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Policiais peruanos com fantasias de Halloween detêm traficantes
Policiais peruanos se disfarçaram de personagens de Halloween para entrar em uma casa no leste de Lima e prender traficantes de pasta básica de cocaína, informou nesta quarta-feira(1°) o corpo de segurança.A operação "Halloween" foi deflagrada em um perigoso bairro do distrito de San Juan de Lurigancho, um dos mais povoados da capital peruana.Os agentes usaram fantasias de Freddy Krueger, Jason Voorhees e Tiffanny, a noiva de Chucky, e caminharam pelas ruas antes de entrar em uma casa e permitirem a entrada de surpresa de outros seis policiais uniformados."Este foi um trabalho planejado com muita antecedência. Aproveitamos as festas para nos disfarçar de diferentes personagens e prender os criminosos", disse à imprensa o coronel Walter Palomino, chefe do Esquadrão Verde da Polícia Nacional, encarregado da operação.Os personagens de terror prenderam dois irmãos, um homem e uma mulher, denominados "Clã Balboa", que pensaram que se tratava de uma brincadeira de Halloween, segundo a força policial."Estes irmãos vendiam drogas e não esperavam que iríamos detê-los desta maneira", acrescentou Palomino.A operação apreendeu 1.568 pacotes de pasta básica de cocaína que estavam escondidos na casa. Veja Mais
Primeiros estrangeiros deixam Gaza e seguem para o Egito
Dezenas de estrangeiros saíram da Faixa de Gaza nesta quarta-feira (1) atravessaram a fronteira com o Egito pela passagem de Rafah, que foi aberta ao trânsito de pessoas pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas.Ainda não foi possível determinar quantas pessoas conseguiram sair por Rafah, na fronteira sul de Gaza com o Egito, mas imagens exibidas ao vivo do local mostraram várias pessoas entrando no território egípcio.Os estrangeiros foram autorizados a entrar no terminal às 7H45 GMT (4H45 de Brasília), depois que as autoridades egípcias anunciaram uma abertura excepcional para permitir a entrada de quase 90 feridos e mais de 540 pessoas de vários países.Durante a manhã, os funcionários palestinos do terminal de Rafah publicaram a lista com os nomes, as nacionalidades e os números de passaportes dos estrangeiros autorizados a seguir para o Egito.Uma fonte palestina afirmou que 88 feridos, incluindo 40 crianças, mulheres e idosos, serão hospitalizados no Egito.O Ministério da Saúde do Hamas, movimento islamista que governa Gaza, transmitiu ao Egito uma lista de 4.000 feridos que precisam de tratamentos que não estão disponíveis no território palestino, informou à AFP o porta-voz da pasta, Ashraf al Qudra."Esperamos que possam viajar nos próximos dias porque devem ser submetidos a cirurgias que não podem ser feitas em Gaza. Temos que salvar suas vidas", disse.A Faixa de Gaza tem atualmente estrangeiros de 44 países e de 28 agências, organizações e ONGs, segundo fontes diplomáticas.Desde 7 de outubro, a Faixa de Gaza sofre os bombardeios incessantes de Israel, que deixaram mais de 8.500mortos, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestino. Os 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza tentam sobreviver entre os bombardeios, sem água nem energia elétrica e praticamente sem alimentos, devido ao cerco total imposto por Israel desde 9 de outubro.A decis]ao de abrir a passagem foi anunciada horas depois de um ataque israelense contra Jabaliya, o maior campo de refugiados de Gaza, que, segundo o Hamas, deixou 50 mortos.O Egito condenou o ataque contra o campo de Jabaliya "nos termos mais veementes" e fez um alerta contra "as consequências da continuidade dos ataques indiscriminados direcionados contra civis indefesos". Veja Mais
Gaza tem corte 'total' nos serviços de telecomunicações
As conexões de internet e telefone foram cortadas nesta quarta-feira (1) na Faixa de Gaza, informou a operadora de telecomunicações palestina Paltel."Ao nosso bom povo no amado país, lamentamos anunciar que as comunicações e os serviços de internet foram completamente cortadas em Gaza", anunciou a 'Palestine Telecommunications Company' (Paltel) na rede social X.A organização Netblocks, que monitora a internet ao redor do mundo, confirmou que Gaza "está no meio de um novo apagão de internet com grande impacto para a última grande operadora remanescente, a Paltel".O incidente significa "uma perda total de telecomunicações para a maioria dos residentes", acrescentou.Um jornalista da AFP em Gaza confirmou a informação e acrescentou que tinha acesso à internet porque está com um 'SIM card' internacional."Apenas os números de telefones celulares israelenses ou egípcios podem ser usados em Rafah", constatou outro correspondente da AFP em Gaza.As redes de internet e telefonia no território palestino devastado pela guerra entre o movimento islamista palestino Hamas e Israel há haviam sido cortadas na semana passada, mas foram restabelecidas durante o fim de semana.O governo do Hamas acusou Israel de ter provocado o corte para "perpetrar massacres" na Faixa de Gaza.A operadora palestina de telecomunicações Jawwal atribuiu a queda do serviços aos "intensos bombardeios" de Israel contra o território.Gaza é cenário de bombardeios e combates terrestres entre as tropas israelenses e os milicianos do movimento palestino, que executou um ataque contra o Estado hebreu em 7 de outubro que deixou mais de 1.400 mortos, segundo as autoridades de Israel.O governo do Hamas em Gaza afirma que mais de 8.500 pessoas, a maioria civis, morreram no território vítimas dos bombardeios de represália israelenses.X Veja Mais
TSE aplica nova inelegibilidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou novamente inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (31), por "abuso de poder" ao usar para fins eleitorais as celebrações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022.Bolsonaro já havia sido declarado inelegível por oito anos em junho passado, acusado pela mesma corte de abuso de poder ao atacar o sistema eleitoral sem provas durante uma reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada.Com uma maioria de 5 votos contra 2, os ministros do TSE condenaram novamente Bolsonaro por oito anos, considerando que ele usou os eventos de comemoração da data patriótica em Brasília e no Rio de Janeiro a favor de sua campanha pela reeleição.Embora a decisão não tenha efeito prático para Bolsonaro, impedido de participar das eleições presidenciais de 2030, o TSE também impôs uma multa de R$ 425 mil.As celebrações foram pagas com fundos públicos e transmitidas por meios oficiais.O TSE também declarou inelegível o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, que também terá que pagar cerca de R$ 212 mil.O ministro Alexandre de Moraes afirmou durante a sessão transmitida pelo canal da corte que há "provas robustas de abuso de poder" por parte de Bolsonaro e Braga Netto."Houve uma verdadeira fusão entre o ato oficial e o ato eleitoral", disse.Em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro participou de um desfile cívico-militar pela manhã em Brasília, onde assegurou aos seus seguidores que a esquerda não voltaria ao poder.Horas depois, liderou uma de suas caravanas de motocicletas no Rio de Janeiro, onde fez discursos inflamados para uma multidão de apoiadores. Lá, onde costumavam ocorrer manifestações bolsonaristas, o presidente mudou o desfile militar que tradicionalmente acontecia no centro da cidade.No evento, diante de dezenas de milhares de seguidores, ele afirmou que no Brasil está ocorrendo uma "luta do bem contra o mal", referindo-se ao seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva, que acabou vencendo as eleições.Em 17 de outubro, o TSE havia absolvido Bolsonaro das acusações de utilizar instalações da Presidência para sua campanha eleitoral durante uma transmissão ao vivo.Além disso, Bolsonaro enfrenta uma acusação encaminhada à Justiça por uma CPI do Congresso por "golpe de Estado", devido ao ataque de seus apoiadores contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro em Brasília.Ele também está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente instigar a invasão. Veja Mais
Fechamento dos grãos de soja em Chicago
(Em Fechamento dos grãos de soja em 31 de outubro de 2023: NOV 23 12,8700JAN 24 13,1050MAR 24 13,2475MAI 24 13,3875AFP Veja Mais
Petróleo WTI atinge valor mínimo em 2 meses
Os preços do barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado americano, caíram nesta terça-feira (31) para o mínimo em dois meses, em meio a sinais de desaceleração nas grandes economias.O preço do WTI para entrega em dezembro caiu 1,56%, para 81,02 dólares, e chegou a marcar 80,74 dólares durante o dia em Nova York. Já o barril Brent do Mar do Norte, de referência na Europa e para entrega no mesmo mês, fechou praticamente estável, em leve baixa de 0,04%, para 87,41 dólares.O petróleo começou a sessão no positivo, em um contexto de preocupação pela guerra entre Israel e Hamas. Mas, ao final da jornada, o mercado mudou de tendência.Segundo Phil Flynn, da Price Futures Group, a declaração do porta-voz do braço militar de Hamas indicando a libertação de reféns estrangeiros nos próximos dias fez o preço do petróleo cair. "Os especuladores olharam para a saída", resumiu o analista."A possibilidade de uma libertação de reféns indica que Israel, talvez, vai avançar de forma menos agressiva" que o esperado pelos operadores, indicou Flynn. "Os mercados estão nervosos e esta notícia foi suficiente para anular uma retomada do petróleo", acrescentou.O fato de não haver uma escalada regional do conflito no Oriente Médio contém os preços, observou em nota Carsten Fritsch, do Commerzbank.Além disso, o mercado recebeu uma série de indicadores macroeconômicos divulgados nesta terça que mostraram uma piora da conjuntura na Europa, com uma contração do PIB no terceiro trimestre comparado com o anterior, enquanto na China a atividade industrial também registrou queda em outubro."A preocupação sobre a economia mundial se acentuou", estimou Craig Erlam, da Oanda.COMMERZBANK Veja Mais
Moradores de Acapulco usam facões para evitar saques após furacão
Armados com facões e bastões, moradores de alguns bairros de Acapulco protegiam suas casas de assaltos e saques, diante da falta de energia elétrica e do desabastecimento na cidade mexicana após a passagem do furacão Otis.Os moradores também ergueram barricadas nos arredores de suas residências com escombros deixados pelo furacão, que causou 46 mortes e deixou 58 desaparecidos."Entre as 21h e 22h, as pessoas já estão montando barricadas. Pegam o que está jogado na rua", contou nesta terça-feira (31) à AFP Salvador Chávez, morador de um dos bairros periféricos de Acapulco.O furacão Otis atingiu a cidade, de 780 mil habitantes e que vive principalmente do turismo, na madrugada da última quarta-feira. Cerca de 274 mil residências e 600 hotéis foram afetados.Após a fúria do vento e da chuva, houve saques em supermercados e mercearias, principalmente de alimentos e produtos de higiene.- Tiros -Alguns moradores alertaram para o risco de os distúrbios se estenderem às áreas residenciais e ao pequeno comércio caso a ajuda humanitária não chegue rapidamente. Desde sexta-feira, autoridades distribuem água e outros produtos básicos.O governo do presidente Andrés Manuel López Obrador enviou milhares de militares para garantir a segurança na cidade. Salvador Chávez contou que vizinhos avisaram que irão atirar para o alto à noite para afugentar os ladrões.Alguns condomínios localizados na Zona Diamante da cidade, onde ficam hotéis e prédios de luxo, contrataram seguranças armados.Segundo um balanço atualizado hoje pelo governo, o furacão deixou 46 mortos - incluindo um americano, um canadense e um britânico - e 58 desaparecidos. Já a chancelaria do México anunciou que haviam sido localizados até o momento 305 estrangeiros.Em diversas áreas, o fornecimento de energia elétrica e o serviço de telecomunicação foram restabelecidos. Brigadas médicas, apoiadas por profissionais cubanos, prestavam atendimento a pessoas afetadas. Veja Mais
Guiana pede à CIJ que suspenda referendo na Venezuela sobre região disputada
A Guiana solicitou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) a suspensão de um referendo consultivo promovido pela Venezuela sobre o território Essequibo, disputado por ambos os países há mais de um século."A Guiana apresentou à Secretaria da Corte Internacional de Justiça um pedido de indicação de medidas provisórias" para solicitar que a Venezuela "não prossiga com o referendo consultivo como está planejado", conforme comunicado do tribunal da ONU divulgado nesta terça-feira (31).Horas depois, a Guiana informou, por meio de nota, que o pedido responde a um "plano sinistro da Venezuela de se apoderar do território guianense", enquanto Caracas qualificou a ação de "barbárie"."O que a Guiana pediu é um absurdo, pedir à Venezuela que revogue sua ordem constitucional, o que não vai acontecer", declarou a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, em uma declaração à imprensa. "Isso que aconteceu (...) se não fosse tão trágico, seria risível".- "Urgência" -A Venezuela convocou um referendo consultivo para 3 de dezembro sobre o Essequibo, que propõe a criação de um estado (província) nesta região e nacionalizar seus habitantes.A Guiana pediu à CIJ, "pela urgência do assunto", que marque uma audiência antes da data desta consulta para tomar uma posição."É uma situação inédita, onde um país se autoatribui ser a Constituição da República Bolivariana da Venezuela", criticou Rodríguez. E "agora pede a um organismo internacional (...) para anular a Constituição (...), é uma grosseria".O Essequibo, com 160.000 km², rico em minerais e em biodiversidade, é administrado pela Guiana, que se ampara em um laudo assinado em 1899, em Paris, fixando limites que a Venezuela rejeita.O Acordo de Genebra, assinado pela Venezuela em 1966 com o Reino Unido antes da independência da Guiana, estabeleceu as bases para uma solução negociada, desconhecendo o documento anterior.A CIJ decidiu em 2020 que tinha jurisdição para analisar a disputa, apesar da objeção da Venezuela, que acabou participando do processo.A queda de braço foi reavivada em 2015, após a descoberta de jazidas petroleiras por parte da americana ExxonMobil, da qual a Venezuela diz que a Guiana é "lacaia". A relação está em um momento de alta tensão depois que a Guiana concedeu licenças para exploração de petróleo em águas disputadas. E, em meio a acaloradas trocas de farpas, Rodríguez acusou Georgetown de "agredir" os migrantes venezuelanos que chegam ao território.- O pedido -A Venezuela argumenta que Essequibo pertence a Caracas porque fazia parte da Capitania Geral da Venezuela do Império Espanhol e que os limites na América do Sul foram estabelecidos sob o princípio "utis possidetis iuris", que implica que eles têm direito ao território que tinham durante a colônia.O referendo consultivo, não vinculativo, consiste em cinco perguntas, que também abrangem o apoio e a rejeição de ambos os laudos, e consulta também sobre o não reconhecimento da jurisdição da CIJ, apesar de a Venezuela acabar aceitando-a.A Guiana pediu à CIJ que a Venezuela suspenda as perguntas um, relacionada à validade do Acordo de Genebra; três, sobre a rejeição à jurisprudência do tribunal mundial; e cinco, sobre a anexação de Essequibo."A Venezuela não deve tomar nenhuma ação que tenha por objeto preparar ou permitir o exercício de soberania ou controle de fato sobre qualquer território que tenha sido concedido à Guiana Britânica no Laudo Arbitral de 1899", reafirmou o pedido.A Venezuela anunciou a construção de uma pista de pouso perto da fronteira com Essequibo e tem insistido que responderá a qualquer tipo de agressão."Senhor presidente da Guiana, você está mexendo com uma nação de libertadores!", expressou o presidente Nicolás Maduro na véspera. "Sabemos defender o que é nosso!". Veja Mais
Bielsa deverá convocar Suárez e Cavani para próximos jogos do Uruguai nas Eliminatórias
O técnico da seleção uruguaia, Marcelo Bielsa, comunicou sua intenção de convocar os astros da Celeste, Luis Suárez e Édinson Cavani, para os próximos dois jogos das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, informou nesta terça-feira (31) à mídia. O treinador argentino poderá assim convocar os dois veteranos para os dois jogos da Data Fifa em novembro, em que o Uruguai enfrentará a Argentina na quinta-feira, dia 16, em Buenos Aires, e a Bolívia, na terça-feira, dia 21, em Montevidéu. A Associação Uruguaia de Futebol (AUF) não divulga a lista de jogadores reservados por decisão da comissão técnica, mas diversos meios de comunicação especializados e jornalistas noticiaram a decisão de Bielsa sobre Suárez (do Grêmio) e Cavani (do Boca Juniors), ambos de 36 anos.Maior artilheiro de todos os tempos da seleção uruguaia, com 68 gols, Suárez, marcou no último fim de semana o 550º gol da carreira e faz boa temporada no Grêmio. 'El Matador', que no sábado vai disputar a final da Copa Libertadores contra o Fluminense, marcou três gols desde sua estreia no Boca.Mas nem Suárez nem Cavani, artilheiros da seleção uruguaia, com 68 e 58 gols, respectivamente, foram convocados para nenhum dos quatro jogos do Uruguai nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. Bielsa, que assumiu o cargo em maio, tampouco os convocou para os dois amistosos anteriores.O treinador, muito questionado por deixá-los de fora, falou sobre o assunto no dia 2 de setembro, em entrevista coletiva antes da primeira partida do Uruguai nas Eliminatórias, na qual garantiu que são jogadores "convocáveis"."A partir disso", destacou, "minha obrigação é escolhê-los ou não cada vez que uma convocação for feita". "Tenho muita consideração pelos jogadores que adquirem o status de ídolos", disse na ocasião. Com Bielsa, o Uruguai é o segundo colocado das Eliminatórias, atrás apenas da atual campeã mundial Argentina. A Celeste tem sete pontos, assim como Brasil e Venezuela, mas lidera o trio graças ao melhor saldo de gols. Venceu o Chile por 3 a 1 em casa na estreia, depois perdeu para o Equador por 2 a 1 em Quito, empatou (2-2) com a Colômbia em Barranquilla e venceu a Seleção Brasileira por 2 a 0 em Montevidéu. Veja Mais
Possível Copa na Arábia Saudita preocupa grupos de defesa dos Direitos Humanos
Grupos a favor dos Direitos Humanos pediram "medidas vinculativas" depois que a Austrália se retirou da disputa para sediar a Copa do Mundo de 2034 e deixou a Arábia Saudita como candidata única para organizar o torneio, com o apoio oficial da Confederação Asiática de Futebol (AFC).A Fifa abriu prazo para apresentação de candidaturas voltadas a Ásia e Oceania para receber o Mundial de 2034, após ter sido anunciado que Espanha, Portugal e Marrocos serão os anfitriões do evento de 2030, que também contará com três jogos na América do Sul (Uruguai, Argentina e Paraguai).A Aliança Esporte e Direitos, uma coalizão de órgãos que incluem grupos de defesa dos Direitos Humanos e estruturas anticorrupção, declarou nesta terça-feira (31) que a ausência de concorrência para organizar a Copa de 2034 coloca em risco a popularidade do torneio.Esta coalizão afirmou que era vital para a Fifa aprovar e manter ações vinculativas para poder garantir os Direitos Humanos por parte dos países candidatos a sediar o Mundial."A Fifa deve agora deixar claro o que espera dos anfitriões em termos de respeito aos Direitos Humanos", declarou Steve Cockburn, chefe de Economia e Justiça Social da Anistia Internacional."Também devem estar preparados para suspender as candidaturas se há grandes riscos contra os Direitos Humanos que não foram levados em conta", acrescentou.O Catar, país vizinho à Arábia Saudita e que em 2022 sediou a primeira Copa disputada no Oriente Médio, foi muito criticado por grupos e associações em prol dos Direitos Humanos, que apontaram especialmente para o tratamento recebido pelos trabalhadores estrangeiros no emirado."A melhor forma de a Fifa garantir os direitos dos trabalhadores e uma liberdade de expressão é prevenir potenciais discriminações durante o processo de seleção, não depois de os candidatos serem confirmados e de a preparação já ter começado", apontou Cockburn.O diretor de iniciativas mundiais da Human Rights Watch, Munky Worden, anunciou que, "levando em conta a amplitude do Mundial, todas as candidaturas a esse torneio acarretam riscos e também oportunidades que não devem ser perdidas"."A política dos Direitos Humanos na Fifa não deve ser reduzida a um exercício escrito, principalmente quando se trata do evento esportivo mais assistido do mundo", concluiu. Veja Mais
Rei Charles III diz que não há 'desculpas' para violência colonial no Quênia
O rei Charles III afirmou, nesta terça-feira (31), durante uma visita ao Quênia, que não há "desculpas" possíveis para as atrocidades cometidas na época colonial pelo império britânico, mas não pediu perdão, como exigiam algumas vozes neste país do leste da África."Houve abjetos e injustificáveis atos de violência contra quenianos enquanto travavam (...) uma dura batalha pela independência e soberania. E para isso não pode haver desculpas" possíveis, declarou o monarca durante um jantar de Estado oferecido pelo presidente do Quênia, William Ruto.A visita de Charles, de 74 anos, e da rainha Camilla teve início nesta terça-feira e é sua primeira como rei a um país do Commonwealth (Comunidade das Nações). A viagem acontece antes de o Quênia comemorar em dezembro o 60º aniversário de sua independência da coroa britânia.Entre 1952 e 1960, mais de 10 mil pessoas foram mortas durante a revolta dos Mau-Mau contra o poder colonial, uma das repressões mais sangrentas do império britânico."Nada disso pode mudar o passado, mas encarando nossa história com honestidade e abertura, talvez possamos mostrar a fortaleza de nossa amizade atual, e fazendo isso, espero que possamos continuar construindo um vínculo cada vez mais estreito nos próximos anos", concluiu o rei.No domingo, a ONG Comissão de Direitos Humanos do Quênia (KHRC, sigla em inglês) instou Charles "a pedir desculpas públicas incondicionais e inequívocas (...) pelo tratamento brutal e desumano infligido aos cidadãos quenianos durante todo o período colonial", entre 1895 e 1963.A KHRC também pediu compensações "por todas as atrocidades cometidas contra os diferentes grupos do país". Veja Mais
Jovem refém do Hamas retorna aos EUA
A americana-israelense Natalie Raanan, uma das mais de 200 pessoas tomadas como reféns pelo grupo islamita palestino Hamas em seu ataque a Israel em 7 de outubro, retornou aos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (31) o cônsul-geral israelense na região centro-oeste do país."Estou aliviado em ver Natalie de volta para casa. A sua família aguarda ansiosamente o seu regresso e hoje compartilho a sua felicidade", disse Yinam Cohen em um comunicado.Natalie Shoshana Raanan, que acabou de completar 18 anos, foi sequestrada naquele dia juntamente com sua mãe, Judith Tai Raanan, por comandos do Hamas no kibutz Nahal Oz (uma comuna agrícola), onde visitavam familiares. Elas foram libertadas em 20 de outubro, na primeira libertação de reféns confirmada por ambos os lados. Ambas moravam em Evanston, um subúrbio da cidade de Chicago, na costa leste americana.De acordo com as autoridades israelenses, mais de 1.400 pessoas morreram, a maioria civis, desde o ataque do Hamas em 7 de outubro. Quase 240 reféns, muitos deles trabalhadores estrangeiros, permanecem nas mãos do grupo islamita, segundo a mesma fonte. Em retaliação, Israel declarou guerra para "aniquilar" o Hamas e bombardeou incessantemente a região da Faixa de Gaza.O Ministério da Saúde do Hamas, afirma, por sua vez, que mais de 8.525 palestinos, majoritariamente civis e crianças, foram mortos pelo Exército israelense desde o início de suas operações em Gaza, região controlada pelo grupo desde 2007. Veja Mais
Arábia Saudita é candidata única para sediar Copa do Mundo de 2034
A Arábia Saudita é a única candidata a sediar a Copa do Mundo de 2034, anunciou a Fifa nesta terça-feira (31), o que deve levar a sua oficialização como organizadora do torneio no final do ano que vem, caso cumpra os requisitos técnicos.O país, que nos últimos anos multiplicou seus investimentos no esporte, se apresenta para receber o evento quatro anos depois do Mundial de 2030, que terá como anfitriões Espanha, Portugal e Marrocos, com três jogos previstos na América do Sul (Argentina, Uruguai e Paraguai).Formalmente, a Fifa só anunciou em seu comunicado as "declarações de interesse" que recebeu para a organização dos eventos de 2030 e 2034. Depois, vem a apresentação dos dossiês completos de candidatura, a avaliação e, "se os requisitos forem cumpridos", os 211 países membros da entidade escolherão oficialmente as sedes no final do ano que vem.Apesar do caminho ainda longo até a designação oficial, a ausência de concorrentes para Espanha-Portugal-Marrocos em 2030 e Arábia Saudita em 2034 sugere o sucesso de ambos os projetos.Nesse cenário, várias questões já estão sendo levantadas, como o impacto ambiental que a edição de 2030 poderá ter com jogos em três continentes, e o dilema da realização do torneio de 2034 em relação aos compromissos da Fifa em matéria de Direitos Humanos.A Arábia Saudita já tinha mostrado interesse em sediar a Copa de 2030, em um projeto conjunto com Grécia e Egito, mas a candidatura foi abandonada em junho e o país se voltou para a organização do torneio em 2034.Por sua política de rotação de continentes, a Fifa "convidou" somente países que fazem parte das confederações de Ásia e Oceania a se apresentarem como candidatos.A Indonésia considerou se candidatar em conjunto com a Austrália e outros países, como Nova Zelândia, Malásia e Singapura, antes de desistir da ideia e anunciar apoio ao projeto saudita.Por sua vez, a Austrália, que em 2023 sediou junto com a Nova Zelândia o Mundial feminino, concorreu para receber o torneio masculino em 2018 e 2022. Nesta terça-feira, a federação do país anunciou que desistiu do projeto para 2034, o que abriu caminho para a candidatura única da Arábia Saudita. Veja Mais
Chefe da ONU faz apelo à paz no local de nascimento de Buda
O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo vibrante à paz nesta terça-feira (31), na localidade nepalesa de Lumbini, considerada a terra natal de Buda, em meio a conflitos, particularmente no Oriente Médio, na Ucrânia, no Sahel e no Sudão.Durante sua visita ao Nepal, Guterres mencionou a necessidade urgente de um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas para pôr fim ao "pesadelo" do derramamento de sangue."No Oriente Médio, na Ucrânia, no Sahel, no Sudão e em muitos outros lugares do mundo, os conflitos estão provocando estragos", disse Guterres. "As normas e as instituições mundiais ficam abaladas à medida que os direitos humanos e o direito internacional são violados", acrescentou.O secretário-geral da ONU rezou em Lumbini, no sul do Nepal, que chamou de lugar de "espiritualidade, serenidade e paz".Buda, que renunciou à riqueza material para adotar e pregar uma vida de desapego, fundou um sistema filosófico e religioso que hoje tem mais de 500 milhões de seguidores."É um lugar para refletir sobre os ensinamentos de Buda. Sobre o que significa sua mensagem de paz, independência e compaixão no mundo turbulento de hoje", ressaltou Guterres. "Nestes tempos turbulentos, minha mensagem ao mundo dos tranquilos jardins de Lumbini é que depende de nós seguirmos pelo caminho da paz", destacou. Veja Mais
Ataques contra forças americanas aumentam risco de conflito entre EUA e Irã
Os ataques reiterados contra as forças americanas no Oriente Médio aumentam o risco de arrastar os Estados Unidos para um conflito com o Irã, ainda que Washington queira evitar um transbordamento da guerra entre Israel e Hamas para a região, afirmam especialistas.As tropas americanas e seus aliados foram atacados 14 vezes no Iraque e nove vezes na Síria nas últimas duas semanas, segundo o Pentágono. Washington acusa Teerã de participar indiretamente dessas ofensivas, que aumentaram desde o início da guerra entre Israel e Hamas.Em resposta, na semana passada, o Exército americano realizou ataques na Síria, que deixaram vítimas, em locais vinculados ao Irã, segundo o Pentágono. Essa segue sendo uma resposta limitada por parte dos Estados Unidos, que têm um considerável poderio militar, mas busca evitar uma conflagração regional. "Preocupa-nos que os membros da rede de ameaça iraniana intensifiquem seus ataques de uma maneira que corram o risco de cometer erros de cálculo que levem a região à guerra", disse um alto funcionário do Departamento de Defesa americano. - "Reação" -"Em uma guerra regional, todos perdem. Por isso estamos trabalhando com nossos parceiros e aliados, por telefone, e fortalecemos nossa postura para expressar claramente nosso desejo de evitar um conflito regional", afirmou. Segundo os Estados Unidos, os ataques de suas tropas não estão relacionados ao conflito entre Israel e Hamas, desencadeado pela sangrenta ofensiva do movimento islamista palestino de 7 de outubro, que deixou mais de 1.400 mortos em território israelense.Mas o Irã disse na segunda-feira que os ataques contra as forças americanas foram "uma reação" à ajuda americana a Israel, cujo bombardeio de represália contra a Faixa de Gaza matou mais de 8.300 pessoas, segundo o ministério da Saúde do Hamas. Washington tem cerca de 900 soldados na Síria e quase 2.500 no Iraque que lutam contra o grupo extremista Estado Islâmico. O número de vítimas nas recentes ofensivas contra americanos limitou-se até agora a 21 soldados levemente feridos. Também há um morto que sofreu um ataque do coração enquanto se abrigava por causa de um alarme falso. Mas a situação pode piorar. - Risco de escalada -"Existe um risco significativo de escalada entre os Estados Unidos e Irã devido a um transbordamento da guerra entre Israel e Hamas", seja por iniciativa de Teerã ou por grupos aliados que decidam agir por conta própria, disse Jeffrey Martini, um especialista em defesa no centro de pesquisas RAND. Até o início da guerra entre Israel e Hamas, Washington havia firmado uma espécie de "acordo informal com o Irã destinado a reduzir as tensões regionais", que havia posto um fim aos ataques de grupos vinculados a Teerã no Iraque e na Síria contra as tropas americanas, segundo o pesquisador. Mas a diferença em relação às ondas de ataques executados por esses grupos no passado é que agora "todos os grupos aliados do Irã parecem agir ao mesmo tempo", destacou Jon Alterman, especialista sobre a região do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. Isso aumenta "a probabilidade de que algo saia mal", continuou. Embora os Estados Unidos repitam em alto e bom som seu desejo de evitar um contágio do conflito entre Israel e Hamas, ao mesmo tempo reforçou sua presença militar na região como parte de sua política de dissuasão. "Washington está tentando manter a moderação e, ao mesmo tempo, demonstra que não precisa fazer isso", disse Alterman. "O desafio, da perspectiva americana, é que se você nunca ferir, teu oponente duvida da sua vontade, mas se o fizer, pode ficar preso em uma espiral", concluiu. Veja Mais
Polícia dos EUA recebeu alerta de risco antes do massacre no Maine
O autor do tiroteio que deixou 18 mortos no estado do Maine, no nordeste dos Estados Unidos, sofria de transtornos mentais a tal ponto que um de seus colegas temia que ele cometesse um "assassinato em massa", segundo novos documentos oficiais divulgados nesta terça-feira (31). De acordo com esses documentos, inicialmente obtidos pelo jornal The Boston Globe, a ex-esposa e o filho do reservista do Exército Robert Card também disseram à polícia local em maio que ele estava paranoico, "ouvia vozes" e havia armazenado até 10 ou 15 fuzis na casa do irmão.Em uma carta enviada em setembro ao gabinete do xerife local, a reserva do Exército dos Estados Unidos indicou, com base no depoimento de um dos colegas dele, que Card corria o risco de "explodir" e "perpetrar um assassinato em massa". Armado com um fuzil semiautomático, Card abriu fogo contra clientes na última quarta-feira em uma pista de boliche e um bar em Lewiston, uma cidade de 36 mil habitantes, e deixou 18 mortos e 13 feridos. As vítimas tinham idades entre 14 e 76 anos. Ele cometeu suicídio com uma arma de fogo, perto de um rio em Lisbon, a cerca de 20 minutos de Lewiston, segundo disse à imprensa Michael Sauschuck, chefe da segurança pública do Maine.Os investigadores ainda tentam apurar os motivos que levaram Card a cometer o massacre. A polícia recuperou três armas de fogo em seu entorno. Embora as autoridades tenham relatado que sofria de problemas de saúde mental, ele podia comprar armas legalmente porque nunca foi obrigado a receber tratamento psiquiátrico nem foi internado.Segundo novos documentos, Card foi enviado para uma unidade psiquiátrica na reserva militar americana em julho, onde permaneceu durante duas semanas, depois de ter ameaçado vários colegas. Os ataques a tiros são comuns e geram alarme na população dos Estados Unidos, um país onde há mais armas do que pessoas e onde as tentativas legais para impedir a sua propagação encontram sempre uma forte resistência. Os Estados Unidos registraram mais de 500 ataques a tiros em massa até agora em 2023, de acordo com o Gun Violence Archive, uma ONG que define esse incidente como um evento que envolve armas de fogo e deixa quatro ou mais pessoas feridas ou mortas. Veja Mais
Por que o Paquistão expulsa centenas de milhares de afegãos?
O Paquistão deu um prazo de até 1º de novembro a 1,7 milhão de afegãos, que estariam vivendo irregularmente, para que deixem o país e assegura que, caso não o façam, serão presos e deportados. O recrudescimento dos atentados, a crise econômica e as tensões com o governo afegão explicam tal decisão, segundo analistas. - Por que há tantos afegãos no Paquistão? -O Paquistão é um dos países que mais acolhem refugiados no mundo, em sua grande maioria afegãos, que chegaram fugindo da guerra nas últimas quatro décadas. A maioria vive na província de Khyber Pakhtunkhwa, fronteiriça com o Afeganistão.Segundo os últimos dados da ONU, no Paquistão há aproximadamente 1,3 milhão de refugiados afegãos registrados. As autoridades paquistanesas estimam em 1,7 milhão os afegãos que vivem irregularmente em seu território. O Paquistão não é signatário das convenções internacionais relativas ao estatuto dos refugiados nem tem uma legislação nacional que garanta sua proteção. - Por que o Paquistão decidiu expulsar os afegãos? -O governo usa a justificativa da deterioração da segurança no noroeste do país, na fronteira com o Afeganistão, onde os atentados se multiplicam.Em outubro, quando o ministro paquistanês do Interior, Sarfraz Bugti, anunciou a data-limite para as saídas voluntárias, o funcionário indicou que vários ataques suicidas ocorridos desde janeiro foram cometidos por cidadãos afegãos. Durante anos, o aparato militar e de Inteligência paquistanês foi acusado de apoiar a insurreição dos talibãs no Afeganistão. Mas as relações entre os dois países ficaram mais tensas depois da chegada dos talibãs ao poder em Cabul em 2021. Islamabad acusa-os de permitir que os talibãs paquistaneses do Tehrik-e Taliban Pakistan (TTP) preparem ataques contra o Paquistão, a partir do território afegão, acusação que Cabul nega. O Paquistão também reforçou os controles fronteiriços para frear o contrabando, que considera um agravante para suas dificuldades econômicas. - Como serão as retiradas? -Os afegãos têm até quarta-feira para saírem por conta própria. Mas, em Karachi, muitos acusam a polícia de realizar buscas e fechar comércios. A partir de quinta-feira, os indocumentados serão levados para centros de detenção, onde permanecerão presos antes de serem expulsos. Milhares de famílias afegãs preferiram ir embora logo e, há dias, apressaram-se para cruzar a fronteira. - Como a iniciativa foi recebida no Paquistão? -As autoridades do Paquistão acusam os migrantes afegãos de fomentar o extremismo e a criminalidade e afirmam que são um peso para a infraestrutura e para a economia nacionais.Confrontada com uma inflação desenfreada nos dois últimos anos, a população paquistanesa parece apoiar majoritariamente a iniciativa, segundo os observadores. Também há setores que pedem a adoção de uma atitude menos intransigente, dando mais tempo para que os afegãos deixem o país.- Quais são as consequências para os afegãos e seu país? -Frequentemente, esses afegãos estão em acampamentos com acesso limitado à educação, à atenção de saúde e ao emprego. No entanto, alguns vivem no Paquistão há décadas, ou nasceram no país, considerando-o seu país, sem saber nada sobre o Afeganistão.No passado, as autoridades paquistanesas já haviam considerado a possibilidade de obrigá-los a ir embora, mas o conflito no Afeganistão impediu-as de tomar tal atitude. A melhora da segurança no Afeganistão desde agosto de 2021 permite a aplicação da medida, denunciada como "cruel e bárbara" por Cabul. As organizações de direitos humanos destacam os riscos do retorno dos afegãos, alguns dos quais temem ser alvo de represálias por parte dos talibãs. Para as mulheres, voltar também significa perder liberdades, desde que as autoridades talibãs proibiram as meninas de irem à escola após o ensino fundamental. Veja Mais
Vini Jr. renova com o Real Madrid até 2027
O Real Madrid anunciou nesta terça-feira (31) a renovação do contrato do atacante brasileiro Vinícius Júnior por quatro anos, até 2027."O Real Madrid C. F. e Vini Jr. alcançaram um acordo para a ampliação do contrato do jogador, que permanece vinculado ao clube até 30 de junho de 2027", informou a equipe merengue em um comunicado.O atacante de 23 anos, que tinha contrato até o fim da atual temporada, se tornou um dos pilares do elenco merengue nas últimas seis temporadas, desde que chegou ao clube em 2018, procedente do Flamengo.Segundo a imprensa espanhola, a renovação já havia sido estabelecida no ano passado, mas foi oficializada nesta terça-feira.O clube não divulgou valores, mas, segundo os jornais da capital espanhola, o novo contrato teria uma cláusula de rescisão de 1 bilhão de euros (R$ 5,3 bilhões, na cotação atual)."No o clube dos sonhos até 2027 e por mais troféus juntos", escreveu Vini em sua conta no Instagram.O jovem brasileiro, contratado pelo clube merengue por 45 milhões de euros (R$ 239 milhões), evoluiu muito desde sua chegada, em 2018, depois de um começo difícil no futebol espanhol.- Parceria com Benzema -Em suas três primeiras temporadas em Madri, Vinícius era criticado por não ter um bom aproveitamento nas finalizações, apesar de ser reconhecido por sua velocidade e habilidade nos dribles. Mas na temporada deixou para trás as críticas e explodiu definitivamente em parceria com Karim Benzema.Ao lado do atacante francês, Vini atingiu outro patamar e terminou aquela temporada com 22 gols e 20 assistências.O brasileiro entrou para a história merengue com um desses gols, na final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Liverpool, que deu ao Real Madrid a vitória por 1 a 0 e sua 14ª 'Orelhuda'.Na temporada passada, seu desempenho melhorou com 22 gols marcados e 21 assistências em 55 jogos. Na atual campanha, em que já teve que ficar afastado por um mês devido a lesão, acumula três gols e três assistências em 10 jogos oficiais.Em suas seis temporadas no Real Madrid, Vinícius já conquistou vários títulos. Além da Champions, venceu dois Mundiais de Clubes, uma Supercopa da Europa, dois Campeonatos Espanhóis, uma Copa do Rei e duas Supercopas da Espanha.Vini renovou com o clube um dia depois de receber em Paris o prêmio Sócrates, na cerimônia da Bola de Ouro, pelo trabalho social de seu instituto, que que investe na educação jovens."Estou muito feliz de receber esse prêmio, de poder ajudar tantas crianças no Brasil e no meu bairro. Sair da favela, de onde eu saí, é muito improvável chegar até aqui. Eu fico muito feliz de poder ajudá-los", declarou Vini após receber o prêmio.O atacante também se tornou uma voz importante contra o racismo, ao não se calar diante dos insultos recorrentes que recebe no futebol espanhol."Estou preparado para isso. Para sempre poder falar quando for necessário. É muito triste ter que falar sobre racismo, gosto de falar sobre futebol, sobre os grandes jogadores que estão aqui. Quero pedir para vocês que não parem de lutar. Que as crianças que possam vir não sofram com isso", comentou na cerimônia em Paris. Veja Mais
Bombardeio israelense deixa 50 mortos em acampamento palestino, afirma Hamas
O Ministério da Saúde do Hamas, grupo que governa a Faixa de Gaza, afirmou que pelo menos 50 pessoas morreram nesta terça-feira (31) em um bombardeio israelense contra um acampamento no território palestino."Mais de 50 mártires e quase 150 feridos e dezenas de pessoas sob os escombros devido a um massacre israelense atroz que atingiu uma grande área de casas no acampamento de Jabalia", norte da Faixa de Gaza, informou o ministério em um comunicado. Esta mesma fonte afirmou que o saldo final poderá ser muito maior e que o bombardeio destruiu "pelo menos 20 edifícios". Um vídeo feito pela AFP mostra que pelo menos 47 corpos foram retirados dos escombros depois que o ataque atingiu várias casas do acampamento. Dezenas de pessoas observavam, das bordas de duas grandes crateras, enquanto outras procuravam por sobreviventes. O Exército de Israel não comentou este bombardeio até o momento.Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde indicou que 8.525 pessoas morreram na Faixa de Gaza por bombardeios israelenses desde 7 de outubro. Naquele dia, os combatentes do Hamas lançaram um ataque em Israel que desencadeou uma guerra, deixando 1.400 mortos, segundo as autoridades. Veja Mais
Ministério da Saúde do Hamas afirma que bombardeio israelense provocou 50 mortes
O Ministério da Saúde do Hamas, grupo que governa a Faixa de Gaza, afirmou que pelo menos 50 pessoas morreram nesta terça-feira (31) em um bombardeio israelense contra um acampamento no território palestino."Mais de 50 mártires e quase 150 feridos e dezenas de pessoas sob os escombros devido a um massacre israelense atroz que atingiu uma grande área de casas no acampamento de Jabalia", norte da Faixa de Gaza, informou o ministério em um comunicado. Veja Mais
Vinícius Jr renova com o Real Madrid até 2027
O Real Madrid anunciou nesta terça-feira (31) a renovação do contrato do atacante brasileiro Vinícius Jr por quatro anos, até 2027."O Real Madrid C. F. e Vini Jr. alcançaram um acordo para a ampliação do contrato do jogador, que permanece vinculado ao clube até 30 de junho de 2027", informou a equipe merengue em um comunicado. Veja Mais
Ao menos 31 jornalistas morreram no conflito Israel-Hamas
Pelo menos 31 jornalistas morreram desde o ataque do Hamas em território israelense, em 7 de outubro, incluindo 26 palestinos, quatro israelenses e um libanês, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), sediado nos Estados Unidos.Em um comunicado, o CPJ, que contabiliza as vítimas em Israel, na Faixa de Gaza e na fronteira libanesa, também reportou oito feridos e nove jornalistas desaparecidos ou detidos. Este é o maior número de mortes para jornalistas encarregados de cobrir este conflito desde que o CPJ foi criado, em 1992, segundo a organização. Na segunda-feira, o comitê publicou uma lista com os nomes das vítimas e especificou que os dados se baseavam em "informações coletadas através de fontes do CPJ na região e informações publicadas pela mídia".O CPJ também explicou que ainda estão sendo realizadas investigações e verificações para confirmar o desaparecimento ou morte de outros jornalistas."O CPJ destaca o importante trabalho realizado por jornalistas e civis em tempos de crise e insiste que eles não devem ser alvo das partes [envolvidas] no conflito", disse Sherif Mansour, coordenador da região do Oriente Médio e do norte da África, no comunicado.O CPJ também destacou o "risco particularmente alto" enfrentado pelos jornalistas na Faixa de Gaza. Devido ao bloqueio israelense e à falta de acesso através do Egito, apenas jornalistas palestinos estão na Faixa, fornecendo imagens e informações aos veículos de comunicação internacionais. Os jornalistas e os civis presentes em Gaza sofrem com os bombardeios e as operações terrestres do Exército de Israel. O abastecimento de água é limitado e o acesso à Internet foi cortado durante três dias, até ser restabelecido na noite de segunda-feira. O comitê não divulgou números, mas relatou ataques contínuos, detenções, ameaças, censura e assassinato de familiares de jornalistas que trabalham em Gaza. Veja Mais
Charles III inicia visita ao Quênia em meio a tensões sobre o passado colonialista britânico
O rei Charles III e a rainha Camilla iniciaram, nesta terça-feira (31), uma visita de Estado ao Quênia, ex-colônia britânica onde se multiplicam os pedidos para que o rei apresente um pedido de desculpas pelo passado do Reino Unido neste país do leste da África.A visita de quatro dias, que acontece antes do Quênia celebrar o 60º aniversário da sua independência da coroa britânica, em dezembro, é a primeira de Charles III como rei a um país da Commonwealth. O objetivo é "destacar a parceria forte e dinâmica entre o Reino Unido e o Quênia", afirmou a embaixada britânica em comunicado. Mas a viagem de Charles, de 74 anos, e da rainha Camilla, de 76, permitirá evocar "os aspectos mais dolorosos da história comum do Reino Unido e do Quênia" nos anos anteriores à independência, segundo Buckingham.Entre 1952 e 1960, mais de 10.000 pessoas morreram durante a revolta Mau Mau contra o poder colonial, uma das repressões mais sangrentas do império britânico, que também deixou 32 colonos mortos.Depois de serem recebidos pelo casal presidencial queniano William e Rachel Ruto, Charles III e Camilla fizeram uma visita simbólica aos "Jardins da Liberdade" ("Uhuru Gardens" - "Uhuru" significa liberdade em suaíli) da capital. O soberano depositou uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido neste local onde a bandeira queniana foi hasteada em dezembro de 1963, no lugar da "Union Jack" britânica.- Desculpas públicas incondicionais -No domingo, a ONG Comissão dos Direitos Humanos do Quênia (KHRC) pediu "ao rei, em nome do governo britânico, que apresente um pedido público incondicional e inequívoco de desculpas (...) pelo tratamento brutal e desumano infligido aos cidadãos quenianos durante todo o período colonial", entre 1895 e 1963. A KHRC também pediu reparações "por todas as atrocidades cometidas contra diferentes grupos no país".Após anos de processos judiciais, Londres concordou em 2013 em indenizar mais de 5.000 vítimas quenianas pelos abusos durante a insurreição Mau Mau. O ministro das Relações Exteriores, William Hague, expressou então o "sincero pesar" do Reino Unido.O casal real ficará em Nairóbi por dois dias. O programa inclui encontros com empresários, jovens, um banquete de Estado e uma visita a um novo museu dedicado à história do Quênia. Depois, viajará para a cidade portuária de Mombaça (sul), onde Charles III - comprometido com as questões ambientais - visitará uma reserva natural e se reunirá com representantes religiosos. Ele não viajará para Nanyuki, onde fica a sede da Unidade de Treinamento do Exército Britânico no Quênia (Batuk), em meio a controvérsias recorrentes entre acusações de estupro, assassinato e a presença de munições não detonadas que mutilam as populações locais.Após visitas de Estado à Alemanha e depois à França, marcando o desejo de Londres de se aproximar dos seus aliados europeus, Charles III voltou-se para a Commonwealth. Este vestígio do império britânico, que reúne 56 países - na sua maioria ex-colônias britânicas - está enfraquecido pelas críticas cada vez mais vivas ao passado colonialista do Reino Unido. Veja Mais
De volta ao seu kibutz queimado, uma mãe israelense teme pelos filhos sequestrados
Ao lado das casas incendiadas do kibutz israelense Nir Oz, perto da fronteira com Gaza, os moradores se desesperam com o destino dos seus entes queridos sequestrados há mais de três semanas pelos milicianos do Hamas. Hadas Kalderon diz que a sua mãe e a sua sobrinha foram assassinadas e o seu filho de 12 anos e a sua filha de 16 foram capturados durante o ataque de combatentes do movimento islamista palestino, que cruzaram a fronteira de Gaza em 7 de outubro. Kalderon viveu duas décadas nesta pequena comunidade rural, que foi devastada. Dos seus 400 habitantes, o Exército de Israel calcula que 100 morreram e outros 80 foram sequestrados. "Não importa o que fizermos, eles correm um perigo enorme", diz a mulher de 56 anos, ao visitar o kibutz onde várias casas foram incendiadas. "Quero acreditar que os nossos militares e o nosso governo sabem o que estão fazendo", acrescenta."Não tenho controle nem conhecimento sobre as ações militares. Sei apenas que meus filhos ainda estão lá no meio de uma guerra", afirma. As autoridades israelenses afirmam que mais de 1.400 pessoas morreram desde 7 de outubro em dezenas de comunas e postos militares perto de Gaza. Os ataques israelenses de represália na Faixa de Gaza mataram mais de 8.500 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas. Os combatentes islamitas também capturaram mais de 230 reféns, cujas famílias estão cada vez mais preocupadas, especialmente com o bombardeio intensificado de Israel em Gaza e a incursão terrestre das suas tropas. Em uma conversa com jornalistas durante uma visita ao kibutz, organizada pelo Exército, Kalderon relata que o mais importante deve ser "devolvê-los para casa em segurança". "Cheguem a um acordo imediatamente, não esperem", enfatiza.- "Nossos vizinhos" -O Hamas libertou quatro mulheres, incluindo uma de 85 anos de Nir Oz. Na segunda-feira, o Exército israelense disse que resgatou uma soldado detida em território palestino.Em meio a uma crise humanitária em Gaza, onde vivem 2,4 milhões de pessoas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou um cessar-fogo com o Hamas e exigiu a libertação incondicional de todos os reféns. A apenas dois quilômetros da fronteira de Gaza, o bombardeio incessante pode ser ouvido a partir de Nir Oz, onde os soldados estabeleceram novos postos militares. Os sobreviventes do ataque foram retirados do kibutz, mas alguns foram autorizados a retornar brevemente.Ran Pauker, de 86 anos, foi poupado do ataque porque estava visitando a casa de sua filha no município vizinho de Sderot. "Estou muito preocupado porque o nosso governo se esqueceu de nós. Eles não cuidaram de nós e espero que os massacres acabem", explica.Ele defende que "temos que resolver o problema com os palestinos, com nossos vizinhos. Sem isso, nunca haverá paz". Veja Mais
Polícia atira em mulher que fazia 'ameaças' em estação em Paris
A polícia francesa atirou e feriu nesta terça-feira (31) uma mulher que, segundo testemunhas, fazia ameaças e gritava "Allahu akbar" ("Alá é maior") em uma estação de trem da periferia, informou uma fonte policial à AFP. Os policiais foram advertidos por ligações de passageiros que mencionavam uma mulher de véu que "proferia ameaças" na estação Bibliothèque François Mitterrand. A mulher "se recusou a obedecer às ordens dos policiais", que "temendo por sua segurança usaram suas armas". Veja Mais
Ucrânia denuncia maior bombardeio russo desde o início do ano
A Ucrânia anunciou nesta quarta-feira (1) que a Rússia bombardeou mais de 100 localidades nas últimas 24 horas, o maior número em apenas um ataque este ano.Desde o início da ofensiva, em fevereiro de 2022, as forças russas dispararam milhões de projéteis de artilharia contra cidades e vilarejos ucranianos próximos das frentes de batalha, o que deixou o leste do país em ruínas."Nas últimas 24 horas, o inimigo bombardeou 118 localidades em 10 regiões", escreveu nas redes sociais o ministro ucraniano do Interior, Igor Klimenko."Este é o maior número de cidades e vilarejos que sofreram ataque desde o início do ano", acrescentou.Um ataque russo contra uma refinaria de petróleo em Kremenchuk (centro do país) não provocou vítimas, mas exigiu a presença demais de 100 bombeiros para controlar o incêndio, segundo Klimenko. A Ucrânia e seus aliados ocidentais temem que a Rússia intensifique os ataques contra instalações do setor de energia do país antes do inverno rigoroso (hemisfério norte, verão no Brasil), como aconteceu no ano passado.Os bombardeios noturnos provocaram uma morte na região de Kharkiv (nordeste) e outra vítima fatal na região de Kherson (sul), informaram as autoridades locais.Uma terceira pessoa morreu e quatro ficaram feridas em um ataque russo com drone em Nikopol, sul do país.A Força Aérea ucraniana anunciou que derrubou 18 dos 20 drones russos lançados durante a noite.O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que derrubou dois drones ucranianos nas regiões de Briansk e de Kursk, próximas da fronteira. Veja Mais
Bolívia rompe relações com Israel por conflito em Gaza
A Bolívia rompeu relações diplomáticas com Israel em "repúdio" à ofensiva realizada na Faixa de Gaza, após o ataque do grupo islamista Hamas em 7 de outubro, anunciou o vice-chanceler, Freddy Mamani, nesta terça-feira (31).O governo do esquerdista Luis Arce é o primeiro na América Latina a cortar vínculos com Israel desde o início do conflito, que já deixou milhares de mortos.A Bolívia "tomou a decisão de romper relações diplomáticas com o Estado de Israel em repúdio e condenação à agressiva e desproporcional ofensiva militar israelense realizada na Faixa de Gaza", indicou Mamani em coletiva de imprensa.Israel acusou a Bolívia de capitular diante do "terrorismo". "A decisão do governo da Bolívia de romper os laços diplomáticos com Israel é uma capitulação diante do terrorismo e ao regime dos aiatolás do Irã", afirmou nesta quarta-feira o porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Lior Haiat."O governo boliviano se alinha com a organização terrorista Hamas, que massacrou mais de 1.400 israelenses e sequestrou 240 pessoas, incluindo crianças, mulheres, bebês e idosos", acrescentou, em referência ao balanço do ataque de 7 de outubro.Desde os ataques do movimento islamista palestino Hamas em Israel, a resposta militar israelense na Faixa de Gaza deixou mais de 8.500 falecidos, muitos deles crianças, segundo as autoridades de Saúde do território palestino."Estamos enviando este comunicado oficial ao Estado de Israel, no qual informamos nossa decisão (...) de romper relações diplomáticas", acrescentou a ministra da Presidência, María Nela Prada, durante a coletiva, na qual também anunciou o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza."Exigimos o cessar dos ataques" na Faixa de Gaza "que provocaram até agora milhares de vítimas fatais civis e o deslocamento forçado de palestinos", completou. O governo boliviano anunciou, ainda, o envio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.Também na terça-feira, Chile e Colômbia convocaram para consultas seus embaixadores em Tel Aviv.- Hamas elogia decisão -Em sua declaração, as autoridades não mencionaram a violenta incursão do Hamas em território israelense.Por meio de nota, o Hamas saudou o anúncio da Bolívia, expressando sua "grande estima" pela decisão tomada por La Paz, e instou os "países árabes que normalizaram suas relações" com Israel a fazer o mesmo.No passado, a Bolívia já tinha rompido relações diplomáticas com Israel, que datam de 1969. Em 2009, o governo do líder indígena Evo Morales - ex-aliado de Arce - tomou a mesma determinação por um ataque israelense na Faixa de Gaza.A Bolívia retomou as relações uma década depois por ordem da presidente de direita Jeanine Áñez, que substituiu Morales no poder, em meio a uma severa crise doméstica.- Aplausos com críticas -Em sua declaração nesta terça-feira, Prada - que falou como chanceler encarregada - disse que governo "compartilha" a condenação do secretário-geral da ONU, António Guterres, da situação em Gaza."Ao mesmo tempo, chamamos ao diálogo e soluções estruturais que respeitem a vida, para evitar uma maior escalada no conflito", acrescentou.O ex-presidente Morales - que rompeu relações com Arce - elogiou a decisão do governo, mas com ressalvas."Finalmente, e por pressão do povo, o governo decidiu romper relações diplomáticas com Israel. Tomaram a decisão depois de estarem três anos no poder e depois do regime israelense assassinar mais de 8.500 pessoas", afirmou na rede social X, antigo Twitter.Antes de romper relações com Israel, o presidente Arce se reuniu na segunda-feira com o embaixador palestino, Mahmoud Elalwani. Após o encontro, ele rejeitou no X "os crimes de guerra cometidos em Gaza" e defendeu a solução de dois Estados. Veja Mais
Exército de Israel diz que atacou 11.000 alvos em Gaza desde início da guerra
O Exército israelense anunciou nesta quarta-feira (1) que atacou 11.000 alvos na Faixa de Gaza desde o início da guerra contra o movimento islamista palestino Hamas."Desde o início da guerra, as Forças Armadas atacaram 11.000 alvos pertencentes a organizações terroristas na Faixa de Gaza", afirma um comunicado militar.O território palestino foi cenário nos últimos dias de batalhas entre as tropas terrestres israelenses e milicianos do Hamas, grupo que Israel anuncio que pretende eliminar após o ataque contra seu território em 7 de outubro que matou mais de 1.400 pessoas.Desde então, Israel bombardeia de modo incessante a Faixa de Gaza, onde o Ministério da Saúde do governo controlado pelo Hamas afirma que morreram mais de 8.500 pessoas, dois terços delas mulheres e menores de idade.O Exército israelense também divulgou nesta quarta-feira os nomes de mais nove soldados que morreram em combate no território palestino, o que eleva a 326 o número de militares falecidos desde o ataque do Hamas.Na terça-feira, as Forças Armadas anunciaram as mortes de dois soldados durante operações no norte de Gaza. Veja Mais
Bolívia reduz cultivos de coca pela primeira vez em sete anos
A Bolívia reduziu, pela primeira vez em sete anos, suas plantações de coca, que passaram de 30,5 mil hectares em 2021 para 29,9 mil hectares em 2022, informou nesta terça-feira (31) o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)."No ano de 2022, houve diminuição de 2% em relação a 2021", ressalta o órgão em seu relatório anual.Colhidos a partir de imagens de satélite, os dados mostram pela primeira vez uma redução dos cultivos após sete anos de aumento constante.A Bolívia permite o plantio e a comercialização da folha de coca para mascar e fazer infusões e rituais religiosos. Autoridades determinaram um máximo de 22,2 mil hectares. Parte da produção, no entanto, é desviada para a fabricação de cocaína. O país é o terceiro maior produtor da droga, depois de Peru e Colômbia, segundo as Nações Unidas.Os cultivos bolivianos se concentram nos vales subandinos de Yungas de La Paz e na região do Trópico de Cochabamba (centro).Desde a década de 1980, a Bolívia realiza trabalhos de erradicação de cultivos de coca, a cargo de uma força-tarefa conjunta formada por policiais e militares. Em 2015, os cultivos abrangiam 20,2 mil hectares. Desde então, o aumento vinha sendo constante : 23,1 mil hectares (2016), 24,5 mil (2017), 23,1 mil (2018), 25,5 mil (2019), 29,4 mil (2020), 30,5 mil (2021). Veja Mais
Cubana Yunisleidy García conquista o ouro nos 100m rasos do Pan
A cubana Yunisleidy García se sagrou campeã dos 100 metros rasos nos Jogos Pan-Americanos Santiago-2023 nesta terça-feira (31) com a marca de 11,36 segundos. A guianense Jasmine Abrams ficou com a prata com 11,52 segundos e Michelle-Lee Ahye (de Trinidad y Tobago) ficou com o bronze com 11,53 segundos na pista do Estádio Nacional da capital chilena. García deu a Cuba sua primeira medalha de ouro no atletismo de Santiago-2023 e sucedeu a estrela jamaicana Elaine Thompson-Herah na lista histórica de vencedoras. Veja Mais
Autoridades investigam morte de líder indígena que fez denúncia na ONU
Autoridades investigam a suposta morte por afogamento de um líder indígena que denunciou na ONU atos de desmatamento e invasões de terras do seu povo, anunciou nesta terça-feira a Polícia Federal.Em 28 de setembro, Tymbektodem Arara expôs no Conselho de Direitos Humanos da ONU a luta do povo Arara contra a presença de mais de 2 mil invasores na terra protegida Cachoeira Seca, norte do Pará."Viemos aqui para exigir que se respeite nossa vida e o nosso território", disse o líder indígena em vídeo durante a 54ª sessão do Conselho, com sede em Genebra. Ele denunciou o desmatamento no território e disse que as invasões são consequência da instalação da hidrelétrica de Belo Monte, inaugurada em 2016 no Pará. O corpo de Tymbektodem foi encontrado 16 dias depois, no rio paraense Iriri, com sinais de afogamento, informou a imprensa. Ele tinha cerca de 40 anos, segundo a ONG Conectas Direitos Humanos.A Polícia Federal do Pará confirmou à AFP que abriu uma investigação: "A causa da morte é apurada em investigação aberta pela Polícia Federal, na delegacia da cidade de Altamira."Margeada pelo rio Iriri, a Terra Indígena Cachoeira Seca compreende uma área de 7.340 km² habitada por 88 integrantes do povo Arara, segundo dados do Instituto Socioambiental. Veja Mais
Israel bombardeia campo de refugiados em Gaza para eliminar um dos líderes do Hamas
Israel prosseguiu nesta terça-feira (31) com sua ofensiva terrestre em Gaza e bombardeou um campo de refugiados, uma ação que, segundo o Hamas, deixou dezenas de mortos, para "eliminar" um dirigente da organização islamista envolvido no ataque letal de 7 de outubro em território israelense. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, o bombardeio contra o campo de refugiados de Jabaliya, no norte do território palestino, deixou "mais de 50" mortos.Um vídeo feito pela AFP mostra pelo menos 47 corpos cobertos por panos brancos no chão do pátio de um hospital, depois que foram retirados dos escombros. Foi "como um terremoto", contou Ragheb Aqal, morador do campo de Jabaliya, de 41 anos.Horas depois, o Exército de Israel confirmou o bombardeio, que cumpriu seu objetivo de matar Ibrahim Biari, comandante do Hamas envolvido no ataque de 7 de outubro em território israelense.Durante o dia, as forças israelenses travaram "duros combates com os terroristas do Hamas no interior da Faixa de Gaza", informou o Exército, assegurando que dezenas de combatentes palestinos foram mortos nas últimas horas. Dois soldados israelenses morreram nas operações no norte do território palestino, segundo o Exército, em seu primeiro balanço de baixas desde o início da campanha de represálias. Anteriormente, Israel havia indicado que tinha atingido 300 alvos na quarta noite de incursões terrestres em Gaza. Os soldados israelenses se depararam com tiros antitanque e disparos dos combatentes do Hamas, que governa o território de 362km² desde 2007. As brigadas Ezzedin al Qassam, o braço armado do Hamas, assinalaram que Gaza se tornou um "cemitério" para os soldados israelenses e prometeram impor ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um revés que "marcará o fim de sua carreira política". Desde 7 de outubro, os bombardeios israelenses causaram pelo menos 8.525 mortes em Gaza, 3.450 delas crianças, segundo as autoridades do Hamas.- 'Cemitério de milhares de crianças' -Netanyahu ignorou as pressões internacionais para um cessar-fogo e, na segunda-feira, afirmou que isso equivaleria a uma "rendição", após ter prometido "aniquilar" o movimento islamista palestino. As brigadas Ezzedin al Qassam afirmaram que vão libertar "nos próximos dias" alguns dos reféns estrangeiros.O sofrimento dos civis em Gaza gerou comoção e as agências humanitárias da ONU afirmam que o tempo está se esgotando para muitos dos 2,4 milhões de habitantes desse território palestino que está sob cerco total, sem acesso a água, comida, combustível e medicamentos. Gaza tornou-se um "cemitério de milhares de crianças", disse o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder. A ONG Médicos do Mundo denunciou que os cirurgiões da Faixa têm que "operar no chão" e realizar cesáreas e amputações "sem anestesia" por falta de material. Israel acusa o Hamas de usar os hospitais como quartéis e os civis como "escudos humanos", algo que o movimento islamista nega.O Egito anunciou que, na quarta-feira, receberá 81 feridos de Gaza pela passagem de Rafah, ao sul do território, pela qual puderam entrar alguns caminhões de ajuda humanitária nos últimos dias. - 'Espiral da morte' -O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, ergueram suas vozes para pedir a suspensão da "espiral da morte" em Gaza com um "cessar-fogo humanitário". "Um cessar-fogo humanitário pode pelo menos parar esta espiral de morte", disse antes de implorar aos 15 membros do Conselho que "superem suas divisões e exerçam sua autoridade" impondo essa medida. Guterres manifestou-se "profundamente preocupado" com a "intensificação do conflito e advertiu do risco de uma "perigosa escalada para além de Gaza". O Catar, país árabe que mantém contatos diplomáticos com Israel, denunciou o bombardeio do campo de refugiados como um "massacre" e advertiu que a extensão dos bombardeios israelenses podem "minar os esforços de mediação e de desescalada".A Bolívia anunciou o rompimento de suas relações diplomáticas com Israel, em repúdio e em condenação à agressiva e desproporcional ofensiva militar israelense realizada na Faixa de Gaza. A guerra também aumentou as tensões na Cisjordânia ocupada, onde mais de 120 palestinos morreram desde 7 de outubro por tiros de soldados ou de colonos israelenses, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina, que administra esse território. O Exército israelense bombardeou a Síria e, na fronteira com o Líbano, multiplicaram-se os enfrentamentos com o grupo Hezbollah. Os rebeldes houthis, do Iêmen, reivindicaram um ataque com drones contra Israel e o Exército israelense afirmou que interceptou um míssil lançado a partir da região do Mar Vermelho. Veja Mais
Rio de Janeiro reforça segurança para final da Libertadores entre Fluminense e Boca
O Rio de Janeiro terá segurança reforçada para a final da Libertadores, no sábado, no Maracanã, com a expectativa da chegada à cidade de mais de 100 mil torcedores do Boca Juniors para apoiar seu time contra o Fluminense. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, indicou nesta terça-feira (31) em uma coletiva de imprensa que a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional atuarão em um deslocamento ostensivo nas ruas do Rio, embora não tenha especificado o número de agentes. Já a prefeitura disse que vai reforçar a segurança em alguns pontos considerados sensíveis para o jogo, como os dois aeroportos e o bairro de Copacabana. Está prevista a mobilização de cerca de 1.200 agentes da Guarda Municipal e da Secretaria de Ordem Pública da cidade. Segundo as autoridades, a expectativa é que mais de 100 mil argentinos cheguem para acompanhar a final, que terá início no sábado às 17h (horário de Brasília). A Conmebol reservou 22 mil lugares para torcedores de cada time no Maracanã, que tem capacidade para quase 79 mil espectadores. O Fluminense, que pode conquistar a primeira Libertadores da sua história, enquanto o Boca busca a sétima, jogará em casa, já que disputa seus jogos no estádio.- Lei seca -Para evitar transtornos, a prefeitura decretou a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas no entorno do Maracanã, desde o primeiro minuto de sábado até as 6h de domingo, e vai interromper o trânsito nas imediações. O esquema será semelhante ao que existiu durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, com barreiras nas vias adjacentes, que só poderão ser acessadas por quem possui ingresso ou reside no local. Foi determinado que cada torcida vá ao estádio de metrô e desça em estações separadas, enquanto os convidados da Conmebol e o público "neutro" descerão em uma terceira estação.- "Fanfest" em Copacabana -Durante esta semana, a Conmebol organizou uma "fanfest" para as duas torcidas na famosa praia de Copacabana, em um espaço que tem o formato do troféu da Libertadores. Com entrada gratuita, a "Fanfest" exibe a taça original, um museu, locais para comer e ainda há espaço para jogar futebol de praia. No sábado, no entanto, estará fechada.- Noite argentina na terra do samba -Para poder assistir ao jogo na rua, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que cada torcida terá um espaço reservado, com telões. Os torcedores do Fluminense poderão se reunir na área da Cinelândia, no centro do Rio, enquanto os do Boca Juniors terão um espaço para assistir à partida no Terreirão do Samba, bem próximo ao Sambódromo, também na região central, onde será realizada a partida. Além disso, a prefeitura do Rio abriu a área ao lado do Sambódromo para que os torcedores argentinos sem alojamento possam dormir ali. Veja Mais
Cataratas do Iguaçu registram maior vazão em quase uma década
As Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre Brasil e Argentina, registraram esta semana uma vazão de 24,2 milhões de litros por segundo, um recorde em quase uma década, segundo a concessionária do Parque Nacional do Iguaçu.As cataratas, umas das mais importantes do mundo com suas 275 quedas no rio Iguaçu, alcançaram "a maior vazão dos últimos anos" na segunda-feira (30) pela manhã, após chuvas intensas no Paraná, segundo a empresa concessionária Urbia Cataratas, que monitora as águas junto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).As imagens do local mostravam o rio cheio e poderoso, com passarelas cobertas pelas águas marrons.O número de 24,2 milhões de litros excede em 16 vezes a vazão de 1,5 milhão de litros por segundo considerada normal, com base em dados históricos.De acordo com esses registros, esse fluxo só havia sido superado em 2014, quando chegou a 46,3 milhões de litros por segundo. A marca anterior data de 1983, com 35 milhões de litros por segundo, segundo a Urbia Cataratas.Mas a vazão já começou a diminuir nesta terça-feira (31), quando registrava 18,1 milhões de litros por segundo, e "a tendência é a vazão [...] iniciar uma queda nos próximos dias", informou a Urbia Cataratas.Nas vésperas do feriado de finados, o Parque Nacional do Iguaçu, que além das cataratas abriga grande biodiversidade, continuava aberto ao turismo.Contudo, permanece fechada a passarela situada do lado argentino que dá acesso ao mirante da Garganta do Diabo, o conjunto de quedas que compõe o principal atrativo do parque, indicou a concessionário em uma nota.São esperados cerca de 25.000 visitantes no parque durante o fim de semana prolongado por conta do feriado. Veja Mais
'Emprego duplo' de Diniz gera dúvidas no Fluminense antes da final da Libertadores
Depois de exibir um futebol brilhante pelo Fluminense, o técnico Fernando Diniz dá sinais de ter perdido um pouco o comando do time desde que assumiu também a Seleção Brasileira, levantando dúvidas antes da final da Copa Libertadores, no sábado (4), contra o Boca Juniors.Embora o jogo ofensivo, as boas trocas de passe e a posse de bola, características do "dinizismo", permaneçam intactos, a equipe carioca parece ter esquecido a parte defensiva, com uma série de erros que podem custar caro no sonho de conquistar a sua primeira taça do principal torneio sul-americano de clubes.- Chuva de gols sofridos -Os números falam por si: nos dez jogos anteriores à estreia de Diniz pelo Brasil (início de setembro), o Fluminense sofreu 9 gols no Brasileirão, média inferior a um gol por jogo, enquanto nos oito disputados desde então, essa cifra saltou para 2,25. Inicialmente, o anúncio da contratação de Diniz para comandar a Seleção, ainda que de forma provisória antes da possível chegada do italiano Carlo Ancelotti em meados de 2024, foi motivo de orgulho para o Fluminense. Os tricolores entenderam a escolha como uma forma de reconhecimento ao excelente trabalho como treinador do clube, aquele que joga da forma mais bonita e ofensiva do Brasil. No entanto, algumas atuações desde então, muito aquém do esperado, têm feito disparar alarmes entre os torcedores, que começam a duvidar se é bom o clube "ceder" seu treinador à Seleção Brasileira.- Atenção dividida -É difícil atribuir a queda no desempenho do Fluminense no Brasileirão apenas à chegada de Diniz à Seleção, já que nesse período o time carioca disputou as semifinais da Libertadores contra o Inter e poupou vários titulares no campeonato para as partidas do torneio continental. Lesões de jogadores importantes, como o zagueiro e capitão Nino, suspensões ou descanso dado a titulares veteranos como Marcelo, Ganso, Felipe Melo e Germán Cano também ajudam a explicar a queda de rendimento do Flu nas últimas semanas. Mas é preocupante que, desde que se classificou para a grande final, o time tenha começado perdendo os cinco jogos que disputou, só conseguindo uma vitória e um empate, e seja o segundo time que menos pontos somou no Brasileirão desde então.O próprio Diniz admitiu que o time parece ter se desligado do campeonato. "Sabemos que temos coisas para corrigir. Não são coisas muito simples. Pela quantidade de gols que sofremos, tivemos uma postura mais indiferente em alguns jogos do Brasileirão. Mas o time tem muitos recursos. Quando está focado, como estaremos na final, os erros diminuem muito", disse recentemente.O técnico também tem problemas que se acumulam em sua dupla função. Ele começou a receber as primeiras críticas após os dois últimos jogos no comando da Seleção, em que empatou em casa com a Venezuela e perdeu na visita ao Uruguai, com um futebol bastante decepcionante, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Os próximos dois jogos do Brasil, em novembro, serão, portanto, desafios importantes: visitará a Colômbia e receberá a campeã mundial Argentina no Maracanã, algo que poderá tirar mais atenção do treinador, em detrimento do seu clube.- Libertadores de 2024 não está garantida -E por último, o "apagão" do Fluminense no Brasileirão poderá afetar o clube carioca, já que depois de ter sido um dos principais perseguidores do líder, o Botafogo, durante boa parte do campeonato, ocupa atualmente a oitava colocação, a quatro pontos da zona de classificação para a próxima Libertadores. Se não vencer no sábado (só a vitória garante a participação na Libertadores de 2024), o Fluminense poderá ter muitas dificuldades para disputar a principal competição sul-americana de clubes no ano que vem. Veja Mais
'Vai cometer um ataque', alertas ignorados pela polícia sobre atirador do Maine (imprensa)
"Vai cometer um ataque a tiros" foi uma das muitas advertências que a Reserva do Exército americano enviou à polícia do Maine sobre Robert Card, o atirador responsável pelo massacre da semana passada nos Estados Unidos, reportou o jornal Boston Globe nesta terça-feira (31).Desde maio, a ex-esposa de Card e seu filho de 18 anos informaram ao departamento do xerife do condado de Sagadahoc, no estado do Maine (nordeste), que Card sofria de problemas mentais como paranoia e ouvia vozes, e que recentemente tinha retirado entre 10 e 15 armas que mantinha guardadas na casa de seu irmão.Mas as advertências mais fortes vieram dos companheiros reservistas de Card, de 40 anos, que, na noite de 25 de outubro, entrou em um restaurante e em uma pista de boliche na cidade de Lewiston, no Maine, matando 18 pessoas e ferindo outras 13, antes de se suicidar.Em setembro, a Reserva do Exército advertiu ao departamento do xerife que Card sofria de grave doença mental e que um de seus companheiros reservistas estava preocupado que ele poderia "explodir e cometer um ataque a tiros", segundo documentos obtidos pelo jornal de Boston.Em julho, a Reserva do Exército o enviou para um centro psiquiátrico em Nova York onde permaneceu duas semanas depois de ameaçar atacar outros reservistas.No final do verão, ameaçou especificamente cometer um ataque a tiros, segundo a carta de um oficial anônimo da Reserva do Exército. "Ele vai explodir", vai "cometer um ataque a tiros", diz uma carta datada de setembro e assinada por um oficial anônimo.Apesar das advertências, o departamento do xerife não conseguiu contato com Card, primeiro-sargento na reserva, durante duas tentativas de encontrá-lo em sua casa para verificar seu estado de saúde mental.Na carta, segundo o Boston Globe, o oficial informava ao departamento do xerife que Card "ouvia vozes que lhe diziam que era um pedófilo" e outros "insultos".O primeiro-sargento na reserva chegou a dar um soco em um companheiro, acusando-o de ter lhe chamado de "pedófilo" e também o ameaçou dizendo que tinha "armas e que iria atirar" contra um centro de instrução e outros lugares."Prefiro pecar por precaução com respeito a Card, já que é um atirador capaz e, se resolver colocar em prática as ameaças feitas a Hodgson [o companheiro reservista], seria capaz de fazê-lo", escreveu o oficial anônimo, segundo o Boston Globe.De acordo com Ryan Card, irmão do atirador, ele começou a apresentar problemas de paranoia no início do ano, que teriam começado a partir de uma perda de audição. Veja Mais
Lula diz que jogadores brasileiros deveriam seguir 'exemplo de Messi'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (31) que os jogadores brasileiros deveriam seguir o "exemplo" do craque argentino Lionel Messi, que acabou de ganhar sua oitava Bola de Ouro."Não é possível que Messi não sirva de exemplo a jogadores brasileiros. Um cara com 36 anos de idade foi campeão do mundo (...) e ganhou a Bola de Ouro jogando num nível extraordinário", declarou Lula em seu programa "Conversa com o Presidente", transmitido nas redes sociais.Lula, que criticou em várias ocasiões o atual nível do futebol brasileiro, não poupou elogios ao astro argentino, antes do duelo da Seleção contra a 'Albiceleste' no dia 21 de novembro, no Maracanã, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.O último jogador brasileiro a ganhar a Bola de Ouro foi Kaká, em 2007."Quem quiser ganhar a Bola de Ouro tem que ser profissional, tem que se dedicar. Quem quiser ser profissional, não combina com farra, com noitada", afirmou o presidente, sem se referir a nenhum atleta em particular.Por outro lado, Lula citou o exemplo da ginasta Rebeca Andrade, campeã olímpica e mundial no salto, que na semana passada conquistou a medalha de ouro no mesmo aparelho e na trave de equilíbrio nos Jogos Pan-Americanos de Santiago."Quando vejo a Rebeca com uma medalha de ouro, fico feliz, porque eu sei como ela começou, sei que para ela ser uma medalhista de ouro, não teve balada, é treino", concluiu.Não é a primeira vez que o presidente expressa sua admiração por Messi.Em janeiro, ele surpreendeu ao confessar que, durante a Copa do Mundo de 2022, torceu pela seleção argentina."Pela primeira vez torci para que a Argentina fosse campeã do mundo, porque achava que o Messi não podia encerrar sua carreira sem ser campeão do mundo", disse. Veja Mais
Ex-auxiliares de Boris Johnson criticam sua gestão de crise da covid-19
Ex-auxiliares de Boris Johnson criticaram, nesta terça-feira (31), a gestão do ex-primeiro-ministro britânico durante a crise do covid-19 e apontaram sua falta de capacidade de decisão e de interesse pelas vítimas, no âmbito de uma investigação pública dedicada à pandemia. No início da crise sanitária, o ex-dirigente relativizou a situação e demorou a impor o confinamento, que se tornando um dos mais estritos da Europa. Mas os depoimentos de seu entorno e os documentos publicados pela comissão de investigação lançada em junho sobre a pandemia, que deixou mais de 230.000 mortos no Reino Unido, mostram um panorama ainda mais desolador no centro do poder naqueles meses de 2020. O emoji com o qual sua equipe o descrevia em suas mensagens no WhatsApp é muito significativo: um carrinho de supermercado, que pode ser empurrado de um lado para o outro em todas as direções."Sim, quase todo mundo o qualificava de carrinho", confirmou seu chefe de gabinete da época, Dominic Cummings, interrogado por várias horas pela comissão. "Foi a crise errada para as habilidades do primeiro-ministro", avaliou Lee Cain, ex-diretor de comunicação em Downing Street. "Era alguém que frequentemente adiava as decisões, recebia conselhos de diversas fontes e mudava de opinião sobre os diferentes temas", acrescentou. Pode ser "uma grande força" na política, mas a pandemia exigia "decisões rápidas". Johnson "se decidia em função da última pessoa consultada na sala. Era bastante exaustivo", insistiu. A pandemia marcou o início do declínio de Johnson, que, em abril de 2020, ficou hospitalizado em cuidados intensivos por alguns dias devido ao covid-19. Mais tarde, o escândalo do "partygate", sobre as festas celebradas em Downing Street apesar das restrições sanitárias, contribuiu para sua renúncia, em julho de 2022. Em mensagens de WhatsApp, o secretário do gabinete do Reino Unido, Simon Case, - o mais alto funcionário do país - qualifica-o de "incapaz de liderar". "Estou no limite. Muda de direção estratégica todos os dias", escreveu Case. O principal conselheiro científico do governo naquele momento, Patrick Vallence, escrevia em seu diário as conversas "loucas" que tinha com o ex-dirigente. "Disse que seu partido 'pensa que tudo isso (os confinamentos) é patético e que a covid é a maneira que a natureza tem de lidar com as pessoas mais velhas' e não estou certo de que ele não concorde", escreveu em dezembro de 2020. Veja Mais
Agência da ONU para refugiados pede fim da 'espiral da morte' em Gaza
O alto comissário da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, pediu, nesta terça-feira (31), ao Conselho de Segurança que detenha a "espiral da morte" em Gaza com um "cessar-fogo humanitário". "Um cessar-fogo humanitário pode pelo menos parar esta espiral de morte e espero que superem as suas divisões e exerçam a sua autoridade fazendo este apelo. O mundo espera que o façam", disse Grandi ao Conselho de Segurança da ONU, que até agora não conseguiu aprovar nenhuma das quatro resoluções apresentadas em menos de duas semanas. "O desprezo pelas regras básicas da guerra - o direito humanitário internacional - está se tornando cada vez mais a norma e não a exceção", denunciou.Grandi se referiu tanto aos "ataques" contra civis israelenses quanto ao "massacre de civis palestinos e à destruição maciça de infraestruturas, causados pela atual operação militar israelense".Desde os ataques sem precedentes de 7 de outubro, lançados pelo movimento islamista palestino Hamas em Israel, que provocaram mais de 1.400 mortes, a resposta militar israelense na Faixa de Gaza deixou mais de 8.500 mortos, muitos deles crianças, segundo as autoridades sanitárias do território. "Devemos esperar que o cessar-fogo se torne o primeiro passo (...) para uma solução", disse, depois de condenar que a solução para o conflito israelense-palestino tenha sido "repetida e deliberadamente negligenciada"."Considerou-se mais conveniente enfrentar a escalada crônica de violência, seguida de um cessar-fogo temporário, do que se concentrar em uma paz real; uma paz capaz de proporcionar aos israelenses e aos palestinos os direitos, a segurança e a condição de Estado que merecem", acrescentou. "Não haverá paz na região, nem no mundo, sem uma solução justa para o conflito israelense-palestino, que inclua o fim da ocupação israelense", afirmou, fazendo uma advertência que tem se repetido nas últimas semanas.É necessário "virar esta página sombria" porque "é vital", disse, antes de recordar que o conflito em Gaza é "a última e talvez a mais longa peça de um perigoso quebra-cabeça de guerra que se fecha rapidamente ao nosso redor".Grandi mencionou outros conflitos, como na Ucrânia, no Sudão, no Sahel, na República Democrática do Congo e na Armênia. Também citou a América Central, onde "as crises não resolvidas são agravadas pelo crime, inclusive por gangues que causam deslocamentos". Conflitos que fizeram com que haja mais de 114 milhões de refugiados e deslocados no mundo, lembrou. Veja Mais
Chefe da diplomacia da UE se diz preocupado com ataques de colonos na Cisjordânia
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, manifestou sua "grande preocupação" com os ataques de colonos israelenses na Cisjordânia, em conversas com altos diplomatas do Oriente Médio, segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira (31). Segundo a nota, Borrell discutiu a situação em Israel com os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Jordânia e Egito, assim como com o secretário-geral da Organização para a Cooperação Islâmica (OIC).Borrell explicou a seus interlocutores a posição da UE e a urgência de fornecer ajuda humanitária a precisar, além da proteção de civis no conflito entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas. "A situação na Cisjordânia também foi abordada. [Borrell] expressou grande preocupação com os ataques dos colonos israelenses contra os palestinos, que condenou firmemente", afirmou o comunicado. Borrell também conversou por telefone com o comissário-geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) sobre a situação na Faixa de Gaza. Veja Mais
Economia mexicana teve aumento interanual de 3,3% no terceiro trimestre
A economia do México, a segunda maior da América Latina depois do Brasil, cresceu robustos 3,3% no terceiro trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano passado, embora analistas esperem menos força em 2024.O Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) informou em um comunicado nesta terça-feira (31) que as atividades do setor primário cresceram 5,3%; a indústria avançou 4,5% e o setor de serviços, 2,5%.A economia mexicana registrou um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, um número ligeiramente superior ao que esperavam os analistas (0,8%).Nesta comparação, foi registrado um avanço de 3,2% nas atividades do setor primário e de 1,4% na indústria, o que compensou o fraco crescimento de 0,6% no setor de serviços.Fortemente ligada aos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial, a economia do México sofreu um colapso de 8,7% em 2020, afetada pela pandemia de covid-19. Mas tem se recuperado desde então. Os especialistas consultados mensalmente pelo Banco do México (central) estimam que a economia terá um crescimento total de 3,2% em 2023 e 1,9% em 2024.Embora o aumento estimado do ano seja positivo, analistas acreditam que a economia perderá força devido ao menor crescimento dos Estados Unidos e à elevada taxa de referência de juros do banco central, de 11,25%, que tende a esfriar a economia para combater a inflação."A política monetária permanecerá restritiva, sendo o Banco do México o último grande banco central da região a iniciar um ciclo de taxas mais baixas. Além disso, o menor crescimento dos EUA pesará sobre o setor externo", afirmou a empresa britânica Capital Economics em um comunicado aos seus clientes.A companhia acrescentou que a fraqueza econômica será amortecida por maiores gastos governamentais frente às eleições de 2024, nas quais o partido do presidente Andrés Manuel López Obrador aspira a reeleição e a manutenção da maioria no Congresso. Veja Mais
Austrália desiste de candidatura para sediar Copa de 2034
A Austrália anunciou nesta terça-feira (31) que desistiu de sua candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2034, deixando caminho livre para a Arábia Saudita, ainda mais favorita para receber o torneio."Estudamos a possibilidade de apresentar uma candidatura para organizar o Mundial da Fifa e, depois de levar em conta todos os fatores, decidimos não fazê-lo para a competição de 2034", escreveu a Federação de Futebol da Austrália (FFA) em comunicado.Depois de anunciar negociações com a FFA para apresentar uma candidatura conjunta para organizar o torneio, Associação de Futebol da Indonésia (PSSI) formalizou há dez dias seu apoio à Arábia Saudita, que também é respaldada oficialmente pela Confederação Asiática de Futebol (AFC).Depois de anunciar, no início de outubro, Espanha, Marrocos e Portugal como anfitriões da Copa de 2030, que também terá jogos em Argentina, Uruguai e Paraguai, a Fifa abriu as inscrições para a organização do evento em 2034, limitando as vagas a países da AFC para garantir o princípio de rotação de continentes. O prazo para as candidaturas termina exatamente nesta terça-feira.A Arábia Saudita, que já tinha como objetivo receber o Mundial em 2030, está investindo pesado para se firmar no futebol mundial, tal como seus clubes, que conseguiram atrair estrelas como Cristiano Ronaldo (Al-Nassr), Karim Benzema (Al-Ittihad) e Neymar (Al-Hilal). Veja Mais
Separatistas do Mali afirmam controlar acampamento evacuado pela ONU em cidade estratégica
A rebelião separatista predominantemente tuaregue no norte do Mali anunciou, nesta terça-feira (31), ter tomado um acampamento recentemente evacuado pela Missão de Estabilização da ONU (Minusma) na cidade estratégica de Kidal. O Marco Estratégico Permanente para a Paz (CSP, na sigla em inglês), uma aliança de organizações armadas que mais uma vez se levantou contra o Estado central, indicou que suas tropas estavam "assumindo o controle das áreas abandonadas pela Minusma em Kidal".Uma autoridade local, que pediu anonimato, confirmou à AFP que os insurgentes ocuparam o acampamento.Em julho, os militares que tomaram o poder pela força no Mali em 2020 exigiram a saída da Minusma, mobilizada desde 2013 neste país africano mergulhado em uma profunda crise econômica e ameaçado pela atividade de organizações "jihadistas". A retirada da Minusma de seus acampamentos agravou as rivalidades pelo controle do território entre grupos armados presentes no norte. Os grupos separatistas, com presença majoritária dos tuaregues, retomaram as hostilidades contra o Estado central, e o Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM), afiliado à Al-Qaeda, multiplicou os ataques contra posições militares. Veja Mais
Exército israelense e Hamas lutam em uma Gaza devastada por bombardeios
As tropas israelenses travaram "combates ferozes" com o Hamas na Faixa de Gaza, informou nesta terça-feira (31) o Exército de Israel, cujas forças avançam entre os escombros de edifícios bombardeados no território palestino.As imagens divulgadas pelo Exército israelense mostram os soldados avançando em um cenário de desolação, entre edifícios que foram reduzidos a ruínas pelos incessantes bombardeios de represália efetuados por Israel desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro.As forças israelenses estão "travando combates ferozes com terroristas do Hamas dentro da Faixa de Gaza", informou o Exército, acrescentando que dezenas de combatentes palestinos foram mortos nas últimas horas. Israel afirmou anteriormente que atacou 300 soldados na quarta noite de ofensivas terrestres em Gaza, na qual suas tropas enfrentaram fogo antitanque e disparos dos combatentes do Hamas, que governa este território palestino desde 2007.Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, pelo menos 50 pessoas morreram e 150 ficaram feridas nesta terça-feira no bombardeio de um acampamento de refugiados em Jabalia, no norte da Faixa. Desde 7 de outubro, os bombardeios israelenses mataram pelo menos 8.525 pessoas na Faixa de Gaza, incluindo muitas crianças, segundo as autoridades de saúde do Hamas. A guerra também exacerbou as tensões na Cisjordânia ocupada, onde pelo menos 122 palestinos morreram desde 7 de outubro por tiros disparados por soldados e colonos israelenses, segundo o Ministério da Saúde local.O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ignorou as pressões internacionais para um cessar-fogo por considerar que seria o equivalente a uma "rendição", depois que prometeu "aniquilar" o movimento palestino devido ao ataque de 7 de outubro em território israelense, que deixou 1.400 mortos, a maioria civis. No ataque, o Hamas tomou 240 pessoas como reféns, segundo os números atualizados divulgados pelas autoridades israelenses. A "nova fase" da guerra, anunciada por Israel no sábado, aumenta a preocupação com uma escalada regional do conflito. O Exército israelense atacou a Síria e na fronteira com o Líbano aumentaram os confrontos com o grupo Hezbollah. Os rebeldes huthis do Iêmen reivindicaram um ataque com drones contra Israel, enquanto as Forças de Defesa do Estado israelense anunciaram que interceptaram um míssil lançado da região do Mar Vermelho. - "Uma questão de vida ou morte" - O sofrimento dos civis em Gaza provoca críticas e as agências humanitárias da ONU afirmam que o tempo está acabando para muitos dos 2,4 milhões de habitantes do território palestino que está sob um cerco total, sem acesso a fornecimento de água, alimentos, combustíveis e medicamentos. A ONG Médicos do Mundo denunciou que os profissionais de saúde em Gaza precisam "operar no chão" e realizar cesáreas ou amputações "sem anestesia" por falta de material.Israel acusa o Hamas de usar os hospitais como bases militares e os civis como "escudos humanos", o que o movimento islamista nega. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) fez um alerta sobre uma grave crise humanitária no sul de Gaza, onde afirma que não há ajuda suficiente para suprir as necessidades sem precedentes e que 36 caminhões com insumos aguardam para entrar no território.O diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, afirmou que a entrega de ajuda "é uma questão de vida ou morte para milhões de pessoas. O Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém culpou Israel por um bombardeio que atingiu um centro cultural da igreja em Gaza e considerou o ataque de "injustificável".- "Um inferno" -A incursão terrestre das tropas israelenses permitiu o resgate de Ori Megidish, uma soldado que havia sido sequestrada pelo Hamas. O Exército israelense celebrou a libertação na segunda-feira e afirmou que a militar apresentou informações de inteligência que poderão ser utilizadas em futuras operações. Mas outras famílias vivem uma espera angustiante, sem notícias dos parentes. Hadas Kalderon, de 56 anos, morava no kibutz israelense de Nir Oz, perto da fronteira com a Faixa de Gaza. Ela conta que durante o ataque de 7 de outubro os milicianos do Hamas mataram sua mãe e sua sobrinha. Seu filho de 12 anos e a a filha de 16 foram levados como reféns. "Não tenho controle nem conhecimento sobre as ações militares. Sei apenas que meus filhos ainda estão lá no meio de uma guerra", lamenta. "É um desastre, um inferno. Não é possível expressar com palavras". O Hamas divulgou um vídeo na segunda-feira que apresentou como os depoimentos de três reféns. Nas imagens, uma das mulheres sequestradas pede ao governo de Israel que aceite uma troca de prisioneiros para obter sua libertação. Netanyahu chamou o vídeo de "propaganda psicológica cruel". Veja Mais
Embaixador israelense na ONU usa como 'símbolo de orgulho' estrela nazista imposta aos judeus
Após atacar a comunidade internacional no Conselho de Segurança por não condenar o ataque do Hamas em 7 de outubro, o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, colocou uma estrela amarela - a insígnia com a qual os nazistas marcavam os judeus - como "símbolo de orgulho"."A partir de hoje, cada vez que vocês olharem para mim, vocês vão se lembrar do que significa permanecer em silêncio diante do mal", declarou, ao recordar o Holocausto, o genocídio cometido pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, no qual mais de seis milhões de judeus foram mortos."Assim como meus avós e os avós de milhões de judeus, a partir de agora, minha equipe e eu usaremos estrelas amarelas", anunciou. "Usaremos essa estrela até que vocês acordem e condenem as atrocidades do Hamas", disse ele, ao ficar de pé, colocar o distintivo com a mensagem em inglês "Nunca mais" na lapela e distribuir outros entre sua equipe que também os colocou na roupa.Dani Dayan, presidente do Yad Vashem, memorial às vítimas do Holocausto em Jerusalém, criticou duramente a iniciativa. "Lamentamos ver membros da delegação israelense na ONU usando uma estrela amarela. Este ato desonra as vítimas do Holocausto, assim como o Estado de Israel", escreveu na rede social X (antigo Twitter). "A estrela amarela simboliza a impotência do povo judeu e sua dependência dos demais. Agora temos um Estado independente e um Exército forte. Somos mestres do nosso próprio destino. Hoje vamos pendurar uma bandeira azul e branca na nossa lapela, não uma estrela amarela", acrescentou. Comandos do movimento palestino Hamas entraram em Israel em 7 de outubro, procedentes de Gaza, e executaram o ataque mais sangrento desde a criação do Estado judeu, em 1948. Em represália, Israel lança incessantes bombardeios e combates terrestres na Faixa de Gaza. Milhares de civis morreram, em ambos os lados, desde o início do conflito. Na semana passada, o embaixador Erdan pediu a renúncia do secretário-geral da ONU, António Guterres. Depois de condenar o ataque do Hamas em Israel, durante um discurso ao Conselho de Segurança, Guterres afirmou que, ao mesmo tempo, "é importante reconhecer" que "não veio do nada", mas de "56 anos de ocupação sufocante" por parte de Israel. Veja Mais
BCB se prepara para continuar com redução da Selic
O Banco Central do Brasil (BCB) inicia, nesta terça-feira (31), uma nova reunião em que decidirá se reduz novamente a taxa da Selic em 0,5 ponto percentual, a 12,25%, conforme acredita o mercado.O Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição publicará sua decisão no final da sua penúltima reunião do ano, na quarta-feira (1º).Uma nova queda da Selic seria a terceira consecutiva no atual ciclo de baixas. Em agosto, quando a taxa estava em 13,75%, o BCB fez um corte de 0,5 ponto percentual, o que marcou a primeira queda em três anos e o início de um "ciclo gradual de flexibilização monetária".A queda seguinte, em setembro, foi na mesma proporção.O consenso do mercado indica que o Copom manterá o mesmo ritmo de redução, 0,5 p.p., segundo pesquisa do jornal Valor Econômico com 140 consultorias e instituições financeiras. O Comitê havia antecipado no relatório da última reunião que, caso se confirmassem suas expectativas sobre a economia, continuaria com uma redução semelhante da taxa, considerando-a "apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário".Até o final deste ano, a expectativa do mercado é que a Selic continue sua trajetória de queda para 11,75%, o que implica outro corte de 0,5 p.p. em dezembro, segundo o boletim Focus da instituição divulgado na segunda-feira.A intenção das autoridades do BCB é alinhar a inflação aos seus objetivos. Nos últimos meses, os aumentos de preços no Brasil seguiram uma dinâmica "mais benigna", avaliou o Copom em setembro. A inflação registra moderação, especialmente em comparação com um período de índice galopante entre 2021 e 2022. No entanto, o índice continua acima da meta da inflação máxima de 4,75% para o ano, estabelecida pelo BCB: em setembro, o aumento de preços acumulado em 12 meses atingiu 5,19%, segundo dados oficiais. A expectativa das consultorias e entidades financeiras para o final do ano é de uma inflação de 4,63%, segundo previsões do boletim Focus.- Incerteza fiscal -Desde que assumiu o seu terceiro mandato, em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende uma redução nas taxas para estimular a economia, incentivando o consumo e o investimento com créditos mais baratos. O PIB do país deve fechar 2023 com alta de 2,89%, segundo o mercado, que ajustou para cima suas projeções, com base em um crescimento resiliente. Mas na sexta-feira, às vésperas da reunião do Copom, Lula disse que o Brasil "dificilmente" atingirá o déficit fiscal zero em 2024, como previsto no orçamento enviado ao Congresso, dando um sinal importante sobre uma das principais preocupações econômicas.A incerteza sobre a questão fiscal provocou reação negativa dos investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que fechou em queda na segunda-feira, e mais uma vez semeou dúvidas sobre a estabilidade da economia brasileira. No mês passado, o Copom destacou a importância de perseguir com firmeza os objetivos fiscais para ancorar as expectativas da inflação e, consequentemente, para a "condução da política monetária".Abandonar o objetivo fiscal significa, segundo os analistas, maiores gastos públicos e, portanto, um maior risco inflacionário.O risco não alterou a projeção do mercado para este ano, que, no entanto, prevê cortes menores na Selic para 2024 (9,25%) e 2025 (8,75%), segundo o boletim Focus. O Copom também vai considerar o turbulento contexto internacional. De um lado, o aumento das taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos, que reduz a atratividade de países emergentes como o Brasil e fortalece o dólar. O Federal Reserve (Banco Central americano) avaliará o nível das taxas simultaneamente ao Copom. Do outro, a guerra no Oriente Médio entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas. Os efeitos poderão tornar o Comitê "mais conservador" em relação aos cortes futuros, afirma um relatório do banco C6. Veja Mais
O agronegócio, fonte de riqueza e polêmica
Com sua vasta produção de soja, carne, algodão e, agora, também milho, o Brasil se destacou como uma potência global no agronegócio, um setor robusto que, ao mesmo tempo, enfrenta críticas, principalmente devido ao desmatamento na Amazônia.O Ministério da Agricultura anunciou recentemente que o valor da produção agrícola brasileira atingirá um recorde histórico de R$ 1,15 trilhão neste ano.O agronegócio, que engloba não apenas a produção agrícola, mas também outras atividades do setor, como insumos e indústria alimentícia, representa um quarto do PIB do Brasil e respondeu por metade das exportações do país no primeiro semestre.- O que explica essa pujança?Sendo o quinto maior país do mundo, o Brasil ascendeu ao pódio das potências agrícolas globais nas últimas três décadas. Atualmente, é o maior produtor e exportador mundial de soja, açúcar e café. Além disso, é o principal fornecedor de carne bovina e de frango, e o segundo maior produtor de algodão. Também irá superar neste ano os Estados Unidos como principal exportador mundial de milho.Desde a época colonial, o desenvolvimento do Brasil tem se concentrado na agricultura, passando pela cana-de-açúcar, pelo algodão, pela febre da borracha e pelo ciclo do café, que durou mais de um século.O ponto de inflexão ocorreu nas décadas de 1960-1970, quando a ditadura militar colocou em prática uma "revolução verde", expandindo a fronteira agrícola para a região amazônica e o Cerrado.Impulsionada pela demanda chinesa, a soja se expandiu maciçamente para alimentar o gado em todo o mundo."Os trabalhos de melhoramento genético, as técnicas que aprimoraram os solos, corrigindo a acidez e aumentando a fertilidade", juntamente com o desenvolvimento de pesticidas, permitiram que, seguida do milho e algodão, a soja se expandisse às regiões tropicais do país, explicou à AFP a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).O desenvolvimento do cultivo sem a necessidade de remoção da terra e a introdução de variedades transgênicas - que ocupam hoje entre 80% e 90% das superfícies dedicadas à soja e ao milho e algodão - no início dos anos 2000 permitiram ao Brasil realizar duas ou até três colheitas por ano, levando a uma triplicação da produção ao longo de duas décadas.- O sucesso tem um custo?O modelo que permitiu essa expansão, no entanto, enfrenta polêmicas. De 2019 a 2022, o agronegócio esteve intimamente ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Com o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, promessas rigorosas foram feitas contra o desmatamento na Amazônia (que disparou durante o mandato de Bolsonaro) e para a proteção das terras indígenas, temas diretamente ligados à expansão do agronegócio.Questões relacionadas à agricultura e aos pesticidas e organismos transgênicos também foram foco das negociações com a União Europeia, que condiciona a conclusão do acordo de livre-comércio com o Mercosul a garantias ambientais.- Quais são as perspectivas?Ao mesmo tempo que Lula se compromete a erradicar o desmatamento até 2030, ele terá que ceder em relação ao agronegócio, apoiado por um forte lobby no Congresso.O presidente busca abrir novos mercados para os produtores brasileiros, negociando acordos comerciais, especialmente com a China, seu principal parceiro comercial.O setor agrícola, por outro lado, busca melhorar suas credenciais, para não afugentar os consumidores internacionais, cada vez mais preocupados com a origem ecológica dos produtos."As empresas da área da pecuária trabalham duro, buscando efetivamente a rastreabilidade, é fundamental para poder valorizar sua carne nas exportações", afirmou Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).André Nassar, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), destacou o acordo concluído neste ano com a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) para conciliar o cultivo de soja com a proteção do Cerrado.Para os ambientalistas, no entanto, isso não é suficiente: "O passo mais relevante seria o desmatamento zero", disse Cristiane Mazzetti, porta-voz do Greenpeace Brasil. "A monocultura de larga escala prejudica a biodiversidade. Outros modelos têm que ser priorizados pela política pública, como a agroecologia", acrescentou.Isso é urgente, pois os efeitos das mudanças climáticas já têm impacto nos rendimentos agrícolas. "É preciso avançar para um modelo sustentável", afirmou Britaldo Soares Filho, especialista em modelagem de sistemas ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "À medida que o agronegócio impulsiona a degradação ambiental, é um tiro no pé", concluiu. Veja Mais
Oxford, Cambridge e suas histórias ocultas
As universidades de Oxford e Cambridge, que estão entre as melhores do mundo e foram criadas na Idade Média, têm seu lado obscuro, histórias "escondidas debaixo dos tapetes" ao longo dos séculos, e que visitas turísticas organizadas revelam com detalhes."Não é uma visita como as outras", alerta a guia Claire McCann, uma estudante da universidade, antes de se lançar com seu grupo pelas ruelas de Oxford, que atrai cerca de sete milhões de turistas todos os anos. Por trás dos altos muros das diferentes faculdades de Oxford estudou a maioria dos primeiros-ministros britânicos, como o atual, Rishi Sunak, assim como Boris Johnson, Tony Blair, Margaret Thatcher e o líder trabalhista Keir Starmer. Esse não é, porém, o foco dessa visita, que está mais interessada em "heranças difíceis". A primeira parada é a Oriel College. Em sua fachada, destaca-se a estátua de Cecil Rhodes (1853-1902), um colonizador que sonhava com uma África britânica e que também passou por Oriel. - Escravidão - Claire McCann, nascida na África do Sul, lê uma citação, na qual Rhodes descreve os africanos como os "seres humanos mais desprezíveis". A guia recorda que ele fundou a empresa De Beers, que continua a ser a número um mundial no comércio de diamantes, lembrando também "a exploração" que ocorreu nas minas. A fortuna que acumulou permitiu-lhe criar uma das bolsas de estudo mais prestigiosas do mundo, a Rhodes Scholarship, da qual se beneficiou, por exemplo, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton. "Esta estátua deve ser mantida?", pergunta Claire McCann. Oxford decidiu, em 2021, que permaneceria em seu lugar, mesmo após a campanha "Rhodes must fall" ("Rhodes deve cair", em tradução literal), lançada por estudantes. O grupo então passa pela All Souls College, "a mais exclusiva das faculdades" de Oxford, que aceita apenas dois ou três novos alunos por ano. Também é uma das mais ricas. "Seu nascimento foi baseado na escravidão", denuncia Claire. All Souls rebatizou sua biblioteca, conhecida por ser uma das mais belas do país e que recebeu o nome de um ex-aluno, Christopher Codrington. Após sua morte em 1710, ele deixou uma parte de sua fortuna para a universidade, a qual teve origem - escreve a All Souls em seu site - "em grande parte" nas plantações de sua família nas Antilhas, "onde trabalhavam escravos de origem africana". - Dois mundos - Passeios turísticos também existem em Cambridge. "Sabiam que, juntas, as universidades de Oxford e Cambridge possuem mais terras do que a Igreja da Inglaterra?", revela a guia Ashley Lance, caminhando ao longo do rio Cam em frente à capela da King's College."De acordo com um estudo de 2018, Cambridge é a cidade com maiores desigualdades no Reino Unido", acrescenta. E isso porque existem dois mundos. De um lado, o da universidade, com seus alunos, seus professores e seus laboratórios; do outro, o restante da população. Apesar da rivalidade, como mostra o fato de que não é possível pronunciar a palavra Oxford em Cambridge, mas sim dizer "o outro lugar", as duas universidades têm muitos pontos em comum. As mulheres puderam estudar em Oxford a partir de 1870, mas até 1920 não tinham direito a receber um diploma. E, durante muito tempo, não lhes foi permitido o acesso às bibliotecas, por medo de que fossem "uma distração para os homens", conta Claire McCann. Oriel foi a última faculdade a abrir suas portas às mulheres, em 1985. Em Cambridge, o Saint John's College, fundado em 1511, passou a aceitar mulheres a partir de 1980. Mas, no dia da chegada das primeiras alunas, um responsável pela instituição colocou uma bandeira a meio pau e usou uma braçadeira preta, em sinal de luto. "É tão impactante!", dizem uma londrina e sua filha, chocadas, ao ouvirem a história durante a visita. Batizadas como "Uncomfortable tours" ("Passeios desconfortáveis", em tradução literal), essas visitas tiveram início em 2018. Desde então, mais de 20 mil pessoas já participaram. Veja Mais
Ministério da Saúde do Hamas informa que 8.525 pessoas morreram em Gaza
O Ministério da Saúde do movimento islamista palestino Hamas anunciou nesta terça-feira que 8.525 pessoas, incluindo 3.542 menores de idade, morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel.Segundo o ministério, 2.187 mulheres estão entre as mortes registradas desde 7 de outubro, data do ataque violento do Hamas em território israelense que desencadeou a guerra. Veja Mais
Rebeldes huthis do Iêmen reivindicam ataque com drones contra Israel
Os rebeldes huthis do Iêmen reivindicaram nesta terça-feira (31) um ataque com drones contra Israel como ato de represália pela guerra em Gaza contra o grupo islamista palestino Hamas, declarou à AFP um comandante da milícia apoiada pelo Irã."Estes drones pertencem ao Estado do Iêmen", afirmou Abdelaziz bin Habtour, primeiro-ministro designado pelos rebeldes, que controlam parte do país e enfrentam o governo reconhecido pela comunidade internacional. Veja Mais
Hamas afirma que sete reféns, incluido três estrangeiros, morreram em bombardeio em Gaza
O movimento islamista palestino Hamas informou nesta quarta-feira (1) que sete reféns, incluindo três estrangeiros, morreram no bombardeio israelense contra o campo de refugiados de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza. "Sete detidos civis morreram no massacre de Jabaliya de ontem, incluindo três titulares de passaportes estrangeiros", afirmou o braço armado do Hamas em um comunicado. Veja Mais
Canal do Panamá reduzirá tráfego de navios devido à seca
O Canal do Panamá, que enfrenta uma grave seca, anunciou na terça-feira que reduzirá de maneira gradual o tráfego de navios a partir de 3 de novembro para economizar água.A Autoridade do Canal de Panamá (ACP) informou que cogita reduzir inicialmente de 29 para o número de travessias diárias pela via, que movimenta quase 6% do comércio marítimo mundial. Em 2022, 39 navios passaram em média por dia pelo local, mas o número registra queda há vários meses."O mês de outubro foi o mais seco desde que os registos começaram, há 73 anos. A seca provocada pelo fenômeno 'El Niño' continua impactando severamente o sistema de reservatórios do Canal do Panamá e, como consequência, a disponibilidade de água foi reduzida", afirmou a ACP.A organização explicou que de 3 a 7 de novembro 25 navios passarão pelo Canal a cada dia; de 8 a 30 de novembro serão 24; em dezembro o número será reduzido para 22; em janeiro para 20 e a partir de fevereiro 18."A chegada tardia da temporada de chuvas este ano e a falta de chuvas na bacia do Canal obrigaram o Canal a reduzir o tráfego", explicou a ACP em um comunicado.O Canal também reduziu o calado (distância vertical entre a parte inferior da quilha e a linha de flutuação de uma embarcação) dos navios, o que obrigou alguns navios mercantes a descarregar contêineres antes de entrar na via interoceânica.A nova redução do tráfego provocará uma queda de receita. Há alguns meses, a ACP anunciou uma previsão de queda de 200 milhões de dólares nas suas receitas em 2024. Veja Mais
Israel bombardeia campo de refugiados em Gaza
As Forças de Defesa de Israel disseram ter atacado ontem o Batalhão Central de Jabalia, na região do campo de refugiados homônimo, considerado o maior da região – abrigava 116 mil pessoas antes do início do conflito atual, segundo dados da ONU. A ação teria matado ao menos 50 pessoas. Tel Aviv descreve todas como terroristas ligados ao Hamas. O Ministério da Saúde em Gaza, ligado à facção, por sua vez, afirma tratarem-se de mártires, maneira como se refere aos mortos deste conflito, sejam eles civis ou pessoas ligadas ao braço armado do grupo que controla a região. De acordo com Tel Aviv, a ofensiva matou Ibrahim Biari, um comandante militar do Hamas considerado um dos responsáveis pelo ataque em 7 de outubro, que disparou a nova guerra no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista palestino da Faixa de Gaza. Ele era procurado há anos por Israel, sendo considerado responsável por um ataque no porto de Ashdod que matou 13 pessoas em 2004, além de várias ações contra as Forças de Defesa. Mais cedo, o diretor de um hospital de Jabalia havia dito à rede qatari Al Jazeera que um bombardeio havia deixado 50 mortos na região. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, reiterou a cifra: “Mais de 50 mártires e cerca de 150 feridos e dezenas de pessoas sob os escombros devido a um massacre israelense atroz que atingiu uma grande área de casas no campo de Jabalia”. Ao falar sobre o episódio o porta-voz de Tel Aviv Jonathan Conricus, em transmissão ao vivo, afirmou que há relatos ainda não confirmados de mortes civis. “Quero reforçar que tomamos todas as precauções para ter o mínimo de efeito colateral possível em civis; estamos em uma guerra, na qual fomos forçados a entrar pelo Hamas.” Segundo comunicado da Defesa, um complexo de túneis usados pelo Hamas na região colapsou em decorrência dos ataques. Não está claro se, sempre segundo a versão apresentada por Tel Aviv, o comandante estava dentro dele ou em algum outro prédio. Em sua declaração diária, o principal porta-voz dos militares, Daniel Hagari, disse que o local atacado serviu como centro de treino para os ataques do início deste mês no sul israelense. A Defesa também divulgou uma imagem aérea com inscrições de quais áreas teriam sido atacadas. No material, afirma que infraestruturas críticas – como uma escola, uma estação de água, um centro médio e duas mesquitas – teriam ficado de foram da zona de bombardeio que, por sua vez, incluiria um centro de inteligência, um de lançamento de foguetes e outro de produção de armas. Dois soldados israelenses morreram em operações de combate no norte de Gaza, anunciou o Exército de Israel, ontem em meio à guerra contra o movimento islamista Hamas no território palestino. “Dois soldados israelenses morreram em combate no norte de Gaza”, informaram as Forças Armadas em um comunicado.CivisJabalia é um dos principais campos de refugiados do Oriente Médio e agora está na linha de frente da ação terrestre iniciada na sexta-feira, de forma gradual, por Israel. Tanques israelenses atuam na área, assim como no Sul da zona de exclusão para civis – que não impede Tel Aviv de bombardear outros pontos da faixa fora dela. Gaza conta com oito campos de refugiados, locais com construções precárias e densamente povoados paulatinamente formados a partir de 1948, ano que marca a chamada “nakba”, o deslocamento forçado de palestinos de seus lugares de origem em meio à primeira guerra árabe-israelense. Cerca de outros 50 campos semelhantes estão distribuídos pela Cisjordânia ocupada e por nações da vizinhança –a saber: Síria, Líbano e Jordânia. Se confirmada, a morte de Biari é um golpe duro para a organização local do grupo na região. Israel tem anunciado quase diariamente o assassinato de terroristas de relevo do Hamas. A invasão de Gaza não ocorreu de forma maciça ainda, contudo, e há pressões diversas sobre o governo de Binyamin Netanyahu para que ele use de comedimento.RefénsUm dos fatores incertos é o futuro dos 240 reféns, segundo as IDF, ainda em mãos do Hamas – o grupo fala em 250, dos quais ao menos 50 teriam morrido, mas ninguém sabe exatamente o número certo. O que se sabe é que eles podem estar nos túneis do grupo, que somam alegados 500 km de rede sob Gaza, e isso sugere a necessidade de um trabalho de inteligência forte antes de ataques. FeridosO Egito vai receber, hoje, 81 feridos procedentes da Faixa de Gaza, bombardeada por Israel desde o ataque sangrento do grupo islamita Hamas em 7 de outubro, anunciaram fontes médicas e dos serviços de segurança. “A parte egípcia nos informou que 81 feridos que estão entre os casos mais graves sairão amanhã (hoje) para serem tratados em hospitais egípcios”, informou a autoridade responsável pelas fronteiras na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas. No lado egípcio do posto fronteiriço de Rafah, única passagem para o território palestino que não é controlada por Israel, um representante médico da cidade de Al-Arish afirmou que “equipes médicas estarão presentes para examinar os casos procedentes de Gaza desde a sua chegada, e para determinar em que hospitais eles serão internados." Veja Mais
Dominicano González e cubana Yunisleidy García conquistam o ouro nos 100m rasos do Pan
O dominicano José Arnaldo González e a cubana Yunisleidy García conquistaram nesta terça-feira (31) o ouro na prova de maior destaque do atletismo, os 100 metros rasos dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. González, de 28 anos, venceu a final dos 100 metros masculinos com ótima finalização, completando a prova com o tempo de 10,30 segundos, conquistando a medalha de ouro. O brasileiro Felipe Bardi levou a prata (10,31) e o guianês Emanuel Archibald (10,31) numa chegada acirradíssima.Yunisleidy García, de 24 anos, venceu poucos minutos antes a final dos 100 metros rasos femininos, com o tempo de 11,36 segundos. A guianense Jasmine Abrams (11,52 segundos) e Michelle-Lee Ahye (11,53), de Trinidad e Tobago, completaram o pódio. Com os Estados Unidos inalcançáveis no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos, o segundo lugar em Santiago-2023 é uma luta frenética entre Brasil, Canadá e México. A delegação americana continua anos-luz à frente das demais, tendo conquistado 76 medalhas de ouro, 47 de prata e 55 de bronze. O Brasil está em segundo com 37 ouros, 51 pratas e 41 bronzes, seguido de perto por Canadá (35-33-38) e México (35-22-33), numa luta incansável que promete continuar intensa até o encerramento, no próximo domingo. Veja Mais
Wall Street fecha em leve alta um mês de outubro negativo
A bolsa de valores de Nova York fechou em leve alta nesta terça-feira (31), a última sessão de um mês de outubro marcado pelo desempenho negativo, antes da decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, sobre as taxas de juros.O índice Dow Jones fechou em alta de 0,38%, enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 0,48% e o S&P 500, 0,65%.O Fed começou sua reunião de política monetária nesta terça e informará amanhã sua decisão sobre as taxas de juros. Os mercados estimam que o banco central não fará mudanças."Penso que não haverá mudanças", resumiu Jack Ablin, da Cresset.A faixa dos juros de referência está entre 5,25 e 5,50% desde o fim de julho, depois de 11 altas desde março de 2022. Com esse movimento, o Fed tentou encarecer o crédito para esfriar o consumo e os investimentos, e, assim, as pressões sobre os preços.Ablin não acredita que o Fed volte a elevar as taxas no que resta deste ano ou no início do próximo. "Nos resultados de empresas do terceiro trimestre é possível observar sinais de fadiga do consumidor", argumentou o analista.Esta perda de dinâmica de consumo se refletiu, nesta terça, no índice desconfiança do Conference Board para outubro.A confiança dos consumidores americanos na economia voltou a cair, pelo terceiro mês consecutivo, apesar de bons indicadores macroeconômicos.O índice do Conference Board que mede este parâmetro da economia caiu para 102,6 pontos, indicou hoje a entidade. Em setembro, a medição lançou 104,3 pontos, segundo dados revisados para cima."Os consumidores estão preocupados com o aumento de preços em geral, em particular dos alimentos e da gasolina. Expressam inquietação sobre a situação política e o aumento das taxas de juros", detalhou Dana Paterson, economista-chefe do Conference Board, citada em comunicado.Entre os valores do dia, Caterpillar, um peso pesado do Dow Jones e uma empresa considerada um bom indicador da saúde da economia mundial, perdeu 6,66%, para 226 dólares.Embora tenha publicado resultados melhores do que o esperado, os investidores enfocaram em um enfraquecimento do crescimento de suas vendas de maquinário. Seu faturamento, além disso, caiu em América Latina e na Ásia.Por outro lado, a Pinterest disparou 19,16%, para 29,91 dólares, com resultados trimestrais muito acima do esperado.CATERPILLARPinterest Veja Mais
Las Palmas e Almería avançam à segunda fase da Copa do Rei
O Almería venceu nesta terça-feira (31) por 2 a 0 o Talavera, da 2ª RFEF (quarta divisão do futebol espanhol) para avançar à segunda fase da Copa do Rei, assim como o Las Palmas, que venceu o Manacor por 3 a 0 (3ª RFEF).Os gols do belga Largie Ramazani (14') e do atacante sérvio Marko Minovanovic (45') deram uma vaga na próxima rodada ao Almería, que começou sofrendo diante de um Talavera intenso. Um erro defensivo dos anfitriões originou o gol de Ramazani, que mudou o rumo da partida. O Almería começou a ter a posse de bola e a dominar o jogo para garantir a vaga na próxima rodada. Já o Las Palmas teve mais dificuldade para vencer o Manacor, da quinta divisão do futebol espanhol, com gols de Julián Araujo (67'), Alberto Moleiro (75') e Pau Ferrer (85'). O tenista espanhol Rafael Nadal, natural de Manacor, foi o encarregado de dar o pontapé inicial nesta partida, em que o Las Palmas teve o controle do jogo, mas se mostrou muito impreciso nas conclusões.O time 'canarino' precisou esperar até Araujo, quase sem ângulo, abrir o placar já no segundo tempo (67') com um gol que acalmou a ansiedade do time visitante. Com o resultado a seu favor, o Las Palmas jogou mais tranquilo, ampliando com um chute colocado de Moleiro (75') e outro de Ferrer (85'). A primeira rodada da Copa do Rei continuará na quarta e quinta-feira. Real Madrid, atual campeão, Barcelona, Atlético de Madrid e Osasuna, equipes que disputarão a Supercopa da Espanha em janeiro, não participam desta primeira fase. Estas quatro equipes entrarão a partir dos 16 avos-de-final, enquanto o Amorebieta, da 2ª Divisão, fará sua estreia a partir da segunda fase eliminatória depois de ter vencido na temporada passada a 1ª liga RFEF, equivalente à terceira divisão do futebol espanhol.--- Resultados e horários dos duelos dos times da Primeira Divisão na 1ª rodada da Copa do Rei:- Terça-feira:CD Manacor (3ª RFEF) - (+) Las Palmas 0 - 3CF Talavera (2ª RFEF) - (+) Almería 0 - 2- Quarta-feira:(8h00) San Roque (2ª RFEF) - GironaCF Badalona (2ª RFEF) - CádizAtlético Lugones (Regional) - Rayo Vallecano(11h30) CD Quintanar (Regional) - SevillaTurégano CF (Regional) - Celta(14h30) CD Buñol (Regional) - Real SociedadCD Boiro (Regional) - MallorcaCF Tardienta (Regional) - Getafe(16h30) Hernán Cortés (Regional) - Betis(17h30) UE Rubí (Regional) - Athletic de Bilbao- Quinta-feira:(15h00) Chiclana CF (Regional) - VillarrealArosa SC (3ª RFEF) - Granada(16h00) UD Logroñés (2ª RFEF) - Valencia(17h00) Deportivo Murcia (Regional) - Alavés(+) classificados para a próxima fase Veja Mais
Chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, visitará Israel na sexta (porta-voz)
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, visitará Israel na sexta-feira em uma nova visita pelo Oriente Médio, quando a guerra entre este países e o Hamas chegará ao 25º dia, anunciou seu porta-voz nesta terça-feira (31).Blinken se "reunirá com funcionários do governo israelense e fará outras escalas na região", disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. Veja Mais
Bolívia rompe relações com Israel por conflito em Gaza
A Bolívia rompeu relações diplomáticas com Israel em "repúdio" à ofensiva realizada na Faixa de Gaza, após o ataque do grupo islamista Hamas em 7 de outubro, anunciou o vice-chanceler, Freddy Mamani, nesta terça-feira (31).O governo do esquerdista Luis Arce é o primeiro na América Latina a cortar vínculos com Israel desde o início do conflito, que já deixou milhares de mortos.A Bolívia "tomou a decisão de romper relações diplomáticas com o Estado de Israel em repúdio e condenação à agressiva e desproporcional ofensiva militar israelense realizada na Faixa de Gaza", indicou Mamani em coletiva de imprensa.Desde os ataques do movimento islamista palestino Hamas em Israel, que deixaram mais de 1.400 mortos, a resposta militar israelense na Faixa de Gaza deixou mais de 8.500 falecidos, muitos deles crianças, segundo as autoridades sanitárias do território palestino."Estamos enviando este comunicado oficial ao Estado de Israel, no qual informamos nossa decisão (...) de romper relações diplomáticas", acrescentou a ministra da Presidência, María Nela Prada, durante a coletiva, na qual também anunciou o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza."Exigimos o cessar dos ataques" na Faixa de Gaza "que provocaram até agora milhares de vítimas fatais civis e o deslocamento forçado de palestinos", completou.Em sua declaração, as autoridades não mencionaram a violenta incursão do Hamas em território israelense, na qual os combatentes do movimento islamista tomaram 240 reféns, segundo as autoridades israelenses. Veja Mais
Tempestade causa emergência na América Central
A tempestade tropical Pilar causava nesta terça-feira (31) chuvas fortes na América Central, em seu deslocamento lento a partir do Pacífico, enquanto os serviços meteorológicos monitoravam a formação de outro ciclone tropical no Caribe.Com ventos de 85 Pilar se encontrava nesta tarde a cerca de 230 km da costa de El Salvador e se deslocava lentamente na direção nordeste, a uma velocidade de 6 informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.Em La Libertad, 35 km ao sul de San Salvador, pescadores artesanais interromperam suas atividades, enquanto equipes de resgate permaneciam vigilantes.A tempestade chega à América Central 25 anos depois do furacão Mitch, que deixou cerca de 9.000 mortos e perdas milionárias nos países da região.Desde o domingo (29), Pilar provoca chuvas com "intensidades variáveis" na maior parte do território salvadorenho, que decretou "Estado de Emergência" e está sob alerta vermelho.O ministro López disse que as chuvas continuarão no país, alertando para o "risco" de deslizamentos de terra que podem obstruir as estradas e de transbordamentos de rios que podem "causar inundações".Devido à frente fria e de acordo com as projeções do NHC, na quarta-feira (1º), "a tempestade começará a se afastar" da costa centro-americana em direção ao Pacífico, disse López. Com 6,6 milhões de habitantes, El Salvador é vulnerável a deslizamentos de terra e inundações em 87% do território de 20.742 km2, segundo agências da ONU.- Chuvas torrenciais em países vizinhos -Na Guatemala, a Coordenadora para a Redução de Desastres (Conred, proteção civil) relatou que devido às chuvas intensas três pequenas comunidades na capital foram inundadas, afetando diretamente cerca de 450 pessoas. Autoridades guatemaltecas alertaram que o maior acúmulo de chuva poderia ocorrer na costa do Pacífico e no planalto central.Já a Nicarágua mantinha o alerta amarelo e a "vigilância permanente" sobre Pilar, que tem provocado chuvas constantes nas regiões costeiras e precipitações intermitentes em outras áreas, indicou o diretor do Sistema Nacional de Prevenção, Mitigação e Atenção a Desastres (Sinapred), Guillermo González.A vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, indicou que, segundo projeções, Pilar estará perto da costa de Corinto nesta noite.Marcio Baca, diretor de meteorologia do Instituto de Estudos Territoriais da Nicarágua (Ineter), disse que foram registradas ontem chuvas de mais de 100 milímetros, chegando a 120 em outras áreas. Em Tegucigalpa, capital de Honduras, as chuvas transformaram as ruas e avenidas em verdadeiros rios, saturando os esgotos e deixando os veículos flutuando em algumas áreas da cidade.- Possível novo ciclone -O Centro Nacional de Furacões e os serviços meteorológicos da América Central monitoram a eventual formação de um novo ciclone tropical no leste do Caribe.Espera-se que o fenômeno, que se encontra no litoral de Porto Rico, desloque-se para o oeste nos próximos dias, aproximando-se da América Central. "A probabilidade de formação de um novo ciclone em 48 horas é de 20%. A probabilidade de formação ao longo de sete dias é de 60%", aponta o relatório mais recente do NHC."Independentemente do desenvolvimento, esse sistema tem o potencial de produzir tempestades sobre setores da América Central até o fim da semana", advertiu o NHC.A Força Naval da Nicarágua emitiu um alerta de segurança às embarcações pesqueiras no Caribe diante desse fenômeno meteorológico, que poderia se transformar em depressão tropical nos próximos dias. Veja Mais
ONU pede que mundo não se esqueça da Ucrânia com proximidade do inverno
Um dirigente humanitário da ONU fez um apelo, nesta terça-feira (31), ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que não "perca de vista" outras crises como a da Ucrânia, apesar da guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas, sobretudo com a proximidade do inverno."Embora grande parte da atenção internacional se concentre, com razão, nos graves acontecimentos do Oriente Médio, é importante não perder de vista outras crises, em particular uma tão brutal e de tanto alcance como a guerra da Ucrânia", declarou Ramesh Rajasingham, em nome do chefe do Escritório Humanitário da ONU (OCHA), Martin Griffiths.Este conflito "continua infligindo níveis inimagináveis de sofrimento", insistiu, referindo-se ao "devastador balanço de ataques incessantes contra civis" e à destruição de infraestruturas-chave para o fornecimento de eletricidade, água e calefação."Isto é especialmente preocupante agora que o inverno se aproxima, com temperaturas que vão começar a cair abaixo dos -20ºC", acrescentou.Um ano e meio depois da invasão russa da Ucrânia, "18 milhões de pessoas, ou seja, 40% da população, precisam de algum tipo de ajuda humanitária", disse.Mas com a chegada do inverno, "as necessidades humanitárias vão aumentar", insistiu, destacando que o plano de ajuda humanitária da ONU para 2023, estimado em 3,9 bilhões de dólares (R$ 19 bilhões, na cotação atual), conta com apenas US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões).Ele se mostrou especialmente preocupado com o destino de "4 milhões de pessoas" em várias regiões do país, sob ocupação militar russa, onde "as necessidades são urgentes", mas o acesso é limitado."Como temos reiterado, em virtude do direito internacional humanitário, todas as partes devem permitir e facilitar o acesso rápido e sem entraves da ajuda humanitária aos civis necessitados", insistiu. Veja Mais
Bielsa deverá convocar Suárez para próximos jogos do Uruguai nas Eliminatórias
O técnico da seleção uruguaia, Marcelo Bielsa, comunicou sua intenção de convocar o astro da Celeste, Luis Suárez, para os próximos dois jogos das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, informou nesta terça-feira (31) à mídia. O treinador argentino poderá assim convocar Suárez para os dois jogos da Data Fifa em novembro, em que o Uruguai enfrentará a Argentina na quinta-feira, dia 16, em Buenos Aires, e a Bolívia, na terça-feira, dia 21, em Montevidéu. A Associação Uruguaia de Futebol (AUF) não divulga a lista de jogadores reservados por decisão da comissão técnica, mas diversos meios de comunicação especializados e jornalistas noticiaram a decisão de Bielsa sobre 'El Pistolero'. Maior artilheiro de todos os tempos da seleção uruguaia, com 68 gols, Suárez, de 36 anos, marcou neste final de semana o 550º gol da carreira e faz boa temporada no Grêmio.Porém, Suárez não foi convocado para nenhuma das quatro partidas que o Uruguai disputou nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México, nem os dois amistosos anteriores da era Bielsa, iniciada em maio. O treinador, muito questionado por deixar Suárez de fora, falou sobre o assunto no dia 2 de setembro, em entrevista coletiva antes da primeira partida do Uruguai nas Eliminatórias, na qual garantiu que 'El Pistolero' é um jogador "convocável". "Tenho muita consideração pelos jogadores que adquirem o status de ídolos", disse na ocasião. Com Bielsa, o Uruguai é o segundo colocado das Eliminatórias, atrás apenas da atual campeã mundial Argentina. O Uruguai tem sete pontos, assim como Brasil e Venezuela, mas lidera o trio graças ao melhor saldo de gols. Venceu o Chile por 3 a 1 em casa na estreia, depois perdeu para o Equador por 2 a 1 em Quito, empatou (2-2) com a Colômbia em Barranquilla e venceu a Seleção Brasileira por 2 a 0 em Montevidéu. Veja Mais
Tempestade Pilar causa fortes chuvas na América Central e aumenta alerta de inundações
A tempestade tropical Pilar causou fortes chuvas na América Central nesta terça-feira (31), em seu lento deslocamento a partir do Oceano Pacífico, enquanto os serviços meteorológicos monitoravam a formação de outro ciclone tropical no Caribe.Com ventos sustentados de 85 Pilar estava a cerca de 245 quilômetros da costa salvadorenha na manhã desta terça-feira e se deslocava lentamente na direção nordeste a uma velocidade de 6 informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos."A tempestade ainda avança em nossa direção, [mas] há uma frente fria que não permite que ela chegue ao território", declarou o ministro salvadorenho do Meio Ambiente, Fernando López.No departamento de La Libertad, 35km ao sul de San Salvador, pescadores tiveram que paralisar suas atividades, enquanto equipes de resgate permaneceram vigilantes.A tempestade chega à América Central 25 anos depois do furacão Mitch, que deixou cerca de 9.000 mortos e perdas milionárias nos países da região.Desde o domingo (29), Pilar provoca chuvas com "intensidades variáveis" na maior parte do território salvadorenho, que decretou "Estado de Emergência" e está sob alerta vermelho.O ministro López disse que as chuvas continuarão no país, alertando para o "risco" de deslizamentos de terra que podem obstruir as estradas e de transbordamentos de rios que podem "causar inundações".Devido à frente fria e de acordo com as projeções do NHC, na quarta-feira (1º), "a tempestade começará a se afastar" da costa centro-americana em direção ao Pacífico, disse López. Com 6,6 milhões de habitantes, El Salvador é vulnerável a deslizamentos de terra e inundações em 87% do território de 20.742 km2, segundo agências da ONU.- Chuvas torrenciais em países vizinhos -Na Guatemala, a Coordenadora para a Redução de Desastres (Conred, proteção civil) relatou que devido às chuvas intensas três pequenas comunidades na capital foram inundadas, afetando diretamente cerca de 450 pessoas. As autoridades guatemaltecas alertaram que o maior acúmulo de chuva poderia ocorrer na costa do Pacífico e no planalto central.Já a Nicarágua mantém alerta amarelo e a "vigilância permanente" sobre Pilar, que tem provocado chuvas constantes nas regiões costeiras e precipitações intermitentes em outras áreas, indicou o diretor do Sistema Nacional de Prevenção, Mitigação e Atenção a Desastres (Sinapred), Guillermo González.Marcio Baca, diretor de meteorologia do Instituto de Estudos Territoriais (Ineter), disse que na segunda-feira foram registradas chuvas de mais de 100 milímetros, chegando a 120 em outras áreas. Em Tegucigalpa, capital de Honduras, as chuvas transformaram as ruas e avenidas em verdadeiros rios, saturando os esgotos e deixando os veículos flutuando em algumas áreas da cidade.- Possível novo ciclone -O Centro Nacional de Furacões e os serviços meteorológicos da América Central monitoram a eventual formação de um novo ciclone tropical no leste do Caribe.Espera-se que este sistema localizado na costa de Porto Rico se desloque para oeste nos próximos dias, aproximando-se da América Central. "A probabilidade de formação [de um novo ciclone] em 48 horas [é] baixa, 30%. A probabilidade de formação ao longo de sete dias [é] alta, 70%", de acordo com o último relatório do NHC. Veja Mais
Egito vai autorizar entrada de feridos de Gaza por passagem de Rafah
As autoridades egípcias se preparam para receber, na quarta-feira, feridos palestinos da Faixa de Gaza, bombardeada incessantemente por Israel desde o sangrento ataque do grupo islamita Hamas em 7 de outubro, anunciaram fontes médicas e de segurança nesta quarta-feira (31)."Equipes médicas estarão presentes amanhã (quarta-feira, 1º) na passagem (de Rafah) para examinar os casos procedentes (de Gaza) desde sua chegada (...) e determinar os hospitais para onde serão enviados", disse à AFP um encarregado médico da cidade egípcia de Al Arish. Uma fonte de segurança da região fronteiriça de Rafah confirmou a informação. Veja Mais
Hamas anuncia que vai libertar alguns reféns estrangeiros 'nos próximos dias'
O braço armado do Hamas afirmou, nesta terça-feira (31), que libertará "nos próximos dias" alguns dos reféns estrangeiros que levou para Gaza após sua incursão de 7 de outubro em Israel."Nós informamos aos intermediários que libertaremos um certo número de estrangeiros nos próximos dias", disse Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedin al Qassam, em mensagem televisionada. Veja Mais
Antônio Carlos Zago é o novo técnico da seleção da Bolívia
O brasileiro Antônio Carlos Zago foi anunciado nesta terça-feira (31) como novo técnico da seleção da Bolívia, última colocada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.O presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Fernando Costa, fez o anúncio da contratação de Zago para substituir o argentino Gustavo Costas, demitido depois de não conseguir somar pontos nas quatro primeiras rodadas das Eliminatórias."Temos que trabalhar em um momento complicado da seleção", comentou em sua apresentação o treinador brasileiro, que considera o desafio de comandar a Bolívia "uma oportunidade importante" na carreira.Zago foi técnico do Bolívar e lá conquistou o Campeonato Boliviano em 2022. Seu último trabalho foi no Coritiba, que o demitiu em junho deste ano pelos maus resultados da equipe no Brasileirão.Além da chegada de Antônio Carlos Zago, o ex-jogador boliviano Julio César Baldivieso foi nomeado como "gerente" da seleção, com a função de observar as novas gerações.A Bolívia perdeu os quatro jogos que disputou nas Eliminatórias até aqui, incluindo a goleada para o Brasil por 5 a 1, em Cuiabá. No total, foram 11 gols sofridos e apenas dois marcados.Seus próximos jogos são contra Peru (16 de novembro), em La Paz, e Uruguai (21 de novembro), em Montevidéu. Veja Mais
Jogo interrompido entre Montpellier e Clermont é remarcado para 29 de novembro
O jogo do Campeonato Francês entre Montpellier e Clermont, que teve que ser interrompido no dia 8 de outubro após o lançamento de um rojão no gramado, será disputado novamente, com portões fechados, no dia 29 de novembro, informou a Liga de Futebol Profissional (LFP) da França nesta terça-feira (31).O duelo, válido pela 8ª rodada da Ligue 1, foi paralisado no minuto 91, quando o Montpellier vencia por 4 a 2. Ainda faltavam cinco minutos de acréscimos quando o rojão, lançado do setor onde estavam os torcedores do Muntpellier, explodiu próximo do goleiro do Clermont, Mory Diaw. O jogador caiu no gramado com a mão no ouvido, antes de ser retirado de maca.Além do jogo com portões fechados, a comissão disciplinar ordenou o fechamento do setor Etang de Thau do Stade de la Mosson, de onde foi lançado o rojão.Um homem suspeito de ser o responsável pelo incidente e outro que teria lhe dado o artefato serão julgados no 16 de novembro. Veja Mais
Polícia japonesa prende sequestrador que fez vários reféns em agência de correios
A polícia japonesa prendeu, nesta terça-feira (31), um homem idoso supostamente armado que se entrincheirou com vários reféns em uma agência dos correios da cidade de Warabi, no município de Saitama."O homem foi detido. Informaremos os detalhes mais tarde", disse à AFP um porta-voz da prefeitura de Saitama, a noroeste de Tóquio.Embora ainda não se saiba sua motivação, a polícia acredita que ele tem envolvimento com um incidente ocorrido em um hospital próximo, que deixou dois feridos, e relatórios indicam que também pode estar relacionado a um incêndio em um prédio residencial.O homem se entrincheirou na agência dos correios às 14H15 (2H15 de Brasília), informou o site do governo municipal, que também indicou que o criminoso estava com um objeto que parecia uma arma de fogo. Posteriormente, enquanto a polícia negociava com o homem, imagens de televisão mostraram uma mulher na casa dos 20 anos, suposta refém, saindo da agência pouco antes das 19H30 (7H30 de Brasília).O jornal Asahi Shimbun informou que as forças de segurança invadiram o edifício por volta das 22H20 (10H20 em Brasília), prenderam o homem e confiscaram sua arma."Este é um bairro tranquilo. Não acredito que algo assim esteja acontecendo", disse Tetsuo Sasaki, morador de 70 anos. "Ontem mesmo fui a esta agência de correios. Eu poderia estar no lugar errado, na hora errada", disse sua esposa, Reiko Sasaki, 64 anos.- Ataque em hospital -O incidente aconteceu no momento em que a polícia investigava um suposto ataque a tiros que deixou dois feridos - um médico e um paciente - em um hospital na cidade próxima de Toda.As autoridades acreditam que "o homem estava no hospital e foi à agência de correios", disse uma autoridade municipal."Depois das 13H00, ouvi uma mulher gritando 'Por favor, venha alguém' e uma enfermeira gritou: 'Afaste-se das janelas e abaixe a cabeça'", disse ao canal NHK um homem de 60 anos que estava dentro do hospital."Quase às 14h00, olhei para dentro do consultório médico e vi uma poça de sangue ao lado da maca. Não ouvi nenhum tiro, mas uma enfermeira disse que ouviu dois", acrescentou.A Fuji TV afirmou que a polícia também estava investigando uma possível ligação entre o homem e um incêndio em um prédio residencial na cidade de Toda, no início do dia, acrescentando que não houve feridos.Os crimes violentos são incomuns no Japão, que registra uma taxa de homicídios pequena e que tem uma das legislações mais severas do mundo sobre armas.O país, no entanto, registrou vários ataques recentemente, incluindo o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, atingido por uma arma de fogo de fabricação caseira durante um discurso de campanha eleitoral no ano passado.Em abril, o atual primeiro-ministro, Fumio Kishida, foi alvo de um ataque com um artefato explosivo improvisado, também durante um comício. Kishida saiu ileso, mas duas pessoas ficaram levemente feridas.Um mês depois, um homem se entrincheirou em um edifício depois de supostamente matar quatro pessoas, incluindo dois policiais e uma idosa, em um ataque com uma pistola e uma faca. Veja Mais
Balanço de vítimas estrangeiras desde o ataque do Hamas a Israel
Vários estrangeiros foram assassinados, levados como reféns, ou estão desaparecidos desde o ataque lançado em 7 de outubro pelo movimento islamista palestino Hamas contra Israel.Mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense pelas mãos do Hamas, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.Nesta ofensiva sem precedentes, o Hamas sequestrou pelo menos 240 pessoas, a maioria israelenses, mas também estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade, segundo um balanço das autoridades de Israel. Até agora, quatro mulheres foram libertadas, e uma militar foi solta durante uma operação terrestre, segundo a mesma fonte.O braço armado do Hamas estimou que "cerca de 50" reféns que estavam retidos na Faixa de Gaza morreram desde o início dos bombardeios israelenses. Por sua vez, as autoridades de Israel não confirmaram esse número, que a AFP não conseguiu verificar de forma independente. O Hamas reportou que mais de 8.500 pessoas, a maioria civis, morreram nos incessantes bombardeios lançados em represália contra Gaza, território governado pelo grupo islamista desde 2007. A morte de mais de 200 cidadãos estrangeiros, muitos dos quais também tinham nacionalidade israelense, foi confirmada pelas autoridades de seus respectivos países, segundo um balanço da AFP.Veja abaixo a lista de vítimas estrangeiras em Israel, segundo as últimas informações atualizadas.- França, Tailândia e EUA, os países mais afetados -Trinta e cinco franceses morreram, segundo o presidente Emmanuel Macron, que disse que nove franceses ou cidadãos franco-israelenses estão na lista dos sequestrados.O governo da Tailândia informou que 32 tailandeses faleceram no ataque e 22 foram sequestrados, segundo o último balanço atualizado nesta terça-feira. Os Estados Unidos reportaram 31 mortes e outros 13 cidadãos americanos estão desaparecidos, segundo a Casa Branca. O presidente Joe Biden informou que há americanos entre os reféns do Hamas. Uma mulher americana e sua filha foram libertadas no dia 20 de outubro.- Muitas vítimas de Rússia e Ucrânia -Vinte e um ucranianos morreram, segundo balanço de Kiev, que também reportou uma ucraniana como desaparecida.Dezenove russo-israelenses foram mortos, e outros oito são mantidos reféns pelo Hamas, segundo Moscou.- De Nepal à Argentina -Brasil: Morreram um homem e uma mulher brasileiro-israelenses, além de uma brasileira. Um israelense-brasileiro de 59 anos, identificado como Michel Nisenbaum, está desaparecido.Portugal: Quatro luso-israelenses morreram e há quatro desaparecidos. Reino Unido: Pelo menos 12 britânicos morreram, e cinco estão desaparecidos, segundo Londres. Nepal: Dez nepaleses foram assassinados, segundo a embaixada do Nepal em Tel Aviv. E o contato foi "perdido" com outro.Alemanha: Menos de dez alemães foram mortos, e há "um pequeno número de dois dígitos" de reféns. Nesta segunda, Berlim confirmou a morte de Shani Louk, uma alemã-israelense de 23 anos que havia aparecido em alguns vídeos deitada na parte de trás de uma caminhonete e que teria sido capturada durante o festival de música Tribe of Nova. Argentina: O número de mortos chega a nove, com 21 desaparecidos. Entre estes últimos estão dois irmãos, Iair e Eitan Horn, e também um bebê de nove meses.Canadá: sete canadenses morreram e outros dois continuam desaparecidos.Romênia: Cinco romeno-israelenses, incluindo um soldado, morreram, e um foi tomado como refém.China: Quatro chineses morreram, outros dois estão desaparecidos. Filipinas: Quatro filipinos morreram e dois estão desaparecidos. Áustria: Quatro austro-israelenses morreram. Outro continua desaparecido.Itália: Três ítalo-israelenses morreram, segundo Roma - um casal por volta dos 60 anos de idade e um cidadão de 29 anos que estava no festival de música atacado.Belarus: Três bielorrussos morreram, e um está desaparecido.Peru: Três peruanos morreram, segundo a Chancelaria, que afirmou não haver cidadãos do país feitos reféns, conforme inicialmente indicado, uma vez que as autoridades descartaram que essas pessoas tivessem nacionalidade peruana.Colômbia: Duas pessoas morreram.África do Sul: Dois sul-africanos faleceram. Chile, Turquia e Espanha anunciaram a morte e o desaparecimento de um cidadão cada.Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda e Suíça disseram terem perdido um cidadão cada. - Outros desaparecidos ou reféns -México: uma mulher mexicano-israelense de 30 anos e um homem franco-mexicano de 32 foram feitos reféns.A Hungria informou que há quatro reféns húngaro-israelenses, dois deles menores.A Holanda informou que um jovem de 18 anos sequestrado no kibutz de Beeri é refém do Hamas, e o Uruguai confirmou que uma cidadã uruguaio-israelense de 29 anos foi sequestrada no kibutz de Nir Oz.Segundo fontes oficiais, os seguintes países também relatam pessoas desaparecidas: Paraguai (dois) e Tanzânia (dois). Veja Mais
Desemprego no Brasil cai para 7,7%, menor nível desde 2015
O índice de desemprego no Brasil voltou a cair no terceiro trimestre do ano, chegando a 7,7%, o menor nível registrado desde o início de 2015, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira (31).Entre julho e setembro, a desocupação caiu 0,3 ponto percentual em relação ao segundo trimestre (abril-junho, 8%) e um ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Este é o menor índice de desemprego desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando registrou 7,5%."A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023", explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.No terceiro trimestre do ano, o Brasil registrou 8,3 milhões de pessoas procurando emprego, 3,8% a menos que nos três meses anteriores e 12,1% a menos em relação a 2022.A população ocupada chegou aos 99,8 milhões, um recorde desde o início das medições em 2012, segundo o IBGE.Além disso, no período compreendido entre julho e setembro, mais 929 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho, um crescimento trimestral de 0,9%."Mais da metade das pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho foram provenientes do crescimento da carteira assinada. Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal", destaca Beringuy, citada no comunicado do IBGE.Entretanto, a informalidade ainda segue alta no país e representa mais de 39% da força de trabalho. Veja Mais
Eugenio Derbez abraça faceta dramática no inspirador 'Radical'
A trama "Radical" conta a história de um professor que, com métodos pouco convencionais, revoluciona uma escola em uma empobrecida cidade mexicana, inspirando seus alunos. O drama singular levou o comediante Eugenio Derbez a sair de sua zona de conforto nas telonas de cinema."Eu já tinha intenção de fazer algo dramático, mas não consegui encontrar o momento certo", disse Derbez em entrevista à AFP. "E quando a história de 'Radical' chegou às minhas mãos, eu disse 'é isso'".A produção, que estreia nos Estados Unidos na próxima sexta-feira (3), conquistou o prêmio da audiência no Festival de Sundance.Escrita e dirigida por Chris Zalla, "Radical" se passa na cidade de Matamoros, onde estudantes de uma escola de ensino fundamental vivem cercados pela violência, pobreza e pela falta de recursos no sistema educacional. Derbez interpreta o professor Sergio Juárez Correa, que retorna voluntariamente à sua cidade e adota técnicas fora do manual para agitar e inspirar seus alunos.O papel não deixou de ser um desafio para o ator de 62 anos, que consolidou sua carreira em comédias de sucesso como "Não Aceitamos Devoluções" (2013), mas que deu os primeiros passos dramáticos no vencedor do Oscar "No Ritmo do Coração" (2021), no qual também interpretou um professor inspirador."Foi algo muito íntimo, muito pessoal. Eu queria que Eugenio fizesse algo diferente e isso basicamente era não ter fantasia", disse o diretor Zalla."E acho que estamos vendo outro Eugenio", completou. - "Muito cru" -O filme confronta o espectador com cenários complexos que os jovens protagonistas enfrentam diariamente. "É um filme muito cru, não disfarça a realidade", disse Derbez."Mas também é um filme que inspira, porque este professor, apesar de viver naquelas condições, em um ambiente tão violento, apesar de ter tudo contra ele e não ter recursos, com pura imaginação, com pura engenhosidade e vontade de seguir em frente, consegue mudar a vida de todas essas crianças", completa.Zalla conta que, para a atuação, priorizou crianças com pouca experiência diante das câmeras. "Alguns deles viviam nas condições em que estávamos filmando, então era algo muito familiar para eles, não era tanto atuar, não mais que viver o que eles conheciam", afirmou.A produção conta histórias de personagens como Paloma Noyola (interpretada por Jennifer Trejo), que morava perto de um lixão onde seu pai trabalhava, mas que tinha aptidão notável para matemática, ou Lupe (Mia Fernanda Solís), que se interessa por filosofia, mas cuja mãe quer tirá-la da escola para cuidar dos irmãos mais novos."O filme nos faz ver que todas essas crianças têm potencial e com um pouco de ajuda ou orientação, podem desbloqueá-lo e alcançar seus sonhos", diz Danilo Guardiola, que interpreta Nico, um jovem que é cooptado por uma gangue. Veja Mais
Exumação e queima de corpo de homossexual causa comoção no Senegal
Uma multidão agitada se reúne em torno do que é apresentado como o cadáver de um homossexual exumado para ser queimado. Mesmo em um país que rejeita a homossexualidade, como o Senegal, as imagens chocaram.Nesse país muito religioso, com mais de 90% da população muçulmana, a homossexualidade é frequentemente considerada um "desvio". A lei pune com penas de um a cinco anos de prisão atos denominados "contra a natureza com pessoa do mesmo sexo".A dupla violência que teria sido cometida no fim de semana em Kaolack (centro) foi vista por muitos como um atentado ao respeito pelos mortos.Quatro pessoas suspeitas de "serem os autores intelectuais" foram detidas na segunda-feira (31), em Kaolack, disse um oficial da polícia local à AFP, sob condição de anonimato. A Justiça anunciou no domingo a abertura de uma investigação para identificar e punir os autores desta "barbárie".Segundo a Promotoria, os responsáveis foram na noite de sábado (28) ao cemitério Léona Niassène, bairro de Kaolack, em busca do túmulo de um homem enterrado na véspera. Desenterraram o corpo, retiraram-no da cova e queimaram-no, disseram as autoridades.De acordo com a imprensa local, os atos foram motivados pela homossexualidade do falecido, um aspecto que a acusação não menciona e que a AFP não conseguiu corroborar.Vídeos amplamente divulgados na imprensa e nas redes sociais mostram um grupo de dezenas de pessoas em torno de um enorme fogo, algumas delas gravando a cena com seus celulares. Embora seja um acontecimento raro, não é a primeira vez que o corpo de uma pessoa apresentada como homossexual é exumado no Senegal. Em 2008 e 2009, foram documentados dois casos no centro e oeste do país. O romancista senegalês Mohamed Mbougar Sarr, vencedor do Prêmio literário francês Goncourt de 2021, narra uma cena parecida em sua obra "De purs hommes" ("Homens puros", em tradução literal). A AFP não encontrou vestígios de recentes cremações públicas. - "Justiça popular" -A rádio RFM, muito ouvida, falou na segunda-feira de uma "comoção" no país. A seção local da Anistia Internacional, a ONG Rencontre Africaine pour la Defense des Droits de l'Homme e a Liga Senegalesa para os Direitos Humanos "condenaram firmemente este ato que atenta contra a dignidade do falecido e de sua família". A Anistia e outras organizações criticam a situação dos homossexuais no Senegal, forçados a se esconder, ou a se exilar. Além disso, denunciam uma deterioração da sua situação nos últimos anos. A homossexualidade é malvista no país, com manifestações regulares para pedir uma lei mais dura, e é considerada contrária à cultura nacional. Alguns veem-no como um instrumento do Ocidente para impor seus valores. De acordo com diferentes veículos de comunicação, após a morte do falecido na semana passada, seus familiares tentaram enterrá-lo na cidade santa de Touba, a cerca de dois quilômetros daqui. A informação sobre sua homossexualidade chegou até lá, e as autoridades negaram a permissão para enterrá-lo. A família tentou, então, que ele descansasse perto de sua casa, mas a vizinhança se opôs. Finalmente, enterraram-no em Léona Niassène. Vários líderes religiosos denunciaram o que aconteceu em Kaolack. Serigne Cheikh Tidiane Khalifa Niasse, principal responsável por um braço local da influente irmandade religiosa dos Tidianes, manifestou sua "profunda indignação e (sua) condenação categórica do ato repreensível que foi cometido contra um indivíduo de quem não temos qualquer responsabilidade sobre sua vida privada"."Este ato não pode, sob nenhuma circunstância, ser justificado, ou tolerado", disse, em um comunicado. Um líder do coletivo And Samm Jikko Yi ("Juntos pela Salvaguarda dos Valores", em tradução literal), que luta para criminalizar a homossexualidade e endurecer as penas, também considerou "lamentável" essa justiça popular. Mas culpou o Estado, que daria aos senegaleses a "sensação" de superproteger os homossexuais. Em dezembro de 2021, o grupo apresentou um projeto de lei que puniria a homossexualidade com entre cinco e dez anos de prisão. O texto foi rejeitado pela Assembleia Nacional, que considerou que a legislação existente já é bastante severa. Veja Mais
Princesa Leonor, herdeira do trono espanhol, jura lealdade à Constituição
A herdeira do trono espanhol, princesa Leonor, jurou lealdade à Constituição nesta terça-feira (31), ao completar 18 anos, em uma cerimônia luxuosa no Parlamento da Espanha e partir de agora poderá suceder legalmente a seu pai, o rei Felipe VI, como chefe de Estado.Acompanhada pelo rei, sua mãe, a rainha Letizia, e sua irmã mais nova, Sofía, fez o juramento em uma sessão especial da Corte, ritual realizado por seu avô Juan Carlos I em 1969, durante a ditadura de Francisco Franco, e Felipe VI em 1986, já sob a democracia."Juro cumprir fielmente os meus deveres, manter e fazer cumprir a Constituição e as leis, respeitar os direitos dos cidadãos e das comunidades autônomas e ser fiel ao rei", disse Leonor com uma mão estendida sobre um exemplar da Constituição.Vestida com um terno branco, a princesa foi aplaudida durante vários minutos após completar o juramento na Câmara do Parlamento. A cerimônia foi acompanhada em telões gigantes colocados na Puerta del Sol, no centro de Madri, e em outros locais da capital espanhola. Nos arredores do Parlamento, uma multidão mostrou seu apoio agitando bandeiras espanholas.Na Espanha, uma monarquia parlamentar, a Constituição estabelece que o homem tem preferência para herdar a Coroa, mas Leonor não tem irmãos homens.O rei emérito Juan Carlos I, que abdicou em 2014 por escândalos no final de seu reinado, não esteve presente na cerimônia, mas, segundo a imprensa, estará na comemoração privada no palácio El Pardo, nos arredores da capital.Também não estiveram na formalidade representantes de partidos independentistas catalães, bascos e galegos e uma parte da esquerda radical, que nunca participam em reuniões com o rei."Nem monarquia, nem constituição. Democracia. Liberdade. Repúblicas", declararam os partidos independentistas em um manifesto nesta terça-feira, que disseram representar "o sentimento de milhões de pessoas (...) que não reconhecem nem protegem o regime monárquico espanhol".O presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, marcou presença na cerimônia. Prestes a deixar o cargo, o mandatário está negociando um novo Executivo para permanecer no poder, mas para isso, precisa dos votos dos independentistas catalães e bascos.Diferentemente de seu avô, Leonor suscita sinais de simpatia, em um país no qual o debate sobre a monarquia é perene. Após concluir seus estudos em Madri e no Reino Unido, Leonor iniciou recentemente três anos de treinamento militar, assim como seu pai. Veja Mais
BCB se prepara para continuar baixa da Selic
O Banco Central do Brasil (BCB) inicia, nesta terça-feira (31), uma nova reunião em que decidirá se reduz novamente a taxa da Selic em 0,5 ponto percentual, a 12,25%, conforme acredita o mercado.O Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição publicará sua decisão no final da sua penúltima reunião do ano, na quarta-feira (1º).Uma nova queda da Selic seria a terceira consecutiva no atual ciclo de baixas. Em agosto, quando a taxa estava em 13,75%, o BCB fez um corte de 0,5 ponto percentual, o que marcou a primeira queda em três anos e o início de um "ciclo gradual de flexibilização monetária".A queda seguinte, em setembro, foi na mesma proporção.O consenso do mercado indica que o Copom manterá o mesmo ritmo de redução, 0,5 p.p., segundo pesquisa do jornal Valor Econômico com 140 consultorias e instituições financeiras. O Comitê havia antecipado no relatório da última reunião que, caso se confirmassem suas expectativas sobre a economia, continuaria com uma redução semelhante da taxa, considerando-a "apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário".Até o final deste ano, a expectativa do mercado é que a Selic continue sua trajetória de queda para 11,75%, o que implica outro corte de 0,5 p.p. em dezembro, segundo o boletim Focus da instituição divulgado na segunda-feira.A intenção das autoridades do BCB é alinhar a inflação aos seus objetivos. Nos últimos meses, os aumentos de preços no Brasil seguiram uma dinâmica "mais benigna", avaliou o Copom em setembro. A inflação registra moderação, especialmente em comparação com um período de índice galopante entre 2021 e 2022. No entanto, o índice continua acima da meta da inflação máxima de 4,75% para o ano, estabelecida pelo BCB: em setembro, o aumento de preços acumulado em 12 meses atingiu 5,19%, segundo dados oficiais. A expectativa das consultorias e entidades financeiras para o final do ano é de uma inflação de 4,63%, segundo previsões do boletim Focus.- Incerteza fiscal -Desde que assumiu o seu terceiro mandato, em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende uma redução nas taxas para estimular a economia, incentivando o consumo e o investimento com créditos mais baratos. O PIB do país deve fechar 2023 com alta de 2,89%, segundo o mercado, que ajustou para cima suas projeções, com base em um crescimento resiliente. Mas na sexta-feira, às vésperas da reunião do Copom, Lula disse que o Brasil "dificilmente" atingirá o déficit fiscal zero em 2024, como previsto no orçamento enviado ao Congresso, dando um sinal importante sobre uma das principais preocupações econômicas.A incerteza sobre a questão fiscal provocou reação negativa dos investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que fechou em queda na segunda-feira, e mais uma vez semeou dúvidas sobre a estabilidade da economia brasileira. No mês passado, o Copom destacou a importância de perseguir com firmeza os objetivos fiscais para ancorar as expectativas da inflação e, consequentemente, para a "condução da política monetária".Abandonar o objetivo fiscal significa, segundo os analistas, maiores gastos públicos e, portanto, um maior risco inflacionário.O risco não alterou a projeção do mercado para este ano, que, no entanto, prevê cortes menores na Selic para 2024 (9,25%) e 2025 (8,75%), segundo o boletim Focus. O Copom também vai considerar o turbulento contexto internacional. De um lado, o aumento das taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos, que reduz a atratividade de países emergentes como o Brasil e fortalece o dólar. O Federal Reserve (Banco Central americano) avaliará o nível das taxas simultaneamente ao Copom. Do outro, a guerra no Oriente Médio entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas. Os efeitos poderão tornar o Comitê "mais conservador" em relação aos cortes futuros, afirma um relatório do banco C6. Veja Mais
Grupo francês Casino exclui AL de quase todo faturamento do grupo
O grupo francês do varejo Casino anunciou nesta terça-feira (31) um faturamento de 4,5 bilhões de euros (US$ 4,8 bilhões, ou R$ 24,2 bilhões na cotação atual) no terceiro trimestre de 2023, sem comparação possível com o ano anterior, já que apresentou a maior parte de suas atividades na América do Sul como "descontinuadas". Em dificuldades financeiras e em plena reestruturação de sua dívida, Casino está em processo de venda de seu grupo Éxito - presente na Colômbia, no Uruguai e na Argentina - para o salvadorenho Grupo Calleja. Também vendeu, gradativamente, suas ações na rede brasileira Assaí. O grupo francês registrou apenas um volume de negócios de 888 milhões de euros (US$ 946 milhões, ou R$ 4,7 bilhões na cotação atual) na América Latina, correspondente à atividade do Grupo Pão de Açúcar no Brasil. Para o restante da América Latina, "dado que a venda do Grupo Éxito é considerada altamente provável", seu volume de negócios "é apresentado como atividades descontinuadas para os períodos de 2022 e 2023". A venda do Éxito foi anunciada em 16 de outubro. A rede Assaí foi vendida integralmente no final de junho, mas o grupo perdeu o controle em março e não o inclui mais em seus resultados. Com quase 200.000 funcionários no mundo, o grupo Casino chegou a um acordo de princípio com seus principais credores, no final de julho, para reestruturar sua dívida.CASINO GUICHARD PERRACHON SAMETRO AGORANGE Veja Mais
Fechamento dos grãos de soja em Chicago
(Em Fechamento dos grãos de soja em 30 de outubro de 2023: NOV 23 12,8275JAN 24 13,0725MAR 24 13,2225MAI 24 13,3625AFP Veja Mais
Polícia investiga motivação de idoso japonês que atacou agência dos correios
A polícia japonesa investiga o que levou um idoso armado de 86 anos a manter duas mulheres como reféns por várias horas em uma agência dos correios, serviço contra o qual, segundo a imprensa local, guardava "rancor".Tsuneo Suzuki foi detido na terça-feira à noite no município de Warabi, perto de Tóquio. Antes do sequestro, ele supostamente incendiou sua casa e atirou em um hospital.Duas pessoas ficaram feridas no hospital en Saitama. As duas reféns da agência dos correios saíram ilesas após oito horas de sequestro.A imprensa local afirmou que Suzuki guardava "rancor" do serviço postal e estava irritado com um médico que trabalha no hospital.Suzuki tinha uma arma amarrada com um cordão no pescoço, além de duas facas, um recipiente de 18 litros e duas garrafas com um líquido não especificado, segundo vários meios de comunicação, incluindo o canal de televisão Asahi.A polícia o prendeu depois que uma refém foi libertada e a outra conseguiu escapar sozinha.A imprensa afirma que o idoso admitiu ter incendiado o apartamento em que morava sozinho.Os vizinhos o descreveram como uma pessoa amigável. "Nunca vi uma arma ou algo perigoso em sua casa", disse um amigo do idoso ao jornal Asahi Shimbun.No Japão, mais de 10% da população tem 80 anos ou mais. Uma parte crescente desta população idosa vive sozinha e perde contato com os parentes.Os crimes violentos são incomuns no Japão, que registra uma taxa de homicídios pequena e que tem uma das legislações mais severas do mundo sobre armas.O país, no entanto, registrou vários ataques recentemente, incluindo o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, atingido por um tiro de uma arma de fogo de fabricação caseira durante um discurso de campanha eleitoral no ano passado.Em abril, o atual primeiro-ministro, Fumio Kishida, foi alvo de um ataque com um artefato explosivo improvisado, também durante um comício. O chefe de Governo saiu ileso, mas duas pessoas ficaram levemente feridas. Veja Mais
Justiça eleitoral da Bolívia anula reunião partidária que definiu candidatura de Evo Morales
O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia anulou na terça-feira (31) uma reunião do partido do ex-presidente Evo Morales, do mês de setembro, que o proclamou candidato à presidência para as eleições de 2025 e determinou a convocação de um novo encontro.O secretário de Câmara do TSE, Fernando Arteaga, disse que o tribunal eleitoral "decidiu rejeitar as determinações do 10º congresso nacional ordinário do MAS a respeito da eleição de sua atual diretoria".O Movimento Ao Socialismo (MAS) é o partido liderado por Morales, presidente da Bolívia entre 2006 e 2019, que se reuniu em setembro na região de Chapare.No encontro partidário, os participantes proclamaram Morales candidato à presidência e expulsaram o atual chefe de Estado, Luis Arce, da legenda. Morales e o seu afilhado político Arce romperam as relações e a disputa é para definir quem será o candidato do partido governista em 2025.O TSE afirmou em um relatório que o evento do MAS terminou um dia antes do previsto e que vários líderes do movimento, incluindo Morales, "não apresentaram certificado de militância" emitido pela entidade eleitoral.Morales rejeitou a decisão do tribunal e afirmou que o governo Arce está por trás da resolução."Ao lado da nossa militância nos defenderemos legal, jurídica e politicamente ante as instâncias correspondentes até derrotar esta manobra de um tribunal eleitoral abertamente submetido ao governo", escreveu o ex-presidente na rede social X.A rivalidade que quebrou a unidade do MAS aumentou nos últimos meses, após as críticas de Morales ao governo por suposta traição, corrupção e tolerância com o narcotráfico. As divergências surgiram apesar de Morales ter estimulado a candidatura de Arce nas eleições de 2020, que ele venceu com 54% dos votos. O presidente não anunciou oficialmente que pretende concorrer à reeleição. Veja Mais
Tempestade Pilar causa emergência por chuvas na América Central
A tempestade tropical Pilar causava nesta terça-feira (31) chuvas fortes e se aproximava do litoral da América Central, em seu deslocamento lento a partir do Pacífico, enquanto os serviços meteorológicos monitoravam a formação de outro ciclone tropical no Caribe.Com ventos de 85 Pilar se encontrava nesta tarde a cerca de 190 km da costa de El Salvador e se deslocava lentamente na direção nordeste, a uma velocidade de 6 informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos."Pilar poderia se aproximar um pouco mais dos litorais de El Salvador e Nicarágua" na madrugada desta quarta-feira, e começará a se mover "para o oeste-sudoeste longe da terra [firme] na quinta-feira", detalhou o NHC em seu relatório."A tempestade ainda se desloca perto nós, [mas] há uma frente fria que não está permitindo que ela chegue ao território", declarou o ministro de Meio Ambiente de El Salvador, Fernando López.Em La Libertad, 35 km ao sul de San Salvador, pescadores artesanais interromperam suas atividades, enquanto equipes de resgate permaneciam vigilantes."Tivemos marés vivas que aumentaram consideravelmente as ondas", disse à AFP Gerardo Ramírez, membro da Defesa Civil que monitora o mar.A tempestade que deixa a América Central em estado de alerta chega 25 anos depois do furacão Mitch, que deixou cerca de 9.000 mortos e perdas milionárias nos países da região.Desde o domingo (29), Pilar provoca chuvas com "intensidades variáveis" na maior parte do território salvadorenho, que decretou "Estado de Emergência" e está sob alerta vermelho.O Observatório do Ministério de Meio Ambiente informou sobre "a alta probabilidade de inundações urbanas, transbordamentos e inundações de terrenos" nos litorais das regiões oriental e central do país.Devido à frente fria e de acordo com as projeções do NHC, na quarta-feira (1º), "a tempestade começará a se afastar" da costa centro-americana em direção ao Pacífico, disse López.Com 6,6 milhões de habitantes, El Salvador é vulnerável a deslizamentos de terra e inundações em 87% de seu território de 20.742 km², segundo agências da ONU.- Chuvas torrenciais em países vizinhos -Na Guatemala, a Coordenadora para a Redução de Desastres (Conred, proteção civil) relatou que devido às chuvas intensas três pequenas comunidades na capital foram inundadas, afetando diretamente cerca de 450 pessoas. Autoridades guatemaltecas alertaram que o maior acúmulo de chuva poderia ocorrer na costa do Pacífico e no planalto central.Já a Nicarágua mantinha o alerta amarelo e a "vigilância permanente" sobre Pilar, que tem provocado chuvas constantes nas regiões costeiras e precipitações intermitentes em outras áreas, indicou o diretor do Sistema Nacional de Prevenção, Mitigação e Atenção a Desastres (Sinapred), Guillermo González.A vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, indicou que, segundo projeções, Pilar estará perto da costa de Corinto nesta noite.Marcio Baca, diretor de meteorologia do Instituto de Estudos Territoriais da Nicarágua (Ineter), disse que foram registradas ontem chuvas de mais de 100 milímetros, chegando a 120 em outras áreas.Em Tegucigalpa, capital de Honduras, as chuvas transformaram as ruas e avenidas em verdadeiros rios, saturando os esgotos e deixando os veículos flutuando em algumas áreas da cidade.- Possível novo ciclone -O Centro Nacional de Furacões e os serviços meteorológicos da América Central monitoram a eventual formação de um novo ciclone tropical no leste do Caribe.Espera-se que o fenômeno, que se encontra no litoral de Porto Rico, desloque-se para o oeste nos próximos dias, aproximando-se da América Central."A probabilidade de formação de um novo ciclone em 48 horas é de 20%. A probabilidade de formação ao longo de sete dias é de 60%", aponta o relatório mais recente do NHC."Independentemente do desenvolvimento, esse sistema tem o potencial de produzir tempestades sobre setores da América Central até o fim da semana", advertiu o NHC.A Força Naval da Nicarágua emitiu um alerta de segurança às embarcações pesqueiras no Caribe diante desse fenômeno meteorológico, que poderia se transformar em depressão tropical nos próximos dias. Veja Mais
Dominicano José González é ouro nos 100m rasos do Pan; brasileiro Felipe Bardi leva prata
O dominicano José González se sagrou campeão nesta terça-feira (31) dos 100 metros rasos dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 com a marca de 10,30 segundos em uma final acirrada. O brasileiro Felipe Bardi (prata) e o guianês Emanuel Archibald (bronze) terminaram a apenas 0,01 do vencedor na linha de chegada do Estádio Nacional da capital chilena. González, de 28 anos, sucedeu o americano Mike Rodgers na lista histórica de vencedores de uma prova que não contou com os melhores velocistas americanos e jamaicanos. Veja Mais
Clamor na ONU para deter 'espiral de morte' em Gaza
O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o alto comissário da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, pediram nesta terça-feira (31) que se interrompa "a espiral de morte" em Gaza com "um cessar-fogo humanitário". Em viagem à região montanhosa do Everest, no Nepal, Guterres manifestou preocupação com "a intensificação do conflito entre Israel e o Hamas e outros grupos armados palestinos em Gaza", com consequências para a população civil. "Isso inclui a expansão das operações terrestres das forças militares israelenses, acompanhadas de ataques aéreos intensos, assim como o lançamento contínuo de foguetes a partir de Gaza em direção a Israel", assegurou o chefe das Nações Unidas. Da tribuna do Conselho de Segurança, do qual participou para falar sobre a crise dos refugiados no mundo, Fillippo Grandi, pediu um "cessar-fogo humanitário" para que a ajuda possa entrar na Faixa de Gaza, bloqueada por Israel desde os ataques executados pelo movimento islamita palestino Hamas em 7 de outubro em território israelense. "Um cessar-fogo humanitário pode pelo menos parar esta espiral de morte", disse, antes de implorar aos 15 membros do Conselho que "superem suas divisões e exerçam sua autoridade fazendo este apelo ante sua incapacidade de aprovar nenhuma das quatro resoluções apresentadas em menos de duas semanas."As decisões que vocês tomam ou deixam de tomar marcarão todos nós, e as gerações futuras", advertiu. "O desprezo pelas regras básicas da guerra - o direito humanitário internacional - está se tornando cada vez mais a norma e não a exceção", denunciou, ao se referir tanto aos "ataques" contra civis israelenses do Hamas quanto ao "massacre de civis palestinos e à destruição maciça de infraestruturas, causados pela atual operação militar israelense".Mauro Vieira, chanceler do Brasil, que presidiu o Conselho de Segurança em outubro, comprometeu-se a continuar as conversas com os demais membros "para atingir um acordo em torno da situação urgente e grave no Oriente Médio", ao fazer um balanço do mês.- 'Sem solução justa não haverá paz' -Aos 1.400 mortos do Hamas em Israel se somam os mais de 8.500 palestinos - 70% de crianças e mulheres - que perderam a vida na Faixa de Gaza na resposta militar israelense, segundo dados das autoridades locais. "A prioridade é, naturalmente, permitir a entrada de mais mantimentos em Gaza para ajudar a população (...) antes que a crise humanitária se torne insustentável", disse. Ao ser questionado, após o fim de sua intervenção no Conselho de Segurança, sobre as razões pelas quais os palestinos não fogem para o Egito, Grandi respondeu: "Os palestinos não querem sair de Gaza. Querem que a ajuda chegue a Gaza, e essa deveria ser a prioridade.""Não haverá paz na região, nem no mundo, sem uma solução justa para o conflito israelense-palestino, que inclua o fim da ocupação israelense", afirmou, fazendo uma advertência que tem se repetido nas últimas semanas.Tanto para Guterres quanto para Grandi, o risco é de que o conflito ultrapasse as fronteiras de Gaza. Este último mencionou outros conflitos, como os da Ucrânia, do Sudão, do Sahel, da República Democrática do Congo e da Armênia, entre outros.Grandi também citou a América Central, onde "as crises não resolvidas são agravadas pelo crime, inclusive por gangues que causam deslocamentos". Esses conflitos, lembrou, fizeram com que haja mais de 114 milhões de refugiados e deslocados no mundo, contra 108 milhões no fim do ano passado.Cada nova crise "parece empurrar as anteriores para um esquecimento perigoso. Mas elas permanecem conosco", ressaltou Grandi. Veja Mais
Bologna e Salernitana avançam às oitavas da Copa da Itália
Bologna e Salernitana garantiram nesta terça-feira (31) suas vagas nas oitavas de final da Copa da Itália, onde vão enfrentar respectivamente Inter de Milão e Juventus. No principal duelo do dia, entre duas equipes da Serie A, o Bologna derrotou o Hellas Verona por 2 a 0. O time de Thiago Motta abriu o placar aos 41 minutos por meio de Nikola Mora e aos 62 minutos Sydney Van Hooijdonk, filho do ex-jogador da seleção holandesa Pierre van Hooijdonk, ampliou. A Inter, atual líder da Serie A e atual campeão da Copa da Itália, será um obstáculo difícil para o Bologna nas oitavas de final. Em outro confronto, a Salernitana, que no momento é lanterna da Serie A, venceu a Sampdoria (2ª divisão) do técnico Andrea Pirlo por 4 a 0. O francês Loum Tchaouna, de 20 anos, marcou dois gols nessa partida. A Salernitana, do técnico Filippo Inzaghi, vai encarar a Juventus nas oitavas de final, fase que alcançou de 1997 a 2001.--- Resultados dos 16-avos de final da Copa da Itália:- Terça-feira:(+) Cremonese (2ª) - Cittadella (2ª) 2 - 1 após prorrogação(+) Salernitana (1ª) - Sampdoria (2ª) 4 - 0(+) Bologna (1ª) - Hellas Verona (1ª) 2 - 0- Quarta-feira: (11h00) Genoa (1ª) - Reggiana (2ª) (14h00) Lecce (1ª) - Parma (2ª)(17h00) Udinese (1ª) - Cagliari (1ª)- Quinta-feira:(14h00) Sassuolo (1ª) - Spezia (2ª) (17h00) Torino (1ª) - Frosinone (1ª)(+) classificados para as oitavas de final Veja Mais
Alcaraz é eliminado por Safiullin em sua estreia no Masters 1000 de Paris
O número 2 do mundo, Carlos Alcaraz, foi surpreendido em sua estreia no Masters 1000 de Paris-Bercy ao ser derrotado pelo russo Roman Safiullin (45º) com parciais de 6-3 e 6-4 pela segunda rodada nesta terça-feira (31).Alcaraz, que não precisou disputar o primeiro duelo eliminatório, voltou às quadras depois de ter desistido de jogar na Basileia na semana anterior, com dores no pé esquerdo e nas costas.Resta agora ao jovem espanhol, que não levanta um troféu desde a sua épica coroação em Wimbledon, após derrotar Novak Djokovic, em julho, disputar da melhor forma possível o último grande torneio da temporada, o ATP Finals que reunirá os oito melhores jogadores do mundo em Turim (Itália). "Ainda tenho um pequeno desconforto na sola do pé, não está 100% resolvido, mas (...) está muito menos dolorido do que antes", havia admitido "Carlitos" na segunda-feira. "É o fim da temporada, que tem sido muito longa, exigente, é normal que apareçam problemas, temos que lidar com eles, jogar o melhor possível enquanto administramos esses problemas", acrescentou.Com a derrota na estreia, Alcaraz não está indo bem no duelo pessoal com Novak Djokovic pelo posto de número 1 do mundo no final da temporada. O sérvio, vencedor de 24 Grand Slams na carreira e que chega a Paris com 500 pontos de vantagem na 'Race', ranking estabelecido para o ano civil, vai disputar sua primeira partida na quarta-feira, contra o argentino Tomas Martin Etcheverry (31º). Alcaraz obteve uma quebra nos dois sets na noite desta terça-feira (2-1 no primeiro, 3-1 no segundo), mas nas duas ocasiões, visivelmente sem ritmo, permitiu que Safiullin se recuperasse. E a resistência do russo de 26 anos, que chegou às quartas de final em Wimbledon, em julho, acabou prevalecendo.Depois da eliminação nas semifinais do US Open, em setembro, onde havia sido coroado pela primeira vez num Grand Slam um ano antes, Alcaraz já não tinha brilhado durante a temporada asiática, limitando-se a uma semifinal em Pequim (perdeu para Sinner) e oitavas de final no Masters 1000 em Xangai (em que foi derrotado por Dimitrov). Nas oitavas de final do Masters 1000 de Paris, Safiullin terá pela frente um duelo 100% russo contra Karen Khachanov (16º).-- Masters 1000 de Paris-Bercy- Simples - Primeira rodada:Tomás Etcheverry (ARG) x Miomir Kecmanovic (SRB) 4-6, 7-6 6-4Daniel Altmaier (ALE) x Arthur Fils (FRA) 6-2, 6-4Mackenzie McDonald (EUA) x J.J. Wolf (EUA) 1-6, 6-4, 6-2Dusan Lajovic (SRB) x Benjamin Bonzi (FRA) 7-5, 6-3Francisco Cerúndolo (ARG) x Gael Monfils (FRA) 4-6, 7-6 7-5Hubert Hurkacz x Sebastian Korda (EUA) 6-3, 6-7 6-3Felix Auger-Aliassime (CAN) x Jan-Lennard Struff (ALE) 7-6 6-4Ugo Humbert (FRA) x Marcos Giron (EUA) 6-4, 6-3Alexander Zverev x Márton Fucsovics (HUN) 4-6, 7-5, 6-4- Simples - Segunda rodada:Tallon Griekspoor (HOL) x Alejandro Davidovich (ESP) 6-2, 6-2Daniel Altmaier (ALE) x Taylor Fritz não se apresentouKaren Khachanov x Laslo Djere (SRB) 6-4, 7-5Roman Safiullin (RUS) x Carlos Alcaraz 6-3, 6-4 Veja Mais
Egito irá receber feridos de Gaza pela passagem de Rafah
O Egito irá receber, nesta quarta-feira (1), 81 feridos procedentes da Faixa de Gaza, bombardeada por Israel desde o ataque sangrento do grupo islamita Hamas em 7 de outubro, anunciaram hoje fontes médicas e dos serviços de segurança."A parte egípcia nos informou que 81 feridos que estão entre os casos mais graves sairão amanhã para serem tratados em hospitais egípcios", informou a autoridade responsável pelas fronteiras na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.No lado egípcio do posto fronteiriço de Rafah, única passagem para o território palestino que não é controlada por Israel, um representante médico da cidade de Al-Arish afirmou que "equipes médicas estarão presentes amanhã para examinar os casos procedentes de Gaza desde a sua chegada, e para determinar em que hospitais eles serão internados."A fonte, que não quis ser identificada, informou que "um hospital de campanha de 1.300 m² foi instalado em Sheikh Zuweid", a cerca de 10 km de Rafah. Um fotógrafo da AFP observou hoje ambulâncias do Egito perto do terminal.O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, afirmou que houve avanços em relação a uma possível passagem por Rafah de cidadãos americanos e binacionais retidos em Gaza. Veja Mais
Clamor na ONU para deter 'espiral da morte' em Gaza
O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o alto comissário da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, ergueram suas vozes, nesta terça-feira (31), pedindo a suspensão da "espiral da morte" em Gaza com um "cessar-fogo humanitário". Guterres manifestou-se "profundamente preocupado" com a "intensificação do conflito entre Israel e Hamas e outros grupos armados palestinos em Gaza", pois são os civis que estão pagando o preço, recordou durante uma viagem ao monte Everest, no Nepal. "Isso inclui a expansão das operações terrestres das forças militares israelenses, acompanhadas de ataques aéreos intensos, assim como o lançamento contínuo de foguetes a partir de Gaza em direção a Israel", assegurou o chefe das Nações Unidas. Da tribuna do Conselho de Segurança, do qual participou para falar da crise de refugiados no mundo, o alto comissário da ACNUR, Fillippo Grandi, pediu um "cessar-fogo humanitário" para que a ajuda humanitária possa entrar na Faixa de Gaza, bloqueada por Israel após os atentados executados pelo Hamas em 7 de outubro em território israelense. "Um cessar-fogo humanitário pode pelo menos parar esta espiral de morte", disse antes de implorar aos 15 membros do Conselho que "superem suas divisões e exerçam sua autoridade fazendo este apelo ante sua incapacidade de aprovar nenhuma das quatro resoluções apresentadas em menos de duas semanas."As decisões que vocês tomam ou deixam de tomar marcarão todos nós, e as gerações futuras", advertiu. "O desprezo pelas regras básicas da guerra - o direito humanitário internacional - está se tornando cada vez mais a norma e não a exceção", denunciou, ao se referir tanto aos "ataques" contra civis israelenses do Hamas quanto ao "massacre de civis palestinos e à destruição maciça de infraestruturas, causados pela atual operação militar israelense".- "Sem solução justa não haverá paz" -Aos 1.400 mortos do Hamas em Israel se somam os mais de 8.500 palestinos - 70% de crianças e mulheres - que perderam a vida na Faixa de Gaza na resposta militar israelense, segundo dados das autoridades locais. "A prioridade é, naturalmente, permitir a entrada de mais mantimentos em Gaza para ajudar a população (...) antes que a crise humanitária se torne insustentável", disse. Ao ser perguntado pela imprensa após o fim de sua intervenção no Conselho de Segurança sobre as razões pelas quais os palestinos não fogem para o Egito, Grandi disse: "Os palestinos não querem sair de Gaza. Querem que a ajuda chegue a Gaza e essa deveria ser a prioridade", destacou. "Não haverá paz na região, nem no mundo, sem uma solução justa para o conflito israelense-palestino, que inclua o fim da ocupação israelense", afirmou, fazendo uma advertência que tem se repetido nas últimas semanas.Tanto Guterres quanto Grandi consideram grandes os riscos de que o conflito se estenda para além das fronteiras de Gaza. Grandi mencionou outros conflitos, como os da Ucrânia, do Sudão, do Sahel, da República Democrática do Congo e da Armênia, entre outros.Também citou a América Central, onde "as crises não resolvidas são agravadas pelo crime, inclusive por gangues que causam deslocamentos". Estes conflitos, lembrou, deixaram mais de 114 milhões de refugiados e deslocados no mundo.E cada nova crise "parece empurrar as anteriores para um perigoso esquecimento. Mas [elas] permanecem conosco", advertiu. Veja Mais
Possível Copa na Arábia Saudita preocupa grupos de defensa dos Direitos Humanos
Grupos a favor dos Direitos Humanos pediram "medidas vinculativas" depois que a Austrália se retirou da disputa para sediar a Copa do Mundo de 2034 e deixou a Arábia Saudita como candidata única para organizar o torneio, com o apoio oficial da Confederação Asiática de Futebol (AFC).A Fifa abriu prazo para apresentação de candidaturas voltadas a Ásia e Oceania para receber o Mundial de 2034, após ter sido anunciado que Espanha, Portugal e Marrocos serão os anfitriões do evento de 2030, que também contará com três jogos na América do Sul (Uruguai, Argentina e Paraguai).A Aliança Esporte e Direitos, uma coalizão de órgãos que incluem grupos de defesa dos Direitos Humanos e estruturas anticorrupção, declarou nesta terça-feira (31) que a ausência de concorrência para organizar a Copa de 2034 coloca em risco a popularidade do torneio.Esta coalizão afirmou que era vital para a Fifa aprovar e manter ações vinculativas para poder garantir os Direitos Humanos por parte dos países candidatos a sediar o Mundial."A Fifa deve agora deixar claro o que espera dos anfitriões em termos de respeito aos Direitos Humanos", declarou Steve Cockburn, chefe de Economia e Justiça Social da Anistia Internacional."Também devem estar preparados para suspender as candidaturas se há grandes riscos contra os Direitos Humanos que não foram levados em conta", acrescentou.O Catar, país vizinho à Arábia Saudita e que em 2022 sediou a primeira Copa disputada no Oriente Médio, foi muito criticado por grupos e associações em prol dos Direitos Humanos, que apontaram especialmente para o tratamento recebido pelos trabalhadores estrangeiros no emirado."A melhor forma de a Fifa garantir os direitos dos trabalhadores e uma liberdade de expressão é prevenir potenciais discriminações durante o processo de seleção, não depois de os candidatos serem confirmados e de a preparação já ter começado", apontou Cockburn.O diretor de iniciativas mundiais da Human Rights Watch, Munky Worden, anunciou que, "levando em conta a amplitude do Mundial, todas as candidaturas a esse torneio acarretam riscos e também oportunidades que não devem ser perdidas"."A política dos Direitos Humanos na Fifa não deve ser reduzida a um exercício escrito, principalmente quando se trata do evento esportivo mais assistido do mundo", concluiu. Veja Mais
Israel confirma ter atacado acampamento de refugiados em Gaza para matar líder do Hamas
O exército israelense confirmou, nesta terça-feira (31), que bombardeou o campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza, com a missão - cumprida - de eliminar um comandante do Hamas envolvido no ataque letal de 7 de outubro do movimento islamista palestino contra Israel."Sua eliminação foi executada como parte de uma ampla ofensiva contra os terroristas e contra as infraestruturas terroristas do Batalhão Central de Jabaliya, que havia tomado o controle de vários prédios civis da Cidade de Gaza", informou o exército israelense. Veja Mais
Fundo para danos climáticos domina as negociações antes da COP28
O fundo para compensar os danos climáticos, uma exigência fundamental dos países em desenvolvimento nas negociações da ONU, continuava sem sair do papel nesta terça-feira (31), após dois dias de reuniões em Abu Dhabi, a um mês do início da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP28."Temos que avançar", declarou o presidente da COP, Sultan Al-Jaber, ao final dos dois dias de encontro em um luxuoso complexo hoteleiro em Abu Dhabi."Temos que usar cada dia, entre agora e o início da COP28, para avançar em todos estes elementos", afirmou, após enumerar os combustíveis fósseis, o financiamento climático, a adaptação aos efeitos do aquecimento global, entre outros.Cerca de 70 ministros mantiveram diversos encontros para tentar desbloquear as negociações faltando quatro semanas para o início da COP28, em Dubai, a mais importante desde o Acordo de Paris.- "O nó principal" -"Há uma boa dinâmica, mas ainda há muito a fazer nos próximos 28 dias", admitiu à AFP a negociadora alemã, Jennifer Morgan."As verdadeiras batalhas são travadas na COP", destacou um negociador africano."O nó principal por enquanto é claramente o fundo de 'perdas e danos'", resumiu a ministra francesa de Energia, Agnès Pannier-Runacher.Este fundo, cuja adoção a princípio foi considerada um feito importante da COP27, ainda está por ser criado. Como vai funcionar? Quem vai financiá-lo? Quem se beneficiará dele? Nada está decidido, apesar de os países em desenvolvimento exigirem sua implantação na COP28.A última rodada de negociações fracassou no Egito em meados de outubro.Mas, "há um acordo sobre quase 80% do texto", comemorou, nesta terça-feira, o negociador egípcio, Mohammed Nasr. E foi acrescentada uma última rodada de negociações, de 3 a 5 de novembro, em Abu Dhabi.Em meados de outubro, "estávamos a um ou dois dias de um acordo", relativiza, confiante, um negociador europeu.Entre os bloqueios, "os Estados Unidos não querem pôr um centavo se a China puder se beneficiar", isto é, se o fundo não estiver reservado para países vulneráveis, explica. Alguns países denunciam o desejo do Ocidente de estabelecer o fundo, mesmo que temporariamente, no Banco Mundial, que "não está adaptado para as questões de desenvolvimento", afirma Michai Robertson, negociador da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS). "Os sauditas não querem qualquer formulação que aumente a lista de doadores para além dos países desenvolvidos", acrescenta seu homólogo europeu. Mesmo que estes conflitos sejam resolvidos antes da COP28, ninguém sabe quanto poderão arrecadar os países ricos, que já têm dificuldade em cumprir sua promessa de financiar a luta climática com US$ 100 bilhões anuais (R$ 505 bilhões na cotação atual). A transição e a adaptação requerem bilhões de dólares, mas "o financiamento público é a alavanca que irá desbloquear o financiamento privado", observa Harjeet Sing, da ONG Climate Action Network. - "Voluntariado" -O fundo de perdas e danos "se baseia no voluntariado (...) não é uma obrigação", defende a ministra francesa da Energia, que, junto com seu homólogo do Bangladesh, Shahab Uddin, presidiu a reunião organizada na terça-feira para desbloquear a questão. Para Pannier-Runacher, é preciso chegar rapidamente a um acordo para evitar que esta questão simbólica se torne, "talvez, um pretexto para evitar debates que incomodam", principalmente a redução dos gases de efeito estufa. Nos últimos meses, o debate sobre o fim das energias fósseis, principais impulsionadoras do aquecimento, dominou as negociações da ONU.Nos últimos 30 anos, só foi acordada uma meta de redução de carbono na COP26, sem nunca se pronunciar sobre petróleo e gás.Mas este debate acalorado, esperado entre países produtores, ficou temporariamente em segundo plano."Continuo ouvindo opiniões fortes sobre a ideia de incluir uma menção aos combustíveis fósseis e às energias renováveis" no acordo final da COP28, disse Sultan Al-Jaber, pedindo aos países que encontrem um "terreno comum".O também diretor da gigante petrolífera dos Emirados ADNOC deixou de lado seu habitual discurso sobre a "inevitável" redução dos combustíveis fósseis. "É muito cedo, bloquearia as negociações", afirma um membro da sua equipe, enquanto nos corredores do Emirates Palace se discute as reservas em relação ao tema por parte dos países do Golfo, liderados pela Arábia Saudita. Veja Mais
Hamas diz que Gaza será 'um cemitério' para o Exército israelense
O braço armado do Hamas afirmou, nesta terça-feira (31), que a Faixa de Gaza se tornará um "cemitério" para o Exército israelense e prometeu infligir ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um revés que "marcará o fim de sua carreira política"."Gaza será um cemitério e um atoleiro para o inimigo, seus soldados e sua direção política e militar", afirmou em um vídeo Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedin al Qassam, acrescentando que "a derrota contundente que Netanyahu vai sofrer marcará o fim de sua carreira política". Veja Mais
EUA acusa Putin de tentar 'tirar vantagem' da guerra entre Israel e Hamas
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, acusou nesta terça-feira (31) o presidente russo, Vladimir Putin, de tentar usar a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas para reduzir o apoio ocidental à Ucrânia. "Putin tenta tirar vantagem do ataque do Hamas a Israel na esperança de que isso nos distraia (...) e leve os Estados Unidos a retirar os seus recursos" da Ucrânia, disse Blinken a um comitê do Senado. Durante a mesma audiência, dedicada à ajuda à Ucrânia e a Israel, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou que Putin terá sucesso na sua tentativa de tomar o território ucraniano se os Estados Unidos deixarem de apoiar Kiev. "Posso garantir que, sem o nosso apoio, Putin será vitorioso", disse ele."Se os deixarmos sem base agora, Putin só ficará mais forte e poderá fazer o que quiser: assumir o controle do território soberano do seu vizinho", acrescentou. Os Estados Unidos são o maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia e desembolsaram dezenas de bilhões de dólares desde a invasão russa, em fevereiro de 2022. O presidente democrata, Joe Biden, prometeu continuar a apoiar a Ucrânia, mas alguns republicanos se recusam a fazê-lo.Blinken disse que qualquer corte na ajuda corre o risco de levar outros países a fazer o mesmo. "A mensagem que isso enviaria (...) a cada um destes países é que os Estados Unidos estão abandonando o barco, então eles podem fazer o mesmo", disse ele. Veja Mais
Chefe da ONU 'profundamente preocupado' com escalada do conflito em Gaza
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou-se "profundamente preocupado" nesta terça-feira (31) com a "intensificação do conflito" entre Israel e o Hamas, alertando para o risco de uma "escalada perigosa para além de Gaza". "Estou profundamente preocupado com a escalada do conflito entre Israel e o Hamas e outros grupos armados palestinos em Gaza. Isso inclui a expansão das operações terrestres das Forças de Defesa de Israel, acompanhadas por intensos ataques aéreos, além do contínuo lançamento de foguetes de Gaza em direção a Israel", disse Guterres em um comunicado.Depois de reiterar a condenação dos ataques do Hamas de 7 de outubro em Israel e a sua exigência da libertação dos mais de 200 reféns israelenses detidos pelo grupo islamista palestino, também "condena" a morte "de civis em Gaza". "Estou consternado com os relatos de que dois terços dos mortos são mulheres e crianças", acrescentou, sublinhando que as regras do direito humanitário "não são um menu à la carte e não podem ser aplicadas seletivamente". "Estou muito preocupado com o risco de uma escalada perigosa para além de Gaza e peço a todos os líderes para que exerçam a maior contenção para evitar uma conflagração mais ampla", insistiu, reiterando o seu apelo a um cessar-fogo humanitário "imediato". Veja Mais
Exército israelense informa morte de dois soldados em combates em Gaza
Dois soldados israelenses morreram em operações de combate no norte de Gaza, anunciou o Exército de Israel, nesta terça-feira (31), em meio à guerra contra o movimento islamista Hamas no território palestino. "Dois soldados israelenses morreram em combate no norte de Gaza", informaram as Forças Armadas em um comunicado. Veja Mais
'Salvem as crianças de Gaza', gritam manifestantes no Congresso dos EUA
"Vocês deveriam ter vergonha!", "Cessar-fogo já!", "Salvem as crianças de Gaza!", gritaram manifestantes no Congresso dos Estados Unidos, nesta terça-feira (31), durante comparecimento dos secretários de Estado, Antony Blinken, e da Defesa, Lloyd Austin, a uma audiência sobre a ajuda a Israel e à Ucrânia. Primeiro, várias pessoas sentadas atrás de Blinken e Austin levantaram, em silêncio, as mãos manchadas com tinta vermelha para simbolizar o sangue derramado na Faixa de Gaza. Com intervalo de alguns minutos, um deles se levantava para protestar. "Cessar-fogo já!", gritaram diante de uma comissão do Senado. "Os palestinos não são animais!", bradou um dos manifestantes. "Salvem as crianças de Gaza!", "Vocês deveriam ter vergonha!", gritou outro. Uma pessoa usava uma jaqueta que dizia "Parem de financiar o genocídio". Blinken teve de interromper seu discurso diversas vezes enquanto os manifestantes eram escoltados para fora da sala pela polícia. Há dez dias, o presidente Joe Biden pediu ao Congresso um pacote de mais de US$ 105 bilhões (R$ 2,6 trilhões na cotação atual), incluindo US$ 14,3 bilhões (R$ 72,2 bilhões na cotação atual) em ajuda para Israel. Na Faixa de Gaza, estão sendo travados "duros combates terrestres" contra o grupo islamista Hamas, informou hoje o Exército israelense, que avança lentamente entre as ruínas do território palestino, onde se agrava a situação humanitária, descrita como "desastrosa" pela ONU. O governo israelense declarou uma guerra para "aniquilar" o Hamas depois que comandos do grupo no poder na Faixa de Gaza se infiltraram no sul de Israel, em 7 de outubro, para cometer um ataque de violência sem precedentes desde a criação do Estado, em 1948, deixando 1.400 mortos, a maioria civis. Mais de 8.525 palestinos, também em sua maioria civis, foram mortos desde que o Exército israelense começou a bombardear a Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Veja Mais
Paris amanhece com estrelas de David pintadas em fachadas de edifícios
A Procuradoria de Paris anunciou, nesta terça-feira (31), a abertura de uma investigação sobre as Estrelas de David, símbolo da religião judaica e do Estado de Israel, pintadas nas fachadas de vários edifícios da capital francesa.A delegacia do 14º distrito, bairro do sul de Paris onde as ilustrações apareceram, vai investigar essas Estrelas de David azuis por danos à propriedade de terceiros agravados por terem sido cometidos por motivos de origem, raça, etnia, ou religião, disse o Ministério Público à AFP. Este crime acarreta uma pena máxima de quatro anos de prisão e multa de 30.000 euros (US$ 31,8 mil, ou R$ 160,5 mil na cotação atual). Desde o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, foram registradas na França 2.500 queixas por atos antissemitas, segundo o Ministério do Interior. No domingo, o ministro francês da Justiça, Eric Dupond-Moretti, disse que mais de 400 pessoas foram detidas em relação com esses "atos antissemitas". A prefeita do distrito XIV, Carine Petit, denunciou as pichações como "atos antissemitas e racistas" na rede social X (antigo Twitter). "Este ato de marcação lembra os métodos da década de 1930 e da Segunda Guerra Mundial que levaram ao extermínio de milhões de judeus", denunciou. "As pessoas que fizeram isso claramente buscam aterrorizar", disse o presidente da União dos Estudantes Judeus da França (UEJF), Samuel Lejoyeux, à AFP. Grafites similares apareceram no fim de semana passado em bairros da periferia de Paris, acompanhados de frases como "Do mar ao Jordão, a Palestina vencerá".X Veja Mais
Famílias palestinas anseiam por troca de prisioneiros por reféns do Hamas
Os familiares de milhares de prisioneiros palestinos têm, hoje em dia, o coração dividido entre a esperança de voltar a ver seus familiares, se forem trocados pelos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, e a dor pelos mortos nos bombardeios israelenses."Dói quando vemos crianças mortas" na Faixa de Gaza, diz à AFP Wafa Abu Ghulmi, cujo marido está entre os quase 6.600 palestinos presos por Israel. O território palestino está sendo bombardeado de forma incessante pelas forças israelenses em resposta a um ataque mortal do movimento islamita Hamas em Israel em 7 de outubro.Segundo o Exército de Israel, o Hamas mantém pelo menos 240 reféns, israelenses e estrangeiros, sequestrados durante o ataque em que mais de 1.400 pessoas morreram, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses. Em Gaza, os bombardeios israelenses deixaram mais de 8.500 mortos, predominantemente civis, segundo o Hamas. Entre os reféns detidos pelo Hamas, que governa Gaza desde 2007, estão soldados israelenses.As prisões israelenses abrigam mais de 6.600 detidos palestinos, dos quais mais de 550 estão condenados à prisão perpétua. A última troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas remonta a outubro de 2011, quando 1.027 palestinos detidos foram libertados em troca do soldado franco-israelense Gilad Shalit, capturado cinco anos antes pelo movimento islamita.- "Alegria ou tristeza?" -Nos últimos anos, várias tentativas de troca fracassaram. Dois civis israelenses que entraram em Gaza por iniciativa própria em 2014 e 2015 ainda estão detidos. Apesar de tudo, Abu Ghulmi espera ver o marido novamente. "Soubemos que o Hamas conseguiu capturar soldados israelenses. Mas, quando vi os mortos, a destruição, as famílias destruídas em Gaza, fiquei triste, porque o preço a pagar para ver o meu marido de novo é muito alto", conta a mulher, em sua casa em Ramallah, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.Seu marido cumpre atualmente nove penas de prisão perpétua, acompanhadas de uma pena de 50 anos de prisão. Ele é acusado pela Justiça israelense de envolvimento no assassinato do então ministro israelense do Turismo, Rehavam Zeevi, em 2001, durante a Segunda Intifada, o levante palestino contra a ocupação israelense (2000-2005). Khalida Abu Satha também se pergunta se receberá o marido Mohammed, preso desde 2001 e condenado a quatro penas de prisão perpétua, "com lágrimas de alegria por vê-lo, ou de tristeza por todos os mortos". Ela conta que, desde 7 de outubro, está "presa em frente à televisão", da qual desvia o olhar somente para atender a ligações de "amigos próximos, ou de familiares de prisioneiros que afirmam estarem à espera de uma nova troca com Israel".Ela tem praticamente certeza de que isso vai acontecer, mas não sabe quando. "Nossa felicidade não será completa, porque, em cima de nós, teremos o olhar das famílias das vítimas da guerra".- "Mandela palestino" -O número de reféns detidos pelo Hamas é, de longe, o mais alto desde que o movimento foi criado, em 1987.O chefe do Hamas em Gaza, Yahya Sinuar, que foi libertado da prisão no âmbito da troca do soldado Shalit, afirma que está disposto a estabelecer "imediatamente" uma troca de reféns por "todos os prisioneiros palestinos". O porta-voz militar do Hamas, Abu Obeida, afirmou que "o preço a ser pago pelo grande número de reféns inimigos nas nossas mãos é esvaziar as prisões de todos os detidos palestinos".Nesse contexto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está sendo cada vez mais pressionado pelos familiares dos reféns, que o instam a agir. Por enquanto, ele não deu nenhum sinal de considerar uma troca. Na segunda-feira, o Exército disse ter resgatado uma mulher soldado, capturada como refém, durante uma operação terrestre em Gaza. "Se conseguir isso, o Hamas ganhará uma vantagem" sobre a Autoridade Palestina de Mahmud Abbas, sediada na Cisjordânia e cada vez mais criticada, analisa o cientista político Georges Giacaman. Mas os ganhos políticos poderão evaporar rapidamente, adverte, porque "quem pode garantir que os prisioneiros libertados não serão detidos novamente, como aconteceu [após a troca] com Shalit?".Se permanecerem livres, alguns prisioneiros poderão mudar o rumo da política palestina. Entre os detidos está, por exemplo, Marwan Barghuthi, chefe do movimento Fatah, de Mahmud Abbas, grande rival do Hamas. Preso desde 2002 em Israel, ele cumpre cinco penas de prisão perpétua. Embora Israel considere-o um "terrorista", seus apoiadores apelidaram-no de "Mandela palestino". Muitos veem-no como um sucessor de Abbas. Veja Mais
Vini Jr renova com o Real Madrid até 2027
O Real Madrid anunciou nesta terça-feira (31) a renovação do contrato do atacante brasileiro Vinícius Júnior por quatro anos, até 2027."O Real Madrid C. F. e Vini Jr. alcançaram um acordo para a ampliação do contrato do jogador, que permanece vinculado ao clube até 30 de junho de 2027", informou a equipe merengue em um comunicado.O atacante de 23 anos, que tinha contrato até o fim da atual temporada, se tornou um dos pilares do elenco merengue nas últimas seis temporadas, desde que chegou ao clube em 2018, procedente do Flamengo.Segundo a imprensa espanhola, a renovação já havia sido estabelecida no ano passado, mas foi oficializada nesta terça-feira.O clube não divulgou valores, mas, segundo os jornais da capital espanhola, o novo contrato teria uma cláusula de rescisão de um bilhão de euros (1,06 bilhão de dólares, 5,3 bilhões de reais, na cotação atual). Veja Mais
Exército de Israel avança entre ruínas em Gaza e Netanyahu descarta cessar-fogo
As tropas israelenses avançaram nesta terça-feira (31) com tanques e buldôzeres dentro da Faixa de Gaza entre os escombros dos edifícios bombardeados, ao mesmo tempo que prosseguem os combates com os milicianos do movimento palestino Hamas. As imagens divulgadas pelo Exército israelense mostram os soldados avançando em um cenário de desolação, entre edifícios que foram reduzidos e pilhas de pedras e metal retorcido pelos incessantes bombardeios de represália efetuados por Israel desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.Israel afirmou que atacou 300 alvos na quarta noite de ofensivas terrestres em Gaza, em que suas tropas enfrentaram fogo antitanque e tiros dos combatentes do Hamas, que governa este território palestino desde 2007.O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou na segunda-feira os apelos internacionais por um cessar-fogo.Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, os bombardeios israelenses mataram 8.525 pessoas desde 7 de outubro, incluindo mais de 3.500 menores de idade. Correspondentes da AFP em Gaza registraram imagens de palestinos escavando os escombros em uma tentativa desesperada de encontrar sobreviventes após os ataques, enquanto outros rezavam ao lado dos corpos dos mortos, protegidos por mortalhas brancas.Netanyahu ignorou as pressões internacionais para um cessar-fogo por considerar que seria o equivalente a uma "rendição", depois que prometeu "aniquilar" o movimento palestino devido ao ataque de 7 de outubro em território israelense, que deixou 1.400 mortos, a maioria civis. No ataque, o Hamas tomou 240 pessoas como reféns, segundo os números atualizados divulgados pelas autoridades israelenses. A "nova fase" da guerra, anunciada por Israel no sábado, aumenta a preocupação com uma escalada regional do conflito. O Exército israelense atacou a Síria e na fronteira com o Líbano aumentaram os confrontos com o grupo Hezbollah. Os rebeldes huthis do Iêmen reivindicaram um ataque com drones contra Israel, enquanto as Forças de Defesa do Estado hebreu anunciaram que interceptaram um míssil lançado da região do Mar Vermelho. - "Uma questão de vida ou morte" - O sofrimento dos civis em Gaza provoca críticas e as agências humanitárias da ONU afirmam que o tempo está acabando para muitos dos 2,4 milhões de habitantes do território palestino que está sob um cerco total, sem acesso a fornecimento de água, alimentos, combustíveis e medicamentos. A ONG Médicos do Mundo denunciou que os profissionais de saúde em Gaza precisam "operar no chão" e realizar cesáreas ou amputações "sem anestesia" por falta de material.Rizeq Abu Rok, motorista de ambulância do Crescente Vermelho palestino, de 24 anos, contou à AFP que seu trabalho é transportar mortos e feridos, mas que recentemente um bombardeio atingiu um local em que sabia que estavam alguns parentes."Encontrei meu pai, estava com um ferimento na cabeça. Entendi imediatamente que estava morto", disse. Israel acusa o Hamas de usar os hospitais como bases militares e os civis como "escudos humanos", o que o movimento islamista nega. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) fez um alerta sobre uma grave crise humanitária no sul de Gaza, onde afirma que não há ajuda suficiente para suprir as necessidades sem precedentes e que 36 caminhões com insumos aguardam para entrar no território.O diretor da UBRWA, Philippe Lazzarini, afirmou que a entrega de ajuda "é uma questão de vida ou morte para milhões de pessoas. O Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém culpou Israel por um bombardeio que atingiu um centro cultural da igreja em Gaza e considerou o ataque de "injustificável".- "Um inferno" -A incursão terrestre das tropas israelenses permitiu o resgate de Ori Megidish, uma soldado que havia sido sequestrada pelo Hamas. O Exército israelense celebrou a libertação na segunda-feira e afirmou que a militar apresentou informações de inteligência que poderão ser utilizadas em futuras operações. Mas outras famílias vivem uma espera angustiante, sem notícias dos parentes. Hadas Kalderon, de 56 anos, morava no kibutz israelense de Nir Oz, perto da fronteira com a Faixa de Gaza. Ela conta que durante o ataque 7 de outubro os milicianos do Hamas mataram sua mãe e sua sobrinha. Seu filho de 12 anos e a a filha de 16 foram levados como reféns. "Não tenho controle nem conhecimento sobre as ações militares. Sei apenas que meus filhos ainda estão lá no meio de uma guerra", lamenta. "É um desastre, um inferno. Não é possível expressar com palavras". O Hamas divulgou um vídeo na segunda-feira que apresentou como os depoimentos de três reféns. Nas imagens, uma das mulheres sequestradas pede ao governo de Israel que aceite uma troca de prisioneiros para obter sua libertação. Netanyahu chamou o vídeo de "propaganda psicológica cruel". Veja Mais
Pó de asteroide que caiu na Terra causou inverno de 15 anos que dizimou dinossauros
O pó de silicato procedente do asteroide que atingiu a Terra há 66 milhões de anos escureceu o céu durante 15 anos e levou à extinção dos dinossauros e de três quartos da vida no planeta, revela um estudo publicado nesta segunda-feira (30).As conclusões da pesquisa, publicada na revista Nature Geoscience, endossam uma hipótese anterior que indicava que o inverno provocado pelo impacto do asteroide Chicxulub foi fruto do pó levantado por causa do choque.As teorias mais recentes asseguravam, por outro lado, que o enxofre liberado após o impacto - ou a fuligem dos grandes incêndios que causou - impediu que a luz do Sol chegasse ao planeta e mergulhou a Terra em um longo inverno.O estudo publicado nesta segunda sugere que partículas muito finas de pó de silicato, procedentes da rocha pulverizada, teriam permanecido suspensas na atmosfera durante 15 anos. A falta de luz teria provocado uma queda das temperaturas médias de até 15°C.Nos anos 1980, os cientistas Luis e Walter Álvarez, pai e filho, sugeriram que o desaparecimento dos dinossauros foi provocado por uma mudança de clima após o impacto de um asteroide, que cobriu o mundo de poeira.Mas sua hipótese foi questionada até que, uma década mais tarde, foi descoberta a enorme cratera causado por Chicxulub na atual península de Yucatán, no Golfo de México.A teoria que sugere que o enxofre, mais do que a poeira, mudou o clima do planeta, ganhou terreno porque se pensava que este tipo de pó não tinha o tamanho adequado "para permanecer na atmosfera", explicou à AFP Ozgur Karatekin, pesquisador do Observatório Real da Bélgica e coautor do estudo.No entanto, uma equipe internacional de cientistas conseguiu identificar partículas de pó procedentes do impacto do asteroide no jazigo fóssil de Tanis, no estado de Dakota do Norte, nos Estados Unidos. Estas partículas mediam entre 0,8 e 8 micrômetros.Ao introduzir seus dados em modelos climáticos similares aos utilizados hoje em dia, os pesquisadores determinaram que a poeira tinha desempenhado um papel muito mais importante na extinção da vida do que se pensava.As simulações revelaram que, de toda a matéria suspensa na atmosfera, 75% era poeira, 24% enxofre e o resto fuligem.As partículas de poeira "impediram completamente a fotossíntese" nas plantas durante pelo menos um ano, o que provocou um "colapso catastrófico" da vida, concluiu Karatekin. Veja Mais
Homem faz vários reféns em agência dos correios do Japão
A polícia japonesa cercou nesta terça-feira (31) uma agência dos correios da cidade de Warabi, no município de Saitama, na qual um homem supostamente armado tomou um número indeterminado de pessoas como reféns.A imprensa local informou que duas pessoas ficaram feridas em um possível ataque a tiros em um hospital próximo.As autoridades não explicaram se os incidentes estão relacionados, mas segundo testemunhas o suspeito pelo tiroteio no hospital fugiu em uma moto.As imagens exibidas na televisão mostram um homem idoso, com um boné de beisebol e um casaco, dentro da agência dos correios com um objeto que parece uma arma, amarrada a um cordão no pescoço."Às 14H15 (2H15 de Brasília), uma pessoa se entrincheirou e tomou reféns em uma agência dos correios da cidade de Warabi", ao noroeste de Tóquio, informou o site do governo municipal, que também indicou que o criminoso estava com um objeto que parece uma arma de fogo. "Pedimos aos cidadãos que estão nas proximidades que sigam as instruções da polícia", acrescenta o comunicado.O canal NTV informou que pelo menos duas mulheres estavam na agência e que policiais estavam conversando com o sequestrador por telefone.O jornal Yomiuri havia informado mais cedo que 10 funcionários da agência poderiam estar no local e que o homem poderia estar com querosene.A polícia pediu a 300 moradores da área que abandonassem suas casas, informou o canal TBS.Viaturas da polícia foram enviadas e isolaram o edifício de três andares. As ruas próximas estavam vazias- Tiroteio em hospital -O incidente acontece no momento em que a polícia investigava um tiroteio ocorrido algumas horas antes em um hospital na cidade próxima de Toda.Duas pessoas ficaram levemente feridas, ao que parece um médico e um paciente, após tiros disparados a partir da rua contra um quarto do primeiro andar do hospital."Depois das 13H00, ouvi uma mulher gritando 'Por favor, venha alguém' e uma enfermeira gritou: 'Afaste-se das janelas e abaixe a cabeça'", disse um homem de 60 anos que estava dentro do hospital ao canal NHK."Quase às 14h00, olhei para dentro do consultório médico e vi uma poça de sangue ao lado da maca. Não ouvi nenhum tiro, mas uma enfermeira disse que ouviu dois", acrescentou.Os crimes violentos são incomuns no Japão, que registra uma taxa de homicídios pequena e que tem uma das legislações mais severas do mundo sobre armas.O país, no entanto, registrou vários ataques recentemente, incluindo o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, atingido por uma arma de fogo de fabricação caseira durante um discurso de campanha eleitoral no ano passado.Em abril, o atual primeiro-ministro, Fumio Kishida, foi alvo de um ataque com um artefato explosivo improvisado, também durante um comício. Kishida saiu ileso, mas duas pessoas ficaram levemente feridas.Um mês depois, um homem se entrincheirou em um edifício depois de supostamente matar quatro pessoas, incluindo dois policiais e uma idosa, em um ataque com uma pistola e uma faca.Masanori Aoki, 31 anos, foi detido em sua casa, perto da cidade de Nakano, informou a polícia na época. Veja Mais
Shenzhen, a cidade chinesa dos ônibus elétricos
Shenzhen, a grande cidade tecnológica do sul da China, tem 18 milhões de habitantes e uma rede de ônibus públicos 100% elétricos, um verdadeiro laboratório da transição energética.Shenzhen foi a primeira grande cidade do mundo a optar, em 2017, por ônibus totalmente elétricos, que transportam os passageiros de forma silenciosa e sem emitir CO2.A cidade, na fronteira com Hong Kong e sede de várias empresas do setor de tecnologia, também eletrificou a maioria de seus táxis.A China é o maior emissor mundial de gases do efeito estufa e continua muito dependente do carvão para a produção de energia elétrica. Mas também é o país que mais investe em energias renováveis.Seguindo a política de Shenzhen, outras cidades chinesas anunciaram o objetivo de adotar sistemas de transportes limpos até 2025.A um mês do início da COP28 de Dubai, o caso desta cidade demonstra que é possível eletrificar rapidamente o transporte público, o que contrasta com a lentidão registrada nos países ocidentais.Os ônibus contribuem menos para o aquecimento global que os carros e os caminhões. A Agência Internacional de Energia (AIE) calcula em 5% a redução potencial das emissões provocadas pelos ônibus, em um cenário de neutralidade de carbono até 2050.Além disso, os ônibus elétricos melhoram imediatamente a qualidade do ar para os moradores de uma cidade.A China é atualmente uma exceção no setor. O país representa mais de 90% dos ônibus e caminhões elétricos do mundo, segundo dados de 2021 do Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT, na sigla em inglês). A transformação "não aconteceu de um dia para o outro. Exige muitos anos de planejamento e grandes obras de infraestruturas", disse à AFP Elliot Richards, especialista em veículos elétricos.Richards destaca as limitações existentes no restante do mundo para reproduzir a experiência chinesa, incluindo as limitações de gastos públicos, assim como os obstáculos à construção das instalações apropriadas em cidades antigas e saturadas.- "Fáceis de utilizar" -Em um estacionamento de ônibus de Shenzhen, o motorista Ou Zhenjian afirma que sentiu uma "grande diferença" com a mudança para o veículo elétrico.O trabalhador com 18 anos de experiência disse que os ônibus são "realmente confortáveis (...) fáceis de utilizar e respeitam o meio ambiente. Não fazem barulho e é ótimo dirigir assim"."Hoje podemos dizer que nossos ônibus elétricos têm o mesmo rendimento que os ônibus a diesel", declarou à AFP o vice-diretor da rede de ônibus de Shenzhen, Ethan Ma.Com rendimento similar, as emissões de um ônibus elétrico em sua vida útil (que inclui sua fabricação e a de sua bateria) são 52% inferiores às de um ônibus a diesel, segundo estudo específico do Banco Mundial sobre o caso de Shenzhen.Esta pegada de carbono leva em consideração que metade da energia elétrica em Shenzhen é gerada com carvão. No total, os ônibus elétricos da cidade permitem poupar 194.000 toneladas de CO2 por ano.- Uma aposta política -No estudo, o Banco Mundial observa que a mudança "não depende apenas da tecnologia, mas também da vontade política".O país investiu em larga escala no setor, o que permitiu a criação de grandes empresas de veículos elétricos, como a montadora BYD, líder mundial no segmento e que tem sede em Shenzhen.Uma situação à qual a União Europeia reagiu com a abertura de uma investigação por supostas ajudas estatais ilegais, que permitiriam aos fabricantes chineses manter preços artificialmente baixos para ganhar uma parcela de mercado.Em Guangdong, a província da qual Shenzhen faz parte, várias cidades já optaram por ônibus 100% elétricos. A capital, Pequim, e Xangai também iniciaram o processo.A produção de energia elétrica na China ainda depende, no entanto, em 60% do carvão. Mas, como demonstra o caso de Shenzhen, mesmo o uso de ônibus movidos com energia gerada integralmente por carvão registra emissões inferiores às dos veículos a diesel, insiste David Fishman, consultor do Lantau Group.BYD COMPANY Veja Mais
BM e BID anunciam novo investimento em conexão digital em escolas da América Latina e do Caribe
O Banco Mundial (BM) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciaram nesta segunda-feira (30) que irão investir mais US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões) nos próximos dois anos para que estudantes tenham acesso à internet em escolas da América Latina e do Caribe.Com esse dinheiro e os US$ 512 milhões (R$ 2,56 bilhões) que já mobilizaram, as organizações esperam se coordenar "para conectar 3,5 milhões de estudantes" e treinar centenas de milhares de professores em habilidades digitais, informou o BM. O objetivo é que 12 mil centros educativos de 16 países se beneficiem dessa iniciativa conjunta.A situação da região é preocupante, alertou a vice-presidente de Setores e Conhecimento do BID, Ana María Ibáñez, durante um ato na sede do banco, em Washington. "Na América Latina e no Caribe, 66% das escolas primárias e 44% das secundárias carecem de acesso à internet."O acesso a computador nos lares também é desigual. "Um total de 80% dos jovens de 15 anos em lares de alta renda têm computador, e nos de baixa renda, apenas 20%, descreveu Ana María.Para Jaime Saavedra, diretor de Desenvolvimento Humano para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial, "as tecnologias digitais podem potencializar dramaticamente o trabalho do professor nas aulas e nos ajudar a chegar de forma eficaz em todas as crianças".Eliminar o abismo do acesso digital em toda a região é um dos três pilares de um memorando de entendimento sobre a América Latina assinado em agosto pelos presidentes do BID e do BM, Ilan Goldfajn e Ajay Banga, respectivamente. Veja Mais