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Educação Financeira #299: Inflação voltou a subir: o que fazer para se proteger do aumento de preços?

G1 Economia Neste episódio, nós vamos falar sobre o que está impactando a inflação atualmente e como os consumidores e investidores podem tentar se blindar do aumento dos preços. A inflação voltou a acelerar no Brasil. Em maio os preços medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tiveram uma alta de 0,46%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulando uma inflação de 3,93% em 12 meses. O principal vilão do ultimo mês foram os preços dos alimentos, que avançaram 0,62%, com destaques para alguns itens populares, como a batata inglesa, que disparou mais de 20%. E as expectativas para os próximos meses são de uma maior pressão inflacionária, com os consumidores sentindo no bolso esses aumentos de preço. Neste episódio do podcast Educação Financeira, nós vamos falar sobre o que está impactando a inflação atualmente e como os consumidores e investidores podem tentar se blindar do aumento dos preços. OUÇA O PODCAST ABAIXO: * Estagiária sob supervisão de Bruna Miato Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja Mais

Bolsa Família e Auxílio Gás: pagamentos de junho começam nesta segunda-feira; veja calendário e como sacar

G1 Economia Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Calendário do Bolsa Família 2024 é divulgado. MDS A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de junho do Bolsa Família e do Auxílio Gás nesta segunda-feira (17). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), os benefícios serão pagos durante os últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada — com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado. Há exceção também para os moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal. Segundo a Caixa, o crédito será antecipado para 658 mil famílias do Rio Grande do Sul. Para essas pessoas, o pagamento será realizado de forma unificada, no primeiro dia do repasse, independentemente do número final do NIS. Ao todo, mais de 20 milhões de famílias recebem o Bolsa Família e o Auxílio Gás neste mês. O Auxílio Gás foi criado para mitigar o impacto do preço do gás de cozinha no orçamento das famílias. Atualmente, mais de 5,5 milhões de famílias recebem, bimestralmente, 100% do valor da média nacional do botijão de 13 kg. Em junho, o valor será de R$ 102. Os pagamentos seguem o calendário de pagamento do Bolsa Família. Já o Bolsa Família prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família. Há também os adicionais de: R$ 150 por criança de até 6 anos; R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos; R$ 50 por bebê de até seis meses. Confira o calendário do Bolsa Família para abril de 2024: Final do NIS: 1 - pagamento em 17/6 Final do NIS: 2 - pagamento em 18/6 Final do NIS: 3 - pagamento em 19/6 Final do NIS: 4 - pagamento em 20/6 Final do NIS: 5 - pagamento em 21/6 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/6 Final do NIS: 7 - pagamento em 25/6 Final do NIS: 8 - pagamento em 26/6 Final do NIS: 9 - pagamento em 27/6 Final do NIS: 0 - pagamento em 28/6 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 19/8 a 30/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 18/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 29/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família 2024: pagamentos começam nesta quinta-feira; veja calendário Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Veja Mais

Abono salarial PIS-Pasep 2024 terá novo pagamento nesta segunda; veja quem vai receber

G1 Economia Benefício no valor de até um salário-mínimo é concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa; entenda. O benefício no valor de até um salário-mínimo é concedido anualmente a trabalhadores e servidores Marcelo Camargo/Agência Brasil O pagamento do abono salarial PIS-Pasep 2024, referente ao ano-base 2022, será feito nesta segunda-feira (17) para os nascidos em julho e agosto. Esta será a quinta leva do benefício liberada pelo governo federal neste ano. Em fevereiro, o Ministério do Trabalho fez o pagamento para os nascidos no mês de janeiro. Já em março, foi a vez dos trabalhadores nascidos em fevereiro. Em abril, receberam os nascidos em março e abril. No mês passado, os beneficiados foram os nascidos em maio e junho. ?? O abono salarial é um benefício no valor de até um salário-mínimo concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa. No geral, têm direito ao abono funcionários da iniciativa privada (PIS) e servidores públicos (Pasep) que trabalharam durante pelo menos 30 dias no ano-base e receberam até dois salários-mínimos por mês. O banco de recebimento, data e os valores, inclusive de anos anteriores, estão disponíveis para consulta no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal Gov.br. Neste ano, o calendário de pagamento foi unificado: tanto os trabalhadores da iniciativa privada como os servidores públicos vão receber de acordo com o mês de nascimento de cada beneficiário (confira o cronograma abaixo). No Rio Grande do Sul, além do pagamento já programado, o governo federal segue antecipando os créditos dos benefícios para os nascidos de julho a dezembro, devido à situação de calamidade no estado. Com isso, os trabalhadores que receberiam em julho e agosto, que tiveram a situação regularizada após o lote de pagamento em 15 de maio, irão receber nesta segunda (17). O pagamento ocorrerá automaticamente, não sendo necessária manifestação ou solicitação por parte do beneficiário. Nesses casos, para receber, o estabelecimento empregador precisa estar no estado do RS. Ao todo, 24,8 milhões de trabalhadores receberão o abono neste ano, segundo o Ministério do Trabalho, sendo 21,9 milhões da iniciativa privada e 2,9 milhões do serviço público. Neste mês, o ministério liberou R$ 4,5 bilhões para o pagamento de 4.258.430 milhões de trabalhadores que têm direito a receber o benefício.Veja perguntas e respostas: Quem tem direito ao abono salarial? Quem não tem direito ao abono salarial? Qual é o valor? Como consultar? (passo a passo) Como serão os pagamentos? Canal de dúvidas Calendário de Pagamento Pis-Pasep 2024 (Ano-Base 2022) 1. Quem tem direito ao abono salarial? Os trabalhadores devem atender aos seguintes critérios para ter direito ao benefício: estar cadastrado no programa PIS/Pasep ou no CNIS (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos; ter trabalhado para empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); ter recebido até 2 salários-mínimos médios (no valor em vigor no ano-base) de remuneração mensal no período trabalhado; ter exercido atividade remunerada durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base da apuração (2022); ter os dados informados pelo empregador (pessoa jurídica ou governo) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial do ano-base considerado para apuração (2022). 2. Quem não tem direito ao abono salarial? empregado(a) doméstico(a); trabalhadores rurais empregados por pessoa física; trabalhadores urbanos empregados por pessoa física; trabalhadores empregados por pessoa física equiparada a jurídica. 3. Qual é o valor? O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de serviço do trabalhador no ano-base em questão. O cálculo corresponde ao valor atual do salário-mínimo dividido por 12 e multiplicado pela quantidade de meses trabalhados no ano-base. Assim, somente quem trabalhou os 12 meses do ano-base recebe o valor total de um salário-mínimo. Neste ano, o benefício irá variar de R$ 118 a R$ 1.412. Veja abaixo os valores conforme a quantidade de meses trabalhados: Valor do Abono Salarial 4. Como consultar? Para fazer a consulta pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, siga o passo a passo: Certifique-se de que o aplicativo esteja atualizado; Acesse o sistema com seu número de CPF e a senha utilizada no portal gov.br; Toque em "Benefícios" e, em seguida, em "Abono Salarial". A tela seguinte irá informar se o trabalhador está ou não habilitado para receber o benefício. Vale lembrar que trabalhadores do setor privado também podem consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem. 5. Como serão os pagamentos? O pagamento do PIS (Programa de Integração Social) aos trabalhadores da iniciativa privada é administrado pela Caixa Econômica Federal. São quatro opções para receber: As pessoas que possuem conta corrente ou poupança na Caixa receberão o abono automaticamente, informou o banco. Também é possível receber os valores por meio da Poupança Social Digital, cuja movimentação é feita pelo aplicativo Caixa Tem. Outra opção é fazer o saque com o cartão social e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e Caixa Aqui. Se o trabalhador não possuir cartão social, o pagamento também pode ser realizado em qualquer agência da Caixa com a apresentação de um documento de identificação. Já o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é válido para os servidores públicos, e os depósitos são feitos pelo Banco do Brasil. Nesse caso, o pagamento será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária, transferência via TED, via PIX ou presencial nas agências de atendimento, informou o Ministério do Trabalho. 6. Ainda tem dúvidas? Mais informações podem ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158 ou pelo e-mail: trabalho.uf@economia.gov.br (substituindo os dígitos UF pela sigla do estado do trabalhador). Saiba regras do PIS-Pasep: Consulta ao abono salarial PIS-Pasep 2024 é liberada Veja Mais

Após falar que deseja discutir gastos do governo, Lula participa de reunião com ministros que tratam de orçamento

G1 Economia Presidente se reúne nesta segunda-feira (17) com equipe econômica no Planalto às 10h30. Lula declarou na Itália que considera investimento "o que muita gente acha que é gasto". 'Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente', diz Lula O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa na manhã desta segunda-feira (17) de uma reunião com o ministro Rui Costa e a equipe econômica. De acordo com o Palácio do Planalto, trata-se de um encontro da junta orçamentária do governo. Rui Costa, ministro da Casa Civil; Fernando Haddad, ministro da Fazenda; Simone Tebet, ministra do Planejamento; Esther Dweck, ministra da Gestão. Marcada para as 10h30, no Planalto, a reunião ocorrerá após o presidente afirmar que pediu a Rui um encontro da junta para discutir os gastos do governo federal. "Eu quero fazer a discussão sobre o orçamento e quero discutir os gastos. O que muita gente acha que é gasto, eu acho que é investimento", afirmou Lula no sábado (14), ao encerrar viagem à Itália. O presidente deu a declaração em um cenário de pressão de economistas, empresários e investidores para que o governo reduza despesas. Entre as propostas, está a mudança nas regras que tratam dos investimentos mínimos em saúde e educação, a fim de equilibrar o orçamento. Lula, no entanto, afirmou que não fará ajuste de contas "em cima dos pobres". O presidente costuma frisar, em discursos, que considera "investimento" o dinheiro destinado à educação. Na semana passada, ele destacou que não pensa em economia apartada do lado social. Na última quinta-feira (13), a ministra Simone Tebet (Planejamento) afirmou que a proposta de cortar os valores mínimos de investimento em saúde e educação é um plano que está "no final do alfabeto" de ideias do governo. "A gente tem muita coisa antes aí para trabalhar", disse. Tebet se reuniu na quinta com o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Após o encontro, Haddad anunciou que a equipe econômica vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos, e que deve focar, nas próximas semanas, na revisão de despesas. Tebet afirmou que a revisão dos gastos faz parte do planejamento para o ano de 2025, cujo projeto de lei orçamentária deve ser enviado em agosto. Para ela, há um cardápio de opções pelo lado das despesas. No entanto, a ministra reconheceu que há poucas opções para aumento de receita. Veja Mais

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Fazenda minimiza impacto do 'imposto do pecado' nos combustíveis: 'preço do petróleo oscila 1% todo dia'

G1 Economia Segundo secretário da Fazenda, impacto econômico será limitado e localizado no produtor de petróleo. Petroleiras falam em custos de R$ 6 bilhões ao ano. Especialistas projetam que nos próximos anos o mercado internacional continuará demandando uma maior quantidade de petróleo bruto. Getty Images via BBC O secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, minimizou o impacto do chamado “imposto do pecado” sobre o petróleo bruto — insumo para combustíveis como gasolina e diesel. “O preço do petróleo oscila 1% todo dia, então não vamos também ficar discutindo impacto inflacionário desse efeito”, afirmou em entrevista ao g1 e à TV Globo. Chamado de “imposto do pecado”, o imposto seletivo vai ser uma taxa cobrada sobre alguns itens considerados prejudicais à saúde e ao meio ambiente. A intenção é desestimular o consumo. O petróleo bruto é um desses itens, conforme a reforma tributária aprovada no ano passado. O que é o imposto do pecado? Ainda não se sabe o valor do imposto, cuja alíquota deve ser definida até 2026. Mas, no caso do petróleo, o texto aprovado define que será de até 1%. As petroleiras afirmam que o imposto representa um valor relevante para a indústria, com um impacto previsto de R$ 6 bilhões por ano, considerando a alíquota cheia de 1%. A projeção é do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Impacto nos combustíveis O setor argumenta que esses custos vão ser repassados ao restante da cadeia, uma vez que o petróleo é um insumo para a indústria petroquímica. Contudo, é incerto se esse aumento de custo vai encarecer os combustíveis. “A questão é saber se o refinador lá na frente vai absorver esse custo ou vai repassar para o consumidor”, afirmou o presidente do IBP, Roberto Ardenghy. Segundo Appy, o impacto econômico vai ser limitado e estará localizado no produtor de petróleo. “Acho que tem mais cara de royalty do que propriamente de um tributo que afete os preços. Vai mais afetar a rentabilidade de produtores do que propriamente o preço dos produtos, com uma alíquota pequena”, declarou o secretário. Appy destaca ainda que a decisão para tributar o petróleo foi do Congresso Nacional, que acrescentou o trecho ao texto da reforma tributária. “O impacto econômico é limitado. Se faz sentido ou não tributar com [o imposto] seletivo, é uma outra discussão. O Congresso Nacional entendeu que deveria incidir. Eu consigo entender isso como sendo uma compensação pelo impacto ambiental da extração”, afirmou. Representantes de diversos setores são favoráveis a exploração de petróleo na costa do AP Gás natural Seguindo os planos do governo de incentivar a indústria por meio do gás natural, o petróleo bruto para consumo industrial não será tributado com o imposto seletivo na reforma tributária. Contudo, as petroleiras reclamam dessa diferenciação entre o consumo industrial e o energético. No setor, conta Ardenghy, há uma dúvida sobre: se o consumo de gás natural para geração de energia pelas indústrias seria considerado como “consumo industrial” e, portanto, ficaria de fora do “imposto do pecado”; ou seria “consumo energético”, com a cobrança de até 1%. Grandes consumidores industriais, como fábricas de vidro, cerâmica e aço, não usam o gás como matéria-prima, isto é, como parte integrante do produto, mas, sim, como insumo para gerar calor nos seus processos industriais. Jatinhos e aviões Em entrevista ao g1 e à TV Globo, Appy também comentou a tributação de aeronaves pelo imposto seletivo. Questionado sobre um eventual aumento de custos para as empresas aéreas, o secretário disse que a regulamentação da reforma pode diferenciar jatinhos e aviões comerciais. “Essa questão vai ser definida depois, se só vai pegar jatinho ou não, não sei. É uma questão que vai ser definida na definição da alíquota”, declarou. Veja Mais

Fui vítima de golpe, posso ter meu dinheiro de volta? Bancos propõem melhoria em sistema de devolução do PIX; entenda

G1 Economia Proposta prevê que instituições consigam bloquear valores até outras camadas de triangulação dos recursos. PIX, pagamentos, Brasil, Amapá Núbia Pacheco/g1 A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Banco Central do Brasil (BC) iniciaram, na semana passada, os debates para trazer melhorias no Mecanismo Especial de Devolução (MED), um recurso do PIX criado para facilitar as devoluções em casos de fraude. A ideia é que as melhorias aumentem as possibilidades de reaver recursos em transações feitas pela ferramenta de pagamento instantâneo. (entenda mais abaixo) O projeto foi proposto pela federação e seu desenvolvimento deve acontecer já no segundo semestre deste ano. A implementação do sistema, batizado de MED 2.0, deve acontecer apenas no final de 2025. Entenda nesta reportagem quais as mudanças propostas pelos bancos e como tentar conseguir o dinheiro de volta em caso de fraudes. Fui vítima de golpe, posso ter meu dinheiro de volta? As pessoas que foram vítimas de golpe e fizeram transferências de PIX podem tentar reaver o dinheiro perdido por meio do MED. (veja ao final desta reportagem o passo a passo) O sistema, segundo o BC, também pode ser utilizado quando existir falha operacional no ambiente PIX das instituições financeiras – situações que podem acabar gerando transações em duplicidade, por exemplo. “Nesse caso, ela avalia se houve a falha e, em caso positivo, em até 24 horas o dinheiro é devolvido”, informou a instituição em seu site. Sistema do BC permite que vítimas de golpes do PIX consigam recuperar prejuízo Por que o MED precisa de melhorias? O MED, recurso do PIX criado para facilitar as devoluções em caso de fraudes, já está ativo desde novembro de 2021. Ele serve para bloquear os recursos na conta recebedora após uma reclamação de fraude, para que o banco avalie o caso de forma detalhada e possa devolver os recursos à vítima. Pelo fluxo atual, o sistema permite o bloqueio de valores apenas na primeira conta recebedora do recurso. Assim, a devolução do dinheiro depende da disponibilidade de fundos na conta do fraudador – e é exatamente aí que mora o problema. Isso porque, para evitar o rastreio, os fraudadores muitas vezes já transferem o valor, de forma parcelada, para uma série de outras contas – que, por sua vez, não conseguem ser bloqueadas pelo MED e dificultam, assim, a análise dos casos e a eventual devolução do dinheiro às vítimas. Só neste ano, por exemplo, já foram registradas mais de 1,6 milhão de solicitações de devolução – o que responde por 64,3% do total de pedidos registrados em todo o ano de 2023 (de aproximadamente 2,5 milhões). O número de devoluções efetivamente aceitas, no entanto, é bem menor: segundo o BC, apenas 545.083 dos pedidos feitos neste ano (33,1% do total) foram aceitos total ou parcialmente. Vale destacar que, para esse número, o BC considera apenas as devoluções feitas imediatamente após a análise, não incluindo possíveis futuras devoluções parciais adicionais. “No MED, quando ocorre uma devolução parcial, é obrigação da instituição do recebedor monitorar saldo da conta por até 90 dias após a transação original e efetuas novas devoluções se houver saldo disponível”, afirmou o BC em nota. Qual foi a melhoria proposta pelos bancos? Segundo a Febraban, a proposta feita foi para que o sistema permita o bloqueio de valores até outras camadas de triangulação dos recursos, ou seja, de outras contas que receberam transferências da conta do suposto fraudador. O objetivo, de acordo com a federação, é “reduzir a prática das diferentes modalidades de fraudes e golpes utilizando o PIX como meio”. “Já observamos que os criminosos espalham o dinheiro proveniente de golpes e crimes em várias contas de forma muito rápida e, por isso, é importante aprimorar o sistema para que ele atinja mais camadas”, afirmou o diretor-adjunto de Serviços da Febrabran Walter Faria, por meio de nota. A expectativa, segundo o executivo, que o novo sistema seja um avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes e deve possibilitar um maior êxito no bloqueio e recuperação de valores. Com o BC já tendo aceito a proposta, a estimativa é que o novo sistema seja desenvolvido ainda no segundo semestre deste ano, com implementação prevista para 2025. Caiu em um golpe? Veja o passo a passo para pedir a devolução Ao perceber que foi vítima de um golpe, o primeiro passo é entrar em contato com o seu banco, por meio do aplicativo ou pelos canais oficiais, e acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED). O banco irá avisar a instituição do suposto golpista em até meia hora sobre a suposta fraude. Com isso, o banco do suposto golpista irá bloquear o valor correspondente que existe na conta mencionada. Caso não haja o valor total, o bloqueio é parcial. As duas instituições têm até sete dias corridos para analisar o caso. Se concluírem que não foi fraude, o recebedor terá os recursos desbloqueados. Se for fraude, o cliente receberá o dinheiro de volta, a depender do montante disponível na conta do golpista. Caso não haja saldo suficiente para a devolução total dos valores, o banco do recebedor deve monitorar a conta por até 90 dias da transação original e, surgindo recursos, deve fazer devoluções parciais. Veja Mais

+Milionária, concurso 155: prêmio acumula e vai a R$ 226 milhões

G1 Economia Três apostas que acertaram cinco dezenas e dois trevos vão levar R$ 200,5 mil cada. Próximo sorteio será na terça (18). Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 155 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (15), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 226 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, três apostas acertaram cinco dezenas e dois trevos e vão levar R$ 200.505,35 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 03 - 06 - 07 - 17 - 23 - 31 Trevos: 3 - 4 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 50 apostas ganhadoras: R$ 5.346,81 4 acertos + 2 trevos - 233 apostas ganhadoras: R$ 1.229,33 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 2868 apostas ganhadoras: R$ 99,87 3 acertos + 2 trevos - 4194 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 30869 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 29299 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 215793 apostas ganhadoras: R$ 6,00 +Milionária, concurso 155 Reprodução/Caixa +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Haddad diz que não vai a Brasília dialogar, mas para se defender

G1 Economia O ministro da Fazenda se referia ao PL que equipara o aborto ao homicídio. Na quinta, ele afirmou que vai priorizar a revisão dos gastos públicos, após sofrer derrota no Congresso para tentar aumentar a arrecadação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (15) que o Brasil é uma “encrenca” e disse que, quando vai a Brasília, “não dialoga com o servidor público propriamente dito”, mas vai lá para “se defender do que está acontecendo”. As afirmações foram feitas durante participação do ministro no evento Despertar Empreendedor, promovido pelo Instituto Conhecimento Liberta. "Quando a gente vai para Brasília, a gente não dialoga com o servidor público propriamente dito, a gente vai lá para se defender do que está acontecendo", afirmou o ministro. “A todo momento você fica apreensivo. Que lei vamos aprovar? O que nós vamos fazer? Que maluquice é essa? Do que estão falando? Por que não se dedicam a coisas sérias, que vão mudar a vida das pessoas? Para que essa espuma toda? Para criar cizânia na sociedade, briga na família?”, disse no evento, em referência ao projeto recentemente votado na Câmara dos Deputados que equipara o aborto ao crime de homicídio. As falas de Haddad vieram em resposta à pergunta feita pelo mediador da palestra sobre o papel do ministro como servidor público. Ministro da Fazenda Fernando Haddad, durante evento em abril sobre empreendedorismo. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO As afirmações de Haddad também vêm após uma semana dura para o governo federal - e em especial para o próprio ministro. Conforme informado pelo blog da Andreia Sadi, Haddad tem recebido pressão de setores do PT (Partido dos Trabalhadores) e sido questionado pelo mercado financeiro sobre sua capacidade de concretizar a agenda econômica e alcançar o equilíbrio fiscal. Na última semana, por exemplo, o ministro chegou a afirmar que a equipe econômica vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos e que deve focar na revisão de despesas ao longo das próximas semanas. As declarações vieram após uma forte reação negativa dos mercados a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando reiterou que não consegue discutir economia sem “colocar a questão social na ordem do dia”. Além disso, no começo da semana, a notícia de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) havia decidido devolver ao presidente Lula os trechos da Medida Provisória do PIS-Cofins que restringiram a compensação de créditos do tributo, também colaborou para a percepção de “fritura” do ministro da Fazenda. A decisão de Pacheco foi vista como uma derrota para o governo, uma vez que Haddad já havia sinalizado que buscava, com a MP, cobrir perdas de arrecadação com a manutenção da desoneração da folha de pagamento. A estimativa é que a medida gerasse um aumento de R$ 29 bilhões na arrecadação deste ano. Nesse cenário, o presidente Lula voltou a defender o ministro. Neste sábado, ao final da viagem que fez à Suíça e à Itália para encontros da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do G7, grupo que reúne nações democráticas mais ricas do mundo, Lula afirmou que, enquanto estiver no cargo, Haddad “jamais ficará enfraquecido”. "O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for o presidente da República porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim", disse. ‘Negócio difícil de administrar’ Durante o evento, o ministro da Fazenda também chegou a fazer críticas a pessoas “em condição de poder que nem sempre estão fazendo a coisa certa pelo país” e disse que o Brasil é “uma encrenca”, apesar de seu potencial. “O Brasil é uma encrenca, né? Um negócio difícil de administrar”, disse o ministro. “Temos um país de ouro, um povo de ouro e você vê que quem pode fazer a diferença, nem sempre está pensando no interesse público. E devia estar, né, porque está em posição de poder, porque é um grande empresário ou um político com mandato”, acrescentou Haddad. Os acontecimentos dos últimos dias também se refletiram no mercado financeiro. O dólar, por exemplo, chegou a bater os R$ 5,42 na última semana, tendo acumulado ganhos de 2,53% no mês e de 10,91% ao ano, ao final da sessão de sexta-feira (14). Já o Ibovespa, por sua vez, teve alta no último pregão, mas ainda acumula perdas de 1,99% em junho e de 10,82% em 2024. Veja Mais

Após reação negativa ao projeto sobre aborto, governo dispara críticas ao texto

G1 Economia Após repercussão negativa, governo dispara críticas contra projeto sobre aborto Integrantes do primeiro escalão do governo Luiz Inácio Lula da Silva dispararam críticas em peso nesta sexta-feira (14) ao projeto que equipara aborto após a 22ª semana a homicídio. Pelo texto, por exemplo, o estuprador pode ter uma pena menor que a mulher que aborta (veja detalhes mais abaixo). A Câmara aprovou na quarta-feira (12), em uma votação-relâmpago de 23 segundos, a urgência para o projeto. Aprovar a urgência significa acelerar a tramitação de um texto. Ele deixa de tramitar nas comissões, onde tem maior chance de ser modificado, e é analisado direto no plenário. A decisão não pegou bem em setores da sociedade. Manifestações foram realizadas em cidades brasileiras na quinta (13) contra o projeto. Um dos motes dos cartazes nos protestos era: "Nem morta nem presa". Nas redes sociais, a repercussão também foi ruim. Pesquisa da Quaest apontou que a maioria dos internautas é contra o texto. O projeto, patrocinado pela extrema-direita e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi percebido como radical pela população. A indignação causada pelo projeto deu conforto para o governo, dois dias depois de a urgência ser aprovada, deplorar o projeto. O Palácio do Planalto procura ter cautela com temas que podem melindrar os setores cristãos, em especial evangélicos, da sociedade. Críticas ao projeto Veja o que disseram integrantes do governo: Marina Silva, ministra do Meio Ambiente: "Eu, pessoalmente, sou contra o aborto, mas eu acho que é uma atitude altamente desrespeitosa e desumana com as mulheres achar que o estuprador deve ter uma pena menor do que a mulher que foi estuprada e que não teve condição de ter acesso de forma dentro do tempo para fazer uso da lei que lhe assegura o direito ao aborto legal", afirmou. Cida Gonçalves, ministra das Mulheres: "Criança não é para ser mãe, é para ter infância", afirmou a ministra, em referência às crianças que são estupradas e engravidam. Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais: "Não contem com o governo para mudar a legislação de aborto do país, ainda mais para um projeto que estabelece que uma mulher estuprada vai ter uma pena duas vezes mais do que o estuprador. Não contem com o governo para essa barbaridade. Reforçar isso com os líderes. Vamos trabalhar para quem um projeto como esse não seja votado", disse o ministro. Janja da Silva, primeira-dama "Isso ataca a dignidade das mulheres e meninas, garantida pela Constituição Cidadã. É um absurdo e retrocede em nossos direitos. A cada 8 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. O Congresso poderia e deveria trabalhar para garantir as condições e a agilidade no acesso ao aborto legal e seguro pelo SUS", afirmou Janja. Veja Mais

FGTS corrigido pela inflação: saiba como as novas regras podem aumentar o rendimento para o trabalhador

G1 Economia Mudança foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para os novos depósitos. Medida será válida já nos próximos dias, a partir da publicação da ata do julgamento. Aplicativo FGTS para celular Rodrigo Marinho/g1 O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na última quarta-feira (12), que os novos depósitos feitos no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deverão ser corrigidos, no mínimo, pela inflação oficial do Brasil — medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A medida será válida já nos próximos dias, a partir da publicação da ata do julgamento, e será aplicada ao saldo já existente na conta. Como vai ficar o rendimento do FGTS com a nova regra? A proposta é que o FGTS seja corrigido pelo IPCA quando, no mês, a inflação do país superar a taxa que é utilizada atualmente para a correção dos valores. Hoje, o rendimento do FGTS é igual ao valor da TR (taxa referencial), mais 3% ao ano. A TR pode variar, mas é historicamente menor que a inflação. Assim, com o novo sistema, os rendimentos do FGTS serão maiores ao que é praticado hoje. (Veja a simulação mais abaixo) A decisão vale para o saldo já existente na conta e para os novos depósitos. Nesse sistema, com base numa simulação elaborada pelo planejador financeiro CFP Fabrice Blancard, um valor inicial de R$ 10 mil depositado na conta do FGTS do trabalhador teria acumulado um rendimento de 21,82% nos últimos 5 anos, chegando a R$ 12.182,36. Se a regra da correção pelo IPCA já fosse válida naquela época, os mesmos R$ 10 mil teriam rendido 45,17% no período, chegando a R$ 14.516,95. A nível de comparação, o mesmo valor corrigido apenas pelo IPCA no período e pela caderneta da poupança resultaria em R$ 13.580,65 e R$ 13.145,08, respectivamente. Veja, na simulação abaixo, como os mesmos R$ 10 mil teriam rendido nos últimos 5 anos. *A simulação considerou que o rendimento do saldo de R$ 10 mil foi corrigido mensalmente, seguindo a regra com a maior rentabilidade em cada mês. A súmula do STF com as regras para a nova correção do FGTS ainda não foi publicada, então pode ser que o órgão decida outra periodicidade para a correção. Como é atualmente o rendimento do FGTS? Atualmente, o rendimento do FGTS é calculado pela TR mais uma taxa de 3% ao ano. A TR varia mês a mês e, em junho, até aqui, está em cerca de 0,036%. Vale pontuar que a correção nos valores do FGTS é feita de forma mensal. Assim, o rendimento calculado pela TR mais 3% ao ano é dividido por 12, para que seja proporcional ao mês em que um eventual saque for resgatado pelo trabalhador. Veja Mais

Cúpula do G7: em vitória de Giorgia Meloni, rascunho de documento final não tem menção ao direito ao aborto

G1 Economia A primeira-ministra da Itália é contra o direito ao aborto, e o tema foi motivo de racha entre os líderes dos países que participam do G7. Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália Tiziana FABI / AFP Um rascunho do documento final do comunicado final da cúpula do G7 não tem menção ao direito ao aborto legal e seguro, de acordo com a agência de notícias Reuters. Os líderes dos países do G7 estão reunidos para seu encontro anual na Itália, e uma controvérsia sobre a inclusão de uma frase sobre o direito ao aborto legal e seguro no documento final do encontro dos líderes dos países causou uma racha entre a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e os representantes dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e França. ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp. Segundo o rascunho visto pela Reuters, a declaração do G7 manteve compromissos com "o acesso universal a serviços de saúde adequados, acessíveis e de qualidade para as mulheres", que os líderes assumiram no encontro do ano passado, em Hiroshima, no Japão. No entanto, foi removida a referência específica no comunicado de 2023 sobre a importância de "acesso a aborto seguro e legal e cuidados pós-aborto". A Itália, que detém a presidência rotativa do G7, disse que não havia necessidade de repetir a linguagem porque eles haviam reiterado especificamente seu compromisso de Hiroshima. Diplomatas disseram que França e Canadá tentaram fortalecer a linguagem sobre os direitos ao aborto, mas não conseguiram convencer os italianos. A primeira-ministra italiana, contrária ao direito ao aborto, contou em uma biografia que, quando a própria mãe estava grávida dela, quase interrompeu a gravidez. Em abril, o governo italiano deu permissão para que grupos antiaborto tentem convencer mulheres a não abortar dentro das clínicas especializadas no procedimento. Foto oficial do G7 2024 na Itália, com líderes dos Estados-membros -- EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão -- e líderes de países emergentes. O presidente Lula compareceu ao evento (é o segundo da direita para a esquerda na fileira de baixo) AP Photo/Alex Brandon Indiretas nas entrevistas Macron, da França, falou a jornalistas sobre o tema. Ele disse que na França há igualdade entre homens e mulheres, mas que essa “não é uma visão compartilhada por todos no espectro político”. Em entrevista a jornalistas, Meloni respondeu sem citar o nome do presidente francês. Ela falou que “é profundamente errado, em tempos difíceis como esses, fazer campanha (para eleições) usando um fórum importante como o G7” —foi uma insinuação sobre Macron, que no último dia 9 de junho convocou eleições legislativas para a França nos dias 30 de junho e 7 de julho. Cúpula do G7 recebe líderes de países emergentes Cúpula do G7 A Cúpula do G7 começou na quinta-feira na Itália, com a presença de líderes dos países-membros e convidados. O presidente Lula vai participar do encontro como convidado. O principal tema da cúpula é a ajuda à Ucrânia, que está em guerra contra a Rússia desde fevereiro de 2022 e pede ajuda ao Ocidente diante da escassez de recursos financeiros e militares. Antes do encontro, na noite de quarta-feira, os líderes do G7 fecharam um acordo para destinar à Ucrânia US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 bilhões) este ano respaldado em ativos russos congelados, segundo a Presidência francesa. A cúpula acontece em um momento de pressão aos líderes dos países do bloco após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu e as eleições nos EUA, França e Reino Unido. Veja abaixo o que é o G7 os principais pontos sobre a reunião: O que é o G7 O G7 é um bloco informal de democracias industrializadas que se reúne anualmente para discutir questões e preocupações compartilhadas. Que países fazem parte do bloco Fazem parte do G7 Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. O Brasil participará do encontro como convidado. Também são convidados o Papa Francisco, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. O que de importante está sendo discutido O grupo usará a cúpula para discutir desafios relacionados à Inteligência Artificial, migração, o ressurgimento militar russo e poder econômico da China, entre outros tópicos. O apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia será o principal tópico da reunião --os membros do G7 são aliados da Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e Zelensky vão assinar um acordo bilateral com o objetivo de enviar um sinal à Rússia sobre a determinação americana em apoiar o governo ucraniano, informou a Casa Branca. "Queremos demonstrar que os EUA apoiam o povo da Ucrânia, que estamos ao lado deles e que continuaremos a ajudar a atender suas necessidades de segurança", disse o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, acrescentando que "este acordo mostrará nossa determinação". Jake Sullivan disse que o acordo não levará ao posicionamento de tropas americanas diretamente na defesa da Ucrânia — esta é uma linha vermelha traçada por Biden, que teme ser puxado para um conflito direto entre as potências nucleares. A Ucrânia está em guerra contra a Rússia desde 24 de fevereiro de 2022, quando tropas de Vladimir Putin invadiram o território ucraniano e lançaram uma ofensiva militar. Com os extensos combates, a guerra virou questão de sobrevivência, quem consegue durar mais. Apoiado pelo Ocidente desde o início da guerra, a Ucrânia vem enfrentando uma escassez de recursos econômicos e militares e o presidente Zelensky pede aos aliados mais apoio. Em maio, a Rússia rompeu uma estagnação na guerra e está em nova fase de ofensiva. A Ucrânia e muitos de seus apoiadores têm pedido o confisco de US$ 260 bilhões (cerca de R$ 1,4 trilhões) em ativos russos congelados fora do país após a invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022. Segundo oficiais europeus, havia dificuldades para costurar o confisco devido a preocupações legais e de estabilidade financeira, porque a maioria dos ativos russos congelados está localizada na Europa. Os US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 milhões) confirmados para a Ucrânia este ano terão como base esses ativos congelados na União Europeia e virão intermediados por empréstimos dos EUA a partir dos rendimentos deles — cerca de US$ 2,5 bilhões a US$ 3 bilhões anuais nas taxas de juros atuais. Antes da reunião, os EUA aplicaram novas sanções econômicas à Rússia, em mais de 4.000 empresas e indivíduos ligados ao país. Sobre a imigração, os EUA e outras nações do G7 estão lutando para gerenciar grandes influxos de migrantes que chegam por razões complicadas que incluem guerra, mudança climática e seca. A migração e como as nações lidam com o número crescente em suas fronteiras tem sido um fator impulsionando o aumento da extrema direita em algumas partes da Europa. Qual é o cenário atual A cúpula, que começa na quinta-feira, acontecerá após partidos de extrema direita em países do continente europeu acumularem vitórias em seus respectivos países nas eleições do Parlamento Europeu, que finalizaram no último final de semana. Essas vitórias, juntamente com as eleições no Reino Unido, França e Estados Unidos, abalaram o establishment político global e adicionaram peso a esta cúpula. "Você ouve isso muito quando fala com oficiais dos EUA e da Europa: se não conseguirmos fazer isso agora, seja em relação à China, seja em relação aos ativos, podemos não ter outra chance", disse Josh Lipsky, diretor sênior do Centro de Geoeconomia do Conselho Atlântico, um think tank de assuntos internacionais. "Não sabemos como será o mundo em três meses, seis meses, nove meses a partir de agora." A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni vai utilizar a Cúpula do G7 como plataforma após a vitória de seu partido nas eleições do Parlamento Europeu na Itália. Veja Mais

Governo publica MP que ajuda distribuidora do AM, mas repassa custos milionários a consumidores

G1 Economia Governo calcula impacto de R$ 500 milhões ao ano. Medida também prevê transferência de custos de R$ 2 bi a encargos na conta de luz, com mudanças nos contratos de termelétricas. O governo publicou nesta quarta-feira (13) uma medida provisória que muda regras para distribuidoras de energia com problemas financeiros. Pelos critérios do texto, atende ao caso da Amazonas Energia. Contudo, os custos dessa medida devem ser repassados aos consumidores. O texto transfere para a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) custos que deveriam ser arcados pela distribuidora do Amazonas, cujo equilíbrio econômico-financeiro está comprometido. No sistema de energia elétrica, existem diversas contas (fundos) bancadas com dinheiro dos consumidores que pagam a tarifa de energia, como a CCC. O propósito dessas contas é custear projetos ou políticas públicas consideradas relevantes. Ao g1, interlocutores do governo afirmam que a medida provisória deve gerar um custo de R$ 500 milhões por ano, pago pela CCC –que, por sua vez, é arcada por todos os consumidores na conta de luz. Tem ainda uma outra mudança na medida provisória. Ela transfere contratos de usinas termelétricas movidas a gás natural para um contrato na modalidade de reserva de energia, com uma possível extensão do período de contratação de 2025 para 2030. Isso quer dizer que o custo das usinas deixa de ser arcado pela Amazonas (que tinha essa obrigação por contrato e está endividada, sem condições de realizar os pagamentos) e pela CCC, passando a integrar o orçamento da Conta de Energia de Reserva (Coner). As usinas beneficiadas foram adquiridas da Eletrobras pela Âmbar Energia, do grupo J&F – dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O negócio foi anunciado na última segunda-feira (10). Para o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), Luiz Eduardo Barata, isso aumenta o valor que cabe aos consumidores de todo o país, uma vez que a Coner é outra conta paga por todos os consumidores. Antes, pelo menos parte dos custos ficava só com a Amazonas Energia. "Quando você tira todos os custos das térmicas e coloca na conta de reserva, todos os consumidores pagam. Porque, antes, quando ela estava na CCC, não era o custo integral. Parte dos custos das térmicas ficava com os consumidores da Amazonas Energia", explicou Barata. . O advogado Henrique Reis enfatiza que o que muda com a transferência dos contratos das usinas é que, hoje, parte desse custo integra a tarifa da distribuidora e a outra parte vai para a CCC. Quando o consumidor paga sua conta de energia, parte do valor devido é o consumo de energia por parte daquele consumidor. Mas a conta também considera o valor da energia vendida --é aqui que entra parte do custo com as usinas termelétricas, repassado pela Amazonas Energia. A outra parte dessa conta são encargos – dentro dos quais estão a CCC e a Coner. Redução da conta de subsídios O cálculo do governo é que a medida geraria uma “economia” de R$ 2 bilhões por ano na CCC --subsídio que está na conta de luz, onerando principalmente os consumidores que compram energia da distribuidora, ou seja, residências e pequenos comércios. Desses R$ 2 bilhões, o governo subtrai os R$ 500 milhões de custo com a mudança de regras para salvar a Amazonas Energia, que serão arcados pela CCC. Então, o efeito sentido na CCC é de redução da conta, na ordem de R$ 1,5 bilhão. Contudo, o valor que sai da Conta de Consumo de Combustíveis para a Coner, de R$ 2 bilhões, vai onerar outro encargo pago pelos consumidores. A diferença na ponta, na tarifa de energia paga por cada um, é sutil. Segundo interlocutores do governo a par do texto, a CCC onera mais o consumidor “cativo”, como famílias e comércios, que compra a energia das distribuidoras estaduais. Já a Coner representaria um custo igual para a alta tensão –principalmente o mercado livre, onde estão as grandes empresas—e a baixa tensão, onde está o consumidor “cativo”. Pelo governo, a medida é encarada como algo positivo, uma vez que haveria uma divisão de custos entre pequenos e grandes consumidores. Mas, mesmo que em menor grau, essa quantia continua sendo paga pelo consumidor --uma vez que a energia de reserva também onera a conta de luz. "O custo da Coner, no final das contas, é o consumidor final que arca", afirma o advogado André Edelstein. "Quem paga a conta de reserva? São os consumidores. A conta de reserva é totalmente arcada pelos consumidores. Quando essa conta ia para a CCC, não ia o todo, ia a parte", afirmou Barata. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o orçamento da Coner é composto por repasses de: distribuidoras, que repassam o custo ao consumidor; consumidores livres –em geral, grandes e médias empresas; consumidores especiais, que adquirem energia de fontes incentivadas; autoprodutores, consumidores que produzem sua própria energia; geradores de energia com perfil de consumo; empresas que fazem exportação de energia. "Para resolver o problema da distribuidora, tem que ser o resolvido, mas não se pode resolver colocando o custo a mais para o consumidor. É isso que eles têm que entender, o consumidor não aguenta mais", disse Barata. Entenda ajuda à Amazonas Energia A Amazonas Energia é a distribuidora responsável pelos serviços de energia no estado do Amazonas. A empresa enfrenta uma crise financeira que levou à recomendação de cassação do contrato junto ao Ministério de Minas e Energia. A Eletrobras detinha a concessão no estado, mas, com a saída da companhia do segmento de distribuição, o contrato foi assumido pelo Consórcio Oliveira Energia em 2019. "Mesmo após o processo de desestatização e garantido o atendimento aos dispositivos legais, regulamentares e contratuais aplicáveis, a distribuidora não conseguiu atingir níveis sustentáveis do ponto de vista econômico-financeiro", afirma a Aneel em relatório de 2023. A extinção do contrato chegou a ser recomendada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em novembro de 2023, depois de verificar que a empresa não tem condições financeiras de manter a concessão. A empresa tem uma dívida de R$ 10 bilhões. O processo segue no Ministério de Minas e Energia, que pode decidir acatá-lo ou não. A flexibilização das regras para a Amazonas Energia, publicada nesta quinta-feira (13), foi uma forma de garantir a continuidade da prestação de serviços à população, ameaçada pela situação econômica da concessão. Para o advogado Henrique Reis, embora a medida provisória não tenha sido anunciada pelo governo, sua publicação já era prevista pelo setor. "Não dá para dizer que é algo inédito. Os serviços de distribuição sempre demandam do poder concedente, no caso o governo, alguma medida para tornar atrativo. Não dá para deixar o consumidor sem prestador de serviços, então alguma medida teria que ser tomada", afirmou. A medida provisória prevê também uma mudança de controle da distribuidora. Os novos adquirentes terão que apresentar um plano de transferência de controle societário, que deverá ser analisado e aprovado pela Aneel. Uma das interessadas é a Âmbar Energia, dos irmãos Batista. Veja Mais

Dois anos após ser acusado de propaganda enganosa, Burger King anuncia hambúrguer com costela e agradece Procon-SP

G1 Economia Em 2022, rede foi notificada e precisou renomear 'Whopper Costela', já que o lanche não tinha carne de costela. Comercial em tom de humor foi lançado nas redes sociais nesta quinta (13). King Costela foi lançado nesta quinta-feira (13) Reprodução/Burger King O Burger King anunciou nesta quinta-feira (13) o lançamento do "King Costela". O novo hambúrguer entrou no cardápio da rede dois anos após a empresa ser notificada pelo Procon-SP e renomear o "Whopper Costela". Em 2022, o Burger King foi acusado de propaganda enganosa por consumidores, que alegaram que o "Whopper Costela" não tinha carne de costela na composição. À época, a empresa pediu desculpas pelo ocorrido e renomeou o lanche para "Whopper Paleta Suína". Já nesta quinta-feira, a empresa lançou um novo comercial para anunciar o "King Costela". Desta vez, segundo o Burger King, o lanche tem "costela desfiada real". Em tom de humor, a rede também agradeceu ao Procon-SP, dizendo que, se não fosse o órgão, o novo lanche não existiria. "Querido Procon-SP, quando o nosso Whopper Costela foi cancelado, doeu. Mas, hoje, somos só gratidão. Se não fosse por você, não teríamos repensado as nossas atitudes e lançado um sanduíche de costela, feito com costela desfiada", diz o comercial. A propaganda termina com funcionários da rede segurando uma placa escrita "#ValeuPROCON-SP". O comercial também indica que o lanche estará disponível por tempo limitado. O g1 apurou que o Procon-SP está avaliando o comercial. Até a publicação desta reportagem, o órgão não havia se manifestado. Em comercial, Burger King agradece Procon-SP Burger King/Reprodução VÍDEOS: notícias de Economia Veja Mais

Inflação argentina cai pela metade em maio e chega a 276,4% em 12 meses

G1 Economia Esse foi o 5º mês consecutivo de desaceleração do índice de preços do país. Bandeira da Argentina Unplash A inflação da Argentina ficou em 4,2% em maio, apontou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país. Com o resultado, o aumento dos preços chegou a 276,4% em 12 meses. Esse foi o quinto mês consecutivo de desaceleração. Em relação a abril, quando o índice de preços ficou em 8,8%, a inflação caiu pela metade. O setor de maior alta no mês foi o de Comunicação (8,2%), devido ao aumento nos serviços de telefone e internet. Na sequência, ficaram Educação (7,6%), Bebidas Alcoólicas e Tabaco (6,7%), Restaurantes e Hotéis (5,5%) e Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas (4,8%). A Argentina, sob o comando do presidente ultraliberal Javier Milei, passa por uma forte desregulação da economia, com cortes de gastos e fim de subsídios. LEIA TAMBÉM Argentina: Banco Mundial projeta tombo maior em 2024 e forte crescimento em 2025 Em meio a protestos, Senado da Argentina aprova projeto-chave de reformas de Milei Milei ganha 'poderes extraordinários': o que muda com lei alvo de protestos violentos Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados, visando reduzir os gastos públicos. Além disso, deixou de subsidiar tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais — o que, inicialmente, resultou em um aumento expressivo nos preços ao consumidor. O país já vinha enfrentando uma forte recessão econômica, e o ajuste fiscal permitiu, no primeiro trimestre deste ano, o primeiro superávit desde 2008. O objetivo do governo é alcançar o "déficit zero" para o fim de 2024. Na quarta-feira (12), o Senado da Argentina também aprovou um amplo projeto de lei que é chave para os planos de reforma econômica de Milei. Em termos gerais, a "Lei de Bases" dá poderes especiais ao governo por meio de um decreto de estado de emergência pública, além de propor a privatização de algumas estatais. Veja mais detalhes no vídeo abaixo. Senado da Argentina aprova pacote de reformas de Javier Milei Projeções do Banco Mundial e apoio do FMI Em relatório publicado na última terça-feira (11), o Banco Mundial mudou suas perspectivas para a economia argentina neste ano. A instituição passou a prever uma queda de 3,5% para a atividade econômica do país vizinho, uma piora de 0,8 ponto percentual (p.p.) em comparação às estimativas de janeiro, de recuo de 2,7%. Para 2025, no entanto, as projeções são mais otimistas. A expectativa é que o país volte a se recuperar, "com um crescimento de 5%, à medida que os desequilíbrios econômicos forem resolvidos e a inflação diminuir" no país. Também no cenário internacional, as medidas de austeridade adotadas por Milei têm rendido elogios do Fundo Monetário Internacional (FMI). No mês passado, a organização internacional anunciou um acordo que permite o desembolso de quase US$ 800 milhões (R$ 4,1 bilhão). O FMI destacou o "primeiro superávit fiscal trimestral" em mais de 10 anos anos, a "rápida queda da inflação, a mudança de tendência das reservas internacionais e uma forte redução do risco soberano". Especialista destacam, porém, que o superávit é uma consequência direta da redução dos gastos, e não da elevação das receitas obtidas pelo governo — o que pode não ser sustentável no longo prazo. Para isso, milhares de demissões ocorreram, assim como os salários e aposentadorias tiveram uma queda importante. A consequência é uma intensificação da crise econômica que assola o país e já colocou 41,7% dos 46,7 milhões dos argentinos abaixo da linha da pobreza, segundo o Indec. Essas condições econômicas têm impactado os níveis de consumo da população e até as carnes — que representam uma das maiores tradições argentinas, o churrasco — estão perdendo espaço: até março, o consumo de carnes no país estava no menor nível em 30 anos, segundo a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da Argentina. Veja Mais

Dólar interrompe sequência de altas e cai a R$ 5,36, após Haddad falar em revisar gastos públicos; Ibovespa recua

G1 Economia A moeda norte-americana caiu 0,73%, cotada a R$ 5,3670. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 0,31%, aos 119.568 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar interrompeu uma sequência de altas e fechou em queda nesta quinta-feira (13), à medida que investidores repercutiam novas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após a reação negativa dos mercados vista na véspera, quando o dólar chegou a bater os R$ 5,42 na máxima do dia, o ministro afirmou nesta quinta-feira que a equipe econômica vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos e que deve focar na revisão de despesas nas próximas semanas. (veja mais abaixo) "Estamos dispostos a cortar privilégios", afirmou o ministro em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira. A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), sobre os juros do país, divulgada ontem, também seguia repercutindo no mercado, bem como novos indicadores da maior economia do mundo. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, por sua vez, encerrou em queda. Real está entre as 10 moedas que mais perderam valor frente ao dólar neste ano; veja ranking Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar recuou 0,73%, cotado a R$ 5,3670. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou altas de: 0,80% na semana; 2,24% no mês; 10,60% no ano. Na quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,86%, cotado a R$ 5,4066, no maior patamar desde janeiro de 2023. Ibovespa Já o Ibovespa fechou em queda de 0,31%, aos 119.568 pontos. Na quarta-feira, o Ibovespa caiu 1,40%, aos 119.936 pontos. Com o resultado, acumulou quedas de: 0,69% na semana; 1,77% no mês; 10,62% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Com uma maior percepção de risco interno em meio às incertezas com o quadro fiscal, os investidores voltaram a monitorar falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nesta quinta-feira, o ministro afirmou que a equipe econômica vai apoiar o Senado na análise de medidas para compensar a desoneração da folha de pagamentos e a redução da contribuição previdenciária de parte dos municípios brasileiros. "Recebi a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e discutimos a nossa relação com o Senado, o apoio que vamos dar ao Senado para a compensação. Todas as propostas vão ser analisadas por nós para medirmos o impacto", declarou o ministro da Fazenda, em entrevista a jornalistas. As falas vêm após crescer no mercado a percepção de "fritura" do ministro da Fazenda. Isso porque na última terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia anunciado a decisão de devolver ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trechos da Medida Provisória do PIS-Cofins que restringiram a compensação de créditos do tributo. A decisão de Pacheco foi vista como uma derrota para o governo e, em especial, para o ministro da Fazenda, que buscava com a MP cobrir perdas de arrecadação com a manutenção da desoneração da folha de pagamento. A expectativa era de que a MP fosse gerar aumento de R$ 29 bilhões na arrecadação em 2024. Além disso, Haddad também afirmou, nesta quinta-feira, que a equipe econômica vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos e que deve focar na revisão de despesas nas próximas semanas. "Queremos também rever o gasto primário, estamos dispostos a cortar privilégios. Já voltaram à tona vários temas que estão sendo discutidos de novo, o que é bom, como supersalários, como correção de benefícios que estão sendo praticados ao arrepio da lei, melhoria dos cadastros, isso voltou para mesa, e nós achamos que é ótimo isso acontecer porque vai facilitando o trabalho de entregar as contas", declarou Haddad. Segundo o analista da Empiricus Research Matheus Spiess disse em entrevista à Reuters, "o governo fracassou em todas as suas tentativas até agora de apresentar um plano crível para a execução do arcabouço fiscal". "Até que nós tenhamos um vetor claro e confiável de que as coisas vão caminhar de volta para um ajuste, vamos continuar tendo essa pressão", acrescentou o especialista. Vale lembrar que o mal-estar do mercado em torno da situação fiscal brasileira também foi agravado, na véspera, por falas do presidente Lula, que afirmou que o aumento da arrecadação e a queda das taxas de juros permitirão uma redução do déficit nas contas sem impactar os investimentos. Na agenda de indicadores, investidores ainda repercutiam novos dados de varejo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas varejistas brasileiras cresceram pelo quarto mês seguido em abril, renovando o maior patamar da série histórica. Já no exterior, investidores continuam a repercutir a decisão de juros por parte do Fed. Na véspera, a instituição decidiu mais uma vez manter as taxas básicas dos Estados Unidos inalteradas na faixa entre 5,25% e 5,50%, ainda no maior patamar desde 2001. Além disso, o BC norte-americano também sinalizou apenas um corte de juros em 2024. Juros mantidos: entenda como decisão do Fed impacta a economia no Brasil A decisão veio mesmo após a inflação ao consumidor dos EUA ter vindo menor do que o previsto em maio. Segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano na quarta-feira, o índice de preços (CPI, na sigla em inglês) ficou inalterado no mês passado, após alta de 0,3% em abril. A estimativa do mercado era de uma alta mensal de 0,1%. O número foi bem recebido pelo mercado, que elevou as apostas de que o Fed deve fazer o primeiro corte de juros ainda em setembro deste ano. Entre os indicadores dos EUA, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego atingiu uma máxima em 10 meses na semana passada, indicando afrouxamento nas condições do mercado de trabalho. Segundo dados do Departamento de Trabalho dos EUA, os pedidos iniciais de auxílio-desemprefo subiram 13 mil na semana encerrada em 8 de junho, para 242 mil — o nível mais alto desde agosto do ano passado. Além disso, o órgão também divulgou os novos dados de preços ao produtor dos EUA, que caíram 0,2% no mês passado, após alta de 0,5% em abril. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,1% para o indicador no mês. *Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

Disney e governo da Flórida dão fim a briga de 2 anos com acordo que prevê novo parque e investimentos

G1 Economia Briga começou após Disney se manifestar contra a polêmica lei 'Don´t Say Gay', do governador ultraconservador Ron DeSantis, que proíbe educação sexual nas escolas. DeSantis retirou controle de área autônoma histórica do grupo de entretenimento, que entrou na Justiça contra governo local em 2023. O parque Magic Kingdom, da Disney, em Orlando, na Flórida. Octavio Jones/ Reuters Chegou ao fim uma disputa entre a Disney e o governo da Flórida, nos Estados Unidos, depois de mais de dois anos de brigas que começaram por divergências ideológicas e terminaram na Justiça. As duas partes chegaram a um acordo que significará o cancelamento do processo judicial e um investimento, por parte da Disney, de US$ 17 bilhões no estado (cerca de R$ 91 bilhões) que deve incluir a construção de um novo parque temático. ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Na segunda-feira (12), um conselho do governo da Flórida que supervisiona os parques temáticos da Disney anunciou um acordo de 15 anos com o grupo de entretenimento. A briga começou em 2022, quando a Disney se manifestou publicamente contra a lei "Don´t Say Gay" ("Não Diga Gay"). A polêmica medida, sancionada naquele ano pelo governador ultraconservador Ron DeSantis, proíbe qualquer tipo educação sexual em escolas da Flórida. Seguindo uma onda de críticas públicas, a Disney, maior empregador do estado norte-americano, se opôs fortemente à medida, de autoria de DeSantis, e disse que iria à Justiça para combatê-la. Como retaliação, o governador retirou benefícios fiscais e tomou o controle do distrito autônomo da Disney World -- desde 1967, a Disney tinha o status de distrito autônomo na Flórida, o que significa que a região onde ficam os parques e resorts da empresa tinha um governo próprio, com autonomia do governo estadual da Flórida. Em reação, a Disney abriu então um processo contra DeSantis pedindo de volta o controle da região. Como parte do acordo, a Disney recuperou a autonomia de seu território e fará o investimento nos próximos 10 a 20 anos para expandir seus enormes resorts e parques temáticos na área de Orlando. O acordo também prevê a criação de um quinto "grande" parque temático na região, assim como de outros dois de "menores dimensões". “Nos encaminhamos para um novo momento, e estamos entusiasmados com o rumo tomado”, disse a vice-presidente do distrito autônomo da Disney, Charbel Barakat. Veja Mais

Cúpula do G7 começa nesta quinta na Itália: o que é, quem compõe o bloco e o que de mais importante será discutido

G1 Economia Apoio financeiro à Ucrânia será o principal tema do encontro, na Itália, que contará com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O Brasil vai participar como convidado. Zelensky tem falado em "3ª Guerra Mundial" em suas entrevistas GETTY IMAGES Começa nesta quinta-feira (13) a Cúpula do G7 na Itália, com a presença de líderes dos países-membros e convidados. O presidente Lula vai participar do encontro como convidado. ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O principal tema da cúpula é a ajuda à Ucrânia, que está em guerra contra a Rússia desde fevereiro de 2022 e pede ajuda ao Ocidente diante da escassez de recursos financeiros e militares. Antes do encontro, na noite de quarta-feira, os líderes do G7 fecharam um acordo para destinar à Ucrânia US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 bilhões) este ano respaldado em ativos russos congelados, segundo a Presidência francesa. A cúpula acontece em um momento de pressão aos líderes dos países do bloco após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu e as eleições nos EUA, França e Reino Unido. Veja abaixo o que é o G7 os principais pontos sobre a reunião: O que é o G7 O G7 é um bloco informal de democracias industrializadas que se reúne anualmente para discutir questões e preocupações compartilhadas. Que países fazem parte do bloco Fazem parte do G7 Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. O Brasil participará do encontro como convidado. Também são convidados o Papa Francisco, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. O que de importante será discutido O grupo usará a cúpula para discutir desafios relacionados à Inteligência Artificial, migração, o ressurgimento militar russo e poder econômico da China, entre outros tópicos. O apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia será o principal tópico da reunião --os membros do G7 são aliados da Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e Zelensky vão assinar um acordo bilateral com o objetivo de enviar um sinal à Rússia sobre a determinação americana em apoiar o governo ucraniano, informou a Casa Branca. "Queremos demonstrar que os EUA apoiam o povo da Ucrânia, que estamos ao lado deles e que continuaremos a ajudar a atender suas necessidades de segurança", disse o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, acrescentando que "este acordo mostrará nossa determinação". Jake Sullivan disse que o acordo não levará ao posicionamento de tropas americanas diretamente na defesa da Ucrânia — esta é uma linha vermelha traçada por Biden, que teme ser puxado para um conflito direto entre as potências nucleares. A Ucrânia está em guerra contra a Rússia desde 24 de fevereiro de 2022, quando tropas de Vladimir Putin invadiram o território ucraniano e lançaram uma ofensiva militar. Com os extensos combates, a guerra virou questão de sobrevivência, quem consegue durar mais. Apoiado pelo Ocidente desde o início da guerra, a Ucrânia vem enfrentando uma escassez de recursos econômicos e militares e o presidente Zelensky pede aos aliados mais apoio. Em maio, a Rússia rompeu uma estagnação na guerra e está em nova fase de ofensiva. A Ucrânia e muitos de seus apoiadores têm pedido o confisco de US$ 260 bilhões (cerca de R$ 1,4 trilhões) em ativos russos congelados fora do país após a invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022. Segundo oficiais europeus, havia dificuldades para costurar o confisco devido a preocupações legais e de estabilidade financeira, porque a maioria dos ativos russos congelados está localizada na Europa. Os US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 milhões) confirmados para a Ucrânia este ano terão como base esses ativos congelados na União Europeia e virão intermediados por empréstimos dos EUA a partir dos rendimentos deles — cerca de US$ 2,5 bilhões a US$ 3 bilhões anuais nas taxas de juros atuais. Antes da reunião, os EUA aplicaram novas sanções econômicas à Rússia, em mais de 4.000 empresas e indivíduos ligados ao país. Sobre a imigração, os EUA e outras nações do G7 estão lutando para gerenciar grandes influxos de migrantes que chegam por razões complicadas que incluem guerra, mudança climática e seca. A migração e como as nações lidam com o número crescente em suas fronteiras tem sido um fator impulsionando o aumento da extrema direita em algumas partes da Europa. Qual é o cenário atual A cúpula, que começa na quinta-feira, acontecerá após partidos de extrema direita em países do continente europeu acumularem vitórias em seus respectivos países nas eleições do Parlamento Europeu, que finalizaram no último final de semana. Essas vitórias, juntamente com as eleições no Reino Unido, França e Estados Unidos, abalaram o establishment político global e adicionaram peso a esta cúpula. "Você ouve isso muito quando fala com oficiais dos EUA e da Europa: se não conseguirmos fazer isso agora, seja em relação à China, seja em relação aos ativos, podemos não ter outra chance", disse Josh Lipsky, diretor sênior do Centro de Geoeconomia do Conselho Atlântico, um think tank de assuntos internacionais. "Não sabemos como será o mundo em três meses, seis meses, nove meses a partir de agora." A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni vai utilizar a Cúpula do G7 como plataforma após a vitória de seu partido nas eleições do Parlamento Europeu na Itália. Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália Tiziana FABI / AFP Veja Mais

+Milionária, concurso 154: prêmio acumula e vai a R$ 224 milhões

G1 Economia Oito apostas que acertaram cinco dezenas e dois trevos vão levar R$ 81,5 mil cada. Próximo sorteio será no sábado (15). Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 154 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (12), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 224 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, oito apostas acertaram cinco dezenas e dois trevos e vão levar R$ 81.505,27 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 13 - 14 - 16 - 23 - 40 - 41 Trevos: 2 - 4 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 57 apostas ganhadoras: R$ 5.084,15 4 acertos + 2 trevos - 164 apostas ganhadoras: R$ 1.893,27 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1923 apostas ganhadoras: R$ 161,46 3 acertos + 2 trevos - 3797 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 26812 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 30650 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 217888 apostas ganhadoras: R$ 6,00 +Milionária, concurso 154 Reprodução/Caixa +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Juros mantidos: entenda como decisão do Fed impacta a economia no Brasil

G1 Economia Juros altos em países desenvolvidos tornam os emergentes menos atrativos. Incertezas sobre quadro fiscal também agravam situação do Brasil. Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em entrevista coletiva após decisão sobre juros, em Washington, nos EUA. (1/5/24) Reuters/Kevin Lamarque O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidiu, mais uma vez, manter os juros básicos inalterados nos Estados Unidos nesta quarta-feira (12). Com isso, as taxas continuam em uma faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, e seguem no maior nível desde 2001. A manutenção das taxas, como tem sido de praxe nos últimos encontros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), já era esperada pelo mercado. A ferramenta FedWatch do CME Group, por exemplo, apontava uma probabilidade de 99,9% de que o Fed deixasse os juros no mesmo patamar na reunião desta quarta-feira. As chances de um início do ciclo de corte das taxas só ficam maiores em setembro, com 61,3% prevendo uma redução. Além disso, a decisão vem mesmo após dados mais brandos de inflação e atividade nos Estados Unidos. Do lado de cá do hemisfério, o Brasil não pode tirar os olhos desse impasse nos EUA. Isso porque juros mais altos em um país desenvolvidos tornam os emergentes menos atrativos. E o aumento de risco interno, desde a mudança da meta fiscal, agrava a situação. Entenda melhor abaixo. Por que os juros nos Estados Unidos impactam o Brasil? Apesar de a taxa básica dos Estados Unidos não ter uma relação direta com a Selic (taxa básica do Brasil), a manutenção dos juros em patamares elevados por parte do Fed afeta uma série de variáveis externas que podem, sim, influenciar a economia por aqui. Um exemplo é o impacto desse cenário na alocação de recursos por parte dos investidores internacionais. Quando os juros norte-americanos estão elevados, a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos dos EUA), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país, e se afasta de países emergentes, como o Brasil. Com o fluxo de dólares direcionado aos EUA, a taxa de câmbio piora por aqui — o que, por sua vez, pode complicar a inflação. Nesse caso, a taxa de câmbio pode ter influência nos preços domésticos em diferentes frentes, como por meio da importação de produtos e insumos ou mesmo pela equiparação dos preços praticados no Brasil com o mercado internacional — ou seja, para que não faltem produtos no Brasil (principalmente os essenciais), o preço de itens produzidos no Brasil e exportados sobe internamente para acompanhar a variação do dólar. Real está entre as 10 moedas que mais perderam valor frente ao dólar neste ano; veja ranking Com inflação em alta, as chances de o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir o ritmo de cortes— ou até mesmo encerrar o ciclo de quedas da Selic — por aqui, também aumentam. Na prática, isso significa que os juros ficam em patamares mais elevados, encarecendo o custo de dívida para empresas e consumidores e desacelerando a atividade econômica brasileira. Quadro fiscal também tem impactos Para além dos efeitos dos juros norte-americanos, a piora no quadro interno de riscos também pode afetar a economia brasileira. Desde que o governo federal anunciou a mudança da meta fiscal para o próximo ano, houve uma piora na percepção fiscal do país — fator que também tem penalizado o real frente ao dólar nas últimas semanas. Para 2025, o governo propôs uma meta fiscal zero — em vez de um superávit de 0,5% do PIB — e uma redução também para os próximos anos. A decisão acabou sendo encarada pelo mercado como uma derrota da equipe econômica, que chegou a defender inicialmente que a meta fosse alterada pelo menos para um superávit primário de 0,25% do PIB. O mercado financeiro também entende que a decisão abre espaço para mais gastos e menor controle da dívida pública, o que demanda juros mais altos para que investidores estrangeiros considerem o país atraente. Nesse cenário, a principal expectativa do mercado, agora, fica pela próxima reunião do Copom, prevista para a semana que vem. Mas mais do que a decisão em si, as atenções dos investidores devem ficar voltadas para as sinalizações sobre o futuro dos juros e, principalmente, para a divisão dos votos dentro do colegiado. No encontro passado, uma votação acirrada do Comitê fez com que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, fosse o responsável pelo voto de minerva para trazer um corte de 0,25 ponto percentual na Selic. Essa foi a segunda vez em menos de um ano que Campos Neto precisou dar um voto decisivo para definir o novo patamar de juros do país — e apenas a quarta vez em 20 anos. Nas outras duas vezes, o presidente do BC era Henrique Meirelles, em 2007. Esse cenário também acaba sendo um agravante no cenário dos juros brasileiros, uma vez que ainda há incerteza no mercado sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Campos Neto se encerra no fim de 2024. E os preferidos para ocupar o seu lugar são Gabriel Galípolo, ex-número 2 do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o economista Paulo Pichetti. Ambos são diretores da instituição e votaram por um corte mais robusto dos juros na reunião passada. Para economistas, isso sinaliza que os novos diretores tendem a optar por uma condução mais frouxa da política monetária (no jargão dos economistas, mais "dovish"). Juros mais baixos podem significar mais impulso à atividade econômica, mas também uma inflação rodando possivelmente em nível mais elevado — e, consequentemente, juros mais elevados na economia brasileira. É uma mudança de posição em relação à gestão atual, que em geral é mais cautelosa no momento de reduzir os juros por um receio de perda de controle dos preços no país. Cenário para corte de juros não mudou substancialmente, diz presidente do Banco Central Colaboraram André Catto, Bruna Miato e Raphael Martins. Veja Mais

Dólar sobe e encosta em R$ 5,40 após declarações de Lula e à espera do Fed; Ibovespa cai

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,07%, cotada a R$ 5,3605. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um avanço de 0,73%, aos 121.635 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar inverteu o sinal visto pela manhã e opera em forte alta nesta quarta-feira (12), com investidores repercutindo falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento realizado hoje, no Rio de Janeiro. Lula disse que não consegue discutir economia sem "colocar a questão social na ordem do dia" e que o "mercado (financeiro) não é uma entidade abstrata, apartada da política e da sociedade". A declaração vem em um momento em que investidores estão cautelosos com a questão fiscal brasileira e o governo vem sendo pressionado a reduzir gastos. No exterior, o foco fica com os novos dados de inflação dos Estados Unidos e com a expectativa pela nova decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deve ser divulgada às 15h. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em forte queda. Real está entre as 10 moedas que mais perderam valor frente ao dólar neste ano; veja ranking Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 12h55, o dólar subia 0,64%, cotado a R$ 5,3949. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4286 Veja mais cotações. Na terça-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,07%, cotada a R$ 5,3605. Com o resultado, acumulou altas de: 0,68% na semana; 2,12% no mês; 10,47% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,13%, aos 120.264 pontos. Na terça, o índice encerrou em alta de 0,73%, aos 121.635 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,72% na semana; queda de 0,38% no mês; perdas de 9,35% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O mercado começou o dia com mais tranquilidade nesta quarta, depois que dados de inflação dos Estados Unidos mostraram que os preços na maior economia do mundo começam a arrefecer. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) não teve alteração em maio, enquanto o mercado esperava uma leve alta de 0,01%. No mês anterior, a inflação no país havia crescido 0,03%. Com a inflação dando esses sinais de arrefecimento, crescem as expectativas dos investidores de que o Federal reserve (Fed, o banco central americano) não deve promover novas altas em suas taxas de juros e que, além disso, um ciclo de quedas pode começar nos próximos meses. Hoje, inclusive, o Fed se reúne para definir as novas taxas de juros americanas, atualmente entre 5,25% e 5,50% ao ano. As projeções são de que a instituição mantenha essas taxas inalteradas. Apesar da visão mais positiva com o futuro da inflação e dos juros nos Estados Unidos, o mercado nacional inverteu o sinal depois do presidente Lula discursar em um evento, defendendo que a economia não pode estar apartada do social. "Todos os debates que se fazem se tratando de economia, a gente fala de um monte de coisa, mas me parece que os problemas sociais não existem. Eles existem. Estão nos nossos calcanhares, estão nas nossas portas, estão nas ruas", disse Lula. O presidente deu a declaração em um momento no qual o governo é pressionado pelo mercado a reduzir gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentará a Lula uma proposta de mudança no formato dos pisos (gastos mínimos) em saúde e educação. Lula, cujo governo tem dificuldade para zerar o déficit das contas públicas, disse que trabalha para equilibrar contas sem comprometer investimento. "Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público", declarou. Em abril, a arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 228,9 bilhões, segundo a Receita Federal, o maior valor para o mês em 30 anos. No primeiro quadrimestre (janeiro a abril), a arrecadação cresceu acima da inflação. Veja Mais

+Milionária pode pagar R$ 222 milhões nesta quarta-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes da +Milionária Rafael Leal /g1 O concurso 154 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 222 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (12), em São Paulo. No concurso do último sábado (8), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. Veja Mais

Cafezais sentem efeito do clima e grãos crescem menos do que o esperado

G1 Economia Segundo estimativa do Conselho Regional do Café, a região de Garça (SP) é uma das mais importantes produtoras de café do Brasil. Cafezais sentem efeito do clima e grãos crescem menos do que o esperado Reprodução/TV TEM A colheita do café coincide com o clima mais frio do ano. E por falar em clima, as altas temperaturas atrapalharam as lavouras do centro-oeste paulista, onde muitos produtores esperam uma safra menor. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Há mais de 70 anos, uma família de Garça (SP), trabalha com o fruto. Quando a safra não vem no padrão ideal, rapidamente todos percebem, e as primeiras colheitas deste ano já deixaram claro que a produtividade será menor. A falta de chuva e o calor intenso no início de 2024 prejudicaram o enchimento dos grãos. O café gosta de temperaturas amenas e de estações bem definidas, como o verão úmido e o inverno mais seco. Mas nada disso aconteceu, e o sistema de irrigação por gotejamento não foi suficiente para impedir o estrago. A colheita de café no Brasil normalmente vai de maio até o fim de agosto, mas isso depende da região do país. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as regiões que estão mais avançadas na colheita são justamente a região de Garça, a zona da mata mineira e o noroeste do Paraná. Mesmo estando distantes no mapa, a realidade é a mesma: os pés não se desenvolveram, e o fruto está verde, miúdo e sem muita qualidade. A região de Garça ainda é uma das mais importantes produtoras de café do país, e produz cerca de 800 mil sacas por ano. Essa é uma estimativa do Conselho Regional do Café, formado por 15 municípios. Veja a reportagem exibida no programa em 16/06/2024: Cafezais sentem efeito do clima e grãos crescem menos do que o esperado VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Ladrões de cabos são barreira para vendas de carros elétricos

G1 Economia Roubo de cabos em estações de recarga de veículos elétricos aumenta e deixa consumidores desamparados Roubo de cabos de estações de recarga aumenta nos EUA Divulgação/Nissan Pouco antes das 2h da manhã de uma noite fria de abril, uma picape Chevrolet Silverado parou em uma estação de recarga de veículos elétricos na beira do estacionamento de um shopping center. Dois homens, um deles com uma lanterna amarrada na cabeça, saíram com ferramentas de dentro do carro. Tudo foi registrado por câmeras de segurança. Um dos homens cortou vários cabos de carregamento, enquanto o outro os colocou no caminhão. Em menos de dois minutos e meio, eles desapareceram. Isso aconteceu em Seattle, no estado norte-americano de Washington, nos Estados Unidos. A cena daquela noite tornou-se parte de um padrão preocupante em todo o país norte-americano: os ladrões têm como alvo as estações de carregamento de veículos elétricos, com a intenção de roubar os cabos, que contêm fios de cobre. O preço do cobre está perto de um máximo histórico nos mercados globais, o que significa que os criminosos podem recolher somas crescentes de dinheiro com a venda da matéria-prima. Carro elétrico carregando Unsplash Cabos roubados. Solução: guincho Os cabos roubados muitas vezes desativam estações inteiras, forçando os proprietários de veículos elétricos na estrada a procurar desesperadamente por um carregador que funcione. Para os proprietários de veículos elétricos, a situação pode complicar tanto que a única solução é pedir um guincho. Carregadores avariados surgiram como o mais recente obstáculo para os fabricantes de automóveis dos EUA no seu gigantesco esforço para fazer com que mais norte-americanos comprem veículos elétricos. Cerca de 4 em cada 10 adultos nos EUA dizem acreditar que os veículos elétricos demoram muito para carregar ou não conhecem nenhuma estação de carregamento nas proximidades. Se lá é assim, imagina aqui no Brasil, onde a infraestrutura para este tipo de veículo é ainda mais debilitada. Mesmo que encontrar uma estação de carregamento não signifique necessariamente encontrar tomadas que realmente funcionem, o fato de o número de furtos de cabos aumentar se torna mais um argumento para os compradores céticos optarem pelos veículos tradicionais movidos a gasolina ou híbridos. Os principais fabricantes de automóveis dos EUA fizeram pesadas apostas financeiras de que os compradores abandonarão os motores de combustão e adotarão os carros elétricos (EVs, na sigla em inglês), à medida que o mundo enfrenta o agravamento das consequências das alterações climáticas. Consequentemente, as empresas investiram bilhões no desenvolvimento e produção de veículos com este tipo de propulsão elétrica. Jeep Compass 4xe híbrido carregando Divulgação A Stellantis — grupo que engloba marcas como Fiat, Peugeot, Jeep e Citroën — prevê que 50% dos seus automóveis de passageiros sejam elétricos até ao final de 2030 globalmente. Já a Ford estabeleceu uma meta de produzir 2 milhões de EVs por ano até 2026 – cerca de 45% das suas vendas globais – embora tenha suspendido essa meta desde então, enquanto a General Motors, a mais ambiciosa das três, comprometeu-se a vender apenas automóveis elétricos até ao final de 2035. Qualquer um desses cronogramas, é claro, depende das empresas conseguirem convencer possíveis compradores de veículos elétricos de que haverá uma fonte recarregável disponível e confiável para quando eles desejarem viajar. O aumento nos roubos de cabos provavelmente não fortalecerá o argumento das montadoras, nem nos Estados Unidos, nem em qualquer lugar do mundo. Em 2022, de acordo com a Electrify America, que gere a segunda maior rede de carregadores rápidos de corrente contínua do país, dentre 968 estações de carregamento, um cabo era cortado a cada seis meses. Até maio deste ano, o número chegou a 129 furtos – quatro a mais do que em todo o ano de 2023. Em uma estação de Seattle, os cabos foram cortados seis vezes no ano passado, disse Anthony Lambkin, vice-presidente de operações da Electrify America. “Estamos permitindo que as pessoas trabalhem, levem os filhos à escola e compareçam às consultas médicas”, disse Lambkin. “Portanto, ter uma estação inteira off-line é muito impactante para nossos clientes.” Duas outras empresas líderes em carregamento de veículos elétricos – Flo e EVgo – também relataram um aumento nos roubos. As estações de carregamento na área de Seattle têm sido um alvo frequente. Locais em Nevada, Califórnia, Arizona, Colorado, Illinois, Oregon, Tennessee, Texas e Pensilvânia também foram atingidos. Como funcionam os carros elétricos Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.737: prêmio acumula e vai a R$ 53 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 16 - 20 - 30 - 34 - 37 - 45. Quina teve 67 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 52.990,78. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.737 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (15), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 53 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 16 - 20 - 30 - 34 - 37 - 45 5 acertos - 67 apostas ganhadoras: R$ 52.990,78 4 acertos - 4.208 apostas ganhadoras: R$ 1.205,31 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (18). Mega-Sena, concurso 2.737 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Novas regras: entenda o que é o FGTS e por que medida do STF será positiva para o trabalhador

G1 Economia Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determina que saldo e novos depósitos do FGTS sejam corrigidos pela inflação oficial do país. Medida será válida a partir da publicação da ata do julgamento. Aplicativo FGTS para celular Rodrigo Marinho/g1 O saldo existente e os novos depósitos feitos no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deverão ser corrigidos, no mínimo, pela inflação oficial do Brasil — medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A decisão foi tomada na última quarta-feira (12) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e será válida já nos próximos dias, a partir da publicação da ata do julgamento. Com a medida, o FGTS será corrigido pelo IPCA quando, no mês, a inflação do país superar a taxa que é utilizada atualmente para a correção dos valores. Hoje, o rendimento do FGTS é igual ao valor da TR (taxa referencial), mais 3% ao ano. A TR pode variar, mas é historicamente menor que a inflação. Assim, com o novo sistema, os rendimentos do FGTS serão maiores ao que é praticado hoje. A decisão vale para o saldo já existente na conta e para os novos depósitos. Entenda nesta reportagem como funciona o FGTS, as diferenças entre as suas formas de rendimento e como os valores depositados no fundo podem ser utilizados. O que é e como funciona o FGTS? O FGTS é um investimento bom? Qual o rendimento do FGTS e como vai ficar com a nova regra? Quando o saque do FGTS é permitido? Por que o FGTS é importante para o trabalhador? O que o governo faz com o dinheiro do FGTS? O que é e como funciona o FGTS? O FGTS é um fundo que foi criado em 1966 com o objetivo de proteger financeiramente o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Todo trabalhador com carteira assinada tem direito ao fundo e quem faz os pagamentos, mensalmente, é o empregador, sem desconto do salário. O valor é equivalente a 8% dos rendimentos do trabalhador naquele mês, considerando salários, abonos, adicionais, gorjetas, aviso prévio, comissões e 13° salário. Todo dinheiro que é depositado é corrigido mensalmente — antes pela regra da TR + 3% ao ano e, após a decisão do STF, será corrigido pela inflação, quando ela for maior que o rendimento já válido. Trabalhadores regidos pela CLT, trabalhadores rurais, empregados domésticos, temporários, avulsos, safreiros (operários rurais que trabalham apenas no período de colheita) e atletas profissionais devem receber os valores do FGTS. Esses valores são depositados em uma conta específica para isso na Caixa Econômica Federal e podem ser sacados em situações específicas (veja mais abaixo). FGTS não pode mais perder para a inflação O FGTS é um investimento bom? O FGTS não pode ser considerado um investimento. Alexandre Nishmura, economista e sócio da Nomos, explica que a classificação mais adequada para o FGTS é uma "poupança compulsória importante para quem não tem disciplina para reservar uma parte de sua renda para investir". No entanto, um consenso entre especialistas ouvidos pelo g1 é que, ainda que se pudesse ser classificado como um investimento, o FGTS não seria uma boa opção, tendo em vista que a sua rentabilidade perde, até mesmo, para a caderneta da poupança. (veja simulação mais abaixo) "Se fosse um investimento, não seria uma boa alternativa se analisarmos pela ótica fria da rentabilidade, uma vez que existem alternativas com maior rentabilidade mesmo com baixo risco, como títulos públicos ou de renda fixa", afirma Nishmura "Mesmo com a nova regra, que estabeleceu um piso para a rentabilidade dos recursos aplicados no FGTS, fica evidente que há melhores opções", acrescenta o economista. A analista de investimentos da Swiss Capital, Graziela Ariosi, destaca que, para pessoas com pouco conhecimento em investimentos e um perfil mais conservador, ou seja, com maior aversão a riscos, as aplicações em renda fixa, que começam com valores iniciais baixos, são uma boa opção. "O Tesouro Direto, CDBs, Letras de Crédito do Agronegócio ou do setor Imobiliário e até alguns fundos de investimento. Alguns destes contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e outros têm a isenção do imposto de renda para pessoa física", pontua Graziela. LEIA MAIS Renda fixa: sabia o que é, como funciona e quais as vantagens e desvantagens desse investimento Educação Financeira #201: tudo sobre a renda fixa (CDBs, LCIs, LCAs e outros) Qual o rendimento do FGTS e como vai ficar com a nova regra? Atualmente, o rendimento do FGTS é calculado pela TR mais uma taxa de 3% ao ano. A TR varia mês a mês e, em junho, até aqui, está em cerca de 0,036%. Vale pontuar que a correção nos valores do FGTS é feita de forma mensal. Assim, o rendimento calculado pela TR mais 3% ao ano é dividido por 12, para que seja proporcional ao mês em que um eventual saque for resgatado pelo trabalhador. Nesse sistema, com base em uma simulação elaborada pelo planejador financeiro CFP Fabrice Blancard, um valor inicial de R$ 10 mil depositado na conta do FGTS do trabalhador teria acumulado um rendimento de 21,82% nos últimos 5 anos, chegando a R$ 12.182,36. Se a regra da correção pelo IPCA já fosse válida naquela época, os mesmos R$ 10 mil teriam rendido 45,17% no período, chegando a R$ 14.516,95. A nível de comparação, o mesmo valor corrigido apenas pelo IPCA no período e pela caderneta da poupança resultaria em R$ 13.580,65 e R$ 13.145,08, respectivamente. Veja, na simulação abaixo, como os mesmos R$ 10 mil teriam rendido nos últimos 5 anos. *A simulação considerou que o rendimento do saldo de R$ 10 mil foi corrigido mensalmente, seguindo a regra com a maior rentabilidade em cada mês. A súmula do STF com as regras para a nova correção do FGTS ainda não foi publicada, então pode ser que o órgão decida outra periodicidade para a correção. Quando o saque do FGTS é permitido? O saque do FGTS é permitido nas seguintes situações: Demissão, sem justa causa pelo empregador, com direito ao valor depositado por aquele empregador, mais multa de 40%; Rescisão por falência, falecimento do empregador individual, empregador doméstico ou nulidade do contrato; Rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior; Rescisão por acordo entre trabalhador e empregador; Suspensão do Trabalho Avulso; Aposentadoria; Aquisição de casa própria, liquidação ou amortização de dívida ou pagamento de parte das prestações de financiamento habitacional; Saque-aniversário; Desastre natural (Saque Calamidade); Término do contrato por prazo determinado; Doenças Graves do trabalhador ou seus dependentes; Falecimento do trabalhador; Idade igual ou superior a 70 anos; Aquisição de Órtese e Prótese; Três anos fora do regime do FGTS; Conta vinculada por três anos sem depósitos de FGTS; Mudança de regime jurídico (quando há mudança de regime CLT para estatutário); Saque residual – conta com saldo inferior a R$ 80,00. Outras situações também permitem o saque do FGTS, como foi o caso no processo de desestatização da Eletrobras, em 2022. Na época, o governo permitiu que o trabalhador utilizasse até 50% do saldo da conta do FGTS para investir na compra de ações da companhia, por meio dos Fundos Mútuos de Privatização (FMP), com valores a partir de R$ 200. A Caixa Econômica também disponibiliza FMPs para investir em ações da Petrobras. Neste caso, os titulares de contas vinculadas ao FGTS podem transferir recursos de outros fundos e clubes de investimento do FGTS para os fundos de ações da Petrobras. Por que o FGTS é importante para o trabalhador? A maior importância do FGTS para o trabalhador é justamente a sua função social: garantir segurança para financeira para o caso de uma emergência, principalmente em demissões. Gilberto Braga, economista e professor do Ibmec, comenta que essa função é essencial em um país onde a população tem pouca educação financeira e uma renda média muito baixa, o que não permite, muitas vezes, nem a criação de uma reserva de emergência. O rendimento médio no Brasil subiu 11,5% entre 2022 e 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848. No entanto, para cumprir essa função social, Braga destaca que a decisão de corrigir o rendimento do FGTS com o IPCA, quando essa for superior à TR mais 3% ao ano é acertada, já que ela garante, no mínimo, que o dinheiro acompanhe a variação da inflação. LEIA TAMBÉM Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE O que o governo faz com o dinheiro do FGTS? O dinheiro depositado pelos empregadores nas contas do FGTS dos trabalhadores é direcionado para um fundo de investimentos administrado pela Caixa Econômica, para que os valores rendam. A administração dos recursos deve seguir as deliberações do Conselho Curador, que é formado por entidades representativas dos trabalhadores, dos empregadores, além de membros do Governo Federal. Esse fundo de investimentos, o FI-FGTS, investe nos setores de energia, portos, ferrovias, rodovias, aeroportos, hidrovias e saneamento, além do financiamento de programas de habitação. Veja Mais

Globo Rural: informações adicionais das reportagens do dia 16/06/2024

G1 Economia Globo Rural dá dicas de criar galinhas poedeiras no estilo caipira e disponibiliza lista de fitoterápicos e medicamentos regularizados Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Como criar galinhas poedeiras Toda semana o Globo Rural recebe mensagens de telespectadores perguntando sobre como criar galinhas poedeiras. Neste domingo, nós vamos atender o Cristiano e o Agnaldo, de Minas Gerais, que querem produzir ovos. Vai aqui então uma dica: o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem uma publicação gratuita que mostra como construir aviário, instalar cercas, comedouros e bebedouros. E explica ainda como fazer os ninhos. >>>Acesse aqui Veja Mais

Governo divulga regras da tarifa social nacional de água e esgoto; benefício deve começar a valer em dezembro

G1 Economia As diretrizes para a aplicação da tarifa social nacional de água e esgoto foram publicadas nesta sexta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU). A lei entrará em vigor no dia 11 de dezembro de 2024, ou 180 dias após a publicação oficial desta manhã. Para poder participar do benefício, o brasileiro deve ter renda per capita de até meio salário mínimo (ou seja, R$ 706) – e o valor não considera outros benefícios, como o Bolsa Família, por exemplo. Reprodução As diretrizes para a aplicação da tarifa social nacional de água e esgoto foram publicadas nesta sexta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU). O benefício consiste em um desconto de 50% sobre a tarifa aplicada nos primeiros 15 m³ de uma residência. O valor excedente de consumo será cobrado como tarifa regular. ???? A lei deve entrar em vigor no dia 11 de dezembro de 2024, ou 180 dias após a publicação oficial desta manhã. Para poder participar do benefício, o brasileiro deve ter renda per capita de até meio salário mínimo (ou seja, R$ 706) – o valor não considera outros benefícios, como o Bolsa Família – e se enquadrar em algum dos tópicos abaixo: Pertencer à família de baixa renda inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico); Pertencer a uma família que tenha, entre seus membros, pessoa com deficiência ou pessoa idosa com 65 anos, ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família e que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou outro benefício equivalente. O nome de quem pode ser beneficiado será feito de forma automática pelo prestador do serviço, com base no CadÚnico e nos bancos de dados já utilizados pelos prestadores. Os usuários que não forem identificados e acharem que devem receber a tarifa social precisarão ir aos centros de atendimento do prestador de serviços para cadastramento, com o documento oficial de identificação do responsável familiar e um dos seguintes documentos: Comprovante de cadastramento no CadÚnico; Cartão de beneficiário do BPC; Extrato de pagamento de benefício ou declaração fornecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou outro regime de previdência social público, ou privado. Além disso, a tarifa deve seguir, preferencialmente, as estruturas tarifárias da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Caso a distribuidora competente não resolva seguir, precisará publicar em seu site como funcionará o benefício na região em que presta serviço. Conforme a publicação do DOU, a tarifa social será financiada por meio de rateio do custo entre todas as unidades consumidoras de água da região. Desperdício de água diminui no Brasil pela 1ª vez em 6 anos, mas ainda está longe da meta O poder executivo também foi autorizado a criar uma Conta de Universalização de Acesso à Água para contribuir com a redução das desigualdades sociais e prover recursos para compensar descontos aplicados aos usuários que não tenham capacidade de cobrir o custo integral dos serviços. Essa conta poderá ser custeada por dotações orçamentárias da União e demais recursos advindos por intermédio do Poder Executivo, sujeitos à disponibilidade orçamentária. Posso deixar de receber em algum momento? A unidade beneficiada perderá o benefício quando a empresa distribuidora ou prestadora do serviço detectar e comprovar qualquer irregularidade, como: ? Intervenção nas instalações dos sistemas públicos de água e esgoto que possa afetar a eficiência dos serviços; ?Danificação proposital, inversão ou supressão dos equipamentos destinados ao serviço; ?Ligação clandestina de água e esgoto; ?Compartilhamento ou interligação de instalações de beneficiários da Tarifa Social de Água e Esgoto com outros imóveis não informados no cadastro; ?Incoerências ou informações inverídicas no cadastro, ou em qualquer momento do processo de prestação do benefício. Caso a unidade deixe de se enquadrar nos critérios de elegibilidade, terá o direito de permanecer como beneficiária por pelo menos 3 meses. As faturas desse período deverão ter um aviso de perda do benefício. Bolsa Família e Auxílio Gás: pagamentos de junho começam na próxima semana Impacto social O relator do projeto, o senador Flávio Arns (PSB-PR), estimou em maio – quando o projeto foi aprovado pelo Senado – que o benefício poderia atingir até 54% da população das regiões Norte e Nordeste. Além disso, em fevereiro, quando a Câmara dos Deputados aprovou o projeto, ele acreditava que o custo inicial do benefício deveria ficar entre R$ 1,8 bilhão e R$ 5,5 bilhões. O relatório do projeto previa ainda que cerca de 34 milhões de famílias que se enquadrariam na medida, embora nem todas tenham hoje acesso à rede de água e esgoto. O Senado votou a proposta de lei em 8 de maio, desde então, o projeto estava no aguardo da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Veja Mais

Bolsa Família e Auxílio Gás: pagamentos de junho começam na próxima semana; veja calendário e quem pode receber

G1 Economia Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Cartão do Bolsa Família, em foto de arquivo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar/Divulgação Os pagamentos de junho do Bolsa Família e do Auxílio Gás, por parte da Caixa Econômica Federal, começam na próxima semana. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), os benefícios serão pagos durante os últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada — com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado. Há exceção também para os moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal. Segundo a Caixa, o crédito será antecipado para 658 mil famílias do Rio Grande do Sul. Para essas pessoas, o pagamento será realizado de forma unificada, no primeiro dia do repasse, independentemente do número final do NIS. Ao todo, mais de 20 milhões de famílias recebem o Bolsa Família e o Auxílio Gás neste mês. O Auxílio Gás foi criado para mitigar o impacto do preço do gás de cozinha no orçamento das famílias. Atualmente, mais de 5,5 milhões de famílias recebem, bimestralmente, 100% do valor da média nacional do botijão de 13 kg. Em junho, o valor será de R$ 102. Os pagamentos seguem o calendário de pagamento do Bolsa Família. Já o Bolsa Família prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família. Há também os adicionais de: R$ 150 por criança de até 6 anos; R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos; R$ 50 por bebê de até seis meses. Confira o calendário do Bolsa Família para junho de 2024: Final do NIS: 1 - pagamento em 17/6 Final do NIS: 2 - pagamento em 18/6 Final do NIS: 3 - pagamento em 19/6 Final do NIS: 4 - pagamento em 20/6 Final do NIS: 5 - pagamento em 21/6 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/6 Final do NIS: 7 - pagamento em 25/6 Final do NIS: 8 - pagamento em 26/6 Final do NIS: 9 - pagamento em 27/6 Final do NIS: 0 - pagamento em 28/6 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 19/8 a 30/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 18/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 29/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família 2024: pagamentos começam nesta quinta-feira; veja calendário Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.736: prêmio acumula e vai a R$ 47 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 11 - 17 - 24 - 26 - 35 - 43. Quina teve 69 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 39.700,69. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.736 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (13), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 47 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 11 - 17 - 24 - 26 - 35 - 43 5 acertos - 69 apostas ganhadoras: R$ 39.700,69 4 acertos - 4.581 apostas ganhadoras: R$ 854,25 O próximo sorteio da Mega será no sábado (15). Mega-Sena, concurso 2.736 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Lula defende Haddad, ministro diz que fará revisão de gastos do governo e mercado se acalma

G1 Economia Governo enfrentou derrota no Congresso esta semana, em meio a pressão para reduzir gastos. Lula estremeceu o mercado ao enfatizar que não vai apartar agenda social de economia, e precisou sair em defesa do ministro. Ministro da Fazenda Fernando Haddad. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Os desafios do governo com a pauta econômica têm se acentuado ao longo desta semana, em meio a problemas de articulação no Congresso e dificuldades de arrecadação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, reiterou que não vai abrir mão da agenda social do governo, restando ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a responsabilidade de tentar abaixar temperatura no mercado. Nesta quinta-feira (13), Haddad afirmou que a equipe econômica do governo vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos, e que deve focar, nas próximas semanas, em fazer uma revisão "ampla, geral e irrestrita" das despesas. "Nós vamos manter um ritmo mais intenso de trabalho nesse mês, porque o mês de julho começa a ser montada a peça orçamentária, e em agosto, como vocês sabem, a peça é encaminhada para o Congresso Nacional. Estamos botando bastante força nisso, fazendo uma revisão ampla, geral e irrestrita do que pode ser feito para acomodar as várias pretensões legítimas do Congresso, do Executivo, mas sobretudo para garantir que nós tenhamos tranquilidade o ano que vem". Haddad também falou em "rever o gasto primário e cortar privilégios". "Eu tenho dito isso, queremos também rever o gasto primário, estamos dispostos a cortar privilégios. Já voltaram à tona vários temas que estão sendo discutidos de novo, o que é bom, como supersalários, como correção de benefícios que estão sendo praticados ao arrepio da lei, melhoria dos cadastros, isso voltou para mesa, e nós achamos que é ótimo isso acontecer porque vai facilitando o trabalho de entregar as contas", afirmou. O ministro tentou colocar "panos quentes" na situação, após uma nova derrota do governo no Congresso, com a devolução da medida provisória do PIS/Cofins (relembre mais abaixo). O mercado financeiro tmbém reagiu negativamente a falas de Lula. Ele afirmou na quarta-feira (12) não pensar a economia do país de forma apartada de medidas voltadas ao desenvolvimento social. Após a declaração, o dólar subiu, avançou 0,86% e atingiu R$ 5,4066, maior patamar desde janeiro de 2023. Nesta quinta, a promessa de Haddad de fazer uma revisão de gastos parece ter acalmado os ânimos, e a moeda interrompeu uma sequência de alta. Às 15h39, o dólar operava em queda de 0,62%, cotado a R$ 5,3733. No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,07%, aos 119.849 pontos. Com uma maior percepção de risco interno em meio às incertezas com o quadro fiscal, os investidores voltaram a monitorar falas do ministro da Fazenda. LEIA TAMBÉM Após reação negativa do mercado a declarações de Lula, Haddad fala em revisar gastos do governo Dólar interrompe sequência de altas e cai a R$ 5,36, após Haddad falar em revisar gastos públicos; Ibovespa recua Lula sai em defesa de Haddad e diz desconhecer 'pressão' sobre o ministro da Fazenda Ana Flor: Lula foi alertado de desgaste de Haddad Ministro tensionado A situação começou a se complicar ainda na terça-feira (11), quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu devolver ao Executivo a medida provisória que muda regras de dedução do PIS/Cofins para compensar a perda deste ano com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores. O texto, defendido por Haddad e secretários, alterava regras do PIS/Cofins para elevar receitas e compensar as despesas com a desoneração da folha de pagamentos. A expectativa era de que a MP fosse gerar aumento de R$ 29 bilhões na arrecadação em 2024. Pacheco acabou devolvendo a medida sob argumento de que o texto, ao alterar regras sobre tributos, deveria adotar um prazo para que essa mudança passasse a valer. Esse é o princípio da noventena. Antes de ser devolvida, a MP foi muito criticada por empresários, que disseram que o texto geraria inflação. O movimento foi visto como mais uma derrota para o Executivo e, de com a colunista do g1 Andréia Sadi, Haddad vem recebendo pressão de setores do PT e também tem sido questionado pelo mercado financeiro acerca de sua capacidade para concretizar a agenda econômica do governo. Coube a Lula, então, sair em defesa do ministro. Em viagem à Genebra, na Suíça, nesta quinta-feira (13), o presidente classificou o titular da Fazenda como "extraordinário" e negou qualquer tensão sobre Haddad. "Não tem nada com o Haddad, ele é extraordinário ministro, não sei qual é a pressão contra o Haddad. Todo ministro da Fazenda, desde que eu me conheço por gente, ele vira o centro dos debates, quando a coisa dá certo, quando a coisa não dá certo", declarou o presidente da República. Lula também respondeu sobre a MP do PIS/Cofins e disse que, com a devolução da MP, caberá ao Senado e a empresários encontrar uma alternativa para compensar a desoneração. "O Haddad tentou ajudar os empresários construindo uma alternativa à desoneração feita para aqueles 17 grupos de empresários. Que nem deveria ter sido o Haddad para assumir essa responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta. Os mesmos empresários não quiseram. Então, agora tem uma decisão da Suprema Corte, que vai acontecer. Se, em 45 dias não houver acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração", disse Lula. "Agora, a bola não está mais na mão do Haddad. A bola está na mão do Senado e na mão dos empresários. Encontrem uma solução, o Haddad tentou. Não aceitaram, agora encontrem uma solução", completou o petista. Veja Mais

Após reação negativa do mercado a declarações de Lula, Haddad fala em revisar gastos do governo

G1 Economia Dólar subiu depois que Lula disse não pensar economia de forma apertada de medidas sociais. Moeda passou a operar em queda depois da fala do ministro da Fazenda. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em imagem de 2024 Ueslei Marcelino/Reuters O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13) que a equipe econômica do governo vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos, e que deve focar, nas próximas semanas, na revisão de despesas. O ministro da Fazenda deu as declarações depois de o mercado financeiro ter reagido negativamente a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou nesta quarta-feira (12) não pensar a economia do país de forma apartada de medidas voltadas ao desenvolvimento social. "Eu tenho dito isso, queremos também rever o gasto primário, estamos dispostos a cortar privilégios. Já voltaram à tona vários temas que estão sendo discutidos de novo, o que é bom, como supersalários, como correção de benefícios que estão sendo praticados ao arrepio da lei, melhoria dos cadastros, isso voltou para mesa, e nós achamos que é ótimo isso acontecer porque vai facilitando o trabalho de entregar as contas", declarou Haddad. Após a declaração de Lula desta quarta, o dólar subiu, avançou 0,86%. Nesta quinta, depois que Haddad falou em revisão de gastos, a moeda interrompeu uma sequência de alta. Às 12h54, o dólar operava em queda de 0,56%, cotado a R$ 5,4066. Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a revisão dos gastos do governo faz do planejamento para o ano de 2025, cujo projeto de lei orçamentária deve ser enviado em agosto. "Quando nós estamos falando de gastos tributários, de revisão desses gastos --seja pela ótica da qualidade dos gastos públicos, seja pela ótica do corte de gastos públicos--, nós estamos trabalhando por um futuro que está chegando, que é o ano de 2025", afirmou Ibovespa cai 1,40% e dólar fecha a R$ 5,40 após declarações de Lula; Bruno Carazza comenta Aumento de receitas Fernando Haddad afirmou que as medidas para reduzir gastos podem ser "administrativas", sem a necessidade de enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional. "Se depender de lei, evidentemente para impactar 2025, tem que ser aprovado esse ano", completou. Para Tebet, há um cardápio de opções para equilibrar as contas públicas pelo lado das despesas. No entanto, a ministra reconheceu que há poucas opções para aumento de receita. "É óbvio que começa a se exaurir sobre a ótica da receita", declarou. "Em que pese isso, nós temos um dever de casa agora sobre o lado das despesas. Se os planos A, B, C e D já estão se exaurindo para não aumentar a carga tributária pela receita, sob a ótica das despesas nós temos plano A, B, C, D e E", formulados pela área econômica do governo, disse. A proposta de cortar os valores mínimos de investimento em saúde e educação, contudo, é um plano que está "no final do alfabeto" de ideias do governo. "A gente tem muita coisa antes aí para trabalhar", disse Tebet. Haddad e Tebet se reuniram na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, na manhã desta quinta. Estavam na pauta: a relação com o Senado, após a devolução da medida provisória que limitou a compensação de créditos de PIS/Cofins; o Orçamento Federal de 2025, que pode incluir a agenda de despesas do governo; parecer prévio do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as contas do governo em 2023, aprovado com ressalvas na quarta-feira (12). 'Dólar vai cair', projeta Alckmin Em um evento no Rio de Janeiro, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, disse acreditar que o dólar vai cair nas próximas semanas. Ele também declarou que o presidente Lula, que está em viagem ao exterior, tem compromisso com as regras fiscais do país. “Nós temos absoluta confiança de que o dólar vai cair. Isso é uma coisa momentânea. O governo do presidente Lula tem compromisso com o arcabouço fiscal. Aliás, a questão da medida provisória [que altera regras do PIS/Cofins] é exatamente para, de um lado, cumprir a responsabilidade fiscal, que é compromisso do governo brasileiro", disse Veja Mais

Por que não existe salmão no Brasil?

G1 Economia Salmão não pode ser criado no Brasil porque precisa de águas muito frias. Como alternativa é usada uma técnica deixa a truta arco-íris com cor parecida. Detalhe: nenhum deles nasce alaranjado. Truta salmonada fica laranja para se parecer com o salmão Caroline Attwood na Unsplash O Brasil não é capaz de produzir salmão porque o peixe precisa de águas mais frias do que as localizadas no território do país. Por isso, todo o produto comercializado no Brasil é importado, vindo, principalmente, do Chile. Ele nasce em água doce, mas migra para o mar na sua fase adulta, precisando de temperaturas que variam de 5°C a 7°C. A variedade do Atlântico é a mais consumida pela população brasileira. Ela é natural da Europa, principalmente da Noruega. Também é possível encontrá-la na América do Norte. Na América do Sul, o Chile é o principal criador da espécie, que apesar de não ser nativa daquele país, é criada em tanques-rede, um tipo de gaiola aquatica, em sistemas intensivos de piscicultura, explica Caroline Maia, especialista em peixes da ONG Alianima. A truta arco-íris, a mais usada no Brasil como salmonada, surgiu como alternativa para o salmão no país, porque se desenvolve em água doce (apesar de ter a capacidade de se adaptar à água salgada) e em temperaturas mais amenas, de 10°C a 20°C. Por que o salmão troca de cor? O salmão não tem a mesma cor a vida inteira. Na sua juventude, a cor de sua carne é branca, mas, a partir da alimentação na fase adulta, ela vai mudando. Camarões e crustáceos servem como corantes naturais para o salmão e vão deixando ele alaranjado, graças a um componente que possuem que se chama carotenoide. Essa característica é típica dos salmonídeos, a família do salmão e de suas primas: as trutas. No Brasil, onde não é possível criar salmão, a truta arco-íris passa pelo processo de salmonização em cativeiro, usando carotenoides artificiais que a deixam laranja. A partir daí ela fica conhecida como "truta salmonada". Apesar da troca do nome popular, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), alertou ao g1 que em sua embalagem o peixe não pode ser chamado de "salmão" ou "truta salmonada", o que caracterizaria fraude. Enquanto o salmão ainda vive na água doce, ele não pigmenta e sua carne tem a coloração branca. Depois que ele vai para o mar devido a um comportamento natural da espécie, acontece uma mudança no organismo dele, explica Lícia Lundstedt, chefe-adjunta de pesquisa e desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Pesca e Aquicultura (Embrapa). Já na fase adulta, ele se alimenta de pequenos camarões e krills, crustáceos que se assemelham aos camarões. Esses animais fornecem os carotenoides, substâncias químicas que geram pigmentos, que também existem na cenoura e na beterraba, por exemplo. Os carotenoides presentes na alimentação do salmão são astaxantina e cantaxantina, que além de fazerem com que ele se torne laranja, são ricos em antioxidantes, que protegem as células de oxidarem, explica Lícia. Outro benefício é que os carotenoides têm ácidos graxos, aumentando a taxa de sobrevivência do animal. E a cor alaranjada o protege da luminosidade. No caso da criação do salmão em cativeiro, a ração dada ao peixe tem o carotenoide desenvolvido em laboratório, com a formulação química idêntica à encontrada na natureza, fornecendo cor e antioxidantes, afirma Neuza Takahashi, pesquisadora do Instituto de Pesca da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta). Incluir o carotenoide na ração é importante para a saúde do salmão, além de ser uma alternativa sustentável para não precisar realizar uma pesca volumosa para obter o camarão, por exemplo, para alimentação do peixe, explica Juliana Galvão, especialista na área de pescado da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-Usp). Como a truta fica salmonada? A truta arco-íris se torna salmonada quando na sua ração também é acrescentada a formulação química da astaxantina ou cantaxantina. Por ser um salmonídeo, ela também tem a característica de absorver a tonalidade alaranjada. Esse processo começou a ser realizado após uma quebra no fornecimento de salmão vindo do Chile, em 2014, devido a uma doença chamada Isavírus, que acometeu as criações do país. Na época, a Apta havia lançado alguns testes com a truta salmonada, informa Neuza. Então, como uma alternativa para o abastecimento do mercado interno, alguns produtores se interessaram em começar a criar a modalidade. Mas Neuza ressalta: o produto foi e continua sendo comercializado com o nome na embalagem de “truta salmonada”, ele não pode ser vendido como salmão. Isso caracterizaria fraude. Apesar de ser mais barata que o salmão no mercado, a truta salmonada pode ser mais cara de se produzir. Isso porque o custo da ração com carotenoide é mais elevado e a truta ainda pode precisar de tecnologias que a deixem maiores, para alcançar o tamanho de um salmão, e chegando a até 3 kg, explica Neuza. Ainda assim, o preço do salmão ao consumidor é mais elevado por ele ter mais apelo de mercado e ser mais popular, e pelo custo da importação, diz Juliana. Saiba também: Descubra o que é o fio branco no ovo cru; spoiler: não é um cordão umbilical Como saber se é truta ou salmão? Para o público comum, pode ser bem difícil identificar a diferença entre a truta salmonada e o salmão quando o peixe está cortado como filé, aponta Lícia. Mas existem algumas características que podem ajudar ao consumidor diferenciá-los. Veja abaixo. Entenda as diferenças entre a truta salmonada e o salmão Wagner Magalhaes / Dhara Assis / g1 Salmão é um peixe polêmico Apesar de ser um peixe muito desejado, o salmão tem algumas polêmicas em seu sistema de criação intensiva. Veja dois pontos abaixo. Antibióticos: Caroline, da ONG Anialima, aponta que muitos produtores usam antibióticos na ração dos animais para prevenir o aparecimento de doenças. Além de gerar impactos ambientais pelas fezes dos animais, isso proporcionaria o surgimento das superbactérias. Mas, para Neuza, pesquisadora da Apta, não é isso que de fato acontece. A pesquisadora explica que os antibióticos em sua maioria são proibidos na criação de peixes, por causa do avanço da vacinação. Portanto, são usados apenas quando os animais estão doentes e sendo prescritos por um médico veterinário especializado. Outro ponto que a especialista em pescados defende é que, quando administrado, há um período em que o medicamento é degradado no organismo, para apenas depois o salmão ir para o abate. E cabe aos fiscais do Ministério da Agricultura pegar amostras desses peixes e fazer análises sobre se o produto que está entrando no país está conforme a legislação. O g1 questionou o Ministério da Agricultura e Pecuária para saber se há fiscalização da presença de antibiótico nos peixes importados, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Fezes poluem o oceano: considerando que o volume de peixes na gaiola é grande, haveria um grande volume de fezes e alimentos que não foram ingeridos se acumulando no fundo do oceano e matando as espécies nativas ali, diz Caroline. “É uma ração rica em proteína, visando o crescimento e o desenvolvimento de um peixe, com um filé maior e de mais qualidade, então tem muita proteína e isso também gera um outro processo de eutrofização do ambiente”, afirma. Mas Neuza defende que, quando há uma ração de boa qualidade, o peixe terá uma digestibilidade alta, absorvendo os nutrientes e diminuindo o volume de fezes. Além disso, a ração é otimizada, sendo servida apenas a quantidade ideal para a alimentação, evitando o desperdício. Essa otimização é feita também porque a comida é responsável por mais de 50% do custo de produção. “Esse resíduo que sobra é porque foi ração ruim ou foi um manejo descuidado. A gente tem que trabalhar para minimizar a quantidade de ração perdida ou de fezes que saem com o alimento não aproveitado. Trabalhando com ração de digestibilidade boa, de qualidade, usar fontes alternativas, mais sustentáveis para minimizar o impacto no meio ambiente”, explica. Leia também: Entenda o que é o líquido vermelho que sai da carne; spoiler: não é sangue Figo 'come' vespa, mas não é uma planta carnívora... E nem fruta Saiba o que são as listras brancas no peito de frango e se é seguro comer Saiba como os alimentos são produzidos no Brasil: De onde vem o que eu como: tilápia Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Água de coco não é tudo igual: veja quais tipos podem ser comercializados no Brasil Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.736 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 40 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (13), em São Paulo. No concurso da última terça (11), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

'Ninguém está dizendo que vai limitar a 2,5%', diz Tebet sobre crescimento do investimento em Saúde e Educação

G1 Economia Declaração foi dada durante a participação da ministra na reunião da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. A ministra Simone Tebet, do Planejamento, disse nesta quarta-feira (12), em audiência no Congresso, que "ninguém está pensando em limitar a 2,5%" o crescimentos dos investimentos em Saúde e Educação. Esse patamar, de 2,5%, começou a ser discutido nos bastidores em Brasília, como uma maneira de limitar gastos públicos. Isso representaria uma mudança na regra atual e uma diminuição na verba para essas áreas. A declaração de Tebet vem em um momento de intensa discussão sobre o financiamento desses setores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também comentou que, apesar das proposições de mudança, o governo busca manter o compromisso com a não redução dos recursos para essas áreas essenciais. "Não se trata de cortar fundos, e sim de realocar e otimizar os gastos", afirmou Haddad nesta semana. Tebet foi em linha parecida na comissão de Orçamento do Congresso nesta quarta. "Outro exemplo de questões, só para entender o impacto das nossas decisões: educação e saúde. porque me pediram até para colocar esse número, porque ele está fora do limite de 2,5, ninguém está dizendo que vai limitar a 2,5. Eu vi matéria aí sendo colocada, mas enfim, isso a gente deixa para depois", afirmou a ministra. Tebet explica como vai funcionar o decreto legislativo para recursos de socorro ao RS Como é hoje Desde o início de 2024, foram retomadas as regras anteriores ao teto de gastos (mecanismo aprovado em 2017, que vigorou até o ano passado) para o piso (despesas mínimas) em saúde e educação - que voltou a ser vinculado à arrecadação federal. Com isso, os gastos em saúde voltaram ser de, ao menos, 15% da receita corrente líquida e os de educação, de 18% da receita líquida de impostos. Entre 2017 e 2023, com o teto de gastos, os pisos foram corrigidos apenas pela inflação do ano anterior - o que gerou perda de mais de R$ 50 bilhões para essas áreas. Com o retorno dos pisos mínimos, em 2024, que vigoravam antes do teto de gastos, a saúde foi contemplada com R$ 60 bilhões a mais e a Educação com outros R$ 33 bilhões. As discussões sobre mudanças no piso em saúde e educação acontecem em um momento no qual o próprio Tesouro Nacional identifica que o envelhecimento da população brasileira eleva pressão por recursos para os serviços de saúde em R$ 67,2 bilhões entre 2024 e 2034. Segundo o órgão, essa estimativa toma como base as necessidades de recursos em duas áreas de despesas do orçamento: Assistência farmacêutica, inclusive o programa Farmácia Popular, Atenção de Média e Alta Complexidade -- que compreende atendimentos hospitalares e ambulatoriais. Salário Mínimo e previdência Durante sua participação na Comissão, a ministra também comentou sobre a política de vincular o reajuste do salário mínimo à aposentadoria. Tebet afirmou que não passa “pela cabeça de Lula” e da equipe econômica desvincular a aposentadoria do salário mínimo. A ministra disse que não defende a desvinculação, mas que cabe a ele apenas apresentar os dados e que seria importante modernizar benefícios previdenciários e trabalhistas. Veja Mais

Fed mantém juros dos EUA na faixa de 5,25% a 5,50% e sinaliza apenas um corte na taxa em 2024

G1 Economia Referencial permaneceu inalterado pela sétima reunião consecutiva. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. Sede do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos EUA. REUTERS/Joshua Roberts O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve os juros do país inalterados nesta quarta-feira (12), em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão foi unânime. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. A medida já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última reunião, em maio — chegando, agora, à sétima reunião consecutiva de juros inalterados. Os responsáveis pela política monetária do país sinalizaram também que pretendem cortar a taxa de juros apenas uma vez até o final 2024, conforme previsões atualizadas nesta quarta-feira. A estimativa é de um corte de 0,25 p.p (pontos percentuais) este ano. Quatro dos 19 membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) disseram que não esperam reduzir a taxa, enquanto sete afirmaram que fariam apenas um corte de 0,25 p.p. Já os outros oito integrantes disseram apoiar dois cortes no ano. 'Avanço modesto' Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) afirmou que, nos últimos meses, houve um avanço modesto em direção à sua meta de inflação, que é de 2%. O trecho representa uma mudança em relação ao comunicado anterior, quando o colegiado afirmou não ter percebido novos progressos rumo ao objetivo. Apesar disso, o Fomc voltou a afirmar nesta quarta-feira que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha "maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%", a meta do Fed. Também voltou a dizer que está "preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de seus objetivos". Sobre o mercado de trabalho, o comitê reafirmou que "os ganhos no emprego permaneceram fortes e a taxa de desemprego permaneceu baixa". Disse ainda que "os riscos para alcançar os seus objetivos de emprego e inflação evoluíram para um melhor equilíbrio ao longo do ano passado". O colegiado ponderou, no entanto, que as perspectivas econômicas são incertas, e que segue "muito atento" aos riscos inflacionários. Reflexos dos juros norte-americanos Os juros em níveis elevados nos Estados Unidos aumentam a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos) e devem continuar a refletir nos mercados de ações e no dólar, com a migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de uma melhor remuneração. No cenário macroeconômico, os efeitos dos juros altos nos Estados Unidos também se refletem no longo prazo, indicando uma tendência de desaceleração econômica global, já que empréstimos e investimentos também ficam mais caros. No Brasil, investidores seguem na expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que será divulgada na próxima quarta-feira (19). Inflação nos EUA desacelera em maio Veja Mais

QUIZ: Gasta ou guarda? Descubra seu perfil financeiro como par romântico

G1 Economia Especialistas de educação financeira trazem dicas de como lidar com um parceiro com um perfil diferente do seu. Gasta ou guarda? Ana Moscatelli/g1 Uma visão muito discrepante sobre as finanças pessoais em um relacionamento amoroso pode gerar diversos conflitos entre os casais — e, inclusive, uma sensação de insatisfação com o parceiro. Um estudo recente da Universidade de Carleton indicou que parceiros que têm valores financeiros semelhantes — ou seja, que olham para o dinheiro e as finanças com a mesma perspectiva — são mais propícios a se sentirem satisfeitos com o relacionamento do que os casais com valores financeiros diferentes. O estudo, feito pelos pesquisadores Johanna Peetz e Morgan Joseph, foi publicado na revista acadêmica Personal Relationship. Para especialistas em educação financeira, isso não é à toa. Afinal, se um quer poupar para uma viagem, por exemplo, e o outro gasta muito mais do que ganha, fica difícil para o casal tocar os seus planos adiante. LEIA TAMBÉM O que levar em consideração antes de escolher um acordo nupcial O que é violência patrimonial e como se blindar contra esse tipo de abuso? Descubra, no quiz, qual o seu perfil financeiro como par romântico, e veja abaixo dicas de como melhorar a relação com o dinheiro dentro do relacionamento amoroso. Gasta ou guarda? Descubra o seu perfil financeiro como par romântico Dicas para cada perfil financeiro ???? GASTADOR O perfil gastador é o mais "crítico", segundo o especialista em educação financeira Thiago Godoy, da Rico Investimentos. Seja um dos dois ou ambos a terem esse perfil financeiro dentro do relacionamento, o primeiro passo é criar um orçamento. Godoy explica que esse orçamento pode ser feito da forma que for mais fácil e que funcionar melhor: seja com uma planilha, um aplicativo, com caneta e papel. "O que é importante é começar a anotar e controlar as despesas, porque isso ajuda a pessoa a visualizar para onde o dinheiro está indo", pontua. O segundo passo é priorizar o pagamento das dívidas já existentes, buscar formas de quitar qualquer valor em aberto, começando pelas contas com os juros mais elevados — que são aquelas que, no longo prazo, pesam mais sobre o orçamento. Godoy destaca que, geralmente, essas dívidas mais problemáticas e que precisam ser olhadas com atenção primeiro normalmente são as do cartão de crédito. Para aqueles que não têm dívidas, após a organização do orçamento, a melhor estratégia é começar a traçar metas de curto, médio e longo prazo. Segundo o especialista, essas metas podem ajudar a pessoa a "se blindar para não fazer compras por impulso", já que existe um objetivo à frente. Além disso, com as metas estabelecidas, fica mais fácil saber quanto será necessário economizar e por quanto tempo, o que ajuda muito na organização financeira. LEIA TAMBÉM Como guardar dinheiro mesmo ganhando pouco e com a inflação alta? Veja dicas de como renegociar suas dívidas Os problemas psicológicos trazidos pelo dinheiro — ou a falta dele ???? DESLIGADO Para o casal ou parceiro que tem o perfil desligado, Godoy comenta que é necessário adquirir mais consciência sobre a vida financeira, de forma a estar mais conectado com as finanças pessoais e evitar que imprevistos aconteçam. O especialista destaca que, para quem é desligado com as finanças, um primeiro passo importante é montar uma reserva de emergência. Isso porque o hábito de não gastar tudo o que ganha, mas não saber o quanto está sobrando na conta pode deixar a pessoa na mão caso alguma emergência aconteça — como uma demissão ou uma doença, por exemplo. Outra ferramenta que pode ajudar na missão de ter um maior controle sobre as finanças é buscar formas de automatizar tudo: das contas em débito automático aos investimentos. Godoy também afirma que, para evitar desalinhamentos entre os objetivos do casal, quando ambos ou um dos dois tem esse perfil, uma boa tática é "adotar um ritual de conversas mensais sobre a vida financeira". Isso, quando feito com honestidade, garante que cada um saiba o que esperar do outro e evita a infidelidade financeira. ???? ECONÔMICO Quem tem um perfil financeiro econômico já está um passo à frente na questão da organização financeira, principalmente com o controle de gastos. Essa é a pessoa que sabe quanto ganha, quanto gasta e quanto guarda. Se, com esse perfil, o parceiro ou casal já guarda algum dinheiro, mas ainda não investe, Thiago Godoy considera que o próximo passo é, justamente, começar a investir. No entanto, esses investimentos não podem excluir o parceiro da vida do outro. Por isso, o especialista pontua que vale a pena ter uma comunicação aberta sobre a vida financeira e os objetivos com o dinheiro. Dessa forma, é possível investir tanto pensando nos sonhos pessoais, quanto naquilo que é meta do casal. ???? EXAGERADO O perfil exagerado é comumente chamado, também, de "mão-de-vaca". Godoy afirma que, embora possa ser difícil lidar com um parceiro que tem esse comportamento, é importante ter um olhar acolhedor para a pessoa porque essa atitude, muitas vezes, esconde o medo de ficar sem dinheiro — e todas as consequências que isso pode trazer. Para quem tem esse perfil, o especialista considera que a melhor estratégia é, justamente, a organização financeira, a começar pela construção sólida de uma reserva de emergência. Um consenso no mercado financeiro é que uma boa reserva é a quantia suficiente para passar de seis meses a um ano sem nenhuma outra renda, mas ainda conseguindo arcar com todas as despesas. Além da reserva de emergência, Godoy explica que é necessário traçar metas de como usar o dinheiro, deixando tudo fácil de ser visualizado: tanto os valores que serão usados para pagar as contas, quanto os que vão ser poupados. Além disso, também é importante deixar separado uma quantia para ser gasta durante o mês com coisas que sejam prazerosas. Afinal, o dinheiro é o bem necessário para arcar com as despesas, mas também pode proporcionar boas experiências de vida, inclusive em casal. Como evitar que o dinheiro azede a relação Para Ana Leoni, especialista em comportamento financeiro e cofundadora da Bem Educação, a melhor maneira de evitar que o dinheiro se torne um assunto problemático para o casal é começar a falar sobre isso quando a relação está boa, sem crises, sejam elas do próprio relacionamento ou financeiras. Isso porque o dinheiro ainda é um tabu para muitas pessoas — e mesmo quando não é um tabu, tende a ser enxergado como um “assunto burocrático”, o bem necessário para pagar as contas. Ana explica que, para além dessa função burocrática do dinheiro, é importante olhar para ele como um meio para a realização de sonhos e objetivos futuros. Traçar essas metas pode ser uma atividade prazerosa e de criação de vínculos, principalmente “em um momento em que os casais estão apaixonados”. “O que potencializa a visão de que o dinheiro é um tabu nos casais é que eles também têm medo de expor suas fraquezas e desejos de uma maneira bastante explícita. E o dinheiro pode trazer uma carga e dificultar o diálogo", afirma. "O ideal para os casais é começar a conversar sobre dinheiro de uma maneira natural e não esperar o momento de crise para discutir. Sempre é bom fazer isso no melhor momento da vida”, acrescenta Leoni. A especialista ainda aconselha que o olhar para o dinheiro seja direcionado para uma ideia de que, com ele, será viável a construção de planos e metas conjuntas que podem ajudar na prosperidade e no bem-estar do casal. “Estabelecer planos conjuntos, por exemplo, de uma viagem em que os dois vão contribuir não só com a parte financeira, mas deixando claro o que cada um gostaria de fazer, o que não quer fazer, criando esses projetos que podem dar um significado mais positivo para o dinheiro do que apenas ser aquela coisa de dividir a conta do restaurante, pagar o boleto da casa, dividir as contas domésticas”. Por fim, Ana diz que é essencial que o casal tenha seus planos conjuntos, mas que um não delegue ao outro o assunto. “A responsabilidade é individual para que os resultados coletivos possam ser melhores”. Veja Mais

Pequenas propriedades se unem para evitar incêndios florestais

G1 Economia Para evitar a propagação do incêndio, os produtores também construíram aceiros próximos às rodovias, os principais pontos de risco. Pequenas propriedades se unem para evitar incêndios florestais Reprodução/TV TEM Na região de Sorocaba (SP), pequenos produtores rurais se uniram para evitar incêndios florestais e preservar o meio ambiente. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Os produtores foram treinados e mantém grupos de alerta para possíveis focos de incêndio. "Somos voluntários, todo mundo passa por um treinamento, cada brigada tem um líder que auxilia se houver necessidade de recuar por causa do fogo muito alto e se reagrupa para ver a melhor forma de combate”, conta Aldo José Nunes, proprietário rural., Para o capitão da Polícia Militar Ambiental, José Augusto Bravo, o projeto é essencial para a preservação ambiental. "É muito importante que a população colabore com os órgãos de fiscalização, especialmente conosco da Polícia Militar Ambiental. E primordial que o cidadão, assim que ele veja um foco de incêndio, entre em contato com uma unidade da polícia ou através do 190, para que todos os órgãos de combate sejam acionados." Para evitar a propagação do incêndio, os produtores também construíram aceiros próximos às rodovias, os principais pontos de risco. O esforço tem rendido ótimos resultados. Espécies raras estão sendo encontradas. Um dos exemplos é a águia cinzenta, espécie que está ameaçada de extinção. "Quando encontramos ela foi maravilhoso, uma alegria daquelas que para qualquer observador de ave é indescritível”, conta Aldo. Veja a reportagem exibida no programa em 16/06/2024: Pequenas propriedades se unem para evitar incêndios florestais VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Reunião do Copom: maiores bancos privados do país já não preveem mais corte de juros nesta semana

G1 Economia Expectativa do Itaú, do Bradesco, do Santander e do BTG Pactual é de que a taxa básica da economia seja mantida pelo BC em 10,50% ao ano nas próximas terça e quarta-feiras (18 e 19 de junho), quando se reúne o Comitê de Política Monetária (Copom) em Brasília. Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, centro financeiro do país. Arquivo pessoal Os quatro maiores bancos privados do país, o Itaú, o Bradesco, o Santander e o BTG Pactual, já não apostam mais em corte de juros na próxima quarta-feira (19), quando se reúne o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central -- colegiado formado pelo presidente e diretores da instituição. Com isso, a expectativa das quatro maiores instituições financeiras do Brasil é de que a taxa Selic permaneça no atual patamar de 10,50% ao ano. A maior parte dos bancos do país, consultados pelo BC na semana passada, ainda não tinha migrado para essa posição. Eles apostavam, em sua maioria, em uma redução da taxa de 0,25 ponto percentual, para 10,25% ao ano, na reunião do Copom da semana que vem. A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, que influencia outros índices de juros no país, como taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. A definição da Selic é o principal instrumento de política monetária usado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Veja o que dizem os quatro maiores bancos do país em ativos: Bradesco: “Esperamos estabilidade no corte de juros. Após a comunicação do Banco Central ser mais enfática na preocupação com a desancoragem das expectativas [de inflação em relação às metas], entendemos que não haverá corte de juros nas próximas decisões”. Santander: "Na última reunião, o Copom migrou oficialmente para um tom mais preocupado com as expectativas de inflação. Acompanhando esse impulso, acreditamos que as expectativas sobre o horizonte da política [monetária, sobre a taxa de juros] pioraram ainda mais desde a referida reunião [no início de maio]. Além disso, todas as principais variáveis ??que servem de insumo às projeções de inflação do Banco Central pioraram desde a última reunião". Diante desse cenário, não esperamos cortes na reunião da próxima semana e, assim, mudança em nossa projeção de índice Selic para [o fim de] 2024 para 10% (de 9,75%)". Itaú: "Em meio às expectativas de inflação crescentes (já parcialmente desancoradas), atividade econômica resiliente e maiores incertezas doméstica e externa, entendemos que não há mais espaço para cortes adicionais de juros. Portanto, revisamos nossas projeções para a taxa Selic, de 10,25% a.a. para 10,50%, ao final de 2024 e 2025". BTG Pactual: "Esperamos que o Copom encerre o ciclo de cortes da taxa Selic em sua reunião de junho, mantendo a taxa base em 10,50% ao ano. De acordo com a ata de maio, apesar do largo dissenso, todos os membros do comitê concordaram em adotar uma política monetária mais contracionista, mais cautelosa e sem indicação futura, em virtude do cenário global incerto e do cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas [de inflação] desancoradas". O patamar elevado da taxa básica de juros da economia brasileira, em comparação com outros países, tem sido criticado recorrentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O BC tem de autonomia em sua atuação, sendo que o atual presidente, Roberto Campos Neto, foi indicado por Jair Bolsonaro (PL). A instituição diz que seu papel, na fixação da taxa de juros, é técnico, e busca conter a inflação. Em seus documentos, o BC informa que um patamar mais alto de inflação prejudica, principalmente, a população de baixa renda. Nesta semana, o Banco Central informou que o lucro líquido dos bancos subiu para R$ 144,2 bilhões em 2023, e bateu novo recorde histórico. Como as decisões são tomadas Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o Banco Central olha para o futuro, e não para a inflação corrente, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, a instituição já está mirando na meta deste ano, e também para o segundo semestre de 2025 (em doze meses). A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%; A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida; Na semana passada, os economistas do mercado financeiro estimaram que a inflação de 2024 somará 3,90% e, a de 2025, 3,78%. Ou seja, acima da meta central nos dois anos. As previsões do mercado financeiro subiram relação ao patamar vigente, por exemplo, há três meses atrás. No começo de março, a projeção dos analistas estava em 3,74% para a inflação de 2024 e em 3,50% para o IPCA do próximo ano. Em março, o Banco Central estimou que as projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência estavam em em 3,5% em 2024 e 3,2% em 2025. Já no começo de maio, o BC estimou uma inflação de 3,8% para 2024 e de 3,3% para 2025. Com isso, as projeções dos analistas, e também do BC, estão se distanciando as metas centrais de inflação, fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Eventos dos últimos meses As expectativas de inflação deste ano e de 2025 começaram a subir com mais intensidade após alguns eventos que aconteceram na economia nos últimos meses. São eles: Em meados de abril, o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. Se confirmadas pelo Legislativo, as novas metas possibilitarão um aumento de despesas de cerca de R$ 160 bilhões em 2025 e 2026. Mais gastos, por sua vez, tendem a pressionar a inflação; As enchentes no Rio Grande do Sul também estão pressionando a inflação, pois alguns itens de alimentação com origem no estado, como arroz por exemplo, tendem a ter aumento de preços. O próprio Ministério da Fazenda já elevou sua estimativa de inflação por conta disso, assim como os agentes do mercado estão fazendo; Houve um "racha" na diretoria do BC na última reunião do Copom, quando aconteceu uma diminuição no ritmo de corte dos juros – fixando a Selic em 10,50% ao ano. Quatro diretores indicados pelo presidente Lula votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula – com maioria no Copom a partir de 2026 –, possa ser mais leniente com a inflação, em busca de um ritmo maior de crescimento da economia; O dólar subiu muito nas últimas semanas, atingindo, nesta terça-feira (11), R$ 5,36 -- o maior patamar desde janeiro de 2023. Dólar alto, por sua vez, tende a pressionar a inflação no Brasil pois os produtos importados ficam mais caros, e isso normalmente é repassado aos consumidores. Além da expectativa de pressões inflacionárias maiores no Brasil, também contribui para uma política de juros mais conservadora no país, segundo analistas, a demora do BC norte-americano (o Federal Reserve) de iniciar as reduções nos Estados Unidos – o que diminui o espaço para cortes no Brasil. O que diz o Banco Central Apesar da divergência entre diretores do BC sobre a taxa de juros no último encontro do Copom, no início de maio, o Copom enumerou alguns fatores que podem pressionar a inflação. São eles: O BC avaliou que o cenário internacional se mostrou "mais adverso" e que a incerteza com relação ao ciclo de queda de juros norte-americano e ao processo desinflacionário nas principais economias mostra-se persistente. O Copom avaliou que, ao longo dos últimos trimestres, os dados de atividade econômica surpreenderam, com maior crescimento em diferentes componentes da demanda (procura por bens e serviços pela população). O Banco Central diz que "reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal", assim como o "aumento de crédito direcionado" (linhas com subsídios pelas empresas) e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia – aquela que mantém a inflação sob controle sem afetar o crescimento da economia. O Copom diz que há "surpresas recorrentes apontando para elevado dinamismo do mercado de trabalho". Segundo a instituição, o debate se concentrou sobre a "possível transmissão para salários e preços do aperto verificado no mercado de trabalho". Por fim, o Copom avaliou que, para reduzir as expectativas de inflação – em alta para 2024 e 2025 –, deve haver uma "atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação tanto das instituições como dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira". Efeitos na economia De acordo com especialistas, uma taxa de juros maior no Brasil tende a ter algumas consequências na economia. Veja abaixo algumas delas: ?? Reflexo nos juros bancários: a tendência é que a contenção da queda da Selic influencie as taxas cobradas dos clientes bancários. Em abril, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas teve pequena queda de 0,1 ponto percentual em abril, para 40,4% ao ano -- ou seja, relativa estabilidade. ??Crescimento da economia: com juros mais altos, a expectativa é de um comportamento mais contido do consumo da população e, também, de mais dificuldades aos investimentos produtivos, impactando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda. Nos últimos meses, os dados de atividade têm surpreendido positivamente. ?? Piora das contas públicas: juros mais altos também desfavorecem as contas públicas, pois aumentam as despesas com juros da dívida pública. Em 2023, a despesa com juros somou R$ 718 bilhões em 2023, ou 6,6% do PIB. ??Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, porém, teriam um rendimento maior, com o passar do tempo, do que seria registrado com juros mais baixos. Isso pode contribuir para diminuir a atratividade do mercado acionário. Veja Mais

Relator deve prever R$ 50 bilhões em emendas e pressiona ainda mais Orçamento em 2025

G1 Economia Equipe econômica trabalha em medidas para revisão de despesas, enquanto Congresso quer manter o patamar elevado de emendas. No Orçamento, governo previa R$ 39,6 bilhões em emendas. O Congresso articula incluir no Orçamento do próximo ano o patamar de mais de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares, repetindo o recorde alcançado em 2024. Isso deve pressionar ainda mais as despesas de 2025. O governo enviou em abril a previsão para as contas públicas no próximo ano. O cálculo foi detalhado no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que traz as bases para a elaboração das estimativas de receitas e despesas do próximo ano. Nessa contabilidade, o governo colocou uma reserva de R$ 39,6 bilhões para emendas parlamentares. Portanto, um valor menor do que o Congresso planeja. A movimentação de deputados e senadores foi relatada à TV Globo e à Globonews pelo relator da LDO, senador Confúcio Moura (MDB-RO), e pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Júlio Arcoverde (PP-PI), colegiado por onde passará a LDO. “Isso [patamar de R$ 50 bilhões] já é um trabalho que vem sendo feito há alguns anos e, para você desmantelar essa conquista do Congresso, não é fácil”, disse. O senador reconhece que o montante é elevado, mas lembra que o relatório será feito para atender aos pleitos da maioria dos parlamentares “R$ 50 bilhões é uma soma geral de todas as emendas, que é um valor alto, muito significativo se considerando que os recursos discricionários [despesa não obrigatória do governo] estão em torno de R$ 200 bilhões. Colocando R$ 50 bilhões [de emendas, isso] cai para R$ 150 bilhões disponíveis para o governo”, afirma. Arcoverde também rejeita qualquer possibilidade de corte no valor das emendas parlamentares. “Nem pensar! Os dois relatores [LDO e LOA] e o presidente [da CMO, ele próprio] são contra isso aí [corte nas emendas]. Ninguém vai diminuir nem acabar com as prerrogativas dos parlamentares”, disse. Ana Flor: Haddad e Tebet passarão pente-fino na revisão dos gastos públicos Veto de Lula derrubado O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a vetar R$ 5,6 bilhões em emendas no Orçamento de 2024. Isso gerou uma reação no Congresso que então derrubou quase todo o ato do Palácio do Planalto. Foram repostos quase R$ 4,2 bilhões. Com isso, o valor total de emendas nesse ano chega perto de R$ 51,5 bilhões. Esse é o patamar citado pelo relator, senador Confúcio Moura. Uma ala do Congresso diz ainda que esse montante precisará ser corrigido pela inflação. Portanto, deve subir ainda mais, reduzindo o espaço para o governo ter gastos livres (não obrigatórios). A LDO deve dar a indicação de como o Orçamento será elaborado. A ideia do relator é prever um patamar mínimo. Os valores exatos serão definidos na votação do projeto de Orçamento, no fim do ano. Corte de gastos O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13) que a equipe econômica do governo vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos, e que deve focar, nas próximas semanas, na revisão de despesas. Haddad deu as declarações depois de o mercado financeiro ter reagido negativamente a falas do presidente Lula, que afirmou nesta quarta-feira (12) não pensar a economia do país de forma apartada de medidas voltadas ao desenvolvimento social. Ele falou ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet. Os dois reforçaram o desejo de apresentar propostas para reduzir as despesas. Há um cardápio de ideias em estudo pela equipe econômica. Entre elas, a proposta de que benefícios previdenciários, como auxílio doença, e trabalhistas, como seguro desemprego, não sejam mais corrigidos pelo valor do salário mínimo, que, no governo Lula, tende a crescer acima da inflação. Outra possibilidade levantada por técnicos é mudar a fórmula de correção dos pisos de saúde e educação. Atualmente, eles são atrelados a um percentual da receita. Como o governo tem tentado ajustar as contas públicas pelo aumento de arrecadação, os valores mínimos de gastos com saúde e educação têm subido em ritmo mais acelerado do que antes. O relator da LDO defende essas discussões. Ele, porém, vê dificuldade para o governo conseguir aprovar as medidas para que elas tenham validade já para 2025. "Este é um ano político, um ano mais difícil de fazer esses cortes, essas ações necessárias mas que devido ao componente político. E nós temos que colocar o componente político no prato da balança porque é uma realidade”, afirmou. “Mas há uma necessidade real de uma revisão, uma construção de um orçamento novo, um modelo novo de orçamento para os próximos governos, porque com esse engessamento orçamentário que nós temos no Brasil hoje é muito difícil governar", completou. Haddad e Tebet passarão pente-fino na revisão dos gastos públicos O presidente da CMO também avalia que o cenário, em ano eleitoral, dificulta a análise de medidas que podem ser vistas pela população como um corte de benefícios. O deputado defende um corte no tamanho da máquina pública, mas diz que ainda não há projetos direcionados para isso no Congresso. Para o economista-chefe do BTG, Mansueto Almeida, o governo precisará fazer um mix de medidas de redução de despesas e também de aumento de arrecadação para conseguir atingir a meta de déficit zero em 2025, como pretende a equipe econômica. “Quando se fala em desvincular o crescimento de gasto como saúde e educação da arrecadação, ninguém está falando em reduzir gasto de saúde nem reduzir gasto de educação. A gente está falando em controlar o crescimento”, defendeu Almeida, que é ex-secretário do Tesouro. “Atingir o déficit primário zero em 2025, por enquanto, é muito desafiador. O mercado espera para o próximo ano um déficit primário na casa de R$ 100 milhões. Para o governo levar essa conta para zero, possivelmente, além de ter um controle maior da despesa, o governo vai ter que ter um ganho muito forte de arrecadação, que, por enquanto, a gente não enxerga”, pontuou Almeida. Veja Mais

'Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente', diz Lula

G1 Economia Na Itália, Lula afirmou que na próxima semana pretende discutir os gastos do governo federal. Presidente repetiu críticas a Israel e disse que avalia renovar compromisso da Enel em São Paulo. 'Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente', diz Lula O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou neste sábado (15) que, enquanto estiver no cargo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "jamais ficará enfraquecido". Lula voltou a defender Haddad ao final da viagem que fez à Suiça e Itália para encontros da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do G7, grupo que reúne nações democráticas mais ricas do mundo: Estados Unidos (EUA), Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. De acordo com a colunista do g1 Andréia Sadi, o ministro da Fazenda recebe pressão de setores do PT e também tem sido questionado pelo mercado financeiro acerca de sua capacidade para concretizar a agenda econômica do governo e equilibrar as contas públicas. Questionado sobre a situação de Haddad e a intenção de cortar gastos, Lula fortaleceu a posição do ministro no governo. "O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for o presidente da República porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim", disse o presidente na Itália. Diante da pressão do mercado, Haddad afirmou nesta semana que a equipe econômica do governo vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos, e que deve focar, nas próximas semanas, em fazer uma revisão "ampla, geral e irrestrita" das despesas. Lula concede entrevista na Itália Ricardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação Lula comentou o tema na Itália. O presidente afirmou que não fará ajuste de contas "em cima dos pobres". O presidente fez o comentários em meio à pressão para que o governo modifique regras que tratam dos investimentos mínimos em saúde e educação. Lula repetiu que empresários e senadores terão de encontrar uma saída para compensar as despesas com a desoneração da folha de pagamentos, já que o Senado devolveu a medida provisória que alterava regras do PIS/Cofins para elevar receitas. O presidente disse que pediu ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, uma reunião na próxima semana para discutir o orçamento federal. "Eu quero fazer a discussão sobre o orçamento e quero discutir os gastos. Porque, o que muita gente acha que é gasto, eu acho que é investimento", afirmou Lula. Guerras Lula reforçou as críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por conta da ofensiva militar na Faixa de Gaza. O presidente repetiu que ocorre um "genocídio" de mulheres e crianças palestinos. "O primeiro-ministro de Israel não quer resolver o problema. Ele quer aniquilar os palestinos. Vamos ver se ele vai cumprir a decisão do Tribunal Penal Internacional, vamos ver se ele vai cumprir a decisão tirada da ONU agora", disse Lula. Recentemente, uma resolução aprovada no Conselho de Segurança da ONU pediu que Israel e o Hamas implementem com urgência o plano dos Estados Unidos para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Lula também voltou a afirmar que é preciso encerrar a guerra entre Ucrânia e Rússia, mas que só acredita em um acordo de paz caso os dois países sentem para negociar. Mercosul x União Europeia Lula afirmou que retorna ao Brasil otimista para que Mercosul e União Europeia finalmente assinem as mudanças no acordo de livre comércio entre os blocos. O presidente reconheceu que a definição pode demorar em razão da eleição na França e do processo que poderá reconduzir Ursula Von der Leyen para o comando da Comissão Europeia. Lula disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, sobre a recente eleição do parlamento europeu, marcada pelo aumento do espaço da extrema-direita. "Vou levar os ensinamentos para casa", disse Lula. Energia elétrica em São Paulo Lula afirmou que conversou com representantes da Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica em São Paulo e outros 24 municípios da região metropolitana. A empresa é alvo de críticas e multas por conta de problemas na prestação do serviço. O episódio mais recente ocorreu em março, quando moradores e comerciantes no Centro de São Paulo ficaram mais de uma semana no escuro em razão de problemas na rede subterrânea da empresa. No período, até a Santa Casa de Misericórdia foi afetada. Lula disse que a Enel se comprometeu a ampliar investimentos e que avalia renovar o contrato da empresa. "Estamos conversando com eles. A gente está disposto a renovar o acordo se eles assumirem compromisso de fazer investimentos. Eles assumiram o compromisso: ao invés de investir R$ 11 bilhões, eles vão investir R$ 20 bilhões nos próximos anos três anos, prometendo que não haverá mais apagão em nenhum lugar em que eles são responsáveis pela energia", disse Lula. O presidente declarou que na próxima semana receberá proposta do Ministério de Minas e Energia para avaliar a renovação. Veja Mais

Presidente do INSS defende revisão nos cálculos que reduziram em R$ 10 bilhões previsão no pagamento de benefícios

G1 Economia Alessandro Stefanutto afirmou ao g1 que cálculos foram feitos com 'tecnicidade e ciência'. Em poucos dias, previsão de pagamento de benefícios previdenciários foi alterada, o que facilitou a abertura de espaço para gastos dos ministérios. O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, afirmou nesta sexta-feira (14) ao g1 que solicitou a técnicos que revisassem, em maio, o valor estimado para o pagamento de benefícios previdenciários em todo ano de 2024. Com o recálculo, feito em apenas alguns dias, a expectativa de desembolso de benefícios previdenciários neste ano ficou cerca de R$ 10 bilhões menor -- o que facilitou que o governo pudesse autorizar, naquele momento, novos gastos para os ministérios no valor de R$ 5,4 bilhões. A informação sobre o recálculo foi publicada inicialmente pelo jornal "Folha de S.Paulo". Segundo Stefanutto, presidente do INSS, os cálculos, após a revisão, estão corretos e foram feitos "com tecnicidade, com ciência". Nesta quinta (13), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, informaram que vão fazer uma revisão "ampla e irrestrita" dos gastos do governo. A ideia é buscar o equilíbrio das contas públicas. Haddad e Tebet passarão pente-fino na revisão dos gastos públicos Entenda A equipe econômica divulga a cada dois meses o relatório de receitas e despesas do orçamento. O último relatório bimestral foi divulgado no dia 22 de maio, data limite fixada em lei. Se as projeções de arrecadação e de gastos estiverem em linha com as metas de superávit primário, e com o limite fixado ano a ano para as despesas do Executivo, o governo pode liberar gastos aos ministérios. Do contrário, é obrigado a bloquear recursos. No dia 15 de maio, o Ministério da Previdência e Assistência Social emitiu um documento, que serve de base para o relatório bimestral de orçamento do governo, estimando em R$ 912,3 bilhões o valor a ser pago em benefícios previdenciários neste ano. Apenas alguns dias depois, em 19 de maio, antes da divulgação do relatório de orçamento pela área econômica, outro documento foi produzido pelo Ministério da Previdência, no qual o valor estimado para o pagamento de benefícios previdenciários foi reduzido para R$ 902,7 bilhões. Essa folga a mais no valor previsto para as despesas com benefícios previdenciários em 2024 facilitou à área econômica do governo a liberação de novos gastos para os ministérios. "A primeira vez que veio isso fui eu que olhei e disse, nós temos que melhorar isso aí, porque isso aí está ocupando espaço orçamentário sem justificativa técnica. Vamos fazer. Se der o mesmo valor, tudo bem. Eu não tinha um número mágico. Eu fui, conversei com os técnicos e aí nós mudamos", disse o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, ao g1. Segundo ele, o primeiro relatório do INSS, produzido em 15 de maio, embutia um crescimento vegetativo de 0,64% por mês ao estimar, para o restante do ano, um ritmo de despesas verificado de janeiro a abril -- que estava influenciado, de acordo com sua explicação, por valores atrasados (de pessoas que tinham direito ao benefício e que estavam na fila esperando sua vez). Stefanutto argumentou que, como a fila já estava mais próxima do fim, não havia razão para estimar, para o restante de 2024, um ritmo de pagamento maior que, em sua visão, não seria verificado, comprometendo assim um espaço orçamentário dos ministérios. No segundo relatório, após a revisão, o crescimento vegetativo caiu para 0,17% ao mês. "Quando veio o relatório deles, os meus técnicos, nós debatemos o relatório e eu falei: isso está errado. Isso aí é uma previsão contando que ainda há muito processo para internalizar e não há. Eles voltaram, fizeram outra prancheta, com mais técnicos e voltaram com isso. Então sim, a primeira vez que veio isso fui eu que olhei e disse, nós temos que melhorar isso aí, porque isso aí está ocupando espaço orçamentário sem justificativa técnica", declarou o presidente do INSS. Entre o primeiro e o segundo relatório do INSS, houve uma mudança entre os técnicos que assinaram os documentos. Questionado por que isso aconteceu, Stefanutto afirmou que os servidores que assinaram o segundo documento "são de outra diretoria que entende e que estão fazendo enfrentamento à fila". "É só por isso", acrescentou. O presidente do INSS negou que tenha recebido qualquer pedido, por parte de autoridades do governo, para reduzir a estimativa para o pagamento de benefícios previdenciários e, assim, possibilitar a liberação de recursos artificialmente para os ministérios. "Eu nunca recebi pedido para baixar a expectativa, nunca recebi nada, ninguém me falou, nem mesmo o presidente da República, até os técnicos. Nunca ninguém pediu isso. Eu fiz o cálculo dentro do que a gente acredita. Pode acontecer de ficar maior? Pode. Pode acontecer de ficar menor por conta dos trabalhos de revisão de benefício? Também pode", concluiu Stefanutto, presidente do INSS. Veja Mais

Brasil tem 24,3 milhões de endereços sem número e 2,7 milhões em ruas e outras vias sem nome; Veja sua cidade

G1 Economia Dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (14) mostram que "principal" é o nome mais repetido entre as vias do país. Ao todo, Brasil tem 107 milhões de endereços oficiais. O Brasil possui 24,3 milhões de endereços sem número, indicam dados do Censo de 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (14). Ao todo, o país tem 107 milhões de endereços oficiais no Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE). (CORREÇÃO: na publicação desta reportagem, o g1 errou ao informar que o país tinha 2,7 milhões de ruas e outras vias sem nome, segundo o Censo de 2022. Na verdade, são 2,7 milhões de endereços em ruas e outras vias sem nome. A informação foi corrigida às 12h57.) Brasília é a cidade com a maior quantidade absoluta de endereços sem numeração (1,2 milhão), porque o Distrito Federal possui um padrão de endereçamento específico, que geralmente não utiliza o campo número. Na sequência está Goiânia (526 mil) e Rio de Janeiro (280 mil). Veja no mapa acima. Há também 2,7 milhões de endereços em ruas, estradas, travessas e rodovias sem nome. Entre os que têm denominação, o termo mais comum é "Principal", com 226.289 repetições pelo país; "Santo Antônio" em segundo, com 219.377; e "São José", com 219.139. Veja, abaixo, os números de vias sem nº em cada município brasileiro: Para Gustavo Cayres, analista do CNEFE, a pessoa que mora em uma via sem nome enfrenta uma série de dificuldades, como não conseguir apresentar seu endereço para receber encomendas ou em uma entrevista de emprego. "Estamos falando de uma provável informalidade, mas isso se relaciona bastante com o poder público municipal que é quem atribui o nome das ruas, os números dos domicílios. Isso acontece em área urbanas em que há ocupação recente e informal", afirma. "A pessoa chamar o Samu para o lugar onde mora se torna mais difícil", exemplifica. 111 milhões de endereços Montagem de fotos com placas de ruas de São Paulo. Fábio Tito/g1 Ao todo, o Brasil possui 111 milhões de endereços únicos espalhados pelos 5.570 municípios – a atribuição de endereços é função das cidades, por meio do poder municipal (prefeituras). Os dados fazem parte do o CNEFE (Cadastro Nacional de Endereços Para Fins Estatísticos), que desde 2005 mapeia os endereços brasileiros. O país possui: 72 milhões de ruas 10,7 milhões de avenidas 7 milhões de estradas 3 milhões de travessas 1,6 milhões de rodovias De acordo com o IBGE, a função do cadastro é dar suporte às ações do Instituto, como pesquisas censitárias e coleta de dados, e padroniza os registros dos endereços. O governo federal repassou informações do CNEFE para estados em que houve tragédias (como em Brumadinho (MG), em 2019, e no Rio Grande do Sul, em 2024) para apoiar a Defesa Civil em situações de emergência. Grandes condomínios são a maioria A pesquisa mapeou os lares que ficam dentro de condomínios e qual o tamanho dessas estruturas. A maioria é composta por empreendimentos com mais de 100 unidades, veja a lista abaixo: 4.757.950 condomínios acima de 100 unidades; 3.640.694 com 6 a 20 unidades; 2.733.592 com 21 a 50 unidades; 2.153.229 com 51 a 100 unidades. Na pesquisa, o IBGE elencou os complementos que mais aparecem nos endereços, com "casa" liderando (14,7 milhões) e "apartamento" em 2º (com 13,5 milhões). Bloco (5,2 milhões), lote (4 milhões) e quadra (3,9 milhões) completam a lista. Veja Mais

Brasil precisa importar arroz? Por que o preço subiu mais de 20% em um ano?

G1 Economia País produz menos do que consome e supre demanda com importações e estoques de colheitas anteriores. Governo decidiu comprar mais arroz estrangeiro após enchentes no RS. Arroz da merenda na Escola Estadual Américo Braga, em Eldorado do Sul Celso Tavares/g1 O arroz virou um dos assuntos em alta nas últimas semanas diante das tentativas do governo federal de importar o grão, após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. O estado responde por 70% da produção nacional do cereal e já colheu 90% da área plantada nesta safra. ???? Por que o Brasil precisa importar arroz? O Brasil produz menos arroz do que consome, mas supre a demanda interna com importações e estoques de colheitas anteriores. Nesta safra, o país vai produzir 10,3 milhões de toneladas do alimento, enquanto o consumo deve ser de 11 milhões, mostram dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Até abril, o governo estimava que o Brasil importaria 1,4 milhão de toneladas de arroz. Esse montante, somado à produção e aos estoques – e excluindo as exportações –, permitiria acumular um suprimento de 12,4 milhões de toneladas – contando com os efeitos da tragédia no RS – o que já conseguiria atender o consumo interno. Contudo, desde maio, o governo aumentou a sua projeção de importação para 2,2 milhões de toneladas, colocando na conta o arroz que pretende adquirir via leilão público. Nesse cenário, o Brasil acumularia 13,1 milhões de toneladas no mercado interno. A justificativa do governo é evitar um aumento excessivo de preços, em consequência de possíveis problemas de oferta e distribuição do arroz. No auge da tragédia do RS, o bloqueio de estradas e rodovias gerou preocupação sobre a capacidade do estado de conseguir entregar o arroz colhido para o restante do Brasil. A água baixou, porém, e a principal rodovia para escoamento do grão, a BR-101, já está normalizada, diz a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul). ????Quanto de arroz o RS perdeu? Ainda não se tem uma estimativa oficial sobre esse número. Um relatório da Conab de quinta-feira (13) apontou que as enchentes de maio geraram perdas de 100 mil toneladas na colheita de arroz no estado, um volume pequeno perto das 7 milhões de toneladas que o RS deve produzir. Já nos armazéns – onde estava guardado o arroz que já tinha sido colhido –, houve uma perda de 24 mil toneladas, o que corresponde a 15% do total armazenado, segundo dados do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). O que o Ministério da Agricultura e a Conab têm afirmado é que a decisão de comprar 300 mil toneladas de arroz não tem a ver com abastecimento, e sim com a especulação e aumento nos preços do alimento. ????Por que o arroz ficou mais caro? Em um ano, o preço do arroz subiu mais de 20% para o consumidor. Em maio, durante as enchentes no RS, a alta foi de 1,4% em relação a abril, mas algumas regiões tiveram aumentos mais expressivos, como Aracaju (+8%), Porto Alegre (+6%) e Vitória (+5%). Nos supermercados de SP, por exemplo, o pacote de 5 quilos tem sido vendido, em média, por R$ 30, segundo o Procon. Há um ano atrás, custava R$ 20, valor por qual o governo pretende vender o seu arroz. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, a alta desse alimento tão popular está relacionada a diferentes fatores como: clima ruim e aumento nos custos de produção: o que fez com que alguns produtores abandonassem o plantio de arroz e migrassem para atividades mais rentáveis, como a soja, diz Evandro Oliveira, da consultoria Safras & Mercado. aumento das cotações internacionais: o preço do arroz subiu no mundo porque a Índia, que detém 35% do comércio global, parou de exportar para reduzir seus preços internos, afirma Carlos Cogo, sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio. Leia também: Arroz: entenda a polêmica que causou anulação do leilão de arroz Clima e custo de produção Oliveira, do Safras & Mercado, lembra que o Rio Grande do Sul passou por três anos consecutivos de La Niña (2021,2022 e 2023), o que provocou secas intensas na região, gerando perdas na produção. Depois, veio o El Niño, que atrapalhou o plantio do grão por causa de enchentes que aconteceram já no segundo semestre de 2023. Essa situação fez com que parte dos produtores migrasse para plantios mais lucrativos, como os de soja e milho, diz ele. Para se ter uma ideia, o custo de produção do arroz chega a R$ 12 mil por hectare no municipio Uruguaiana (RS), uma das principais regiões produtoras do cereal. Já para cultivar soja, se gasta um pouco menos que a metade: cerca de R$ 5 mil por hectare em São Gabriel (RS), por exemplo. Os dados da Conab mostram ainda que os principais custos do plantio do arroz são o aluguel de terras, adubo e agrotóxicos. Mas este não é um fenômeno novo. Uma reportagem do g1 mostrou que, em 16 anos, a área de plantio de arroz e feijão encolheu mais de 30%, no Brasil todo, com o avanço da soja e do milho – matérias-primas negociadas no mercado internacional e exportadas como ração para animais de criação, como bois e porcos. "O Rio Grande do Sul já teve áreas de mais de 1 milhão de hectares de arroz e, hoje, sofre para conseguir uma área de 900 mil hectares", conta Evandro. Em entrevista ao g1, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o governo vai estimular o plantio de produtos básicos da alimentação brasileira no próximo Plano Safra – que deve ser anunciado neste mês – através de contratos de opções (entenda aqui como funciona). No último ano, contudo, o Rio Grande do Sul expandiu em 4% a sua área plantada, de olho no aumento do preço da saca de arroz – que subiu 37% em um ano, segundo o Cepea –, mas também na expectativa de que o El Niño prejudicaria o andamento da safra. Arroz no mundo No mundo, o preço do arroz começou a subir em julho do ano passado, quando a Índia parou de exportar o grão, no intuito de reduzir os seus preços internos. O mercado indiano responde por 35% do comércio global de arroz. "De lá pra cá, o arroz asiático – que é o grande balizador de preço global, já que a Ásia tem 90% da produção – subiu 46,5% e, então, os preços no Mercosul foram na mesma direção. No caso do Paraguai, o preço subiu 71%. E, no caso do Brasil, subiu menos. Do ano passado pra cá, a gente teve uma alta, no varejo, na casa dos 25%", disse Cogo. "Essa alta de 45% em dólar que houve lá fora foi repassada parcialmente para o Brasil", destaca o analista. Lá fora, as cotações continuam aquecidas e, agora, o mercado aguarda por novas decisões do governo indiano, que deve anunciar, neste mês, se vai continuar ou não bloqueando as exportações. Suspeitas de irregularidades levam governo a anular o leilão de arroz importado Veja Mais

Cúpula do G7 entra no último dia: líderes de países racham sobre menção a aborto em documento final

G1 Economia Apoio financeiro à Ucrânia é o principal tema do encontro, na Itália, que tem presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O Brasil participa como convidado. Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália Tiziana FABI / AFP A Cúpula do G7, na Itália, entra no segundo e último dia nesta sexta-feira (14) com uma controvérsia sobre a inclusão de uma menção ao direito ao aborto legal e seguro no documento final do encontro dos líderes dos países. Joe Biden, Emmanuel Macron, Olaf Scholz e Justin Trudeau, os líderes dos Estados Unidos, França, Alemanha e Canadá, respectivamente, tentaram incluir a frase, e houve um conflito nos bastidores com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que exigiu que se eliminasse esse trecho do texto. A primeira-ministra italiana, contrária ao direito ao aborto, contou em uma biografia que, quando a própria mãe estava grávida dela, quase interrompeu a gravidez. Em abril, o governo italiano deu permissão para que grupos antiaborto tentem convencer mulheres a não abortar dentro das clínicas especializadas no procedimento. ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp No encontro do G7 do ano passado, o documento final defendia o direito ao aborto seguro e legal. No entanto, neste ano, isso não deve acontecer pois a primeira-ministra Meloni insistiu para que a expressão seja excluída do texto, segundo autoridades ouvidas pela agência de notícias Reuters e pelo “The Washington Post”. Diplomatas americanos, franceses, canadenses e alemães fizeram pressão para que a frase conste no texto. De acordo com o “Washington Post”, Biden, que tenta se reeleger nos EUA neste ano e defende o direito ao aborto em sua campanha, ameaçou até mesmo não assinar o documento se a frase não for incluída. Um diplomata disse à agência Reuters que essa era uma questão que Meloni não abriria mão, então a expressão foi cortada e que provavelmente o texto final terá uma referência apenas indireta, na qual os signatários dizem que reiteram os princípios defendidos no documento do ano passado, mas sem explicitar isso em palavras. Indiretas nas entrevistas Macron, da França, falou a jornalistas sobre o tema. Ele disse que na França há igualdade entre homens e mulheres, mas que essa “não é uma visão compartilhada por todos no espectro político”. Em entrevista a jornalistas, Meloni respondeu sem citar o nome do presidente francês. Ela falou que “é profundamente errado, em tempos difíceis como esses, fazer campanha (para eleições) usando um fórum importante como o G7” —foi uma insinuação sobre Macron, que no último dia 9 de junho convocou eleições legislativas para a França nos dias 30 de junho e 7 de julho. Líderes enfraquecidos se reúnem na Itália para cúpula do G7 Cúpula do G7 A Cúpula do G7 começou na quinta-feira na Itália, com a presença de líderes dos países-membros e convidados. O presidente Lula vai participar do encontro como convidado. O principal tema da cúpula é a ajuda à Ucrânia, que está em guerra contra a Rússia desde fevereiro de 2022 e pede ajuda ao Ocidente diante da escassez de recursos financeiros e militares. Antes do encontro, na noite de quarta-feira, os líderes do G7 fecharam um acordo para destinar à Ucrânia US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 bilhões) este ano respaldado em ativos russos congelados, segundo a Presidência francesa. A cúpula acontece em um momento de pressão aos líderes dos países do bloco após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu e as eleições nos EUA, França e Reino Unido. Veja abaixo o que é o G7 os principais pontos sobre a reunião: O que é o G7 O G7 é um bloco informal de democracias industrializadas que se reúne anualmente para discutir questões e preocupações compartilhadas. Que países fazem parte do bloco Fazem parte do G7 Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. O Brasil participará do encontro como convidado. Também são convidados o Papa Francisco, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. O que de importante está sendo discutido O grupo usará a cúpula para discutir desafios relacionados à Inteligência Artificial, migração, o ressurgimento militar russo e poder econômico da China, entre outros tópicos. O apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia será o principal tópico da reunião --os membros do G7 são aliados da Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e Zelensky vão assinar um acordo bilateral com o objetivo de enviar um sinal à Rússia sobre a determinação americana em apoiar o governo ucraniano, informou a Casa Branca. "Queremos demonstrar que os EUA apoiam o povo da Ucrânia, que estamos ao lado deles e que continuaremos a ajudar a atender suas necessidades de segurança", disse o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, acrescentando que "este acordo mostrará nossa determinação". Jake Sullivan disse que o acordo não levará ao posicionamento de tropas americanas diretamente na defesa da Ucrânia — esta é uma linha vermelha traçada por Biden, que teme ser puxado para um conflito direto entre as potências nucleares. A Ucrânia está em guerra contra a Rússia desde 24 de fevereiro de 2022, quando tropas de Vladimir Putin invadiram o território ucraniano e lançaram uma ofensiva militar. Com os extensos combates, a guerra virou questão de sobrevivência, quem consegue durar mais. Apoiado pelo Ocidente desde o início da guerra, a Ucrânia vem enfrentando uma escassez de recursos econômicos e militares e o presidente Zelensky pede aos aliados mais apoio. Em maio, a Rússia rompeu uma estagnação na guerra e está em nova fase de ofensiva. A Ucrânia e muitos de seus apoiadores têm pedido o confisco de US$ 260 bilhões (cerca de R$ 1,4 trilhões) em ativos russos congelados fora do país após a invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022. Segundo oficiais europeus, havia dificuldades para costurar o confisco devido a preocupações legais e de estabilidade financeira, porque a maioria dos ativos russos congelados está localizada na Europa. Os US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 milhões) confirmados para a Ucrânia este ano terão como base esses ativos congelados na União Europeia e virão intermediados por empréstimos dos EUA a partir dos rendimentos deles — cerca de US$ 2,5 bilhões a US$ 3 bilhões anuais nas taxas de juros atuais. Antes da reunião, os EUA aplicaram novas sanções econômicas à Rússia, em mais de 4.000 empresas e indivíduos ligados ao país. Sobre a imigração, os EUA e outras nações do G7 estão lutando para gerenciar grandes influxos de migrantes que chegam por razões complicadas que incluem guerra, mudança climática e seca. A migração e como as nações lidam com o número crescente em suas fronteiras tem sido um fator impulsionando o aumento da extrema direita em algumas partes da Europa. Qual é o cenário atual A cúpula, que começa na quinta-feira, acontecerá após partidos de extrema direita em países do continente europeu acumularem vitórias em seus respectivos países nas eleições do Parlamento Europeu, que finalizaram no último final de semana. Essas vitórias, juntamente com as eleições no Reino Unido, França e Estados Unidos, abalaram o establishment político global e adicionaram peso a esta cúpula. "Você ouve isso muito quando fala com oficiais dos EUA e da Europa: se não conseguirmos fazer isso agora, seja em relação à China, seja em relação aos ativos, podemos não ter outra chance", disse Josh Lipsky, diretor sênior do Centro de Geoeconomia do Conselho Atlântico, um think tank de assuntos internacionais. "Não sabemos como será o mundo em três meses, seis meses, nove meses a partir de agora." A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni vai utilizar a Cúpula do G7 como plataforma após a vitória de seu partido nas eleições do Parlamento Europeu na Itália. Veja Mais

Acionistas da Tesla aprovam bônus de US$ 56 bilhões para Elon Musk

G1 Economia Remuneração aprovada para o bilionário é a maior da história corporativa dos Estados Unidos, mas ele ainda pode enfrentar disputa judicial para convencer a Justiça que invalidou o acordo no início do ano. O bilionário Elon Musk atacou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ameaçou descumprir ordens da Justiça brasileira Guglielmo Mangiapane/Reuters Os acionistas da Tesla aprovaram nesta quinta-feira (13) o bônus de US$ 56 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões) para o presidente-executivo da empresa, Elon Musk. A decisão, informada pela montadora, é vista como um sinal de aprovação da gestão do bilionário à frente da empresa. Apesar da vitória, Musk pode travar uma longa disputa judicial para convencer a Justiça de Delaware que invalidou o pacote no início do ano. A juíza Kathaleen McCormick afirmou na ocasião que a compensação é "uma quantia inimaginável" de dinheiro que não é justa com os acionistas. O bilionário também pode lidar com novos processos sobre a remuneração, que seria a maior da história corporativa dos EUA. Os investidores também aprovaram a proposta de mover a sede da Tesla de Delaware para o Texas e reelegeram dois membros do conselho da empresa: Kimbal Musk, irmão de Elon, e James Murdoch, filho do magnata da mídia Rupert Murdoch. Elon Musk havia sugerido na quarta-feira (12) que as propostas estavam recebendo um grande apoio e agradeceu aos acionistas. Os números da votação ainda não foram divulgados pela Tesla, que deve apresentá-los nos próximos dias. O acordo salarial decidido em 2018 contribuiu para Elon Musk se tornar a pessoa mais rica do mundo. A fortuna do empresário está em US$ 212 bilhões (cerca de R$ 1,1 trilhão) nesta quinta, segundo dados da Forbes. A remuneração de Musk está vinculada a metas de desempenho, como o preço das ações da Tesla e a lucratividade da empresa. A aprovação dos acionistas para a compensação serve tanto como um endosso ao mandato de Musk quanto como um reconhecimento de que os investidores não querem arriscar o futuro da empresa. LEIA TAMBÉM: Veja como foi o 1º voo bem-sucedido da SpaceX com a maior nave espacial do mundo Cozinheira perde R$ 80 mil: relatos de quem perdeu tudo com cassinos online Brasil será 1º país no mundo a ter 'modo ladrão' em celulares Android SpaceX faz 1º voo bem-sucedido com a Starship Veja Mais

Shein eleva preços de produtos antes de abrir capital na bolsa de valores

G1 Economia Dados de uma pesquisa da EDITED indicaram que preços chegaram a subir 36% em algumas localidades, em comparação ao observado há um ano. Movimento ajudaria empresa a aumentar suas receitas. Logo da Shein em centro comercial em Cingapura. Edgar Su/ Reuters A varejista de fast fashion Shein, conhecida por suas blusas de US$ 5 e vestidos de US$ 10 fabricados na China, aumentou os preços em mais de um terço em alguns produtos principais. O movimento provavelmente deve elevar as receitas da companhia antes de sua planejada IPO (abertura de capital na bolsa de valores), de acordo com análise de sua estratégia de preços. Os aumentos médios de preços da Shein superaram os de suas rivais H&M e Zara, segundo dados da empresa de pesquisa EDITED, sediada em Londres, que comparou os preços em 1º de junho com os de um ano antes. A Shein não quis comentar. A empresa opera um marketplace online que vende uma série de mercadorias, embora seu principal negócio seja fabricar e vender suas marcas próprias, principalmente de roupas femininas. A Shein recorre a uma rede de fornecedores, em grande parte baseados na China, que contrariam os processos de produção tradicionais, aceitando pedidos iniciais pequenos e aumentando a escala com base na demanda. A maior parte das roupas que a Shein vende é fabricada em Guangzhou, na China, por seus cerca de 5.400 fornecedores. Embora a Shein não divulgue dados financeiros publicamente, a Coresight Research estima que a receita da Shein chegará a US$ 50 bilhões (aproximadamente R$ 269,9 bilhões) este ano, um salto de 55% em relação ao ano passado. Tornar suas principais linhas de roupas femininas mais caras e conseguir que mais marcas externas vendam em seu site pode ajudar a Shein a atingir esse número de vendas e aumentar os lucros. "A Shein teve um impulso muito forte recentemente, o que pode ser favorável aos seus planos de IPO", disse Erik Lautier, especialista em comércio eletrônico da consultoria AlixPartners. Enquanto se prepara para sua oferta pública inicial (IPO), a Shein enfrenta os custos mais altos de ser uma empresa de capital aberto. Além disso, ela também precisa cumprir as novas regulamentações da União Europeia sobre plataformas online que podem aumentar suas despesas, pressionando as margens de lucro. Nos Estados Unidos, o maior mercado da Shein em termos de vendas, a empresa aumentou o preço médio dos vestidos femininos em 28% no ano até 1º de junho, para US$ 28,51, mostraram os dados da EDITED. Embora ainda bem abaixo da média de um vestido da H&M (US$ 40,97) ou da Zara (US$ 79,69) nos EUA, a Shein aumentou os preços em uma porcentagem maior do que seus rivais no mesmo período, de acordo com os dados. No site da Shein no Reino Unido, um vestido custava 24,12 libras (US$ 30,97) em média, 15% a mais do que há um ano, enquanto a média de vestido na França, Alemanha, Itália e Espanha era 36% mais cara. Saiba o que pode mudar nas compras internacionais de até US$ 50 Veja Mais

Haddad diz que vai apoiar Senado em medidas para compensar desoneração, mas deve insistir em mudança de regras do PIS/Cofins

G1 Economia Segundo ministro da Fazenda, MP polêmica, que foi devolvida pelo Congresso, pode ser reencaminhada em forma de projeto de lei. Senadores garimpam propostas para elevar receitas e compensar desoneração. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em imagem de maio de 2024 Vinicius Loures/Câmara dos Deputados O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13) que a equipe econômica vai apoiar o Senado na análise de medidas para compensar a desoneração da folha de pagamentos e a redução da contribuição previdenciária de parte dos municípios brasileiros. O ministro deu as declarações durante entrevista a jornalistas no Ministério da Fazenda. Nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defensor da desoneração, devolveu ao governo uma medida provisória que mexia nas regras de uso de créditos do PIS/Cofins para fazer a compensação fiscal. Diante disso, líderes partidários no Senado começaram a garimpar propostas de elevação de receitas para compensar a desoneração. De acordo com Haddad, caberá ao líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), a interlocução da equipe econômica com os senadores, na busca por alternativas. "Recebi a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e discutimos a nossa relação com o Senado, o apoio que vamos dar ao Senado para a compensação. Todas as propostas vão ser analisadas por nós para medirmos o impacto", declarou o ministro da Fazenda. Fernando Haddad disse que, em sua visão, será possível chegar a um "denominador rápido" com o Legislativo para compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e dos municípios. "Vamos colocar algumas propostas na mesa a partir da semana que vem, mas principalmente as deles [senadores], até para evitar que se dê atraso nisso. Vamos receber deles as propostas que o Senado tem em mente, que aí fica mais fácil tramitar, fica mais fácil calcular, fica mais simples de resolver", afirmou. O ministro da Fazenda, no entanto, sinalizou que o governo poderá insistir na proposta que altera as regras do PIS/Cofins, enviando ao Congresso um projeto de lei (e não mais Medida Provisória, que tem vigência imediata) para tratar do tema – apesar da grande repercussão negativa da proposta com o setor produtivo. "Pode ser [enviada como projeto de lei], até no âmbito do relatório do próprio Jacques já que vai haver tempo. Não haveria problema de incluir, mas eu quero esclarecer, assim como eu fiz com o presidente Pacheco, fazer com os demais líderes, porque todos estão sensibilizados. Os líderes da Câmara, de certa forma, já estão um pouco mais familiarizados com o problema e estão dispostos a ajudar", afirmou Haddad. Ele reiterou a avaliação de que está havendo fraude e mau uso do instrumento de ressarcimento dos créditos do PIS/Cofins por algumas empresas – com impacto negativo na arrecadação federal. "O dia a dia da Receita é localizar brechas que estão sendo mal utilizadas, o que inclusive corrompe o sistema de concorrência. Porque, se um empresário está fazendo uma coisa e o outro está pagando devidamente, você desequilibra o jogo da concorrência. E o que nós queremos, na economia, é que os mais eficientes é que ganhem espaço no mercado, e não os mais espertos, que estão se valendo de brechas ou de planejamento tributário indevido, para fazer esse tipo de coisa", concluiu. Senador Jaques Wagner, do PT, conversa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Jefferson Rudy/Agência Senado Propostas Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) afirmou nesta quinta que discutirá com o Ministério da Fazenda sugestões apresentadas por lideranças da Casa para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios neste ano. Segundo Jaques, as propostas compensatórias serão levadas ao ministro Fernando Haddad para uma avaliação do montante a ser arrecadado pelas medidas. O senador é relator da proposta que contempla um acordo firmado pelo governo para a manutenção da desoneração das empresas e dos municípios em 2024. Seguindo a negociação, o texto deverá prever uma retomada gradual da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento. A proposta ainda não recebeu um parecer, que só deverá ser divulgada após um alinhamento entre parlamentares e o governo para as fontes de recursos que vão compensar a medida. Lideranças que participaram da reunião desta quinta dizem que o parecer de Jaques deve ser divulgado somente no início de julho. A lei que prorrogou, até 2027, a desoneração da folha de pagamentos de empresas e de municípios foi promulgada pelo Congresso no ano passado. No entanto, este ano o governo ingressou contra a desoneração no Supremo Tribunal Federal (STF) e uma decisão do ministro Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei e suspendeu o benefício. A decisão gerou reação do Legislativo, e o Senado recorreu. Em maio, o ministro Cristiano Zanin manteve a validade da lei e deu o prazo de 60 dias para que o Executivo e o Congresso buscassem uma solução consensual sobre o tema. Jaques disse que pretende utilizar todo o prazo dado pelo STF para discutir um projeto. No último mês, o Planalto anunciou acordo para manter válida a medida em 2024. A partir de 2025, tanto para as empresas quanto para os municípios terão um aumento gradual da contribuição previdenciária. No caso das empresas, a desoneração permite substituir a contribuição previdenciária de 20% sobre o total dos salários dos funcionários pelo pagamento de imposto (de 1% a 4,5%) sobre a receita bruta do empreendimento. Em 2025, haverá uma retomada gradual da contribuição previdenciária, que vai atingir 20% em 2028. Para as prefeituras, até o fim de 2024, haverá uma alíquota reduzida da contribuição previdenciária, de 8%, sobre os salários dos funcionários, paga por municípios com até 156 mil habitantes. Pelo acordo anunciado pelo Planalto, haverá aumento gradual do imposto a partir de 2025, mas os índices ainda não foram informados. Jaques disse que as possíveis formas de compensação ainda são ideias passíveis de discussão e que novas alternativas ainda podem ser apresentadas. A Fazenda estima que, para compensar a continuidade da desoneração, seja necessário entre R$ 26 e R$ 29 bilhões. Cálculos feitos por consultores do Senado, no entanto, indicam que o custo da manutenção da desoneração será de cerca de R$ 17 bilhões. Entre as possibilidades de compensação citadas pelo senador estão: repatriação de recursos depositados no exterior por brasileiros, mediante pagamento de Imposto de Renda uma espécie de refinanciamento de multas aplicadas por agências reguladoras e utilização de recursos depositados em contas judiciais abandonados “É importante registrar que Pacheco abriu a reunião chamando todo mundo ‘ao feito’. Estamos com uma responsabilidade agora, que não é exclusiva deles e nem só do governo também, evidentemente, é dos empresários também. Acho que terá uma espécie de esforço concentrado para encontrar essas coisas. Ninguém quer deixar ao léu essa falta de compensação”, disse Jaques Wagner. Veja Mais

FGTS corrigido pela inflação: veja simulação e entenda o que muda para o trabalhador

G1 Economia O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (12) que a correção dos valores do FGTS deverá ser feita, no mínimo, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para especialista, medida vai garantir maior proteção aos rendimentos do trabalhador. FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço Lucas Figueira/G1 O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (12) que a correção dos novos depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) precisará ser feita, no mínimo, pela inflação oficial do país, que é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A decisão será válida já nos próximos dias, a partir da publicação da ata do julgamento, e será aplicada ao saldo já existente na conta e para os novos depósitos. O novo sistema prevê corrigir o FGTS pelo IPCA quando, no mês, o valor da inflação for maior do que o da correção atual do fundo. (entenda mais abaixo) Na prática, a correção do IPCA representa um ganho em relação às regras atuais. Pelas normas em vigor, o FGTS tem um rendimento igual ao valor da TR mais 3% ao ano. A TR está em 0,0365% ao mês, mas o índice pode mudar, pois é formado por uma série de variáveis. STF determina novo cálculo para a remuneração do FGTS O que muda para o trabalhador? O professor de Economia da FGV Joelson Sampaio afirma que a alteração definida pelo STF garante maior proteção aos trabalhadores, especialmente nos anos em que a inflação ficar muito elevada. "A mudança é para melhor porque protege o trabalhador em momentos como em 2021, quando a inflação passou de 10%, explica. Naquele ano, o rendimento do FGTS foi de apenas 5,83%, conforme dados da Caixa Econômica Federal — ou seja, os valores aplicados no fundo de garantia renderam quase metade da inflação e, com isso, foram engolidos pela alta dos preços. Para exemplificar, o professor Joelson Sampaio realizou simulações com a regra antiga e a regra nova, considerando a inflação dos anos 2020, 2021 e 2022 e o valor de R$ 1 mil no FGTS. Veja abaixo: Simulação do saldo do FGTS com a correção pela inflação Kayan Albertin/Arte g1 Em 2020, com inflação menor, de 4,92%, o rendimento do FGTS seria o mesmo com ambas as regras. Já em 2021, as novas normas teriam significado um rendimento melhor (R$ 50,05 a mais), uma vez que a inflação foi mais elevada. Já em 2022, o ganho com a nova regra ocorreria por conta da cumulatividade — ou seja, como consequência do acréscimo registrado no ano anterior, interferindo na base de cálculo. "Isso mostra o efeito acumulativo da nova regra. Embora em 2022 não teria tido nenhuma mudança em termos de rentabilidade — uma vez que a inflação ficou abaixo do rendimento do FGTS —, como a base de 2021 ficaria maior com a regra nova, o mesmo percentual com uma base maior gera um ganho", explica Joelson. Repercussão Após o resultado no STF, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que a decisão representa um resultado para todos os envolvidos: empresas, trabalhadores e governo. "Ganham os trabalhadores, os que financiam suas moradias e os colaboradores do setor de construção civil. Na condição ex-empregado da Caixa, sinto-me profundamente comovido ao contribuir para preservar a poupança dos trabalhadores e proporcionar a oportunidade de possuírem sua própria residência aqueles que mais necessitam", escreveu o ministro. Veja Mais

Contabilidade especializada transforma a história das empresas

G1 Economia Conheça os diferenciais da KATO Contabilidade Especializada, dirigida pelo empreendedor Augusto Kato. Sede da empresa KATO Contabilidade Especializada em São Paulo Divulgação Uma organização de contabilidade não é apenas um serviço para lidar com números e conformidades fiscais. Ela pode transformar a realidade das empresas atendidas, proporcionando uma série de benefícios em gestão, planejamento estratégico, eficiência operacional, valorização de mercado, inovação, entre outros. A KATO Contabilidade Especializada se tornou uma referência na área com a transformação da trajetória de seus clientes. Fundada em 1987 por Augusto Hiroshi Kato e atualmente dirigida pelo filho, Augusto Sueo Kato, a KATO se destaca no cenário contábil pela abordagem diferenciada e inovadora na prestação de serviços. Diferenciais KATO A melhor solução em contabilidade auxilia na gestão financeira de seus clientes, ajudando a otimizar custos e maximizar lucros. Ao analisar detalhadamente as finanças, os contadores podem identificar áreas onde a empresa pode economizar e sugerir estratégias para aumentar a rentabilidade. Outro ponto é manter-se em conformidade com as legislações fiscais e tributárias, evitando multas e penalidades que podem ser devastadoras. Contadores experientes não apenas lidam com números, eles também ajudam no planejamento estratégico. Com análises financeiras precisas, podem fornecer insights valiosos para decisões de investimento, expansão e outras iniciativas de negócios, contribuindo para o crescimento sustentável do negócio. Mas de qual tipo de empresa estamos falando? Cada empresa tem necessidades únicas, e uma contabilidade especializada oferece soluções personalizadas, que vão desde a escolha do regime tributário e da formação societária mais adequada até o aconselhamento sobre melhores práticas de gestão financeira. "Um exemplo está na gestão eficiente do fluxo de caixa. A KATO, historicamente, ajuda a prever entradas e saídas de recursos, permitindo que a empresa planeje melhor seus investimentos e evite problemas de liquidez", comenta Augusto Kato, Diretor e CEO da KATO Contabilidade Especializada. Equipe reunida em frente à sede da KATO Divulgação Também tem inovação Tecnologias avançadas são utilizadas para fornecer serviços mais rápidos e precisos. Isso inclui o uso de software de contabilidade, inteligência artificial e análise de big data, que podem fornecer insights profundos e apoiar a tomada de decisões informadas. "Ao apoiar pequenas e médias empresas, que são a espinha dorsal de muitas economias, a KATO contribui para o crescimento econômico mais amplo, ajudando essas empresas a prosperarem, impulsionando a criação de empregos e o desenvolvimento econômico regional e nacional. Nós somos um caso de empresa de médio porte que hoje se transformou em empresa de grande porte. De São Paulo para o Brasil e o mundo, exportando para mais de 15 países", detalha o empreendedor Francisco Garcia, cliente da KATO desde 1999. O empresário Augusto Kato Augusto Sueo Kato, à frente da empresa, traz uma combinação única de conhecimentos. Com formação em Direito, protagonizou uma sucessão assertiva na empresa fundada pelo pai. Com muito orgulho, faz questão de elevar a organização para outro nível na carreira contábil, que está em seu DNA. Sua liderança tem sido essencial para a consolidação da KATO como uma referência no setor, especialmente no que tange à excelência no atendimento e ao uso de conhecimentos de forma estratégica para fortalecer a parceria entre contabilidade e cliente. Empresário Augusto Kato se mudou para os EUA em março de 2019 Divulgação A formação na área de Direito foi realizada na Universidade do Grande ABC. É membro titular certificado e inscrito no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC SP), desde 1996, e da Associação Comercial e Industrial de Diadema (ACE), desde 1987, além de fazer parte do Núcleo de Contadores ACE Diadema. São mais de 35 anos de experiência profissional em gestão de empresa contábil, atuando em planejamento estratégico tributário e societário para empresas de pequeno, médio e grande porte. Augusto se mudou para os Estados Unidos em março de 2019 com o objetivo de estudar. Se aprofundou em áreas como Business Entities e Leader Training. Desde então, passou a realizar trabalhos voluntários nos Estados Unidos em fundações que ajudam famílias carentes, como a IF YOU Foundation, na Flórida. Em fevereiro de 2016, a KATO inaugurou sua sede própria, um marco importante na trajetória da empresa. Com um espaço amplo dividido em cinco andares, a sede moderna e confortável oferece ambientes operacionais agradáveis e salas de reuniões equipadas para atender às necessidades dos clientes de forma eficaz. "Os valores da KATO são a base da nossa atuação. Temos o compromisso de entregar o melhor. A empresa se dedica a fornecer serviços de alta qualidade que realmente agregam valor aos negócios dos clientes. A transparência e a honestidade também são pilares fundamentais nas relações com os clientes, assim como o cuidado com o negócio do cliente e o aprendizado contínuo", afirma Augusto. Ao longo dos anos, a KATO enfrentou e superou diversos desafios, desde a adaptação a novas legislações e tecnologias até a expansão de suas operações. A capacidade de inovar e se reinventar, aliada à liderança visionária de Augusto Kato, garantiu à empresa um lugar de destaque no setor contábil. "Contamos com mais de 50 profissionais, além dos empregos indiretos que são gerados através das nossas parcerias. Nos orgulhamos de oferecer um serviço de qualidade que reflete o compromisso com nossos clientes. A dedicação e expertise de nossa equipe são fundamentais para mantermos altos padrões de excelência", conclui o empreendedor. Quer saber mais? Acesse o site da "KATO Contabilidade Especializada" para saber mais. Veja Mais

Sonhando em abrir uma empresa nos Estados Unidos?

G1 Economia Conheça as vantagens de internacionalizar seu negócio para o território norte-americano. A internacionalização é um processo pelo qual uma empresa expande suas operações além das fronteiras nacionais, desenvolvendo relações de negócios em outros países. Esse processo pode envolver a exportação e a importação de produtos e serviços, ou a abertura de filiais e subsidiárias no exterior. Quando direcionado aos Estados Unidos, o processo de internacionalização traz benefícios significativos, dado que a economia americana é uma das mais diversificadas e avançadas do mundo, com destaque para setores financeiros, imobiliários e de assistência social. Conheça as vantagens da internacionalização para os EUA: Valorização da marca devido à presença internacional; Diversificação de mercado e diminuição de riscos; Economia escalada; Ampliação da capacidade de atendimento a demandas globais; Acesso a matérias-primas e serviços a preços competitivos; Proximidade dos consumidores finais. Licenças de operação A obtenção de licenças varia conforme o segmento e as normas locais. É essencial verificar: Necessidade de alvará para o estado e cidade escolhidos; Necessidade de pagamento de Imposto sobre Vendas; O processo para obtenção de alvará de funcionamento, que varia de cidade para cidade. Qualquer entidade criada precisará de um agente registrador (Registered Agent) no estado de criação, que será o contato direto com agências locais, estaduais e federais. As principais entidades para solicitação de licenças são: Food and Drug Administration (FDA), Environmental Protection Agency (EPA), Toxic Substances Control Act (TSCA) e Federal Trade Commission (FTC). Tipos de entidade: Representação: Sem criação de pessoa jurídica, atividades permitidas como pesquisa e suporte, sem geração de renda ou contratação de funcionários; Filial: Registro da empresa estrangeira nos EUA, sujeita à bitributação; Subsidiária: Criação de pessoa jurídica distinta, tributada entre 25% e 39%, com retenção de 30% na fonte para dividendos; Afiliada: Empresas do mesmo grupo econômico, com pelo menos um sócio em comum. Estrutura societária Escolher a estrutura societária para sua empresa é um dos primeiros passos que você vai dar ao iniciar um novo negócio. São quatro as estruturas mais comuns. Cada uma delas tem vantagens e desafios em termos de obrigações tributárias, responsabilidade legal e possibilidades de gerenciamento. Limited Partnership: A limited partnership é uma forma de sociedade que deve ter ao menos um general partner e ao menos um limited partner – ou seja, pelo menos um dos sócios tem responsabilidade ilimitada, e pelo menos um deles tem responsabilidade limitada. Não há restrição quanto ao número de sócios em uma limited partnership. Corporation: As corporations (também chamadas Corp., Inc. Corporation e Incorporated, entre outras variações estaduais) podem ter um número ilimitado de sócios, que são detentores de ações. Esses acionistas dividem a responsabilidade conforme as cotas que possuem na empresa. Limited Liability Corporation: Na Limited Liability Corporation, a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor de suas ações. O lucro é tributado e pago pela empresa, e os dividendos são tributados e pagos pelos sócios. Uma grande vantagem dessa estrutura é que elas oferecem a tributação do tipo pass-through – assim, não há tributação dupla (como ocorre com as C-Corps). Limited Liability Partnership: Nesse modelo, em que dois ou mais sócios administram a empresa conforme o contrato social, a reponsabilidade e a tributação são proporcionais ao valor de suas cotas. Nesse sentido, uma LLP é semelhante a uma partnership, com a diferença de que os sócios não são pessoalmente responsabilizados por atos negligentes cometidos por outros sócios ou por empregados que não estejam sob sua supervisão. Planejamento tributário O planejamento tributário visa reduzir custos, estabilizar a economia, diminuir litígios e promover crescimento saudável. Busca soluções legais para diminuir a carga tributária, melhorar o fluxo de caixa e reduzir riscos fiscais. Impactos contábeis A consolidação de subsidiárias em moeda local, transações entre partes relacionadas e cumprimento das obrigações fiscais são cruciais. O preço de transferência, ou transfer price, regula operações entre empresas de um mesmo grupo econômico em diferentes jurisdições, evitando manipulação de preços e garantindo conformidade tributária. A criação de uma empresa por estrangeiros ou por pessoas que não moram no país não é um procedimento muito complexo, entretanto contar com ajuda especializada é essencial para que tudo seja feito de forma prática e em conformidade com a legislação estadunidense. Ficou com alguma dúvida e quer saber mais sobre abertura de empresas nos Estados Unidos? Fale com um dos consultores especializados da Drummond Advisors. Consulte mais informações no site - www.drummondadvisors.com - ou mande um e-mail para info@drummondadvisors.com. Veja Mais

Compra parcelada, pontos no cartão e divisão de gastos: como casais lidam com os desafios financeiros do namoro à distância

G1 Economia Especialista recomenda que casais que se relacionam à distância tenham diálogo financeiro e planejem as viagens com antecedência. Uso de cartões de crédito com pontos e sites de promoção para compra de passagens também são alternativas para economizar. A estudante Dalila Figueiras, de 21 anos, se relacionou à distância por dois anos com o atual namorado, que é da Alemanha Arquivo Pessoal ????Imagine namorar alguém de outro estado, ou até mesmo de outro país? Essa é a realidade de muitos brasileiros, que podem ficar meses sem encontrar o parceiro pessoalmente — seja pela dificuldade em encaixar as agendas do casal ou, como acontece na maioria dos casos, pelo alto custo que essa relação pode ter no orçamento. Quem namora à distância, por exemplo, precisa levar em conta não apenas os gastos do dia a dia sozinho, mas também os custos com passagens, hospedagem, passeios e alimentação na hora de encontrar o parceiro. Se não forem bem contabilizados, esses gastos podem pesar no bolso de quem namora à distância — muitas vezes podendo até virar um tabu dentro do relacionamento. Diante dos desafios para namorar alguém de outro estado ou país, cabe a pergunta: como lidar com as finanças neste tipo de relação? Nesta reportagem você vai conferir relatos de três casais e dicas da especialista Ana Zucato sobre como economizar e até ganhar uma renda extra durante o relacionamento à distância. Encontros a cada quatro meses e o cartão de crédito como aliado Os estudantes Eduardo Kuntz, de 22 anos, e Thais Morgado, de 21, namoram há três anos a uma distância de cerca 483 km: ela mora na capital do Rio de Janeiro, enquanto ele mora em Cotia, São Paulo. O casal se conheceu em 2021, no auge da pandemia da Covid-19, enquanto trabalhavam em um site de cultura Geek. Eles se encontraram pela primeira vez em dezembro de 2022, após um ano de relacionamento. Eduardo Kuntz e Thais Morgado namoram à distância há três anos Arquivo Pessoal Desde então, para terem um controle maior no orçamento e conseguirem encaixar as viagens com as rotinas dos dois, a saída foi optar por um intervalo de três a quatro meses entre os encontros e apelar para o cartão de crédito para parcelar os custos com as passagens. “O Edu odeia parcela, odeia a ideia de fazer dívida. Mas, como ainda estamos no começo da carreira, se a gente não parcelar, acaba sendo muito difícil termos dinheiro para nos vermos”, diz Thais. O casal, que costuma passar mais tempo junto durante as férias da faculdade, chega a gastar quase R$ 1 mil por viagem, entre as passagens de avião, passeios e alimentação — o que acaba pesando na renda dos universitários. Eduardo é freelancer em um jornal e Thais vive com a ajuda de familiares, enquanto não consegue emprego. Como alternativa, o casal usa um programa de pontos do cartão de crédito para pagar mais barato nas viagens. “Hoje uma passagem de avião do Rio de Janeiro para São Paulo custa cerca de R$ 500. Mas pelos programas fica 12 mil pontos pela viagem, o que pode sair mais 'em conta’”, relatou Eduardo. Os jovens também parcelam as passagens no cartão de crédito, além de dividir o valor de cada uma por igual. Isso ajuda para que eles não fiquem sem dinheiro no fim do mês. Gastos com ponte aérea viraram investimentos A publicitária Julia Peixoto, de 26 anos, conheceu o atual namorado, Pedro Augusto, de 30 anos, em 2022, por meio das redes sociais. Na época, a influenciadora morava em Goiânia, enquanto Pedro Augusto, empresário, vivia em Manaus. “Quando eu soube que ele morava em Manaus eu fiquei com muito medo de começar um relacionamento por conta da distância. Mas depois tomei coragem e começamos a namorar”, disse Julia. Após um ano de namoro, Julia Peixoto saiu de Goiânia para morar em Manaus com o namorado Arquivo Pessoal O casal namorou à distância por um ano e, nesse período, os dois se viam uma vez por mês. Por ter maior flexibilidade na agenda e uma melhor condição financeira, era Pedro quem ia mais vezes ver a parceira em Goiânia. À época, ele trabalhava em uma multinacional e ela era gerente em um salão de beleza. Mesmo com a organização do casal para os encontros, Julia alega que a vida financeira dos dois era afetada com os custos das passagens. “Uma ponte aérea de Manaus para Goiânia não custa menos de R$ 1,2 mil, R$ 1,5 mil. Além das passagens, quando nós estávamos na cidade um do outro a gente queria conhecer restaurantes novos e fazer passeios. Cada passeio que a gente fazia não saia por menos de R$ 250”, afirmou a publicitária. Nessa época, o casal optou por dividir os gastos de forma mais proporcional ao rendimento de cada um. Assim, as despesas com alimentação e lazer eram pagas por Augusto, enquanto Julia custeava as próprias passagens. Ela gastava cerca de R$ 3 mil para ver o namorado quando ia para Manaus. Esse “vai e vem”, no entanto, não agradou o casal. Após um ano de relacionamento, em setembro de 2023, Julia decidiu sair do salão de beleza que gerenciava para se mudar para a capital amazonense. Hoje ela mora junto com o namorado. “Para mim, relacionamento à distância só dá certo quando essa distância tem um prazo para terminar. Além de ser difícil você estar longe do seu parceiro, a questão dos gastos preocupa muito”, disse Julia. Após parar de receber sua principal fonte de renda, Julia passou a focar na empresa da qual era sócia desde 2020. Até ela poder se estabilizar em Manaus e conseguir novos clientes, Pedro é o responsável financeiro pela maioria das contas da casa. Julia conta que a vida financeira do casal melhorou com a mudança: “O dinheiro que gastávamos com a ponte aérea entre Goiânia e Manaus, hoje podemos utilizar em investimentos e até para viajar para outros países. Daqui de Manaus, a passagem é mais barata para ir para Colômbia, por exemplo, do que para circular dentro do Brasil”. Qual a melhor forma de dividir as contas em casal? Todo o salário ia para as passagens aéreas A estudante de relações internacionais Dalila Figueiras, de 21 anos, se relacionou à distância por dois anos com o namorado, que é alemão. O casal se conheceu e passou a namorar em 2019, enquanto faziam um intercâmbio no Canadá. De 2020 a 2022, os jovens tiveram um relacionamento à distância enquanto ela estava no Brasil e ele, na Alemanha. Dalila Figueiras e seu namorado na Alemanha em dezembro de 2023 Arquivo Pessoal Nesse período, eles se viam a cada cinco meses. Dalila, que na época estagiava e ganhava R$ 1 mil por mês, guardava todo o dinheiro que ganhava para poder encontrar com o parceiro. Ele, por sua vez, trabalhava como entregador de comida de um aplicativo. “Todos os meus salários do estágio iam para uma conta poupança para eu conseguir pagar as viagens internacionais”, relatou a brasileira, destacando que contou com a ajuda dos pais para poder se sustentar durante esse período. Com grande parte dos recursos de Dalila servindo para custear suas passagens até a Alemanha, os demais gastos ficavam por conta de seu parceiro. “Eu não tinha dinheiro para fazer muitos passeios ou comer coisas caras enquanto eu estava na Alemanha. Quando eu e o meu namorado saíamos, era ele que conseguia pagar a alimentação, por exemplo”, afirmou a estudante. Dalila conseguiu passar em uma universidade na Alemanha e, desde setembro de 2023, está morando no mesmo país que o namorado. Ela conta que a vida dos dois está mais fácil, pois podem se ver com frequência e conseguem economizar o dinheiro que era usado nas viagens internacionais. ???? Como lidar com as finanças no namoro à distância? Conversar sobre dinheiro é essencial em qualquer relacionamento, mas o namoro à distância exige cuidado redobrado. Segundo Ana Zucato, fundadora da Noh – uma fintech de finanças para casais –, as principais recomendações para os casais que vivem um relacionamento à distância são: economizar; planejar as viagens com antecedência; e se possível, ter uma renda extra para arcar com os custos do relacionamento sem que eles pesem no bolso. Ainda de acordo com a especialista, o uso de cartões de crédito com pontos, sites de promoção e alternativas mais baratas de viagens – como ônibus ou caronas em aplicativos de corrida – também podem ajudar a diminuir as despesas do casal. “A minha sugestão é sempre planejar tudo que envolve dinheiro. Converse com seu parceiro sobre os custos na cidade dele, o que vocês pretendem fazer quando se encontrarem. Isso ajuda a ter tempo para poupar dinheiro e delimitar a frequência ideal para o casal se ver pessoalmente”, afirmou Zucato. Para a renda extra, a dica é que os casais utilizem alternativas digitais para ganhar dinheiro a mais no fim do mês. Uma alternativa, segundo a especialista, é o chamado "despacho compartilhado". “Existem no mercado aplicativos onde viajantes podem ganhar dinheiro por meio do ‘despacho compartilhado’: usuários conseguem comprar produtos de determinado país e são os próprios viajantes que levam as mercadorias na mala para os consumidores, em troca de uma comissão", disse Zucato. Por fim, para os casais que já estão cansados da distância e querem dar os próximos passos, como morar juntos ou casar, é recomendado mapear os possíveis gastos e investimentos para que esse desejo vire realidade. “Ao abrir esse diálogo, o casal precisa imediatamente falar sobre dinheiro. Sonhar é legal, mas o sonho sem a possibilidade de realização é a receita para o fracasso e frustração de expectativa”, acrescentou a empresária. Escute o episódio especial de Dia dos Namorados do podcast Educação Financeira, do g1: Saiba qual é seu verdadeiro status antes do Dia dos Namorados Veja Mais

Mudanças climáticas influenciam na adoção de agropecuária mais sustentável, diz autor de estudo internacional

G1 Economia Práticas sustentáveis como plantio direto, sistemas integrados e recuperação de pastagem têm potencial de reduzir emissões de gases do efeito estufa no Brasil, diz pesquisador. Sistema de plantio direto é uma das práticas consideradas mais sustentáveis Fundação ABC As mudanças climáticas já estão entre os principais fatores que levam produtores a adotarem uma agropecuária mais sustentável. É o que aponta um dos autores de um estudo recém-publicado por pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), na revista Journal of Cleaner Production, dos Estados Unidos. ???? Acesse a comunidade do g1 Piracicaba no WhatsApp O autor do estudo, que também está vinculado ao Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON) e Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), da USP, revela que 60% das áreas de pastagem do país estão em algum grau de degradação, mas que o país tem potencial para recuperá-las por meio de práticas de uma produção mais sustentável. Em entrevista ao g1, Maurício Roberto Cherubin, professor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq e vice-diretor do CCARBON, explicou como essas práticas tornam a agropecuária mais resistente a eventos extremos e geram maior retorno financeiro ao produtor. Ele também alertou que a quantidade de dados sobre emissões de gases do efeito estufa é baixa no Brasil e é necessário maior investimento nesses estudos. Confira abaixo, em perguntas e respostas: Maurício Roberto Cherubin, professor doutor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq Gerhard Waller Qual é a importância da publicação na Journal of Cleaner Production? ???? Cherubin explica que o estudo sintetiza o conhecimento existente, até o momento, em relação a emissão de gases de efeito estufa no sistema agropecuário. "Nós temos uma série de sistemas agrícolas e pecuários ou agropecuários que podem, desde que adotadas práticas de manejo, serem sistemas mais sustentáveis ou que impactem menos em termos de impactos ambientais mesmo. E podem ser de fato algo benéfico inclusive na mitigação das mudanças climáticas", explica. O professor acrescenta que a publicação compila dados que são úteis para uma série de ações. "Inclusive para o próprio governo utilizar nos inventários nacionais de gases do efeito estufa. São úteis para empresas ou o setor privado utilizar em projetos de carbono, são úteis para outras pesquisas, são úteis para investimentos, para que promovam a adoção de práticas de manejo na agropecuária que impactem menos o meio ambiente". Solo que possui plantio direto e também rotatividade Agricult Qual é o potencial do Brasil para mitigação desses gases? ???? Segundo o pesquisador, o Brasil já é um país internacionalmente reconhecido como referência no uso de práticas mais sustentáveis na agropecuário, que também são chamadas de conservacionistas. "Nós temos uma área de plantio direto que supera 35 milhões de hectares. Isso é basicamente o tamanho da Alemanha em território. A evolução dessa área de plantio direto em sistema ainda mais conservacionistas é a integração de pecuária e eventualmente floresta. E aí o Brasil também é protagonista. O país já tem cerca de 17 milhões de hectares com algum sistema conservacionista, o que representa cerca de cinco vezes o tamanho da Bélgica". Para ele, o país ainda tem um "potencial enorme" para expandir essas práticas. Um dos dados que ele cita é que os 35 hectares em plantio direto estão incluídos em um território de quase 80 milhões de hectares de plantações. "Então, nós temos metade da área ainda para evoluir com o uso dessas práticas em agricultura. E particularmente em pecuária, em pastagem, hoje, estima-se que nós temos cerca de 60% das áreas de pastagem do país que estão em algum grau de degradação. Isso dá 110 milhões de hectares. Assim, o país tem uma oportunidade enorme de recuperar essas pastagens. E essas áreas, então, se tornarem drenos de carbono, sequestrar carbono e reduzir emissões". O efeito estufa está ligado à emissão de dióxido de carbono (CO?), metano (CH?) e óxido nitroso (N?O). Cherubin explica que mudar de uma pastagem degradada para um sistema integrado (mais sustentável) reduz a emissão óxido nitroso, numa faixa de mais ou menos 1 ,6 quilo por hectare por ano. "Essa mudança de manejo também tem um efeito positivo sobre a emissão de metano", pontua. Maurício Roberto Cherubin foi premiado por trabalhos nas áreas de crédito de carbono e agricultura regenerativa. Gerhard Waller O produtor vê benefícios a ponto de adotar essas práticas? ???? "Eu sou bastante otimista nesse ponto. Eu tenho circulado por vários lugares do país e estou sentindo uma grande receptividade pelos produtores, consultores, técnicos da iniciativa privada. Antigamente, havia uma certa repulsão ao assunto mudanças climáticas. Hoje, estou sentindo uma ótima receptividade para escutar, para pensar sobre o assunto, e principalmente eu vejo um cenário muito positivo para os produtores adotarem as práticas", aponta o professor. Ele cita dois motivos pelos quais isso tem ocorrido: "O primeiro motivo é que utilizar essas práticas faz com que o produtor produza mais e tenha mais renda. Há uma série de iniciativas no país, públicas e também privadas, fomentando o uso das práticas para produzir mais, produzir melhor, rentabilizar em cima disso. E a redução das emissões dos gases do efeito estufa e o sequestro de carbono, principalmente no solo, são consequências desse processo", detalha. O segundo motivo, segundo o pesquisador, são os efeitos das mudanças climáticas. Ele cita uma série de exemplos recentes, como as inundações no Sul, comprometimento da safra da soja no Mato Grosso pela falta de chuva, uma das maiores estiagens no bioma amazônico ano passado, além do registro do ano mais quente da história em 2023. "Nós estamos vendo no país inteiro exemplos muito claros e inequívocos de que o clima está mudando e mudando muito rápido [...] Todos esses aspectos, e considerando que a agropecuária é um dos setores mais vulneráveis a essas mudanças climáticas, tem feito o produtor repensar. Tornar o sistema de produção dele mais resiliente a esses eventos extremos", afirma. Por outro lado, o professor alerta que se não forem adotadas práticas de manejo como essas, que garantem maior resistência e resiliência do sistema de produção a secas e período de chuva mais intenso, a perspectiva é de que haverá "muita dificuldade de continuar fazendo agricultura como nós fazemos hoje". Imagem de drone feita em 13 de maio mostra inundação em Porto Alegre Reuters/Adriano Machado Qual é a importância de investir mais em medições e estudos? ???? Cherubin aponta que, durante a revisão de estudos, foi possível perceber que há "uma lacuna muito grande de dados no Brasil". "Tem regiões que têm muito pouco dado, dados muito incipientes ainda. Na região do semiárido, praticamente não tem informações. O Cerrado, por toda a relevância que tem, tem poucos dados. No Pampa brasileiro, que pega o estado do Rio Grande do Sul, tem uma enorme importância em termos de biodiversidade, mas tem poucos dados. A própria Amazônia tem alguns dados na borda da Amazônia com o Cerrado, mas ainda há uma carência de informações muito grande", exemplifica. Ele alerta para a necessidade de investimento público no fomento à pesquisa nesse assunto. "Se nós não tivermos os dados, a gente não consegue prever qual é o impacto de uma prática adotada. O governo tem dificuldade para assumir um compromisso de redução das emissões porque não sabe se ele vai conseguir cumprir ou não. Uma empresa não tem segurança de propor um projeto de crédito de carbono, porque não sabe quanto que aquela prática de manejo contribui ou não contribui", exemplifica. O professor relata que participou da criação do CCARBON, que é um Centro de Estudos de Carbono e Agricultura Tropical da USP voltado exatamente para este tipo de estudos, localizado na Esalq, em Piracicaba, com financiamento da Fapesp e iniciativa privada. "Nós estamos muito envolvidos para fazer essas pesquisas, essas medições, essas extrapolações e ajudar o país a melhorar a sua imagem internacionalmente, e também contribuir, de fato, para melhoria ou atenuação dessas crises que são globais, como aquecimento global, como a insegurança alimentar", finaliza. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba Veja Mais

Cavalo que fica entediado pode ter problemas de saúde

G1 Economia O cavalo é um animal que foi adaptado para correr e interagir com o ser humano em diversas atividades. Ficar preso, em lugar fechado, pode trazer riscos à sua saúde. Cavalo que fica entediado pode ter problemas de saúde Reprodução/TV TEM Você já ouviu falar de cavalo entediado? Pois é, acontece, e o criador precisa se preocupar com isso. Quando não está bem, o animal dá sinais, e o melhor é se antecipar, criando um jeito de evitar o problema. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em um haras de Araçatuba (SP), os cavalos permanecem nas baias apenas durante uma parte do dia. Eles são soltos no pasto bem cedo, onde podem se locomover à vontade. Isso faz parte de uma estratégia para evitar uma rotina que possa deixar o animal ocioso. No local, existem cerca de 40 animais. Alguns deles pertencem a Adriano Carani, que cria equinos há mais de quatro décadas. Já outros, são de clientes que alugam o espaço. De acordo com ele, os bichos não se acostumam com locais fechados. “Tem cavalo que não aguenta ficar trancado. Eles querem correr, ficam estressados. Um dos motivos de termos cavalos calmos é porque eles ficam livres. Correm a hora que quiser, mas cada treinador e cada rancho tem o seu sistema”, conta. A veterinária Marina Carani explica que o comportamento pode fazer com que os cavalos tenham aerofagia, que é o ato de engolir o ar. “O cavalo é um animal muito brincalhão. Ele gosta de interagir, se ele não tiver isso, ele definitivamente vai ficar mais estressado, mais agitado. Um cavalo ocioso vai fazer com que ele desenvolva síndromes de estresse, como a aerofagia”, explica. Veja a reportagem exibida no programa em 16/06/2024: Cavalo que fica entediado pode ter problemas de saúde VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Responsável por mais de 40% da produção de inhame do país, ES antecipa a colheita por causa do calor

G1 Economia Aumento na temperatura muda comportamento de produtores pelo segundo ano consecutivo, mas estado se mantém no topo da produção nacional. Responsável por mais de 40% da produção de inhame do país, ES antecipa a colheita por causa do calor. Espírito Santo TV Gazeta A cultura do inhame no Espírito Santo se destaca pela geração de novas oportunidades de negócios, além de emprego e renda para as famílias rurais. O estado é líder nacional na produção do tubérculo, responsável por 44% do que é colhido no Brasil. No último ano, a produção foi de aproximadamente 98,5 mil toneladas. A colheita costumava começar em maio e seguir até outubro, mas o processo foi antecipado devido as altas temperaturas. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Cerca de 30 municípios produzem inhame capixaba. Alfredo Chaves, no Sul do Espírito Santo, lidera com 28,4% da produção, seguido por Laranja da Terra (27,8%) e Marechal Floriano (9,8%). ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O produtor rural Jandir Gratieri, detentor da marca 'O Rei do Inhame', tem o cultivo na família, transmitido de geração em geração. Seu bisavô, Francesco Eugenio Gratieri, chegou à região em 1983, e encontrou os inhames nativos das Américas. ES produz mais de 40% de inhame do país e colheita é antecipada por causa do calor Nas terras da família, que ficam em São Bento de Urânia, em Alfredo Chaves, são seis hectares plantados com o tubérculo. Em três deles, a colheita já está sendo feita. Para ele, época de colheita é sinônimo de muito trabalho. "A rotina é levantar 4h, 4h30, quando passa disso o dia já não rende. A mão de obra é familiar, braçal. A mulher da gente que acompanha, e agora tem a estagiária que nos ajuda", falou o produtor rural. A estagiária a qual ele se refere é a Kennya Litting. A estudante está no terceiro ano do ensino médio, integrado ao curso de técnico em agropecuária, e estuda na Escola Família Agrícola de Olivânia, em Anchieta, também no Sul do estado. A jovem buscou a propriedade justamente por ser referência na produção do tubérculo. "Eu já aprendi muita coisa, coisas que eu nem imaginava sobre as novas culturas do inhame, culturas antigas que eu nem sabia que existiam e, principalmente, a diferença do inhame para o cará. Para fazer o estágio aqui, eu tenho que fazer um relatório e é muito difícil achar referências corretas", falou a estudante. Responsável por mais de 40% da produção de inhame do país, ES antecipa a colheita por causa do calor. TV Gazeta Além de produtor, Jandir é pesquisador e diretor-executivo da Associação dos Produtores de Inhame. Ele explica que a colheita costumava começar no mês de maio e seguir até outubro. Mas, pelo segundo ano consecutivo, o processo precisou ser antecipado, começando em março. O motivo são as mudanças climáticas que afetam o mundo inteiro e, na região, fizeram com que as temperaturas amenas perdessem espaço para o calor, ocasionando no desenvolvimento mais rápido do inhame. O risco era de que a produção ficasse perdida, se a colheita não fosse antecipada. "A planta é muito inteligente, quando ela sente que tá num período que vai entrar seca, ela já sente, então tem que formar rapidamente a parte do tubérculo e a copa porque quando entrar um intempérie, já estará pronta. Hoje, o inhame passando dos oito meses já começa a deteriorar e a perder água. Então, se o produto antecipou, você tem que antecipar. Ou então ele vai ficando aguado e para o comércio fica péssimo", explicou. No campo, Jandir segue com as pesquisas de melhoramento da cultura. "A gente avalia o comportamento da planta, como foi a produtividade, o vigor, se a colheita foi híbrida e se não foi. Também consideramos se planta tem perfil de plantio de produção ou plantio de florescimento, ou seja, se é necessário a ela estar aqui para as futuras gerações, por ser rígida e tolerante a pragas e doenças e aguentar as intepéries", pontuou. O produtor rural Jandir Gratieri, detentor da marca 'O Rei do Inhame', tem o cultivo na família, transmitido de geração em geração. TV Gazeta O trabalho de produtores como o Jandir faz São Bento de Urânia ser responsável por 80% da produção do município de Alfredo Chaves. A maioria vem da agricultura familiar. Apesar dos impactos das mudanças climáticas e graças a adaptação dos produtores, a safra de 2024 também deve terminar antes do previsto e promete ser boa. Jandir já conseguiu colher 3 mil caixas de 20 quilos cada, e espera conseguir outras duas mil até agosto. "50% do que a gente colher vai para o Rio de Janeiro, 40% vai para Belo Horizonte e o restante é consumido no mercado capixaba. Realmente os tubérculos estão bem nutridos, nós estamos acima da média da produção nacional que é de 15 toneladas por hectare e a nossa é 35", disse Jandir. Uso de tecnologia Responsável por mais de 40% da produção de inhame do país, ES antecipa a colheita por causa do calor. TV Gazeta Além do conhecimento e pesquisa sobre as características do produto, o uso de tecnologias agrícolas avançadas, como sistemas de irrigação eficientes, práticas de manejo integrado de pragas e variedades melhoradas geneticamente têm aumentado a produtividade e a qualidade do inhame capixaba. “O inhame é mais um assunto que dá mérito ao protagonismo do Espírito Santo na produção agrícola. Entre os mais de três mil estabelecimentos rurais que produzem a raiz no Estado, 88% são da agricultura familiar. A produção estadual abastece principalmente o mercado interno, mas também avançamos no comércio exterior. No ano passado, o inhame capixaba chegou a 19 países, sendo Estados Unidos e Reino Unido os principais consumidores”, ressaltou o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli. Responsável por mais de 40% da produção de inhame do país, ES antecipa a colheita por causa do calor TV Gazeta Segundo a Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura (Seag), a renda rural gerada com a produção de inhame no ano de 2022 foi de R$ 363,8 milhões (1,5% do Valor Bruto de Produção Agropecuária) no grupo de olericultura, sendo o segundo maior valor gerado depois do tomate (R$ 587 milhões). Naquele mesmo ano, a produção atingiu 107,6 mil toneladas, o maior já registrado no Estado, em uma área de 3,3 mil hectares. Valor nutritivo e energético Responsável por mais de 40% da produção de inhame do país, ES antecipa a colheita por causa do calor. Espírito Santo TV Gazeta Originário do sudeste asiático, o inhame é plantado desde a antiguidade. O tubérculo possui elevado valor nutritivo e energético, contendo vitaminas e sais minerais, contém grânulos pequenos, assim é um alimento de fácil digestibilidade. O inhame desempenha um importante papel na alimentação dos brasileiros, por ser uma raiz tuberosa versátil e nutritiva amplamente consumida em diversas regiões. E nesse quesito, o Espírito Santo protagonista, visto que boa parte da produção nacional tem origem do solo capixaba. Indicação Geográfica Responsável por mais de 40% da produção de inhame do país, ES antecipa a colheita por causa do calor. Espírito Santo TV Gazeta Somente podem utilizar o selo da Indicação Geográfica São Bento de Urânia os inhames da variedade São Bento. Essa variedade foi registrada como cultivar no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2008, pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). LEIA TAMBÉM: Maior exportador de gengibre do Brasil aposta na qualidade para enfrentar produto chinês que entrou no mercado Com mais de 100 variedades testadas, produtores apostam na produção de pitayas no Sul do ES Filhos de produtores modernizam o campo e apostam na sustentabilidade para produção de café especiais Dentre as variedades de inhame plantadas em território capixaba estão o Inhame Chinês; Inhame Branco do Brejo; Inhame Rosa Italiano. Atualmente, a região também conta com o Inhame São Bento, genuinamente capixaba, que apresenta produtividade superior às outras variedades. O inhame já faz parte da economia e da cultura de São Bento de Urânia. Além da importância comercial, desde 2007, é realizada anualmente a Festa do Inhame, que comemora o início do ciclo da colheita no município. Responsável por mais de 40% da produção de inhame do país, ES antecipa a colheita por causa do calor. Espírito Santo. TV Gazeta Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Veja Mais

Em evento no interior de SP, Alckmin (PSB) afirma que governo deve fazer revisão de gastos: 'Devemos ter cortes'

G1 Economia Vice-presidente esteve em Campos do Jordão (SP), na Serra da Mantiqueira, para participar de um congresso neste sábado (15). Em evento no interior de SP, Alckmin (PSB) afirma que governo deve fazer revisão de gastos: 'devemos ter cortes'. Reprodução/TV Vanguarda O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), esteve em Campos do Jordão, cidade localizada na Serra da Mantiqueira, no interior de São Paulo, para participar de um congresso na tarde deste sábado (15). Em entrevista coletiva, ele abordou a revisão de gastos do governo e defendeu a reforma tributária e o combate à sonegação de impostos. O político participou do 17º Congresso do Transporte Rodoviário de Cargas da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP), onde palestrou. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Durante a entrevista, o Alckmin foi questionado pela imprensa sobre a revisão de gastos do governo, pra saber de prazos e o que deve ser impactado. Apesar de não ter definições, o vice-presidente afirmou que o governo deve fazer cortes em breve. “Olha, não tem nenhuma definição ainda de data, mas o fato é que nós devemos procurar ter cortes no curto prazo - medidas que têm resultado mais rápido -, no médio e no longo prazo, porque você precifica. Mesmo que eu tenha uma medida que vai se estender por vários anos, mas você traz o valor presente”, afirmou. Alckmin (PSB) afirma que governo deve fazer revisão de gastos: 'Devemos ter cortes' Na sequência, Alckmin comentou sobre as metas do arcabouço fiscal e falou sobre quais planos deve seguir para evitar o descontrole das contas públicas. “De um lado, precisamos melhorar a arrecadação, combatendo a sonegação. Esse é o caminho. O outro é reduzir gastos. E, ao expandir, fazer a revisão de despesas, analisar a eficiência de cada investimento, fazer mais com menos dinheiro”, declarou Alckmin. Ainda durante a coletiva com os jornalistas, ele foi questionado sobre a reforma tributária e defendeu a medida, alegando que a reforma pode simplificar os impostos. “Ela (a reforma tributária) tem o benefício de simplificar. Você vai unir cinco impostos sobre consumo: IPI, PIS, Cofins, ISS e ICMS no IVA (imposto sobre o valor agregado) do álcool. Ela simplifica. E ela acaba com a cumulatividade de crédito. Ela desonera totalmente a exportação e desonera totalmente o investimento. Então, estimula a crescer a exportação e o investimento”, afirmou o vice-presidente. “Os estudos do Ipea mostram que em 15 anos a reforma tributária pode aumentar em 12% o PIB e em 14% os investimentos e as exportações. Ela precisa ser bem regulamentada. O mais difícil foi aprovar a reforma tributária. Ela será gradual, então ela vai ser implantada, mas os benefícios já começam sobre a questão fiscal”, completou. Ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, afirmam que governo vai revisar despesas Revisão de despesas O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última quinta-feira (13) que a equipe econômica do governo vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos, e que deve focar, nas próximas semanas, na revisão de despesas. O ministro da Fazenda deu as declarações depois de o mercado financeiro ter reagido negativamente a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou na quarta-feira (12) não pensar a economia do país de forma apartada de medidas voltadas ao desenvolvimento social. "Eu tenho dito isso, queremos também rever o gasto primário, estamos dispostos a cortar privilégios. Já voltaram à tona vários temas que estão sendo discutidos de novo, o que é bom, como supersalários, como correção de benefícios que estão sendo praticados ao arrepio da lei, melhoria dos cadastros, isso voltou para mesa, e nós achamos que é ótimo isso acontecer porque vai facilitando o trabalho de entregar as contas", declarou Haddad. Após a declaração de Lula na quarta, o dólar subiu, avançou 0,86%. Na quinta, depois que Haddad falou em revisão de gastos, a moeda interrompeu uma sequência de alta. Às 12h54, o dólar operava em queda de 0,56%, cotado a R$ 5,4066. Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a revisão dos gastos do governo faz do planejamento para o ano de 2025, cujo projeto de lei orçamentária deve ser enviado em agosto. "Quando nós estamos falando de gastos tributários, de revisão desses gastos --seja pela ótica da qualidade dos gastos públicos, seja pela ótica do corte de gastos públicos--, nós estamos trabalhando por um futuro que está chegando, que é o ano de 2025", afirmou. Câmara cria grupos de trabalho para análise da reforma tributária; Bruno Carazza comenta Reforma tributária A proposta de emenda constitucional da reforma tributária sobre o consumo foi aprovada no fim do ano passado, e promulgada pelo Congresso Nacional. No texto, pontos importantes, como o fim da cumulatividade, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Entretanto, vários temas sensíveis, entre eles o "cashback", ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação (detalhamento) de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nos últimos meses. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 47 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 224 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (15), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.737 da Mega-Sena e 155 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 224 milhões. Criada há mais de dois anos, a loteria nunca teve ganhador no prêmio principal. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega-Sena: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Clique aqui para apostar. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 47 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (13), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Nova presidente da Petrobras troca diretores de exploração, engenharia e relação com investidores

G1 Economia Indicações ainda serão submetidas à burocracia interna da Petrobras e passarão pelo crivo do Conselho de Administração da companhia. A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, indicou nesta sexta-feira (14) três nomes para compor a diretoria da estatal. As indicações ainda serão submetidas à burocracia interna da Petrobras e passarão pelo crivo do Conselho de Administração da companhia. Veja os nomes: Renata Baruzzi para a diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação; Sylvia dos Anjos para a diretoria de Exploração e Produção; Fernando Melgarejo para a diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores. Nova presidente diz que Petrobras precisa ser rentável e equilibrar interesses de todos os acionistas As indicadas vão substituir os diretores Carlos Travassos (engenharia) e Joelson Falcão Mendes (exploração). Os dois faziam parte da antiga composição da diretoria sob o comando de Jean Paul Prates, demitido em maio. Já Fernando Melgarejo vai entrar no lugar de Carlos Alberto Rechelo Neto, que estava comandando a diretoria financeira de forma interina, depois da saída de Sergio Caetano Leite — destituído durante o processo de demissão de Prates. Leite é próximo do ex-presidente da estatal. Os dois eram sócios em algumas empresas, nas quais Prates detinha participação antes de assumir a Petrobras. Sua saída foi uma das primeiras mudanças na petroleira sob novo comando. Os diretores atuais vão permanecer no cargo até que os indicados passem pelo processo de governança da Petrobras, anterior à aprovação dos nomes. "Alterações na composição da diretoria são naturais do processo de gestão da mudança e em nada desabonam a competência e o comprometimento dos colegas que saem", disse Magda Chambriard em nota. Quem são os novos diretores? ?? A nova diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, é funcionária de carreira da Petrobras. Baruzzi tem graduação em Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), especialização em Gestão Estratégica de Tecnologia pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e em Administração pelo IBMEC. ?? Sylvia dos Anjos, que vai comandar a diretoria de Exploração e Produção, também ocupou cargos na Petrobras ao longo da carreira. Ela é formada em Geologia pela Universidade Federal do do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado em Geologia pela University of Illinois, nos Estados Unidos, e PhD pela mesma universidade. ?? Fernando Melgarejo é funcionário do Banco do Brasil e, desde 2022, comanda a diretoria de Participações da Previ. Ele tem graduação em Ciências Econômicas pela União Educacional de Brasília (UNEB), pós-graduado em Negócios Internacionais pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e mestrado em Economia de Empresas pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Veja Mais

'Prévia do PIB' do Banco Central mostra estabilidade em abril

G1 Economia Indicador mostrou melhora na comparação com março, quando foi registrada retração. Na parcial do ano, houve crescimento de 2,08% e, em doze meses até abril, de 1,81%. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central do Brasil, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou expansão de 0,01% em abril, na comparação com o mês anterior, informou a instituição nesta sexta-feira (14). O resultado foi calculado após ajuste sazonal – um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes. O dado, divulgado nesta sexta, mostra estabilidade do indicador em abril. A expansão marginal da prévia do PIB em abril deste ano foi registrada após uma retração de 0,36% em março. Na comparação com abril do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 4,01%. Na parcial dos quatro primeiros meses deste ano, cálculo feito sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais, houve um crescimento de 2,08%. Já em 12 meses até abril, o indicador apresentou crescimento de 1,81%. Nesse caso, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal. PIB do Brasil sobe 0,8% no 1° trimestre de 2024; Bruno Carazza comenta PIB e IBC-Br O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social. Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 2,09% para o PIB – com desaceleração frente ao resultado do ano passado (+2,9%). Já para 2025, a expectativa é de um crescimento de 2%. Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE. O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a taxa está em 10,50% ao ano após sete cortes seguidos de juros. Veja Mais

Chuvas no RS: é possível recuperar carros inundados?

G1 Economia Veja quais são as condições e o passo a passo para deixar seu automóvel em condições de rodar. 'Cemitério de carros' após enchente no RS Reprodução/RBS TV 1 As enchentes no Rio Grande do Sul impactaram não só casas e comércios, mas também muitos veículos. Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) mostram que, com a tragédia, foram registrados 8.216 sinistros de automóveis — um total de R$ 557,4 milhões em indenizações. Os números finais, no entanto, tendem a ser ainda maiores, uma vez que entram na conta da CNSeg apenas os veículos com seguro. O Detran-RS, responsável pela fiscalização do trânsito no estado, ainda não concluiu seu levantamento sobre os impactos do desastre. Nesta reportagem, você vai entender como funciona a cobertura dos seguros de automóveis e em quais casos — e de que forma — seu carro pode ser recuperado após ser atingido por enchentes. Veja nos tópicos abaixo: Meu carro foi atingido. O que fazer? Quando o carro pode ser recuperado? Como é feita a recuperação? (passo a passo) Quanto tempo demora a indenização? Meu carro foi atingido. O que fazer? O vice-presidente de Auto da Alper Seguros, Antonio Azevedo, explica que o primeiro passo é saber se a sua apólice contempla a cobertura para danos provenientes de causas naturais, como vento, quedas de árvores e objetos, chuva de granizo, raios, incêndio e deslizamento de terra. Na maioria dos contratos básicos, a proteção contra eventos climáticos como o do Rio Grande do Sul já está contemplada. Existe uma jurisprudência sobre o tema, e as seguradoras, portanto, são obrigadas a ressarcir perdas nesse cenário, segundo o especialista. “Quando o cliente contrata o seguro, a assistência já está inclusa, qualquer que seja a situação, inclusive catástrofe. Geralmente, não existe cláusula excludente de assistência”, diz. Para o ressarcimento, contudo, o condutor precisa ter contratado o seguro total. Planos de coberturas parciais deixam o cliente desprotegido. Nesse caso, os condutores que optaram apenas por cobertura a terceiros ou incêndio e roubo, por exemplo, não serão ressarcidos. Quando o carro pode ser recuperado? Para veículos atingidos por causas naturais, as seguradoras costumam adotar o que está estabelecido em seus contratos. Caso os danos somem mais do que 75% do valor do automóvel — resultando no conhecido PT (perda total) — o ressarcimento é de 100% do valor da Tabela Fipe (ou outro valor estipulado na apólice). “Para o carro ser recuperado, o valor dos prejuízos [ou seja, do conserto] não pode ultrapassar 75% do valor do veículo. Se o orçamento da recuperação do veículo ultrapassar esse montante, a seguradora será obrigada a declarar perda total, e nesse caso não haverá possibilidade de recuperar o carro” explica Azevedo. LEIA MAIS: Indenizações de seguros chegam a R$ 1,6 bilhão após cheias no RS; 8 mil veículos sofreram danos Enchentes danificaram 200 mil veículos no RS, afirma consultoria; prejuízos somam R$ 8 bilhões Setor automotivo estima em R$ 1,5 bilhão prejuízos causados por inundações no RS Como é feita a recuperação? Motor com ferrugem após inundação Alexandre Dias/ Arquivo pessoal Uma vez autorizada a recuperação do carro, os procedimentos começam pela análise dos danos e pela elaboração de orçamento, explica Alexandre Dias, dono da rede de oficinas Guia Norte Auto Center, que atende clientes de sete seguradoras. Ainda segundo Dias, a execução do serviço começa somente após a aprovação de um laudo final. Veja abaixo o passo a passo: 1ª checagem: motor A primeira análise feita no veículo é a do motor. “Quando a enchente sobe até a metade da roda do carro, não tem problema nenhum. O perigo é quando ela passa desse ponto. Quando a água sobe até a altura do volante ou mais, fica muito complicado recuperar”, afirma o mecânico. No processo, existem dois cenários: se o carro estava ligado ou desligado quando foi tomado pela água. Em caso positivo, “o risco de não recuperação é multiplicado por cem”, diz Dias. “Isso porque, quando ele está ligado, o propulsor aspira água e pode ocorrer uma trava do motor [conhecido como calço hidráulico]." Se o carro não estava ligado, o cenário é um pouco melhor. Mesmo assim, é somente na oficina mecânica que se consegue ter a certeza do conserto. Segundo Alexandre Dias, caso já tenha entrado água no sistema, ela se misturará com óleo, causando justamente o calço hidráulico. Caso o motorista, após dar a partida, perceba que está saindo água do escapamento, a orientação de Dias, que também é representante do Comitê Nacional da Bosch Car Service, rede com mais de 300 oficinas no estado de São Paulo, é desligar o carro imediatamente. “Viu que o carro está cuspindo água pelo escapamento? Pare! Isso não pode acontecer de jeito nenhum", diz. "Se ele está soltando água pelo sistema de escape é porque tem água no interior do propulsor. O procedimento correto é abrir o motor antes de ligar e não insistir na partida." 2ª checagem: transmissão Parte importante do conjunto motriz, o câmbio automático possui um sistema de inteligência que é operado por módulos. Cada vez mais os carros carregam tecnologias caras e complexas em seus sistemas de transmissão. Por isso, a segunda checagem é feita no câmbio: “Se entrou água, é perda total”, afirma Alexandre Dias, da Guia Norte Auto Center. Segundo ele, se o motor e o câmbio estiverem em pleno funcionamento, o correto é desmontá-los para limpar e substituir o óleo lubrificante dos dois equipamentos. Além disso, é preciso trocar os filtros de combustível, óleo e ar. 3ª checagem: módulos Com os automóveis cada vez mais dependentes de tecnologias como módulos e chips, substituí-los é um processo fundamental para que o carro não apresente problemas futuros. “Tudo começa com a troca do módulo de carroceria. Ele funciona como o nosso cérebro, que dá ordens para que outros módulos funcionem. Quando há morte cerebral, é certeza que os outros órgãos vão parar logo na sequência. O mesmo ocorre com o módulo de carroceria: quando ele está com problema, todos os outros queimam em sequência”, exemplificou Dias. Módulo de carroceria fica logo abaixo da coluna de direção Alexandre Dias/ Arquivo pessoal 4ª checagem: parte elétrica Depois de checar o “módulo-mãe”, chega a hora de testar toda a parte elétrica restante do automóvel (cabos, conectores, chicotes) e, a partir daí, fazer a limpeza do sistema, sem esquecer de lubrificar as conexões, evitando assim, oxidação no futuro. “Como muitos carros já são dotados de computador de bordo, após a inspeção elétrica, é necessário fazer um diagnóstico com o scanner para saber quais outras falhas o próprio carro já identificou para que possamos reparar", afirma Dias. 5ª checagem: limpeza do interior Além da parte técnica, outro trabalho que deixa a mão de obra bastante cara é a limpeza de interior: painel de porta, bancos de couro ou tecido, cintos, tecido de teto, carpete. Ou seja, tudo que compõe o interior do automóvel precisa ser profundamente higienizado com produtos químicos para evitar contaminações e odores desagradáveis. Essa limpeza só pode ser realizada com a desmontagem total das forrações, elevando o tempo e preço do serviço. Entretanto, segundo Dias — que já recebeu em sua oficina aproximadamente dez carros das enchentes do Rio Grande do Sul —, mesmo fazendo um bom trabalho, é raro deixar o carro como antes. “O carro nunca mais ficará igual ao que era. É impossível! A espuma dos bancos é grossa e cheia de camadas. Uma hora ou outra o cheiro de lama vai voltar. Soma-se a isso o fato de que existem locais que não tem como limpar por completo, como nos dutos de ar-condicionado ou nas dobradiças das portas." De acordo com o reparador, todos os carros do Rio Grande do Sul que passaram por sua oficina tiveram a Perda Total decretada. “Vamos usar um Jeep Compass como exemplo. Esse SUV tem cerca de sete a oito módulos e cada um custa, em média, R$ 8 mil, fora o custo das outras manutenções. É só fazer as contas que dá para perceber que não vale a pena recuperar o veículo”, finalizou. Quanto tempo demora a indenização? Antonio Azevedo, vice-presidente da Alper, afirma que o período necessário para a indenização depende da rapidez com que o segurado reúne os documentos necessários. Nos casos do Rio Grande do Sul, onde muitos perderam essas identificações, é preciso correr: a maioria das apólices exige que o sinistro seja aberto até 30 dias após a ocorrência. O pagamento, por sua vez, costuma ser mais rápido: “Com prejuízo já apurado acima de 75% e documentação em ordem, o prazo é de até 15 dias para a indenização ser liberada”, conclui. Veja Mais

Haddad e Tebet passarão pente-fino na revisão dos gastos públicos

G1 Economia Ana Flor: Haddad e Tebet passarão pente-fino na revisão dos gastos públicos Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e Planejamento, Simone Tebet, decidiram que as duas pastas farão reuniões diárias para passar um pente-fino no trabalho de revisão dos gastos públicos. A agenda ficou acertada no encontro da manhã desta quinta-feira (13) entre Haddad e Tebet. A ministra levou ao colega uma lista de ações já em curso, inclusive com estimativas de R$ 10 bilhões em economia neste ano com combate a fraudes e melhor eficiência de serviços. A medida também foi uma reação de Haddad ao impacto dos embates dos últimos dias, em que a Medida Provisória que tratava de créditos de PIS/Cofins foi devolvida. Veja Mais

Contas públicas não são problema 'só do presidente Lula', diz Pacheco em meio a derrotas do Planalto

G1 Economia Nesta semana, presidente do Senado devolveu a medida provisória do governo que alterava regras do PIS/ Cofins para compensar a desoneração da folha de pagamento. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que fará revisão 'ampla' dos gastos públicos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (13) que as contas públicas não são um problema "só do presidente Lula". A declaração ocorre após a rejeição de uma medida provisória do Palácio do Planalto, que buscava mudanças no PIS/ Cofins para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. O próprio Pacheco, como presidente do Congresso, exerceu o direito constitucional de devolver a medida, por entender que o texto não preenchia os pré-requisitos legais. Pacheco destacou a necessidade de um esforço conjunto entre os poderes Legislativo e Executivo para solucionar os desafios fiscais do país. "Quero ter conversa com o poder Executivo, com a colaboração de todos. Não é problema só do presidente Lula, é problema do Brasi, e nós, do Legislativo, temos que colaborar com enxugamento de gastos e fontes de renda sustentáveis", afirmou Pacheco A recente rejeição da MP gerou preocupação sobre a capacidade do governo de implementar sua agenda e controlar o déficit fiscal. Pacheco afirmou que, em sua opinião, a intenção de Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é a "melhor possível". A MP do PIS/Cofins, essa discussão pode haver, mas não como compensação da desoneração, que deve ser para já. É legítima a discussão, mas não dá para esperar por causa da desoneração. MP não caiu muito bem no Congresso. De nada adianta o conflito, temos que buscar consenso e união. Sei que a intenção do Lula é a melhor possível, do Haddad a melhor de combater o déficit. Pode haver dúvida sobre os caminhos. Mas o objetivo é comum de nós todos", completou Pacheco. Veja Mais

Lula sai em defesa de Haddad e diz desconhecer 'pressão' sobre o ministro da Fazenda

G1 Economia Ministro tem sido alvo de desconfiança do mercado. Lula disse que Haddad é 'extraordinário' e que, no Brasil, é natural que o titular da Fazenda esteja no centro dos debates. O presidente Lula desembarcou em Genebra na manhã desta quinta-feira (13) TV Globo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu nesta quinta-feira (13) em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a quem classificou como "extraordinário". Lula também disse desconhecer pressão sobre o titular da equipe econômica. O petista deu as declarações em Genebra, na Suíça, depois de participar de um evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT). De acordo com a colunista do g1 Andréia Sadi, o ministro da Fazenda vem recebendo pressão de setores do PT e também tem sido questionado pelo mercado financeiro acerca de sua capacidade para concretizar a agenda econômica do governo. "Não tem nada com o Haddad, ele é extraordinário ministro, não sei qual é a pressão contra o Haddad. Todo ministro da Fazenda, desde que eu me conheço por gente, ele vira o centro dos debates, quando a coisa dá certo, quando a coisa não dá certo", declarou o presidente da República. Nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu para o governo uma polêmica medida provisória enviada ao Congresso pela equipe econômica. O texto, defendido por Haddad e secretários, alterava regras do PIS/Cofins para elevar receitas e compensar as despesas com a desoneração da folha de pagamentos. Antes de ser devolvida, a MP foi muito criticada por empresários, que disseram que o texto geraria inflação. Nesta quinta, na Suíça, Lula foi questionado sobre o assunto. Ele disse que, com a devolução da MP, caberá ao Senado e a empresários encontrar uma alternativa para compensar a desoneração. Miriam Leitão: Haddad sai enfraquecido com volta da MP "O Haddad tentou ajudar os empresários construindo uma alternativa à desoneração feita para aqueles 17 grupos de empresários. Que nem deveria ter sido o Haddad para assumir essa responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta. Os mesmos empresários não quiseram. Então, agora tem uma decisão da Suprema Corte, que vai acontecer. Se, em 45 dias não houver acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração", disse Lula. "Agora, a bola não está mais na mão do Haddad. A bola está na mão do Senado e na mão dos empresários. Encontrem uma solução, o Haddad tentou. Não aceitaram, agora encontrem uma solução", completou o petista. Veja Mais

Projeção de colheita de arroz cai 0,9% em relação a maio após enchentes no RS

G1 Economia Queda corresponde a 100 mil toneladas. Apesar disso, agricultores brasileiros vão colher 364 mil toneladas a mais do grão (+3,6%) nesta safra, em relação ao ano passado, mostram dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgados nesta quinta-feira (13). Arroz Reprodução/Freepik O governo diminuiu em 100 mil toneladas (-0,9%) a sua projeção para a colheita de arroz em relação às previsões realizadas em maio. Com isso, a colheita deve atingir 10,395 milhões de toneladas, mostram dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgados nesta quinta-feira (13). A queda ocorre após as enchentes no Rio Grande do Sul, que responde por 70% da produção nacional do grão. Apesar disso, os agricultores brasileiros vão colher 364 mil toneladas a mais de arroz (+3,6%) nesta safra em comparação com o ano passado. Os principais estados que vão fornecer o alimento para o Brasil nesta temporada são: Rio Grande do Sul: 7,083 milhões de toneladas; Santa Catarina: 1,138 milhões de toneladas; Tocantins: 632 mil toneladas; Mato Grosso: 336 mil toneladas. Enquanto a colheita deve ser de 10,3 milhões, o consumo dos brasileiros deve chegar a 11 milhões. Essa demanda é suprida por importações e por estoques que sobram de colheitas anteriores. Somando a produção nacional, com os estoques e o volume de importação – e excluindo o que será exportado – o Brasil deve ter, nesta safra, 13,1 milhões de toneladas de arroz para suprir um consumo interno de 11 milhões. Os dados de consumo e oferta são: Estoque da colheita anterior: 1,787 milhões de toneladas; Produção: 10,395 milhões de toneladas; Importação: 2,200 milhões de toneladas; Exportação: 1,200 milhões de toneladas; Consumo: 11,000 milhões. Leilões Por causa das inundações no RS, o governo federal anunciou, no início de maio, que iria importar arroz para compensar perdas provocadas pela tragédia e evitar especulação no preço do grão, que subiu mais de 20% em um ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde que anunciou essa medida, a União teve um leilão suspenso, no dia 21 de maio, e derrubou oito liminares para conseguir realizar o segundo, no último dia 6, que acabou sendo anulado, após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras. Entre elas, estavam uma loja de queijos, uma fábrica de sucos e uma locadora de veículos e máquinas. Por não serem do ramo de arroz ou de importação, analistas de mercado avaliaram que a operação podia ter problemas. Essas empresas receberiam recursos do governo para importar e entregariam o produto em unidades da Conab. O evento também foi criticado pelo fato de um ex-assessor parlamentar do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, ter intermediado a venda de 44% de arroz no leilão. Por causa disso, Geller foi exonerado pelo governo (entenda aqui). A Conab pediu à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Polícia Federal uma análise de todo o processo envolvendo o leilão. Veja Mais

Tombo maior em 2024 e forte crescimento em 2025: as projeções do Banco Mundial para a Argentina

G1 Economia Choque econômico promovido pelo governo de Javier Milei melhora os números da economia do país no papel, mas intensifica a crise econômica para a população. Javier Milei, presidente da Argentina O Banco Mundial mudou suas perspectivas para a economia argentina neste ano, segundo relatório publicado na última terça-feira (11). A instituição passou a prever uma queda de 3,5% para a atividade econômica do país vizinho, uma piora de 0,8 ponto percentual (p.p.) em comparação às estimativas de janeiro, de recuo de 2,7%. Para 2025, no entanto, as projeções são mais otimistas. A expectativa é que o país volte a se recuperar, "com um crescimento de 5%, à medida que os desequilíbrios econômicos forem resolvidos e a inflação diminuir" no país. Sob o comando de Javier Milei, a Argentina vive um período de melhora na economia. A inflação, que está próxima dos 300% no acumulado em 12 meses, teve o quarto mês consecutivo de desaceleração em abril, com alta de 8,8% — a primeira variação de apenas um dígito em um semestre. Com uma melhora no quadro inflacionário, o banco central argentino também reduziu sua taxa básica de juros pela metade. Os juros, que estavam em 80% ao ano em abril, passaram para 40% ao ano em maio, o que tirou o país da liderança dos maiores juros do mundo. Os ajustes de Milei Após assumir a presidência, em dezembro passado, Milei promoveu uma série de ajustes que levaram a um "choque na economia". As tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais deixaram de ser subsidiadas pelo governo, o que promoveu um aumento expressivo nos preços. Além disso, o presidente também paralisou obras federais e interrompeu o repasse de dinheiro para os estados, visando reduzir os gastos públicos. As medidas tiveram efeitos: a inflação, depois do choque inicial, vive um período de desaceleração, os juros começaram a cair e, a notícia mais importante, o país registrou o seu primeiro superávit (quando as receitas do governo são maiores que as despesas) desde 2008 no primeiro trimestre desse ano. Isso fez com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fechasse um acordo que permite o desembolso de cerca de US$ 800 milhões para os cofres públicos da Argentina, destacando o "primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos, a rápida queda da inflação, a mudança de tendência das reservas internacionais e uma forte redução do risco soberano". Especialista destacam, porém, que o superávit é uma consequência direta da redução dos gastos, e não da elevação das receitas obtidas pelo governo — o que pode não ser sustentável no longo prazo. Para isso, milhares de demissões ocorreram, assim como os salários e aposentadorias tiveram uma queda importante. A consequência é uma intensificação da crise econômica que assola o país e já colocou 41,7% dos 46,7 milhões dos argentinos abaixo da linha da pobreza, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Essas condições econômicas têm impactado os níveis de consumo da população e até as carnes - que representam uma das maiores tradições argentinas, o churrasco - estão perdendo espaço: até março, o consumo de carnes no país estava no menor nível em 30 anos, segundo a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da Argentina. A expectativa é que, com o consumo menor, a inflação possa arrefecer cada vez mais, um dos principais compromissos de Milei desde sua campanha eleitoral. Argentinos estão comendo menos carne Veja Mais

Líder do governo diz que não há o 'menor interesse' em derrubar desoneração de setores e municípios

G1 Economia Senador Jaques Wagner (PT) reforçou que governo aceitou acordo para manter a medida até o fim do ano. Veja como ficam as regras para municípios e empresas. Jaques Wagner (PT-BA) durante sessão do Senado Marcos Oliveira/Agência Senado O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta quarta-feira (12) que não há "o menor interesse", da parte do governo, em derrubar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e dos municípios neste ano. Jaques Wagner reforçou que o governo topou acordo para manter a medida até o fim do ano. "Governo não tem o menor interesse de derrubar acordo feito sobre desoneração dos municípios e dos setores até o fim do ano", disse o senador. Em maio, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) anunciaram o seguinte: ?? Empresas: desoneração da folha de pagamentos mantida até o fim de 2024 Significa a substituição da contribuição previdenciária de 20% sobre o total dos salários dos funcionários pelo pagamento de imposto (de 1% a 4,5%) sobre a receita bruta do empreendimento; A partir do ano que vem, as empresas de 17 setores voltarão a contribuir com a Previdência, com imposto de 5% sobre a remuneração dos empregados; Haverá um crescimento gradual da alíquota, que vai atingir 20% em 2028 e assim não será possível contribuir sobre a receita bruta; Entre as 17 categorias estão indústria, serviços, transportes, construção e comunicação; Os setores, que são estratégicos para geração de emprego no país, argumentam que um fim abrupto da desoneração pode forçar a demissão de funcionários. ?? Municípios: desoneração da folha mantida até o fim deste ano Neste caso, quer dizer uma alíquota reduzida da contribuição previdenciária, de 8%, sobre os salários dos funcionários, paga pelos pequenos municípios; Haverá aumento gradual do imposto a partir de 2025, mas os índices ainda não foram informados. Isso vale para cidades com até 156 mil habitantes. Valdo Cruz: Pacheco tem plano B para MP da desoneração Queda de braço Antes do acordo entre Planalto e Congresso, houve uma queda de braço entre os dois Poderes. O parlamento havia aprovado a desoneração ainda em 2023. Mas o Executivo tentou derrubar o benefício. Depois de ser derrotado em nova votação da matéria no Congresso, o governo levou tema para a Justiça. Em 17 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu 60 dias para a equipe econômica e os parlamentares apresentarem juntos uma solução. Enquanto isso, a desoneração segue valendo tanto para setores quanto para as prefeituras. O impasse está agora na definição de como os custos gerados pela desoneração aos cofres públicos, de R$ 26,3 bilhões, serão pagos. A primeira tentativa da equipe econômica foi uma medida provisória (MP) que proibia o setor produtivo de usar créditos da contribuição do PIS e da Cofins (tributos federais) para compensar débitos referentes a outros impostos. O texto ainda vedava o regime especial do chamado "crédito presumido" de PIS/Cofins, em que as empresas podem compensar débitos vencidos com a Receita Federal ou pedir um ressarcimento do saldo de créditos em dinheiro vivo para o governo. A MP afetaria, por exemplo, a indústria, a indústria petroquímica e a agropecuária. A MP foi mal recebida pelos setores impactados e também pelos parlamentares, a ponto de o presidente do Senado cancelar nesta terça (11) a mudança no uso desses créditos. Após a devolução de parte da MP, tanto Haddad quanto Jaques Wagner afirmaram que não existe ainda um "plano B", ou seja, uma solução para ampliar a arrecadação com objetivo de bancar a desoneração. Possíveis soluções Pacheco defende junto ao governo uma série de propostas, que já tramitam no Congresso, para sanar o problema: Repatrição de dinheiro de brasileiros no exterior com o pagamento de Imposto de Renda para regularização dos recursos; Atualização de ativos no Imposto de Renda, medida que permitiria que pessoas jurídicas e físicas pudessem atualizar o valor de seus bens; Legalização de jogos de azar, que aguarda votação em comissão do Senado; Refis de multas aplicadas por agências reguladoras; Uso de dinheiro esquecido no sistema financeiro; Uso de depósitos judiciais que hoje estão sem titularidade. Nesta quinta (13), Pacheco vai discutir os projetos com líderes partidários do Senado. Ele disse que pretende dialogar também com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Jaques Wagner, que representa o governo no Senado, explicou que algumas propostas, como a legalização dos jogos de azar, não serão imediatas, com isso não terão serventia para resolver a desoneração neste ano. "Isso [jogos de azar] é o ovo no bumbum da galinha. Vamos supor que aprove agora, vai ter cassino para convidar gente para entrar para pagar imposto quando?", questionou o líder. O senador petista argumenta que o Congresso precisa refletir sobre a compensação, não apenas a equipe econômica. "Arrumaram uma despesa e não botaram como pagar. As ideias precisam completar R$ 20 bilhões. É óbvio que ele [Haddad] acha ótimo a repatriação para botar R$ 1 bilhão dentro [do orçamento]. Alguém cria um problema e ele [Haddad] tem que criar uma solução. Todos aqui [no Congresso] são devotos da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas na hora de cumprir ninguém quer. Como é que paga a conta?", completou Jaques Wagner. Veja Mais

Apple supera Microsoft e se torna a empresa mais valiosa do mundo após apresentar seus recursos de IA

G1 Economia Empresa atingiu um valor de mercado de US$ 3,29 trilhões, segundo a agência Reuters. Em relação aos rivais Google e Microsoft, a dona do iPhone entrou tarde nos esforços da inteligência artificial, mas agora conseguiu animar o mercado com o seu 'Apple Intelligence'. Tim Cook, presidente-executivo da Apple AP Photo/Jeff Chiu A Apple voltou a ser a empresa mais valiosa do mundo nesta quarta-feira (12), superando a rival Microsoft, que estava em primeiro lugar há seis meses. O avanço vem dois dias depois de a dona do iPhone anunciar o Apple Intelligence, tecnologia que será incorporado à nova versão do iOS 18. A inovação deverá facilitar tarefas do dia a dia ao levar inteligência artificial generativa para recursos de iPhone, iPad e Mac. Também na segunda, a companhia revelou que estava integrando o ChatGPT, da OpenAI, em seus dispositivos. Os anúncios foram feitos na WWDC 2024, seu evento para desenvolvedores, em Cupertino, Califórnia (EUA). Segundo a agência Reuters, as ações da Apple chegaram a saltar quase 4% mais cedo, atingindo um recorde de US$ 215,04, o que lhe conferiu um valor de mercado de US$ 3,29 trilhões. O valor de mercado da Microsoft ficou em US$ 3,24 trilhões. A alta das ações ocorre no momento em que o índice de tecnologia Nasdaq atinge um recorde com novos sinais de baixa da inflação. Na WWDC 2024, executivos, incluindo o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, destacaram como a assistente de voz Siri será capaz de interagir com mensagens, e-mails, calendários e aplicativos de terceiros. A gigante da tecnologia ficou atrás de rivais como a Microsoft e a Alphabet, proprietária do Google, no campo em alta da IA, razão pela qual suas ações tiveram um desempenho inferior este ano em comparação com seus pares. As ações da Apple têm alta de cerca de 12% até agora em 2024, enquanto a Microsoft sobe cerca de 16% e a Alphabet quase 28%. LEIA TAMBÉM: Por que Elon Musk vem ameaçando banir o uso de iPhones e Macs em suas empresas Google vai avisar se os seus dados caírem na busca; veja como ativar alerta 'Modo ladrão' no Android, IA no Gmail e mais: as novidades do Google para o Brasil Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg Conheça o GPT-4o, novo modelo de IA usado pelo ChatGPT Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Veja Mais

STF retoma julgamento que discute índice de correção do FGTS; entenda

G1 Economia Supremo analisa uma ação do partido Solidariedade apresentada em 2014, que questiona o modelo atual de reajuste dos valores depositados no fundo. O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (11) o julgamento de uma ação que discute o índice de correção dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A análise recomeça com o voto do ministro Cristiano Zanin, que, em novembro do ano passado, pediu mais prazo para avaliar a questão. A Corte analisa uma ação do partido Solidariedade apresentada em 2014, que questiona o modelo atual de reajuste dos valores depositados no fundo (entenda mais abaixo). Julgamento sobre correção do FGTS dever ser retomado pelo STF No formato de hoje, a remuneração é feita com base na chamada Taxa Referencial (TR) – um tipo de taxa de juros criada na década de 1990, que é usada como parâmetro para algumas aplicações financeiras. Pelas regras em vigor, o FGTS tem um rendimento igual ao valor da TR mais 3% ao ano. A TR atualmente está em 0,32% ao mês, mas o índice pode mudar, pois é formado por uma série de variáveis. Já a poupança atualmente tem remuneração de 0,6% ao mês. Relator da ação, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defende que a remuneração do fundo não pode ser inferior à da caderneta de poupança, e sugeriu duas regras: depósitos que já existem: distribuição da totalidade dos lucros do FGTS pelos correntistas – o que o governo faz atualmente por iniciativa própria passa a ser obrigatório; a partir de 2025: os novos depósitos serão remunerados pela taxa de correção da poupança. O voto do ministro foi seguido por Nunes Marques e André Mendonça. O governo federal propôs que o governo fixe o IPCA, índice oficial de inflação, como referência para a correção dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O sistema valeria só para depósitos realizados após a decisão da Corte. A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que uma "remuneração mais elevada teria o efeito de beneficiar as contas com maiores saldos, não promovendo a justiça social a que se propõe pelo Fundo". Veja Mais

Real está entre as 10 moedas que mais perderam valor frente ao dólar neste ano; veja ranking

G1 Economia Moeda brasileira ocupa a 7ª posição entre as que mais se desvalorizaram. Em situação pior que a do real estão as moedas da Argentina, que enfrenta uma crise econômica, e as de países como Nigéria, Sudão do Sul e Egito, com histórico de conflitos civis. Levantamento foi feito pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do BC. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O real está entre as dez moedas que mais perderam valor frente ao dólar em 2024. É o que mostra um levantamento feito pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do Banco Central do Brasil (BC). A moeda brasileira subiu duas posições em um ranking de 118 países e passou à 7ª colocação entre as que mais se desvalorizaram, após acumular uma queda de 9,5% no ano até o fechamento dos mercados nesta terça-feira (11). No dia, o dólar comercial subiu a R$ 5,36, renovando o maior valor desde janeiro de 2023. Para a elaboração do ranking, entretanto, a Austin Rating considerou as taxas de câmbio de referência Ptax, divulgadas diariamente pelo BC. Nessa modalidade, o dólar encerrou a terça-feira cotado a R$ 5,35. Segundo o levantamento, a moeda nigeriana é a que mais se desvalorizou frente à moeda norte-americana em 2024, com perdas de 42,8%. Na sequência, estão as moedas do Egito e do Sudão do Sul, com quedas de 35% e 29,9%, respectivamente. Ocupa a outra ponta a moeda do Quênia, que se valorizou 21,2% no ano, seguida pelas moedas do Sri Lanka e da Armênia, que avançaram 6,8% e 4,3%, respectivamente. Veja o ranking abaixo: "Entre os países piores do que o Brasil, temos a Argentina, que vive uma crise econômica, e nações que enfrentam algum problema de confronto civil, como Nigéria, Egito, Sudão do Sul e Gana. Já o Japão tinha tido um bom desempenho, mas agora se desvalorizou por ter uma base fraca", explica o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Por que o dólar está em alta? Política monetária dos EUA As mudanças de sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre a condução dos juros nos Estados Unidos ajudam a explicar a força do dólar ao longo de 2024. Nos últimos meses, sinais de um mercado de trabalho aquecido e de uma atividade ainda forte trouxeram preocupações ao BC norte-americano sobre a trajetória de inflação na maior economia do mundo – o que acabou postergando o início do ciclo de cortes de juros pela instituição. A queda dos juros nos Estados Unidos ajuda a valorizar o real frente ao dólar. Quando os juros estão elevados por lá, a rentabilidade das Treasuries (títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país. Em relação a moedas emergentes, como o real, o movimento de valorização do dólar fica ainda mais evidente, porque investidores deixam as aplicações mais arriscadas para destinar recursos aos EUA. Quanto menos dólar entra no mercado brasileiro, mais a moeda norte-americana se valoriza. "Quando há uma uma certa preocupação em relação ao cenário internacional, é natural que os investidores realoquem seus capitais, refaçam suas carteiras e retirem investimentos de países emergentes", explica Alex Agostini, da Austin Rating, A balança comercial brasileira Conforme mostrou o g1 no início deste mês, a piora da balança comercial brasileira também entra na conta. No ano passado, a balança comercial brasileira ultrapassou os US$ 98 bilhões, no maior valor da série histórica. Assim, também é normal que haja uma eventual correção de mercado. A balança comercial do país é a diferença entre o que o país exporta ou importa. Essa variação influencia no dólar da seguinte maneira: Quando as exportações estão melhores que as importações, o Brasil vende mais produtos para fora e recebe dólares por isso. Com muita moeda na praça, o preço cai. E quando as importações estão melhores, o país compra mais itens lá fora e paga com os dólares. Então, mais moedas saem do país e o preço sobe. Segundo especialistas, o movimento ocorre porque há uma menor demanda internacional, que também está relacionada às movimentações de juros observadas nos Estados Unidos. Na prática, ocorre um movimento de reprecificação, o que gera redução na liquidez internacional. O quadro fiscal do Brasil O quadro fiscal brasileiro também tem sido contabilizado pelos economistas e visto como um dos fatores que ajudou a desvalorizar o real nos últimos meses. Em abril desse ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma mudança na projeção fiscal do Brasil. A nova previsão passou a ser de déficit zero para 2025 — e não mais de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), como previsto até o ano passado. Na leitura do mercado, a mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos – mesmo em um cenário de dificuldade do governo em aumentar as receitas e apenas no segundo ano de existência do novo arcabouço fiscal. Escalada de conflitos Conforme o g1 mostrou em abril, houve ainda capítulos como a escalada de conflitos internacionais. Naquele mês, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após um suposto ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. O cenário também elevou os receios de que os conflitos pudessem se agravar no Oriente Médio — região que já tem sido paco dos embates sangrentos entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O aumento dos conflitos também significa uma fuga para o dólar, que é considerado um investimento mais seguro. Esse processo valoriza a moeda norte-americana e, por consequência, desvaloriza as moedas emergentes. Entenda por que o dólar disparou em poucos dias *Com reportagem de Artur Nicoceli e Isabela Bolzani Veja Mais

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O que é o 'greening', doença que pode devastar pomares e ajuda a explicar a laranja cara

G1 Economia Com a queda na safra, o preço da laranja está batendo recordes. A caixa de quarenta quilos superou R$ 85 nesta semana em São Paulo, valor mais alto da série histórica do Cepea. Safra de laranja em SP será menor este ano A colheita de laranja começou, com expectativa de queda. A produção no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro deverá ficar em torno de 232 milhões de caixas de 40 quilos, uma queda de quase 25% em relação à safra passada. Um fator que tem influenciado a queda na safra é o “greening”, a doença mais destrutiva da citricultura. Segundo a Embrapa, o greening, também conhecido como "doenças do ramo amarelo" e huanglonbing (HBL), é considerada a doença dos citros de maior importância no mundo, em função da dificuldade de controle, da rápida disseminação e por ser altamente destrutiva. Com a queda na oferta, o preço da laranja está batendo recordes. A caixa de 40 quilos superou R$ 85 nesta semana em São Paulo, valor mais alto da série histórica do Cepea. Na propriedade de André Caritá, que tem 50 mil pés, o produtor acredita que a cada dez pés, dois estejam contaminados. “A gente vem intensificando bastante as pulverizações, tentando combater, mas não está fácil. O greening hoje é nosso principal desafio”, diz o agricultor. Veja Mais

Colheita de café arábica começa no ES e produção deve superar em mais de 1,5 milhão de sacas a safra de 2023

G1 Economia Estado é o terceiro maior produtor do país dessa variedade de café e conta com aprendizado da cultura familiar para garantir qualidade e produtividade nas propriedades. Começa colheita de café arábica no ES; produção em 2024 deve chegar a 4,3 milhões de sacas. A colheita do café arábica no Espírito Santo, estado que ocupa a posição de terceiro maior produtor desse grão no país, já teve início em 2024. Neste ano, os produtores estimam uma safra ainda maior, com a colheita de 4,3 milhões de sacas de 60 quilos, um aumento de 1,4 milhão em relação ao ano anterior, quando foram colhidas 2,9 milhões de sacas. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Na localidade de Alto Nova Almeida, em Marechal Floriano, na Região Serrana do estado, a mais de 500 metros de altitude, o fruto maduro já indica a hora da retirada para o produtor rural José Carlos Velten e o filho Jean Velten, que juntos perpetuam uma tradição familiar de mais de um século de produção. ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Colheita do café arábica começa no Espírito Santo e produção deve superar em mais de 1 milhão e meio a quantidade de sacas de 2023. Ari Melo Atualmente, a família está voltada para a produção do café especial, que exige uma colheita mais lenta, priorizando os grãos maduros e de qualidade superior. "Eu já venho desde pequeno ajudando meus pais e avós na cultura do café, acostumei ficar ali, gostei, gosto muito. [...] Meu pai, numa época em que ainda não se falava em qualidade do café, tinha muito zelo na hora de separar, catar maduro. Eu segui ele, vendo a qualidade, me engajei, fiz cursos, aperfeiçoei o manejo e deu muito certo", lembrou o produtor. Preservação da Mata Atlântica e café de qualidade Colheita do café arábica começa no Espírito Santo e produção deve superar em mais de 1 milhão e meio a quantidade de sacas de 2023. Ari Melo Na propriedade da Família Velten, o José Carlos faz questão de manter parte da mata nativa preservada. Dessa forma, a água fica disponível para todo o plantio sem precisar de irrigação para o café. Além disso, a Mata Atlântica faz sombra em boa parte do cafezal, favorecendo o crescimento mais lento dos frutos, que maturam por mais tempo. O café produzido na sombra é mais doce e tem maior valor comercial. "Aqui a gente preserva, né?! O máximo que a gente puder. Assim, a gente vai ter um clima propício para a gente viver e para o fruto ganhar qualidade também. Esse microclima que existe através das florestas é essencial para ajudar na qualidade do café", explicou o produtor rural. Colheita do café arábica começa no Espírito Santo e produção deve superar em mais de 1 milhão e meio a quantidade de sacas de 2023. Ari Melo O pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Ubaldino Saraiva, acompanha e orienta a família a anos e aponta que os grãos dos locais mais sombreados se tornam cafés especiais com classificação perto da máxima, em uma escala que mede a qualidade do café que vai de zero a 100, sendo que quanto maior a pontuação, mais alta a qualidade. "Para fazer a qualidade do café, primeiro você tem que cuidar da planta. Como é que se cuida da planta? Com uma adubação correta, uma análise de solo bem feita, para você fazer a correção de solo bem feita. E um trato cultural, um trato fitossanitário, com controle de pragas e da doença do cafezal. Isso o Zé faz bem feito, ele consegue ter qualidade e colher no momento certo, um café cereja e maduro. Com a colheita bem feita ele consegue fazer café acima dos 86, até 90 pontos", destacou Saraiva. Conhecimento é a receita de sucesso da família Colheita do café arábica começa no Espírito Santo e produção deve superar em mais de 1 milhão e meio a quantidade de sacas de 2023. TV Gazeta Ao longo dos anos, José Velten, se capacitou em área que poderiam ajudar com a demanda na propriedade, entretanto, além de trabalhar na lavoura, resolveu estudar também sobre a bebida. A isso e aos conhecimentos aprendidos com o pai, ele atribui a qualidade da sua produção. "Eu segui ele, vendo a qualidade, me engajei, fiz cursos, aperfeiçoei o manejo e deu muito certo. Em 2007 comecei a descascar os primeiros cafés, entrei em concurso, classifiquei, e vi que tinha potencial. Nesse meio tempo, fiz curso de degustação, de torra. Sem conhecimento, pode ser que a gente que é produtor acabe vendendo o café num valor que não era pra ser, no caso a pessoa paga menos por ele", contou o produtor. Uma saca de 60kg de café arábica especial, pode custar até R$ 4 mil. Esse preço do mercado internacional valoriza o trabalho do agricultor e inspira a busca por um café com cada vez mais qualidade. LEIA TAMBÉM: Cafés do ES são eleitos os melhores do ano em evento internacional Filhos de produtores modernizam o campo e apostam na sustentabilidade para produção de café especiais no ES VÍDEO: Maior café do mundo, com mais de 8 mil litros, é coado no ES De olho no caminho do pai, Jean Velten, filho de José, cresceu acompanhando o trabalho na propriedade e atualmente também está se especializando. "Eu sempre acompanhei meu pai e meu avô na roça, sempre gostei de trabalhar junto com eles, no café, desde pequeno. Até hoje não tive vontade de ir para a cidade. Eu tive sim vontade de estudar, buscar conhecimento, e poder praticar aqui na roça junto com a minha família. Comecei agora uma faculdade de gestão em agronegócio, e quando eu acabar quem sabe eu não faça um mestrado?! Tudo que eu puder fazer para ajudar a minha família no crescimento, eu vou correr atrás". Colheita do café arábica começa no Espírito Santo e produção deve superar em mais de 1 milhão e meio a quantidade de sacas de 2023. Ari Melo O filho quer explorar atividades ainda não tão exploradas pela família, como a torra do grão. "Eu pretendo estar com a minha família aqui, dar continuidade e quem sabe um dia também montar uma empresa, já vender o café torrado, coisa que hoje a gente não faz. Quem tem a oportunidade de se manter na roça, deve ficar. Na cidade é tudo mais correria, a vida é totalmente diferente. Aqui claro que tem as dificuldades do dia a dia, o esforço, muito trabalho, mas você chegar no final de uma safra e ver que aquilo te deu retorno é muito gratificante, saber que o seu produto está sendo consumido por outras pessoas e que é de qualidade, não tem preço", encerrou Jean. Número do café arábica no ES Colheita do café arábica começa no Espírito Santo e produção deve superar em mais de 1 milhão e meio a quantidade de sacas de 2023 Ari Melo Em 2023, as 2,9 milhões de sacas de café produzidas no estado utilizaram uma área de 130,8 mil hectares, o equivalente a mais de 186 mil campos de futebol. A média registrada foi de 21,9 sacas por hectare. No evento de abertura da colheita do café arábica no Espírito Santo, secretário de estado da Agricultura, Enio Bergoli, reforçou como a cafeicultura é representativa para os capixabas, além de ter grande significância na economia do estado, e comentou que a meta é continuar ampliando os negócios de maneira sustentável. “Um dos projetos do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do ES é chegarmos a 35 mil propriedades, com um currículo mínimo de sustentabilidade. Esse momento será certamente uma evolução da cafeicultura capixaba, que já é referência mundial”, ressaltou o secretário. Colheita do café arábica começa no Espírito Santo e produção deve superar em mais de 1 milhão e meio a quantidade de sacas de 2023. Ari Melo Bergoli falou ainda sobre os números de rendimento do setor. “Crescemos 71% em exportações do agronegócio, principalmente devido a nossa cafeicultura. No crédito rural, vamos encerrar o ano safra com mais de R$ 7 bilhões aplicados. No ano anterior, foi um pouco mais de R$ 5 bilhões, então parabéns aos nossos agricultores, cafeicultores, que fazem essa excelência que é a nossa agropecuária capixaba”. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Veja Mais

Reforma tributária: 'cashback' para famílias de baixa renda terá limite para evitar fraudes

G1 Economia Cerca de 73 milhões de pessoas podem ter direito à devolução dos impostos pagos. Governo estuda criar um cartão exclusivo para disponibilizar o cashback à população. O valor do imposto devolvido à população de baixa renda com a reforma tributária, o chamado “cashback”, será limitado à renda das famílias para evitar fraudes. A informação é do secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, em entrevista exclusiva ao g1 e à TV Globo. Segundo Appy, o padrão de consumo da família beneficiária não poderá exceder a sua renda para fins de devolução do imposto. “Não posso ter uma renda de R$ 1.000 e falar ‘não, eu gasto R$ 2.000 todo mês’, óbvio que tem algum problema aí. Então, você não vai ter um cashback [relativo a uma renda] de R$ 2.000 para uma família que tem uma renda de R$ 1.000”, exemplificou. Com esse objetivo, a área técnica do governo trabalha na elaboração de alguns critérios para limitar o cashback. O secretário afirma que serão consideradas questões sazonais, ou seja, o aumento do consumo em determinadas datas do ano, como Natal por exemplo. 73 milhões teriam direito ao 'cashback' de impostos na reforma tributária, diz Fazenda Além disso, bens duráveis -- como geladeiras e fogões, que são mais caros -- serão considerados na conta, flexibilizando o limite de devolução do imposto. “Mas, no longo prazo, obviamente ela não pode ter um consumo maior do que a renda”, explicou Appy. O reajuste desse limite vai acompanhar a atualização do salário mínimo. Como a devolução está relacionada ao imposto pago sobre o item consumido, o reajuste também vai considerar o preço do produto. Todos produtos consumidos que não serão tributados pelo imposto do pecado, chamado de imposto seletivo, vão ter "cashback" -- inclusive armas. Entretanto, o consumidor de baixa renda tem de pedir a nota fiscal e incluir seu CPF para receber o benefício. Cartão para beneficiários De acordo com o governo, há três possibilidades para operacionalizar esse "cashback": desconto nas contas de água, luz, gás encanado, por exemplo, direto nas faturas; desconto na boca do caixa, no momento do consumo (se houver possibilidade operacional); crédito posterior para o contribuinte. Caso não seja possível dar o desconto direto no caixa, no momento do consumo do produto, a área econômica informou que estuda a criação de um cartão próprio somente para o "cashback". “É uma sugestão da nossa área técnica de que, no caso do cashback, tenha um cartão específico para que as famílias de baixa renda consigam entender que aquilo é aquilo tá devolvendo um imposto que elas pagaram e que não é uma transferência de renda do governo”, disse Appy. A eventual devolução do imposto na boca do caixa, ou seja, no momento do pagamento, depende de um sistema que faça o acompanhamento em tempo real envolvendo tanto grandes quanto pequenos estabelecimentos, explicou o secretário. “Se for possível fazer isso pegando o pequeno comércio, aí então a ideia é fazer direto na boca do caixa. Se não for, vai ter que ser um crédito em conta, no cartão”, declarou Bernard Appy. Quem terá direito ao cashback? O governo estima que cerca de 73 milhões de pessoas teriam direito ao cashback. A devolução de impostos será destinada às famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Pela proposta, haverá devolução de: 100% para do imposto pago no caso da CBS (novo imposto federal) e de 20% para o IBS (imposto estadual e municipal), no caso do gás de cozinha; 50% para a CBS e 20% para o IBS, no caso de energia elétrica, água e esgoto; 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. Segundo o texto da reforma tributária, tanto o governo federal quanto os estados e municípios poderão, por lei própria, aumentar o "cashback" para a população de baixa renda, estabelecendo percentuais maiores do que os fixados na reforma tributária. O objetivo é mater autonomia dos entes federativos. Reforma tributária A proposta de emenda constitucional da reforma tributária sobre o consumo foi aprovada no fim do ano passado, e promulgada pelo Congresso Nacional. No texto, pontos importantes, como o fim da cumulatividade, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Entretanto, vários temas sensíveis, entre eles o "cashback", ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação (detalhamento) de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nos últimos meses. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Veja Mais

Maria da Conceição Tavares, economista e professora, morre aos 94 anos

G1 Economia Portuguesa de Aveiro, ela se naturalizou brasileira e virou referência no pensamento desenvolvimentista. Foi professora da UFRJ e da Unicamp, deputada federal e conselheira do PT. Morre a economista Maria da Conceição Tavares A economista Maria da Conceição Tavares morreu em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (8). Nascida em Aveiro, Portugal, ela era brasileira naturalizada e tinha 94 anos. Maria da Conceição foi deputada federal entre os anos de 1995 e 1999 e professora de economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade de Campinas (Unicamp). Também foi conselheira do Partido dos Trabalhadores (PT) e ganhou prêmios como escritora. A causa da morte não foi divulgada. 'Uma das maiores da história', diz Lula; veja repercussão Deputada e professora: conheça a TRAJETÓRIA da economista A economista Maria da Conceição Tavares, em foto de 2016 Fernando Frazão/Agência Brasil Amigos dela disseram ao g1 que Maria da Conceição "convivia com as vulnerabilidades da idade". Vida e trajetória Portuguesa de Aveiro, Maria da Conceição formou-se em matemática pela Universidade de Lisboa em 1953. No ano seguinte , migrou para o Brasil para escapar da ditadura portuguesa de Salazar. No Brasil, cursou Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde concluiu a graduação em 1960. Segundo a Universidade de São Paulo, o ensaio "Auge e declínio do processo de substituição de importações", de 1972, foi um "marco no estudo do processo de industrialização do Brasil e tornou-se clássico na literatura especializada". Em 1998, venceu o Prêmio Jabuti na categoria Economia por sua significativa contribuição ao pensamento econômico no Brasil. Foi deputada entre 1995 e 1999 pelo Partido dos Trabalhadores (PT ) no Rio de Janeiro. Era defensora ferrenha do desenvolvimento com justiça social. Em 1995, no seu primeiro ano de mandato como deputada, Tavares deu uma entrevista para a "Roda Viva" que repercute até hoje nas redes sociais. "Uma economia que diz que precisa primeiro estabilizar, depois crescer, depois distribuir, é uma falácia, e tem sido uma falácia. Nem estabiliza, cresce aos solavancos e não distribui. E esta é a história da economia brasileira desde a pós-guerra", disse ela. Em 2012, ganhou o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011 da então presidente Dilma Roussef. Repercussão O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Maria da Conceição. "Tive o prazer e a honra de conviver e conversar muito com minha amiga ao longo dos anos, debatendo o Brasil e os nossos desafios sociais e econômicos no Instituto Cidadania, em conversas no Rio de Janeiro ou em viagens pelo Brasil." Márcio Porchmann, presidente do IBGE, disse que Maria da Conceição "deixa uma trajetória exemplar de educadora engajada no que de melhor o pensamento crítico gerou no Brasil". "Intelectual comprometida com a transformação nacional ousou diuturnamente enfrentar a ditadura civil-militar, constituindo parte integrante do movimento da democratização do país." Dilma disse que Maria da Conceição era uma "mulher brilhante e profundamente comprometida com a soberania nacional": "Minha amiga e professora era uma mulher brilhante e profundamente comprometida com a soberania nacional, tendo atuado decisivamente na construção de um Brasil menos desigual. Era uma portuguesa que veio para o país ainda criança e virou uma brasileira de coração e de compromisso firme com o nosso povo." Veja Mais

Divisão de fortuna: herdeira aguarda decisão de 50 pessoas para distribuir 25 milhões de euros

G1 Economia A austríaca Marlene Engelhorn, herdeira de um império químico e farmacêutico, selecionou cidadãos aleatórios para definirem qual a melhor forma de distribuir seu dinheiro — com foco em impacto social. Decisão final sobre partilha está prevista para este fim de semana, segundo o jornal La Nación. Marlene Engelhorn faz parte de grupo de herdeiros que defende mais impostos para suas fortunas Reprodução: Twitter A bilionária austríaca Marlene Engelhorn, herdeira de um império químico e farmacêutico, está perto de saber qual será o destino de 25 milhões de euros que compõem sua fortuna. Segundo o jornal La Nación, ocorre neste fim de semana a última reunião do chamado "Bom Conselho". O grupo, composto por 50 pessoas selecionadas aleatoriamente, é o responsável por definir como essa parcela da riqueza de Marlene será distribuída — com foco em impacto social. Marlene, que tem 32 anos, iniciou em janeiro deste ano a seleção de cidadãos para ajudar no processo de doação. As reuniões do grupo começaram em março. São, no total, seis finais de semana de encontros, todos em Salzburgo, na Áustria. Ao justificar sua decisão de distribuir a fortuna, a herdeira da multinacional BASF afirmou diversas vezes que "não fez nada" para ganhar o dinheiro e que obtê-lo significa ter tido sorte — o que chama de "loteria de nascimento". "Herdei uma fortuna e, portanto, poder, sem ter feito nada para isso", disse. "E o Estado nem quer impostos sobre isso", afirmou a bilionária, que faz parte de um grupo de herdeiros que defendem a cobrança de impostos para os mais ricos. Marlene é descendente de Friedrich Engelhorn, que fundou a BASF, em 1865. Ela herdou 4,2 bilhões de euros quando sua avó, Traudl Engelhorn-Vechiatto, morreu, em setembro de 2022. Antes mesmo de receber a herança, a jovem bilionária já tinha sido destaque na imprensa internacional ao anunciar que pretendia doar grande parte de sua fortuna. LEIA TAMBÉM Quem são as mulheres mais ricas do mundo e de onde vêm as fortunas delas Saiba quem são os 10 bilionários que mais enriqueceram em 2023 Elon Musk ultrapassa Bernard Arnault e volta a ser o homem mais rico do mundo Como funciona o processo? Segundo a organização do projeto, o "Bom Conselho" tem a tarefa de "abordar a distribuição da riqueza na Áustria". Nesse caso, os 25 milhões de euros de Marlene estão à disposição para implementar "ideias concretas". "Para liderar este debate e tomar decisões, especialistas científicos e de campo também são convidados a compartilhar os seus conhecimentos", diz o projeto. Durante o processo de seleção dos membros do conselho, foram enviados convites a 10 mil endereços aleatórios da Áustria. Outros interessados também puderam fazer inscrições online. A partir das respostas, foram usados métodos estatísticos para identificar as 50 pessoas "que melhor refletissem a composição da população austríaca". Para a escolha final, foram considerados pontos como idade, origem, escolaridade e local de residência — sendo restrito a moradores da Áustria. Os selecionados não participam de graça: todos recebem 1,2 mil euros por fim de semana de encontro. Os custos de viagens, refeições, estadia e outras despesas também são cobertos. Pelas normas da organização, a decisão final sobre como os recursos serão distribuídos deverá contar com amplo apoio. Caso não seja alcançado nenhum resultado que tenha o aval da maioria, o dinheiro será devolvido a Marlene Engelhorn. A destinação dos recursos deve seguir as seguintes regras: o dinheiro não pode ir para grupos ou indivíduos nem para atividades inconstitucionais, hostis ou desumanas; não pode ir para organizações que operam com fins lucrativos; e o conselho deve seguir sempre o propósito de redistribuição. Ainda segundo o projeto, é permitido que seja criada uma estrutura temporária, como uma ONG, para redistribuir os recursos, desde que a ideia e o propósito do conselho sejam respeitados. Uma vez aprovada pelo conselho, a destinação dos recursos não poderá ser vetada por Marlene Engelhorn. Por fim, a organização do projeto afirma que se compromete a publicar todos os resultados, incluindo como será a distribuição e o que acontecerá com os 25 milhões de euros. "Haverá um protocolo escrito, que também será acessível ao público, incluindo o orçamento", conclui. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 Veja Mais

Globo Rural: informações adicionais das reportagens do dia 09/06/2024

G1 Economia Curso gratuito ensina como criar abelhas sem ferrão. O Antônio, do Paraná, quer começar uma criação de abelhas sem ferrão e perguntou ao Globo Rural como fazer para capturar as primeiras habitantes da colmeia. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com a Embrapa Meio Ambiente, tem um curso sobre o tema que aborda o preparo das armadilhas, como transferir as colônias para as caixas de criação e os cuidados com as novas colmeias. >>>Acesse aqui Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.733: prêmio acumula e vai a R$ 112 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 14 - 20 - 21 - 39 - 44 - 56. Quina teve 117 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 47,1 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.733 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (6), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 112 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 14 - 20 - 21 - 39 - 44 - 56 5 acertos - 117 apostas ganhadoras: R$ 47.166,50 4 acertos - 7.450 apostas ganhadoras: R$ 1.058,19 O próximo sorteio da Mega será no sábado (8). Mega-Sena, concurso 2.733 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Balança comercial tem superávit de US$ 8,5 bilhões em maio

G1 Economia Números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No ano, saldo comercial positivo chegou a US$ 35,8 bilhões. CIN-PB divulga primeira balança comercial do ano. Divulgação/FIEP A balança comercial registrou superávit de US$ 8,5 bilhões em maio, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quinta-feira (6). O saldo ficou abaixo do registrado em maio do ano passado, quando foi de US$ 11 bilhões. O resultado é superavitário quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário. Segundo o governo, em maio: as exportações somaram US$ 30,3 bilhões; as importações somaram US$ 21,8 bilhões. Acumulado do ano No ano, as exportações totalizam US$ 138,8 bilhões e as importações, US$ 102,9 bilhões. Com isso, até agora foi registrado um superávit de US$ 35,8 bilhões. Esse resultado é superior ao do ano passado, que foi de US$ 34,5 bilhões. Balança Comercial teve superávit de 7,4 bilhões de dólares em março Veja Mais

Produção de amendoim mais que triplica no Brasil, ganha o mundo e pesquisadores já criam tipos mais saudáveis

G1 Economia A partir de estudos genéticos, pesquisador Ignácio Godoy desenvolveu amendoins com baixa taxa de triglicérides e de colesterol ruim, além de variedades mais produtivas. Brasil já exporta para mais de 40 países e investe em máquinas mais modernas. Produção de amendoim mais que triplica no Brasil, ganha o mundo e pesquisadores já criam tipos mais saudáveis A produção brasileira de amendoim mais que triplicou nos últimos 14 anos, após anos de investimentos em máquinas mais modernas e em estudos genéticos que tornaram o grão nacional mais produtivo e, em alguns casos, até mais saudável. O pesquisador Ignácio Godoy, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), desenvolveu, por exemplo, 17 novas variedades de amendoim, algumas, inclusive, com baixa taxa de triglicérides e de colesterol ruim. Ele está para lançar, agora, a variedade IAC 677, que é mais rústica e altamente produtiva. A tecnologia de maquinário também tem impulsionado o setor. Um dos grandes avanços na área é uma colheitadeira que consegue separar a vagem do resto da planta. Todas essas inovações fizeram o país sair de uma safra de 227 mil toneladas em 2010, para 840 mil toneladas neste ano. Parte dessa produção ganhou o mundo e chega, hoje, em mais de 40 países. Veja a reportagem completa no vídeo acima. Veja Mais

Gugu, Tarsila do Amaral, Chico Anysio: relembre disputas milionárias de herdeiros

G1 Economia Quando não há herdeiros necessários, o dinheiro pode ser distribuído conforme a vontade que foi expressa no testamento. Às vezes, no entanto, esses desejos são questionados na Justiça e rendem discussões que podem levar anos para ter alguma solução. As brigas por heranças entre herdeiros que questionam na Justiça o que foi deixado em testamento é um assunto que, de tempos em tempos, volta a gerar polêmica. A lei brasileira obriga, atualmente, que 50% do patrimônio deixado por alguém que morre devem ser destinados para seu cônjuge, enquanto os outros 50% devem ser distribuídos entre seus filhos. Esses são os chamados herdeiros necessários. LEIA TAMBÉM Éder Militão x Karoline Lima: como deve ser a pensão alimentícia de um pai milionário? Caso Larissa Manoela: os pais podem usar ou controlar o dinheiro dos filhos menores de idade? Qual a melhor forma de dividir as contas em casal? Quando não há herdeiros necessários — ou caso exista um cônjuge, mas não haja filhos ou vice-versa — o dinheiro (ou a outra metade dele) pode ser distribuído conforme a vontade expressa no testamento. Às vezes, no entanto, esses desejos são questionados na Justiça e rendem discussões que podem levar anos para ter alguma solução. Relembre, a seguir, alguns casos famosos de disputas por heranças. Gugu Liberato Família de Gugu Liberato: João Augusto (à esq.), Rose, Marina e Sofia Arquivo pessoal O apresentador Gugu Liberato morreu em 2019, após sofrer um acidente doméstico em sua casa em Orlando, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois, começou uma briga pela herança deixada por Gugu, estimada em R$ 1 bilhão, que durou anos. De um lado, estavam o filho mais velho do apresentador, João Augusto, e sua tia, Aparecida, que foi escolhida por Gugu, em vida, para ser a inventariante do patrimônio deixado por ele. Do outro lado, estavam as gêmeas Marina e Sofia, filhas mais novas e irmãs de João, e a mãe dos três, Rose Miriam. Enquanto João e a tia defendiam seguir o que foi definido por Gugu em seu testamento, que não inclui Rose como uma de suas herdeiras, a mãe e as gêmeas tentaram reconhecer na Justiça que Rose e Gugu tinham uma união estável, o que lhe daria direito a uma parte do patrimônio. O testamento desenhado por Gugu em 2011 determinava que sua herança seria dividida da seguinte forma: 75% divididos entre os três filhos; 25% divididos entre os cinco sobrinhos; Pensão vitalícia para a mãe do apresentador, Maria do Céu Moraes, de R$ 163 mil. No ano passado, o STJ reconheceu o testamento deixado pelo apresentador. Apesar de não constar no testamento, Gugu apresentava Rose como "minha família" enquanto estava vivo. Ela, inclusive, assinou um documento abrindo mão da herança do apresentador, mas, de acordo com o jornal "O Globo", só fez isso porque estava sob efeito de medicações, em um "quadro delirante". Seguindo o que determina a legislação brasileira atualmente, se a Justiça reconhecesse que Rose e Gugu tinham uma relação estável, ela teria direito a metade da herança, cerca de R$ 500 milhões. Os outros R$ 500 milhões seriam divididos entre os três filhos e os sobrinhos não receberiam nada, mas a pensão da mãe de Gugu seria mantida. Relembre o caso no vídeo abaixo: Gugu Liberato: entenda disputa sobre a herança bilionária deixada pelo apresentador Tarsila do Amaral Exposição Steam Universo Curioso tem ambiente com obras e e informações sobre trajetória de Tarsila do Amaral no Engenho Central de Piracicaba Gabriela Ferraz/EPTV Em abril deste ano, a suspeita de que uma obra de arte atribuída por um colecionador à Tarsila do Amaral fosse falsa recolocou luzes sobre as disputas familiares que envolvem a herança deixada pela maior pintora do Brasil. Falecida em 1973, aos 86 anos, Tarsila deixou um imenso legado com suas obras que, hoje, valem milhões. Ela não deixou filhos ou cônjuge, que são os herdeiros necessários, por lei. Então, seu espólio é administrado e dividido entre outros familiares. Em 2005, esse espólio passou a ser administrado por quatro sobrinhos-netos — Tarsilinha, Paulo, Luís Paulo e Heitor —, que montaram uma empresa para cuidar dos licenciamentos e royalties provenientes das exposições e produtos feitos com base na obra da artista. Quem ficava à frente das negociações era Tarsilinha. Então, qualquer renda proveniente da obra, era dividida em quatro partes iguais para os sobrinhos, que repassavam o dinheiro entre as outras dezenas de parentes. Além disso, Tarsilinha era remunerada com 10% do valor dos negócios pelo trabalho com a administração da empresa. As coisas funcionaram dessa maneira até 2020, quando, depois da venda de dois quadros da pintora por cifras milionárias, os outros três sobrinhos também passaram a se interessar pela administração dos licenciamentos e royalties. Os quadros "A Lua" e "A Caipirinha" foram vendidos por, respectivamente, US$ 74 milhões (o equivalente a R$ 389,8 milhões) e US$ 57,5 milhões (R$ 302,9 milhões). Embora os quadros já não estivessem sob controle da família, a lei brasileira determina que pelo menos 5% dos valores obtidos com revenda de obras seja destinado para o artista ou seus herdeiros. Isso fez com que os familiares de Tarsila levassem uma bolada, ao mesmo tempo em que o interesse popular pelas obras da artista cresceu, com uma maior busca por licenciamentos para produtos e exposições. Com isso, os outros três herdeiros sócios da empresa passaram a exigir que qualquer decisão de Tarsilinha contasse com a aprovação de, pelo menos, mais um dos sobrinhos de Tarsila, o que faz a relação entre eles azedar. Em 2022, Tarsilinha renunciou ao cargo que ocupava na empresa e é processada pelos outros sobrinhos por supostas fraudes na administração das obras da artista. Agora, quem administra a empresa é Paola Montenegro, filha de Paulo. Chico Anysio Chico Anysio em 2009, em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro Aline MAssuca/AE Em uma entrevista que foi ao ar na última quarta-feira (5), o ator e humorista Bruno Mazzeo disse que seu pai, Chico Anysio, não deixou herança nem dívidas para os seus herdeiros. A declaração, feita 12 anos após a morte de Chico, é mais um capítulo nas várias controvérsias envolvendo a herança do humorista, que criou a primeira versão da "Escolinha do Professor Raymundo". O testamento de Chico tinha como inventariante sua última esposa, Malga Di Paula, mas foi anulado pela Justiça em 2020 porque não deixava nada para um de seus oito filhos, o também humorista Lug de Paula. A legislação brasileira não permite que um pai deserde um filho. Malga afirmou, em entrevistas, que Chico queria que todos os seus bens materiais (como carros e imóveis) fossem destinados para ela, enquanto os filhos herdariam apenas os bens intelectuais (como livros e outras obras). A Justiça também não permite isso, porque 50% dos bens devem ser distribuídos entre os filhos. Malga é investigada por conta de sua conduta como inventariante, já que as dívidas que envolvem os bens de Chico, principalmente com seus imóveis, deixaram de ser pagas e já acumulam altos juros. Um dos filhos de Chico, Nizo Neto, disse que o pai não era bom administrando seu dinheiro e que provavelmente "foi roubado". Enquanto essa briga pela herança parece longe de terminar, os herdeiros garantem que ainda não viram nada do dinheiro deixado pelo pai. Veja Mais

Saiba como consultar e resgatar o 'dinheiro esquecido' no Banco Central

G1 Economia Consulta pode ser feita por pessoas físicas e empresas no Sistema de Valores a Receber. Você tem dinheiro esquecido? Saiba como consultar no Banco Central Mais de R$ 8 milhões ainda estão disponíveis para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR), segundo o divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (7). O sistema é um serviço do BC no qual é possível consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm algum "dinheiro esquecido" em banco, consórcio ou outra instituição. ???? Onde consultar? O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores é https://valoresareceber.bcb.gov.br. ???? Como o dinheiro é liberado? Via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave Pix para a devolução. Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Depois, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. Veja Mais

Maria da Conceição Tavares: quem foi a economista e escritora

G1 Economia Portuguesa naturalizada brasileira, professora se dedicou a pensar a economia do Brasil. Entrevista ao programa 'Roda Viva' em 1995 repercute até hoje nas redes sociais. Quem foi a economista e escritora Maria da Conceição Tavares Uma das mais importantes economistas do Brasil, Maria da Conceição Tavares morreu aos 94 anos, neste sábado (8), em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. Nascida em Aveiro, em Portugal, ela se naturalizou brasileira e dedicou-se a pensar a economia do Brasil. Maria da Conceição foi deputada federal entre os anos de 1995 e 1999. Foi também professora-titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora-emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tavares formou gerações de economistas no Brasil e sempre defendeu que o Estado fosse responsável pelo desenvolvimento econômico do Brasil. A professora ficou conhecida como defensora fervorosa do Plano Cruzado e do combate à inflação. Nos anos 1980, chorou em frente às câmeras de TV na defesa do Plano Cruzado, em um dos momentos mais marcantes daquela época de euforia que o congelamento de preços trouxe ao povo brasileiro. Em 1994, elegeu-se deputada federal pelo PT e foi uma das vozes mais críticas ao Plano Real. Em 1995, no primeiro ano de mandato de Fernando Henrique Cardoso, Tavares deu uma entrevista para o programa "Roda Viva", da TV Cultura, que repercute até hoje nas redes sociais, em que analisa a economia brasileira: Uma economia que diz que precisa primeiro estabilizar, depois crescer, depois distribuir, é uma falácia, e tem sido uma falácia. Nem estabiliza, cresce aos solavancos e não distribui. E esta é a história da economia brasileira, desde a pós guerra A economista Maria da Conceição Tavares em entrevista ao programa Roda Viva, em 1995. Reprodução/TV Cultura A carreira de Conceição foi marcada por passagens no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde foi homenageada em março deste ano, e pelo Grupo Executivo da Indústria Mecânica Pesada (Geimape). Maria da Conceição chegou a lecionar no Chile e no México. Foi presa pela ditadura em novembro de 1974 e solta poucos dias depois, por pressão de integrantes do governo, como o então ministro Mario Henrique Simonsen. Escreveu diversos artigos e livros, que trouxeram análises profundas sobre a economia brasileira e suas transformações. Com frases fortes e o vozeirão característico, virou referência do pensamento desenvolvimentista no Brasil. Era defensora ferrenha do desenvolvimento com justiça social. Fuga de ditadura portuguesa Maria da Conceição Tavares se formou em Matemática pela Universidade de Lisboa em 1953. No ano seguinte, migrou para o Brasil para escapar da ditadura portuguesa de Salazar. No Brasil, cursou Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se graduou em 1960. Segundo a Universidade de São Paulo, o ensaio “Auge e declínio do processo de substituição de importações”, de 1972, foi um "marco no estudo do processo de industrialização do Brasil e tornou-se clássico na literatura especializada". No Brasil, enfrentou mais uma vez a ditadura, desta vez a brasileira. A militância em defesa da democracia a levou ao exílio no Chile. Vida política Quando retornou ao país, militou no Movimento Democrático Brasileiro, antecessor do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), mas foi pelo Partido dos Trabalhadores (PT) que se elegeu deputada federal em 1994. Após o fim do mandato, em 1999, se tornou consultora para assuntos econômicos do partido. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff (PT) entregou o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia a Maria da Conceição, a mais alta condecoração na área. A ex-presidente havia sido aluna de mestrado da economista na Unicamp na década de 80. A presidente Dilma Rousseff entregou nesta quinta-feira (17) o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011 para a professora de economia, escritora e consultora portuguesa Maria da Conceição de Almeida Tavares, que é naturalizada bra Roberto Stuckert Filho / Presidência Nos últimos anos, a economista viralizou nas redes sociais com trechos de entrevistas e aulas. Um dos trechos compartilhado por milhares de pessoas é uma análise sobre o crescimento da economia sem preocupação social: "A economia que não se preocupa com justiça social é uma economia que condena os povos. É isso que está ocorrendo no mundo inteiro, uma brutal concentração de renda entre riqueza, o desemprego e a miséria", disse a economista. A economista Maria da Conceição Tavares, em foto de 2016 Fernando Frazão/Agência Brasil Confira suas obras publicadas: Da substituição de importações ao capitalismo financeiro: ensaios sobre economia brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. A economia política da crise: problemas e impasses da política econômica brasileira. Rio de Janeiro: Vozes, 1984. Uma reflexão sobre a natureza da inflação contemporânea. Rio de Janeiro: Instituto de Economia Política, 1984. O grande salto para o caos: o Plano Cruzado em posfácio. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. Problemas de industrialización avanzada en capitalismos tardios y periféricos. Rio de Janeiro: Instituto de Economia Industrial, 1986. Japão: um caso exemplar de capitalismo organizado. Brasília: IPEA, 1991. (Des)Ajuste global e modernização conservadora. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. As políticas de ajuste no Brasil: os limites da resistência. São Paulo: IESP, 1993. O Estado que nós queremos. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1993. Em defesa do interesse nacional: desinformação e alienação do patrimônio público. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994. Lições contemporâneas de uma economia popular. Rio de Janeiro: Markgraph, 1994. Os excluídos: debate entre os autores. Petrópolis: Vozes, 1995. Coautor: Luciano Mendes de Almeida. Veja Mais

Dólar a R$ 5,32: entenda o que impulsionou a moeda ao maior patamar desde janeiro de 2023

G1 Economia Nesta sexta-feira (7), a moeda norte-americana voltou a subir e fechou em alta de 1,42%, cotada a R$ 5,3242. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira operava em queda nos últimos minutos do pregão. Dólar Karolina Grabowska/Pexels IA O dólar voltou a subir e fechou a sessão de negócios desta sexta-feira (7) no maior patamar em mais de um ano e meio. Investidores mais uma vez ficaram de olho nos sinais sobre o futuro dos juros dos Estados Unidos. Entenda mais abaixo os fatores que têm impulsionado a moeda nos últimos dias. Segundo informações do Departamento do Trabalho norte-americano, a criação de vagas de trabalho na maior economia do mundo cresceu mais do que o esperado em maio, voltando a trazer temores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) volte a adiar o início do ciclo de cortes das taxas por lá. A política monetária em outros países desenvolvidos também ficou no radar, bem como falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (veja mais abaixo) O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar avançou 1,42%, cotado em R$ 5,3242. Na máxima, chegou a R$ 5,3273. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 1,43% na semana e no mês; ganho de 9,72% no ano. Na quinta-feira (6), a moeda norte-americana caiu 0,89%, cotada a R$ 5,2498. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou com um recuo de 1,73%, aos 120.767 pontos. Com o resultado, acumulou quedas de: 1,09% na semana e no mês; 10% no ano. Na quinta-feira, o índice encerrou em alta de 1,07%, aos 121.598 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que explica a forte alta do dólar nos últimos dias? Com uma série de indicadores norte-americanos no radar dos investidores, o principal impulsionador do dólar nas últimas semanas são as incertezas sobre qual deve ser a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução dos juros do país. Desde a semana passada, por exemplo, dados econômicos dos Estados Unidos já têm sinalizado que a maior economia do mundo pode estar desacelerando — com uma inflação mais sob controle e um mercado de trabalho menos pressionado. Com números de inflação e atividade mais controlados, investidores voltaram a acreditar que o Fed pode iniciar o seu ciclo de cortes nos juros em setembro. Nesta semana, no entanto, o jogo parece ter virado. Nesta sexta-feira (7), por exemplo, dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos indicaram que a economia do país criou muito mais empregos do que o esperado em maio. Além disso, o crescimento anual dos salários voltou a acelerar, ressaltando a resiliência do mercado de trabalho. Já na quarta-feira (5), dados do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) voltaram a indicar um crescimento do setor de serviços nos EUA. Esses números voltaram a trazer incerteza sobre qual deve ser a postura do Fed na condução dos juros nos EUA. Vale ressaltar que juros mais altos nos EUA jogam a favor do dólar, já que tornam os rendimentos norte-americanos mais atraentes para investidores estrangeiros. Entre outros fatores que corroboraram para a alta do dólar ante o real nas últimas semanas, estão: a variação de preços das commodities; o cenário da balança comercial brasileira; e as incertezas sobre o quadro fiscal brasileiro. Entenda mais sobre os fatores que tem impulsionado a alta do dólar na reportagem abaixo: DÓLAR EM DISPARADA: entenda a alta da moeda e o que vem pela frente O que mais está mexendo com os mercados nesta semana? Ao longo dessa semana, outros fatores também ficaram na mira dos investidores. Nesta sexta-feira (7), por exemplo, o foco ficou com as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou de uma reunião privada com agentes do mercado. Questionado sobre rumores que circularam no mercado sobre um possível aumento do limite do arcabouço, Haddad afirmou que houve um erro de interpretação e que não entendia "a intenção da pessoa que repassou uma informação falsa". "A pergunta que me foi feita por um dos integrantes da reunião [...] é se havia possibilidade de contingenciamento este ano se algumas despesas obrigatórias crescessem além do previsto. E eu disse que sim", disse Haddad. "É absolutamente normal e aderente ao que prevê o arcabouço fiscal. Então, não intendi a intenção da pessoa que vazou uma informação falsa a respeito do que eu disse", acrescentou o ministro. Haddad ainda reiterou que quando foi questionado, na reunião, se haveria algum tipo de contingenciamento no caso de aumento de uma despesa obrigatória, respondeu que "pela dinâmica do arcabouço, sim". "Se você tiver uma despesa obrigatória crescendo para além do que está previsto no orçamento, você vai pressionar as outras despesas e obrigar o governo a contingenciar", afirmou o ministro. A reunião em questão teria sido com executivos do Santander e, segundo o ministro, houve uma quebra de protocolo. "Isso é uma irresponsabilidade. Eu sugeriria vocês a entrar em contato com o CEO do Santander. É muito grave o que aconteceu. Isso não pode acontecer. Você não pode utilizar uma reunião fechada para depois vender para o mercado aquilo que não foi dito." Procurado, o Santander não respondeu até a última atualização desta reportagem. Outros fatores da agenda da semana também ficaram sob os holofotes. Na terça-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 0,8% no primeiro trimestre deste ano em comparação aos três meses anteriores. Na relação anual, a alta foi de 2,5%. O movimento veio puxado principalmente pelo setor de serviços, que teve alta de 1,4% no período. A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, apresentou leve queda, de 0,1%. Já no exterior, as atenções ficaram voltadas para a Europa, após o Banco Central Europeu (BCE) realizar o primeiro corte de juros básicos em cinco anos. Em novas previsões, o BCE afirmou que estima que a inflação ficará em média de 2,2% em 2025 — acima de uma estimativa anterior de 2,0% e, portanto, acima da meta de 2% da instituição. "Apesar do progresso nos últimos trimestres, as pressões internas dos preços continuam fortes já que o crescimento dos salários está elevado, e a inflação provavelmente permanecerá acima da meta até o próximo ano", afirmou a presidente do BCE, Christine Lagarde, em coletiva de imprensa na véspera. Com a decisão desta quinta-feira, o BCE se junta aos bancos centrais do Canadá, da Suécia e da Suíça, desfazendo algumas das sequências mais acentuadas de aumentos das taxas de juros na história recente. Veja Mais

Curso gratuito mostra como criar abelhas sem ferrão

G1 Economia Aulas foram preparadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em parceria com a Embrapa Meio Ambiente. O Antônio, do Paraná, quer começar uma criação de abelhas sem ferrão e pergunta como fazer para capturar as primeiras habitantes da colmeia. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com a Embrapa Meio Ambiente, tem um curso sobre o tema que aborda o preparo das armadilhas, como transferir as colônias para as caixas de criação e os cuidados com as novas colmeias. >>>Acesse aqui Veja Mais

Azul passa a aceitar saque-aniversário do FGTS para compras de passagens aéreas

G1 Economia Estratégia funciona em parceria com o Banco Digio, banco digital do Bradesco. Azul passa a oferecer pagamento de passagens com FGTS Ministério da Saúde/Divulgação A Azul anunciou nesta quinta-feira (6) que seus clientes poderão usar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar passagens aéreas no aplicativo da companhia, em uma estratégia que tem a parceria do Banco Digio, o banco digital do Bradesco. A empresa explicou que, para utilizar essa forma de pagamento, o cliente precisa aderir à modalidade saque-aniversário no aplicativo do FGTS provido pela Caixa Econômica Federal e autorizar o Banco Digio, intermediário financeiro da parceria, a acessar as informações de saldo do FGTS. LEIA TAMBÉM Parceria entre Azul e Gol: veja o que se sabe sobre os voos compartilhados Justiça dos EUA aceita pedido de recuperação judicial da Gol Avião da Azul decola pouco antes do fim da pista no Aeroporto de Congonhas A solicitação de pagamento será avaliada e, posteriormente, autorizada pela Caixa após consulta. Após a solicitação de pagamento com FGTS, o processo de análise pode levar até 24 horas para ser concluído pela Caixa. O cliente será informado por e-mail sobre o status da análise, e poderá consultar o andamento do processo na seção “Minhas Viagens” do aplicativo da Azul. A opção de pagamento estará disponível exclusivamente pelo aplicativo da Azul e a implementação dessa nova funcionalidade funcionará para todos os clientes usuários IOS e Android. Base Aérea de Canoas estuda receber voos internacionais Veja Mais

Quem é a primeira mulher do mundo a acumular uma fortuna de meio trilhão de reais

G1 Economia A francesa de 70 anos é herdeira da L'Oréal e tem um patrimônio estimado em US$ 100,4 bilhões, ou R$ 527,1 bilhões, na atual cotação do dólar. Quem é a 1ª mulher do mundo a acumular meio trilhão de reais A mulher mais rica do mundo conquistou um novo recorde nesta quarta-feira (5). Agora, Françoise Bettencourt Meyers também é a primeira mulher a alcançar uma fortuna de mais de R$ 500 bilhões. A francesa de 70 anos é herdeira da L'Oréal e tem um patrimônio estimado em US$ 100,4 bilhões, ou R$ 527,1 bilhões, na atual cotação do dólar. Ela ocupa a 15ª posição do ranking de bilionários da Forbes, depois de um incremento de milhões de dólares em sua fortuna, na véspera. Françoise é a atual vice-presidente do conselho da L'Oréal, a maior empresa de cosméticos e beleza do mundo. Ela é filha única e herdeira de Liliane Bettencourt e neta do fundador da companhia, Eugène Paul Louis Schueller. Foi só em 2017, quando sua mãe faleceu aos 94 anos, que Françoise se tornou a herdeira direta da L'Oréal e passou a ter 33% das ações da companhia. Um ano depois, em 2018, ela apareceu pela primeira vez na lista de bilionários. Desde 2021, Françoise é também a mulher mais rica do mundo, segundo a Forbes. Em 2022, a executiva encerrou o ano na 14ª colocação dos maiores bilionários. Ela é a segunda francesa na lista dos mais ricos. Bernard Arnault, presidente e diretor executivo da LVMH, controladora da marca de luxo Louis Vuitton, ocupa o primeiro posto do ranking, como o homem mais ricos do mundo, com uma fortuna de mais de US$ 209 bilhões. LEIA TAMBÉM Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes em 2024 Éder Militão x Karoline Lima: como deve ser a pensão alimentícia de um pai milionário? Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Françoise e a L'Oréal Françoise é membro do conselho da L'Oréal desde 1997. A empresa tem atuação em 130 países, conta com um portfólio de 35 marcas e seus principais mercados são Estados Unidos, França, China, Alemanha e Brasil. Embora a fortuna da família Bettencourt e da L'Oréal já fossem expressivas antes de Françoise se tornar a herdeira direta, desde 2017, a executiva triplicou seu patrimônio com investimentos que valorizaram os papéis da empresa na bolsa de valores. Em 2021, segundo dados da Bloomberg, a empresa se recuperou da pandemia graças à oferta diversificada de produtos. Françoise também é escritora, pianista e filantropa. A executiva também preside a fundação filantrópica da família, que incentiva e participa de projetos na ciência e na arte na França. Os mais ricos do mundo Atualmente, este é o top 10 de maiores bilionários: Bernard Arnault, CEO da LVMH, controladora da grife Louis Vuitton, com US$ 209,3 bilhões Elon Musk, CEO da Tesla, com US$ 208,4 bilhões Jeff Bezos, fundador da Amazon, com US$ 201,5 bilhões Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, com US$ 174 bilhões Larry Ellison, cofundador da Oracle, com US$ 115,6 bilhões Larry Page, cofundador do Google, com US$ 145,6 bilhões Sergey Brin, cofundador do Google, com US$ 139,5 bilhões Warren Buffett, megainvestidor, com US$ 135,1 bilhões Bill Gates, fundador da Microsoft, com US$ 130,6 bilhões Steve Ballmer, ex-CEO da Microsoft, com US$ 125,1 bilhões Veja Mais

Exportações de frango animam criadores e frigoríficos

G1 Economia País é o maior exportador de carne de frango do mundo. Investimento em tecnologia permite um aumento na produção e na qualidade do produto. Avicultor do interior de SP investe em tecnologia e tendências para criação de frango de corte Reprodução/TV TEM O investimento em tecnologia e tendência tem elevado a qualidade da carne de frango no Brasil, que é exportada para a China. Um avicultor da cidade de Valentim Gentil (SP) apostou em um novo sistema de criação de aves, chamado de Casa Escura. Segundo Mário Movio Júnior, a implementação deste sistema tem melhorado a maciez da carne e diminuído o estresse da ave. “O frango estando em um ambiente mais escuro, ele fica menos agitado, ele descansa e come mais. Além disso, nós trabalhamos com sistema de placa evaporativo, onde o ar entra e passa pelas placas refrigerando o ambiente, e mantém um fluxo de ar contido dentro da granja. Isso mantém o ar 100% limpo, gerando conforto e um ambiente mais apropriado para o frango”, explica. Com esse novo sistema, o avicultor aumentou a área da granja e, consequentemente, a produção, saindo de 20 mil para mais de 30 mil aves. O fornecimento das aves é feito logo no primeiro dia de vida e é garantido por um frigorífico de Votuporanga (SP), que também é responsável pela distribuição de ração e assistência técnica. Essa parceria entre o produtor e o frigorífico garante mais produtividade ao avicultor e qualidade ao consumidor. De acordo com Merlim Machado, diretor comercial do frigorífico, a expectativa é exportar o dobro em 2024, se comparado a 2023. “Ano passado nossa empresa exportou, aproximadamente, seis mil toneladas e, para esse ano, o objetivo e projeção são de 16 a 18 mil toneladas. Nós já atuamos na Ásia, como Hong Kong, nós habilitamos agora Japão, estamos na pré-lista de Filipinas e também do Reino Unido”, explica. Veja a reportagem exibida no programa em 09/06/2024: Avicultor do interior de SP investe em tecnologia e tendências para criação de frango VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.734: aposta de Ponta Grossa (PR) leva sozinha prêmio de R$ 114 milhões

G1 Economia Conheça os números sorteados: 21 - 27 - 35 - 48 - 59 - 60. O prêmio saiu para uma aposta de Ponta Grossa (PR). Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promoveu neste sábado (8), às 20h, o sorteio do concurso 2.734 da Mega-Sena. Uma aposta de Ponta Grossa (PR) acertou as seis dezenas e levou o prêmio de R$ 114.104.458,33 milhões. Veja os números sorteados: 21 - 27 - 35 - 48 - 59 - 60 5 acertos - 137 apostas ganhadoras: R$ 49.467,16 4 acertos - 7.811 apostas ganhadoras, R$ 1.239,46 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (11), com prêmio estimado em R$ 35 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Como apostar na Mega-Sena Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Ex-aluna de Maria da Conceição Tavares, Dilma lamenta morte: 'minha companheira de lutas e sonhos'

G1 Economia Ex-presidente foi aluna de mestrado da economista na Unicamp na década de 80. Economista morreu aos 94 anos neste sábado (8). Dilma entrega o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011 para a professora de economia, escritora e consultora Maria da Conceição de Almeida Tavares Roberto Stuckert Filho / Presidência A ex-presidente Dilma Roussef lamentou a morte de Maria da Conceição Tavares, uma das mais importantes economistas do Brasil. "É com grande pesar que recebo a a notícia da morte da economista Maria da Conceição Tavares. Meus sentimentos à família e aos muitos amigos e alunos. Todos ficamos tristes pela sua passagem". Dilma foi aluna de mestrado da economista na Unicamp na década de 80. Em 2011, a então presidente Dilma entregou o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia a Maria da Conceição, a mais alta condecoração na área. A escritora morreu aos 94 anos, neste sábado (8), em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. "Minha amiga e professora era uma mulher brilhante e profundamente comprometida com a soberania nacional, tendo atuado decisivamente na construção de um Brasil menos desigual. Era uma portuguesa que veio para o país ainda criança e virou uma brasileira de coração e de compromisso firme com o nosso povo", escreveu Dilma. Quem foi a economista e escritora Maria da Conceição Tavares Vida e trajetória Nascida em Aveiro, em Portugal, ela se naturalizou brasileira e dedicou-se a pensar a economia do Brasil. Maria da Conceição foi deputada federal entre os anos de 1995 e 1999. Foi também professora-titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora-emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tavares formou gerações de economistas no Brasil e sempre defendeu que o Estado fosse responsável pelo desenvolvimento econômico do Brasil. A professora ficou conhecida como defensora fervorosa do Plano Cruzado e do combate à inflação. Nos anos 1980, chorou em frente às câmeras de TV na defesa do Plano Cruzado, em um dos momentos mais marcantes daquela época de euforia que o congelamento de preços trouxe ao povo brasileiro. Em 1994, elegeu-se deputada federal pelo PT e foi uma das vozes mais críticas ao Plano Real. Em 1995, no primeiro ano de mandato de Fernando Henrique Cardoso, Tavares deu uma entrevista para o programa "Roda Viva", da TV Cultura, que repercute até hoje nas redes sociais, em que analisa a economia brasileira: "Uma economia que diz que precisa primeiro estabilizar, depois crescer, depois distribuir, é uma falácia, e tem sido uma falácia. Nem estabiliza, cresce aos solavancos e não distribui. E esta é a história da economia brasileira, desde a pós guerra", disse a economista. A economista Maria da Conceição Tavares em entrevista ao programa Roda Viva, em 1995. Reprodução/TV Cultura A carreira de Conceição foi marcada por passagens no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde foi homenageada em março deste ano, e pelo Grupo Executivo da Indústria Mecânica Pesada (Geimape). Maria da Conceição chegou a lecionar no Chile e no México. Foi presa pela ditadura em novembro de 1974 e solta poucos dias depois, por pressão de integrantes do governo, como o então ministro Mario Henrique Simonsen. Escreveu diversos artigos e livros, que trouxeram análises profundas sobre a economia brasileira e suas transformações. Com frases fortes e o vozeirão característico, virou referência do pensamento desenvolvimentista no Brasil. Era defensora ferrenha do desenvolvimento com justiça social. Veja Mais

'Legado importante', 'mestra', 'grande pensadora': veja a repercussão sobre a morte de Maria da Conceição Tavares

G1 Economia Economista e escritora anos morreu neste sábado (8), aos 94 anos. Morre a economista Maria da Conceição Tavares Morreu neste sábado (8), aos 94 anos, a economista e escritora Maria da Conceição Tavares.Nascida em Aveiro, em Portugal, ela se naturalizou brasileira e dedicou-se a pensar a economia do Brasil. Defensora do desenvolvimento com justiça social: quem foi Maria da Conceição Tavares Políticos, economistas e ex-alunos usaram as redes sociais para lamentar sua morte. Veja a repercussão abaixo: Lula (PT), presidente da República "Maria da Conceição de Almeida Tavares foi professora, deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores, economista e matemática, uma das maiores da nossa história. Nascida em Portugal, adotou o Brasil e nosso povo com o seu coração e paixão pelo debate público e pelas causas populares. Foi uma economista que nunca esqueceu a política e a defesa de um desenvolvimento econômico com justiça social. Formou gerações de economistas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trabalhou no BNDES, em projetos importantes para a industrialização do nosso país e com a CEPAL em defesa do desenvolvimento da América Latina. Escreveu centenas de artigos e muitos livros. Até hoje suas aulas são consultadas pelos jovens em vídeos na internet, pela sua fala sempre franca e direta. Tive o prazer e a honra de conviver e conversar muito com minha amiga ao longo dos anos, debatendo o Brasil e os nossos desafios sociais e econômicos no Instituto Cidadania, em conversas no Rio de Janeiro ou em viagens pelo Brasil. Nesse momento de despedida, meus sentimentos aos familiares, em especial aos filhos, aos muitos amigos, alunos e admiradores de Maria da Conceição Tavares." O presidente Lula e a economista Maria da Conceição Tavares. Ricardo Stuckert/Presidência da República Dilma Rousseff, ex-presidente da República "É com grande pesar que recebo a a notícia da morte da economista Maria da Conceição Tavares. Meus sentimentos à família e aos muitos amigos e alunos. Todos ficamos tristes pela sua passagem. Uma das mais importantes e influentes intelectuais de nosso tempo, Maria da Conceição amou profundamente o Brasil e o povo brasileiro, tendo sido uma das grandes pensadoras sobre o destino do país, os rumos da nossa economia e os caminhos para o desenvolvimento com Justiça Social. Minha amiga e professora era uma mulher brilhante e profundamente comprometida com a soberania nacional, tendo atuado decisivamente na construção de um Brasil menos desigual. Era uma portuguesa que veio para o país ainda criança e virou uma brasileira de coração e de compromisso firme com o nosso povo. Minha companheira de lutas e sonhos. Maria da Conceição Tavares, presente!" Marcio Pochmann, presidente do IBGE "A mestre do desenvolvimento com justiça social que jamais desistiu do Brasil. A professora Maria da Conceição Tavares deixa uma trajetória exemplar de educadora engajada no que de melhor o pensamento crítico gerou no Brasil. Intelectual comprometida com a transformação nacional ousou diuturnamente enfrentar a ditadura civil-militar, constituindo parte integrante do movimento da democratização do país. Apoiou o programa esperança e mudança do PMDB nos anos de 1980 e, posteriormente, contribuiu nos programas econômicos e nos governos do PT. Foi uma das bases fundamentais da produção teórica-analítica e do ensino formativo de muitos alunos e orientandos, consolidando o pensamento desenvolvimentista latino-americano ancorado na UFRJ e Unicamp. No parlamento, exerceu, com entusiasmo, a representação popular, enfrentando o neoliberalismo de forma corajosa e inteligente." Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania "Hoje o Brasil se despede de Maria da Conceição Tavares. Suas lições permanecem fundamentais para a construção de um Brasil que saiba cuidar do seu povo. Obrigado, professora." Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras “A quem quiser entender o tamanho da economista que a Humanidade perdeu hoje, sugiro assistir esta cinebiografia (de José Mariani) sobre A MESTRA Maria da Conceição Tavares! Que tenhamos competência para difundir seus ensinamentos! Obrigado, Professora!”, disse o ex-presidente da Petrobras" Eduardo Suplicy (PT), deputado estadual em São Paulo “O Brasil perdeu hoje uma mulher extraordinária. Maria da Conceição Tavares morreu, aos 94 anos, deixando um legado importante para o pensamento econômico brasileiro. Ela tornou-se célebre não só pelo vigor de seu pensamento, mas também pela paixão com que defendeu seus pontos de vista, sempre procurando identificar os interesses da grande maioria da população. Recomendo às novas gerações que conheçam seu trabalho. Meus sentimentos aos familiares e amigos.” Ivan Valente (PSOL-SP), deputado federal "Lamentamos a morte da economista, matemática, professora e militante socialista Maria da Conceição Tavares. Trabalhou no plano de metas de Juscelino Kubitschek, lutou contra a ditadura, foi deputada e dirigente do PT. Gratidão por uma vida de lutas. MARIA DA CONCEIÇÃO, PRESENTE!" Instituto Lula "Perdemos hoje Maria da Conceição Tavares, economista brilhante e uma grande pensadora dos problemas sociais do Brasil. Seu legado de luta contra a desigualdade e por justiça social jamais morrerá! Obrigado por tanto, professora! ????" Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), senador líder do governo "Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento da nossa Maria da Conceição Tavares. Nossa querida professora nos deixa um vasto legado sobre pensamento crítico em economia, justiça social, luta contra a desigualdade e, sobretudo, de muita coragem na defesa dos mais vulneráveis. Daqui, seguimos honrando seu maior ensinamento: o de sempre acreditar em um Brasil mais justo e igualitário. Descanse em paz, professora." Humberto Costa (PT-PE), senador "Foi com tristeza que soube da morte da professora Maria da Conceição Tavares, que tem uma trajetória acadêmica que nos ajuda a construir e pensar na sociedade e na economia brasileira. Seu legado é gigante. Meus sentimentos a familiares e amigos." Erika Hilton (PSOL-SP), deputada federal "Hoje perdemos Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos. A economista e ex Deputada Federal pelo PT se destacou por suas contribuições ao pensamento desenvolvimentista e por seu papel na formação de várias gerações de economistas brasileiros, deixou um legado imensurável. Minha solidariedade aos familiares, amigos e milhares de pessoas que se inspiram e bebem de sua eterna fonte de conhecimento crítico e militância de esquerda." Ministério da Fazenda O Ministério da Fazenda recebeu com tristeza a notícia do falecimento da economista Maria da Conceição Tavares. Professora, escritora, ex-deputada Federal, Maria da Conceição se notabilizou por sua contribuição inestimável ao pensamento econômico brasileiro. Corajosa, criticou de forma arguta decisões de política econômica implantadas em descompasso com a justiça social. Seu forte espírito público inspirou centenas de economistas no país. Neste momento de dor, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os servidores do ministério da Fazenda manifestam respeito e solidariedade aos familiares e amigos de Maria da Conceição Tavares. Emicida, cantor "Professora Maria da Conceição Tavares. Obrigado, que a terra lhe seja leve????" Veja Mais

'Dinheiro esquecido': R$ 8,15 bilhões ainda podem ser resgatados em sistema do BC

G1 Economia Consulta pode ser feita por pessoas físicas e empresas no Sistema de Valores a Receber. Dados são do mês de fevereiro. Em abril, valor disponível era de quase R$ 7,8 bilhões. O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (7) que R$ 8,15 bilhões estão disponíveis para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR). Os dados são do mês de abril. Até o momento, foram devolvidos R$ 6,78 bilhões aos clientes bancários. Em abril, esse valor era de quase R$ 7,8 bilhões. O sistema é um serviço do BC no qual é possível consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm algum "dinheiro esquecido" em banco, consórcio ou outra instituição. Como consultar e resgatar Você tem dinheiro esquecido? Saiba como consultar no Banco Central O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores é o https://valoresareceber.bcb.gov.br. É importante ressaltar que, via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. Veja Mais

Nvidia, Microsoft e OpenAI serão investigadas por supostas práticas contra a concorrência

G1 Economia Desde o lançamento em 2022 do ChatGPT, um dos sistemas de inteligência artificial mais populares do mundo, teve início uma corrida frenética pela liderança desse terreno digital. Logo da Nvidia REUTERS/Mike Blake O governo dos Estados Unidos vai abrir investigações para determinar se a OpenAI, Nvidia e Microsoft são culpadas de práticas contra a concorrência, informou nesta quinta-feira (06) o New York Times. Segundo o jornal, o Departamento de Justiça vai conduzir as investigações sobre a fabricante de chips Nvidia, enquanto a Comissão Federal de Comércio (FTC) vai se concentrar na OpenAI e Microsoft. Procurados pela AFP, a OpenAI, Nvidia, o Departamento de Justiça e a FTC não fizeram comentários, e a Microsoft não respondeu ao contato. LEIA TAMBÉM Nvidia: como a inteligência artificial criou o novo 'fenômeno' da bolsa americana Fortuna do CEO da Nvidia cresce US$ 7,7 bilhões em um dia após lucro subir 628% para o 1° tri Desde o lançamento em 2022 do ChatGPT, um dos sistemas de inteligência artificial (IA) mais populares do mundo, teve início uma corrida frenética pela liderança desse terreno digital. O desenvolvimento dessa tecnologia requer um investimento gigante, principalmente em servidores e processadores para treinar os programas de IA, conhecidos como grandes modelos de linguagem (LLM). Poucas gigantes tecnológicas podem fazer o investimento necessário para se tornarem players legítimas da IA generativa. A OpenAI está muito bem posicionada, por ter sido pioneira ao lançar o ChatGPT. A Microsoft também saiu na frente, graças a uma parceria com a OpenAI, ao implementar essa tecnologia em produtos e serviços, o que lhe permitiu começar a rentabilizar o investimento. A Nvidia, por sua vez, ocupa uma posição central na indústria dos semicondutores. Seus chips, conhecidos como unidades de processamento gráfico (GPUs), são os mais demandados para o desenvolvimento da IA generativa. A FTC anunciou em janeiro a abertura de uma investigação sobre os investimentos gigantes feitos pela Microsoft, Google e Amazon nas principais startups de IA generativa, OpenAI e Anthropic. Veja Mais

Governo vai realizar novo leilão para comprar mais 36,6 mil toneladas de arroz, diz Conab

G1 Economia Quantidade corresponde aos lotes que não foram arrematados no leilão desta quinta. No total, o certame previa a compra de 300 mil toneladas de arroz, das quais foram adquiridas 263,370 mil. Arroz na colheitadeira Celso Tavares / g1 O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, informou nesta quinta-feira (6), em coletiva de imprensa, que o governo vai realizar um novo leilão no dia 13 de junho para comprar mais 36 mil toneladas de arroz importado. Essa quantidade corresponde aos lotes que não foram arrematados no leilão desta quinta. No total, o certame previa a compra de 300 mil toneladas do grão, das quais foram adquiridas 263,370 mil, ou seja, cerca de 88%. Os pacotes de arroz virão com os logotipos da Conab e do governo federal, além do escrito "Produto Adquirido pelo Governo Federal". O produto terá um preço tabelado: será vendido em pacotes de 5 quilos por R$ 20 reais, ou seja, por R$ 4 o quilo, como o governo tem anunciado. Ainda não é possível saber de quais países virão o arroz. Durante a coletiva, o diretor-executivo de Operações da Conab, Thiago dos Santos, explicou que quem participa dos leilão são empresas brasileiras. Estas que fazem a importação e, posteriormente, vendem o arroz para o governo. O governo disse que essa informação deve ficar disponível nos próximos dias. As empresas que venceram o leilão foram a Zafira Trading, que atua no ramo de exportação e importação; a Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos Ltda; Wisley A de Souza Ltda e a ASR Locação de Veículos e Máquinas, que tem como atividade secundária o comércio de cereais. Além dessas 300 mil toneladas, a Conab está autorizada a comprar mais 700 mil toneladas, mas, segundo Pretto, não existe expectativa de novos leilões, por enquanto. “Se não houver necessidade, nós não faremos mais compra. Mas, enquanto houver necessidade de baratear os preços para os consumidores, nós vamos realizar os leilões”, disse. Leilão quase não aconteceu Na quarta-feira (5) à noite, a Justiça Federal chegou a suspender o evento por meio de uma liminar, atendendo a um pedido do Partido Novo. No entanto, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso e conseguiu reverter a decisão. O leilão aconteceu às 9h da manhã, como estava programado. A medida tem sido criticada por associações de produtores rurais, que a consideram intervencionista e um desestímulo à produção nacional. Durante a coletiva desta quinta, o presidente da Conab disse que o objetivo da compra de arroz é levar o alimento a um preço mais acessível ao consumidor brasileiro, após a alta de preços que ocorreu em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional. Na prévia da inflação de maio, o preço do arroz ao consumidor acumula alta de 25% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Tivemos essa necessidade dessa modalidade da importação justamente para garantir que o trabalhador brasileiro possa ter acesso a um preço acessível nesse item, que é um dos principais alimentos que vai para a mesa do brasileiro junto com o feijão", disse Pretto. "Nos últimos 40 dias, a especulação injustificável tomou conta do mercado brasileiro e o governo cumpriu o seu papel de coibir essa prática horrorosa, principalmente, no momento de tragédia como esse no Rio Grande do Sul", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao g1, logo após o leilão. Segundo ele, há cerca de 40 dias, o pacote de 5 quilos de arroz estava sendo comercializado entre R$ 25 e R$ 26,50, no mercado brasileiro. "Bastou a enchente, o arroz foi a R$ 35, R$ 38, R$ 40. Sem justificativa porque temos estoques no Brasil de arroz suficiente para a população brasileira, mostrando que era pura especulação", disse. Consumidores reclamam de alta no preço do arroz em Bauru Procon encontra variação de até 27% no preço do arroz em estabelecimentos de Goiás Veja Mais

Haddad se reúne com o Papa Francisco no Vaticano

G1 Economia Audiência ocorreu nesta quinta-feira (6). Um dos assuntos tratados foi a tributação das grandes fortunas. Ministro da Fazenda e papa Francisco, no Vaticano, em Roma Servizio Fotografico/Vatican Media O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o Papa Francisco nesta quinta-feira (6), no Vaticano, em Roma. O encontro foi reservado, sem o acesso da imprensa. A agenda de Haddad na Itália tem relação com uma das pautas do ministro à frente da Fazenda, a tributação das grandes fortunas. Durante a viagem, Haddad disse que a taxação das grandes fortunas só "faz sentido em escala global". Ainda segundo ele, "se não for assim, não vai ser eficaz". Ele ponderou também ser este o "começo de uma jornada" de mobilização das nações. Na ocasião, o ministro presenteou o Papa com uma cuia de Chimarrão. Haddad também recebeu um presente do Papa. Após o encontro, o ministro da Fazenda escreveu em uma rede social: "Uma inclinação afetuosa do espírito para a vida é o caminho para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Uma economia global de laços que combatam a miséria e a pobreza." Papa Francisco e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante encontro no Vaticano. Servizio Fotografico/Vatican Media Além de se reunir com o Papa, o ministro da Fazenda também teve reunião com o ministro da Economia e Finanças da Itália, Giancarlo Giorgetti. Durante, uma coletiva de imprensa na terça-feira (4), Haddad falou sobre a oportunidade de encontrar Francisco. "Na quinta-feira, terei a oportunidade de estar com o Papa Francisco numa audiência pessoal, pra trazer o abraço do presidente Lula, e mantê-lo a par dos propósitos do Brasil, e colocar o governo brasileiro a sua disposição para os temas que são tratados pelo Vaticano e que dizem respeito ao sentimento dos brasileiros por um mundo mais fraterno, por um mundo de paz, por um mundo de liberdade", disse. Veja Mais

Parceria conecta agricultores e consumidores

G1 Economia Conceito, chamado de 'comunidade que sustenta a agricultura', elimina intermediários e transforma a relação entre agricultor e consumidor mais próxima, visando uma maior qualidade. Montagem estreita relação entre agricultor e consumidor Reprodução/TV TEM No tranquilo município de Guapiaçu (SP), localizado na região de São José do Rio Preto (SP), há uma situação especial na fazenda de Walter Tadini. Nela, a produção agrícola é mais do que uma atividade comercial, sendo uma forma de vida compartilhada entre o produtor e o consumidor. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Tudo o que brota da terra generosa do sítio é dividido entre oito famílias locais, em um modelo conhecido como "comunidade que sustenta a agricultura". Essa abordagem elimina intermediários, encurtando a distância entre quem cultiva e quem consome. "Nós temos cerca de oito famílias que atendemos todo mês. Eles pagam uma mensalidade e, toda semana, servimos a melhor cesta que podemos colher. O consumidor é chamado de co-agricultor", explica o produtor rural. Veja a reportagem exibida no programa em 09/06/2024: Parceria conecta agricultores e consumidores A agricultura é pura e simples, seguindo os princípios naturais. Não há lugar para agrotóxicos e adubos químicos. Isso não apenas garante alimentos mais saudáveis, mas também reduz os custos de produção em cerca de 70% em comparação com o método convencional. Com margens de lucro mais amplas, o rendimento mensal de Walter gira em torno de R$ 10 mil, uma prova de que a natureza pode ser parceira de negócios prósperos. Aparecido Nunes, também produtor rural, destaca o sistema de planejamento financeiro. "Na comunidade, eles costumam pagar adiantado. Temos que administrar o dinheiro para o mês, com os gastos da agricultura e da família. No campo, também funciona assim. Se não tiver uma gestão, não dá certo", finaliza. VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

+Milionária, concurso 153: prêmio acumula e vai a R$ 222 milhões

G1 Economia Oito apostas que acertaram cinco dezenas e dois trevos levam R$ 88.600,96. Próximo sorteio será no quarta (12). Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 153 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (8), em São Paulo e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 222 milhões. Veja os números sorteados: Dezenas: 09-10-13-20-34-50 Trevos: 1-6 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 2 trevos - 8 apostas ganhadoras: R$ 88.600,96 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 61 apostas ganhadoras, R$ 5.164,35 4 acertos + 2 trevos - 309 apostas ganhadoras, R$ 1.092,32 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 2744 apostas ganhadoras, R$ 123,00 3 acertos + 2 trevos - 4536 apostas ganhadoras, R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 30148 apostas ganhadoras, R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 31674 apostas ganhadoras, R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 224933 apostas ganhadoras, R$ 6,00 O próximo sorteio será na quarta-feira (12). Números sorteados no concurso 153 da +Milionária. Reprodução +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Unicamp lamenta morte de Conceição Tavares: 'deixou um legado profundo em gerações de economistas'

G1 Economia Economista foi professora e fundadora do Instituto de Economia da universidade. Maria da Conceição Tavares sendo homenageada na Unicamp Unicamp/Divulgação O Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp) lamentou a morte da ex-professora e economista Maria da Conceição Tavares, que morreu neste sábado (8) aos 94 anos. Em nota, a Uniicamp diz que a contribuição de Tavares para a instituição e para o campo da economia "foi de uma magnitude inigualável". E lembrou que, além de atuar como docente, a economista foi fundadora do Instituto de Economia da universidade. "Como professora e pesquisadora exemplar, Tavares deixou um legado profundo em gerações de economistas. Seu trabalho incansável e suas ideias inovadoras moldaram a forma como entendemos e estudamos a economia. Ela foi uma referência intelectual, sempre questionando as desigualdades e buscando soluções para os desafios enfrentados pelo nosso país", diz a nota. Além do trabalho como docente e pesquisadora, a Unicamp também destacou a atuação da economista no debate público brasileiro. "Foi uma voz ativa na defesa de políticas econômicas inclusivas e voltadas para o desenvolvimento social. Sua influência ultrapassou os limites da academia, alcançando o debate público e contribuindo para moldar o futuro do Brasil". A nota diz ainda que a perda de Maria da Conceição Tavares "deixa um vazio imensurável no Instituto de Economia da Unicamp e em toda a comunidade acadêmica". "Sua sabedoria, generosidade e dedicação deixaram uma marca indelével em todos nós, e sua ausência será profundamente sentida". O Presidente do IBGE, Márcio Porchmann (PT), professor da Unicamp, também lamentou a morte da ex-colega de docência. "Foi uma das bases fundamentais da produção teórica-analítica e do ensino formativo de muitos alunos e orientandos, consolidando o pensamento desenvolvimentista latino-americano ancorado na UFRJ e Unicamp", disse. Porchamann ainda lembrou da atuação da economista como deputada federal, entre 1995 e 1999. "No parlamento, exerceu, com entusiasmo, a representação popular, enfrentando o neoliberalismo de forma corajosa e inteligente". Biografia Conceição recebe Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011 da presidente Dilma Roberto Stuckert Filho / Presidência Natural de Aveiro, em Portugal, Tavares foi naturalizada brasileira e é considerada no país uma referência no pensamento desenvolvimentista. Foi conselheira econômica do Partido dos Trabalhadores (PT) e, entre 1995 e 1999, foi eleita Deputada Federal pelo partido. Em 1998, venceu o Prêmio Jabuti na categoria ‘Economia’, reconhecendo sua significativa contribuição ao pensamento econômico no Brasil. Em 2012, ganhou o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011 da então Presidente da República Dilma Roussef. Nota Márcio Porchmann, presidente do IBGE A mestre do desenvolvimento com justiça social que jamais desistiu do Brasil A professora Maria da Conceição Tavares deixa uma trajetória exemplar de educadora engajada no que de melhor o pensamento crítico gerou no Brasil. Intelectual comprometida com a transformação nacional ousou diuturnamente enfrentar a ditadura civil-militar, constituindo parte integrante do movimento da democratização do país. Apoiou o programa esperança e mudança do PMDB nos anos de 1980 e, posteriormente, contribuiu nos programas econômicos e nos governos do PT. Foi uma das bases fundamentais da produção teórica-analítica e do ensino formativo de muitos alunos e orientandos, consolidando o pensamento desenvolvimentista latino-americano ancorado na UFRJ e Unicamp. No parlamento, exerceu, com entusiasmo, a representação popular, enfrentando o neoliberalismo de forma corajosa e inteligente. Nota Instituto de Economia da Unicamp É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento da estimada Maria da Conceição Tavares. Expressamos nossas mais sinceras condolências a todos os familiares, amigos e colegas nesse momento de imensa dor e perda. Maria da Conceição Tavares foi uma figura icônica e inspiradora, uma verdadeira mestra fundadora do Instituto de Economia da Unicamp. Sua contribuição para a instituição e para o campo da economia foi de uma magnitude inigualável. Como professora e pesquisadora exemplar, Tavares deixou um legado profundo em gerações de economistas. Seu trabalho incansável e suas ideias inovadoras moldaram a forma como entendemos e estudamos a economia. Ela foi uma referência intelectual, sempre questionando as desigualdades e buscando soluções para os desafios enfrentados pelo nosso país. Além de sua notável atuação acadêmica, Maria da Conceição Tavares também foi uma voz ativa na defesa de políticas econômicas inclusivas e voltadas para o desenvolvimento social. Sua influência ultrapassou os limites da academia, alcançando o debate público e contribuindo para moldar o futuro do Brasil. A perda de Maria da Conceição Tavares deixa um vazio imensurável no Instituto de Economia da Unicamp e em toda a comunidade acadêmica. Sua sabedoria, generosidade e dedicação deixaram uma marca indelével em todos nós, e sua ausência será profundamente sentida Expressamos nossa gratidão por ter tido o privilégio de compartilhar momentos e aprendizados com a professora Maria da Conceição Tavares. Temos certeza que sua luz e seu legado continuará vivo em nossas pesquisas, em nossas aulas e em nossa luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Com profunda tristeza e reconhecimento, Instituto de Economia da Unicamp VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias na página do g1 Campinas Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 112 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 220 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (8), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.734 da Mega-Sena e 153 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 220 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 112 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (6), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Temu no Brasil: por que empresa virou ameaça para gigantes Shopee, Shein e Amazon

G1 Economia Empresa iniciou suas vendas no Brasil, acirrando a concorrência no varejo nacional. Estima-se que 152 milhões de americanos acessam a Temu todos os meses Getty Images via BBC A gigante chinesa de comércio eletrônico Temu começou nesta quinta-feira (6/6) a vender no Brasil. A empresa de comércio eletrônico é considerada uma "mistura de Shopee e Shein". Nos países em que já está em funcionamento, a gigante varejista chinesa enfrenta críticas, como as feitas por políticos no Reino Unido e nos EUA — uma investigação do governo americano concluiu que existe um "risco extremamente elevado" de que os produtos vendidos na Temu possam ter sido fabricados com trabalho análogo à escravidão. A Temu afirma que "proíbe estritamente" o uso de trabalho forçado, penal ou infantil por todos os seus vendedores. A empresa, que vende de tudo — de roupas a eletrônicos e móveis — foi lançada nos EUA em 2022 e mais tarde no Reino Unido e no resto do mundo. Desde então, ela tem liderado consistentemente os rankings globais de downloads de aplicativos, com quase 152 milhões de americanos usando a plataforma todos os meses, de acordo com dados coletados pela ferramenta de análise SimilarWeb. É a "Amazon turbinada", diz o analista de varejo Neil Saunders. Com o slogan "compre como um bilionário", a popularidade da plataforma explodiu, realizando entregas em cerca de 50 países em todo o mundo. A Temu gastou perto de US$ 1,7 bilhão em anúncios em 2023, de acordo com a SimilarWeb TEMU via BBC Marketing agressivo Durante a final deste ano do Super Bowl, principal partida de futebol americano nos EUA, foram veiculados seis comerciais de 30 segundos da Temu. Um comercial desses na final da competição custa cerca de US$ 7 milhões (R$ 35 milhões). "É muito dinheiro para um comercial muito curto", diz Saunders. "Mas ele é visto por um número enorme de pessoas e sabemos que depois daquele comercial os downloads da Temu dispararam", acrescenta. Os dados da SimilarWeb apontam que o número de visitantes individuais da plataforma em todo o mundo aumentou em quase 25% no dia do Super Bowl em comparação com o domingo anterior, com 8,2 milhões de pessoas navegando no site e no aplicativo. No mesmo período, os visitantes da Amazon e do Ebay caíram 5% e 2%, respectivamente. "Eles também gastaram muito dinheiro em micromarketing, convencendo influenciadores a promover produtos e sugerir compras na plataforma por meio de redes sociais como TikTok e YouTube", diz Saunders. Esses influenciadores normalmente têm menos de 10 mil seguidores, de acordo com Ines Durand, especialista em comércio eletrônico da SimilarWeb. "Os microinfluenciadores têm comunidades fortes, por isso seu apoio significa uma forte confiança nestes produtos", explica ela. A Temu é propriedade da gigante chinesa Pinduoduo Holdings — "um monstro no comércio eletrônico chinês", segundo Shaun Rein, fundador do China Market Research Group. "Em toda a China, todos compram produtos na Pinduoduo, desde caixinhas de som até camisetas ou meias", diz ele. Da fábrica para o cliente A empresa compete com a rival Alibaba pelo primeiro lugar entre as empresas chinesas mais valiosas listadas na bolsa de valores dos EUA. Seu valor atual é de pouco menos de US$ 150 bilhões (R$ 750 bilhões – a título de comparação, a Petrobras, empresa mais valiosa da bolsa brasileira está avaliada atualmente em R$ 478 bilhões). Com o mercado consumidor chinês sob seu domínio, a Pinduoduo Holdings expandiu-se para o exterior com a Temu, utilizando o mesmo modelo que garantiu seu sucesso anterior. Segundo Rein, que mora em Xangai, a empresa tornou-se uma grande fonte de orgulho e patriotismo. "Eles [os chineses] estão orgulhosos de que as empresas chinesas possam matar os dragões do comércio eletrônico dos Estados Unidos, como a Amazon", afirma. Uma rápida navegação pelo aplicativo ou pelo site da Temu traz de tudo, desde tênis com biqueira de aço até um dispositivo projetado para ajudar idosos e mulheres grávidas a calçar meias. A coleção variada de bens manufaturados é quase inteiramente produzida em fábricas na China, explica Rein. "A Temu usa um sistema incrível baseado na coleta de dados em grande escala", diz Ines Durand. "Eles coletam dados sobre tendências de consumo, os produtos mais pesquisados e clicados, e fornecem [essas informações] aos fabricantes individuais." Durand diz que, enquanto a Amazon vende estes dados aos fabricantes a um preço elevado, a Temu entrega gratuitamente aos produtores – informações que estes utilizam para "testar o mercado" com um número relativamente pequeno de produtos. A plataforma costuma usar imagens geradas por inteligência artificial para se manter atualizada com as últimas tendências, de modo que o produto à venda pode nem existir ainda, de acordo com Durand. Então eles são enviados ao consumidor por via aérea. "Isso significa que os produtos não precisam ser armazenados. Eles não precisam ir para estoques, uma vez que são enviados de avião, vão direto para o cliente", diz Ines Durand. A Temu envia produtos direto das fábricas na China para o cliente GETTY IMAGES via BBC Brecha tributária Um terço dos pacotes que chegaram aos EUA no ano passado, se aproveitando de uma brecha tributária, eram da Temu e da concorrente Shein, de acordo com um relatório do Congresso dos EUA. Muitos países têm um limite para a isenção de compras internacionais, concebido para ajudar os cidadãos a importar bens. No entanto, novas regulações podem estar no horizonte para fechar brechas no comércio internacional, de acordo com Mickey Diaz, diretora de operações da empresa global de frete Unique Logistics. "O Reino Unido já começou a olhar para a Temu com algum escrutínio, incluindo a venda de armas que de outra forma não seriam permitidas no Reino Unido, que estavam sendo importadas devido a essas brechas", explica ela. Questão trabalhista A Temu também tem sido criticada com relação às suas cadeias de fornecedores, com políticos do Reino Unido e EUA acusando a gigante do comércio eletrônico de permitir a venda no seu site de bens produzidos com trabalho análogo à escravidão. No ano passado, a deputada britânica Alicia Kearns, chefe do comitê seleto de relações exteriores, disse à BBC que queria um maior escrutínio do marketplace online para garantir que "os consumidores não contribuam inadvertidamente para o genocídio uigur". Kearns, que é membro do Partido Conservador do Reino Unido, se referia aos alegados abusos aos direitos humanos perpetrados pelo governo da China contra o povo uigur e outras minorias étnicas e religiosas. A Temu, por sua vez, afirma que "proíbe estritamente" o uso de trabalho forçado, penal ou infantil por todos os seus vendedores. A empresa disse ainda à BBC que qualquer um que faça negócios com ela deve "cumprir todos os padrões regulatórios e requisitos de conformidade". "Os comerciantes, fornecedores e outros terceiros devem pagar seus funcionários e contratados em dia e cumprir todas as leis locais aplicáveis sobre salários e horários", disse um porta-voz da varejista. "Nossos padrões e práticas atuais não são diferentes de outras grandes plataformas de comércio eletrônico em que os consumidores confiam, e as acusações a esse respeito são completamente infundadas", acrescentou o representante. Apesar das polêmicas, analistas esperam maior expansão para a Temu. "Provavelmente veremos as equipes começarem ampliar sua oferta, talvez apostando em alguns produtos com preços ligeiramente mais elevados", prevê o analista de varejo Neil Saunders. Segundo Shaun Reid, o foco será conquistar uma fatia ainda maior do mercado. "Nos próximos dois ou três anos, a estratégia deles será apenas aumentar o reconhecimento da marca e a participação no mercado. Eles não se importam com os lucros", afirma. "Foi exatamente isso que aconteceu com a Pinduoduo quando foi lançada na China. Eles estavam oferecendo produtos incrivelmente baratos apenas para conquistar participação de mercado." *Com a colaboração da BBC News Brasil para informações referentes ao Brasil. Veja Mais

Quem são as mulheres mais ricas do mundo e de onde vêm as fortunas delas

G1 Economia Topo da lista fica com a empresária francesa Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Oréal, conforme ranking de bilionários da Forbes. Na lista geral, com homens e mulheres, ela ocupa o 15º lugar. Françoise Bettencourt Meyers é a primeira mulher a alcançar uma fortuna de mais de US$ 100 bilhões Francois Mori/AP A empresária francesa Françoise Bettencourt Meyers, primeira mulher a alcançar uma fortuna de mais de US$ 100 bilhões (R$ 527,1 bilhões), lidera o ranking da Forbes de mulheres mais ricas do mundo. Ainda assim, na lista geral que inclui homens e mulheres, a herdeira da L'Oréal ocupa o 15º lugar. O líder do ranking geral é o dono da Tesla, Elon Musk, com uma fortuna estimada em US$ 210,2 bilhões (R$ 1,1 trilhão). Já o segundo homem mais rico do mundo é o francês Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH, que acumula um patrimônio de US$ 209,4 bilhões. Entre as mulheres, a segunda mas rica do mundo é Alice Walton, herdeira do Walmart, com fortuna estimada em US$ 78,9 bilhões. Ela ocupa a 21ª posição no ranking geral. Na sequência, vem Julia Koch, herdeira da Koch Industries, com patrimônio de US$ 65,6 bilhões. A cifra garante à empresária a 23ª posição no ranking geral de bilionários da Forbes. Veja o top 10 entre as mulheres mais ricas do mundo e de onde vêm as fortunas delas: Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Oréal, com US$ 100,1 bilhões (15º lugar geral) Alice Walton, herdeira do Walmart, com US$ 78,9 bilhões (21º lugar geral) Julia Koch, herdeira da Koch Industries, com US$ 65,6 bilhões (23º lugar geral) Jacqueline Mars, herdeira da Mars, com US$ 38,8 bilhões (34º lugar geral) Savitri Jindal, herdeira do Jindal Group, com US$ 38,1 bilhões (39º lugar geral) Rafaela Aponte-Diamant, sócia da MSC, com US$ 36,4 bilhões (44º lugar geral) MacKenzie Scott, acionista da Amazon, com US$ 34,5 bilhões (47º lugar geral) Gina Rinehart, empresária de mineração, com US$ 30,8 bilhões (52º lugar geral) Abigail Johnson, herdeira da Fidelity Investments, com US$ 29,4 bilhões (57º lugar geral) Iris Fontbona, empresária de mineração, com US$ 29,3 bilhões (59º lugar geral) Quem é a 1ª mulher do mundo a acumular meio trilhão de reais Quem é Françoise Bettencourt Meyers Françoise é a atual vice-presidente do conselho da L'Oréal, a maior empresa de cosméticos e beleza do mundo. Ela é filha única e herdeira de Liliane Bettencourt e neta do fundador da companhia, Eugène Paul Louis Schueller. Em 2017, quando sua mãe faleceu aos 94 anos, Françoise se tornou a herdeira direta da L'Oréal e passou a ter 33% das ações da companhia. Um ano depois, em 2018, ela apareceu pela primeira vez na lista de bilionários. Françoise é a mulher mais rica do mundo desde 2021, segundo a Forbes. Em 2022, a executiva encerrou o ano na 14ª colocação dos maiores bilionários. Ela é a segunda francesa na lista dos mais ricos, ficando atrás apenas de Bernard Arnault. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 Veja Mais

Temu: varejista rival da Shopee e AliExpress inicia vendas no Brasil

G1 Economia Empresa de comércio eletrônico chega ao país um dia após o Senado aprovar a chamada "taxa das blusinhas", que impacta sites estrangeiros de vendas online. Texto precisa ser sancionado pelo presidente Lula. Logo da Temu, empresa de comércio eletrônico. Reuters A empresa de comércio eletrônico Temu, concorrente de varejistas como Shopee, AliExpress e Shein, começou a vender produtos no Brasil nesta quinta-feira (6). No site da empresa, os consumidores já conseguem comprar diversos itens, que vão de artigos de beleza e vestuário a eletrônicos e eletrodomésticos. A inauguração da companhia conta com frete grátis para todos os pedidos — mesmo aqueles de valores mais baixos —, além de ofertas e descontos de até 90%. A reportagem do g1 encontrou, por exemplo, itens que vão de R$ 1,19 (um colar de metal) a R$ 3,1 mil (kit de turbo para motor de automóvel). A chegada da Temu ao Brasil acontece um dia após o Senado Federal aprovar a chamada "taxa das blusinhas", que impacta sites estrangeiros de vendas online. O texto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, vai para sanção do presidente Lula, que pode mantê-lo ou vetá-lo. LEIA TAMBÉM Senado aprova taxação de compras internacionais de até US$ 50 Quanto custarão as compras internacionais com o fim da isenção de impostos até US$ 50 Tema gerou bate-boca entre Haddad e deputado Em caso de sanção, os produtos com preços de até US$ 50 serão tributados com um imposto de importação de 20%, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17% — e que já existia. O g1 preparou uma calculadora para você conferir como fica o valor final a ser pago nas compras com as novas regras de tributação. Basta preencher os campos com o valor do produto e o valor do frete. Para o cálculo, a ferramenta considera a cotação do dólar do dia anterior. Veja abaixo: Remessa Conforme No fim de maio, antes mesmo de iniciar oficialmente suas vendas no país, a Temu passou a fazer parte da lista de empresas certificadas no programa Remessa Conforme, da Receita Federal, que oferece isenção do Imposto de Importação para mercadorias até US$ 50. Na ocasião, a Temu divulgou em seu site que sua plataforma estaria disponível no Brasil "em breve". Valor de mercado e expansão Fundada em Boston, nos Estados Unidos, em 2022, a Temu pertence à chinesa Pinduoduo — gigante do comércio eletrônico no país asiático. A empresa compete com a rival Alibaba pelo topo entre as companhias chinesas mais valiosas listadas na bolsa de valores norte-americana. Atualmente, seu valor de mercado está próximo de US$ 200 bilhões (R$ 1 trilhão). Segundo especialistas, foi justamente o domínio do mercado consumidor chinês que levou a Pinduoduo a se expandir para o exterior com a Temu. Senado aprova taxação de compras internacionais de até US$ 50 Veja Mais