interferência de ministros de Estado. Na última terça-feira (14), Lula demitiu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Em nota interna na empresa, Prates disse que Lula pediu o cargo e que deve nomear a ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo Magda Chambriard para a presidência da Petrobras. "O que teve na Petrobras, regra geral, é quase um ministro. É uma pessoa que tem que ter uma relação muito próxima ao presidente da República, é a maior companhia do país. É estratégica por várias razões, então é natural que possa haver uma troca a depender do julgamento do chefe do Executivo", declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conselho de Administração da Petrobras oficializa saída antecipada de Jean Paul Prates Desde o início do governo, Jean Paul Prates e o ministro Alexandre Silveira divergiam sobre os rumos da Petrobras. Os atritos aumentaram em março, quando o conselho da empresa decidiu não pagar dividendos extraordinários, como são chamados lucros não recorrentes. Jean Paul Prates defendia distribuir metade do valor e reter metade. Na época, chegou-se a especular a saída de Prates da Petrobras. No fim de abril, como uma solução para o impasse, a empresa mudou de ideia e aprovou a distribuição, em duas parcelas, de metade dos dividendos extraordinários. Questionado por jornalistas, Haddad negou que tenha havido interferência na troca da presidência da estatal. "Como foram em todas as ocasiões em que Lula presidiu o Brasil, foi uma escolha muito pessoal dele, sem interferência de ministros. Como, nesse caso, também aconteceu. Não houve interferência de ministros, ao contrário do que vem sendo veiculado. Não aconteceu isso. foi uma escolha pessoal dele", acrescentou Haddad. Veja Mais

Aprenda o manejo correto para a criação de ovelhas

G1 Economia Publicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) compartilha informações sobre sistema de produção, principais raças e outras características do setor. Uma publicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ensina o manejo correto para a criação de ovelhas. O documento traz informações sobre sistema de produção, principais raças, instalações necessárias para a criação e dicas para manter o rebanho saudável. >>>Acesse aqui Veja Mais

O desastre natural com maior impacto na economia brasileira: 3 efeitos das inundações do RS no país

G1 Economia Brasil também sofrerá impactos das enchentes no Rio Grande do Sul — na sua produção industrial e agrícola, e na situação fiscal. Plantação de alface foi destruída pelas enchentes em Guaíba REUTERS/AMANDA PEROBELLI Para se avaliar o impacto econômico das inundações no Rio Grande do Sul, é preciso olhar para o exterior para se achar algo semelhante — como no caso da destruição provocada pelo furacão Katrina nos Estados Unidos em 2005. No Brasil, nunca houve tanto estrago econômico provocado por um evento climático. A avaliação é do economista Sergio Vale, da MB Associados, consultoria que está monitorando os impactos das enchentes de maio na economia. Nos Estados Unidos, o Katrina fez o Estado da Louisina contrair 1,5% — em um ano em que se esperava que crescesse 4%. No caso do Rio Grande do Sul, a MB Associados prevê que a economia vai se contrair 2% — em vez do crescimento de 3,5% que vinha registrando nos últimos 12 meses até abril. E no caso brasileiro, o impacto em âmbito nacional será muito maior do que aconteceu no efeito do Katrina nos Estados Unidos — já que a economia gaúcha corresponde a 6,5% do PIB brasileiro (a Louisina representa 1% da economia americana). Por conta da tragédia, a MB Associados não pretende revisar o crescimento brasileiro. A consultoria acreditava que o crescimento brasileiro projetado para este ano podia ser de 2,5% — mas após a tragédia no Rio Grande do Sul ela manteve a projeção de crescimento em 2%. Saiba direitos do trabalhador e do consumidor em uma emergência climática O Brasil já enfrentou outras grandes crises que afetaram o crescimento da economia nacional. Em 2001, por exemplo, uma seca contribuiu para uma crise de racionamento de energia e apagões. A economia nacional, que havia crescido 4,4% no ano anterior, desacelerou para 1,4%. Mas apesar da contribuição da seca, o cerne da crise de 2001 não foi o clima, mas sim gargalos nas linhas de transmissão — que impediam o Brasil de distribuir energia pelo país. A tragédia no Rio Grande do Sul deste ano — que já provocou pelo menos 149 mortes — terá impacto em pelo menos três frentes da economia brasileira: no crescimento do PIB deste ano, no setor agrícola e na questão fiscal brasileira. Getty Images Economistas e estudos consultados para esta reportagem lembram que a dimensão exata do impacto econômico ainda não pode ser quantificado com precisão, porque as chuvas ainda estão em andamento e sequer foi feito um levantamento preciso do estrago ainda. Essa indefinição também tem implicações políticas. Autoridades têm falado em diferentes medidas e valores para destinar ao Rio Grande do Sul — mas essa ajuda ainda está sendo discutida e os números estão em aberto. Confira abaixo como as inundações devem afetar a economia brasileira em 2024. Impacto no crescimento e na indústria As enchentes afetaram 94,3% de toda atividade econômica do Rio Grande do Sul, segundo um levantamento divulgado na segunda-feira (14/5) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). "Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do Estado", disse o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira. Três das maiores regiões afetadas (Região Metropolitana de Porto Alegre, Vale dos Sinos e Serra) contribuem com R$ 220 bilhões para a atividade econômica brasileira. Essas três regiões concentram 23,7 mil indústrias que empregam 433 mil pessoas. A Região da Serra (de cidades como Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha) é famosa pela produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis. A Região Metropolitana de Porto Alegre também produz metalmecânicos (veículos, autopeças, máquinas), além de derivados de petróleo e alimentos. A Região do Vale dos Sinos é famosa pela produção de calçados. Mas diversos outros setores da economia também foram afetados, como tabaco e químicos. Ruas comerciais no Centro de Porto Alegre ficaram alagadas SEBASTIAO MOREIRA/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK Um estudo feito pelo Bradesco prevê que o impacto da crise no Rio Grande do Sul pode reduzir o crescimento do PIB nacional em 0,2 a 0,3 ponto percentual. "A título de comparação, quando o Estado foi atingido pelo ciclone de 2008, o crescimento do PIB estadual daquele ano foi de 2,9%, ante crescimento do Brasil como um todo de 5,1%." Um outro levantamento — da Confederação Nacional dos Municípios — calcula em mais de R$ 8,9 bilhões os prejuízos financeiros das enchentes. Segundo a CMN, R$ 2,4 bilhões desse prejuízo são no setor público, R$ 1,9 bilhão no setor produtivo privado e R$ 4,6 bilhões especificamente nas habitações destruídas. Impacto agrícola O Rio Grande do Sul é uma das potências do agro brasileiro — o Estado representa 12,6% do PIB da agricultura nacional. Como um todo, a agropecuária brasileira será um dos setores da economia mais afetados pelas enchentes, segundo o Bradesco. "Considerando tais impactos, o PIB agropecuário no Brasil pode recuar 3,5% (nossa estimativa anterior era de queda de 3,0%). As perdas no agronegócio podem ser ampliadas pela logística, que afeta tanto o escoamento da safra bem como impede a chegada de insumos. Esse parece ser um problema importante para os setores de laticínios e carnes", afirma um relatório do banco. O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção do arroz do Brasil, 15% de carnes (12% da produção de frangos e 17% da produção de súinos) 15% da soja, 4% de milho. As enchentes provocaram choques em alguns preços internacionais — a cotação mundial da soja na bolsa de Chicago chegou a subir 2% na semana passada. No Brasil, o preço do arroz já subiu e o governo anunciou a importação do produto para evitar um choque ainda maior. Há temores de que os preços de carne de frango e suína também possam subir em breve. Agricultor mostra prejuízo em campo de milho em Guaíba REUTERS/AMANDA PEROBELLI Por sorte, 70% da safra de soja e 80% da safra do arroz já haviam sido colhidas. Sobram duas dúvidas agora: quanto do restante da safra foi afetado pelas enchentes e se a quantidade já colhida e armazenada nos silos foi comprometida ou não. O Bradesco avalia que 7,5% da produção de arroz e 2,2% da produção de soja do Brasil podem estar comprometidos, caso se confirmem os piores cenários. Vale, da MB Associados, lembra que o agro gaúcho já vinha sofrendo muito nos últimos três anos com os extremos climáticos. "No Rio Grande do Sul, a questão agrícola nos últimos anos tem colocado o Estado no grau de muita insegurança. Foram três anos seguidos de La Niña, com secas muito profundas, e quebras de safra muito fortes. No ano passado, o Estado estava até comemorando a chegada do El Niño, que traria chuvas. Mas quando se pensou que teríamos um ano normal, de repente acontece isso", diz o economista. Ainda existe a possibilidade de um novo fenômeno La Niña este ano, com potencial para provocar novas secas no Rio Grande do Sul. Impacto fiscal Outro impacto importante da calamidade do Rio Grande do Sul na economia nacional é na questão fiscal brasileira. Há anos o Brasil vem tentando equilibrar sua situação fiscal — ou seja — o governo faz um esforço para conseguir arrecadar mais dinheiro do que gasta, produzindo o que se chama de superávit fiscal. Esse superávit fiscal é usado para reduzir o endividamento público do governo, que é um elemento fundamental da economia de qualquer país. Alto endividamento tem potencial para produzir inflação alta, baixo crescimento econômico e desemprego. No ano passado, o governo Lula lançou o que chamou de "arcabouço fiscal" — o conjunto de regras para gastar os recursos públicos e fazer investimentos. Esse arcabouço foi fundamental para acalmar os mercados e sinalizar que o Brasil não gastaria dinheiro desenfreadamente. Mas no mês passado, diante de problemas no orçamento, o governo desistiu de atingir superávits em 2025. Economistas apontam que o Brasil já vivia um momento fiscal delicado antes das enchentes no Rio Grande do Sul. No entanto, o quadro se agrava bastante agora que o governo federal terá que fornecer uma grande ajuda financeira ao Estado. Todos defendem uma ajuda financeira grande ao Rio Grande do Sul, mas analisam que haverá um grande impacto nas contas nacionais. Já foi anunciado, por exemplo, um plano a ser enviado ao Congresso para suspender a cobrança da dívida do Estado do Rio Grande do Sul com a União por três anos. A regra permitiria a criação de um fundo "contábil" de R$ 11 bilhões por ano para ajudar na reconstrução da infraestrutura do Estado que foi devastada pelas enchentes, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A medida também inclui o perdão da cobrança de juros sobre a dívida — com impacto de R$ 12 bilhões. O governo federal já havia anunciado na semana passada um pacote de medidas que pode chegar a R$ 51 bilhões, que incluia pagamentos antecipados de benefícios como Bolsa Família, auxílio-gás, BPC, abono salarial e restituição do Imposto de Renda, além de algumas renuncias fiscais. Na quarta-feira, o governo federal anunciou um auxílio-reconstrução no valor de R$ 5 mil por família cadastrada, que custará R$ 1,2 bilhão aos cofres. Alguns dos gastos públicos ficarão de fora das regras fiscais do governo, por conta de o Rio Grande do Sul estar em estado de calamidade. Todas essas medidas são fundamentais para reerguer o Rio Grande do Sul — mas elas têm potencial para agravar a situação fiscal brasileira que já vinha sofrendo antes da crise provocada pelo evento climático. Sergio Vale, da MB Associados, alerta que ao longo do ano é possível que mais dinheiro seja encaminhado ao Rio Grande do Sul através de créditos extraordinários aprovados pelo Congresso — e que isso deve piorar o equilíbrio fiscal brasileiro. Ele diz que é difícil quantificar exatamente qual será o tamanho do problema fiscal brasileiro, porque ainda não se sabe quanto dinheiro será necessário para reconstrução do Rio Grande do Sul. "Não está muito claro exatamente o que o governo vai disponibilizar. O cenário fiscal [do Brasil] já está muito distorcido. Então qualquer coisa que acontece piora ainda mais", diz Vale. Para Caio Megale, economista-chefe da XP, parte da ajuda estará fora do arcabouço fiscal do governo — mas mesmo que seja necessário incluir essas despesas no orçamento, seria possível acomodar os gastos. "Ninguém sabe direito qual que vai ser o tamanho total do apoio. A gente ouve falar em R$ 70 bi, R$ 80 bi, R$ 90 bi ou R$ 100 bi. Não dá para saber ainda, é preciso esperar as águas baixarem. Mas o arcabouço fiscal tem espaço para que essas medidas sejam tomadas", disse Megale em um morning call (serviço diário de corretoras para seus clientes) desta semana. Veja Mais

CGU: Recurso presencial sobre seguro-desemprego negado tem quase quatro vezes mais chance de sucesso que recurso online

G1 Economia Auditoria do programa também identificou demora na recolocação dos beneficiados e R$ 248 milhões pagos de maneira potencialmente indevida entre 2015 e 2022. Quem busca o seguro-desemprego e tem o benefício negado tem quase quatro vezes mais chance de ser atendido em um recurso feito presencialmente do que pelos canais online. É o que revela uma auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) na gestão do programa, cujo relatório se tornou público esta semana. Os auditores analisaram a gestão do programa, que pagou cerca de R$ 38 bilhões a quase 6 milhões de pessoas que perderam seus empregos em 2022. Foram encontrados problemas na análise de recursos e na proteção das pessoas enquanto buscam recolocação – além de possíveis pagamentos indevidos de R$ 248 milhões. O g1 questionou o Ministério do Trabalho sobre as conclusões do relatório, mas a pasta não se manifestou. Carteira de trabalho emprego Divulgação Diferença de resultados por plataforma Um dos pontos apresentados no relatório trata das diferenças de resultado nos recursos feitos pelos cidadãos. Quem entra com o pedido para receber o benefício e é rejeitado pode recorrer da decisão: presencialmente – em agências do trabalhador ou postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine); ou por meio online, através do Portal Emprega Brasil ou pela Carteira de Trabalho Digital. O relatório aponta que, dos cerca de 228 mil recursos apresentados online em 2022, apenas 18,6% (aproximadamente 42 mil) foram aceitos. Já nos 202,6 mil recursos feitos presencialmente, a taxa de deferimento sobe para 67,4%, quase quatro vezes mais do que nos pedidos online. Para os auditores, o resultado diferente "pode estar relacionado ao auxílio prestado ao trabalhador por ocasião do protocolo do pedido presencialmente." A possibilidade faz sentido para Luís Gustavo Nicoli, advogado especialista em Direito do Trabalho. Ele relata que muitas vezes o trabalhador, por motivos de instrução e acesso à internet, por exemplo, tem dificuldade em utilizar os sistemas, o que pode levar a requerimentos iniciais inadequados. "O governo poderia evitar com um atendimento mais humanizado. Há uma dificuldade de acesso do cidadão às novas tecnologias. Quantos trabalhadores só têm acesso à internet pelo celular? E às vezes aquele sistema não oferece a oportunidade dele fazer todos os requerimentos adequados", argumenta. À CGU, o Ministério do Trabalho informou que as descobertas seriam alvo de uma avaliação específica junto à empresa que opera os sistemas online de requerimentos. Essa avaliação será acompanhada pelos auditores a partir de agora. Demora em recolocação Os auditores também analisaram a efetividade do programa como proteção financeira a quem perde o emprego. Segundo os auditores, menos de um terço (28,5%) dos trabalhadores que receberam o seguro-desemprego em 2022 conseguiram voltar ao mercado de trabalho antes do fim da cobertura do programa – que paga até cinco parcelas mensais. Em média, diz o documento, os trabalhadores que conseguiram novas vagas levaram 196 dias para isso. "Dado que o tempo de assistência oferecido pela política pública está sujeito a limitações orçamentárias, é fundamental que o gestor concentre esforços no tratamento das causas do elevado tempo de reemprego,implementado as requeridas ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional", diz o relatório. Pagamentos potencialmente indevidos Os auditores expandiram a análise do programa para um período desde junho de 2015 em busca de possíveis pagamentos indevidos. Segundo o relatório, foram identificados 13.819 casos em que o benefício tenha sido pago de maneira recorrentes a trabalhadores cujos vínculos tenham sido sempre com as mesmas empresas, "o que pode indicar possível utilização indevida do benefício." O número corresponde a apenas 0,03% dos 35,2 milhões de trabalhadores que receberam o benefício no período, mas significa o pagamento de 184,7 mil parcelas do seguro-desemprego, que somam R$ 248,8 milhões. "A recorrência no usufruto do seguro-desemprego, bem como a recontratação por uma mesma empresa podem ser indicativos de utilização indevida do benefício. Assim, é relevante que o gestor monitore o comportamento dos requerimentos do seguro-desemprego, sob risco de concessões indevidas gerarem pressão financeira desnecessária (...), prejudicando o alcance da política pública e a sua focalização considerando seu público-alvo", diz o documento. Como funciona o benefício O seguro-desemprego é um benefício pago a quem é demitido sem justa causa e não tem renda própria suficiente para manutenção da família. Além disso, é preciso ter trabalhado, recebendo salário, para pessoas jurídica ou física equivalente por um período mínimo de: pelo menos 12 meses (nos últimos 18 meses anteriores à data de dispensa), caso seja a primeira solicitação do benefício; pelo menos 9 meses (nos últimos 12 meses) anteriores à data de dispensa, caso seja a segunda solicitação; cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, para outras solicitações. Não é possível receber o benefício caso o trabalhador já esteja recebendo qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, com exceções para auxílio-acidente; auxílio suplementar; e abono de permanência em serviço. O pedido pode ser feito pelo Portal Emprega Brasil, no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, nos e-mails corporativos das Superintendências Regionais do Trabalho ou pelo telefone 158. Advogado explica sobre o seguro-desemprego no Bom Dia Responde Veja Mais

Governo vai contratar estudo alemão para evitar novas enxurradas e alagamentos no RS

G1 Economia Lula pede solução permanente para enchentes no RS O governo federal vai contratar um estudo de obras de infraestrutura e medidas ambientais para melhorar o escoamento de águas das chuvas de todos os rios que deságuam no Guaíba e também para conter o acúmulo de águas na região de Porto Alegre. A informação foi dada ao blog pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. Segundo ele, a decisão tomada foi a de contratar a mesma agência de desenvolvimento alemã responsável, nos anos de 1960 e 1970, pelo sistema de diques para contenção da água no entorno da capital gaúcha. O estudo a ser encomendado deve ter três eixos: como conter a água ainda na serra e vales, como Taquari e Antas; como aumentar a vazão do Guaíba e Lagoa dos Patos e direção ao mar; como reforçar o sistema de diques de Porto Alegre e melhorar a rotina de manutenção. A possível criação de um canal entre a Lagoa dos Patos e o mar é uma das opções a serem estudadas na segunda parte do projeto, afirmou o ministro. Na primeira etapa, a ideia será investigar e propor, por exemplo, criação de barreiras, reconstruir vegetação na beira dos cursos d'água e até mesmo retirar população de áreas muito próximas dos rios. Guaíba baixa em ritmo lento e zona sul de Porto Alegre ainda tem vários pontos de alagamentos Numa segunda etapa do estudo, o foco é aumentar a vazão do Guaíba e da Lagoa dos Patos, de forma a ajudar no escoamento da água que hoje alaga Porto Alegre e arredores, com o canal como uma opção a ser examinada. A avaliação do sistema de diques para proteção da capital, terceira parte do estudo, será importante para reavaliar alterações necessárias, atualizadas para os novos desafios climáticos, e para indicar como terá que se dar a manutenção do sistema. Veja Mais

Governo publica norma para ampliar disponibilidade de água mineral e material de construção no Rio Grande do Sul

G1 Economia Medida tem o objetivo de dotar o estado de materiais necessários para reconstrução dos locais devastados pelas fortes chuvas; e ampliar o acesso à água potável. Lula anuncia R$5 mil pra 240 mil famílias atingidas pelas chuvas no RS O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quinta-feira (16) uma portaria que pretende acelerar a análise e implantação de projetos de extração de minerais usados na construção civil e de água mineral no Rio Grande do Sul. A medida visa prover o estado de materiais necessários para a reconstrução dos locais devastados pelas fortes chuvas; e ampliar o acesso à água potável. A portaria orienta a Agência Nacional de Mineração (ANM) a priorizar a análise e decisão sobre: autorização excepcional para empreendimentos aptos a fornecer insumos de construção civil de forma emergencial; concessão de autorização para lavra, registros de extração e licenciamento de areias, cascalhos, rochas e outros minérios; autorização para extração de água mineral; comunicação ao ministério sobre medidas de articulação com órgãos públicos e privados. “A portaria agiliza o fornecimento desses insumos para o estado, que estão entre as principais urgências para o atendimento à população e para a reestruturar as construções perdidas ou afetadas pelas fortes chuvas", declarou o ministro, Alexandre Silveira. Na última semana, a prefeitura de Porto Alegre decretou racionamento de água por conta do desligamento de estações de tratamento de água na capital. Por conta das fortes chuvas e inundações, há também risco de contaminação da água nas áreas atingidas em todo o estado. De acordo com a Defesa Civil, o Rio Grande do Sul registra 149 mortes em razão dos temporais e cheias. São 112 pessoas desaparecidas e 806 feridas. Mais de 600 mil pessoas estão fora de casa. Veja Mais

Imposto de Renda 2024: contribuintes do RS receberão R$ 1,1 bilhão em restituições em 31 de maio

G1 Economia Segundo a Receita, medida vai contemplar mais de 900 mil pessoas. Governo decidiu priorizar restituição aos contribuintes do RS em razão das fortes chuvas que assolam o estado. Chuva no RS Reprodução Os contribuintes do estado do Rio Grande do Sul (RS), que sofrem os efeitos de forte enchentes, receberão R$ 1,1 bilhão em restituições do Imposto de Renda 2024, ano-base 2023. A medida vai beneficiar mais de 900 mil declarantes do estado, que receberão os valores em 31 de maio. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Receita Federal nesta quinta-feira (16). Priorizar a restituição aos contribuintes gaúchos foi uma das medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no pacote de reconstrução do estado. De acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a medida, que supera as estimativas anunciadas, foi possível a partir de mudanças no sistema que viabilizaram o fechamento do primeiro lote apenas no dia 15 de maio, ao invés do dia 10. Isso permitiu a ampliação no número de contribuintes beneficiados. A Receita Federal explicou que essa é uma antecipação de restituições para os contribuintes do Rio Grande do Sul, pois os dados do primeiro lote, que será pago também em 31 de maio, ainda não foram fechados. As informações sobre o primeiro lote de restituições, que costuma concentrar contribuintes com prioridade no recebimento, como idosos, serão divulgadas somente na próxima semana. O primeiro lote de restituições será pago no último dia de entrega do Imposto de Renda 2024, que é 31 de maio. Até as 8h40 desta quinta, o Fisco recebeu cerca de 25,8 milhões de declarações, de um total esperado de 43 milhões de documentos. Quem não entregar dentro do prazo fixado, está sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74 e valor máximo correspondente a 20% do Imposto sobre a Renda devido. Para os municípios atingidos pelos temporais no Rio Grande do Sul, entretanto, o prazo de entrega das declarações foi ampliado para o dia 31 de agosto. O pagamento de tributos federais, incluindo parcelamentos, também foi estendido. Rio Grande do Sul: saiba como destinar Imposto de Renda para ajudar as vítimas Doações ao RS por meio do Imposto de Renda A Receita Federal lembra que os contribuintes de todo o país podem usar a declaração para fazer doações ao Rio Grande do Sul. Isso vale para quem tem imposto a pagar e a receber. As doações não influenciam os valores a pagar ou a receber que o contribuinte tem. No caso de o contribuinte ter imposto a pagar, o valor da doação é abatido do valor. Na hipótese de o contribuinte ter imposto a receber, o valor da doação é acrescido ao valor total. As doações dedutíveis podem ser feitas a fundos de apoio à Criança e do Adolescente, de apoio ao Idoso, Incentivo à Cultura, Incentivo à atividade audiovisual e Incentivo ao Desporto durante todo o ano-calendário. No momento da declaração, somente doações para os fundos de crianças e idosos são aceitas. Os valores das doações são limitados a 6% do valor de Imposto Devido para doações aos fundos que auxiliem crianças e adolescentes ou idosos, sendo até 3% para cada. Os recursos podem ser direcionados especificamente a fundos de conselhos de municípios escolhidos pelo contribuinte, como por exemplo no Rio Grande do Sul. Se, por exemplo, o contribuinte teve um Imposto Devido de R$ 1 mil no ano, e teve uma retenção na fonte ao longo dos 12 meses de R$ 400, então o valor a pagar será de R$ 600. Neste cenário, é possível destinar, no máximo, R$ 60 (ou 6%) para as doações. "Esse dinheiro não vem nem para a Receita, também não pode ser confundido com a prefeitura, tem muita gente que fala, mas eu vou dar dinheiro para a prefeitura. Não, não vai, vai para um fundo, um conselho municipal que foi criado pela própria população", explicou o supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, José Carlos Fonseca. Mesmo quem já entregou a declaração neste ano, segundo ele, pode participar. O contribuinte tem a opção de fazer uma declaração retificadora e destinar doações a municípios do RS. Mas, neste caso, ainda de acordo com a Receita Federal, o contribuinte sai da fila da restituição e passa a contar o dia da retificação. Veja Mais

Argentina deixa de ter maior juro nominal do mundo após BC reduzir taxa de 50% para 40%; veja ranking

G1 Economia A liderança é ocupada agora pela Turquia, com uma taxa a 50%. Já o Brasil está na sexta posição, com o referencial na casa dos 10,50% ao ano. Placa em casa de câmbio na Argentina. Tomas Cuesta/Reuters O banco central da Argentina anunciou na última quarta-feira (14) a redução da taxa básica de juros do país de 50% para 40% ao ano. Com o corte, o país deixou de ter o maior juro nominal (sem descontar a inflação) do mundo. A queda na taxa argentina deu espaço para a Turquia, agora líder da lista com juro básico na casa dos 50%. Os dados constam em levantamento do MoneYou, que divulga periodicamente um ranking com as maiores taxas de juros do mundo. Na lista, o Brasil ocupa a sexta posição, com uma taxa de 10,50% ao ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir o juro do país em 0,25 ponto percentual (p.p.) no último dia 20 de maio. Veja o ranking abaixo. Quando considerado o juro real, a Argentina continua com a menor taxa do mundo, em -42,36%. O saldo é negativo porque o país enfrenta uma inflação altíssima, que chegou a 289,4% no acumulado de 12 meses, em abril. O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Nessa lista, a liderança é da Rússia, com juro real de 7,79%. O Brasil ocupa a segunda colocação desde dezembro, quando deixou o topo do ranking, com uma taxa real de 6,54%. Veja o ranking abaixo. Os juros na Argentina A redução da taxa de juros da Argentina foi anunciada logo após o país divulgar que sua inflação ficou em 8,8% em abril — quarto mês consecutivo de desaceleração. Além disso, pela primeira vez em seis meses, o índice mensal ficou na casa de um dígito. Esse também foi o quarto corte da taxa de juro do país em pouco mais de um mês. Em 11 de abril, por exemplo, a taxa foi reduzida de 80% para 70%. Desde então, foram anunciados outros três cortes de 10 pontos percentuais. A queda da taxa ocorre em meio a um crescente otimismo do banco central argentino quanto à redução da inflação. Vale lembrar que a elevação dos juros é uma das principais ferramentas utilizadas pelos bancos centrais para tentar combater a alta dos preços. Elogios do FMI e cenário de pobreza Na esteira do cenário econômico, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem feito elogios ao governo do presidente argentino Javier Milei. Desde que tomou posse, em dezembro de 2023, mandatário lançou mão de uma ambiciosa desregulação da economia, com o objetivo de alcançar o "déficit zero" para o fim de 2024. Os ajustes fiscais resultaram, no primeiro trimestre deste ano, no primeiro superávit desde 2008. Na última segunda-feira (13), o FMI também anunciou um acordo que permite o desembolso de quase US$ 800 milhões (R$ 4,1 bilhão) ao país. A organização destacou o "primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos, a rápida queda da inflação, a mudança de tendência das reservas internacionais e uma forte redução do risco soberano". Por outro lado, especialistas alertam que o superávit foi conseguido com cortes de gastos que não são sustentáveis no tempo: milhares de demissões, paralisação de obras públicas e deterioração de salários e aposentadorias em um país com a metade de seus 47 milhões de habitantes na pobreza. A crise econômica tem feito, inclusive, os argentinos abrirem mão do churrasco, um de seus símbolos nacionais. O consumo de carne bovina por habitante caiu 18,5% no país em um ano, atingindo o menor nível em 30 anos. Argentinos estão comendo menos carne Veja Mais

Chuva no RS causou mais de R$ 1 bilhão de danos na rede elétrica, diz ministro

G1 Economia Segundo Alexandre Silveira (Minas e Energia), mais de 40 equipamentos de alta tensão foram danificados. Pasta enviou nesta quarta 50 técnicos para recuperar rede no estado. Ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) concede coletiva na Base Aérea de Brasília Reprodução/TV Globo O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (22) que as fortes chuvas no Rio Grande do Sul geraram mais de R$ 1 bilhão em danos na rede elétrica – de baixa, média e alta tensões. Segundo o ministro, mais de 40 equipamentos de alta tensão foram danificados pelos temporais desde o fim de abril. Silveira deu as declarações durante entrevista na Base Aérea de Brasília antes do embarque de mais de 50 especialistas em redes subterrâneas de energia elétrica, que irão para o Rio Grande do Sul trabalhar na recuperação da rede. "Com certeza, tivemos mais de R$ 1 bilhão de danos em um primeiro momento já avaliados na rede elétrica. Aí, eu estou incluindo média, baixa e alta tensão porque foram mais de 40 ativos de alta tensão também avariados", declarou o ministro. Governo Federal destina mais de R$ 202 milhões ao Rio Grande do Sul Segundo Silveira os profissionais especializados enviados ao RS nesta quarta vão se dedicar à reconstrução de duas subestações de energia elétrica que foram "muito avariadas" pelos temporais. Eles embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira, modelo KC-390, que também foi carregado com mais de 2,5 toneladas de equipamentos e materiais elétricos. Nesta terça-feira (21), outros 100 técnicos, que prestam serviços para distribuidoras de energia elétrica, embarcaram no Rio de Janeiro com destino à Base Aérea de Canoas para trabalhar na recuperação da rede gaúcha. Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.727: prêmio acumula e vai a R$ 42 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 04 - 32 - 39 - 48 - 51 - 57. Quina teve 58 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 47,8 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O O sorteio do concurso 2.727 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (21), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 42 milhões. Veja os números sorteados: 04 - 32 - 39 - 48 - 51 - 57 5 acertos - 58 apostas ganhadoras: R$ 47.840,90 4 acertos - 3.350 apostas ganhadoras: R$ 1.183,27 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (23). Mega-Sena, concurso 2.727 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Casamento, herança e sociedade: de onde vem a fortuna de Anic Herdy, desparecida no RJ há 3 meses

G1 Economia Família Herdy está na origem do grupo educacional UNIGRANRIO. Advogada está desaparecida desde fevereiro. Família chegou a pagar resgate de R$ 4,6 milhões. Anic de Almeida Peixoto Herdy Reprodução/TV Globo A advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 54 anos, foi sequestrada no Rio de Janeiro e está desaparecida há quase três meses. O caso foi exibido pelo Fantástico no último domingo (19), que mostrou que os sequestradores exigiram um resgate de R$ 4,6 milhões. Apesar do valor pago, Anic não foi solta. O pedido vultoso não foi à toa: Anic é casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, um dos sete filhos do fundador do grupo educacional que deu origem à universidade UNIGRANRIO, José de Souza Herdy. O empresário que deu origem ao grupo faleceu em 1989. A família Herdy foi responsável por gerir o negócio até 2021, quando vendeu a universidade ao grupo Afya. LEIA TAMBÉM Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes em 2024 Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Quantas vezes é necessário ganhar na Mega-Sena para estar entre os mais ricos do Brasil? Na época, a empresa informou que a compra custaria R$ 700 milhões. Desse montante, 60% foram pagos em dinheiro no momento da aquisição, e os outros 40% estão sendo quitados em quatro parcelas anuais. Não há detalhes sobre como foi divido o valor da venda da UNIGRANRIO entre os sete herdeiros de Herdy. Mas, ao lado dos irmãos, Benjamin também é sócio do Hotel Fazenda Casarão da Afetiva, no Rio de Janeiro, e da Herdy Incorporações e Participações LTDA. Essa última empresa foi aberta em 2020, e tem como atividade principal o aluguel de imóveis próprios, além de outras atividades imobiliárias. O capital social da incorporadora, na época da abertura do CNPJ, era de mais de R$ 4 milhões. Além disso, Benjamin e Anic são sócios na Lanic Consultoria e Serviços, empresa de gerenciamento de carreira. Polícia acredita que Anic Herdy esteja morta Entenda o caso Anic não é vista desde 29 de fevereiro, quando estacionou na Rua Teresa, em Petrópolis, e seguiu a pé. No mesmo dia, o marido de Anic, Benjamin, recebeu uma mensagem alertando que a mulher estava sequestrada e só seria solta mediante um resgate de R$ 4,6 milhões. O valor foi pago, mas Anic não apareceu. Para o Ministério Público do Rio de Janeiro, o mentor do crime é um funcionário dos Herdy, Lourival Correa Netto Fadiga, o Gordo ou Fatica, que teve a ajuda do casal de filhos e da amante para sequestrar Anic e para gastar parte do resgate. O MP acredita, também, que Lourival e Anic viviam um relacionamento extraconjugal, e que ele teria atraído a mulher até um shopping com a prerrogativa de ter um encontro. Para os promotores, Lourival é "detentor de uma personalidade galanteadora, possuía relacionamento amoroso com várias mulheres, dentre elas a vítima Anic". A defesa da vítima nega o relacionamento. A investigação diz que Lourival se aproximou da família Herdy há cerca de três anos, prestando serviços de informática, e ganhou a confiança da família se passando por policial federal. "Passando-se por agente da lei, Lourival exercia a segurança pessoal dos membros da família, inclusive de Anic; instalava equipamentos eletrônicos na residência; pagava contas; e tinha acesso irrestrito aos cartões de crédito e contas bancárias de Benjamin [Herdy, marido de Anic]", destacou o MPRJ. Anic chegou a ir algumas vezes a passeio para Foz do Iguaçu, apenas com o Lourival, sem o marido. Segundo a denúncia, Benjamin recebeu mensagens enviadas do aparelho de Anic com o aviso de que ela tinha sido sequestrada e que deveria juntar R$ 4,6 milhões para o resgate. As instruções recebidas indicavam ainda que os Herdy não procurassem a polícia e deixassem as negociações com Lourival. Mas, segundo o MPRJ, já era o plano de Lourival em ação. "Todo o dinheiro do resgate foi direcionado para Lourival, já que ele, em total manipulação de Benjamin, que nele confiava cegamente, indicou contas bancárias para as quais deveriam ser realizadas as transferências para pagamento do resgate", diz a denúncia. Benjamin fez, então, 40 transferências, no total de R$ 3.390.066,85, para aquisição de dólares. "Além disso, Benjamin sacou R$ 680 mil em espécie, pagando o restante do resgate em bitcoins", descreve o MPRJ. À época, 1 bitcoin valia cerca de R$ 70 mil. Como faltavam R$ 530 mil, Benjamin pode ter comprado 8 bitcoins. LEIA MAIS Mentor do sequestro de Anic era amante dela e a atraiu para um encontro no dia do crime, diz MPRJ Família paga resgate de R$ 4,6 milhões e esposa de herdeiro do Rio segue desaparecida há quase 3 meses Preso pelo sequestro de Anic passou 2 dias em hotel do Aeroporto Santos Dumont com amante às vésperas de ser preso “Os beneficiários dos valores confirmaram que as transações foram feitas em razão de negócios efetivados com Lourival”, emenda. “Ainda sem desconfiar de que estava sendo enganado por Lourival, Benjamin entregou os dólares e o dinheiro sacado a Lourival para que ele, no dia 11 de março, supostamente encontrasse os sequestradores e fizesse o pagamento do resgate”, diz o MPRJ. Lourival disse que os sequestradores determinaram que o dinheiro fosse deixado numa lixeira na comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Mas no 11 de março o “segurança” dos Herdy foi com os filhos para a concessionária USA Star, onde desembolsou meio milhão de reais (em notas de R$ 200 guardadas numa mochila) por uma picape RAM 3500 Longhorn, comprada no nome da filha, Maria Luíza. Ela ainda deu R$ 30 mil via PIX por uma moto Royal Enfield Classic Dark Stealth Black, também em seu nome. Quem são os réus Lourival Correa Netto Fadiga, o Gordo ou Fatica É o principal arquiteto do plano criminoso. Atraiu Anic para o Shopping Pátio Petrópolis e a conduziu para um local onde ela desapareceu. Também manipulou Benjamin Herdy, enviando mensagens falsas exigindo resgate e indicando contas bancárias para transferência dos valores. Lavou dinheiro adquirindo um veículo de luxo e 950 aparelhos celulares. Henrique Vieira Fadiga, filho de Lourival Participou na compra dos dólares para o pagamento do resgate e recebeu pessoalmente parte das cédulas. Esteve com o pai e a irmã na concessionária para a compra do veículo de luxo. Maria Luíza Vieira Fadiga, filha de Lourival Também esteve na concessionária e pôs o veículo de luxo em seu nome. Para lavar o dinheiro, formalizou uma loja de conserto de celulares, que começou as atividades logo após o sequestro, e assumiu a negociação dos 950 celulares após a prisão do pai. Manteve contato com o fornecedor paraguaio para recebimento dos aparelhos. Rebecca Azevedo dos Santos, amante de Lourival Manteve contato telefônico frequente com Lourival, especialmente nos dias críticos. Esteve no mesmo local e horário que o sequestrador no dia do crime. Assumiu parte das atividades criminosas após a prisão de Lourival, viajando para Foz do Iguaçu para resolver questões relacionadas aos 950 celulares adquiridos com o dinheiro ilícito. Contribuiu para esconder o dinheiro do resgate e a ocultação de provas relacionadas ao crime. O que dizem os denunciados A defesa de Lourival disse que não foi formalmente notificada da acusação contra o cliente, e que só irá se manifestar diante do juiz. E afirmou que os fatos investigados são meramente especulativos e baseados em suposições. O advogado dos filhos dele disse que está trabalhando para que tudo seja esclarecido. Já os advogados de Rebecca disseram que confiam que a inocência dela será comprovada, e manifestaram preocupação com a forma como a prisão foi decretada. Veja Mais

Conselho da Petrobras vai analisar nome de Magda Chambriard na próxima sexta-feira

G1 Economia Foto de arquivo - Magda Chambriard durante oitiva em 26/22/2014 , quando era diretora-geral da ANP Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados O Conselho de Administração da Petrobras se reúne na próxima sexta-feira (24) para analisar o nome da engenheira Magda Chambriard para a presidência da empresa. A informação foi confirmada pela presidente interina da Petrobras, Clarice Coppeti. Magda foi indicada pelo presidente Lula, em substituição a Jean Paul Prates, e já passou por todos as etapas formais de aprovação interna da companhia. O currículo de Magda precisou passar pela burocracia interna da Petrobras, que analisa potenciais conflitos de interesse e preparo para o cargo. Como as regras da Petrobras determinam que o presidente deve ser integrante do Conselho de Administração da Petrobras, a indicada deve ser aprovada pelo conselho e depois pela assembleia de acionistas. Contudo, com a renúncia de Prates, o caminho é encurtado. Nesse caso, depois de ter o currículo avaliado, Magda precisa apenas da maioria dos votos no Conselho de Administração – composto por 11 cadeiras. Com o aval, ela já pode assumir a presidência e ter o seu nome referendado pela próxima assembleia de acionistas. Perfil Formada em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Magda Chambriard é mestre em engenharia química. Ela também tem especializações em engenharia de reservatórios e avaliação de formações, além de produção de petróleo e gás. A engenheira começou a trabalhar na Petrobras em 1980, atuando na área de produção por mais de 20 anos. Em 2002, assumiu a assessoria da diretoria de Exploração e Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Em 2008, Magda assessorou a comissão interministerial criada pelo presidente Lula para estudar as regras de exploração e produção das reservas de petróleo e gás na área do pré-sal. Já em 2012, ela assumiu a diretoria-geral da ANP, onde permaneceu até 2016. Enquanto esteve no cargo, liderou estudos técnicos que resultaram na primeira licitação do pré-sal. Desde 2021, a engenheira atua na Assessoria Fiscal Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ela também é sócia da empresa Chambriard Engenharia e Energia. Veja Mais

Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Polishop

G1 Economia Empresa tem R$ 395 milhões em dívidas e enfrenta dificuldades desde a pandemia de Covid-19. Interior de loja Polishop Reprodução/Polishop/Instagram A Justiça de São Paulo aceitou nesta segunda-feira (20) o pedido de recuperação judicial da Polishop. A varejista de eletrodomésticos havia protocolado o pedido no início do mês, reportando dívidas de R$ 395 milhões. Na decisão, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, confirmou que a empresa preenche os requisitos legais para o processo. Após o pedido ser aceito, a companhia tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação, e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. (entenda mais abaixo como funciona uma recuperação judicial) Conforme a decisão desta segunda, caberá à Polishop comunicar aos credores sobre a suspensão das dívidas e informar que "as divergências e habilitações devem ser feitas diretamente à administradora judicial". A administradora judicial Cabezón terá agora 48 horas para apresentar um termo de compromisso e 15 dias para entregar uma proposta de trabalho e remuneração. Na decisão, juiz Paulo Filho também determinou que a Polishop apresente suas contas até o dia 30 de cada mês, sob pena de afastamento de seus controladores e substituição de seus administradores. "Todas as contas mensais deverão ser protocoladas diretamente nos autos principais," definiu o magistrado. Procurada pelo g1, a Polishop não havia se manifestado sobre a decisão até a última atualização desta reportagem. Dívidas e dificuldades pós-pandemia A varejista, que tem R$ 395 milhões em dívidas, vinha tentando negociar seus débitos com credores, mas já apresentava dificuldades, ainda em reflexo da pandemia de Covid-19. Desde o ano passado, várias de suas lojas começaram a receber ações de despejo de shoppings por inadimplência — apenas entre 2022 e 2024, por exemplo, pelo menos 50 ações de despejo foram ajuizadas em face da rede de varejo. A empresa vinha passando por dificuldades desde a pandemia quando, em meio à queda de faturamento, a varejista chegou a fechar mais da metade de suas lojas físicas e a demitir aproximadamente 2 mil colaboradores. Em abril, a Polishop chegou a anunciar um plano de reestruturação, no qual lançava um modelo de franquias da marca. O projeto previa mais de 300 franquias abertas até 2028. “Nos últimos anos, a elevação da taxa Selic e a restrição ao crédito, principalmente para o varejo, tornou o custo do dinheiro altíssimo, aumentando também o endividamento das famílias. Além disso, o aumento do custo de ocupação dos shoppings, regulado pelo IGP-M [Índice Geral de Preços - Mercado] [...] pressionou ainda mais os custos operacionais”, afirmou o presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, em nota na época. Como funciona a recuperação judicial O que é a recuperação judicial? A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida. A recuperação judicial foi instituída no Brasil em 2005 pela lei 11.101, que substituiu a antiga Lei das Concordatas, de 1945. A diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos credores. Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a participação dos credores. Quem pode pedir recuperação judicial? Empresas privadas de qualquer porte e com mais de dois anos de operação podem recorrer à recuperação judicial. Porém, a lei não vale para estatais e empresas de capital misto, bem como para cooperativas de crédito e planos de saúde. Também não podem pedir recuperação judicial as empresas que já tenham feito outro pedido há menos de cinco anos e as comandadas por empresários que já foram condenados por crime falimentar (relacionados a processos de falência). Como é feito o pedido de recuperação judicial? O pedido é feito à Justiça por meio de uma petição inicial que contém, entre outras informações, o balanço financeiro dos últimos três anos, as razões pelas quais entrou em crise financeira, e a lista de credores. Depois que o pedido é aceito, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. A lei determina que a assembleia de credores aconteça em até 150 dias após o deferimento do processo pela Justiça, mas na prática, esse prazo costuma ser ultrapassado. *Com informações de Isabela Bolzani Número de empresas em recuperação judicial sobe no país Veja Mais

Dona da Fiat e da Jeep anuncia investimento de R$ 14 bilhões em Betim e expansão da linha de motores

G1 Economia Presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano, também confirmou nesta segunda-feira (20) o lançamento de veículos com a tecnologia bio-hybrid em 2024. Ele disse ainda que as chuvas no Rio Grande do Sul podem impactar indústria. Fábrica da Stellantis em Betim Divulgação A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, vai investir R$ 14 bilhões no polo automotivo de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, entre 2025 e 2030. O valor corresponde a 46% do aporte de R$ 30 bilhões nas fábricas do Brasil anunciado pela montadora em março – a planta da Grande BH vai receber a maior cifra. Outros R$ 454 milhões serão aplicados ainda em 2024 na expansão da linha de motores de Betim, com o objetivo de ampliar a capacidade produtiva de 750 mil para 1,1 milhão de unidades por ano. Stellantis, dona de Fiat e Jeep, anuncia investimento de R$ 30 bilhões no Brasil até 2030 Stellantis explica como serão aplicados os R$ 30 bilhões em investimentos no Brasil O presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano, também confirmou nesta segunda-feira (20) o lançamento de veículos com a tecnologia bio-hybrid neste ano. A previsão é de que o modelo, que combina eletrificação com motores flex movidos a etanol, chegue ao mercado no segundo semestre. “O etanol junto com a eletrificação atuam como a tecnologia que, de fato, é mais barata que outras formas, como o elétrico puro, é muito sustentável e muito consistente com a matriz energética do país”, disse Cappellano. Emanuele Cappellano fala sobre planos da Stellantis Rafaela Mansur/ g1 Segundo ele, 2024 “começou bem” para a montadora, que atingiu 30,3% de market share no Brasil no primeiro trimestre. Cappellano não detalhou como e onde os outros R$ 16 bilhões serão investidos no país, mas disse que os recursos são necessários para viabilizar a transição tecnológica e lançamentos – estão previstos 40 novos modelos até 2030. “[O recurso será investido em] Trazer novas tecnologias, renovar todo o nosso line-up, com carros novos ou a renovação de carros existentes, trazer novas plataformas e arquiteturas bio-hybrid, plataformas que tenham a habilidade de carregar níveis diferentes de hibridização ou eletrificação, e depois trazer os motores híbridos”, explicou. Impactos das chuvas no Rio Grande do Sul Ainda de acordo com Cappellano, a Stellantis acompanha com "atenção" a situação das enchentes no Rio Grande do Sul, onde há fornecedores e concessionárias ligadas à montadora. Ele destacou que "com certeza haverá algum impacto a nível industrial". "O nosso foco é dar continuidade à nossa produção e, de fato, atender as exigências da planta para garantir o dia a dia", afirmou. Vídeos mais vistos no g1 Minas: Veja Mais

Como Suécia se tornou 'paraíso dos super-ricos'

G1 Economia No mundo todo, a Suécia tem a reputação de defender impostos elevados e a igualdade social. Apesar disso, o país se tornou um 'paraíso' dos super-ricos na Europa. Konrad Bergström fez fortuna criando e vendendo empresas MADDY SAVAGE/BBC No mundo todo, a Suécia tem a reputação de defender impostos elevados e a igualdade social. Apesar disso, o país se tornou um “paraíso” dos super-ricos na Europa. Na ilha de Lidingö, há diversos conjuntos de casas de madeira vermelha e amarela no topo de penhascos rochosos e grandes mansões brancas minimalistas com janelas do chão ao teto. A menos de meia hora de carro do centro da cidade de Estocolmo, este é um dos bairros mais ricos da Suécia. O empresário Konrad Bergström acende o interruptor da luz da sua adega para revelar as 3 mil garrafas de vinho que tem armazenadas. “Bordeaux franceses, disso que eu gosto”, diz ele, abrindo um sorriso branco e brilhante. A casa tem ainda uma piscina externa, uma academia forrada em couro de rena e uma oficina transformada em boate, que exibe um grande mictório de metal. “Tenho muitos amigos músicos, por isso tocamos muito”, explica Bergström. Ele fez fortuna fundando empresas, incluindo uma empresa de fones de ouvido e alto-falantes, e esta casa é uma das quatro propriedades que ele possui na Suécia e na Espanha. Não é um estilo de vida inesperado para um empresário de sucesso, mas o que pode surpreender é quantas pessoas se tornaram tão ricas como Bergström — ou até mais ricas — na Suécia, um país com uma reputação global por suas políticas públicas de esquerda. Embora uma coligação de direita esteja atualmente no poder, a nação foi governada por governos liderados pelos social-democratas durante a maior parte do século passado, eleitos com a proposta de fazer crescer a economia de uma forma equitativa, com impostos financiando um forte estado de bem-estar social. Mas a Suécia registrou um boom de super-ricos nas últimas três décadas. Em 1996, havia apenas 28 pessoas no país com um património líquido de mais de 1 bilhão de kronos (a moeda sueca), o equivalente a US$ 91 milhões (R$ 465 milhões), de acordo com uma lista publicada pela antiga revista de negócios sueca Veckans Affärer. A maioria deles vinha de famílias ricas há gerações. Já em 2021, o número de bilionários (com o patrimônio contado na moeda local) havia subido para 542, de acordo com uma análise semelhante do jornal diário Aftonbladet. Essas poucas pessoas possuíam entre elas uma riqueza equivalente à do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas) do país. A Suécia – com uma população de apenas 10 milhões de habitantes – também tem uma das maiores proporções do mundo de bilionários (com o patrimônio contado em dólares) per capita. A Forbes listou 43 suecos com patrimônio de US$ 1 bilhão ou mais em sua lista dos mais ricos de 2024. Isto equivale a cerca de quatro bilionários por milhão de pessoas, em comparação com cerca de dois por milhão nos EUA (que tem 813 bilionários, o maior número de qualquer nação, mas é o lar de mais de 342 milhões de pessoas). A ilha de Lidingö é um dos bairros mais ricos da Suécia GETTY IMAGES via BBC “Só se percebeu o fenômeno depois que ele já tinha acontecido”, diz Andreas Cervenka, jornalista do Aftonbladet e autor do livro Greedy Sweden ("Suécia Gananciosa", em tradução livre), no qual explora a constante ascensão dos super-ricos da Suécia. "Mas em Estocolmo, você pode ver a riqueza com seus próprios olhos e o contraste entre pessoas super-ricas em algumas áreas da capital sueca e pessoas bastante pobres em outras partes”, diz Cervenka. Uma das razões para a ascensão dos novos super-ricos é o próspero cenário tecnológico da Suécia. O país tem a reputação de ser o Vale do Silício da Europa, tendo produzido mais de 40 startups “unicórnios” — empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão — nas últimas duas décadas. A empresa de videochamadas Skype e o streaming de música Spotify foram fundados na Suécia, assim como as empresas de jogos King e Mojang. Histórias de sucesso globais mais recentes incluem a start-up de tecnologia financeira Tink, que a Visa adquiriu por cerca de US$ 2 bilhões durante a pandemia, a empresa de saúde Kry e a empresa de scooters elétricas Voi. No Epicenter — um escritório compartilhado e espaço comunitário com um gigantesco átrio de vidro — o empresário Ola Ahlvarsson relaciona esse sucesso à década de 1990. Ele diz que uma redução de impostos sobre computadores domésticos na Suécia “conectou todos nós muito mais rápido do que em outros países”. Ele também aponta para uma forte “cultura de colaboração” no cenário das startups, com empreendedores talentosos muitas vezes tornando-se modelos e investidores para a próxima geração de empresas tecnológicas O tamanho da Suécia também a torna um mercado de teste popular. "Se quiser testar algo, você pode — a um custo limitado e sem muito risco para a sua marca ou para o preço das suas ações — experimentar muitas coisas aqui", diz Ahlvarsson. Políticas monetárias O bilionário Niklas Adalberth diz que não tem interesse em jatinhos e iates MADDY SAVAGE/BBC Mas Cervenka argumenta que há outro ponto que merece atenção — as políticas monetárias que, segundo ele, ajudaram a transformar o país num paraíso para os super-ricos. A Suécia teve taxas de juro muito baixas desde o início da década de 2010 até alguns anos atrás. Isto tornou barato o empréstimo de dinheiro e os suecos com dinheiro de sobra optaram muitas vezes por investir em propriedades ou em investimentos de alto risco, como startups tecnológicas, muitas das quais aumentaram de valor como resultado. “Um dos grandes fatores que impulsionou este enorme aumento de multimilionários é que temos tido, durante vários anos, uma inflação bastante forte no valor dos ativos”, diz Cervenka. Embora os que ganham mais na Suécia sejam tributados em mais de 50% dos seus rendimentos pessoais — uma das taxas mais elevadas da Europa — ele argumenta que sucessivos governos, de direita e de esquerda, ajustaram alguns impostos de uma forma que favorece os ricos. O país eliminou os impostos sobre a riqueza e sobre heranças na década de 2000, e as taxas de imposto sobre lucros e dividendos (dinheiro obtido a partir de ações e pagamentos aos acionistas das empresas) são muito mais baixas do que os impostos sobre os salários. A taxa de imposto sobre as sociedades também caiu de cerca de 30% na década de 1990 para cerca de 20% — ligeiramente inferior à média europeia. “Você não precisa sair da Suécia se for bilionário hoje. E, na verdade, alguns bilionários estão se mudando para cá”, diz Cervenka. Clube dos 90+: veja quem são os bilionários mais velhos do mundo Ambiente favorável De volta à ilha de Lidingö, Konrad Bergström concorda que a Suécia tem “um sistema fiscal muito favorável para quem está montando empresas”. Ele diz que a sua riqueza tem um impacto positivo porque os seus negócios — e casas — proporcionam emprego a outros. "Temos uma babá, um jardineiro e uma faxineira. E isso também dá mais empregos. Portanto, não devemos esquecer como estamos construindo a sociedade”, diz ele. Bergström salienta que os ricos empresários e capitalistas de risco suecos também estão cada vez mais reinvestindo o seu dinheiro nas chamadas startups de “impacto”, que se concentram na melhoria da sociedade ou do ambiente. Em 2023, 74% de todo o financiamento de capital de risco para startups suecas foi destinado a empresas de impacto. Esta é a percentagem mais elevada da UE e muito acima da média europeia de 35%, segundo dados da Dealroom, que mapeia dados sobre startups. Talvez o investidor de maior destaque do país seja Niklas Adalberth, cofundador da plataforma de pagamentos Klarna. Em 2017, ele usou US$ 130 milhões de sua fortuna para lançar a Fundação Norrsken, uma organização que apoia e investe em empresas de impacto. “Não tenho os hábitos de um bilionário em termos de ter um iate, um jato particular ou algo assim”, diz Adalberth. "Esta é a minha receita para a felicidade." Mas outros argumentam que a Suécia está perdendo um debate público cheio de nuances sobre a riqueza multimilionária, para além do debate sobre como os empresários estão gastando as suas fortunas. Uma pesquisa recente da Universidade de Örebro concluiu que a imagem midiática dos multimilionários suecos é predominantemente positiva e sugeriu que a sua fortuna raramente é explicada no contexto das mudanças nas políticas econômicas do país. “Enquanto os super-ricos forem vistos como a encarnação dos ideais da era neoliberal, como o trabalho árduo, tomada de riscos e uma atitude empreendedora, a desigualdade por detrás disto não será questionada”, afirma o pesquisador de comunicação social Axel Vikström. Cervenka acrescenta que os debates sobre a tributação dos super-ricos não são tão pronunciados na Suécia como são em muitos outros países ocidentais, como os EUA. "Isso é uma espécie de paradoxo. Alguém poderia pensar que com a nossa formação — sendo percebido como um país socialista — isso seria o mais importante", diz o autor. “Acho que tem a ver com [o fato] de que nos tornamos mais uma mentalidade de ‘o vencedor leva tudo’". "Que, se você jogar bem as cartas, também poderá se tornar um bilionário... E isso é uma mudança bastante significativa, eu acho, na mentalidade sueca." A lista dos ricos da Suécia também revela que a riqueza do país continua em grande parte concentrada nas mãos de homens brancos, apesar da grande população imigrante do país e de décadas de políticas que defendem a igualdade de género. "Sim, é onde as pessoas podem criar novo dinheiro, criar nova riqueza, mas ainda é muito fechado e há diferentes pesos e medidas em termos de quem recebe o financiamento das suas ideias", diz Lola Akinmade, romancista e empreendedora nigeriana-sueca. “A Suécia é um país incrível que é líder em muitos aspectos, mas ainda há muitas pessoas excluídas do sistema.” Veja Mais

Educação Financeira #295: como confiar no seu influenciador de finanças

G1 Economia Neste episódio, o influenciador Eduardo Feldberg, do canal Primo Pobre, e a Amanda Brum, gerente de comunicação da Anbima, explicam o que os influenciadores podem ou não fazer e trazem dicas de como o público pode desconfiar. Primo Pobre lança livro em Campinas (SP) Eduardo Feldberg Nos últimos meses, várias notícias de influenciadores digitais que foram presos ou são investigados por aplicar golpes em seus seguidores têm surgido. Na última terça-feira (16), por exemplo, o influenciador Eric Trem Bala, de 32 anos, foi preso, em Minas Gerais, por promover a venda de rifas ilegais em suas redes sociais. Além das rifas, que são proibidas no Brasil (com exceção daquelas promovidas por entidades beneficentes), também tem aqueles que divulgam jogos de azar como uma fonte de renda segura, investimentos milagrosos, assessoria para conseguir salário-maternidade. Há uma grande variedade de golpes. A quantidade e o público dos influenciadores que falam sobre finanças têm crescido bastante nos últimos anos. Segundo o relatório Finfluence, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o número de influenciadores de finanças cresceu de 266 para 534 em três anos, enquanto os seguidores dispararam de 74 milhões para 208 milhões. E, neste contexto, a tarefa mais importante do público é conseguir identificar quais dessas pessoas são, de fato, influências confiáveis. Por isso, neste episódio do podcast Educação Financeira, o influenciador Eduardo Feldberg, do canal Primo Pobre, e a Amanda Brum, gerente de comunicação da Anbima, explicam o que os influenciadores podem ou não fazer e trazem dicas de como o público pode desconfiar. OUÇA O PODCAST ABAIXO: * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja Mais

Beterraba mais barata e manga tommy mais cara: confira cotações nas Ceasas do Paraná

G1 Economia Veja variação completa dos preços em Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá. Beterraba mais em conta No Paraná, o preço da beterraba diminuiu em todas as Ceasas. Entretanto, a manga tommy teve um aumento em três centrais, incluindo Foz do Iguaçu, região oeste do estado, que registrou 60% de acréscimo. Confira valores abaixo. ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ? Siga o canal do g1 PR no Telegram Confira as cotações ?? Veja a variação de preços dos hortigranjeiros mais vendidos em Ceasas do Paraná Cotação das Ceasas Foto: Caminhos do Campo/RPC Foz do Iguaçu Manga Tommy: 60% de aumento. R$ 4,31/kg antes, R$ 6,90/kg nesta semana Abóbora seca: custava R$ 2,65/kg e agora sai por R$ 4/kg Limão tahiti: passou de R$ 2,04/kg para R$ 2,72/kg Beterraba: foi de R$ 7,17/kg para R$ 6,30/kg Curitiba Manga Tommy: passou de R$ 5,50/kg para R$ 7,50/kg Repolho: foi de R$ 1,40/kg para R$ 1,80/kg Chuchu: R$ 1,25/kg agora, contra R$ 2,25/kg anteriormente Couve-flor: R$ 4,16/unidade agora, R$ 6,66 antes Maringá Batata comum: passou de R$ 5,80/kg para R$ 8/kg Tomate longa vida: custava R$ 5,50/kg e agora sai por R$ 6,75/kg Couve-flor: foi de R$ 8,33/kg para R$ 5,83/unidade Beterraba: passou de R$ 7,25/kg para R$ 6,75/kg Londrina Batata lisa: foi de R$ 5,70/kg para R$ 7,60 Cebola pera: custava R$ 8/kg e agora sai por R$ 6/kg Beterraba: R$ 7/kg anteriormente, R$ 6/kg nesta semana Cascavel Manga Tommy: passou de R$ 5/kg para R$ 7,72/kg Tomate longa vida: custava R$ 5/kg e agora sai por R$ 7,27/kg Repolho: R$ 3,63/kg agora, contra R$ 4,54/kg anteriormente Chuchu: foi de R$3,63/kg para R$ 3/kg Fonte: Ceasa-PR Leia também: Doações ao RS: Correios suspendem coleta de roupas e pede outras doações Vídeo: 200 quilos de maconha embrulhados para presente são apreendidos no Paraná Veja cargos e salários: Concursos públicos no Paraná ofertam mais de 400 vagas VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná Veja Mais

Indústria de construção conta 3.600 imóveis para programa de moradia do governo no RS; lista

G1 Economia Governo anunciou medidas para garantir moradia aos desabrigados no estado por conta das fortes chuvas e enchentes. Imóveis estão em 17 cidades devastadas pelo desastre. A Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC) contabiliza cerca de 3.600 imóveis – em construção ou prontos – que possam ser comprados pelo governo federal junto às construtoras para atender aos desabrigados no Rio Grande do Sul. Governo federal busca soluções de infraestrutura para RS, segundo a Miriam Leitão Na quarta-feira (15), o governo anunciou medidas para garantir moradia aos desabrigados no estado por conta das fortes chuvas e enchentes. Para isso, o governo vai fornecer imóveis dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Uma das modalidades de compra é a aquisição de casas e apartamentos de construtoras, que vinham sendo construídos por conta própria para atender ao mercado. O levantamento da CBIC tem como base informações prestadas pelo Sindicato da Indústria de Construção do Rio Grande do Sul e outras entidades locais. Segundo o presidente da CBIC, Renato Correia, as 3.593 unidades estão prontas ou com previsão de conclusão em 1 a 2 anos, com valores de até R$ 200 mil. Os imóveis estão localizados nas cidades atingidas pelas chuvas, como Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo. Veja abaixo a lista: Moradias disponíveis por cidade No Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, o limite de valor de imóvel para a faixa 1 – totalmente subsidiado, para pessoas com renda mensal de até R$ 2.640 – é de R$ 170 mil. Segundo Correia, é esse o valor de aquisição junto às empreiteiras que tem sido mencionado pelo governo. "O que fizemos foi levantar imóveis abaixo de R$ 200 mil porque, se o governo estiver disposto a pagar R$ 170 mil, pode ser que ele consiga algum desconto, é isso que estou dizendo. Pode ser que consiga subir um pouco o preço porque não sabemos se R$ 170 mil é uma média, se ele pode pagar R$ 180 mil em um, R$ 180 mil em outro", afirmou Correia. Rua tomada por lama após nível do rio Taquari, em Lajeado (RS), diminuir. Reprodução/TV Globo Entenda o programa De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, as famílias que perderam suas casas e se encaixam nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida terão direito a imóveis completamente financiados pelo governo federal. Isso será feito por meio de: compra assistida de imóveis usados, quando a família indica um imóvel existente para aquisição pelo governo; chamada pública de imóveis, na qual o governo recebe propostas de proprietários interessados na venda; estoque de casas para leilão, imóveis que foram tomados por causa de financiamentos não pagos, que serão retirados do leilão e transferidos para as famílias; aquisição de imóveis de construtoras; habilitação de novos projetos do Minha Casa, Minha Vida, ou seja, projetos que tinham sido apresentados, mas não foram selecionados. Segundo dados da Defesa Civil, até quarta-feira (15), haviam 538,2 mil pessoas desalojadas (em casas de amigos ou parentes) e outras 77,4 mil em abrigos no Rio Grande do Sul. Leia também: Móveis, colchões e roupas: moradores de Porto Alegre atingidos por enchente começam a tirar de casa o que perderam Tomadas por lama, cidades do Vale do Taquari enfrentam dificuldades para restabelecer serviços e acessos após enchente RS planeja construção de 'cidades provisórias' para pessoas em abrigos, diz vice-governador Veja Mais

Anac libera voos comerciais na Base Aérea de Canoas

G1 Economia Decisão da agência autoriza transporte civil de passageiros e cargas em espaço destinado à aviação militar. Liberação valerá enquanto estiverem suspensas as operações no Aeroporto Salgado Filho, interditado em razão das fortes chuvas no RS. Canoas, no Rio Grande do Sul, nesta sexta- feira, 17 de maio de 2024. Do local, partem helicópteros de resgate e pousam voos com ajuda humanitária aos desabrigados pelas enchentes. Cerca de 70 mil casas na cidade de Canoas estão submersas após a inundação histórica que atingiu o estado. MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) liberou a operação de voos comerciais na Base Aérea de Canoas (RS), localizada na região metropolitana de Porto Alegre. A autorização foi concedida em reunião da Diretoria Colegiada do órgão na última sexta-feira (17). A medida ainda deverá ser oficializada em uma resolução, que será publicada no "Diário Oficial da União". Pela decisão, o espaço — destinado à aviação militar — poderá ser utilizado para o transporte civil de passageiros e cargas. A base aérea servirá como alternativa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, interditado em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo o diretor-presidente substituto da Anac e relator do processo, Tiago Sousa Pereira, a autorização será válida enquanto estiverem suspensas as operações no Salgado Filho. Toda a operação em Canoas será feita pela empresa Fraport, concessionária responsável por administrar o Aeroporto Internacional de Porto Alegre. LEIA MAIS: Aeroporto de Porto Alegre é fechado por tempo indeterminado; voos são cancelados Anac proíbe a venda de passagens áreas com destino ao Aeroporto Salgado Filho Na última semana, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a Fraport já tem se preparado para dar início às operações em Canoas. A empresa tem trabalhado para instalar equipamentos de raio-x e escadas para acesso dos passageiros às aeronaves. À GloboNews, Costa Filho disse que, inicialmente, a base deverá receber até cinco voos por dia. A operação pode ser ampliada de acordo com a demanda. Aeroporto fechado Aeroporto Salgado Filho segue alagado em Porto Alegre O Aeroporto Internacional Salgado Filho foi fechado na noite do último dia 3, em razão do elevado volume de chuvas em Porto Alegre. A venda de passagens com origem ou destino ao Salgado Filho também foi suspensa. Segundo a Fraport, alagamentos no terminal e nas pistas impedem a operação do espaço. A princípio, de acordo com a empresa, a interdição do aeroporto será mantida até o próximo dia 30. Segundo o blog da Ana Flor no g1, há expectativa, no entanto, de que a concessionária emita novo comunicado ampliando o fechamento do espaço até setembro. De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, o governo aguarda o nível de água no aeroporto baixar para fazer um diagnóstico das condições do terminal de Porto Alegre. Veja Mais

Visto E-2 pode ser a oportunidade para brasileiros e portugueses viverem nos Estados Unidos

G1 Economia Entenda aqui esse tipo de visto, os requisitos necessários e os benefícios que você pode ter por meio dele. Renata Castro é fundadora do Castro Legal Group, agora USA4ALL Foto: Divulgação Desde que Portugal passou a fazer parte do Tratado de Comércio e Navegação dos Estados Unidos, firmado no fim de 2022, uma nova porta se abriu para empreendedores portugueses. O acordo permitiu o acesso desses cidadãos (mesmo os que têm dupla cidadania) ao visto E-2, oferecendo um caminho para investir e gerenciar negócios nos EUA enquanto usufruem de residência permanente e acesso ao vasto mercado americano. Mesmo que o Brasil não faça parte do Tratado, essa medida pode ser vantajosa para brasileiros já que uma considerável parcela da população nascida no Brasil detém a cidadania portuguesa, fruto da longa relação histórica entre os dois países. Aqui você vai saber mais sobre os requisitos e benefícios do visto E-2 e descobrir como ele pode ser a chave para o sucesso empresarial em uma das maiores economias do mundo. O que é o Visto E-2? O E-2 é um visto de não-imigrante para investidores e empresários projetado para cidadãos de países com os quais os Estados Unidos mantêm tratados de comércio e navegação. Portugal é agora um desses países, o que significa que os cidadãos portugueses e pessoas com dupla cidadania portuguesa são elegíveis para solicitá-lo. Os requerentes desse visto devem ser indivíduos que desejam investir e gerenciar ativamente um negócio nos EUA, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico do país e para a criação de empregos. Requisitos para solicitar o visto E-2 Para se qualificar para o visto E-2, os requerentes devem, além de ter a cidadania de um país do Tratado, atender a uma série de critérios: 1. Investimento substancial: Os requerentes devem investir uma quantia substancial em um negócio nos EUA. Embora não haja um valor mínimo especificado, o investimento deve ser considerável o suficiente para garantir o sucesso do empreendimento. Segundo a advogada Renata Castro, fundadora do USA4ALL, escritório especializado em imigração, é imprescindível que o investidor luso-brasileiro faça uma pesquisa preliminar sobre o negócio recipiente do investimento, para que o valor inicial condiga com o necessário, não só para satisfazer questões imigratórias, mas também para que o negócio seja viável,- ou seja, tenha mais chances de dar certo pela capitalização adequada. 2. Propósito comercial: Isso significa que o investidor deve ter o objetivo genuíno de desenvolver e operar um negócio nos Estados Unidos, além de estar comprometido em garantir que a empresa seja capaz de gerar lucro e contribuir para a economia do país. 3. Criação de empregos: Os requerentes devem fornecer um plano de negócios detalhado que mostre como o investimento resultará na contratação de trabalhadores americanos. Esse aspecto é fundamental para garantir que o investimento beneficie a economia local, gerando oportunidades de emprego. 4. Fonte legal dos fundos: Os requerentes do visto de investidor devem fornecer evidências sólidas de que os fundos investidos foram obtidos legalmente. Isso significa fornecer documentação detalhada que comprove a origem dos fundos, como extratos bancários, declarações de impostos, contratos de venda de propriedades, entre outros. Benefícios do visto E-2 1. Flexibilidade: O visto E-2 permite que os titulares residam nos EUA por um período renovável de até cinco anos, com a oportunidade de estender sua estadia indefinidamente, desde que continuem a cumprir os requisitos do visto. 2. Possibilidade de residência permanente: Embora o visto E-2 seja um visto de não-imigrante, os titulares podem buscar caminhos para a residência permanente nos EUA com o passar do tempo e de acordo com a evolução do negócio. Opções como o EB-2/NIW e o EB-5 podem ser caminhos para a residência legal. Nesse caso, o aconselhável é procurar a ajuda de um advogado de imigração para avaliar todas as possibilidades disponíveis. 3. Elegibilidade para família: Titulares de visto E-2 podem trazer seus cônjuges e filhos menores de idade para os EUA como dependentes, permitindo que eles possam residir e estudar no país. Cônjuges de portadores de visto É-2 podem trabalhar legalmente nos Estados Unidos, sem requisito de que tenham a cidadania qualificadora. 4. Amplas possibilidades de investimento: O visto E-2 é democrático em relação aos negócios que considera elegíveis para pleito do visto - desde a aquisição de negócios já existentes, desenvolvimento de um novo negócio, ou a aquisição de uma franquia. Não há limitação do ramo de atuação ou do tipo de negócio para pleito do E-2, exceto investimentos puramente especulativos e passivos, como compra de imóveis ou investimentos em ações. Descubra quem pode ajudar você no sonho americano O visto E-2 oferece uma oportunidade flexível para empreendedores e investidores que desejam operar negócios nos EUA e tem se mostrado um caminho de sucesso entre brasileiros e portugueses. No entanto, o processo de solicitação do visto é burocrático e requer o auxílio de uma equipe jurídica especializada em imigração como o USA4ALL para garantir uma aplicação bem-sucedida. Se você deseja investir em um negócio nos Estados Unidos, esse visto pode ser a porta de entrada para que você e sua família vivam o sonho americano. Junte-se a muitos brasileiros que já confiaram no trabalho da USA4ALL para seus processos e agora vivem em território americano. Entre em contato e descubra como você pode alcançar seus objetivos empresariais nos EUA. O USA4ALL atende causas imigratórias em todos os Estados Unidos e oferece triagem gratuita para análise das possibilidades de aplicação. Para mais informações sobre diferentes processos e soluções em imigração, visite o site aqui! Veja Mais

Polishop entra com pedido de recuperação judicial

G1 Economia Com R$ 395 milhões em dívidas, empresa vinha enfrentando dificuldades desde a pandemia. Pelo menos 50 ações de despejo já foram registradas contra a rede desde o ano passado. Interior de loja Polishop Reprodução/Polishop/Instagram A Polishop entrou com pedido de recuperação judicial. A solicitação foi feita na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A varejista, que tem R$ 395 milhões em dívidas, vinha tentando negociar seus débitos com credores, mas já apresentava dificuldades, ainda em reflexo da pandemia de Covid-19. Desde o ano passado, várias de suas lojas começaram a receber ações de despejo de shoppings por inadimplência — apenas entre 2022 e 2024, por exemplo, pelo menos 50 ações de despejo foram ajuizadas em face da rede de varejo. A empresa vinha passando por dificuldades desde a pandemia quando, em meio à queda de faturamento, a varejista chegou a fechar mais da metade de suas lojas físicas e a demitir aproximadamente 2 mil colaboradores. Em abril, a Polishop chegou a anunciar um plano de reestruturação, no qual lançava um modelo de franquias da marca. O projeto previa mais de 300 franquias abertas até 2028. “Nos últimos anos, a elevação da taxa Selic e a restrição ao crédito, principalmente para o varejo, tornou o custo do dinheiro altíssimo, aumentando também o endividamento das famílias. Além disso, o aumento do custo de ocupação dos shoppings, regulado pelo IGP-M [Índice Geral de Preços - Mercado] [...] pressionou ainda mais os custos operacionais”, afirmou o presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, em nota na época. Procurada, a Polishop informou que só irá se pronunciar quando o pedido de recuperação judicial for homologado pela Justiça. Número de empresas em recuperação judicial sobe no país Veja Mais

Entidade diz que 90% do PIB industrial do RS foi afetado por chuvas, e pede crédito e flexibilização de regras trabalhistas

G1 Economia Comitiva da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul se reuniu com Alckmin nesta sexta. Fiergs quer programa de manutenção de empregos nos moldes do lançado na pandemia. O vice-presidente Geraldo Alckmin conversa com jornalistas após reunião com comitiva da Fiergs Guilherme Mazui/g1 Uma comitiva de industriais gaúchos entregou nesta sexta-feira (17) ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) uma lista de pedidos do setor ao governo federal para enfrentamento de prejuízos provocados pelas chuvas e cheias no Rio Grande do Sul. Entre as solicitações apresentadas a Alckmin, que também é ministro da Indústria, está a concessão de crédito para as empresas e a flexibilização de regras trabalhistas nos moldes adotados durante a pandemia de Covid-19. “Temos 90% do nosso PIB industrial alagado, embaixo da água. A situação das empresas é muito difícil, e a gente precisa dessas medidas apresentadas hoje com a maior brevidade possível”, disse Arildo Bennech Oliveira, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). A entidade defende a criação de um Programa Emergencial de Manutenção de Renda e Emprego específico para o estado, que ainda lida com cidades alagadas, pessoas desabrigadas, rodovias bloqueadas e aeroporto fechado. A Fiergs pede a regulamentação de artigos da Lei 14.437, aprovada na pandemia. A entidade solicitou ao governo federal: pagamento com recursos da União de benefício emergencial de manutenção de emprego e renda (BEM) redução proporcional da jornada de trabalho e do salário suspensão temporária do contrato de trabalho implantação de teletrabalho antecipação de férias individuais concessão de férias coletivas aproveitamento e antecipação de feriados adoção de banco de horas O documento Fiergs contém 47 medidas em diferentes áreas (crédito, trabalhista, tributária, infraestrutura, regulação, meio ambiente e comércio exterior) com um custo preliminar, segundo Oliveira, de R$ 100 bilhões. A entidade também apresentará um projeto com pedidos de desonerações, deduções, transações de débitos que envolve tributos federais, estaduais e municipais. Crédito para indústria O documento da Fiergs pede a liberação de linhas de créditos a juro zero para capital de giro, pagamento de folha e aquisição de máquinas e equipamentos. A entidade defende uma linha emergencial com correção dos empréstimos pelo IPCA com carência de 36 meses. A federação das indústrias gaúchas também pede linhas de créditos com taxas subsidiadas. "O crédito me parece que é o mais urgente, além de medidas trabalhistas que a gente também trouxe. O crédito me parece mais importante agora que é para empresas poderem manter os seus funcionários, hoje são mais de 500 mil pessoas de carteiras assinada que estão com as casas cobertas de água", afirmou Oliveira. O executivo disse que a liberação é urgente e que as empresas gostariam de contar com o dinheiro em caixa ainda neste mês de maio. Alckmin repetiu que o governo federal dará os recursos necessários para reconstrução do Rio Grande do Sul e disse que tratará do tema com ministérios e bancos públicos, em especial o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Questionado se o governo deve anunciar novo pacote de crédito voltado ao Rio Grande do Sul, Alckmin disse que sim. “Pode e deve [anunciar novas medidas]. O principal é estabelecer os juros. O principal é qual vai ser o tamanho da equalização. Isso que vai ser discutido", afirmou o vice-presidente. Veja Mais

Dólar e Ibovespa operam em baixa nesta sexta-feira

G1 Economia Na quinta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,13%, cotada a R$ 5,1301. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou em alta de 0,20%, aos 128.284 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (17), na medida em que investidores continuam a repercutir as principais notícias da semana. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), também recua. Por aqui, investidores repercutem dados de desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, a taxa de desemprego no Brasil subiu em oito das 27 unidades da federação (UFs) no primeiro trimestre de 2024. Já nos Estados Unidos, as atenções continuam voltadas para os juros básicos do país, com falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tendo ficado sob os holofotes ao longo da semana. Além disso, o mercado também continua focado nas ações da Petrobras, que já acumulavam perdas de mais de 10% na semana até a quinta-feira (16). O movimento acompanha o anúncio de que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da estatal, pouco tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da companhia se acalmarem. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h25, o dólar caía 0,17%, cotado a R$ 5,1212. Veja mais cotações. Na quinta-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,13%, cotada a R$ 5,1301. Com o resultado, acumulou: recuo de 0,53% na semana; perdas de 1,21% no mês; ganho de 5,72% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,21%, aos 128.019 pontos. Na quinta-feira, o índice teve uma alta de 0,20%, aos 128.284 pontos. Com o resultado, acumulou: ganhos de 0,54% na semana; avanço de 1,87% no mês; perdas de 4,40% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Os juros locais e internacionais continuaram na mira dos investidores. Além da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), divulgada na terça-feira, o mercado também seguiu atentos aos novos dados de inflação nos Estados Unidos, divulgados ao longo da semana. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve ata de 0,3% em abril, levemente abaixo das expectativas do mercado, de alta de 0,4%. Com isso, investidores continuam atentos a eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), em busca de novos sinais sobre o futuro dos juros básicos do país. Em discurso na última terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que espera que a inflação continue a cair ao longo deste ano, embora sua confiança na concretização desse cenário tenha diminuído após uma elevação maior do que o esperado dos preços no primeiro trimestre. Ainda assim, Powell voltou a dizer que é improvável que o BC norte-americano precise voltar a aumentar os juros, reafirmando que a instituição será "paciente" e permitirá que a atual taxa básica tenha todo o seu impacto. De olho na Petrobras Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado em um dia após demissão de Prates No noticiário corporativo, o grande destaque da semana ficou com a queda expressiva das ações da Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da empresa. Segundo o blog da Natuza Nery, o presidente Lula havia decidido pela demissão de Prates há algum tempo, depois da sequência de desentendimentos do presidente da empresa com o governo federal, o principal acionista. A gota d'água foi o desenrolar da polêmica sobre a distribuição de dividendos extraordinários pela petroleira. Prates foi contra a orientação do governo de reter os dividendos e se absteve na votação do assunto, um fato que não foi bem recebido no Palácio do Planalto. Em comunicado ao mercado divulgado na quarta-feira (15), a estatal afirmou que seu conselho de administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Prates, indicando a diretora-executiva de assuntos corporativos, Clarice Copetti como interina. Nesse sentido, em meio ao temor de novas intervenções na Petrobras, analistas também chamam atenção para o aumento da percepção de risco político-fiscal. Os possíveis aumento de gastos diante dos planos do governo para socorrer o Rio Grande do Sul também ficam no radar. Veja Mais

Envelhecimento dos brasileiros vai exigir R$ 67 bilhões a mais para a Saúde em 10 anos, diz Tesouro

G1 Economia Diagnóstico de que saúde precisará de mais recursos acontece em um momento no qual a equipe econômica defende revisão dos gastos mínimos neste setor -- o que pode gerar, se levada adiante, perda bilionária de recursos. Fisioterapeutas acompanham o estado de saúde dos idosos em abrigos Prefeitura de Cuiabá O envelhecimento da população brasileira eleva pressão por recursos para os serviços de saúde em R$ 67,2 bilhões entre 2024 e 2034. A estimativa, da Secretaria do Tesouro Nacional, consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 -- enviada em meados de abril ao Congresso Nacional. De acordo com o órgão, essa estimativa toma como base as necessidades de recursos em duas áreas de despesas do orçamento: Assistência farmacêutica, inclusive o programa Farmácia Popular, Atenção de Média e Alta Complexidade -- que compreende atendimentos hospitalares e ambulatoriais. Crescimento no número de idosos Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2023, mostram que o Brasil registrou uma alta expressiva (57,4%) no número de idosos entre 2010 e 2022. O IBGE avaliou, na ocasião, que os resultados reforçam a "mudança gradual no formato da pirâmide etária", cuja base, que tende a ficar cada vez mais estreita, representa as crianças, enquanto o topo, que representa os idosos, deve continuar se alargando. De acordo com o informações do Ministério da Previdência Social, que constam na LDO 2025, o processo de envelhecimento populacional é explicado pela composição de dois fenômenos: o aumento da expectativa de vida e a redução da taxa de fecundidade. "O aumento da expectativa de vida e de sobrevida em idades avançadas da população está relacionado a avanços nas condições gerais de vida, destacando-se a ampliação no acesso a serviços de saúde, bem como nos avanços tecnológicos desses serviços os investimentos em saneamento e educação e a ampliação do nível geral de renda da população", diz o projeto da LDO. Segundo o Ministério da Previdência: Nas décadas de 30 e 40, a expectativa de sobrevida para uma pessoa de 40 anos era de 24 anos para homens e 26 anos para mulheres. Já em 2000 ela subiu para 31 e 36 anos para homens e mulheres, respectivamente. A previsão, em 2018, era de que essas expectativas de sobrevida chegassem a 37 e 42 anos em 2020 e atingissem 40 e 45 anos em 2060, respectivamente. Projeção de gastos em saúde De acordo com números do projeto da LDO 2025, os gastos em saúde cresceram fortemente em 2024. Isso aconteceu por conta da retomada da regra anterior ao teto de gastos -- pela qual as despesas passaram a ser atreladas, novamente, a um patamar da receita líquida do governo. Entretanto, apesar da alta em 2024, as projeções de despesas do governo -- que constam na LDO 2025 -- mostram estabilidade de recursos nos anos seguintes. Os valores não consideram as emendas parlamentares. Segundo o Tesouro Nacional, as ações de assistência farmacêutica e de atenção de média e alta complexidade (atendimentos hospitalares e ambulatoriais) estão previstas em R$ 100,3 bilhões neste ano -- com forte aumento frente ao ano de 2023 (R$ 84,3 bilhões). Por conta disso, o órgão avalia que os números "sugerem haver espaço fiscal para o atendimento dessa demanda [nos próximos anos]". "Cabe dizer que, tanto na saúde como em outras áreas em que se projeta aumento da demanda por recursos ao longo do tempo, o governo busca aperfeiçoar a prestação dos serviços públicos correspondentes, a partir de maior eficiência na execução desses gastos, ao mesmo tempo em que passa a incorporar essas maiores necessidades em seu planejamento fiscal, fazendo-as constar em suas leis orçamentárias e metas fiscais, de modo a garantir a plena prestação dos serviços à população sem descuido do equilíbrio fiscal necessário", acrescentou o Tesouro Nacional. Especialista comenta De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES), Francisco Funcia, o envelhecimento populacional, citado pela área econômica, é apenas um dos problemas do Sistema Único de Saúde (SUS) que, em sua visão, continua "subfinanciado" na comparação com o resto do mundo. "O governo levou em consideração somente a pressão demográfica, mas têm outros problemas gravíssimos. Por exemplo, qual impacto financeiro do pós-Covid de necessidade de atendimento da população? Houve uma desestruturação do planejamento em saúde. Precisamos resgatar isso", declarou Funcia, da ABrES. Segundo o economista: O Brasil aplica em termos de saúde publica cerca de 9,7% do PIB, valor próximo ao dos países desenvolvidos da Europa, em gastos públicos e privados. Entretanto, o gasto público representa 40% do valor total no Brasil, contra 60% a 70% nos países mais avançados. Para Francisco Funcia, da ABrES, o gasto do governo federal deveria saltar dos atuais 1,7% do PIB para um valor próximo de 3% do PIB para atender às necessidades da população. A proposta é que isso ocorra em um prazo de dez anos. "A população ainda desembolsa um grande valor na compra de remédios, o SUS ainda não consegue garantir um acesso universal. O financiamento do SUS é insuficiente e, grande parte dele, é vinculado a emendas parlamentares", avaliou o economista. Área econômica quer mudar pisos Apesar de o governo ter identificado a necessidade de R$ 67 bilhões a mais em recursos para a saúde em dez anos, por conta do envelhecimento populacional, a própria equipe econômica quer debater mudança no piso (gastos mínimos) em saúde e educação. Caso isso aconteça, de acordo com números oficiais, essas áreas podem deixar de receber até R$ 504 bilhões em nove anos, entre 2025 e 2033. O cálculo, que considera simulações feitas pelo Tesouro Nacional, consta no relatório de projeções fiscais, divulgado em abril. Essa mudança das regras dos gastos mínimos em saúde e educação teria por objetivo de evitar, no futuro, uma compressão dos chamados "gastos livres" dos demais ministérios - problema do arcabouço fiscal já relatado pelo g1. "A discussão, quanto aos pisos da saúde e educação, é sobre uma dinâmica de crescimento real que pode gerar um colapso [paralisia do governo, por conta do fim do espaço estimado em gastos livres] lá na frente, ou uma volatilidade complicada de lidar. Ela tem uma dimensão que merece um cuidado especial", afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ao g1 e à TV Globo. De acordo com ele, a discussão dentro do governo sobre uma mudança nas regras dos pisos de saúde e educação, que pode gerar perda bilionária de recursos para essas áreas, "não está completamente madura ainda". "Estamos conversando, dialogando, trazendo essa discussão, mas não há decisão de governo sobre o modelo. E aí, a partir disso, a decisão de fazer", declarou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Para o economista Francisco Funcia, da ABrES, o melhor que o governo poderia fazer neste momento seria não mexer no atual piso da saúde, fixado em 15% da receita corrente líquida. E, também, abrir um canal de discussão para verificar qual a real necessidade de recursos no médio prazo para o financiamento do SUS. "O defeito dessa regra fiscal foi ter inserido dentro dela os gastos com saúde e educação, que o presidente Lula diz que devem ser considerados como investimentos. O que se deveria buscar é um amplo debate que se buscasse que saúde e educação sejam mantidas como prioridade, que fiquem fora [dos limites] da regra fiscal", defendeu Funcia. Veja Mais

Governo autoriza maior pagamento de emendas de 2024 e anuncia R$ 480 mi em 'emendas pix' para RS em junho

G1 Economia Serão distribuídos R$ 7.5 bilhões a 25 ministérios. Rio Grande do Sul já recebeu R$ 630,77 milhões em emendas voltadas a ações de suporte às vítimas das enchentes. A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) autorizou o Tesouro Nacional a realizar o maior pagamento de emendas parlamentares do ano, totalizando R$ 7.5 bilhões, nesta quarta-feira (15). De acordo com a pasta, este montante é o valor referente a todo o volume de emendas aptas a serem pagas pelos ministérios. O levantamento é da própria secretaria. Os recursos serão destinados para ações de 25 ministérios, segundo a SRI, com destaque para o Ministério da Saúde e o Ministério do Desenvolvimento Social. Com isso, segundo o órgão comandando por Alexandre Padilha (PT), o governo está cumprindo o cronograma de pagamentos de emendas acordado com o Congresso Nacional para que boa parte das emendas chegue aos municípios até 30 de junho. Ministro Alexandre Padilha em entrevista no Palácio do Planalto Guilherme Mazui/g1 Os valores começam a ser pagos a partir de sexta-feira (17) e irão até o final da semana que vem, segundo a SRI. Emendas para o Rio Grande do Sul O ministério afirma que, até o momento, já foram pagos ao Rio Grande do Sul R$ 630,77 milhões em emendas parlamentares voltadas a ações de suporte às vítimas das enchentes. Além disso, a SRI autorizou o calendário de antecipação de Transferências Especiais (TEs), as chamadas emendas pix, com R$ 480 milhões para o estado. Entenda o que são as 'emendas pix', que bateram recorde em ano de eleições De acordo com a pasta, os municípios têm até sexta (17) para aceitar as indicações de emendas no sistema de gestão, e a partir de junho, as prefeituras já começam a receber os pagamentos. Para os parlamentares que desejarem realocar recursos em socorro ao RS, o calendário de remanejamento de emendas começa na próxima semana. Leia também: Veja os tipos de emendas parlamentares e a verba prevista para cada uma em 2024 PT lidera ranking dos partidos que mais receberam emendas na Câmara, seguido de MDB e União Dos 34 parlamentares gaúchos, 1 destinou em 2024 emendas específicas para prevenção de desastres no Estado Veja Mais

Correios suspendem coleta de roupas entre as doações para o Rio Grande do Sul

G1 Economia Empresa está recebendo doações em todas as agências do Brasil e também faz o transporte gratuito dos donativos às zonas atingidas. Itens de vestuário são 70% dos donativos, então empresa pede que sejam priorizadas as doações de água, alimentos e outros. Reprodução Os Correios suspenderam o recebimento de itens de vestuário como doações para o Rio Grande do Sul. A empresa está recebendo doações em todas as suas agências para as vítimas das enchentes no estado, mas 70% de tudo o que chegou são roupas, sapatos e outras peças. Após consulta à Defesa Civil no RS, os Correios pedem prioridade aos demais itens coletados: Água (prioritário), Alimentos da cesta básica, Produtos de higiene pessoal, Material de limpeza seco, Ração para pet. Além de abrirem as agências para servirem como pontos de coleta, os Correios também fazem o transporte gratuito dos donativos às zonas atingidas. Quem doa, não precisa pagar pelo envio. São mais de 10 mil unidades, em todos os estados e no Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, há uma lista de agências em funcionamento. (veja a lista abaixo) Até quarta-feira, mais de 11 mil toneladas de doações já haviam sido recebidas, e 3 mil toneladas foram entregues. Os Correios pedem que o doador embale e identifique o tipo de material, apesar de não ser uma exigência para o transporte. Veja como facilitar a triagem: Cestas básicas devem ser entregues já fechadas ou com os alimentos reunidos em sacos transparentes. O ideal também é que os itens de higiene pessoal sejam entregues já reunidos em kits, em sacos transparentes. Separe os itens por categorias e coloque em caixas ou sacolas que podem ser fechadas/amarradas. Coloque em caixas ou sacola com boa vedação, com cuidado para não haver rasgos ou furos. Para uma melhor logística, pedem também que a população do Sudeste e do Sul priorize as doações de água potável. As demais regiões podem dar preferência aos itens secos. Voluntários resgatam animais na enchente em Canoas, RS Precisa-se de voluntários Também é possível se inscrever como voluntário para ajudar na coleta e organização dos itens para doação. "A empresa está recrutando pessoas para apoio nas cidades de Brasília (SOF Sul) e nos municípios de Cajamar e Guarulhos, na Grande São Paulo", diz a empresa. "O apoio será necessário nos municípios de Cajamar e Guarulhos, no estado de São Paulo; em Brasília (DF), no Setor de Oficinas Sul/SOF Sul; e em Curitiba, Cascavel e Londrina, no Paraná." As inscrições podem feitas: Pelo e-mail: sgreo-bsb@correios.com.br (Brasília); Pelo formulário https://forms.office.com/r/aWbDzJ2Ac1 (São Paulo); Pelo e-mail: voluntariosparana@correios.com.br (Paraná). A inscrição deve conter nome completo e telefone de contato. Lista de agências no RS As agências ativas no Rio Grande do Sul são: São Borja, Santo Angelo, Santa Rosa, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Parobe, Taquara, Montenegro, Pelotas, Rio Grande, Camaqua, Bagé, Jaguarão, São Lourenço do Sul, Anta Gorda, Arvorezinha, Butia, Cachoeira do Sul, Charqueadas, Estrela, Foutoura Xavier, Guaporé, Ilopolis, Mato Leitão, Nova Brescia, Pântano Grande, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Teotoania, Taquari, Venancio Aires e Vera Cruz. Em Porto Alegre, a arrecadação ocorre nos Centros de Distribuição Domiciliária Vila Jardim, (Avenida Saturnino de Brito, 46, Vila Jardim), Antônio de Carvalho (Avenida Bento Gonçalves, 6613), Restinga (Estrada Barro Vermelho, 59) e Cavalhada, (Camaquã, 408). Todos funcionam das 8h às 17h e recebem itens como: colchões, cobertores, lençóis de solteiro, água, produtos de higiene, copos plásticos, fraldas infantis e geriátricas e rações para cães e gatos. Veja Mais

Massa que deu origem ao macarrão surgiu na China e foi criada há cerca de 11 mil anos

G1 Economia História do alimento na Europa é marcada por uma lenda; saiba mais ouvindo o podcast 'De onde vem o que eu como'. O macarrão é um prato mais antigo do que pensamos, surgiu há pelo menos quatro mil anos. Mas, nessa época, ele era uma massa feita de farinha de trigo e água, nada muito sofisticado como vemos hoje. No Brasil, ele chegou com a família real portuguesa, em 1808, ficando popular no gosto do brasileiro décadas depois com a imigração italiana. Agora, sobre sua origem, todos podem pensar que surgiu na Itália, mas não é bem assim. A massa que se tornou o macarrão que conhecemos hoje tem origem na China. Estima - se que ela foi criada há onze mil anos, no mesmo período que a agricultura. O podcast "De onde vem o que eu como" desta semana desmente uma fake news sobre a chegada do macarrão na Europa depois das viagens do Marco Polo à China, tudo não passa de uma lenda, segundo a historiadora Wanessa Asfora. ????OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, conheça algumas curiosidades e dicas sobre o macarrão. Podcast "De onde vem o que eu como" explica a origem do macarrão. Ayesha Firdaus - Unsplash Matéria-prima do macarrão Plantação de trigo. Tomasz Filipek - Unsplash Um dos ingredientes principais da massa do macarrão é o trigo. Ele é um cereal que surgiu há dez mil anos, no Oeste Asiático, e foi responsável pelo sedentarismo do ser humano, já que a agricultura permitiu que as pessoas ficassem em apenas um lugar, e o trigo era uma das opções de plantio. No Brasil, ele chegou no século dezesseis com os portugueses, no que hoje é o estado de São Paulo. Hoje, o Rio Grande do Sul e o Paraná são os maiores produtores do país. No entanto, não conseguimos produzir o suficiente para consumo interno. E, por isso, uma parte do trigo é importada, principalmente da Argentina. Molho de tomate Tomates para molho de macarrão Pixabay - Pexels A China pode ter inventado a massa, mas o aprimoramento da receita que conhecemos hoje é um mérito dos italianos. Eles começaram a umedecer a massa com molhos. O tomate só vai ser utilizado em molhos quando os europeus chegam nas Américas. Afinal, o tomate tem origem latina: Peru, Chile e Equador. O estado que mais produz tomate no Brasil hoje é Goiás. Ele é a segunda hortaliça mais consumida no mundo, em primeiro está a batata e, em terceiro, a cebola. E a melhor escolha para fazer o molho caseiro é o italiano, porque tem menos sementes, é mais carnudo, menos ácido e mais adocicado. Mas há uma desvantagem: ele é mais sensível que as demais espécies e, por isso, pode estragar com facilidade. Lembrando que, quanto mais vermelho, e mais maduro, é melhor para fazer o molho. "Usar vegetais como cenoura, beterraba e bater nesse molho traz uma coloração mais viva e mais nutritiva. E, ainda, consegue controlar acidez. Então, com certeza, é uma estratégia que vale a pena quando a gente pensa em crianças que têm uma dificuldade maior de inserir esses nutrientes dentro da refeição. É uma forma de aumentar o valor nutricional do molho de tomate.", explicou a Tarcila Campos, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Curiosidade: o nome do macarrão em português vem de um tipo de massa antiga e produzida em Napoli, na Itália, chamada de maccheroni. Leia também: Receitas de macarrão: saiba como fazer espaguete, fettucine e mais; Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro; História da borracha envolve Brasil vítima de pirataria e criação de cidade dedicada a ela no meio da Amazônia. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: mandioca De onde vêm as frutas vermelhas De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: baunilha Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 25 milhões nesta quinta-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.725 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 25 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (16), em São Paulo. No concurso da última terça-feira (14), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Americanas aprova aumento de capital de até R$ 40,7 bilhões; entenda

G1 Economia Medida foi aprovada durante assembleia geral extraordinária na última terça-feira (21). Empresa emitirá novas ações para captar recursos no mercado. Fachada da Lojas Americanas Divulgação Os acionistas da Americanas aprovaram na última terça-feira (21), em assembleia geral extraordinária, um novo aumento de capital para a companhia de até R$ 40,7 bilhões. A empresa está em recuperação judicial desde janeiro de 2023. Isso significa que a empresa vai emitir novas ações no mercado para conseguir captar recursos e poder financiar sua recuperação. Segundo a ata da reunião, o valor mínimo aprovado para o aumento de capital social é de R$ 12,3 bilhões, com emissão de ao menos 9,4 bilhões de novas ações. Já o valor máximo soma R$ 40,7 bilhões, com emissão de até 31,3 bilhões de ações. O preço de emissão é de R$ 1,30 por papel. Ainda na mesma reunião, os acionistas da Americanas também aprovaram o grupamento das ações ordinárias (com direito a voto) da empresa, na proporção de 100 para 1. O documento foi enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O grupamento de ações é a junção de vários papéis em um só, e normalmente acontece com o objetivo de aumentar o valor das ações da companhia. "A proposta de grupamento tem o objetivo principal de enquadrar a cotação das ações de emissão da companhia em parâmetro de preço mais em linha com os seus pares e outras companhias do porte da Americanas", afirmou a Americanas em comunicado divulgado a acionistas. Os efeitos do grupamento serão aplicados a partir de 17 de julho. Número de empresas em recuperação judicial sobe no país Prejuízo bilionário Após ter descoberto uma "inconsistência fiscal" bilionária, a Americanas reportou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões entre janeiro e setembro do ano passado. O prejuízo da empresa foi puxado por uma queda de 45,1% em sua receita líquida nos nove primeiros meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. Nos três trimestres deste primeiro ano de crise — que levou a companhia a um processo de recuperação judicial, com uma dívida estimada em R$ 50 bilhões —, a receita da empresa foi de R$ 10,293 bilhões. A estimativa é que a companhia anuncie o balanço anual de 2023 na próxima semana. Veja Mais

Governo estuda comprar imóveis de até R$ 200 mil para desabrigados no RS

G1 Economia Compra é parte de medidas para garantir moradia aos desabrigados no estado por conta das fortes chuvas e enchentes. Técnicos avaliam que preços e custo do setor imobiliário vão subir. O governo federal estuda comprar imóveis de até R$ 200 mil para atender a pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul. O valor máximo das casas e apartamentos deve ser anunciado na próxima semana. Na última quarta-feira (15), o ministro Rui Costa, da Casa Civil, apresentou medidas para dar moradia às famílias vítimas das chuvas em visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao estado. (veja abaixo) Lula volta ao Rio Grande do Sul para anunciar ajuda e ministério extraordinário Uma das ações é a chamada compra assistida de imóveis usados (veja mais abaixo as outras ações previstas). Neste programa, a família indica uma casa já existente ao governo, a União compra a casa e entrega à família. Outra possibilidade é o repasse de casas e apartamento ainda em construção. A avaliação de integrantes do governo é que o valor máximo das casas e apartamentos deverá ficar entre R$ 190 mil e R$ 200 mil. Inicialmente, técnicos trabalhavam com o cenário de um teto de R$ 170 mil no custo da compra do imóvel. Esse patamar é usado atualmente para contratos do Minha Casa, Minha Vida para pessoas da faixa de renda mais baixa e que conseguem adquirir as casas com subsídio próximo a 100%. No entanto, membros do governo envolvidos nas discussões de medidas para socorrer a população gaúcha dizem que o valor máximo dos imóveis precisará ser mais alto por causa da alta demanda na região e do aumento dos custos no setor imobiliário no estado. Casa arrastada pela água na cidade de Mariante (RS). TV Globo/Reprodução A ideia é que esse seja o preço limite – cerca de R$ 200 mil. A Caixa, que participará da licitação, fará uma avaliação do mercado nas cidades atingidas pelas enchentes para conferir a possibilidade de adquirir unidades abaixo desse teto. O governo teme que, diante de provável subida dos valores de imóveis no Rio Grande do Sul, o pregão acabe fracassando se preço máximo ficar abaixo do custo pós-calamidade. Lista com 3.600 imóveis A Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC) contabiliza cerca de 3.600 imóveis – em construção ou prontos – que possam ser comprados pelo governo federal junto às construtoras para atender aos desabrigados no Rio Grande do Sul. Esse levantamento inclui unidades de até R$ 200 mil. Portanto, dentro da faixa em estudo pelo governo. Governo federal busca soluções de infraestrutura para RS, segundo a Miriam Leitão Uma das modalidades de compra é a aquisição de casas e apartamentos de construtoras, que vinham sendo construídos por conta própria para atender ao mercado. Segundo o presidente da CBIC, Renato Correia, as 3.593 unidades estão prontas ou com previsão de conclusão em 1 a 2 anos, com valores de até R$ 200 mil. Os imóveis estão localizados nas cidades atingidas pelas chuvas, como Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo. O levantamento da CBIC tem como base informações prestadas pelo Sindicato da Indústria de Construção do Rio Grande do Sul e outras entidades locais. Leia também: Áreas mais pobres foram mais atingidas pelas cheias em Porto Alegre e região; veja mapas Cerca de 20 mil pessoas não têm uma casa para voltar, estima prefeito de Porto Alegre Auxílio Reconstrução: famílias do RS terão que confirmar dados no Gov.br a partir do dia 27 Minha Casa Minha Vida No programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o governo já havia anunciado uma suspensão de seis meses para o pagamento das parcelas dos financiamentos. No anúncio da semana passada, Rui Costa apresentou os caminhos que serão utilizados para entregar casas a famílias que perderam suas moradias nas enchentes e se encaixem nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida: compra assistida de imóveis usados (a família indica uma casa já existente ao governo, a União compra a casa e entrega à familia); chamada pública de imóveis (o governo recebe propostas de proprietários interessados em vender imóveis); estoque de casas para leilão (imóveis que foram tomados pelo governo, em razão de financiamentos não pagos, serão retirados de leilão, quitados e ofertados às famílias); aquisição de imóveis de construtoras (domicílios que empreiteiras vinham construindo, por conta própria, para oferecer ao mercado – o governo fará a compra antecipada e entregará às famílias); habilitação de novos projetos do Minha Casa, Minha Vida (projetos que tinham sido apresentados, mas não foram selecionados na cota do programa). Veja Mais

Banco Mundial lança ferramenta para calcular impacto da reforma tributária na renda das famílias

G1 Economia Segundo a instituição, o objetivo é apoiar o debate sobre as mudanças no sistema tributário nacional. Ferramenta permite cálculo da alíquota padrão do IVA sobre produtos. Reforma tributária vai mudar a forma como os impostos são arrecadados no Brasil Reprodução/TV Globo O Banco Mundial lançou nesta terça-feira (21) uma ferramenta interativa que permite aos usuários estimar o impacto da reforma tributária na renda das famílias brasileiras. Chamada de "SimVat", ou simulador de Imposto sobre Valor Agregado, a ferramenta permite que as pessoas calculem, por exemplo, de quanto seria a chamada "alíquota padrão" dos futuros impostos sobre o consumo com o aumento ou redução de benefícios para setores específicos da sociedade. "O objetivo é apoiar o debate no Brasil, disponibilizando análises sólidas para legisladores, pesquisadores, jornalistas, estudantes, representantes da sociedade civil e o público em geral, de forma a promover um desenho mais inclusivo da reforma tributária", informou o Banco Mundial. Atualmente, a alíquota padrão (que os produtos e serviços não beneficiados com tributação reduzida ou regimes específicos pagam) está estimada em 26,5% pela equipe econômica. Neste patamar, a alíquota brasileira seria uma das mais altas do mundo, segundo dados da Tax Foundation – uma organização sem fins lucrativos que atua há mais de 80 anos fazendo avaliações sobre impostos e coletando dados. Quanto maior o número de exceções, por meio de alíquotas menores para produtos e serviços ou regimes diferenciados de tributação, maior será a alíquota padrão -- que incide sobre o restante da economia. Analistas avaliam que uma tributação maior sobre o consumo, como no caso do Brasil, prejudica a parcela mais pobre da população. Os países desenvolvidos tributam mais a renda, formato considerado mais progressivo (cobram mais impostos dos mais ricos). De acordo com o Banco Mundial, análises feitas com o SimVAT mostram que na proposta de regulamentação da reforma tributária, enviada em abril ao Congresso Nacional, a carga tributária para os 10% mais pobres seria de 22,1% de sua renda, enquanto os 10% mais ricos pagariam cerca de 8,2%. O governo tem avaliado que, mesmo não sendo perfeita, a proposta atual de reforma tributária representa um salto de qualidade em relação ao sistema atual, que é considerado caótico por empresários e investidores. A expectativa é que a reforma impulsione o crescimento da economia e aproxime as regras brasileiras daquelas vigentes nos países desenvolvidos. Analistas avaliam que a reforma tributária deverá acabar com algumas distorções curiosas do atual sistema de cobranças de impostos do país, como o pPasseio' desnecessário de mercadorias pelo país; as dúvidas sobre quais produtos geram créditos para empresas, o pagamento de impostos já incluídos na base de cálculo de outros tributos e a diferença de tributação entre bens e serviços. Cesta básica e 'cashback' Governo detalha regras para a implantação da reforma tributária; texto está no Congresso De acordo com o Banco Mundial, o simulador disponibilizado hoje sobre os efeitos da reforma tributária mostram que novas ampliações da cesta básica com alíquota zerada, formato defendido por empresários do setor de supermercados, por exemplo, podem ser uma maneira ineficiente de ajudar os mais pobres. "Se ampliarmos as isenções para abranger todos os alimentos, e ao mesmo tempo eliminarmos o 'cashback' [devolução do imposto pago para a parcela mais pobre da população], a alíquota do IVA teria que aumentar para 28,3% para manter a neutralidade fiscal [valor arrecadado em tributos]", informou a instituição. Com isso, a carga tributária sobre os mais pobres, estimada em 22,1% no formato atual da proposta, avançaria para 25,3% de sua renda total. "Além disso, em várias simulações um 'cashback' bem direcionado [para a população carente] parece ser uma maneira eficiente de proteger os mais pobres, diferentemente de isenções ou reduções destinadas a toda a população", acrescentou o Banco Mundial. Veja Mais

'Se for querer especular, nós buscamos de outro lugar', diz ministro da Agricultura após suspensão de leilão de compra do arroz do Mercosul

G1 Economia Países vizinhos aumentaram em 30% o preço grão depois que o Brasil anunciou aquisição do cereal. Reação do governo à alta também incluiu zerar imposto de importação do cereal vindo de fora do bloco. Carlos Fávaro, ministro da Agricultura. Reprodução/ redes sociais "Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro ao g1, na segunda-feira (20), pouco depois de o governo federal zerar o imposto de importação do arroz para países de fora do Mercosul. A intenção do ministério era comprar toneladas do cereal dos vizinhos que pertencem ao bloco, para aumentar a oferta no mercado interno e evitar altas de preços ao consumidor após a tragédia no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão. Mas o leilão de compra, marcado para esta terça-feira (21), foi suspenso depois de, segundo o ministro, o Mercosul elevar em até 30% o preço do cereal. "Nós íamos comprar 100 mil toneladas, mas, pelos preços que eles [o Mercosul] estavam anunciando, nós íamos comprar só 70 mil", disse Fávaro. "Certamente, eles vão voltar para a realidade porque não é justo", acrescentou o ministro. Fávaro contou que, após saber da especulação de preços no Mercosul, fez uma reunião de emergência, na quinta-feira (16), com o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. "A decisão foi do presidente", disse Fávaro, ao se referir à suspensão do leilão e à isenção do imposto de importação do arroz. O leilão de compra do grão seria feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, até o momento, não há uma nova data para acontecer. Os parceiros do Brasil no Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina) são os principais fornecedores externos de arroz para o mercado nacional. E, como o bloco é uma zona de livre comércio, eles não pagam imposto para vender ao Brasil. Agora, com as taxas zeradas para o restante do mundo, outros países podem competir em maior igualdade com o Mercosul. Existem outras opções no mercado. Há quase duas semanas, por exemplo, a indústria anunciou a intenção de importar 75 mil toneladas de arroz da Tailândia. Três tipos de arroz tiveram as taxas de importação zeradas. A isenção tem validade até 31 de dezembro de 2024. A situação no RS Os produtores nacionais vêm se opondo às medidas de importação do grão. Na semana passada, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Fedearroz) chegou a solicitar ao governo que cancelasse o leilão da Conab. 'Arroz que está colhido garante abastecimento', diz federação de agricultura do RS Fávaro reforçou que a medida não tem o objetivo de prejudicar os produtores, mas, sim de garantir estabilidade de preços no país. "Nós estamos com um problema de logística. [O arroz] não consegue sair de lá, não consegue emitir nota [fiscal]", disse o ministro. Segundo ele, mesmo que haja rotas alternativas, o custo logístico também se tornou um problema. "Vai você contratar um frete agora? Vai lá buscar o arroz no Rio Grande do Sul sabendo que vai ter dificuldade? Filas, o frete 20%, 30%?", afirmou. "Então nós precisamos tomar medidas de apoio para abastecer o mercado e garantir estabilidade. Não é em detrimento dos produtores", reafirmou o ministro. Leia também: Prejuízos na agropecuária no RS ultrapassam R$ 2,5 bilhões Destruição de lavouras de soja no RS pode encarecer frango e porco, além do óleo 'Arroz colhido garante abastecimento', diz presidente de federação do RS Venda de arroz é limitada e preços sobem em São Mateus Camex aprova isenção de imposto de importação para três tipos de arroz Veja Mais

Auxílio Reconstrução: famílias do RS terão que confirmar dados no Gov.br a partir do dia 27

G1 Economia Na primeira etapa, governo federal vai receber dados das prefeituras sobre áreas afetadas. Lula anunciou PIX de R$ 5,1 mil por família que perdeu bens nas chuvas históricas no estado. O governo federal informou nesta segunda-feira (20) que começou a montar o banco de dados que levará ao pagamento do "Auxílio Reconstrução" – um PIX de R$ 5,1 mil para as famílias que perderam bens pessoais e renda em razão das chuvas históricas que atingem o Rio Grande do Sul. Segundo o ministro da Integração Regional, Waldez Góes, nesta semana a tarefa cabe às prefeituras — a partir de quarta (22). Elas terão que enviar ao governo federal uma lista das áreas atingidas. A partir do dia 27, as famílias atingidas terão que acessar o portal gov.br e confirmar os dados passados pelas prefeituras. G1 em 1 Minuto: Famílias improvisam casa no RS e Adolescente mata família em SP Apenas quando esses dados forem confirmados e validados, segundo o governo, a parcela será transferida. O cadastramento para o Auxílio Reconstrução vai acontecer da seguinte maneira: As prefeituras realizam o cadastro das famílias desalojadas ou desabrigadas, com informações pessoais e de endereço, no sistema do governo federal; Responsável pela família beneficiária confirma informações pela conta do gov.br; Caixa Econômica Federal realiza o pagamento em uma conta já existente ou abre uma nova conta para o beneficiário, que acessará o dinheiro com o aplicativo Caixa TEM Atualmente, são 369 os municípios habilitados para que famílias recebam o benefício criado pelo governo federal. Confira perguntas e respostas sobre o processo de pagamento dos benefícios, segundo o governo: 1. Quando vou receber? A data do pagamento depende do envio das informações pelos municípios, o processamento dos dados, e a confirmação dos dados pela família. Quanto antes a prefeitura enviar os dados e a família confirmar no sistema, mais rápido o dinheiro entra na conta. O sistema para recebimento das informações das prefeituras começa a operar dia 22/05 e o sistema para confirmação das informações pelas famílias entra no ar dia 27/05. 2. Preciso abrir conta bancária? Não. A Caixa Econômica abrirá uma conta poupança social digital automaticamente em nome do beneficiário. Se a pessoa já tiver conta na Caixa, o dinheiro será depositado nessa conta. 3. Sou beneficiário do Programa Bolsa Família. Vou receber o auxílio reconstrução? O auxílio reconstrução é voltado para famílias que tiveram que sair de suas casas e buscar abrigos ou ir para casa de amigos e parentes devido às chuvas e perderam parte ou todos seus bens. Beneficiários do Beneficiários do Bolsa Família que estiverem nessa situação poderão receber o auxílio. Beneficiários do Bolsa Família que não estiverem nessas situações, não são elegíveis para o auxílio reconstrução. 4. Estou recebendo seguro-desemprego. Posso receber o auxílio reconstrução? Sim. Se for morador de área atingida informada pela prefeitura, teve que sair de sua casa e perdeu bens com a chuva, você poderá receber o auxílio reconstrução. 5. Preciso estar no Cadastro Único para receber o auxílio reconstrução? Não. Para receber o auxílio, basta a prefeitura informar os dados das famílias desalojadas ou desabrigadas das áreas atingidas, com endereço completo comprovado. 6. Moro na mesma casa com minha esposa e filhos. Nós dois temos direito de receber o auxílio reconstrução? Não. Cada família pode receber apenas um auxílio reconstrução. O recebimento de mais de um auxílio reconstrução por família constitui fraude, sujeito a sanções penais e cíveis cabíveis, além de ressarcir à União o valor do Apoio Financeiro recebido. 7. Como vou saber se a prefeitura enviou dados da minha família? A partir do dia 27/05, você poderá acessar o sistema usando login e senha do GovBr e neste sistema você será informado se os dados de sua família já foram enviados. 8. Serei avisado para entrar no sistema para confirmar os dados? Recomendamos que acesse o sistema periodicamente. Além disso, sugerimos que baixe o aplicativo do GovBr em seu celular e o mantenha atualizado. 9. Existe alguma regra para uso do dinheiro? Não. O Auxílio Reconstrução é uma ajuda do Governo Federal para que as famílias possam retomar suas vidas, para quem perdeu geladeira, fogão, televisão, sofá, colchão possa comprar esses bens, para quem teve a casa parcialmente destruída possa fazer uma pequena reforma. Cada família sabe a melhor forma de utilizar o recurso. Veja Mais

Governo zera imposto para importação de três tipos de arroz até dezembro

G1 Economia Medida tem como objetivo garantir abastecimento e evitar alta nos preços após enchentes atingirem o Rio Grande do Sul, principal produtor do alimento no país. O comitê executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta segunda-feira (20) a isenção de imposto de importação para três tipos de arroz. A medida visa garantir o abastecimento, com as enchentes no Rio Grande do Sul. Pesquisa quer diminuir dependência da região Sul na produção de arroz Com a decisão desta segunda-feira (20), dois tipos de arroz parboilizado e um tipo polido/brunido foram incluídos na lista de exceção do imposto. A isenção tem validade até 31 de dezembro de 2024. “Ao zerar as tarifas, buscamos evitar problemas de desabastecimento ou de aumento do preço do produto no Brasil, por causa da redução de oferta”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, em nota. Segundo o governo, a maior parte das importações de arroz no Brasil vêm do Mercosul e já contam com isenção. Contudo, há potencial para comprar o produto de outros países, como a Tailândia. Impacto O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz, respondendo por 70% do cereal cultivado no Brasil. RS: campos de arroz ficaram debaixo d´água. Faltava colher uns 20% da safra Jornal Nacional/ Reprodução Por causa das fortes chuvas e enchentes no estado, a colheita e o transporte do produto têm sido prejudicados. Isso se reflete em menor oferta de arroz nos mercados e, consequentemente, alta nos preços. No início de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a levantar a possibilidade de o governo importar arroz para evitar a alta nos preços. Veja Mais

Mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e vê Selic em 10% no fim deste ano, diz relatório

G1 Economia Nova projeção de economistas é de corte menor dos juros. Na estimativa anterior feita pelo mercado, Selic fecharia ano com corte maior, em 9,75%. Números foram divulgados pelo BC. Copom avalia que cenário para inflação se tornou mais desafiador Economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas de inflação para este e para o próximo ano, e também passaram a projetar um corte de juros menor em 2024. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia avançou de 9,75% para 10% ao ano. Isso quer dizer que o mercado estima um corte menor de juros neste ano. As previsões constam no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Para a inflação deste ano, os analistas dos bancos subiram a expectativa de inflação, de 3,76% para 3,80%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,66% para 3,74% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Copom e enchentes no sul O aumento nas estimativas de inflação aconteceu após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter baixado a taxa básica de juros de 10,75% para 10,5% ao ano no começo deste mês. A decisão foi dividida. Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. O "racha" no Copom teve efeito no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula -- com maioria no Copom a partir de 2026 --, possa ter mais leniente com a inflação em busca de um ritmo maior de crescimento da economia. Além do racha no Copom, outro fator que tem influenciado o comportamento da inflação, segundo o Ministério da Fazenda, é o efeito das enchentes no Rio Grande do Sul. Para definir o nível da taxa Selic, o Banco Central trabalha com o sistema de metas de inflação. Se as estimativas para o comportamento dos preços estão em linha com as metas pré-definidas, pode reduzir a taxa. Se as previsões de inflação começam a subir, pode optar por manter ou subir os juros. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado caiu de de 2,09% para 2,05%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia avançou de 9,75% para 10% ao ano. Isso quer dizer que o mercado estima um corte menor de juros neste ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro manteve a projeção estável em 9% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 5 para R$ 5,04. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,05. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 80 bilhões para US$ 82 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 76,2 bilhões para US$ 76,3 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 69,5 bilhões para US$ 70 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso avançou de US$ 73 bilhões para US$ 73,5 bilhões. Veja Mais

Acre deve ter déficit de R$ 47 milhões em 2024, estima relatório da Firjan

G1 Economia Rombo fiscal deve chegar a R$ 29,3 bilhões em todo o país. Estudo compara diferença entre receitas e despesas. Firjan déficit estados 2024 Reprodução O Acre deve terminar 2024 com um déficit de R$ 47 milhões nas contas públicas. Essa é a previsão feita em um estudo publicado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) que se baseia em dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). A previsão é que que o rombo de todos os estados juntos chegue a R$ 29,3 bilhões. A Firjan acredita ainda que das 27 unidades da Federação apenas quatro vão conseguir terminar o ano com saldo positivo, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso e São Paulo. Nos demais estados a receita não deve ser suficiente para cobrir as despesas públicas. "Esse contexto se explica por uma combinação de fatores que resultou em uma armadilha fiscal: menor ritmo de crescimento de receitas e avanço de obrigações financeiras", explicou a Firjan em nota técnica. O estudo aponta ainda que as despesas estaduais devem crescem 7% este ano. Em contrapartida, a previsão que as receitas, ou seja, o dinheiro que é arrecadado, cresçam apenas 3,2% em todo o país. "Mesmo com a aprovação da reforma previdenciária e da reforma tributária, as mudanças aplicadas não foram suficientes para garantir o equilíbrio orçamentário, no caso da primeira; ou seu potencial só será observado no médio prazo, no caso da segunda", afirmou o estudo. Alíquota de ICMS dos estados e DF em 2024 Reprodução Ranking dos estados Apesar de alto, o déficit estimado do Acre é apenas o 21º na lista. O primeiro lugar é do Rio de Janeiro com perda estimada de R$ 10,3 bilhões, seguido de Minas Gerais, com R$ 4,2 bilhões e o Ceará com R$ 3,9 bilhões. O estado acreano fica na frente apenas de Alagoas com R$ 33 milhões de déficit e Rondônia que estima uma perda de R$ 2 milhões. A Firjan diz ainda que os governos estaduais têm buscado pela recomposição da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Dezoito unidades já aumentaram a alíquota em comparação com 2022, incluindo o Acre. Outra alternativa que as unidades da federação procuram é o auxílio do governo federal. Ao que o estudo faz uma crítica. "A revisão da história do federalismo fiscal brasileiro mostra que a busca pela complacência da União tem sido um atalho para o adiamento de reformas que garantam a sustentabilidade das contas estaduais", enfatizou. Veja o estudo completo no site da https://www.firjan.com.br/ Dívida dos estados em 2023 Reprodução Vídeos:g1 Veja Mais

Boa gestão da água ajuda a manter produtividade na pecuária leiteira

G1 Economia Boa gestão da água significa muito para o agronegócio e pecuária nos períodos de estiagem. Para garantir alta produtividade, reaproveitamento e bom manejo fazem toda a diferença. Boa gestão da água ajuda a manter produtividade na pecuária leiteira Reprodução/Nosso Campo No agronegócio, a estiagem prolongada é quase sempre um problema. No caso da pecuária, o pasto perde qualidade, os custos sobem e o manejo do rebanho fica mais difícil. Por isso, ter uma boa gestão da água faz uma grande diferença nessas épocas. Uma fazenda de Potirendaba (SP) é voltada para a produção de leite. São 3,5 mil litros por dia. Pensando em garantir uma boa produtividade, a higienização é feita de forma correta, o manejo é eficiente, e a dieta é boa. Mas tudo isso depende da oferta de água. Cerca de 7,7 mil litros são usados por dia para matar a sede das 110 vacas em lactação. Animais calmos produzem mais, e é por isso que o gado também recebe jatos de água a cada quatro minutos, pois é uma espécie de "remédio contra o estresse". O consumo de água na propriedade é grande, mas a falta de chuva tem sido um problema. Além dos poços artesianos, dois reservatórios foram construídos para garantir o abastecimento, e a água do banho dos animais ainda é reaproveitada. Desde 2019, quando foi construído o barracão com divisão das áreas de alimentação e descanso, a pecuarista responsável pelo local instalou um reservatório que armazena água da chuva. Ela vem pelo telhado, e a capacidade é para 30 mil litros de água - quantidade que já não tem sido suficiente para atender a toda a demanda da fazenda. Veja a reportagem exibida no programa em 19/05/2024: Boa gestão da água ajuda manter produtividade na pecuária leiteira A solução, então, foi construir um terceiro reservatório, com capacidade para 250 mil litros, e que deve entrar em operação em breve. Outro reflexo da falta de chuva é o aumento do custo de insumos para a alimentação dos animais. A saída é produzir milho e feno, e o estoque é suficiente para sustentar a criação durante o ano todo. Muitos pecuaristas estão seguindo este caminho e construindo reservatórios para reaproveitar água. O dono de uma propriedade no município de Mendonça (SP) fez um "piscinão" com capacidade para quatro milhões de litros de água da chuva. Atualmente, por causa da estiagem, ele trabalha com 20% da capacidade. O reservatório e dois poços artesianos garantem água para a limpeza e para o sistema de refrigeração do ambiente onde ficam os animais. Este é um modelo americano que garante o bem estar de 250 vacas em lactação. Os galpões são mantidos durante 24 horas em temperaturas que variam entre 21°C e 22°C, com índices de umidade entre 40% e 60%. Todo o processo de produção de leite depende de água. No local onde as vacas se alimentam, além do sistema de refrigeração, existem seis bebedouros com sistema automático, para manter a água sempre limpa. Porém, a água suja não é desperdiçada, e vai para um sistema de reaproveitamento. Para manter o equilíbrio no consumo de água na propriedade, o pecuarista também instalou 100 coletores nos telhados dos galpões, o que é mais uma forma de armazenar a água da chuva para compensar os períodos de seca. VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Produtores do ES enfrentam dificuldades para contratar mão de obra apenas para período de safra

G1 Economia Entre os motivos estão a perda de benefícios governamentais após o vínculo empregatício por carteira assinada. Falta de mão de obra também prejudica produção de outras culturas no campo. Produtores do ES enfrentam dificuldade para contratar mão de obra para trabalhar no campo A colheita de café conilon da safra 2024 já começou em alguns municípios do Espírito Santo, estado que é o maior produtor da variedade do país. No entanto, em meio à expectativa de uma produção cafeeira de mais de 11 milhões de sacas, os produtores rurais enfrentam dificuldade em contratar de mão de obra regular entre os meses de abril e agosto para a realização do serviço. Entre os motivos, a perda de benefícios governamentais após o vínculo empregatício por carteira assinada é um deles. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram De acordo com os produtores, o valor da diária de quem trabalha na colheita de café varia entre R$ 350 e R$ 400. No entanto, o presidente do Sindicato Rural de Linhares, Antônio Bouguingnon, explicou que já recebeu em 2024 diversos relatos de produtores sobre as dificuldades em contratar profissionais para colher café no município, localizado no Norte do estado. Produtores rurais do Espírito Santo enfrentam dificuldade para contratar mão de obra regular para a colheita de café. Reprodução/TV Gazeta O motivo, segundo Bouguingnon, seria a perde de benefícios governamentais em caso de vínculo empregatício comprovado por carteira assinada. Ou seja: quem recebe algum desses benefícios prefere não assinar a carteira para, com o contrato, não ficar sem o recurso. "Em Linhares, temos um agravante ainda maior, porque as indenizações do desastre de Mariana, fizeram com uma quantia em dinheiro entrasse na comunidade. Dessa forma, dificulta a oferta de mão de obra", explicou. LEIA TAMBÉM: 35 trabalhadores são resgatados em situação análoga à escravidão no ES Além disso, muitas pessoas que compõem essa mão de obra são de outras cidades. Devido ao valor pago pelos produtores, esses funcionários muitas vezes precisam arcar com outras despesas, como moradia e alimentação (isso quando o produtor não oferece). Nesse caso, acaba sendo pouco atrativo mudar de cidade para trabalhar só alguns meses e ainda ter despesas. Carteira de trabalho emprego Divulgação Ainda de acordo com Bouguingnon, além de a colheita contar com trabalhadores de outros municípios, a pequena oferta de mão de obra faz com que os produtores tenham que competir uns com os outros para atrair trabalhadores. "A oferta chega em uma espécie de leilão, porque eu preciso colher café, o vizinho precisa colher café, outra pessoa precisa colher café, o que faz com que comece uma demanda entre si", pontuou o presidente do sindicato. ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Plantação de café em Linhares, no Espírito Santo. Produtor enfrente dificuldade para encontrar mão de obra. Reprodução/TV Gazeta LEIA TAMBÉM: Cafés do ES são eleitos os melhores do ano em evento internacional VÍDEO: Maior café do mundo, com mais de 8 mil litros, é coado no ES Pesquisa revela que café conilon produzido no ES pode melhorar a qualidade de vida de pessoas com Alzheimer Dificuldade em assinar carteira O produtor rural Eliano Blanco tem uma fazenda com cerca de 40 mil pés de cafés em Linhares. Há 10 anos, ele contrata cerca de dez trabalhadores de Minas Gerais para a colheita. Produção de café em Linhares, no Espírito Santo. Reprodução/TV Gazeta No entanto, segundo o produtor, os profissionais não quiseram vir neste ano. "Nuca tivemos problemas e todo mundo aceitava vir sem carteira assinada. Mas este ano, com as exigências novas, ninguém aceitou trabalhar com a carteira assinada para não perder os benefícios do governo", explicou o produtor. Além de café, Eliano planeja plantar hortaliças, como pepino. Para estas culturas, a diária dos trabalhadores é cerca de R$ 150 - menor do que o valor para colher café -, o que dificulta ainda mais a contratação de produtores. LEIA TAMBÉM: A Força do Agronegócio: nova geração do trabalho no campo no ES aposta no estudo para ter sucesso Filhos de produtores modernizam o campo e apostam na sustentabilidade para produção de café especiais no ES Prejuízos para outras culturas Além da competição por mão de obra, os produtores também enfrentam dificuldade para a colheita de outras culturas porque os trabalhadores costumam optar por deixar a estabilidade que têm para ganhar um pouco a mais nos cafezais. Produção de outras culturas é comprometida por falta de mão de obra para colher café no período de safra. Reprodução/TV Gazeta É o caso do produtor rural Fabrício Barreto, que produz banana em sua propriedade, localizada em Linhares. "Temos de 15% de vagas não preenchidas, o que equivale a cerca de 35 pessoas. Quando a gente abre o recrutamento, aparecem poucas pessoas pra ocuparem as vagas. Isso a gente credita à oferta de mão de obra da região, o que é muito bom. Mas outra coisa é que, em momentos como este, a gente tem uma tendências das pessoas tentarem se desligar das empresas para receber benefícios e trabalharem em locais que não assinam carteira", destacou. Falta de mão de obra regular no campo também gera prejuízo para outras culturas. Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Para passar por essa dificuldade, o presidente do Sindicato Rural de Linhares orienta que os produtores criem novas maneiras de tornar o trabalho no campo mais atrativo. "Além de você ter, na obrigatoriedade lei, uma área de convivência e pra dormir, é importante ter uma área para diversão para a pessoa assistir ao jornal ou a uma novela, um espaço que tenha acesso à internet. O produtor que não está oferecendo isso corre o risco de ter uma dificuldade maior de contratar as pessoas", finalizou Antônio Bouguingnon. Outra dica de segurança do presidente do sindicato é sempre pedir documentação e até consultar a ficha na polícia de quem trabalha nas colheitas. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Veja Mais

Entenda por que cerveja congela, mas a cachaça, não

G1 Economia Diferença está na forma em que cada uma é produzida. Professor explica em qual situação a cerveja pode cristalizar ao toque. Veja também dica para gelar uma bebida fora da geladeira. Cachaça Luiz Gabriel Franco / g1 Frequentadores de bares — ou quem gosta de beber em casa mesmo — podem ter presenciado algumas das situações a seguir: um aviso de cuidado ao receber uma bebida do garçom, uma cerveja que congela ao toque, uma garrafa que explode no freezer e podem ainda ter tentado (e falhado) congelar cachaça. Tudo isso tem algo em comum: são coisas que acontecem por causa da quantidade de álcool gerada em seu processo de produção. Veja a seguir a explicação para cada uma dessas situações. ????Cachaça não congela: quanto mais álcool uma bebida tem, mais baixa deve ser a temperatura para que ela congele. Isso porque o ponto de congelamento da água é de 0°C, enquanto o do álcool puro é de -112°C. Os destilados, como a cachaça, têm o ponto de congelamento em torno de -40°C, temperatura que os freezers modernos não alcançam, uma vez que costumam atingir até -20°C. Por isso, mesmo que o consumidor esqueça a bebida, ela não irá congelar. Já a cerveja, que tem o álcool mais diluído, tem a temperatura de congelamento semelhante à da água. ????Por que a cachaça tem mais álcool que a cerveja: isso é explicado pelo processo de fabricação de cada uma das bebidas. O g1 foi conhecer as produções das duas, sendo a da cachaça nas cidades de Pirassununga e Torrinha e a da cerveja em Campinas e Aguaí, todas no estado de São Paulo. Na preparação da cachaça, após a cana ter seu caldo extraído, transformado em mosto (nome que o caldo leva após ter a quantidade de açúcar diminuída com a adição de água) e a fermentação ser finalizada, a bebida vai para o alambique. Normalmente feito de cobre, ele é aquecido em 80°C, temperatura em que o álcool começa a evaporar, mas a água, não, continuando líquida. Esse vapor é retido e resfriado por uma serpentina, voltando a ser líquido, sendo isto a cachaça. Contudo, a bebida gerada é dividida em três partes: cabeça, coração e cauda. Apenas o consumo do coração é permitido, já que as outras duas partes podem fazer mal à saúde. Saiba mais aqui. Já no caso da cerveja, o processo não chega até o alambique. Após os grãos usados para a bebida serem moídos e transformados em mosto, são acrescentadas leveduras para fazer a fermentação. Quando essa etapa é finalizada, a cerveja está pronta. Entenda aqui. Como a cachaça passou pela evaporação da água e a cerveja não, a primeira acaba sendo mais alcoólica que a segunda. ????A cerveja congela na mão: isso acontece porque uma bebida pode atingir o ponto de congelamento e não congelar, se não tiver um iniciador desse processo, que na química é chamado de nucleação, explica o professor Reinaldo Camino Bazito do Departamento de Química Fundamental do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQUSP). A razão disso é que a substância precisa de um primeiro cristal de gelo, que irá incentivar toda a mudança de fase de líquido para sólido. Pode acontecer de a bebida estar abaixo do ponto de congelamento e, mesmo assim, não congelar porque não houve a nucleação. Esses casos são chamados de super-resfriamento. Quando isso acontece e o líquido é agitado de alguma maneira — como ao tocar na garrafa para tirá-la do freezer —, a nucleação é ativada, então a cristalização acontece instantaneamente e de uma vez só. Isso é mais comum em água filtrada, por ser mais pura e não ter partículas presentes que possam funcionar como ativação. Mas, também pode acontecer com a cerveja, se ela ficar parada por um longo período no freezer. E é por isso que o garçom pede cuidado ao entregar uma bebida super-resfriada: o movimento de entregá-la ao cliente pode ativar a cristalização. ???? Garrafa que explode: uma mesma substância pode ocupar espaços diferentes dependendo se está líquida ou sólida. Quando uma garrafa ou latinha é esquecida no freezer e ela acaba congelando, o tamanho da bebida ali dentro aumenta e ela deixa de caber naquele recipiente, que pode estufar ou explodir, explica o professor. ????Sal para congelar: se o seu freezer estiver quebrado, uma forma de continuar congelando a bebida é usar gelo, água e sal. Isso porque o sal tem como propriedade tirar o calor de substâncias, potencializando o gelo e fazendo com que o recipiente chegue à mesma temperatura de um freezer, explica Bazito. Leia também: Cachaça tem cabeça, coração e cauda; saiba qual parte pode ser consumida Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Brasil; g1 mostra como bebida é feita Pêssego vira doce, cosméticos e até cerveja; veja curiosidades sobre a fruta que é símbolo da imortalidade Saiba como cerveja é feita: Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Bras Saiba como é a produção de cachaça no Brasil: Cachaça tem cabeça, coração e cauda; saiba qual parte pode ser consumida Cachaça é destilado mais antigo das américas; veja como não cair em golpes Como tomar cachaça Senhora de 101 anos inspira marca de cachaça sustentável no interior de São Paulo Veja Mais

Prejuízos na agropecuária causados pelas chuvas no RS ultrapassam R$ 2,5 bilhões

G1 Economia Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), R$ 2,3 bilhões são apenas na agricultura. Danos na pecuária chegam a R$ 226 milhões. Dados são parciais, uma vez que nem todos os municípios conseguem contabilizar perdas. Chuva deixa mortos e desaparecidos em Caraá, no RS Maurício Tonetto/Palácio Piratini/Reuters Os prejuízos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul no campo já ultrapassam R$ 2,5 bilhões, informou nesta sexta-feira (17) a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Segundo a entidade, R$ 2,3 bilhões são apenas na agricultura, enquanto na pecuária os danos chegam a R$ 226 milhões. Os dados são parciais, uma vez que nem todos os municípios conseguem contabilizar as perdas e inserir as informações no sistema da CNM. A entidade alerta ainda que nesta sexta-feira, o número de cidades que preencheram o sistema federal diminuiu e que está em contato com os gestores municipais para entender a razão. Apesar disso, a contabilização de prejuízos no setor privado vem aumentando na comparação com coletas anteriores. O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) revelou que 420 famílias assentadas foram afetadas pelos alagamentos, com inundações de suas casas, perda da produção, prejuízos de estruturas, ferramentas, maquinário e morte de animais. Segundo o grupo, 6 assentamentos foram atingidos, localizados na região metropolitana de Porto Alegre e na região central do estado. Veja a perda por produto a seguir. Hortaliças e frutas: 170 famílias tiveram perda total da produção, com prejuízos estimados em R$35 milhões. Pecuária leiteira: o levantamento feito pelas famílias associadas da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), estima que o valor chegue a quase R$3 milhões, considerando os prejuízos entre galpões, pastagens, animais, maquinários e leite não entregue. Arroz: os danos do cereal agroecológico, o maior da América Latina, plantados apenas em 2024, chegam a 755 hectares, o que representa cerca de 27% da produção total. Já a área de arroz em transição agroecológica prejudicada foi de 838 hectares, e a de arroz convencional foi de 765 hectares. Segundo a CNM, ao todo, 46 municípios estão em Estado de Calamidade Pública, com reconhecimento pelo governo federal e estadual. A tragédia já soma 154 mortes confirmadas e 445 desaparecidos. Leia também: 'Abrimos os chiqueiros para os porcos saírem à própria sorte', diz criador de suínos do RS Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro Destruição de lavouras de soja no RS pode encarecer frango e porco, além do óleo, dizem analistas Veja como era a produção de arroz no Rio Grande do Sul: Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Veja os prejuízos dos produtores no campo: Enchentes consecutivas fazem produtores pensarem em abandonar o campo no RS Voluntários buscam resgatar pessoas isoladas em comunidades rurais no RS Animais de criação morrem afogados após temporais no RS Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, detalha auxílios aos produtores no RS em entrevista ao Globo Rural Veja Mais

Em debate sobre 30 anos do Plano Real, ex-presidentes do BC dizem que é preciso resolver problema do déficit nas contas públicas

G1 Economia Pérsio Arida, Gustavo Franco, Pedro Malan e Gustavo Loyola participaram da Conferência Anual do Banco Central, em Brasília, em painel sobre os 30 anos do Real – moeda que começou a circular em julho de 1994. Ex-presidentes do BC participam de mesa redonda sobre os 30 anos do Real em conferência Reprodução de confereência Ex-presidentes do Banco Central presentes na conferência anual da instituição mostraram preocupação nesta sexta-feira (17), em Brasília, com a questão do déficit das contas públicas. Em painel sobre os 30 anos do Plano Real, moeda cuja circulação teve início em 1º de julho de 1994, Pérsio Arida, Gustavo Loyola e Pedro Malan avaliaram que o problema dos rombos orçamentários vem desde aquela época, e, infelizmente, ainda permanece em aberto. A percepção de economistas é de que déficits elevados e recorrentes nas contas públicas dificultam o controle da inflação e elevam a dívida pública - obrigando o Banco Central a elevar a taxa básica de juros, o que compromete o crescimento da economia e a geração de empregos. "Há o risco populista fiscal. Nosso tripé macroeconômico é manco hoje em dia, pois nossa perna fiscal sofreu uma longa e contínua deterioração e as perspectivas não são boas. Em questões fiscais [relativas às contas públicas], o que importa é como você acha que como o filme vai ocorrer pela frente. Mas existe uma esperança tácita de que em 2026 e 2027 tenhamos uma postura fiscal radicalmente diversa da atual", disse Pérsio Arida, que fez parte da equipe econômica do Plano Real. O ex-presidente do BC e ex-ministro da Fazenda Pedro Malan citou o economista Christopher Sims, prêmio Nobel de Economia, para quem uma política para as contas públicas "vista ou tida como insustentável pode tornar ineficaz um regime de metas de inflação e impedir, ou tolher, o desenvolvimento econômico e social com estabilidade macroeconômica". "O objetivo de ancorar expectativas [de inflação] exige coerência de um discurso, e a sociedade precisa saber que a intenção de estabilizar é forte, e que ela será perseguida com tenacidade. Essa reação foi fundamental no caso do Real e é fundamental para qualquer tentativa de crescimento com estabilização da economia", disse Malan. Já Gustavo Loyola, que assumiu o Banco Central em 1995, no ano seguinte ao lançamento do Real, afirmou que a estabilização da moeda não é um trabalho feito, permanente (certo). "É lamentável que não tenhamos conseguido resolver questão fiscal [dos déficits das contas]. Um dos grandes marcos foi a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma lei pioneira. E que foi minada ao longo do tempo por interpretações absurdas (...) O Brasil precisa de uma política prima da política monetária [de controle da inflação], uma politica fiscal, que é onde de fato a gente está devendo e precisa urgentemente atacar essa questão.", disse Gustavo Loyola. Economistas ouvidos pelo g1 avaliaram que a equipe econômica, enquanto aprova uma série de medidas para elevar a arrecadação, tem falhado ao indicar poucas, ou quase nenhuma, medida para conter os gastos públicos. Questionado por jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que o déficit das contas somou R$ 2 trilhões nos últimos dez anos, e acrescentou que a equipe econômica trabalha para "recompor a base fiscal" (com aumentos de tributos) do Estado brasileiro e resolver distorções na cobrança de tributos. Em sua visão, há muitos benefícios sem contrapartida social. "Todo gasto tributário [benefício fiscal] está sendo revisto para essa recomposição. O que mostra que herdamos uma situação difícil (...) Estamos procurando justamente fazer uma trajetória de ajuste. Depois de 2022, onde houve um enorme desarranjo em função do processo eleitoral. Recompondo a base fiscal, corrigindo distorções, para continuar em uma trajetória de crescimento com baixa inflação", acrescentou Haddad. Rombo nas contas e arcabouço fiscal As críticas foram feitas após um aumento do déficit nas contas públicas no primeiro ano da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios (decisões judiciais) postergadas na gestão Jair Bolsonaro, o rombo nas contas do governo atingiu R$ 230,5 bilhões no ano passado – o segundo pior da série histórica iniciada em 1997. A equipe econômica do governo Lula aprovou, no fim do ano passado, o chamado "arcabouço fiscal" – as novas regras para as contas públicas, e fixou um limite para o crescimento anual das despesas (que não pode ser maior do que 2,5% acima da inflação). A melhora das contas públicas é importante para conter o endividamento do país, indicador relevante para o mercado financeiro, interpretado como um sinal da capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros de curto, médio e longo prazos. Quanto maior a dívida em relação ao PIB, maior o risco de um calote em momentos de crise. Governo e mercado veem dívida pública em tendência de alta; entenda efeitos na economia e comparação com outros países O governo vem informando que busca zerar o rombo nas contas públicas, meta que permanece em vigor ainda para este ano. Mas jogou a toalha para os anos seguintes, pois já está projetando resultados negativos para 2025 e para 2026 – o que abriu espaço para cerca de R$ 160 bilhões em gastos a mais nestes anos. Juntamente com a piora do cenário internacional, com a expectativa de agentes de que os Estados Unidos demorarão mais para baixar os juros, a mudança das metas fiscais anunciada em abril pelo governo jogou tensão nos mercados – impactando a bolsa de valores e a taxa de câmbio. Por conta desse cenário mais incerto, relacionado também com a dificuldade do governo em equilibrar as contas públicas, o Banco Central reduziu o ritmo de corte dos juros neste mês. A decisão gerou um "racha" na diretoria da instituição, com os nomes indicados pelo presidente Lula votando por uma queda maior. Porém, eles foram voto vencido. Para Gustavo Franco, que participou da elaboração do Plano Real, não deve haver improviso na comunicação do Banco Central. "O que dialoga com outro assunto, da colegialidade e unidade da diretoria. Fala-se do STF, que são 11 supremos, aqui não são 9 bancos centrais, é um só. Deve falar afinado, [como] música clássica", afirmou. Veja Mais

Bradesco tem falha no app, e clientes reclamam nas redes sociais

G1 Economia Site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, mostra notificações recentes relacionados ao aplicativo do banco. Aplicativo do Bradesco Divulgação Clientes do Bradesco foram às redes sociais reclamar de uma falha do aplicativo e impedimento de transferir dinheiro ou fazer pagamentos no PIX. O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, mostra notificações recentes relacionados ao app do Bradesco na manhã desta sexta-feira (17). Site Downdetector acusa falha no app do Bradesco nesta sexta-feira Reprodução Procurado, o Bradesco não respondeu até a última atualização desta reportagem. Veja os relatos de usuários nas redes sociais. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Mais de 35 milhões de transferências por PIX no valor de um centavo foram realizadas em 2023 Veja Mais

Duas vacas mais valiosas do Brasil custam juntas cerca de R$ 36 milhões; entenda por que são tão caras

G1 Economia Valor dos animais está em sua capacidade de reprodução de uma prole com qualidade. Donna Fiv Ciav e Viatina-19 FIV Mara Móveis têm segurança, banhos roteiros e tratamento com óleo de girassol nas orelhas. Donna é a segunda vaca mais cara a ser leiloada no Brasil Rubens Ferreira/Casa Branca Agropastoril No final de abril, a Donna Fiv Ciav se tornou a segunda vaca mais cara do Brasil ao ter 33% leiloados por R$ 5,16 milhões, totalizando o seu valor em R$ 15,48 milhões. A Donna perde apenas para a Viatina-19 FIV Mara Móveis, avaliada em quase R$ 21 milhões e considerada a vaca mais cara do mundo. Além de serem valiosas, as duas têm algo em comum: recebem tratamentos especiais. Elas, por exemplo, tomam banho quase todos os dias com xampu, mas não para por aí: tomam banho de sol, fazem caminhadas, têm segurança, os chifres lustrados e até mesmo recebem óleo de girassol nas orelhas, para dar brilho. Veja a seguir o que fazem essas vacas tão valiosas. Viatina Vaca mais valiosa do mundo tem rotina de beleza Líder no ranking mundial, a Viatina é da raça nelore e tem 5 anos de idade. Natural de Goiás, ela possui três donos: as empresas Casa Branca Agropastoril; Agropecuária Napemo e Nelore HRO – os sócios se dividem nos cuidados da vaca. Os banhos da Viatina são especiais: são com um xampu hipoalergênico, para não irritar a sua pele. Além disso, ela tem os pelos aparados regularmente. Por ser muito valiosa, ela conta com segurança 24 horas por meio de câmeras instaladas em sua baia e por agentes privados de segurança da fazenda. Cleiton Acelves Borges, veterinário da Viatina-19 diz que os três principais aspectos que fazem a genética da vaca ser tão valiosa são: beleza; grande capacidade de produção de carnes nobres; aprumos de qualidade, ou seja, membros (pernas) resistentes e bem formados, sem nenhum defeito. Para perpetuar a genética valiosa da Viatina-19, as empresas responsáveis pela vaca realizam 10 coletas de óvulos por ano, procedimento conhecido como "aspiração". Em cada sessão, é possível recolher 80 óvulos, que são levados para laboratórios para serem fertilizados in vitro com o sêmen de um touro. Cada procedimento gera 10 prenhezes (gravidezes), o que dá 100 por ano, no total. "Nesse processo, existe aborto, morte prematura. A gente chega a ter uma perda de 20% a 25% [dos bezerros]", explica Borges. O veterinário afirma que, por ano, todo esse procedimento consegue gerar 70 animais. Bezerra da vaca mais cara do mundo foi leiloada por R$ 3 milhões para ajudar o Rio Grande do Sul Donna Vaca Donna FIV CIAV arrematada ExpoZebu 2024 Uberaba Philippe Wolfgang/ABCZ Paranaense de 9 anos de idade, a Donna é da raça Nelore e herdeira da fama da sua mãe, Parla FIV AJJ, que já foi a mais cara do país. "A Parla morreu no fim do ano passado. Então, a Donna passou a ser tratada como a sucessora da mãe, aí também valorizou ela bastante no mercado", explica Fernando Barros, diretor de pecuária da Casa Branca Agropastoril, uma das empresas proprietárias da vaca. Também são donas do animal as corporações Chácara Mata Velha e Agropecuária LMC. Além da genética e de todos os cuidados especiais citados no início da reportagem, Donna recebe também uma alimentação especial, para ficar em forma. A dieta conta com silagem de milho, feno de gramínea e ração balanceada. O grande valor de Donna está nas qualidades de seus filhos, que também fazem sucesso nos eventos do setor. Ela foi a melhor matriz do ranking do circuito de exposições do ano passado, ou seja, foi a vaca com mais prole premiada. Ela também tem grande capacidade reprodutiva em quantidade, podendo gerar mais de 100 filhos por ano — considerando que, assim como a Viatina, esse processo acontece por fertilização in vitro. Por causa dessas qualidades, Donna tem três clones vivos, que possuem as mesmas características reprodutivas. Para Barros, ela também passa a segurança de garantir uma reprodução por mais tempo, elevando seu valor no mercado. Saiba também: Entenda como ocorre o leilão de 'meia vaca' em feiras pecuárias como a ExpoZebu em Uberaba Cinco vacas mais caras do Brasil valem juntas quase R$ 55 milhões; veja ranking Veja também: Vacas invadem e destroem casa de fazendeiro na Inglaterra Carne vermelha apodrece no intestino? Saiba o que é real e o que é falso sobre o alimento O que são alimentos plant based? Veja Mais

Bolsa Família 2024: pagamentos de maio começam nesta sexta-feira; veja calendário

G1 Economia Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Calendário do Bolsa Família 2024 é divulgado. MDS A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de maio do Bolsa Família nesta sexta-feira (17). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o benefício será pago durante os últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada — com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado. Há exceção também para os moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Governo Federal. Para essas pessoas, o pagamento será realizado de forma unificada, no primeiro dia do repasse, independentemente do número final do NIS. O Bolsa Família prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família. Há também os adicionais de: R$ 150 por criança de até 6 anos; R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos; R$ 50 por bebê de até seis meses. Confira o calendário do Bolsa Família para maio de 2024: Final do NIS: 1 - pagamento em 17/5 Final do NIS: 2 - pagamento em 20/5 Final do NIS: 3 - pagamento em 21/5 Final do NIS: 4 - pagamento em 22/5 Final do NIS: 5 - pagamento em 23/5 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/5 Final do NIS: 7 - pagamento em 27/5 Final do NIS: 8 - pagamento em 28/5 Final do NIS: 9 - pagamento em 29/5 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/5 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Junho: de 17/6 a 28/6; Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 19/8 a 30/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 18/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 29/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família 2024: pagamentos começam nesta quinta-feira; veja calendário Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Veja Mais

Temporais no RS alagam vinhedos na Serra Gaúcha, e produtor diz: 'Nem imagino o tamanho do estrago'

G1 Economia Local é polo de produção de vinhos e destino importante para turistas. Mercado vinícola tem desafios logísticos à frente, com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre e com os danos em estradas do entorno, impactadas pelos deslizamentos de terra. Água acumulada em parreiras de Bento Gonçalves (RS) Fábio Tito/g1 Desde criança, Flávio Rotava, de 51 anos, ajuda o pai, Alfeo, de 80 anos, a produzir vinhos em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. A tristeza resume o sentimento ao ver como suas parreiras foram atingidas pelas fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. O impacto no cultivo de uvas é certo: a estimativa aponta perdas de 20% a 30% na próxima colheita. Foram 250 hectares danificados pelo que Flavio chamou de avalanches. "A perda vai ser grande", diz. "É praticamente uma área que vai ficar imprópria para o cultivo de videiras e vai ser praticamente extinta para trabalho", conta Rotava. Segundo ele, a produção anual é de 100 mil garrafas Rotava, marca que leva o nome da família. Dados preliminares da Emater/RS-ASCAR, instituição de assistência técnica a produtores, dão conta de que os alagamentos na Serra Gaúcha destruíram ao menos 500 hectares de vinhedos. O número pode crescer, conforme produtores reportem suas perdas à entidade. Mas os danos podem chegar a algo perto de 2% dos cerca de 44 mil hectares ativos no estado. A situação dos produtores do estado só não é pior porque a colheita da safra de 2024 foi realizada entre dezembro e março. As uvas já estão em processo de vinificação, para que os vinhos do ano sejam engarrafados ou postos para amadurecer. Entre o fim do outono e o inverno, os vinhedos passam por um período de dormência. Somente em agosto as videiras começam a recuperar a parte vegetativa, para que a frutificação da próxima safra se reinicie, por volta de novembro. "A produção de suco e vinho não está abalada do ponto de vista de estoque. [...] Mas há famílias que perderam tudo, e estamos nos preparando para estimulá-los a tocar o negócio à frente", afirma Luís Bohn, gerente técnico da Emater/RS. Além de restabelecer os produtores, o mercado de vinhos brasileiros terá de lidar com a recuperação das estradas para escoamento da produção. Segundo o Ministério dos Transportes, há pelo menos 62 trechos de estradas e pontes que precisarão ser reconstruídos no RS, a um custo estimado em R$ 1,2 bilhão para início de reparos. Por fim, foi suspensa a chegada de visitantes para o enoturismo em uma das regiões preferidas para quem quer conhecer a produção de vinhos brasileiros. Em 2023, o segmento movimentou R$ 3 milhões — R$ 1,7 milhão só em Bento Gonçalves (saiba mais abaixo). Hora de se reerguer Flávio Rotava, produtor de vinho Fábio Tito/g1 Quem sofre com os prejuízos tenta agora se reerguer em meio aos trabalhos de buscas pelos desaparecidos. Rotava é vizinho e cresceu junto de Artemio Cobalchi e Ivonete, casal de idosos morto em deslizamento no começo de maio. Uma das filhas dos dois, Natalia, está desaparecida, enquanto a outra, Marina, busca o corpo da irmã. "É difícil, mas tem que ter os pés no chão, cabeça olhando para o ar, para ir em frente e seguir. Agora é o momento de começar a construir, resgatar as pessoas que estão ainda como nós, mas que não estão mais conosco. Tentar resgatar, se unir todo mundo com uma missão, ajudar... Se ajudar para seguir", lamenta Rotava, que faz um apelo a quem quiser ajudar. "O Rio Grande do Sul só vai se erguer depois dessa tragédia se tiver a ajuda do país inteiro, com ações de adquirir produtos gaúchos para manter os empregos, para manter as transportadoras, para poder fazer a economia girar de novo", diz. Nesta semana, produtores e revendedores do Rio Grande do Sul lançaram campanhas pulverizadas para incentivar a compra de vinho gaúcho — seja em benefício do próprio setor, seja para ajudar regiões afetadas pelas cheias. A campanha Solidariza RS, por exemplo, fechou parceria com 18 grandes vinícolas do Sul que disponibilizaram 2 mil garrafas que tiveram a receita destinada para instituições que estão auxiliando as regiões mais afetadas pelas enchentes. A ação arrecadou R$ 200 mil. Outras, como a campanha #CompreVinhoGaúcho, da Brasil de Vinhos, pede que os consumidores deem uma chance ao vinho do estado, tanto para que os produtores aumentem o faturamento, quanto para que o consumidor conheça mais rótulos da região. Mapa mostra a região de Bento Gonçalves Arte g1 'Malemá saímos com a roupa do corpo' Com as águas que não baixam e risco de novos deslizamentos, há produtores que nem conseguiram estimar as perdas. Inácio Salton, de 63 anos, cultiva uvas para a produção de vinhos na comunidade de Santo Antônio da Paulina, em Bento Gonçalves. Apesar de ter o sobrenome de uma famosa marca da região, ele fornece uvas para a Aurora. Salton precisou abandonar o local e alugar uma casa à beira da estrada que liga o distrito de Faria Lemos à estrada RS-431. Segundo ele, a Aurora está oferecendo ajuda em grupos que reúnem produtores, que precisam informar os impactos em suas plantações. As terras de Salton estão alagadas, e ele já prevê impacto nas uvas, porque a água em excesso piora a qualidade da fruta que será colhida por volta de setembro. "Nem fui embaixo das parreiras ainda, nem sabemos o que aconteceu. Nem imagino o tamanho do estrago", conta ao g1. A família, de sete pessoas, deixou a casa às pressas e se abrigou com ajuda de amigos. Inácio Salton, 63 anos, conta que trabalha com uvas desde sempre Fábio Tito/g1 "Malemá saímos com a roupa do corpo, mas está tudo tranquilo. Todos estão bem e salvos", afirmou, sem saber quanto pagará de aluguel na casa cedida. "Falaram para a gente vir e depois conversávamos de dinheiro. Vamos ficar uns 15, 20 dias e depois vemos." "Como vou falar o quanto fomos atingidos se nem consegui entrar na terra?" diz. Sua torcida é para ter sol e, nesse cenário, dos dias seriam o suficiente para a água deixar o solo e poder calcular mais precisamente o tamanho do prejuízo. Retomada gradual Segundo o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), o Complexo Econômico da Uva e Derivados representa cerca de 2% do PIB do estado do Rio Grande do Sul, com atividade vinda de 550 vinícolas e cooperativas. Uma reunião do Consevitis-RS aconteceu nesta terça-feira (13), para que vinícolas afetadas compartilhassem os impactos das chuvas e pensassem em ações integradas para ajudar a recuperação. Como mostrou o g1 neste fim de semana, os efeitos na economia do Rio Grande do Sul ainda são calculados com dificuldade em meio à tragédia. Além de um panorama mais claro sobre o mercado, os produtores se preocupam com o escoamento do vinho já pronto para o comércio e com o turismo na região. "A maior parte das empresas está operando normalmente, mas há um impacto muito grande nas vendas no mercado local e no turismo. Essa retomada vai ser lenta e gradual", afirma Daniel Panizzi, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra). Panizzi diz há uma limitação de distribuição dos produtos por Porto Alegre, com a interdição completa do Aeroporto Salgado Filho. A alternativa tem sido o envio pelo aeroporto de Caxias do Sul. Por terra, as transportadoras têm procurado rotas alternativas, em virtude das interdições. "É um cenário preocupante para restaurantes e hotéis que dependem da cadeia do vinho. Precisamos de força para recuperar a infraestrutura que foi gravemente afetada pelas enchentes e pelas chuvas", diz. Restaurante fechado e funcionários em férias coletivas Bruna Cristofoli em frente a parreira e ao restaurante da família Arquivo pessoal A família de Bruna Cristofoli tem uma vinícola, um vinhedo de uvas finas e um restaurante em Faria Lemos, que fica no limite dos bloqueios por conta dos deslizamentos de terra. Por conta da tragédia no estado, os funcionários estão em casa. "Tínhamos uma receita significativa vinda do enoturismo, que está comprometido. Nosso restaurante atende 99% pessoas da Grande Porto Alegre e foro do estado. A gente deu férias coletivas para os colaboradores porque não temos histórico de atender pessoas da região", diz ela. Os prejuízos são de 100% da receita do restaurante, que não recebe turistas, e de 40% no faturamento das vendas de vinho no varejo. "Estamos com a loja fechada, as pessoas têm medo de chegar até aqui, e o aeroporto está fechado. Está um clima de muita insegurança para andar nas rodovias, a chuva que não para", diz Bruna, que repete o apelo no Flávio Rotava. "O nosso pedido é só um: compre vinho gaúcho e quando a situação acalmar, voltem a viajar para o Rio Grande do Sul." Resgate de desaparecidos soterrados em Bento Gonçalves, no RS Veja Mais

Antero Greco, Silvio Luiz e Apolinho: relembre a trajetória de ícones do jornalismo esportivo

G1 Economia Antero Greco e Silvio Luiz faleceram em São Paulo, com apenas horas de diferença. Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu na quarta-feira (15), no Rio. Apolinho, Antero Greco e Silvio Luiz g1 O Brasil perdeu nesta semana três ícones da crônica esportiva: o narrador Silvio Luiz, o apresentador Antero Greco e o radialista Washington Rodrigues, também conhecido como Apolinho. Silvio Luiz morreu nesta quinta-feira (16), aos 89 anos. Ele estava internado no Hospital Oswaldo Cruz desde o dia 8 de maio. Criador de bordões como "Olha no lance" e "Pelo amor dos meus filhinhos", ele deixa a esposa e três filhos. Antero Greco também faleceu nesta quinta-feira (16), aos 69 anos. Depois de passar pelos principais jornais do país, ficou conhecido como comentarista e apresentador da ESPN, formando uma parceria histórica com o jornalista Paulo Soares. Antero tratava um tumor no cérebro desde 2022. Deixa a esposa e dois filhos. Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu na quarta-feira (15), no Rio. Criou uma das expressões mais usadas em goleadas até hoje, o "chocolate", além de “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo” e “Briga de cachorro grande”. Ele também se tratava de um câncer agressivo. Ele deixa três filhos. Relembre abaixo a trajetória dos jornalistas esportivos. Jornalismo esportivo brasileiro perde três ícones Silvio Luiz inspirou com bordões e humor Foto de arquivo de 15/08/1995 do narrador Silvio Luiz, que morreu nesta quinta-feira, 16 de maio de 2024, aos 89 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. ÁLVARO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO Silvio Luiz é um dos maiores nomes do jornalismo esportivo brasileiro. O narrador eternizou diversos bordões no mundo do futebol, dentre eles: "Olho no lance"; "Pelo amor dos meus filhinhos"; "Foi, foi, foi, foi, foi ele!". Silvio imortalizou pelo menos 10 bordões que, entre 2011 e 2016, foram utilizados no jogo de videogame Pro Evolution Soccer (PES). No game, ele narra e comenta as partidas online. Durante um período, sua voz também pode ser usada para orientações de trânsito no aplicativo de direção Waze. Outra marca de Silvio foi ter deixado as transmissões esportivas menos sérias. Ele protagonizou o primeiro palavrão da televisão no país. Silvio participou da transmissão de seis Copas do Mundo e nove Olimpíadas, e apresentou programas esportivos no Grupo Bandeirantes, na Record, no SBT e na RedeTV!. Foi vencedor de dois prêmios Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), um como narrador de TV, em 2015, e outro pela indicação da diretoria do concurso, em 2010. Em 2012, venceu o Prêmio Comunique-se como melhor locutor esportivo. A ligação com o futebol foi além das telas e dos rádios: aos 31 anos, se formou como árbitro na Federação Paulista de Futebol e apitou partidas durante cinco anos. Silvio também foi ator. No final da década de 1980, fez dois papéis em novelas da TV Record. Antero Greco protagonizou momentos hilários Jornalista Antero Greco Leonardo Soares/Estadão Conteúdo Antero Greco era formado em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Começou sua carreira profissional no início dos anos 1970, no jornal "O Estado de S. Paulo", onde foi revisor, repórter, chefe de reportagem e editor de Esportes. Por anos, também foi colunista. Teve passagem também no jornal "Folha de S.Paulo". Atuou ainda como editor e colunista no então Diário Popular. No início dos anos 90, foi comentarista de futebol na Rede Bandeirantes. O jornalista teve uma passagem marcante pela ESPN Brasil, onde foi um dos primeiros contratados da emissora na década de 1990. Tornou-se apresentador do principal programa da casa, o SportsCenter, ao lado de Paulo Soares, a quem se referia como "Amigão". A dupla ficou marcada na bancada pelo entrosamento e episódios divertidos, em que caíam na risada durante a leitura das notícias. Washington Rodrigues explica como surgiu o apelido 'Apolinho' Apolinho: de comentarista a técnico do Flamengo Radialista e ex-técnico do Flamengo Washington Rodrigues, o Apolinho Reprodução Washington Rodrigues foi um dos mais conhecidos jornalistas esportivos no rádio. Ele comandava o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi. No ar desde fevereiro de 1999, o programa era líder absoluto de audiência no segmento há mais de 20 anos. O radialista era também comentarista titular da equipe de esportes da rádio e tinha a coluna “Geraldinos e Arquibaldos” no Jornal Meia Hora, de conteúdo leve e bem-humorado. Começou sua carreira em 1962 na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, no programa “Beque Parado”, que falava sobre futebol de salão. Trabalhou em todas as grandes emissoras de televisão e rádio da cidade, entre elas, Globo e Nacional. Conhecido pela imparcialidade, foi um dos poucos comentaristas com grande aceitação pelas quatro grandes torcidas cariocas. Era também reconhecido na profissão, tendo recebido todos os prêmios já criados para homenagear um jornalista esportivo. O apelido Apolinho surgiu por usar, quando repórter da Rádio Globo, um microfone sem fio que era utilizado pelos astronautas da Missão Apollo 11, de 1969. Carismático, criou várias expressões populares como “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo”, “Briga de cachorro grande”, entre muitas outras. Morre o jornalista esportivo Washington Rodrigues, o Apolinho Apaixonado pelo Flamengo, teve duas passagens pelo clube: em 1995, como treinador, onde conquistou o vice-campeonato da Supercopa Libertadores; em 1998, como diretor de futebol. "Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar eu vou, pelo Flamengo eu faço qualquer coisa, se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio, chamou eu tô dentro, qualquer coisa que quiserem eu vou", chegou a declarar sobre a experiência. Veja Mais

De onde vem o que eu como #89: Macarrão

G1 Economia Episódio conta a trajetória do macarrão pelo mundo levando aos seus principais ingredientes e nutrientes. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. A massa que se tornou o macarrão que conhecemos hoje tem origem na China. É considerado que ela tenha sido criada há onze mil anos, no mesmo período que a agricultura. E no Brasil, o macarrão chegou com a família real portuguesa, ficando popular no gosto do brasileiro décadas depois com a imigração italiana. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Qual a origem do macarrão; como fazer um molho de tomate caseiro; quais são os valores nutricionais desse alimento. O podcast "De onde vem o que eu como'" é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Luciana de Oliveira e Carol Lorencetti. Podcast "De onde vem o que eu como" explica a origem do macarrão. Ayesha Firdaus - Unsplash Leia também: Receitas de macarrão: saiba como fazer espaguete, fettucine e mais; Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro; História da borracha envolve Brasil vítima de pirataria e criação de cidade dedicada a ela no meio da Amazônia. ????OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: ????ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o que eu como: mandioca De onde vêm as frutas vermelhas De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: laranja Macarrão é o tema do 89º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo Veja Mais

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+Milionária, concurso 146: prêmio acumula e vai a R$ 187 milhões

G1 Economia Duas apostas que acertaram cinco dezenas e dois trevos vão levar R$ R$ 301 mil cada. Próximo sorteio será no sábado (18). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 146 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (15), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 187 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, duas apostas acertaram cinco dezenas e dois trevos e vão levar R$ 301.352,99 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 05 - 19 - 24 - 28 - 30 - 37 Trevos: 5 - 6 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 31 apostas ganhadoras: R$ 8.640,94 4 acertos + 2 trevos - 154 apostas ganhadoras: R$ 1.863,65 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 2735 apostas ganhadoras: R$ 104,93 3 acertos + 2 trevos - 2803 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 27814 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 20694 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 200825 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (18). +Milionária, concurso 146 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Veja Mais

Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado em um dia após demissão de Prates

G1 Economia Mercado não gostou da notícia de que o presidente Lula demitiu Jean Paul Prates do comando da companhia e as ações despencam mais de 6%. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras perdeu R$ 34 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira (15), após o anúncio de que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da empresa. A petroleira encerrou o pregão com um valor de mercado de R$ 509 bilhões, contra R$ 543 bilhões de ontem. O desligamento de Prates, feito pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite de terça-feira (14), acontece pouco tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da companhia (entenda mais abaixo). Esse montante equivale ao valor total das ações da Hapvida, por exemplo, segundo levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), que são as que dão direito a voto nas decisões da companhia, despencaram 6,78%. As ações preferenciais (PETR4), que dão preferência no recebimento de dividendos, caíram 6,04%. LEIA MAIS Magda Chambriard: quem é a engenheira que deve assumir a presidência da Petrobras Novo nome para a Petrobras passa por conversas com Dilma e Mercadante Petrobras terá seu sexto presidente em três anos após a demissão de Jean Paul Prates Lula demite Jean Paul Prates, presidente da Petrobras Conflitos na Petrobras e visão do mercado O grande destaque deste pregão foi a queda expressiva das ações da Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da empresa na noite desta terça-feira. Segundo o blog da Natuza Nery, o presidente Lula havia decidido pela demissão de Prates há algum tempo, depois da sequência de desentendimentos do presidente da empresa com o governo federal, o principal acionista. A gota d'água foi o desenrolar da polêmica sobre a distribuição de dividendos extraordinários pela petroleira. Prates foi contra a orientação do governo de reter os dividendos e se absteve na votação do assunto, um fato que não foi bem recebido no Palácio do Planalto. O agora ex-presidente da Petrobras não se entendia com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia muito tempo. De acordo com o blog da Andréia Sadi, Prates disse que respeita a decisão, mas afirmou que não pode deixar de dizer que o presidente foi levado a adotar a medida por uma 'intriga palaciana'. O argumento usado é o de que Jean Paul não estaria entregando resultados da Petrobras na velocidade em que o governo esperava. Em comunicado ao mercado divulgado nesta quarta-feira (15), a estatal afirmou que seu conselho de administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Prates a partir de hoje. Com isso, o agora ex-presidente da Petrobras também apresentou sua renúncia ao cargo de membro do conselho. "Em decorrência da vacância na presidência da companhia, o presidente do conselho de administração nomeou como presidente interina da companhia a diretora-executiva de assuntos corporativos, Clarice Copetti", informou a empresa no documento. O então diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sergio Caetano Leite, também foi destituído do cargo. Em seu lugar, o conselho de administração nomeou o atual gerente executivo de finança, Carlos Alberto Rechelo Neto, de forma interina. Klava analisa queda de Prates e desafios para nova presidente da Petrobras Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos, comenta que o mercado foi pego de surpresa com a notícia, já que os conflitos de Prates com o governo pareciam ter ficado no passado. Para o analista, a notícia é negativa, porque a substituta, Magda Chambriard, seria em sua visão uma executiva com um "viés ideológico mais próximo do desenvolvimentismo". "Avalio como bastante negativa, primeiro porque traz uma falta de credibilidade, insegurança. Jean Paul Prates estava fazendo um trabalho bem razoável, era um cara bem ponderado, que vem do setor, que conhece a empresa. Fazia uma gestão bem tranquila, tinha um diálogo com o mercado e também com representantes do governo", pontua. O chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares, tem um ponto de vista diferente. Para ele, a indicação de Magda não é negativa, tendo em vista que ela é uma profissional com uma "parte técnica muito boa" e de uma "carreira bem sucedida", sendo a indicação "bastante adequada". "A gente acredita que a notícia (da demissão) é ruim, mas não muito ruim. Então, o papel deve cair, mas sem tanto pessimismo", afirma Soares. Em relatório a clientes, os analistas do BTG Pactual afirmaram que apesar de a notícia ter sido especulada no início deste ano, a mudança repentina foi considerada "surpreendente" e negativa. A estimativa é que os investidores comecem, mais uma vez, a "precificar riscos maiores de interferência política na empresa". "Neste momento, podemos apenas especular sobre as razões que podem ter motivado a decisão de substituir Jean Paul Prates. Mas é possível que isso decorra de alguma insatisfação do acionista controlador sobre o ritmo de investimentos da empresa", disseram os analistas do BTG no documento. Veja Mais

Mr. Beast, maior Youtuber do mundo, abre rede de hamburguerias no Brasil

G1 Economia O cardápio da lanchonete está disponível na plataforma de delivery iFood em São Paulo. A hamburgueria MrBeast Burger, do youtuber americano Mr. Beast, começou suas atividades no Brasil nesta quarta-feira (15). O cardápio da lanchonete está disponível na plataforma de delivery iFood para entregas em algumas localidades da cidade de São Paulo. Conhecido como MrBeast, o youtuber Jimmy Donaldson é o mais seguido do mundo. Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast Richard Shotwell/Invision/AP Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil Veja Mais

Como enchentes no Rio Grande do Sul prejudicam a produção de carros no país

G1 Economia Volkswagen informou que pode adotar um período de férias coletivas ainda neste mês em três fábricas do país por conta de impactos provocados pela tragédia do RS. Vista aérea das enchentes em Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, tirada em 9 de maio GETTY IMAGES Além de provocar mortes e estragos, as chuvas e enchentes que têm afetado o Rio Grande do Sul neste mês começam a causar consequências em diversos setores que movimentam a economia de todo o país. ?? Até esta terça-feira (14), a Defesa Civil do RS já havia confirmado ao menos 149 mortes por conta dos temporais. Há ainda mais de 120 desaparecidos e 2,1 milhões de pessoas afetadas pela tragédia. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp No mercado automotivo, por exemplo, algumas montadoras do país já têm previsto a adoção de medidas por conta dos impactos da tragédia. Com a paralisação nas montadoras, uma das principais consequências está na produção de carros no país. A Volkswagen informou nesta segunda-feira (13) que pode adotar um período de férias coletivas ainda neste mês em três fábricas do país: São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São Carlos (SP) - leia mais detalhes aqui. Fábrica da Volkswagen em Taubaté Volkswagen/Divulgação A empresa afirma que "em função das fortes chuvas que acometem o estado do Rio Grande do Sul e o povo gaúcho, alguns fornecedores de peças da Volkswagen do Brasil, com fábricas instaladas no estado, estão impossibilitados de produzir nesse momento". Outra montadora com fábrica no Brasil, a Stellantis - dona das marcas Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot - informou que precisou paralisar pontualmente a produção em Córdoba, na Argentina, mas que "segue analisando a necessidade de novas paradas em suas unidades" na região do Rio Grande do Sul. A montadora explica que a medida foi motivada pelo "impacto sem precedentes da catástrofe em todo o sistema logístico de transporte e fornecimento de componentes". Fábrica da Stellantis no Brasil Divulgação/Stellantis Além disso, a empresa cita uma “paralisação do órgão responsável pela emissão das licenças ambientais exigidas pela legislação vigente”. A Toyota, outra montadora que tem sede no Brasil, disse que parte dos veículos dos modelos Toyota Hilux e Toyota SW4 que foram importados da Argentina e armazenados no Centro de Distribuição da Toyota localizado em Guaíba (RS) foram danificados pela enchente. Como medida preventiva para evitar atrasos aos clientes, a fabricante vai temporariamente alterar o destino dos embarques de seus produtos produzidos na Argentina do centro de Guaíba (RS) para Vitória (ES). Com isso, na próxima semana os carros serão embarcados por via marítima para o porto de Vitória. Apesar da situação, a previsão é que o Centro de Distribuição da fábrica localizado em Guaíba (RS) volte a operar normalmente nesta quarta-feira (15). Fábrica da Toyota em Sorocaba (SP) Divulgação; Revista AutoEsporte Professora da FGV, a economista Carla Beni explica que uma catástrofe da dimensão da que atinge o RS prejudica todo o país. Segundo ela, a economia brasileira está interconectada e o problema pode afetar toda a cadeia. “Quando você tem um estado com um problema dessa intensidade, as cadeias produtivas estão interconectadas. Pode ser setor automotivo, alimentício... você tem interconexão entre as cadeias produtivas, porque não só a produção local é um problema, mas a questão da logística é um grande problema”, afirma. Enchente em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, em 9 de maio de 2024 Carlos FABAL / AFP Ainda de acordo com a especialista, as paralisações nas fabricantes de carros são uma forma de reestruturação econômica e ainda não ameaçam o mercado de trabalho, já que não é possível mensurar o impacto total das enchentes do Rio Grande do Sul. “Vários segmentos da cadeia produtiva do país vão ter que ser restruturados para que dê tempo de refazer o estado do Rio Grande do Sul, digamos assim, para gente poder normalizar essa cadeia. Mas ainda é muito difícil de pensar um prazo em relação a isso”, diz Beni. Fábrica da Volkswagen em Taubaté. Reprodução/ TV Vanguarda Para Antônio Jorge Martins, especialista em mercado automotivo e professor da área na FGV, a Volkswagen, que tem fornecedores de peças no Rio Grande do Sul, pode ter maiores impactos na produção a curto e médio prazo. Ele acredita que a paralisação da produção da montadora pode até mesmo abrir espaço para o crescimento de concorrentes chineses, por exemplo. “Eu vejo de consequências no curto prazo exatamente a falta de produtos da marca Volkswagen no mercado automotivo, quando a sua demanda neste corrente ano de 2024 vem superando a demanda de 2023, ou seja, na medida em que existe exatamente uma demanda de carros e você paralisa uma produção, você acaba tendo a indisponibilidade de produto para vender e, com isso, afeta um volume total projetado para o ano corrente”, disse. “De médio prazo, eu diria que existe sim uma outra consequência, que é o fato de que você, ao não disponibilizar um certo volume de produção no corrente momento, abrir espaço para os demais concorrentes poderem alavancar seus produtos e, eventualmente, tentarem até alcançar esse volume de produção que deixou de ser ofertado nesse período. As fábricas chinesas estão com um apetite muito grande de se utilizarem desse artifício para fortalecerem as suas respectivas marcas no mercado brasileiro”, argumentou. Morador de Lajeado, no Rio Grande do Sul. Fábio Tito/g1 Ainda segundo o professor, a Volkswagen deve ser a montadora mais impactada pela tragédia climática no sul, podendo até perder participação no mercado nacional com a paralisação da produção, mesmo que temporariamente. “De uma forma geral, eu diria que o impacto é representativo mais para algumas empresas do que para outras, ou seja, não necessariamente o fato desse problema ter acontecido com a Volkswagen vai acontecer com outra montadora, que muitas vezes não tem nem fornecimento de autopeças provenientes de Porto Alegre ou de regiões fronteiriças, e, com isso, de uma forma geral, eu diria que a tragédia acaba sendo muito focalizada naquela que realmente possui uma representatividade muito grande de fornecimento naquela região", ponderou. "Eu não sei dizer para a Volkswagen qual é o peso do estado dentro do fornecimento total, mas, de qualquer forma, eu diria que deve ser um peso grande, porque para você paralisar a produção no atual momento de mercado, você acaba perdendo participação no mercado nacional”, avaliou. No entanto, Martins avalia que a pausa poderá ser útil se aproveitada pelos líderes da montadora que estão de fora da produção, podendo ser um momento estratégico para a empresa repensar seus produtos. “Essas paralisações muitas vezes são até úteis para você conseguir adequar a produção a um novo nível. A gente não sabe quanto tempo vai ficar paralisada, mas, de qualquer forma, você consegue, com essas paralisações, dependendo do momento, até adequar a produção a um novo ritmo produtivo de acordo com a demanda que está acontecendo”, finalizou. Volks pretende dar férias coletivas para trabalhadores de Taubaté Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Governo eleva proposta de reajuste a professores para até 31%; categoria ainda vai discutir

G1 Economia Ministério da Gestão apresentou elevação em faixas entre 13,3% e 31% nos salários da categoria. Discussão no sindicato e em assembleias deve ocorrer nos próximos dias. O governo federal apresentou uma nova proposta de reajuste salarial para professores de universidades e institutos federais. O aumento poderá chegar a 31% até 2026. Os valores foram detalhados em reunião entre o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e o Ministério da Gestão nesta quarta-feira (15). Ministro da Educação fala sobre negociação para fim da greve das federais O comando nacional de greve do sindicato ainda vai discutir a proposta internamente. Portanto, ainda não há previsão de uma resposta ao governo. A oferta feita aos docentes é superior ao que foi apresentado na negociação de abril, quando o governo prometeu um reajuste para a categoria que variaria entre 12,8% e 16,1% até 2026, a depender do cargo ocupado pelo servidor. Dessa vez, a proposta prevê uma variação entre 13,3% e 31%, “uma boa proposta para os trabalhadores e trabalhadoras da educação”, segundo o secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão, Jose Lopez Feijóo. Grevistas trancaram portão da UFPA em ato. Reprodução/Redes Sociais O comando nacional de greve do ANDES-SN informou que ainda vai debater o assunto e vai preparar as orientações a serem encaminhadas às seções sindicais. “A rodada de assembleias para discussão da proposta deve acontecer nos próximos dias”, declarou em nota. “Se nós considerarmos o reajuste que foi concedido a todos os servidores e servidoras públicos federais no ano de 2023, de 9%, significa que o reajuste proposto agora para os docentes acumulará no período dos quatro anos, do mandato do governo Lula, um reajuste que vai variar entre 23% a 43%. Portanto, não só a recomposição de toda a inflação prevista para este mandato do governo Lula, que é de 15%, mas uma importante recuperação de perdas dos governos passados que sequer recebiam os trabalhadores e trabalhadoras para qualquer tipo de diálogo ou de negociação”, argumentou Feijóo. Reajuste de benefícios Feijóo também lembrou que, para 2024, o governo chegou a um acordo numa negociação ampla com servidores de todas as categorias que elevou os valores de benefícios: o reajuste foi de 52% no auxílio-alimentação dos servidores públicos federais, com o valor passando de R$ 658 para R$ 1 mil a partir de 1º de junho; aumento no auxílio saúde, de R$144,38 para cerca de R$ 215; o auxílio-creche passa de R$ 321 para R$ 484,90. Veja Mais

Prevent Senior deixará de comercializar planos em São Paulo e Rio de Janeiro a partir de 31 de maio

G1 Economia A empresa garante que, antes disso, até o dia 30, os planos continuarão sendo vendidos regularmente. Vista da fachada de hospital da Prevent Senior em São Paulo. RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A operadora de planos de saúde Prevent Senior anunciou que vai suspender temporariamente a venda de novos planos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A medida é válida a partir do próximo dia 31 e não há previsão para normalização da situação. A empresa garante que, antes disso, até o dia 30, os planos continuarão sendo vendidos regularmente. Segundo a Prevent, a decisão foi tomada em razão da "sobrecarga na demanda por atendimento, ocasionada pelos surtos de várias doenças". Nesse sentido "a medida se faz necessária para preservar a qualidade dos serviços prestados aos mais de 580 mil beneficiários que confiam sua saúde à Prevent Senior", diz a operadora, em nota. LEIA TAMBÉM Plano de saúde alega 'prejuízo' e cancela atendimento a crianças autistas; mães entram na Justiça 'Tenho 90 anos e meu plano de saúde foi cancelado': O que diz a lei sobre rescisão de convênios de idosos Veja Mais

Ações da Petrobras despencam 8% após demissão de Prates; dólar sobe

G1 Economia Na terça-feira, a moeda norte-americana teve uma queda de 0,39%, cotada a R$ 5,1303. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,28%, aos 128.516 pontos. Petrobras despenca neste pregão Jornal Nacional/ Reprodução O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), abriu em baixa nesta quarta-feira (15), puxado principalmente pela forte queda nas ações da Petrobras, que iniciaram o dia despencando cerca de 8%. Pesa sobre os negócios o anúncio de que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da Petrobras, pouco tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da companhia se acalmarem. Já dólar opera em alta, com investidores ainda monitorando a situação dos juros norte-americanos e continuam repercutindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h15, o dólar subia 0,31%, cotado a R$ 5,1463. Veja mais cotações. Na terça-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,39%, cotada a R$ 5,1303. Com o resultado, acumulou: recuo de 0,52% na semana; perdas de 1,20% no mês; ganho de 5,72% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,71%, aos 127.608 pontos. As ações da Petrobras despencavam 8,17%. Na terça-feira, o índice teve uma alta de 0,28%, aos 128.516 pontos. Com o resultado, acumulou: ganhos de 0,72% na semana; avanço de 2,06% no mês; perdas de 4,23% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Petrobras O grande destaque deste pregão fica com a Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência na noite desta terça-feira. Segundo fontes, o presidente Lula decidiu pela demissão de Prates já há algum tempo após uma sequência de desentendimentos com o governo, principalmente por conta da pol.mica da distribuição de dividendos extras pela petroleira. O agora ex-presidente da Petrobras não se entendia com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia muito tempo. De acordo com o blog da Andréia Sadi, Prates citou "intrigas palacianas' após ser demitido. O argumento usado é o de que Jean Paul não estaria entregando resultados da Petrobras na velocidade em que o governo esperava. Ao blog, Jean disse que respeita a decisão, mas afirmou que não pode deixar de dizer que presidente foi levado a adotar a medida por uma intriga palaciana. Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos, comenta que o mercado foi pego de surpresa com a notícia, já que os conflitos de Prates com o governo pareciam ter ficado no passado. Para o analista, a notícia é negativa, principalmente porque a possível substituta, Magda Chambriard, é uma executiva com um "viés ideológico mais próximo do desenvolvimentismo". "Eu avalio como bastante negativa primeiro porque traz uma falta de credibilidade, insegurança. Eu acho que é desnecessário porque o Jean Paul Prates estava fazendo um trabalho bem razoável, era um cara bem ponderado que vem do setor, que conhece o setor, que conhece a empresa. É um cara que fazia uma gestão bem tranquila e tinha um diálogo com o mercado e também com representantes do governo", pontua. O chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares, tem um ponto de vista diferente. Para ele, a indicação de Magda não é negativa, tendo em vista que ela é uma profissional com uma "parte técnica muito boa" e de uma "carreira bem sucedida", sendo a indicação "bastante adequada". "A gente acredita que a notícia (da demissão) é ruim, mas não muito ruim. Então o papel deve cair, mas sem tanto pessimismo", afirma Soares. O que mais está mexendo com os mercados? Além disso, os juros locais e internacionais seguem na mira dos investidores nesta semana. Por aqui, o mercado continua repercutindo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), divulgada ontem. Na semana passada, o BC decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), contrariando suas próprias estimativas — em março, o colegiado havia previsto um corte de 0,50 p.p. na reunião deste mês. Segundo o documento, apesar do dissenso entre os membros, o colegiado concluiu que o cenário para a inflação nos próximos anos "se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada". 'Racha' no Copom: veja argumentos dos diretores do BC que queriam corte maior nos juros, mas foram vencidos A divisão dos votos na última reunião do Copom trouxe um aumento das incertezas no mercado ao longo da última semana, em meio a temores sobre como deve se dar a transição de gestões no Banco Central (BC). Após a divulgação do documento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ambas as posições são "técnicas, respeitáveis". "A ata deixou claro que os argumentos de lado a lado eram pertinentes e defensáveis", completou. Ele avaliou ainda que a tensão nos mercados se dissipou com a divulgação do documento. "Tinha mais rumor do que verdade, está tudo tranquilo lá." Já no exterior, o foco mais uma vez ficou com as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell. Em discurso na última terça-feira, o banqueiro central afirmou que espera que a inflação continue a cair ao longo deste ano, embora sua confiança na concretização desse cenário tenha diminuído após uma elevação maior do que o esperado dos preços no primeiro trimestre. Ainda assim, Powell voltou a dizer que é improvável que o BC norte-americano precise voltar a aumentar os juros, reafirmando que a instituição será "paciente" e permitirá que a atual taxa básica tenha todo o seu impacto. Com isso, investidores continuam monitorando os dados de inflação que saem na maior economia do mundo. Na terça-feira, por exemplo, indicador do Departamento de Trabalho norte-americano mostrou que os preços ao produtor dos EUA subiram mais do que o esperado em abril, em meio a fortes altas nos custos de serviços e mercadorias. O índice teve uma alta de 0,5% no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,3% no período. Nos 12 meses até abril, o avanço foi de 2,2%. Agora, a expectativa é pela inflação ao consumidor, que deve sair nesta quarta-feira (15). *Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

Petrobras terá seu sexto presidente em três anos após a demissão de Jean Paul Prates

G1 Economia Dança das cadeiras começou no governo de Jair Bolsonaro (PL) por conta do preço dos combustíveis. Agora, tem como plano de fundo a gestão da empresa, que deixou de pagar dividendos extraordinários e abriu cisão com o governo federal. Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante primeira coletiva de imprensa à frente da estatal, em 2 de março de 2023. Tomaz Silva/Agência Brasil Com a demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a empresa terá seu sexto presidente em pouco mais de três anos. O cargo será assumido por Magda Chambriard, segundo o blog da Natuza Nery. Prates foi demitido pessoalmente por Lula (PT). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estava presente. A avaliação do governo é que a situação de Prates ficou insustentável. Segundo fontes, Lula já havia decidido pela demissão de Prates após uma sequência de desentendimentos com o governo. O agora ex-presidente da petroleira não se entendia com Silveira há muito tempo. A dança das cadeiras da Petrobras começou no governo de Jair Bolsonaro (PL), em uma tentativa de combate à subida dos preços dos combustíveis. Agora, tem como pano de fundo a gestão financeira da empresa, que deixou de pagar dividendos extraordinários em sua última apresentação de resultados, e gerou uma cisão entre a diretoria e o governo. O ex-presidente Bolsonaro demitiu o economista Roberto Castello Branco em fevereiro de 2021. De lá para cá, foram outros quatro nomes oficiais, além de dois interinos e um indicado que nunca assumiu. Relembre abaixo a cronologia dos presidentes da estatal. LEIA TAMBÉM RELEMBRE: Ações da Petrobras caem 10% após dividendos abaixo do esperado ENTENDA: Petrobras: qual foi a surpresa que derrubou em 10% as ações em um dia VALDO CRUZ: Lula já sondou Mercadante caso Jean Paul Prates deixe presidência da estatal ANDRÉIA SADI: Prates quer que Lula arbitre permanência na Petrobras; ala do governo defende Mercadante Petrobras perde R$ 55 bilhões em valor de mercado após divulgação do balanço financeiro de 2023 Histórico de demissões Cerimônia de posse de Roberto Castello Branco como presidente da Petrobras, no Edifício Sede da companhia, no Rio de Janeiro Leo Correa/AP 1?? ROBERTO CASTELLO BRANCO: O economista foi o primeiro a assumir o comando da Petrobras, indicado pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes logo após as eleições. Castello Branco foi nomeado para cargo em janeiro de 2019, para dar continuidade à condução da empresa nos moldes instalados pela presidência de Pedro Parente, no governo de Michel Temer (MDB). Com Parente, teve início a política de paridade de importação (PPI), em que o receituário oficial de preços dos combustíveis era orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pela cotação do dólar. Com o dólar ainda em patamares elevados após o estouro da pandemia de Covid-19 e o valor crescente das commodities conforme a economia foi reabrindo, houve uma injeção de alta no preço dos combustíveis no Brasil, pressionando a inflação. Castello Branco acabou demitido em fevereiro por Bolsonaro, que alegou estar insatisfeito com os reajustes nos preços de combustíveis durante a gestão do economista. RELEMBRE O CASO Bolsonaro demite Roberto Castello Branco e indica general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras Joaquim Silva e Luna discursa em sua cerimônia de posse como presidente da Petrobras Paulo Belote/Agência Petrobras 2?? JOAQUIM SILVA E LUNA: o nome indicado por Bolsonaro para substituir Castello Branco foi o general Joaquim Silva e Luna. O militar tomou posse do cargo em abril de 2021. Diante da tensão crescente após o estouro do conflito entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras ficou 57 dias sem reajustes enquanto estudava a escalada de preços de commodities no mundo. Mas a demora a obrigou a fazer um severo reajuste nos preços de uma só vez, com aumento de 18,8% no litro da gasolina e de 24,9% no litro do diesel para as refinarias. Na bomba, a gasolina chegou a uma média de R$ 7,210, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foi o bastante para que o presidente Bolsonaro voltasse a fazer uma série de críticas públicas à empresa, mirando tanto o PPI como o lucro (até então) recorde da empresa em 2021, de R$ 106 bilhões. Foram 343 dias no cargo. Acabou demitido em abril por ter mantido a lógica de mercado para definição dos preços em meio à explosão do preço do petróleo, como havia feito o antecessor Castello Branco. RELEMBRE O CASO Por que Silva e Luna foi demitido da Petrobras e o que isso muda nos preços dos combustíveis José Mauro Ferreira Coelho discursa como novo presidente da Petrobras André Ribeiro / Agência Petrobras 3?? JOSÉ MAURO COELHO: Em abril, o governo indicou José Mauro Coelho para assumir o comando da estatal. O executivo assumiu a presidência da Petrobras no dia 14 daquele mês. Após a saída de Silva e Luna, o governo chegou a indicar os nomes do economista Adriano Pires e do empresário Rodolfo Landim para assumir o comando da estatal e a presidência do Conselho de Administração, respectivamente. No entanto, ambos informaram que não poderiam assumir os postos. Terceiro executivo a comandar a estatal no governo Jair Bolsonaro, José Mauro Coelho pouco teve tempo de mostrar serviço. Ficou no cargo por 68 dias — o segundo menor período de gestão da empresa desde o fim da ditadura militar. Durante sua gestão, Bolsonaro chegou a pedir — aos gritos, durante uma transmissão ao vivo por redes sociais — para que a Petrobras não voltasse a aumentar o preço dos combustíveis no Brasil. O ex-presidente afirmou que os lucros registrados pela empresa eram "um estupro", beneficiavam estrangeiros e que a população brasileira é quem pagava a conta. Sem uma reversão do PPI, Coelho foi pressionado a se demitir. RELEMBRE O CASO Caio Paes de Andrade, chega ao Ministério da Economia para participar de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Wilton Junior/Estadão Conteúdo 4?? CAIO PAES DE ANDRADE: Para o lugar de Coelho, foi indicado um auxiliar do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Paes de Andrade ocupava o cargo de secretário de Desburocratização. A posse foi oficializada em junho de 2022, e a expectativa do governo Bolsonaro era de que não fossem autorizados novos reajustes de preços de combustíveis até as eleições. O ex-presidente ainda sofria pressão dos preços de combustíveis, mas a essa altura havia articulado medidas de renúncia fiscal com o Congresso para controlar os valores. Após a derrota eleitoral de Bolsonaro, Andrade foi convidado ainda em dezembro pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, para integrar a gestão estadual como secretário de Gestão e Governo Digital. O então diretor-executivo de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen, foi nomeado presidente interino. RELEMBRE O CASO Petrobras formaliza renúncia de Caio Paes de Andrade e nomeia Rittershaussen como interino Jean Paul Prates, do PT, foi indicado pelo governo Lula para presidir a Petrobras Adriano Machado/Reuters 5?? JEAN PAUL PRATES: Então senador da República, Prates já era apontado como o principal cotado para o comando da Petrobras desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para o terceiro mandato. Durante a transição, Prates foi o coordenador de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e era o responsável por dar declarações sobre o futuro da Petrobras. Em sua gestão, a Petrobras realizou o movimento mais marcante dos últimos anos, ao encerrar a política de paridade de importação (PPI). Desde a campanha, Lula falava em "abrasileirar" o preço dos combustíveis. O que, de modo geral, significa criar mecanismos para reduzir o impacto dessas oscilações internacionais do petróleo nas bombas dos postos. Na prática, a Petrobras passou a "segurar" nos preços dos combustíveis em meio às flutuações. O presidente da estatal, porém, sempre teve relação complicada com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo o blog da Ana Flor, as duas autoridades se desentendem desde o início do governo, e essa queda de braço é vista atualmente por ministros e assessores próximos de Lula como fator de instabilidade. No dia 7 de março, a Petrobras informou ao mercado seus resultados de 2023 e publicou um comunicado de que não pagaria dividendos extraordinários aos acionistas, que ficariam retidos para uma reserva da estatal. A decisão causou um derretimento das ações da empresa, conforme investidores se decepcionaram com o pagamento de dividendos abaixo do previsto. A diretoria da estatal, sob a batuta de Prates, vinha trabalhando para reter apenas 50% dos dividendos extraordinários. O entendimento, inclusive, vinha sendo passado ao mercado financeiro. A decisão de reter 100% e distribuir apenas os dividendos ordinários foi tomada sob influência dos conselheiros indicados pelo Ministério de Minas e Energia e pela Casa Civil. Por esta razão, o próprio Prates se Jean Paul Prates absteve na votação, para marcar posição contra a retenção dos dividendos. Prates balançou no cargo, mas ganhou uma sobrevida ao receber apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Um mês depois, as especulações sobre uma saída voltaram a ganhar força depois de uma entrevista do ministro de Minas e Energia repetiu críticas ao presidente da Petrobras. Segundo assessores de Prates contaram ao blog do Valdo Cruz, o ministro teria quebrado um acordo ao voltar a criticá-lo, já que os dois tinham acertado com Lula que cessariam o fogo amigo. O blog também mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a sondar o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, para assumir o lugar de Prates. Veja Mais

Governo vai comprar casas, expandir Minha Casa, Minha Vida e usar imóveis de bancos para dar moradia a vítimas das chuvas no RS

G1 Economia Ministro da Casa Civil diz que 100% das famílias que perderam suas casas na enchente e se encaixam nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida terão acesso ao benefício. O governo federal anunciou nesta quarta-feira (15) uma série de medidas para garantir moradia às famílias que ficaram sem casa após as inundações que atingiram o Rio Grande do Sul. Lula volta ao Rio Grande do Sul para anunciar ajuda e ministério extraordinário De acordo com o ministro Rui Costa, da Casa Civil, o governo vai comprar casas que estejam à venda, expandir o programa Minha Casa, Minha Vida e usar imóveis da Caixa e do Banco do Brasil que iriam para leilão nas cidades atingidas. Costa anunciou as medidas durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a São Leopoldo, no Vale dos Sinos. Lula visitou um abrigo na região e fez um evento com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB), para anunciar as medidas, entre elas a criação de um ministério para coordenar a atuação do governo federal na reconstrução do estado. Minha Casa Minha Vida No programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o governo já havia anunciado uma suspensão de seis meses para o pagamento das parcelas dos financiamentos. Nesta quarta, Rui Costa anunciou uma medida adicional: famílias que perderam suas casas na enchente e se encaixam nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida terão novos imóveis 100% garantidos pelo governo federal. Para isso, segundo Rui Costa, serão usados múltiplos caminhos: compra assistida de imóveis usados (a família indica uma casa já existente ao governo, a União compra a casa e entrega à familia); chamada pública de imóveis (o governo recebe propostas de proprietários interessados em vender imóveis); estoque de casas para leilão (imóveis que foram tomados pelo governo, em razão de financiamentos não pagos, serão retirados de leilão, quitados e ofertados às famílias); aquisição de imóveis de construtoras (domicílios que empreiteiras vinham construindo, por conta própria, para oferecer ao mercado – o governo fará a compra antecipada e entregará às famílias); habilitação de novos projetos do Minha Casa, Minha Vida (projetos que tinham sido apresentados, mas não foram selecionados na cota do programa). "Nós já avisamos aos prefeitos, aviso aqui publicamente aos que não estão presentes pelas redes e pela imprensa, aquelas pessoas que estão em abrigo, seja abrigo oficial ou estão abrigadas em casas familiares, elas já podem procurar na sua cidade um imóvel à venda dentro desse padrão que eu citei que o governo federal, através da Caixa, vai comprar a casa e entregar à pessoa", disse Rui Costa. Árvore foi parar sobre uma das casas atingidas pelas enchentes na cidade de Lajeado (RS). Fábio Tito/g1 O governo anunciou que serão restituídas inclusive as casas que não eram regularizadas. Para as residências urbanas, o programa habitacional do governo usa a renda das famílias para classificá-las em faixas: a faixa 1 é formada por famílias que tenham renda bruta familiar mensal até R$ 2.640; na faixa 2, a renda bruta familiar mensal é entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400. O limite de valor dos imóveis que podem ser comprados via faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida variam entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, a depender da localidade. Leia também: Auxílio de R$ 5,1 mil, saque do FGTS e ampliação do Bolsa Família: veja medidas do governo para afetados pela tragédia no RS 'Arregaçar as mangas e trabalhar': Moradores do Vale do Taquari voltam para casa após enchente Morador pendura cama no teto em casa tomada por água da Lagoa do Patos; veja vídeo Veja Mais

Vencido no Copom, Galípolo diz que votou por corte maior nos juros porque não viu mudança 'substancial' no cenário

G1 Economia Comitê decidiu reduzir ritmo de redução da Selic para 0,25 ponto, contrariando indicação dada em março. Decisão causou 'racha' no Copom; para Galípolo, indicação anterior deveria ser seguida. Gabriel Galipolo, diretor de Política Monetária do Banco Central TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (15) que votou a favor de um corte maior na taxa básica de juros, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), porque isso já havia sido indicado anteriormente pela instituição, em março. Ele, no entanto, foi voto vencido. Por 5 a 4, o Copom decidiu recuar no ritmo do corte de juros, e reduziu 0,25 ponto percentual na Selic, para 10,5% ao ano. Na indicação divulgada anteriormente, a previsão era corte de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano. A decisão indicou um "racha" no Copom (veja mais abaixo). Nesta quarta-feira, Galípolo afirmou que a mudança no chamado "guidance", ou seja, na indicação de o corte de juros seria maior, demandaria uma "mudança substancial" do cenário para a inflação, o que, em sua visão, não aconteceu. "Nos comunicados anteriores, tinha uma questão sobre alteração substancial do cenário. Essa lógica sobre o que é substancial pode ter um peso distinto para diferentes diretores", afirmou Galípolo em Nova York (Estados Unidos), durante seminário internacional promovido pelos jornais "Valor Econômico" e "O Globo". 'Racha no Copom' Na última reunião do Copom, a maior parte da diretoria do BC, incluindo diretores antigos e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, votaram pela redução de 0,25 ponto percentual – mostrando mais preocupação com as perspectivas para a inflação. Os quatro novos diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), crítico contumaz de juros elevados – inclusive Galípolo, que é cotado para assumir a presidência do Banco Central em janeiro de 2025 –, queriam uma redução maior na taxa básica da economia. Mas foram voto vencido. A divisão na diretoria do BC gerou tensão no mercado. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram no dia seguinte. O receio é que, a partir de 2025, com maioria no Copom pelo diretores indicados pelo presidente Lula, possa haver leniência no controle da inflação. Credibilidade No seminário nos Estados Unidos, Gabriel Galípolo afirmou que ficou preocupado em ter que dar um "pivô, uma meia volta" na indicação anterior sobre o corte de juros, pois isso poderia ter impacto em sua credibilidade como diretor do BC. "Me preocupava muito qual era a função reação que eu poderia passar ao dar um pivô, uma meia volta, em cima de toda comunicação que eu vinha fazendo, e coerência com o que eu vinha fazendo. Se eu quero com o tempo ganhar credibilidade, eu preciso ter coerência entre a minha fala e as minhas ações", declarou. Segundo ele, há um "peso distinto" para diferentes diretores em abandonar o "guidance". "Os diretores que estão há mais tempo conquistaram essa credibilidade no mercado. Quando ganha credibilidade, ganha graus de liberdade, até para não entregar o 'guidance' e não gerar dúvida no mercado sobre função de reação", avaliou Galípolo. Por fim, o diretor do BC reafirmou o compromisso com as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para os próximos anos – que são as diretrizes para as decisões do Copom sobre a taxa de juros. "É importante recolocar, meta não se discute, se persegue e se atende. Poder Executivo, poder democraticamente eleito, através de seu representante no CMN, determina a meta e cabe aos diretores [do BC] colocar a taxa de juros em patamar restritivo suficiente, e pelo tempo necessário, para que a inflação convirja para a meta. Essa é a função do Copom, e não há qualquer tipo de tergiversação sobre o tema", concluiu Galípolo. Veja Mais

Por que a dona do Outback pode sair do Brasil e o que deve acontecer com os restaurantes

G1 Economia Controladora da marca estuda a possibilidade de vender o controle da operação brasileira, mas garante que lojas não vão fechar. Unidade do Outback Steakhouse no Shopping Salvador Divulgação Uma das redes de restaurantes mais famosas do Brasil, o Outback, pode ter uma mudança importante na rota de suas operações no país. A empresa controladora da rede, a Bloomin' Brands, avalia a possibilidade de vender o comando dos restaurantes no Brasil. O momento é de queda nas vendas no país e prejuízo da matriz no primeiro trimestre de 2024. (saiba mais abaixo) "A Companhia anunciou que está explorando e avaliando alternativas estratégicas para as operações no Brasil que tenham o potencial de maximizar valor para nossos acionistas, incluindo, mas não se limitando a, uma possível venda das operações", diz a empresa, em seu balanço corporativo. Segundo a Bloomin' Brands, isso não significa que as lojas do Outback no país vão fechar. Em nota enviada ao g1, a companhia reitera "o compromisso de manter os restaurantes em pleno funcionamento para continuar proporcionando de forma consistente uma experiência excepcional aos clientes". A operação brasileira do Outback, na verdade, é a segunda mais importante do mundo para a Bloomin' Brands, atrás apenas dos Estados Unidos, onde fica a sede da empresa. Em 2023, o resultado das operações internacionais da rede foi de US$ 84 milhões (cerca de R$ 432 milhões), e o Brasil teve uma grande parcela nisso: as lojas brasileiras do Outback respondem por 87% do faturamento internacional. A Bloomin Brands opera 159 restaurantes do Outback no Brasil, além de 16 unidades da rede Abbraccio e duas da Aussie Grill. LEIA TAMBÉM Starbucks Brasil: dona do Burger King avança e apresenta proposta para possível compra da operação Casas Bahia: o que é uma recuperação extrajudicial e quais os próximos passos da companhia Desenrola Pequenos Negócios começa nesta segunda-feira; veja perguntas e respostas Vendas mais fracas Apesar da importância do Outback Brasil para a Bloomin' Brands, a companhia estuda a venda do controle da operação porque atravessa uma situação financeira mais desafiadora. Entre janeiro e março deste ano, a receita global da empresa teve uma queda de 4%, e foi de pouco menos de US$ 1,2 bilhão (ou R$ 6 bilhões). Entre as razões para a queda, a rede destacou vendas mais baixas em nível mundial e fechamento de restaurantes. Nas lojas brasileiras, o recuo foi de 0,7% nas vendas do Outback. Com tudo isso em conta, a Bloomin' Brands registrou um prejuízo de US$ 83,9 milhões (R$ 432 milhões) no primeiro trimestre, contra um lucro de US$ 91,3 milhões no mesmo período do ano passado (R$ 470 milhões). A empresa também afirma que o "o impacto da anulação da isenção do imposto sobre valor agregado no Brasil" pesou sobre o balanço. O g1 pediu mais detalhes à Bloomin' Brands sobre quais isenções a companhia considera que afetaram a receita, mas a empresa não respondeu até a publicação desta reportagem. Em dezembro do ano passado, uma medida provisória enviada pelo governo ao Congresso previa o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que teve início na pandemia para impulsionar bares, restaurantes e o setor de eventos. Mas a medida só passaria a valer a partir de abril deste ano, depois do período de apuração dos resultados do primeiro trimestre da empresa. E, no fim do mês, o governo optou por manter o Perse até 2026. O que acontece com os restaurantes? O que a Bloomin' Brands estuda é se a venda do controle do Outback no Brasil poderia trazer um fôlego financeiro para a companhia. Nada está definido ainda. A empresa informou que estuda as possibilidades do negócio e que não há prazo para que tome uma decisão. Enquanto isso, a companhia descarta a hipótese de retirar a marca do país — afinal, é daí que vem boa parte da receita. Passaria, então, de líder da operação para um esquema de licenciamento. Se a decisão for vender o controle, outras empresas ou fundos precisam mostrar interesse em adquirir o negócio, para que comece todo o processo de diligência e passagem de bastão. Um caso bastante popular e recente de uma empresa que pode passar o controle da operação brasileira para outro grupo é a Starbucks. A SouthRock, que era controladora da marca no Brasil, passa por um processo de recuperação judicial com uma dívida bilionária. A SouthRock perdeu o direto de operar a rede de cafeterias no Brasil e, agora, a ZAMP — dona do Burger King e do Popeyes — estuda o negócio para a possível compra das operações. Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.724: prêmio acumula e vai a R$ 25 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 11 - 21 - 24 - 26 - 42 - 54. Quina teve 28 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 49.929,37. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O O sorteio do concurso 2.724 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (14), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio acumulou em R$ 25 milhões. Veja os números sorteados: 11 - 21 - 24 - 26 - 42 - 54 5 acertos - 28 apostas ganhadoras, R$ 49.929,37 4 acertos - 1.955 apostas ganhadoras, R$ 1.021,57 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (16). Mega-Sena, concurso 2.724 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Arroz importado por governo será vendido ao consumidor por até R$ 4 o quilo, diz Conab

G1 Economia Medida tem o objetivo de evitar especulação de preços e manter os estoques do grão, após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído parte das lavouras. O estado produz 70% do cereal consumido no Brasil. Arroz da merenda na Escola Estadual Américo Braga, em Eldorado do Sul Celso Tavares/g1 O arroz que o governo vai importar para segurar o preço do grão no Brasil será vendido ao consumidor por, no máximo, R$ 4 o quilo, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quarta-feira (15). A Conab é uma estatal do Ministério da Agricultura que ajuda a gerir políticas agrícolas. A compra de arroz deve ser feita de parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos. O primeiro leilão vai adquirir 104 mil toneladas de arroz, que serão direcionadas para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia. “O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e vai constar o preço que deve ser vendido ao consumidor. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 o quilo”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto. A ação faz parte de uma medida provisória publicada na última sexta-feira (10) que liberou a importação até 1 milhão de toneladas de arroz após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído uma parte das lavouras do grão. O estado produz 70% do cereal consumido no Brasil. Ainda na sexta, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou que o governo não quer concorrer com os produtores de arroz do RS e que não há risco de faltar arroz no Brasil. Ele disse que a medida é para evitar especulação de preços e recompor os estoques públicos do país. “A maior parte da safra está colhida, temos arroz no Brasil, mas também temos gente que se aproveita deste cenário de tragédia para propagar a desinformação, o pânico nas pessoas”, disse Fávaro, ao blog da Camila Bomfim. O primeiro leilão da Conab está marcado para a próxima terça-feira (21). O produto deverá ser descarregado nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA) e empacotados em embalagem de 2kg. Abastecimento de arroz Em entrevista ao g1 na última quinta-feira (9), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, disse que o arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país por, no mínimo, 10 meses. "Talvez possa faltar alguma coisa no final, quando nós já estivermos com uma nova safra em cena", reforçou. De acordo com ele, a principal dificuldade do estado, no momento, é para conseguir transportar o arroz colhido para outros locais, tendo em vista a interrupção de estradas e rodovias. Quanto de arroz foi perdido? Ainda na quinta-feira, a diretora técnica do Irga Flávia Tomita disse que, com as chuvas, o estado perdeu, até o momento, cerca de 114 mil toneladas de arroz. Antes da tragédia, a previsão era de que o estado colhesse, no total, 7,475 milhões de toneladas do grão, segundo a (Conab). Mas estimativas do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) preveem que, agora, a colheita deve ser um pouco menor, em torno de 7,149 milhões de toneladas, considerando os estragos das enchentes e outros efeitos do El Niño. As cerca de 114 mil toneladas de arroz perdidas correspondem a uma área plantada que está há dias submersa pelas águas: um total de 22,9 mil hectares, localizados na região Central do estado. "Esses estão totalmente perdidos, não tem mais jeito de recuperar", explicou Flávia. Não entraram na conta, porém, 17,9 mil hectares que estão parcialmente submersos pelas águas. "Dessas áreas, vão, provavelmente, sair alguma coisa, mas a gente não sabe o quanto. Nós preferimos tirar da conta porque ainda não termos certeza", destacou A área de arroz que ainda falta colher e que não foi atingida por enchentes corresponde a 101,3 mil hectares. Situação da colheita de arroz no RS - dados de 08 de maio 2023 do Irga Kayan Albertin/g1 'Arroz colhido garante abastecimento', diz presidente de federação do RS Veja Mais

Bezerra da vaca mais cara do mundo será leiloada por R$ 3 milhões para ajudar o Rio Grande do Sul

G1 Economia O 1º Leilão Agro Solidário irá ofertar 100 cotas de R$ 30 mil pelo animal. Filha da Viatina ainda está sendo gestada por uma vaca que serviu de barriga de aluguel. Viatina-19 FIV Mara Móveis, vaca nelore goiana avaliada em R$ 21 milhões - Goiás Divulgação/Casa Branca Agropastoril Uma bezerra da vaca mais cara do mundo, a Viatina, será leiloada nesta quarta-feira (15) para arrecadar recursos para as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Em março deste ano, a Viatina entrou para o Guinness World Records como a vaca mais cara do mundo. Ela é avaliada em R$ 21 milhões. No leilão, serão ofertadas 100 cotas de R$ 30 mil, totalizando até R$ 3 milhões que serão revertidos para as vítimas da tragédia no estado gaúcho. A bezerra ainda está sendo gestada por uma vaca que serviu de barriga de aluguel. O embrião é fruto de um cruzamento da Viatina com o touro Kayak TE Mafra. As informações são de uma das criadoras da Viatina, a Lorrany Martins, que é da Agropecuária Napemo. A venda vai ocorrer no 1º Leilão Agro Solidário, realizado pelo Programa Leilões e Parceria Leilões. Na ocasião, outras prenhezes de outras vacas serão leiloadas. ????Por que é tão valiosa? Em uma entrevista ao g1, em março de 2023, o veterinário da Viatina Cleiton Acelves Borges contou que os três principais aspectos que fazem a genética da vaca ser tão valiosa são: beleza; grande capacidade de produção de carnes nobres; aprumos de qualidade, ou seja, membros (pernas) resistentes e bem formados, sem nenhum defeito. "A Viatina é um banco genético que permite produções com diferentes objetivos. Se você quiser produzir animais de pista, ela vai oferecer toda essa beleza racial. Se quiser produzir carne ao consumidor, ela vai oferecer toda a qualidade de carne nobre", afirma Borges. Para perpetuar a genética valiosa da Viatina-19, as empresas responsáveis pela vaca realizam 10 coletas de óvulos por ano, procedimento conhecido como "aspiração". Em cada sessão, é possível recolher 80 óvulos, que são levados para laboratórios para serem fertilizados in vitro com o sêmen de um touro. Cada procedimento gera 10 prenhezes (gravidezes), o que dá 100 por ano, no total. "Nesse processo, existe aborto, morte prematura. A gente chega a ter uma perda de 20% a 25% [dos bezerros]", explica Borges. O veterinário afirma que, por ano, todo esse procedimento consegue gerar 70 animais. Vaca nelore goiana tem recorde no Guinness como a fêmea bovina mais cara do mundo Veja Mais

Amoras levam 'susto' para brotar no Nordeste: g1 mostra a produção de frutas vermelhas no calor da Bahia

G1 Economia Série 'De onde vem o que eu como' explica como as espécies sensíveis ao calor, naturais do clima frio, sobrevivem às altas temperaturas na Chapada Diamantina. De onde vêm as frutas vermelhas Já foi o tempo em que frutas vermelhas eram exclusividade do sul do Brasil e de países de clima frio. Agora, a amora, o mirtilo, a framboesa e tantas outras frutinhas sensíveis às altas temperaturas também podem ser cultivadas no Nordeste do país. Sobretudo na região da Chapada Diamantina, onde as temperaturas máximas podem chegar aos 32°C e as mínimas aos 20°C, no período mais quente e úmido do ano (entre novembro e abril). A nova possibilidade acontece devido a técnicas como o "estresse hídrico" e a aplicação de casca de arroz nas raízes das árvores. O g1 foi até a cidade de Mucugê, no sul da Bahia, para explicar como funciona a produção das frutas vermelhas nessa região de ecossistema diverso, com vegetação de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (confira no vídeo acima). Você vai ver também que: ????As árvores de amoras sofrem um "susto" dos produtores: é o chamado "estresse hídrico", em que os produtores retiram a água da raiz para que elas entendam que precisam se fortalecer para que novas frutas nasçam. ????As framboesas são as mais sensíveis de todas as frutas vermelhas e, lá no Nordeste, precisam ser colhidas nas primeiras horas da manhã para não ficarem murchas. ????O mirtilo, conhecido também como blueberry, tem o gosto e textura parecidos com os da uva niágara e da jabuticaba, respectivamente. ????Tanto o mirtilo quanto a framboesa precisam ser plantados em sacos de casca de arroz, para não absorver toda a umidade do solo. Créditos 'De onde vem': Coordenação editorial: Luciana de Oliveira? Edição e finalização: Marih Oliveira Narração: Marih Oliveira Reportagem: Marília Barbosa e Miguel Folco Roteiro: Marília Barbosa Produção: Marília Barbosa Assistente de produção: Giovana Toledo Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli Coordenação de arte: Guilherme Gomes Direção de arte e ilustrações: Vitória Coelho, Luisa Blanco, Gabs e Ana Moscatelli Fotografia: Miguel Folco Motion: Vitória Coelho Imagens adicionais: Acervo Globo e Adobe Stock Plantação de mirtilo em Mucugê, Chapada Diamantina Miguel Folco/g1 Plantação de amoras em Mucugê, Chapada Diamantina Miguel Folco/g1 Framboesas colhidas em plantação na Chapada Diamantina Miguel Folco/g1 Geleia de frutas vermelhas Miguel Folco/g1 Veja como mais alimentos são produzidos De onde vem a uva de mesa De onde vem o que eu como: mandioca Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho De onde vem o que eu como: baunilha Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Bras De onde vem o Maracujá Veja Mais

Aeroporto Salgado Filho só deve reabrir em setembro; Anac suspende venda de passagens de voos com destino ao terminal

G1 Economia Em nota, a Fraport, concessionária que administra o aeroporto, disse que "não procedem as informações sobre uma data de reabertura" e que as operações "seguem suspensas por tempo indeterminado". Ana Flor: A situação é delicada pela importância do aeroporto Salgado Filho para o RS A Aeronáutica confirmou ao blog nesta terça-feira (14) que a Fraport, concessionária que administra o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, deve pedir mais 90 dias de interdição das operações aéreas no terminal internacional. Diante disso, o aeroporto só reabriria em setembro. A Fraport, no entanto, negou a informação. A concessionária publicou nota à imprensa por volta das 20h15 desta terça dizendo que o pedido de interdição só vai até 30 de maio (leia nota na íntegra abaixo) Paralelamente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão da comercialização de passagens aéreas para voos de origem e destino ao Salgado Filho. A comunicação da Fraport é feita via Notam — um sistema de mensagem que divulga alterações e restrições de aeroportos no país. É por meio dele que a concessionária pede o adiamento da reabertura. A razão para a solicitação segue sendo o alagamento do terminal e da pista. O Aeroporto Salgado Filho foi fechado em 3 de maio, após as chuvas intensas que caíram na região. O Ministério dos Portos e Aeroportos informou que aguarda a baixa da água na pista e no terminal para que a concessionária possa fazer o diagnóstico dos danos, em especial na área de pousos e decolagens. Carga de 3 mil armas é tirada do aeroporto Salgado Filho após risco de roubo ser detectado Suspensão de venda de passagens Segundo a Anac, a suspensão da comercialização de passagens aéreas para voos de origem e destino ao Salgado Filho foi uma medida tomada para "resguarda os interesses dos usuários do transporte aéreo". A previsão da Agência é que essa suspensão se estenda até uma nova avaliação por parte da entidade. "A proibição da comercialização de passagens, que vigorará até nova avaliação pela Agência, abrange todos os canais de comercialização, inclusive sistemas que disponibilizem vendas por terceiros, como agências de viagem e outros intermediários que possam comercializar os bilhetes", diz nota divulgada pela Anac. Por meio de nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que alterações e restrições temporárias são comunicadas por meio de mensagem Notam, pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo. E que há atualmente um pedido de interdição até 30 de maio por razão de alagamento. Mas, até o momento, não ocorreu pedido de ampliação da vigência pela concessionária. Nota da Fraport "A Fraport Brasil esclarece que não procede as informações que circulam na imprensa sobre uma data de reabertura do aeroporto de Porto Alegre e reitera que segue válido até o dia 30/5 o NOTAM (Notice to Airman) emitido no último dia 6/5. A concessionária informa ainda que as operações no Porto Alegre Airport seguem suspensas por tempo indeterminado. No momento, não temos uma estimativa dos danos causados pela enchente. Após as águas baixarem, teremos condições de avaliar em detalhes os impactos na infraestrutura aeroportuária. Vale ressaltar que estamos trabalhando para viabilizar os voos comerciais (para passageiros e cargas), em menor escala, a partir da Base Aérea de Canoas. No momento, a Fraport Brasil recebeu a autorização para operar cinco voos diários." Veja Mais