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Mega-Sena pode pagar R$ 112 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 220 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (8), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.734 da Mega-Sena e 153 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 220 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 112 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (6), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Divisão de fortuna: herdeira aguarda decisão de 50 pessoas para distribuir 25 milhões de euros

G1 Economia A austríaca Marlene Engelhorn, herdeira de um império químico e farmacêutico, selecionou cidadãos aleatórios para definirem qual a melhor forma de distribuir seu dinheiro — com foco em impacto social. Decisão final sobre partilha está prevista para este fim de semana, segundo o jornal La Nación. Marlene Engelhorn faz parte de grupo de herdeiros que defende mais impostos para suas fortunas Reprodução: Twitter A bilionária austríaca Marlene Engelhorn, herdeira de um império químico e farmacêutico, está perto de saber qual será o destino de 25 milhões de euros que compõem sua fortuna. Segundo o jornal La Nación, ocorre neste fim de semana a última reunião do chamado "Bom Conselho". O grupo, composto por 50 pessoas selecionadas aleatoriamente, é o responsável por definir como essa parcela da riqueza de Marlene será distribuída — com foco em impacto social. Marlene, que tem 32 anos, iniciou em janeiro deste ano a seleção de cidadãos para ajudar no processo de doação. As reuniões do grupo começaram em março. São, no total, seis finais de semana de encontros, todos em Salzburgo, na Áustria. Ao justificar sua decisão de distribuir a fortuna, a herdeira da multinacional BASF afirmou diversas vezes que "não fez nada" para ganhar o dinheiro e que obtê-lo significa ter tido sorte — o que chama de "loteria de nascimento". "Herdei uma fortuna e, portanto, poder, sem ter feito nada para isso", disse. "E o Estado nem quer impostos sobre isso", afirmou a bilionária, que faz parte de um grupo de herdeiros que defendem a cobrança de impostos para os mais ricos. Marlene é descendente de Friedrich Engelhorn, que fundou a BASF, em 1865. Ela herdou 4,2 bilhões de euros quando sua avó, Traudl Engelhorn-Vechiatto, morreu, em setembro de 2022. Antes mesmo de receber a herança, a jovem bilionária já tinha sido destaque na imprensa internacional ao anunciar que pretendia doar grande parte de sua fortuna. LEIA TAMBÉM Quem são as mulheres mais ricas do mundo e de onde vêm as fortunas delas Saiba quem são os 10 bilionários que mais enriqueceram em 2023 Elon Musk ultrapassa Bernard Arnault e volta a ser o homem mais rico do mundo Como funciona o processo? Segundo a organização do projeto, o "Bom Conselho" tem a tarefa de "abordar a distribuição da riqueza na Áustria". Nesse caso, os 25 milhões de euros de Marlene estão à disposição para implementar "ideias concretas". "Para liderar este debate e tomar decisões, especialistas científicos e de campo também são convidados a compartilhar os seus conhecimentos", diz o projeto. Durante o processo de seleção dos membros do conselho, foram enviados convites a 10 mil endereços aleatórios da Áustria. Outros interessados também puderam fazer inscrições online. A partir das respostas, foram usados métodos estatísticos para identificar as 50 pessoas "que melhor refletissem a composição da população austríaca". Para a escolha final, foram considerados pontos como idade, origem, escolaridade e local de residência — sendo restrito a moradores da Áustria. Os selecionados não participam de graça: todos recebem 1,2 mil euros por fim de semana de encontro. Os custos de viagens, refeições, estadia e outras despesas também são cobertos. Pelas normas da organização, a decisão final sobre como os recursos serão distribuídos deverá contar com amplo apoio. Caso não seja alcançado nenhum resultado que tenha o aval da maioria, o dinheiro será devolvido a Marlene Engelhorn. A destinação dos recursos deve seguir as seguintes regras: o dinheiro não pode ir para grupos ou indivíduos nem para atividades inconstitucionais, hostis ou desumanas; não pode ir para organizações que operam com fins lucrativos; e o conselho deve seguir sempre o propósito de redistribuição. Ainda segundo o projeto, é permitido que seja criada uma estrutura temporária, como uma ONG, para redistribuir os recursos, desde que a ideia e o propósito do conselho sejam respeitados. Uma vez aprovada pelo conselho, a destinação dos recursos não poderá ser vetada por Marlene Engelhorn. Por fim, a organização do projeto afirma que se compromete a publicar todos os resultados, incluindo como será a distribuição e o que acontecerá com os 25 milhões de euros. "Haverá um protocolo escrito, que também será acessível ao público, incluindo o orçamento", conclui. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 Veja Mais

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Dólar a R$ 5,32: entenda o que impulsionou a moeda ao maior patamar desde janeiro de 2023

G1 Economia Nesta sexta-feira (7), a moeda norte-americana voltou a subir e fechou em alta de 1,42%, cotada a R$ 5,3242. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira operava em queda nos últimos minutos do pregão. Dólar Karolina Grabowska/Pexels IA O dólar voltou a subir e fechou a sessão de negócios desta sexta-feira (7) no maior patamar em mais de um ano e meio. Investidores mais uma vez ficaram de olho nos sinais sobre o futuro dos juros dos Estados Unidos. Entenda mais abaixo os fatores que têm impulsionado a moeda nos últimos dias. Segundo informações do Departamento do Trabalho norte-americano, a criação de vagas de trabalho na maior economia do mundo cresceu mais do que o esperado em maio, voltando a trazer temores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) volte a adiar o início do ciclo de cortes das taxas por lá. A política monetária em outros países desenvolvidos também ficou no radar, bem como falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (veja mais abaixo) O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar avançou 1,42%, cotado em R$ 5,3242. Na máxima, chegou a R$ 5,3273. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 1,43% na semana e no mês; ganho de 9,72% no ano. Na quinta-feira (6), a moeda norte-americana caiu 0,89%, cotada a R$ 5,2498. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou com um recuo de 1,73%, aos 120.767 pontos. Com o resultado, acumulou quedas de: 1,09% na semana e no mês; 10% no ano. Na quinta-feira, o índice encerrou em alta de 1,07%, aos 121.598 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que explica a forte alta do dólar nos últimos dias? Com uma série de indicadores norte-americanos no radar dos investidores, o principal impulsionador do dólar nas últimas semanas são as incertezas sobre qual deve ser a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução dos juros do país. Desde a semana passada, por exemplo, dados econômicos dos Estados Unidos já têm sinalizado que a maior economia do mundo pode estar desacelerando — com uma inflação mais sob controle e um mercado de trabalho menos pressionado. Com números de inflação e atividade mais controlados, investidores voltaram a acreditar que o Fed pode iniciar o seu ciclo de cortes nos juros em setembro. Nesta semana, no entanto, o jogo parece ter virado. Nesta sexta-feira (7), por exemplo, dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos indicaram que a economia do país criou muito mais empregos do que o esperado em maio. Além disso, o crescimento anual dos salários voltou a acelerar, ressaltando a resiliência do mercado de trabalho. Já na quarta-feira (5), dados do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) voltaram a indicar um crescimento do setor de serviços nos EUA. Esses números voltaram a trazer incerteza sobre qual deve ser a postura do Fed na condução dos juros nos EUA. Vale ressaltar que juros mais altos nos EUA jogam a favor do dólar, já que tornam os rendimentos norte-americanos mais atraentes para investidores estrangeiros. Entre outros fatores que corroboraram para a alta do dólar ante o real nas últimas semanas, estão: a variação de preços das commodities; o cenário da balança comercial brasileira; e as incertezas sobre o quadro fiscal brasileiro. Entenda mais sobre os fatores que tem impulsionado a alta do dólar na reportagem abaixo: DÓLAR EM DISPARADA: entenda a alta da moeda e o que vem pela frente O que mais está mexendo com os mercados nesta semana? Ao longo dessa semana, outros fatores também ficaram na mira dos investidores. Nesta sexta-feira (7), por exemplo, o foco ficou com as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou de uma reunião privada com agentes do mercado. Questionado sobre rumores que circularam no mercado sobre um possível aumento do limite do arcabouço, Haddad afirmou que houve um erro de interpretação e que não entendia "a intenção da pessoa que repassou uma informação falsa". "A pergunta que me foi feita por um dos integrantes da reunião [...] é se havia possibilidade de contingenciamento este ano se algumas despesas obrigatórias crescessem além do previsto. E eu disse que sim", disse Haddad. "É absolutamente normal e aderente ao que prevê o arcabouço fiscal. Então, não intendi a intenção da pessoa que vazou uma informação falsa a respeito do que eu disse", acrescentou o ministro. Haddad ainda reiterou que quando foi questionado, na reunião, se haveria algum tipo de contingenciamento no caso de aumento de uma despesa obrigatória, respondeu que "pela dinâmica do arcabouço, sim". "Se você tiver uma despesa obrigatória crescendo para além do que está previsto no orçamento, você vai pressionar as outras despesas e obrigar o governo a contingenciar", afirmou o ministro. A reunião em questão teria sido com executivos do Santander e, segundo o ministro, houve uma quebra de protocolo. "Isso é uma irresponsabilidade. Eu sugeriria vocês a entrar em contato com o CEO do Santander. É muito grave o que aconteceu. Isso não pode acontecer. Você não pode utilizar uma reunião fechada para depois vender para o mercado aquilo que não foi dito." Procurado, o Santander não respondeu até a última atualização desta reportagem. Outros fatores da agenda da semana também ficaram sob os holofotes. Na terça-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 0,8% no primeiro trimestre deste ano em comparação aos três meses anteriores. Na relação anual, a alta foi de 2,5%. O movimento veio puxado principalmente pelo setor de serviços, que teve alta de 1,4% no período. A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, apresentou leve queda, de 0,1%. Já no exterior, as atenções ficaram voltadas para a Europa, após o Banco Central Europeu (BCE) realizar o primeiro corte de juros básicos em cinco anos. Em novas previsões, o BCE afirmou que estima que a inflação ficará em média de 2,2% em 2025 — acima de uma estimativa anterior de 2,0% e, portanto, acima da meta de 2% da instituição. "Apesar do progresso nos últimos trimestres, as pressões internas dos preços continuam fortes já que o crescimento dos salários está elevado, e a inflação provavelmente permanecerá acima da meta até o próximo ano", afirmou a presidente do BCE, Christine Lagarde, em coletiva de imprensa na véspera. Com a decisão desta quinta-feira, o BCE se junta aos bancos centrais do Canadá, da Suécia e da Suíça, desfazendo algumas das sequências mais acentuadas de aumentos das taxas de juros na história recente. Veja Mais

Curso gratuito mostra como criar abelhas sem ferrão

G1 Economia Aulas foram preparadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em parceria com a Embrapa Meio Ambiente. O Antônio, do Paraná, quer começar uma criação de abelhas sem ferrão e pergunta como fazer para capturar as primeiras habitantes da colmeia. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com a Embrapa Meio Ambiente, tem um curso sobre o tema que aborda o preparo das armadilhas, como transferir as colônias para as caixas de criação e os cuidados com as novas colmeias. >>>Acesse aqui Veja Mais

Azul passa a aceitar saque-aniversário do FGTS para compras de passagens aéreas

G1 Economia Estratégia funciona em parceria com o Banco Digio, banco digital do Bradesco. Azul passa a oferecer pagamento de passagens com FGTS Ministério da Saúde/Divulgação A Azul anunciou nesta quinta-feira (6) que seus clientes poderão usar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar passagens aéreas no aplicativo da companhia, em uma estratégia que tem a parceria do Banco Digio, o banco digital do Bradesco. A empresa explicou que, para utilizar essa forma de pagamento, o cliente precisa aderir à modalidade saque-aniversário no aplicativo do FGTS provido pela Caixa Econômica Federal e autorizar o Banco Digio, intermediário financeiro da parceria, a acessar as informações de saldo do FGTS. LEIA TAMBÉM Parceria entre Azul e Gol: veja o que se sabe sobre os voos compartilhados Justiça dos EUA aceita pedido de recuperação judicial da Gol Avião da Azul decola pouco antes do fim da pista no Aeroporto de Congonhas A solicitação de pagamento será avaliada e, posteriormente, autorizada pela Caixa após consulta. Após a solicitação de pagamento com FGTS, o processo de análise pode levar até 24 horas para ser concluído pela Caixa. O cliente será informado por e-mail sobre o status da análise, e poderá consultar o andamento do processo na seção “Minhas Viagens” do aplicativo da Azul. A opção de pagamento estará disponível exclusivamente pelo aplicativo da Azul e a implementação dessa nova funcionalidade funcionará para todos os clientes usuários IOS e Android. Base Aérea de Canoas estuda receber voos internacionais Veja Mais

Temu: varejista rival da Shopee e AliExpress inicia vendas no Brasil

G1 Economia Empresa de comércio eletrônico chega ao país um dia após o Senado aprovar a chamada "taxa das blusinhas", que impacta sites estrangeiros de vendas online. Texto precisa ser sancionado pelo presidente Lula. Logo da Temu, empresa de comércio eletrônico. Reuters A empresa de comércio eletrônico Temu, concorrente de varejistas como Shopee, AliExpress e Shein, começou a vender produtos no Brasil nesta quinta-feira (6). No site da empresa, os consumidores já conseguem comprar diversos itens, que vão de artigos de beleza e vestuário a eletrônicos e eletrodomésticos. A inauguração da companhia conta com frete grátis para todos os pedidos — mesmo aqueles de valores mais baixos —, além de ofertas e descontos de até 90%. A reportagem do g1 encontrou, por exemplo, itens que vão de R$ 1,19 (um colar de metal) a R$ 3,1 mil (kit de turbo para motor de automóvel). A chegada da Temu ao Brasil acontece um dia após o Senado Federal aprovar a chamada "taxa das blusinhas", que impacta sites estrangeiros de vendas online. O texto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, vai para sanção do presidente Lula, que pode mantê-lo ou vetá-lo. LEIA TAMBÉM Senado aprova taxação de compras internacionais de até US$ 50 Quanto custarão as compras internacionais com o fim da isenção de impostos até US$ 50 Tema gerou bate-boca entre Haddad e deputado Em caso de sanção, os produtos com preços de até US$ 50 serão tributados com um imposto de importação de 20%, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17% — e que já existia. O g1 preparou uma calculadora para você conferir como fica o valor final a ser pago nas compras com as novas regras de tributação. Basta preencher os campos com o valor do produto e o valor do frete. Para o cálculo, a ferramenta considera a cotação do dólar do dia anterior. Veja abaixo: Remessa Conforme No fim de maio, antes mesmo de iniciar oficialmente suas vendas no país, a Temu passou a fazer parte da lista de empresas certificadas no programa Remessa Conforme, da Receita Federal, que oferece isenção do Imposto de Importação para mercadorias até US$ 50. Na ocasião, a Temu divulgou em seu site que sua plataforma estaria disponível no Brasil "em breve". Valor de mercado e expansão Fundada em Boston, nos Estados Unidos, em 2022, a Temu pertence à chinesa Pinduoduo — gigante do comércio eletrônico no país asiático. A empresa compete com a rival Alibaba pelo topo entre as companhias chinesas mais valiosas listadas na bolsa de valores norte-americana. Atualmente, seu valor de mercado está próximo de US$ 200 bilhões (R$ 1 trilhão). Segundo especialistas, foi justamente o domínio do mercado consumidor chinês que levou a Pinduoduo a se expandir para o exterior com a Temu. Senado aprova taxação de compras internacionais de até US$ 50 Veja Mais

Leilão da Conab arremata 263 mil toneladas de arroz, com preço médio de R$ 24,98 a R$ 25

G1 Economia Os lotes arrematados foram de produtores locais, do Ceará, Bahia e Maranhão. Segundo o ministro ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi definido o preço justo pelo produto. Governo arremata 263 mil toneladas de arroz a R$ 25 Foi realizado nesta quinta-feira (6) o leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a importação de arroz. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, falou ao blog sobre o resultado, que somou 263 mil toneladas das 300 mil previstas. Os lotes arrematados foram de produtores locais, do Ceará, Bahia e Maranhão. O preço médio atingido foi de R$ 24,98 a R$ 25 "Nós sempre dissemos que não faltaria arroz, mas houve quem especulasse em cima da tragédia. Depois das cheias, o preço do arroz saltou e teve gente vendendo a R$ 40 um saco de cinco quilos. Esse leilão não só reforça que não haverá desabastecimento, como prova o valor justo do produto: R$ 25", afirmou Fávaro. Nesta quinta, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Fernando Quadros da Silva, acatou pedido da Advocacia-Geral da União e liberou a realização do leilão para compra de arroz. A medida era uma reivindicação do governo federal, para garantir estoque e impedir uma escalada nos preços do produto. LEIA TAMBÉM: Tribunal suspende liminar que impedia leilão de arroz do governo federal Cheias no Rio Grande do Sul Colheita de arroz. GloboNews/Reprodução O governo decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das inundações. No dia 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo decidiu comprar arroz para evitar alta de preços diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país. Na ocasião, ele disse também que nenhum atacadista, naquele momento, tinha "estoques para mais de 15 dias". Os pacotes importados virão com os logotipos da Conab e da União, além do escrito "Produto Adquirido pelo Governo Federal". O produto terá um preço tabelado: será vendido em pacotes de 5 quilos por R$ 20 reais, ou seja, por R$ 4 o quilo, como o governo tem anunciado. Veja Mais

Tribunal suspende liminar que impedia leilão de arroz do governo federal

G1 Economia Certame que seria realizado pelo governo Lula para minimizar impactos da tragédia no RS sobre o abastecimento, havia sido vetado por liminar (decisão provisória) a pedido de parlamentares do Partido Novo, de oposição ao governo. Tribunal derruba liminar e volta a permitir que governo Lula importe arroz O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Fernando Quadros da Silva, acatou pedido da Advocacia-Geral da União e liberou a realização do leilão para compra de arroz. A medida era uma reivindicação do governo federal, para garantir estoque e impedir uma escalada nos preços do produto. Parlamentares do partido Novo, de oposição ao governo, tinham acionado a Justiça para vetar a compra emergencial. A AGU ingressou com recurso, e o presidente do TRF-4 assentiu. “Restaram demonstrados os riscos de grave lesão aos bens juridicamente protegidos pela legislação de regência e que decorrem dos efeitos causados pela tutela liminar concedida em primeiro grau, em especial grave lesão à ordem público-administrativa”, escreveu o magistrado em decisão a que o blog teve acesso. Com isso, o leilão, previsto para hoje, está liberado. Houve ordem de comunicação urgente aos órgãos que vão conduzir a compra. Ao g1, a Conab confirmou que o leilão está mantido, com início às 9h. Arroz na colheitadeira Celso Tavares / g1 Cheias no Rio Grande do Sul O governo decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das inundações. No dia 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo decidiu comprar arroz para evitar alta de preços diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país. Na ocasião, ele disse também que nenhum atacadista, naquele momento, tinha "estoques para mais de 15 dias". Os pacotes importados virão com os logotipos da Conab e da União, além do escrito "Produto Adquirido pelo Governo Federal". O produto terá um preço tabelado: será vendido em pacotes de 5 quilos por R$ 20 reais, ou seja, por R$ 4 o quilo, como o governo tem anunciado. Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões nesta quinta-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.733 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 100 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (6), em São Paulo. No concurso da última terça (4), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Líder do governo no Senado diz que Lula não vai vetar taxação de compras internacionais até US$ 50

G1 Economia Tributo de 20% sobre as vendas, conhecido como "taxa das blusinhas", vai impactar sites estrangeiros como Shopee, Shein e AliExpress. O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta quarta-feira (5) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai vetar o texto que estabelece a taxação de compras de até US$ 50 de produtos do exterior. O Senado aprovou nesta quarta-feira (5) a taxação de compras internacionais de até US$ 50. O tributo de 20% sobre as vendas, conhecido como "taxa das blusinhas", vai impactar sites estrangeiros como Shopee, Shein e AliExpress. A aprovação foi simbólica. Ou seja, não houve registro de voto no painel eletrônico. Essa foi um acordo entre base e oposição para não desgastar os senadores, neste ano de eleição municipal, nem com o consumidor das lojas virtuais estrangeiras e nem com a indústria nacional, que reclama da falta de equiparação da carga tributária. A taxação foi inserida, durante tramitação na Câmara, em um projeto sobre outro tema, que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), cujo objetivo é reduzir as taxas de emissão de carbono da indústria de automóveis até 2030. A Câmara só vai ter que deliberar novamente sobre pontos alterados pelo Senado. Não é o caso da taxação. Portanto, essa parte vai para sanção do presidente Lula, que pode manter ou vetar. Uma votação separada, somente referente à "taxa das blusinhas", precisou ser feita no Senado porque o relator, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), havia excluído a medida do texto. O governo, então, propôs a retomada do imposto de importação sobre as vendas de lojas estrangeiras. E venceu a votação. Hoje, produtos de lojas do exterior não são taxados com o imposto de importação e, por isso, geralmente são mais baratos que artigos nacionais. Atualmente, incide sobre as compras do exterior, abaixo de US$ 50, somente o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual, com alíquota de 17%. Veja Mais

Dólar fecha em R$ 5,29 e renova maior patamar desde janeiro de 2023; Ibovespa cai

G1 Economia Moeda norte-americana avançou 0,23%, cotada a R$ 5,2971. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira recuou 0,32%, aos 121.407 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels IA O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (5), com investidores de olho em uma série de indicadores locais e internacionais previstos para a semana. Com o resultado, a moeda norte-americana atingiu o maior patamar desde janeiro de 2023. (veja mais abaixo) Além dos novos dados sobre a atividade brasileira, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), novos dados da economia dos Estados Unidos também têm influenciado a cotação da moeda nos últimos dias. (entenda mais abaixo) Decisões de política monetária em países desenvolvidos também seguem no radar. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar avançou 0,23%, cotado em R$ 5,2971. Na máxima, chegou a R$ 5,3056. Veja mais cotações. Com o resultado, a moeda norte-americana atingiu seu maior nível desde 5 de janeiro de 2023, quando fechou a R$ 5,3518. Com o resultado, acumulou: alta de 0,91% na semana e no mês; ganho de 9,16% no ano. Na terça-feira (4), a moeda norte-americana subiu 0,98%, cotada a R$ 5,2850. Ibovespa O Ibovespa recuou 0,32%, aos 121.407 pontos. Com o resultado, acumulou quedas de: 0,57% na semana e no mês; 9,52% no ano. Na terça-feira, o índice encerrou em queda de 0,19%, aos 121.802 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Por que o dólar tem subido tanto? Com uma série de indicadores norte-americanos no radar dos investidores, o principal impulsionador do dólar nas últimas semanas são as incertezas sobre qual deve ser a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução dos juros do país. Desde a semana passada, por exemplo, dados econômicos dos Estados Unidos já têm sinalizado que a maior economia do mundo pode estar desacelerando — com uma inflação mais sob controle e um mercado de trabalho menos pressionado. Na última sexta-feira (31), o país divulgou o índice preços PCE de abril, quando a inflação subiu 2,7%, em linha com as expectativas dos analistas e se mantendo no mesmo patamar que o mês imediatamente anterior. Um dia antes, foi divulgado o resultado do PIB norte-americano, que cresceu 1,3% no primeiro trimestre, abaixo das expectativas do mercado, de alta de 1,6%. O número também representou uma desaceleração frente ao que foi observado no último trimestre do ano passado: um avanço de 3,4%. Esses números mais controlados fazem com que o mercado volte a acreditar que o Fed, pode iniciar o seu ciclo de cortes nos juros em setembro. Ao mesmo tempo, no entanto, dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) voltaram a indicar um crescimento do setor de serviços nos EUA em maio, após uma contração no mês anterior, o que volta a trazer incertezas sobre os próximos passos do Fed. O índice de gerentes de compras não manufatureiro do ISM subiu de 49,4 em abril para 53,8 no mês passado. A leitura de maio, a mais alta desde agosto, superou as estimativas de todos os 59 economistas em uma pesquisa da Reuters, cuja mediana era de 50,8, um pouco acima do nível 50 que separa crescimento de contração. Já o índice de atividade empresarial do relatório subiu 10,3 pontos, o maior aumento desde março de 2021, e o elevou para 61,2, o nível mais alto desde novembro de 2022. Além disso, outro fator que também tem corroborado com a alta do dólar ante o real é a variação de preços das commodities e o cenário da balança comercial brasileira. Por fim, o desconforto do mercado com o cenário fiscal brasileiro também acaba prejudicando o real ante o dólar e em comparação a moedas de outros países emergentes. Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma mudança na projeção fiscal do Brasil. A nova previsão passou a ser de déficit zero para 2025 — e não mais de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), como previsto até o ano passado. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Veja Mais

Disputa da 'blusinha' passa até por mãe de prefeito de Maceió

G1 Economia A taxação em 20% de compras de até US$ 50 no exterior está na berlinda e as razões passam pela mãe do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, e pela prima do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Jó Pereira, que é secretária de Educação de Maceió. O enrosco da politica de Alagoas, de onde é também o relator do projeto de lei no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), envolve as eleições deste ano, para a prefeitura da capital, e o jogo para o pleito de 2026. Está avançada a negociação para que Cunha seja candidato a vice-prefeito na chapa de reeleição de JHC, acordo que interessa a família Caldas, porque a mãe do prefeito é a 1ª suplente de Cunha e assumiria a vaga no Senado em caso de vitória. Relator da 'taxação das blusinhas' nega ter sido convidado para ser vice em Maceió Essa articulação, contudo, desagrada Lira, porque embaralha o jogo de 2026 — em que o deputado pretende disputar uma vaga ao Senado. Na aliança com JHC, Lira havia acordado que indicaria o vice do prefeito neste ano. Sua intenção era colocar na vaga sua prima Jó Pereira. Mas, para JHC, faz mais sentido hoje garantir a mãe no Senado, segurando uma vaga para ele próprio disputar em 2026. Mas porque um senador, no caso Rodrigo Cunha, abriria mão da cadeira em Brasília para ocupar a vice-prefeitura? A leitura de muitos políticos em Alagoas é que ele teria poucas chances de se reeleger. Retirada de pauta Ao retirar a taxação das compras de até US$ 50 da pauta, Cunha ainda joga no colo de Lira o peso de ter defendido um aumento de impostos que bate no bolso de parte expressiva da população, em especial jovens que se utilizam dos sites chineses. As articulações acabaram por rachar de vez bloco politico anti-Calheiros — contrário ao senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas —, que tem como principal meta reeleger Renan ao Senado, o que o tornaria o mais longevo senador da história recente da Casa. No meio de tudo isso, a votação da taxação das compras de até US$ 50 ficou sem acordo. Depois do relator retirar o tema — corpo estranho, ou "jabuti", como se diz no Congresso — do projeto do Mover, um texto sobre transição energética, houve uma reunião de líderes e o governo não conseguiu acordo para aprovar. Será no voto a voto, o que colocará os senadores frente a frente com uma taxação para lá de impopular. Além do governo, que ganharia arrecadação, a taxação é importante para o setor de varejo no Brasil, que reclama da concorrência desleal dos produtos chineses que chegam com carga de impostos menor. Na terça-feira (4), em entrevista à Globonews, Rodrigo Cunha rejeitou o argumento de que a política de Alagoas seja o motivo para cortar do PL do Mover a "taxa das blusinhas". Segundo ele, o item era "corpo estranho" (ele cortou outros jabutis também) e, por ser de oposição ao governo, reforça que não é a favor do aumento da carga tributária. Mas não negou que pode vir a ser vice de JHC em outubro. Veja Mais

Venda de novas motos cai 3,4% em maio; veja as mais vendidas

G1 Economia No mês, o país registrou 164.502 novos emplacamentos, contra 170.295 em abril. No acumulado do ano até maio, os brasileiros já compraram mais de 767 mil novas motos. Os dados foram divulgados pela Fenabrave. Honda CG 160 Start 2020 Honda/Divulgação Os brasileiros já compraram mais de 767 mil motos novas em 2024 até maio, informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta terça-feira (4). Só no mês passado, foram emplacadas 164.502 unidades. O número representa uma queda de 3,4% em relação a abril, quando foram emplacadas 170.295 motocicletas. Em comparação ao mesmo período do ano passado (161.432), a alta é de 1,90%. Segundo o presidente da Fenabrave, Andreta Junior, o segmento de duas rodas continua aquecido e apresenta o melhor resultado de todo o setor no acumulado, com uma média diária de vendas de 7,8 mil unidades em maio. “A queda ocorrida em maio se deu em função de uma estabilidade na oferta de crédito e de um possível impacto em decorrência dos emplacamentos não realizados no Rio Grande do Sul, o que ainda estamos apurando", afirmou o executivo em nota. "Mas, a manutenção da procura para serviços de entrega e para transporte individual continuam estimulando as vendas de motos, principalmente, as até 250 cilindradas. Com isso, estamos tendo alta de dois dígitos, já há algum tempo, neste segmento”, completa. LEIA MAIS Polo foi o automóvel mais vendido em maio, diz Fenabrave; veja ranking As mais vendidas A Honda CG 160 foi a moto nova mais vendida no Brasil em maio deste ano, segundo a Fenabrave. Ao todo, foram emplacadas 40.516 unidades do modelo no mês. A segunda colocação do ranking ficou com a Honda Biz, com 27.508 unidades vendidas, seguida pela Honda NXR160, que fechou o pódio com 15.045 emplacamentos no período. Entre as marcas, os dados da Fenabrave mostram uma predominância da Honda no mercado brasileiro de motos, com 71,83% do total de unidades comercializadas no mês passado. Na sequência, estão a Yamaha (18,01%), a Shineray (3,62%), a BMW (0,78%) e a Kawasaki (0,38%). Veja a lista de mais motos vendidas em maio: Honda CG 160: 40.516 unidades Honda Biz: 27.508 unidades Honda NXR160: 15.045 unidades Honda Pop 110i: 12.686 unidades Honda PCX 160: 5.748 unidades Honda CB 300F: 5.522 unidades Yamaha YBR 150: 4.798 unidades Yamaha Fazer 250: 4.273 unidades Yamaha XTZ 250: 4.270 unidades Yamaha Fazer 150: 3.741 unidades Veja Mais

Tributária: proposta cria comitê para gerir imposto estadual sobre o consumo e coordenar fiscalização

G1 Economia O governo federal custeará, por meio de operação de crédito, as despesas necessárias à instalação do Comitê Gestor de 2025 a 2028, no montante de até R$ 3,8 bilhões. Arte IVA - reforma tributária Reprodução/Bom Dia Brasil O governo e os estados da federação propuseram nesta terça-feira (4) a criação de um Comitê Gestor para administrar e fiscalizar o imposto sobre o consumo de estados e municípios, chamado de IBS. A proposta consta do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, emenda constitucional promulgada pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. O primeiro projeto de regulamentação, que tratou de propostas para a cesta básica, para o “cashback” à população de baixa renda e sobre o imposto do pecado, foi enviado em abril deste ano ao Legislativo. De acordo com a segunda proposta, que foi apresentada nesta terça, a União vai arcar, até 2028, com as despesas para criação e manutenção do Comitê Gestor, que se chamará CG-IBS. "A União custeará, por meio de operação de crédito, as despesas necessárias à instalação do CG-IBS de 2025 a 2028 no montante de até R$ 3,8 bilhões", diz a proposta. Conforme o texto, o valor gasto, corrigido pela taxa Selic, será devolvido pelos estados e municípios à União em 20 parcelas a partir de junho de 2029. Entre as atribuições desse comitê, estão: a definição de as diretrizes sobre esses tributos a coordenação da atuação, de forma integrada, das administrações tributárias e das procuradorias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios Pela proposta, havendo dois ou mais entes federativos interessados no desenvolvimento de atividades concomitantes de fiscalização, o procedimento será realizado de forma conjunta e integrada. Segundo o Ministério da Fazenda, eventual divergência acerca da interpretação, apuração da base de cálculo ou enquadramento dos fatos geradores, por ocasião da fiscalização, será tratada em procedimento a ser disciplinado pelo Comitê Gestor. Câmara cria grupos de trabalho para análise da reforma tributária; Bruno Carazza comenta Composição do colegiado Conforme o projeto, o comitê será composto por: 27 membros, representando cada estado e o Distrito Federal, indicados pelo chefe do Poder Executivo estadual e distrital 27 membros, representando o conjunto dos municípios e do DF, indicados pelos chefes dos Poderes Executivos municipais e distrital Os membros serão nomeados para o exercício da função pelo prazo de quatro anos A aprovação das deliberações requer, cumulativamente, os votos: da maioria absoluta de seus representantes; e de representantes de estados e do Distrito Federal que correspondam a mais de 50% (cinquenta por cento) da população do País; e em relação ao conjunto dos Municípios e do Distrito Federal: da maioria absoluta de seus representantes. A fiscalização contábil, operacional e patrimonial do Comitê Gestor será exercida pelo Tribunal de Contas do Estado ou do Município competente para apreciar as contas do ente federativo de origem do Presidente do CG-IBS. "O CG-IBS sujeita-se à fiscalização pelo TCU exclusivamente em relação aos recursos objeto do financiamento da União destinado à instalação do órgão, até o seu integral ressarcimento", diz a proposta. Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 95 milhões nesta terça-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.732 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 95 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (4), em São Paulo. No concurso do último sábado (1º), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

As ilhas de R$ 63 bilhões que se tornaram 'projeto mais inútil do mundo' em Dubai

G1 Economia Em 2003, foi apresentado um ambicioso projeto chamado 'O Mundo', que previa a construção de centenas de ilhas. Elas seriam urbanizadas e teriam o formato de um mapa-múndi. O complexo 'O Mundo' é um dos projetos imobiliários mais ambiciosos que os Emirados Árabes Unidos já desenvolveram. Getty Images via BBC No final do século passado, os Emirados Árabes Unidos iniciaram um ambicioso projeto para construir luxuosos complexos em ilhas artificiais. Embora não tenha sido uma ideia original — no Lago Titicaca, entre o Peru e a Bolívia, existem ilhas artificiais com vários séculos de história — o projeto chamou atenção, entre outras coisas, por apresentar um desenho de figuras elaboradas e simétricas que podiam ser apreciadas do alto. Um desses projetos, talvez o mais ambicioso deles, era chamado de "O Mundo": ele compreendia um arquipélago de quase 300 ilhas artificiais que recriava a forma dos sete continentes, como visto nos mapas. O plano foi lançado pelo próprio primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Rashid Al Maktoum, em 2003. A ideia era que os compradores interessados ??pudessem escolher uma ilha que simulasse o formato de um país ou uma região — desde o Reino Unido e os Estados Unidos até a Groenlândia. LEIA TAMBÉM Em dois anos, +Milionária nunca teve vencedor; entenda por que é tão difícil ganhar Parceria entre Azul e Gol: veja o que se sabe sobre os voos compartilhados Argentina coloca em circulação nova nota de 10 mil pesos Com um investimento de US$ 12 bilhões (aproximadamente R$ 63 bilhões na cotação atual), somado à utilização de quase 321 milhões de metros cúbicos de areia e 386 milhões de toneladas de pedra, o objetivo era criar ilhas que pudessem ser convertidas em propriedades luxuosas para as pessoas mais ricas do mundo. "Os Emirados Árabes Unidos queriam encontrar uma forma de substituir a dependência do petróleo como principal fonte de recursos. E a escolha foi o negócio imobiliário", explica o professor Alastair Bonnett, geógrafo da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, e autor do livro Elsewhere – A Journey into Our Age of Islands ("Outro lugar - Uma Viagem à Nossa Era das Ilhas", em tradução livre). "O modelo de ilhas artificiais, que foi copiado por outros países como a Nigéria, teve sucessos e fracassos", salienta ele. E esse empreendimento nos Emirados Árabes Unidos parece ser um dos que não prosperaram como planejado: o portal Top Luxury acaba de declarar "O Mundo" como o "megaprojeto mais inútil do planeta". A razão é simples: 21 anos após o início da iniciativa, apenas algumas ilhas foram completamente construídas. Além disso, vistas do céu, elas parecem uma série de pontos desertos e abandonados que estão longe de formar um mapa-múndi. "Nenhum dos planos traçados foi realizado ainda. Do jeito que as coisas estão, a maioria das ilhas que compõem 'O Mundo' ficou deserta e forma terrenos vazios de areia", descreve o portal. O prognóstico é ainda mais sombrio. Com 60% do empreendimento vendido e com os próprios promotores assegurando que os planos continuam em pé, várias investigações indicam que as ilhas já apresentam alguns sinais de erosão. Mas como um empreendimento que contava com o apoio de um país em expansão se tornou um complexo fantasma? A palmeira e o mundo Em 1999, os Emirados Árabes Unidos apresentaram-se ao planeta como um país moderno e internacional. Nesse mesmo ano, foi inaugurado o hotel Burb al Arab, que redefiniria o conceito de luxo no mundo. Além disso, o xeque dos Emirados Árabes Unidos também anunciou a construção do projeto "A Palmeira Jumeirah", um complexo residencial e hoteleiro que se ergueria numa ilha artificial que, como o nome indica, teria o formato de uma palmeira. Esse projeto teve um bom desempenho em vendas e incentivou planos de construção de outros empreendimentos semelhantes. Em 2003, o próprio Al Maktoum deu luz verde à construção do empreendimento "O Mundo", a rede de 300 ilhas ao largo das praias de Dubai que tentava, numa escala muito maior, replicar o sucesso da "Palmeira Jumeirah". Existem apenas algumas ilhas com projetos desenvolvidos n'O Mundo. Getty Images via BBC "O projeto era ainda muito mais ambicioso: tratava-se de um complexo de ilhas chamado 'O Universo', onde também foram desenhados espaços como a Via Láctea, o Sol, a Terra", lembra Bonnett. O plano era amplo, mas também trazia simplicidade: consistia basicamente em instalar cerca de 300 ilhas artificiais, para que as pessoas ricas pudessem adquirir um "pedaço do mundo" e construíssem o que quisessem. Como salienta Oliver Wainwright, repórter do jornal britânico The Guardian, "os projetos em cada ilha também foram bastante marcantes: um bilionário chinês traçou planos para refazer o horizonte de Xangai na sua ilha, com uma réplica da icônica Torre de Televisão da cidade". Uma empresa chamada Opulence Holdings adquiriu o pedaço de areia equivalente à Somália, "com a ambição de esculpi-la na forma de um cavalo-marinho, onde os residentes pudessem jogar golfe a partir das suas varandas", acrescenta Wainwright. Na prática, porém, apenas alguns complexos foram construídos. Um deles, com o formato da Groenlândia, recebeu uma espécie de "casa modelo" e expunha tudo o que o projeto incluiria no futuro — não apenas espaços residenciais, mas também resorts e restaurantes. Outro empreendimento foi um casa doada, já totalmente construída, ao heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher. Em 2003, o projeto foi apresentado assim pelo xeque dos Emirados Árabes Unidos. Getty Images via BBC Esta é a situação atual das ilhas Getty Images via BBC No entanto, a crise financeira de 2008 acelerou o colapso do projeto. Muitos dos investidores que se comprometeram em comprar as casas ficaram sem recursos para continuar adiante, Desse modo, os planos iniciais continuam de pé, embora sem grandes avanços. "Um dos grandes problemas do projeto 'O Mundo' é que, ao contrário da 'Palmeira', ele não tem ligação física com Dubai. Não existe uma ponte ou qualquer ligação entre as ilhas", acrescenta Bonnett. A empresa Nakheel Properties, que é a atual responsável pelo projeto, indicou em diversas ocasiões que "O Mundo" continua e que eles buscam recursos para seguir em frente. Outros projetos Mas o fato de "O Mundo" não ter avançado como o esperado não significa que a ideia de transformar Dubai num centro de negócios imobiliários naufragou. Atualmente, a "Palmeira Jumeirah" abriga cerca de 4 mil casas, onde residem ao redor de 25 mil pessoas. Dezenas de hotéis e outras atrações também funcionam lá. Mas, apesar do bom desempenho, o negócio das ilhas artificiais para criar espaço de novos desenvolvimentos urbanos comerciais é um tanto arriscado. "O aumento do nível do mar torna arriscado o investimento em ilhas. Mas se há algo que caracteriza Dubai é assumir riscos, mesmo que sejam dispendiosos", acrescenta o professor Bonnett. Além disso, a construção de Jumeirah e de outros complexos como "O Mundo" ou a enorme "Ilha Deira" — cuja construção foi interrompida também por falta de recursos — teve um impacto ambiental alvo fortes críticas. A organização Greenpeace salientou que o projeto não é sustentável e que a construção das ilhas artificiais afetou gravemente os recifes de coral localizados nas proximidades da costa dos Emirados Árabes Unidos. A Nakheel Properties, embora tenha admitido que alguns ecossistemas marinhos foram afetados pelo desenvolvimento do projeto, disse que contratou uma equipe de biólogos marinhos para reconstruir e reabilitar os recifes afetados. Luana Piovani e Neymar trocam farpas sobre PEC das praias Veja Mais

VW retoma produção em três fábricas no Brasil após férias coletivas por impacto das enchentes no RS

G1 Economia Segundo a montadora, a medida foi necessária pois algumas peças são produzidas no Sul do país. Período de férias coletivas chegou ao fim nesta segunda-feira (3). Fábrica da Volkswagen em Taubaté Volkswagen/Divulgação Funcionários de três unidades da Volkswagen retornaram ao trabalho nesta segunda-feira (3), após um período de férias coletivas por impacto na produção provocado pela tragédia do Rio Grande do Sul. A medida afetou as fábricas de São Carlos (SP), Taubaté (SP) e São Bernardo do Campo (SP) - as três tiveram o período de férias coletivas encerrado nesta segunda. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp As férias coletivas tiveram início no dia 20 de maio. Em comunicado à imprensa, a empresa afirmou que a medida foi necessária porque, em função das chuvas e enchentes que atingiram o RS, alguns fornecedores de peças da Volkswagen do Brasil, com fábricas instaladas no estado, ficaram impossibilitados de produzir. "As unidades estavam em férias coletivas desde 20 maio em função de alguns fornecedores de peças do Rio Grande do Sul estarem impossibilitados de produzir por conta das fortes chuvas no estado", explica a Volks. Estragos no Rio Grande do Sul Fábio Tito/g1 As fábricas Anchieta e de Taubaté tiveram 10 dias de férias coletivas a partir de 20 de maio. O período se encerrou na quarta-feira (29), mas, por conta do feriado de Corpus Christi, os funcionários retornam ao trabalho apenas nesta segunda. A fábrica de motores de São Carlos teve férias de 11 dias para parte do time de produção. A fábrica de São José dos Pinhais (PR) seguiu produzindo normalmente. ENTENDA: Como enchentes no Rio Grande do Sul prejudicam a produção de carros no país Volks pretende colocar trabalhadores de Taubaté em férias coletivas Impacto em Taubaté Em comunicado enviado aos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) informou que 1,8 mil funcionários da cidade poderiam ser afetados com a medida. Ainda segundo o sindicato, a medida foi necessária “devido à situação de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul e com possibilidade de afetar a produção em Taubaté”. O g1 apurou que algumas peças usadas pela fábrica da Volkswagen em Taubaté são enviadas do Sul do país. Com a tragédia no RS, a produção dessas peças foi impactada. O Sindmetau explicou ainda que a aplicação de férias coletivas está prevista no acordo coletivo de trabalho firmado entre a montadora e o Sindicato. Fábrica da Volkswagen. Celso Tavares/g1 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Veja como cuidar das plantas de casa no inverno

G1 Economia Especialista dá dicas de como manter jardim, grama e plantas em vasos durante período de temperaturas baixas ou, até mesmo, geada. Veja como cuidar das plantas de casa no inverno A chegada do frio pede alguns cuidados diferenciados na hora de cuidar das plantas, sejam aquelas plantadas no jardim ou em vasos. Confira algumas dicas de como manter flores, como a orquídea, e até mesmo o gramado durante o inverno. ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ? Siga o canal do g1 PR no Telegram Especialista dá dicas de como manter jardim, grama e plantas em período de temperaturas baixas RPC LEIA TAMBÉM: Música: 'Tô bonitinho': Jovem Dionísio lança nova música e embala trend nas redes sociais Crime: Homem dispara submetralhadora e mata duas pessoas em distribuidora bebidas de Almirante Tamandaré Investigação: Suspeito de ser um dos chefes do PCC é preso no Paraná Os cuidados incluem cobertura com plástico ou musgos, cuidado na irrigação e poda, por exemplo. “Podemos imitar a natureza. Quando [a orquídea] está na natureza, ela está debaixo de copas de árvores. Então, podemos proteger tanto as flores quanto as folhas do contato com a baixa temperatura”, diz Sami Messias, diretora de Agricultura e Pecuária de Maringá. “ Confira algumas dicas ???? Plantas em vasos não mude muito a planta de local, apenas se houver previsão de geada e de temperaturas muito baixas. O inverno naturalmente já é um período de maior stress para a planta; reduza a irrigação para no máximo uma a duas vezes na semana, nesta época do ano o metabolismo da planta fica reduzido; uma alternativa é usar musgo seco para a cobertura da planta. Isso ajuda a manter a temperatura do solo e a quantidade de água. Orquídeas Cuidado especial com as folhas que já são poucas nessa planta. A recomendação é protegê-las (assim como as flores) com um plástico somente nos dias de baixa temperatura; a proteção também pode ser feita com sombrite, uma tela plástica específica para jardinagem; Plantas maiores O inverno não é o período adequado para grandes podas, que também podem aumentar o stress da planta. São permitidas apenas as podas de limpeza de partes que já estejam feias; Grama a recomendação é cobrir a grama com folhas, ou grama seca, ou usar a própria sombrite nos dias de maior frio; reduza a irrigação, principalmente de noite. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná Veja Mais

Uso da tecnologia melhora produtividade e segurança no campo

G1 Economia Com o passar do tempo, a tecnologia tem avançado em todos os setores do mundo e a agropecuária não fica de fora. Máquinas mais eficientes e modernas chamam a atenção quando o assunto é ganho de produtividade. Uso da tecnologia melhora produtividade e segurança no campo Reprodução/TV TEM Os recursos tecnológicos têm deixado o agronegócio mais eficiente. Com novos softwares e máquinas modernas, a produtividade tem aumentando em terras da região de São José do Rio Preto (SP). Apesar disso, há reflexos no meio ambiente e na segurança dos trabalhadores. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Na fazenda de Lucas Ferranti, em Olímpia (SP), a modernidade é aproveitada em sua melhor forma. Na pulverização do pomar, composto por 28 mil pés de laranja, há uma ferramenta que coleta dados sobre a área e registra imagens durante todo o seu funcionamento. A propriedade é totalmente equipada 100% da cobertura dos equipamentos feita por wi-fi. O sistema foi um dos maiores investimentos de Lucas e custou cerca de R$ 500 mil. O controle é feito diretamente de um aplicativo em seu próprio celular. “Aqui, nós temos uma câmera que filma o equipamento, com o objetivo de acompanharmos se a operação está normal ou se aconteceu algum problema. No computador de bordo, faço o acompanhamento das linhas de pulverização, controlo a velocidade do trator e o tempo dele em trabalho, tudo de forma automatizada”, explica. Com toda essa tecnologia, é possível suprir a necessidade da planta em todas as épocas do ano. As sondas, instaladas no solo, transmitem dados importantes para o equipamento de irrigação. Desta forma, é possível calcular a quantidade de água que será liberada. “A partir do equipamento que faz a medição da umidade do solo, consigo entender o que está sendo irrigado e a quantidade de água que a chuva traz. A partir disso, consigo ver o quanto falta para atender às expectativas do pomar”, finaliza. Veja a reportagem exibida no programa em 02/06/2024: Uso de tecnologia melhora produtividade e segurança no campo VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.731: prêmio acumula e vai a R$ 95 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 49 -12 - 58 -32 - 04 - 45 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federa realizou neste sábado (01) o sorteio do concurso 2.731 da Mega-Sena, com prêmio de R$ 82.571.747,91 milhões. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 95 milhões. ???? Os números sorteados foram: 49 -12 - 58 -32 - 04 - 45 5 acertos - 126 apostas ganhadoras: R$ 45.794,77 4 acertos - 9.008 apostas ganhadoras: R$ 915,08 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (04). Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Para apostar na Mega-Sena Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

'Exigentíssima' e 'inimaginável' para Haddad, meta de inflação de 3% é adotada em países como Chile, México, China e Colômbia

G1 Economia Declaração de Haddad adicionou tensão aos mercados e gerou dúvida se o governo vai, de fato, formalizar a meta contínua de 3% a partir de 2025, conforme anunciado. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante debate no Senado TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Uma meta de inflação de 3%, considerada "exigentíssima" e "inimaginável" para o Brasil pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é adotada em outros países emergentes como Chile, México, China e Colômbia. No Peru, a meta é menor, de 2%, mas em nações como Índia, China e Turquia, a meta é mais alta do que 3% (veja a lista no fim dessa reportagem). No próprio Brasil, a meta é de 3% para 2024 em diante, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja formalmente descumprida. A meta central de 3% (com intervalo de tolerância) foi fixada de forma "contínua" a partir de 2025, com voto do próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Para atingir as metas de inflação, o BC utiliza a taxa Selic. Metas mais baixas tendem a exigir juros em um patamar mais elevado – alvo de crítica do presidente Lula. A declaração do ministro de que a meta de 3% seria "exigentíssima" e "inimaginável" para o Brasil foi dada no último dia 22 durante audiência pública na Câmara dos Deputados, e repercutiu no mercado financeiro – com aumento nas expectativas de inflação, pelos analistas de mercado, além de alta no dólar e nos juros futuros. "As contas estão mais equilibradas, a inflação totalmente controlada, os núcleos estão rodando abaixo da meta, que é exigentíssima. Uma meta para um país com as condições do Brasil, de 3%, é um negócio inimaginável. Desde o regime de metas constituído, quantas vezes o Brasil teve 3% de inflação, quantos anos isso aconteceu? Nos 25 anos do regime de metas", questionou o ministro Haddad na ocasião, no Congresso Nacional. A meta central de inflação média, nos 25 anos do regime de metas, entre 1999 e 2023, foi de 4,5%. A inflação média registrada nos 25 anos do regime de metas de inflação, segundo dados oficiais do IBGE, foi de 6,36%. No Congresso, Haddad avaliou que, a partir de um ponto, quando a inflação está baixa, ela "começa a ficar insensível à taxa de juros". E que, neste caso, é preciso pensar em "desvinculações" de recursos orçamentários – como, por exemplo, as verbas "carimbadas" para saúde e educação. O Tesouro Nacional já defendeu o fim de recursos vinculados diretamente à saúde e educação, mas ainda não encaminhou proposta neste sentido ao Legislativo. Segundo cálculo do próprio Tesouro, a saúde e a educação podem deixar de receber até R$ 504 bilhões em nove anos, entre 2025 e 2033, caso as regras atuais para o piso sejam alteradas. O objetivo das desvinculações citadas pelo ministro seria manter o arcabouço fiscal (nova regra para as contas públicas) em vigor nos próximos anos. Isso evitaria, em tese, uma alta maior na dívida brasileira – um termômetro para investidores. Sem ajustes em regras, o espaço para gastos livres, dentro da nova regra fiscal, pode acabar nos próximos anos. "Quem sabe a gente encontra uma regra melhor que essa para que seja respeitada por todo governo, um pacto, para que seja sustentável no longo prazo. Isso tem a ver com meta de inflação, por exemplo. Se queremos uma meta de 3%, ousada para a história do Brasil, temos de abrir um pouco o debate e ver questões institucionais: ver regra de vinculações sustentáveis ao longo do tempo. É disso que se trata, tratar com seriedade. Não é fla flu", declarou o ministro. Economistas avaliam, porém, que há outras opções à desvinculação de recursos em saúde e educação. Eles citam, por exemplo, uma reforma administrativa, uma nova reforma previdenciária, o fim do abono salarial e reforma em gastos sociais. Inflação e o sistema de metas O Banco Central avalia, em seus documentos oficiais, que a inflação alta prejudica principalmente as famílias de baixa renda, uma vez que estas têm mais dificuldade de se proteger contra a perda do valor real da moeda. E que o controle da inflação, por sua vez, favorece o crescimento econômico sustentável e o planejamento das empresas e famílias. O principal instrumento do BC para conter a alta da inflação é a taxa básica de juros da economia, a Selic, fixada a cada 45 dias nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) -- formado pelos diretores e pelo presidente da autarquia. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira Para definir o nível da taxa Selic, o Banco Central trabalha com o sistema de metas de inflação. Se as estimativas para o comportamento dos preços estão em linha com as metas pré-definidas, é possível reduzir a taxa. Se as previsões de inflação começam a subir, a opção é manter ou subir os juros. Apesar do anúncio, feito em junho do ano passado, de que a meta será contínua em 3% a partir de 2025, o governo ainda não publicou decreto formalizando esse objetivo. Dúvidas no mercado A declaração do ministro Haddad na semana passada no Congresso Nacional, de que uma meta de 3% para o Brasil seria "exigentíssima" e "inimaginável", gerou dúvidas no mercado se ela será adotada de fato pelo Executivo. A declaração de Haddad sobre a meta de inflação brasileira foi precedida de eventos que também adicionaram tensão nos mercados, e que estão pressionando para cima as projeções de inflação. São eles: Em meados de abril, o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. Se confirmadas pelo Legislativo, as novas metas possibilitarão um aumento de despesas de cerca de R$ 160 bilhões em 2025 e 2026. Mais gastos, por sua vez, tendem a pressionar a inflação. As enchentes no Rio Grande do Sul também estão pressionando a inflação, pois alguns itens de alimentação com origem no estado, como arroz por exemplo, tendem a ter aumento de preços. O próprio Ministério da Fazenda já elevou sua estimativa de inflação por conta disso, assim como os agentes do mercado estão fazendo. Houve um "racha" na diretoria do BC na última reunião do Copom, quando aconteceu uma diminuição no ritmo de corte dos juros – fixando a Selic em 10,50% ao ano. Quatro diretores indicados pelo presidente Lula votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula – com maioria no Copom a partir de 2026 –, possa ser mais leniente com a inflação, em busca de um ritmo maior de crescimento da economia. Última reunião do Copom para decidir taxa Selic teve diretoria dividida. Raphael Ribeiro/BCB O que dizem analistas O economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, avalia que é absolutamente possível ter uma meta de inflação de 3% no Brasil, mas que, para isso, é preciso fazer o trabalho requerido – que é ajustar as contas públicas. "Com uma inflação baixa e estável de foma em geral, precisa ter contas públicas em ordem. Isso a gente não tem não tem perspectiva de ter. O problema não é a meta, mas não ter as contas ajustadas (...) Controlar gasto é praticamente uma anátema, um pecado para o atual governo", afirmou Alexandre Schwartsman. Para ele, uma tentativa de se trocar um pouco mais de crescimento por mais inflação não é possível no médio e longo prazos. "Consegue fazer por intervalos curto, mas ao longo do tempo, a capacidade de crescimento não depende da meta de inflação. Depende de quanto investe, depende da produtividade", concluiu. Em debate sobre os 30 anos do Real, ex-presidentes do BC também avaliaram que é preciso resolver problema do déficit nas contas públicas Para José Luis Oreiro, professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), a meta de inflação brasileira poderia ser um pouco mais alta, de 4%, com um intervalo de tolerância menor, de um ponto percentual. Com isso, a inflação poderia oscilar entre 2% e 5% sem que a meta fosse descumprida. "Com um horizonte de já 25 anos do sistema de metas, com inflação média de 6%, o que que leva as pessoas a acharem que esse ano a gente vai conseguir uma inflação de 3% [meta fixada]. Ou por forte valorização da taxa de câmbio ou aumento colossal da taxa de desemprego. Ano passado ficou no limite, 4,4%. Para você reduzir a inflação de 4,4% para 3%, precisa ou uma valorização muito forte do câmbio, ou de produzir uma recessão forte na economia brasileira, que me parece que é o que o BC vem querendo fazer", declarou José Luis Oreiro. Metas de inflação em países emergentes Veja as metas de inflação vigentes para o ano de 2024: Peru: 2%, podendo oscilar entre 1% e 3% sem que seja descumprida Indonésia: 1,5% a 3,5% Brasil: 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida México: 3%, podendo oscilar entre 2% e 4% sem que seja descumprida Chile: 3% China: 3% Colômbia: 3% África do Sul: 3% a 6% Uruguai: 3% a 6% Índia: 4% Rússia: 4% Turquia: 5% Egito: 7%, podendo oscilar entre 5% e 9% sem que seja descumprida Veja Mais

'Dinheiro esquecido': R$ 8,15 bilhões ainda podem ser resgatados em sistema do BC

G1 Economia Consulta pode ser feita por pessoas físicas e empresas no Sistema de Valores a Receber. Dados são do mês de fevereiro. Em abril, valor disponível era de quase R$ 7,8 bilhões. O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (7) que R$ 8,15 bilhões estão disponíveis para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR). Os dados são do mês de abril. Até o momento, foram devolvidos R$ 6,78 bilhões aos clientes bancários. Em abril, esse valor era de quase R$ 7,8 bilhões. O sistema é um serviço do BC no qual é possível consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm algum "dinheiro esquecido" em banco, consórcio ou outra instituição. Como consultar e resgatar Você tem dinheiro esquecido? Saiba como consultar no Banco Central O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores é o https://valoresareceber.bcb.gov.br. É importante ressaltar que, via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. Veja Mais

Nvidia, Microsoft e OpenAI serão investigadas por supostas práticas contra a concorrência

G1 Economia Desde o lançamento em 2022 do ChatGPT, um dos sistemas de inteligência artificial mais populares do mundo, teve início uma corrida frenética pela liderança desse terreno digital. Logo da Nvidia REUTERS/Mike Blake O governo dos Estados Unidos vai abrir investigações para determinar se a OpenAI, Nvidia e Microsoft são culpadas de práticas contra a concorrência, informou nesta quinta-feira (06) o New York Times. Segundo o jornal, o Departamento de Justiça vai conduzir as investigações sobre a fabricante de chips Nvidia, enquanto a Comissão Federal de Comércio (FTC) vai se concentrar na OpenAI e Microsoft. Procurados pela AFP, a OpenAI, Nvidia, o Departamento de Justiça e a FTC não fizeram comentários, e a Microsoft não respondeu ao contato. LEIA TAMBÉM Nvidia: como a inteligência artificial criou o novo 'fenômeno' da bolsa americana Fortuna do CEO da Nvidia cresce US$ 7,7 bilhões em um dia após lucro subir 628% para o 1° tri Desde o lançamento em 2022 do ChatGPT, um dos sistemas de inteligência artificial (IA) mais populares do mundo, teve início uma corrida frenética pela liderança desse terreno digital. O desenvolvimento dessa tecnologia requer um investimento gigante, principalmente em servidores e processadores para treinar os programas de IA, conhecidos como grandes modelos de linguagem (LLM). Poucas gigantes tecnológicas podem fazer o investimento necessário para se tornarem players legítimas da IA generativa. A OpenAI está muito bem posicionada, por ter sido pioneira ao lançar o ChatGPT. A Microsoft também saiu na frente, graças a uma parceria com a OpenAI, ao implementar essa tecnologia em produtos e serviços, o que lhe permitiu começar a rentabilizar o investimento. A Nvidia, por sua vez, ocupa uma posição central na indústria dos semicondutores. Seus chips, conhecidos como unidades de processamento gráfico (GPUs), são os mais demandados para o desenvolvimento da IA generativa. A FTC anunciou em janeiro a abertura de uma investigação sobre os investimentos gigantes feitos pela Microsoft, Google e Amazon nas principais startups de IA generativa, OpenAI e Anthropic. Veja Mais

Governo contrata sua próxima derrota no Congresso com medida provisória que mexe na dedução do PIS/Cofins

G1 Economia O governo já contratou seu mais novo embate no Congresso, com grandes chances de ser mais uma derrota legislativa: a medida provisória que muda regras de dedução do PIS/Cofins para compensar a perda deste ano com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores. Nem bem o texto da MP chegou ao Congresso e parlamentares que representam os setores mais atingidos — agronegócio e exportações, por exemplo — já pedem a devolução do texto ao Planalto. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou ao blog nesta sexta-feira que as reclamações são enormes, e a temperatura na Câmara não vai melhorar para o governo nem se os parlamentares simplesmente deixarem a MP perder a validade, depois de 120 dias sem ser votada. Eles querem mesmo é a devolução da MP. Nesta quinta-feira, enquanto o Senado destrinchava a taxação de importações de até US$ 50, o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, deputado Pedro Lupion (PP-PR), estava no café dos senadores mobilizando a Casa para pressionar pela devolução do texto — que depende decisão do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A senadora e ex-ministra da Agricultura, Teresa Cristina (PP-MS), também marcou agenda com Pacheco para tratar do tema nesta sexta. Ao blog, Pacheco foi mineiramente cauteloso: disse que ainda ia se reunir com técnicos do Senado para estudar o texto. Congresso derruba vetos de Lula e volta a proibir 'saidinha' de presos O que prevê a MP A medida provisória altera a forma como os créditos de PIS/Cofins podem ser utilizados. Na regra atual, uma empresa paga PIS/Cofins na compra de insumos e pode abater o valor em outros impostos, para garantir que não haja pagamento de impostos cumulativos. O que a MP faz é determinar que os créditos de PIS/Cofins só podem ser usados para abater o próprio PIS/Cofins. A mudança afeta em cheio setores que são imunes ao Pis/Cofins, como exportação, agro e medicamentos. Ao blog, Lupion afirmou que não há como "virar o mês" com a regra em vigor porque geraria um prejuízo enorme - e não esperado - para as empresas. Ele afirmou ainda que o custo adicional seria imediatamente repassado para os produtos, como soja, milho, carnes e fármacos. "É a completa falta de previsibilidade ", disse. CNI abandona comitiva oficial Em repúdio à MP, Confederação Nacional da Indústria (CNI) abandonou a missão do governo na China, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Segundo líderes do Congresso, não houve qualquer discussão da medida por parte do governo antes da edição da MP. Eles afirmam que temas como estes tinham que ser debatidos na reforma tributária, não pegar setores da economia de surpresa. Houve um tempo em que governos não tinham vetos derrubados ou MPs devolvidas. As coisas mudaram e hoje os governos que optam por não debater com o Congresso e a sociedade as medidas que quer tomar acabam acumulando derrotas. Veja Mais

Balança comercial tem superávit de US$ 8,5 bilhões em maio

G1 Economia Números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No ano, saldo comercial positivo chegou a US$ 35,8 bilhões. CIN-PB divulga primeira balança comercial do ano. Divulgação/FIEP A balança comercial registrou superávit de US$ 8,5 bilhões em maio, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quinta-feira (6). O saldo ficou abaixo do registrado em maio do ano passado, quando foi de US$ 11 bilhões. O resultado é superavitário quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário. Segundo o governo, em maio: as exportações somaram US$ 30,3 bilhões; as importações somaram US$ 21,8 bilhões. Acumulado do ano No ano, as exportações totalizam US$ 138,8 bilhões e as importações, US$ 102,9 bilhões. Com isso, até agora foi registrado um superávit de US$ 35,8 bilhões. Esse resultado é superior ao do ano passado, que foi de US$ 34,5 bilhões. Balança Comercial teve superávit de 7,4 bilhões de dólares em março Veja Mais

Dona do Burger King compra operação da Starbucks no Brasil

G1 Economia Zamp, a administradora das redes BK e Popeyes no Brasil, acordou o pagamento de R$ 120 milhões para aquisição da rede de cafeterias. Operação ainda precisa de autorização judicial e aval do CADE. Fachada da loja Starbucks, na região da Vila Olímpia zona sul da cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (01). André Ribeiro/Estadão Conteúdo A operadora de redes de fast food Zamp anunciou, nesta quinta-feira (6), a compra da operação brasileira de lojas da rede de cafeterias norte-americana Starbucuks. O preço base acordado foi de R$ 120 milhões, segundo comunicado divulgado pela empresa ao mercado. Segundo a nota, no entanto, o valor ainda está sujeito a ajustes para refletir, dentre outros, a quantidade de lojas efetivamente adquirida e o nível de estoque na data do fechamento. Ainda de acordo com o comunicado, a operação ainda depende de "determinadas condições suspensivas". "Dentre elas a autorização judicial no âmbito da recuperação judicial da SouthRock, na forma da lei, a aprovação da operação pelo CADE [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] e a celebração de contratos definitivos com a Starbucks Corporation na qualidade de titular da marca 'Starbucks', além de outras usuais em operações dessa natureza", afirmou a companhia em nota. A Zamp atualmente administra a operação no Brasil das redes Burger King e Popeyes. A SouthRock, que operava a rede de cafeterias no Brasil, pediu recuperação judicial no final do ano passado. A empresa lista cerca de 140 lojas da marca norte-americana no Brasil. Mas a Zamp afirmou, dada a situação de recuperação judicial da operadora da marca no país, que vai comprar os ativos em processo competitivo de propostas fechadas, podendo igualar eventuais ofertas por eles apresentadas por terceiros. "A companhia terá direito a ser indenizada caso não seja vencedora do processo competitivo", afirmou a Zamp. Por ora, a Zamp acertou um acordo com a Starbucks Corporation quanto aos termos e condições dos principais contratos para a exploração da marca e desenvolvimento das operações da Starbucks no Brasil. Veja Mais

Após Senado aprovar taxação, secretarias de Fazenda querem discutir aumento do ICMS para compras do exterior

G1 Economia Senado aprovou taxação de 20% para compras de até US$ 50 do exterior. Entidade da indústria considera esse um primeiro passo, mas ainda não 'suficiente' para equilibrar a disputa com os produtos brasileiros. O Comitê Nacional de Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz) deve voltar a discutir, nos próximos meses, um aumento na alíquota unificada do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre compras internacionais enviadas ao Brasil. Segundo membros do Comsefaz ouvidos pelo g1, a ideia é levar a pauta para discussão nas duas próximas reuniões do grupo, previstas para ocorrer em julho e setembro. Atualmente, remessas estrangeiras são taxadas em 17% pelo ICMS, de competência dos estados. A proposta, em análise pelo Comsefaz, prevê um aumento da alíquota para 25% no próximo ano. A elevação do ICMS, ainda segundo secretários de Fazenda ouvidos pelo g1, tem apoio do Ministério da Fazenda. A medida chegou a ser colocada em pauta durante reunião do conselho em abril, mas teve a análise adiada. A discussão sobre a taxação das “comprinhas” voltou ao centro do debate político nas últimas semanas. A medida é polêmica, porque afeta as compras em sites chineses, muito populares no Brasil. Por outro lado, o varejo interno reclama de competição desleal. Nesta quarta-feira (5), o Senado aprovou um projeto que tributa compras internacionais de até US$ 50. Senado aprova taxação de compras internacionais de até US$ 50 O texto estabelece que as remessas enviadas ao Brasil neste valor terão de pagar uma alíquota de 20% do Imposto de Importação (II). Encomendas acima de US$ 50,01 seguirão taxadas com a alíquota tradicional do II, que é de 60% Hoje, compras internacionais abaixo de US$ 50 são isentas do II, que é de competência federal. Pagam, porém, a alíquota do ICMS unificada em todos os estados. A atual isenção federal é válida somente para envios feitos por empresas cadastradas no programa Remessa Conforme, da Receita Federal. A tributação das compras internacionais é defendida amplamente pelo setor industrial brasileiro, que avalia haver uma espécie de competição desleal com o comércio eletrônico estrangeiro. Nota da indústria Após a aprovação da taxação pelo Senado, a Federação das Indústria de Minas (Fiemg) divulgou uma nota na qual disse que a medida é um "primeiro passo" para, segundo a entidade, corrigir a competição desequilibrada com os produtos estrangeiros. "A aprovação pelo Senado de uma alíquota de 20% de imposto de importação para produtos abaixo US$ 50 comprados em sites internacionais é um primeiro passo para combater um equívoco do governo que tem custado R$ 100 bilhões ao ano aos cofres públicos e prejudicado a indústria nacional, mas ainda não é suficiente", disse a nota. Veja Mais

+Milionária, concurso 152: prêmio acumula e vai a R$ 220 milhões

G1 Economia Uma aposta que acertou cinco dezenas e dois trevos vai levar R$ 660,5 mil. Próximo sorteio será no sábado (8). Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 152 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (5), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 220 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, uma aposta acertou cinco dezenas e dois trevos e vai levar R$ 660.565,01. Veja os números sorteados: Dezenas: 18 - 21 - 31 - 32 - 34 - 36 Trevos: 1 - 3 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 29 apostas ganhadoras: R$ 10.123,60 4 acertos + 2 trevos - 122 apostas ganhadoras: R$ 1.804,82 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1779 apostas ganhadoras: R$ 176,81 3 acertos + 2 trevos - 2742 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 22556 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 23748 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 198712 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (8). +Milionária, concurso 152 Reprodução/Caixa +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Fim dos Big Macs de frango? Tribunal da UE decide contra o McDonald's em caso de marca registrada

G1 Economia Decisão representa uma vitória parcial para o rival irlandês Supermac's, em uma longa disputa; entenda. Sanduíches de frango crocante e batatas fritas do McDonald's em Nova York. Reuters O McDonald's não tem o direito de usar o nome "Big Mac" para produtos de aves na Europa após cinco anos consecutivos sem usar o termo. É o que decidiu o segundo principal tribunal da região nesta quarta-feira (5), em uma vitória parcial para o rival irlandês Supermac's, que travou uma longa disputa de marca registrada. A decisão do Tribunal Geral, sediado em Luxemburgo, tem como base a tentativa da Supermac's, em 2017, de revogar o uso do nome Big Mac pelo McDonald's, registrado pela empresa norte-americana em 1996 para produtos de carne e aves e serviços prestados em restaurantes. LEIA TAMBÉM Justiça do Rio dá prazo de 48 horas para Hurb reembolsar clientes Petrobras anuncia primeiro reajuste de preço da gestão Magda Chambriard Parceria entre Azul e Gol: veja o que se sabe sobre os voos compartilhados O Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (Euipo) indeferiu o pedido de revogação da Supermac e confirmou o uso do termo pelo McDonald's para sanduíches de carne e frango, o que levou a empresa irlandesa a contestar a decisão. A Supermac's, que abriu seus primeiros restaurantes em Galway em 1978 e buscou expandir-se no Reino Unido e na Europa, vende hambúrgueres de carne e frango, além de nuggets e sanduíches de frango frito. A Corte Geral rejeitou os argumentos do McDonald's, anulou e alterou parcialmente a decisão do Euipo. "O McDonald's perdeu a marca registrada da UE Big Mac em relação a produtos de aves", decidiram os juízes. "O McDonald's não provou o uso genuíno em um período contínuo de cinco anos na União Europeia em relação a determinados produtos e serviços." A cadeia de fast-food dos EUA disse por e-mail que ainda pode usar a marca registrada Big Mac, utilizada principalmente para um sanduíche de carne bovina. O fundador da Supermac, Pat McDonagh, disse à Newstalk Radio da Irlanda que a decisão foi "uma grande vitória para qualquer pessoa com o sobrenome Mac". "Isso significa que podemos expandir para outros lugares com o Supermac's em toda a UE, o que é uma grande vitória para nós hoje", disse ele à rádio. Os proprietários de marcas registradas devem prestar atenção à decisão, disse o advogado de PI da Pinsent Masons, Matthew Harris. "Esse é um grande alerta e os proprietários de marcas registradas bem conhecidas não podem simplesmente se acomodar com a premissa de que 'é óbvio que o público conhece a marca e nós a temos usado'", disse ele. "O caso destaca que até mesmo marcas de renome mundial são submetidas ao mesmo escrutínio quando precisam comprovar o uso genuíno de uma marca registrada em um determinado território." A decisão pode ser objeto de recurso ao Tribunal de Justiça da União Europeia, o mais alto da Europa. Economia brasileira cresce 0,8% no primeiro trimestre do ano Veja Mais

Messi lança nova marca de isotônico e vai rivalizar com Gatorade e Logan Paul

G1 Economia Jogador lança bebida energética neste mês, em parceria com a Mark Anthony Brands. Jogador Lionel Messi lança nova marca de isotônico. Reprodução/ Instagram Más+ A estrela do futebol Lionel Messi entrou no mercado de bebidas energéticas e vai rivalizar com Gatorade, Logan Paul e outras marcas de isotônicos. O lançamento da Más+, nova bebida de hidratação do jogador em parceria com a Mark Anthony Brands — que também controla marcas como Mike's, White Claw e Cayman Jack —, está previsto para 14 de junho deste ano. Não há mais detalhes no site ou no instagram da marca sobre quais países devem ser os primeiros a receberem a bebida para venda. Messi, que foi eleito o melhor jogador do mundo pela sétima vez em 2023, já havia anunciado o lançamento da sua nova marca de bebidas em março nas suas redes sociais. No início de maio, divulgou o nome da nova bebida. Veja abaixo: Initial plugin text Messi esteve envolvido em todo o processo de criação da Más+ e, de acordo com o site da nova bebida, queria que o isotônico tivesse os ingredientes necessários para hidratação e um bom sabor. "Queria uma bebida que tivesse os ingredientes que preciso e um sabor incrível. Sem compromisso em ingredientes de qualidade. Então fui trabalhar em minha própria bebida", disse o jogador em nota divulgada no site. "Para atingir meus objetivos, aprendi que a hidratação tem um papel muito importante. [...] Mas muitas bebidas que são boas para você têm um gosto ruim. Muitas bebidas aromatizadas têm altos níveis de ingredientes prejudiciais à saúde, por isso as pessoas que as bebem consomem mais açúcar, calorias, ingredientes artificiais e até cafeína do que imaginam", completou o jogador. O novo isotônico de Messi tem baixo teor de açúcar e também é composto por eletrólitos, vitaminas e antioxidantes. Veja Mais

Fortuna dos mais ricos atinge o maior nível histórico, afirma estudo

G1 Economia Segundo a Capgemeni, em 2023, eram 22,8 milhões de pessoas no mundo com patrimônio superior a um milhão de dólares. A fortuna total dessas pessoas foi de 86,8 trilhões de dólares. Pixabay O mundo nunca teve tantas pessoas ricas e sua fortuna nunca foi tão elevada, graças aos investimentos na Bolsa, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (5) pela consultoria Capgemeni. O número de ricos no mundo, que para a Capgemeni são as pessoas cujo capital disponível, sem considerar sua residência habitual, ultrapassa um milhão de dólares, aumentou 5,1% em um ano e alcançou a marca de 22,8 milhões pessoas em 2023, afirma o estudo "World Wealth Report". A fortuna desta categoria de pessoas também aumentou, com um patrimônio total avaliado em 86,8 trilhões de dólares, ou seja, 4,7% a mais do que um ano antes. LEIA TAMBÉM Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes em 2024 Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Os dois valores representam recordes desde que a Capgemini começou a publicar o estudo anual, em 1997. O aumento das fortunas é consequência, sobretudo, do crescimento das Bolsas de todo o mundo: o índice americano Nasdaq cresceu 43% e o S&P 500 avançou 24% em 2023; o CAC 40 de Paris subiu 16% e o DAX de Frankfurt 20%. "As ações cresceram com o mercado de tecnologia, estimuladas pelo entusiasmo provocado pela inteligência artificial generativa e seu potencial impacto na economia", afirmou a Capgemeni, que avalia a situação de 71 países e utiliza, como metodologia, um sistema de registros estatísticos e uma representação gráfica chamada curva de Lorenz. Em 2022, o patrimônio dos mais ricos teve o retrocesso mais expressivo em 10 anos, devido à queda das cotações. No ano passado, a América do Norte registrou o maior avanço no número de milionários, com um aumento de 7,1%, e também no valor da fortuna (+7,2%), à frente da Ásia-Pacífico e da Europa. O nível de riqueza e o aumento paralelo das desigualdades motivaram, nos últimos anos, vários debates sobre como fazer com que as grandes fortunas contribuam de maneira mais eficiente com os impostos. No G20, Brasil e França defendem a adoção de um imposto mínimo mundial para os maiores patrimônios, que poderia render 250 bilhões de dólares adicionais, caso os 3 mil bilionários do planeta pagassem ao menos o equivalente a 2% da sua fortuna em impostos sobre a renda, uma das hipóteses debatidas. Veja Mais

Após Senado adiar votação, Lira defende taxação de compras internacionais e cobra cumprimento de acordos

G1 Economia Após o Senado adiar a votação do projeto que retoma taxação de compras internacionais de até US$ 50, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o projeto, já aprovado pelos deputados e cobrou cumprimento de acordos políticos. A decisão do adiamento foi tomada em acordo dos líderes partidários do Senado e teve a anuência do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A votação estava marcada para esta terça. A taxação das compras de até US$ 50 ganhou o apelido de "taxa das blusinhas", em referência à frequente compra desses produtos em sites internacionais. “Se o Senado modificar o texto, obrigatoriamente tem que voltar para a Câmara, não sei como os deputados vão encarar uma votação que foi feita por acordo. Não é fácil votar uma matéria quando ela tem uma narrativa de taxar blusinhas. Não estamos falando disso, estamos falando de emprego, de justiça de competição, de indústria nacional que já está quase que de nariz de fora no aperto“, afirmou Lira. “Precisamos honrar os acordos que são feitos", complementou depois o presidente da Câmara. O dispositivo da taxação foi incluído dentro de um projeto que trata de incentivo à produção de veículos sustentáveis. No jargão do Congresso, quando um tema diferente entra dentro de um projeto é chamado de "jabuti". A taxação, portanto, é um "jabuti" dentro do programa sobre veículos. O "jabuti" foi incluído e aprovado na Câmara. Deputados atenderam pleito de varejistas nacionais, que alegam que a isenção de impostos para a importação das "blusinhas" prejudica o mercado interno. O tema, no entanto, vem causando polêmica. O governo Lula teme que a aprovação possa causar impopularidade para o governo. Mais cedo nesta terça, o relator do texto no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), retirou a parte da taxação do resto do projeto -- da parte que trata dos veículos sustentáveis. Agora toda a votação, das duas partes, foi adiada. Líder do governo pediu o adiamento O pedido de adiamento saiu do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), após o relator, Rodrigo Cunha (União-AL), apresentar um parecer excluindo a taxação das importações do projeto. A criação do imposto federal está dentro da proposta que cria o Mover, um programa de incentivo à produção de veículos sustentáveis. "Para mim, tem muito ruído de comunicação e para votar essa matéria aqui agora tem muita confusão. Eu prefiro trabalhar até amanhã pra construir um procedimento sobre a votação dessa matéria", disse Jaques Wagner. Cunha retirou a chamada "taxa das blusinhas" do projeto por achar que o tema "não guarda relação" com o Programa Mover e por entender que "a tributação vai na contramão dos regimes existentes em outros países". O líder do PL, Carlos Portinho (RJ), classificou a inclusão da tributação dos produtos vindos do exterior como um "jabuti"- quando uma matéria estranha entra no projeto. Veja Mais

PIB: Brasil fica atrás de Turquia e Índia, mas cresce mais do que EUA e Europa

G1 Economia Números do IBGE mostram que país cresceu mais rápido que EUA e europeus, mas está atrás de alguns emergentes. Inflação não está caindo no Brasil e no mundo no ritmo desejado por economistas Getty Images via BBC A economia do Brasil cresceu 0,8% nos primeiros três meses de 2024, na comparação com os últimos meses de 2023, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4/6) pelo IBGE. Os setores que contribuíram para o crescimento da economia foram serviços (alta de 1,4%) e agropecuária (alta de 11,3%). Ao longo do último ano, o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 2,5%. Os números do IBGE mostram que a economia brasileira está crescendo ligeiramente mais devagar do que no final de 2023, quando havia crescido 2,9%. Mas o PIB ainda está em um ritmo acima das previsões para o final deste ano — que é em torno de 2%. Economistas esperam que no próximo trimestre (abril, maio e junho) a economia brasileira sinta os efeitos das graves enchentes no Rio Grande do Sul. O índice de 0,8% confirma as previsões de lenta retomada da economia brasileira — e o coloca em linha com diversas economias internacionais. Em comparação com os demais países do G20 (as 20 maiores economias do planeta), o Brasil teve crescimento superior ao dos países europeus e dos Estados Unidos, mas segue atrás de emergentes como Turquia, China e Índia. A economia mundial está vivendo um momento de crescimentos desiguais, segundo analistas e entidades internacionais — com alguns países se recuperando mais rapidamente do que outros dos choques econômicos desta década. Depois dos anos da pandemia de covid e o choque inflacionário que se seguiu a ela (dois fenômenos que foram sentidos em praticamente todos os lugares do planeta), os países estão agora em diferentes momentos da sua trajetória de recuperação. Os números indicam que o Brasil ainda vive um momento de recuperação — mas com previsões de crescimento mais modestas do que as realizadas nos últimos anos. Em 2020, o PIB brasileiro contraiu 3,3%, e nos anos seguintes houve recuperação em todos os anos: 5% (2021), 3% (2022) e 2,9% (2023). Para este ano e para 2025, o governo, o mercado e entidades internacionais projetam uma taxa anual de crescimento em torno de 2%. “Impulsionadas pelo crescimento robusto do emprego, pelos aumentos do salário mínimo e pela diminuição da inflação, espera-se que o consumo das famílias seja o principal motor do crescimento, especialmente em 2024”, afirma em um relatório recente a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre suas expectativas em relação ao Brasil. Crescimento desigual: os líderes Os três países que registraram as taxas de crescimento mais robustas este ano foram a Turquia, a China e a Índia até agora. A economia turca cresceu 1,6% no primeiro trimestre deste ano. Mas a Turquia está ainda no meio do seu ciclo de aumento de juros, já que o país enfrenta uma das maiores taxas de inflação do mundo – de 75% por ano. Uma das surpresas desse ano, segundo o FMI, tem sido a economia da China. Na semana passada, o Fundo revisou a previsão de crescimento para 5% — 0,4% a mais do que o projetado anteriormente. O país vinha sofrendo desaceleração devido a uma crise no mercado imobiliário doméstico. Recentes medidas do governo contra essa crise ajudaram a reverter as expectativas dos economistas. Outra economia com crescimento robusto é a Índia — uma tendência que já dura décadas. Com exceção dos anos da pandemia, a economia indiana registra crescimentos anuais acima de 5% há 14 anos. O governo da Índia divulgou apenas dados anualizados (e não em comparação ao trimestre anterior) deste primeiro trimestre de 2024 que indicam um crescimento de 7,8% nos últimos 12 meses. Economistas dizem que o resultado surpreendeu positivamente e as perspectivas para o país são boas. Analistas preveem que o crescimento econômico vai se sustentar ao longo do ano e que o primeiro-ministro, Narendra Modi, — favorito para vencer as eleições que estão tendo seus votos contados nesta semana — terá US$ 25 bilhões em superávits para gastar em investimentos governamentais. Crescimento desigual: os demais Uma das decepções neste primeiro trimestre do ano foi a economia dos Estados Unidos — que é considerada central para recuperação global. O crescimento econômico veio abaixo do esperado — com taxa anualizada de 1,6%, contra expectativas de 2,4% de economistas e 4,9% no trimestre anterior. E a inflação não está caindo no ritmo esperado, o que pode prolongar o período de juros mais altos na economia americana (leia mais sobre os EUA mais abaixo nesta reportagem). A economia com pior desempenho entre os países do G20 é a do Japão. O país enfrentou recessão técnica no final do ano passado (dois trimestres consecutivos de crescimento negativo) e perdeu o posto de terceira maior economia do mundo para a Alemanha (os primeiros lugares são ocupados por EUA e China, respectivamente). O baixo gasto dos consumidores tem impedido a economia japonesa de crescer. A desvalorização da moeda nacional também teve um papel importante na queda do Japão em relação à Alemanha. Outro país com perspectivas de baixo crescimento é a Argentina, que ainda não divulgou os dados referentes ao primeiro trimestre deste ano. O país vem passando por um choque de medidas econômicas promovidas pelo novo presidente, Javier Milei, que promete cortar gastos para segurar a inflação, que é recorde no G20. A inflação mensal argentina caiu para baixo de 9% no mês passado — após ter atingido 25% em dezembro. A OCDE prevê contração de 3,3% da economia argentina este ano, seguida por crescimento de 2,7% no ano que vem. Na Europa, as principais economias — Alemanha, Reino Unido e França — registraram crescimento de menos de 1% este trimestre. No Reino Unido, a principal notícia foi a queda da inflação, o que sinaliza que os juros também podem cair, dando início a uma recuperação mais forte. A inflação anualizada em abril foi de 2,4% — depois de ter atingido 11% em outubro de 2022. A economia é um dos pontos centrais da eleição britânica, que está marcada para 4 de julho. Já a economia alemã passou por uma revisão drástica de expectativas no começo do ano — com o governo rebaixando sua previsão de crescimento em 2024 de 1,9% para 0,3%. O ministro da Economia, Robert Hadeck, disse que a economia alemã está atravessando "águas turbulentas" e que a recuperação está sendo bem mais lenta do que o antecipado. A Europa segue com a inflação em lento declínio, e com crescimento econômico modesto. Analistas esperam que o Banco Central Europeu vá promover na quinta-feira (6/6) o primeiro corte na taxa de juros da zona do euro desde 2019. Quatro países ainda não divulgaram seus PIBs do primeiro trimestre de 2024: África do Sul, Austrália, Argentina e Rússia. 'Otimismo cauteloso' no mundo Em um relatório de maio, a OCDE diz que a economia global está vivendo um momento de “otimismo cauteloso”. “Acreditamos que o cenário macroeconômico vai seguir desalinhado [entre os países], com a inflação e as taxas de juros caindo em ritmos diferentes.” A economia global ainda segue tentando se recuperar dos efeitos da pandemia de covid que abalou todas as estruturas econômicas no começo desta década. Entre 2020 e 2022, diversos governos do mundo — entre eles o do Brasil — investiram recursos públicos para a criação de programas e benefícios de suporte à economia em um momento em que muitas empresas precisaram fechar suas portas por causa da doença. Nos anos seguintes, houve dois problemas imediatos enfrentados pelos governantes. Primeiro o aumento da dívida pública dos países, por conta dos gastos realizados durante a pandemia. Segundo, houve uma crise nas cadeias globais de produção. A pandemia provocou interrupções nas cadeias de diversos produtos — causando atrasos e encarecimento na produção de bens. Esses dois elementos resultaram em uma disparada da inflação em diversos países do mundo. A situação foi pontualmente agravada em fevereiro de 2022 com a eclosão da guerra na Ucrânia, que causou um choque em preços de commodities e energia. Nos Estados Unidos e na Europa, a inflação atingiu patamares inéditos em mais de 40 anos. A resposta de quase todas as autoridades monetárias no mundo foi aumentar as taxas básicas de juros das suas economias para conter a inflação. O temor dos governos e bancos centrais é que uma inflação em alta acabaria provocando crises econômicas mais agudas, já que o poder de compra das pessoas cairia— e todos ficariam relativamente mais pobres. O aumento das taxas de juros encarece o custo do dinheiro nas economias e serve para segurar os aumentos generalizados de preços. Diversas autoridades monetárias promoveram aumentos radicais nas suas taxas de juros em um curto período de tempo. No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central subiu os juros de 4,25% em julho de 2021 para 13,75% em agosto de 2022. A esperança era que um “choque de juros” seguraria a inflação. No entanto, a medida que serve para salvar a economia também tem potencial para provocar outros prejuízos. Se os juros ficam em um patamar elevado por muito tempo, há o risco de eles frearem o crescimento econômico — ou até mesmo de provocarem recessões. Autoridades monetárias precisam sempre calcular os momentos certos para subir e depois baixar os juros. Economistas indicam que — depois de anos sofrendo com esses desajustes citados acima provocados pela pandemia — a economia global vive em 2024 um momento delicado, em que a inflação parece estar caindo em alguns países — mas não foi completamente derrotada ainda. Ou seja, o mundo poderia estar muito perto de uma recuperação econômica, com possibilidade de estabilidade e crescimento. Mas a economia global ainda não chegou lá. Uma questão central para o mundo: EUA Este ano, o debate sobre taxas de juros no mundo está em um momento de indefinição. O ano de 2024 começou com pesquisas mostrando um certo otimismo nos mercados — tanto no Brasil como em outros países. Nos EUA — país que é central na economia global pela força e dinamismo de seu capitalismo e pelo papel central que o dólar ocupa nas transações internacionais — o mercado saiu de uma situação de pessimismo para uma de otimismo quase exagerado, com recordes nas bolsas de valores. Até o ano passado, muitos previam que, antes que houvesse uma recuperação plena, a economia americana entraria em recessão. Mas no começo deste ano, o humor mudou nos EUA, e a maioria dos analistas já descartava a recessão, antecipando o fim da inflação e a queda dos juros. Até o momento, nenhum dos dois cenários — o otimista ou o pessimista — parece ter se consolidado. Economistas já não veem uma recessão americana no horizonte. Mas a queda dos juros e a recuperação plena parecem ter ficado para o ano que vem. Os rumos da economia americana são importantes, porque a taxa de juros do país pode ter influência direta nos juros e na cotação das moedas de outros países. Quando os juros sobem nos EUA, muitos investidores internacionais tendem a realocar seus recursos de outros países para títulos do governo americano — enfraquecendo moedas estrangeiras e provocando desequilíbrios. O problema maior da economia dos EUA neste ano é semelhante ao do Brasil: a inflação não está caindo no ritmo desejado, mesmo depois de tanto tempo com juros mais altos. Por isso, os juros estão ainda sendo mantidos em patamares altos — eles subiram de 0,25% em março de 2022 para 5,5% em julho do ano passado e ainda não caíram. No Brasil, também houve uma reversão de expectativas nas últimas semanas em relação a inflação e juros, com maior pessimismo. No começo do ano, o Boletim Focus do Banco Central — que reúne projeções dos principais agentes financeiros do Brasil — indicava que o mercado acreditava que o Brasil terminaria o ano com juro básico de 9%. Hoje essa estimativa subiu para 10,25%. A OCDE alerta para os perigos que ainda existem na recuperação global. “Apesar de uma perspectiva de risco mais equilibrada, ainda há preocupações substanciais. As elevadas tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio, poderão perturbar os mercados de energia e financeiros, provocando um aumento da inflação e uma diminuição do crescimento.” “As expectativas de que a inflação continuará caindo de forma constante também podem se provar equivocadas.” Veja Mais

Anatel lança ferramenta que permite ao consumidor comparar ofertas de operadoras

G1 Economia Chamada de "Anatel Busca Ofertas", ferramenta lista e detalha ofertas disponíveis por município e tipo de serviço. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou nesta segunda-feira (3) uma ferramenta online que permite ao consumidor comparar as ofertas de operadoras disponíveis em sua cidade. As ofertas são separadas por: telefonia móvel; banda larga; TV por assinatura; telefonia fixa; e combos com os serviços anteriores. Chamada de "Anatel Busca Ofertas", a ferramenta lista e detalha as ofertas disponíveis por município e tipo de serviço. É possível filtrar por preço, modalidade de pagamento, nome da empresa e volume de dados (no caso da telefonia móvel e banda larga, por exemplo). A ferramenta está disponível no site da Anatel. Regulamento de direitos do consumidor Segundo a Anatel, o buscador de ofertas é compatível com o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor (RGC), "bem como considerará possíveis alterações resultantes da implementação do novo RGC". A norma de 2014, que define os direitos dos consumidores de telecomunicações, estabelece que as operadoras devem disponibilizar informações suficientes sobre suas ofertas, de forma a permitir a comparação de pacotes entre empresas diferentes. Em outubro do ano passado, a Anatel aprovou novas regras de direitos do consumidor, que entrariam em vigência em nove meses a partir de sua publicação. Contudo, a norma foi objeto de pedidos de anulação, que estão sendo analisados pela agência. As principais mudanças no regulamento são a proibição de cobrança no primeiro mês de inadimplência, a dispensa das operadoras de manter lojas físicas próprias e a liberação de planos exclusivamente digitais. Pelas novas regras, as operadoras também podem migrar os clientes automaticamente para novos planos em caso de extinção dos atuais e de ausência de manifestação do cliente sobre adesão a um novo plano. Veja Mais

Indústria bélica Avibras coloca 400 trabalhadores em licença remunerada por tempo indeterminado no interior de SP

G1 Economia Período de layoff terminou no dia 31 de maio. Empresa enfrenta crise há pelo menos dois anos, com funcionários sem receber os salários há mais de um ano. Avibras, em Jacareí Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos Cerca de 400 funcionários da Avibras em Jacareí, no interior de São Paulo, encerraram, na última sexta-feira (31), o período de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) na empresa. Agora, segundo a própria empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos, os trabalhadores iniciaram o período de licença remunerada. Ao g1, a Avibras confirmou que são cerca de 400 funcionários nessa situação e que a licença remunerada será aplicada por tempo indeterminado. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região apontou que a medida atinge, ao todo, 420 trabalhadores na unidade. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A aplicação da licença remunerada ocorre no momento em que a Avibras enfrenta uma crise financeira, que foi desencadeada há pelo menos dois anos, além de passar por uma recuperação judicial. No fim de maio, a Justiça pediu esclarecimentos sobre as negociações envolvendo a venda da empresa a um grupo australiano. LEIA TAMBÉM: Empresa australiana negocia aquisição da Avibras, companhia bélica brasileira Especialistas avaliam que falta de incentivo do governo piorou crise da Avibras Perto de ser vendida, Avibras vive crise financeira há pelo menos dois anos Em março, trabalhadores da Avibras fizeram uma manifestação em frente à empresa. O protesto reuniu cerca de 100 funcionários. O protesto foi para reivindicar o pagamento de salários atrasados. Ainda segundo o sindicato da categoria, ao todo, cerca de 800 trabalhadores estão em greve e outros 400 funcionários estavam em layoff - agora em licença remunerada - sem receber os salários há mais de um ano. O Sindicato dos Metalúrgicos alega que quer uma decisão sobre a situação, com a empresa efetuando o pagamento dos salários atrasados, já que a crise está se estendendo por anos. Trabalhadores da avibras reivindicam salários atrasados Recuperação judicial Em 22 de março de 2022, a Avibras pediu recuperação judicial, alegando uma dívida de R$ 600 milhões. Em julho de 2023, credores aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa. A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. Fábrica da Avibras em Jacareí Reprodução/TV Vanguarda Demissões e greve A crise na Avibras se arrasta há alguns anos. Em 18 de março de 2022, a empresa demitiu cerca de 400 trabalhadores na fábrica em Jacareí. Na época, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que não houve nenhum comunicado prévio ou tentativa de negociação sobre medidas para evitar as demissões, como adoção de um layoff (suspensão de contratos), por exemplo. A fábrica alegou que teve de adotar "ações de reestruturação organizacional da empresa, mantendo as atividades essenciais para o cumprimento dos compromissos contratuais assumidos junto aos seus clientes". Ao mesmo tempo em que fez o corte, pediu à justiça a recuperação judicial alegando dívida de R$ 600 milhões. A entidade recorreu à Justiça do Trabalho e conseguiu reverter o corte porque o juiz entendeu que não seria possível ter recuperação, se não havia força de trabalho na empresa. Com a readmissão, a empresa colocou os funcionários em layoff. Os trabalhadores da Avibras de Jacareí entraram em greve, reivindicando a garantia de estabilidade para todos os funcionários, pagamento dos salários atrasados e também para que a empresa adote um sistema de trabalho rotativo, no qual os grupos se revezem entre o layoff e o trabalho na fábrica. Trabalhadores da Avibras protestam contra atrasos de salário e estatização em trecho da Rodovia dos Tamoios Divulgação A Avibras A Avibras Aeroespacial é a maior indústria bélica do país e foi fundada em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP). Ela é uma das primeiras empresas nacionais a atender o setor aeroespacial. A empresa desenvolve tecnologia para as áreas de Defesa e Civil. A organização foi uma das primeiras no Brasil a construir aeronaves, desenvolver e fabricar veículos espaciais para fins civis e militares. Presente no mercado nacional e internacional, a empresa tem sede em Jacareí, no interior de São Paulo, e desenvolve diferentes motores foguetes para a Marinha do Brasil e para a Força Aérea Brasileira, além de produzir sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) - o Falcão. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Educação Financeira #297: Qual a melhor forma de dividir as contas em casal?

G1 Economia Influenciadoras Gabi Rezende e Michele Passa contam como dividem as contas com seus maridos. Além disso, Ana Zucato, fundadora da fintech para casais Noh, traz dicas de como cada casal pode ter uma relação harmoniosa com o dinheiro. O dinheiro ainda é um tabu para muitos casais. Lidar com as finanças pessoais junto a um parceiro, segundo especialistas, é uma das principais razões que podem levar ao divórcio. Para evitar a infidelidade financeira e outros problemas com dinheiro, educadores financeiros recomendam que os casais tenham conversas abertas sobre o tema e definam, de forma muito clara, qual modelo de divisão de gastos melhor se encaixa à realidade de cada um. Neste episódio do podcast Educação Financeira, as influenciadoras Gabi Rezende e Michele Passa contam como dividem as contas com seus maridos. Além disso, Ana Zucato, fundadora da fintech para casais Noh, traz dicas de como cada casal pode ter uma relação harmoniosa com o dinheiro. OUÇA O PODCAST ABAIXO: * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja Mais

Agricultores do Paraná investem na produção de sorgo, cereal usado para preparo de ração animal

G1 Economia Facilidade de manejo e baixo custo de produção estão entre atrativos da cultura. Agricultores do oeste do Paraná investem na produção de sorgo Um grão fino, que brota de uma cultura rústica, vem conquistando agricultores no oeste do Paraná: é o sorgo, usado para o preparo de ração animal. Jocemar Smolki foi um dos que investiram na cultura. ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ? Siga o canal do g1 PR no Telegram Na propriedade em Toledo, ele cultivou 80 hectares e gostou do resultado. “Quis apostar [na cultura] esse ano devido à estiagem que tivemos aqui na região, que afetou o milho, e o sorgo não afetou tanto”, ele disse. Agricultores do oeste do Paraná investem na produção de sorgo Facilidade de manejo e baixo custo de produção estão entre atrativos da cultura. O grão também pode ser uma opção para silagem e nutrição animal. E para ajudar o agricultor na decisão do que plantar no inverno, um bom caminho é buscar orientação técnica. “Ele tem uma redução de custos, mas também tem uma redução de preço”, disse Lissandro Sarolli, chefe regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento em Cascavel. “Junto com o técnico, o agricultor pode decidir se é melhor plantar milho ou sorgo, isso é de caso a caso.” LEIA TAMBÉM: Crime: Homem dispara submetralhadora e mata duas pessoas em distribuidora bebidas de Almirante Tamandaré Confira lista: Inmet emite alerta para risco de geada em 58 cidades do Paraná Investigação: Suspeito de ser um dos chefes do PCC é preso no Paraná VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná Veja Mais

Clima atrapalha, mas preço do gengibre melhora na roça

G1 Economia Apreciado por muitos, o gengibre é usado para dar aquele sabor especial em receitas, além de seus fins medicinais no preparo de chás, para aumentar a imunidade. Clima atrapalha, mas preço do gengibre melhora na roça Reprodução/TV TEM O gengibre é uma planta de origem asiática e, no Brasil, é cultivado principalmente em dois lugares: no Espírito Santo e no sudeste de São Paulo. Em Tapiraí (SP), a colheita já começou e, embora o clima não tenha ajudado muito, os preços pagos aos produtores melhoraram em comparação à safra anterior. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp As plantações são feitas na Serra de Paranapiacaba, onde o solo é mais arenoso e o clima é mais ameno na maior parte do ano. Porém, as temperaturas surpreenderam e atrapalharam muito nos últimos meses. A planta pode atingir mais de um metro de altura, só que a parte que mais interessa ao produtor está debaixo da terra: o rizoma, uma espécie de caule subterrâneo. No ano passado, o produtor Francisco Fernandes colheu 10 mil caixas de 20 quilos. Atualmente, devido ao clima, a safra deve render em torno de sete mil caixas. O problema ficou bem visível no tamanho das placas da planta. O agricultor produz gengibre em três hectares, e vai colhendo aos poucos, conforme a demanda. É um período bom para aproveitar. A previsão é manter a produção até março do ano que vem. O agricultor Célio Fernandes investiu na plantação, aumentando a área de produção em cerca de dois hectares. A primeira colheita está sendo realizada neste ano. Além do solo de primeiro plantio ter uma qualidade melhor para o gengibre, o ataque de pragas e doenças é mais difícil. Quando as encomendas chegam, o trabalho é feito até mesmo debaixo de chuva. As 15 mil caixas previstas significam R$ 5 mil a mais que a safra anterior. Um diferencial que tem atraído quem trabalha com gengibre no município é o preço. Com menos oferta, ele ficou mais valorizado. Veja a reportagem exibida no programa em 02/06/2024: Clima atrapalha, mas preço do gengibre melhora na roça VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Plano Safra terá estímulo a plantio de alimentos básicos para formação de estoques públicos, diz ministro da Agricultura

G1 Economia Em entrevista ao g1, Fávaro disse que o objetivo é garantir abastecimento interno e minimizar perdas por eventos climáticos. Agricultores devem ser incentivados a plantar produtos como arroz, feijão, mandioca, trigo, em diferentes regiões do país. Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em foto do dia 9 de novembro de 2023. Guilherme Martimon/MAPA O próximo Plano Safra deve estimular o plantio de produtos básicos da alimentação brasileira para a formação de estoques públicos, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao g1. O programa, anunciado sempre no mês de junho, tem o objetivo de estimular a produção agropecuária por meio de empréstimos a juros mais baixos. A formação de estoques, segundo ele, servirá para garantir o abastecimento nacional em caso, por exemplo, de perdas na produção agrícola ou pecuária por extremos climáticos, como secas ou fortes chuvas. As recentes cheias históricas no Rio Grande do Sul fez com que o governo decidisse zerar a taxa de importação de arroz e comprar o cereal de outros países, já que o estado detém 70% da produção do grão no país e enfrenta dificuldades para escoar a produção, além de perdas na lavoura. "A gente [precisa] diversificar a nossa produção, tirar do produtor a opção de só plantar soja, milho, algodão", afirmou o ministro. "Nós vamos lançar contratos de opções para esses produtos que são a base da alimentação brasileira. É o arroz, feijão, trigo, a mandioca e o milho, lógico, se transformando em carnes", acrescentou Fávaro. O milho serve como ração para os animais. Como funciona o contrato de opções? Se um produtor de trigo, por exemplo, decide fechar um contrato de opção com o governo, ele passa a ter o direito – mas não a obrigação – de vender a sua produção ao Estado, em uma data futura, por um preço previamente fixado. Se esse valor foi fixado em R$ 78 por saca, por exemplo, e as indústrias estiverem pagando mais na data futura, o produtor tem a liberdade de vender o seu trigo para as empresas privadas. Porém, caso o mercado esteja pagando menos, o agricultor tem a garantia de que o governo vai comprar o seu produto por aquele valor. "É o governo ajudando ter equilíbrio...e com números modestos. Não é voltar ao tempo que tinha superestoques públicos, onde o grande comprador concorrente é o poder público. [...] Não é esse o objetivo, mas é a presença do Estado para manter o equilíbrio e o abastecimento", disse Fávaro. "Por isso, este mistério, tem o nome também de 'Abastecimento' e uma empresa pública como a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] para cumprir o seu papel", acrescentou. No caso do arroz, por exemplo, os maiores estoques já registrados foram nos anos de 1988 e 1989, com cerca de 4,4 milhões de toneladas, segundo a série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Atualmente, eles estão zerados (veja info no final da reportagem). Os críticos dos estoques públicos argumentam que esta seria uma política intervencionista do Estado nos preços de mercado. Já seus defensores dizem que se trata de uma medida de soberania e segurança alimentar. Entenda se estoque de alimentos pode baratear a comida; especialistas divergem Mudanças climáticas Na entrevista ao g1, no último dia 20, Fávaro explicou que a possibilidade de compra de alimentos por parte do governo poderá estimular uma diversificação regional da produção agrícola, de forma a não deixar o país muito dependente da safra de um determinado local do país. "Vamos supor que o governo lance – é só hipotético esse número – [contratos de opções de] 1 milhão de toneladas de arroz, num preço razoável, no Nordeste brasileiro. E 1 milhão de toneladas de arroz, num preço razoável, na segunda safra do Centro-Oeste brasileiro. [Dessa forma], nós também estamos saindo também das intempéries climáticas porque eu estou pulverizando a produção em várias regiões", exemplificou. "Se der uma seca aqui, eu tenho arroz acolá, se der uma enchente aqui, eu tenho arroz lá, entendeu?" Outra frente para lidar com as perdas na produção por extremos climáticos é aumentar a quantidade de produtores rurais com seguro agrícola, pontuou o ministro. Uma das políticas públicas do governo nessa frente, por exemplo, é o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que oferece uma redução de 20% a 40% no custo do seguro para produtores de grãos, frutas, hortaliças, café, cana-de-açúcar, além de pecuária, florestas e pesca. "Temos que trabalhar melhor nosso seguro agrícola, ampliar a base, já que, hoje, a gente consegue desmistificar essa questão das mudanças climáticas", afirmou. "Até pouco tempo atrás, tinha uma resistência a isso. Hoje, olha o Mato Grosso, teve uma seca como há 40 anos que eu estou lá nunca tinha visto. Então, fica difícil as pessoas dizerem que não tem mudança climática", afirmou. "Um produtor do Centro-Oeste brasileiro não tinha interesse em fazer seguro rural porque, dificilmente, ele perdia a safra por intempérie climática, tinha uma estabilidade muito boa de clima. Já viu que não é assim." Para aumentar a base de participantes do seguro rural, Fávaro disse que é necessário dar um estímulo nas taxas de juros para os empréstimos via Plano Safra. "Talvez algum estímulo para aqueles que tomaram o Plano Safra ter um ‘jurinho’ um pouquinho mais barato. Mas ele tem que fazer seguro", destacou. Uma das demandas do setor é que o governo aumente o orçamento para o seguro rural. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o orçamento do PSR em 2023 era de R$ 1 bilhão, mas, ao longo do ano, foram cancelados R$ 130 milhões, enquanto a demanda do setor era de R$ 2 bilhões. Já em 2024, o orçamento caiu para R$ 940 milhões. Papel do agro no clima Questionado sobre qual é o papel do agro para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, Fávaro afirmou que "a maioria dos produtores têm boas práticas". "Veja que nós já estávamos estimulando o próprio Rio Grande do Sul a usar uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa chamada ‘365’. O que é isso? Todos os dias do ano tem cobertura verde na propriedade: se não é a cultura, é uma forrageira [uma planta, uma gramínea]. Com isso, você protege o solo no período de seca, faz uma boa drenagem", disse. "Estudos da Embrapa mostraram que, nas secas que tiveram no Rio Grande do Sul, os produtores que já estavam adotando essa tecnologia colhiam 20% a mais dos que não estavam", ressaltou. "Essas são tecnologias que serão estimuladas tanto no Plano Safra, como também no Programa Nacional de Conversão de Pastagens [Degradadas], que visa a ampliação da nossa produção de forma sustentada, combatendo o desmatamento." Uma pastagem é considerada degradada quando o solo perde parcial ou totalmente a sua capacidade de produzir plantas para alimentar o gado, por exemplo. No total, estima-se que o Brasil tenha, hoje, cerca de 177 milhões de hectares de pastagens, dos quais 109 milhões têm algum nível de degradação, segundo dados da Embrapa. O programa nacional de conversão foi lançado em dezembro de 2023 e a meta do governo é recuperar 40 milhões de hectares dessas áreas em dez anos. "Nós não precisamos de mais área desmatada para aumentar a nossa produção. O Brasil tem mais do que o suficiente pastagens que podem ser convertidas. Não há concorrência entre produzir e preservar", afirmou Fávaro. Leia também: Governo zerou imposto para importação de três tipos de arroz até dezembro Mercosul aumentou o preço do arroz em até 30% após Brasil anunciar leilão Arroz importado por governo terá rótulo próprio e preço tabelado Preço do arroz tem variação de mais de 100% nos mercados do DF, diz Procon Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, detalha auxílios aos produtores no RS em entrevista ao Globo Rural Veja Mais

Bolsa Família 2024: veja calendário de pagamentos em junho

G1 Economia Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Calendário do Bolsa Família 2024 é divulgado. MDS A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de junho do Bolsa Família no dia 17. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o benefício será pago durante os últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada — com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado. Há exceção também para os moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Governo Federal. Para essas pessoas, o pagamento será realizado de forma unificada, no primeiro dia do repasse, independentemente do número final do NIS. O Bolsa Família prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família. Há também os adicionais de: R$ 150 por criança de até 6 anos; R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos; R$ 50 por bebê de até seis meses. Confira o calendário do Bolsa Família para abril de 2024: Final do NIS: 1 - pagamento em 17/6 Final do NIS: 2 - pagamento em 18/6 Final do NIS: 3 - pagamento em 19/6 Final do NIS: 4 - pagamento em 20/6 Final do NIS: 5 - pagamento em 21/6 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/6 Final do NIS: 7 - pagamento em 25/6 Final do NIS: 8 - pagamento em 26/6 Final do NIS: 9 - pagamento em 27/6 Final do NIS: 0 - pagamento em 28/6 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 19/8 a 30/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 18/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 29/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família 2024: pagamentos começam nesta quinta-feira; veja calendário Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Veja Mais

Temu no Brasil: por que empresa virou ameaça para gigantes Shopee, Shein e Amazon

G1 Economia Empresa iniciou suas vendas no Brasil, acirrando a concorrência no varejo nacional. Estima-se que 152 milhões de americanos acessam a Temu todos os meses Getty Images via BBC A gigante chinesa de comércio eletrônico Temu começou nesta quinta-feira (6/6) a vender no Brasil. A empresa de comércio eletrônico é considerada uma "mistura de Shopee e Shein". Nos países em que já está em funcionamento, a gigante varejista chinesa enfrenta críticas, como as feitas por políticos no Reino Unido e nos EUA — uma investigação do governo americano concluiu que existe um "risco extremamente elevado" de que os produtos vendidos na Temu possam ter sido fabricados com trabalho análogo à escravidão. A Temu afirma que "proíbe estritamente" o uso de trabalho forçado, penal ou infantil por todos os seus vendedores. A empresa, que vende de tudo — de roupas a eletrônicos e móveis — foi lançada nos EUA em 2022 e mais tarde no Reino Unido e no resto do mundo. Desde então, ela tem liderado consistentemente os rankings globais de downloads de aplicativos, com quase 152 milhões de americanos usando a plataforma todos os meses, de acordo com dados coletados pela ferramenta de análise SimilarWeb. É a "Amazon turbinada", diz o analista de varejo Neil Saunders. Com o slogan "compre como um bilionário", a popularidade da plataforma explodiu, realizando entregas em cerca de 50 países em todo o mundo. A Temu gastou perto de US$ 1,7 bilhão em anúncios em 2023, de acordo com a SimilarWeb TEMU via BBC Marketing agressivo Durante a final deste ano do Super Bowl, principal partida de futebol americano nos EUA, foram veiculados seis comerciais de 30 segundos da Temu. Um comercial desses na final da competição custa cerca de US$ 7 milhões (R$ 35 milhões). "É muito dinheiro para um comercial muito curto", diz Saunders. "Mas ele é visto por um número enorme de pessoas e sabemos que depois daquele comercial os downloads da Temu dispararam", acrescenta. Os dados da SimilarWeb apontam que o número de visitantes individuais da plataforma em todo o mundo aumentou em quase 25% no dia do Super Bowl em comparação com o domingo anterior, com 8,2 milhões de pessoas navegando no site e no aplicativo. No mesmo período, os visitantes da Amazon e do Ebay caíram 5% e 2%, respectivamente. "Eles também gastaram muito dinheiro em micromarketing, convencendo influenciadores a promover produtos e sugerir compras na plataforma por meio de redes sociais como TikTok e YouTube", diz Saunders. Esses influenciadores normalmente têm menos de 10 mil seguidores, de acordo com Ines Durand, especialista em comércio eletrônico da SimilarWeb. "Os microinfluenciadores têm comunidades fortes, por isso seu apoio significa uma forte confiança nestes produtos", explica ela. A Temu é propriedade da gigante chinesa Pinduoduo Holdings — "um monstro no comércio eletrônico chinês", segundo Shaun Rein, fundador do China Market Research Group. "Em toda a China, todos compram produtos na Pinduoduo, desde caixinhas de som até camisetas ou meias", diz ele. Da fábrica para o cliente A empresa compete com a rival Alibaba pelo primeiro lugar entre as empresas chinesas mais valiosas listadas na bolsa de valores dos EUA. Seu valor atual é de pouco menos de US$ 150 bilhões (R$ 750 bilhões – a título de comparação, a Petrobras, empresa mais valiosa da bolsa brasileira está avaliada atualmente em R$ 478 bilhões). Com o mercado consumidor chinês sob seu domínio, a Pinduoduo Holdings expandiu-se para o exterior com a Temu, utilizando o mesmo modelo que garantiu seu sucesso anterior. Segundo Rein, que mora em Xangai, a empresa tornou-se uma grande fonte de orgulho e patriotismo. "Eles [os chineses] estão orgulhosos de que as empresas chinesas possam matar os dragões do comércio eletrônico dos Estados Unidos, como a Amazon", afirma. Uma rápida navegação pelo aplicativo ou pelo site da Temu traz de tudo, desde tênis com biqueira de aço até um dispositivo projetado para ajudar idosos e mulheres grávidas a calçar meias. A coleção variada de bens manufaturados é quase inteiramente produzida em fábricas na China, explica Rein. "A Temu usa um sistema incrível baseado na coleta de dados em grande escala", diz Ines Durand. "Eles coletam dados sobre tendências de consumo, os produtos mais pesquisados e clicados, e fornecem [essas informações] aos fabricantes individuais." Durand diz que, enquanto a Amazon vende estes dados aos fabricantes a um preço elevado, a Temu entrega gratuitamente aos produtores – informações que estes utilizam para "testar o mercado" com um número relativamente pequeno de produtos. A plataforma costuma usar imagens geradas por inteligência artificial para se manter atualizada com as últimas tendências, de modo que o produto à venda pode nem existir ainda, de acordo com Durand. Então eles são enviados ao consumidor por via aérea. "Isso significa que os produtos não precisam ser armazenados. Eles não precisam ir para estoques, uma vez que são enviados de avião, vão direto para o cliente", diz Ines Durand. A Temu envia produtos direto das fábricas na China para o cliente GETTY IMAGES via BBC Brecha tributária Um terço dos pacotes que chegaram aos EUA no ano passado, se aproveitando de uma brecha tributária, eram da Temu e da concorrente Shein, de acordo com um relatório do Congresso dos EUA. Muitos países têm um limite para a isenção de compras internacionais, concebido para ajudar os cidadãos a importar bens. No entanto, novas regulações podem estar no horizonte para fechar brechas no comércio internacional, de acordo com Mickey Diaz, diretora de operações da empresa global de frete Unique Logistics. "O Reino Unido já começou a olhar para a Temu com algum escrutínio, incluindo a venda de armas que de outra forma não seriam permitidas no Reino Unido, que estavam sendo importadas devido a essas brechas", explica ela. Questão trabalhista A Temu também tem sido criticada com relação às suas cadeias de fornecedores, com políticos do Reino Unido e EUA acusando a gigante do comércio eletrônico de permitir a venda no seu site de bens produzidos com trabalho análogo à escravidão. No ano passado, a deputada britânica Alicia Kearns, chefe do comitê seleto de relações exteriores, disse à BBC que queria um maior escrutínio do marketplace online para garantir que "os consumidores não contribuam inadvertidamente para o genocídio uigur". Kearns, que é membro do Partido Conservador do Reino Unido, se referia aos alegados abusos aos direitos humanos perpetrados pelo governo da China contra o povo uigur e outras minorias étnicas e religiosas. A Temu, por sua vez, afirma que "proíbe estritamente" o uso de trabalho forçado, penal ou infantil por todos os seus vendedores. A empresa disse ainda à BBC que qualquer um que faça negócios com ela deve "cumprir todos os padrões regulatórios e requisitos de conformidade". "Os comerciantes, fornecedores e outros terceiros devem pagar seus funcionários e contratados em dia e cumprir todas as leis locais aplicáveis sobre salários e horários", disse um porta-voz da varejista. "Nossos padrões e práticas atuais não são diferentes de outras grandes plataformas de comércio eletrônico em que os consumidores confiam, e as acusações a esse respeito são completamente infundadas", acrescentou o representante. Apesar das polêmicas, analistas esperam maior expansão para a Temu. "Provavelmente veremos as equipes começarem ampliar sua oferta, talvez apostando em alguns produtos com preços ligeiramente mais elevados", prevê o analista de varejo Neil Saunders. Segundo Shaun Reid, o foco será conquistar uma fatia ainda maior do mercado. "Nos próximos dois ou três anos, a estratégia deles será apenas aumentar o reconhecimento da marca e a participação no mercado. Eles não se importam com os lucros", afirma. "Foi exatamente isso que aconteceu com a Pinduoduo quando foi lançada na China. Eles estavam oferecendo produtos incrivelmente baratos apenas para conquistar participação de mercado." *Com a colaboração da BBC News Brasil para informações referentes ao Brasil. Veja Mais

Quem são as mulheres mais ricas do mundo e de onde vêm as fortunas delas

G1 Economia Topo da lista fica com a empresária francesa Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Oréal, conforme ranking de bilionários da Forbes. Na lista geral, com homens e mulheres, ela ocupa o 15º lugar. Françoise Bettencourt Meyers é a primeira mulher a alcançar uma fortuna de mais de US$ 100 bilhões Francois Mori/AP A empresária francesa Françoise Bettencourt Meyers, primeira mulher a alcançar uma fortuna de mais de US$ 100 bilhões (R$ 527,1 bilhões), lidera o ranking da Forbes de mulheres mais ricas do mundo. Ainda assim, na lista geral que inclui homens e mulheres, a herdeira da L'Oréal ocupa o 15º lugar. O líder do ranking geral é o dono da Tesla, Elon Musk, com uma fortuna estimada em US$ 210,2 bilhões (R$ 1,1 trilhão). Já o segundo homem mais rico do mundo é o francês Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH, que acumula um patrimônio de US$ 209,4 bilhões. Entre as mulheres, a segunda mas rica do mundo é Alice Walton, herdeira do Walmart, com fortuna estimada em US$ 78,9 bilhões. Ela ocupa a 21ª posição no ranking geral. Na sequência, vem Julia Koch, herdeira da Koch Industries, com patrimônio de US$ 65,6 bilhões. A cifra garante à empresária a 23ª posição no ranking geral de bilionários da Forbes. Veja o top 10 entre as mulheres mais ricas do mundo e de onde vêm as fortunas delas: Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Oréal, com US$ 100,1 bilhões (15º lugar geral) Alice Walton, herdeira do Walmart, com US$ 78,9 bilhões (21º lugar geral) Julia Koch, herdeira da Koch Industries, com US$ 65,6 bilhões (23º lugar geral) Jacqueline Mars, herdeira da Mars, com US$ 38,8 bilhões (34º lugar geral) Savitri Jindal, herdeira do Jindal Group, com US$ 38,1 bilhões (39º lugar geral) Rafaela Aponte-Diamant, sócia da MSC, com US$ 36,4 bilhões (44º lugar geral) MacKenzie Scott, acionista da Amazon, com US$ 34,5 bilhões (47º lugar geral) Gina Rinehart, empresária de mineração, com US$ 30,8 bilhões (52º lugar geral) Abigail Johnson, herdeira da Fidelity Investments, com US$ 29,4 bilhões (57º lugar geral) Iris Fontbona, empresária de mineração, com US$ 29,3 bilhões (59º lugar geral) Quem é a 1ª mulher do mundo a acumular meio trilhão de reais Quem é Françoise Bettencourt Meyers Françoise é a atual vice-presidente do conselho da L'Oréal, a maior empresa de cosméticos e beleza do mundo. Ela é filha única e herdeira de Liliane Bettencourt e neta do fundador da companhia, Eugène Paul Louis Schueller. Em 2017, quando sua mãe faleceu aos 94 anos, Françoise se tornou a herdeira direta da L'Oréal e passou a ter 33% das ações da companhia. Um ano depois, em 2018, ela apareceu pela primeira vez na lista de bilionários. Françoise é a mulher mais rica do mundo desde 2021, segundo a Forbes. Em 2022, a executiva encerrou o ano na 14ª colocação dos maiores bilionários. Ela é a segunda francesa na lista dos mais ricos, ficando atrás apenas de Bernard Arnault. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 Veja Mais

Texto da taxação das compras internacionais cria desconto de US$ 20 para compras até US$ 3 mil

G1 Economia O texto final do projeto que taxa compras internacionais de até US$ 50 foi aprovado com um dispositivo que garante desconto de US$ 20 em compras de produtos entre US$ 50 e US$ 3 mil. O dispositivo foi inserido pelo relator da proposta Átila Lira (PP-PI), ainda durante a primeira tramitação na Câmara dos Deputados. Esse desconto não constava na versão original do projeto. A proposta foi votada e aprovada pelo Senado na quarta-feira (5) à noite, após uma longa discussão entre os parlamentares. De acordo com o trecho da proposta, a tributação dos produtos importados entre US$ 50 e US$ 3 mil será de 60% e receberá um desconto de US$ 20 no valor total do imposto. Posteriormente, ainda incidirá o ICMS de 17%. Assim, na prática, compras de US$ 100 terão um a taxação de US$ 60, mas com o desconto, deverão pagar US$ 40. Ou seja, a alíquota real acaba reduzindo de 60% para 40% e assim por diante de acordo com a variação nos valores das compras. Com isso, o dispositivo cria uma possibilidade de se comprar itens importados acima do valor de US$ 50 com uma taxa gradativa, que vai acabar variando de 20,01% e vai até 59,33%. Durante a sessão de quarta-feira, o trecho, que também cria a taxa de 20% para compras internacionais de até US$ 50, foi alvo de críticas e tentativas de retirada, mas acabou sendo vencido pelo governo e mantido na proposição. O líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), garantiu que Lula vai confirmar (sancionar) o imposto sobre as compras internacionais de até US$ 50. Até para cumprir acordo feito entre parlamento e equipe econômica. O presidente Lula chegou a cogitar rejeitar (vetar) a medida. A Secretaria da Receita Federal informou que a isenção para compras internacionais de até US$ 50, se fosse mantida, resultaria em uma "perda potencial" de arrecadação de R$ 34,93 bilhões até 2027. Polêmica em torno da taxa Como muitas dessas pequenas compras feitas do exterior são de consumidores brasileiros em sites chineses, o texto ficou conhecido como "Taxa das Blusinhas", em referência ao produto frequentemente adquirido nessa modalidade. O varejo interno no Brasil queria a taxação, porque alega que, do contrário, os produtos chineses se tornam concorrência desleal dentro do país. Mas a medida é impopular com grande parte da sociedade, já que a compra desses produtos é bastante difundida. No início do debate sobre taxação, até a primeira-dama, Janja da Silva, defendeu a isenção dos produtos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se manifestou favorável à taxação. Ele ficou insatisfeito quando, a terça-feira (4), por falta de consenso, o Senado adiou a votação. Lira disse que, se a taxação caísse, o Mover cairia junto. O tema passou até mesmo pela eleição municipal de Alagoas. O prefeito e candidato à reeleição, JHC, teria convidado Rodrigo Cunha, o relator, para ser seu vice na chapa. Lira não gostou, porque queria uma prima como vice. O movimento de Cunha, ao separar a taxação do projeto principal, foi visto como uma reação a Lira. Mas o senador nega tanto essa intenção quanto o convite para vice de JHC. Veja Mais

Quem é a primeira mulher do mundo a acumular uma fortuna de meio trilhão de reais

G1 Economia A francesa de 70 anos é herdeira da L'Oréal e tem um patrimônio estimado em US$ 100,4 bilhões, ou R$ 527,1 bilhões, na atual cotação do dólar. Quem é a 1ª mulher do mundo a acumular meio trilhão de reais A mulher mais rica do mundo conquistou um novo recorde nesta quarta-feira (5). Agora, Françoise Bettencourt Meyers também é a primeira mulher a alcançar uma fortuna de mais de R$ 500 bilhões. A francesa de 70 anos é herdeira da L'Oréal e tem um patrimônio estimado em US$ 100,4 bilhões, ou R$ 527,1 bilhões, na atual cotação do dólar. Ela ocupa a 15ª posição do ranking de bilionários da Forbes, depois de um incremento de milhões de dólares em sua fortuna, na véspera. Françoise é a atual vice-presidente do conselho da L'Oréal, a maior empresa de cosméticos e beleza do mundo. Ela é filha única e herdeira de Liliane Bettencourt e neta do fundador da companhia, Eugène Paul Louis Schueller. Foi só em 2017, quando sua mãe faleceu aos 94 anos, que Françoise se tornou a herdeira direta da L'Oréal e passou a ter 33% das ações da companhia. Um ano depois, em 2018, ela apareceu pela primeira vez na lista de bilionários. Desde 2021, Françoise é também a mulher mais rica do mundo, segundo a Forbes. Em 2022, a executiva encerrou o ano na 14ª colocação dos maiores bilionários. Ela é a segunda francesa na lista dos mais ricos. Bernard Arnault, presidente e diretor executivo da LVMH, controladora da marca de luxo Louis Vuitton, ocupa o primeiro posto do ranking, como o homem mais ricos do mundo, com uma fortuna de mais de US$ 209 bilhões. LEIA TAMBÉM Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes em 2024 Éder Militão x Karoline Lima: como deve ser a pensão alimentícia de um pai milionário? Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Françoise e a L'Oréal Françoise é membro do conselho da L'Oréal desde 1997. A empresa tem atuação em 130 países, conta com um portfólio de 35 marcas e seus principais mercados são Estados Unidos, França, China, Alemanha e Brasil. Embora a fortuna da família Bettencourt e da L'Oréal já fossem expressivas antes de Françoise se tornar a herdeira direta, desde 2017, a executiva triplicou seu patrimônio com investimentos que valorizaram os papéis da empresa na bolsa de valores. Em 2021, segundo dados da Bloomberg, a empresa se recuperou da pandemia graças à oferta diversificada de produtos. Françoise também é escritora, pianista e filantropa. A executiva também preside a fundação filantrópica da família, que incentiva e participa de projetos na ciência e na arte na França. Os mais ricos do mundo Atualmente, este é o top 10 de maiores bilionários: Bernard Arnault, CEO da LVMH, controladora da grife Louis Vuitton, com US$ 209,3 bilhões Elon Musk, CEO da Tesla, com US$ 208,4 bilhões Jeff Bezos, fundador da Amazon, com US$ 201,5 bilhões Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, com US$ 174 bilhões Larry Ellison, cofundador da Oracle, com US$ 115,6 bilhões Larry Page, cofundador do Google, com US$ 145,6 bilhões Sergey Brin, cofundador do Google, com US$ 139,5 bilhões Warren Buffett, megainvestidor, com US$ 135,1 bilhões Bill Gates, fundador da Microsoft, com US$ 130,6 bilhões Steve Ballmer, ex-CEO da Microsoft, com US$ 125,1 bilhões Veja Mais

Lucro dos bancos bate recorde e soma R$ 145 bilhões em 2023, aponta Banco Central

G1 Economia Informações constam do Relatório de Economia Bancária de 2023. Recorde foi registrado em ano de juros básicos em alto patamar. Governo pressiona pela redução da Selic. Santander, Itaú e Bradesco na disputa contra a concorrência dos bancos digitais Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo/Arquivo; Itaci Batista/Estadão Conteúdo/Arquivo O lucro líquido dos bancos subiu 5% em 2023, para R$ 145 bilhões, e bateu novo recorde histórico, informou nesta quinta-feira (6) o Banco Central. A instituição não informou qual o valor ajustado exato do lucro de 2022. O aumento do lucro das instituições financeiras aconteceu em um ano no qual a taxa básica de juros da economia, fixada pelo Banco Central para conter a inflação, ficou em 13,75% ao ano até meados junho do ano passado – um patamar elevado, em termos reais, na comparação internacional. A taxa Selic começou a cair somente em agosto de 2023, terminando o último ano em 11,75% ao ano, nível ainda alto na comparação internacional. "Ao longo de 2023, o retorno do crédito aumentou, influenciado pelo peso das safras recentes nas receitas de crédito contratadas a taxas mais altas. O custo de captação também se elevou no período, mas apresentou redução no quarto trimestre em decorrência da queda da taxa Selic a partir de agosto", informou o BC. O patamar da taxa básica de juros da economia brasileira tem sido criticada recorrentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O BC goza de autonomia em sua atuação, sendo que a atual diretoria, inclusive Roberto Campos Neto, presidente da instituição, foi indicada, em sua maioria, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O Banco Central tem argumentado que sua atuação, na fixação da taxa de juros, é técnica, e busca conter a inflação. Em seus documentos, a instituição informa que um patamar mais alto de inflação prejudica, principalmente, a população de baixa renda. Segundo o Banco Central, a elevação da margem bruta de lucro das instituições financeiras "tende a continuar à medida que os efeitos da queda da taxa Selic permaneçam reduzindo o custo de captação de forma mais rápida que o retorno do crédito". Racha no Copom Copom se dividiu sobre o risco de reputação por ter indicado um corte maior de juros A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em maio, registrou divisão na diretoria do Banco Central sobre o ritmo de corte da taxa de juros – o que gerou nervosismo no mercado financeiro. À ocasião, o Copom decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa Selic – que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano. Entenda o que ocorreu: Quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. O "racha" no Copom teve efeito negativo no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula – com maioria no Copom a partir de 2026 –, possa ser mais leniente com a inflação, em busca de um ritmo maior de crescimento da economia. Veja Mais

Dólar em disparada: entenda a alta da moeda e o que vem pela frente

G1 Economia Moeda norte-americana já acumula ganhos de mais de 9% até agora. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik Em trajetória de alta desde janeiro, o dólar caminha para recuperar as perdas dos últimos dois anos. Considerando o fechamento da véspera, quando encerrou com um avanço de 0,23%, a R$ 5,2971, a moeda norte-americana acumula ganhos de 9,16% em 2024 até agora – o que já compensa toda a perda que registrou em 2023, de 8,06%. O movimento, segundo especialistas, reflete uma série de fatores que têm influenciado na cotação da moeda dos Estados Unidos – considerada a mais forte do mundo. Entre eles: A política monetária dos EUA; A balança comercial brasileira; O quadro fiscal do Brasil Entenda nesta reportagem como cada um desses fatores influencia na cotação do dólar e o que esperar para a moeda à frente. A política monetária dos EUA Segundo especialistas, parte do que explica a força do dólar ao longo de 2024 é a mudança de sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre a condução dos juros nos Estados Unidos desde o começo do ano. Nos últimos meses, sinais de um mercado de trabalho aquecido e de uma atividade ainda forte continuaram a trazer preocupações para o BC norte-americano sobre a trajetória de inflação na maior economia do mundo – o que acabou postergando o início do ciclo de cortes de juros pela instituição. Assim, se em janeiro a maioria projetava que o início do ciclo de cortes pelo BC dos EUA seria em maio, atualmente a maior parte do mercado (58,7%) aposta na chance de o Fed reduzir suas taxas apenas na reunião de setembro. As mudanças acabaram trazendo dúvidas quanto ao futuro dos juros nos EUA ao longo dos meses. Esse cenário também ajuda a explicar a valorização do dólar, uma vez que a moeda é vista como uma proteção para a carteira de investimentos e tende a ser procurada em momentos de incerteza – o que aumenta o seu preço pela lei de oferta e demanda. Em sua última decisão de política monetária, em 1º de maio, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mais uma vez votou pela manutenção das taxas básicas dos EUA no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar desde 2001. A balança comercial brasileira Outro ponto citado pelos especialistas foi a piora da balança comercial brasileira. Vale reforçar que, no ano passado, a balança comercial brasileira ultrapassou os US$ 98 bilhões, no maior valor da série histórica. Assim, dizem os especialistas, também é normal que haja uma eventual correção de mercado. “A balança comercial está prejudicada neste ano, com a exportação de minério de ferro e petróleo enfraquecida por conta de uma demanda menor vinda do exterior. Não vamos exportar na mesma quantidade que no ano anterior”, avalia o economista da CM Capital Matheus Pizzani. A balança comercial do país é a diferença entre o que o país exporta ou importa. Essa variação influencia no dólar da seguinte maneira: Quando as exportações estão melhores que as importações, o Brasil vende mais produtos para fora e recebe dólares por isso. Com muita moeda na praça, o preço cai. E quando as importações estão melhores, o país compra mais itens lá fora e paga com os dólares. Então, mais moedas saem do país e o preço sobe. Pizzani diz, ainda, a menor demanda internacional também está relacionada às movimentações de juros vistas nos Estados Unidos. “No final do ano passado, o mercado começou a precificar o início do ciclo da queda de juros nos Estados Unidos no primeiro semestre. Mas o Fomc não fez e [o corte] só deve vir no segundo semestre. Esse movimento de reprecificação gera uma redução colossal na liquidez internacional”, explica. Após disparada, dólar tem leve alta hoje: R$ 5,29 O quadro fiscal do Brasil Por fim, o quadro fiscal brasileiro também tem sido contabilizado pelos economistas e visto como um dos fatores que ajudou a desvalorizar o real nos últimos meses. Em abril desse ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma mudança na projeção fiscal do Brasil. A nova previsão passou a ser de déficit zero para 2025 — e não mais de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), como previsto até o ano passado. Na leitura do mercado, a mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos – mesmo em um cenário de dificuldade do governo em aumentar as receitas e apenas no segundo ano de existência do novo arcabouço fiscal. “Ainda que o mercado já tivesse uma projeção pior para o fiscal, quando o governo ‘desiste’ daquelas metas com uma antecedência tão grande, sugere que a postura deve ser menos austera do que se imaginava”, diz o economista-chefe do PicPay, Marco Caruso Ainda segundo o especialista, soma-se a isso a votação rachada do último Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Copom: voto de Campos Neto racha diretoria antiga e sucessores; entenda por que isso é importante Isso ainda existe no ar uma incerteza sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Campos Neto se encerra no fim de 2024. E os preferidos para ocupar o seu lugar são Gabriel Galípolo, ex-número 2 de Haddad, e o economista Paulo Pichetti. Ambos são diretores da instituição e votaram por um corte maior de juros. Juros mais baixos podem significar mais impulso à atividade econômica, mas também uma inflação rodando possivelmente em nível mais elevado. É uma mudança de posição em relação à gestão atual, que em geral é mais cautelosa no momento de reduzir os juros por um receio de perda de controle dos preços no país. “Isso sugere que o juro praticado pelo Brasil pode ser mais baixo do que supostamente uma regra monetária sugeriria. E menos juros, menor atração de capital”, completa Caruso. O que esperar à frente? Segundo os especialistas, há pouca margem para uma mudança de cenário no curto prazo. Para Pizzani, da CM Capital, a expectativa é que o Fed continue a segurar as taxas de juros inalteradas nos Estados Unidos ao longo do próximo trimestre e que a balança comercial brasileira continue sem muita pujança em termos de saldo. Já de acordo com Caruso, do Picpay, a variação negativa dos preços das commodities e a menor demanda internacional pode continuar a pressionar uma valorização do dólar ante o real. “Nossos termos de troca deram uma piorada. Isso significa que o preço do que a gente exporta cedeu e está com uma dinâmica pior do que os preços do que a gente importa”, afirma o economista. “Além disso, também começou-se a discutir se o mundo não vai ter um crescimento menor na segunda metade do ano, o que também bate nos preços das commodities para baixo. Isso tudo também conversa com um real mais desvalorizado”, acrescenta Caruso. Ainda segundo os especialistas, a estimativa é que só haja uma melhora do cenário para o câmbio no final do ano. Veja Mais

Quanto custarão as compras internacionais com o fim da isenção de impostos até US$ 50

G1 Economia Senado aprovou chamada "taxa das blusinhas" nesta quarta-feira. O texto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, vai para sanção do presidente Lula, que pode manter ou vetar. Arara de roupas coloridas, comércio, e-commerce, compras internacionais freepik O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (5) a taxação de compras internacionais de até US$ 50. O texto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, vai para sanção do presidente Lula, que pode mantê-lo ou vetá-lo. Após sanção, os produtos com preços de até US$ 50 serão tributados com um imposto de importação de 20%, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17% — e que já existia. Seguindo as regras aduaneiras, os 20% do imposto de importação serão cobrados em cima do valor do produto (mais eventuais cobranças de frete ou seguro), enquanto os 17% do ICMS vão incidir sobre o valor da compra já somado ao imposto de importação, explica Fabio Florentino, sócio da área tributária do escritório Demarest. O g1 também consultou o advogado tributarista Igor Souza, sócio do escritório Souza Okawa Advogados, para elaborar estes cálculos. ????POR EXEMPLO: Uma compra que, no total, custe US$ 50 terá a cobrança, primeiro, dos 20% do imposto de importação, passando a custar US$ 60 para o consumidor final. Depois, haverá a incidência dos 17% do ICMS sobre esses US$ 60, com o valor final para o consumidor chegando a US$ 72,29 — ou cerca de R$ 390,36, com a atual cotação do dólar turismo. Atualmente, com a isenção de imposto de importação para compras de até US$ 50, o ICMS seria cobrado apenas em cima do valor da compra, os US$ 50, custando para o consumidor US$ 60,24 (ou R$ 325,30), uma diferença de R$ 65. A taxação foi inserida, durante tramitação na Câmara, em um projeto sobre outro tema, que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), cujo objetivo é reduzir as taxas de emissão de carbono da indústria de automóveis até 2030. A Câmara só vai ter que deliberar novamente sobre pontos alterados pelo Senado. Não é o caso da taxação. Portanto, essa parte vai para sanção do presidente Lula, que pode manter ou vetar. Os debates sobre a taxação de compras internacionais vêm acontecendo desde o ano passado e, mais recentemente, chegaram até a gerar um bate-boca entre parlamentares e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Entenda a cronologia dos fatos mais abaixo) Quer saber como ficam os preços dos produtos que você está pesquisando? Simule na calculadora do g1: Veja abaixo outros exemplos de quanto alguns produtos podem custar. Barbara Miranda/g1 Impostos devem equilibrar a disputa entre indústria nacional e e-commerces estrangeiros Para Fabio Florentino, da Demarest, a volta da cobrança do imposto de importação para compras de até US$ 50 é uma medida que pode beneficiar as empresas brasileiras, para que fiquem em "pé de igualdade, sobretudo, com os e-commerces da China". "Esses sites já têm uma série de vantagens em relação às empresas brasileiras, como uma mão-de-obra mais barata e muito mais acesso à tecnologia, o que torna o produto muito mais barato. Se não houver um imposto quando o produto chega ao país para o consumidor, fica impossível das empresas nacionais competirem", afirma. O advogado Flávio de Haro Sanches, da CSMV Advogados, compartilha do mesmo ponto de vista e destaca que, além do cenário mais justo para a competição, as empresas brasileiras também tem processos que fazem com que os produtos produzidos aqui sejam averiguados com critérios muito mais rigorosos que aqueles que vêm de outros países. "Mesmo que o governo exija das empresas estrangeiras regras para assegurar os produtos, é muito mais difícil ter controle sobre eles do que os que são feitos aqui", pontua Sanches. Em nota, a Shein, um dos e-commerces estrangeiros mais populares do país, afirmou que enxerga como um retrocesso o fim da isenção do imposto de importação. "Uma vez que ele nunca teve função arrecadatória, a decisão de taxar remessas internacionais não é a resposta adequada por impactar diretamente a população brasileira", diz a companhia. Como é a cobrança do imposto atualmente? Desde agosto do ano passado, o governo vinha isentando as compras internacionais feitas na internet de até US$ 50. A medida foi implementada por uma portaria publicada em junho pelo Ministério da Fazenda. De acordo com as regras, as empresas que aderissem ao programa Remessa Conforme, da Receita Federal, e recolhessem o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), estariam isentas da cobrança. O programa do Fisco também estabelecia uma série de critérios que as empresas do comércio eletrônico devem seguir, tais como: O repasse dos impostos cobrados; O detalhamento de informações sobre valores de impostos, tarifas postais e demais despesas para o consumidor; Os pacotes enviados ao consumidor devem conter, de maneira visível e no campo do remetente, a marca e o nome da empresa vendedora; O combate ao descaminho e ao contrabando; O recolhimento de ICMS, atualmente com uma alíquota de 17%. Como tudo aconteceu? As discussões sobre como o governo deve taxar as compras internacionais vêm acontecendo desde o ano passado. À época, o governo tentou retirar a isenção para compras de até US$ 50 — que valia apenas para remessas internacionais entre pessoas físicas —, sob o pretexto de que varejistas do exterior se usavam disso para burlar o Fisco. A iniciativa teve uma má repercussão e, após idas e vindas, o governo decidiu criar o programa Remessa Conforme. Em suma, as varejistas que se cadastrassem no programa pagariam apenas o recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a ser de 17% para todo o país. A decisão foi mal-recebida pela indústria e pelo varejo domésticos, que continuamente diziam que a medida trazia um desequilíbrio de competitividade. Entenda, agora, a cronologia dos fatos: 11 de abril de 2023 Em abril do ano passado, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal anunciaram a extinção da isenção para o comércio internacional entre pessoas físicas. A decisão foi reafirmada ao g1 três dias depois, em 14 de abril, pela Casa Civil da Presidência da República e pela Fazenda. Isso porque, segundo o governo, a isenção de transações internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas vinha sendo usada de maneira irregular por varejistas internacionais. Ainda de acordo com as pastas, essas empresas estariam se “disfarçando” de pessoas físicas para enviarem encomendas de forma fracionada para compradores brasileiros. O objetivo seria não pagar o Imposto de Importação (de 60%), cobrado de todas as compras de importados. 18 de abril de 2023 Com a má repercussão da medida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu o recuo da decisão, tendo solicitado à equipe econômica que buscasse resolver a questão de forma administrativa, com reforço na fiscalização. Em conversa com jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad ressaltou que a isenção era apenas para pessoas físicas e que o governo buscaria formas para aumentar a fiscalização e taxar empresas que burlassem as regras para receber o benefício de forma irregular. "O presidente nos pediu ontem para tentar resolver isso do ponto de vista administrativo. Ou seja, coibir o contrabando. Nós sabemos aí que tem uma empresa que pratica essa concorrência desleal, prejudicando todas as demais empresas, tanto do comércio eletrônico quanto das lojas que estão abertas aí, sofrendo a concorrência desleal dessa empresa", disse Haddad à época. 30 de junho de 2023 Em junho, a Fazenda publicou uma portaria com as novas regras para compras internacionais feitas pela internet. Pela norma, o governo deixaria de cobrar o Imposto de Importação de compras on-line desde que as empresas aderissem ao programa Remessa Conforme, da Receita Federal. Em suma, quem se cadastrasse pagaria apenas o recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado em compras feitas em plataformas online de varejistas internacionais, que passou a ser de 17% para todo o país. Pela portaria, empresas que não cumprissem com as novas regras do governo continuariam sendo taxadas pelo Imposto de Importação de 60%. 1º de agosto de 2023 As normas de isenção de impostos para compras internacionais de até US$ 50 para as empresas que aderissem ao Remessa Conforme passaram a valer em agosto de 2023. À época, especialistas disseram em entrevistas ao g1 que os consumidores poderiam sentir algumas diferenças nos preços com o novo programa. Nas compras abaixo de US$ 50, por exemplo, apesar da isenção da taxa de importação, a incidência do ICMS, com alíquota de 17% — que muitas vezes não acontecia devido à dificuldade de fiscalização por parte da Receita —, ainda pode trazer impactos nos preços. Já no caso das compras acima de US$ 50, embora a tributação continue a mesma, a expectativa é que as regras de conformidade do novo programa mitiguem a sonegação de impostos, de maneira que empresas que antes usavam artifícios para driblar a cobrança, não conseguirão mais fazê-lo — o que também pode resultar em um eventual aumento de preços. Relembre o lançamento no vídeo abaixo. Compras internacionais de US$ 50: novas regras passam a valer nesta terça (1º) 2 de outubro de 2023 Em outubro, o g1 mostrou que clientes sentiram diferença no tempo de entrega de encomendas internacionais com as novas medidas — o que incentivava a aquisição de produtos vindos do exterior. A rapidez se dava porque a prestação de contas tributárias à Receita Federal era feita de forma antecipada, reduzindo os processos após a chegada dos pacotes, de forma que o Fisco só precisava fazer as checagens de segurança antes de liberar o envio. A medida continuou a trazer críticas por parte da indústria e do varejo nacionais. À época, a Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings (Ablos), por exemplo, afirmou que a medida trazia "muitos danos" ao país, reiterando que a "falta de isonomia tributária dos varejistas brasileiros com a isenção de impostos para as plataformas de marketplace estrangeiras teriam um impacto significativo no aumento do desemprego do setor". "Essa disparidade cria uma competição desleal entre os varejistas nacionais e estrangeiros, resultando em consequências negativas para a economia brasileira”, disse a associação em posicionamento divulgado na época. 29 de novembro de 2023 Em novembro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) chegou a dizer que o "próximo passo" do programa Remessa Conforme seria reinstaurar o imposto de importação para varejistas estrangeiras. "Foi feito o trabalho nas plataformas digitais para formalização dos importados, já começou a tributação de ICMS e o próximo passo é o imposto de importação, mesmo para os com menos de US$ 50", disse Alckmin à época. As falas voltaram a gerar uma repercussão negativa, o que fez com que o assunto esfriasse novamente. 22 de maio de 2024 No final de maio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou de uma audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, afirmou que o programa Remessa Conforme serviu para dar transparência ao problema de entrada de produtos que burlavam a Receita Federal. Haddad também indicou que a decisão de retomar as taxas será tomada em debate com o Congresso e com base em evidências. "O Remessa Conforme é para dar transparência para o problema. Saber quantos pacotes estão entrando, quanto custa, quem está comprando, para dar transparência para vocês tomarem a decisão. Tem que ter a coragem de tomar a decisão. Mas antes de tomar a decisão tem que se debruçar sobre o que está acontecendo no país", disse durante a audiência. Sua participação chegou até a gerar um bate-boca do ministro com o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que questionou a linha do PT de aumentar a arrecadação por meio de alta de tributos, e afirmou que teria havido uma briga entre deputados do PT e o governo na última semana sobre o assunto. Lula diz que 'tendência é vetar' possível fim da isenção a compras internacionais 23 de maio de 2024 No dia seguinte à participação de Haddad na audiência pública, o presidente Lula afirmou que a tendência no governo era vetar a retomada do imposto federal sobre importações de até US$ 50, se a volta da tributação for aprovada pelo Congresso Nacional. Ele afirmou, no entanto, que estava aberto a negociações. "Eu só me pronuncio nos autos do processo (risos). A tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar", afirmou Lula a jornalistas no Palácio do Planalto. 28 de maio de 2024 Após dias de negociação, o comando da Câmara dos Deputados fechou acordo com o governo federal para que o imposto de importação sobre compras internacionais de até US$ 50 fosse de 20% – bem menor que os 60% cobrados para compras superiores a esse valor. Os 20% foram aceitos pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a contrapartida de que Lula não vete a proposta. Com isso, a Câmara dos deputados votou e aprovou o projeto do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), na última terça-feira (28), que incluía a taxação de compras internacionais. 4 de junho de 2024 No dia da votação do programa Mover pelo Senado, em 4 de junho, o relator do projeto, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) afirmou que iria retirar da proposta o trecho que previa a retomada da taxação federal sobre importações de até US$ 50, afirmando que a medida é "estranha" à proposta original do programa. "Não é o momento ideal. Não será taxar as blusinhas que vai fazer co mque o país melhores de um dia para o outro", afirmou Cunha durante entrevista na terça-feira (4). O parlamentar alagoano disse que a tributação das “blusinhas” deve ser tratada de forma "apartada", ou seja, em outra proposta. Ele não deu uma previsão de quando o Senado voltará a discutir o tema. Veja Mais

TCU determina bloqueio automático de novos descontos para beneficiários do INSS e devolução de cobranças indevidas

G1 Economia Associações e sindicatos podem solicitar descontos nos benefícios, desde que apresentem autorização do aposentado ou pensionista. Porém falhas de fiscalização abrem brechas para fraudes. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (5) que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) faça o bloqueio automático do registro de novos descontos de empréstimo consignado ou mensalidade para aposentados e pensionistas. De acordo com a decisão do TCU, novos descontos só podem ser concedidos por meio de assinatura eletrônica e biometria do beneficiário, ou ainda da comprovação de existência de documentos previstos em instrução normativa do INSS. A norma do INSS diz que, para a concessão dos descontos, as associações precisam apresentar: ficha de filiação do beneficiário à associação, confederação ou entidade; termo de autorização do desconto, assinado pelo beneficiário, constando o seu número de CPF; cópia do documento de identidade. Contudo, o Instituto só faz a fiscalização periódica e por amostragem, o que abre brecha para cobranças indevidas. Nesta quarta-feira (5), o TCU decidiu que o INSS e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) têm 90 dias para implementar duas ferramentas, que permitam: a assinatura eletrônica e a biometria nos termos de filiação e autorização; bloqueio automático e desbloqueio prévio para cada registro de desconto. Ou seja, os benefícios estarão bloqueados para novos descontos, e, para permitir o débito, o aposentado ou pensionista precisará realizar o desbloqueio. Além disso, a Corte de Contas determinou que o INSS revalide todas as autorizações de descontos nos benefícios, usando como método de comprovação a assinatura eletrônica e biometria. O Instituto tem 120 dias para cumprir a determinação, sob pena de os descontos existentes serem excluídos automaticamente. PF prende 7 em operação contra fraude no INSS, no Rio e na Baixada Fluminense O TCU também estabelece que o INSS deverá adotar medidas para responsabilizar as entidades, associações e sindicatos com suspeita de fraudes na autorização dos descontos. Também deverá ressarcir os valores cobrados indevidamente aos beneficiários. "Como efeitos da irregularidade, foi constatada a dificuldade dos segurados de obter o ressarcimento dos valores descontados indevidamente, bem como o prejuízo e redução do poder de compra dos beneficiários que não percebem os valores associados aos descontos indevidos, e o favorecimento ao enriquecimento ilícito de entidades associativas inidôneas", aponta o ministro Aroldo Cedraz. Medidas adotadas pelo INSS Em março, o INSS publicou uma norma que exige a assinatura de acordos de cooperação técnica (ACTs) com o Instituto e de um contrato com a Dataprev por parte das associações, visando operacionalizar os descontos. A norma também exige que o desconto seja formalizado por meio de documentos com assinatura eletrônica e biometria. Além disso, a regra também limitou o desconto a 1% do teto do INSS. Como o teto é de R$ 7.786,02, o limite do desconto é de R$ 77,86. Segundo o TCU, o INSS avançou com a publicação da norma, mas "é urgente a adoção de medidas para que esses novos requisitos de segurança sejam postos em prática o mais rapidamente possível". O relator do processo na Corte de Contas, ministro Aroldo Cedraz, considerou ainda que o prazo de 180 dias após a publicação da norma do INSS para que sejam realizados o bloqueio para novos descontos "não é suficiente para inibir essa situação indesejada". Veja Mais

Governo divulga rótulo do arroz que será importado; pacote de 5 kg será vendido por R$ 20

G1 Economia No total, governo vai comprar 300 mil toneladas e as primeiras 100 mil vão chegar entre 10 de junho e 8 de setembro, de acordo com o edital. Associações de produtores criticam a medida. Imagem do rótulo do pacote de arroz que será vendido por governo federal. Reprodução A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na terça-feira (4) a imagem do rótulo que será colocado nas embalagens do arroz que o governo federal irá importar. O leilão de compra vai acontecer nesta quinta-feira (6). Os pacotes virão com os logotipos da Conab e da União, além do escrito "Produto Adquirido pelo Governo Federal". O produto terá um preço tabelado: será vendido em pacotes de 5 quilos por R$ 20 reais, ou seja, por R$ 4 o quilo, como o governo tem anunciado. A medida tem sido criticada por associações de produtores rurais, que a consideram intervencionista e um desestímulo à produção nacional. O setor entrou, inclusive, com um pedido na Justiça para suspender o leilão. Já o governo tem repetido que a intenção não é concorrer com o arroz do Brasil, mas garantir que o preço do alimento não suba muito ao consumidor após as enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do Brasil (entenda mais abaixo). No total, serão importadas 300 mil toneladas de arroz do Arroz Beneficiado, Polido, Longo fino, Tipo 1, o mesmo produzido pelo Brasil. O produto será entregue em três etapas: as primeiras 100 mil toneladas entre os dias 10 de junho e 8 de setembro; outras 100 mil entre os dias 9 de setembro e 9 de outubro; e o restante entre os dias 10 de outubro e 8 de novembro. Os pacotes serão entregues à venda direta para mercados de bairro, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais com ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas. Segundo edital do governo, os estados contemplados serão o Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. O governo não divulgou os países que irão participar do leilão. Os principais fornecedores de arroz para o Brasil são os vizinhos do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina), que, inclusive, chegaram a elevar em até 30% o preço do grão, após o governo brasileiro ter anunciado um leilão em maio, que acabou sendo cancelado. O governo brasileiro, no entanto, disse que tem sido procurado por embaixadores de outros países. Em maio, por exemplo, a indústria brasileira importou arroz da Tailândia, país que costuma vender o grão para o país esporadicamente. Importação: motivos e críticas O governo decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das inundações. No dia 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo decidiu comprar arroz para evitar alta de preços diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país. Na ocasião, ele disse também que nenhum atacadista, naquele momento, tinha "estoques para mais de 15 dias". Em maio, durante as enchentes, o arroz atingiu a sua maior cotação no dia 22, quando a saca chegou a R$ 122, uma alta de 15% em relação ao início do mês. A partir de então, o preço começou a recuar e atingiu R$ 118 na terça-feira (4). Em entrevista ao g1, o presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o deputado Luciano Silveira (MDB), disse que a decisão do governo foi precipitada. "Nós tínhamos sim, em um primeiro momento, problemas de logística, mas isso tudo foi resolvido", disse. Segundo ele, as rotas de escoamento de arroz estão, atualmente, liberadas. "Tu vai pegar a BR-290, em direção à Uruguaiana, que é um grande produtor, nós estamos com ela liberada. Tu vai pegar a Zona Sul, pela BR-116, está liberada", disse. "Nós estamos com problema [logístico] no Vale do Taquari, onde o principal produto é a proteína animal, e na Serra Gaúcha, onde também não tem arroz", afirmou. Um mês após início das cheias, Porto Alegre liberou todas as saídas por avenidas e rodovias Além disso, Silveira e a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Fedearroz) afirmam que o arroz colhido pelos produtores nacionais é suficiente para abastecer o país. Segundo a associação, o estado deve colher 7,1 milhões de toneladas do grão nesta safra, uma redução de 1,2% em relação à temporada anterior. "O subsídio deveria ter sido feito para o produtor gaúcho", disse Silveira. "Não é um momento de desestimular a produção, nós já passamos por muitas dificuldades", destacou. Na segunda-feira (3), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do governo. A ADI pede a suspensão do leilão. "A importação, de acordo com a entidade, vai afetar uma cadeia produtiva 'com potencial de desestruturá-la, criando instabilidade de preços, prejudicando produtores locais de arroz, desconsiderando os grãos já colhidos e armazenados, e, ainda, comprometendo as economias de produtores rurais que hoje já sofrem com a tragédia e com os impactos das enchentes", ressaltou a entidade. >>>Volte ao topo Veja Mais

Por que uma vaca brasileira se tornou a mais cara do mundo

G1 Economia Avaliada em R$ 21 milhões, a Viatina-19, que vive em Uberaba (MG), se tornou valiosa pela sua genética: com alta fertilidade, seus descendentes são animais belos e que produzem carne nobre. Por que uma vaca brasileira se tornou a mais cara do mundo Existem centenas de milhões de vacas no Brasil, mas uma em especial é extraordinária. Seu enorme corpo, branco como a neve, é vigiado por câmeras e um segurança armado. Avaliada em R$ 21 milhões, Viatina-19 FIV Mara Móveis é a vaca mais cara já vendida em um leilão, segundo o livro dos recordes Guinness Book. É o triplo do valor da recordista anterior. E com 1.100kg, ela tem o dobro do peso médio de um animal adulto de sua raça. À margem de uma rodovia que corta o interior do Brasil, os proprietários da Viatina-19 colocaram dois outdoors enaltecendo a grandeza do animal e convidando as pessoas a fazerem peregrinações para conhecer a supervaca. A Viatina-19 é a síntese das ambições pecuárias do Brasil, produto de anos de esforços para criar vacas com mais carne. Os animais premiados são vendidos em leilões de altos valores — tão altos que os fazendeiros endinheirados compartilham a propriedade deles. Eles extraem óvulos ou sêmen desses campeões, criam embriões e os implantam em vacas receptoras, na esperança de produzir mais animais excepcionais. 'Skincare', 'quarto' privativo e segurança 24 horas: conheça a rotina da Viatina Duas vacas mais valiosas do Brasil custam juntas cerca de R$ 36 milhões Imagem da Viatina-19 em uma fazenda em Uberaba, Minas Gerais, Brasil no dia 26 de abril de 2024. AP Photo/Silvia Izquierdo “Nós não buscamos o abate, nós buscamos é criar. Mas no final das contas, levar a carne [do Brasil] para a mesa para o mundo inteiro”, disse um dos proprietários da Viatina, Ney Pereira, após chegar de helicóptero à sua fazenda, em Minas Gerais. “Eu acho que a Viatina vai nos proporcionar isso.” O espantoso preço da vaca decorre da velocidade com que ela ganhou grandes quantidades de músculos, de sua fertilidade, e, especialmente, da frequência com que ela transmitiu essas características aos seus descendentes, explica Lorrany Martins, veterinária que é filha e braço direito de Pereira. Os criadores também valorizam a postura, a solidez dos aprumos, a docilidade, a habilidade materna e a beleza. Aqueles que desejam melhorar a genética de seus rebanhos pagam em média R$1,2 milhão pela oportunidade de coletar óvulos da Viatina-19. “Ela é o mais perto da perfeição que já se chegou”, diz Martins. “Ela é uma vaca completa, com todas as características que os proprietários estão querendo para melhorar a genética.” O Brasil, junto com os EUA, está na vanguarda da genética bovina: faz mais fertilizações in vitro do que qualquer país do mundo, conta João Henrique Moreira Viana, pesquisador de recursos genéticos e biotecnologia da Embrapa. Guarda compartilhada Viatina-19 em uma fazenda em Uberaba, Minas Gerais, Brasil, na sexta-feira, dia 26 de abril de 2024. (AP Photo/Silvia Izquierdo) A Viatina-19 é uma vaca que tem ganhado muitos prêmios, inclusive já levou o “Miss América do Sul” na competição "Champion of the World", com sede em Fort Worth, no Texas (EUA), uma versão bovina do Miss Universo, onde vacas e touros de diferentes países se enfrentam. Mas, aos 3 anos de idade, ela ainda não tinha provado que os seus óvulos, quando fertilizados e implantados em outra vaca, produziriam de forma fiel descendentes com as suas características de campeã, conta Ney Pereira. Essas vacas custam tanto que as pessoas compram e vendem apenas partes delas. A empresa de Pereira, a Agropecuária Napemo, pagou vários milhões de reais (quase US$ 800 mil) num leilão de 2022 por uma participação de 50% na Viatina-19. Outro fazendeiro ficou com a outra metade, para que os dois tomassem decisões importantes em conjunto e dividissem as receitas. Enquanto o leiloeiro batia o martelo, os alto-falantes tocavam “Suspicious Minds”, de Elvis Presley. Para Pereira, fanático por Elvis, foi um sinal. “Isso me deu frio na barriga”, disse ele. “Éramos novos criadores. Foi um pouco de ousadia, um pouco de sentimento e um pouco de coração também", disse Pereira. No ano passado, ele e o outro proprietário colocaram em leilão uma participação de 33% na vaca. Um licitante pagou 7 milhões de reais (US$ 1,3 milhão), fazendo com que o valor total da Viatina-19 quebrasse o recorde do Guinness. Ney Pereira e sua filha, a veterinária Lorrany Martins, dão entrevista em sua fazenda em Uberaba, estado de Minas Gerais, Brasil, sexta-feira, 26 de abril de 2024 AP Photo/Silvia Izquierdo Da Índia para o Brasil No Brasil, 80% do gado bovino é zebu, uma subespécie originária da Índia que se distingue pela corcova e pela barbela, que é como as dobras de pele no pescoço são conhecidas. Viatina-19 pertence à raça Nelore, uma raça zebuína criada para produção de carne, não de leite, que constitui a maior parte do rebanho brasileiro. O município de Uberaba (MG), onde vive Viatina-19, realiza anualmente a ExpoZebu, que se autodenomina a maior exposição de gado zebu do mundo. O evento aconteceu há algumas semanas, e mostrou um Brasil muito diferente do que habita o imaginário do resto do mundo. Pessoas assistem à apresentação de vacas zebu durante a feira ExpoZebu em Uberaba, estado de Minas Gerais, Brasil, sábado, AP/Silvia Izquierdo O código de vestimenta era composto por botas, boné de beisebol e jeans. Os shows à noite atraíram 10 mil espectadores que cantavam suas músicas sertanejas favoritas a plenos pulmões. Mas a principal atração eram as exposições diárias de gado, onde as vacas competem por prêmios que aumentam o preço dos animais nos leilões. O leilão de maior prestígio é chamado Elo de Raça, que aconteceu em 28 de abril. Quando a primeira vaca entrou no recinto, os alto-falantes tocaram “We Are the Champions”, da banda Queen. Mas aquele exemplar era só um aperitivo para a estrela deste ano, Donna, e três de seus clones; o preço final de venda a levou a um valor total de R$ 15,5 milhões. Melhoria genética e meio ambiente Um peão segura a guia de uma vaca chamada Viatina-19, à direita, em uma fazenda em Uberaba, estado de Minas Gerais, Brasil, sexta-feira, 26 de abril de 2024 AP/Silvia Izquierdo Com mais de 230 milhões de bovinos, o Brasil tem o maior rebanho de gado de corte do mundo, e isso é problemático: enormes trechos da Floresta Amazônica foram derrubados para criar pastagens, liberando o carbono armazenado nas árvores. E as vacas expelem metano, que é muito pior para o clima. As melhorias genéticas que reduzem a idade de abate das vacas são uma forma útil, mas limitada, de conter o aquecimento. Medidas mais simples e eficientes incluem o plantio de pasto de melhor qualidade para pastagem e a movimentação regular do gado entre um pasto e outro, explica Beto Veríssimo, agrônomo e cofundador de uma organização ambiental sem fins lucrativos chamada Imazon. Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem trabalhando para abrir novos mercados. No mês passado, ele se reuniu com o primeiro-ministro Fumio Kishida, do Japão, a terra da carne Wagyu, nobre e com alto grau de marmoreio: Lula convidou seu colega a provar a carne brasileira e ser convertido. “Por favor”, brincou o presidente durante o evento, dirigindo-se ao vice-presidente Geraldo Alckmin, “leve o primeiro-ministro Fumio para comer um churrasco no melhor restaurante de São Paulo, para que, na semana seguinte, ele comece a importar a nossa carne”. A chegada dos clones Crianças fazem carinho em bezerros zebu durante a feira ExpoZebu em Uberaba, estado de Minas Gerais, Brasil, sábado, 27 de abril de 2024. AP/Silvia Izquierdo Um pouco mais adiante de onde aconteceu o leilão Elo de Raça, está o laboratório da empresa Geneal Genética e Biotecnologia Animal. Em um pequeno cercado nos fundos, um bezerro clonado recentemente estava deitado ao sol, ainda sem confiança suficiente em suas pernas para ficar de pé. Outro, nascido por cesariana 20 minutos antes, encostava as costas contra o fundo de uma baia, inseguro com esse estranho mundo novo. Os clones de Viatina-19 devem nascer em alguns meses, segundo o diretor comercial da Geneal, Paulo Cerantola. Alguns fazendeiros não gostariam de ter um grande rebanho de seus clones. Vacas que exigem alta manutenção, como Viatina-19, não são lucrativas em grande escala comercial, porque não conseguem atender suas necessidades energéticas apenas com pasto, explica P.J. Budler, gerente de negócios internacionais da empresa Trans Ova Genetics, com sede no estado americano de Iowa, que se concentra na melhoria do fundo genético bovino. “Para o ambiente e os recursos necessários para manter uma vaca como (Viatina-19), ela se enquadra perfeitamente, mas não é a resposta para todo o gado e em todos os lugares”, diz Budler. Pereira, cuja empresa Agropecuária Napemo é umas das coproprietárias da Viatina-19, diz que ela recebe tratamento especial para favorecer a produção de óvulos, mas que se desenvolveria muito bem se fosse colocada no pasto, de que se alimenta quase todo o seu gado de elite. Enquanto isso, Viatina-19 está grávida pela primeira vez, segundo Pereira, que está de olho na expansão: seus óvulos foram vendidos para compradores bolivianos, e agora ele pretende exportar para os Emirados Árabes Unidos, a Índia e os EUA. “Se ela é a melhor do mundo, não pelo preço, mas eu acredito que ela é a melhor do mundo, nós precisamos compartilhar isso mundo afora”, diz Pereira. Sua filha veterinária, Martins, enxerga ainda mais longe. “Espero que ela seja a base para um animal ainda melhor no futuro, daqui a algumas décadas”, diz. Em Uberaba, conheça a rotina da Viatina-19, a vaca mais cara do mundo Veja Mais

Governo quer facilitar crédito consignado a trabalhadores do setor privado

G1 Economia Avaliação é que crédito consignado, com desconto de parcelas na folha de salário e taxas mais baixas, não vingou entre trabalhadores de empresas privadas; Ideia é usar plataforma FGTS Digital para facilitar acesso a recursos e assinar contrato digitalmente O governo avançou nesta terça-feira (4) com o projeto para impulsionar o crédito consignado para trabalhadores do setor privado. Esse tipo de crédito tende a ser mais barato por ser pago em parcelas descontadas diretamente na folha de salário do trabalhador, o que reduz os riscos aos bancos. A proposta prevê que a pessoa tenha acesso a esses recursos usando o aplicativo do FGTS Digital e com base na carteira de trabalho digital. Isso deve valer também para MEI (microempreendedor individual) e trabalhadores domésticos. A ideia foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, que se reuniu nesta terça-feira. O grupo deu aval para o Ministério do Trabalho usar a plataforma digital para facilitar a concessão do crédito consignado a trabalhadores do regime CLT. A avaliação do governo é que o crédito consignado precisa de um incentivo para ser destravado. “O consignado foi construído lá em 2003 e pegou muito bem no serviço público e no pensionista. Mas ao trabalhador privado não se implantou na sua potencialidade porque depende de um convênio da instituição financeira com o empregador. Poucos empregadores o fizeram. Essa modalidade [analisada pelo conselho] é para ter a necessidade da autorização do empregador. Seria feito pelo eSocial e FGTS Digital. Isso facilitaria a possibilidade de o trabalhador ter acesso a esse crédito mais barato porque ele acabou sendo privado por causa da ausência de um convênio com as instituições”, disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. O desenho apresentado pelo governo prevê uma aba no aplicativo com a possibilidade de o trabalhador simular o empréstimo. Ele poderia informar o valor e o prazo desejado. Os bancos analisariam com base nas informações do eSocial do trabalhador e também de acordo com o perfil da empresa onde ele trabalha. As propostas seriam apresentadas em 24 horas para o trabalhador que então poderia escolher a taxa mais atraente para ele. Os detalhes de como será a integração entre plataformas ainda estão sendo fechados. Mas cerca de 80 bancos já demonstraram interesse na proposta. O governo estuda que, em caso de demissão, parte dos recursos da recisão a ser recebida pelo trabalhador seja usada para quitar o empréstimo consignado. Se houver troca de emprego, seria possível transferir o pagamento das parcelas no salário a ser recebido na nova empresa. Isso, segundo o Ministério do Trabalho, reduziria as taxas de juros. Veja Mais

Tomates marcianos? Brasileira usa técnica maia para criar plantações em Marte

G1 Economia Em projeto de mestrado nos Países Baixos, astrobióloga investigou se cultivar diferentes espécies vegetais em conjunto pode ser uma maneira de otimizar recursos e garantir segurança alimentar para as futuras colônias humanas no planeta vermelho. A técnica também pode ajudar a recuperar solos degradados na Terra. Rebeca Gonçalves fez um mestrado sobre agricultura espacial nos Países Baixos (Arquivo pessoal) A brasileira Rebeca Gonçalves lembra com saudades das histórias que ouvia de um tio astrônomo durante a infância. Para ela, saber os detalhes de planetas, constelações, astros e satélites sempre foi objeto de fascinação. Porém, alguns anos depois, quando chegou a hora de escolher a faculdade, ela optou por se especializar em outra área de interesse: a biologia. "À época, tinha a ideia errada de que o setor espacial só era para quem deseja virar astronauta", lembra ela. No entanto, alguns anos após obter o diploma e seguir carreira nas Ciências Biológicas, Gonçalves entrou numa crise existencial. "Comecei a pensar o que estava fazendo com a minha vida e se era aquilo que gostava mesmo." Foi nessa hora que ela teve uma ideia: por que não unir as duas paixões? Foi assim que ela decidiu perseguir o sonho de virar uma astrobióloga. Para isso, Gonçalves encontrou um programa de mestrado sobre esse tema no Centro de Análise em Sistemas de Colheita da Universidade de Wageningen, localizado nos Países Baixos. "Decidi investigar como nós poderemos utilizar os recursos limitados, como água, nutrientes e energia, para cultivar alimentos em Marte", resume a pesquisadora. "Afinal, esse é um fator muito importante para a segurança das futuras colônias marcianas. Elas não poderão depender do envio de suprimentos por foguetes vindos da Terra", complementa ela. Para fazer esse trabalho, a brasileira contou com a orientação do ecologista e exobiólogo Wieger Wamelink, professor na universidade neerlandesa e um dos poucos cientistas do mundo a estudar a viabilidade de estabelecer plantações fora do planeta Terra. "Para ter ideia de como a agricultura espacial é um campo novo, meu orientador é uma das primeiras pessoas no mundo a estudar o assunto e publicou uns seis artigos até o momento", conta ela. Rebeca e o orientador do trabalho, Wieger Wamelink, numa das estufas da universidade Arquivo Pessoal Inspiração que vem do passado Mas como seria fazer uma plantação num lugar distante como Marte? Será possível que as espécies vegetais típicas do nosso planeta se desenvolvam num ambiente tão distinto? Para responder a essas perguntas, a primeira fase do trabalho de Gonçalves consistiu em estudar diferentes técnicas agrícolas que poderiam garantir a sobrevivência das plantas — e eventualmente até aumentar a produtividade delas. Foi nessa etapa que a cientista descobriu uma abordagem chamada policultura, socialização de culturas ou consorciação. "Essa é uma prática milenar que foi inventada pelos maias", explica ela. Vale lembrar que os maias formaram uma das mais importantes civilizações da Mesoamérica — região que engloba partes dos atuais México, Belize, Guatemala, Honduras e El Salvador. Esse povo antigo é conhecido pelo sistema de escrita bem avançado, além de ter conquistado avanços notáveis em áreas como matemática, arquitetura, arte e até astronomia. Na agricultura, os maias se destacaram por fazer a consorciação — em resumo, eles cultivavam abóbora, feijão e milho, entre outros, num mesmo local. "A ideia é usar o mesmo espaço de terra para plantar espécies que apresentam qualidades complementares, para que uma ajude no desenvolvimento da outra", resume Gonçalves. A brasileira considerou que a consorciação poderia ser uma boa ideia para Marte e logo ganhou o apoio e a empolgação de seu orientador. "A ideia era bastante inovadora, ninguém havia testado algo parecido no campo da agricultura espacial", conta ela. Começava, assim, uma nova fase da pesquisa: quais plantas incluir no estudo? "Passei quase três meses para selecionar as espécies ideais", confessa a pesquisadora. No final, as escolhidas foram a cenoura, a ervilha e o tomate-cereja — cada um por uma razão específica. "As ervilhas, ou as leguminosas no geral, têm uma espécie de superpoder, que é fazer uma parceria com uma bactéria que vive no solo." "Juntas, elas transformam o nitrogênio em amônia no solo. É como se essas plantas produzissem seus próprios fertilizantes", ensina Gonçalves. Já o tomate-cereja cresce como um pequeno arbusto, que tem uma função dupla: servir de apoio para os ramos das ervilhas crescerem e de meia-sombra para os pés de cenoura se desenvolverem perto do solo. Por fim, a cenoura foi selecionada por ter a capacidade de arejar a terra com suas pequenas raízes. A 'terra' de Marte Mas um experimento desses só poderia ter alguma utilidade prática se usasse um solo parecido ao que os futuros exploradores encontrarão no planeta vermelho. Para isso, Gonçalves contou com uma ajuda valiosa da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. "Como já foram enviadas sondas e robôs para Marte, nós sabemos exatamente a composição física e química do solo deste planeta, que é chamado de regolito", explica Gonçalves. "Com essas informações, cientistas desenvolveram um regolito marciano a partir de um material que tem uma consistência parecida e é retirado de um vulcão no Havaí ou do deserto de Mojave, ambos nos EUA." Esse composto é manipulado em laboratório para ficar 97% similar ao regolito marciano — ou seja, um solo que não possui nenhum nutriente ou matéria orgânica na composição. Com a técnica, as espécies e os materiais definidos, Gonçalves estava pronta para botar a mão na massa e ver como as plantas se desenvolveriam. "E nós ficamos muito felizes com os resultados que obtivemos", antecipa a astrobióloga. O trabalho, que também contou com a contribuição dos cientistas Peter van der Putten e Jochem B. Evers, foi publicado no início de maio na publicação acadêmica Plos One. "Conseguimos demonstrar que a técnica funciona muito bem para uma das três espécies analisadas", complementa ela. Nas duas fichas comparativas, é possível ver a diferença dos tomates cultivados na consorciação (à esquerda) ou como monocultura (à direita) de acordo com o solo utilizado: areia (à esquerda), regolito marciano (centro) e solo orgânico (à direita) Arquivo pessoal Nas estufas da universidade, os tomateiros cultivados no regolito marciano com o sistema de consorciação produziram o dobro de frutos em comparação com as plantas da mesma espécie que cresceram sozinhas. "Os tomateiros da consorciação ainda se desenvolveram mais, tinham um tronco mais grosso e amadureceram mais cedo", diz Gonçalves. Para os pés de ervilha, o resultado da comparação terminou no empate: essas plantas se desenvolveram de forma similar se foram plantadas juntas de outras espécies ou sozinhas. Já as cenouras preferiram a monocultura (ou seja, o cultivo separado, num espaço reservado apenas para esse vegetal). "O fato de que a consorciação funcionou para uma das espécies representa uma base incrível para a gente construir pesquisas futuras", analisa a cientista. "Agora a questão é fazer pequenos ajustes, como modificar os nutrientes ou escolher outras espécies para compor o sistema." Leia também: Tomate é 'mais' fruta que o morango e sua origem não é italiana Como tirar a acidez do molho de tomate; veja dicas Benefícios para os dois planetas Gonçalves reforça que, embora a pesquisa tenha como foco as futuras expedições humanas a Marte, ela pode gerar repercussões positivas no planeta que habitamos hoje. "A Terra enfrenta um grande problema: cerca de 40% dos solos agrícolas foram degradados, em grande parte por causa da monocultura", estima ela. "Essa é uma questão que afeta 1,5 bilhão de pessoas ao redor do mundo e tem repercussões na segurança alimentar e financeira de muitas famílias, especialmente de pequenos produtores." A astrobióloga destaca que as técnicas de consorciação — como a que foi utilizada na pesquisa dela — são uma estratégia com eficácia comprovada para fazer a regeneração do solo. "Esses sistemas só não são utilizados em larga escala porque ainda são um tanto caros e requerem mais manutenção quando comparados à monocultura", compara ela. Já para as futuras colônias de seres humanos que vão para Marte, cultivar diversos alimentos em conjunto traz uma série de vantagens, a começar pela otimização de recursos — afinal, é possível usar uma porção de água ou fertilizantes num espaço menor. Além das barreiras logísticas que dificultam um envio de remessas de comida a partir da Terra, há também uma questão de saúde que justifica o desenvolvimento de um "agro do espaço". Até o momento, os astronautas sobrevivem com comidas desidratadas — por não carregarem água, elas são muito mais leves, compactas e fáceis de transportar. "Só que esse processo de desidratação elimina todos os antioxidantes dos alimentos, como as vitaminas A e C, o betacaroteno e o licopeno, que são essenciais para a saúde humana", explica a astrobióloga. "Isso significa que, se quisermos colonizar a Lua ou Marte, seremos obrigados a plantar alimentos frescos, pois há certos nutrientes que só existem nessas fontes", reforça ela. Para a cientista, a primeira geração de cultivares precisará contar com suprimentos externos, como nutrientes e fertilizantes vindos da Terra. "Mas, a partir da segunda geração, conseguiremos fazer um sistema autossustentável, em que usamos as partes não comestíveis das plantas, além de fezes e urina humana, para fazer adubo", antevê ela. Esse cenário futuro remete ao filme Perdido em Marte, lançado em 2015. Na trama, o astronauta Mark Watney (Matt Damon) se vê sozinho no planeta vermelho e precisa encontrar meios de sobreviver. Numa das cenas, Watney cria uma plantação de batatas — e usa as próprias fezes para adubar o tubérculo no solo marciano. "É totalmente possível pensar numa possibilidade dessas, como mostrado no cinema. Aliás, esse filme teve um consultor científico que trabalhou na Nasa, então boa parte do roteiro está alinhado com as evidências", explica Gonçalves. O Sistema Solar é logo ali A cientista aponta que a exploração espacial vive uma nova era de ouro. O Programa Artemis, capitaneado pela Nasa, pretende "estabelecer as fundações para a exploração científica de longo prazo da Lua", com missões programadas para 2025, 2026 e 2028. Em dois anos, a agência espacial pretende levar os primeiros astronautas ao Polo Sul de nosso satélite natural. Já para 2028, está programado o início da construção das bases de uma futura estação espacial lunar. "E, na próxima década, é muito provável que os primeiros seres humanos sejam enviados a Marte também", acredita Gonçalves. Diante desse futuro nem tão distante assim, a astrobióloga destaca a necessidade de avançar nas pesquisas sobre a agricultura no espaço. Ela lembra que o Brasil é um dos signatários dos Acordos Artemis, uma série de tratados pela exploração pacífica da Lua, de Marte e de outros objetos astronômicos. "Nesses acordos, o Brasil se comprometeu como nação a fazer os estudos relacionados à agricultura, já que é referência mundial nessa área", informa a pesquisadora. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Espacial Brasileira, inclusive, criaram uma parceria para desenvolver pesquisas que garantam a segurança alimentar das futuras colônias lunares e marcianas. Enquanto traça os próximos passos da carreira e já se desfez de impressões antigas — como pensar que só astronautas poderiam trabalhar nesse universo —, a astrobióloga ressalta as oportunidaeds no setor espacial. "Não importa se você é designer, engenheiro, biólogo, químico, relações públicas, jornalista, diplomata... Sempre haverá oportunidades numa área tão ampla como essa", diz ela. "E é importante lembrar que o setor espacial tem impactos diretos no nosso mundo: diversas tecnologias essenciais hoje surgiram a partir de pesquisas nessa área, como é o caso do GPS, do wi-fi, do telefone celular, das próteses e das roupas dos bombeiros", conclui ela. Saiba como tomate é produzido no Brasil: De Onde Vem o tomate Veja Mais

Petrobras anuncia primeiro reajuste de preço da gestão Magda Chambriard

G1 Economia Petroleira reduziu em 7,6% o preço do Querosene de Aviação (QAV) vendido às distribuidoras. Mudança passou a valer no último sábado (1º). Magda Chambriard concede primeira coletiva na Petrobras, nesta segunda-feira (27). Ricardo Moraes/Reuters A Petrobras reduziu em 7,6% o preço médio de venda de Querosene de Aviação (QAV) para as distribuidoras, o equivalente a R$ 0,31/litro, informou a petroleira. A mudança entrou em vigor no último sábado (1º). Com a medida, o combustível acumula uma redução de 8,8% no preço em 2024 — queda de R$ 0,36/litro em relação ao praticado em dezembro de 2023. Desde dezembro de 2022, o recuo acumulado é de 26,7% — ou R$ 1,35/litro. "A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores", informou a companhia em comunicado. Esse foi o primeiro reajuste de preço de combustível anunciado pela Petrobras desde que Magda Chambriard assumiu o comando da companhia, em maio, após a demissão de Jean Paul Prates. Em sua primeira entrevista coletiva no cargo, a nova presidente da Petrobras ressaltou que a empresa vai "respeitar a lógica empresarial" no que se refere à distribuição de dividendos, tópico de constante debate nas últimas gestões da companhia. "Nós vamos respeitar a lógica empresarial. Não há como gerir uma empresa dessas sem respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestivo, atendendo os interesses tanto dos acionistas públicos quanto dos privados, nós vamos fazer", afirmou, na sede da empresa, no Rio. Durante sua fala a jornalistas, Chambriard também chegou a comentar sobre a prática de preços dos combustíveis ao consumidor. Segundo ela, a companhia "sempre funcionou acompanhando uma tendência de preços internacionais, ora mais altos, ora mais baixos". "O que é indesejável é trazer para a sociedade brasileira uma instabilidade de preço todos os dias", declarou. "A Petrobras sempre zelou por essa estabilidade, acompanhando a tendencia de preços e a lógica dos preços do mercado, porque são produtos comercializados mundialmente. (...) Nós vamos continuar fazendo isso", concluiu. Magda Chambriard assume presidência da Petrobras; Klava analisa no #JH Quem é Magda Chambriard O Conselho de Administração da Petrobras aprovou em 24 de maio o nome de Magda Chambriard para a presidência da estatal. Engenheira, Magda foi indicada para a função pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após a demissão de Jean Paul Prates do cargo. Além de ser eleita presidente da estatal, Magda Chambriard também passou a integrar o conselho da Petrobras. "Magda Chambriard tomou posse em ambos cargos nesta data e passou a integrar o Conselho imediatamente, não sendo necessária a convocação de Assembleia de Acionistas para esse fim", afirmou a Petrobras em nota. Magda Chambriard foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) no governo Dilma. Magda Chambriard: quem é a nova presidente da Petrobras Troca na Petrobras Ela foi indicada pelo presidente Lula em substituição a Jean Paul Prates – demitido após meses de "fritura" política e disputa interna com o governo em diversos pontos. No centro da disputa estavam Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A polêmica sobre o pagamento dos dividendos aos acionistas da Petrobras – quando Prates resistiu a uma orientação do governo – teria sido a "gota d'água", segundo interlocutores. Veja Mais

Caixa atrasa pagamento de restituição do Imposto de Renda em três dias e clientes reclamam nas redes

G1 Economia Pagamento do 1º lote de restituição foi liberado pela Receita Federal na última sexta-feira (31). Edifício Sede da Caixa Econômica Federal, em imagem de arquivo Marcelo Camargo/Agência Brasil Alguns clientes da Caixa Econômica Federal ainda não conseguiram receber o pagamento da restituição do Imposto de Renda, que estava previsto para a última sexta-feira (31). O atraso acontece mesmo após a liberação do pagamento por parte da Receita Federal e tem gerado uma onda de reclamações de clientes nas redes sociais. Procurada, a Caixa não havia respondido até a última atualização desta reportagem. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Pagamento liberado na última sexta-feira (31) A Receita Federal liberou o pagamento do 1º lote de restituições do Imposto de Renda 2024 na última sexta-feira (31) — mesmo dia em que se encerra o prazo para declaração. Imposto de Renda 2024: saiba o que fazer se você perdeu o prazo para enviar a declaração Ao todo, mais de 5,5 milhões de contribuintes foram contemplados, com um valor total de crédito de R$ 9,5 bilhões. Este é o maior valor já pago pelo Fisco em um lote de restituição do IRPF. O lote também inclui restituições residuais de exercícios anteriores. Até às 23h59 de sexta-feira, mais de 42,2 milhões de declarações haviam sido entregues. As declarações enviadas após o prazo legal estão sujeitas à multa por atraso. Em razão do estado de calamidade decretado no Rio Grande do Sul (RS), foi dada prioridade aos contribuintes domiciliados no estado. No RS, serão restituídas 886.260 declarações, incluindo exercícios anteriores, totalizando mais de R$ 1 bilhão. Os gaúchos foram inseridos na faixa de preferência após as prioridades legais e antes daqueles que optaram pelos modelos de pagamento via PIX e pela declaração pré-preenchida. Saiba mais aqui. Do montante de R$ 9,5 bilhões, aproximadamente R$ 8,9 bilhões referem-se aos contribuintes prioritários. São eles: 258.877 idosos acima de 80 anos 2.595.933 contribuintes entre 60 e 79 anos 162.902 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave 1.105.772 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 787.747 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a Declaração Pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via PIX. Veja Mais

Aprenda a fazer bolo de banana aproveitando a casca da fruta

G1 Economia O Globo Rural deste domingo mostrou receita desenvolvida na cozinha experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Aprenda a fazer bolo de banana aproveitando a casca da fruta O Globo Rural deste domingo (2) mostrou uma receita de bolo de banana aproveitando a casca da fruta desenvolvida na cozinha experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). A ideia é aproveitar alimentos que iriam para o lixo. Confira a seguir. Bolo de banana Ingredientes para o bolo 2 bananas cortadas com as cascas; 2 bananas com as cascas separadas; 2 xícaras de farinha de aveia; 1 xícara de ameixa sem semente hidratada com uma xícara de água; 3 ovos; ½ xícara de óleo; 1 colher (sopa) de fermento para bolo; canela em pó (opcional); aveia em flocos (opcional). Modo de preparo torta Bata no liquidificador os seguintes ingredientes: ovos, óleo, bananas com casca, duas cascas picadas, ameixa hidratada e água. Acrescente farinha de aveia, fermento e mexa com uma colher. Unte a forma e coloque metade da massa, seguida de rodelas de banana e canela, depois completando a assadeira com mais massa. Leve ao forno a 180°C por 40 minutos. >>>Veja outras receitas Veja Mais

Entressafra do alho faz preço do tempero subir

G1 Economia Cerca de 36% do alho vendido no Paraná é plantado no próprio estado; cidade de Congonhinhas, na região norte, está entre maiores produtoras da hortaliça. Entressafra do alho faz preço do tempero subir O alho, tempero bastante presente no dia a dia de muitos paranaenses, está um pouco mais caro. Nas gôndolas de um supermercado em Londrina, norte do estado, o preço da hortaliça pode até intimidar alguns clientes – o quilo do alho está R$ 39,90. ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ? Siga o canal do g1 PR no Telegram Um dos motivos é a entressafra. Enquanto o produto nacional não sai do campo, quem abastece as prateleiras são os produtos importados, que acabam deixando a conta mais cara para o consumidor final. Enquanto a caixa de 10kg do alho de origem nacional é vendida a R$ 130,00, a do importado, que vem principalmente da China e da Argentina, custa R$ 175,00. Mas, para os produtores, a alta traz a esperança de maiores rendimentos. Entressafra do alho faz preço do tempero subir RPC “Quem sabe eu consigo vender também, sempre vendi barato”, diz o agricultor Antônio Carlos Reghin. “Estou contente, estou animado.” Reghin acompanha de perto a plantação de alho na propriedade arrendada em Congonhinhas, no norte pioneiro. São sete hectares semeados e a expectativa é de colher entre 12 e 15 toneladas por hectare. O volume ajuda a colocar a cidade entre as maiores produtoras da hortaliça no estado. De acordo com dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), 36% do produto vendido no Paraná é produzido no próprio estado – dos quais 44% são produzidos no norte pioneiro. Rio Grande do Sul e Santa Catarina complementam o estoque. LEIA TAMBÉM: Música: 'Tô bonitinho': Jovem Dionísio lança nova música e embala trend nas redes sociais Crime: Homem dispara submetralhadora e mata duas pessoas em distribuidora bebidas de Almirante Tamandaré Investigação: Suspeito de ser um dos chefes do PCC é preso no Paraná VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná Veja Mais

Roubos de sacas de café e a propriedades aumentam com a chegada do período de colheita

G1 Economia Para garantir a segurança aos produtores, polícia aumentou o número de militares nas ruas, realizando abordagens e orientando agricultores de Norte a Sul do Espírito Santo. Operação colheita: policiamento é reforçado durante a colheita do café no ES O policiamento está sendo reforçado nas áreas rurais do Espírito Santo por causa da época da colheita de café. Por ser um período de maior movimentação de dinheiro e de pessoas nas lavouras, o risco e a quantidade de crimes aumentam. Para auxiliar na segurança, a Polícia Militar realiza a Operação Colheita, que acontece em 72 municípios do estado. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Durante todo o ano, a Polícia Militar capixaba já realiza o policiamento nas áreas de lavouras com a patrulha rural. Mas na época da colheita, as ações são reforçadas por meio da operação, que teve início em maio e vai até o dia 30 de novembro. Um investimento do estado de mais de R$ 5 milhões para o pagamento de escalas extras aos policiais que atuam em ações como blitze e fiscalizações. ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Segundo o balanço inicial da Polícia Militar, a Operação Colheita já prendeu 24 pessoas em flagrante, apreendeu dois menores e prendeu outras 6 pessoas por mandado judicial. No período, foram realizadas 1.465 visitas tranquilizadoras. No Sul do estado, por exemplo, o vaivém é intenso. Caminhões saem cheios de grãos das lavouras, secadores funcionam quase 24h por dia e pilhas de sacas de café (produto que é carro chefe na região) ficam espalhadas pelos galpões. Para a família de Pedro Wagner, que cultiva a espécie conilon em Castelo, essa rotina se repete todo o ano. "A gente fica de 90 a 100 dias trabalhando praticamente direto. Devemos colher umas 6, 7 mil sacas", pontuou Pedro. Patrulhamentos são reforçados nas lavouras de café de Norte a Sul do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Atualmente, a saca do café conilon passa dos R$ 900. Já o café arábica bebida dura passa dos R$ 1 mil. Ou seja, a perda de qualquer saca significa prejuízo para o pequeno produtor. Por isso, proteger a produção de roubos e furtos é de extrema importância para o sucesso da safra. " A gente tenta fazer o máximo possível, coloca câmera, arruma alguém para poder dar um apoio, olhar, e tem a patrulha rural que passa ajudando a gente também", comentou o produtor. Segurança de Norte a Sul Policiais fazem varreduras e orientações em estradas rurais no Espírito Santo durante o período da colheita do café Reprodução/TV Gazeta Só no Sul do Espírito Santo, são 8 mil escalas extras para o reforço no policiamento. "A gente faz o policiamento preventivo e fazemos visitas tranquilizadoras para os produtores rurais. A gente deixa um telefone de contato, aí eles passam para a Polícia Militar informações de veículos suspeitos, pessoas suspeitas passam nomes para ver o passado dessas pessoas, e nisso a gente acaba encontrando outros tipos de crimes", explicou o sargento Leopoldo. E existem medidas simples que podem afastar pessoas mal intencionadas. "O café que é colhido de dia, que ele seja levado para o depósito, para o secador, não deixar o café na beira de estrada, que é onde acontece a maior parte dos furtos de café", disse o sargento. LEIA TAMBÉM: Produtores do ES enfrentam dificuldades para contratar mão de obra apenas para período de safra Provar até 150 bebidas por dia, assoviar e ter alimentação saudável: entenda o trabalho de um degustador de café Filhos de produtores modernizam o campo e apostam na sustentabilidade para produção de café especiais no ES Com ações conjuntas entre produtores e a segurança pública, o grão que é uma das maiores riquezas do estado vai ficar mais protegida. "O efetivo do Sul do estado está disponível para atender à Operação Colheita, que visa atender todos os 22 municípios do Sul, com o objetivo de garantir a paz e a ordem pública na região produtora", reforçou o Comandante do 3º Comando de Polícia Ostensiva, coronel Fabrício da Silva Martins. Sacas de café são valiosas e produtores do Espírito Santo ficam com medo de serem roubados Reprodução/TV Gazeta As ações também acontecem no Norte do estado. Em Linhares, cerca de 370 policiais militares participam da operação e, no fim de semana, o policiamento é intensificado. A região é a que mais produz café conilon no Brasil. Para este ano, a expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a safra passe o valor de 11 milhões de toneladas, e 4 milhões para o café arábica. A Polícia Militar de Linhares também reforça o policiamento nas cidades vizinhas de Sooretama e Rio Bananal, e só este ano são 357 policiais atuando. Os roubos são os crimes mais comuns nesse período. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou a apreender na BR-101, em Linhares, uma carreta com 30 toneladas de café, avaliada em R$ 600 mil. O produto havia sido em Minas Gerais. Além disso, o Ministério do Trabalho e Emprego estima que o estado deve receber até 30 mil trabalhadores vindos principalmente da Bahia e Minas Gerais. Um crescimento de 30% em relação ao ano passado. E um dos principais motivos é o preço pago por saca de café colhido, em média R$ 20. Alguns casos de roubos Norte do Espírito Santo é o maior produtor de café conilon no país Reprodução/TV Gazeta Antes mesmo da Operação Colheita começar, um produtor rural teve 60 sacas de café, duas motosserras e um caminhão furtados por suspeitos em Boa Esperança, Noroeste do Espírito Santo. O caso aconteceu em abril. Já durante a operação, uma família de produtores acabou virando refém de criminosos que entraram na casa, quebraram a porta de vidro e renderam o agricultor, a esposa e os dois filhos, de 17 e 9 anos. Eles também renderam funcionários e roubaram cerca de 100 sacas de café pronto, um prejuízo estimado em R$ 100 mil. Operação Colheita começa em maio e vai até novembro no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Veja Mais

IRPF 2024: Receita recebeu 109,4 mil declarações no Acre; 216 contribuintes não entregaram

G1 Economia Quem era obrigado a declarar o IR e perdeu o prazo poderá fazer a declaração a partir de segunda-feira (3), mas pagando multa. Ao todo, foram entregues 109.467 declaração até às 23h59 dessa sexta-feira (31) no Acre LUIS LIMA JR/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Mais de 109,4 mil contribuintes do Acre entregaram a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2024. Ao todo, foram entregues 109.467 declaração até às 23h59 dessa sexta-feira (31), prazo limite para o envio. O balanço foi divulgado neste sábado (1º) e mostra que 216 contribuintes não entregaram a declaração. O Fisco esperava 109.683 declarações, número 4% maior em relação ao volume de declarações recebidas em 2023, que foram de 104.968 no estado. Em todo país, a Receita Federal recebeu 42.421.153 declarações. Quem era obrigado a declarar o IR e perdeu o prazo poderá fazer a declaração a partir das 8h de segunda-feira (3), mas terá de pagar uma multa por atraso, calculada da seguinte maneira: Multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculada sobre o valor do imposto devido na declaração, ainda que integralmente pago, até um teto de 20%; Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava "obrigado a declarar", mesmo sem imposto a pagar). O formato de entrega da declaração fora do prazo não muda em relação aos documentos enviados dentro do período estabelecido pela Receita. Assim, o contribuinte poderá enviar o documento tanto por meio do Programa Gerador da Declaração (PGD), que pode ser baixado no computador, como pelo aplicativo Meu Imposto de Renda ou pelo e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte). A diferença é que, ao transmitir a declaração em atraso, o contribuinte receberá um aviso de "Notificação de lançamento da multa", o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para pagamento, bem como informações e prazo para proceder com a quitação e ficar regular perante a Receita Federal. Como pagar a multa? A multa pela entrega da declaração em atraso é inegociável e seu pagamento deve ser feito por meio da emissão do Darf. Caso a multa esteja atrasada, a guia poderá ser feita por meio de consulta das dívidas e pendências fiscais, exposto na aba "Situação fiscal", disponível no e-CAC. A Receita concede até 30 dias para pagamento da multa e/ou do Imposto de Renda devido. Caso o pagamento não seja feito nesse prazo, haverá a aplicação de juro de mora, ajustado pela taxa básica de juros, a Selic. O valor da multa poderá ser descontado da restituição — nos casos em que o contribuinte tiver imposto a restituir —, acrescido de juros. O que acontece se eu não pagar a multa? As multas não pagas — assim como o imposto devido que não é pago dentro do período de 30 dias da entrega em atraso — podem ser consideradas como dívidas e pendências fiscais. Essa situação pode ser consultada na aba "Situação Fiscal" — documento que atesta a regularidade do contribuinte perante a Receita e que está disponível no e-CAC. Após a inclusão da pendência no sistema, o valor da dívida pode ser inscrito em Dívida Ativa, por meio do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), que é um banco de dados onde são registrados os nomes dos contribuintes responsáveis por débitos perante órgãos e entidades federais. Caso o contribuinte tenha seu nome incluso no Cadin, seu CPF pode ter uma variedade de implicações (veja mais abaixo). A falta de pagamento de um imposto devido, em casos extremos, pode ser caracterizada como sonegação fiscal, ou seja, crime contra a ordem tributária. O que acontece se eu não declarar? Além da multa por atraso e de uma penalização e atualização monetária sobre o imposto a pagar nos casos em que for apurado algum valor, o contribuinte também pode ficar com o nome sujo e ter o CPF registrado como irregular no Cadin. Caso isso ocorra, o CPF pode ter várias implicações, como: O impedimento de emissão ou renovação de passaporte e carteira de trabalho, por exemplo; A impossibilidade de realizar matrícula em instituições de ensino, bem como vedação da participação de concursos públicos; Score de crédito impactado negativamente, dificultando ou mesmo impedindo a contratação de produtos e serviços financeiros; Protesto em cartório e negativação do nome do contribuinte, além de pagamento de custas ao cartório para regularização; A não emissão de Certidão Negativa de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União (CND), requerida por exemplo para financiamento imobiliário; Ação judicial de cobrança, por meio de execução fiscal; Bloqueio de valores disponíveis em conta corrente e até bloqueio de outros bens, por conta de eventual execução da dívida; Pagamento de custas judiciais e honorários decorrentes de eventual ação judicial iniciada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Reveja os telejornais do Acre Veja Mais

Imposto de Renda 2024: saiba o que fazer se você perdeu o prazo para enviar a declaração

G1 Economia Multa para quem não entregou é de, no mínimo, R$ 165,74, mas pode atingir 20% do imposto devido. O prazo para enviar a declaração do Imposto de Renda 2024 terminou na última sexta-feira (31) e, quem é obrigado a declarar e não enviou o documento em tempo, agora está em dívida com o Leão. A declaração em atraso poderá ser entregue já a partir das 8h desta segunda (3). Segundo informações do Fisco, no caso de apresentação da declaração após o prazo previsto ou da não apresentação do documento, o contribuinte que é obrigado a declarar fica sujeito ao pagamento de multa por atraso, calculada da seguinte forma: Multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculado sobre o valor do imposto devido na declaração, ainda que integralmente pago, até um teto de 20%; Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava "obrigado a declarar", mesmo sem imposto a pagar) De acordo com a Receita Federal, a recomendação é que o contribuinte regularize sua situação o quanto antes. Veja abaixo o que fazer caso você tenha perdido o prazo para entrega. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Receita abre consulta do 1º lote de restituição do IR Como regularizar a situação? O formato de entrega da declaração fora do prazo não muda em relação aos documentos enviados dentro do período estabelecido pela Receita. Assim, o contribuinte poderá enviar o documento tanto por meio do Programa Gerador da Declaração (PGD), que pode ser baixado no computador, como pelo aplicativo Meu Imposto de Renda ou pelo e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte). A grande diferença é que, ao transmitir a DIRPF em atraso, você receberá um aviso de “Notificação de lançamento da multa”, o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para pagamento, bem como informações e prazo para proceder com a quitação e ficar regular perante a Receita Federal. Como pagar a multa? A multa pela entrega da declaração em atraso é inegociável e seu pagamento deve ser feito por meio da emissão do Darf. Caso a multa esteja atrasada, a guia poderá ser feita por meio de consulta das dívidas e pendências fiscais, exposto na aba "Situação fiscal", disponível no e-CAC. A Receita concede até 30 dias para pagamento da multa e/ou do Imposto de Renda devido. Caso o pagamento não seja feito nesse prazo, haverá a aplicação de juro de mora, ajustado pela taxa básica de juros, a Selic. O valor da multa poderá ser descontado da restituição — nos casos em que o contribuinte tiver imposto a restituir —, acrescido de juros. O que acontece se eu não pagar a multa? As multas não pagas — assim como o imposto devido que não é pago dentro do período de 30 dias da entrega em atraso — podem ser consideradas como dívidas e pendências fiscais. Essa situação pode ser consultada na aba "Situação Fiscal" — documento que atesta a regularidade do contribuinte perante a Receita e que está disponível no e-CAC. Após a inclusão da pendência no sistema, o valor da dívida pode ser inscrito em Dívida Ativa, por meio do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal [Cadin], que é um banco de dados onde são registrados os nomes dos contribuintes responsáveis por débitos perante órgãos e entidades federais. Caso o contribuinte tenha seu nome incluso no Cadin, seu CPF pode ter uma variedade de implicações (veja mais abaixo). A falta de pagamento de um imposto devido, em casos extremos, pode ser caracterizada como sonegação fiscal, ou seja, crime contra a ordem tributária. O que acontece se eu não declarar? Além da multa por atraso e de uma penalização e atualização monetária sobre o imposto a pagar nos casos em que for apurado algum valor, o contribuinte também pode ficar com o nome sujo e ter o CPF registrado como irregular no Cadin. Santos diz que, caso isso ocorra, o CPF pode ter várias implicações, tais como: O impedimento de emissão ou renovação de passaporte e carteira de trabalho, por exemplo; A impossibilidade de realizar matrícula em instituições de ensino, bem como vedação da participação de concursos públicos; Score de crédito impactado negativamente, dificultando ou mesmo impedindo a contratação de produtos e serviços financeiros; Protesto em cartório e negativação do nome do contribuinte, além de pagamento de custas ao cartório para regularização; A não emissão de Certidão Negativa de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União (CND), requerida por exemplo para financiamento imobiliário; Ação judicial de cobrança, por meio de execução fiscal; Bloqueio de valores disponíveis em conta corrente e até bloqueio de outros bens, por conta de eventual execução da dívida; Pagamento de custas judiciais e honorários decorrentes de eventual ação judicial iniciada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Saiba o que mais pode acontecer clicando aqui. Veja Mais

Globo Rural: informações adicionais das reportagens do dia 09/06/2024

G1 Economia Curso gratuito ensina como criar abelhas sem ferrão. O Antônio, do Paraná, quer começar uma criação de abelhas sem ferrão e perguntou ao Globo Rural como fazer para capturar as primeiras habitantes da colmeia. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com a Embrapa Meio Ambiente, tem um curso sobre o tema que aborda o preparo das armadilhas, como transferir as colônias para as caixas de criação e os cuidados com as novas colmeias. >>>Acesse aqui Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.733: prêmio acumula e vai a R$ 112 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 14 - 20 - 21 - 39 - 44 - 56. Quina teve 117 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 47,1 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.733 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (6), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 112 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 14 - 20 - 21 - 39 - 44 - 56 5 acertos - 117 apostas ganhadoras: R$ 47.166,50 4 acertos - 7.450 apostas ganhadoras: R$ 1.058,19 O próximo sorteio da Mega será no sábado (8). Mega-Sena, concurso 2.733 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Governo vai realizar novo leilão para comprar mais 36,6 mil toneladas de arroz, diz Conab

G1 Economia Quantidade corresponde aos lotes que não foram arrematados no leilão desta quinta. No total, o certame previa a compra de 300 mil toneladas de arroz, das quais foram adquiridas 263,370 mil. Arroz na colheitadeira Celso Tavares / g1 O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, informou nesta quinta-feira (6), em coletiva de imprensa, que o governo vai realizar um novo leilão no dia 13 de junho para comprar mais 36 mil toneladas de arroz importado. Essa quantidade corresponde aos lotes que não foram arrematados no leilão desta quinta. No total, o certame previa a compra de 300 mil toneladas do grão, das quais foram adquiridas 263,370 mil, ou seja, cerca de 88%. Os pacotes de arroz virão com os logotipos da Conab e do governo federal, além do escrito "Produto Adquirido pelo Governo Federal". O produto terá um preço tabelado: será vendido em pacotes de 5 quilos por R$ 20 reais, ou seja, por R$ 4 o quilo, como o governo tem anunciado. Ainda não é possível saber de quais países virão o arroz. Durante a coletiva, o diretor-executivo de Operações da Conab, Thiago dos Santos, explicou que quem participa dos leilão são empresas brasileiras. Estas que fazem a importação e, posteriormente, vendem o arroz para o governo. O governo disse que essa informação deve ficar disponível nos próximos dias. As empresas que venceram o leilão foram a Zafira Trading, que atua no ramo de exportação e importação; a Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos Ltda; Wisley A de Souza Ltda e a ASR Locação de Veículos e Máquinas, que tem como atividade secundária o comércio de cereais. Além dessas 300 mil toneladas, a Conab está autorizada a comprar mais 700 mil toneladas, mas, segundo Pretto, não existe expectativa de novos leilões, por enquanto. “Se não houver necessidade, nós não faremos mais compra. Mas, enquanto houver necessidade de baratear os preços para os consumidores, nós vamos realizar os leilões”, disse. Leilão quase não aconteceu Na quarta-feira (5) à noite, a Justiça Federal chegou a suspender o evento por meio de uma liminar, atendendo a um pedido do Partido Novo. No entanto, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso e conseguiu reverter a decisão. O leilão aconteceu às 9h da manhã, como estava programado. A medida tem sido criticada por associações de produtores rurais, que a consideram intervencionista e um desestímulo à produção nacional. Durante a coletiva desta quinta, o presidente da Conab disse que o objetivo da compra de arroz é levar o alimento a um preço mais acessível ao consumidor brasileiro, após a alta de preços que ocorreu em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional. Na prévia da inflação de maio, o preço do arroz ao consumidor acumula alta de 25% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Tivemos essa necessidade dessa modalidade da importação justamente para garantir que o trabalhador brasileiro possa ter acesso a um preço acessível nesse item, que é um dos principais alimentos que vai para a mesa do brasileiro junto com o feijão", disse Pretto. "Nos últimos 40 dias, a especulação injustificável tomou conta do mercado brasileiro e o governo cumpriu o seu papel de coibir essa prática horrorosa, principalmente, no momento de tragédia como esse no Rio Grande do Sul", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao g1, logo após o leilão. Segundo ele, há cerca de 40 dias, o pacote de 5 quilos de arroz estava sendo comercializado entre R$ 25 e R$ 26,50, no mercado brasileiro. "Bastou a enchente, o arroz foi a R$ 35, R$ 38, R$ 40. Sem justificativa porque temos estoques no Brasil de arroz suficiente para a população brasileira, mostrando que era pura especulação", disse. Consumidores reclamam de alta no preço do arroz em Bauru Procon encontra variação de até 27% no preço do arroz em estabelecimentos de Goiás Veja Mais

Haddad se reúne com o Papa Francisco no Vaticano

G1 Economia Audiência ocorreu nesta quinta-feira (6). Um dos assuntos tratados foi a tributação das grandes fortunas. Ministro da Fazenda e papa Francisco, no Vaticano, em Roma Servizio Fotografico/Vatican Media O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o Papa Francisco nesta quinta-feira (6), no Vaticano, em Roma. O encontro foi reservado, sem o acesso da imprensa. A agenda de Haddad na Itália tem relação com uma das pautas do ministro à frente da Fazenda, a tributação das grandes fortunas. Durante a viagem, Haddad disse que a taxação das grandes fortunas só "faz sentido em escala global". Ainda segundo ele, "se não for assim, não vai ser eficaz". Ele ponderou também ser este o "começo de uma jornada" de mobilização das nações. Na ocasião, o ministro presenteou o Papa com uma cuia de Chimarrão. Haddad também recebeu um presente do Papa. Após o encontro, o ministro da Fazenda escreveu em uma rede social: "Uma inclinação afetuosa do espírito para a vida é o caminho para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Uma economia global de laços que combatam a miséria e a pobreza." Papa Francisco e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante encontro no Vaticano. Servizio Fotografico/Vatican Media Além de se reunir com o Papa, o ministro da Fazenda também teve reunião com o ministro da Economia e Finanças da Itália, Giancarlo Giorgetti. Durante, uma coletiva de imprensa na terça-feira (4), Haddad falou sobre a oportunidade de encontrar Francisco. "Na quinta-feira, terei a oportunidade de estar com o Papa Francisco numa audiência pessoal, pra trazer o abraço do presidente Lula, e mantê-lo a par dos propósitos do Brasil, e colocar o governo brasileiro a sua disposição para os temas que são tratados pelo Vaticano e que dizem respeito ao sentimento dos brasileiros por um mundo mais fraterno, por um mundo de paz, por um mundo de liberdade", disse. Veja Mais

Quatro maiores bancos comerciais representaram 58% do mercado de crédito em 2023, diz BC

G1 Economia Informações constam no Relatório de Economia Bancária de 2023, divulgado nesta quinta-feira. Instituição mudou formato do indicador de concentração bancária. Fachada do Banco Central do Brasil. Marcello Casal/Agência Brasil Os quatro maiores conglomerados bancários do país (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) encerraram 2023 com 57,8% do mercado de crédito e com 57,9% dos depósitos totais. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (6). Os números do BC mostram queda marginal na concentração bancária no país. Em 2022, segundo a instituição, os quatro maiores bancos do país detinham 58,6% das operações de crédito e 58,4% dos depósitos totais do sistema financeiro nacional. "A concentração no Sistema Financeiro Nacional reduziu-se em 2023, seguindo a tendência dos últimos anos (...) A redução da concentração envolveu o aumento da participação dos segmentos das cooperativas de crédito e instituições não bancárias", informou o BC. Ainda segundo o BC, a queda na concentração bancária em 2023 pode ser associada: à atuação das instituições não bancárias no mercado de cartão de crédito e de crédito sem consignação; as cooperativas de crédito se destacaram por sua atuação nos mercados de cheque especial e de capital de giro. Segundo Banco Central, tem menos dinheiro físico circulando no mercado A divulgação de dados de concentração bancária por parte do Banco Central mudou de formato. Até 2021, o BC contabilizava os cinco maiores bancos para auferir a concentração bancária -- ano em que essas instituições financeiras detinham 81,4% do mercado de crédito do país. O g1 entrou em contrato com o Banco Central, por meio de sua assessoria de imprensa, e questionou por que foi alterado o formato de divulgação dos dados de concentração bancária, mas não obteve resposta até a última atualização dessa reportagem. A instituição informou também, por meio do relatório de economia bancária, que a concorrência no mercado de crédito aumentou em 2023, ao mesmo tempo em que a concorrência em serviços financeiros ficou relativamente estável. "Em geral, desde o início da pandemia, tem-se observado aumento da concorrência ou pelo menos relativa estabilidade. A concorrência nos segmentos bancário e cooperativo do mercado de crédito aumentou", acrescentou o Banco Central. Veja Mais

Compras internacionais de US$ 50: calculadora do g1 mostra como ficam os preços

G1 Economia A chamada "taxa das blusinhas" foi aprovada pelo Senado nesta quarta-feira (5). Caso o texto seja sancionado pelo presidente Lula, produtos com preços de até US$ 50 serão tributados em 20%, além do ICMS, de 17%. Compras internacionais de US$ 50: calculadora do g1 mostra como ficam os preços Barbara Miranda/g1 O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (5) a taxação de compras internacionais de até US$ 50. O texto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, vai para sanção do presidente Lula, que pode mantê-lo ou vetá-lo. A medida impacta sites estrangeiros como Shopee, Shein e AliExpress. Em caso de sanção, os produtos com preços de até US$ 50 serão tributados com um imposto de importação de 20%, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17% — e que já existia. O g1 preparou uma calculadora para você conferir como fica o valor final a ser pago nas compras com as novas regras de tributação. Basta preencher os campos com o valor do produto e o valor do frete. Para o cálculo, a ferramenta considera a cotação do dólar no dia anterior. Veja abaixo. Como funciona? Seguindo as regras aduaneiras, os 20% do imposto de importação serão cobrados em cima do valor do produto (mais eventuais cobranças de frete ou seguro), enquanto os 17% do ICMS vão incidir sobre o valor da compra já somado ao imposto de importação, explica Fabio Florentino, sócio da área tributária do escritório Demarest. O g1 também consultou o advogado tributarista Igor Souza, sócio do escritório Souza Okawa Advogados, para elaborar estes cálculos. ????POR EXEMPLO: Uma compra que, no total, custe US$ 50 terá a cobrança, primeiro, dos 20% do imposto de importação, passando a custar US$ 60 para o consumidor final. Depois, haverá a incidência dos 17% do ICMS sobre esses US$ 60, com o valor final para o consumidor chegando a US$ 72,29 — ou R$ 382,93, com a cotação do dólar nesta quarta-feira. Atualmente, com a isenção de imposto de importação para compras de até US$ 50, o ICMS seria cobrado apenas em cima do valor da compra, os US$ 50, custando para o consumidor US$ 60,24 (ou R$ 319,10), uma diferença de R$ 63,83. Tramitação A taxação foi inserida, durante tramitação na Câmara dos Deputados, em um projeto sobre outro tema, que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), cujo objetivo é reduzir as taxas de emissão de carbono da indústria de automóveis até 2030. A Câmara só vai ter que deliberar novamente sobre pontos alterados pelo Senado. Não é o caso da taxação. Portanto, essa parte vai para sanção do presidente Lula, que pode manter ou vetar. Os debates sobre a taxação de compras internacionais vêm acontecendo desde o ano passado e, mais recentemente, chegaram até a gerar um bate-boca entre parlamentares e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Veja abaixo outros exemplos de quanto alguns produtos podem custar. Quanto custa o look Barbara Miranda/g1 Veja Mais

Senado aprova taxação de compras internacionais de até US$ 50

G1 Economia Votação foi simbólica, sem registro no painel eletrônico. Proposta prevê cobrança de um tributo federal de 20%. Senado aprova taxação de compras internacionais de até US$ 50 Votação foi simbólica, sem registro no painel eletrônico. Proposta prevê cobrança de um tributo federal de 20%. O plenário do Senado aprovou a taxação federal de compras internacionais de até US$ 50. Leia a reportagem.. Na Câmara, a taxação foi aprovada dentro de outro projeto, sobre produção carros. O relator no Senado decidiu retirar o trecho da taxação desse projeto, mas o plenário reverteu isso. . A proposta de taxação prevê uma cobrança de 20% sobre produtos comprados em sites estrangeiros, como Shein, Shopee, AliExpress e Amazon. . Como é hoje? Há isenção de tributos federais para compras abaixo de US$ 50, mas os consumidores já pagam 17% de ICMS sobre o valor do produto. O ICMS é um imposto estadual. . Após a aprovação no Congresso, a proposta vai para sanção de Lula, que poderá torná-la lei ou vetá-la. O presidente já indicou que poderia vetá-la, mas isso ainda não está definido. Veja Mais

Senado abre sessão que pode votar taxa para compras internacionais de até US$ 50

G1 Economia Proposta é um 'jabuti' e já foi aprovada pela Câmara. No entanto, uma disputa local em Alagoas contaminou a discussão no Congresso. Senado abre sessão que pode votar taxa para compras internacionais de até US$ 50 Proposta é um 'jabuti' e já foi aprovada pela Câmara. No entanto, uma disputa local em Alagoas contaminou a discussão no Congresso. Senadores devem votar nesta quarta (5) um projeto que taxa as compras internacionais de até US$ 50. Desde agosto de 2023, essas operações são isentas.. A votação deveria ter ocorrido ontem, mas foi adiada por falta de consenso. Uma disputa em Alagoas quase "arruinou" a votação do tema no Senado; entenda por quê. A proposta é um 'jabuti', ou seja, havia sido incluída dentro de um projeto sobre outro tema (incentivo à indústria de veículos sustentáveis).. A volta da taxa já foi aprovada pela Câmara, que definiu uma alíquota de 20% do valor do produto.. Para compras acima de US$ 50, o Imposto de Importação de 60% continua valendo. Veja Mais

PEC das Praias dificultaria acesso da população às áreas à beira-mar e favoreceria especulação imobiliária, diz governo

G1 Economia Ministério da Gestão divulgou nota com seis motivos que levaram o Executivo a se posicionar contra a proposta que está em debate no Senado; veja lista. Contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode "privatizar" áreas à beira-mar que, atualmente, pertencem à União, o governo federal avaliou nesta quarta-feira (5) que a medida, se adotada, dificultaria o acesso da população ao mar e, também, favoreceria a especulação imobiliária. A análise foi divulgada por meio de nota do Ministério da Gestão e Inovação. Controversa, a proposta, que vem sendo chamada de PEC das Praias, está em análise no Senado. A polêmica cresceu ainda mais depois que a atriz Luana Piovani e o jogador Neymar trocaram farpas nas redes sociais por causa da PEC. O jogador de futebol já anunciou parceria com uma construtora para obras de um condomínio na beira do mar. Segundo o Ministério da Gestão, a eventual privatização de terrenos à beira-mar poderia gerar as seguintes consequências: impactos ambientais descontrolados, perda de receitas para a União e insegurança jurídica; dificuldade de acesso da população às praias, já que ela favorece a especulação imobiliária e o interesse de um conjunto de empreendimentos costeiros; comunidades pesqueiras também podem ser afetadas, pois precisam desses acessos para a sua produção, para a sua subsistência, fora os impactos que isso vai ter para os ecossistemas locais; ocupação desordenada das áreas, ameaçando os ecossistemas brasileiros, tornando esses territórios mais vulneráveis aos eventos climáticos extemos; construção de imóveis nas margens e praias de rios, áreas já visadas pela construção civil e pelo turismo, facilitando "negociações desiguais entre megaempresários e comunidades tradicionais, exacerbando conflitos fundiários"; desproteção dessas áreas, indo na contramão do que vários países têm feito de proteger essas regiões, de limitar o uso, de exercer soberania. Entenda a polêmica sobre privatizar praias no Brasil Nesta semana, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já tinha dito que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é contrário à proposta. "O governo tem posição contrária a essa proposta. O governo é contrário a qualquer programa de privatização das praias públicas, que cerceiam o povo brasileiro de poder frequentar essas praias. Do jeito que está a proposta, o governo é contrário a ela", afirmou Padilha em entrevista nesta segunda. O texto já foi discutido em uma audiência pública no Senado, mas ainda está longe de ser analisado por comissões e pelo plenário da Casa. "Foi bom ter tido essa audiência pública. Teve o debate, pode ter outras audiências. O governo é contrário à proposta do jeito que está neste texto. Vamos trabalhar contrário na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Tem muito tempo para discutir na CCJ", declarou o ministro Alexandre Padilha, na ocasião. Depois da repercussão negativa sobre o texto, o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou que a matéria não está entre as prioridades de votação. Perguntas e respostas sobre a PEC Veja nesta reportagem cinco perguntas e respostas sobre a PEC das Praias (clique no link para seguir ao conteúdo): Como é hoje? Como ficaria com a PEC? Isso significa privatização? ?Quem defende? Quem critica? Como é hoje? As áreas à beira-mar de que trata a PEC são chamadas de terrenos de marinha. Correspondem a uma faixa que começa 33 metros depois do ponto mais alto que a maré atinge. Ou seja, esses terrenos não abrangem a praia e o mar, região geralmente frequentada pelos banhistas. Essa parte continuaria pública. Os terrenos de marinha correspondem a uma camada mais atrás da praia, onde ficam geralmente hotéis e bares. Veja a divisão das áreas na beira da praia Ministério da Gestão e Inovação (MGI) São uma faixa de terra contada a partir do ponto mais alto da marés- delimitada ainda no Brasil Colônia, em 1831. Rios e lagos que sofrem influência das marés são também considerados. Os lotes correspondem a 48 mil km em linha reta e representam 70% de todas as áreas em nome do governo federal. Pela legislação atual, a União, dona dos terrenos de marinha, pode permitir que pessoas e empresas usem e até transmitam as terras aos seus herdeiros. Mas, para isso, esses empreendimentos têm que pagar impostos específicos. Como ficaria com a PEC? O texto discutido no Senado prevê a autorização para a venda dos terrenos de marinha a empresas e pessoas que já estejam ocupando a área. Pelo projeto, os lotes deixariam de ser compartilhados, entre o governo e quem os ocupa, e teriam apenas um dono, como um hotel ou resort. Conforme o texto, só permaneceriam com o governo áreas ainda não ocupadas e locais onde são prestados serviços públicos, como portos e aeroportos, por exemplo. Projeto de reurbanização da Praia Central, em Balneário Camboriú, com visão aérea mostrando calçadão e restinga PMBC/Divulgação Isso significa privatização? A diretora de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Paula Prates, explica que o projeto abre brecha para "privatizar o acesso à praia, e não a praia em si", já que a parte frequentada pelos banhistas continuaria com a União. Para a especialista, a proposta não prevê a "privatização direta" das praias, mas possibilita que uma empresa cerque o terreno e impeça a passagem de banhistas na faixa de areia, como já é visto hoje em alguns resorts. "São áreas de restinga, mangues, dunas, pedaços de praia mais para cima, entradas de rios. São locais que vivem sob a influência da maré e têm ligação direta com o aumento do nível do mar. Esses terrenos são a salvaguarda para a adaptação da mudança do clima", disse Prates ao g1. O relator da proposta no Senado, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), diz que o texto vai permitir a transferência de 8,3 mil casas para moradores do Complexo da Maré e para quilombolas da Restinga de Marambaia -- ilha também localizada no estado do Rio. O senador pontua que haverá um aumento da arrecadação de impostos pelo governo e da geração de empregos nas regiões. "Olhem só o mundo de arrecadação que tem para a União. Nas utilizações dos imóveis, tem aqui os valores discriminados. Pessoa física: R$ 42 bilhões; pessoa jurídica: R$ 67 bilhões; setor hoteleiro: R$1,7 bilhão; ramo imobiliário: quase R$24 bilhões. Imaginem, se houvesse a cessão onerosa dessas propriedades, o quanto que a União não arrecadaria com isso, muito mais", afirmou o parlamentar na audiência pública. Quem critica? Quem é contra, a exemplo do Painel Mar, plataforma que reúne sociedade civil e entidades governamentais, argumenta não fazer sentido vender lotes que podem "deixar de existir no futuro" por causa do aumento do nível do mar. Dados da Universidade de São Paulo (USP) mostram que a elevação é de cerca de 4 milímetros por ano. Além disso, segundo o grupo de estudos, a proteção dos mangues e restingas ajuda a enfrentar as mudanças climáticas, pois essas áreas funcionam como uma barreira natural, que ameniza a gravidade de situações como a vivida no Rio Grande do Sul, assolado pelas enchentes. Se essas áreas, responsáveis pela absorção de carbono, forem vendidas empreendimentos privados, a tendência é aumentar a degradação ambiental. E isso, de acordo com a plataforma, vai fragilizar ainda mais comunidades tradicionais que dependem do ecossistema marinho para sobreviver -- populações caiçaras, quilombolas, ribeirinhas e povos indígenas. Estudo do MMA, de 2018, revela que há "avançado processo erosivo em 40% da costa brasileira". De acordo com o Painel Mar, a erosão será intensificada, causando o chamado "estreitamento da costa" "até o colapso do turismo com a supressão das praias". O cientista Carlos Nobre, especializado em aquecimento global, afirma que "se não controlarmos o efeito estufa, até o final do século, o mar vai subir de 80 cm a 1 metro". Para ele, ao invés da proposta, é necessário um plano, a longo prazo, para retirada das comunidades ribeirinhas dos terrenos de marinha, já que o aumento das marés e ressacas mais fortes são inevitáveis. "Completamente sem sentido tornar propriedade privada quando, no final desse século, essas áreas serão mar", disse. O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) sustenta que "a gestão tradicional promovida pelas comunidades indígenas, fundamentada em conhecimento sócio-tecno-ecológico profundo, resulta em práticas de conservação sustentável que impedem a degradação ambiental, a extinção de espécies e contribuem com a desaceleração das mudanças climáticas". Quem defende? Além de Flávio Bolsonaro, quem também defende o texto é o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que relatou o texto na Câmara, onde a matéria já foi aprovada. Segundo ele, o projeto vai fomentar investimento em praias que se tornaram "verdadeiros cortiços no litoral do Brasil" e criar empregos para milhares de pessoas. "Não estamos oportunizando nenhum negócio imobiliário a quem quer que seja, não estamos autorizando a privatização de praia alguma. Absolutamente nada.", afirmou o deputado. "Agora, pegue aí uma ilha como a de Florianópolis, pegue as áreas portuárias que nós temos abandonadas, verdadeiros cortiços no litoral do Brasil, sem nenhuma conservação, sem nada, pontos absolutamente apodrecidos, destruídos, que poderiam ser áreas nobres das cidades, agregar ao patrimônio das cidades, mas que estão fora, porque são áreas de marinha. A SPU [Secretaria do Patrimônio da União] não tem dinheiro para cuidar, não faz absolutamente nada, e elas ficam como verdadeiras cicatrizes nas nossas cidades", argumentou o parlamentar. Terrenos à beira-mar O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) informou que há 564 mil imóveis registrados em terreno de marinha. O governo arrecadou, em 2023, R$ 1,1 bilhão com as taxas de foro e de ocupação. A pasta estima que o valor poderia ser cinco vezes maior, com um total de quase 3 milhões de construções nas áreas próximas ao mar, mas que não foram oficializadas.20% dos valores apurados são repassados para os municípios. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) é responsável por gerir os terrenos. O órgão promove a regularização fundiária urbana de assentamentos irregulares. "No ano de 2022 foram repassados para municípios cerca de 120 milhões de reais. Embora a PEC em análise determine que as áreas desocupadas permanecem na gestão da União, a possibilidade de municípios poderem acessar mais áreas a partir da expansão de perímetros urbanos, sem dúvida irá reduzir áreas disponíveis ao desenvolvimento nacional. Isso demandará futuras desapropriações trazendo altos custos indenizatórios para a União", explica o MGI. Suelly Araújo, do Observatório do Clima, identifica no projeto um "grande lobby" do setor turístico de resorts. Segundo ela, trabalho de pessoas que vendem produtos na praia, em barracas e quiosques, será ameaçado com o estabelecimento de áreas privativas. MMA e Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP) também são contra a medida. Exemplo prático Segundo a plataforma Painel Mar, em Balneário Camboriú (SC), "a supressão das dunas e praias por calçadões e avenida beira-mar durante as últimas décadas acarretou severos impactos tais como a diminuição da área de lazer da praia central e o sombreamento da praia". "A privatização de lucros e a socialização de prejuízos acarretou custos milionários para o alargamento da praia, custeados por empresários locais, mas que a grande maioria dos municípios brasileiros não possuem condições financeiras sequer de realizar um projeto desta natureza. Outro exemplo é o que vem ocorrendo na cidade de Atafona, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, onde o mar avança em média 2,7 metros por ano, mas já chegou a aumentar até oito metros em alguns anos, como entre 2008 e 2009, causando diversos prejuízos e transformando a cidade em uma cidade fantasma", explica a entidade. Veja Mais

Mês dos namorados: qual é a melhor forma de dividir contas e ganhos no relacionamento?

G1 Economia Podcast Educação Financeira mostra se é mais indicado juntar ou dividir as finanças com o parceiro. Qual a melhor forma de dividir as contas em casal? Basta um casal começar a morar junto para que entre em pauta uma questão que afeta a vida financeira de qualquer um: como dividir as contas e os ganhos dentro do relacionamento? Segundo dados da Noh, uma fintech de finanças para casais, 80% dos casais preferem juntar todas as rendas e gastos. Já 20% deles optam por dividir. Desse número, 60% escolhem dividir os boletos por igual e 40% dividem proporcional ao salário ou aos gastos. LEIA TAMBÉM Infidelidade financeira: como evitar o problema que causa divórcios no Brasil todos os anos Éder Militão x Karoline Lima: como deve ser a pensão alimentícia de um pai milionário? Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres A influenciadora Gabi Rezende e seu marido, Thiago Costa, fazem parte do primeiro grupo. Em entrevista ao podcast Educação Financeira desta semana, Gabi conta que possui uma conta conjunta em que ela e o parceiro depositam todos os ganhos de cada mês. Com esse dinheiro, eles pagam as contas da casa e utilizam o que sobra para fazer investimentos individuais. Já o casal Michele e Bruno Passa, que são casados, afirmaram não possuem conta conjunta e que adotaram, desde o início do relacionamento, uma organização financeira diferente: apesar de terem contas bancárias separadas, os dois sabem as senhas um do outro e, com isso, podem fazer compras em qualquer cartão da família. “Não é sobre de quem o dinheiro é. O que importa é termos consciência de que todo dinheiro é nosso. A gente nunca juntou e nem separou, foi uma conexão genuína que aconteceu” diz Bruno. Além das histórias dos influenciadores, o episódio também traz dicas da Ana Zucato, fundadora da Noh, que abordou as melhores maneiras de cuidar das finanças dentro de um relacionamento, de forma a evitar as famosas “DRs” (discussões da relação). OUÇA O PODCAST ABAIXO: Gabi Rezende e Thiago Costa: “Temos uma conta conjunta” Gabi Rezende e o marido, Thiago Arquivo pessoal Antes do casamento, a criadora de conteúdo Gabi Rezende e o especialista em finanças Thiago Costa já moravam juntos. Nessa época, eles optavam por pagar as contas dividindo os valores por igual, já que possuíam um salário parecido. Mas após se tornarem oficialmente casados, Gabi e Thiago preferiram fazer uma conta conjunta. Nela, colocam todas as rendas do casal e dividem proporcionalmente os gastos conforme a renda de cada um. “Todo salário que recebemos a gente transfere para essa conta. Com ela, nós pagamos tudo o que é despesa, que vão desde as despesas comuns dos dois, mas também as despesas únicas, como, por exemplo, a minha fatura do cartão de crédito”, relata a influenciadora. Depois de quitarem todos os débitos mensais, o casal separa por igual o dinheiro que sobra. Com ele, cada um pode investir ou gastar da forma que preferir. Nesse caso, se um dos dois quiser realizar uma compra mais cara em um mês, em um montante que tomaria, inclusive, a parte do outro, aquele valor deve ficar como débito no próximo mês. “Vamos supor que sobrou R$ 5 mil e eu quero pagar um curso de R$ 5 mil. Então nesse mês eu vou poder gastar esse valor, mas no próximo mês o Thiago vai ter a possibilidade de utilizar a mesma quantidade”, informou a influenciadora. Atualmente, o casal passa por uma grande mudança em sua vida financeira: os dois vão morar nos Estados Unidos porque Thiago irá fazer uma nova especialização. Nesse período, Gabi será a única responsável financeira do casamento. “A gente vai ter que começar a se virar com um salário bem menor, pois só eu vou sustentar a casa. Nós vamos precisar pegar um empréstimo para pagar o MBA dele também. Nesse momento, os dois precisam estar bem alinhados, pois a nossa qualidade de vida vai baixar muito”, alegou Rezende. Michele e Bruno Passa: “Nós não separamos o dinheiro” Michele Passa e o marido, Bruno, com a filha e o cachorro do casal Arquivo pessoal Os influenciadores Michele e Bruno Passa estão juntos há mais de 12 anos, e possuem uma filha de seis anos. Grande parte da renda da família vem dos conteúdos da internet, trabalho que proporcionou a eles uma qualidade de vida melhor. Sobre a organização financeira, eles não possuem uma conta conjunta e, assim, cada um tem seu banco individual. No entanto, ambos sabem as senhas e movimentações financeiras um do outro, pois acreditam que, mesmo separados, “o dinheiro é um só". “Nós não separamos o dinheiro para delimitar a quantidade certa para cada um. O dinheiro é nosso. A gente sempre fez o que quis individualmente e, ao mesmo tempo, fez o que precisava fazer em conjunto”, afirmou a influenciadora. O casal utiliza uma planilha para estipular a quantidade de gastos adequada para cada mês. Nessa dinâmica, eles conseguem realizar os desejos individuais – como comprar um tênis, curso ou maquiagem, por exemplo – de acordo com o limite determinado. Michele e Bruno alegaram que conversar sobre planejamento financeiro não era comum para eles, principalmente no começo da relação. Eles se conheceram em 2011, época em que os dois faziam estágio e ganhavam pouco mais de um salário mínimo. O casal vivia no limite do orçamento e conseguia poupar uma quantidade pequena de dinheiro. Mesmo assim, eles passaram a adotar uma estratégia para aumentar o crescimento das finanças: “Algo que funcionou para a gente é que nós sempre tivemos uma meta seguinte. Por exemplo, nossa primeira casa foi uma quitinete alugada, mas conseguimos guardar dinheiro para conseguir mudar para uma casa melhor a cada ano”, declarou Michele. Como dividir contas e ganhos em casal Conforme Ana Zucato, fundadora da Noh, não existe uma única forma correta de divisão das contas em casal, pois isso vai depender da maturidade, da quantidade de dinheiro e dos combinados de cada relacionamento. Casais de namorados são os que preferem manter as contas separadas, à medida que não possuem grandes responsabilidades juntos, como um filho ou animal de estimação. Já aqueles que preferem juntar as contas, geralmente, são os casais que possuem rendas parecidas, que casaram ou que estão juntos há muito tempo. O recomendado é que o casal seja transparente e busque conversar sobre quanto cada um ganha, gasta e almeja financeiramente para, assim, poderem chegar em um consenso. Essa decisão também precisa ser justa, de acordo com a renda e os gastos dos dois. “As pessoas possuem salários diferentes, principalmente as mulheres, que podem receber menos que os homens. Se a mulher receber, por exemplo, quatro vezes menos que o seu parceiro, e ainda dividir as contas por igual, ela vai ter a sensação de que não sobra dinheiro”, explicou a especialista. Nem só de boletos vive um relacionamento. Para as pessoas que preferem unir os ganhos, é essencial separarem uma renda para a realização dos sonhos e desejos individuais. Sobre isso, Zucato afirma que o casal precisa ter planejamento financeiro, feito por planilhas ou aplicativos, para que seja possível “ver para onde o dinheiro está indo”. “Nesse momento pode ocorrer um problema de falta de visibilidade e organização, onde um pode acusar o outro de gastar demais, vira ‘um disse me disse’. O meu conselho é: tenham fidelidade e sejam transparentes”, indicou. Como organizar as ideias e as finanças para começar a empreender Mentora financeira dá dicas para controlar as finanças Veja Mais

Meu plano de saúde vai aumentar? Veja perguntas e respostas sobre o reajuste anunciado pela ANS

G1 Economia Mudança tem validade de maio de 2024 até abril de 2025 para os contratos de quase 8 milhões de beneficiários. Decisão não envolve planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão. Para a advogada, a decisão garante que milhões de pacientes que pagam por um plano de saúde “terão um tratamento adequado, digno e correto”. Unsplash A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou nesta terça-feira (4) o reajuste máximo de 6,91% no preço dos planos de saúde individual e familiar. A mudança terá validade de maio de 2024 (retroativo) até abril de 2025 para os contratos de quase 8 milhões de beneficiários. Veja abaixo perguntas e respostas sobre a mudança: Meu plano de saúde vai aumentar? Quando o reajuste será aplicado? Qual será o aumento máximo? Como o reajuste é decidido? Qual o histórico de mudanças? Como entrar em contato com a ANS? Meu plano de saúde vai aumentar? Se você tiver um plano familiar ou individual, sim. O aumento máximo deverá ser de 6,91% sobre o valor do plano. Por outro lado, a decisão da ANS não envolve planos coletivos, sejam eles empresariais (contratados pelas empresas onde os beneficiários trabalham) ou por adesão (adquiridos por meio de administradoras de benefícios, por exemplo). Esses tipos de contratos, portanto, não são contemplados no teto estabelecido pela ANS. Além disso, o reajuste máximo anunciado é válido para os planos médico-hospitalares contratados a partir de janeiro de 1999 ou que foram adaptados à nova legislação (Lei nº 9.656/98). Ao todo, a medida irá impactar quase ?8 milhões de beneficiários, o que representa 15,6% dos 51 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil, de acordo com a ANS. Quando o reajuste será aplicado? Segundo a ANS, o reajuste dos planos poderá ser aplicado pela operadora no mês de aniversário do contrato -- ou seja, no mês da data de contratação do plano. Para os contratos que aniversariam em maio e junho, a cobrança deverá ser iniciada em julho ou, no máximo, em agosto, retroagindo até o mês de aniversário do contrato. Entenda como é aplicado o reajuste nos planos de saúde ANS/ Arte - g1 Qual será o aumento máximo? Na prática, o aumento dos planos poderá ser o dobro da inflação medida em um ano. Nos 12 meses encerrados em abril, por exemplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou acumulado em 3,69%, enquanto o teto da alta nos preços é de 6,91%. Vale destacar, no entanto, que além da inflação, o valor final do plano de saúde também é impactado por fatores como o aumento ou queda da frequência de uso do plano de saúde e os custos dos serviços médicos e dos insumos, como produtos e equipamentos médicos. Como o reajuste é decidido? Em nota, o diretor de normas e habilitação dos produtos da ANS, Alexandre Fioranelli, afirmou que os dados utilizados para o reajuste foram verificados pela Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda. Ele destaca que o órgão concordou com o cálculo e disse que ele se adequa "à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro das operadoras". "Importante ressaltar também que essa metodologia é baseada na variação das despesas médicas apuradas nas demonstrações contábeis das operadoras e em um índice de inflação, o que garante previsibilidade e transparência para toda a sociedade”, afirmou Fioranelli, em nota. Qual o histórico de mudanças? O último reajuste, anunciado pela ANS em 12 de junho de 2023, foi de até 9,63% no preço dos planos de saúde. A mudança teve validade de 1º de maio de 2023 até 30 de abril de 2024. Já o ajuste anterior, em 26 de maio de 2022, chegou a 15,5%, o maior desde o início da série histórica, em 2000. Antes, o maior registrado havia sido de 13,57%, em 2016, segundo dados da agência. Já o ano de 2021 foi o único com recuo no teto de preços dos planos de saúde individuais (-8,19%). O motivo foi a queda no uso de serviços médicos provocada pela pandemia de Covid-19, com adiamento de procedimentos como cirurgias e exames. Para a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a oscilação de 2021 para baixo e de 2022 para cima foram efeitos da transferência das despesas médicas por conta do período de isolamento social durante a pandemia. Veja abaixo o histórico de reajustes: Como entrar em contato com a ANS? A ANS mantém um guia na sua página na internet, onde o consumidor pode pesquisar todos os planos de saúde comercializados no país. A agência oferece os seguintes canais para reclamações sobre irregularidades e dificuldades de atendimento: Disque ANS: 0800 701 9656 Fale Conosco: www.gov.br/ans Central de Atendimento a Deficientes Auditivos: 0800 021 2105 Veja Mais

Indústria bélica em SP dá licença remunerada e funcionários vão completar dois anos sem trabalhar

G1 Economia Avibras, em Jacareí (SP), vive crise financeira há pelo menos dois anos e trabalhadores seguem paralisados. Avibras em Jacareí, SP André Luís Rosa/ TV Vanguarda A falta de pagamento de salários fez com que os funcionários da Avibras – companhia bélica brasileira – em Jacareí, no interior de São Paulo, iniciassem uma paralisação nos serviços que já dura quase dois anos. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Foi em setembro de 2022 que cerca de 1,2 mil trabalhadores iniciaram uma greve na unidade, que vive uma crise financeira e chegou até a abrir processo de recuperação judicial. Na última semana foi encerrado o prazo do layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) estabelecido pela empresa e, agora, a Avibras anunciou a licença remunerada para pelo menos 400 funcionários da unidade. O pagamento será feito por prazo indeterminado. O início da greve Tudo começou no dia 9 de setembro de 2022. Na ocasião, os trabalhadores da Avibras deram início à paralisação que se estende até hoje. O motivo era a falta de pagamento dos salários dos meses de julho e agosto daquele ano. Outra questão que embasou a paralisação dos funcionários à época foi o término do layoff previsto para o fim de setembro daquele ano. Os trabalhadores reivindicaram garantia de estabilidade para todos os funcionários, além do pagamento dos salários atrasados e sistema de trabalho rotativo, com revezamento entre os grupos de layoff e trabalhadores nas fábricas. Funcionários da Avibras alegam falta de pagamento e fazem paralisação em Jacareí LEIA TAMBÉM: Empresa australiana negocia aquisição da Avibras, companhia bélica brasileira Especialistas avaliam que falta de incentivo do governo piorou crise da Avibras Perto de ser vendida, Avibras vive crise financeira há pelo menos dois anos Quatro dias depois, em 13 de setembro, os trabalhadores realizaram uma nova assembleia e decidiram manter a greve na unidade. Ainda em setembro de 2022, a Avibras decidiu prolongar o layoff por mais cinco meses. A medida atingiu 420 funcionários da unidade em Jacareí. Além do layoff, a empresa anunciou que iria estender a garantia de estabilidade por pelo menos mais três meses. Durante o acordo, a Avibras chegou a afirmar que faria o pagamento dos salários atrasados aos funcionários. Fábrica da Avibras em Jacareí Reprodução/TV Vanguarda Em maio de 2023, o Sindicato dos Metalúrgicos afirmou que os trabalhadores da Avibras estavam desde setembro sem receber os pagamentos. Na ocasião, a Avibras apresentou uma nova proposta para pagar os funcionários. À época, o Jornal Vanguarda teve acesso a um ofício enviado pelo Exército para a direção da Avibras, no qual o chefe do estado-maior afirmava ter a intenção de alocar recursos em projetos ou produtos desenvolvidos pela empresa, em um valor aproximado de R$ 216 milhões. No entanto, o Exército reforçou na carta que era uma intenção condicionada a obtenção de créditos e a capacidade da empresa de honrar seus compromissos. O valor de três salários atrasados seriam pagos somente após o recebimento dos valores pelo contrato com o Ministério da Defesa. Na proposta enviada ao Sindicato, a Avibras afirmou que queria que pelo menos 100 trabalhadores voltassem à fábrica para que a produção fosse retomada. Apesar dos planos, os meses se passaram, a operação não foi retomada integralmente e os trabalhadores seguem sem receber os salários, de acordo com o sindicato da categoria. Além disso, os funcionários continuam sem trabalhar na unidade, pois 800 profissionais continuam em greve por causa da falta de pagamento e outros 420 trabalhadores que estavam em layoff foram colocados agora em licença remunerada. Avibras faz nova proposta para pagamento de salários Recuperação judicial O pedido de recuperação judicial foi feito pela Avibras antes da paralisação, em março de 2022. O plano de recuperação judicial da empresa, no entanto, foi aprovado pelos credores em julho do ano passado, durante uma assembleia. Além do voto do órgão que representa os trabalhadores, a recuperação judicial teve voto favorável da maioria dos integrantes de outros três grupos de credores: bancos, quirográficos e microempresas. Avibras em Jacareí, SP Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos Ainda em julho do ano passado, a Avibras fechou uma parceria com uma empresa da Arábia Saudita para a fabricação de equipamentos de defesa. O valor da negociação não chegou a ser divulgado pela empresa à época. A parceria foi firmada com a empresa saudita SCOPA Defense durante o Fórum de Investimentos Brasil-Arábia Saudita realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na cidade de São Paulo. Trabalhadores da Avibras fazem manifestação contra atrasos nos salários em São José dos Campos, SP. José Eymard/TV Vanguarda Manifestação e negociações Em março deste ano, os trabalhadores da Avibras fizeram uma nova manifestação contra a falta de pagamentos pela empresa. A manifestação reuniu cerca de 100 funcionários em frente à unidade, em Jacareí. Na ocasião, após uma assembleia, manifestantes estouraram o cadeado do portão da Avibras e invadiram a empresa. Eles pretendiam montar um acampamento no pátio. Até abril de 2023, a Avibras já acumulava uma dívida de R$ 376 milhões. Desse total, R$ 14,5 milhões eram de dívidas trabalhistas, de acordo com o sindicato da categoria. Manifestantes estouram cadeado do portão e entram na Avibras em São José Pouco menos de um mês após as manifestações, a Avibras iniciou as negociações para a venda da empresa com a australiana DefendTex. À época, a Avibras afirmou que a negociação estava avançada e que visava a sua recuperação econômica. "A Avibras Indústria Aeroespacial e a DefendTex comunicam que vêm mantendo tratativas avançadas para viabilizar um potencial investimento que visa a recuperação econômico-financeira da Avibras, de forma a manter suas unidades fabris no Brasil, retomar as operações o mais breve possível e manter o fornecimento previsto nos contratos com o governo brasileiro e demais clientes", dizia a nota. Após o comunicado, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que é contra a venda da Avibras e que considera a negociação um 'ataque à soberania nacional'. A associação que representa a categoria disse ainda que seguiria mobilizando os metalúrgicos pela regularização dos salários (que estão atrasados há 11 meses) e pela 'estatização da Avibras'. No fim do mês passado, a Justiça pediu para que a Avibras prestasse esclarecimentos sobre as negociações da venda à DefendTex. O juiz Maurício Brisque Neiva determinou que os esclarecimentos fossem feitos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O g1 entrou em contato com a Avibras, que disse que não vai se manifestar sobre a determinação da Justiça. Justiça manda Avibras dar informações sobre venda para credores Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Elon Musk ultrapassa Bernard Arnault e volta a ser o homem mais rico do mundo, segundo a Forbes

G1 Economia Bilionário acumula fortuna de mais de US$ 209 bilhões. Elon Musk, CEO da SpaceX e Tesla e proprietário do Twitter, durante a conferência Viva Technology em Paris, em 16 de junho de 2023 REUTERS/ Gonzalo Fuentes O fundador da Tesla, Elon Musk, voltou ao primeiro lugar da lista de bilionários da Forbes. Ele ultrapassa o francês Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH. Apesar da queda das ações da Tesla nesta segunda-feira (3), o bilionário já acumula uma fortuna de mais de US$ 209 bilhões (o equivalente a R$ 1,095 trilhão). Arnault, que ocupava o primeiro lugar da lista, tem patrimônio de US$ 202,7 bilhões (R$ 1,062 trilhão). Veja abaixo as cinco pessoas mais ricas do mundo nesta segunda-feira: Elon Musk: US$ 209,1 bilhões Bernard Arnault: US$ 202,7 bilhões Jeff Bezos: US$ 195,4 bilhões Mark Zuckerberg: US$ 166,9 bilhões Larry Ellison: US$ 147,9 bilhões Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 Polêmicas O primeiro lugar da lista de bilionários vem em meio a uma série de polêmicas envolvendo o nome de Musk. Na última quinta-feira (30), por exemplo, o empresário resolveu sua última briga judicial com a Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, ao concordar em depor na investigação do órgão regulador sobre sua aquisição do site de mídia social Twitter em 2022. Musk e a SEC concordaram com uma data não revelada em que o chefe-executivo da Tesla será interrogado, disseram eles em documentos judiciais. Musk também concordou em não recorrer da decisão judicial que o obrigou a cumprir a intimação da agência. A SEC processou Musk em outubro para obrigá-lo a depor depois que ele se recusou a comparecer a uma entrevista em setembro para a investigação. O bilionário disse que a SEC estava tentando "assediá-lo" por meio de investigações injustificadas. A investigação diz respeito ao fato de Musk ter violado as leis federais de valores mobiliários em 2022, quando comprou ações do Twitter, que mais tarde renomeou como X. Também está analisando declarações e registros da SEC que ele fez em relação ao negócio, disse a agência anteriormente. Além disso, também na semana passada, o bilionário resolveu oferecer visitas à fábrica da Tesla neste mês para os 15 acionistas votarem em seu pacote de remuneração de US$ 56 bilhões (R$ 293,3 bilhões), no mais recente esforço da fabricante de veículos elétricos para reunir votos de investidores. A próxima votação, cujo resultado será anunciado na reunião anual da empresa, em 13 de junho, é vista como um referendo sobre a liderança de Musk, já que os investidores temem que ele esteja distraído com seus outros empreendimentos e que seus comentários frequentemente controversos estejam pesando sobre a reputação e as vendas de Tesla. A empresa está fazendo um esforço incomum e público para angariar apoio ao pacote de remuneração de Musk. O conselho da empresa justificou o acordo de remuneração dizendo que ele é necessário garantir que Musk priorize a Tesla em detrimento de seus outros compromissos. A Tesla pediu aos acionistas que reafirmassem sua aprovação da remuneração recorde estabelecida em 2018, mas foi rejeitada por um juiz que concluiu que o pacote foi negociado por diretores que pareciam estar em dívida com Musk. * Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

'Focus': mercado eleva estimativa de inflação e passa a prever só mais um corte de juros neste ano

G1 Economia Expectativa para o crescimento do PIB não foi alterada pelos economistas. Mercado prevê Selic em 10,25% no fechamento de 2024. Números foram divulgados pelo Banco Central. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em imagem de maio de 2024 Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano novamente e passaram a projetar somente mais um corte na taxa básica de juros em 2024, que, segundo as previsões, terminará em 10,25% ao ano. As projeções constam do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Para este ano, os analistas dos bancos elevaram a expectativa de inflação de 3,86% para 3,88%. Esse foi o quarto aumento seguido no indicador. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,75% para 3,77% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 10% para 10,25% ao ano. Com isso, o mercado passou a prever que o último corte de juros será em meados de junho, e que a taxa permanecerá estável no restante ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro elevou sua expectativa de 9% para 9,18% ao ano. Eventos dos últimos meses As expectativas de inflação deste ano e de 2025 começaram a subir com mais intensidade após alguns eventos que aconteceram na economia nos últimos meses. São eles: Em meados de abril, o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. Se confirmadas pelo Legislativo, as novas metas possibilitarão um aumento de despesas de cerca de R$ 160 bilhões em 2025 e 2026. Mais gastos, por sua vez, tendem a pressionar a inflação. As enchentes no Rio Grande do Sul também estão pressionando a inflação, pois alguns itens de alimentação com origem no estado, como arroz por exemplo, tendem a ter aumento de preços. O próprio Ministério da Fazenda já elevou sua estimativa de inflação por conta disso, assim como os agentes do mercado estão fazendo. Houve um "racha" na diretoria do BC na última reunião do Copom, quando aconteceu uma diminuição no ritmo de corte dos juros – fixando a Selic em 10,50% ao ano. Quatro diretores indicados pelo presidente Lula votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula – com maioria no Copom a partir de 2026 –, possa ser mais leniente com a inflação, em busca de um ritmo maior de crescimento da economia.] Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado ficou estável em 2,05%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro continuou em 2%. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 permaneceu em R$ 5,05. Para o fim de 2025, a estimativa continuou também em R$ 5,05. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 82 bilhões para US$ 82,3 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 78 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso ficou estável em US$ 73 bilhões. Veja Mais

Morango e cebola têm redução de preço; veja cotação das Ceasas do Paraná

G1 Economia Morango ficou mais barato em Curitiba, e vagem macarrão teve alta em Curitiba e Cascavel. Cotação: morango e cebola têm redução de preço Entre os produtos mais comercializados nas centrais de abastecimento do Paraná, a vagem macarrão teve alta em Curitiba e Cascavel. Já a bandeja do morango ficou mais barato em Curitiba. A cebola pera teve redução de preço em Cascavel e Maringá, enquanto a cebola branca ficou mais cara em Foz do Iguaçu. Veja a variação: ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ? Siga o canal do g1 PR no Telegram Curitiba Vagem macarrão: R$ 10/kg. Alta no preço: há duas semanas, custava R$ 5,33/kg. Couve-flor: R$ 5,83/cada. Antes, a unidade saía por R$ 4,16. Morango: R$ 7/bandeja. Antes, a bandeja custava R$ 10. Pimentão verde: R$ 4,58/kg. Antes, o quilo custava R$ 5,83./ Cascavel Vagem macarrão: R$ 18,21. Antes, o quilo saía por R$ 12,85. Batata lisa; R$ 8/kg. Antes, custava R$ 5,80/kg. Cebola pera: R$ 6,50/kg. Há duas semanas, custava R$ 7,50/kg. Ovo vermelho: R$ 9,30/dúzia. Antes, custava R$ 10/dúzia. Foz do Iguaçu Melão amarelo: R$ 8,46. Há duas semanas, o quilo custava R$ 7,07. Cebola branca: R$ 6,50/kg. Antes, custava R$ 5,50/kg. Limão tahiti: R$ 2,95/kg. Antes, custava R$ 2,72/kg. Melancia: R$ 2,95/kg. Único produto que registrou redução no período: antes, custava R$ 3/kg. Maringá Abobrinha verde: R$ 3,25/kg. Antes, custava R$ 2,50/kg. Melancia: R$ 2,60/kg. Antes, custava R$ 2,30/kg. Pimentão verde: R$ 5,42/kg. Antes, custava R$ 7,08/kg. Cebola pera: R$ 5,50/kg. Há duas semanas, custava R$ 6,75/kg. LEIA TAMBÉM: Música: 'Tô bonitinho': Jovem Dionísio lança nova música e embala trend nas redes sociais Crime: Homem dispara submetralhadora e mata duas pessoas em distribuidora bebidas de Almirante Tamandaré Investigação: Suspeito de ser um dos chefes do PCC é preso no Paraná VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná Veja Mais

Pecuaristas continuam fiéis aos leilões tradicionais de gado

G1 Economia Pecuaristas da região do interior de São Paulo, que participam de leilões, se dividem entre o evento presencial e online. Pecuaristas continuam fiéis aos leilões tradicionais de gado Reprodução/TV TEM Às quartas-feiras, uma propriedade no interior de São Paulo promove um leilão com mais de 500 animais. O proprietário do local e responsável pela ação, Vandivaldo Gimenez, conta que muita coisa mudou com o auxílio da tecnologia. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Há três anos, o evento, que era somente presencial, é transmitido de forma online, o que contribui para a venda dos gados. Segundo Vandivaldo, antes das transmissões, o leilão tinha uma plateia de 400 a 500 pessoas, mas com a internet, atualmente 60% das vendas são online. O público presente no espaço, no entanto, diminuiu para aproximadamente 150 pessoas. Os animais que não arrematados online, são vendidos presencialmente, e com isso o percentual de venda em cada leilão chega a 90%. Em uma outra cidade do interior, o pecuarista Enzo Rossini participa e sempre faz negócios, tanto presencialmente quanto pela internet. Segundo ele, a maior parte das vendas é online. Apesar da facilidade, Rossini ressalta que faz toda diferença ver o animal de perto antes de arrematar. Veja a reportagem exibida no programa em 02/06/2024: Pecuaristas continuam fiéis aos leilões tradicionais de gado Para Adriano Balbino, criador de gado, o modelo presencial é o mais vantajoso. Conforme ele conta, pelos vídeos fica mais difícil de observar alguns detalhes do rebanho. Apesar de toda a força do online, muitos leilões atraem pecuaristas de forma presencial. Em um dos eventos realizados por Halim Farha são cerca de 900 cabeças de gado negociadas por semana. Além de bons negócios, o evento presencial se tornou um momento de lazer para quem participa, e conta com espaços infantis até restaurantes com cardápios completos para toda a família. Pecuaristas continuam fiéis aos leilões tradicionais de gado Reprodução/TV TEM VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Imposto de Renda 2024: errou ou entregou declaração incompleta? Saiba como fazer a retificadora

G1 Economia Correção dos dados pode ser feita até cinco vezes após o prazo de entrega. O contribuinte que entregou a declaração de Imposto de Renda 2024 e notou que cometeu algum erro, ou enviou alguma informação incompleta poderá fazer a retificação sem precisar pagar multas. Essa declaração retificadora substitui todas as informações da declaração original e é importante ter atenção para uma eventual mudança no valor do imposto a ser pago após a entrega da retificação. Após o prazo de entrega da declaração, os contribuintes podem retificar no máximo cinco vezes e por até cinco anos, desde que o documento não esteja sob procedimento de fiscalização da Receita Federal — ou seja, desde que o contribuinte não tenha sido convocado pelo órgão para prestar contas. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Receita abre consulta do 1º lote de restituição do IR Como fazer a declaração retificadora Caso o contribuinte tenha enviado a declaração por meio do programa do Imposto de Renda: Abra o programa e clique na opção "Transmitidas"; Em seguida, clique na declaração que deverá ser retificada e selecione a opção "Retificar Declaração" – com isso, a declaração a ser retificada ficará disponível na aba "Em preenchimento"; Clique no campo "Declaração retificadora" e preencha o número do recibo de entrega da declaração original; Faça as alterações necessárias; Envie novamente a declaração. Caso o contribuinte opte por retificar a declaração no site da Receita Federal: Acesse o e-CAC (Centro Virtual de Atendimento) e informe os dados para login; Clique na opção "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF); Clique no ano da declaração que deseja retificar e selecione a opção "Preencher Declaração Online"; Na nova aba aberta pelo site, selecione a opção "Retificar Declaração"; Faça as alterações necessárias; Envie novamente a declaração. Nesse último caso, no entanto, a versão disponível para edição é simplificada e limitada. Sendo assim, não é possível corrigir informações das fichas: Atividade Rural; Ganhos de Capital; Moeda Estrangeira; Renda Variável. Dicas para quem precisa retificar Apesar de haver a possibilidade de retificar o documento entregue ao Fisco diversas vezes, a recomendação é que o contribuinte tenha atenção e não exagere no número de alterações, a fim de evitar possíveis problemas com a Receita Federal. Outros alertas são: A declaração retificadora substituirá a original. Assim, ela deve conter todas as informações corretas anteriormente declaradas, além das alterações; Com exceção dos grupos prioritários, a Receita leva em consideração a ordem de entrega da declaração para realizar o pagamento da restituição. Portanto, ao enviar a declaração retificadora, é feito um novo processamento, o que pode postergar a data de recebimento da restituição, pois o contribuinte vai para o “final da fila”; Passado o período de envio do documento, o declarante deverá manter o modelo de tributação escolhido inicialmente e corrigir apenas as informações equivocadas. Veja Mais

Receita recebe 42,4 milhões de declarações de Imposto de Renda; veja como regularizar situação em caso de perda do prazo

G1 Economia Número de declarações entregues neste ano representa 102,9% em relação ao total de 2023. Moradores de cidades do Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes podem entregar declaração até agosto Prazo para a declaração do Imposto de Renda 2024 terminou nesta sexta-feira (31) Joédson Alves/Agência Brasil A Receita Federal divulgou neste sábado (1º) o balanço final da entrega da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2024. O órgão recebeu 42.421.153 declarações até as 23h59 de sexta-feira (31), prazo limite para o envio. Segundo a Receita, o número de declarações entregues dentro do prazo neste ano representa 102,9% em relação ao total de 2023. Quem era obrigado a declarar o IR e perdeu o prazo poderá fazer a declaração a partir das 8h de segunda-feira (3), mas terá de pagar uma multa por atraso, calculada da seguinte maneira: Multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculada sobre o valor do imposto devido na declaração, ainda que integralmente pago, até um teto de 20%; Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava "obrigado a declarar", mesmo sem imposto a pagar). De acordo com o Fisco, a recomendação é que o contribuinte regularize sua situação o quanto antes (veja mais informações abaixo). A exceção é para os moradores dos municípios do Rio Grande do Sul que estão em estado de calamidade pública. Para esses contribuintes, o prazo de entrega se estenderá até 30 de agosto de 2024. Em nota divulgada neste sábado, o supervisor nacional do programa do IRPF, auditor-fiscal José Carlos Fonseca, afirmou que, neste ano, o sistema para recebimento das declarações funcionou corretamente. "O processo de entrega da declaração ocorreu de maneira extremamente tranquila, não tivemos nenhum problema tecnológico, não tivemos nenhuma sobrecarga, nenhuma indisponibilidade. Isso mostra a estabilidade de todo o processo que construímos até agora", disse. Doações diretas Segundo a Receita, os contribuintes tiveram a oportunidade de destinar até 6% do valor devido do IRPF do ano passado para projetos sociais. Foram feitas 237.081 doações, totalizando R$ 330,43 milhões, sendo 59% destinados a programas que atendem crianças e adolescentes e 41% a programas que cuidam de pessoas idosas. "A destinação permite a aplicação de parte do imposto recolhido em causas consideradas importantes pelos cidadãos, refletindo a responsabilidade social e os valores de cada contribuinte, transformando o Imposto de Renda em um imposto solidário", afirmou a Receita. Como regularizar a situação? O formato de entrega da declaração fora do prazo não muda em relação aos documentos enviados dentro do período estabelecido pela Receita. Assim, o contribuinte poderá enviar o documento tanto por meio do Programa Gerador da Declaração (PGD), que pode ser baixado no computador, como pelo aplicativo Meu Imposto de Renda ou pelo e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte). A diferença é que, ao transmitir a declaração em atraso, o contribuinte receberá um aviso de "Notificação de lançamento da multa", o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para pagamento, bem como informações e prazo para proceder com a quitação e ficar regular perante a Receita Federal. Como pagar a multa? A multa pela entrega da declaração em atraso é inegociável e seu pagamento deve ser feito por meio da emissão do Darf. Caso a multa esteja atrasada, a guia poderá ser feita por meio de consulta das dívidas e pendências fiscais, exposto na aba "Situação fiscal", disponível no e-CAC. A Receita concede até 30 dias para pagamento da multa e/ou do Imposto de Renda devido. Caso o pagamento não seja feito nesse prazo, haverá a aplicação de juro de mora, ajustado pela taxa básica de juros, a Selic. O valor da multa poderá ser descontado da restituição — nos casos em que o contribuinte tiver imposto a restituir —, acrescido de juros. O que acontece se eu não pagar a multa? As multas não pagas — assim como o imposto devido que não é pago dentro do período de 30 dias da entrega em atraso — podem ser consideradas como dívidas e pendências fiscais. Essa situação pode ser consultada na aba "Situação Fiscal" — documento que atesta a regularidade do contribuinte perante a Receita e que está disponível no e-CAC. Após a inclusão da pendência no sistema, o valor da dívida pode ser inscrito em Dívida Ativa, por meio do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), que é um banco de dados onde são registrados os nomes dos contribuintes responsáveis por débitos perante órgãos e entidades federais. Caso o contribuinte tenha seu nome incluso no Cadin, seu CPF pode ter uma variedade de implicações (veja mais abaixo). A falta de pagamento de um imposto devido, em casos extremos, pode ser caracterizada como sonegação fiscal, ou seja, crime contra a ordem tributária. O que acontece se eu não declarar? Além da multa por atraso e de uma penalização e atualização monetária sobre o imposto a pagar nos casos em que for apurado algum valor, o contribuinte também pode ficar com o nome sujo e ter o CPF registrado como irregular no Cadin. Caso isso ocorra, o CPF pode ter várias implicações, como: O impedimento de emissão ou renovação de passaporte e carteira de trabalho, por exemplo; A impossibilidade de realizar matrícula em instituições de ensino, bem como vedação da participação de concursos públicos; Score de crédito impactado negativamente, dificultando ou mesmo impedindo a contratação de produtos e serviços financeiros; Protesto em cartório e negativação do nome do contribuinte, além de pagamento de custas ao cartório para regularização; A não emissão de Certidão Negativa de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União (CND), requerida por exemplo para financiamento imobiliário; Ação judicial de cobrança, por meio de execução fiscal; Bloqueio de valores disponíveis em conta corrente e até bloqueio de outros bens, por conta de eventual execução da dívida; Pagamento de custas judiciais e honorários decorrentes de eventual ação judicial iniciada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). 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Ibovespa tem a maior queda de 2024 até aqui entre 15 bolsas pelo mundo, mostra ranking

G1 Economia Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que as principais razões para a queda são os juros altos nos Estados Unidos, a fraqueza da economia chinesa e o pessimismo com o cenário fiscal brasileiro. Queda do Ibovespa é puxada por diversos fatores adobe stock O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), teve a maior queda de 2024 até aqui entre 15 das principais bolsas do mundo, segundo ranking elaborado por Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. Até 30 de maio, o Ibovespa acumula uma queda de 14,82%, considerando o retorno em dólares. O levantamento considera os retornos dos índices na moeda americana para que a base comparativa entre os países seja semelhante. O rendimento da bolsa brasileira foi pior entre as principais bolsas da América Latina, considerando também México, Colômbia, Argentina, Peru e Chile, e também o pior entre os principais mercados do mundo - Estados Unidos, China, Japão, França, Inglaterra e Alemanha. Veja o ranking completo: Por que a bolsa está caindo? Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que há três principais motivos para a queda acentuada da bolsa brasileira nos primeiros cinco meses de 2024: as perspectivas de que os juros nos Estados Unidos devem demorar para cair uma atividade econômica menor que o esperado na China cenário fiscal brasileiro ainda preocupante e com expectativa de taxa Selic elevada 1?? Juros nos Estados Unidos Jefferson Laatus, estrategista-chefe da Laatus Capital, diz que investidores iniciaram o ano com uma grande expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) iniciasse um ciclo de corte nas taxas de juros dos Estados Unidos ainda no primeiro trimestre, em março. "O mercado acreditava que o Fed poderia cortar até seis vezes a taxa de juros neste ano", comenta Laatus, "o que seria ótimo para a economia e para fazer fluir dinheiro para os mercados emergentes". Mas isso não aconteceu e o cenário para os cortes ainda está distante. Atualmente, os juros americanos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano e, de acordo com a ferramenta FedWatch, da CME, que mede a expectativa dos participantes do mercado sobre as taxas no país, a maioria dos investidores acredita que uma queda nos juros só deve começar no último trimestre do ano. Isso porque a economia americana continua forte, com um mercado de trabalho aquecido e com dinheiro na mão da população. Isso faz com que o consumo não tenha uma redução tão acentuada e a inflação continue pressionando o Fed a manter os juros elevados por mais tempo. Taxas de juros altas nos Estados Unidos, que é a maior economia do mundo, faz com que os investidores migrem seus investimentos para os títulos públicos do país (considerados os mais seguros e que têm a rentabilidade atrelada às taxas do Fed), o que retira dinheiro de mercados de risco, como a bolsa de valores brasileira. 2?? Atividade econômica na China O especialista também destaca a China, que o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo Laatus, o ano começou com expectativas de que o país asiático faria grandes investimentos em infraestrutura, principalmente no setor imobiliário, para reaquecer sua economia. Por ser um grande parceiro do Brasil, grandes estímulos na economia chinesa podem aumentar a demanda por produtos e matérias-primas brasileiras. Mas isso não aconteceu e a atividade do país continua mais fraca que o esperado. Um exemplo disso na bolsa são as ações da Vale, empresa com maior peso na composição do Ibovespa. No ano, até aqui, os papéis da mineradora despencaram quase 20%, puxando o Ibovespa para o campo negativo. A razão para isso é uma demanda mais fraca pelo minério de ferro - commodity que tem como um dos seus principais compradores no mundo a China. 3?? Preocupações internas Por fim, o cenário interno no Brasil também tem deixado investidores mais receosos, principalmente com a questão fiscal. Em abril, o governo mudou a meta fiscal brasileira e propôs déficit zero em 2025, em vez de superávit de 0,5% projetado anteriormente. "A percepção de risco fiscal elevado e a alteração da meta fiscal para 2025 provocaram deterioração nas expectativas, contribuindo para a volatilidade do mercado e restritas expectativas de cortes nas taxas de juros, essencialmente limitando o apelo de investimentos no país", pontua André Colares, presidente da Smart House Investments. A cautela com o cenário fiscal também tem reduzido as expectativas de cortes da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, nas próximas reuniões do Banco Central do Brasil. Em seu último encontro, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu o ritmo de cortes na taxa Selic: a redução foi de 0,25 ponto percentual, a 10,5% ao ano, depois de uma série de quedas de 0,50 ponto percentual. Em relatório, o Bank of America comenta que espera receber retornos de títulos brasileiros, por conta da expectativa de que os juros devem continuar elevados. "Os riscos no Brasil são preocupações fiscais que colocam pressão estrutural sobre as taxas ou pressão inflacionária a médio prazo", diz a instituição. Além disso, Colares explica que o temor de intervenções do governo em empresas com participação de capital estatal, como a Petrobras (que teve mudança de presidente em maio), reduz a confiança dos investidores, tanto domésticos quanto internacionais. Veja Mais

Presidente da Enel em São Paulo deixa cargo e companhia anuncia substituto; empresa enfrenta crise por apagões

G1 Economia Max Xavier Lins presidia a Enel Distribuidora SP desde novembro de 2018; Guilherme Lencastre é quem assume o cargo. Renúncia ocorre após crise envolvendo dois grandes apagões na capital paulista. O presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier Lins, em depoimento à CPI da Alesp Divulgação/Alesp A Enel Distribuidora SP, responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital paulista e outros 24 municípios da região metropolitana, anunciou nesta sexta-feira (31) que o atual diretor-presidente Max Xavier Linds renunciou ao cargo. Max estava na presidência desde novembro de 2018. Em nota enviada ao g1, a empresa afirmou que Max não será mais presidente, mas vai continuar no Grupo Enel. Quem assume sua vaga é Guilherme Lencastre, que atuava como presidente do Conselho de Administração da companhia em São Paulo. "Como parte das recentes mudanças implementadas na gestão da Enel no Brasil, Guilherme Lencastre, que atuava como presidente do Conselho de Administração da companhia em São Paulo, assume como diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo, substituindo Max Xavier, que permanece no Grupo Enel. Lencastre deixa o Conselho da empresa em São Paulo e continuará presidindo o Conselho de Administração da Enel Brasil", diz a nota. Ainda conforme a empresa, Lencastre está há 26 anos no Grupo e já foi presidente da área de Geração da empresa e diretor de Redes no Brasil. Ele é formado em Engenharia de Produção-Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). A renúncia ocorre após uma crise envolvendo apagões registrados em São Paulo. O episódio mais recente é de março deste ano, quando moradores e comerciantes no Centro da capital ficaram mais de uma semana no escuro em razão de problemas na rede subterrânea da empresa. No período, até a Santa Casa de Misericórdia foi afetada. Em novembro de 2023, quando a cidade sofreu com fortes temporais, moradores e comerciantes de alguns bairros ficaram mais de uma semana sem o fornecimento de luz. Na época, o então presidente Max Xavier Lins, pediu desculpas à população e disse que “sentia a dor” de quem estava mais de 100 horas sem luz. No dia 1º de abril, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que determinou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a abertura de um processo disciplinar para investigar o que ele chama de “transgressões reiteradas” da concessionária em São Paulo. Multas do Procon superam R$ 51 milhões O Procon de São Paulo já multou a Enel em mais de R$ 51 milhões em cinco anos por interrupções no fornecimento de energia elétrica, cobranças indevidas e problemas na leitura do medidor de consumo mensal. É o que aponta um balanço do Procon enviado ao g1 de 2019 a de 2024. O balanço do Procon aponta que, em cinco anos de serviço, a empresa já recebeu sete multas. A de valor mais elevado, R$ 12,9 milhões, foi aplicada na última quinta-feira (4). LEIA TAMBÉM Quem pode suspender concessão da Enel? Com fim do contrato em 2028, especialistas dizem não haver tempo para definir novo operador Assim como após apagão de novembro em SP, Enel é multada pelo Procon em quase R$ 13 milhões por queda de luz no Centro A notificação mais antiga, de junho de 2019, já entrou em dívida ativa. Outras ainda aguardam recurso (veja mais abaixo). Procurada, a empresa informou que "a multa aplicada pelo Procon em junho de 2019, embora esteja registrada na Dívida Ativa, encontra-se temporariamente suspensa devido à contestação judicial em andamento. Quanto à sanção recentemente aplicada, em abril de 2024, a Enel foi notificada e deverá responder dentro do prazo estabelecido pelo órgão competente. A companhia ressalta que as demais multas estão em fase de recurso, seja em fase administrativa ou judicial". Queixas Além das multas, a concessionária também já recebeu 54.848 reclamações de consumidores por cobranças de atendimento, qualidade de serviço, contrato, informação, saúde e segurança. Os números são de outro balanço do Procon, enviado ao g1, e foram registrados entre junho de 2021 e março de 2024. Confira os números: 2021 (de julho a dezembro): 11.219; 2022: 19.061; 2023: 19.272; 2024 (de janeiro a março): 5.296 Copan, no Centro de SP, é atingido pelo apagão. Reprodução/ TV Globo Quando a Enel assumiu a gestão? O processo de privatização da estatal Eletropaulo, anteriormente responsável pela gestão de energia elétrica de São Paulo, começou em 1995, no governo Mário Covas (PSDB), a partir do Programa Estatual de Desestatização. Com o programa de privatização, a Eletropaulo foi desmembrada em quatro empresas: Eletropaulo Metropolitana, Empresa Bandeirante de Energia, Empresa Paulista de Transmissão e Empresa Metropolitana de Águas e Energia; A Eletropaulo Metropolitana, então, passou a ser responsável pela distribuição de energia elétrica dos 24 municípios da Grande São Paulo, além da capital; Em 1998, a empresa foi arrematada em leilão pelo consórcio Lightgás, com participação das empresas: AES Corporation, Electricité de France (EDF), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Reliant Energy; Em 2001, com a venda das ações da Reliant e da CSN para a AES Corporation, a Eletropaulo passou a ser controlada apenas pela AES Corporation, companhia de origem estadunidense e uma das maiores em energia do mundo; Em 2018, a multinacional italiana Enel comprou 73,38% das ações da Eletropaulo por R$ 5,55 bilhões em leilão realizado na B3 (bolsa de valores). Com o negócio, a concessionária passou a ser líder em distribuição de energia no Brasil. Somente em São Paulo, 7 milhões de consumidores são atendidos; Desde novembro de 2018, a Eletropaulo passou a ser chamar Enel Distribuição São Paulo; Atualmente, a concessionária também atende o Rio de Janeiro e o Ceará. Rescisão do contrato A prefeitura voltou a pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Aneel a rescisão da concessão de energia elétrica à Enel na capital paulista. A ação ocorreu após os inúmeros e frequentes problemas de falta de energia na cidade. Ofício assinado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e encaminhado em 22 de março à Aneel, agência responsável pela fiscalização dos serviços prestados pela Enel, afirma que, “por serem, assim, tão graves as falhas ocorridas e a renitência da concessionária em admiti-las e corrigir sua conduta, o município de São Paulo, mais uma vez, busca que essa agência instaure procedimento com visitas à rescisão da concessão, única medida que se vislumbra capaz de garantir a continuidade de serviço público essencial à vida na maior cidade do país". Especialistas, no entanto, consideram a suspensão do contrato uma medida tardia, já que a concessão tem apenas mais quatro anos de vigência e haveria dificuldades em encontrar um novo fornecedor neste prazo. Aneel também já multou Enel Em fevereiro, a Aneel multou a distribuidora concessionária em R$ 165,8 milhões por falhas relacionadas à demora excessiva no restabelecimento de energia elétrica ao longo dos dois últimos anos na região da Grande São Paulo. O órgão considerou que a Enel prestou "serviço inadequado" no período, descumprindo uma cláusula do contrato de concessão e uma resolução da Aneel que estabelecem como dever da concessionária "assegurar a regularidade, continuidade, eficiência, segurança" na prestação dos serviços. Passado mais de um mês do fim do prazo, a concessionária de energia ainda não liquidou a dívida e, de acordo com a agência, há um recurso administrativo interposto pela concessionária em fase de análise. Desde 2018, a concessionária foi autuada nove vezes pela Aneel por problemas operacionais ou na prestação de serviços em São Paulo. Em pelo menos sete processos, a empresa foi multada. No total, a agência nacional já aplicou R$ 321 milhões em multas na concessionária paulista. Falta de energia elétrica no centro de São Paulo Veja Mais

Fortuna de Trump aumenta em R$ 705 milhões na véspera de julgamento do ex-presidente

G1 Economia Ex-presidente americano tem uma fortuna estimada em US$ 7,7 bilhões (R$ 39,6 bilhões) e é a 343ª pessoa mais rica do mundo, segundo o ranking de bilionários da Forbes. Donald Trump em fevereiro de 2024 Sam Wolfe/Reuters Na véspera do segundo dia do julgamento de Donald Trump, a fortuna do ex-presidente americano, que responde a 34 acusações em um processo de suposta fraude contábil na campanha eleitoral de 2016, teve um incremento expressivo. Nesta quarta-feira (29) , o patrimônio de Trump cresceu em US$ 137 milhões, cerca de R$ 705 milhões, na atual cotação do dólar. Agora, ele tem uma fortuna estimada em US$ 7,7 bilhões (R$ 39,6 bilhões) e é a 343ª pessoa mais rica do mundo, segundo o ranking de bilionários da Forbes. Trump é acusado de falsificar documentos comerciais para encobrir um pagamento de US 130 mil pouco antes da eleição presidencial de 2016 para silenciar a estrela pornô Stormy Daniels, que alegou ter tido um encontro sexual. LEIA MAIS Julgamento de Trump: começa 2º dia de reunião do júri para decidir futuro do ex-presidente dos EUA AO VIVO: Júri pode decidir se ex-presidente é culpado ou inocente nesta quinta; acompanhe Essa alta no patrimônio do ex-presidente é puxada, sobretudo, pela valorização das ações de sua empresa de mídia social, a Trump Media & Technology Group (TMTG), cujo principal produto é a Truth Social - uma rede social ao estilo do X, antigo Twitter. Somente nos últimos cinco dias, os papéis da companhia, que são negociados na bolsa de Nasdaq, registraram uma valorização de 17,2%. O movimento de alta nas ações começou em 17 de abril, quando eram cotadas em US$ 22,84, dois dias após o início do julgamento de Trump em Nova York. De lá para cá, os papéis dispararam 123,8% e encerraram o pregão desta quarta vendidos a US$ 51,12. Segundo o analista de investimentos Vitor Miziara, esse movimento se deve ao aumento das expectativas entre participantes do mercado de que Trump deve ser considerado inocente e, concorrendo às eleições, possa sair vencedor. "Se tem uma expectativa de que o presidente da empresa pode ser presidente dos Estados Unidos, alguma coisa boa os investidores esperam disso", explica. Sobe e desce das ações As ações da TMTG foram listadas no final de março na bolsa de Nasdaq após a conclusão um longo processo de fusão, que levou 29 meses, da empresa com a Digital World Acquisition. Com a estreia, o mercado se empolgou e fez o preço dos papéis dispararem mais de 40% já no primeiro dia de negociação. No entanto, a animação logo deu lugar à cautela e, em uma semana, as ações chegaram a cair mais de 30%. Em abril, a divulgação do balanço corporativo da empresa, que reportou um prejuízo de US$ 58 milhões em 2023, fez com que seus preços derretessem ainda mais, levando seus papéis ao posto de mais vendidos do mercado - ou seja, investidores apostando que os preços vão continuar caindo. Além do prejuízo milionário, o que mais chamou a atenção nos resultados da empresa foi a sua receita no último ano: apenas US$ 4 milhões, levantando o questionamento de quão rentável é o negócio. No entanto, junto ao início do julgamento de Trump, as ações voltaram a subir. LEIA TAMBÉM Trump entra para o grupo dos 500 mais ricos do mundo, com fortuna de US$ 6,5 bilhões Trump paga multa de US$ 175 milhões por fraudar balanço financeiro A fusão da Trump Media A Trump Media é detentora da rede social Truth Social. Em seu site, a empresa se descreve como "uma força unificadora para a liberdade de expressão", que vem "cancelando a cultura do cancelamento" e "sem discriminação política". Apesar disso, a mídia social proporciona um ambiente de interação entre os apoiantes de Trump, principalmente agora, em sua campanha para uma nova eleição em 2024. O acordo da fusão bilionária demorou anos para ser concluído, pois foi alvo de investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A empresa, inclusive, chegou a um acordo de US$ 18 milhões com o regulador do mercado americano, sob a acusação de divulgações imprecisas de informações do negócio, em julho do ano passado. Segundo a agência de notícias Reuters, o negócio injetou cerca de R$ 300 milhões ao caixa da Truth Social, depois da companhia perder US$ 10,6 milhões com suas operações nos nove primeiros meses de 2023. A notícia da conclusão do acordo veio em um momento atribulado para o ex-presidente. Ele foi condenado a pagar uma fiança de quase US$ 500 milhões em um caso civil de fraude em Nova York. Porém, depois de uma apelação, a justiça reduziu o valor do pagamento para R$ 175 milhões na última segunda-feira (25). Embora já fosse bilionário, com uma fortuna de mais de US$ 2 bilhões, Trump enfrentava problemas para pagar o valor da fiança por conta de onde estava esse dinheiro: a maior parte do patrimônio era de imóveis e, portanto, não apresentava boa liquidez para resolver as dívidas com a justiça. O ex-presidente pagou o valor da multa. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 Veja Mais

Aprenda a cultivar lúpulo, usado na produção de cerveja

G1 Economia Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-Usp) mostra as características da planta, as diferentes variedades e também dá dicas para o beneficiamento. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-Usp) ensina a cultivar lúpulo, usado na produção de cerveja. O documento mostra quais são as características da planta, as diferentes variedades e também dá dicas para o beneficiamento. >>>Acesse aqui Veja Mais

Aliança liderada pela 99 dobra meta de carros elétricos e passa a incluir motos

G1 Economia Grupo de empresas, que inclui Raízen, Movida, BYD e outras, já teria injetado R$ 245 milhões em iniciativa. Raul Zito/ G1 Um grupo de empresas interessadas na expansão do transporte urbano com veículos eletrificados no Brasil ampliou objetivos depois de ter um desempenho melhor do que o esperado desde o lançamento em 2022, afirmou nesta quarta-feira a 99, líder da iniciativa. A aliança inclui empresas como a distribuidora de combustíveis Raízen, a locadora de veículos Movida e a montadora chinesa BYD, entre outras. Em 2022, o grupo tinha previsto alcançar 10 mil carros elétricos conectados ao aplicativo de transporte urbano da 99 até 2025. Mas, com os números tendo avançado mais rápido do que o previsto, as companhias dobraram o volume para 20 mil. (entenda mais abaixo) Mas para além de dobrar a meta de carros elétricos na plataforma da 99, a aliança também anunciou a inclusão de motos eletrificadas para mototáxi na iniciativa, em parceria com duas montadoras nacionais, Vammo e Riba, além de ter incluído o aplicativo de entrega de comida iFood no grupo. "A 99Moto é o negócio que mais cresce na indústria no Brasil nos últimos dois ou três anos. Somos líderes absolutos no segmento com 3,6 mil cidades cadastradas. Tem potencial de crescimento muito grande", disse Thiago Hipolito, diretor sênior de inovação da 99, em entrevista à Reuters. Segundo o executivo, o motivo de o grupo de empresas só agora ter incluído as motos eletrificadas na iniciativa é a evolução da tecnologia. De acordo com Hipolito, dois anos atrás não havia modelos no Brasil com autonomia capaz de levar garupa para um serviço de mototáxi. Ainda segundo o executivo, com a melhora tecnológica no segmento, o mototaxista pode ter uma economia de R$ 600 por mês com uma moto elétrica ante uma de motor a combustão. "Eles rodam 5 mil quilômetros por mês", afirmou. Carros elétricos e híbridos têm alta de 200% na Grande SP Dobrando a meta Com os bons resultados da iniciativa, Hipolito afirmou que o grupo de empresas acabou dobrando a meta prevista anteriormente. "Hoje estamos mais rápido do que imaginávamos. O objetivo era 3,5 mil este ano e estamos agora em 4,1 mil. Revisamos para 8 mil neste ano e 20 mil ano que vem", disse Thiago Hipolito, diretor sênior de inovação da 99, em entrevista à Reuters. A companhia, controlada pela chinesa Didi, não revelou o investimento específico feito na aliança. Segundo Hipolito, no entanto, o grupo de empresas já teria injetado R$ 245 milhões na iniciativa só nos últimos dois anos. Considerando o investimento total da 99 em inovação — que inclui outros projetos — a programação prevê R$ 250 milhões até 2025. O aumento da meta ocorre em um momento em que o Brasil se tornou o maior mercado de carros elétricos e híbridos da China, superando a Bélgica. Em abril, as exportações de carros elétricos e híbridos plug-in da China para o Brasil aumentaram 13 vezes em relação ao ano anterior, atingindo 40.163 unidades. Com isso, o país seguiu como o maior mercado para as montadoras chinesas pelo 2º mês consecutivo, de acordo com dados da Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA). Em janeiro, o Brasil era o 10º maior mercado de exportação de carros eletrificados chineses. Aumento de impostos Em janeiro, o governo federal aumentou o Imposto de Importação de veículos elétricos. O processo será gradual e deve se estender até meados de 2026, quando o tributo chegará a 35%. Segundo Hipolito, o aumento do imposto não será um problema para a aliança. "Para contornar o Imposto de Importação vamos ter fábrica local", disse o executivo, referindo-se aos centros de produção da BYD na Bahia e da GWM em São Paulo. "Nosso nicho [...] se encaixa com a produção local começando a partir deste ano. Achamos que o imposto pudesse ser um problema, mas com a evolução das estratégias e da tecnologia, não vai ser", acrescentou Hipolito, mencionando a queda nos preços dos veículos elétricos desde 2022 e a maior disponibilidade de modelos no país. No lançamento da aliança, em 2022, o grupo teve dificuldade para encontrar 50 motoristas do aplicativo dispostos a encarar a locação do modelo elétrico Leaf, da Nissan, que custava quase R$ 300 mil. "Hoje o número de carros [elétricos] tem crescido mais rápido do que imaginávamos", disse Hipolito. A autonomia do Leaf não atingia os 200 km, ante os mais de 300 km alcançados por um BYD Dolphin, que custa mais barato. Dolphin é o carro elétrico mais eficiente do Brasil BYD/Divulgação Com isso, a aliança da 99 está trazendo mais carros elétricos da BYD. Um total de 200 unidades do Dolphin serão importadas e disponibilizadas para locação a motoristas do aplicativo, por meio da parceria da aliança com o grupo brasileiro Osten, disse o executivo. Hipolito evitou mencionar cifras da operação, mas o principal objetivo da 99 no incentivo aos carros elétricos é o engajamento dos motoristas com a plataforma. "Engajamento nessa indústria custa muito dinheiro", afirmou. "É a nossa principal métrica." Segundo ele, um carro elétrico para um motorista de aplicativo reduz em 80% o custo operacional ante um modelo a combustão. Além dos carros da parceria com a Osten, a 99 incluiu na aliança o braço de locação de veículos elétricos da Renault no Brasil, a Mobilize, que vai disponibilizar também este ano 100 Leafs e 100 compactos Kwid a motoristas do aplicativo. A 99 cobra uma comissão máxima de 19,99% no mês dos motoristas — mas no caso dos que dirigem o modelo Dolphin Mini a empresa cortou a taxa para 9,99%, também como forma de incentivar a adoção de carros elétricos na plataforma. "O elétrico para algumas situações [como motorista de aplicativo] é mais eficiente. O motorista roda numa área 100% urbana e não precisa de viagens longas", disse o executivo ao ser questionado sobre a meta de 10 mil estações de recarga até 2025 no Brasil que foi mantida pela aliança. "Por isso, se concentrar a infraestrutura de recarga numa área relativamente pequena resolve o problema." No Brasil, a principal rival da 99 é a norte-americana Uber. Veja Mais

Dólar opera em alta e vai a R$ 5,19, com emprego e juros no radar; Ibovespa cai

G1 Economia Na terça-feira (28), o Ibovespa fechou em queda de 0,58%, aos 123.780 pontos. Já a moeda norte-americana caiu 0,35%, cotada a R$ 5,1534. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik O dólar opera em alta nesta quarta-feira (29), à medida que investidores repercutem os novos dados de emprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e continuam a monitorar sinais sobre a política monetária no Brasil e no mundo. Por aqui, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre encerrado em abril, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (29) pelo IBGE. Na agenda, indicadores internacionais também ficam no radar, bem como eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), opera em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h37, o dólar operava em alta de 0,78%, cotado em R$ 5,1935. Veja mais cotações. Na terça-feira, a moeda norte-americana caiu 0,35%, cotada a R$ 5,1534. Com o resultado, acumulou: queda de 0,27% na semana; perdas de 0,76% no mês; ganho de 6,20% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 1%, aos 122.545 pontos. Na terça-feira, o índice encerrou com um avanço de 0,15%, aos 124.496 pontos. Com o resultado, acumulou quedas de: 0,42% na semana; 1,70% no mês; 7,75% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Veja Mais

Cerca de 7% dos acreanos ainda não declararam Imposto de Renda 2024, diz Receita

G1 Economia Até às 7h desta sexta-feira (31), 102.271 contribuintes entregaram a Declaração do Imposto de Renda em todo o estado do Acre, o que corresponde a 93%. São esperadas 109.683 declarações no estado este ano. Prazo para entregar declaração acaba na sexta (31) Jornal Nacional/ Reprodução Faltando algumas horas para o encerramento do prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda em 2024, 7% da expectativa ainda não cumpriram a obrigação com a Receita Federal. Isto quem informa é a Receita Federal, atualizados até às 7h desta sexta-feira (31). O prazo se encerra às 23h59. A porcentagem que falta entregar a declaração é o correspondente a cerca de 7,6 mil acreanos que ainda prestaram contas com o leão. LEIA MAIS: Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição A 15 dias do fim do prazo, mais de 27 mil contribuintes do AC ainda não entregaram a declaração do Imposto de Renda Ao todo, 102.271 contribuintes entregaram a Declaração do Imposto de Renda em todo o estado do Acre, o que corresponde a 93% da expectativa. Já na 2ª Região Fiscal, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, 1.871.437 contribuintes cumpriram a obrigação com o fisco federal. Quem não entregar a declaração até o prazo final terá que pagar uma multa. O valor da multa cobrada é de 1% ao mês, sobre o valor do Imposto de Renda devido, limitado a 20% do valor do Imposto de Renda. O valor mínimo é de R$ 165,74. Este ano, o número previsto pelo Fisco prevê aumento de 4% em relação ao volume de declarações recebidas no ano passado, que foram de 104.968 no Acre. Em todo o país a expectativa é de receber 43 milhões de declarações. Veja o calendário da restituição do IR 2024 A Receita Federal incluiu 20.852 contribuintes do Acre no primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2024. O montante de mais de R$ 37 milhões deve ser pago na próxima sexta (31). A consulta ao lote foi aberta no último dia 23 pelo órgão através do portal da Receita Federal. (Veja como fazer a consulta no final da reportagem) Os pagamentos das restituições do IR 2024 serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações começou no dia 15 de março. Segundo a instituição, na 2ª Região Fiscal, que contempla os estados do Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima, além do Acre quase 572 milhões devem ser pagos a mais de 289 mil pessoas. Em todo o país, 5,5 milhões de contribuintes devem receber a restituição no lote de abertura que inclui ainda montantes residuais de anos anteriores. Ao todo devem ser pagos R$ 9,5 bilhões, o que segundo a Receita é o maior valor já pago na história. Veja as datas dos pagamentos: 1º lote: 31 de maio 2º lote: 28 de junho 3º lote: 31 de julho 4º lote: 30 de agosto 5º lote: 30 de setembro Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal lembrou que disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Até o dia 16 de maio, 77.442 contribuintes no Acre já haviam entregado suas declarações ao Fisco. Para este ano, a Receita Federal espera 109.683 declarações no Acre este ano. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. 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Grupo Dia fecha acordo para vender 100% do capital no Brasil

G1 Economia A venda da operação da rede no Brasil acontece dois meses depois do grupo iniciar um processo de recuperação judicial e anunciar o fechamento de 343 lojas no país. Supermercado Dia em Araraquara Walter Strozzi/acidade on A rede espanhola de supermercados Dia fechou um acordo para a venda de 100% do capital do Dia Brasil, anunciou a empresa nesta sexta-feira (31). A operação será vendida para um cliente da gestora MAM Asset Management, do Banco Master, que viabilizou a realização do negócio por meio da criação de um fundo exclusivo. O g1 procurou a instituição, mas esse cliente ainda não pode ser identificado. A venda resultará no desinvestimento total por parte do grupo no país, permitindo que a empresa possa "focar em seus mercados mais rentáveis" . "O Grupo Dia se compromete perante a MAM Asset Management a realizar um aporte em benefício do Dia Brasil no valor de 39 milhões de euros (mais de R$ 220 milhões)", disse a companhia, em nota. A conclusão operação ainda depende da autorização das entidades financeiras e sindicato de bancos responsáveis pela aprovação do negócio. LEIA TAMBÉM Outback: por que vender a operação no Brasil se o restaurante está sempre cheio? Por que a dona do Outback pode sair do Brasil e o que deve acontecer com os restaurantes Starbucks Brasil: dona do Burger King avança e apresenta proposta para possível compra da operação Recuperação judicial e fechamento de lojas A venda da operação da rede no Brasil acontece dois meses depois do grupo iniciar um processo de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo e anunciar o fechamento de 343 lojas no país, com uma dívida estimada em mais de R$ 1 bilhão - sendo R$ 268 milhões só de dívidas bancárias. Segundo a companhia espanhola, o pedido - que é válido apenas para a operação no Brasil - tem como objetivo "tentar superar sua atual situação econômica e financeira", em meio a um período de dificuldades da rede no mercado brasileiro. (Leia a nota da companhia na íntegra abaixo) "Diante dos persistentes resultados negativos registrados no país, a companhia decidiu proceder com o fechamento de 343 lojas e 3 Centros de Distribuição, para tentar dar maior estabilidade ao seu funcionamento enquanto se aguarda a definição de novas decisões estratégicas, como a anunciada hoje", destaca o Dia, em nota. O Dia chegou ao Brasil há 23 anos, em 2001, e afirma que fez "grandes investimentos e esforços no país, sem que tenha obtido o retorno esperado". Uma semana antes, ao comunicar o fechamento de 343 lojas no país, a empresa comentou que vem enfrentando persistentes resultados negativos e que as unidades que seriam fechadas são de "baixo desempenho". Os balanços corporativos da companhia mostram que, em fevereiro, tinha um prejuízo líquido anual de 30 milhões de euros, cerca de R$ 163 milhões. Em todo o ano de 2022, o prejuízo foi ainda maior, de 124 milhões de euros, ou mais de R$ 673 milhões. A empresa afirma que foram esses resultados que desencadearam o pedido de recuperação judicial, "como potencial para gerar mais estabilidade do Dia Brasil" e buscando preservar o funcionamento de sua atividade econômica e o cumprimento de seus compromissos financeiros. Número de empresas em recuperação judicial sobe no país Leia a nota da companhia na íntegra: "O Grupo Dia chegou a um acordo com a MAM Asset Management, que faz parte do Banco Master, para a venda de 100% do capital do Dia Brasil. A operação resultará no desinvestimento total por parte do grupo no país e permitirá à empresa focar em seus mercados mais rentáveis. Com o desinvestimento total no território brasileiro e a venda de 100% do capital, o Grupo Dia terá sua responsabilidade limitada, com uma saída limpa em relação à MAM Management. O Grupo Dia se compromete perante a MAM Asset Management a realizar um aporte em benefício do Dia Brasil no valor de 39 milhões de euros. A efetivação da operação está condicionada à obtenção pelo Grupo Dia da autorização das entidades financeiras do sindicato de bancos. Em 21 de março, o Dia Brasil apresentou um pedido de Recuperação Judicial após um processo de reestruturação no país, anunciado em 14 de março. Conforme informado, após os persistentes resultados negativos no país, a empresa decidiu fechar 343 lojas e 3 centros de distribuição para tentar trazer maior estabilidade à sua operação enquanto aguarda a definição de novas decisões estratégicas. Desde sua chegada ao Brasil em 2001, Grupo Dia fez fortes investimentos no país, que não trouxeram o retorno esperado. A situação culminou na decisão de focar na Espanha e Argentina, onde atualmente Grupo Dia alcançou uma posição relevante com uma estratégia centrada na distribuição alimentar de proximidade. Veja Mais

'Um rastro de destruição sem precedentes': empresários gaúchos relatam falta de caixa, perda de produtos e prejuízos milionários

G1 Economia Além da dificuldade na retomada e na expectativa por novas medidas empresariais por parte do governo, setor privado ainda enfrenta aluguéis em disparada nas regiões mais elevadas do RS e cita temor de 'êxodo' e de falta de mão de obra. Empresários sinalizam dificuldade na retomada após tragédia no RS Os empresários gaúchos já começaram a contabilizar os prejuízos, em meio ao cenário de devastação deixado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Com instalações e maquinário destruídos, e a perda de todos os produtos e matérias-primas, a maior parte do setor produtivo do estado ainda tenta avaliar quais serão os próximos passos. De um lado, a falta de caixa e o difícil acesso ao crédito com taxas atrativas tem impedido a projeção de retomada daqueles que terão que reconstruir suas fábricas. A situação é ainda pior nos casos de empresas que já estavam endividadas antes dos prejuízos. De outro, os aluguéis em disparada nas regiões mais elevadas do estado e a dificuldade em achar interessados nos terrenos que foram atingidos pelas enchentes, também podem minar as oportunidades de recomeçar do zero em outro lugar. Ao g1, empresários gaúchos — que passaram não só por essa, mas também por duas enchentes recentes que afetaram o estado no último ano — dizem que parte das reservas financeiras que possuíam foi queimada nas outras cheias, e, agora, precisa se reinventar para voltar a caminhar com as próprias pernas. “Um rastro de destruição sem precedentes” Dono de hortigranjeiro em Cruzeiro do Sul, RS, tem prejuízo de mais de R$ 1 milhão Não foi a primeira enchente que o empresário Fabio Scheibel, 41, enfrentou. Dono de um hortigranjeiro na cidade de Cruzeiro do Sul (RS), ele viu suas terras serem inundadas pelas águas do Rio Taquari outras duas vezes. Ambas no ano passado, uma em setembro e outra em novembro. Em setembro, o Rio Grande do Sul havia sido atingido por um ciclone extratropical que inundou cidades e deixou mortos. Fabio conta que os estragos foram mais controlados, já que apenas a área em que mantinha suas plantações tinha sido afetada. “Agora, a gente só saiu com a roupa do corpo. A água baixou, mas deixou um rastro de destruição sem precedentes. É coisa de se ver em filme. A gente nunca acha que vai passar por uma coisa dessas”, disse o empresário. Ele, que morava no mesmo terreno em que mantinha o hortigranjeiro, conta que a propriedade foi completamente atingida. Na área de plantio, antes coberta por folhas verdes da plantação, só resta lama. Os veículos, tanto os de passeio quanto os utilizados para colheita, ficaram embaixo da água e foram perdidos, assim como a maior parte de seus bens materiais. Initial plugin text “Nem se vê mais o que estava plantado lá. A correnteza tirou todo o solo, deixando apenas areia em outras partes do terreno. A infraestrutura que tínhamos, os tratores, o galpão... foi tudo embora. Só sobrou duas residências, uma dos meus pais e outra que eu ainda estava construindo”, contou Fabio. O empresário conta que apesar de sempre ter tentado deixar um colchão financeiro de emergência, voltado para imprevistos, precisou queimar toda a sua reserva nas duas primeiras cheias no estado, usando os recursos para refazer o plantio que havia sido perdido. “Agora ficou complicado, não temos mais caixa nenhum. Mais do que nunca o governo vai ter que mostrar a que veio, porque se não tivermos algum tipo de incentivo ou opções de financiamento, vai ser bem difícil pensar em um horizonte”, afirmou o empresário. Fabio diz que ainda não conseguiu colocar todas as perdas na ponta do lápis, mas estima que o prejuízo total ultrapasse R$ 1 milhão, considerando a plantação, a estrutura e os bens materiais perdidos. No momento, ele está com sua esposa e sua filha de quatro anos na casa de amigos. Já houve um consenso na família de que não voltarão a morar no antigo terreno, tanto pelo perigo das enchentes quanto pelas memórias deixadas nas últimas semanas. Fabio Scheibel e sua família Arquivo pessoal “Parecia um cenário de guerra. Demorou três dias até sermos resgatados, tivemos que subir no telhado para o helicóptero ajudar a gente. Não queremos ficar mais lá, mas a terra, a lavoura, não tenho como vender agora. Quem vai querer comprar uma área em que a enchente chega tão facilmente?”, questiona o empresário. “Se desse, a gente não voltaria nem a plantar lá, mas não é tão simples. É um custo muito alto fazer essa mudança, já que cada pedacinho de terra aqui onde não dá enchente está supervalorizado”, acrescenta. “A força da água arrebentou a parede e levou toda a nossa mercadoria” A empresária Regina Mallmann, 57, também vai precisar de ajuda para recomeçar. Ela é dona de uma fábrica de brinquedos junto com seu marido, Alberto Mallmann, 58, situada em Estrela (RS). O maquinário de produção ficou inutilizado após a enchente deste mês, e a empresa perdeu todos os seus produtos e matérias-primas. Regina Mallmann e seu marido, Alberto Mallmann, donos da Brinquedos Piá. Arquivo pessoal/ Regina Mallmann “A nossa empresa ficava em dois prédios. Aquele em que fabricávamos os brinquedos foi totalmente tomado pela água, e as máquinas ficaram todas dentro da lama. No outro, que era um depósito, a força da água arrebentou a parede e carregou toda a nossa mercadoria. Fixamos a zero”, conta a empresária. Regina também vivenciou as enchentes do ano passado, e diz que só conseguiu se reerguer porque negociou um prazo maior de pagamento com fornecedores e conseguiu vender o restante das mercadorias que ainda possuía nas festas de fim de ano. Agora, o rombo no orçamento é bem maior. Segundo a empresária, se antes o prejuízo havia sido por volta dos R$ 500 mil, hoje as perdas já somam mais de R$ 1 milhão. Fábrica e depósitos da Brinquedos Piá, em Estrela, no RS, foram inundados pelas enchentes. Arquivo pessoal/ Regina Mallmann “Estamos esperando algum recurso do governo federal ou algum crédito melhor, porque os juros dos financiamentos estão inviáveis, e até agora não conseguimos fazer nada. Tivemos até que demitir alguns funcionários porque teremos que começar pequenos de novo”, afirma. A empresária conta, ainda, que também pensa em mudar para um local mais elevado, longe das encostas do rio Taquari. “Mas está muito difícil procurar um lugar mais alto. Os preços das coisas, os aluguéis, tudo disparou porque tem muita gente que precisou sair de onde estavam para buscar lugares melhores. Ainda estamos procurando e, até lá, vamos ter que ficar com a atividade parada”, comenta. “O dinheiro que eu tomei de empréstimo para investir foi para o lixo” Além das perdas materiais trazidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, empresários gaúchos também precisam enfrentar a falta de caixa para pagar dívidas de créditos tomados antes da tragédia. O empresário Ângelo Fontana, 63, dono de uma empresa de produtos de limpeza e higiene localizada em Encantado (RS), conta que a companhia vinha em uma onda de investimentos voltados para a expansão antes das enchentes de maio. Fachada do prédio da Fontana S/A em Encantado, no RS. Arquivo pessoal/ Ângelo Fontana A empresa havia aprovado, há cerca de três anos, o projeto de uma nova fábrica em Goiás. Atualmente, passava por um processo de consolidação da companhia em Encantado, com atualização de equipamentos, máquinas e embalagens, antes de começar os preparativos da expansão para o Centro-Oeste. “Nós nos alavancamos porque o projeto estava caminhando dentro dos conformes. Peguei um empréstimo para atualizar equipamentos e, nesse ano, o foco era para ser a instalação em Goiás. Mas com essa enchente, como fica o meu equilíbrio? Dos R$ 60 milhões que tomei [emprestado], perdi R$ 32 milhões. O dinheiro que eu tomei de empréstimo foi para o lixo” afirma o empresário. Ele, que também é presidente da Câmara da Indústria e do Comércio do Vale do Taquari (CIC VT) e diretor da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), conta que tem conversado com diversos empresários do estado. “Muitos estão sem rumo, se questionando o que fazer agora”, explica Fontana. “Desde a segunda cheia tem muita gente ainda tentando pegar fôlego para continuar. Mas, agora, sem estoque e sem maquinário, alguns terão que ficar meses sem produzir. E isso é ainda pior porque, sem fornecer produto para o varejo, perde-se espaço de prateleira, perde-se contatos. É um prejuízo intangível que é difícil de medir”, completa. Empresa de Encantado, no RS, tem prejuízo de R$ 32 milhões após cheias do Rio Taquari À espera de realocação e medidas financeiras Fontana afirma, ainda, que há grande expectativa do setor privado para o cumprimento das medidas anunciadas pelos governos federal e estadual e que muitos empresários ainda esperam por novas iniciativas, voltadas para crédito e emprego. O executivo reforça que há temores entre os empresários de que haja um “êxodo” de pessoas do estado. “As pessoas que perderam tudo, vão continuar aqui? Será que vamos conseguir atrair mão de obra?”, questiona o empresário. “Por isso, as medidas precisam envolver tanto o lado público quanto o lado das entidades, porque não é só limpar a casa ou a fábrica. Reconstruir as companhias e manter mão de obra é uma tarefa que também é importante”, acrescenta Fontana. O empresário Luis Felipe Soares, 30, que tem uma barbearia localizada em Taquari, RS, afirma que apesar de ter contratado um seguro total para seu comércio e residência, ambos atingidos pelas cheias, ainda não conseguiu nenhum ressarcimento por parte da seguradora — que, por sua vez, afirma que a apólice contratada não teria cobertura contra enchentes. Empresa Fontana S/A, em meio às enchentes causada pela alta do Rio Taquari. Arquivo pessoal/ Ângelo Fontana "Cheguei a ir atrás de auxílios, mas o dinheiro ainda está sendo direcionado para as pessoas que têm renda menor. Acho que nós seremos os últimos a receber algo", disse Soares. Para Fontana, mesmo que parte dos empresários queira continuar no Rio Grande do Sul, muitos já começaram um planejamento para tentar um recomeço em outro lugar. “Precisamos pensar na realocação das companhias, porque tem muitas entidades que não podem ficar onde estão. Temos que realocar na região ou no estado. Se não, realocaremos fora dele”, conclui. Veja Mais

TCU multa em R$ 40 mil auditor da Receita suspeito de receber R$ 160 milhões em esquema

G1 Economia Caso envolve devolução de créditos tributários a empresas do grupo J&F e foi revelado pela operação Baixo Augusta, deflagrada em 2017. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a aplicação de multa de R$ 40 mil a um auditor fiscal da Receita Federal acusado de R$ 160 milhões em um esquema para facilitar a liberação de créditos tributários ao grupo J&F. Segundo o TCU, o auditor Cloves da Costa Oliveira atuou em análises de pedidos de ressarcimento dos impostos PIS/Cofins à JBS e outras empresas do grupo J&F no período de 2006 a 2017. O esquema foi revelado pela operação Baixo Augusta, deflagrada em 2017 pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal. Receita federal apreendeu 500 mil reais em mercadorias clandestinas De acordo com o relatório do TCU, nos processos analisados, a JBS solicitou R$ 1,1 bilhão de créditos, dos quais o auditor concedeu R$ 822 milhões. No entanto, uma revisão dessas auditorias reconheceu apenas R$ 584 milhões de créditos como válidos. Ou seja, a devolução dos créditos foi sobredimensionada. A área técnica do TCU diz que o valor “somente não se materializou [em dano ao erário], pois havia alguns créditos tributários passíveis de revisão ou que ainda não haviam sido restituídos, cuja restituição indevida foi obstada pela RFB após a realização da operação Baixo Augusta”. O montante estimado de créditos autorizados é de R$ 2 bilhões, mas ainda resta a revisão de alguns desses processos. Dados divulgados pela PF, MPF e a própria Receita Federal, em 2017, apontam que o auditor teria recebido R$ 160 milhões — cerca de 8% do valor total estimado do esquema. Ao TCU, o auditor afirmou que não tinha atribuição de autorizar a devolução de créditos tributários. "Portanto, entende que não poderia agilizar ou atrasar este procedimento, já que sua função era apenas avaliar a regularidade da cadeia de apuração de cobrança de PIS/Cofins em um prazo específico", diz o relatório. A área técnica da Corte de Contas refutou a justificativa apresentada, afirmando que o auditor fiscal "é a autoridade competente por elaborar e proferir decisão relativa a direito creditório em processo de restituição, compensação, ressarcimento ou reembolso". O TCU também decidiu inabilitar o funcionário da Receita a exercer cargo em comissão ou função de confiança pelo período de cinco anos. A reportagem tenta contato com a defesa do auditor, mas até a última atualização não tinha recebido retorno. Veja Mais

Número de pousos e decolagens na Base de Canoas vai dobrar a partir de 10 de junho, diz ministro

G1 Economia Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre Reprodução/RBS TV A Base Aérea de Canoas irá dobrar a oferta de voos a partir do dia 10 de junho, passando dos atuais 35 pousos e decolagens semanais para 70, informou ao blog o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Costa Filho está no Rio Grande do Sul e deve anunciar a ampliação ao lado dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta, que é ministro especial para centralizar demandas para o Rio Grande do Sul. A decisão de dobrar os voos em Canoas ocorreu a partir de avaliação com a Força Aérea Brasileira (FAB), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e empresas aéreas. Há uma dificuldade de realizar voos noturnos, mas uma estrutura de iluminação e sinalização será parte de um conjunto de obras de melhorias no terminal. As medidas têm como meta atender à demanda de passageiros que procuram voos para Porto Alegre e região metropolitana. Ainda segundo Costa Filho, na próxima semana, já devem ser realizados os primeiros testes para avaliar as condições da pista do Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, interditado em razão das inundações na capital gaúcha. Base Aérea de Canoas estuda receber voos internacionais Veja Mais

Desemprego vai a 7,5% no trimestre terminado em abril, diz IBGE

G1 Economia Desocupação atinge 8,2 milhões de pessoas. É o melhor resultado para este trimestre móvel desde 2014 (7,2%). Números de trabalhadores com e sem carteira assinada batem recorde. Taxa de desemprego fica em 7,5% no trimestre terminado em abril A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre encerrado em abril, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em janeiro, houve estabilidade na desocupação, que era de 7,6%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,5%. Trata-se do melhor resultado para este trimestre móvel desde 2014 (7,2%) e vem abaixo das projeções do mercado financeiro (7,8%). Com os resultados, o número absoluto de desocupados não teve alteração relevante contra o trimestre anterior, atingindo 8,2 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 9,7%. No trimestre encerrado em abril, também houve estabilidade na população ocupada, estimada em 100,8 milhões de pessoas. No ano, o aumento foi de 2,8%, com mais 2,8 milhões de pessoas ocupadas. De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, os números revelam "uma manutenção da tendência de redução da taxa de desocupação do país, que vem sendo observada desde 2023". "É interessante notar que a entrada de abril já interrompeu um movimento de expansão da taxa de desocupação que foi visto no primeiro trimestre por questões sazonais. O retorno de segmentos da educação e a reversão das perdas de vagas no comércio trazem o indicador para a estabilidade", diz Beringuy. O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57,3%, mesmo percentual do trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta é de 1,1 p.p. Já o número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 1,8%, estimado em 109 milhões. A população fora da força totalizou 66,8 milhões, estável em relação ao período anterior. Veja os destaques da pesquisa Taxa de desocupação: 7,5% População desocupada: 8,2 milhões de pessoas População ocupada: 100,8 milhões População fora da força de trabalho: 66,8 milhões População desalentada: 3,5 milhões Empregados com carteira assinada: 38,188 milhões Empregados sem carteira assinada: 13,6 milhões Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões Trabalhadores informais: 39 milhões Taxa de informalidade: 38,7% Flourish - visualisation/13577753?1142165 Carteira assinada e sem carteira batem recorde Com o número de ocupados em patamares altos, acima dos 100 milhões de brasileiros, o IBGE registrou recordes nos números de trabalhadores com e sem carteira assinada. O número de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,188 milhões, o maior contingente da série histórica da pesquisa, iniciada 2012. Em relação ao trimestre anterior, houve estabilidade estatística. Mas registrou alta de 3,8% contra o mesmo período de 2023, o que acrescenta 1,4 milhão de pessoas ao grupo. Já o número de empregados sem carteira no setor privado ficou em 13,6 milhões de pessoas no trimestre, também recorde da série histórica. Da mesma forma, houve estabilidade no trimestre e crescimento de 6,4% contra abril do ano passado, somando mais 813 mil pessoas. Entre todos os informais, houve uma pequena variação para baixo (-0,5%) no trimestre, chegando a 39 milhões de trabalhadores. A taxa de informalidade foi, então, a 38,7% contra 39% no trimestre anterior. A taxa de subutilização, que faz a relação entre desocupados, quem poderia trabalhar mais e quem não quer trabalhar com toda a força de trabalho, segue em tendência de baixa. São 20,1 milhões de pessoas subutilizadas no país, o que gera uma taxa de 17,4% de subutilização. Esse é o menor número desde 2015. Ela registra estabilidade contra o trimestre anterior e queda de 1 p.p. na comparação anual. De acordo com Adriana Beringuy, do IBGE, o país segue observando um aumento geral no número de trabalhadores, sobretudo na condição de empregado, que mantém o mercado de trabalho aquecido e os rendimentos médios em alta. "A informalidade é muito significativa na composição da população ocupada, mas, nos últimos trimestres, ela tem ficado estável e o ramo que tem crescido é dos trabalhadores formais", diz. Rendimento segue em alta O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior, e passou a R$ 3.151. Na comparação anual, o crescimento foi de 4,7%. Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 313,1 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado teve variação inexpressiva frente ao trimestre anterior, e cresceu 7,9% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Carteira de trabalho Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Veja Mais

Trump perde R$ 2,4 bilhões após condenação por fraude contábil e discurso

G1 Economia Patrimônio do ex-presidente, que era de R$ 40,6 bilhões na quinta-feira (30), já caiu para R$ 38,5 bilhões nesta sexta-feira (31), segundo ranking da revista Forbes. Recuo é puxado por queda em ações da empresa de mídia do republicano. Donald Trump chegando ao tribunal em Manhattan para julgamento por suborno durante campanha presidencial de 2016 Sarah Yenesel/Pool via Reuters O patrimônio de Donald Trump está R$ 2,4 bilhões (US$ 454 milhões) menor nesta sexta-feira (31), dia seguinte à condenação por fraude para acobertar um caso com uma atriz pornô e evitar impacto na eleição de 2016. Às 13h50, Trump tinha uma fortuna estimada em US$ 7,4 bilhões (cerca de R$ 38,5 bilhões) e era a 352ª pessoa mais rica do mundo, segundo o ranking de bilionários da Forbes. Na quinta-feira (30), Trump tinha pouco mais de US$ 7,8 bilhões (cerca de R$ 40,6 bilhões). Essa queda no patrimônio do ex-presidente é puxada, sobretudo, pela forte desvalorização das ações de sua empresa de mídia social, a Trump Media & Technology Group (TMTG), cujo principal produto é a Truth Social – uma rede social ao estilo do X, antigo Twitter. Também às 13h50, as ações da companhia despencavam 7,30% na bolsa de Nasdaq, em Nova York. A queda mais acentuada, tanto do valor das ações quanto da fortuna de Trump, ocorreu depois do discurso do ex-presidente falando sobre a condenação. Ele disse que cometeu "apenas um leve delito", falou contra imigrantes e atacou Joe Biden, o juiz do caso e até seu advogados. Antes do julgamento, entre 17 de abril (dois dias após o início do julgamento de Trump em Nova York) e a quarta-feira (29) (um dia antes dele ser condenado), os papéis da Trump Media chegaram a disparar 123,8%. Segundo o analista de investimentos Vitor Miziara, essa alta antes da condenação pode ser explicado pelas expectativas entre participantes do mercado de que Trump seria inocentado e, concorrendo às eleições, poderia sair vencedor. "Se tem uma expectativa de que o presidente da empresa pode ser presidente dos Estados Unidos, alguma coisa boa os investidores esperam disso", explica. As ações da TMTG foram listadas no final de março na bolsa de Nasdaq após a conclusão um longo processo de fusão, que levou 29 meses, da empresa com a Digital World Acquisition. Com a estreia, o mercado se empolgou e fez o preço dos papéis dispararem mais de 40% já no primeiro dia de negociação. No entanto, a animação logo deu lugar à cautela e, em uma semana, as ações chegaram a cair mais de 30%. Em abril, a divulgação do balanço corporativo da empresa, que reportou um prejuízo de US$ 58 milhões em 2023, fez com que seus preços derretessem ainda mais, levando seus papéis ao posto de mais vendidos do mercado - ou seja, investidores apostando que os preços vão continuar caindo. Além do prejuízo milionário, o que mais chamou a atenção nos resultados da empresa foi a sua receita no último ano: apenas US$ 4 milhões, levantando o questionamento de quão rentável é o negócio. No entanto, junto ao início do julgamento de Trump, as ações voltaram a subir. LEIA MAIS 'Isso foi uma desgraça', diz Trump após ser condenado Trump vai ser preso? Ele ainda pode ser presidente? Veja perguntas e respostas 'Vamos apelar assim que possível', diz advogado de Trump após condenação O patrimônio de Trump Além de deter uma participação estimada em 60% da Trump Media, o ex-presidente americano também é dono de um patrimônio bem diversificado, com participação em vários setores. Ele é presidente da The Trump Organization, que é uma controladora de todas as empresas pertencentes à Donald Trump e seus filhos. Por meio da controladora, a família tem centenas de empreendimentos imobiliários pelo mundo, com hotéis, resorts, torres residenciais campos de golpes, além de fazer corretagem, venda e administração de imóveis pelo mundo. Trump também tem negócios no segmento de lifestyle, com marca de roupas masculinas e femininas, itens para casa e produtos de golf. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 Veja Mais

Quanto custa o look? Como ficarão os preços com o fim da isenção para compras internacionais de até US$ 50

G1 Economia Projeto que acaba com a isenção do tributo foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (28). Medida ainda vai passar pelo Senado. freepik Caso o Senado Federal aprove o projeto de lei que acaba com a isenção do imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50, os produtos estrangeiros adquiridos pelos grandes e-commerces globais poderão ficar 45% mais caros para os brasileiros. O projeto, aprovado pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (28), prevê que, agora, os produtos com preços de até US$ 50 serão tributados com um imposto de importação de 20%, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17%. Seguindo as regras aduaneiras, os 20% do imposto de importação serão cobrados em cima do valor do produto (mais eventuais cobranças de frete ou seguro), enquanto os 17% do ICMS vão incidir sobre o valor da compra já somado ao imposto de importação, explica Fabio Florentino, sócio da área tributária do escritório Demarest. O g1 também consultou o advogado tributarista Igor Souza, sócio do escritório Souza Okawa Advogados, para elaborar estes cálculos. ????POR EXEMPLO: Uma compra que, no total, custe US$ 50 terá a cobrança, primeiro, dos 20% do imposto de importação, passando a custar US$ 60 para o consumidor final. Depois, haverá a incidência dos 17% do ICMS sobre esses US$ 60, com o valor final para o consumidor chegando a US$ 72,29 - ou cerca de R$ 390,36, com a atual cotação do dólar turismo. Atualmente, com a isenção de imposto de importação para compras de até US$ 50, o ICMS seria cobrado apenas em cima do valor da compra, os US$ 50, custando para o consumidor US$ 60,24 (ou R$ 325,30), uma diferença de R$ 65. A medida foi incluída no projeto que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que visa criar incentivos para estimular a indústria de veículos sustentáveis. (entenda mais abaixo) Os debates sobre a taxação de compras internacionais vêm acontecendo desde o ano passado e, mais recentemente, chegaram até a gerar um bate-boca entre parlamentares e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Veja, abaixo, outros exemplos de quanto alguns produtos podem custar, caso o projeto seja aprovado sem alterações. Barbara Miranda/g1 Impostos devem equilibrar a disputa entre indústria nacional e e-commerces estrangeiros Para Fabio Florentino, da Demarest, a volta da cobrança do imposto de importação para compras de até US$ 50 é uma medida que pode beneficiar as empresas brasileiras, para que fiquem em "pé de igualdade, sobretudo, com os e-commerces da China". "Esses sites já têm uma série de vantagens em relação às empresas brasileiras, como uma mão-de-obra mais barata e muito mais acesso à tecnologia, o que torna o produto muito mais barato. Se não houver um imposto quando o produto chega ao país para o consumidor, fica impossível das empresas nacionais competirem", afirma. O advogado Flávio de Haro Sanches, da CSMV Advogados, compartilha do mesmo ponto de vista e destaca que, além do cenário mais justo para a competição, as empresas brasileiras também tem processos que fazem com que os produtos produzidos aqui sejam averiguados com critérios muito mais rigorosos que aqueles que vêm de outros países. "Mesmo que o governo exija das empresas estrangeiras regras para assegurar os produtos, é muito mais difícil ter controle sobre eles do que os que são feitos aqui", pontua Sanches. Em nota, a Shein, um dos e-commerces estrangeiros mais populares do país, afirmou que enxerga como um retrocesso o fim da isenção do imposto de importação. "Uma vez que ele nunca teve função arrecadatória, a decisão de taxar remessas internacionais não é a resposta adequada por impactar diretamente a população brasileira", diz a companhia. Como é a cobrança do imposto atualmente? Desde agosto do ano passado, o governo vinha isentando as compras internacionais feitas na internet de até US$ 50. A medida foi implementada por uma portaria publicada em junho pelo Ministério da Fazenda. De acordo com as regras, as empresas que aderissem ao programa Remessa Conforme, da Receita Federal, e recolhessem o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), estariam isentas da cobrança. O programa do Fisco também estabelecia uma série de critérios que as empresas do comércio eletrônico devem seguir, tais como: O repasse dos impostos cobrados; O detalhamento de informações sobre valores de impostos, tarifas postais e demais despesas para o consumidor; Os pacotes enviados ao consumidor devem conter, de maneira visível e no campo do remetente, a marca e o nome da empresa vendedora; O combate ao descaminho e ao contrabando; O recolhimento de ICMS, atualmente com uma alíquota de 17%. Como ficaria a cobrança de tributos com as novas regras? Agora, caso o projeto seja aprovado sem mudanças, a isenção de impostos para compras internacionais de até US$ 50 deve acabar. Em seu lugar, um imposto de 20% sobre as vendas deverá ser cobrado. Para compras acima de US$ 50, o Imposto de Importação de 60% continuará valendo. O valor reduzido para compras internacionais de até US$ 50 foi definido por um acordo entre o Congresso e o governo federal. A medida foi incluída no projeto que cria o programa Mover pelo relator, o deputado Átila Lira (PP-PI). Em sua justificativa, o deputado afirmou que a isenção tem “preocupado a indústria nacional”. “Propomos revogar a possibilidade de importações via remessa postal que hoje estão isentas, para não gerar desequilíbrio com os produtos fabricados no Brasil, que pagam todos os impostos e sofrem com a concorrência desleal de produtos isentos do exterior”, disse. A Secretaria da Receita Federal informou que a isenção para compras internacionais de até US$ 50, se mantida pelo governo federal, resultaria em uma "perda potencial" de arrecadação de R$ 34,93 bilhões até 2027. Como tudo aconteceu? As discussões sobre como o governo deve taxar as compras internacionais vêm acontecendo desde o ano passado. À época, o governo tentou retirar a isenção para compras de até US$ 50 — que valia apenas para remessas internacionais entre pessoas físicas —, sob o pretexto de que varejistas do exterior se usavam disso para burlar o Fisco. A iniciativa teve uma má repercussão e, após idas e vindas, o governo decidiu criar o programa Remessa Conforme. Em suma, as varejistas que se cadastrassem no programa pagariam apenas o recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a ser de 17% para todo o país. A decisão foi mal-recebida pela indústria e pelo varejo domésticos, que continuamente diziam que a medida trazia um desequilíbrio de competitividade. Entenda, agora, a cronologia dos fatos: 11 de abril de 2023 Em abril do ano passado, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal anunciaram a extinção da isenção para o comércio internacional entre pessoas físicas. A decisão foi reafirmada ao g1 três dias depois, em 14 de abril, pela Casa Civil da Presidência da República e pela Fazenda. Isso porque, segundo o governo, a isenção de transações internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas vinha sendo usada de maneira irregular por varejistas internacionais. Ainda de acordo com as pastas, essas empresas estariam se “disfarçando” de pessoas físicas para enviarem encomendas de forma fracionada para compradores brasileiros. O objetivo seria não pagar o Imposto de Importação (de 60%), cobrado de todas as compras de importados. 18 de abril de 2023 Com a má repercussão da medida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu o recuo da decisão, tendo solicitado à equipe econômica que buscasse resolver a questão de forma administrativa, com reforço na fiscalização. Em conversa com jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad ressaltou que a isenção era apenas para pessoas físicas e que o governo buscaria formas para aumentar a fiscalização e taxar empresas que burlassem as regras para receber o benefício de forma irregular. "O presidente nos pediu ontem para tentar resolver isso do ponto de vista administrativo. Ou seja, coibir o contrabando. Nós sabemos aí que tem uma empresa que pratica essa concorrência desleal, prejudicando todas as demais empresas, tanto do comércio eletrônico quanto das lojas que estão abertas aí, sofrendo a concorrência desleal dessa empresa", disse Haddad à época. 30 de junho de 2023 Em junho, a Fazenda publicou uma portaria com as novas regras para compras internacionais feitas pela internet. Pela norma, o governo deixaria de cobrar o Imposto de Importação de compras on-line desde que as empresas aderissem ao programa Remessa Conforme, da Receita Federal. Em suma, quem se cadastrasse pagaria apenas o recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado em compras feitas em plataformas online de varejistas internacionais, que passou a ser de 17% para todo o país. Pela portaria, empresas que não cumprissem com as novas regras do governo continuariam sendo taxadas pelo Imposto de Importação de 60%. 1º de agosto de 2023 As normas de isenção de impostos para compras internacionais de até US$ 50 para as empresas que aderissem ao Remessa Conforme passaram a valer em agosto de 2023. À época, especialistas disseram em entrevistas ao g1 que os consumidores poderiam sentir algumas diferenças nos preços com o novo programa. Nas compras abaixo de US$ 50, por exemplo, apesar da isenção da taxa de importação, a incidência do ICMS, com alíquota de 17% — que muitas vezes não acontecia devido à dificuldade de fiscalização por parte da Receita —, ainda pode trazer impactos nos preços. Já no caso das compras acima de US$ 50, embora a tributação continue a mesma, a expectativa é que as regras de conformidade do novo programa mitiguem a sonegação de impostos, de maneira que empresas que antes usavam artifícios para driblar a cobrança, não conseguirão mais fazê-lo — o que também pode resultar em um eventual aumento de preços. Relembre o lançamento no vídeo abaixo. Compras internacionais de US$ 50: novas regras passam a valer nesta terça (1º) 2 de outubro de 2023 Em outubro, o g1 mostrou que clientes sentiram diferença no tempo de entrega de encomendas internacionais com as novas medidas — o que incentivava a aquisição de produtos vindos do exterior. A rapidez se dava porque a prestação de contas tributárias à Receita Federal era feita de forma antecipada, reduzindo os processos após a chegada dos pacotes, de forma que o Fisco só precisava fazer as checagens de segurança antes de liberar o envio. A medida continuou a trazer críticas por parte da indústria e do varejo nacionais. À época, a Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings (Ablos), por exemplo, afirmou que a medida trazia "muitos danos" ao país, reiterando que a "falta de isonomia tributária dos varejistas brasileiros com a isenção de impostos para as plataformas de marketplace estrangeiras teriam um impacto significativo no aumento do desemprego do setor". "Essa disparidade cria uma competição desleal entre os varejistas nacionais e estrangeiros, resultando em consequências negativas para a economia brasileira”, disse a associação em posicionamento divulgado na época. 29 de novembro de 2023 Em novembro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) chegou a dizer que o "próximo passo" do programa Remessa Conforme seria reinstaurar o imposto de importação para varejistas estrangeiras. "Foi feito o trabalho nas plataformas digitais para formalização dos importados, já começou a tributação de ICMS e o próximo passo é o imposto de importação, mesmo para os com menos de US$ 50", disse Alckmin à época. As falas voltaram a gerar uma repercussão negativa, o que fez com que o assunto esfriasse novamente. 22 de maio de 2024 Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou de uma audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, afirmou que o programa Remessa Conforme serviu para dar transparência ao problema de entrada de produtos que burlavam a Receita Federal. Haddad também indicou que a decisão de retomar as taxas será tomada em debate com o Congresso e com base em evidências. "O Remessa Conforme é para dar transparência para o problema. Saber quantos pacotes estão entrando, quanto custa, quem está comprando, para dar transparência para vocês tomarem a decisão. Tem que ter a coragem de tomar a decisão. Mas antes de tomar a decisão tem que se debruçar sobre o que está acontecendo no país", disse durante a audiência. Sua participação chegou até a gerar um bate-boca do ministro com o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que questionou a linha do PT de aumentar a arrecadação por meio de alta de tributos, e afirmou que teria havido uma briga entre deputados do PT e o governo na última semana sobre o assunto. Lula diz que 'tendência é vetar' possível fim da isenção a compras internacionais 23 de maio de 2024 No dia seguinte à participação de Haddad na audiência pública, o presidente Lula afirmou que a tendência no governo era vetar a retomada do imposto federal sobre importações de até US$ 50, se a volta da tributação for aprovada pelo Congresso Nacional. Ele afirmou, no entanto, que estava aberto a negociações. "Eu só me pronuncio nos autos do processo (risos). A tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar", afirmou Lula a jornalistas no Palácio do Planalto. 28 de maio de 2024 Após dias de negociação, o comando da Câmara dos Deputados fechou acordo com o governo federal para que o imposto de importação sobre compras internacionais de até US$ 50 fosse de 20% – bem menor que os 60% cobrados para compras superiores a esse valor. Os 20% foram aceitos pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a contrapartida de que Lula não vete a proposta. Com isso, a Câmara dos deputados votou e aprovou o projeto na última terça-feira (28). Veja Mais

Imposto de Renda 2024: mais de 6 milhões de contribuintes ainda não entregaram a declaração

G1 Economia Quem não entregar a declaração a tempo está sujeito ao pagamento de uma penalização mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do imposto devido. O prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda 2024 termina nesta sexta-feira (31), e cerca de 6,5 milhões de contribuintes ainda não fizeram a prestação de contas. A Secretaria da Receita Federal informou que espera receber 43 milhões de declarações do ano-base 2023. De acordo com a última atualização do site da Receita Federal, cerca de 36,5 milhões de contribuintes haviam concluído o processo. Pouco mais de 40% dos contribuintes utilizaram a declaração pré-preenchida. A utilização do modelo pré-preenchido ou a opção pela restituição via PIX têm novamente direito a prioridade no recebimento das restituições. ?? NÃO ATRASE: A recomendação dos especialistas é a de cumprir o prazo estipulado pela Receita Federal. Ou seja, é melhor entregar incompleta e fazer as correções necessárias posteriormente. Isso porque quem não entregar a declaração dentro do prazo está sujeito ao pagamento de multa — e, dependendo do caso, pode até ficar com o nome sujo e ter o CPF apontado como irregular pelo Fisco. (saiba mais abaixo) LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Por que não entregar atrasado? Quem entregar a declaração incompleta pode, depois, fazer as alterações necessárias sem ser penalizado. Basta reenviar com os dados corretos por meio da chamada declaração retificadora. Nesse caso, o contribuinte precisa apenas selecionar essa opção na ficha de Identificação do Contribuinte, informando o número do recibo encontrado na declaração enviada inicialmente. Modelo não pode ser alterado Mas é preciso cuidado para um detalhe: depois do final do prazo de entrega, o contribuinte não pode mais alterar o modelo de declaração – simples ou completa. A declaração no modelo completo é mais indicada para quem tem muitas deduções a incluir, como dependentes e gastos com saúde. Já a simples é mais vantajosa para os contribuintes que não têm essas deduções. O contribuinte pode corrigir a declaração enviada quantas vezes julgar necessário sem ter de pagar multa. O que acontece se eu não declarar? Segundo informações do Fisco, no caso de envio da declaração após o prazo previsto ou da não apresentação do documento, o contribuinte que é obrigado a declarar fica sujeito ao pagamento de multa por atraso, calculada da seguinte forma: Multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculado sobre o valor do imposto devido na declaração, ainda que integralmente pago, até um teto de 20%; Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava "obrigado a declarar", mesmo sem imposto a pagar) Além disso, o CPF pode ficar irregular, o que pode impedir a liberação de empréstimos, tirar passaportes, obter certidão negativa para venda ou aluguel de imóvel e até prestar concurso público até a regularização da situação. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. Veja Mais

Governo marca leilão para compra de arroz importado para o dia 6 de junho; alimento deve chegar até setembro ao consumidor

G1 Economia Serão adquiridas 300 mil toneladas. Em coletiva de imprensa, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, disse que governo ainda irá avaliar se novas compras serão necessárias. Arroz na colheitadeira Celso Tavares / g1 O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, informou que o leilão público para compra de arroz importado vai acontecer no dia 6 de junho, às 9h. Nesta data, o governo pretende adquirir 300 mil toneladas de arroz. O edital do leilão foi publicado nesta quarta-feira (29). O preço será tabelado e o pacote terá o rótulo do governo. O quilo será vendido por R$ 4. O arroz deve chegar ao consumidor até setembro. "Temos uma grande procura por informações, tanto do Mercosul, como de outros países", disse Pretto, em coletiva de imprensa nesta quarta. "O governo tomou a decisão da retirada da TEC para que outros países possam também entrar nesse leilão de igual para igual com os países do Mercosul que já têm tarifa zero". Pretto reforçou que a decisão do governo de importar o grão tem o objetivo de garantir preços mais em conta ao consumidor. "Vocês sabem que, nos últimos dias, especialmente nos últimos 30 dias, nós tivemos um aumento entre 30% e 40% no preço do arroz". Segundo ele, após as enchentes no Rio Grande do Sul, os preços do arroz começaram a subir no Brasil e, depois, no Mercosul. "Nós não queremos que essa compra importada venha a competir com a nossa produção nacional. Nós estamos comprando as primeiras 300 mil toneladas e vamos avaliar conforme será o comportamento do mercado. Se nós percebemos que essa medida já equilibrou os preços, o governo vai avaliar se haverá necessidade ou não de fazer um novo leilão", disse Pretto. Ao longo deste mês, o governo federal já liberou R$ 7,2 bilhões para a compra de até 1 milhão de toneladas de arroz importado. Segundo o presidente da Conab, essa seria justamente a quantidade de arroz que pode ter sido perdida nas enchentes do Rio Grande do Sul, somando as perdas no campo e o grão que está no armazém. "Nós tivemos algumas dificuldades para ir a campo fazer um levantamento. O próprio setor chama a atenção que, em torno de 600 mil toneladas de arroz [que ainda estavam no campo], foram perdidas", disse. "Nós não conseguimos dimensionar a parte que estava nos armazéns e que foi atingida pelas águas. Mas, o que nós estamos imaginando, conforme disse o setor: 600 mil toneladas, mais o que pode ser atingido nos armazéns, o que nós estamos propondo, de até 1 milhão de toneladas é o que se estima que foi perdido no Rio Grande do Sul", destacou. Questionado sobre por que o governo decidiu vender o arroz por, no máximo, R$ 4 o quilo, o diretor-Executivo de Política Agrícola e Informações da Conab Silvio Porto disse que o produto tem sido um dos componentes que tem contribuído para elevar a inflação de alimentos. "Se nós pegarmos os parâmetros de preços do varejo, antes do problema climático no Rio Grande do Sul, o que nós podemos dizer é que estava em torno de R$ 25 a saca de 5 quilos, de uma forma média no mercado, pegando as marcas mais comuns. Nós estabelecemos um deságio [desconto] de 20% a partir desse parâmetro e chegamos a esse valor de R$ 4 por quilo", explicou. Oeste Paulista registra aumento no preço do quilo do arroz Preço do arroz sobe após enchentes no Rio Grande do Sul Veja Mais

Sam Altman, 'pai' do ChatGPT, diz que vai doar maior parte de sua fortuna para caridade

G1 Economia Bilionário afirma que seu objetivo é concentrar suas doações para promover o desenvolvimento de 'tecnologias que ajudem a criar abundância para as pessoas'. O valor, porém, não foi revelado. Pouco se sobre a fortuna exata de Sam Altman Getty Images O Giving Pledge, um movimento global de bilionários para dar destino social ao patrimônio que acumularam, anunciou que Sam Altman, cofundador da empresa por trás do ChatGPT, prometeu doar maior parte de sua fortuna para caridade. O bilionário diz que quer concentrar as suas doações filantrópicas na "tecnologia que ajuda a criar abundância para as pessoas", segundo a agência Associated Press. O valor, no entanto, não foi revelado. Em uma carta assinada junto de seu marido, Oliver Mulherin, Altman diz que "não estaríamos fazendo essa promessa se não fosse pelo trabalho árduo, brilhantismo, generosidade e dedicação para melhorar o mundo de muitas pessoas que construíram a estrutura da sociedade que nos permitiu chegar aqui". O fundador da Microsoft, Bill Gates, sua ex-esposa, Melinda French Gates, e o investidor bilionário Warren Buffett fundaram o Giving Pledge em 2010 para promover uma cultura de filantropia entre as pessoas mais ricas do mundo para resolver problemas urgentes. Mais de 240 signatários de 30 países comprometeram-se a doar a maior parte da sua riqueza a instituições de caridade, embora os críticos argumentem que há pouca supervisão para garantir que os membros da comunidade cumpram os seus votos. LEIA TAMBÉM: 'Ganho mais de R$ 20 mil por mês'; 'Entrei crua e foi difícil no início': como é trabalhar na área da inteligência artificial Vale a pena trabalhar com inteligência artificial? Dá dinheiro? Veja dicas de brasileiros que já estão na área 'Cobras são mamíferos' e 'gatos na lua': Google é criticado após erros em respostas geradas por IA O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 Conheça o GPT-4o, novo modelo de IA usado pelo ChatGPT Veja Mais

Contas públicas têm superávit em abril, mas dívida avança para 76% do PIB, nível mais alto em dois anos

G1 Economia Informações foram divulgadas nesta quarta pelo Banco Central. Saldo positivo do governo federal foi de R$ 8,76 bilhões no mês. Estados e municípios ficaram no vermelho. As contas do setor público consolidado apresentaram um superávit primário de R$ 6,7 bilhões em abril deste ano, informou o Banco Central do Brasil nesta quarta-feira (29). Foi o segundo saldo positivo seguido. O superávit primário acontece quando as receitas com impostos ficam acima das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há déficit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. Apesar do saldo positivo no mês passado, a dívida pública subiu para 76% do PIB em abril (R$ 8,4 trilhões). É o maior patamar em dois anos (leia mais aqui). De acordo com o BC, o superávit de abril das contas públicas foi assegurado pelo desempenho das contas do governo federal, pois os estados, municípios e estatais ficaram no vermelho no mês passado. Veja abaixo: governo federal registrou superávit de R$ 8,76 bilhões em abril; estados e municípios tiveram saldo deficitário de R$ 1,38 bilhão; empresas estatais apresentaram saldo negativo de R$ 698 milhões. Índice de atividade econômica do Banco Central foi negativo no mês de março Parcial do ano e meta fiscal Nos quatro primeiros meses deste ano, ainda segundo o BC, as contas públicas registraram um superávit de R$ 61,3 bilhões, ou 1,65% do PIB, contra um resultado positivo de R$ 78,7 bilhões (2,26% do PIB) no mesmo período do ano passado. Para 2024, a meta fiscal, fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de até R$ 13,31 bilhões para as contas do setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais). A meta é zerar o déficit para as contas do governo federal. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas). Ou seja, pode haver variação de até R$ 28,75 bilhões, para cima ou para baixo, em relação ao objetivo. Com isso, o setor público pode apresentar um resultado negativo de até R$ 42,07 bilhões sem que a meta seja formalmente descumprida. Dívida pública A dívida do setor público consolidado registrou alta de 0,3 ponto percentual do PIB no último mês, passando de 75,7% do PIB, em março deste ano, para 76% do PIB em abril – o equivalente a R$ 8,4 trilhões. O atual patamar é o mais alto desde abril de 2022 – quando somou 76,3% do PIB. Ou seja, é o maior nível em cerca de dois anos. Governo e mercado veem dívida pública em tendência de alta; entenda efeitos na economia e comparação com outros países O reequilíbrio das contas públicas é considerado importante pelo mercado financeiro para evitar uma disparada da dívida brasileira – indicador que é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco. No governo Lula, a dívida pública avançou 4,3 pontos percentuais, pois estava em 71,7% do PIB no fechamento do ano de 2022. A gestão petista aprovou, no fim de 2022, a PEC da transição, e depois o arcabouço fiscal (a nova regra para as contas públicas). As regras ampliaram em cerca de R$ 170 bilhões em gastos públicos por ano, recursos destinados a áreas como saúde, educação, investimentos e emendas parlamentares. De acordo com o BC, o crescimento da dívida em abril está relacionado com as despesas com juros e da desvalorização do real frente ao dólar. Mesmo com o arcabouço fiscal, os analistas do mercado financeiro estimaram, de acordo com pesquisa do Banco Central, que a dívida pública brasileira deve atingir 86% do PIB em 2033. Para o governo, a dívida avançará até 79,7% do PIB em 2027 (cenário base), mas há possibilidade de que atinja 90,1% do PIB em 2028 (caso as previsões para as contas públicas e para o PIB sejam piores). Os números estão na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. Veja Mais

Dólar opera em alta no último pregão de maio, com crescimento menor que o esperado nos EUA

G1 Economia Na quarta-feira (29), o Ibovespa fechou em queda de 122.707%, aos 122.707 pontos. Já a moeda norte-americana subiu 1,07%, cotada a R$ 5,2083. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar inverteu o sinal e opera em alta nesta sexta-feira (31), no último pregão do mês de maio, na volta do feriado de Corpus Christi, que deixou os mercados fechados ontem e reduz as movimentações no pregão de hoje. Investidores repercutem dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos divulgados na véspera, que mostraram que a maior economia do mundo cresceu menos que o esperado no primeiro trimestre de 2024. Hoje, também nos Estados Unidos, o mercado repercute a divulgação do índice de preços PCE (qu mede os gastos pessoais do consumidor), que é o indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), para decidir o futuro dos juros no país. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), opera com volatilidade, oscilando entre altas e baixas. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h45, o dólar subia 0,35%, cotado a R$ 5,2265. Veja mais cotações. Na quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 1,07%, cotada a R$ 5,2083. Com o resultado, acumulou: queda de 0,27% na semana; perdas de 0,76% no mês; ganho de 6,20% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,03%, aos 122.745 pontos. Na quarta, o índice encerrou com queda de 0,87%, aos 122.707 pontos. Com o resultado, acumulou quedas de: 0,42% na semana; 1,70% no mês; 7,75% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O mercado olha, nesta sexta-feira, principalmente para dados dos Estados Unidos. Hoje, o país divulgou o índice preços PCE de abril, quando a inflação subiu 2,7%, em linha com as expectativas dos analistas e se mantendo no mesmo patamar que o mês imediatamente anterior. Ontem, o PIB da maior economia do mundo também foi divulgado, revelando um crescimento de 1,3% no primeiro trimestre, abaixo das expectativas do mercado, de alta de 1,6%. O número também representa uma desaceleração em relação ao que foi observado no último trimestre do ano passado: um avanço de 3,4%. Esses números mais controlados fazem com que o mercado volte a acreditar que o Fed, pode iniciar o seu ciclo de cortes nos juros ainda em setembro. Segundo a ferramenta FedWatch, da CME, que mede as expectativas dos participantes do mercado financeiro, quase metade deles esperam um corte em setembro. No Brasil, as movimentações no mercado estão reduzidas por conta do feriado de ontem, em que a bolsa ficou fechada. Investidores, porém, continuam repercutindo os últimos dados do mercado de trabalho brasileiro, que foram divulgados nos últimos dias: a PNAD, que indicou uma taxa de desemprego de 7,5% no trimestre encerrado em abril, abaixo das expectativas, e o Caged, que mostrou a criação de 240 mil postos de emprego formal. "A resiliência do mercado de trabalho deve ser um dos principais vetores positivos para o crescimento da economia brasileira no ano. Assim, projetamos criação de 1,8 milhão de postos de trabalho formais no ano e de 7,6% de taxa de desemprego média ao longo do ano", diz José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos. Veja Mais

O engenheiro que apostou no cultivo da matéria-prima da cerveja, que ainda é tímido no Brasil

G1 Economia Série 'Gente do campo', do g1, mostra a história de Murilo Ricci, que vive em Aguaí (SP). Objetivo dele é montar a primeira cooperativa de lúpulo do país, junto com outros produtores. Gente do campo: produtor de lúpulo "Quando perguntam a minha profissão, agora eu digo que sou um agricultor", diz Murilo Ricci, que vive em Aguaí, no interior de São Paulo. Atualmente, ele é produtor de lúpulo, uma das matérias-primas da cerveja ???? (saiba mais no vídeo acima). Murilo é engenheiro elétrico por formação. Ele já trabalhou em uma multinacional e, durante oito anos, foi empreendedor, abrindo lojas de roupa na cidade de São Paulo. No entanto, cansado da vida agitada na cidade, Murilo decidiu que era momento de mudar o estilo de vida. Em 2020, com a pandemia, ele resolveu vender a sua participação nas lojas de roupa para viver na fazenda da família, em Aguaí. Foi ali que ele plantou a primeira muda de lúpulo, apenas para fazer um teste. Não é que deu certo? Ainda assim, os desafios eram muitos, afinal não é fácil plantar lúpulo no Brasil porque ele depende de muita iluminação natural e prolongada. Na América do Sul, escurece mais cedo em comparação com os EUA e a Europa, que são consideradas boas regiões para o lúpulo. Além disso, o Brasil ainda não é destaque nessa cultura e há poucos produtores. No vídeo acima, o Murilo conta mais dos bastidores dessa decisão arriscada. O objetivo dele é montar a primeira cooperativa de lúpulo do país, junto com outros produtores. Créditos 'Gente do campo': Coordenação Editorial: Luciana de Oliveira? Reportagem: Darlan Helder? Roteiro: Darlan Helder Edição e finalização: Marih Oliveira Fotografia: Fábio Tito Imagens Extras: Ricardo Barbosa, Darlan Helder Narração: Marih Oliveira Coordenação de Arte: Guilherme Luiz Pinheiro Ilustração:? Vitor Sousa, Luisa Rivas Motion Graphics:? Vitória Coelho Motorista:? Ricardo Barbosa Murilo Ricci, produtor de lúpulo, no campo iluminado Fábio Tito/g1 Murilo Ricci, produtor de lúpulo. Fábio Tito/g1 Murilo Ricci, produtor de lúpulo. Fábio Tito/g1 O lúpulo é responsável pelo sabor, amargor e aroma da cerveja Fábio Tito/g1 Campo de lúpulo iluminado. Fábio Tito/g1 VEJA TAMBÉM: Gente do campo: Chocolatier ajuda comunidades da Amazônia a obterem renda com o cacau Gente do campo: Vilso cultiva videiras centenárias Gente do Campo: Bonsai também é coisa de mulher Garçonete larga a vida na cidade para apostar na agricultura sem agrotóxicos Veja Mais

A dois para fim do prazo, quase 14 mil contribuintes do Acre ainda não declararam Imposto de Renda 2024

G1 Economia Ao todo, 95.772 contribuintes já cumpriram suas obrigações com o fisco federal até esta quarta (29). São esperadas 109.683 declarações no estado este ano. Prazo para entregar declaração acaba na sexta (31) Jornal Nacional/ Reprodução Quase 14 mil contribuintes do Acre ainda não entregaram a declaração do Imposto de Renda 2024. Os dados, divulgados pela Receita Federal, estão atualizados até o final da tarde desta quarta-feira (29). O prazo se encerra às 23h59 da próxima sexta (31). LEIA MAIS: Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição A 15 dias do fim do prazo, mais de 27 mil contribuintes do AC ainda não entregaram a declaração do Imposto de Renda Ao todo, 95.772 contribuintes já cumpriram suas obrigações com o fisco federal. São esperadas 109.683 declarações no estado este ano. Já na 2ª Região Fiscal, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, 1.736.470 contribuintes cumpriram a obrigação. Quem não entregar a declaração até o prazo final terá que pagar uma multa. O valor da multa cobrada é de 1% ao mês, sobre o valor do Imposto de Renda devido, limitado a 20% do valor do Imposto de Renda. O valor mínimo é de R$ 165,74. Este ano, o número previsto pelo Fisco prevê aumento de 4% em relação ao volume de declarações recebidas no ano passado, que foram de 104.968 no Acre. Em todo o país a expectativa é de receber 43 milhões de declarações. Veja o calendário da restituição do IR 2024 A Receita Federal incluiu 20.852 contribuintes do Acre no primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2024. O montante de mais de R$ 37 milhões deve ser pago na próxima sexta (31). A consulta ao lote foi aberta no último dia 23 pelo órgão através do portal da Receita Federal. (Veja como fazer a consulta no final da reportagem) Os pagamentos das restituições do IR 2024 serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações começou no dia 15 de março. Segundo a instituição, na 2ª Região Fiscal, que contempla os estados do Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima, além do Acre quase 572 milhões devem ser pagos a mais de 289 mil pessoas. Em todo o país, 5,5 milhões de contribuintes devem receber a restituição no lote de abertura que inclui ainda montantes residuais de anos anteriores. Ao todo devem ser pagos R$ 9,5 bilhões, o que segundo a Receita é o maior valor já pago na história. Veja as datas dos pagamentos: 1º lote: 31 de maio 2º lote: 28 de junho 3º lote: 31 de julho 4º lote: 30 de agosto 5º lote: 30 de setembro Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal lembrou que disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Até o dia 16 de maio, 77.442 contribuintes no Acre já haviam entregado suas declarações ao Fisco. Para este ano, a Receita Federal espera 109.683 declarações no Acre este ano. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. 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Congresso remaneja emendas de comissão e abre R$ 2,8 bilhões em créditos para Saúde e Desenvolvimento Regional

G1 Economia Oposição criticou e disse que texto serviria de arranjo para 'balcão de negócios' no Congresso; Comissão de Educação, de Nikolas Ferreira, perdeu toda a verba. Projeto vai à sanção. O Congresso Nacional aprovou, em sessão conjunta, nesta quarta-feira (29) um projeto que remaneja recursos indicados por comissões permanentes do Congresso para abrir um crédito suplementar de R$ 2,8 bilhões no Orçamento de 2024. O dinheiro, antes alocado em diversas pastas, será realocado para programas dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Regional, em especial a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Segundo parlamentares, o projeto tem o objetivo de liberar recursos carimbados como emendas de comissão. O texto foi aprovado pela Câmara por 330 votos a 69. Em votação no Senado, o placar foi de 53 a 5. Agora, o texto seguirá para sanção do presidente Lula. A medida foi aprovada em meio a críticas de parlamentares da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que questionavam os critérios de remanejamento e a pertinência da proposta. Após o STF declarar a inconstitucionalidade das emendas de relator – que ficaram conhecidas como Orçamento Secreto — deputados e senadores articularam o remanejamento dessas verbas para outros mecanismos. PT lidera ranking dos partidos que mais receberam emendas na Câmara, seguido de MDB e União Uma das alternativas encontradas foi turbinar o montante das emendas de comissão. Em 2022, por exemplo, o valor autorizado para essas emendas foi de R$ 329,4 milhões. Em 2023, chegou a R$ 6,9 bilhões e em 2024 é de cerca de R$ 15 bilhões. “Aqui a gente está tratando de emenda de comissão. Essa emenda de comissão não é a comissão temática que tem dinheiro, na Comissão de Saúde, e as comissões destinam esse dinheiro. Isso aqui é o balcão de negócios do Congresso, é o orçamento secreto, é a compra de apoio”, afirmou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP). Já o líder da maioria no Congresso, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que os recursos são imprescindíveis para realizar as políticas públicas nos municípios e orientou voto favorável ao projeto. “É importante a gente desmistificar as coisas. Às vezes, você por ter receio de discutir determinados temas a gente termina criando celeumas desnecessaáias”. Presidente da Comissão de Educação da Câmara, o deputado Nikolas Ferreiras (PL-MG) criticou a reorganização dos recursos no Orçamento e apontou que o seu colegiado seria um dos mais prejudicados pela proposta. Ao todo, o Orçamento de 2024 destinou cerca de R$ 180 milhões à Comissão de Educação. Com o projeto, no entanto, as indicações feitas pelo colegiado serão canceladas e passarão a suplementar o dinheiro atribuído à Funasa e ao Dnocs. Veja Mais

Criação de empregos formais soma 240 mil em em abril, com alta de 32%

G1 Economia Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho. Nos quatro primeiros meses deste ano, 958 mil vagas com carteira assinada foram criadas, alta de 33% em relação a 2023. O Brasil gerou criou 240 mil empregos formais em abril deste ano, informou nesta quarta-feira (29) o Ministério do Trabalho e Emprego. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em abril: 2,27 milhões de contratações; 2,02 milhões de demissões. O resultado representa melhora de 32% em relação a abril do ano passado, quando foram criados 181,7 mil empregos com carteira assinada (valor ajustado). Segundo o Ministério do Trabalho, a geração de vagas com carteira assinada também é a maior, para meses de abril, desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020. Veja os resultados para os meses de abril: 2020: 981,6 mil vagas fechadas 2021: 90,1 mil empregos criados 2022: 205,6 mil vagas abertas A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada, porque o governo mudou a metodologia. Parcial do ano De acordo com o Ministério do Trabalho, 958,4 mil empregos formais foram criados no país nos quatro primeiros meses deste ano. O número representa alta de 33,3% na comparação com o mesmo período de 2023, quando foram criadas 718,6 mil vagas com carteira assinada. O resultado também foi o maior registrado para esse período desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020. Ao final de abril de 2024, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 46,47 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado representa aumento na comparação com março deste ano (45,23 milhões) e com abril de 2023 (44,77 milhões). Setores Os números do Caged de março de 2024 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços. Regiões do país Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas regiões do país no mês passado. Salário médio de admissão O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.126,16 em abril deste ano, o que representa alta real (descontada a inflação) em relação a março de 2024 (R$ 2.089,20). Na comparação com abril de 2023, também houve crescimento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.080,73. Caged x Pnad Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad). Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil encerrou o trimestre terminado em março com taxa de desemprego em 7,9%. Com os resultados, o número absoluto de desocupados cresceu 6,7% contra o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. Veja Mais