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Queda nos nascimentos e alta do salário mínimo pressionam rombo previdenciário; analistas falam em nova reforma

G1 Economia Gasto com benefícios previdenciários soma R$ 577 bilhões até julho e deve superar R$ 1 trilhão em 2025. Alta deve consumir boa parte do espaço para gastos livres ano que vem. Ministro Fernando Haddad disse que governo não discute nova reforma neste momento. O pagamento de benefícios previdenciários pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, somou a marca inédita de R$ 577 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, de acordo com números do Tesouro Nacional. O valor, que é recorde histórico para o período, ficou próximo dos R$ 600 bilhões. A comparação histórica é possível porque os valores foram atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial. Nos últimos três anos, o décimo terceiro dos aposentados foi antecipado e pago, de forma integral, ainda no primeiro semestre. A previsão do governo, para todo este ano, feita em julho, é de que o pagamento de benefícios previdenciários somem R$ 923 bilhões, o que representará uma queda na comparação com o ano passado. Os valores foram corrigidos pela inflação para possibilitar uma comparação. Analistas têm apontado que a projeção deste ano estaria subestimada pelo governo, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os gastos do ano de 2023 foram inflados pelo pagamento de precatórios atrasados pela gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro — que aprovou uma PEC sobre o assunto. O que inflou os números do ano passado (base de comparação). Para o ano de 2025, segundo números da proposta de Orçamento, os benefícios previdenciários, sem contar precatórios, avançarão R$ 71,1 bilhões, o que representa metade do aumento de R$ 143,9 bilhões do limite de crescimento das despesas discricionárias (gastos livres dos ministérios, que não são obrigatórios). Haddad diz que dados positivos da economia são resultado de 'ciclo virtuoso' gerado por 'ajustes no lugar certo' O que impulsiona o rombo previdenciário? Segundo o Ministério do Planejamento, o rombo da Previdência Social (despesas acima das receitas) devera avançar de R$ 272,6 bilhões, em 2024, para R$ 293,5 bilhões em 2025. Na proporção com o PIB, o governo prevê que o déficit do INSS ficará estável em 2,37%. De acordo com o economista Fabio Giambiagi, pesquisador associado do FGV IBRE, especialista em finanças públicas e previdência social, a política de aumento do salário mínimo acima da inflação, adotada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está pressionando o rombo do INSS. Isso porque, pelas regras atuais, o benefícios previdenciários não podem ser inferiores ao salário mínimo. "Essa política para o salário mínimo é absolutamente insustentável ao longo do tempo. O que acontece é que o nosso país é vítima do curto prazo. Toda vez que você apresenta o orçamento, naquele ano o efeito do salário mínimo é modesto em uma despesa [total] de R$ 2 trilhões. Mas o efeito acumulado ao longo do tempo é brutal. São mais R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões que se adicionam por ano [aos gastos públicos]", afirmou Fabio Giambiagi, ao g1. Para Giambiagi, uma estratégia mais drástica, de desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo, pode ser barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, ele defendeu a política anterior, adotada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob o comando do então ministro da Economia, Paulo Guedes, com reajustes do salário mínimo somente pela inflação — sem aumento real — mantendo a vinculação com as aposentadorias. "Eu não tenho dúvida que é isso que vai acontecer, não sei em que ano. Se houver mudança de governo, há boa chance de acontecer em 2027. Se o presidente [Lula] for reeleito, pode acontecer ou não. A conta no próximo governo vai aumentar muito", declarou Giambiagi. Segundo o especialista, outro fator que tende a pressionar cada vez mais o déficit da Previdência Social são as mudanças demográficas identificadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelas quais os idosos deixaram de ser a menor fatia da população brasileira em 2023 e, daqui a duas décadas, vão ser a maior delas. De acordo com o Instituto, os principais motivos para esse movimento são a queda na taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) e o aumento da expectativa de vida. "Estão nascendo cada vez menos crianças, com a queda da taxa de fecundidade. E esse processo está sendo mais acelerado do que se imaginava. Numero de 0 a 14 anos vai migrando para o número de adulto jovens. Isso acentua o desafio previdenciário", disse Giambiagi, explicando que haverá, no futuro, menos trabalhadores para "sustentar" a população idosa, aposentada. Nova reforma à vista? A última reforma da Previdência foi feita em 2019, no primeiro ano do mandato do presidente Jair Bolsonaro, fixou uma idade mínima de aposentadoria (65 anos para homens e 62 anos para mulheres); regras de transição para o trabalhador ativo; e a média de todos os salários recebidos para o cálculo do benefício, entre outros pontos. Com as mudanças, o antigo Ministério da Economia, comandado então por Paulo Guedes, estimou, em 2019, que a reforma teria um impacto potencial de reduzir o rombo previdenciário de R$ 800 bilhões a R$ 1,07 trilhão em dez anos. De acordo com Fabio Giambiagi, os últimos números de crescimento do rombo previdenciário "certamente" indicam a necessidade de uma nova reforma da Previdência no futuro. "Eu espero que não seja necessário esperar até 2031, digo 2031 porque a gente sabe que a reforma acontece sempre no início de governo, por razões obvias. Seria desejável para ocorrer em 2027 [no primeiro ano do próximo mandato], mas teria que ocorrer uma discussão prévia. A de 2019 teve um debate anterior, proposta por Temer", afirmou o economista. No ano passado, analistas ouvidos pelo g1 já apontavam que a necessidade de uma nova reforma da Previdência Social. "Eu imagino que esse governo segura [sem fazer uma nova reforma]. No limite, se não no próximo governo, em 2026, o eleito em 2030 vai ter de fazer isso. Pois o déficit vai começar a escalar, ou ele governa ou paga Previdência", declarou o economista Paulo Tafner, naquele momento. O consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados, Leonardo Rolim, ex-presidente do INSS e ex-secretário de Previdência no governo Bolsonaro, concordou que será necessário uma nova reforma da Previdência Social no futuro. "Imagino que na próxima década", afirmou, em 2023. Veja alguns pontos, segundo analistas, que podem ser alterados em uma nova reforma ??Aumento da idade mínima, atualmente de 65 anos para homens e de 63 anos para mulheres ??Fim da diferença de idade entre homens e mulheres ??Mudar a aposentadoria rural, com aumento da idade mínima (atualmente, é de 55 anos para mulheres e 60 para homens) ??Mudar as regras do BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é assistencial, ou fixando uma idade mínima diferente (maior do que a regra previdenciária), ou mantendo a idade mínima igual à do INSS e reduzindo o valor do benefício (pagando abaixo do salário mínimo) ??Criação de uma camada de capitalização obrigatória no Regime Geral, com baixo custo de transição. O que diz o governo Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não está em discussão, pelo governo, a realização de uma nova reforma nas regras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que atende ao setor privado, neste momento. "Não está em discussão reforma da Previdência neste momento, do regime geral [INSS]. O que tem no Congresso Nacional é uma PEC que estende o a reforma dos regimes especiais para estados e municípios. Uma coisa que não se teve coragem de fazer na legislatura anterior. Uma PEC ampla que põe ordem nas finanças municipais", disse Haddad. Em entrevista ao g1, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, avaliou que, diante da existência de uma idade mínima fixa nas regras atuais (65 anos para homens e 62 para mulheres), será necessário, no futuro, realizar uma nova reforma da Previdência no Brasil. "Porque o número de pessoas que está no mercado de trabalho, com a mudança demográfica, vai se reduzindo em relação à proporção de quem não está mais em atividade, economicamente ativa. Isso gera um desbalanço que, de tempos em tempos, tem que ser corrigido. Isso não tem a ver com ideologia, com vontade política. Ela é uma realidade inegável de qualquer sociedade", declarou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Ele lembrou, entretanto, que o país passou por uma reforma recentemente das regras previdenciárias, em 2019, e que, neste momento, o governo está focado em outra reforma importante, a tributária. "Sem prejuízo de a gente olhar questões pontuais [da previdência], eu não acredito que haja uma janela de uma reforma previdenciária mais ampla no curto prazo. Até porque acabamos de passar por uma”, concluiu Ceron, do Tesouro Nacional. Cortes de gastos Uma reforma da Previdência também está entre as medidas de cortes de gastos apontadas por analistas para evitar a paralisia dos serviços públicos nos próximos anos. Isso ocorre porque o arcabouço fiscal traz um limite, anual, de crescimento das despesas de até 2,5% acima da inflação. Como os gastos obrigatórios (previdência, servidores e despesas assistenciais) crescem acima disso, o espaço para gastos livres (como Farmácia Popular, recursos para bolsas de estudos e fiscalizações) está sendo comprimido e acabará no futuro. "O elevado nível de vinculações tende a extinguir a discricionariedade alocativa [possibilidade de escolha de gastos], pois reduz o volume de recursos orçamentários livres que seriam essenciais para implementar projetos governamentais prioritários, que atendam as necessidades da população em cada momento do tempo", avaliou o Tesouro Nacional em 2023, por meio de relatório. No mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para o risco de “shutdown” (paralisação) da máquina pública até 2028, com o crescimento das emendas impositivas e dos mínimos constitucionais para saúde e educação. Outras propostas para conter despesas obrigatórias são: Redução de gastos com servidores, por meio de uma reforma administrativa; Reforma de gastos sociais; Mudanças ou o fim do abono salarial; Revisão de vinculações, como o piso da saúde e educação à receita, e dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo. Uma crítica recorrente é que o governo está focando principalmente no aumento de receitas, e deixando de lado a outra vertente do ajuste fiscal, o controle de despesas. O ajuste das contas públicas, com a retomada de superávits sustentáveis nas contas públicas, é considerado importante por economistas para impedir um aumento maior da dívida pública e, consequentemente, alta da taxa de juros. Veja Mais

Altas temperaturas prejudicam safra da nêspera

G1 Economia Clima atrapalhou últimos meses de produção da fruta pois, quando os termômetros sobem além do normal, a safra pode ser afetada. Altas temperaturas prejudicam safra da nêspera Reprodução/TV TEM A nêspera – ou ameixa amarela – é uma fruta de casca fina e aveludada, rica em vitaminas e de sabor suave, que lembra o pêssego e a maçã. O fruto ainda está em época de colheita, contudo, ele gosta de temperaturas baixas e o clima atrapalhou bastante a produção. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Um pé saudável pode dar mais de 40 frutas por safra, e produz por mais de 30 anos. Uma das características da nêspera é a adaptação a regiões de temperaturas amenas, como no sudoeste paulista. Quando os termômetros sobem além do normal, a produção sente. E é isso o que vem acontecendo. Na propriedade do agricultor Roberto Carlos de Souza, em São Miguel Arcanjo (SP), por exemplo, são 150 pés de nêspera. O período de colheita também mudou por causa do calor. No ano passado, foram colhidas mais de três mil caixas, enquanto na atual safra a quantidade não deve passar de duas mil, e ainda há um outro problema para os produtores da região: os preços não reagiram. No sítio do agricultor Edson Oliveira, a colheita deve terminar em poucas semanas, e ele não anda muito animado com o desempenho da safra, que está menor por conta do calor. A nêspera, que pode chegar ao tamanho de uma laranja, está miúda nesse ano tá assim, e com qualidade inferior. O pomar tem sistema de irrigação e recebe o manejo correto, mas ainda assim a estiagem deixou suas marcas. São 150 pés de nêspera, e Edson calcula vender somente duas toneladas da fruta, o que representa metade do que foi comercializado em 2023. O preço também tem sido uma decepção. Ele vendeu o quilo por R$ 12,50 na safra anterior, e isso não mudou agora, mesmo tendo menos fruta para entregar, afinal, a produtividade caiu por volta de 50%. Veja a reportagem exibida no programa em 08/09/2024: Altas temperaturas prejudicam safra da nêspera VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Selena Gomez, Rihanna, Kylie Jenner: as celebridades que fizeram fortuna com marcas de cosméticos

G1 Economia Cantoras, influenciadoras e até esportistas faturam milhões -- e bilhões, em alguns casos -- com linhas de maquiagem que levam seus rostos. Famosas que lançaram marcas de maquiagem Divulgação A artista e empresária Selena Gomez, de 32 anos, entrou para o seleto grupo dos bilionários na última sexta-feira (6), depois de sua participação na Rare Beauty, empresa de maquiagens que criou, atingir o patamar de US$ 1,1 bilhão. O valor adquirido como a fundadora e presidente da empresa soma-se a outros milhões conquistados com sua carreira artística, além de parcerias comerciais nas redes sociais. Agora, a fortuna de Selena é estimada em US$ 1,3 bilhão (cerca de 7,3 bilhões). E ela não foi a única celebridade a conseguir um patrimônio de altas cifras criando uma marca de cosméticos. LEIA TAMBÉM Como a inteligência artificial fez a fortuna de Eduardo Saverin crescer R$ 70 bilhões em um ano Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes em 2024 Obsessão pela área de atuação e busca por gaps no mercado: a forma de empreender de Mari Maria Outra cantora de renome, a Rihanna se tornou bilionária com a marca Fenty Beauty, que vende maquiagens, produtos de cuidados com a pele, cabelos e perfumes. Ainda, as influenciadoras Kim Kardashian, Kylie Jenner e Huda Kattan faturam milhões de dólares com as empresas de maquiagem que criaram. Veja mais detalhes abaixo. Mari Maria: "Eu sou obcecada por maquiagem. E encontrei aí um gap" Selena Gomez Selena Gomez posa no Festival de Cannes 2024 Valery Hache/AFP Selena Gomez se tornou bilionária, com um patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão pelo ranking de bilionários da Bloomberg. Com esse primeiro bilhão, ela é uma das pessoas mais jovens dos Estados Unidos a se tornar bilionária com dinheiro proveniente do seu próprio trabalho, o que lá fora é chamado de "self-made billionaire" (ou bilionário que se fez sozinho, na tradução livre). A fortuna de Selena vem de diversas fontes, como seu trabalho como artista, propriedades e campanhas publicitárias no Instagram -- plataforma em que ela é a terceira pessoa mais seguida do mundo, com 424 milhões de seguidores, atrás apenas dos jogadores de futebol Cristiano Ronaldo (638 milhões) e Lionel Messi (504 milhões). No entanto, a maior parte de sua riqueza, cerca de 81,4%, vem de seu trabalho como empresária. Ela lançou, em 2020, a Rare Beuaty, marca de cosméticos que é sucesso nos Estados Unidos e vários países pelo mundo, como o Brasil. Em março deste ano, inclusive, fontes do convívio da cantora disseram à Bloomberg que Selena contratou assessores financeiros para avaliar ofertas de investimentos e até de aquisição da Rare Beauty. A empresa tem um valor de mercado estimado em US$ 2 bilhões. A participação de Selena na empresa é de US$ 1,1 bilhão. O sucesso da marca pode ser atribuído, em grande parte, ao vínculo com a geração Z (de pessoas nascidas entre 1995 e 2010. A empresa tem, principalmente, produtos líquidos e de fácil aplicação, que fazem parte de vários vídeos de tendências no TikTok desde o lançamento da marca. A empresária também cofundou -- em parceria com sua mãe, Mandy Teefey, e a empresária Daniella Pierso -- a startup de saúde mental Wondermind, que foi avaliada em US$ 100 milhões em 2022. A plataforma oferece ferramentas para saúde mental, como textos, podcast e newsletter. Rihanna Rihanna durante show do intervalo no Superbowl 2023 Mark J. Rebilas/USA TODAY Sports A cantora Rihanna, de 36 anos, é a pessoa mais famosa nascida em Barbados, pequena ilha do Caribe, e uma das mais ricas do mundo. Com uma fortuna estimada em US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7,8 bilhões), Rihanna entrou para o "cube do bilhão" em 2021 e não saiu mais. Apesar do sucesso na carreira artística -- que a rendeu dezenas de prêmios, milhões de discos vendidos e shows lotados por todo o mundo -- a maior parte do patrimônio de Rihanna, assim como é com Selena, vem de sua atuação como empresária. Ela fundou e é dona de 50% da marca de cosméticos Fenty Beauty, nascida em 2017, que tem como coproprietário o grupo LVMH, dono de marcas de luxo como Louis Vuitton, Dior e Sephora, por exemplo. A empresa tem um valor de mercado estimado em quase US$ 3 bilhões, segundo a Forbes, e é sucesso de vendas pelo mundo pela sua ampla gama de cores dos produtos para atingir o máximo de tons de pele. No primeiro ano de vida da marca, as vendas foram de mais de US$ 500 milhões, conforme divulgou a LVMH à época. Um pedaço da fortuna de Rihanna também é consequência de outro empreendimento que deu certo: a marca de lingeries Savage x Fenty, na qual a cantora tem uma participação de 28%. Kim Kardashian Kim Kardashian durante o Baby2Baby Gala, em novembro de 2022 Jordan Strauss/Invision/AP Kim Kardashian ficou conhecida nos anos 2000 depois de uma vazamento de um vídeo íntimo. Ela e sua mãe, Kris Jenner, usaram o escândalo a seu favor e criaram, em 2007, o programa "Keeping Up with the Kardashians", que acompanha o dia a dia da família Kardashian-Jenner. Em meio a 20 temporadas e vários anos de duração, Kim se tornou uma das figuras mais conhecidas da mídia e das redes sociais dos Estados Unidos e do mundo e, com seu sucesso, criou marcas que a fizeram entrar no grupo dos bilionários. Ela tem uma fortuna de US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 9,5 bilhões). Em 2017, criou a KKW Beauty, marca de maquiagens. Kim vendeu uma fatia de 20% da KKW Beauty para a gigante de cosméticos Coty em 2020, e lucrou US$ 200 milhões com o negócio, que foi avaliado em cerca de US$ 1 bilhão. Um ano depois, porém, fechou a empresa e migrou seus negócios para uma nova marca de produtos para cuidados com a pele: a SKKN, lançada em 2022. Para além do ramo de cosméticos, em 2018 Kim fundou a Skims, uma marca de roupas modeladores, roupas íntimas e outros produtos. No ano passado, uma rodada para captação de financiamentos para a empresa avaliou a companhia em US$ 4 bilhões. Kylie Jenner Kylie Jenner durante o tapete vermelho no Met Gala 2023 Evan Agostini/Invision/AP A norte-americana Kylie Jenner, de 27 anos, já nasceu numa família com bom poder aquisitivo. Ela é a irmã mais nova de Kim Kardashian e ganha muito dinheiro com sua participação nos programas de reality show que acompanham a vida de sua família e com publicidades nas redes sociais. Ela é uma das pessoas mais seguidas do mundo, com 397 milhões de seguidores. Porém, foi sua linha de maquiagem que a fez lucrar milhões e se tornar uma das mulheres mais ricas do mundo, com dinheiro proveniente do próprio trabalho. Sua fortuna é estimada em US$ 710 milhões (cerca de R$ 4 bilhões). A Kylie Cosmetics foi fundada em 2014, quando a influenciadora ainda era adolescente, com lápis de boca e batons. Ela usou US$ 250 mil adquiridos como modelo para lançar a empresa. Kylie chegou a ser considerada bilionária por conta de seu negócio, enquanto ela e sua família mentiam sobre os resultados financeiros da Kylie Cosmetics. Porém, em 2020, quando a influenciadora vendeu 51% da empresa para a gigante dos cosméticos Coty, documentos mostraram que a empresa tinha um faturamento e um valor de mercado menor do que era informado. Ainda assim, a Forbes estima que Kylie faturou US$ 340 milhões, já com o desconto dos impostos, pelo negócio. Ela ainda detém 44% da Kylie Cosmetics e lançou outras marcas, com destaque para a Kylie Skin, de produtos de cuidados para a pele. Huda Kattan Há 10 anos, Huda Kattan abandonou a carreira de executiva para lançar sua própria marca de produtos de beleza HUDA BEAUTY/Divulgação Huda Kattan é o nome por trás da popular marca de maquiagens Huda Beuaty, com mais de uma década de mercado. Foi essa marca que a fez acumular, até 2023, um patrimônio de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões). Huda, de 41 anos e nascida dos Emirados Árabes, trabalhava com finanças até 2010, quando, por estar infeliz com seu trabalho, decidiu transformar radicalmente sua carreira. Ela começou a trabalhar como maquiadora e montou um blog de beleza, onde passou a ser conhecida no universo digital. Em 2013 ela criou a sua marca, porque enfrentava dificuldades para encontrar cílios postiços adequados para seu tipo de rosto e com as características desejadas. Em mais de uma década, os negócios se expandiram e, hoje, a Huda Beauty tem todos os tipos de produtos de maquiagem e também vende itens de cuidados para a pele, com um faturamento anual estimado em US$ 200 milhões. Em 2017, a marca foi avaliada em US$ 1,2 bilhão, quando a TSG Consumer Partners, uma companhia que compra partes de empresas de capital fechado, adquiriu uma pequena participação no negócio. Outras celebridades também se aventuram no ramo Além das famosas que fizeram uma grande fortuna com suas marcas de cosméticos, outras celebridades também se aventuraram na área nos últimos anos e lançaram suas próprias linhas. A cantora Lady Gaga, que tem uma fortuna estimada em US$ 150 milhões (cerca de R$ 840 milhões), lançou, em 2019, a Haus Labs, marca de maquiagem que nasceu com a proposta de oferecer aos fãs da cantora produtos que tivessem uma proposta de liberdade criativa, além de serem livres de testes em animais em sua fabricação. Outra cantora que entrou no ramo foi Ariana Grande, que tem uma fortuna estimada em US$ 72 milhões (cerca de R$ 403 milhões), proveniente sobretudo de sua carreira artística. Ela criou e é o rosto da R.E.M. Beauty, que vende maquiagem e produtos de cuidados com a pele. A modelo e influenciadora Hailey Bieber também aproveitou de seu impacto com o público para lançar, em 2022, a Rhode. A empresa de cuidados com a pele opera nos Estados Unidos, Canadá e Europa e tem planos de expandir seus negócios. A fortuna de Hailey não é calculada pelas principais plataformas que monitoram o patrimônio dos mais ricos do mundo. Mais recentemente, em 2024, a ex-tenista e empresária Serena Williams lançou a Wyn Beauty. OS lucros com a marca de maquiagem passarão a integrar um patrimônio que já é estimado em US$ 350 milhões (cerca de R$ 2 bilhões), com seus ganhos com o tênis, campanhas publicitária e a participação na empresa Will Perform, de cuidados para músculos e pele. Veja Mais

Receita Nosso Campo: aprenda a fazer uma lasanha de palmito pupunha

G1 Economia Programa deste domingo (8) ensina a preparar uma deliciosa lasanha de palmito com frango. Aprenda a fazer uma lasanha de palmito pupunha Reprodução/TV TEM O Nosso Campo deste domingo (8) ensina a preparar uma deliciosa lasanha de palmito com frango. Saiba como fazer: ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Ingredientes 300 gramas de palmito em lâminas; 400 gramas de frango desfiado; 100 gramas de tomate picado (sem semente); 1 cebola picada; 2 dentes de alho picado; 15 ml de azeite; 100 gramas de queijo parmesão ralado grosso; Sal; Pimenta do reino preta; Açafrão, colorau, cominho e orégano; Cheiro verde; E para o molho... 100 gramas de castanha de caju; 500 ml de água; 1 colher de sopa de manteiga; Noz-moscada; Sal. Modo de preparo Comece pelo molho: em um liquidificador, junte a água e as castanhas, e bata por três minutos; Derreta a manteiga em uma panela e acrescente a mistura logo em seguida; Depois de levantar fervura, espere mais dois minutos, e então acrescente o sal; Para completar o sabor, adicione a noz-moscada ralada na hora; Siga para o recheio: comece fritando o alho e, em seguida, a cebola; Feito isso, acrescente o tomate, aguarde alguns instantes e, depois, inclua os demais temperos de sua preferência; Chegou a vez do frango: refogue-o e adicione o cheiro-verde. Misture e adicione o sal, a gosto; Com tudo quentinho, comece a montar em uma travessa: uma camada de recheio, um pouco de palmito, e molho. Coloque também o frango e o queijo parmesão; Por fim, acrescente a pimenta moída e leve para o forno. Sirva em seguida. Veja a reportagem exibida no programa em 08/09/2024: Aprenda a fazer uma lasanha de palmito pupunha VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Já viu brownie de feijão? E ceviche feito com o grão? Confira duas receitas que inovam no uso da leguminosa

G1 Economia O Globo Rural deste domingo (8) apresentou uma reportagem especial sobre esse alimento queridinho do brasileiro. Já viu brownie ou ceviche de feijão? Confira duas receitas que inovam no uso do alimento O Globo Rural deste domingo (8) apresentou uma reportagem sobre os diferentes usos do feijão que vão além do prato feito. Quer inovar na cozinha? Veja abaixo como preparar um ceviche e um brownie com o grão queridinho do brasileiro. Ceviche de feijão Ingredientes 100 gramas de feijão branco orgânico cru 100 gramas de feijão preto orgânico cru 4 pimentas dedo de moça sem sementes ½ pimentão amarelo picado ½ pimentão vermelho picado 1 cebola-roxa média cortada meia lua finamente 10 gramas de gengibre ralado sem casca (1 c. sobremesa) ½ xícara de coentro ½ xícara de cebolinha 50 ml de azeite de oliva 15 ml de azeite de gergelim (opcional) Suco de 2 limões a 3 limões (100 ml) 15 gramas de sal Modo de preparo Deixe os feijões remolhados por no mínimo 12 horas. Cozinhe-os por 20 minutos, sem pressão, com atenção para estarem ‘al dente’ e grãos cozidos mas firmes. Escorra e reserve. Pique as ervas, a pimenta, a cebola e o pimentão. Rale o gengibre. Tempero os feijões escorridos com sal, gengibre limão e azeite de oliva. Acrescente os outros ingredientes e misture bem. 6. Se necessário, ajuste o sal. Sirva frio, se possível com 20 a 30 minutos de repouso em geladeira antes de servir. Brownie de feijão Rendimento: 15 unidades Ingredientes 2 xícaras de chá de feijão preto cozido em água 200 gramas de chocolate 70% (meio amargo) 100 gramas de cacau em pó 2 ovos 1 pitada de sal 3 colheres de sopa de óleo de coco 1 colher de sopa de vinagre de maçã 1 colher de café de essência de baunilha 1 xícara de chá de açúcar mascavo 3 colheres de sopa de farinha de amendoim (bata o amendoim sem casca e torrado no liquidificador) 1 colher de sobremesa de fermento em pó Modo de preparo Bata o feijão cozido e escorrido, os ovos, o óleo de coco, o vinagre e a essência de baunilha no liquidificador, até formar um creme roxo e homogêneo. Coloque a mistura em um refratário, adicione o açúcar mascavo, cacau em pó, sal, fermento e a farinha de amendoim. Misture bem, coloque em uma forma untada (com óleo) e enfarinhada com o cacau em pó. Asse em forno preaquecido a 180ºC por aproximadamente 25 minutos ou até que fique firme. Veja Mais

Produtores avaliam recuperação das áreas destruídas por incêndios

G1 Economia Autoridades ambientais acompanham de perto essas situações, realizando mapeamento de possíveis locais de focos de novos incêndios, já que o tempo seco e a baixa umidade ainda são fatores de risco. Produtores avaliam recuperação das áreas destruídas por incêndios Reprodução/TV TEM Produtores do interior de São Paulo começaram a contabilizar os prejuízos causados pelos incêndios no mês de agosto. As chamas consumiram pastagens, fazendas, plantações e mataram animais. Um pesadelo que parece ainda não ter fim, já que mal começou o setembro e os alertas de riscos de mais incêndios devem continuar. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Uma das propriedades atingidas pelo fogo foi a de Paulo César Gianezzi, localizada em São José do Rio Preto (SP), onde 45 dos 50 hectares, o equivalente a 41 campos de futebol, ficaram destruídos. Além da vegetação, Paulo César perdeu boa parte de um orquidário. Segundo o produtor, o prejuízo chega a mais de R$20 mil, com plantas e estufas. Em um outro sítio vizinho, a produtora Shilze Santana ficou sabendo da tragédia pelo celular. Ela cria gado e, no momento do fogo, estava na cidade. As chamas consumiram o pasto e a mangueira onde os animais pequenos ficavam. Ela e seu esposo abriram as porteiras para que os demais animais pudessem sair mas, assim como eles, as criações ficaram assustadas. A grama verde que alimentava o gado deu lugar para a fuligem. Shilze Santana comentou que os animais consomem cerca de 20 sacos de silos por dia, e que os vendedores estão fazendo mais barato devido à comoção que o momento exige. As autoridades ambientais acompanham de perto essas situações, realizando mapeamento de possíveis locais de focos de novos incêndios, já que o tempo seco e a baixa umidade ainda são fatores de risco. Veja a reportagem exibida no programa em 08/09/2024: Produtores avaliam recuperação das áreas destruídas por incêndios VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Cresce transporte de cargas na Hidrovia Tietê-Paraná

G1 Economia Apesar de não ser um sistema de transporte conhecido como as rodovias, as hidrovias são muito importantes, e utilizadas, principalmente, quando se pensa em um grande volume de carga transportada. Cresce transporte de cargas na Hidrovia Tietê-Paraná Reprodução/TV TEM O transporte de cargas pelos rios Tietê e Paraná vem aumentando. A hidrovia é estratégica no escoamento de parte das safras do centro-oeste do país, e de São Paulo. Atualmente, esse é um dos mais importantes eixos logísticos do Brasil. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Para uma família de Iacanga (SP), são seis meses de colheita. Um vai e vem de máquinas e caminhões que não para até a safra terminar. Os irmãos Matheus e Henrique produzem cana em 1.500 hectares. Tudo é mecanizado, e a produção é levada direto para um porto que fica a 10km de distância. É pela hidrovia que a cana chega até a usina, que fica em Jaú (SP), e o transporte pelo Rio Tietê significa redução de custos. O porto funciona 24h por dia, em todos os dias da semana. A viagem dura cerca de 8h. A própria usina gerencia a estrutura e os barcos. Em uma esteira, a cana sai do caminhão e segue para o rio. Cada comboio é formado por três barcaças e, no total, é possível transportar até 1,5 mil toneladas. A hidrovia Tietê-Paraná é um dos meios de transporte mais importantes para o agronegócio. É onde que boa parte da produção é escoada. Produtores de São Paulo e de outros estados, como os do Centro-Oeste do Brasil, são beneficiados. Um levantamento da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) de SP mostrou que, no primeiro semestre deste ano, a quantidade de carga transportada pelo rio aumentou 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No trecho paulista, as barcaças levaram principalmente soja (786.927 toneladas) e cana-de-açúcar (186.327 toneladas). A hidrovia pode não ser um sistema de transporte tão conhecido como as rodovias, por exemplo, mas é muito importante e utilizada, principalmente quando se pensa em um grande volume de carga transportada. As águas podem transportar toneladas de soja, milho e cana, utilizando uma quantidade muito menor de combustível. Isso traz um impacto para o meio ambiente, e é justamente essa questão da sustentabilidade que faz da hidrovia um dos sistemas mais vantajosos em todo o mundo. Os sistemas não são “rivais” uns dos outros, eles se complementam. É o chamado “transporte intermodal”. Uma empresa de transporte e armazenamento de grãos utiliza deste método: a carga sai de Goiás (GO) e vai até Pederneiras (SP) pela hidrovia. Também é feito o transbordo para a linha férrea, com destino a Santos (SP). Entretanto, não são todos os produtores próximos ao rio que preferem a hidrovia. Edgard Podoni, por exemplo, também planta cana. Em um pedaço de sua área, em Pederneiras, são 40 hectares e, até ano passado, 80% de toda a produção seguia para a usina pelo rio, mas agora ele fez outra escolha: priorizar o transporte pelas rodovias, e o tempo da viagem foi o principal motivo. Veja a reportagem exibida no programa em 08/09/2024: Cresce transporte de cargas na Hidrovia Tietê-Paraná VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Pesquisa quer descobrir espécies de café que se adaptam em cada região para diminuir perdas por pragas e aumentar a produtividade

G1 Economia Há seis anos, pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) desenvolvem estudo em 17 propriedades para testar a produtividade e qualidade do fruto de café. Incaper faz pesquisa com 10 novas variedades de café arábica Uma pesquisa realizada pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) está testando dez novas variedades de café arábica para aumentar a produtividade e reduzir as perdas causadas por ataque de pragas. A ideia é realizar o experimento com produtores das regiões Norte, Noroeste e Sul do Espírito Santo para saber quais cultivares se adaptam melhor em cada região. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram As etapas da pesquisa ocorrem ao longo do ano. O município de Venda Nova do Imigrante foi um dos primeiros a participar do experimento. Dos 700 produtores de café da cidade, pelo menos 150 já adotaram novas espécies do café arábica e seguem orientações do instituto. Muitos agricultores já conseguem perceber melhorias no fruto que são colhidos. Além disso, perceberam durante o cultivo que as espécies estão mais resistentes a pragas. ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Produtores investem em novos tipos de café arábica para aumentar produtividade das plantações no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Fabiano Avancini faz parte da quarta geração da família de produtores de café na cidade. Ele resolveu participar da pesquisa justamente para apostar na inovação em sua lavoura. "Usávamos uma variedade só. A semente era plantada na cova pelo meu avô. Era bem artesanal mesmo. Ainda é, com mão de obra braçal, de agricultura familiar. Para que a gente permaneça na atividade, a gente teve que evoluir. E nisso de evoluir, eu sempre fui entusiasta do café, tanto que vivo participando de cursos. O Incaper fez uma proposta se eu tinha interesse em plantar essas novas variedades e participar da pesquisa. Eu aceitei o desafio na hora", comentou Fabiano. Há seis anos, os pesquisadores do Incaper desenvolvem o projeto na propriedade do Fabiano e em outras 16 no estado. Os resultados finais devem sair em outubro deste ano. Mas os produtores já contam que têm sentido diferenças no manejo e colheita. Estudo do Incpaer para testar novas variedades do café é feito em 17 propriedades no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta A pesquisa consiste no plantio de dez variedades de café arábica em diferentes condições para analisar o desempenho e a produtividade de cada uma delas. "A gente definiu que iríamos colocar as sementes em três regiões diferenciadas onde se planta café arábica no estado. Então, essas unidades foram colocadas em altitudes que iam de 600 metros a 1.400 metros. Porque aí a gente pode, depois, fazer uma extrapolação para o estado todo, com métodos científicos para poder recomendar esses cultivares de acordo com a altitude da região de plantio", explicou o coordenador do projeto, Maurício Fornazier. Segundo ele, os produtores se queixaram, por exemplo, da necessidade de terem cultivares que tenham ciclos de manutenção diferenciados, da mesma forma que o conilon é hoje. "Nós não temos a melhor cultivar, nós temos cultivares que vão se adaptar ao sistema do produtor, adequado a sua altitude, a sua mão de obra e a sua estrutura da propriedade", completou. De acordo com o Incaper, uma das maiores dificuldades para os produtores com essa novidade seria a mão de obra de colheita. Por isso, o projeto permite que o produtor possa escolher a maturação do fruto, o que faz com que ele possa plantar até três variedades: tardia, precoce e média. "Nesse projeto, ele pode escolher e plantar três variedades diferentes na propriedade. Ele pode começar a colher no mês de abril e finalizar essa colheita em outubro. Então, ele tem aí uma longevidade onde ele otimiza a mão de obra na agricultura familiar e também os equipamentos pós-colheita", relatou o extensionista do Incaper, Evaldo de Paula. Produtividade em dobro Novas variedades de café foram enviadas para ver como o fruto se adaptaria nas regiões, Norte, Sul e Noroeste do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O principal objetivo dos pesquisadores é trabalhar com a renovação das lavouras cafeeiras no estado. "O parque cafeeiro do nosso estado está muito velho, acima de 25, 30 anos... Tem lavouras de até 50 anos de idade. Então, o objetivo foi colocar todas as unidades em área de renovação para verificar, avaliar o comportamento desses dez materiais genéticos em relação a áreas de renovação com o propósito de fazer o plantio com uma boa muda, uma boa adubação de cova e matéria orgânica", pontuou o pesquisador do Incaper, Cesar Krohling. LEIA TAMBÉM: Gargalo logístico impede a saída de 800 mil sacas de café do ES Acidentes com mortes e amputações aumentam nas lavouras de café e período de colheita exige cuidado com máquinas Roubos de sacas de café e a propriedades aumentam com a chegada do período de colheita Segundo os pesquisadores, a maior área plantada de café do estado ainda é de Catuaí. Mas a variedade é muito suscetível a doenças, como a ferrugem. Por isso, muitos produtores já estão mudando e plantando outras variedades. "A produtividade é muito maior, fruto graúdo, e não tem a principal doença do cafeeiro que é a ferrugem. E aí a produtividade de 40 sacas por hectare sai para 80 sacas por hectare, o dobro. E o que é importante dizer é que não tem segredo para fazer isso. É só utilizando o manejo de pragas e doenças", disse Cesar. Produtores do Espírito Santo conseguiram perceber que as novas variedades de café aumentam a produtividade nas lavouras Reprodução/TV Gazeta Por enquanto, o resultado ao analisar a produtividades dos cultivares plantados em Venda Nova do Imigrante em quatro safras mostrou uma média de 55 sacas por hectare, o que corresponde a duas vezes a média do estado. "Os novos materiais vêm com esse grande objetivo, aumento da produtividade das lavouras de café. É para dobrar a produtividade do estado todo, fazendo o simples, o básico. O produtor tem condição de fazer isso renovando suas lavouras", afirmou o pesquisador. O produtor Fabiano já começou esse trabalho na propriedade e até divide o conhecimento com outros colegas. "Percebi aumento na produção, na qualidade, porque são outras variedades, aumenta o tempo de colheita, automaticamente a gente consegue fazer um café de mais qualidade. Hoje, eu posso afirmar que tenho umas quatro variedades que eu não saio delas e que a gente vai manter quando for fazer a renovação. Por já termos esse experimento da propriedade e acompanha a produção, as pessoas me perguntam que variedade comprar. Eu consigo orientar, faço doação de semente para produtores pequenos que querem testas outras variedades", contou o produtor. Resultado final da pesquisa sobre novas variedades de café arábica deve sair em outubro de 2024. Reprodução/TV Gazeta A ajuda também vem em grupo. Na propriedade do Fabiano acontece o "Dia de Campo", um evento que faz parte do projeto e é usado para que pesquisadores apresentem o desempenho de cada variedade. Além disso, técnicas são repassadas e os produtores recebem suporte e atenção. "Além do resultado de você medir a produtividade do café e a qualidade, o produtor visita, conheça e ele seleciona aquilo que ele quer plantar. E a gente tem visto que a seleção que ele tem feito tem batido com a nossa seleção de produtividade. Mas é extremamente importante essa visão do produtor. Então, se nós temos ganhos reais de produtividade é porque eles não são utópicos. Ele é feito pelo produtor, com o conhecimento do produtor, aplicando as técnicas que nós recomendamos", completou Cesar. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Veja Mais

Últimos dias

EUA: Polícia aborda homem que dormia em Tesla no piloto automático e encontra R$ 500 mil em drogas

G1 Economia Os oficiais tentaram contato com o motorista, que continuou dormindo. O Tesla Model 3 só encostou quando o carro da polícia forçou o veículo a desacelerar e parar. Tesla Model 3 Divulgação Um homem foi preso nos Estados Unidos com mais de meio milhão de reais em drogas no carro, ao ser parado por dormir ao volante de um Tesla Model 3 em modo autônomo. O flagrante aconteceu na cidade de Wilson’s Mills, no estado da Carolina do Norte. Segundo o canal americano "CBS", o motorista foi abordado pelos policiais após uma denúncia de populares que haviam visto um homem aparentemente desacordado ao volante de um carro em movimento. Os oficiais tentaram contato com o motorista, que continuou dormindo. O Tesla Model 3 só encostou quando o carro da polícia forçou o veículo a desacelerar e parar. Os agentes então realizaram uma busca no veículo e encontraram 200 gramas de maconha, 400 gramas de metanfetamina e outros 400 gramas de ecstasy, além de outras drogas. A lista equivale a cerca de US$ 100 mil em drogas. LEIA MAIS VÍDEO: testamos a primeira Tesla Cybertruck do Brasil, ao lado de Danielzinho Grau Consumo de combustível nas alturas? Pode ser filtro de ar entupido; veja o que fazer; Volvo abandona meta de fabricar apenas veículos elétricos até 2030 Maconha, metanfetamina e ecstasy foram apreendidos com o motorista do Tesla divulgação/Polícia de Wilson’s Mills Preso em flagrante, o motorista foi indiciado por tráfico de drogas, direção perigosa e por não parar o carro no momento em que a viatura ligou a sirene e as luzes. Após pagamento de fiança, ele foi solto para responder às acusações em liberdade. O carro era um Model 3 da Tesla, sedã elétrico mais barato da fabricante americana. Nos Estados Unidos, o veículo é vendido por valores a partir de US$ 34.990, o equivalente a cerca de R$ 195 mil em conversão direta e sem considerar impostos. O Model 3 pode ser configurado com a direção praticamente autônoma, chamada pela companhia de Elon Musk de Full Self-Driving. Uma versão mais simples e quase autônoma, com nome de Autopilot, é item de série no veículo. Como o Tesla Model 3 dirige sozinho O Autopilot é o nome que a Tesla dá para o piloto automático adaptativo, recurso encontrado em muitos carros do Brasil, até em modelos mais simples, como o Volkswagen Nivus. Nele, o carro consegue manter a velocidade escolhida pelo motorista e faz ajustes conforme a proximidade dos automóveis na frente do veículo. O objetivo é manter o automóvel em uma distância segura dos outros na via, diminuindo as chances de acidente. Todo o controle de freios ou acelerador é feito pelo próprio sistema. Alguns carros conseguem notar a aproximação de outros veículos à frente do automóvel, mesmo que em uma faixa diferente. A Tesla coloca o assistente de permanência em faixa no Autopilot. Este recurso também existe em muitos carros do Brasil, mas tende a estar apenas em modelos mais caros e completos. Modo Full Self-Drivin em um Tesla divulgação/Tesla Nele, o carro utiliza câmeras e sensores para ler a rua, rodovia ou estrada e faz com que o veículo siga centralizado na faixa. O movimento do volante é feito pelo sistema, sem a interferência do motorista. Existe outro sistema que pode ser configurado nos carros da Tesla e ele é chamado de FSD (ou Full Self-Driving, em inglês). Com ele, o carro toma todas as decisões em uma estrada, incluindo a troca de faixas e ultrapassagens. Neste caso, o motorista consegue dormir, pois o carro da Tesla pode seguir uma rota traçada no GPS até para virar em um cruzamento, parar nos semáforos fechados, alterar automaticamente a velocidade ao notar uma placa nova e dar a prioridade para pedestres na faixa pintada no chão. Modo Full Self-Drivin em um Tesla reprodução/YouTube Além disso, o FSD permite que o Tesla faça a baliza completa tanto para entrar, quanto para sair de vagas perpendiculares ou paralelas ao veículo. Um comando faz com que o carro ande sozinho para frente, saindo de uma vaga apertada enquanto o motorista está do lado de fora. Este recurso permite até que o motorista esteja na saída do mercado, por exemplo, e o carro saia da vaga para encontrar o proprietário. Tudo isso de forma autônoma e respeitando pedestres e carros ao redor. O FSD é um opcional na hora da compra e ele custa US$ 8 mil extras para o Tesla Model 3, ou cerca de R$ 44,5 mil em conversão direta, sem considerar impostos. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil Veja Mais

'Dinheiro esquecido': R$ 8,56 bi ainda podem ser resgatados; valores não sacados poderão ser usados para fechar contas públicas

G1 Economia Consulta pode ser feita por pessoas físicas e empresas no Sistema de Valores a Receber. Dados são do mês de junho. Dinheiro, real, notas de R$ 50 Marcelo Casal Jr./Agência Brasil O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (6) que R$ 8,56 bilhões estão disponíveis para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR). Os dados são referentes ao mês de julho. O sistema é um serviço do BC no qual é possível consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm algum "dinheiro esquecido" em banco, consórcio ou outra instituição. Como consultar e resgatar O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores é o site oficial estabelecido pelo Banco Central para isso. É importante ressaltar que, via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. Banco Central libera consulta a valores esquecidos nos bancos Dinheiro poderá ser usado pelo governo Um projeto já aprovado no Senado Federal autoriza o repasse ao Tesouro Nacional dos recursos esquecidos por clientes em contas bancárias para tentar ajudar a zerar o rombo orçamentário deste ano. Pelo texto, poderiam ser utilizados os valores que não foram reclamados pelos titulares de contas bancárias. Para ter validade, o projeto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados. Os recursos seriam usados para compensar perdas arrecadatórias com a desoneração parcial dos setores e das prefeituras, conforme projeto apresentado pelo senador Jaques Wagner, e já aprovado pelo Senado Federal. O senador afirmou que as propostas são fruto de um um “trabalho conjunto” do Senado e do Ministério da Fazenda, com “particular dedicação do ministro Fernando Haddad”. O governo busca recursos para tentar atingir a meta de déficit zero nas contas públicas neste ano, que consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024. Veja Mais

Censo: casas são 75% dos imóveis vagos no Brasil; apartamentos, 18%

G1 Economia No caso de imóveis de veraneio, as cassa também são maioria na maioria das cidades – com a exceção de Balneário Camboriú (SC), Santos (SP) e outras 53 cidades. Casa que estava à venda no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 2023. Divulgação/ Bossa Nova Sotheby's Dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (6) mostram que 75% dos 11,4 milhões de imóveis vagos no Brasil são casas. Apartamentos representam 18%, casas de vila ou de condomínio somam 3%, e estruturas residenciais permanentemente degradadas ou inacabadas correspondem a 3%. LEIA TAMBÉM Brasil tem 479 mil em presídios, 96% homens, e 160 mil em asilos para idosos, 60%, mulheres 57 mil pessoas moram em tendas e barracas no Brasil e 19 mil, em veículos Imigração venezuelana faz Roraima concentrar 30% da população em abrigos São considerados imóveis vagos aqueles que, na data de coleta do Censo, estavam completamente desocupados, mesmo que após a visita do recenseador tenha sido ocupado. Apartamentos são maioria de imóveis de uso ocasional em 55 cidades Os dados do Censo também mostram que casas são a maioria dos domicílios de uso ocasional, como casas de veraneio e imóveis para locação de curta temporada: 78%, ante 17% de apartamentos. Em apenas 55 municípios, os apartamentos são a maioria dos imóveis de uso ocasional. Em Balneário Camboriú (SC), por exemplo, 94,4% dos imóveis de uso ocasional são apartamentos. A cidade é conhecida pela verticalização e tem oito dos 10 arranha-céus residenciais mais altos do país. Orla de Balneário Camboriú. Divulgação Santos (SP) também aparece no ranking. Ao todo, 94,1% dos imóveis vagos na cidade da Baixada Santista são apartamentos. A cidade é conhecida pelos prédios inclinados localizados na orla. Um levantamento recente mostrou serem 319 edifícios nessas condições. Santos, SP, tem 65 prédios tortos na região da orla da praia A Tribuna Jornal Outras cidades litorâneas nestas condições são: Itapema (SC), com 90,5%, São Vicente (SP), com 87,1%, Guarujá (SP), com 80,3%, Praia Grande (SP), com 78,0%, João Pessoa (PB), com 72,0%, e Vitória (ES), onde 71,0% dos imóveis de uso ocasional são apartamentos. Veja Mais

Dólar opera em baixa após dados de emprego piores que o esperado nos EUA

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,22%, cotada a R$ 5,5706. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, avançou 0,29%, aos 136.502 pontos. Karolina Grabowska/Pexels O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (6), com investidores repercutindo os novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que vieram piores do que o esperado. O payroll, relatório de emprego mais importante do país, mostrou uma criação de 142 mil novas vagas não-agrícolas em agosto, enquanto as expectativas eram de 164 mil. A taxa de desemprego teve uma leve queda no último mês, caindo de 4,3% em julho para 4,2% em agosto. No entanto, a taxa permanece bem acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado, quando estava em 3,8%. Com esses novos dados que mostram a continuidade do enfraquecimento do mercado de trabalho americano, o mercado se volta, mais uma vez, para qual será a conduta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A próxima reunião da instituição ocorre em setembro e investidores esperam o início de um ciclo de cortes nas taxas de juros, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano. Juros menores tendem a desvalorizar o dólar em relação a outras moedas. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? Dólar Às 09h35, o dólar caía 0,34%, cotado a R$ 5,5514. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 1,22%, cotada em R$ 5,6706. Com o resultado, acumulou: queda de 1,10% na semana e no mês; avanço de 14,80% no ano. Ibovespa O Ibovespa começa a operar às 10h. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,29%, aos 136.502 pontos. Com o resultado o Ibovespa, acumulou: alta de 0,37% na semana e no mês; ganho de 1,73% no ano. DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O mercado esperou pela divulgação do payroll durante toda a semana e os números frustraram as expectativas. A geração de vagas foi menor que o esperado, enquanto a taxa de desemprego permaneceu acima dos níveis registrados um ano antes. Segundo o Departamento do Trabalho, o número de pessoas desempregadas no país era de 6,3 milhões em agosto. A maioria das vagas geradas no mês foi puxada pelos setores de construção e cuidados de saúde, enquanto manufatura foi o pior setor. O dado vem em linha com os números do relatório ADP, que mostra a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos. Divulgado na véspera, o relatório reportou geração de 99 mil novas posições em agosto, muito abaixo das expectativas de 144 mil. Ainda nesta semana, o Livro Bege foi divulgado pelo Fed na quarta-feira e revelou que a atividade econômica dos Estados Unidos teve uma expansão mais lenta entre julho e agosto, ao passo em que as empresas relataram menos contratações. O documento reúne entrevistas com empresas nos 12 distritos do banco central, até o dia 26 de agosto. O cenário reforça a expectativa de que o Fed deverá reduzir a taxa básica de juros neste mês. Permanecem, porém as incertezas sobre qual será a magnitude do primeiro corte do Fed. Parte do mercado espera um corte de 0,25 ponto percentual, mas outros esperam queda de 0,50 ponto percentual. Veja Mais

Citroën C3 You! ganha pontos com motor 1.0 turbo, mas segue sendo um carro simples; veja a análise

G1 Economia Novo motor deixa o modelo bem mais potente e gostoso de rodar. Essa é a aposta da marca para convencer o comprador a olhar de novo para o compacto, que amarga uma 26ª posição na lista de mais vendidos do Brasil. Citroën C3 You! André Fogaça/g1 O Citroën C3 You! representa uma aposta importante da montadora francesa: ter o carro com motor 1.0 turbo mais barato do Brasil para revitalizar as vendas de seu compacto de entrada. Dados de emplacamentos de veículos novos da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que o C3, em todas as versões, está em uma modesta 26ª posição entre os mais vendidos do Brasil até julho deste ano. Foram 12.242 unidades até aqui. A briga é complicada. O C3 briga com o Volkswagen Polo, o carro mais vendido do Brasil, além de outros dois "top 3", o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20. Veja a lista abaixo. 1º lugar: Volkswagen Polo, com 70.405 emplacamentos; 2º lugar: Chevrolet Onix, com 51.026 emplacamentos; 3º lugar: Hyundai HB20, com 49.924 emplacamentos; 26º lugar: Citroën C3, com 12.242 emplacamentos; 27º lugar: Peugeot 208, com 12.241 emplacamentos. Com a nova versão turbo, a Citroën quer colocar uma pulga atrás da orelha de um potencial comprador. Vale a pena esticar um pouco o orçamento em busca de um veículo de entrada com mais força para ultrapassagens e retomadas? O g1 foi até Lagoa Santa (MG) para conhecer o lançamento, elencar pontos fortes e fracos, e ajudar o leitor a tomar sua decisão. LEIA MAIS Troca de óleo: como escolher o melhor lubrificante para o seu carro? Licenciamento atrasado? Veja quanto e quando pagar a taxa Vale a pena comprar um carro no Leilão da Receita? Veja dicas Briga de preços O maior trunfo do novo C3 You! é ser uma das poucas opções no mercado de motor turbo abaixo dos R$ 100 mil. A Citroën já oferecia outras três versões do modelo, com bloco 1.0 aspirado e preços mais baixos. Live: a partir de R$ 76.890; Live Pack: a partir de R$ 84.690; Feel: a partir de R$ 87.590; You!: R$ 95.990. Por mais que seja a versão topo de linha do C3, a versão You! quer conquistar quem busca a performance mais gostosa de dirigir um motor turbo e não faz tanta questão de visual esportivo ou muitos itens de tecnologia embarcada. No segmento turbo, o Citroën C3 You! tem o preço mais atrativo. Citroën C3 You: a partir de R$ 95.990; Peugeot 208 Allure Turbo: a partir de R$ 98.990; Chevrolet Onix AT Turbo: a partir de R$ 100.730; Volkswagen Polo TSI: a partir de R$ 102.990. Mas, comparado aos preços de entrada dos campeões de venda, sem motor turbo, ele está cerca de R$ 6 mil acima do mais caro. Citroën C3 Live 1.0 MT: a partir de R$ 77.890; Peugeot 208 Like 1.0 MT: a partir de R$ 75.590; Chevrolet Onix 1.0: a partir de R$ 87.790; Volkswagen Polo Track: a partir de R$ 89.290. Citroën C3 ganha versão 1.0 turbo que sai por R$ 95.990; veja detalhes Impressões sobre o Citroën C3 You! Ao volante, o novo C3 You! é tão interessante quanto o prometido pelo motor turbo. Em relação ao 1.0 tradicional, a nova versão tem um ganho considerável de potência e força: sai de 75 cv para 130 cv de potência (um aumento de 73,33%) e um torque que passa de 10,7 kgfm para 20,4 kgfm (mais 90,6%). A Citroën usa o motor T200 também no Aircross. Ele é um antigo conhecido, usado em outras marcas da Stellantis, empresa responsável pela marca francesa e outras como Peugeot, Fiat, Jeep, RAM e Chrysler. O T200 surgiu primeiro no Fiat Pulse, em 2021, está presente também na Fiat Strada e Fiat Fastback, além do Peugeot 208. No lançamento, a Citroën precisou calibrar freios e suspensão para acomodar a potência mais elevada, além do novo peso que o motor 1.0 turbo tem. Citroën C3 You! André Fogaça/g1 Já a suspensão continua tão macia quanto todas as outras versões. Isso pode ser visto de duas formas: vale manter o acerto de apelo urbano — em que as molas precisam ser capazes de não passar o impacto dos buracos para os ocupantes do veículo —, mas seria melhor ter mais estabilidade em um carro mais potente. A altura da suspensão dá a sensação de um pequeno SUV. Durante os testes, houve alguma falta de tração em um dos lados do veículo em curvas mais fechadas, em especial nas retomadas. O câmbio CVT também cria um efeito curioso. Uma das novidades do C3 You!, ele foca em conforto nas trocas de marcha e em atingir bons números de consumo de combustível. Por outro lado, um motor turbo chama uma esportividade, que só vai ser atingida nas trocas manuais da manopla. Acabamento em plástico duro demonstra baixa qualidade, mas o visual agrada André Fogaça/g1 Em suma, é muito agradável para rodar no dia a dia das cidades, mas o tempo para retomadas é maior no ajuste automático do câmbio CVT. Como a principal diferença da versão está no motor turbo, o C3 You! não tem praticamente nenhum sistema de auxílio ao motorista (ADAS, em inglês). Não há piloto automático, nem limitador de velocidade. O único auxílio ao motorista é o comum assistente de partida em rampa, que segura o carro firme em ladeiras quando o motorista tira o pé do freio. Motor 1.0 turbo do Citroën C3 You! André Fogaça/g1 O interior é onde a matemática para fechar o preço do "turbo mais barato do Brasil" se mostra mais necessária. Três fatores são mais notáveis, que não mudaram em relação ao C3 comum. Acabamento predominante em plástico duro e encaixes não tão firmes; Sistema de ventilação com bastante ruído, mesmo em velocidades menores; Painel de instrumentos digital simples, apenas com velocímetro, indicador de marcha, odômetro e níveis de combustível e temperatura da água do radiador. Em um carro turbo, faz falta o conta-giros. Painel digital é pequeno e sem conta-giros André Fogaça/g1 Quais os prós e contras do C3 You!? Na avaliação final, o C3 You! não faz feio ao volante, mas também não faz esquecer que é feito para ser um carro mais barato que seus concorrentes. Veja abaixo três fatores positivos e negativos, segundo a avaliação do g1. ?? PONTOS POSITIVOS Preço agressivo, menor que todos os concorrentes diretos; Motor 1.0 mais potente que o 1.6 aspirado; Suspensão e câmbio CVT dão maior conforto na cidade. ?? PONTOS NEGATIVOS Painel de instrumentos digital é pequeno e sem conta-giros; Acabamento todo em plástico duro, sem diferenciais; Câmbio CVT prejudica as retomadas esperadas de um turbo. Citroën C3 You! André Fogaça/g1 Veja Mais

Agência suspende taxa extra criada pelo Porto de Santos; navios citam custo de R$ 52 milhões ao ano

G1 Economia Taxa consiste na obrigação de os navios apresentarem um atestado de conformidade para destinação das 'águas de lastro', que são águas que entram no navio e, ao serem despejadas, podem prejudicar a fauna local. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) decidiu, na quinta-feira (4), suspender a aplicação de uma taxa extra criada pela Autoridade Portuária de Santos, que implicaria custo adicional de R$ 52 milhões ao ano para os navios que atracam no porto. Na decisão, o diretor Wilson Pereira de Lima Filho também determina a fiscalização do caso pela área técnica da agência para apurar "possíveis violações às resoluções da Antaq". Obtida com exclusividade pelo g1, a decisão da Antaq ainda não foi publicada no "Diário Oficial da União". A taxa adicional está em vigor desde 21 de agosto, e consiste na obrigação de os navios que quiserem atracar apresentarem um atestado de conformidade para destinação das "águas de lastro". ??A "água de lastro" é a água do mar ou de rios armazenada no navio para mantê-lo estável. Com a água, o navio também acumula sedimentos, onde podem viver algumas espécies. O descarte inadequado dessa água pode levar espécies invasoras de um país para outro. Segundo a Autoridade Portuária de Santos, os navios teriam que contratar empresas credenciadas para dar o atestado. Contudo, somente uma empresa estava credenciada junto ao porto: a G7 Consultoria Ltda. Polícia Federal e Marinha apreendem 124 kg de cocaína no Porto de Santos, SP Além disso, segundo denúncia apresentada à Antaq, a empresa foi subcontratada pelo Porto de Santos sem licitação. A tarifa cobrada pelo serviço, e paga pelos navios à empresa, também seria fixada "em valor elevado". A denúncia também afirma que o custo para os operadores de navios associados ao Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave) e à Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) chegariam a US$ 367 mil no período de 21 de agosto a 15 de setembro. Isso representa cerca de R$ 2 milhões na cotação atual. O diretor da Antaq afirma que a norma da Autoridade Portuária de Santos provoca "grave lesão ao interesse público", além de interferir na legislação da Marinha do Brasil e acarretar "reflexos negativos tanto na comunidade marítima nacional quanto na internacional". Wilson Pereira também destaca que, além de "violação" às regras da Marinha do Brasil --que é a autoridade marítima e já tem norma sobre as "águas de lastro"--, "há indícios de que a APS [Autoridade Portuária de Santos] tenha criado tarifa não aprovada por essa Agência Reguladora". O Porto de Santos é o maior da América do Sul. É por esse porto que é exportada grande parte da produção nacional. Em 2023, foi responsável por 32,5% de toda a movimentação portuária pública. Veja Mais

Nvidia perde R$ 2,6 trilhões em valor de mercado, e fortuna do CEO despenca

G1 Economia Cifra é o equivalente a cinco Petrobras, segundo levantamento de Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria. Ações da Nvidia foram prejudicadas por um movimento de realização de lucros e pelo menor otimismo dos investidores com a corrida pela inteligência artificial. Logo da Nvidia REUTERS/Dado Ruvic A fabricante de chips e semicondutores Nvidia perdeu US$ 476 bilhões (R$ 2,66 trilhões) em valor de mercado em uma semana. A desvalorização acompanha a queda de 15,44% nas ações da companhia entre os dias 28 de agosto e 4 de setembro. Segundo o levantamento, feito por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, a cifra é equivalente a cinco Petrobras. Só na última terça-feira (3), as ações da Nvidia tombaram US$ 279 bilhões (R$ 1,5 trilhão). De acordo com a revista Forbes, a fortuna do CEO da empresa, Jensen Huang, encolheu US$ 94,6 bilhões (R$ 530 bilhões) no mesmo dia. Huang ocupa, atualmente, a 17ª posição no ranking da Forbes de mais ricos do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 94 bilhões (R$ 526,8 bilhões). LEIA TAMBÉM Qual é a fortuna do CEO da Nvidia? Nvidia ultrapassa Apple e Microsoft e vira empresa mais valiosa do mundo Nvidia, Microsoft e OpenAI serão investigadas por supostas práticas contra a concorrência A Nvidia chegou a alcançar, em junho deste ano, o posto de empresa mais valiosa do planeta — após ultrapassar a Microsoft e a Apple. No dia 18 daquele mês, a fabricante de chips e semicondutores atingiu US$ 3,335 trilhões (R$ 18 trilhões) em valor de mercado. A valorização havia sido impulsionada pela alta demanda por chips usados em inteligência artificial. Naquele mês, Jensen Huang passou a ser o 11º mais rico do mundo, segundo a Forbes, com uma fortuna de US$ 118,7 bilhões (R$ 665,2 bilhões). Nos últimos dias, no entanto, as ações da Nvidia foram prejudicadas por um movimento de realização de lucros e pelo menor otimismo dos investidores com a corrida pela inteligência artificial. De junho até este início de setembro, o ranking de empresas mais valiosas do mundo também mudou: Apple na liderança, avaliada em US$ 3,3 trilhões; Microsoft em seguida, com valor de US$ 3 trilhões; e Nvidia na 3ª posição, valendo US$ 2,6 trilhões. Jensen Huang, CEO da Nvidia Eric Risberg/AP Últimos resultados financeiros Em 28 de agosto, a Nvidia reportou que suas receitas no terceiro trimestre devem chegar a US$ 32,5 bilhões. A informação não impressionou investidores, que apostavam em números mais altos — de olho no futuro da inteligência artificial (IA) generativa. Como consequência, as ações da empresa caíram. A projeção para o terceiro trimestre foi divulgada junto com o resultado financeiro da companhia do segundo trimestre. No período, a empresa teve ganhos de US$ 16,6 bilhões — uma alta de 168% em comparação com os mesmos meses do ano passado. O resultado, no entanto, é muito menos expressivo do que o calculado no primeiro trimestre deste ano, quando o lucro da companhia subiu 628% em relação ao mesmo período de 2023. Diante das novas divulgações, as ações da empresa tiveram um recuo de quase 3% no dia. Quem são os cinco novos bilionários brasileiros De olho na fabricação de chips Investidores têm grandes expectativas em relação à fabricante de chips, após um aumento de mais de sete vezes no preço das ações da Nvidia nos últimos dois anos. O movimento tornou a empresa uma das maiores beneficiárias do rali de papeis vinculados à inteligência artificial. A capacidade da companhia de superar estimativas, contudo, enfrenta desafios cada vez maiores. Isso porque cada sucesso leva Wall Street, um dos maiores centros financeiros do mundo, a elevar ainda mais suas metas. As vendas no segmento de data center da Nvidia cresceram 154%, para US$ 26,3 bilhões no segundo trimestre, acima das estimativas de US$ 25,15 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre, houve alta de 16%. A empresa disse que espera vários bilhões de dólares em receita com seus mais recentes chips Blackwell no quarto trimestre, enquanto manifestou preocupações generalizadas sobre atrasos na produção. * Com informações da Reuters Veja Mais

ANTT aprova leilão de rodovias federais e estaduais no Paraná em dezembro

G1 Economia Contratos terão prazo de 30 anos; investimento total estimado supera os R$ 20 bilhões. Quem arrematar poderá instalar novos pedágios – e se quiser, adotar modalidade eletrônica. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou nesta quinta-feira (5) o edital de concessão de dois lotes de rodovias no Paraná, compostos por pistas federais e estaduais. Os leilões serão realizados nos dias 12 e 19 de dezembro. Os dois lotes são: Lote 3: BRs 369, 373 e 376 no Paraná e rodovias estaduais PR-090, 170, 323 e 445 Lote 6: BRs 163 e 277 no Paraná e rodovias estaduais 158, 180, 182, 280 e 483 Os certames serão realizados em dias diferentes. O lote 3 vai a leilão em 12 de dezembro, enquanto o lote 6 será leiloado no dia 19 do mesmo mês. Pesquisa da CNT vai analisar mais de 6 mil Km de rodovias no Paraná Segundo a ANTT, os projetos devem atrair mais de R$ 35,8 bilhões em investimentos ao longo dos 30 anos de concessão. Entre as obras previstas, estão duplicação, faixas adicionais e construção de vias marginais. Os dois lotes também contemplam a construção de ciclovias, passagens de fauna, pontos de ônibus, passarelas e pontos de parada de descanso. Veja os números de cada lote: Lote 3 extensão de 570 quilômetros (km); prazo de 30 anos de contrato; sete pedágios, sendo que cinco já estão instalados. A empresa que operar as rodovias poderá ainda optar pelo modelo de pedágio eletrônico (free flow); tarifa de pista simples de R$ 0,15 por km, e de pista dupla de R$ 0,20 por km; investimento de R$ 9,87 bilhões; obras de ampliação de capacidade e melhoria das pistas orçadas em R$ 3,79 bilhões. Lote 6 extensão de 660 km; prazo de 30 anos de contrato; nove pedágios, sendo seis já existentes. A empresa que operar as rodovias poderá ainda optar pelo modelo de pedágio eletrônico (free flow); tarifa de pista simples de R$ 0,17 por km, e de pista dupla de R$ 0,24 por km; investimento de R$ 12,67 bilhões. “O processo de regulação do free flow está em andamento na ANTT, mas isso não impede que a tecnologia seja prevista nos editais. Nos pontos previstos para a instalação de novas praças, as empresas poderão implementar o sistema, que trará benefícios significativos, como maior fluidez e segurança para os usuários, além de uma eficiência operacional para as concessionárias”, explicou o diretor Luciano Lourenço. Leilões As rodovias aprovadas nesta quinta-feira (5) fazem parte do plano de concessão de seis lotes de estradas no Paraná federais e estaduais. Em 2023, o governo leiloou os lotes 1 e 2 de rodovias no estado, que foram arrematados pela Brasil Holding XXI S.A. e Consórcio Infraestrutura PR. Foram concedidos 19 trechos de estradas, com contratados de 30 anos. As rodovias vão passar por obras como duplicação e implantação de terceiras faixas. Veja Mais

Volvo abandona meta de fabricar apenas veículos elétricos até 2030

G1 Economia Nova meta da montadora prevê que até 10% dos veículos vendidos até a data final seriam os chamados híbridos leves. Entre os 90% também estarão os híbridos plug-in. EX30, lançamento da Volvo Car Brasil Divulgação/Volvo Car Brasil A fabricante sueca de automóveis Volvo Cars descartou nesta quarta-feira (4) a meta de se tornar totalmente elétrica até 2030, dizendo que agora espera ainda oferecer alguns modelos híbridos em sua linha. As principais montadoras têm observado uma desaceleração na demanda por veículos elétricos, em parte devido à falta de modelos acessíveis e à lenta implantação de pontos de carregamento, ao mesmo tempo em que se preparam para os efeitos das tarifas europeias sobre carros elétricos fabricados na China. As ações da empresa caíam 7,5% nesta tarde, após oscilarem em torno de 4% antes do anúncio das metas reduzidas. A Volvo disse no comunicado que, até 2030, sua meta agora é que entre 90% e 100% dos carros vendidos sejam modelos totalmente elétricos ou híbridos plug-in, enquanto até 10% seriam os chamados híbridos leves, nos quais a energia elétrica apenas complementa o motor de combustão. A companhia afirmou ainda, em comunicado separado, que os híbridos plug-in seriam uma parte essencial do crescimento futuro de lucro e que renovaria seu híbrido XC90, com os primeiros clientes recebendo o SUV até o fim do ano. A Volvo vende uma mistura de carros elétricos e híbridos. Até agora, vinha permanecendo firmemente comprometida com os planos de vender apenas carros totalmente elétricos até 2030, mesmo quando seus rivais começaram a reduzir suas ambições. Alguns dos principais carros totalmente elétricos da Volvo são o EX90 e o EX30, ambos SUVs. Empresas investem em nova tecnologia para bateria de carros elétricos A crescente demanda por carros híbridos levou a uma mudança estratégica em um setor que, inicialmente, tinha como objetivo eliminá-los em favor de veículos totalmente elétricos. A Toyota, uma das grandes montadoras mais lentas no desenvolvimento de veículos elétricos, continua apostando fortemente em híbridos através de um número maior de modelos. Já a montadora francesa Renault disse que continuará a lançar o modelo híbrido. As preocupações dos motoristas sobre a autonomia dos veículos elétricos estão entre os motivos pelos quais os compradores têm optado pelos híbridos, geralmente mais acessíveis e práticos. A Volvo, que é controlada majoritariamente pela chinesa Geely, disse que estava respondendo às mudanças nas condições de mercado e às demandas dos clientes. "É uma abordagem pragmática... para ajudar nossos clientes a seguir a jornada para a eletrificação completa. Para muitos clientes em muitos mercados, será uma jornada gradual", disse Erik Severinsson, chefe de estratégia e diretor de produtos, à Reuters. Até 2025 a Volvo Cars espera agora que carros eletrificados -- tanto EVs completos quanto híbridos -- sejam responsáveis por entre 50% e 60% das vendas. A meta anterior para 2025 era de pelo menos 50% de carros totalmente elétricos, com o restante de híbridos. "Estamos firmes em nossa crença de que nosso futuro é elétrico", disse o CEO Jim Rowan. "No entanto, está claro que a transição para a eletrificação não será linear, e os clientes e mercados estão se movendo em velocidades diferentes." A companhia, que se orgulha de ser pioneira no setor de veículos elétricos, também pediu que os políticos adotem ações governamentais "mais fortes e estáveis" para apoiar a eletrificação. A mudança para os híbridos ocorre apesar de anos de esforços de vários países para pressionar as montadoras a eliminar, o mais rapidamente possível, os motores de combustão interna emissores de CO2. Em evento para apresentar seu EX90, a Volvo mostrou um vídeo sobre um futuro sedã elétrico chamado ES90. Severinsson não quis dizer quando os clientes poderiam encomendar o novo sedã, mas afirmou que ele fazia parte de cinco carros totalmente elétricos que a empresa estava desenvolvendo. Veja Mais

Lotofácil da Independência pode pagar R$ 200 milhões na próxima segunda; veja como apostar

G1 Economia Por se tratar de um concurso especial, o prêmio não irá acumular. Ou seja, caso nenhum apostador acerte os 15 números da faixa principal, o prêmio será dividido entre os acertadores de 14 números — e assim por diante, conforme a regra da loteria. Volantes da Lotofácil. Foto: Marcelo Brandt/g1 A Lotofácil da Independência (concurso especial 3.190) pode pagar um prêmio de R$ 200 milhões na próxima segunda-feira (9). As apostas, com custo a partir de R$ 3, poderão ser feitas até as 18h do dia do sorteio. Os números serão sorteados por volta das 20h. Ganha a bolada a aposta que acertar 15 números. Por se tratar de um concurso especial, o prêmio não irá acumular. Ou seja, caso nenhum apostador acerte os 15 números da faixa principal, o prêmio será dividido entre os acertadores de 14 números — e assim por diante, conforme a regra da loteria. Essa é a 13ª edição do concurso especial da Lotofácil. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, o maior prêmio já pago pela loteria foi em 2023, quando 65 apostas dividiram o total de R$ 200 milhões. Como apostar Os jogadores podem marcar de 15 a 20 números entre os 25 disponíveis no volante. Há também a opção de deixar que o sistema faça a escolha automaticamente, por meio da "surpresinha". De acordo com a Caixa, ganham prêmios aqueles que acertarem 11, 12, 13, 14 ou 15 números — sendo este o valor máximo. Os jogos podem ser feitos em casas lotéricas ou pela internet. A aposta simples da modalidade custa R$ 3. Bolão Os jogadores também podem apostar em grupo por meio de um bolão. Para isso, basta selecionar a opção no volante ou pedir ao atendente da casa lotérica. Ao optar pelo bolão, cada participante terá direito a uma cota, com recibo individual, o que possibilita receber o prêmio separadamente. Na Lotofácil, os bolões têm preço mínimo de R$ 12. Cada cota não pode ser inferior a R$ 4. Além disso, cada jogo precisa ter no mínimo duas cotas — o número máximo varia conforme a quantidade de números de cada aposta. Veja abaixo: Apostas com 15 números: máximo de 7 cotas Apostas com 16 números: máximo de 25 cotas Apostas com 17 números: máximo de 30 cotas Apostas com 18 números: máximo de 35 cotas Apostas com 19 números: máximo de 70 cotas Apostas com 20 números: máximo de 100 cotas Os apostadores também podem adquirir cotas de bolões organizados pelas lotéricas, solicitando ao atendente a quantidade de cotas que deseja. Nesse caso, poderá ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota, a critério da lotérica. Neste ano, as cotas de bolão organizadas pelas lotéricas também podem ser adquiridas no portal Loterias Caixa, informou a instituição. Quanto rende a bolada? De acordo com a Caixa Econômica Federal, caso um apostador leve sozinho o prêmio de R$ 200 milhões e aplique na poupança, o rendimento será de R$ 1,17 milhão no primeiro mês. Ganhadores da Lotofácil da Independência sacam dinheiro Veja Mais

Jogos de azar: Secretário da Receita diz que foco é fiscalizar empresas e não apostadores

G1 Economia Secretário Especial da Receita Federal diz que órgão tem expectativa zero de arrecadação com pessoas físicas e que pretensão é desestimular apostadores. O Secretário Especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse nesta quarta-feira (4) que o foco do órgão é fiscalizar empresas que promovem apostas online e não os apostadores. Barreirinhas falou como convidado na CPI da Manipulação dos Jogos e Apostas Esportivas do Senado. “A Receita Federal colocar força para fiscalizar a pessoa física talvez seja um esforço, uma demanda de recursos humanos com arrecadação praticamente nula, porque em princípio o apostador mais perde do que ganha”, disse. Governo quer colocar travas para apostadores compulsivos em bets e jogos Ele explicou que a lei atualmente prevê que, para tributação da pessoa física, é preciso esperar o ano inteiro para verificar se ele ganhou mais do que colocou de dinheiro. Como isso é raro, já que pela natureza das apostas a banca sempre ganha no longo prazo, o secretário destacou que não tem objetivo de arrecadar com o apostador e que a tributação da pessoa física tem o objetivo de desestimular as apostas. “Nosso foco tem que ser na empresa. A empresa sim é quem ganha, ela que tem lucro, ela que tem que pagar imposto de renda, contribuição social e PIS e Cofins. Nosso foco não é relação ao apostador, mas em relação às empresas”, afirmou. “Não que o apostador não deva pagar impostos, deve pagar, mas, primeiro, é muito raro que ele tenha um ganho no período do carnê leão e, segundo, esse ganho implica tributação baixa”, disse Barreirinhas. Operação Nesta quarta, uma operação da Polícia Civil de Pernambuco prendeu a advogada, empresária e influenciadora digital Deolane Bezerra. Deolane e a mãe chegam pra fazer exame de Corpo de Delito no IML no Recife Segundo as investigações, os endereços que foram alvo dos mandados e o helicóptero apreendido teriam ligação com a empresa de apostas esportivas online Vai de Bet. A Vai de Bet tem sede em Curaçao, país do Caribe, e opera no Brasil desde setembro de 2022. José André da Rocha Neto, empresário responsável pela marca e herdeiro do ramo imobiliário, não está no Brasil. A operação "Integration", iniciada em abril de 2023, investiga uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Leia também: 'Estou sofrendo uma grande injustiça', diz Deolane Bezerra em carta publicada após prisão Presa no Recife, Deolane Bezerra também é investigada no RJ por ligação com o tráfico da Maré Os negócios de Deolane Bezerra: influenciadora é sócia de, ao menos, quatro empresas Sem citar o caso concreto, Barreirinha abordou a situação de bets que têm sede no exterior para fugirem da legislação brasileira. “As bets não recolhem nada aqui no país. As bets todas, mesmo as que se apresentam em português, estão sediadas no exterior exatamente para não se submeterem à legislação brasileira. Isso não se confunde com situações de fraude em que empresas se apresentam como estrangeiras, mas o controlador está aqui no Brasil. Isso demanda ação fiscalizatória”, afirmou. Veja Mais

Conta de luz: ministro fala em revisar bandeira tarifária e diz que não há necessidade de acionar usinas mais caras

G1 Economia Brasil vive estiagem histórica que afeta negativamente as bacias das hidrelétricas, principal fonte do país. Bandeira vermelha 2, a mais alta, vai encarecer fatura de setembro. Vazão da Usina Hidrelétrica de Ferreira Gomes, no Amapá Defesa Civil do Amapá/Divulgação O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nessa quarta-feira (4) que pode revisar a decisão de aplicar a bandeira tarifária no patamar "vermelha 2" nas contas de luz. A bandeira tarifária encarece a conta de luz, em períodos de pouca chuva e muito consumo de energia, para destimular o desperdício. O dinheiro vai para uma conta específica do governo – e pode ser usado em ações para mitigar a crise hídrica, por exemplo. Questionado sobre uma possível revisão , o ministro disse que "isso pode acontecer" e citou a existência de "problemas técnicos e objetivos". O ministro se refere a uma inconsistência notificada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) no último dia 31. A Câmara afirma que houve um erro no cálculo de despacho de uma usina, o que pode ter influenciado o acionamento da "bandeira vermelha patamar 2". Ou seja, pode ser que o patamar de acréscimo na conta de luz seja menor. Silveira destaca ainda que a conta que recebe os valores pagos a mais na conta de luz está superavitária – o que também permitiria uma revisão para níveis menores de cobrança. "Como disse, se quisermos usar os recursos da conta bandeira, nós podemos inclusive adiantar e manter a bandeira verde ou amarela por algum tempo", continuou. Na última semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou a bandeira tarifária para o mês de setembro – uma taxa extra na conta de luz para arcar com a geração de energia quando há falta de chuva. A bandeira para o mês é a "vermelha patamar 2", a maior na escala da agência. Segundo o ministro, "o equilíbrio é fundamental porque ninguém tem segurança em quanto tempo ainda nós precisaremos estar despachando nossas térmicas. Então, é importante que a gente tenha o equilíbrio entre o saldo da conta bandeira e entre a recepção e o despacho das nossas térmicas", declarou. ???? As taxas extras cobradas na conta de luz, chamadas de "bandeiras tarifárias", compõem a "conta bandeira". ???? Esses recursos são usados para pagar usinas termelétricas, que são mais caras que as usinas hidrelétricas, solares e eólicas. Bandeira vermelha vai fazer a conta de luz subir 10% em setembro Sem mais termelétricas Silveira também disse que não há necessidade de acionar usinas termelétricas mais caras que as que já estão sendo despachadas atualmente. "Todos os instrumentos para manter a segurança energética têm que estar disponíveis ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico [CMSE]. Hoje, não há nenhuma necessidade de nenhum despacho que venha a crescer a conta de energia do Brasil", declarou. ???? Silveira se refere ao chamado despacho "fora da ordem de mérito" – acima do custo variável da energia. ???? Isso quer dizer que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) pode acionar as usinas mesmo que elas custem mais que o preço médio da energia. Na terça-feira (3), o CMSE aprovou o acionamento de duas usinas, mesmo que fora da "ordem de mérito". A autorização apenas permite que as usinas continuem sendo despachadas durante toda a semana, mesmo que o preço médio da energia caia – o que as colocaria fora da "ordem de mérito". ???? Na prática, o governo autoriza a continuidade do despacho ainda que as usinas estejam gerando uma energia mais cara em determinados momentos. Entenda: ???? O governo já está despachando usinas termelétricas, que são mais caras quando comparadas a hidrelétricas, solares e eólicas. ???? As termelétricas são importantes para manter o fornecimento de energia na falta de outras fontes mais baratas. ???? Há uma outra categoria de termelétricas – ainda mais caras que as que já estão em uso – que despacham "fora da ordem de mérito". ???? São essas que o governo evita acionar no momento. Isolamento de Manaus O ministro também comentou o temor de que a capital do Amazonas, Manaus, fique isolada por causa da seca – que reduz a navegabilidade dos rios. Silveira disse que o governo já criou um grupo de trabalho, presidido pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis, Pietro Adamo. "Já estamos tomando as medidas, principalmente do setor de abastecimento das nossas térmicas dos sistemas isolados. Todas as ações preventivas estão sendo tomadas", disse. As termelétricas dos sistemas isolados são usinas que atendem a localidades que não estão interligadas ao sistema integrado de energia. Portanto, se ficarem sem combustível para gerar energia, essas localidades podem ficar sem atendimento. Veja Mais

Haddad admite que, no ritmo atual, gastos livres dos ministérios tendem a sumir: 'Vamos ter de fazer um debate sobre isso'

G1 Economia Em entrevista à GloboNews, ministro avaliou que será necessário alterar leis atuais sobre gastos obrigatórios, sob pena de paralisia da máquina pública nos próximos anos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta quarta-feira (4) que será necessário realizar um debate sobre o crescimento dos gastos obrigatórios, que estão avançando fortemente com o crescimento das despesas previdenciárias. Se nada for feito, ele admitiu que os gastos livres dos Ministérios, conhecidos como "discricionários", acabarão nos próximos anos – o que poderá levar a uma paralisia do Estado e o fim de recursos para algumas ações importantes. "Todas regras mantidas, as despesas obrigatórias vão consumir as despesas discricionárias. Vamos ter de fazer um debate sobre isso", declarou Haddad, em entrevista ao programa "Em Ponto", da GloboNews. O governo tem se concentrado, até então, na revisão de cadastros, algo que já havia sido anunciado anteriormente. O objetivo é limitar o pagamento dos benefícios a quem tem direito, diminuindo as fraudes. Estão sendo revistos os registros de quem tem direito ao Bolsa Família, ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), quem está no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e no auxílio-doença, entre outros. Segundo analistas, entretanto, essa revisão têm fôlego curto. "Medidas de combate à fraudes, aumento da fiscalização são bem-vindas. Mas isso tem fôlego curto. Resolve um ano, dois anos. Não é algo mais persistente, permanente. A gente vai ter que em algum momento, acho que vai ficar para um próximo governo, falar de 'revincular'. Ter vinculações mais compatíveis com o equilíbrio fiscal, e que façam sentido para as políticas públicas", declarou Bráulio Borges, pesquisador do do FGV Ibre, ao g1. Equipe econômica do governo vai revisar os gastos públicos Entenda A regra geral do arcabouço prevê que o aumento de algumas despesas do governo esteja atrelado ao crescimento das receitas. Além disso, a alta das despesas não pode ser maior do que 2,5% por ano acima da inflação. Entretanto, alguns gastos têm regras específicas (distintas das do arcabouço) e, por isso, têm apresentado crescimento anual acima dos 2,5% limite para as despesas totais do governo. São eles: aposentadorias dos trabalhadores (vinculadas ao salário mínimo) despesas em saúde e educação emendas parlamentares (indexadas à arrecadação) A lógica é que, sem o corte de gastos, o espaço para as despesas livres dos ministérios, conhecidos como "gastos discricionários", terminará nos próximos anos. Esse problema já foi enfrentado anteriormente, na época do teto de gastos, aprovado pelo governo Temer em 2017 e que vigorou até o ano passado. Nos últimos anos da gestão Bolsonaro, houve falta de recursos para alguns gastos livres dos ministérios, como: defesa agropecuária; bolsas do CNPq e da Capes; Pronatec; emissão de passaportes; programa Farmácia Popular; bolsas para atletas fiscalização ambiental e do trabalho, entre outros. Desde o ano passado, economistas têm pedido à equipe econômica medidas mais fortes de cortes de gastos obrigatórios, que precisariam de alterações de leis. Entre as propostas, estão: Redução de gastos com servidores, por meio de uma reforma administrativa Contenção de gastos previdenciários, por meio de uma nova reforma da Previdência Reforma de gastos sociais Mudanças ou o fim do abono salarial Revisão de vinculações, como o piso da saúde e educação à receita, e dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo Alerta de especialistas e do TCU Desde a aprovação do arcabouço fiscal, em agosto de 2023, especialistas alertam para a compressão dos "gastos livres" dos ministérios — que não estão comprometidos com pagamento de pessoal e outras despesas obrigatórias. Em agosto, o Tribunal de Contas da União (TCU) advertiu para o risco de “shutdown”, ou seja, paralisação da máquina pública até 2028, com o crescimento das emendas impositivas e dos mínimos constitucionais para saúde e educação (veja na tabela acima). “Sem revisão da legislação, o aumento das despesas obrigatórias e despesas com dotações proporcionais à receita pode levar a um shutdown da máquina pública ou comprometer a âncora fiscal do RFS [regime fiscal sustentável, que substituiu o teto de gastos]”, diz a área técnica da Corte de Contas. Veja Mais

+Milionária pode pagar R$ 10 milhões nesta quarta-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes da +Milionária Rafael Leal /g1 O concurso 178 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 10 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (4), em São Paulo. No concurso do último sábado (31), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. Veja Mais

Alta do PIB: mercado passa a projetar crescimento maior para a economia, mas também espera subida dos juros

G1 Economia Economia brasileira cresceu 1,4% no 2° trimestre, bem acima das expectativas de especialistas, que previam uma alta de 0,9%. Analistas dizem que atividade mais forte pode gerar pressão na inflação e obrigar o Banco Central a subir a taxa Selic já em setembro. Comércio em Palmas, Tocantins Djavan Barbosa/TV Anhanguera O mercado financeiro começou a revisar para cima as projeções de crescimento da economia brasileira em 2024, depois da surpresa com os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) no 2° trimestre. Nesta terça-feira (3), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do Brasil cresceu 1,4% entre abril e junho de 2024, bem acima das expectativas de especialistas, que previam uma alta de 0,9% em média. O Itaú Unibanco afirma que o resultado melhor é consequência direta da expansão dos gastos do setor público, do consumo persistente das famílias e de uma recuperação dos investimentos no país — ainda que a base de comparação com os últimos trimestres seja baixa. (veja os números por setores mais abaixo) "O aumento da renda (liderado por um mercado de trabalho resiliente), bem como o ciclo de crédito benigno e mercado de capitais aquecido vem contribuindo para o forte crescimento do PIB", diz o banco em relatório desta terça. Os analistas do Itaú costumam demorar alguns dias para ajustar os cálculos e ainda projetam um crescimento de 2,5% para a economia brasileira em 2024. Mas já destacam que "há um viés de alta para nossa projeção de PIB do ano". PIB do Brasil tem alta de 1,4% no 2º trimestre Outras instituições já divulgaram novas projeções. Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, diz que a casa revisou seu número de 2,5% para 2,7% em 2024. O analista ressalta que "o crescimento econômico no Brasil está muito pautado nas atividades internas", o que é corroborado pelo forte crescimento de 7,6% das importações. Para ele, além do mercado de trabalho aquecido — a taxa de desemprego no país está nas mínimas desde 2014 —, também contribuíram para o PIB do 2° trimestre "a retomada da confiança, o dinamismo do mercado de crédito, o aumento das transferências governamentais e, muito possivelmente, os esforços para reconstrução do Rio Grande do Sul". "Além de ser um resultado expressivo, ele é positivo na composição, mostrando tanto uma recuperação da ‘indústria de transformação’ quanto uma retomada dos investimentos", diz Leal. O banco BTG Pactual também aumentou suas estimativas. "Nossa projeção para o PIB de 2024 foi revisada de 2,4% para 2,7%, e ainda vemos riscos altistas caso os investimentos se mantenham resilientes ao aperto recente nas condições financeiras", comentam os analistas, em relatório. O banco, no entanto, revisou suas estimativas para o PIB de 2025 para baixo, saindo de 1,8% para 1,7%, por conta do "aperto nas condições financeiras e ao menor impulso fiscal [gastos do governo que estimulem a economia] esperado para 2025". Leonardo Costa, economista do ASA, também avisa que a casa revisou as contas para o ano que vem de forma preliminar, partindo de 2,5% para algo entre 3% e 3,5% em 2024. O PIB de 2025 ainda é projetado em 1,5%, mas com viés de alta. Por fim, a Genial Investimentos revisou, de maneira preliminar, suas estimativas de um crescimento de 2,6% para 2,8%. PIB do Brasil: governo comemora alta e pode revisar projeção para 2024 Alta do PIB pode contribuir para alta dos juros Se por um lado o crescimento mostra, principalmente, uma demanda interna forte, por outro permanece a preocupação com as pressões inflacionárias, segundo Helena Veronese, economista-chefe B.Side Investimentos, que também revisou suas projeções para um PIB de 3% no ano. "Um PIB mais forte impulsionado justamente por componentes que são mais sensíveis ao ciclo monetário, como consumo das famílias, impõe uma pressão adicional ao Banco Central, que já vinha sinalizando a possibilidade de uma nova alta na taxa Selic", diz Helena. A Guide Investimentos revisou de 2,2% para 2,9% o crescimento do Brasil neste ano e também considera que o resultado do último trimestres deve contribuir para que o Banco Central (BC) promova uma nova alta na taxa básica de juros. Segundo a corretora, embora o número seja uma "foto do passado", ele corrobora a visão de que o BC já deverá começar a elevar a Selic em setembro, mesmo que com uma alta de menor magnitude, de 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano e agentes do mercado financeiro enxergam uma possibilidade de que o BC suba os juros para controlar a aceleração da inflação vista nos últimos meses. Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma alta de 4,50% em 12 meses. Esse é o teto da meta estabelecido pelo BC, de 3,0% para 2024, que será considerada cumprida se estiver dentro do intervalo de 1,50% e 4,50%. Juros elevados costumam reduzir a atividade econômica porque encarecem a tomada de crédito, como financiamentos e empréstimos, tornando o consumo das famílias e os investimentos das empresas mais custoso. Mesmo que o BC eleve os juros, porém, há um tempo de alguns meses para que a alta seja sentida na economia real, explicam os especialistas. Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados comenta que o avanço dos serviços e da indústria, "parte importante da demanda doméstica, vai se tornar um bom problema para o BC", justamente pela inflação que é decorrente do aumento do consumo. Considerando a alta do consumo doméstico com outros itens de pressão, como a conta de luz mais cara, "o BC na?o tera? alternativa a na?o ser subir os juros em setembro", segundo Vale. "A chance maior era de 0,25, mas a possibilidade de alta de 0,5 aumentou e deve se consolidar". O economista destaca ainda que a "fonte de crescimento desse PIB é a expansão fiscal, principalmente com políticas de transferência de renda, que incentiva o consumo". "Isso coloca em du?vida a sustentabilidade desse crescimento", pontua Vale. "Com isso, corre-se o risco de chegarmos em 2026, ano eleitoral, com a economia desajustada pelos exageros cometidos nos primeiros anos de mandato". Leonardo Costa, do ASA, diz que o resultado do PIB "apenas confirma o que já sabíamos: o ritmo da atividade doméstica permanece robusto, exercendo pressões inflacionárias significativas". "Embora esse cenário seja preocupante para a inflação atual, devemos observar com atenção a expectativa de desaceleração econômica nos próximos trimestres", diz. Para o economista, os desafios do BC permanecem inalterados, já que o núcleo da inflação de serviços, que agrega os preços da principal atividade da economia brasileira, continua acima da meta de 3%. A atividade econômica mais aquecida, em especial nos serviços, dificulta um retorno das projeções do mercado para o centro da meta de inflação — chamado entre economistas de desancoragem das expectativas de inflação. Isso força o BC a manter os juros altos. Para Costa, esse cenário pode justificar a alta de juros de 0,25 ponto percentual na reunião do Copom de setembro. Haddad também espera um PIB maior O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o crescimento de 1,4% do PIB no 2º trimestre. Segundo ele, o resultado indica que o Brasil pode fechar 2024 com um crescimento econômico acima dos 2,7%. "Vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano, que deve — pela força com que ele vem se desenvolvendo — superar 2,7% ou 2,8%. Há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%", disse o ministro. A estimativa oficial do governo, até julho, era de um crescimento de 2,5% no acumulado do ano. Essa previsão é revista periodicamente pela área econômica. "Temos que olhar muito para o investimento porque ele que vai garantir crescimento com baixa inflação, se nós não aumentarmos a nossa capacidade instalada, vai chegar um momento que vamos ter dificuldade de crescer sem inflação", disse, apontando que os investimentos apresentaram desempenho acima do esperado no último trimestre. O boletim Focus -- relatório do BC que reúne as projeções de economistas do mercado para os principais indicadores econômicos semanalmente -- também vem apresentando altas nas projeções para o PIB, mesmo antes do resultado do 2° trimestre. Na última edição do relatório, divulgada nesta segunda-feira (2), era esperado um crescimento de 2,46% para a economia, contra 2,43% na semana anterior. Resultado e destaques do PIB no 2° trimestre A alta de 1,4% registrada entre abril e junho é o 12º resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais e vem depois de a atividade econômica brasileira crescer 1% no 1º trimestre. O resultado anterior, de 0,8%, foi revisado pelo IBGE. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões. Foram R$ 2,5 trilhões vindos de Valor Adicionado (VA) a preços básicos, e outros R$ 387,6 bilhões de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Com os resultados, o PIB brasileiro teve alta de 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2023. Já a alta acumulada em quatro trimestres é de 2,5%. Variação trimestral do PIB brasileiro até o 2° trimestre de 2024 g1 Os principais destaques do PIB no 2º trimestre foram: Serviços: 1,0% Indústria: 1,8% Agropecuária: -2,3% Consumo das famílias: 1,3% Consumo do governo: 1,3% Investimentos: 2,1% Exportações: 1,4% Importação: 7,6% Segundo o IBGE, o resultado da Indústria se destaca por conta do desempenho das atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,2%), favorecido pelo consumo residencial e influenciado pelas altas temperaturas. Também houve bom desempenho da Construção (3,5%), favorecida pelo aumento de crédito, um patamar de juros mais baixos no país e programas de governo que ajudam a área, como o Minha Casa, Minha Vida. A Indústria de transformação subiu 1,8%, com alta forte tanto de bens de consumo — que se relaciona com a melhora de renda e de créditos para os brasileiros —, quanto pelo lado de bens de capital — que melhora com o desempenho dos investimentos produtivos da economia. Já a Indústria extrativa registrou queda de 4,4% no trimestre, com paradas de manutenção do setor de petróleo. "A Indústria cresceu, mas ainda estamos 5,4% abaixo do 3º trimestre de 2013, que é o patamar mais alto da série histórica da pesquisa", diz Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. Os Serviços estão no maior patamar nominal da série histórica. Entre os subsetores, houve altas em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2%), Informação e comunicação (1,7%), Comércio (1,4%), Transporte, armazenagem e correio (1,3%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1%), Atividades imobiliárias (0,9%) e Outras atividades de serviços (0,8%). Já o desempenho da Agropecuária era previsto por conta dos problemas climáticos no fim do ano passado. As safras de verão foram prejudicadas pelas seguidas ondas de calor, ou pelo volume muito grande de chuva em parte do país, além de seca em outras regiões. "Esse cenário já prejudicou a safra do começo do ano. Com as enchentes do Rio Grande do Sul, as estimativas da produção de soja, que é a lavoura mais importante do Brasil, teve um agravamento da queda", diz Rebeca Palis, do IBGE. Com a queda no trimestre, o resultado nominal da Agropecuária está 5,8% abaixo do maior patamar da série histórica, que foi atingido com a supersafra do 1º trimestre de 2023. Pelo lado da despesa, houve alta expressiva a despesa de Consumo das famílias (1,3%). São efeitos da força do mercado de trabalho brasileiro, que tem sua taxa de desocupação nos menores níveis em 10 anos, e a expansão real da massa salarial, que favorece o consumo. A despesa de Consumo do governo (1,3%) também tem alta pela concentração de obras e investimentos do poder público em ano eleitoral. Em geral, os gastos se concentram no início do ano, por conta do bloqueio da entrega de obras durante a campanha. Já os Investimentos (2,1%) cresceram bem em relação ao trimestre anterior, acompanhando a melhora da Construção, incentivada pela produção de máquinas e equipamentos no país, além do crescimento na importação. Análise do PIB sob a ótica da oferta até o 2° trimestre de 2024 g1 Análise do PIB sob a ótica da demanda até o 2° trimestre de 2024 g1 Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 30 milhões nesta terça-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.770 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 30 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (3), em São Paulo. No concurso do último sábado (31), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Eventos climáticos extremos tendem a pressionar preços e impactar atividade, avalia diretor do BC

G1 Economia Segundo o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Paulo Picchetti, falta de chuvas nas regiões Norte e Nordeste vão impactar preços da energia no Brasil neste mês. Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central Pedro França/Agência Senado O diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, afirmou nesta segunda-feira (2) que eventos climáticos extremos, como por exemplo as fortes enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul, tendem a pressionar a inflação e a conter o ritmo de crescimento da atividade. Ele deu a declaração durante uma transmissão ao vivo realizada no YouTube. "Na medida em que a oferta é comprometida por um evento climático extremo, os preços sobem. Vai ter um impacto no nível de atividade, em seguradoras. E portanto o BC tem de reagir a isso. No ponto de vista clássico, choques de oferta não são combatidos por autoridades monetárias. O manual diz que o BC tem de combater os efeitos secundários disso, e em um espaço de tempo relevante para a politica monetária [decisões sobre taxa de juros]", afirmou. Ele lembrou que a falta de chuvas nas regiões Norte e Nordeste vão impactar os preços de energia elétrica no Brasil em setembro, por conta do acionamento, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) da bandeira tarifária vermelha. Isso significa que haverá cobrança adicional na conta de luz, deixando o preço da energia elétrica mais caro para famílias e empresas. Picchetti, avaliou que esses choques climáticos não são aleatórios e temporários e que, por isso, o Banco Central já está tomando iniciativas. Explicou que o BC brasileiro já está se reunindo com outras autoridades monetárias. "A gente está trabalhando, em conjunto com a rede de BCs, nesses modelos [econômicos] que juntam as dimensões climáticas e econômicas para tornarem explícitas e quantitativas as decisões de politica [de juros] que vamos ter que tomar", acrescentou o diretor. Ele explicou que cientistas já estão trabalhando em modelos para tentar prever enchentes, furacões, e o consequente impacto que isso tem para mudar os padrões produtivos. "Os modelos que vão integrar trajetórias de mudanças de clima com fundamentos econômica, tanto por reação ou ação preventiva. Estou falando de taxa de juros, emprego, desemprego", afirmou. Bloqueio de empréstimos Eventos climáticos extremos dificultam produção agrícola O diretor Paulo Picchetti, do BC, também informou que já foram bloqueados R$ 700 milhões em crédito irregular, nos últimos anos, para produtores rurais que buscavam atuar em áreas de proteção ambiental. O instrumento para o bloqueio é o Cadastro Ambiental Rual (CAR), obrigatório desde 2019. "Desde a implementação, mais de 1,2 mil operações de crédito já foram interditadas por demonstrar inconformidade com áreas protegidas por diferentes razões, terra indígena, ou áreas de conservação", disse. "Isso dá um volume de mais de R$ 700 milhões em crédito rural. Mais de 30 mil pedidos de registros de empresas e entidades nesse cadastro ambiental rural já foram interrompidos por haver problemas de conformidade. Fiscalização se dá de forma contínua", acrescentou Picchetti. Veja Mais

Presidente da Comissão de Orçamento se diz preocupado com foco na alta de arrecadação em 2025

G1 Economia Governo divulgou na última sexta-feira a proposta de orçamento para 2025, que contempla R$ 168 bilhões em medidas extras para elevar a arrecadação no próximo ano. Governo busca déficit zero. O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), afirmou nesta segunda-feira (2) que está preocupado com o foco da proposta no aumento da arrecadação de impostos. O projeto de orçamento do ano que vem foi enviado pela equipe econômica ao Legislativo na última sexta-feira (30). ??Gastos com a previdência e com benefícios sociais estão pressionando as contas públicas, reduzindo o espaço para os chamados "gastos livres" — como investimentos e outros programas sociais do governo. Salário mínimo, Bolsa Família, emendas parlamentares, arrecadação: os destaques do Orçamento de 2025 "Manifesto minha preocupação com o foco da proposta na arrecadação de impostos, e não na priorização da melhoria da gestão pública, da eficiência nos gastos e da redução da carga tributária que são fundamentais para gerar empregos, criar oportunidades e aumentar a confiança dos investidores", declarou Julio Arcoverde, por meio de nota. Governo Federal envia ao Congresso Proposta de Lei do Orçamento 2025 O orçamento enviado ao Legislativo pela equipe econômica traz um objetivo de déficit zero para as contas do governo em 2025. Para analistas, porém, esse é um objetivo ousado. A projeção do mercado é de um rombo acima de R$ 90 bilhões no próximo ano. O governo lembra que, pelas regras do arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas aprovada no ano passado, há uma banda de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo em torno da meta fiscal. Com isso, o governo poderá registrar um resultado em suas contas de R$ 30,97 bilhões de superávit ou de déficit em 2025, sem que a meta de déficit zero seja descumprida. Segundo a proposta, entretanto, a projeção é de que será registrado um rombo de R$ 40,4 bilhões no ano que vem. Isso ocorre porque está previsto o abatimento de R$ 41,1 bilhões em precatórios (sentenças judiciais). O déficit zero buscado pelo governo, entretanto, está ligado a novas medidas de arrecadação, como o aumento da CSLL e dos juros sobre capital próprio — uma forma de distribuição de lucro, que incide sobre o acionista. Ao todo, as medidas de arrecadação extra somam R$ 168 bilhões em 2025. Além do aumento de impostos, o governo também conta com medidas renegociar dívidas tributárias, e receita com a retomada do voto de qualidade do Carf, entre outros. Veja abaixo: Aumento de 1 ponto percentual na Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), tributo que incide sobre o lucro das empresas: impacto de R$ 14,93 bilhões, em 2025; Incremento de 15% para 20% no Imposto de Renda incidente sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP) das empresas — uma forma de distribuição de lucro, que incide sobre o acionista: impacto de R$ 6 bilhões; Medidas de compensação para a Desoneração da folha de salários: R$ 25,8 bilhões Processos Carf - Voto de qualidade: R$ 28,6 bilhões; Transação de Relevante e Disseminada Controvérsia Jurídica (inclui PTTI): R$ 26,5 bilhões Transação Tributária: R$ 31 bilhões; Recuperação Créditos Inscritos na dívida ativa: R$ 15,5 bilhões; Controle Especial na utilização de benefícios tributários: R$ 20 bilhões. Nesta segunda-feira (2), o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, disse que o aumento de tributação do JCP deve fazer parte da proposta de reforma da renda, que o governo ainda vai enviar ao Congresso. A intenção é que esse aumento seja perene, ou seja, sem prazo para terminar. Em julho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, virou alvo de opositores do governo federal e passou a ser chamado de "Taxad" em memes que inundaram as redes sociais. Para tentar equilibrar o orçamento, o governo também informou que levará diante uma revisão de cadastros, algo que já havia sido anunciado anteriormente. O objetivo é limitar o pagamento dos benefícios a quem tem direito, diminuindo as fraudes. Estão sendo revistos os registros de quem tem direito ao Bolsa Família, ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), quem está no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e no auxílio-doença, entre outros. Veja Mais

Saiba se plantas no quarto fazem mal: veja o que diz especialista

G1 Economia Botânico explica que as plantas expelem gás carbônico à noite como parte do seu processo de respiração. Será que posso ter plantas dentro de casa? No quarto? Entre as dúvidas mais frequentes de quem gosta de planta é se faz mal colocá-las dentro do quarto devido às substâncias que esses orgânicos liberam durante a noite. O doutor em botânica Samuel Gonçalves disse ao g1 que, na realidade, a maioria das plantas emitem apenas o gás carbônico, o mesmo que nós quando expiramos, portanto não faz mal. Mas existem algumas espécies que podem ser uma exceção. Entenda mais no vídeo acima. Veja outros cuidados para quem tem planta em casa: Plantas em casa: veja os erros que podem estar prejudicando as suas Saiba como identificar se suas plantas morreram e quais os sinais de adoecimento Aprenda como montar uma horta em casa De onde vem o que eu como: salada toma 'banho' com sabão e pode até se 'afogar' Aprenda a fazer uma mini-horta em casa Veja Mais

Saber definir preço dos produtos é um dos desafios de quem está no agro

G1 Economia Propriedades familiares do interior de São Paulo investem em plantio e cultivo de hortaliças para lucrarem com entregas à mercados. Propriedades familiares do interior de São Paulo investem em plantio e cultivo de hortaliças Reprodução/TV TEM É com o nascer do sol, bem cedinho, que o dia de trabalho começa para uma família de São José do Rio Preto (SP). Pai e filho preparam as hortaliças e a colocam em caixas, cuidando de uma grande demanda até que elas cheguem aos mercados. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Da semente até a colheita são, pelo menos, 60 dias. Isso no sistema hidropônico, que utiliza as canaletas e a água para o cultivo. E todo esse tempo tem custo: a compra da semente ou da muda, o adubo, e também energia elétrica, para deixar o sistema todo funcionando. Além disso, também contam os funcionários e o custo para entrega. Tudo precisa estar na ponta do lápis, coisa que o produtor Guido Lourenção, que trabalha no ramo há quarenta anos, sabe muito bem. Um dos segredos para o negócio dar certo, segundo ele, é calcular e ter domínio de toda a atividade executada. Saem do seu sítio, por mês, 350 quilos de hortaliças. São 500 maços no total. Esta experiência tem mantido a plantação de pé, e permite que Guido saiba o quanto o preço de venda é importante. Em outro sítio, em Nova Aliança (SP), a diversificação é um dos diferenciais. Tem bananal recém plantado, hortaliças das mais variadas, e também piscicultura. Lindomar Garcia, também produtor rural, é o responsável por tudo. A recria de tilápia tem sido o foco principal. Os alevinos chegam - com meia ou uma grama -, ficam por um tempo nos tanques, e são vendidos com 20 gramas para parceiros que fazem a engorda. O preço de venda é mais fechado, e ele também calcula tudo pra ter o lucro desejado. A propriedade é familiar. A esposa e suas filhas ajudam no negócio. Por mês, saem 300 mil peixes do sítio, e a ideia é ampliar ainda mais a produção, mantendo a mesma estratégia: calculando e acompanhando tudo de perto. Veja a reportagem exibida no programa em 01/09/2024: Confira o Nosso Campo deste domingo, 1º de setembro, na íntegra VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

VÍDEO: veja detalhes do GWM Wey 7, SUV de 6 lugares que tem espaço e telas de sobra

G1 Economia Com nome de suplemento alimentar, utilitário quer mostrar que tamanho anabolizado não é tudo em uma briga de gigantes: tecnologias e segurança estão na lista do carro que vem para brigar com Toyota SW4. GWM Wey 7: conheça o SUV grandão com seis lugares e muito luxo Na toada das novidades híbridas e elétricas vindas do outro canto do planeta, montadoras asiáticas não poupam esforços para conquistar o público brasileiro. Mas a GWM foi além ao anunciar que o Wey 7, um SUV de luxo enorme, que será comercializado no Brasil em breve. O carro, que tem mais de 5,15 metros de comprimento, deve chegar no segundo semestre do ano que vem, custando entre R$ 450 mil e R$ 500 mil. E não é só o tamanho que chamou a atenção, conheça os principais atrativos no vídeo acima e veja abaixo mais detalhes. LEIA MAIS Conheça 8 elétricos e híbridos apresentados no Festival Interlagos Neta chega ao Brasil com dois modelos, para rivalizar com a BYD Citroën C3 ganha versão 1.0 turbo que sai por R$ 95.990; veja detalhes GWM Wey 07 Imagem: divulgação/GWM O lançamento do GWM é um híbrido. Leva o mesmo motor 1.5 turbo a gasolina do Haval H6, com auxílio de dois propulsores elétricos. Ao todo são 516 cv de potência e 95,1 kgfm, entregando de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. É o mesmo tempo de um esportivo Porsche 718 Cayman. O conjunto de baterias tem 45 kWh, com autonomia de 180 km somente no modo elétrico. O alcance em modo híbrido chega aos 1.000 km, praticamente o suficiente para percorrer uma distância como os 1.006 quilômetros que separam a cidade de São Paulo e Brasília. GWM Wey 07 tem telas por todos os lados Imagem: divulgação/GWM Mas o que vale destaque é o interior: ao abrir a porta, fica evidente que o futuro do habitáculos dos carros será tomado pelas telas. O Wey 7 possui três telas na parte da frente da cabine (contando com a do Head-Up Display), uma para o motorista checar as informações do veículo (como velocímetro) e outra enorme, que vai praticamente de ponta a ponta no console, para o sistema de entretenimento. Ou seja, os botões físicos estão perdendo espaço e os comandos terão de ser feitos em telas sensíveis ao toque. Na fileira do meio, é possível comandar o ar-condicionado por um painel que simula um display sensível ao toque, que projeta as informações de temparetura e direção do ar. Mas a segurança também foi um ponto alto desse SUV: há sensores que identificam, assim como nos carros da Mercedes-Benz, se o motorista está em condições de dirigir. O sistema monitora os olhos de quem está guiando o carro e, ao cruzar com informações do volante, ele sabe se o motorista precisa, ou não, parar para um descanso antes de prosseguir com a viagem. É o chamado “sensor de fadiga”. GWM Wey 07 Imagem: divulgação/GWM Veja Mais

+Milionária, concurso 179: ninguém acerta, e prêmio continua em R$ 10 milhões

G1 Economia Uma aposta acertou cinco dezenas e dois trevos e vai levar R$ 132.330,45. Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 179 da +Milionária foi realizado na noite desta sexta-feira (6), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio segue estimado em R$ 10 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: Dezenas: 04 - 05 - 15 - 25 - 28 - 35 Trevos: 2 - 6 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 2 trevos - 1 aposta ganhadora: R$ 132.330,45 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 10 apostas ganhadoras: R$ 5.881,36 4 acertos + 2 trevos - 43 apostas ganhadoras: R$ 1.465,45 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 660 apostas ganhadoras: R$ 95,47 3 acertos + 2 trevos - 690 apostas ganhadoras: R$ 50 3 acertos + 1 trevo - 5.710 apostas ganhadoras: R$ 24 2 acertos + 2 trevos - 5.234 apostas ganhadoras: R$ 12 2 acertos + 1 trevo - 43.789 apostas ganhadoras: R$ 6 O próximo sorteio da +Milionária será na quarta-feira (11). +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Selena Gomez se torna bilionária com marca de maquiagem Rare Beauty; fortuna é de US$ 1,3 bilhão

G1 Economia Cantora é uma das pessoas mais jovens a alcançar o primeiro bilhão com frutos do próprio trabalho. A empresa de maquiagens de Selena tem um valor de mercado estimado em US$ 2 bilhões e fontes dizem que há outras companhias interessadas na marca. Selena Gomez posa no Festival de Cannes 2024 Valery Hache/AFP A atriz e cantora Selena Gomez, de 32 anos, se tornou bilionária, com um patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,3 bilhões) pelo ranking de bilionários da Bloomberg. Com esse primeiro bilhão, ela é uma das pessoas mais jovens dos Estados Unidos a se tornar bilionária com dinheiro proveniente do seu próprio trabalho, o que lá fora é chamado de "self-made billionaire" (ou bilionário que se fez sozinho, na tradução livre). LEIA TAMBÉM Como a inteligência artificial fez a fortuna de Eduardo Saverin crescer R$ 70 bilhões em um ano Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes em 2024 Obsessão pela área de atuação e busca por gaps no mercado: a forma de empreender de Mari Maria A fortuna de Selena vem de diversas fontes, como seu trabalho como artista, propriedades e campanhas publicitárias no Instagram -- plataforma em que ela é a terceira pessoa mais seguida do mundo, com 424 milhões de seguidores, atrás apenas dos jogadores de futebol Cristiano Ronaldo (638 milhões) e Lionel Messi (504 milhões). No entanto, a maior parte de sua riqueza, cerca de 81,4%, vem de seu trabalho como empresária. Ela lançou, em 2020, a Rare Beuaty, marca de cosméticos que é sucesso nos Estados Unidos e vários países pelo mundo, inclusive o Brasil. Em março deste ano, inclusive, fontes do convívio da cantora disseram à Bloomberg que Selena contratou assessores financeiros para avaliar ofertas de investimentos e até de aquisição da Rare Beauty. A empresa tem um valor de mercado estimado em US$ 2 bilhões. A participação de Selena na empresa é de US$ 1,1 bilhão. O sucesso da marca pode ser atribuído, em grande parte, ao vínculo com a geração Z (de pessoas nascidas entre 1995 e 2010. A empresa tem, principalmente, produtos líquidos e de fácil aplicação, que fazem parte de vários vídeos de tendências no TikTok desde o lançamento da marca. A empresária também cofundou -- em parceria com sua mãe, Mandy Teefey, e a empresária Daniella Pierso -- a startup de saúde mental Wondermind, que foi avaliada em US$ 100 milhões em 2022. A plataforma oferece ferramentas para saúde mental, como textos, podcast e newsletter. Veja divisão de patrimônio de Selena Gomez ???? Participação na Rare Beauty: 81,4%, cerca de US$ 1,1 bilhão ???? Publicidades: 6,9%, cerca de US$ 80 milhões ???? Turnês: 4,8%, cerca de US$ 60 milhões ???? Wondermind: 2,6%, cerca de US$ 30 milhões ???? Álbuns: 1,8%, cerca de US$ 20 milhões ???? Atuação: 1,3%, cerca de US$ 20 milhões ???? Streaming: 0,7%, cerca de US$ 1 milhão ????? Propriedades imobiliárias: 0,6%,cerca de US$ 1 milhão Mari Maria: "Eu sou obcecada por maquiagem. E encontrei aí um gap" Carreira artística Selena ficou mundialmente conhecida com sua passagem, ainda na adolescência, por programas de grande sucesso da Disney, com destaque para "Os Feiticeiros de Waverly Place", que contou com quatro temporadas e teve seu último episódio lançado em 2007. Antes disso, já tinha passado por outros programas, como o popular "Barney e seus amigos". Em 2008, fundou a banda Selena Gomes & The Scene. O grupo lançou três álbuns de estúdio, que contou com sucessos como "A Year Without Rain" e "Love You Like A Love Song", e se separou em 2012. Depois disso, seguiu carreira solo e, em 2013, seu primeiro álbum estreou em primeiro lugar na lista da Billboard. Ela já emplacou diversas músicas na lista das mais ouvidas do mundo. Atualmente, ela produz e atua na série "Only Murders in The Building", da plataforma de streaming Hulu, lançada em 2021 e atualmente em sua quarta temporada. Veja Mais

Brasil tem 479 mil em presídios, 96% homens, e 161 mil em asilos, 60% mulheres, mostra Censo 2022

G1 Economia Estabelecimentos são os principais tipos de domicílios coletivos do país. No total, 837 mil pessoas moram nesses locais. Superlotação no presídio Professor Jacy de Assis em Uberlândia, em foto de 2022. MNCPT/Divulgação Os presídios são o principal tipo de domicílio coletivo do Brasil, e abrigam 479 mil pessoas – 96% delas, homens –, mostram dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 0,4% de toda a população brasileira (203 milhões) e metade (57%) das 837 mil pessoas que vivem em domicílios coletivos. ?????????????????Domicílios coletivos são locais em que há uma estrutura de controle – diferentemente do que acontece nos particulares (como casas e apartamentos, por exemplo). Além de prisões e asilos, incluem orfanatos, quartéis e albergues para moradores de rua, por exemplo; São consideradas moradoras dos domicílios coletivos todas as pessoas que indicaram esses locais como sua moradia, incluindo proprietários e funcionários, por exemplo. O número de pessoas vivendo em domicílios coletivos cresceu 22,5% desde 2010, quando eram 683 mil. A população brasileira como um todo cresceu 6,5% no período. Parte desse crescimento pode ser atribuído ao aumento do encarceramento, segundo Bruno Perez, analista do IBGE. "Com o aumento da população carcerária, essa tendência já era registrada por outras fontes de dados." Segundo o IBGE, os presídios são o principal tipo de domicílio coletivo em todos os estados e no Distrito Federal. Sudeste, que tem 42% da população brasileira, responde por 52% da população que está em presídios. Três quartos das pessoas em penitenciárias têm entre 20 a 39 anos. O IBGE não divulgou dados sobre a raça dos moradores de domicílios coletivos. Em relação aos presídios, 69% dos detentos são negros, segundo dados de 2023 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Mulheres são maioria nos asilos Os asilos são o segundo tipo de domicílios coletivos com mais moradores: 161 mil. Destes, 60% são mulheres – no conjunto da população, elas são 51,5%. Uma possível razão para tanto é a maior longevidade feminina: a expectativa de vida ao nascer das mulheres está em 79 anos, ante 72 anos para os homens. “A principal hipótese para as mulheres serem maioria nos asilos é o fato de que as mulheres são predominantes nas faixas etárias mais velhas. Quanto mais alta a faixa etária analisada, mais expressiva é a maioria das mulheres. É um fenômeno ligado à maior expectativa de vida das mulheres em relação aos homens. Quando a gente olha a população mais idosa, de 70 anos ou mais, já temos cerca de 57% de mulheres, o que é semelhante ao que se registrou nos asilos”, diz Bruno Perez, analista do IBGE. Dados do Censo 2022 Veja o que Censo de 2022 já permitiu saber: O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais; O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros; 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na história em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo; O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas; Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu. Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos. Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo. O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já a falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros. Mais da metade dos 203 milhões de brasileiros – 54,8% – mora a até 150 km em linha reta do litoral. Veja Mais

'É uma cicatriz que não se fecha': produtores de Nova Friburgo usam técnicas sustentáveis para evitar que tragédia se repita 13 anos depois

G1 Economia Há 13 anos, uma grande tempestade causou deslizamentos de terra e mais de 900 pessoas morreram. Agricultores usam medidas para evitar a erosão do solo e melhorar a absorção de água. A recuperação na região serrana do RJ, treze anos depois da tragédia ambiental Há 13 anos, uma grande tempestade devastou a região serrana do Rio de Janeiro, em uma das maiores tragédias ambientais do Brasil. Para se reerguer e evitar que a história se repita, agricultores de Nova Friburgo usam técnicas sustentáveis de manejo. Confira a reportagem no vídeo acima. As chuvas causaram 947 mortes, deixaram mais de 300 desaparecidos e destruíram dezenas de áreas de plantio no município, com cerca de 5 mil famílias de pequenos produtores. "A autoestima da gente foi tirada de forma repentina", lembra Lyndon Jhonson Ferreira. O agricultor e sua esposa, Margarete Satumi, são donos de um sítio de 5 hectares. Na época, toda a parte produtiva da propriedade virou um banco de areia, contam. "Só quem viveu uma tragédia sabe como marca a gente. Foi o momento que a gente renasceu, como pessoa, profissional, como mãe. É uma cicatriz que não se fecha", diz Margarete. Diante da destruição, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) deram suporte técnico para a reconstrução das lavouras. Os agricultores implementaram a adubação verde, na qual são plantadas espécies que melhoram a fertilidade do solo, o descompacta e proliferam fungos e bactérias benéficas. Além disso, também houve investimento em estufas e racionalização do uso da água. Essas medidas ajudam a evitar uma nova tragédia, uma vez que o solo exposto em regiões montanhosas pode sofrer compactação, erosão e desabamento. Ainda assim, o solo não voltou completamente ao normal, afirma o agricultor Rodrigo Ferreira, que adota as mesmas técnicas. "Mas agora já tem uns anos que não alaga por aqui, a gente acredita que a terra está melhorando e a tendência é voltar ao normal", diz. Resistência às mudanças O desafio de produzir alimentos em áreas de montanha Muitos agricultores da região ainda não adotaram as medidas recomendadas pelos técnicos. A equipe do Globo Rural encontrou 2 grandes áreas com movimentação de terra nos morros, o que é ilegal: todo topo de morro é área de preservação permanente, ou seja, desmatar é crime. Confira a segunda parte da reportagem no vídeo acima. Uma das propriedades encontradas tinha uma placa da prefeitura de Nova Friburgo com o processo de licenciamento ambiental. O local possui sinais de que a mata foi arrancada e do início de um trabalho para aplainar o topo do morro. Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável disse que fez uma vistoria técnica depois do contato da equipe do programa, em 12 de agosto, e encontrou ações em desacordo com a licença emitida. Em resposta, o órgão vai embargar a obra, aplicar multa e reparação dos danos causados ao meio ambiente. A segunda área em que foi constatada terraplanagem deve passar por vistoria, informou a secretaria. Veja Mais

Alice Walton volta a ser a mulher mais rica do mundo; saiba de onde vem a fortuna

G1 Economia Filha do fundador do Walmart tem patrimônio estimado US$ 88,9 bilhões, equivalente a quase R$ 500 bilhões. Com a cifra, ela superou a riqueza de Francoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Óreal. Alice Walton, filha do fundador da WalMart, Sam Walton Reuters/Rick Wilking Alice Walton, herdeira do Walmart, voltou a ser a mulher mais rica do mundo — posição que já havia alcançado em outros anos. Segundo o ranking de bilionários da revista Forbes, a norte-americana de 74 anos tem uma fortuna estimada em US$ 88,9 bilhões, equivalente a quase R$ 500 bilhões. Filha de Sam Walton, fundador do Walmart, Alice ultrapassou a riqueza de Francoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Oréal, que até então estava no topo da lista de bilionárias. Meyers tem um patrimônio estimado em US$ 88,1 bilhões. LEIA TAMBÉM Brasil tem 5 novos bilionários em 2024, segundo a revista Forbes; saiba quem são Clube dos 90+: veja quem são os bilionários mais velhos do mundo O clube dos US$ 100 bilhões: quem são as 14 pessoas com as maiores fortunas do mundo O aumento da fortuna de Alice Walton acompanha o avanço das ações do Walmart, que atingiram o maior valor da história. No ano, os papéis da empresa subiram quase 50%. Enquanto isso, as ações da L'Oréal caíram 13% no período — o que explica a perda de Francoise Meyers do posto de mulher mais rica do mundo. Apesar da queda no patrimônio, a francesa de 71 anos foi a primeira mulher a acumular uma fortuna acima de US$ 100 bilhões. Isso ocorreu em junho. No ranking geral de bilionários, considerando homens e mulheres, Alice Walton está na 18ª posição, seguida pela própria Francoise Meyers, na 19ª colocação. Quem são os cinco novos bilionários brasileiros Veja o top 10 entre as mulheres mais ricas do mundo e de onde vêm as fortunas delas: Alice Walton, herdeira do Walmart, com US$ 88,9 bilhões (18º lugar geral) Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Oréal, com US$ 88,1 bilhões (19º lugar geral) Julia Koch, herdeira da Koch Industries, com US$ 74,2 bilhões (22º lugar geral) Jacqueline Mars, herdeira da Mars, com US$ 47,6 bilhões (28º lugar geral) Savitri Jindal, herdeira do Jindal Group, com US$ 39,4 bilhões (42º lugar geral) Rafaela Aponte-Diamant, sócia da MSC, com US$ 34,9 bilhões (48º lugar geral) MacKenzie Scott, acionista da Amazon, com US$ 33,2 bilhões (52º lugar geral) Abigail Johnson, herdeira da Fidelity Investments, com US$ 31,3 bilhões (55º lugar geral) Gina Rinehart, empresária de mineração, com US$ 31,3 bilhões (56º lugar geral) Marilyn Simons, investimentos em fundos de hedge, com US$ 31 bilhões (57º lugar geral) Quem é Alice Walton Alice Walton herdou a fortuna do seu pai, Sam Walton, fundador da gigante norte-americana do varejo Walmart. Ele morreu em 1992. Apaixonada por artes, Alice fundou o Crystal Bridges Museum of American Art, no Arkansas, nos Estados Unidos. Ela também foi uma das maiores criadoras de cavalo do país. Em 2015, no entanto, ela vendeu seus ranchos para se dedicar ao museu. A empresária se divorciou duas vezes e não tem filhos. Ela já foi protagonista de escândalos por dirigir embriagada e chegou a ser presa em outubro de 2011. Em 1989, ela atropelou e matou uma pessoa. Alice nunca se envolveu nos negócios da empresa, ao contrário dos irmãos. Segundo a revista Forbes, os herdeiros de Sam Walton ainda possuem quase 46% da empresa fundada pelo pai. A estimativa é que as ações da família estão divididas igualmente entre Alice Walton e seus irmãos Jim e Rob Walton. Veja Mais

Moraes tira julgamento da vida toda do INSS do plenário físico, e caso pode voltar ao virtual

G1 Economia Na semana passada, o STF adiou a análise de dois recursos que pediam a volta da revisão da vida toda. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desistiu de levar o julgamento sobre a "revisão da vida toda" do INSS ao plenário físico da Corte. Com isso, o caso pode retornar ao plenário virtual para ser analisado novamente, mas ainda não há data definida para a retomada. Na última segunda-feira (26), o STF adiou a análise de dois recursos que pediam a volta da "revisão da vida toda". O julgamento havia sido iniciado no plenário virtual, mas Moraes pediu que o caso fosse levado ao plenário presencial. Agora, com a decisão do ministro de voltar atrás, há a possibilidade de que o julgamento retorne ao ambiente virtual. No momento em que o julgamento foi suspenso, o placar estava em 5 a 0 para rejeitar os recursos e manter a decisão anterior da Corte, que derrubou, em março, a tese da "revisão da vida toda". Essa tese permitia que segurados do INSS escolhessem a regra mais vantajosa para calcular o valor da aposentadoria, incluindo salários anteriores a julho de 1994. Em sua decisão, a maioria dos ministros do STF entendeu que a aplicação do fator previdenciário é obrigatória, o que inviabiliza o uso da "revisão da vida toda", reconhecida em 2022. Após essa mudança, o Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) recorreram, argumentando que é possível conciliar a constitucionalidade da lei com a possibilidade de escolha pela revisão. O ministro Nunes Marques, relator dos recursos, votou pela rejeição dos pedidos, afirmando que a nova decisão do STF apenas restabelece o entendimento vigente desde o ano 2000, superando a tese anterior. Entenda a revisão da vida toda A tese da "revisão da vida toda", agora invalidada, permitia que aposentados do INSS solicitassem um novo cálculo do valor de seus benefícios, levando em conta salários anteriores a julho de 1994, o que poderia resultar em aposentadorias maiores. A regra de transição, que entrou em vigor com a reforma da previdência de 1999, passou a considerar apenas os salários de contribuição a partir de 1994. Com a decisão do STF de março deste ano, a regra de transição se tornou obrigatória para quem contribuiu para o INSS antes da reforma. Isso significa que não será possível optar por uma regra mais favorável, como permitia a "revisão da vida toda". O cálculo do benefício passou a considerar 80% dos maiores salários ao longo da vida contributiva, excluindo os anteriores a julho de 1994. Agora, resta aguardar a definição de como e quando o STF retomará a análise dos recursos, seja no plenário virtual ou em nova sessão presencial. Veja Mais

Produção de veículos tem melhor resultado desde outubro de 2019 e volta aos níveis pré-pandemia

G1 Economia Segundo a Anfavea, montadoras produziram 5,2% mais em agosto ante julho, fabricando 259,6 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. Linha de montagem da fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP) divulgação/Volkswagen As montadoras de veículos instaladas no Brasil retornaram em agosto a patamares de produção e vendas similares aos vistos antes da chegada da pandemia ao país em março de 2020, afirmou nesta quinta-feira a entidade que representa o setor, Anfavea. Apesar do desempenho do setor no mês passado ter sido considerado positivo pela entidade, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, voltou a defender a retomada imediata do imposto de importação de veículos para 35% e apresentou dados que mostraram forte aumento no volume de carros eletrificados fabricados na China que estão em estoque no Brasil. O executivo citou que a produção de veículos no Brasil em agosto foi a melhor desde outubro de 2019, alcançando 259,6 mil unidades, e que as vendas diárias se mantiveram dentro da média da época de cerca de 11 mil unidades, ao mesmo tempo em que destacou que o volume de carros eletrificados produzidos na China estocados no Brasil atingiu um pico de 86,2 mil unidades em julho. "O mercado na China esfriou, a demanda caiu e esse estoque tem vindo para o Brasil se beneficiando da alíquota mais baixa de imposto", disse o Leite em entrevista a jornalistas em Brasília, onde a entidade inaugurou uma nova sede como parte do "planejamento de aproximação" do setor com representantes dos Três Poderes. "Esse estoque pode gerar algum desequilíbrio no mercado", acrescentou, ponderando, porém, que o volume de carros eletrificados importados da China pode vir a ser "exportado para outros países" da América do Sul a partir do Brasil, a depender da estratégia de cada importador. O setor de veículos do Brasil em 2023 passou meses reclamando do crescimento das importações de veículos chineses, em sua grande maioria por montadoras que estão iniciando operações no país, como BYD e GWM, e conseguiu do governo em novembro o restabelecimento de tarifa de importação para elétricos e aumento no imposto sobre híbridos. Mas a decisão na ocasião foi pelo restabelecimento gradual da tarifa de 35% a partir de janeiro deste ano até meados de 2026, o que, segundo a indústria, tem incentivado importações oportunísticas para evitar a incidência completa do imposto. O executivo não citou como a Anfavea calculou a estimativa do número de veículos estocados dos fabricantes chineses que não fazem parte da entidade, mas mencionou que o volume não está incluído na conta de estoque tradicional do setor, que em agosto somou 268,9 mil veículos, aumento ante os 255,8 mil de julho. Segundo os números da Anfavea, o estoque no Brasil de veículos eletrificados produzidos na China saltou de 13,2 mil, equivalente a cerca de dois meses de vendas, em dezembro, para 24 mil em meados de maio e atingiu o pico de 86,2 mil em julho, suficiente para 9 meses de vendas. Em agosto, esse volume caiu ligeiramente para cerca de 82 mil. Enquanto isso, a média de vendas por mês desses veículos passou de 6,8 mil no final de 2023 para 9,4 mil entre junho e agosto deste ano. "Temos um pleito para a Camex (Câmara de Comércio Exterior) nesta semana, com novo pedido para a recomposição imediata da alíquota para 35% porque esse volume começa a ser muito danoso para a indústria", disse Leite, se referindo aos carros eletrificados importados da China que em algum momento vão começar a ser vendidos no país. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br Mercado As montadoras de veículos instaladas no Brasil produziram 5,2% mais em agosto ante julho, montando 259,6 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. O desempenho marcou o melhor resultado desde as 288,5 mil unidades produzidas em outubro de 2019, segundo os dados da Anfavea apresentados nesta quinta-feira. Na comparação com agosto do ano passado, a produção cresceu 14,4% e no acumulado do ano o volume montado chegou a 1,64 milhão de unidades, 6,6% mais que no mesmo período de 2023. A previsão da entidade para a produção em 2024 é de crescimento de 4,9%, para 2,44 milhões de veículos. O setor apurou vendas de 237,4 mil veículos novos no mês passado, queda de 1,6% na comparação mensal, mas crescimento de 14,3% na relação anual. Por dia útil, os licenciamentos do mês passado foram equivalentes a 10,8 mil unidades, 19,5% acima da média de agosto de 2023. De janeiro ao final de agosto, as montadoras do país emplacaram 1,62 milhão de veículos, 13,3% mais que no acumulado dos oito primeiros meses do ano passado. A estimativa para todo o ano é de crescimento de 10,9%, para 2,56 milhões de unidades. As vendas externas do setor subiram 10,6% em agosto frente ao mesmo mês de 2023, para 38,2 mil veículos, ajudando a reduzir a queda do acumulando no ano para 17,9%, o equivalente a 242,6 mil unidades. O movimento ocorreu com um crescimento das vendas para a Argentina e bons desempenhos nos mercados do México, Chile e Colômbia, afirmaram executivos da Anfavea durante a coletiva. Apesar do aumento da tributação sobre importados que passou a valer desde o início do ano, a participação dos modelos produzidos fora do país no total das vendas internas se manteve em 17,1% em agosto, mas abaixo dos 19,5% de janeiro, que foi o maior nível em pelo menos quatro anos. Veja Mais

Sucessão de Lira: PSD e União Brasil selam acordo para lançar nome contra Hugo Motta na Câmara

G1 Economia Antonio Rueda e Gilberto Kassab, presidentes do União Brasil e do PSD Reprodução Uma reunião em São Paulo na noite desta quarta-feira (5) selou uma aliança entre União Brasil e PSD para o lançamento de um candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, na eleição de fevereiro de 2025. Estavam no encontro o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o deputado Elmar Nascimento (União-BA) – que foi preterido como candidato do atual presidente da Câmara, Arthur Lira. Em dado momento, Antonio Brito, pré-candidato à presidência da Câmara pelo PSD, entrou na conversa pelo viva-voz. O grupo não definiu, na reunião, quem será o candidato. Mas quem estiver mais viável até o final do ano, irá comandar o grupo, segundo o pacto dos dois presidentes. A reunião é uma reação à definição de Lira e do Republicanos de apostar na candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para o comando da Câmara. Segundo relatos da reunião, o União Brasil se sente traído e não irá mais compor o bloco apoiado por Lira. Veja Mais

Lula veta projeto que zera IPI de móveis e 'linha branca' para famílias atingidas por desastres

G1 Economia Medida aprovada pelo Congresso beneficiaria população afetada pelas cheias no Rio Grande do Sul. Governo diz que regra criaria renúncia fiscal sem compensação e estuda alternativa. Militares retiram móveis de casas atingidas por enchentes no RS Reprodução/TV Globo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou um projeto de lei que isentaria a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de móveis e eletrodomésticos comprados por moradores de áreas atingidas por desastres naturais ou eventos climáticos extremos. A medida beneficiaria, já nesse primeiro momento, as pessoas afetadas pelas cheias de maio no Rio Grande do Sul. A catástrofe climática no estado deixou 183 mortes. A decisão do presidente foi publicada na edição desta quinta-feira (5) do "Diário Oficial da União". Cabe ao Congresso avaliar, em sessão a ser marcada, se mantém a decisão do presidente. Caso os parlamentares derrubem o veto, a isenção entrará em vigor. O ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, afirmou ao g1 que o governo estuda outras formas de viabilizar a compra de produtos da linha branca, isentos de IPI, pela população atingida pelas cheias. Primeiras casas temporárias são entregues no Rio Grande do Sul, quatro meses após chuvas Renúncia fiscal sem compensação Lula vetou o projeto de forma integral após consultar os ministérios da Fazenda e do Planejamento. Na justificativa enviada ao Congresso, o presidente afirmou que o projeto descumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal por criar renúncia de receita sem previsão na lei orçamentária, sem medida de compensação e sem previsão de prazo máximo de vigência de cinco anos. Lula também apontou que os benefícios tributários poderiam ser "apropriados sob a forma de aumento de margem de lucro dos produtores ou fornecedores dos bens", sem alcançar o objetivo de "mitigar danos materiais de residentes em áreas atingidas por desastres naturais ou eventos climáticos extremos". Com alta dos preços, conserto de eletrodomésticos estragados aumenta no RS O que previa o texto Durante a tramitação do projeto, de autoria da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), foi feito um ajuste no texto para que, em um primeiro momento, somente a população gaúcha afetada pelas cheias fosse beneficiada. O texto previa desconto na compra de móveis e eletrodomésticos da linha branca para todos os afetados pelas chuvas de maio Fogões de cozinha Refrigeradores Máquinas de lavar roupa Tanquinhos Cadeiras e sofás Mesas e armários Para usufruir da isenção, os interessados deveriam comprovar residência em localidade atingida e que o local foi "diretamente" afetado pelos desastres. A isenção seria concedida uma única vez e apenas para um membro de cada família afetada. Veja Mais

+Milionária, concurso 178: ninguém acerta, e prêmio segue em R$ 10 milhões

G1 Economia Nove apostas que acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo vão levar R$ 29.635,81 cada. Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 178 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (4), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio segue estimado em R$ 10 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp De acordo com a Caixa Econômica Federal, 9 apostas que acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo vão levar R$ 29.635,81 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 09 - 21 - 30 - 36 - 37 - 47 Trevos: 1 - 2 Os outros ganhadores foram: 4 acertos + 2 trevos - 41 apostas ganhadoras: R$ 2.144,64 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 588 apostas ganhadoras: R$ 149,54 3 acertos + 2 trevos - 699 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 6554 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 5767 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 53160 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será na sexta-feira (6). +Milionária, concurso 178 Reprodução/Caixa +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Economia dos EUA está melhor ou pior com Biden do que com Trump?

G1 Economia A BBC analisa dados de empregos, inflação, mercado de ações e outros indicadores para comparar as economias sob Trump e Biden. Economia dos EUA está melhor ou pior com Biden do que com Trump? Getty Images via BBC Tem sido um pergunta recorrente na atual campanha presidencial dos Estados Unidos: a economia do país teve um desempenho melhor sob o democrata Joe Biden ou seu antecessor, o republicano Donald Trump? "Por muitos indicadores, nossa economia é a mais forte do mundo", afirmou a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris. Já Trump diz que criou a "maior economia da história do nosso país", e que o governo Biden-Harris a teria arruinado. Analisamos alguns indicadores-chave para comparar o desempenho econômico sob as duas presidências. Crescimento da economia Embora o impacto da pandemia covid-19 dificulte a comparação, ambos os presidentes podem apontar alguns feitos econômicos notáveis, apesar da dificuldade dos salários acompanharem os aumentos de preços nos últimos anos. Primeiro, vamos olhar para o crescimento econômico usando o Produto Interno Bruto (PIB), o valor de todos os bens e serviços na economia dos EUA. LEIA TAMBÉM De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? Kamala Harris tem 60% das intenções de voto entre eleitores da geração Z, diz pesquisa Beyoncé, Rolling Stones, Abba: os artistas que criticaram Trump por usar músicas sem autorização Houve um colapso dramático no PIB durante a pandemia de covid, pois muitas empresas fecharam. Após esse período, a economia se recuperou fortemente sob Trump — e se recuperou melhor do que muitos outros países ocidentais. Isso continuou com Biden, com os EUA apresentando a recuperação mais forte da pandemia dentro do G7 (grupo das democracias mais ricas do mundo), medida pelo PIB. Crescimento da economia dos EUA BBC Mas os quatro anos de Trump no mandato não foram o melhor período da hitória da economia americana, como ele gosta de alegar. Entre janeiro de 2017 e janeiro de 2021, a taxa média de crescimento anual foi de 2,3%. Este período inclui a desaceleração e a recuperação da economia como resultado da pandemia. Sob a presidência de Biden até agora, esse número é de 2,2% — ou seja, quase o mesmo. Houve períodos no passado em que o crescimento do PIB foi significativamente maior do que a média de Trump e Biden, como na década de 1970. Crescimento da economia dos EUA desde 1970 BBC Inflação O ritmo com que os preços estão subindo tem sido uma grande questão na campanha. Os preços aumentaram significativamente nos dois primeiros anos do governo Biden, atingindo um pico de 9,1% em junho de 2022. Trump disse que os EUA experimentaram "a pior inflação que já tivemos". Mas isso não é verdade: a última vez que a inflação anual ficou acima de 9% foi em 1981, e chegou a pontos muito mais altos em vários outros momentos da história. A inflação dos últimos 12 meses agora caiu para cerca de 3% — mas continua mais alta do que quando Trump deixou o cargo. Inflação nos EUA BBC Os preços dos alimentos, por exemplo, aumentaram 13,5% no período de um ano encerrado em agosto de 2022. Este foi o pico sob o governo Biden, e os preços se estabilizaram um pouco desde então — com o custo dos alimentos aumentando 1,1% de julho de 2023 a julho deste ano. A tendência recente é comparável a muitos outros países ocidentais que passaram por alta inflação em 2021 e 2022, já que problemas na cadeia de suprimentos global impulsionados pela covid e pela guerra na Ucrânia contribuíram para o aumento dos preços. Mas alguns economistas dizem que o Plano de Resgate Americano de US$ 1,9 trilhão de Biden, aprovado em 2021, também foi um fator — já que a injeção de dinheiro na economia levou a um aumento ainda maior dos preços. EUA: Fed defende corte de juros em setembro; Bruno Carazza comenta Empregos O governo Biden tem frequentemente apontado o crescimento de empregos como uma grande conquista. Antes das grandes perdas em 2020 devido à covid, nos primeiros três anos da presidência de Trump, quase 6,7 milhões de empregos foram adicionados, considerando dados de trabalhos não agrícolas (que cobrem cerca de 80% da mão-de-obra). Houve um aumento de quase 16 milhões de empregos desde que o governo Biden assumiu, em janeiro de 2021. Empregos nos EUA BBC Biden afirma que este é o "crescimento de empregos mais rápido em qualquer momento de qualquer presidência em toda a história americana". Isso é verdade, se você olhar os dados disponíveis desde que os registros começaram, em 1939. Mas seu mandato se beneficiou de uma forte recuperação na atividade econômica conforme o país encerrou políticas de isolamento social por conta da pandemia. "Muitos dos empregos teriam voltado se Trump tivesse vencido em 2020, mas o Plano de Resgate Americano desempenhou um papel importante na velocidade e agressividade da recuperação do mercado de trabalho", afirma o professor Mark Strain, economista da Universidade de Georgetown. Este plano de gastos aprovado pelo governo Biden em 2021 foi projetado para estimular a economia após a pandemia. O crescimento de empregos mais fraco do que o esperado em julho levou a temores de uma desaceleração repentina na economia dos EUA. Com o receio, o mercado de ações foi atingido, mas desde então se estabilizou. Taxa de desemprego desde 2010 BBC Tanto Trump quanto Biden destacam os baixos níveis de desemprego sob seus mandatos. Antes da pandemia, o governo Trump apresentava uma taxa de desemprego de 3,5%. Como em muitas partes do mundo, as medidas de bloqueio por conta da covid levaram a níveis crescentes de desemprego nos EUA, mas a taxa caiu para cerca de 7% quando Trump deixou o cargo. Sob o governo Biden, o desemprego continuou a cair até chegar a 3,4% em janeiro de 2023 — a menor taxa em mais de 50 anos —, mas desde então subiu para 4,3%. Salários Em termos de salários, estes aumentaram sob Trump, mas a uma taxa semelhante à de seu antecessor Barack Obama — até a covid-19. Os salários dos trabalhadores aumentaram rapidamente no início de 2020, com a pandemia. Isso porque os trabalhadores com salários mais baixos tinham maior probabilidade de serem demitidos nesse período, o que aumentou o salário médio das pessoas que ainda estavam empregadas. Sob Biden, a renda semanal média nominal cresceu, mas há dificuldade de acompanhar o aumento de preços causado pela alta inflação. Quando ajustados pela inflação, os ganhos semanais médios ficam menores do que quando Biden assumiu o cargo. Salários nos EUA BBC Mercado financeiro O mercado de ações dos EUA não é necessariamente um reflexo da economia mais ampla — mas muitos americanos têm investimentos, então seu desempenho tem alguma importância. O Índice Dow Jones é uma medida do desempenho de 30 grandes empresas listadas nas bolsas de valores dos EUA. O índice atingiu recordes durante o mandato de Trump, mas caiu quando os mercados reagiram à pandemia — eliminando todos os ganhos obtidos sob o governo do republicano. No entanto, o mercado de ações se recuperou para níveis acima dos pré-pandêmicos quando Trump deixou o cargo, em janeiro de 2021. Ele continou a crescer sob Biden e, embora tenha havido oscilações recentes, atingiu níveis recordes sob seu governo também. Gráficos por Tommy Lumby. Veja Mais

Lula participou de articulação para sucessão de Lira

G1 Economia O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de forma intensa nos últimos dias na construção de uma candidatura majoritária no Centrão — bloco informal que reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita — para o comando da Câmara dos Deputados. Para isso, além de encontros com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Lula esteve com presidentes de partidos, pré-candidatos ao posto e ministros aliados com mandatos no parlamento. Mesmo se comprometendo a não interferir na disputa ao dar o peso do governo a um ou outro pré-candidato, o trabalho de Lula foi evitar um racha no Centrão que obrigasse o governo a tomar partido mais à frente, contratando uma possível crise com a casa legislativa. Para isso, Lula trabalhou lado a lado com Lira. Congresso retoma atividades de olho na sucessão do comando da Câmara e Senado Somente nesta terça-feira (3), Lula esteve presencialmente com Lira, Gilberto Kassab, presidente do PSD, Marcos Pereira, presidente do Republicanos e pré-candidato que abriu mão da candidatura para dar espaço a outro nome do seu partido, Hugo Motta. Por telefone, Lula também consultou outros parlamentares e líderes. O movimento de unificação do centro vinha sendo construído por Lira. A dificuldade era unir três candidaturas que cindiam os blocões parlamentares: Marcos Pereira, Elmar Nascimento (União) e Antonio Brito (PSD). Pereira abriu mão e a expectativa é que Elmar também desista, já que sua candidatura ficou inviabilizada. A candidatura de Brito deve seguir, em especial por força do presidente do PSD, Gilberto Kassab, que não atendeu os pedidos de Lira, Pereira e até para Lula não quis sinalizar com a desistência. Marcos Pereira chegou a apelar ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos, para interceder pelo apoio do PSD à candidatura do hoje vice-presidente da Câmara. Sem o acerto com o PSD, a saída de Pereira foi abrir mão da disputa e apoiar um nome mais palatável no plenário da casa, o de Hugo Motta. Nas reuniões ao longo do dia, Lula se mostrou reticente sobre a construção do nome de Hugo Motta. Segundo relatos de quem acompanhou as reuniões, Lula ponderou que Motta era muito novo (34 anos) para presidir a Câmara, ainda com pouca experiência parlamentar. Perguntou ainda sobre a ligação do deputado da Paraíba ao presidente do PP, Ciro Nogueira, e ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Coube a Marcos Pereira e ao ministro da Aviação, Silvio Costa Filho, enumerar apoios de Motta que foram decisivos para evitar derrotas do governo na Câmara. Outros capítulos vão ter lugar até a eleição para a presidência das Casas legislativas. O episódio que culminou nesta terça, entretanto, mostra que Lula está de volta às articulações politicas, como esteve em seus mandatos anteriores. Cada vez mais próximo do Centrão, é o Lula pragmático que sabe que seu governo só dará certo se ele negociar com as forças políticas que estão aí, dando as cartas no Congresso. Muitas, aliás, velhas conhecidas do presidente da República. Veja Mais

Planos de saúde: veja como funciona o reajuste anual e como economizar com a sua escolha

G1 Economia Um primeiro passo é entender como são feitos os reajustes anuais dos diferentes tipos de convênio médico para se planejar melhor. Outro ponto importante é saber as opções de portabilidade para escapar de aumentos abusivos. Existem três tipos de planos de saúde no Brasil: individual, por adesão ou empresarial Divulgação Existem três tipos de plano de saúde: individual/familiar, coletivo por adesão e coletivo empresarial. Divulgação Um dos dilemas do orçamento familiar é contratar um bom plano de saúde que não seja um enorme peso no bolso. Entre os principais erros está o de olhar apenas para o preço inicial do plano, mas se surpreender com o preço dos reajustes. Mas há quem se complique ao contratar um convênio com ampla cobertura e usar pouco ou quase nada. O g1 reuniu dicas de como o consumidor deve modular o custo-benefício de um plano médico e como se precaver dos reajustes de mensalidade. Veja abaixo. LEIA MAIS ANS autoriza reajuste de até 6,91% nos planos de saúde individuais; entenda os impactos no seu bolso Tipos de plano de saúde De acordo com a advogada Giselle Tapai, especialista em direito da saúde e sócia da Tapai Advogados, o primeiro passo para fazer uma boa escolha de um plano de saúde é entender bem as diferenças, que basicamente é como os reajustes anuais são realizados. São três principais tipos: ?? Individual/familiar O plano individual pode ser uma boa escolha para quem deseja diminuir as despesas, na medida em que os reajustes anuais são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ou seja, a entidade estima o limite máximo de aumento. Nesta modalidade, a pessoa procura diretamente a operadora para contratar o plano; Os valores de reajuste são tabelados pela ANS. Assim, são considerados mais seguros, pois possuem valores de reajuste mais baixos, se comparado com os planos coletivos. ??Coletivo por adesão Nos planos coletivos por adesão, o reajuste de preço é feito de forma livre conforme cada contrato de prestação de serviço. Neste caso, é comum que o valor de entrada seja mais barato que no plano individual, mas os reajustes posteriores podem até dobrar de preço de acordo com a operadora. A associação profissional ou sindicato do consumidor é quem contrata o plano; Os valores de reajuste são determinados de acordo com cada contrato. ??Coletivo empresarial Da mesma forma, nos planos coletivos empresariais o reajuste de preço é feito de acordo com cada contrato de prestação de serviço. Tanto nos planos empresariais ou por adesão, o percentual de reajuste é definido por uma negociação entre a operadora e empresas ou sindicatos. A empresa é quem contrata o plano para o colaborador; Os valores de reajuste são determinados de acordo com cada contrato. "Algo importante de pontuar é que empresas grandes com planos de mais de trinta vidas tem poder de barganha maior, pois fecham contratos maiores, administram sinistralidade, podem inserir coparticipação e até mudar de contrato. Já empresas pequenas tem pouco poder de negociação, pois o contrato possui critérios mais específicos, e de difícil negociação de valores", declarou a advogada Giselle Tapai. ?? OBSERVAÇÃO: Como empresas pequenas têm menos possibilidade de negociação, se o reajuste aumentar bruscamente, elas acabam migrando para planos inferiores ou até mesmo cancelando em definitivo por conta dos altos custos. ????Qual é o tipo de plano mais econômico? Os planos individuais costumam ser mais apropriados para quem deseja uma maior previsibilidade financeira, porque os percentuais de reajuste são tabelados pela ANS. A entidade também mostra, de forma clara, como ela chegou no valor do reajuste anual — definido conforme a inflação e pelo preço das despesas hospitalares. Os reajustes dos planos individuais foram de 9,63% em 2023 e de 6,91% em 2024. Já os planos coletivos, o reajuste médio foi de 14,25% em 2023 e de 13,8% em 2024. A diferença foi de 4% em 2023 e 6% em 2024 de um plano para o outro. Os dados são da ANS. A advogada Giselle Tapai alertou que muitas operadoras não estão mais oferecendo o plano individual, pelo fato de o reajuste anual ser menor comparado a um plano coletivo. "O plano individual não compensa para as operadoras. A dica é: se você tem um plano individual, busque ficar com ele para o resto da vida", afirmou a especialista. Mas, para que essa modalidade seja uma boa escolha, é preciso que o consumidor tenha consciência de contratar um plano conforme a sua real necessidade. "Mesmo que seja um plano individual, as pessoas também precisam ficar atentas com os possíveis gastos desnecessários. Se uma pessoa possui um bom estado de saúde, não precisa que ela tenha um plano com rede nacional que cubra internações, por exemplo. Neste caso, é possível que ele tenha um plano municipal, que cubra consultas, exames e terapias simples", disse Tapai. Meu plano de saúde vai aumentar? Entenda reajuste Em relação aos planos coletivos por adesão ou empresarial, os reajustes são estabelecidos conforme cada contrato, sem interferência da ANS. Na maioria dos casos, essa modalidade apresenta um menor preço de entrada, o que pode atrair muitos consumidores. Mas é preciso ter cautela porque os reajustes são feitos de acordo com a necessidade da prestadora. ?? Caso você tenha um plano coletivo e perceber que a operadora aumentou drasticamente o valor do reajuste, é recomendado pedir orientação jurídica. "Os planos de saúde coletivos são impedidos de aplicarem índices inexplicáveis e abusivos aos consumidores. Quando o segurado notar a existência de altas cobranças em seu plano, ele deve pedir orientação jurídica adequada", explicou a advogada. "O Poder Judiciário pode afastar os reajustes anuais abusivos, para que haja aplicação apenas dos índices fixados pela ANS aos contratos individuais/familiares, além de determinar devolução dos valores pagos no período de três anos." Um outro alerta fica para famílias que criam microempresas pelo MEI (Microempreendedor Individual) para ter acesso a planos de saúde coletivos empresariais. Isso não é recomendado, já que as microempresas não possuem o mesmo poder de negociação que uma grande empresa em caso de aumento abusivo. Reembolso e coparticipação Parte dos planos de saúde tem boas políticas de reembolso, caso o segurado precise fazer uma consulta ou exame particular. Quanto maior for o percentual desse retorno, maior será o valor do seu plano, em geral. A dica para diminuir o custo com plano de saúde, nesse caso, é adequar a quantidade de reembolsos necessários para um bom atendimento da família. Ou então comparar o preço de um plano que tenha uma maior cobertura contra aquele que tenha uma política mais agressiva de reembolsos. Uma opção mais barata é partir para planos com política de coparticipação. Nessa modalidade, os consumidores pagam um percentual sobre cada serviço usado, como consulta e exames, além da mensalidade fixa. Segundo Giselle Tapai, a alternativa é indicada para pessoas que não possuem grandes necessidades médicas ou precisem de tratamentos recorrentes. Também não é recomendado utilizar a coparticipação em emergências e internações, pois o custo dos procedimentos pode ser alto. "Não sou contra a coparticipação, aliás eu a acho saudável, porque beneficiários com planos com essa modalidade podem utilizar de forma mais racional o sistema de saúde. Tem médicos não muito éticos que quando veem que o convênio cobre muitos procedimentos, acabam pedindo exames desnecessários. Nessa situação, o consumidor pode questionar, porque está mexendo com o bolso dele também", disse. Principais dicas para escolher bem O g1 separou seis principais dicas que o consumidor pode seguir para driblar os altos preços dos planos de saúde e também economizar caso já tenha um plano. 1?? Desconfie de preços muito baixos Para atrair clientes, algumas operadoras oferecem planos com preços muito baixos. A advogada Giselle Tapai explica que esses planos geralmente são coletivos, o que significa que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não controla o percentual de aumento dos reajustes. Assim, o primeiro reajuste do convênio pode até dobrar de valor, o que desestabiliza a estrutura financeira dos consumidores. 2??Compare os planos e entenda a sua necessidade Antes de contratar um plano de saúde, é essencial que o cliente tenha conhecimento sobre a sua real necessidade por tratamentos médicos e, claro, sua condição financeira. "Vou ao médico com frequência? Preciso de um plano que atenda no Brasil inteiro? Quanto posso pagar por um plano?". Essas são algumas perguntas podem auxiliar a decisão. Pessoas com a saúde em dia, mais jovens, podem ter planos que forneçam apenas consultas, exames e terapias simples, com abrangência regional. Nesse caso, planos com coparticipação também podem ser vantajosos. Pessoas que necessitem de cuidados médicos mais frequentes, como os idosos, podem precisar de planos que cubram internações, exames e consultas com especialistas. Tomada a decisão, é o momento de pesquisar os preços dos planos de saúde e o histórico de reajustes das empresas no mercado. É orientado sempre pedir ao corretor o histórico dos últimos aumentos para poder comparar com os aumentos de outras operadoras. 3?? Veja o histórico de reclamações Para saber a quantidade de reclamações e o nível de confiabilidade de uma empresa que vende plano de saúde, os consumidores podem pedir ao corretor o número de registro da operadora e do plano na ANS. Com isso, no site da ANS, é possível conferir o desempenho das empresas e o ranking de reclamações. 4?? É possível trocar de plano de saúde Se o consumidor já possui um plano de saúde, mas está insatisfeito com o preço ou abrangência do serviço, é possível solicitar a troca por meio da Portabilidade de Carências no site da ANS. Com esse mecanismo, o beneficiário consegue migrar para um novo plano sem precisar cumprir novos períodos de carência. Mas para ter acesso à Portabilidade, é preciso ficar atento a alguns requisitos, como ter ficado pelo menos dois anos no antigo plano. A especialista Giselle Tapai também alerta que pessoas com comorbidades precisam ter atenção redobrada ao contratar um plano de saúde: "Neste caso, o paciente não pode ficar trocando de plano porque, sem a portabilidade, ele vai precisar zerar a carência e começar do zero. Melhor esperar ter direito a portabilidade e, assim, pode trocar de plano", afirmou. 5?? Cuidado com usos indevidos do plano de saúde Não é porque o consumidor já tem plano de saúde que ele pode utilizar de forma indevida, exagerada e sem necessidade. O valor das mensalidades também é definido pela quantidade de sinistralidade, ou seja, pela quantidade de vezes que o plano de saúde foi utilizado. "Imagina se todo mundo do plano usar o serviço sem precedentes, no outro ano a operadora pode aumentar a mensalidade para cobrir esses gastos. É preciso ter cautela e atenção, pois tem médicos que pedem exames desnecessários porque sabem que você possui convênio", alegou Giselle Tapai. "Outro alerta é quando o beneficiário usa o convênio indevidamente para procedimentos estéticos, algo que não deveria ser feito em busca de reembolso. Isso é uma fraude, não é coberto pelos planos." * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Número de reclamações para mudança de plano de saúde sobe 44% Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.770: prêmio acumula e vai a R$ 33 milhões

G1 Economia Veja os números sorteados: 37 - 50 - 44 - 28 - 60 - 21. Quina teve 35 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 73.311,94. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.770 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (3), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 33 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 37 - 50 - 44 - 28 - 60 - 21 5 acertos - 35 apostas ganhadoras: R$ 73.311,94 4 acertos - 2.345 apostas ganhadoras: R$ 1.563,15 O próximo sorteio da Mega será na sexta-feira (6). Mega-Sena, concurso 2.770 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Atividade deve seguir aquecida, mas decisões do BC sobre juros podem prejudicar recuperação do crédito, diz Fazenda sobre PIB

G1 Economia A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE), responsável pelas previsões oficiais do governo para crescimento da economia e da inflação, avaliou nesta terça-feira (2) que o ritmo de crescimento deve seguir acentuado na economia brasileira. Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no 2º trimestre de 2024, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. O resultado, que veio acima das expectativas do mercado, foi comemorado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De acordo com o Ministério da Fazenda, entretanto, há incertezas sobre o ritmo forte de crescimento da economia. Entre elas, principalmente, estão as decisões de política monetária (sobre o nível da taxa básica de juros para conter a inflação), que "podem prejudicar a recuperação do mercado de crédito". "Prospectivamente, o ritmo de crescimento deve seguir acentuado, ainda guiado por impulsos vindos do mercado de trabalho aquecido e pelas melhores condições de crédito a famílias e empresas comparativamente ao ano anterior. A expansão esperada para setores mais cíclicos e para a absorção doméstica devem direcionar o crescimento, sendo parcialmente contrabalanceadas por expectativas de recuo da atividade agropecuária, desaceleração da produção extrativa e pela menor contribuição do setor externo. Incertezas para esse cenário estão relacionadas, principalmente, a decisões de política monetária, que podem prejudicar a recuperação do mercado de crédito", informou a SPE, do Ministério da Fazenda, por meio de nota. Veja Mais

PF indica 41 suspeitos em investigação sobre fraude na Americanas

G1 Economia Suspeitos que concordarem em ajudar na investigação poderão assinar acordos de 'não persecução', mas precisam admitir participação no esquema que levou a um rombo de mais de R$ 25 bilhões. Fachada da Americanas Reprodução/TV Globo A Polícia Federal nomeou nesta segunda-feira (2) 41 suspeitos de participação na fraude bilionária que levou a Americanas a fazer um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do país, no início do ano passado, de acordo com documentos vistos pela Reuters. Os suspeitos que concordarem em ajudar na investigação poderão assinar acordos de "não persecução", segundo os documentos. Para isso, precisam admitir participação no esquema que levou a um rombo de mais de R$ 25 bilhões na contabilidade da companhia. As pessoas nomeadas pela PF nesta segunda foram segmentadas em oito grupos, conforme o setor de atuação no esquema. Os principais implicados incluem o ex-presidente-executivo, Miguel Gutierrez, e a ex-presidente da B2W, unidade de varejo digital da Americanas, Anna Saicali, que já haviam sido citados anteriormente pela polícia. Os outros citados pela PF são ex-funcionários e executivos de diferentes departamentos da Americanas, como contabilidade, relações com investidores e tecnologia da informação, de acordo com os documentos. Gutierrez foi preso por um breve período em Madri no início deste ano, antes de ser libertado. Saicali entregou seu passaporte à polícia. Leia mais: Entenda a fraude que levou a rombo bilionário nas Americanas Por que a Americanas vai apostar em lojas físicas para reverter prejuízos Americanas registra prejuízo de R$ 2,27 bilhões em 2023 após escândalo Relembre o caso No início de 2023, o presidente da Americanas, Sergio Rial, decidiu deixar o comando da companhia após a descoberta de “inconsistências em lançamentos contábeis” no valor de mais de R$ 20 bilhões. Entre as inconsistências encontradas, estavam operações de financiamento de compras que não estavam “adequadamente refletidas” nas contas de fornecedores, vistas nas demonstrações financeiras do terceiro trimestre do ano passado. Em outras palavras, a Americanas percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada nos balanços corporativos da empresa. As ações da Americanas despencaram quase 80% na bolsa de valores no dia seguinte. Segundo Einar Rivero, da TradeMap, essa foi a maior queda diária de uma empresa de capital aberto na bolsa brasileira desde 2008. Nesta segunda-feira (2), as ações da Americanas (AMER3) operaram entre as maiores altas da bolsa de São Paulo: 20,97%, fechando a R$ 6,98. Veja Mais

Orçamento de 2025: proposta do governo não contempla correção da tabela do Imposto de Renda

G1 Economia Em 2022, o então candidato Lula prometeu isentar do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês. Neste ano, isenção alcançou rendimentos mensais de até R$ 2.824. ''Leão' do imposto de renda em painel Joédson Alves/Agência Brasil A proposta de Orçamento para o ano de 2025, enviada pelo governo ao Congresso Nacional na última sexta-feira (30), não contempla a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) das pessoas físicas. Neste ano, o governo baixou uma medida provisória (já aprovada pelo Congresso) estabelecendo que quem ganha até R$ 2.824 por mês, o equivalente a dois salários mínimos, não paga mais Imposto de Renda. Para possibilitar isso, o governo deu um desconto automático de R$ 528. Até 2022, o limite de isenção estava em R$ 1.903,98, valor que subiu para R$ 2.640 em maio do ano passado. O tributo é recolhido na fonte, ou seja, descontado do salário. Posteriormente, o contribuinte pode ter parte do valor restituído, ou pagar mais IR, por meio de sua declaração anual de ajuste. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que, caso o governo decida manter em dois salários mínimos, em 2025, o limite de isenção será necessário uma medida que compense a perda de arrecadação. Tirando a faixa de isenção, a tabela do IR não é corrigida desde 2015, o que obriga um número maior de brasileiros a pagar o imposto mensalmente. Em 2024, 42,4 milhões de pessoas entregaram a declaração do IR. Cálculos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) apontam que a defasagem, até junho deste ano, para quem ganha até dois salários mínimos é de 124,18%. E que, para as demais faixas, o valor é maior: de 166,01%. Promessa de Lula Lula defende isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil Durante a campanha ao Planalto, em 2022, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu isentar do Imposto de Renda aos que ganham até R$ 5 mil por mês. Em janeiro de 2023, já empossado, Lula reafirmou a promessa. “Eu defendi durante a campanha e vamos tentar colocar em prática, na proposta de reforma tributária, que até R$ 5 mil a pessoa não pague Imposto de Renda. Não é possível que a gente não faça”, afirmou à época. Veja Mais

Dólar oscila, com alta nas projeções para inflação e PIB

G1 Economia A moeda americana fechou agosto com uma queda de 0,38%, cotada a R$ 5,6325. já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, subiu 6,54% no mês, aos 136.004 pontos. Notas de dólar. Reuters O dólar opera com volatilidade nesta segunda-feira (2), primeiro pregão de setembro, oscilando entre altas e baixas, em dia de feriado nos Estados Unidos, o que reduz os níveis de negociação nos mercados financeiros de todo o mundo. No Brasil, o mercado acompanha a divulgação de mais uma edição do Boletim Focus -- relatório do Banco Central (BC) que reúne as projeções de economistas do mercado para os principais indicadores financeiros do país. Nesta edição, o Focus mostrou, pela sétima semana consecutiva, o aumento das expectativas para a inflação brasileira em 2024. As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país, porém, também cresceram nesta semana. Investidores também monitoram novos dados vindos da China, que mostram uma desaceleração das exportações na segunda maior economia do mundo. Ainda, repercute uma notícia de que as autoridades chinesas estão estudando um refinanciamento de até US$ 5,4 bilhões das hipotecas do país. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? Dólar Às 09h40, o dólar caía 0,21%, cotado a R$ 5,6208. Veja mais cotações. Na última sexta-feira (30), a moeda americana teve alta de 0,17%, cotada em R$ 5,6235. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6916. Com o resultado, acumulou: alta de 2,79% na semana; recuo de 0,38% no mês; avanço de 16,07% no ano. Ibovespa O Ibovespa começa a operar às 10h. Na sexta, o índice fechou em baixa de 0,03%, aos 136.004 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: alta de 0,29% na semana; alta de 6,54% no mês; ganhos de 1,36% no ano. DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O mercado vive um pregão de negociações reduzidas pelo mundo por conta do feriado de Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que mantem as bolsas do país fechadas nesta segunda. Com isso, o que fica no radar hoje são as novas projeções trazidas pelo Boletim Focus e alguns dados da economia chinesa, com destaque para uma renovação da cautela com o setor imobiliário. Na mais recente edição do relatório do BC, as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 4,25% para 4,26%, na sétima semana de alta. Em menos de dois meses, a projeção avançou 0,26 ponto percentual (em 12 de julho, era de 4%). Essa alta nas projeções colocam a inflação brasileira cada vez mais longe do centro da meta estabelecida pelo BC, de 3% em 2024. A meta será considerada cumprida, no entanto, se a inflação fica entre 1,5% e 4,5%. Para 2025, as estimativas são de uma inflação de 3,92%, enquanto para 2026, de 3,60%. Uma aceleração da inflação pressiona o BC a adotar uma postura mais firme em relação à condução da política monetária e, por isso, parte dos analistas de mercado acreditam que a instituição pode promover uma nova alta na Selic, taxa básica de juros, nos próximos meses. As expectativas para o PIB brasileira também subiram na última semana, passando de 2,43% para 2,46%. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,86% para 1,85%. No exterior, na última sexta, uma reportagem da Bloomberg disse que as autoridades do país estão estudando um afrouxamento das regras de refinanciamento de hipotecas, numa medida de até US$ 5,4 bilhões. A ideia é incentivar o consumo e o mercado imobiliário, em meio a uma onde de balanços corporativos muito ruins para o setor, que é um dos principais da economia chinesa. Uma pesquisa do setor privado mostrou que os preços de novas moradias na China quase não subiram em agosto, enquanto as construtoras China Vanke e New World Development, de Hong Kong, registraram perdas. As ações da New World Development sofreram a maior queda no índice Hang Seng, de Hong Kong, caindo 13% e atingindo seu nível mais baixo em duas décadas, depois que a empresa estimou um prejuízo líquido de até 20 bilhões de dólares de Hong Kong (2,6 bilhões de dólares) para o ano encerrado em 30 de junho. As ações da China Vanke recuaram 5% depois que a gigante do setor imobiliário divulgou um prejuízo de 7,6 bilhões de iuanes (1,1 bilhão de dólares) no primeiro semestre na sexta-feira, ressaltando a profundidade do mal-estar no setor. Ainda na China, a atividade industrial voltou a crescem em agosto uma vez que os novos pedidos impulsionaram a produção, segundo uma pesquisa do setor privado divulgada nesta segunda-feira, oferecendo um vislumbre de esperança em meio a uma série de dados econômicos desanimadores. No entanto, o primeiro declínio nos novos pedidos de exportação em oito meses soou o alarme após dados de exportação mais fracos em julho, aumentando as preocupações sobre as perspectivas comerciais justamente no momento em que os embarques de produtos natalinos começaram a aumentar. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria chinesa do Caixin/S&P Global subiu para 50,4 em agosto, de 49,8 no mês anterior, superando as previsões dos analistas em uma pesquisa da Reuters de 50,0 e melhor do que o PMI oficial no sábado, que mostrou que a atividade industrial ampliou as quedas em agosto. * Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

Conheça os 11 carros híbridos mais baratos do Brasil; veja lista

G1 Economia São modelos híbridos de todos os tipos, que chegam a ter consumo de combustível semelhante ao que é encontrado em algumas motos pequenas, como a CG 160 Titan. Carros híbridos podem custar a partir de R$ 134.990 divulgação/GWM Os carros híbridos são a grande aposta das montadoras para popularizar o mercado de eletrificados no Brasil. Eles aliam benefícios dos veículos movidos a combustão com dos totalmente elétricos, por preço mais baixo. A maioria dos tipos destes automóveis sequer exige recarga das baterias em eletropostos, uma infraestrutura ainda rara nas vias brasileiras, e ainda assim oferecem dois pontos muito importantes: economia de combustível e redução na emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda de carros híbridos no Brasil teve uma alta de cerca de 67% nos sete primeiros meses deste ano. Foram 34.890 emplacamentos entre janeiro e julho do ano passado. Neste ano, já são 58.419 unidades. O g1 reuniu nesta lista os 11 carros híbridos mais baratos do Brasil. Antes, porém, não custa lembrar os três tipos de veículos híbridos disponíveis no país: Híbrido leve (MHEV): onde a bateria pode ser utilizada para dar suporte ao motor em arrancadas, ou para suprir a carga elétrica do ar-condicionado e outros itens, reduzindo assim o consumo de combustível. Por aqui o carro consome, em média, 13 km/l. Híbrido pleno (HEV): os carros com este sistema utilizam motor elétrico para tracionar as rodas, contam com baterias maiores e o consumo de combustível é ainda menor. Não é raro encontrar veículos híbridos marcando números próximos de 20 km/l. Híbrido plug-in (PHEV): estes veículos utilizam baterias ainda maiores e podem trafegar em modo 100% elétrico. Os modelos trazem autonomia entre 30 e 120 km sem utilizar combustível, mas todos precisam recarregar a energia em eletropostos. No modo híbrido, estes veículos podem alcançar consumo superior aos 40 km/l. ?? IMPORTANTE: O valor pode mudar conforme a cidade e estado onde você mora, e pela estratégia de vendas da concessionária. O preço utilizado é o sugerido pela montadora, sem incluir frete. 11. Haval H6 PHEV34 Haval H6 PHEV divulgação/GWM O primeiro carro da lista é o Haval H6 na versão PHEV34. Ele conta com bateria de 34 kWh e ela, quando totalmente carregada, oferece autonomia de 116 quilômetros com o carro em modo 100% elétrico. Quando combinados, todos os motores conseguem acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,9 segundos — o mesmo tempo do Porsche 718 Cayman. Além da motorização forte, o Haval H6 PHEV34 traz uma boa lista de itens para auxílio ao motorista, como piloto automático adaptativo, sistema para manter o carro na faixa e o Smart Dodge, que consegue reconhecer o tipo de veículo à frente, além de aplicar pequenas manobras evasivas para evitar colisões. Preço: R$ 281.000 Tipo de híbrido: híbrido plug-in (PHEV) Combustível: gasolina Motor a combustão: 1.5 turbo Potência combinada: 393 cv Consumo: 28,7 km/l na cidade e 25,3 km/l na estrada 10. BYD Song Plus BYD Song Plus divulgação/GWM O BYD Song Plus é um carro com menor capacidade para rodar apenas no modo elétrico, mas ainda assim alcança 105 quilômetros sem consumir uma gota de combustível. Ele tem menor pretensão de ser uma referência em aceleração, e isso fica claro no 0 a 100 km/h, feito em 8,5 segundos. O foco é espaço e conforto. Além de bastante amplo, o carro traz central multimídia giratória com 15,6 polegadas, possibilidade de utilizar o celular como chave digital para abertura das portas. Preço: R$ 239.800 Tipo de híbrido: híbrido plug-in (PHEV) Combustível: gasolina Motor a combustão: 1.5 aspirado Potência combinada: 235 cv Consumo: 39,1 km/l na cidade e 30,8 km/l na estrada 9. Ford Maverick Lariat Hybrid Ford Maverick Lariat Hybrid divulgação/Ford A Maverick é a única picape híbrida do Brasil — ao menos até a BYD lançar oficialmente a Shark. Ela utiliza motorização do tipo híbrido pleno, com bateria suficiente para tracionar as rodas e retirar o trabalho do motor a combustão por alguns momentos. Ela é visualmente idêntica ao modelo movido a gasolina, mantendo o apelo off-road, e tem capacidade de carga da caçamba marcada em 659 kg, com volume máximo de 943 litros. A versão perde apenas a tração integral e alguns cavalos na potência. Preço: R$ 239.500 Tipo de híbrido: híbrido pleno (HEV) Combustível: gasolina Motor a combustão: 2.5 aspirado Potência combinada: 194 cv Consumo: 15,7 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada 8. Kia Niro HEV EX Kia Niro HEV EX divulgação/Kia O Kia Niro é um dos carros híbridos do tipo pleno com maior eficiência quando o assunto é baixo consumo de combustível: são 19,8 km/l na cidade. Ele é um crossover menor que os SUVs dessa lista, mas traz visual mais moderno. Por dentro, são duas telas de 10,25 polegadas que ficam no painel de instrumentos e central multimídia. O carro é recheado de sistemas de auxílio ao motorista, como piloto automático adaptativo, assistentes de permanência e centralização em faixa, além de regulagem automática do farol alto. Preço: R$ 202.990 Tipo de híbrido: híbrido pleno (HEV) Combustível: gasolina Motor a combustão: 1.6 Kappa Potência combinada: 141 cv Consumo: 19,8 km/l na cidade e 17,7 km/l na estrada 7. Toyota Corolla Cross XRX Hybrid Toyota Corolla Cross XRX Hybrid divulgação/Toyota A Toyota tem versões a combustão e híbrida do Corolla Cross. O visual é idêntico, e as únicas diferenças estão no tom azulado no logo da fabricante e nas rodas de liga leve de 18 polegadas. O SUV é um dos poucos híbridos com motor flex no Brasil, tecnologia em que a montadora é pioneira. Por dentro, o painel de instrumentos tem 12,3 polegadas. Uma curiosidade: o modelo marca o fim do antigo freio de estacionamento manual da Toyota, com acionamento pelo pé. A partir da versão 2025, já disponível para compra, o Corolla Cross utiliza um botão no lugar do terceiro pedal. Preço: R$ 202.690 Tipo de híbrido: híbrido pleno (HEV) Combustível: flex Motor a combustão: 1.8 VVT-i de 16V Potência combinada: 122 cv Consumo: 17,7 km/l na cidade e 14,6 km/l na (gasolina) / 12,5 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada (etanol) 6. BYD Song Pro BYD Song Pro divulgação/BYD O BYD Song Pro é a versão menos equipada do Song Plus, por mais que o sufixo do primeiro sugira o contrário. Mesmo em um patamar de preço menor, o SUV entrega itens de segurança e conforto, como sistema de câmeras em 360°, farol com acendimento automático, purificador de ar, além de retrovisor externo com sistema de aquecimento. O carro é um dos modelos híbrido plug-in mais baratos do Brasil. A autonomia total do Song Pro alcança 1.100 quilômetros quando o tanque de 52 litros está cheio e a bateria totalmente carregada. Existem duas versões deste veículo, uma delas com a autonomia maior da bateria no modo 100% elétrico. Enquanto versão de entrada (GL) pode percorrer 71 km com uma carga, a topo de linha (GS) chega a 110 km. Preço: R$ 195.800 (GS) e R$ 199.800 (GL) Tipo de híbrido: híbrido plug-in (PHEV) Combustível: gasolina Motor a combustão: 1.5 aspirado Potência combinada: 235 cv Consumo: 15,2 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada 5. BYD King BYD King divulgação/BYD O BYD King chegou ao Brasil recentemente com a missão de destronar o Corolla do topo da lista de mais vendidos. Um trunfo do carro é ser o primeiro sedan híbrido plug-in do Brasil. Assim, o carro também registra um dos menores consumos da lista, marcando 44,2 km/l quando as baterias estão totalmente carregadas. São duas versões do King, um com conjunto capaz de armazenar 8,3 kWh (GS) e outro entregando 18,3 kWh (GL). Em modo 100% elétrico, as versões do BYD King podem percorrer 32 km e 80 km, respectivamente. Preço: R$ 175.800 (GL) e R$ 187.800 (GS) Tipo de híbrido: híbrido plug-in (PHEV) Combustível: gasolina Motor a combustão: 1.5 aspirado Potência combinada: 209 cv (GL) e 235 cv (GS) Consumo: 44,2 km/l na cidade e 36,7 km/l na estrada (GS) / 43,3 km/l na cidade e 32,7 km/l na estrada (GL) 4. Chery Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive divulgação/Caoa Chery Este é um SUV médio e o primeiro da lista com sistema híbrido leve, onde a bateria de 48V e um motor gerador oferecem auxílio ao motor a combustão em acelerações e arrancadas, entregando 10 cv de potência extra. Com ação limitada do motor elétrico, o consumo de combustível não é dos menores. O Chery Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive sai de fábrica com pacote de auxílio ao motorista, como piloto automático adaptativo, freio autônomo de emergência, alerta de tráfego cruzado traseiro e até aviso de saída de faixa. Preço: R$ 173.990 Tipo de híbrido: híbrido leve (MHEV) Combustível: flex Motor a combustão: 1.5 turbo Potência combinada: 160 cv Consumo: 11,6 km/l na cidade e 11,4 km/l na (gasolina) / 8,5 km/l na cidade e 8,6 km/l na estrada (etanol) 3. Chery Tiggo 5X Pro Hybrid Max Drive Tiggo 5X Pro Hybrid Max Drive divulgação/Caoa Chery O Tiggo 5X Pro Hybrid Max Drive é o último dos SUVs desta lista, o menor da dupla da Caoa Chery. Em motorização este carro tem o mesmo sistema híbrido leve do Tiggo 7 e isso significa motor 1.5 turbo que aceita etanol e gasolina, auxiliado por bateria de 48V capaz de adicionar 10 cv na potência combinada. Assim como seu irmão maior, o consumo não chama atenção. Por dentro, o Tiggo 7 também é mais comedido. Ele tem central multimídia de 10,25 polegadas e painel de instrumentos digital de 7 polegadas. Parece pequeno, mas é maior que o utilizado pela Volkswagen na Kombi elétrica (ID.Buzz), por exemplo. Preço: R$ 147.990 Tipo de híbrido: híbrido leve (MHEV) Combustível: flex Motor a combustão: 1.5 turbo Potência combinada: 160 cv Consumo: 11,8 km/l na cidade e 12,3 km/l na (gasolina) / 8,7 km/l na cidade e 8,8 km/l na estrada (etanol) 2. Arrizo 6 Pro Hybrid Arrizo 6 Pro Hybrid divulgação/Caoa Chery O Arrizo 6 Pro Hybrid é o segundo sedan desta lista e ele foi, por bastante tempo, o carro híbrido mais barato do Brasil. Ele segue a mesma motorização híbrida leve dos outros dois Tiggo, entregando bateria de 48V para 10 cv extras de potência. Mas o consumo deste veículo é menor que os SUVs. Mesmo em um patamar mais econômico, o sedan conta com direção elétrica, painel de instrumentos com 10,25 polegada e central multimídia de mesmo tamanho, sistema de câmeras em 360° e alertas para ponto cego e tráfego cruzado. Preço: R$ 139.990 Tipo de híbrido: híbrido leve (MHEV) Combustível: flex Motor a combustão: 1.5 turbo Potência combinada: 160 cv Consumo: 12,5 km/l na cidade e 13,5 km/l na (gasolina) / 8,9 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada (etanol) 1. Kia Stonic Kia Stonic divulgação/Kia Por fim, o carro híbrido mais barato do Brasil é o Kia Stonic. O foco dele está na economia e por isso é o único carro desta lista com motor 1.0 turbo. O sistema elétrico é híbrido leve e ele, assim como os carros Chery, utiliza bateria de 48V. Como estamos no menor patamar de preço, a lista de itens do Kia Stonic é menos pomposa. Ele tem ar-condicionado automático e acendimento automático de faróis, mas fica devendo um sistema de auxílio ao motorista. Para aproveitar melhor o sistema híbrido, um modo de condução chamado de “velejar” desliga o motor quando a inércia consegue manter o veículo em velocidade elevada. Preço: R$ 134.990 Tipo de híbrido: híbrido leve (MHEV) Combustível: gasolina Motor a combustão: 1.0 turbo Potência combinada: 120 cv Consumo: 13,7 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada Ford F-150 2024: cinco coisas mais legais da picape Veja Mais

Preço do leite cai e diminui margem de lucro dos produtores

G1 Economia Preço do leite chegou a sofrer alterações no segundo semestre deste ano, após um período de alta. Em uma propriedade rural de Herculândia (SP), a dieta do rebanho varia de acordo com a possibilidade de lucro. Em uma propriedade rural de Herculândia (SP), o litro chegou a ser vendido a R$ 2,80, sofrendo queda de R$ 0,20 no mês seguinte. Reprodução/TV TEM O leite ficou 30% mais caro durante o primeiro semestre deste ano. Porém, o cenário mudou depois deste período. Em uma propriedade rural de Herculândia (SP), o litro chegou a ser vendido a R$ 2,80, sofrendo queda de R$ 0,20 no mês seguinte. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp O barracão do local, utilizado por João Francisco Lhamas há mais de quatro anos, possui um sistema de compostagem, pista de trato, ventilação e aspersão de água. Os atributos são essenciais para o bem-estar dos animais e uma boa produção. A alimentação dos animais varia de acordo com o mercado do leite. A dieta é feita à base de silagem de milho e ração concentrada, com soja e minerais. Cada vaca precisa comer cerca de 35 quilos diariamente e, se os preços estão altos, o produtor aumenta a dieta. Caso contrário, é fornecido apenas o necessário. Toda a produção do sítio é vendida para um laticínio da região, que também sente as oscilações da cotação. Os criadores entregam cerca de oito litros por mês, porém, quando os valores recuam, a produção desacelera e os estoques não enchem, como uma medida estratégica para evitar perda na margem de lucro. Veja a reportagem exibida no programa em 01/09/2024: Confira o Nosso Campo deste domingo, 1º de setembro, na íntegra VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Galípolo no BC: entenda os desafios do próximo presidente em 5 gráficos

G1 Economia Economista foi indicado pelo presidente Lula (PT) para substituir o atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Aprovação ainda depende do Senado Federal. Gabriel Galípolo, que foi indicado por Lula para a presidência do Banco Central Pedro França/Agência Senado eO O economista Gabriel Galípolo foi o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar o Banco Central do Brasil (BC) a partir de 2025. Ele assume a cadeira de Roberto Campo Neto em janeiro, caso seja aprovado em sabatina feita pelo Senado Federal. A indicação foi bem recebida pelo mercado financeiro. Mas há um amplo entendimento de que existem muitos desafios à frente, e conquistar a confiança dos agentes econômicos não será um processo simples. Além de se provar um nome independente — ou seja, que não irá tomar decisões influenciado pelo poder Executivo —, o futuro chefe do BC terá que trabalhar no combate à inflação sem deixar de lado os efeitos prejudiciais que a taxa básica de juros pode causar à economia. A taxa Selic está, atualmente, em 10,50% ao ano, valor alto e que é usado como referência por bancos e instituições financeiras para, por exemplo, balizar a oferta de crédito. Quanto mais elevada a taxa, mais caro fica para pessoas e empresas tomarem crédito — o que diminui investimentos e o consumo das famílias. Em geral, esse ciclo se reflete na economia do país com uma atividade econômica mais fraca. Quanto mais baixa a taxa, mais a economia se aquece, em um momento que o mercado de trabalho já está bastante preenchido e a inflação encostou em 4,50% na janela de 12 meses, teto da meta que o BC deve perseguir. Os desafios da condução de Galípolo à frente do BC vão, portanto, muito além do controle da Selic. As decisões se refletem em dados de desemprego, inflação, PIB, dólar e, principalmente, inflação. O g1 explica, a partir de cinco gráficos, cada um dos cenários abaixo: Selic Inflação Desemprego PIB Dólar Selic A principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação é a taxa Selic. Quanto mais alta a taxa, mais ela desestimula a atividade econômica, em busca de reflexos de queda nos preços. Em termos simples, é a lógica da oferta e da demanda: com menos crédito para as pessoas consumirem, menor a tendência de busca por produtos e serviços, o que gera queda de preços. Veja abaixo a trajetória da Selic, em meio ao combate à inflação: O movimento de elevação da taxa ocorreu justamente diante dos reflexos da pandemia de Covid-19, período em que os preços dispararam por conta dos impactos da doença nas cadeias de produção, transporte e nas mudanças no padrão de consumo. Quando os preços começaram a arrefecer, o BC iniciou um ciclo de quedas de juros para não travar demais a economia. Mas o índice de preços ameaça novamente sair do intervalo aceito de cumprimento das metas de inflação do país. Já se fala no mercado, inclusive, que pode ser necessário subir os juros para manter o controle da inflação. O último relatório Focus, que mostra as estimativas do mercado financeiro para a economia, ainda não mostra essa suspeita, e indicou que a aposta para o fim deste ano é em uma Selic no patamar atual, de 10,50%. Caso seja confirmado como presidente do BC, um dos principais desafios de Galípolo será como mostrar que segue critérios técnicos na condução da política de juros do país. Explica Hora 1: entenda o que é Selic e Copom "A cobrança sobre o Galípolo sempre vai ser mais alta. Isso porque ele foi indicado por um governo que, na interpretação do mercado, é mais leniente com a inflação", diz André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica. O especialista reforça que Galípolo terá que "passar a serenidade que o BC tanto diz em seus comunicados e atas" e "não cometer o erro de aumentar a taxa de juros de forma prematura", em meio à pressão do mercado. Galípolo era visto com desconfiança quando foi escolhido para diretor de política monetária do Banco Central, em maio do ano passado, por ser o ex-número 2 de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda. Com seu comportamento na diretoria do BC, conquistou a imagem de um "nome técnico" ao longo do tempo, e sua indicação para a presidência foi vista com bons olhos pelo mercado financeiro. Inflação Caso confirmado para o cargo, Galípolo irá se deparar com o desafio de manter a inflação sob controle, já que, na última divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ela já está no topo da meta. Em julho, os preços medidos pelo IPCA subiram 0,38% e a inflação acumulada em 12 meses foi de exatos 4,50%. A meta do BC para 2024 é de uma inflação de 3%, mas ela é considerada cumprida se estiver em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Veja a evolução no gráfico abaixo: André Galhardo, da Análise Econômica, lembra que o otimismo com uma inflação mais baixa em 2024 foi se desfazendo ao longo do ano, diante de fatores como a disparada do dólar, os impactos do fenômeno El Niño nos alimentos e os conflitos no Oriente Médio. "Estou menos otimista também em relação ao ano que vem. O Galípolo terá que ficar bastante atento porque, embora a inflação esteja em níveis mais baixos do que já estiveram, ela tem rondado um limite superior", diz. De acordo com o último relatório "Focus", a estimativa do mercado é que a inflação encerre 2024 em 4,25%. Para 2025, a expectativa é de 3,93%. Desemprego A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,8% no trimestre encerrado em julho. Esse foi o melhor resultado para o período desde 2014 (7%). Na série comparável, é a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2014 (6,5%). Veja a evolução para o trimestre terminado em julho a partir de 2021: Galhardo, da Análise Econômica, projeta que o desemprego seguirá tendência de queda, até encerrar 2024 em 6,4%. A taxa é um dos indicadores que funcionam como um termômetro da atividade econômica do país e de uma possível pressão nos preços por meio do aumento dos salários. Por isso, é observada de perto pelo mercado, e também pelo BC, para suas decisões sobre juros. "Se há uma taxa de desemprego muito baixa, há menos trabalhadores à disposição. Portanto, teoricamente, os salários começam a subir — e isso, consequentemente, pode impactar a inflação", explica o economista. "Mas é um dado que precisa ser observado com cautela." Desemprego cai a 6,8% no trimestre terminado em julho Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, também destaca que o desemprego está beirando o mínimo, com renda real em alta e criação de vagas de trabalho ainda "muito fortes". "Atividade muito aquecida vai exigir uma Selic mais alta por mais tempo, o que não era imaginado anteriormente", diz a economista. PIB O PIB do Brasil subiu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, a economia brasileira acumulou R$ 2,7 trilhões entre janeiro e março. Veja a evolução do PIB no gráfico abaixo: Variação trimestral do PIB brasileiro no 1º trimestre de 2024 Arte/g1 A expectativa agora é para o resultado do segundo trimestre, que será divulgado em setembro. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado a "prévia" do PIB, registrou uma alta de 1,1% no período. Andréa Angelo, da Warren Investimentos, reforça que o maior desafio para Galípolo à frente do BC será justamente lidar com uma atividade econômica forte. "O PIB continua crescendo acima do potencial do Brasil. (...) Então, o maior desafio de Galípolo será deixar a taxa de juros em um patamar que faça a inflação caminhar para a meta sem deprimir tanto a atividade econômica." Agentes do mercado projetam que o PIB brasileiro será de 2,43% em 2024. Para 2025, a previsão é de desaceleração, com a economia crescendo 1,86%, conforme o relatório "Focus". 'Prévia' do PIB do Banco Central tem alta de 1,4% em junho Uma taxa Selic elevada tende a diminuir a atividade econômica do país. Por isso, desde que iniciou seu atual governo, em janeiro de 2023, Lula passou a disparar críticas contra o atual chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicado ao cargo em 2018 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Galípolo, apesar de indicado por Lula, também deverá ser pressionado a adotar uma gestão de juros mais baixos, justamente de olho no desempenho da economia do país. "É importante que o Banco Central atue pela queda inflacionária, mas também não perca de vista que não pode fazer isso penalizando muito a atividade econômica", afirma Galhardo, da Análise Econômica. Dólar Até a última sexta (30), o dólar acumulava uma alta de mais de 16% no ano. A valorização da moeda norte-americana frente ao real é resultado de uma série de fatores, como a alta taxa de juros nos EUA, as preocupações com as contas do governo brasileiro e a escalada das tensões no Oriente Médio. O dólar mais alto afeta as cadeias produtivas, elevando os custos das empresas e, consequentemente, os produtos finais, com reflexos na inflação. Veja a evolução da cotação do dólar ao longo do ano: Além de aumentar preços de itens e insumos importados, o dólar também causa impacto nas commodities. Com a moeda norte-americana mais valorizada, produtores dão preferência a vender para fora do país e receber em dólar, o que reduz a oferta no mercado interno — e afeta o preço. Na última semana, por exemplo, o dólar teve forte alta e encostou em R$ 5,70. Para ajudar a conter a escalada da moeda, o BC vendeu dólares no mercado, com o intuito de aumentar a quantidade disponível da moeda em circulação e baixar seu preço. Essa é uma das formas diretas de atuação do BC para o controle do câmbio. Outro desafio vem do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que terá em setembro sua nova decisão sobre os juros do país. Conforme já indicado pelo presidente da instituição, Jerome Powell, a previsão é de corte na taxa — só não se sabe de quanto. Mercado Financeiro: Bolsa do Brasil cai 1% e dólar fecha a R$ 5,62 Os juros dos EUA estão na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, maior patamar desde 2001. E, mesmo com um corte ainda neste ano, o nível elevado das taxas seguirá dando dor cabeça para o BC brasileiro no ano que vem — já que, quanto mais altos os juros por lá, mais forte fica a moeda norte-americana. Andréa Angelo, da Warren Investimentos, explica que o momento atual é de dólar forte em nível mundial. "Podemos até estar fazendo o dever de casa no Brasil, mas existe uma atração maior da moeda globalmente." "Então, talvez o Galípolo tenha que conviver com taxas de câmbio mais elevadas, justamente por esse momento que a economia global está enfrentando — o que se traduz em uma inflação mais alta", diz. A projeção do relatório "Focus", com estimativas do mercado, é que o dólar vá encerrar 2024 custando R$ 5,32. Para o fim de 2025, a previsão é de R$ 5,30. Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.771: prêmio acumula e vai a R$ 40 milhões

G1 Economia Veja os números sorteados: 07 - 13 - 14 - 33 - 38 - 50. Quina teve 94 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 37.663,95. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.771 da Mega-Sena foi realizado na noite desta sexta-feira (6), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 40 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 07 - 13 - 14 - 33 - 38 - 50 5 acertos - 94 apostas ganhadoras: R$ 37.663,95 4 acertos - 6.858 apostas ganhadoras: R$ 737,49 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (10). Mega-Sena, concurso 2.771 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Agronegócio tem 'problema' com o governo por questão 'ideológica', e MST é tão importante quanto agro, diz Lula

G1 Economia Presidente defendeu que os investimentos no setor são maiores que em outras gestões, e que o embate envolve problemas com pequenos produtores. O presidente Lula durante entrevista à Rádio Difusora, de Goiânia Reprodução/Canal Gov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (6) que representantes do agronegócio brasileiro têm "problema" com o governo petista por uma questão "ideológica". "A razão pela qual uma parte do agronegócio rejeita o PT não é por uma questão de dinheiro ou financeira. É por uma questão ideológica", declarou o presidente, em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia (GO). Segundo o petista, trata-se de um embate em torno do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "Há quantas décadas os sem-terra não invadem uma terra produtiva neste país? Entretanto, o agronegócio tem ódio dos sem-terra que são tão úteis ao Brasil quanto o agronegócio", disse. Em declarações, o presidente costuma fazer críticas à postura do setor que, segundo ele, "sempre reclama" que os recursos liberados pelo governo são "insuficientes". Governo quer usar plano Safra para baixar preço dos alimentos Na entrevista, Lula foi questionado sobre as dificuldades que a gestão dele enfrenta com o segmento. Ele explicou que defende o MST e não faz distinção entre grandes exportadores e pequenos produtores. "Um produz com qualidade e facilita com que o Brasil ganhe mercado para exportação, e os outros — se você pegar quase 5 milhões de pequenas propriedades de até 100 hectares — é essa gente que produz os alimentos que nós comemos. Que produz o frango, que cria o porco, são todos os pequenos proprietários. E essa gente é importante, eu não faço distinção", seguiu. O presidente voltou a citar o Plano Safra 2024/2025, destinado a financiar a agricultura no país. Segundo ele, o agronegócio não tem motivos para reclamar dos recursos liberados ao segmento. ????O programa tem o objetivo de estimular a produção agropecuária por meio de empréstimos a juros mais baixos. Este ano, está prevista a liberação de R$ 400 bilhões em créditos para médios e grandes produtores rurais. De acordo com o governo, o valor destinado a financiamentos rurais para agricultura empresarial nesta edição do programa de incentivo ao setor agropecuário é 10% maior do que o disponibilizado na passada. Leia também: Lula cita Plano Safra e diz: 'o agro está reclamando do quê?' "O problema deles comigo não é falta de dinheiro não, é ideológico, é preconceito, e eu convivo com isso tranquilamente. Vou continuar fazendo o que eu acho que é possível fazer, independentemente da pessoa votar em mim", concluiu. Veja Mais

Censo: Brasil tem 57 mil pessoas morando em tendas e barracas e 1,9 mil, em veículos

G1 Economia Segundo IBGE, Brasil tem 160 mil pessoas vivendo em domicílios improvisados, queda de 43% em relação a 2010. Homem em situação de rua dentro de barraca, na cidade de São Paulo Reprodução/TV Globo O Brasil tem 56,6 mil pessoas morando em tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 35,3% dos 160 mil moradores de domicílios improvisados e 0,03% da população do país. ????Domicílios improvisados são locais que os entrevistados apontaram como sendo sua moradia, mas que não foram projetados para tanto, como estruturas comerciais degradadas ou inacabadas, calçadas, viadutos, cavernas e outros abrigos naturais ou veículos; Os 56,6 mil vivendo em barracas não equivalem ao total de pessoas em situação de rua do país. Isso porque aquelas que não têm nenhum tipo de domicílio — sequer improvisado — não entra na conta. "Embora estes dados revelem uma precariedade muito grande em que vivem estas pessoas, nós não podemos dizer que elas são o quantitativo total de pessoas em situação de rua no país", explica Bruno Perez, analista do IBGE. "A operação de coleta de dados [dessas pessoas] é mais complicada do que o Censo, já que essa população muda constantemente de lugar quando não há uma estrutura de abrigo. Número de pessoas em domicílios improvisados cai 43% aponta, diz IBGE Segundo o IBGE, houve uma queda de 43% no número de pessoas vivendo em domicílios improvisados na comparação com 2010, quando eram 283 mil pessoas. É impossível saber, porém, qual foi a queda em cada tipo de domicílio. Isso porque em 2022, o Censo usou mais categorias. Segundo Perez, as mudanças metodológicas feitas pelo instituto e a redução da miséria no país, podem ter auxiliado na redução do percentual de domicílios improvisados. 1,8 mil pessoas moram em veículos A pesquisa registrou ainda que 1.875 mil pessoas vivem em veículos como carros, caminhões, trailers e barcos. A maior concentração de pessoas nestas condições é no Amazonas, onde 327 pessoas vivem desta forma, seguido por São Paulo (260 pessoas) e Rio Grande do Sul (146). O instituto também levantou quantas pessoas vivem em abrigos naturais (como cavernas, por exemplo) e outros tipos de estruturas improvisadas, somando um total de 27 mil brasileiros. Veja quantas pessoas vivem em domicílios improvisados no Brasil: Veja outros dados divulgados do Censo: O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais; O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros; 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) — foi a primeira vez na história em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo; O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas; Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu. Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos. Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo. O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já a falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros. Mais da metade dos 203 milhões de brasileiros — 54,8% — mora a até 150 km em linha reta do litoral. Veja Mais

Conta de luz mais cara: veja como economizar energia, mesmo com a bandeira vermelha

G1 Economia O país vive a seca mais severa de sua história recente e o custo da energia deve permanecer elevado nos próximos meses. Divulgação O Brasil vive a maior seca de sua história recente, o que causa uma severa redução do volume de água nos reservatórios de geração de energia elétrica. Como o país é bastante dependente das hidrelétricas, uma estiagem traz impactos diretos na conta de luz do brasileiro. Cerca de 51,6% do total da carga produzida vem das hidrelétricas, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Sempre que a capacidade diminui muito, é necessário utilizar o apoio de termelétricas, que são mais caras e menos eficientes. LEIA MAIS Energia, alimentos e transporte: como a maior seca da história afeta a economia e o seu bolso Corte de luz: saiba seus direitos e veja dicas para evitar a suspensão Tarifa Social: saiba se você pode ter desconto na conta de luz Para compensar o preço, o governo acionou neste mês a bandeira tarifária "vermelha patamar 1", que adiciona um custo extra para a conta de luz, com base nas condições de produção energética do período. Neste mês, a nova bandeira gera uma cobrança a mais de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos pelas famílias. Para não pesar no bolso, o g1 reuniu alternativas para reduzir o consumo de energia, que podem ser uma boa saída para que as despesas da família não disparem. Veja, a seguir, dicas para economizar. Chuveiro é o maior vilão da conta de luz O chuveiro elétrico é o equipamento que mais consome energia e, consequentemente, também é o que mais pesa na conta de luz do consumidor. Por isso, um uso inteligente durante os banhos pode ser a chave para uma redução significativa dos gastos com energia. O engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, explica que o tempo de calorão traz uma "grande oportunidade de economia", porque os chuveiros podem ser colocados numa temperatura menor — o que gasta menos energia. "Ao colocar a chave do chuveiro na posição verão, as pessoas podem ter economia de, aproximadamente, 30% do consumo do aparelho ligado em sua potência máxima", diz o especialista. Batista destaca ainda que é importante manter o mesmo tempo de uso do equipamento, ou até reduzir. "Não adianta diminuir a potência do equipamento e aumentar o tempo de banho". A Cemig também aconselha que, se possível, o consumidor evite usar o chuveiro entre 17h e 22h, horários de pico. Além destas, outra dica mais drástica já bem conhecida: fechar o chuveiro para ensaboar o corpo ou os cabelos. Geladeira também consome bastante Segundo a Cemig, a geladeira é o segundo equipamento que mais consome energia dentro de casa, por conta de seu tempo de uso e o "abre e fecha". Isso porque a entrada de ar quente na geladeira faz com o que o equipamento precise trabalhar mais para refrigerar os alimentos, consumindo mais. No mesmo sentido, o engenheiro destaca que alimentos ainda quentes não devem ser armazenados no eletrodoméstico, porque isso faz com que o motor do tenha que funcionar por mais tempo, aumentando os gastos. Utilizar a parte de trás das geladeiras, que são mais quentes, como forma de secar roupa, também é contraindicado porque eleva o consumo. Por fim, Thiago Batista também orienta que o consumidor tenha atenção ao estado da borracha de vedação do equipamento, porque se as portas não se fecharem totalmente, o consumo será maior. "Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha, se ela sair com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários pontos da porta da geladeira", diz Batista. Ar-condicionado ou ventilador? O ventilador sempre é a opção mais barata para lidar com as altas temperaturas. Além do aparelho ser mais barato, o consumo de energia também é menor que o de um ar-condicionado. Ainda assim, o engenheiro da Cemig afirma que é importante ter atenção ao tempo de uso do equipamento, evitando deixá-lo ligado se a pessoa deixar o ambiente ou quando as temperaturas já estiverem agradáveis. "O consumo de energia depende de duas variáveis: potência dos equipamentos, em watts (W), e tempo de utilização, em horas. Para utilizar corretamente a energia, deve-se atuar nessas duas variáveis. Por isso, mesmo que o ventilador tenha uma potência menor, se o aparelho ficar por longo período ligado, o cliente poderá ter um aumento significativo na conta de energia", explica Batista. Ainda em relação ao uso do ventilador, o indicado é manter os ambientes abertos e ventilados durante sua utilização, para reduzir a necessidade de manter o equipamento em uma alta frequência. O ar-condicionado é também um aparelho com alto consumo de energia: a cada 1ºC mais baixo, existe um gasto cerca de 10% mais elevado do consumo de energia, explica Thiago Godoy, especialista em educação financeira e fundador da Papai Financeiro. Para quem pensa em comprar um ar-condicionado, o educador comenta que é necessário levar em conta exatamente quais são as necessidades do espaço, para não comprar um que utilize mais energia que o necessário. Devem entrar na conta: O tamanho do ambiente a ser climatizado; A eficiência energética do aparelho; As características do clima local. Em caso de dúvidas sobre qual o equipamento é o mais apropriado para o espaço, vale falar com profissionais para tomar uma decisão mais acertada. No entanto, Batista, da Cemig, comenta que há uma forma prática de entender qual a melhor opção de aparelho para cada consumidor. “Para as residências, existem dois modelos: o do tipo janela, menos eficiente, e o split, que tem tecnologia inverter e é mais eficiente", pontua o especialista. "Na aquisição de qualquer um deles deve-se dar preferência para aqueles cuja etiqueta indique o consumo anual provável e multiplicar pela tarifa de energia encontrada na conta de luz. Dessa forma, o consumidor terá uma boa ideia do quanto cada equipamento 'gastará' no ano, pois esse consumo foi padronizado para uma utilização típica no país", explica Batista. Sobre a escolha do aparelho, os modelos com selo Procel de eficiência energética podem trazer uma economia no longo prazo. Consumo inteligente do ar-condicionado Para economizar energia, Thiago Godoy comenta que é importante utilizar o ar-condicionado com sabedoria. "Ajuste a temperatura para um nível confortável, evite variações bruscas e desligue o aparelho quando o ambiente estiver desocupado. O uso de dispositivos de programação, como timers, pode ser uma opção eficaz para automatizar esses ajustes", comenta Godoy. Gustavo Sozzi, presidente da fornecedora Lux Energia, compartilha do ponto de vista e aconselha o consumidor a optar por uma temperatura moderada, evitando excesso de frio. Para que o ar-condicionado não precise ficar em uma temperatura tão baixa, Sozzi pontua que é importante bloquear o calor solar com cortinas ou persianas, mantendo a casa naturalmente mais fresca. Manter vidros ou janelas fechados também ajudam, já que impedem a entrada de ar mais quente e seguram a temperatura mais fria no ambiente. Com janelas e cortinas fechadas, o especialista da Lux Energia comenta que "ventiladores de teto ou portáteis também podem ser eficazes para refrescar ambientes, consumindo menos energia que o ar-condicionado". Godoy ainda traz outra dica: é possível deixar o ar numa temperatura mais amena e combinar com o uso de ventiladores, um combo que gasta menos energia do que deixar o aparelho numa temperatura muito mais fria. Lâmpadas e paredes claras Gustavo Sozzi afirma que, além da otimização do uso dos aparelhos que utilizam energia elétrica, outras opções podem fazer a diferença na conta de luz no longo prazo. A primeira e mais simples é a escolha da lâmpada. Trocar lâmpadas incandescentes pelas de LED reduz os custos da casa com energia porque a lâmpada de LED é mais eficiente que a incandescente. Além disso, se a família tiver a possibilidade de priorizar o uso de cores claras nas paredes da residência, isso favorece a iluminação natural e reduz a necessidade de uso das lâmpadas durante boa parte do dia. Veja Mais

Horta em casa: como começar?

G1 Economia Quer cultivar suas próprias hortaliças e temperos, mas mora em apartamento? Tamanho não é problema. Veja dicas para dar os primeiros passos. Quer iniciar a sua própria horta? O g1 conversou com especialistas para entender como dar os primeiros passos nessa jornada: o preparo dos vasos, melhores cultivos para iniciantes, cuidados na mistura de espécies, além de dicas de ventilação e iluminação. Confira a seguir. Casa pequena não é desculpa Espaço não é desculpa para deixar de começar a cultivar em casa. Uma jardineira de 30 cm de comprimento e com profundidade o suficiente, já permite a plantação de até 2 espécies, segundo Sabrina Jeha, herborista da Sabor de Fazenda Ervas e Temperos. Duas questões devem ser observadas, de acordo com Andrei Santos, diretor de planejamento da ISLA Sementes. Sol: uma horta precisa de cerca de 4 horas de luz direta por dia para poder se desenvolver. Se isso não for possível, dá para arriscar em microverdes, que são cultivos em que a colheita é logo no início do desenvolvimento. Ventilação: a plantação vai precisar de ar, mas cuidado: correntes que duram o dia todo prejudicam o crescimento da planta, que precisa gastar energia até mesmo para se manter firme nestes ambientes. Muda ou semente? Para a herborista, as mudas acabam sendo mais simples para quem está tentando uma horta pela primeira vez, já que pulam todo o processo de desenvolvimento da semente e já têm a raiz desenvolvida. Também dá para plantar por meio dos chamados "propágulos", que são as estruturas das plantas, como os galhos. Neste caso, é preciso escolher um em que o caule esteja bom e com poucas folhas. O plantio deve ficar na sombra até as raízes começarem a brotar. Por fim, é preciso replantá-lo em um vaso definitivo. Mas, se você quer ter a experiência completa e observar a hortaliça ou tempero nascer do zero, adquira sementes. Para garantir que elas germinem, observe as instruções no pacotinho, que, inclusive, irão indicar quais as porcentagens de eficácia do desenvolvimento, comenta Lenita Haber, analista de Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Segundo a analista, é importante sempre colocar mais de uma semente na cova, para garantir que pelo menos uma vai germinar. Planta 'bebe' e 'come' E nem só de sol vai viver a sua horta, ela vai precisar de água e nutrientes. Na rega, não existe uma quantidade de água que valha para todos os tipos cultivos e, conforme a planta for se desenvolvendo, esses valores podem ir mudando de acordo com a espécie, conta Santos. Se a água for em excesso, a planta pode se afogar ou até mesmo ter a sua raiz apodrecida. Já se for de menos, ela pode secar. Então a dica é sempre pesquisar o quanto ela exige e verificar se a terra está seca ou úmida antes de regar. A sua horta também vai precisar se alimentar e isso acontece por meio dos adubos. A quantidade e os intervalos de aplicação também variam de espécie para espécie. Cultivos de ciclos mais curtos, como a alface, vão acabar sendo adubados só no plantio. Já aqueles que demoram mais para se desenvolver podem ser adubados 45 dias depois da plantação, aconselha Lenita. De acordo com a especialista, o adubo pode ser feito em casa e, para isso, ela sugere o uso de composteiras domésticas, onde resíduos de alimentos são depositados para gerar o composto. Mas, ela alerta, não dá para adubar a planta com alimentos gordurosos, porque os seus componentes podem atrair bactérias, fungos e outros invasores, além de terem uma decomposição mais lenta. A hora de colher também é importante: se for tirar o produto inteiro, pegar sempre na base e ir puxando devagar para não quebrar as folhas. Se tiver uma alface e for tirando folha por folha, é preciso ter cuidado para não mexer na raiz, que pode acabar quebrando e matar a planta. Quando for cortar, lembre-se também de sempre optar pela gema da planta. Dá para ter horta com pet em casa? O medo do pet destruir a sua horta é real, mas calma, eles conseguem conviver em paz. Tanto gato, quanto cachorro, podem achar o ambiente interessante para cavar, fazer as necessidades e até para fazer um lanche. Para a Sabrina, a dica é fazer uma horta para você e uma voltada para o seu animal. Assim, ele vai deixar as suas plantações quietas. Existem alguns cultivos mais indicados para cada animal. Algumas espécies aromáticas, como a pimenta, podem causar irritação nos pets, mas as hortaliças são mais convidativas. Os gatos adoram ervas, como a hortelã. Agora, se você quer ter apenas uma horta e só para você, tome alguns cuidados: Deixe-a em lugares inacessíveis para o pet. Quem tem gato pode precisar colocar grades. Tente impedir que o seu animal faça xixi na planta. Lenita conta que ele tem muito nitrogênio e pode queimar o cultivo e até contaminar o alimento. Para evitar que eles cavem, coloque casca de árvore seca em cima da terra, montando um obstáculo. Veja também 6 dicas para que suas plantas fiquem saudáveis: Plantas em casa: veja 6 dicas para que fiquem saudáveis Veja Mais

Consumidores devem pagar R$ 100 bilhões na conta de luz em 2024 por 'ineficiências' e subsídios, diz associação

G1 Economia Levantamento foi feito Abrace, entidade que representa grandes consumidores de energia. Dados foram projetados de acordo com o reajuste nas tarifas de energia a partir de agosto. Os brasileiros devem pagar R$ 100 bilhões a mais na conta de luz em 2024 por causa de "ineficiências" e subsídios, segundo o levantamento da Abrace — associação que representa grandes consumidores de energia. Os dados divulgados nesta quinta-feira (5) foram projetados de acordo com o reajuste nas tarifas de energia a partir de agosto. De acordo com a associação, esse custo coloca o Brasil entre os países com as maiores tarifas de energia em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) — indicador que ajuda a medir a atividade econômica. Conta de luz vai ficar mais cara em setembro. Ao todo, os custos do setor elétrico somam R$ 366 bilhões. Desse total, 27% são tarifas que subsidiam políticas públicas, furtos e programas considerados ineficientes pela Abrace. "Estamos mostrando que existem encargos que não são visíveis. O consumidor brasileiro paga o encargo do equilíbrio fiscal, R$ 900 milhões por ano do encargo, que é um dinheiro que ele está pagando teoricamente para manter a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], mas que não vai para a Aneel, vai para o equilíbrio público", afirmou o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa. "O consumidor paga o valor para contribuir e ainda paga um imposto sobre o valor, isso é uma ineficiência e não é transparente para a sociedade", completou Pedrosa. Entenda o que está por trás do custo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) é uma conta bancada pelos consumidores de energia, que custeia incentivos a setores da economia. ???? Essa é uma das parcelas que mais crescem na conta de luz. Em 2024, os consumidores devem pagar aproximadamente R$ 33 bilhões por esses encargos. Por meio da CDE, os consumidores bancam, por exemplo: custo dos combustíveis fósseis para geração de energia em áreas que não estão conectadas ao sistema interligado nacional; descontos nas tarifas para usinas de energia solar e eólica; carvão mineral para usinas termelétricas; desconto na conta de prestadoras de serviços de água, esgoto e saneamento. geração distribuída O setor elétrico dá o nome de "geração distribuída" à geração de energia pelos próprios consumidores — como os painéis solares nos telhados das casas. Aqueles que têm esse tipo de equipamento podem ter descontos em algumas tarifas. Esse custo será de R$ 4,34 bilhões em 2024. Energia no mercado regulado Para a Abrace, a energia comprada pelas distribuidoras e vendida aos consumidores residenciais, pequenos comércios e outros imóveis é mais cara que a comprada por grandes indústrias. Isso porque essa compra é feita por meio de leilões, que definem reservas de mercado para fontes de energia. Além disso, contam com custos embutidos nas tarifas e são contratos longos corrigidos pela inflação. ????Esses custos implicariam uma "ineficiência" de R$ 21 bilhões. Furtos e receitas irrecuperáveis Os furtos de energia são considerados como "perdas não técnicas". São perdas evitáveis, que não estão relacionadas ao sistema elétrico, mas sim a furtos, fraudes e problemas de medição na rede da distribuidora local. Esse custo entra parcialmente na tarifa do consumidor que está regularizado. Também entra na conta de luz as chamadas "receitas irrecuperáveis" — que são dívidas de consumidores que ficaram inadimplentes com a distribuidora. Para a Abrace, a forma como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calcula esses dois itens pode gerar uma ineficiência de R$ 2,1 bilhões em 2024. P&D e Proinfa Os projetos de pesquisa, desenvolvimento e eficiência energética são bancados pelas concessionárias de energia. A Abrace aponta como "ineficiência" os recursos que "sobram" sem ser usados. O valor é de R$ 636 milhões. Já o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa) tem uma valor de R$ 5 bilhões. Desse total, R$ 3 bilhões são apontados como um custo que não precisaria existir. Iluminação pública A iluminação pública é custeada por taxas municipais cobradas na conta de luz. Esse serviço custa R$ 5,4 bilhões aos consumidores. Para a Abrace, falta transparência na distribuição desses recursos, cujo monitoramento fica a cargo dos municípios. A associação defende que o serviço seja custeado pelas prefeituras, com a receita de tributos. Tributos sobre as ineficiências Sobre todos esses fatores listados pela Abrace incidem tributos, que não seriam pagos caso as distorções apontadas fossem corrigidas. ????Esse custo seria de R$ 21,5 bilhões. Veja Mais

Novas medidas de arrecadação podem ser necessárias para cumprimento da meta fiscal de 2024, diz Tesouro

G1 Economia Analistas têm criticado foco do governo no aumento de receitas. Para especialistas, equipe econômica deve se preocupar em fazer reformas para cortar gastos públicos. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, durante apresentação do Resultado do Tesouro Nacional (RTN) de fevereiro de 2023. Washington Costa/MF O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quinta-feira (5) que o governo pode adotar novas medidas de aumento de arrecadação para cumprir a meta das contas públicas neste ano. A decisão da equipe econômica sobre a necessidade de novas ações para aumentar as receitas será tomada, segundo o secretário, até o dia 22 de setembro — quando será divulgado o relatório de receitas e despesas do orçamento de 2024. "Se for necessário, vamos adicionar medidas que já estão preparadas para tal. Para fins de primário, nas receitas. Estamos prontos, preparados, para tomar as medidas necessárias de cumprimento da meta", disse o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, a jornalistas. O secretário do Tesouro Nacional explicou que as eventuais medidas de aumento de receita, se necessárias, buscariam compensar expectativas de arrecadação que não se confirmaram. Recentemente, por meio da proposta de orçamento de 2025, o governo anunciou a intenção de propor o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A equipe econômica também levantou a ideia da tributação dos juros sobre capital próprio – mecanismo utilizado pelas empresas – com o objetivo de fechar as contas no ano que vem. Especialistas criticam o foco do governo na elevação de receitas e defendem o corte de gastos por meio de reformas (leia mais aqui). Meta fiscal Meta fiscal é 'mais possível do que se esperava há seis, sete meses', diz secretário do Tesouro Para este ano, a meta é de zerar o déficit das contas públicas. Entretanto, pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a R$ 28,8 bilhões. Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 28,8 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público. Em julho, o governo previu que suas contas ficarão no vermelho em R$ 28,8 bilhões, sem considerar os efeitos da crise no Rio Grande do Sul, no limite da banda de déficit fiscal autorizada. Desoneração da folha Segundo o Tesouro Nacional, os efeitos da desoneração da folha de pagamentos de setores da economia, e de municípios, já estão incorporados no orçamento deste ano. De modo que, de acordo com o secretário Rogério Ceron, as medidas de compensação que forem levadas adiante, em 2024, melhorarão as contas públicas. Entre as medidas aprovadas pelo Senado Federal para compensar a desoneração da folha de pagamentos, que ainda precisam do aval da Câmara dos Deputados, estão: repatriação de recursos no exterior atualização do valor de bens imóveis no Imposto de Renda Desenrola para empresas com multas em agências reguladoras uso de depósitos judiciais e extrajudiciais Críticas de economistas Bruno Carazza comenta as pressões sobre o orçamento a curto e médio prazo Desde o ano passado, economistas ouvidos pelo g1 têm criticado o foco do governo, no ajuste das contas públicas, no aumento da arrecadação. Para eles, a equipe econômica também tem de se concentra no outro pilar que possibilitará uma melhora da contas públicas — o corte de gastos. Entre as propostas, estão: Redução de gastos com servidores, por meio de uma reforma administrativa Contenção de gastos previdenciários, por meio de uma nova reforma da Previdência Reforma de gastos sociais Mudanças ou o fim do abono salarial Revisão de vinculações, como o piso da saúde e educação à receita, e dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo No mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para o risco de “shutdown” (paralisação) da máquina pública até 2028, com o crescimento das emendas impositivas e dos mínimos constitucionais para saúde e educação. O temor, já informado pelo g1, é que o espaço para gastos livres do governo acabe nos próximos anos. Veja Mais

Prejuízo do fogo nas lavouras de cana-de-açúcar de SP sobe para R$ 800 milhões

G1 Economia Novos dados da associação do setor contabilizam os incêndios registrados entre o dia 24 de agosto e esta quarta-feira (4). Três incêndios na tarde desta quarta-feira (4) atingiram áreas de cana-de-açúcar e mata nos bairros rurais de Santana e Santa Olímpia, em Piracicaba (SP) Edijan Del Santo As queimadas nos canaviais paulistas se espalharam por mais de 100 mil hectares, elevando os prejuízos para R$ 800 milhões de reais, estimou nesta quinta-feira (5) a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana). Até o mês passado, a entidade estimava perdas em 80 mil hectares e prejuízo de R$ 500 milhões. Os novos dados contabilizam os incêndios registrados entre o dia 24 de agosto e esta quarta-feira (4), e representa 2,3% da área total de cana do estado de São Paulo, que é maior produtor do Brasil, com cultivos em 4,3 milhões de hectares. O fogo não só queimou a cana que estava de pé – e que, portanto, corresponde à atual safra – como também destruiu rebrotas, o que pode impactar a próxima colheita. Devido às perdas, a cana só vai conseguir rebrotar quando tiver água no solo, quando as chuvas chegarem, afirma o diretor-executivo da Orplana, José Guilherme Nogueira. "Esse cenário de clima seco e falta de chuvas pode impactar a safra futura, mas ainda é cedo para essas previsões. Esperamos que as chuvas deste final de ano venham de forma uniforme e volumosa e a rebrota da cana-de-açúcar aconteça de uma maneira mais tranquila", afirma. Leia também: 'Queimar cana é queimar dinheiro', diz diretor-executivo da Orplana Carne, feijão, laranja: maior seca dos últimos 44 anos deve encarecer alimentos Projeções para a safra Na quarta-feira (4), a consultoria Datagro reduziu em 9 milhões de toneladas a expectativa da safra de cana do centro-sul do Brasil, para 593 milhões de toneladas em 2024/25, em meio a impactos da seca e após as queimadas, destacou a agência de notícias Reuters. Com isso, a produção de açúcar do centro-sul do Brasil foi estimada em 39,3 milhões de toneladas na temporada 2024/25, ante 40,025 milhões de toneladas na projeção anterior. Segundo a Datagro, os incêndios provocaram preocupações sobre as áreas a serem colhidas na próxima safra de 2025/26. Como atingiram áreas de rebrota, isso deve "encorajar os produtores a retardar o início das operações de moagem na próxima temporada", disse a consultoria. Incêndio em Morro Agudo destruiu 3 mil hectares de cana e mata Veja Mais

Dólar opera em baixa, ainda de olho em dados da economia dos EUA; Ibovespa sobe

G1 Economia No dia anterior, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, avançou 1,31%, aos 136.111 pontos. Já a moeda norte-americana recuou 0,03%, cotada a R$ 5,6396. bearfotos/Freepik O dólar opera em baixa nesta quinta-feira (5), com o mercado repercutindo dados de geração de emprego nos Estados Unidos e ainda na expectativa pela divulgação de novos números do mercado de trabalho pelo payroll, que acontece nesta sexta. O payroll é o principal relatório de empregos do país, mas antes dele, hoje, outros números também movimentam o pregão. O relatório ADP, que mostra a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos, reportou geração de 99 mil novas posições em agosto, muito abaixo das expectativas de 144 mil. Há temores de que a economia americana passe por um período de recessão em breve, por conta dos juros elevados, atividade mais fraca e a maior taxa de desemprego desde a pandemia, de 4,3%. Assim, investidores devem observar com atenção os dados de amanhã para analisar como anda a economia e tentar se antecipar aos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode iniciar um ciclo de corte nos juros ainda em setembro. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera com leve alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? Dólar Às 10h30, o dólar caía 0,60%, cotado a R$ 5,6060. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,03%, cotada em R$ 5,6396. Com o resultado, acumulou: alta de 0,13% na semana e no mês; avanço de 16,22% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,09%, aos 136.239 pontos. Na véspera, o índice fechou em alta de 1,31%, aos 136.111 pontos. Com o resultado o Ibovespa, acumulou: alta de 0,08% na semana e no mês; ganho de 1,43% no ano. DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? As preocupações de que o esfriamento do mercado de trabalho possa significar uma recessão iminente têm aumentado o sentimento de cautela, com o S&P 500 caindo mais de 2% até agora nesta semana e as ações de tecnologia recuando quase 5%. O payroll de julho mostrou uma taxa de desemprego alta para os padrões americanos, de 4,3%, além de uma geração de novas vagas muito menor que a esperada, com 114 mil vagas contra uma expectativa de 175 mil. Nesta quarta, a percepção de enfraquecimento aumentou com os números do relatório ADP, com a criação de somente 99 mil novas vagas. Apesar disso, na última semana, os Estados Unidos tiveram uma redução no número de pedidos iniciais por seguro-sesemprego, caindo de 232 mil para 227 mil. Esses números fazem coro ao Livro Bege divulgado pelo Fed nesta quarta-feira (4). A atividade econômica dos Estados Unidos teve uma expansão mais lenta entre julho e agosto, e as empresas relataram menos contratações, segundo o Livro Bege. O documento reúne entrevistas com empresas nos 12 distritos do banco central, até o dia 26 de agosto. O cenário reforça a expectativa de que o Fed deverá reduzir a taxa básica de juros neste mês. A avaliação do banco central norte-americano sobre a saúde da economia do país também mostrou que as pressões sobre a inflação aumentaram em um ritmo modesto. "A atividade econômica cresceu ligeiramente em três distritos, enquanto o número de distritos que relataram atividade estável ou em declínio aumentou de cinco no período anterior para nove no período atual", disse o Fed. Ainda segundo o documento, empregadores foram mais seletivos em suas contratações e menos propensos a expandir sua força de trabalho, em meio a preocupações com a demanda e uma perspectiva econômica incerta. O Livro Bege, divulgado aproximadamente a cada seis semanas, foi publicado em um momento em que o presidente do Fed, Jerome Powell, e demais autoridades deixaram claro que pretendem cortar a taxa básica de juros na próxima reunião de política monetária, nos dias 17 e 18 de setembro. A única incerteza é se as condições enfraquecidas do mercado de trabalho demandam um corte de 0,25 ponto percentual ou uma redução maior de 0,50 ponto percentual. No cenário doméstico, com uma agenda econômica mais fraca, o mercado segue repercutindo falas recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele avaliou nesta quarta-feira (4) que será necessário realizar um debate sobre o crescimento dos gastos obrigatórios, que estão avançando fortemente com o crescimento das despesas previdenciárias. Se nada for feito, ele admitiu que os gastos livres dos Ministérios, conhecidos como "discricionários", acabarão nos próximos anos – o que poderá levar a uma paralisia do Estado e o fim de recursos para algumas ações importantes. "Todas regras mantidas, as despesas obrigatórias vão consumir as despesas discricionárias. Vamos ter de fazer um debate sobre isso", declarou Haddad, em entrevista ao programa "Em Ponto", da GloboNews. O governo tem se concentrado, até então, na revisão de cadastros, algo que já havia sido anunciado anteriormente. O objetivo é limitar o pagamento dos benefícios a quem tem direito, diminuindo as fraudes. Estão sendo revistos os registros de quem tem direito ao Bolsa Família, ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), quem está no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e no auxílio-doença, entre outros. Segundo analistas, entretanto, essa revisão têm fôlego curto. * Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

Aneel corrige dados e ajusta nível da bandeira vermelha; aumento na conta de luz será menor

G1 Economia Agência reguladora informou que patamar precisou ser atualizado após novos cálculos. Aumento está mantido, mas valor adicional na tarifa será reduzido quase pela metade. Energia Elétrica Jorge Júnior/Rede Amazônica A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta quarta-feira (4) que fez uma revisão na bandeira tarifária vermelha para este mês de setembro, e corrigiu o patamar que antes era nível dois, para nível um. ????Isso significa que a cobrança adicional na conta de luz — deixando o preço da energia elétrica mais caro para famílias e empresas —, será em um valor menor do que o anunciado anteriormente. Contudo, ainda haverá aumento na tarifa. Veja a diferença: Bandeira vermelha patamar 1: adicional R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh). Bandeira vermelha patamar 2: a tarifa aumenta R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWh). Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia falado sobre a possibilidae de uma revisão nível da bandeira vermelha. ????A bandeira tarifária encarece a conta de luz, em períodos de pouca chuva e muito consumo de energia, para desestimular o desperdício. O dinheiro vai para uma conta específica do governo – e pode ser usado em ações para mitigar a crise hídrica, por exemplo. Segundo a agência, a mudança "ocorre após correção de informações do programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS)". Com a alteração, a Aneel solicitou a avaliação das informações e o recálculo de dados. Além disso, a diretoria da agência reguladora informa que serão "instaurados processos de fiscalização para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição do PMO e cálculo das bandeiras". Bandeira vermelha vai fazer a conta de luz subir 10% em setembro Sinal de alerta Com a seca na região Norte do país, usinas hidrelétricas importantes estão gerando menos energia. Nos horários de pico de consumo e baixa geração de energia renovável, no início da noite, é necessário acionar usinas termelétricas — que são mais caras. Leia também: Seca extrema do rio Madeira causa paralisação parcial de uma das maiores hidrelétricas do Brasil Esta foi a primeira vez em três anos que o governo acionou bandeira vermelha. A última vez que isso aconteceu foi em agosto de 2021 — na crise hídrica. Depois, em setembro do mesmo ano, a Aneel criou a bandeira "escassez hídrica" — a mais cara de todas — para atender ao sistema elétrico nacional em situação severa de seca, que afetou a geração de energia pelas hidrelétricas. A bandeira "escassez hídrica" ficou em vigor até abril de 2022, quando a Aneel acionou a bandeira verde — sem cobrança adicional na conta de luz. Novos valores Em março, a Aneel aprovou redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias. Com o ajuste, os preços ficaram assim: ????bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra; ????bandeira amarela (condições menos favoráveis) – redução de 37% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado; ou R$ 1,88 a cada 100kWh. ????bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – redução de 31% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 44,63 por MWh utilizado; ou R$ 4,46 a cada 100 kWh (situação atual). ????bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – redução de 20% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 78,77 por MWh utilizado; ou R$ 7,87 a cada kWh. Na época, a Aneel justificou que as condições dos reservatórios permitiam essa adequação nos preços das bandeiras. Veja Mais

Novo candidato à presidência da Câmara se reúne com Lula e é questionado sobre amizade com Cunha

G1 Economia O novo candidato à presidência da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu nesta quarta-feira (4) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. A reunião ocorreu um dia depois de Motta se lançar de vez na disputa. Na terça (3), o então candidato Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, abdicou da disputa para apoiar o nome de Motta. A visita a Lula foi orquestrada por Pereira e pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também do Republicanos. O deputado Hugo Motta no plenário da Câmara Reprodução/Câmara dos Deputados Durante a conversa, segundo interlocutores do deputado, Lula comentou que Motta é jovem. O deputado respondeu que é jovem, sim, mas tem bastante experiência no parlamento. Depois Lula afirmou que soube que Motta é amigo do deputado cassado Eduardo Cunha. Cunha presidiu a Câmara em 2015 e parte do ano de 2016. Na época, iniciou o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, afilhada política de Lula. Motta respondeu ao presidente que, sim, não abandona os amigos. Afirmou que foi acolhido por Cunha quando chegou a Brasília e que considera isso importante. Disse também que aconselhou o então presidente da Câmara a não dar início ao processo de impeachment contra Dilma. Segundo Motta, isso acabaria fazendo mal à carreira de Cunha. Por fim, Motta salientou para Lula que vem defendendo o governo petista nas reuniões de líderes no Congresso. Motta saiu da reunião, segundo interlocutores, com um convite feito por Lula: "Vamos tomar um vinho na semana que vem", disse o presidente. Lula deu aval para Hugo Motta concorrer na Câmara, diz deputado Marcos Pereira Conversa com Bolsonaro Antes de ir até Lula, Motta conversou com o principal rival político do presidente, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi levado a Bolsonaro pelo filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI). O apoio de aliados de Lula e de aliados de Bolsonaro é fundamental para quem quiser vencer a disputa da Câmara. Veja Mais

GM investirá R$ 5,5 bi para modernizar fábricas de SP e lançará carro híbrido flex em 2025

G1 Economia Montadora anunciou em janeiro um investimento de R$ 7 bilhões em todas as fábricas da GM no Brasil. Fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) divulgação/GM A GM, grupo americano responsável por marcas como a Chevrolet, anunciou nesta quarta-feira (4) detalhes sobre os recentes investimentos no Brasil. O valor é de R$ 5,5 bilhões e o destino dele está nas duas fábricas da empresa no estado de SP, sendo uma em São Caetano do Sul e outra em São José dos Campos. O evento reuniu autoridades locais, representantes de sindicatos e políticos. O governador de SP, Tarcisio de Freitas (Republicanos), exaltou o investimento nas fábricas de São Paulo, mesmo poucos meses após a demissão de mais de mil funcionários no estado. GM investe em todas as fábricas do Brasil O montante faz parte dos R$ 7 bilhões anunciados para todas as fábricas, em janeiro deste ano. Na época, a montadora destacou que o investimento tem foco em mobilidade sustentável, abrange a renovação completa do portfólio de veículos e o desenvolvimento de tecnologias para o mercado local, além da criação de novos negócios. Fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) Todo o aporte será investido até 2028 e envolve todas as cinco fábricas no Brasil. Uma é a de São Caetano do Sul (SP), a mais antiga do grupo GM no país e que em 2030 completa 100 anos — foi inaugurada em 1930. Nela, o foco está na produção da picape Montana, o SUV compacto Tracker e a minivan Spin. Outra unidade está em São José dos Campos (SP), com produção da picape S10 e a SUV grande Trailblazer. A última com fabricação de carros está em Gravataí (RS) e de lá saem Onix e Onix Plus, versão sedan do hatchback da GM. Por fim, em Joinville (SC) são produzidos motores e cabeçotes para as outras plantas. Para Gravataí (RS) a GM já anunciou que destinará R$ 1,2 bilhão do total de R$ 7 bilhões investidos no Brasil durante os próximos quatro anos. O Complexo Industrial Automotivo de Gravataí foi inaugurado em 20 de julho de 2000. Desde então, esse é o quarto investimento que a GM faz na unidade do RS. Chevrolet lançará novo carro em 2026 Além do reforço em investimento para o estado de São Paulo, a Chevrolet já confirmou a produção de um carro inédito, com lançamento previsto para 2026. Ele será fabricado em Gravataí (RS) e ainda não foi divulgado qual tipo de veículo será, mas muitas pistas apontam para um SUV para rivalizar com nomes de peso como Volkswagen Nivus e o Fiat Pulse. As pistas também apontam para um motor 1.0 turbo, com foco na economia de combustível, enquanto mantém desempenho acima da motorização encontrada em compactos de entrada. Outro detalhe importante está na possibilidade deste SUV trazer opção de sistema híbrido leve, aumentando ainda mais a economia de combustível e que auxilia na redução das emissões. Ford apresenta a F-150 Performance, divisão esportiva da marca Veja Mais

Energia, alimentos e transporte: como a maior seca da história afeta a economia e o seu bolso

G1 Economia O solo seco e os baixos níveis dos rios prejudicam não só a irrigação e safras no campo, mas também a geração de energia e o deslocamento de cargas pelo país. Tudo tem reflexo na cadeia de produção e, por consequência, na inflação do país. Casas flutuantes ficaram encalhadas no leito do Igarapé do Xidamirim, cujo nível da água baixou drasticamente devido à seca em Tefé, no Amazonas. Foto de 20 de agosto de 2024 Bruno Kelly/Reuters O Brasil enfrenta a pior seca de sua história recente, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). E a previsão dos meteorologistas é de que as ondas de calor e a estiagem permaneçam em quase todo o país pelo menos até novembro. O cenário preocupa e pode levar a uma série de reflexos negativos na economia brasileira. O solo seco e os baixos níveis dos rios prejudicam não só as safras agrícolas como também a geração de energia elétrica, o custo de combustíveis e o transporte de cargas pelo país. Essa junção de fatores tem reflexo direto no bolso dos brasileiros, em especial, os mais pobres. São impactos na cadeia produtiva de alimentos e nos custos de empresas por todo o país, que geram um aumento de custos básicos do dia a dia. Em 2021, o último momento de crise enérgetica mais grave, a seca provocou um aumento de 21,21% na energia elétrica residencial, que foi o segundo subitem de maior contribuição para a inflação oficial do país. Só perdeu para a gasolina, que avançou 47,49%. Naquele ano, o IPCA chegou a 10,06%, maior nível desde 2015. De olho na seca de três anos atrás e no cenário atual, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tentou tranquilizar agentes do mercado e produtores nesta terça-feira (3). "Nós não atravessaremos em 2025 o que aconteceu em 2021", disse. Até é possível que os patamares não sejam os mesmos, mas a inflação já é uma preocupação latente e que ganha novo reforço. Em julho, o acumulado do IPCA para a janela de 12 meses chegou a 4,50%, no teto do intervalo permitido pela meta perseguida pelo Banco Central do Brasil (BC). Caso ela permaneça elevada, o BC pode ser obrigado a manter os juros básicos do país em níveis mais altos para controlar os preços. Além disso, o forte resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre, uma alta de 1,4% no período, mostra que o consumo segue forte e amplia os receios de que a inflação esteja prestes a sair da meta do BC. O mercado financeiro, inclusive, já aposta em uma alta nos juros em setembro. Nesta reportagem você vai entender, em um contexto já complexo, quais os possíveis efeitos econômicos da maior seca da história: ???? Os impactos na geração de energia ???? As safras — e os alimentos que ficam mais caros ???? As cadeias logísticas impactadas ???? A pressão sobre inflação e juros Os impactos na geração de energia Alexandre Maluf, economista da XP Investimentos, afirma que a principal consequência inicial da seca é o encarecimento da conta de luz. Conforme mostrou o g1, a bandeira tarifária foi alterada de "verde", em que não há cobrança extra pelo consumo de energia, para a "vermelha patamar 2", a mais cara e que adiciona R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos pelas famílias. A última vez que o governo acionou a bandeira vermelha foi justamente em agosto de 2021 — época de crise hídrica. A situação era tão grave que, um mês depois, a Aneel chegou a criar a bandeira "escassez hídrica", ainda mais cara, para atender ao sistema elétrico nacional em situação severa de seca. Um aumento como esse acontece diante da importância das hidrelétricas para o Brasil. Elas são a principal fonte de energia do país, com 51,6% do total da carga produzida, segundo dados atualizados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Entenda no vídeo abaixo como funciona o sistema brasileiro de transmissão de energia: Apagão nacional: sistema de transmissão de energia e diferenças em relação à crise de 2001 Para essa modalidade de geração de energia, a principal matéria-prima é, justamente, a água. "O clima desempenha um papel crucial nos preços da energia", destaca Gustavo Sozzi, engenheiro e presidente do Grupo Lux Energia. Com a falta de chuvas, a quantidade de água nos reservatórios cai e a capacidade de gerar energia diminui. Para compensar essa perda, o país recorre a fontes alternativas, como as termelétricas — que são mais caras e menos eficientes. O uso das termelétricas eleva os custos de produção, aumentando as bandeiras tarifárias e, consequentemente, a conta de luz, explica o engenheiro. Quanto menor a capacidade hidrelétrica, portanto, maior será a bandeira e o preço cobrado pela energia. O especialista também reforça que as perspectivas para os próximos meses não são boas. Mesmo que as chuvas voltem em outubro, a estiagem prevista para setembro irá reduzir ainda mais os níveis dos reservatórios e deixar o solo (das regiões já secas) ainda mais duro, o que prejudica a recuperação durante as chuvas. "Esperamos que, a partir do início de outubro, as chuvas retornem ao país com mais intensidade. Mas isso, inicialmente, não significará redução no custo da energia. Precisaremos de uma sequência de alguns meses com boas chuvas para normalizar a situação", pontua Sozzi. As safras — e os alimentos que ficam mais caros Outro grande problema da estiagem é o desabastecimento de produtos agrícolas, resultado das quebras de safras e perda de alimentos. Os prejuízos na produção causam os chamados "choques de oferta", que acontecem quando um produto passa a ter uma disponibilidade menor no mercado — e, por isso, seus preços sobem. Os recentes incêndios no interior de São Paulo também podem exercer uma pressão sobre o preço da cana-de-açúcar, matéria-prima utilizada para produção de açúcar e etanol. Caso o fogo seja controlado, no entanto, o impacto será pontual e não deverá pesar sobre a inflação, pondera o economista. Alexandre Pires, do Ibmec, destaca que a extensão da seca — presente em quase todo o país — tende a prejudicar, principalmente, produções como soja, gado e itens de hortifruti. "Neste ano, vamos ter uma quebra de safra por conta da seca, que já vem se intensificando ao longo dos últimos meses. Há uma generalização da estiagem", comenta o professor. Como mostrou reportagem do g1, a estiagem prejudica, sobretudo, os pequenos produtores, que não possuem um sistema de irrigação para lidar com a seca. Cerca de 13% da área da agricultura nacional tem essa estrutura, mas é dominada pelos grandes produtores focados em exportação. É a agricultura familiar, no entanto, a responsável por alimentar a maioria dos brasileiros. Alexandre Maluf, da XP, comenta que as plantações de soja e milho podem ter uma melhora nas condições já a partir de outubro, caso as chuvas se normalizem. Um prolongamento da seca, por outro lado, poderá encarecer ainda mais essas culturas. As cadeias logísticas impactadas Em termos de logística, a seca prejudica principalmente o escoamento da produção industrial na Zona Franca de Manaus, onde os rios estão em níveis alarmantes. "Isso acaba atrapalhando a oferta de insumos para a indústria no Centro-Sul, principalmente no Sudeste", diz Alexandre Maluf, da XP. O economista comenta que, por isso, alguns produtos devem sofrer "estresse na cadeia logística" — ou seja, uma menor oferta de alguns itens, porque o transporte vem sendo prejudicado pela seca. Entre os produtos que devem sentir mais esses impactos, Maluf destaca: Equipamentos eletrônicos; Insumos para a indústria; Motopeças; Autopeças. Para o economista, no entanto, mesmo que a situação gere um impacto inflacionário, deve ser algo de "curto prazo". Mas o professor Alexandre Pires, do Ibmec, destaca que o modal de transporte hidroviário é muito importante para a região Norte, e que o baixo volume dos rios afeta diretamente a economia local. A seca na região tem afetado, por exemplo, o transporte de itens de saúde pública. Conforme mostrou o g1 em agosto, a estiagem severa atrasou a entrega de oxigênio e medicamentos no município de Envira, no interior do Amazonas. Além disso, os rios mais secos causaram desabastecimento na cidade e fez os preços de alguns alimentos saltarem de mais de 100%. Nesse sentido, Pires comenta que a seca pode exigir atenção do governo federal para as comunidades da região, que dependem do rio para sobreviver economicamente. Isso, segundo o professor, pode gerar uma pressão por auxílios para a subsistência dessa população durante a estiagem, impactando mais as contas públicas. A pressão sobre inflação e juros Alexandre Pires, do Ibmec, afirma que há uma tendência cada vez maior de que a inflação fique acima da meta do Banco Central devido aos "choques adversos" que o Brasil tem enfrentado. O centro da meta do BC para 2024 é de uma inflação de 3%. No entanto, ela será considerada cumprida se terminar o ano em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Os dados mais recentes, de julho, mostram que a inflação acumulada em 12 meses foi de exatos 4,5%. Veja no gráfico abaixo. A principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação é a taxa Selic — que está, atualmente, em 10,50% ao ano. Esse é o referencial usado por bancos e instituições financeiras para, por exemplo, balizar a oferta de crédito. Por isso, quanto mais elevada a taxa, mais caro fica para pessoas e empresas tomarem crédito — o que diminui investimentos e o consumo das famílias. Em geral, esse ciclo se reflete na economia do país, com uma atividade econômica mais fraca. O economista Alexandre Maluf, da XP, avalia que, caso a seca severa permaneça, a soma de fatores poderá, sim, significar um aumento de pressão sobre o BC para manter a Selic em níveis elevados. "Mas ainda é cedo para apontarmos se o cenário vai mudar ou não a cabeça do Banco Central", afirma. Pires, do Ibmec, lembra que a instituição leva em conta uma série de dados para sua decisão sobre os juros, o que inclui fatores nacionais e internacionais. "Como há uma tendência de os juros norte-americanos caírem, não deve haver um aumento da taxa por aqui. A tendência é que os juros continuem como estão, apesar das pressões inflacionárias", diz o economista. Veja Mais

Governo recomenda 'medidas preventivas' para garantir suprimento de energia durante seca histórica

G1 Economia Alternativas foram aprovada em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. ONS poderá acionar usinas mesmo que elas custem mais que o preço médio da energia. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou a adoção de "medidas preventivas" para garantir o suprimento de energia elétrica durante a maior seca da história recente do Brasil. A medida foi aprovada em reunião do comitê, nesta terça-feira (3), segundo apurou o g1 junto a iparticipantes da reunião. O CMSE é um órgão de acompanhamento do sistema elétrico, presidido pelo Ministério de Minas e Energia, com representantes dos seguintes órgãos: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Agência Nacional do Petróleo (ANP); Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE); Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ministro descarta crise energética em 2025 em meio a seca histórica As medidas aprovadas nesta terça-feira (3), conforme apurou o g1, incluem: Despacho de usinas termelétricas O CMSE decidiu autorizar o despacho das usinas termelétricas Santa Cruz (RJ) e Linhares (ES), em novembro, mesmo que fora da "ordem de mérito" --acima do custo variável da energia. Isso quer dizer que o ONS pode acionar as usinas mesmo que elas custem mais que o preço médio da energia. Essas usinas já estão sendo acionadas, mas dentro da "ordem de mérito". A autorização do CMSE apenas permite que as usinas continuem sendo despachadas durante toda a semana, mesmo que o preço médio da energia caia --o que as colocaria fora da "ordem de mérito". Na prática, o governo autoriza a continuidade do despacho ainda que as usinas estejam gerando uma energia mais cara em determinados momentos. O comitê também permite acionar as usinas Santa Cruz (RJ), Linhares (ES) e Porto de Sergipe (SE) de forma flexível para atender aos períodos com mais consumo de energia, geralmente no início da noite. O despacho flexível significa que a usina pode gerar energia somente quando o ONS indicar, para atender a momentos com mais demanda. Menos vazão em Belo Monte O governo também autoriza a usina de Belo Monte a operar, de forma excepcional, com um reservatório intermediário. A usina foi construída a fio d'água, ou seja, depende da vazão do rio. Ela tem dois reservatórios de regulação, principal e intermediário. O intermediário opera com vazão mínima menor. A medida autoriza Belo Monte a operar com uma vazão mínima de 100 metros cúbicos por segundo, no lugar de 300 metros cúbicos por segundo. Isso leva uma "economia" de água para ser usada nos horários de pico de consumo. Flexibilização de desempenho e segurança O CMSE também permite que o ONS utilize critérios de desempenho e segurança "menos restritivos". Ou seja, pode haver uma flexibilização desses critérios para manter o suprimento de energia pelo sistema elétrico em setembro, outubro e novembro --meses mais críticos. Ministro descarta apagão Na manhã desta terça-feira (3), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou a ocorrência de uma crise energética em 2025 aos moldes do que aconteceu em 2021, quando o período seco esvaziou os reservatórios das usinas hidrelétricas. Silveira deu a declaração em meio a uma seca histórica que atinge o país. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), órgão do governo federal, a estiagem deste ano é a mais extensa e mais severa já vista no Brasil, superando a de 2015. "As medidas de planejamento são fundamentais. Por isso, estamos tendo esse cuidado de nos adiantar aos problemas, e com isso eu tenho a absoluta convicção de que nós não atravessaremos em 2025 o que aconteceu em 2021, que, por falta de planejamento, estivemos à beira de um colapso energético no Brasil", disse em entrevista a jornalistas. Silveira se reuniu nesta terça com representantes do ONS para tratar da segurança do sistema elétrico, antes da reunião do CMSE. Veja Mais

Consumo de combustível nas alturas? Pode ser filtro de ar entupido; veja o que fazer

G1 Economia Peça é a responsável por purificar o ar que o motor respira, garantindo a queima perfeita do combustível. A influenciadora Niela Mecânica explica como trocar o filtro de ar. Como trocar o filtro de ar? Um motor a combustão pode ter mais de duas mil peças. Mas nem todas elas são um bicho de sete cabeças. O filtro de ar é fácil de identificar, tem opções baratas e não tem segredos para trocar. O filtro de ar do propulsor de um veículo é a peça responsável por reter as impurezas que são levadas até a câmara de combustão. Por trabalhar em temperaturas elevadas, sem o filtro de ar ou com o componente impregnado, a sujeira pode entrar no motor e ficar presa nas paredes dos cilindros. Quando isso acontece, vários efeitos negativos podem surgir. O consumo de combustível elevado é um dos primeiros sinais de que chegou a hora de fazer a substituição da peça. No vídeo acima, a influenciadora e reparadora automotiva Niela Mecânica ensina os principais macetes para trocar o filtro de ar sempre que necessário. LEIA MAIS Troca de óleo: como escolher o melhor lubrificante para o seu carro? Licenciamento atrasado? Veja quanto e quando pagar a taxa IPVA à vista ou parcelado: veja como se organizar Respirando ar puro O ar limpo é importante para que o motor consiga extrair o máximo do combustível porque, como se sabe através das leis da física, quanto mais oxigênio estiver disponível para a combustão, mais eficiente ela será. Quando o ar tem dificuldade para entrar na câmara de combustão, a explosão dentro do cilindro não é feita na totalidade, o que faz com que o carro perca força e o combustível não queimado seja jogado para o sistema de escape. Assim, além de aumentar a poluição no meio ambiente, o motorista tende a afundar o pé no acelerador porque o carro já não apresenta o desempenho de quando o carro estava com o filtro limpo. Quando isso acontece, o consumo aumenta consideravelmente. De acordo com Alexandre Dias, proprietário e mecânico do Centro Automotivo Guia Norte de São Paulo, “se a sujeira entrar, estraga os componentes internos do propulsor e, automaticamente, o carro gasta mais”. “Se o consumidor não trocar o filtro de ar, a condição de rodagem vai ser comprometida. A parte interna vai ficar cheia de detritos e o carro vai perder desempenho. Quanto pior o ar que ele respira, pior será o funcionamento”. Filtro de ar (peça retangular amarela) é a responsável por enviar ar limpo para o motor. Acima, à esquerda, está o filtro de óleo e, à direita, o filtro de combustível Denis Marum/G1 Revisão A maioria das montadoras aponta que a troca do filtro de ar deve ser feita junto com as revisões programadas, que acontecem a cada período determinado por cada fabricante. Em média, gira em torno de 12 meses ou 10 mil quilômetros. Existem condições, porém, que podem fazer esse intervalo ser bastante menor. “Se o carro frequenta muita estrada de terra, se encara cidades com alto índice de poluição, o filtro de ar estraga mais rápido. Por isso, vale lembrar que veículos que passam por locais com muitas queimadas, é possível que a substituição do filtro de ar seja mais frequente”, afirma Alexandre Dias. Filtro de ar sujo pode impedir a passagem de oxigênio, o que dificulta o funcionamento do motor Alexandre Dias | Arquivo pessoal Qual o preço do filtro de ar? De acordo com o especialista da Guia Norte, os valores cobrados pela peça podem variar bastante justamente porque estão disponíveis peças originais e paralelas. “Um filtro de ar pode custar de R$ 20 a mais de R$ 500, depende do carro. O filtro de ar de um carro de entrada custa entre R$ 30 e R$ 40. Mas, de um carro esportivo e importado, pode custar mais”. Dentre os materiais utilizados para composição de um filtro de ar estão papel microporoso, malha de aço, fibras de algodão e também espuma. E ele pode ter vários formatos: desde o tradicional quadrado, passando por retangulares, redondos, até aqueles cilíndricos para carros esportivos. Onde comprar um filtro de ar? Tão fácil quanto instalar, é encontrar essa peça filtrante. Basta se atentar ao número de série do produto, que normalmente está especificado no manual do veículo. Com essa informação em mãos, basta pesquisar na internet e comprar em diversos sites de distribuidores de peças e até nos e-commerces. Se preferir, dá para achar filtro de ar em lojas físicas, postos de combustíveis e em centros automotivos. Caso não tenha tempo nem paciência para executar essa tarefa, basta levar o seu carro para uma oficina de confiança. O serviço demora aproximadamente de 20 minutos e o custo gira em torno de R$ 50 pela mão de obra. Como saber se um carro passou por enchente? Veja Mais

Por que internacionalizar patrimônio ou negócio nos EUA? Estratégia é o segredo!

G1 Economia Conheça a empresa que oferece soluções estratégicas de aceleração, gestão e posicionamento de negócios e famílias nos Estados Unidos É fato que, nos dias de hoje, os investidores cada vez mais buscam oportunidades além das fronteiras de seus próprios países. A internacionalização do patrimônio e de empresas aos Estados Unidos se apresenta como uma estratégia atraente para brasileiros em busca de diversificação de ativos e expansão de seus horizontes financeiros. Mas como alcançar a proteção patrimonial efetiva nos EUA? Acompanhe dicas, reflexões e a opinião dos especialistas abaixo:. Para investidores de olho na proteção patrimonial. Divulgação Temas como investimento em imóveis, internacionalização de empresas, consultoria estratégica com visão externa e gestão financeira nos EUA são sempre temas que se conectam com empresários e famílias que pretendem dar um passo em direção ao maior mercado do mundo. Investimentos em xeque no Brasil A incerteza acompanha o caminhar do investidor brasileiro. Pandemia, alta do dólar, dengue, mudanças políticas, eleições, enfim, os fatores externos estão em evidência. A tudo isso somamos o atual debate sobre a taxação dos super-ricos. Com a crescente desigualdade de renda e a necessidade de financiar programas sociais e investimentos públicos, o governo brasileiro tem considerado diversas propostas para aumentar a taxação, que tem sido objeto de debate político e social. Propostas de impostos sobre grandes fortunas e maiores alíquotas para os mais ricos têm ganhado destaque. No entanto, as complexidades e os desafios na implementação dessas medidas têm levado muitos super-ricos a buscar alternativas para proteger sua riqueza. Carol Sousa, CEO da SA Finance & Accounting. Divulgação "Qual é o melhor investimento? Como eu faço para pagar menos impostos? Como consigo o melhor crédito nos EUA? Quero proteger meu patrimônio nos EUA, não quero ser taxado, e agora? São perguntas que os nossos clientes nos fazem aqui na SA Finance & Accounting. E é com muito orgulho que nos apresentamos como referência em soluções efetivas, seguras e personalizadas", explica em entrevista a CEO da SA Finance & Accounting, Carol Sousa. Oportunidades nos EUA A especialista também detalha os diferenciais do investimento nos Estados Unidos. Com alguns pontos importantes sobre "dolarizar o patrimônio": O sistema tributário dos Estados Unidos oferece uma série de benefícios e incentivos fiscais para investidores e empresários, incluindo deduções fiscais, isenções e tratamento favorável para certos tipos de renda e investimentos. Os EUA são conhecidos por sua estabilidade política, econômica e jurídica, o que oferece segurança e previsibilidade para investidores internacionais. Também oferecem uma ampla gama de oportunidades de investimento em setores como construção, imobiliário e finanças, proporcionando aos investidores uma variedade de opções para diversificar seu patrimônio. Alto nível de proteção de ativos e privacidade para investidores estrangeiros, garantindo que seus investimentos sejam seguros e confidenciais. No Brasil o empresário quer pagar à vista? Pois nos EUA é fundamental ter crédito e financiamento. Não há juros em excesso que prejudiquem a estratégia a longo prazo. Em entrevista, o agente imobiliário Rogerio Neiva exemplifica um ponto que diferencia o investimento em imóveis na comparação Brasil x Estados Unidos: "É um exemplo simples para ilustramos essa diferença. O empresário tem US$ 1 milhão. Para investir em imóveis no Brasil, ele compra à vista e garante um desconto especial, uma vantagem específica. Nos EUA, o investidor estrangeiro precisa de 30% de entrada. E o restante pode financiar três imóveis alugados para ganhar na valorização. Sem as altas taxas de juros que temos no Brasil", detalha Neiva.. Agente imobiliário Rogerio Neiva em entrevista sobre investimento em imóveis nos EUA. Divulgação Soluções personalizadas nos EUA Referência em serviços contábeis, financeiros e estratégicos, a SA Finance & Accounting trabalha com diversos serviços personalizados para investidores brasileiros: Assessoria e Planejamento Tributário (Tax Planning): Estratégias fiscais sob medida para otimizar sua carga tributária e garantir conformidade com as leis fiscais dos EUA; Consultoria e Gestão Empresarial: Orientação especializada para ajudar empresas a estabelecer e expandir suas operações nos Estados Unidos; Revisão de Conformidade Financeira; Assistência especializada em transações imobiliárias nos EUA, incluindo trocas de investimentos imobiliários isentos de impostos; Estruturas e Planejamento de Negócios; Serviços de Due Diligence e auditoria; Preparação de Declaração Fiscal e Demonstrações Financeiras; Serviços de CFO e Controladoria; Planejamento Estratégico Financeiro. "É como um quebra-cabeça. Adoramos colocar as peças juntas para fazer isso acontecer. O país dá muitos benefícios aos contribuintes. É simplificado o processo e o investidor tem a entrega beneficiada. Ele consegue atingir o crescimento da empresa por meio de um planejamento bem-feito e muito controle financeiro e contábil.", explica Carol.. "Temos 44 escolas nos EUA. E para operar um negócio, você precisa do controle de bordo. Foi isso que a SA nos deu. Encontrando as melhores soluções para crescermos mais", elogia empresário Leonardo Nery, CEO da Victory Martial Arts. Cinco diferenciais da SA nos EUA A única que oferece Planejamento Financeiro e Fiscal integrados Estratégia de negócios presente no tripé Brasil, EUA e Portugal. Atendimento humanizado e personalizado. Em Português. Entendendo a cultura do brasileiro. Expertise no modelo de empresas em diferentes setores dos EUA. Benefícios para empresas e empreendedores. O empresário economiza no imposto. Extended CFO - Visibilidade e gestão financeira no dia-dia do negócio americano. Mais sobre Extended CFO O Chief Financial Officer (CFO) externo desempenha um papel crucial, oferecendo uma abordagem estratégica para otimizar a saúde financeira da empresa e encontrar soluções inteligentes para reduzir impostos. No modo fracionado da SA, a vantagem está na economia. Com o empreendedor investindo apenas na medida necessária. O "Fractional CFO" traz consigo uma expertise especializada em estratégias fiscais. Eles estão atualizados sobre as últimas leis e regulamentos fiscais e têm o conhecimento necessário para identificar oportunidades legais de redução de impostos. Ao analisar minuciosamente as finanças da empresa, pode implementar estratégias fiscais inteligentes que ajudam a minimizar a carga tributária, permitindo que ela reinvista essas economias em seu crescimento e desenvolvimento. Entre em contato para saber mais A SA Finance & Accounting é reconhecida por sua excelência e compromisso com o sucesso de seus clientes. Acesse o site para saber mais. Endereço: 5728 Major Blvd – Suíte 307 – Orlando, FL 32819 EUA. Veja Mais

Orçamento 2025: governo pode propor taxação de 'big techs' para fechar as contas

G1 Economia De acordo com a área econômica, entretanto, essa proposta de taxar 'big techs' será levada adiante somente no caso de ocorrerem 'frustrações de receitas'. Apple, Google e Microsoft Montagem/Reuters O Ministério da Fazenda informou nesta segunda-feira (2) que poderá propor, caso julgue necessário, a taxação grande empresas de tecnologia, conhecidas como "big techs", como Apple, Google e Microsoft, para fechar as contas no ano que vem. O projeto de orçamento do ano que vem foi enviado ao Legislativo na última sexta-feira (30). ??Gastos com a previdência e com benefícios sociais estão pressionando as contas públicas, reduzindo o espaço para os chamados "gastos livres" — como investimentos e outros programas sociais do governo. De acordo com a área econômica, entretanto, essa proposta de taxar "big techs" será levada adiante somente no caso de ocorrerem "frustrações de receitas". Justiça dos EUA conclui que Google age ilegalmente para manter monopólio Além da taxação das "big techs", o governo informou que também poderá propor a implementação do Pilar 2 da OCDE, que estabelece tributação global mínima de 15% para empresas multinacionais (não somente big techs). Pelo lado das despesas, a equipe econômica informou que terá prosseguimento a agenda de revisão de gastos e acrescentou que, se forem necessários, conforme determina a lei, bloqueios e contingenciamentos serão feitos para o alcance da meta fiscal de 2025. “Essas duas discussões [taxação de big techs e de outras multinacionais] estão bem segmentadas no nível internacional. São discussões que a gente tem acompanhado na OCDE. Aprovando CSLL e JCP, mais essas medidas que serão apresentadas oportunamente, a gente consegue fazer a compensação [da folha de pagamentos]”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Infraestrutura de Comunicações Em julho, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, defendeu que "big techs" contribuam para expandir a infraestrutura de telecomunicações para promover a inclusão digital no Brasil. “Essas big techs, como o Google, Apple, Facebook e Amazon, desempenham um papel crucial na formação do nosso futuro digital. Elas têm o poder de conectar pessoas, ideias e oportunidades como nunca antes", disse o ministro. "E é aqui que vemos uma oportunidade única: a de trazer essas gigantes da tecnologia para contribuir de forma a expandir a infraestrutura digital, reduzir as disparidades regionais de acesso à internet e promover a inclusão digital que tanto desejamos”, afirmou na ocasião. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) calcula que a taxação das 'big techs', por um acordo global, resultaria em ganhos de receita fiscal em nível mundial entre US$ 17 bilhões e US$ 32 bilhões, com base nos dados de 2021, segundo reportagem do jornal "Valor Econômico". Alta de arrecadação e meta fiscal Mais cedo nesta segunda-feira, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), afirmou que está preocupado com o foco da proposta no aumento da arrecadação de impostos. Salário mínimo, Bolsa Família, emendas parlamentares, arrecadação: os destaques do Orçamento de 2025 "Manifesto minha preocupação com o foco da proposta na arrecadação de impostos, e não na priorização da melhoria da gestão pública, da eficiência nos gastos e da redução da carga tributária que são fundamentais para gerar empregos, criar oportunidades e aumentar a confiança dos investidores", declarou Julio Arcoverde, por meio de nota. O orçamento enviado ao Legislativo pela equipe econômica traz um objetivo de déficit zero para as contas do governo em 2025. Para analistas, porém, esse é um objetivo ousado. A projeção do mercado é de um rombo acima de R$ 90 bilhões no próximo ano. O governo lembra que, pelas regras do arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas aprovada no ano passado, há uma banda de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo em torno da meta fiscal. Com isso, o governo poderá registrar um resultado em suas contas de R$ 30,97 bilhões de superávit ou de déficit em 2025, sem que a meta de déficit zero seja descumprida. Segundo a proposta, entretanto, a projeção é de que será registrado um rombo de R$ 40,4 bilhões no ano que vem. Isso ocorre porque está previsto o abatimento de R$ 41,1 bilhões em precatórios (sentenças judiciais). Medidas de arrecadação O déficit zero buscado pelo governo, entretanto, está ligado a novas medidas de arrecadação, como o aumento da CSLL e dos juros sobre capital próprio — uma forma de distribuição de lucro, que incide sobre o acionista. Ao todo, as medidas de arrecadação extra somam R$ 168 bilhões em 2025. Além do aumento de impostos, o governo também conta com medidas renegociar dívidas tributárias, e receita com a retomada do voto de qualidade do Carf, entre outros. Veja abaixo: Aumento de 1 ponto percentual na Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), tributo que incide sobre o lucro das empresas: impacto de R$ 14,93 bilhões, em 2025 Incremento de 15% para 20% no Imposto de Renda incidente sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP) das empresas — uma forma de distribuição de lucro, que incide sobre o acionista: impacto de R$ 6 bilhões. Medidas de compensação para a Desoneração da folha de salários: R$ 25,8 bilhões Processos Carf - Voto de qualidade: R$ 28,6 bilhões Transação de Relevante e Disseminada Controvérsia Jurídica (inclui PTTI): R$ 26,5 bilhões Transação Tributária: R$ 31 bilhões Recuperação Créditos Inscritos na dívida ativa: R$ 15,5 bilhões Controle Especial na utilização de benefícios tributários: R$ 20 bilhões. Nesta segunda-feira (2), o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, disse que o aumento de tributação do JCP deve fazer parte da proposta de reforma da renda, que o governo ainda vai enviar ao Congresso. A intenção é que esse aumento seja perene, ou seja, sem prazo para terminar. Em julho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, virou alvo de opositores do governo federal e passou a ser chamado de "Taxad" em memes que inundaram as redes sociais. Veja Mais

Reajustes contemplam 98% dos servidores federais e terão impacto de R$ 16 bilhões em 2025

G1 Economia Equipe econômica negociou reajuste por carreiras após mudar metas fiscais de 2025 e 2026. Até esta semana, governo tinha fechado 43 acordos nas mesas de negociação. Vista aérea da Esplanada dos Ministérios em Brasília (DF) em novembro de 2015 Ana Volpe/Agência Senado Os reajustes acordados com os servidores do governo federal aprovadas ou em discussões no âmbito das Mesas Específicas e Temporárias de Negociação, além das reestruturações de carreiras, contemplaram 98,2% dos servidores do Executivo. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) pelo Ministério da Gestão e da Inovação. O impacto no orçamento do ano que vem, que já contempla essas tratativas, será de R$ 16 bilhões. Foram fechados, até a semana passada, 45 acordos no âmbito das mesas de negociação específicas pelo Ministério da Gestão (veja a lista mais abaixo nessa reportagem). Os acordos contemplam aumentos salariais para os servidores em 2025 e 2026, com diferentes índices de correção. O secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, afirmou que as negociações conduzidas nas mesas específicas foram positivas dentro dos limites orçamentários, contemplando boa parte das reinvindicações. "As demandas ficaram represadas por muito tempo sem reajuste. Certamente as reinvindicações são maiores do que aquilo que foi o resultado dos acordos, mas tenho certeza de que todo os acordos foram positivos, pois repõem a inflação de um período inteiro e contemplam um aumento real", afirmou o secretário José Lopez Feijóo, por meio de nota. Histórico Em 2023, o Orçamento aprovado pelo Congresso reservou R$ 11,6 bilhões para o reajuste dos servidores. Isso permitiu que o Planalto firmasse acordo com os servidores, naquele ano, para um reajuste salarial de 9% — formalizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O acordo também contemplou um aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação. O tíquete passou de R$ 458 para R$ 658 mensais, naquele momento. Neste ano, entretanto os servidores do Executivo não contaram com reajustes salariais. Houve, entretanto: um aumento do auxílio-alimentação, que passou de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; alta de 51,1% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (“auxílio-saúde”); aumento de 51,1% na assistência pré-escolar (“auxílio-creche”), de R$ 321,00 para R$ 484,90, para todos os servidores federais. Governo federal propõe reajuste de 8% para todos servidores do Executivo Negociações para reajustes Em abril deste ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que não havia espaço para reajustes em 2024, pois o orçamento estaria "fechado". Entretanto, foi concedido um aumento de 52% o auxílio-alimentação dos servidores públicos federais, para R$ 1 mil. Também em abril, a ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que os servidores não terão perda inflacionária durante o governo Lula. Mas, acrescentou que a atual gestão não teria "facilidade de recuperar perdas de governo anterior por falta de qualquer reajuste de servidores naquele momento". Após a mudança das metas fiscais de 2025 e de 2026, que ampliou o espaço para despesas nos próximos anos, a equipe econômica começou a negociar reajustes por carreiras. Acordos fechados nas Mesas Específicas e Temporárias Carreiras da Fundação Nacional dos Povos Indígenas - FUNAI Carreiras da Agência Nacional de Mineração - ANM Analistas Técnicos de Políticas Sociais - ATPS Analistas em Tecnologia da Informação - ATI Delegados e Peritos Criminais da Polícia Federal - PF Agentes, Escrivães e Papiloscopistas da Polícia Federal - PF Policiais Rodoviários Federais - PRF Agentes Federais de Execução Penal (Policiais Penais Federais) - PPF Auditores-Fiscais e Analistas Tributários da Receita Federal - RFB Especialista Federal em Assistência à Execução Penal e Técnico Federal de Apoio à Execução Penal - PPF Analistas e Técnicos do Banco Central do Brasil - BACEN Plano de Carreira dos Cargos de Atividades Técnicas e Auxiliares de Fiscalização Federal Agropecuária - PCTAF Auditores Fiscais Federais Agropecuários - AFFA Magistério Federal - PROIFES Federação Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE e PECs Setoriais - FAZENDA, CULTURA, entre outros - ERCE Carreiras da Previdência, Saúde e Trabalho - PST / Carreiras do Departamento Nacional de Auditoria do SUS - DENASUS / Agentes de Combate às Endemias - Lei nº 13.026, de 03/09/2014 Magistério Federal - ANDES-SN/SINASEFE Cargos Técnico-Administrativos em Educação - PCCTAE Carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental – EPPGG CVM e SUSEP Carreira de Analista de Comércio Exterior Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas - PCCHFA Carreira de Planejamento e Orçamento Carreiras do IBGE Carreiras do IPEA Carreiras da PREVIC Oficiais e Agentes de Inteligência da ABIN Grupo DACTA Grupos de Apoio e de Informações da ABIN Carreiras do Meio Ambiente - IBAMA, ICMBio e MMA Médicos Peritos Tecnologia Militar – PCCTM DNIT – Carreiras e PEC INCRA/MDA – PCC Reforma e Desenvolvimento Agrário Peritos Federais Agrários Agências Reguladoras FNDE e INEP Assistentes e Oficiais de Chancelaria Diplomatas Carreiras da FIOCRUZ Carreiras do INMETRO Carreiras do INPI Carreiras da Ciência e Tecnologia, do Instituto Evandro Chagas - IEC e do Centro Nacional de Primatas – CENP Carreiras do INSS Analistas de Infraestrutura - AIE Veja Mais

Corte de luz: saiba seus direitos e veja dicas para evitar a suspensão

G1 Economia O corte de luz é feito pelas distribuidoras quando o consumidor não realiza o pagamento de pelo menos uma conta. Mas também tem casos raros da energia ter sido cortada de maneira indevida. Imagens de lâmpadas e conta de luz na região de São Paulo (SP). WILLIAN MOREIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO ???? Abriu o registro do chuveiro e a água não esquentou? Clicou no interruptor e a luz não acendeu? A geladeira parou de funcionar? Se essas situações aconteceram na sua casa, saiba: o fornecimento de energia deve ter sido suspenso. O corte de luz é feito pelas distribuidoras quando o consumidor não realiza o pagamento de pelo menos uma conta. E o assunto ganhou nova importância porque, após três anos, o governo voltará a acionar bandeira vermelha na conta de luz, deixando a energia fica mais cara. A mudança de bandeira tarifária para vermelha significa que haverá cobrança adicional de R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos pelas famílias brasileiras. Isso aconteceu por conta de uma seca na região Norte do país, que fez usinas hidrelétricas importantes gerarem menos energia. A planejadora financeira Carol Stange diz que a conta mais cara é uma das surpresas do orçamento doméstico que pode se desenrolar em um corte de luz. Outros casos comuns são quando o consumidor esquece de pagar as contas e ou quando perde o controle do consumo. Nesta reportagem, o g1 reponde às principais dúvidas sobre como funciona o processo de corte de energia, além de fornecer dicas para te ajudar a evitar a suspensão do fornecimento. LEIA MAIS Tarifa Social: saiba se você pode ter desconto na conta de luz Como se cadastrar no Bolsa Família? Veja o passo a passo 'Golpe do 0800': saiba identificar e o que fazer para não cair Entenda como funciona o corte de luz ????O corte pode vir com apenas uma conta atrasada? Existe uma quantidade mínima de contas não pagas para o corte? Não existe um número mínimo de contas atrasadas para a suspensão, o que significa que a distribuidora pode realizar a interrupção do fornecimento de energia após notificar devidamente o consumidor. Para efetuar o corte, a empresa obrigatoriamente precisa encaminhar um aviso para o cliente com, pelo menos, 15 dias de antecedência. De acordo com a Aneel, essa notificação deve conter informações como o dia em que vai ser realizada a interrupção e o prazo de encerramento das relações contratuais. Além disso, a distribuidora só pode fazer o corte de luz em um prazo máximo de 90 dias após a data de vencimento da fatura. Assim, a companhia é proibida de suspender a energia caso esse prazo seja ultrapassado. Conforme a advogada Julia Caetano, depois desse período, o débito só deverá ser cobrado na Justiça ou de maneira administrativa, contanto que as contas posteriores estejam quitadas. “Mas esse prazo tem uma importante exceção: caso seja comprovado que o impedimento do corte decorreu de determinação judicial ou outro motivo justificável, é permitido a suspensão depois dos 90 dias”, alegou a especialista. g1 no É de Casa: bandeira vermelha na conta de luz, seca no Norte e trabalho voluntário em ilha ????A suspensão da energia pode ser feita no final de semana? Não. É proibido realizar o corte de energia elétrica às sextas-feiras, sábados, domingos, vésperas de feriados e nos feriados. Também é vedada a suspensão antes das 8h e depois das 18h em todos os dias da semana. ????Se eu receber o aviso de corte, o que devo fazer? Após receber o aviso 15 dias antes da data da suspensão, é recomendado que o consumidor quite o débito o quanto antes para evitar o corte. Também é indicado que o cliente guarde os comprovantes de pagamento para apresentar à distribuidora. Caso não consiga pagar a conta por falta de dinheiro, o consumidor tem a possibilidade de parcelar o débito com a companhia em alguns casos. ????Como parcelar débitos das contas de luz? Embora não tenham obrigação legal, muitas empresas realizam o parcelamento do valor das faturas que estão abertas. Para isso, o consumidor precisa pedir para a distribuidora, que pode aceitar ou não a solicitação. Entretanto, se o domicílio for classificado como residencial de baixa renda, as companhias são obrigadas a parcelar os débitos, a menos que a dívida já tenha sido parcelada em algum momento. A solicitação de parcelamento deve ser feita pelo titular ou representante legal. As parcelas do débito são inseridas nas contas dos meses posteriores. ????Após quitar a dívida, qual é o prazo para religar a energia? Depois de efetuar o pagamento das contas atrasadas, o consumidor deve solicitar o restabelecimento da energia para a distribuidora. A companhia de energia elétrica deve religar a luz nos seguintes prazos: 4 horas caso a interrupção tiver sido indevida; 24 horas para situação normal de instalações localizadas em área urbana; 48 horas para situação normal de residências em área rural. Algumas fornecedoras oferecem o serviço de religação de urgência, que restabelece em quatro horas a energia de instalações urbanas, e em 8 horas, de zona rural. ????Como proceder caso a minha energia tenha sido cortada indevidamente? Se todas as contas do consumidor estiverem pagas e, mesmo assim, a energia tiver sido cortada, ele deve entrar em contato com a companhia para religar o fornecimento o mais breve possível. Neste caso, a distribuidora deve restabelecer, de forma gratuita, a energia do cliente em até quatro horas. Além disso, conforme a Aneel, a companhia “deverá efetuar um crédito na próxima fatura, podendo até responder por outros danos ao consumidor”. Tarifa Social: saiba se você pode ter desconto na conta de luz Tarifa Social Caso o valor da conta de luz “pese” no orçamento, pessoas de baixa renda podem solicitar descontos na fatura por meio da Tarifa Social de Energia Elétrica. Veja aqui como fazer. Criado em 2002 pelo governo federal, o programa pode garantir até 100% de desconto, a depender do consumo mensal, na conta de consumidores residenciais. Em geral, para ter acesso à iniciativa, é preciso ser inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e a família deve ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Mas também têm acesso ao benefício idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo. Dicas parar evitar o corte de energia A planejadora financeira Carol Stange explica que a suspensão da energia elétrica pode ser causada por dois motivos, principalmente: Falta de organização: Se a pessoa não conhece quantas contas ela precisa pagar no mês ou costuma ter surpresas no orçamento, ela pode esquecer ou não conseguir realizar algum pagamento; Consumo excessivo: Épocas de mais calor costumam aumentar o consumo de luz das famílias e, consequentemente, o preço das contas. Assim, em momentos de consumo fora da curva, o orçamento pode não ser suficiente para o pagamento, o que pode gerar inadimplência. Sobre a desorganização, é indicado cadastrar as contas de luz em débito automático nos bancos e utilizar as faturas em formato digital, que envia lembretes quando a conta está próxima do vencimento. "Outra alternativa é colocar as contas em um lugar visível, como um mural ou uma pasta para evitar esquecimento. Também recomendo utilizar aplicativos de organização financeira. Além disso, colocar todas as contas em um único banco é uma alternativa para evitar atrasos, já que está tudo em um só lugar", disse Carol Stange. Ficar atento ao consumo de energia e adotar hábitos que ajudam a economizar também é importante para evitar o corte de luz por falta de pagamento. Sobre isso, são recomendadas as seguintes estratégias: ??Substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED, pois elas consomem até 80% menos energia que as convencionais; ??Diminuir o consumo de chuveiro elétrico, secadora de roupas, aquecedor, ferro de passar, geladeira, micro-ondas, freezer e lavadora de roupas; ??Aproveitar a luz natural durante o dia; ??Tirar os aparelhos elétricos da tomada quando não tiver mais em uso; ??Verificar os fios da casa: fios desencapados ou expostos podem gerar acidentes e contribuem para perda de energia. O recomendado é trocá-los com urgência; ??Adquirir aparelhos elétricos eficientes: eletrodomésticos mais antigos costumam consumir mais energia. Se puder, os substitua por aparelhos mais novos e com selo PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) de eficiência energética. Saiba como economizar com os eletrodomésticos para evitar aumentos na conta de luz * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Veja Mais

Receita Nosso Campo: aprenda a fazer uma torta de abacaxi e chocolate

G1 Economia Programa deste domingo (1°) ensina a fazer uma saborosa torta de abacaxi. Receita Nosso Campo: aprenda a fazer uma torta de abacaxi com chocolate Reprodução/TV TEM O Nosso Campo deste domingo (1º) ensina a preparar uma deliciosa torta de abacaxi com chocolate. Saiba como fazer: ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Ingredientes: Para a massa: 350 g de bolacha amido de milho triturada; 140 g de manteiga sem sal; 60 ml de água; Para o creme: 1 lata de leite condensado; 1 lata de creme de leite; 200 ml de leite; 1 colher de sopa de essência de baunilha; 2 gemas sem a película do ovo; 1 colher de sopa de amido de milho; Para o mousse: 300 gramas de chocolate branco; 1 caixinha de creme de leite; 1 colher de sopa de pasta saborizante de abacaxi; 150 ml de chantilly batido; Para a geléia: 300ml de água; 1 colher de sopa de amido de milho; 1 gelatina de abacaxi; 40 gramas de açúcar; Modo de preparo: Para fazer a massa: Comece derretendo a manteiga de trinta em trinta segundos, em potência média; Depois adicione a manteiga derretida junto com a bolacha triturada, misture e acrescente a água, deixando parcialmente úmido; Como fazer o creme: Coloque em uma panela o leite condensado, o creme de leite, gemas e a essência de baunilha; Dissolva o amido de milho em um pouco de leite, misture na panela e leve ao fogo, mexendo até engrossar; Como fazer o mousse: Derreta o chocolate de trinta e trinta segundos e mexa para que não queime; Logo depois, adicione o creme de leite, a pasta saborizante de abacaxi, mexa bem até dissolver e adicione o chantilly, mexendo delicadamente; Como fazer a geleia Coloque em uma panela com 300 ml de água, dissolva o amido de milho, coloque o açúcar e a gelatina e leve ao fogo, sempre mexendo. Para acompanhar a cobertura Corte um abacaxi em cubos, ferva e triture as castanhas de caju; Para montar: Na travessa adicione a bolacha triturada, o creme e adicione o mousse. Por cima coloque o abacaxi picado, a geleia e as castanhas de caju trituradas; Veja a reportagem exibida no programa em 01/09/2024: Confira o Nosso Campo deste domingo, 1º de setembro, na íntegra VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Cacau não é só chocolate: conheça o mel natural feito da fruta no ES

G1 Economia Bebida é produzida com a prensa das amêndoas do cacau e reforçam a forte presença da fruta no agronegócio capixaba. Espírito Santo é o terceiro maior produtor da fruta no país. Cacau é versátil e pode render vários produtos além do chocolate, como mel Líquido doce e refrescante extraído diretamente da fruta. Esse é o mel de cacau, produto natural que vem se destacando como uma aposta do agronegócio no Espírito Santo. Tirado da amêndoa da fruta, o líquido pode ser tomado logo que é retirado dos frutos. É mais uma forma de agregar valor à produção local. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Na Fazenda Esperança, em Linhares, no Norte do estado, o mercado do mel já bastante familiar. Desde a infância, a produtora rural Erika Rangel já bebia o mel quando acompanhava a quebra do cacau feita por familiares na propriedade. Era consumido só por quem estava aqui. Ele nem era extraído, simplesmente escorria do fruto em folhas de bananeira e ficava aquela aguinha que é boa e a gente bebia" Os 13 mil cacaueiros usados na produção ficam no terreno dos avós maternos, que passou para a mãe de Erika, e agora está nas mãos dela, do esposo, Arislano Santos, dos filhos Gabriel Rangel e Tiago Rangel, e do pai, Vanildo Muniz. Há gerações, eles produzem amêndoas de cacau alpino vendidas como commodities que atendem, especialmente, o mercado de chocolateiros tanto do Espírito Santo quanto de outros estados. Porém, por volta de 2018, o valor comercial caiu e a família resolveu inovar a produção. Foi assim que começaram a produção do mel. Isso para agregar valor ao produto. O que, segundo a produtora, deu retorno. Do cacau da Fazenda Esperança, em Linhares, é feito mel, cocada, geleia e amêndoas. Célio Ferreira | TV Gazeta "Conseguimos elevar a produção. Antes, algumas partes eram perdidas, mas hoje a fruta vai para o ciclo normal, vai para fermentação e tudo é aproveitado. Então, algo que não gerava valor nenhum hoje a gente já consegue agregar valor fazendo outras coisas além do chocolate, como o mel", frisou a produtora rural. A produtora afirmou ainda que a bebida não é só deliciosa como também é boa para a saúde. Isso porque o líquido também é rico em açúcares, possui altos níveis de zinco, magnésio e baixo sódio. ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Cacau de qualidade A preocupação em fazer uma bebida de qualidade refletiu no cuidado no momento de realizar a coleta do líquido. O marido de Erika é engenheiro mecânico e criou uma máquina especialmente para fazer o processo de retirada do mel. Algumas pessoas ficam impressionadas. Falam: 'como?'. Mas é porque a gente faz a extração a frio. Ele não é despolpado e sim prensado, sai esse líquido e a gente só envasa" Com o sucesso tanto na produção quanto nas vendas, foco agora é avançar. Para Vanildo, o que tem sido feito já é motivo de orgulho. "Eu tenho a certeza que isso vai ter continuidade com ela e meus netos, que já estão envolvidos aqui também. Isso me traz uma satisfação muito grande", afirmou o avô da produtora. Economia capixaba Arislano Santos, marido de Erika e engenheiro mecânico, criou uma máquina para retirarem o mel da amêndoa com maior qualidade em Linhares, no Espírito Santo. Célio Ferreira | TV Gazeta Juntos, a família fortalece a economia capixaba ao integrar a produção do cacau no Espírito Santo. Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura (Seag), o estado é o terceiro maior produtor brasileiro da fruta. Em terras capixabas, é na agricultura familiar - o sistema produtivo usado também na Fazenda Esperança - que se encontram os maiores produtores. Sendo 69% do total. Da propriedade da família de Erika, além de outros municípios capixabas, as frutas produzidas no Espírito Santo vão vários estados como Ceará, São Paulo e Minas Gerais. Cocada, geleia e amêndoa Do cacau, além do mel e chocolate, são feitas cocadas, geleias e amêndoas. Inclusive, um dos doces também é feito a partir do mel; a geleia. LEIA TAMBÉM: Seca derruba pela metade a produção de pimenta-do-reino e colheita de café está comprometida Barbecue de café brinca com o paladar de turistas em cidade do Caparaó capixaba Queijos coloridos produzidos por família italiana no ES ganham prêmio internacional Já a amêndoa é refinada. Conhecida como cacau fino, ela é comercializada para todo o país devido à qualidade acima do comum. A característica que a coloca entre as melhores começa na etapa na colheita. De acordo com Erika, as frutas são colhidas no ponto correto de maturação, a fermentação tem a temperatura controlada e a secagem é feita em estufas com mesas suspensas. Assim como o mel, Arislano criou a máquina classificadora de amêndoas e a estufa. O mel de cacau se tornou um produto da Fazenda Esperança em xxxx, mas já era consumido por quem vivia no local antes das vendas. Célio Ferreira | TV Gazeta O Nibs também é outro produto diferenciado e vendido pela fazenda. Crocantes e com sabor singular, é o chocolate na forma mais pura e menos processada. Ele é feito da semente de cacau, que são secas, fermentadas e, em seguida, trituradas. "Temos um catálogo de qualidade porque a gente não agrega nenhum tipo de gorduras, saborizantes ou aromatizantes. Agregamos valor também tratando o que fazemos de forma saudável", afirmou Erika. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Veja Mais

Tempo seco e queimadas fazem preço do etanol cair e exportação de açúcar remunerar mais que mercado doméstico, aponta USP

G1 Economia Queimadas que atingiram áreas de cana no interior de SP geraram apreensão no setor, indica Esalq em Piracicaba (SP). Cenário também elevou cotações do açúcar demerara na Bolsa de Nova York. Prejuízo na safra e benefício para colheita: entenda como onda de calor por impactar o cultivo da cana-de-açúcar no interior de São Paulo Claudia Assencio/g1 O tempo seco e queimadas fizeram os preços dos etanóis hidratado e anidro caírem entre as usinas paulistas e as exportações de açúcar remunerarem mais que vendas internas em agosto, conforme aponta levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do Campus Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP). As queimadas que atingiram as áreas de cana-de-açúcar no interior de São Paulo geraram apreensão no setor - ????Veja mais detalhes, abaixo. ???? Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Em agosto, considerado um dos meses de pico de colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul, a média do Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado foi de R$ 2,5827 o litro nas semanas cheias do mês, queda de 0,78% na comparação com o período anterior. "Os preços dos etanóis hidratado e anidro encerraram agosto enfraquecidos no segmento produtor do estado de São Paulo. Ainda que a demanda pelo biocombustível tenha seguido firme ao longo do mês, o volume produzido – e, consequentemente, a oferta no spot paulista – esteve um pouco maior", comentam os pesquisadores do Cepea para o setor. Para o anidro, somente na modalidade spot, a média das semanas cheias de agosto recuou 1,2%, a R$ 2,9526 o litro. ?????????Clima prejudica volume e qualidade da cana As atenções de agentes do mercado, segundo análises do Cepea, se voltam ao volume e à qualidade da cana-de-açúcar do ciclo seguinte (2025/26), que vêm sendo prejudicados pelo clima seco. Somado ao clima seco, as queimadas em áreas de cana em pé e/ou em fase de rebrota que dariam origem à próxima colheita também geram apreensão sobre o setor. "Algumas usinas ainda computam os prejuízos no campo", conforme levantamento do Cepea. Açúcar cristal As cotações do açúcar cristal branco praticados no mercado spot do estado de São Paulo encerraram agosto em alta. "O impulso veio do clima seco em regiões produtoras e também de queimadas mais localizadas em praças paulistas, que vêm prejudicando as lavouras de cana-de-açúcar", ressalta o Cepea. Safra de cana-de-açúcar pode perder produtividade onda de calor e falta de chuvas se prolongarem, afirma o vice-presidente da Coplacana de Piracicaba Claudia Assencio/g1 Cenário eleva cotação na Bolsa de Nova York O cenário também elevou com força as cotações do açúcar demerara negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures). "O valor equivalente das exportações voltou a recuperar a vantagem frente aos preços domésticos", observa estuda. Cálculos apontam que, de 26 a 30 de agosto, enquanto a média semanal do Indicador do Açúcar Cristal Cepea/Esalq foi de R$ 131,20 a saca de 50 quilos, a das cotações do contrato nº 11 da ICE Futures (vencimento Outubro/24) foi de R$ 134,72 a saca. Assim, as vendas externas remuneraram 2,68% a mais que o spot paulista. Indicador Cepea/Esalq do hidratado registrou alta de 1,37% em relação à primeira semana de junho e fechou em R$ 2,3378/litro. Marcelo Camargo/Agência Brasil LEIA MAIS Umidade do ar atinge 25% e fica abaixo do mínimo em Piracicaba; veja cuidados necessários Da pecuária ao hortifruti: entenda como enchentes no Sul afetam produção, preços e logística de distribuição do Agro VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região A Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba Veja Mais

Lula volta a prometer isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil

G1 Economia Segundo o petista, isenção estará prevista no Orçamento de 2026. Petista deu a declaração à Rádio Difusora, de Goiânia, onde cumpre agenda nesta sexta-feira. Lula diz que Orçamento de 2026 vai prever isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a prometer nesta sexta-feira (6) a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. E que esse compromisso será cumprido em 2026 – último ano deste terceiro mandato do petista. Lula deu a declaração durante entrevista à Rádio Difusora, de Goiânia (GO), cidade onde cumpre agenda nesta sexta. Segundo o petista, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda estará prevista no Orçamento que o governo federal enviará ao Congresso em 2026. "Eu vou cumprir essa promessa. Em 2026, na hora que for mandado o Orçamento para o Congresso Nacional, estará lá a rubrica de que quem ganha até R$ 5 mil não pagará Imposto de Renda", afirmou Lula. A isenção para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa que Lula fez na campanha presidencial de 2022 e que até o momento não foi colocada em prática. "É um compromisso que eu tenho ao longo da minha história porque nós precisamos aos poucos fazer uma inversão. Hoje, proporcionalmente, a pessoa que ganha R$ 3 mil, R$ 4 mil paga proporcionalmente mais imposto do que o rico", disse o presidente. Na declaração do Imposto de Renda em 2024 (referente ao exercício de 2023), a faixa de isenção foi de R$ 2.640. O Orçamento para 2025, encaminhado pelo Executivo ao Congresso, no entanto, não previu a continuidade dessa faixa. A declaração de Lula é dada em um momento no qual a equipe econômica do governo estuda maneiras de aumentar a arrecadação para zerar o rombo nas contas públicas. Uma medida como a prometida pelo petista geraria uma perda de receitas, que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, teria de ser compensada com outra forma de arrecadação. Na entrevista, Lula defendeu a cobrança de imposto sobre dividendos da Petrobras, que são os lucros repartidos entre os acionistas da empresa. Ele também mencionou a possibilidade de aumento do imposto sobre heranças. Reajuste das aposentadorias e PIB O presidente Lula durante entrevista à Rádio Difusora, de Goiânia Reprodução/Canal Gov Na entrevista, Lula também defendeu a vinculação do reajuste das aposentadorias ao aumento do salário mínimo, com ganho real para trabalhadores, aposentados e pensionistas. O petista destacou o crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre de 2024 e disse não ser "justo" que o crescimento da economia não seja dividido com o povo. "A economia cresceu porque o povo é trabalhador. É justo que eu pegue esse PIB, crescimento da economia, que é resultado da produção de todo mundo, e divide com esse povo. Como que vou deixar de dar aumento para o salário mínimo?", declarou. O presidente disse ainda que o aumento do salário mínimo não deve ser considerado um gasto público. Veja Mais

Governo investiga quatro denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida

G1 Economia Ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania), em São Paulo, em 26 de julho de 2024. RODILEI MORAIS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO As investigações iniciais do governo federal sobre a conduta do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, se concentram em quatro denúncias de assédio sexual. Inicialmente, o númerio divulgado pela ONG Me Too citava mais de 10 casos. O blog apurou que a contagem inclui também casos de assédio moral. As denúncias vieram à tona nesta quinta. O site "Metrópoles" divulgou a existência dos casos, e a ONG confirmou as informações em nota. Silvio Almeida nega ter assediado as vítimas e diz repudiar o que chama de "ilações absurdas". O blog também confirmou com assessores do Palácio do Planalto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve tomar uma decisão ainda nesta sexta-feira (6) – mas só após conversar com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, vítima de um dos quatro casos em apuração. Na madrugada desta sexta, a primeira-dama publicou uma foto em que aparece dando um beijo na testa de Anielle. A foto "pura", sem legendas ou comentários adicionais, foi vista por ministros do governo como um "agravante" na repercussão inicial do caso. Governo Lula convoca Silvio Almeida para se explicar sobre denúncias de abusos sexuais ONG confirma denúncias; ministro nega O ministro Silvio Almeida repudiou – em nota e vídeo divulgados nesta quinta-feira (5) – as denúncias de assédio sexual supostamente praticado por ele. Os casos foram recebidos e divulgados pela ONG Me Too Brasil, que combate esse tipo de crime. Os nomes das vítimas não foram tornados públicos. A ministra Anielle Franco, apontada como uma das vítimas de assédio, ainda não se pronunciou. A nota da Me Too Brasil não cita o nome de Anielle ou de outras vítimas. Ao negar que tenha cometido os crimes, Silvio Almeida diz ser vítima de "ilações absurdas" e que pedirá, ele mesmo, apuração do caso. O governo federal diz investigar as denúncias. Nesta sexta (6), Silvio enviou à Justiça um pedido de interpelação judicial contra a Me Too Brasil – em que pede para a organização detalhar as denúncias e dizer qual encaminhamento deu às informações. Em vídeo, ministro Silvio Almeida diz que denúncias de assédio sexual são mentirosas Veja Mais

Aposentadoria pelo INSS: como entrar com recurso se o pedido for negado?

G1 Economia Solicitação pode ser feita pelo site ou aplicativo Meu INSS, por qualquer pessoa ou empresa que não concorde com a decisão do órgão. O recurso pode ser solicitado por qualquer cidadão ou empresa que não concorde com a decisão do INSS. Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Trabalhadores que estão prestes a se aposentar devem seguir as regras da reforma da Previdência. Para quem já solicitou o benefício, mas teve o pedido negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é possível contestar o resultado por meio de recurso. Essa solicitação pode ser feita por qualquer pessoa ou empresa que não concorde com a decisão do INSS. Um pedido pode ser recusado por várias razões, incluindo documentação incompleta e erros no cadastro (leia mais abaixo). A partir da negativa, o trabalhador tem até 30 dias para apresentar o pedido de recurso. Para isso, não é necessário comparecer presencialmente a uma unidade do INSS, mas o beneficiário deve ter todos os documentos solicitados em mãos (veja abaixo tudo o que precisa). ????????????? O recurso está disponível pelos canais de atendimento: meu.inss.gov.br; telefone 135; aplicativo Meu INSS no Google Play e App Store. ?? Confira o passo a passo para solicitar o recurso: Entre no Meu INSS com o login Gov.br; Clique no botão “Novo Pedido”; Clique na lupa e procure por “Recurso”; Para recurso inicial, selecione a opção “Recurso Ordinário”; Informe os dados solicitados (dados pessoais e do pedido); Na mesma página, anexe o pedido (por escrito, digitado ou formulário), documentos pessoais e documentos que comprovem o vínculo trabalhista e as condições; Por fim, conclua a solicitação. Para acompanhar a solicitação, basta acessar consultaprocessos.inss.gov.br com o login gov.br. O INSS tem o prazo de 30 dias corridos para analisar a solicitação de recurso e dar um retorno para o trabalhador. No entanto, "o INSS não costuma cumprir esse prazo", sinaliza Maria Faiock, advogada especialista em direito previdenciário. "Por isso, em caso de demora na análise, o ideal é buscar um advogado para tomar as medidas necessárias para garantir o direito do segurado." Segundo Faiock, a legislação determina que o prazo de retorno pode ser dobrado se o INSS notificar e justificar o motivo do atraso. Porém, na maioria das vezes, mesmo o prazo estendido não é cumprido e o segurado precisa procurar um advogado para entrar com uma ação judicial. “Hoje são milhares de ações de pessoas que deram entrada na aposentadoria, ou em recursos, mas não obtêm respostas e entram com esse tipo de ação. É uma ação que obriga o INSS a concluir a análise, por exemplo, do recurso”, explica. Além de entrar com uma ação, o beneficiário pode registrar reclamação, denúncia, sugestão ou elogio por meio da Central 135 ou plataforma Fala.BR. Vale lembrar que existem dois tipos de recurso: recurso ordinário: recurso de primeira instância, ou seja, o trabalhador é contra alguma decisão do INSS e faz o requerimento deste serviço para pedir a revisão do que foi decidido. recurso especial: recurso de segunda instância, ou seja, quando o segurado é contra a decisão dada pelo INSS na primeira solicitação. O pedido é realizado por meio do requerimento do serviço “Recurso Especial ou Incidente (Alteração de acórdão)". Neste caso, deve ser informado o protocolo de recurso inicial. Para abrir a solicitação de recurso, é obrigatório apresentar: número do CPF; razões do recurso (apresentar por escrito os motivos pelos quais não concorda com a decisão); documentos que queira apresentar para explicar o recurso. Se for procurador ou representante legal, também é necessário: procuração pública e Termo de Responsabilidade ou particular (modelo do INSS); termo de representação legal (tutela, curatela ou termo de guarda); documento de identificação com foto (RG, CNH ou CTPS) e CPF do procurador ou representante. Segundo o INSS, todos os pedidos de recursos são analisados pelo Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). Mas por que os pedidos são negados? Alguns motivos para o INSS negar o pedido de aposentadoria são, simplesmente, o envio incompleto da documentação e erros na hora do cadastro, explica a advogada Thayla Oliveira, especialista em direito previdenciário do escritório Gasam Advocacia. "Informações incorretas ou divergentes no cadastro do segurado, como dados pessoais, número de CPF, ou dados de contato, podem resultar em problemas na análise", afirma. Em outros casos, no entanto, os pedidos podem ser recusados por causa de contribuições por tempo insuficiente, em atraso ou com valores incorretos, explica Oliveira. Conheça as cinco possibilidades de aposentadoria pelo INSS O advogado Raul Roudasse, também especialista em direito previdenciário, orienta a ter uma atenção especial com a ferramenta do INSS que calcula o tempo de contribuição necessário para aposentadoria e o valor do benefício. Segundo ele, o cálculo é feito com base nas informações que estão na base de dados do instituto, porém, o sistema não consegue identificar erros em vínculos de trabalho ou atividades especiais – como o recebimento por insalubridade ou período militar, por exemplo. Nesses casos, a análise de um profissional especializado em direito previdenciário é indispensável, diz o advogado, para que ele faça o cálculo manualmente com todos os documentos de vínculo trabalhista guardados pelo segurado. Em nota enviada ao g1, o órgão afirma que, durante o requerimento de aposentadoria, o cidadão tem acesso a todos os vínculos de trabalho que constam no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), onde é possível editar para inclusão, alteração ou exclusão de períodos pelo trabalhador. “Quando existem vínculos que necessitam de acertos e que, com eles, os requisitos mínimos para o direito são atingidos, o pedido sai do processamento automático para análise de um servidor. Caso contrário, se considerado todo o tempo informado e, ainda assim, o tempo não for suficiente para concessão do benefício, haverá indeferimento automático”, afirma o INSS. LEIA TAMBÉM: INSS para trabalhadores do lar: veja como contribuir e quais são os benefícios Aposentadoria pelo INSS: veja como calcular valor do benefício e tempo de contribuição Assista: Aposentadoria pelo INSS: veja como calcular valor do benefício e tempo de contribuição Tem dia certo para pedir demissão? Advogados trabalhistas explicam que sim; veja as dicas Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 33 milhões nesta sexta; +Milionária pode chegar a R$ 10 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove nesta sexta-feira (6), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.771 da Mega-Sena e 179 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 10 milhões. As chances de vencer na loteria são menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 33 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última terça-feira (3), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Lula se diz otimista com a economia e elogia Haddad: 'Não é um pavão presunçoso'

G1 Economia Presidente comentou dados recentes da economia e diz que vai chegar a um crescimento do PIB semelhante ao de seu segundo mandato, de 7,5%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (5) o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista à Rádio Vitoriosa, de Uberlândia, o presidente disse que não há mágica em economia e que Haddad não é um "pavão presunçoso". Lula também afirmou que seu governo vai obter na economia resultados semelhantes aos do seu segundo mandato, quando ele deixou a presidência com um crescimento do PIB a 7,5% ao ano. A fala de Lula corre em um momento importante para a economia. De um lado, o país vem registrando crescimento no emprego e aumento acima do esperado da atividade da economia. Do outro, o governo tem dificuldade para fechar as contas do ano sem rombo, e a inflação começa a ameaçar, o que pode levar ao aumento dos juros. “O que está acontecendo agora aconteceu no meu primeiro mandato. O país estava quebrado quando eu tomei posse”, relembrou o presidente. “Eu entreguei o mandato com a economia crescendo 7,5%. Agora vai ser a mesma coisa. 'Ah, o Lula tem sorte'. Eu tenho sorte, não. Eu tenho capacidade e vontade de trabalhar e montei uma equipe extraordinária.” Ao falar de Haddad, Lula listou aquelas que, para ele, são algumas qualidades do ministro. E disse que, em economia, não há milagre. “O Haddad não é um pavão presunçoso, o Haddad é um homem sério, bem formado, comprometido com este país. Ele trabalha sabendo que a economia não tem milagre, não tem mágica. Economia é trabalho”, afirmou. Fernando Haddad afirma que Brasil cresce com inflação baixa Lula ainda reforçou a importância de conceitos-chave para a recuperação da confiança no Brasil. “Eu dizia na campanha que a gente tinha quatro ou cinco palavras que eram mágicas: credibilidade econômica, credibilidade política, credibilidade fiscal, credibilidade jurídica, credibilidade social e previsibilidade para ninguém ser pego de surpresa. Isso que dá confiança para as pessoas fazerem investimentos”, concluiu o presidente. Veja Mais

Contas do governo registram rombo de R$ 9,3 bilhões em julho

G1 Economia Houve melhora frente ao mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 35,9 bilhões, segundo os números do Tesouro Nacional. Cédulas de real Reprodução As contas do governo registraram déficit de R$ 9,3 bilhões em julho, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (5). ??O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário. Segundo os números do Tesouro Nacional, houve melhora frente ao mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 35,9 bilhões. O resultado foi influenciado pelo valor recorde na arrecadação em julho — que somou R$ 231 bilhões, novo recorde histórico para esse mês. De acordo com o governo, a receita líquida total somou R$ 183,5 bilhões no mês retrasado, enquanto a despesa alcançou R$ 192,8 bilhões. No acumulado em 12 meses, o déficit até julho é de R$ 233,3 bilhões – o equivalente a 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB). Meta fiscal é 'mais possível do que se esperava há seis, sete meses', diz secretário do Tesouro Previdência Social A Previdência Social registrou um déficit de R$ 22,4 bilhões em julho e de R$ 220,7 nos sete primeiros meses deste ano. Na comparação com a parcial de 2023, o rombo previdenciário cresceu 1,9% em termos reais, ou seja, acima da inflação. "Em termos reais, no acumulado até julho, a receita líquida registrou aumento de 8,7% (+R$ 99,6 bilhões), enquanto a despesa cresceu 7,8% (+R$ 95,4 bilhões)", informou o governo. Parcial do ano O déficit acumulado no ano, no período de janeiro a julho, somou R$ 77,9 bilhões, de acordo com dados oficiais. Isso representa pequena melhora em relação ao resultado do mesmo período do ano passado, quando o rombo somou R$ 79,2 bilhões. Para este ano, a meta é de zerar o déficit das contas públicas. Entretanto, pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a R$ 28,8 bilhões (veja vídeo acima). Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 28,8 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público. Veja Mais

BYD Yuan Pro chega ao Brasil por R$ 182.800; vale investir no SUV elétrico de entrada da marca?

G1 Economia SUV compacto ocupa uma faixa de preço entre o Dolphin Plus e o Yuan Plus. Montadora quer incomodar versões topo de linha de Hyundai Creta, VW T-Cross e até os eletrificados mais caros, como Toyota Corolla Cross Hybrid. BYD Yuan Pro é o menor SUV da marca e chega por R$ 182.800. Divulgação/BYD A BYD lançou nesta quinta-feira (5) o seu mais novo SUV elétrico, o Yuan Pro. O carro chega ao país por R$ 182.800, para preencher a lacuna de preço existente entre o Dolphin Plus e o Yuan Plus. O Yuan Pro vem em versão única, e o preço de lançamento será praticado até 10 de setembro. Ele é o SUV elétrico mais barato do Brasil. As versões de veículos da BYD seguem a esta lógica: a Pro costuma ser um veículo menor e mais barato, enquanto a Plus serve para os maiores, mais requintados e potentes. Na família Yuan, o primeiro a chegar ao país foi o Plus, que tem uma diferença considerável de porte. Ele bate de frente com SUVs médios, casos de Toyota Corolla Cross e Jeep Compass. Já o Yuan Pro chega para rivalizar em medidas com Hyundai Creta e companhia. LEIA MAIS Consumo de combustível nas alturas? Pode ser filtro de ar entupido; veja o que fazer; Shineray Storm 200 chega por R$ 18.990 para roubar vendas da Honda Bros e Yamaha Crosser VÍDEO: testamos a primeira Tesla Cybertruck do Brasil, ao lado de Danielzinho Grau Onde o Yuan Pro se encaixa? Considerando a gama de veículos elétricos da marca chinesa disponíveis por aqui, faz sentido a inserção do Yuan Pro. Entre a versão topo de linha do hatch Dolphin Plus e o valor do SUV Yuan Plus havia uma distância de R$ 51 mil. Após o reajuste do preço de lançamento, o Yuan Pro vai trabalhar para o público nesta faixa, abaixo dos R$ 200 mil. BYD Yuan Pro tem luzes de LED também na traseira. Porta-malas é de apenas 265 litros Divulgação | BYD É um intervalo competitivo, com campeões de venda entre SUVs compactos e versões intermediárias dos utilitários de porte médio. O Volkswagen T-Cross Highline, por exemplo, custa R$ 180.690. O Hyundai Creta Ultimate 2.0, R$ 187.890. Já o Toyota Corolla Cross XRV Hybrid, um eletrificado, sai por R$ 202.690. Veja abaixo a faixa de preços em que o Yuan Pro se coloca: VW T-Cross Highline: R$ 180.690 BYD Yuan Pro: R$ 182.800 BYD Dolphin Plus: R$ 184.800 Hyundai Creta Ultimate: R$ 187.890 Jeep Compass Longitude: R$ 200.990 Toyota Corolla Cross XRV Hybrid: R$ 202.690 BYD Yuan Plus: R$ 235.800 Dimensões Com 4,31 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,67 m de altura e 2,62 m de distância entre-eixos, o Yuan Pro é 14 cm mais curto, 4 cm mais estreito, 6 cm mais alto e tem entre-eixos 10 cm menor que o Yuan Plus. BYD Yuan Plus e BYD Yuan Pro são os dois elétricos da marca chinesa, com dimensões bem diferentes Initial plugin text Desta forma, as medidas são muito semelhantes ao do SUV da Hyundai, o Creta, que tem 4,30 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,62 m de altura e 2,61 m de entre-eixos. Initial plugin text Na frente, faróis afilados são acompanhados de luzes diurnas de LED que contornam a parte inferior da peça. No centro da grade, o logo da fabricante aparece sob um fundo black piano, de plástico e bastante brilhante. Logo abaixo, um aplique plástico prateado separa a porção superior da grade inferior. Confira mais detalhes do BYD Yuan Pro Abaixo, duas entradas de ar em formato trapezoidal são contornadas por um elemento de design que tem a mesma cor da carroceria. E ao lado, nas extremidades do para-choque, surgem duas entradas de ar que dão um ar de esportividade para o veículo. Na lateral, chama a atenção o desenho da porta, que tem um ângulo praticamente igual ao do Hyundai Creta, lembrando bastante o utilitário da marca coreana quando visto de perfil. O recorte das portas dianterias de Hyundai Creta e Yuan Pro são similares Initial plugin text Já na traseira, a comparação com o CAOA Chery Tiggo 8 é inevitável. O formato, posição do logo e também desenho da tampa traseira são inegavelmente similares. O desenho interno das lanternas, por outro lado, tem um estilo único, fazendo referência ao estilo “tribal” que já é característico da marca, como é possível ver no Dolphin. Initial plugin text Bagageiro, o calcanhar de Aquiles do Yuan Pro Quem pensa em comprar um SUV, normalmente está à procura de uma posição mais alta de dirigir, um espaço interno generoso e um bagageiro decente. As duas primeiras características estão presentes no Yuan Pro, mas a última nem tanto. O bagageiro do Yuan Pro é menor que o do Dolphin. A litragem é inferior também à do Creta e do Corolla Cross, por exemplo. Confira abaixo: Yuan Pro: 265 litros; Yuan Plus: 312 litros; Dolphin Plus: 345 litros; Hyundai Creta: 422 litros; Toyota Corolla Cross Hybrid: 440 litros. Elétrico para a cidade O Yuan Pro possui bateria de 45 kWh, uma capacidade mediana. O Dolphin Plus e o Yuan Plus são equipados com bateria de 60 kWH. Assim, a autonomia e desempenho do Yuan Pro é pior do que os outros dois carros da BYD. Com sua bateria, o Yuan Pro oferece apenas 250 quilômetros de autonomia. Yuan Plus e Dolphin Plus entregam, respectivamente, 294 km e 330 km. Com um alcance menor que os rivais, é possível que o Yuan Pro se mostre um veículo mais apto para trechos urbanos do que rodoviários. Com proposta híbrida, ou seja, unindo eletricidade com um motor a combustão, o Toyota Corolla Cross XRV tem autonomia de 637 km. Apesar de não ser 100% elétrico, o SUV da marca japonesa tem a vantagem de ser flex. Quanto ao desemprenho, o Yuan Pro tem 177 cv de potência e 29 kgfm de torque. O Yuan Plus e o Dolphin Plus disponibilizam 204 cv e 31 kgfm. De acordo com dados informados pela montadora, o carro acelera de 0 a 100 km/h em apenas 7,9 segundos e a velocidade máxima é de 160 km/h. O Dolphin Plus cumpre a mesma prova até os 100 km/h em 7 segundos. Em corrente alternada de 220V, o BYD Yuan Pro carrega em até 6,6 horas. Já nos carregadores rápidos, é possível carregar até 80% da bateria em uma hora. Cabine de bom-gosto A cabine do Yuan Pro tem acabamento e equipamentos na medida certa. Não é minimalista ao extremo, como os elétricos da Tesla, e também não é cheia de botões como os Jeep e Toyota. O acabamento das portas e painel não possuem rebarbas e os bancos, que possuem comando elétrico para motorista e passageiro da dianteira, são confortáveis e encaixam bem o corpo de uma pessoa de tamanho médio. O baú, que compõe o apoio de braço no console central, é grande, mas não tem tomada USB para carregamento de celular. Para esta função, o carro é equipado com duas entradas USB na dianteira, na parte de baixo, compondo um console central de dois níveis. Nesse nicho existe uma entrada USB e outra USB-C, além de uma tomadinha tradicional de 12V. Na parte superior deste mesmo console, há o carregador por indução. E quem vai atrás também conta com uma tomada USB e outra USB-C. A única coisa que faltou, para aumentar o conforto climático de quem vai no banco traseiro, foi uma saída de ar-condicionado. O Yuan Pro vendido na China não tem apoio de braço central no banco traseiro. Aqui, o apoio de braço vem ainda com dois porta-copos. Mas o Yuan Pro chinês vem equipado com teto-solar panorâmico, com vidro fixo. Uma característica marca todos os carros da BYD: a tela multimídia que pode ficar posicionadas tanto na vertical quanto na horizontal. Na vertical, ela só funciona se o Android Auto ou Apple CarPlay não estiverem conectados. Caso contrário, ela fica na posição tradicional. O tamanho da tela é aquele que já se tornou habitual nos carros da marca: 12,8 polegadas. A vantagem do Yuan Pro frente ao Yuan Plus é possuir um painel de instrumentos de 8,8 polegadas, bem mais harmonioso com a cabine e com informações mais claras. O do Yuan Plus é de apenas 5 polegadas. Initial plugin text Apesar de tudo isso, a BYD deixou de fora da lista de equipamentos do Yuan Pro tecnologias mais avançadas de assistência ao motorista. O SUV vem equipado apenas com piloto automático, controle de estabilidade e tração, câmera de ré, câmera 360º e assistência de partida em rampa. Não há piloto automático adaptativo, sistema de monitoramento em faixas e frenagem autônoma de emergência. Além dos já citados, estão entre os equipamentos mais relevantes: Acendimento automático dos faróis; Volante multifuncional; Banco de couro; Iluminação interna multicolor; Direção com assistência elétrica; Sensores de estacionamento dianteiro e traseiro; Chave presencial; Ajuste de altura e distância do volante. Sem surpreender em termos de equipamentos, nem em autonomia ou desempenho, o Yuan Pro acaba se mostrando uma opção para quem faz questão de ter um SUV elétrico e não pode (ou não quer) pagar mais de R$ 200 mil. Se uma posição mais alta para dirigir não for uma prioridade, a opção mais barata e racional é o Dolphin, que tem mais espaço para bagagem e autonomia que o Yuan Pro. Veja Mais

Novo DPVAT: o que já se sabe e o que falta saber sobre o SPVAT, seguro obrigatório

G1 Economia Imposto volta no ano que vem em pagamentos anuais nos moldes do antigo seguro e com cobertura em todo o Brasil para motoristas, passageiros e pedestres. DPVAT volta em 2025 como SPVAT Lays Peixoto Em maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que determina a volta da cobrança do seguro obrigatório de veículos terrestres, antes conhecido como DPVAT. Agora, passa a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), e volta ao calendário cinco anos a extinção do DPVAT no governo de Jair Bolsonaro. Apesar de o retorno ser uma certeza, ainda há questões em aberto. Veja abaixo as medidas que já estão definidas e o que ainda falta saber. ???? O que é o SPVAT/DPVAT? ???? Para que serve o SPVAT/DPVAT? ???? Quem pode solicitar a indenização do seguro? ???? O SPVAT não cobre danos materiais ?? Como solicitar a indenização do SPVAT? ???? Quem terá que pagar o SPVAT? ???? Quanto custará o seguro obrigatório? ???? Quando o SPVAT será pago? ???? O que acontece com quem não pagar o SPVAT? ???? Por que o DPVAT vai voltar? LEIA MAIS Troca de óleo: como escolher o melhor lubrificante para o seu carro? Licenciamento atrasado? Veja quanto e quando pagar a taxa Vale a pena comprar um carro no Leilão da Receita? Veja dicas Novo DPVAT: como vai funcionar a volta do seguro automotivo obrigatório ???? O que é o SPVAT/DPVAT? DPVAT é uma sigla para Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres. Ele era cobrado de todos os donos de veículos anualmente, como um imposto. Até 2020, a cobrança acontecia em todo início de ano, no mês de janeiro. O valor da contribuição variava conforme o tipo de veículo, além de ser corrigido, também, anualmente. O pagamento era feito junto do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Com a chegada do novo SPVAT, a cobrança voltará a ser obrigatória para todos os donos de veículos terrestres e o pagamento seguirá como antes, ao acontecer uma vez por ano. ???? Para que serve o SPVAT/DPVAT? O dinheiro arrecadado com a cobrança do seguro é destinado para as vítimas de acidentes de trânsito, independentemente do tipo de veículo, de quem foi a culpa e do local onde aconteceu — o seguro tem cobertura para todo o Brasil. ???? Quem pode solicitar a indenização do seguro? A vítima pode ser qualquer pessoa, seja ela um motorista, passageiro ou mesmo pedestre, independente da culpa pelo acidente. A única exigência é que exista alguma lesão como consequência do ocorrido. O SPVAT indenizará mesmo quando o acidente é causado por um carro em situação irregular — ou seja, caso os donos não tenham pagado o seguro. O seguro também indeniza os beneficiários em caso de morte, sem limite para o número de envolvidos no acidente. O SPVAT pode indenizar custos de assistência médica, como fisioterapia, medicamentos e equipamentos ortopédicos, além de serviços funerários e reabilitação profissional para vítimas com invalidez parcial. Apesar de não haver definições sobre valores, o projeto de lei já deixou de fora da cobertura de reembolsos: Despesas cobertas por seguros privados; Que não apresentarem especificação individual do valor do serviço médico e/ou do prestador de serviço na nota fiscal ou relatório; De pessoas atendidas pelo SUS. ???? O SPVAT não cobre danos materiais Tanto o novo, quanto o antigo seguro não cobrem alguns acidentes, como: Acidentes sem vítimas; Danos pessoais que não sejam causados por veículos terrestres ou por sua carga; Acidentes ocorridos fora do Brasil; Acidentes causados por veículos estrangeiros no Brasil; Roubo, colisão ou incêndio dos veículos. ?? Como solicitar a indenização do SPVAT? A indenização para segurados está suspensa para acidentes ocorridos após 14 de novembro de 2023. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o retorno das indenizações só acontecerá após a implementação e a efetivação de arrecadação. Para acidentes ocorridos antes desta data, a vítima precisa apresentar o pedido com uma prova simples do acidente e do dano causado pelo evento. Em caso de morte, é preciso apresentar certidão da autópsia emitida pelo Instituto Médico Legal (IML), caso não seja comprovada a conexão da morte com o acidente apenas com a certidão de óbito. O valor da indenização ou reembolso será estabelecido pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). O órgão também será responsável por definir os percentuais de cobertura para cada tipo de incapacidade parcial. A indenização pode ser solicitada em até três anos após a data do acidente, ou o mesmo período após a data do óbito para casos de morte. ???? Quem terá que pagar o SPVAT? O SPVAT será de contratação obrigatória por todos os veículos automotores de vias terrestres, como carros, motos, caminhonetes e caminhões, por exemplo. ???? Quanto custará o seguro obrigatório? O valor do novo seguro só será definido posteriormente pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). No entanto, a lei sancionada já traz algumas pistas do que a população pode esperar. Segundo o texto publicado no DOU, o pagamento do seguro será feito uma vez por ano e seu valor "terá como base de cálculo atuarial o valor global estimado para o pagamento das indenizações e das despesas relativas à operação do seguro". Em maio, o senador Jaques Wagner (PT) comentou em sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que o custo do SPVAT deve estar entre R$ 50 e R$ 60 por ano. ???? Quando o SPVAT será pago? A data para o pagamento do seguro ainda não divulgada. Ao g1, o Ministério da Fazenda e a Superintendência de Seguros Privados (Susep) comentaram que aguardam a regulamentação da lei complementar 207 de 2024, ainda sem previsão para acontecer. “Susep, juntamente com o Ministério da Fazenda, tem atuado de forma diligente e dentro das competências e limites legais a ela conferidos, no sentido de que a Lei se torne efetiva o mais rápido possível para toda a população”, comentaram os órgãos. ???? O que acontece com quem não pagar o SPVAT? O motorista que não fizer o pagamento do SPVAT não poderá fazer o licenciamento e nem circular em via pública com o veículo. Caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) garantir o cumprimento da lei. Antes, o texto previa que o não pagamento do SPVAT resultaria em penalidade no Código de Trânsito Brasileiro, equivalente a uma multa por infração grave, hoje de R$ 195,23. Mas, o presidente Lula vetou o trecho. Com a mudança, não existe uma punição direta para o não pagamento, mas ele impossibilita o licenciamento do veículo. Circular sem o licenciamento é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, 7 pontos na CNH e apreensão do veículo. ???? Por que o DPVAT vai voltar? A cobrança do seguro, que é pago por todos os proprietários de veículos, foi suspensa no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020. Desde então, a Caixa Econômica Federal ficou responsável por administrar os recursos que já haviam sido arrecadados. Segundo o governo, o dinheiro disponível foi suficiente para pagar os pedidos de seguro das vítimas de acidentes de trânsito até novembro do ano passado. De lá para cá, os pagamentos foram suspensos. A nova regulamentação possibilitará tanto a volta da cobrança quanto a dos pagamentos do seguro. Veja Mais

Senado votará indicação de Galípolo à presidência do BC no dia 8 de outubro, diz Pacheco

G1 Economia Presidente do Senado anunciou, durante sessão nesta quarta, a data de análise do nome indicado por Lula. Sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos ainda não foi agendada. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad anuncia Gabriel Galípolo para Presidente do Banco Central, durante coletiva nesta quarta-feira, 28 de agosto no Palácio do Planalto. MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta quarta-feira (4) que o plenário da Casa votará a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central no dia 8 de outubro, após o primeiro turno das eleições municipais. Atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidir a autoridade monetária. O economista vai substituir Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, que foi indicado na gestão Jair Bolsonaro. Pacheco fez o anúncio da data de votação da indicação de Galípolo durante sessão do Senado nesta quarta. Antes de o nome ser analisado pelo conjunto de senadores, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve realizar a sabatina de Galípolo. A data da sabatina, entretanto, ainda não foi agendada pelo presidente do colegiado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO). "No período eleitoral, há dificuldade de reunirmos maior quórum. Estamos encaminhando a mensagem à CAE. Ficará à cargo do senador Vanderlan Cardoso a definição da data da sabatina. Da parte da Presidência do Senado, gostaria de deixar definida a data 8 de outubro para apreciação em plenário. Caberá ao presidente da CAE definir até 8 de outubro a data da sabatina", afirmou Pacheco. De acordo com a colunista do g1 Andréia Sadi, senadores insatisfeitos com a relação do governo com o Legislativo estão utilizando a indicação de Galípolo para mandar recados ao Palácio do Planalto. Isso pode explicar a demora no agendamento da sabatina pela Comissão de Assuntos Econômicos. Entre os motivos de insatisfação dos parlamentares, estaria o alinhamento do Executivo com o Poder Judiciário na questão das emendas e na crise entre Alexandre de Moraes e o dono do X, Elon Musk. Se o nome de Galípolo for aprovado pelos senadores, ele ficará quatro anos à frente do Banco Central, uma instituição autônoma. Veja Mais

Ajuste fiscal, inflação, juros, gastos obrigatórios do governo, PIB: os principais pontos da entrevista de Haddad

G1 Economia Ministro da Fazenda falou com a GloboNews nesta quarta-feira (4) e respondeu sobre os temas que têm chamado a atenção na economia do país. Ele defendeu ajuste fiscal, mas não em cima dos pobres. Fernando Haddad afirma que Brasil cresce com inflação baixa O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (4) em que falou sobre os principais pontos da economia do país no momento: Ajuste fiscal Inflação Juros Gastos obrigatório do governo Crescimento do PIB A entrevista do ministro ocorre em um momento importante para a equipe econômica. De um lado, o país vem registrando crescimento no emprego e aumento acima do esperado da atividade da economia. Do outro, o governo tem dificuldade para fechar as contas do ano sem rombo, e a inflação começa a ameaçar, o que pode levar ao aumento dos juros. Veja abaixo o que de principal disse Haddad: Ajuste fiscal Haddad afirmou que sua ideia sobre ajuste fiscal foi se moldando à medida em que ele chegou ao governo e tomou conhecimento da situação do país. Haddad explicou que sempre houve duas correntes: a que não considerava o ajuste fiscal importante e a que pregava o ajuste fiscal em cima de programas sociais, em cima do pobre. O ministro diz que não adota nem uma nem outra. Para ele, o ajuste fiscal é importante. E não deve ser feito em cima do pobre, mas de quem, segundo ele, historicamente deixou de pagar impostos "Eu tenho um diagnóstico da economia brasileira que destoava um pouco das visões correntes no começo do governo. Tinha uma certa visão, de certos economistas que diziam que a questão do ajuste fiscal não era importante. O governo podia ser mais leniente com essa questão. E havia outros economistas que diziam que não, que a questão fiscal era importante, mas o ajuste tinha que ser feito nos programas sociais - em relação ao salário mínimo, corte de benefícios e assim por diante", começou o ministro. "Nós não adotamos nem uma visão, nem a outra. A nossa visão foi de que o ajuste fiscal era importante, mas o ajuste fiscal tinha que ser, pela primeira vez na história do Brasil, feito em cima de quem deixou de pagar impostos", completou. Haddad diz que dados positivos da economia são resultado de 'ciclo virtuoso' gerado por 'ajustes no lugar certo' Inflação Questionado pela GloboNews, Haddad disse não ver grande risco de que um crescimento maior da economia – que leva a um mercado mais "aquecido" – acabe gerando um descontrole de preços. "Se você for tomando os cuidados devidos, e fazendo as reformas. Se controlarmos a oferta, não vamos ter pressão inflacionaria em um futuro próximo. Brasil não tem razões para crescer menos do que a média mundial. Media mundial tem sido em torno de 3%", disse Haddad. Leia também: Alta do PIB: mercado passa a projetar crescimento maior para a economia, mas também espera subida dos juros Alta do PIB: governo vive 'ciclo virtuoso' e tem feito 'ajustes no lugar certo', diz Haddad Haddad admite que, no ritmo atual, gastos livres dos ministérios tendem a sumir: 'Vamos ter de fazer um debate sobre isso' Juros Haddad evitou, no entanto, de responder sobre o patamar dos juros básicos da economia – principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. O comitê que define esses juros se reúne na próxima semana, e pode elevar a taxa Selic para "esfriar" a economia e conter a inflação. Essa possibilidade está na mesa porque a atividade econômica está acelerada, o que pode levar à elevação dos preços se o país não produzir bens em um ritmo que acompanhe o aquecimento da economia. "Confiamos na capacidade técnica, não acho elegante da minha parte dizer o que o BC tem de fazer. Assim como eles também respeitam a autoridade fiscal da Fazenda", resumiu. Gastos obrigatórios do governo Haddad também avaliou que será necessário realizar um debate sobre o crescimento dos gastos obrigatórios, que estão avançando fortemente com o crescimento das despesas previdenciárias (chamadas de despesas obrigatórias). Além disso, essas despesas são vinculadas ao crescimento do salário mínimo, que subiu acima da inflação. Se nada for feito sobre despesas obrigatórias, Haddad admitiu que os gastos livres dos ministérios (conhecidos como "discricionários" ou não obrigatórios), acabarão nos próximos anos – o que poderá levar a uma paralisia do Estado e o fim de recursos para algumas ações importantes. "Todas regras mantidas, as despesas obrigatórias vão consumir as despesas discricionárias. Vamos ter de fazer um debate sobre isso", declarou Haddad. PIB acima do esperado Nesta terça (3), o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no 2º trimestre de 2024, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Foi o 12º trimestre seguido de alta no PIB. Para o ministro, os dados positivos da economia são resultado de um "ciclo virtuoso" gerado por "ajustes no lugar certo". "Quando você faz o ajuste sobre os mais pobres, derruba o consumo e o investimento. Ninguém vai investir sem ter para quem vender. Agora a pessoa está investindo pois tem para quem vender. Brasil está crescendo com baixa inflação", afirmou. Veja Mais

Dólar opera em leve baixa e Ibovespa sobe, com PIB e fiscal no radar

G1 Economia A moeda norte-americana avançou 0,48%, cotada a R$ 5,6413. já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, recuou 0,41%, aos 134.353 pontos. bearfotos/Freepik O dólar opera em leve baixa nesta quarta-feira (4), com investidores ainda refletindo os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e novas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No segundo trimestre, a economia brasileira cresceu 1,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No cenário externo, os mercados esperam pela divulgação de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos nesta sexta-feira (6). Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? Dólar Às 10h20, o dólar caía 0,01%, cotado a R$ 5,6409. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,48%, cotada em R$ 5,6413. Com o resultado, acumulou: alta de 0,16% na semana e no mês; avanço de 16,26% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,71%, aos 135.305 pontos. Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,41%, aos 134.171 pontos. Com o resultado o Ibovespa, acumulou: recuo de 1,21% na semana e no mês; ganho de 0,13% no ano. DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O mercado segue repercutindo os resultados do PIB, que veio muito acima das projeções de crescimento de 0,9%. O Brasil registrou o 12º resultado positivo consecutivo do PIB em bases trimestrais. O saldo vem depois de a atividade econômica brasileira crescer 1% no 1º trimestre. O resultado anterior, de 0,8%, foi revisado pelo IBGE. Ao passo em que as instituições financeiras começam a revisar suas projeções, o lado fiscal também fica no radar e investidores monitoram novas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele afirmou em entrevista exclusiva à GloboNews nesta quartaque os dados positivos da economia divulgados recentemente são resultado de um "ciclo virtuoso" gerado por "ajustes no lugar certo". "Tinha uma certa visão que dizia que o ajuste fiscal não era importante, que podia ser mais leniente com essa questão. E tinha outros economistas que diziam que o fiscal era importante, mas que o ajuste tinha de ser feito em programas sociais. Adotamos a visão que era importante, mas que tinha de ser feito em cima de quem deixou de pagar impostos", disse Haddad. "Quando você faz o ajuste sobre os mais pobres, derruba o consumo e o investimento. Ninguém vai investir sem ter para quem vender. Agora a pessoa está investindo pois tem para quem vender. Brasil está crescendo com baixa inflação", afirmou. O mercado também segue à espera de novos dados da economia norte-americana, com destaque para números do mercado de trabalho, que serão divulgados na sexta-feira (6). A interpretação de analistas é que, se os números mostrarem uma desaceleração, poderão significar perdas para a economia dos Estados Unidos nos próximos trimestres. O cenário aumentaria as incertezas e levaria investidores a buscarem ativos mais seguros. Atenções voltadas também para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), em setembro, para decidir o futuro dos juros do país. A grande expectativa é que a instituição reduza as taxas. Em agosto, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou, no Simpósio de Jackson Hole, que "chegou a hora" de cortar os juros dos Estados Unidos. A sinalização colabora com a melhora das perspectivas para investimentos de risco no mundo todo. * Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

LISTA: Veja quais foram as 10 motos mais vendidas neste ano

G1 Economia Vendas de novas motos passam de 1.253.627 até agosto, segundo a Fenabrave. Emplacamentos nos oito primeiros meses do ano têm alta de quase 20% contra o mesmo mês de 2023. Honda CG 160 Honda/Divulgação O mercado de novas motos continua feroz em 2024. De janeiro a agosto foram 1.253.627 emplacamentos no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A alta é de 19,91% quando comparamos com os números dos oito primeiros meses do ano com igual período de 2023. Mês a mês, a alta de agosto foi de 4,51% contra junho. Em números absolutos, foram comercializadas 163.882 motos no Brasil em agosto. Segundo o presidente da Fenabrave, Andreta Jr, as vendas foram impulsionadas pelos motociclistas de serviços de entrega no Brasil. Enquanto os apps fortaleceram as vendas pelo lado comercial, as vendas pessoais são resultado da procura por opções mais econômicas para o transporte individual. “A demanda por motocicletas permanece forte. As motos continuam liderando a alta acumulada entre todos os segmentos”, afirmou o executivo. Enquanto as motos com motor a combustão estão crescendo nas vendas, as elétricas não seguem o mesmo passo. Entre julho e agosto os emplacamentos caíram 33,24% e no acumulado dos últimos 12 meses a queda é ainda maior: 34,56%. “O segmento oscila bastante, por possuir uma base baixa de comparação e pela falta de produtos neste segmento”, comentou Andreta Jr. As motos mais vendidas de 2024 Sem novidade na liderança, a Honda CG 160 continua puxando o segmento, com mais de 292 mil unidades emplacadas nos oito meses de 2024. Foram 37.423 apenas em agosto. O segundo lugar está com outro modelo da mesma fabricante: a Honda Biz. São 195 mil unidades vendidas no ano, sendo 20.611 delas em agosto. Veja abaixo os modelos de motos mais vendidas do ano. Honda CG 160: 292.851 unidades; Honda Biz: 194.870 unidades; Honda Pop 110i: 107.755 unidades; Honda NXR 160: 104.755 unidades; Honda PCX 160: 39.298 unidades; Honda CB300F: 39.015 unidades; Mottu Sport 110: 37.504 unidades; Yamaha YBR 150: 34.846 unidades; Yamaha Fazer 250: 32.134 unidades; Yamaha XTZ 250: 31.101 unidades. Já na divisão de participação no mercado brasileiro, a Honda continua liderando com folga. Veja abaixo o percentual de cada montadora. Honda: 69,35%; Yamaha: 17,85%; Shineray: 3,57%; Mottu: 2,99%; Haojue: 0,99%; Royal Enfield: 0,86%; Avelloz: 0,84%; BMW: 0,79%; Triumph: 0,62%; Kawasaki: 0,49%. Nova Shineray Storm 200 por R$ 18.990 Veja Mais

Jaques Wagner vai ser relator da indicação de Galípolo; sabatina não deve ocorrer antes do fim do mês

G1 Economia O relator da indicação de Gabriel Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado vai ser o líder do governo na casa, senador Jaques Wagner (PT-BA). A informação foi confirmada pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderal Cardoso (PSD-GO). Na sexta-feira (30), o senador Otto Alencar (PSD-BA) abriu mão da relatoria para Wagner. A escolha do líder do governo demonstra como é importante para o Planalto uma demonstração de força no quórum da comissão e no plenário. Apesar de não estar encontrando resistência dos senadores nas conversas – nos últimos dias, Galípolo conversou com mais de 15 senadores – a sabatina deve mesmo ficar para depois da reunião do Copom de setembro. Indicação de Galípolo acontece sob pressão da inflação e incerteza sobre juros Dois fatores motivam a dificuldade de realizar na semana que vem a sabatina: agenda dos senadores nas campanhas municipais e o período de silêncio do Banco Central, que começa na próxima 1uarta, dia 11 de setembro. A reunião do Copom está marcada para 17 e 18 de setembro e pode dar início a uma nova alta na taxa de juros, contrariando o governo. Os senadores não tem sessões presenciais na próxima semana e poucos estão interessados em estar em Brasília para a sabatina e abrir mão das agendas de campanha. Mesmo sendo uma eleição municipal, os senadores que precisam renovar mandato em 2026 (dois terços da Casa) estão mergulhados nas disputas locais. Um dos senadores, ouvidos pelo blog, disse que uma sabatina poderia até ocorrer durante o período de silencio do BC, que vai até 24 de setembro, mas Galípolo não poderia falar de política econômica. “Isso também não podemos aceitar”, afirmou. Veja Mais

Candidato da extrema direita assumirá vice-presidência econômica da União Europeia

G1 Economia Raffaele Fitto, ex-integrante do Parlamento Europeu, será o primeiro integrante de um partido da extrema direita a assumir o cargo. Raffaele Fitto, ex-integrante do Parlamento Europeu, será o primeiro integrante de um partido da extrema direita a assumir o cargo Reprodução/Facebook O ministro dos Assuntos Europeus do governo italiano, Raffaele Fitto, será o primeiro membro de um partido da extrema direita a assumir o cargo de vice-presidente da área econômica da União Europeia (UE), informou a Agência France-Presse (AFP). Ele foi indicado pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e teve o nome aceito pela presidente da Comissão Europeia, o braço executivo dos 27 países da União Europeia. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3), no horário de Brasília, pelo jornal alemão Die Welt. ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Fitto é ex-eurodeputado e copresidiu um dos dois grupos de formações de extrema direita no Parlamento Europeu. Ele é um aliado fiel de Meloni desde que se uniu ao seu partido, Irmãos da Itália, após ter sido uma figura em ascensão no Forza Italia, o partido conservador do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Segundo a agência, o jornal alemão afirmou que as demais vice-presidências serão ocupadas pela espanhola Teresa Ribera (encarregada da Transição Ecológica), pelo francês Thierry Breton (Assuntos Digitais) e pelo letão Valdis Dombrovski (Ampliação e Reconstrução da Ucrânia). Depois de ser reeleita em julho, a presidente alemã da Comissão Europeia pediu aos países membros que apresentassem seus candidatos para ocupar os cargos de comissários europeus, que exercem a liderança política do poder executivo da UE durante seus cinco anos de mandato. Os nomes escolhidos por Von der Leyen ainda deverão ser aprovados pelos eurodeputados. Veja Mais

Orçamento 2025: aumento com despesas previdenciárias e benefícios gera preocupação com equilíbrio fiscal

G1 Economia Benefícios previdenciários, por exemplo, subiram R$ 71,1 bilhões em relação ao Orçamento do ano passado. O próprio ministro Fernando Haddad já defendeu que é preciso desvincular esses gastos do salário mínimo. Os aumentos previstos no Orçamento de 2025 com gastos previdenciários e benefícios sociais gerou preocupação entre economistas e setores do Congresso em relação ao equilíbrio fiscal das contas públicas. O Orçamento foi enviado pelo governo ao Congresso na sexta-feira (30). Nesta segunda (2), a equipe econômica detalhou os principais pontos. O teto de despesas total para o ano que subiu R$ 143,9 bilhões em relação a 2024. Esse crescimento obedece o limite estipulado pelo arcabouço fiscal. Desse total, alguns dos principais gastos são: ??benefícios previdenciários: R$ 71,1 bilhões a mas que em 2024 ??gastos com pessoal e encargos sociais: R$ 36,5 bilhões a mais que em 2024 ??benefícios de prestação continuada (BPC): R$ 6,6 bilhões a mais que em 2024 ??abono e seguro desemprego: R$ 6,5 bilhões a mais que em 2024 Esses gastos são obrigatórios. Ou seja, o governo não tem opção de não fazer os pagamentos. E muitos deles são corrigidos de acordo com o salário mínimo, que subiu acima da inflação no último ano. Isso leva a um gasto público acima do ritmo da economia. O governo já vem identificando o impacto dos gastos previdenciários e benefícios sociais no Orçamento inclusive de 2024. Em julho, foi anunciado um congelamento de R$ 15 bilhões nos gastos deste ano, justamente porque as despesas nessas áreas subiram além do esperado. O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou, em julho, ser favorável a rever a regra que vincula esses gastos ao crescimento do salário mínimo. Isso porque, segundo o ministro, se as despesas obrigatórias crescem acima da inflação, vão limitar demais as despesas discricionárias (aquelas que representam os investimentos do governo). "Algumas pessoas têm dito que se as regras atuais de vinculação [ao salário mínimo] não forem alteradas, mesmo que se considere o teto de 2,5% do PIB, essas despesas vão acabar comprimindo as despesas discricionárias em função da obrigatoriedade dessas despesas. Esse é um debate legitimo, que está sendo feito também pelo governo federal", afirmou Haddad. Para o economista Bráulio Borges, pesquisador do do FGV Ibre, serão necessárias reformas mais profundas nos gastos obrigatórios — como BPC, auxílio-doença e pensões do INSS — para manter o arcabouço fiscal de pé. Sem essas mudanças, acabará nos próximos anos o espaço para gastos livres do governo. E o arcabouço fiscal terá de ser revisto, opinou o economista. "Medidas de combate à fraudes, aumento da fiscalização são bem-vindas. Mas isso tem fôlego curto. Resolve um ano, dois anos. Não é algo mais persistente, permanente. A gente vai ter que em algum momento, acho que vai ficar para um próximo governo, falar de 'revincular'. Ter vinculações mais compatíveis com o equilíbrio fiscal, e que façam sentido para as políticas públicas", declarou Bráulio Borges. Governo detalha projeto de lei com proposta de orçamento para 2025 Cenário fiscal O Brasil está com dificuldades de zerar o déficit das contas públicas. Para 2024, o Orçamento previa um déficit zero: gastar o mesmo tanto que arrecada, descontados os pagamentos dos juros da dívida do governo. Mas a equipe econômica já disse que o país não vai conseguir fechar o ano no zero. O déficit será de R$ 28 bilhões, no limite do que permite a regra do arcabouço fiscal. O déficit de R$ 28 bi está dentro da banda do déficit zero, então a previsão será formalmente cumprida se ficar assim. Para o ano que vem, o governo volta a projetar déficit zero. Apresenta um corte de despesas de R$ 25 bilhões em relação a 2024. Mas a principal estratégia é uma expectativa de aumento de receitas. Para especialistas, esse caminho é arriscado, porque as receitas podem não se concretizar. Além disso, sem um corte de despesas nos gastos ineficientes, a máquina pública permanecerá desperdiçando dinheiro. Contas públicas descontroladas geram um efeito cascata na economia. Investidores e empresas começam a desconfiar de que o governo pode não honrar suas dívidas, os juros sobem, os investimentos minguam e o país pode empobrecer. "Manifesto minha preocupação com o foco da proposta na arrecadação de impostos, e não na priorização da melhoria da gestão pública, da eficiência nos gastos e da redução da carga tributária que são fundamentais para gerar empregos, criar oportunidades e aumentar a confiança dos investidores", afirmou o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, deputado Julio Arcoverde (PP-PI). Veja Mais

Governo espera arrecadar R$ 700 milhões com taxação de encomendas internacionais em 2024

G1 Economia Informação consta na proposta de orçamento do ano que vem, encaminhada na última sexta-feira (30) ao Congresso Nacional. Arara de roupas coloridas, comércio, e-commerce, compras internacionais freepik A equipe econômica informou que espera arrecadar R$ 700 milhões com a taxação de encomendas internacionais neste ano. A informação consta na proposta de orçamento do ano que vem, encaminhada na última sexta-feira (30) ao Congresso Nacional. ??Gastos com a previdência e com benefícios sociais estão pressionando as contas públicas, reduzindo o espaço para os chamados "gastos livres" — como investimentos e outros programas sociais do governo. Correção: o g1 errou ao informar, anteriormente, que a arrecadação seria obtida no ano que vem. A informação foi atualizada às 12h05 de segunda-feira (2). Após acordo com o Legislativo, o governo passou a taxar com uma alíquota de 20% de imposto de importação as compras feitas em sites internacionais com valor de até US$ 50 — que estavam isentas desde agosto de 2024. Consumidores reclamam de taxa de 20% para compras internacionais pela internet; confira A medida, que ficou conhecida como "taxa das blusinhas" está em vigor, mas não incidirá sobre medicamentos. Além do imposto de importação, também incide sobre as compras internacionais o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17% — que já existia. Segundo as regras aduaneiras, os 20% do imposto de importação serão cobrados em cima do valor do produto (mais eventuais cobranças de frete ou seguro), enquanto os 17% do ICMS vão incidir sobre o valor da compra já somado ao imposto de importação. Uma calculadora do g1 mostra o aumento de preços Lula sanciona taxação das compras internacionais de até US$ 50 Controvérsia no Congresso Os debates sobre a taxação de compras internacionais vinham acontecendo desde o ano passado e chegaram até a gerar um bate-boca entre parlamentares e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Apesar de ter sancionado o projeto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vinha tecendo diversas críticas à taxação das compras até US$ 50 e chegou a chamar a cobrança de "irracional". "Nós temos um setor da sociedade brasileira que pode viajar uma vez por mês pro exterior, e pode comprar até 2 mil dólares sem pagar imposto. Pode chegar no free shop e comprar mil, e pode comprar mil no país, e não paga imposto. E é maravilhoso, fiz isso pra ajudar a classe média, a classe média alta", disse Lula, em entrevista ao Uol em junho. "Agora, quando chega a minha filha, a minha esposa, que vai comprar 50 dólares, eu vou taxar 50 dólares? Não é irracional? Não é uma coisa contraditória?", emendou o presidente. Veja Mais

'Boletim Focus': mercado eleva estimativa de inflação e de crescimento do PIB para 2024

G1 Economia Números foram divulgados pelo Banco Central. Expectativa dos economistas dos bancos para o crescimento da economia neste ano subiu para 2,46%; inflação passou de 4,25% para 4,26%. Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para este ano e também passaram a projetar um crescimento maior da economia. As expectativas, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, consta do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central (BC). Para 2024, a previsão avançou pela sétima semana seguida, passando de 4,25% para 4,26%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 continua se distanciando da meta central de inflação e se aproximando do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa de inflação recuou de 3,93% para 3,92% na última semana. E, para 2026, a expectativa permaneceu estável em 3,60%. A partir de 2025, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2026. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. IPCA-15: Prévia da inflação desacelera para 0,19% em agosto Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 2,43% para 2,46%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,86% para 1,85%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após manutenção na semana passada pela segunda vez seguida. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 10,50% ao ano. Com isso, o mercado segue prevendo que não haverá mais alterações na taxa Selic no restante deste ano. Para o fim de 2025, o mercado financeiro manteve a estimativa estável 10% ao ano. Isso quer dizer que os economistas continuam estimando corte dos juros ano que vem. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 5,32 para R$ 5,33. Para o fim de 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5,30. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção permaneceu em US$ 83,5 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo caiu de US$ 79,5 bilhões para US$ 79 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano avançou de US$ 70,3 bilhões para US$ 71 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso subiu de US$ 72 bilhões para US$ 73 bilhões. Veja Mais

Seguro pecuário traz um pouco de tranquilidade para criadores

G1 Economia Pecuaristas de Itapetininga (SP) investem no seguro pecuário para proteger seus animais e plantações de eventos naturais. Em 2023 foram realizadas 286 apólices de seguro pecuário, que juntos somam cerca de R$224 milhões Reprodução/TV TEM A vida no campo pode passar a impressão de sossego e tranquilidade, porém, para o agricultor ou produtor, ela é inteiramente ligada a eventos externos, como doenças ou mortes dos animais, pragas nas plantações, estiagem, questões de mercado, entre outros. Por isso, muitos deles procuram maneiras de manter a segurança e a estabilidade. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em Itapetininga (SP), uma das regiões importantes do agronegócio brasileiro, produtores estão obtendo o seguro pecuário não só para os animais que criam, mas também para as plantações usadas para produzirem os alimentos das criações. O seguro pecuário também oferece aos produtores proteção contra eventos naturais como, por exemplo, animais mortos por raios. Para Donizete, criador de 700 cabeças de gado em Itapetininga (SP), o seguro não é um gasto e sim “um investimento”. Em todo estado de São Paulo, por exemplo, em 2023 foram realizadas 286 apólices de seguro pecuário, que juntos somam cerca de R$224 milhões. Neste ano, já foram realizadas 174 apólices, somando R$123 milhões. Um mercado que está em crescimento. Veja a reportagem exibida no programa em 01/09/2024: Confira o Nosso Campo deste domingo, 1º de setembro, na íntegra VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Entenda por que petroleiras temem intervenção com decreto sobre gás; indústria apoia medida

G1 Economia Governo diz que não vai 'destruir valor' dos projetos de petróleo e gás. Especialistas veem risco de judicialização. Tubulação de gás natural em estação da Petrobrás em Alagoas Assessoria O governo publicou na segunda-feira (26) um decreto que promete baratear o gás natural por meio de um "choque" de oferta. A intenção é aumentar a produção do insumo, dando mais poder à agência reguladora. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai poder determinar o aumento da produção em campos de petróleo e gás natural que já estejam em desenvolvimento e estabelecer níveis máximos de reinjeção (veja mais aqui) Essas medidas têm sido encaradas pelas petroleiras como uma intervenção do governo no setor privado. Em nota na sexta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) disse ver a norma com "preocupação". Segundo a entidade, que representa as grandes petroleiras, o decreto "tem o potencial de gerar insegurança jurídica e elevar a percepção de risco". Do lado da indústria de transformação, no entanto, o decreto foi bem recebido. O gás é usado nas atividades industriais como matéria-prima ou fonte de calor na fabricação de produtos, e um aumento de oferta ajudaria a baratear o insumo. Entenda a controvérsia (clique na pergunta para ser direcionado à resposta): O que prevê o decreto? Por que o risco de intervenção? O que diz o governo? O que diz a indústria? O que prevê o decreto? O texto dá mais poderes para a ANP, que vai passar a determinar índices máximos de reinjeção de gás natural para os campos e determinar o aumento de produção do insumo. O decreto prevê, entre outros pontos, que a agência poderá: determinar, mediante consulta prévia às empresas, a redução da reinjeção de gás natural ao mínimo necessário; determinar, após ouvir as empresas, o aumento da produção de gás natural para campos em produção, inclusive os campos maduros (que produzem há mais tempo); limitar a exportação de gás, quando observar que a produção não é suficiente para atender à demanda interna; estabelecer remuneração “justa e adequada” para os donos de infraestruturas de gás (como gasodutos e “refinarias”) para permitir o acesso de terceiros. No Brasil, a maior parte da produção de petróleo e gás natural é associada. Ou seja, para produzir petróleo, é preciso produzir gás. Dessa forma, as petroleiras só têm duas escolhas: comercializar o gás ou injetá-lo novamente nos poços --processo chamado de “reinjeção”. No pré-sal, os índices de reinjeção vêm batendo recordes, acima dos 50%. O governo considera que esse volume não se dá por motivos exclusivamente técnicos, e vê espaço para redução dos níveis e consequente aumento da produção. Por que o risco de intervenção? O advogado Rodrigo Mariani, do escritório BMA Advogados, destaca que o “caráter intervencionista” do decreto reside na determinação para que a ANP estabeleça níveis de reinjeção e aumente a produção dos campos. “São duas coisas que [caracterizam] um poder de intervenção inédito, acho eu, no plano de negócios, e acaba afetando efetivamente os planos de investimentos e desenvolvimento dos campos”, declarou. Ao decidir produzir petróleo e gás em um campo, a petroleira avalia critérios como volume de produção esperada, projeção de preço e investimento em infraestrutura. “Ele [o empresário] vai fazer uma série de contas de investimento versus retorno. E nessas contas entra naturalmente a produção de petróleo, que é o hidrocarboneto mais valioso, mais ‘desejado’ pelo mercado, e claro que nessa conta é considerada também a taxa de reinjeção de gás”, explica. O advogado afirma que a edição do decreto pode configurar algo chamado de “desapropriação indireta”. Ou seja, a empresa continua como titular do campo, mas “o governo intervém de forma tão relevante que pode afetar o valor econômico daquela concessão, daquele projeto”. Para o advogado Giovani Loss, do escritório Mattos Filho, o decreto desconsidera os aspectos econômicos dos projetos de petróleo. “O decreto traz essa insegurança de o quanto o governo será sensível aos economics [aspectos econômicos] do projeto e o planejamento que a empresa já tem para aquele projeto. As empresas hoje não têm como saber o que o governo vai efetivamente, da forma como está feito o texto, forçá-las a fazer no contexto do projeto”, declarou. Loss vê ilegalidade na edição do decreto. “Você ter o governo interferindo nesse planejamento, da forma como foi colocado, para mim, isso é ilegal”, disse. Os dois especialistas citam o risco de judicialização da medida. Loss, inclusive, disse já ter sido procurado por empresas interessadas em questionar o decreto na Justiça. O que diz o governo? Primeira usina de gás natural da região Norte é inaugurada no Pará Na segunda-feira (26), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o decreto é “completamente convergente” com a Lei do Gás, publicada em 2021. “A manutenção da possibilidade de o órgão regulador e de o formulador de política pública, através de estudos técnicos, poderem reavaliar a reinjeção do gás por parte das petroleiras que exploram petróleo no Brasil é uma política pública efetiva”, declarou o ministro. Para Silveira, o conteúdo do decreto está “implícito” na Lei do Gás. “[Se] Interpretar da forma adequada à Lei do Gás, vai se chegar boa parte no decreto que foi estabelecido agora”, disse. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, afirmou na segunda-feira (26) que o governo não quer “destruir valor” dos projetos. “A gente não vai, obviamente, destruir valor, a própria arrecadação da União, propondo ou projetos que diminuem o VPL [valor presente líquido] e por consequência diminuem a arrecadação”, declarou. O que diz a indústria? Para a indústria de transformação, grande consumidora de gás natural, a medida do governo foi positiva. O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e vice coordenador do Fórum do Gás, André Passos, afirma que o texto “é um dos melhores instrumentos de regulação de mercado de óleo e gás natural das últimas duas décadas”. O gás é um insumo importante para a indústria química. Em alguns segmentos, o preço ideal do insumo gira em torno de US$ 5 por milhão de BTU (unidade de medida do gás), enquanto ele é vendido pelo dobro do preço, segundo Passos. “Esse decreto é um instrumento que vem aperfeiçoar a regulação de um mercado que tem diversas assimetrias de informação, porque tem vários pontos que não são totalmente transparentes, e o impacto dessas assimetrias sobre os preços”, declarou. A Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace) disse que o texto é uma oportunidade para definir o papel da União no aumento da oferta nacional. “Estamos confiantes de que os desdobramentos das medidas traduzidas neste decreto trarão equilíbrio às discussões, e preservarão direitos do setor e o interesse dos agentes em novos investimentos”, declarou. Veja Mais

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+Milionária, concurso 177: ninguém acerta, e prêmio segue em R$ 10 milhões

G1 Economia Uma aposta acertou cinco dezenas e 2 trevos e levou R$ 197.028,71. Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 177 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (31), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio segue estimado em R$ 10 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp De acordo com a Caixa Econômica Federal, 1 aposta acertou cinco dezenas e 2 trevos e vai levar R$ 197.028,71. Veja os números sorteados: Dezenas: 01-02-05-08-11-31 Trevos: 2 - 4 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 26 apostas ganhadoras, R$ 3.368,01 4 acertos + 2 trevos - 73 apostas ganhadoras, R$ 1.285,24 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1132 apostas ganhadoras, R$ 82,88 3 acertos + 2 trevos - 1296 apostas ganhadoras, R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 10065 apostas ganhadoras, R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 8774 apostas ganhadoras, R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 67698 apostas ganhadoras, R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será na quarta (4). Sorteio Mais Milionária 31/08 Reprodução +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja Mais

Orçamento 2025: governo reduz previsão de recursos para Bolsa Família em R$ 1,4 bilhão

G1 Economia Proposta de Orçamento de 2025 foi apresentada nesta sexta-feira (30). Ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, disse que inflação está controlada e que programa social deverá atender a mais famílias. Bolsa Família; cartão bolsa família Setas/Divulgação O governo federal prevê, no Orçamento de 2025, um valor R$ 1,4 bilhão menor para o Bolsa Família no ano que vem, em comparação com 2024. Portanto, esse será o segundo ano sem reajuste do Bolsa Família. Em 2024, a verba total do programa foi de R$ 168,6 bilhões. No Orçamento de 2025, o governo reservou R$ 167,2 bilhões para o programa social, atendendo a 20,9 milhões de famílias em situação de pobreza. A informação consta na proposta de Orçamento para o próximo ano, enviada ao Congresso Nacional nesta sexta-feira (30). O valor médio pago às famílias está em R$ 681,09 por mês. Em agosto, o programa de transferência de renda está abrangendo 20,76 milhões de famílias. Nesta semana, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, responsável pelo programa social no governo, informou ao g1 e TV Globo que a inflação está sob controle. Por conta isso, argumentou o ministro, o valor médio pago às famílias mantém, em sua visão, o poder de compra dos beneficiários. Para 2024 e para 2025, entretanto, a previsão do mercado financeiro é de que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), some, respectivamente, 4,25% e 3,93%. “Não há nenhum estudo [de reajuste], nenhum levantamento, porque dentro da realidade, nesse momento do Brasil, nós temos o poder de compra preservado. É possível comprar, com o valor que pagamos no ano passado, os produtos necessários com base na cesta de alimentos, os produtos de primeira necessidade para estas famílias”, disse o ministro Wellington Dias, nesta semana. Golpe mira beneficiários do Bolsa Família; R$ 16 milhões já foram sacados O ministro citou ainda que cada família tem recebido, em média, R$ 230 por integrante, o que está dentro do valor esperado para que uma pessoa possa sair da condição de pobreza. Além disso, segundo Dias, um reajuste poderá ser discutido se o governo identificar uma inflação mais pesada para a população de baixa renda. “Claro que também estamos atentos, qualquer momento que tiver a necessidade … O presidente quer garantir que os mais pobres tenham não só o benefício, mas o poder de compra adequado para que a gente possa alcançar um objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome e fazer disso também um instrumento para a promoção da dignidade”, afirmou o ministro. Marca social de Lula O Bolsa Família é a principal vitrine na área social do presidente Lula. O programa foi relançado pelo petista em março do ano passado. Na época, o governo estabeleceu um modelo de cálculo dos benefícios proporcional ao tamanho da família – o que é apontado por especialistas como um formato mais justo e que melhora a qualidade do gasto público. Além disso, Lula cumpriu a promessa de campanha de manter o benefício mínimo em R$ 600 por família. A nova versão do aplicativo Bolsa Família já está disponível para download, o aplicativo foi atualizado pela Caixa e traz consulta de parcelas, situação do benefício e opção de desligamento voluntário, nesta terça-feira, 21. DENNER OVIDIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Desde a recriação do programa, em março do ano passado, ainda não houve reajuste dos valores pagos. Leia também: Bolsa Família: quem tem direito e quais os critérios para receber o benefício A lei do novo Bolsa Família prevê que esses valores poderão ser corrigidos em, no máximo, dois anos. Na visão do governo, a lei autoriza o reajuste, mas não o torna obrigatório. Com isso, segundo Dias, será possível ampliar o número de famílias que recebem dinheiro pelo programa em 2025. Veja Mais

Governo manda projeto ao Congresso para aumentar arrecadação em R$ 21 bilhões em 2025

G1 Economia Objetivo da equipe econômica é tentar zerar o rombo das contas públicas no próximo ano. O governo enviou ao Congresso nesta sexta-feira (30) um projeto de lei para aumentar a arrecadação em R$ 21 bilhões em 2025, quando o governo pretende equilibrar receitas e despesas no orçamento federal. O projeto prevê um aumento de aproximadamente R$ 32,6 bilhões na arrecadação entre 2025 e 2027. Desse total, R$ 21 bilhões no próximo ano. De acordo com o texto, o governo vai lançar mão de duas medidas: aumento da alíquota incidente sobre os juros sobre capital próprio (JCP); aumento das alíquotas de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Dessa forma, as alíquotas vão aumentar para: 20% de imposto de renda retido na fonte de pessoas jurídicas, no caso de juros sobre capital próprio; 22% em 2025 para a alíquota de CSLL, no caso de bancos; 16% para CSLL de pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização, de distribuidoras de valores mobiliários e outras; 10% para CSLL de demais pessoas jurídicas. Os Juros sobre Capital Próprio (JCP) das empresas são uma forma de distribuição de lucro, que incide sobre o acionista. Arrecadação federal soma R$ 231 bilhões em julho, novo recorde para o mês O aumento da CSLL chegou a ser ventilado pela equipe econômica, neste mês, para compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, e de municípios, mas foi vetado pelo Senado Federal. O incremento do Juros sobre Capital Próprio também foi proposto, e chegou a ser incorporado ao relatório final, mas também não foi aceito pelos senadores na votação final. Com isso, a equipe econômica mostra que não abandonou totalmente as propostas de alta dos impostos, desta vez com foco do equilíbrio das contas do governo em 2025, apesar de elas terem sido rejeitadas pelo Senado Federal neste mês. Em abril deste ano, o Tesouro Nacional já havia admitido que precisaria elevar mais ainda a arrecadação para tentar equilibrar as contas em 2025. O cálculo, naquele momento, era de que seriam necessários cerca de R$ 60 bilhões a mais. Nesta semana, entretanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas de aumento de arrecadação estariam relacionadas com a compensação da desoneração da folha de pagamentos. E que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concordou em avaliar novamente essas medidas, caso a compensação da desoneração da folha de pagamentos seja considerada insuficiente. "Nós vamos encaminhar só as medidas que eventualmente tenham que ser aprovadas até o final do ano, caso as projeções do Senado [de compensação da folha de pagamentos] não se confirmem", disse Haddad, na ocasião. Memes contra Haddad Em julho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, virou alvo de opositores do governo federal e passou a ser chamado de "Taxad" em memes que inundaram as redes sociais. A arrecadação tem avançado neste ano por conta, principalmente, de medidas aprovadas em 2023 pela equipe econômica, tais como: aumento da tributação de PIS/Cofins sobre os combustíveis; tributação dos fundos exclusivos e das chamadas "offshores"; mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados; volta da regra que favorece o governo em casos de empate no Carf. Entorno de Haddad vê com humor memes de ministro Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.769: prêmio acumula e vai a R$ 30 milhões

G1 Economia Veja os números sorteados: 16-35-10-60-46-49. Quina teve 25 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ R$ 99.848,97. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.769 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (31), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 30 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 10-16-35-46-49-60 5 acertos - 25 apostas ganhadoras: R$ 99.848,97 4 acertos - 2.725 apostas ganhadoras: R$ 1.308,53 O próximo sorteio da Mega será na terça (3). Números sorteados no concurso 2769 da Mega-Sena Reprodução Mega-Sena A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Aumento da CSLL e dos Juros sobre Capital Próprio: veja medidas que o governo pode lançar mão para elevar arrecadação em 2025

G1 Economia Objetivo da equipe econômica é tentar zerar o rombo das contas públicas no próximo ano. Proposta de orçamento também traz medidas de revisão de cadastros previdenciários e assistenciais, para coibir fraudes e reduzir despesas. A equipe econômica incorporou ao orçamento de 2025 uma estimativa de receitas extraordinárias para elevar a arrecadação e tentar cumprir a meta de déficit fiscal zero, a exemplo do que fez neste ano. Para 2025, a projeção da área econômica é de arrecadar R$ 168,24 bilhões com essas medidas. O texto do projeto de orçamento deste ano está sendo enviado nesta sexta-feira (30) ao Legislativo. Entre as medidas, estão medidas de aumento de impostos, como a CSLL e a tributação dos juros sobre capital próprio, mecanismo utilizado pelas empresas, mas também constam medidas para renegociar dívidas tributárias, e receita com a retomada do voto de qualidade do Carf e limitação do uso de créditos tributários pelas empresas. Entre as medidas de incremento da arrecadação, que estão no Orçamento, constam: Aumento de 1 ponto percentual na Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), tributo que incide sobre o lucro das empresas: R$ 14,93 bilhões Incremento de 15% para 20% no Imposto de Renda incidente sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP) das empresas — uma forma de distribuição de lucro, que incide sobre o acionista: R$ 6 bilhões. Medidas de compensação para a Desoneração da folha de salários: R$ 25,8 bilhões Processos CARF - Voto de qualidade: R$ 28,6 bilhões Transação de Relevante e Disseminada Controvérsia Jurídica (inclui PTTI): R$ 26,5 bilhões Transação Tributária: R$ 31 bilhões Recuperação Créditos Inscritos na dívida ativa: R$ 15,5 bilhões Controle Especial na utilização de benefícios tributários: R$ 20 bilhões. Arrecadação federal soma R$ 231 bilhões em julho, novo recorde para o mês O aumento da CSLL chegou a ser ventilado pela equipe econômica, neste mês, para compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, e de municípios, mas foi vetado pelo Senado Federal. O incremento do Juros sobre Capital Próprio também foi proposto, e chegou a ser incorporado ao relatório final, mas também não foi aceito pelos senadores na votação final. Com isso, a equipe econômica mostra que não abandonou totalmente as propostas de alta dos impostos, desta vez com foco do equilíbrio das contas do governo em 2025, apesar de elas terem sido rejeitadas pelo Senado Federal neste mês. Em abril deste ano, o Tesouro Nacional já havia admitido que precisaria elevar mais ainda a arrecadação para tentar equilibrar as contas em 2025. O cálculo, naquele momento, era de que seriam necessários cerca de R$ 60 bilhões a mais. Nesta semana, entretanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas de aumento de arrecadação estariam relacionadas com a compensação da desoneração da folha de pagamentos. E que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concordou em avaliar novamente essas medidas, caso a compensação da desoneração da folha de pagamentos seja considerada insuficiente. "Nós vamos encaminhar só as medidas que eventualmente tenham que ser aprovadas até o final do ano, caso as projeções do Senado [de compensação da folha de pagamentos] não se confirmem", disse Haddad, na ocasião. Memes contra Haddad Em julho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, virou alvo de opositores do governo federal e passou a ser chamado de "Taxad" em memes que inundaram as redes sociais. A arrecadação tem avançado neste ano por conta, principalmente, de medidas aprovadas em 2023 pela equipe econômica, tais como: aumento da tributação de PIS/Cofins sobre os combustíveis; tributação dos fundos exclusivos e das chamadas "offshores"; mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados; volta da regra que favorece o governo em casos de empate no Carf. Entorno de Haddad vê com humor memes de ministro Pente fino em cadastros Nesta semana, a área econômica também anunciou medidas para conter o crescimento das despesas e, com isso, tentar equilibrar o orçamento em 2025, além de evitar o colapso do arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas nos próximos anos. A principal das medidas, com impacto em 2025, é a revisão de cadastros, algo que já havia sido anunciado anteriormente. O objetivo é limitar o pagamento dos benefícios a quem tem direito, diminuindo as fraudes. Estão sendo revistos os registros de quem tem direito ao Bolsa Família, ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), quem está no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e no auxílio-doença, entre outros. Bolsa Família; cartão bolsa família Setas/Divulgação Pelo cálculo da área econômica, essa revisão de cadastros resultará em uma economia de R$ 19,2 bilhões em 2025. Dentro desse processo de revisão de gastos, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento citaram, ainda: Integração de políticas públicas ( para aperfeiçoar o desenho evitando desperdícios e aumentando a cobertura); Modernização das vinculações (com o objetivo de frear o crescimento de despesas obrigatórias e outras); Revisão de subsídios da União (eliminação ou redução de subsídios com atenção à regressividade). Na integração de políticas públicas e na "modernização de vinculações", a equipe econômica não chegou a anunciar medidas efetivas. São apenas intenções. Veja Mais

Carne, feijão, laranja: maior seca dos últimos 44 anos deve encarecer alimentos, dizem especialistas

G1 Economia Agricultura familiar, que não possui sistema de irrigação, é a principal prejudicada pelo clima. Setor é o responsável por levar comida à mesa do brasileiro. Rio Solimões durante estiagem de 2024 em Tabatinga Roney Elias/Rede Amazônica A carne bovina, o feijão, a laranja e outros alimentos devem ficar mais caros por causa da seca, que é a maior dos últimos 44 anos, segundo o levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) feito a pedido do g1. De acordo com o estudo, a estiagem já se prolonga por 12 meses, e os efeitos acumulados refletem na agropecuária brasileira. A falta de chuvas prejudica, principalmente, pequenos produtores, que, em sua maioria, são aqueles que não possuem um sistema de irrigação, explica Ana Paula Cunha, especialista no monitoramento de secas do Cemaden. No Brasil, apenas cerca de 13% da área da agricultura utiliza este tipo de estrutura. São os grandes produtores focados na exportação. Mas é a agricultura familiar a principal responsável pelo alimento que chega até a mesa do brasileiro, correspondente a cerca de 70% dessa quantia. Vale destacar que o clima seca favorece a proliferação de incêndios, que em São Paulo, por exemplo, provocou grandes prejuízos nas lavouras de cana-de-açúcar. Nesta época do ano, grande parte dos alimentos estão no período de entressafra, por isso, a reportagem optou por acompanhar o cenário da criação bovina de pasto. Além do feijão, que está na época de safrinha e da laranja, que vem sofrendo com a seca há 5 anos. Veja a seguir como a seca pode alterar o preço do feijão, da carne bovina e da laranja: A escassez de chuvas tem prejudicado a produção brasileira de feijão carioca. Reprodução/TV Globo Feijão ????? A escassez de chuvas tem prejudicado a produção brasileira de feijão carioca, o mais produzido e consumido no país. Segundo Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), das últimas 10 safras, cerca de 8 foram perdidas devido à estiagem. “Tem se perdido muito mais feijão com falta de chuvas do que com excesso”, descreve. Ele explica que, como o ciclo de cultivo do feijão é curto (dura em torno de 70 dias), mesmo pequenos períodos sem chuva podem comprometer a plantação. Isso porque, mesmo que ele não precise de muita água, se ela não vier na época necessária, o grão não vai vingar. Além disso, Lüders destaca que a seca facilita a proliferação de pragas no feijão, em especial, o mosaico-dourado, doença viral transmitida pelo inseto conhecido como mosca-branca, que se dissemina com mais facilidade nesse ambiente. Tudo isso refletiu um prejuízo de cerca de 15% na 2° safra do grão, segundo o especialista. Conhecida como “safrinha”, ela é colhida entre abril e junho, principalmente no Paraná, em Santa Catarina, em Minas Gerais e em São Paulo. Já a 3° safra, colhida entre agosto e setembro, especialmente em Minas Gerais, Goiás, Bahia e Mato Grosso, tem se mostrado em torno de 11% abaixo do padrão para o período, de acordo com Marcelo. Esse cenário, de acordo com Lüders, deve impactar o preço do grão queridinho dos brasileiros, já que em menor quantidade, ele se torna mais caro. Segundo o especialista, é provável que o feijão carioca chegue ao final do ano até 40% mais caro para o consumidor. Carne ????? O aumento do preço da carne bovina deve acontecer porque a seca deixou os pastos degradados, o que deve atrasar o processo de engorda dos animais, fazendo com que a carne que vem deste segmento chegue mais tarde ao mercado e, consequentemente, diminuindo a oferta do produto, explica o economista analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Além da criação de bois de pasto, existe a de confinamento, em que os animais são alimentados por ração. Nesta época do ano, o confinamento é o método de produção majoritário. A falta de água prejudica não só a quantidade de pasto, que depende de água para crescer, mas também a sua qualidade, segundo Laerte Ferreira, pesquisador do Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig). Soma-se a isso o fato de que os incêndios são mais frequentes em épocas de seca, destaca Patrícia Ferreira, especialista em pastagens da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Quando queima o pasto, queima o estoque de alimentos do criador que, em casos extremos, pode até perder os animais”, diz. Além disso, segundo o economista Iglesias, a demanda pela carne elevada, com bons índices de exportação, pode deixar a disputa por este alimento mais acirrada dentro do Brasil, reforçando a probabilidade de uma alta nos preços. Leia também: Mais de 40 bois morrem carbonizados durante incêndio em fazenda no interior de SP Incêndio agrava perdas na cana-de-açúcar em SP, que já sofre com seca A seca vem prejudicando a produção de laranjas, o que aumenta o preço final do consumidor. Thayna Cunha/ G1 Laranja ????? Os preços da laranja e do suco da fruta já enfrentam alta desde o final de 2023 e a situação não deve melhorar no curto prazo. Além da seca, as safras são prejudicadas pelas altas temperaturas e pela incidência da doença "greening", que diminui a qualidade e produtividade da fruta. Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) mostrou que os sucos de frutas (não é feita uma discriminação por sabor) ficaram 7,46% mais caros nos últimos 12 meses. Já o preço da laranja pera, a mais popular, subiu 41,12% no mesmo período. A baía foi a que mais encareceu: 43,50%. A alta da laranja lima foi de 40,79%. O coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Vinicius Trombin, explica que, para uma boa safra de laranja, o cultivo precisa das situações abaixo: um período sem chuvas para causar o chamado estresse hídrico, fazendo com que a planta acumule energia; chuvas, para provocar o florescimento; durante cerca de 2 meses após o florescimento, as temperaturas não podem ser superiores a 35°C, principalmente, por mais de um dia consecutivo. Caso as altas temperaturas durem vários dias, a planta entra em um desequilíbrio hormonal, um segundo estresse hídrico. E, para o pé sobreviver, irá abortar os frutos. Foi o que aconteceu nesta safra. “Nós tivemos 11 dias de temperaturas acima de 35°C e a média do Cinturão Citrícola (São Paulo e Minas Gerais) ficou em 37°C”, aponta Trombin. O resultado foi uma queda de 29% no número de frutos por área na região. Por outro lado, tendo menos frutos no pé, os nutrientes da planta iam para as laranjas que restaram, fazendo com que elas ficassem 5% maior, afirma o coordenador. O Brasil deve levar até 3 safras para conseguir repor os estoques dos sucos — ou seja, cerca de 3 anos — e para melhorar os preços, acredita Fernanda Geraldini, pesquisadora de frutas da equipe de hortifrúti do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/ Esalq - USP). Por que a irrigação não evitou o abortamento? Cerca de 38% dos pomares adultos do Cinturão Citrícola são irrigados, aponta Trombin. Deste modo, a maior parte da produção depende dos períodos de chuvas. Mas mesmo as áreas irrigadas são prejudicadas pelas ondas de calor, afirma a pesquisadora do Cepea, Geraldini. A irrigação é uma solução quando os produtores conseguem antecipar o florescimento, fugindo dos meses em que há mais risco de altas temperaturas, afirma Trombin, do Fundecitrus. Tem água para produzir? De maneira geral, quem já tinha um sistema de irrigação implementado e acesso à água, não deve ter a sua produção afetada. Por outro lado, aqueles que não têm esse tipo de recurso estão sofrendo com as consequências de diversos períodos seguidos com chuvas abaixo do esperado. “A seca, geralmente, tem um começo lento, mas se ela dura muito, os efeitos dela acabam sendo sentidos mesmo após as chuvas voltarem ao normal”, afirma Ana Paula Cunha, do Cemaden. A irrigação exige grandes estruturas, o que a torna de difícil acesso para os agricultores com poucos recursos, explica Sandra Bonetti, secretária de meio ambiente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Para os pequenos produtores, a saída é utilizar técnicas de águas de reuso, cisternas e cuidados com o solo para segurar a umidade, como a agricultura agroecológica e as agroflorestas. Para Sandra, a pior situação acaba sendo no Norte do país, onde, além de faltar água para produzir, os agricultores ficam isolados, uma vez que a locomoção na região é por meio dos rios. “Então a gente não consegue ter nem dimensão de quantas comunidades, de quantos agricultores familiares estão sendo afetados nesse momento, porque a gente não tem acesso a eles”, relata. Saiba também: Como o consumo no Brasil afeta o desmatamento da Amazônia Secas mais recorrentes O cenário atual de estiagem é consequência de uma sucessão de eventos climáticos. Em 2023, o El Niño fez com que as temperaturas aumentassem e as chuvas diminuissem. Além disso, o oceano Atlântico Tropical Norte está mais quente que o normal, o que também colabora para o clima seco, explica Cunha, do Cemaden. A previsão é de que em setembro haverá outro fenômeno climático, o La Niña, que poderia trazer chuvas. Contudo, o evento deve ser pequeno e não deve ser capaz de normalizar a situação climática no Brasil, afirma a pesquisadora. A seca também é causada pelo desmatamento na Amazônia. A floresta tem a sua umidade distribuída para todo o país, proporcionando as chuvas. Com menos árvores, essa umidade é derrubada, impactando as demais regiões. E a tendência é de que a seca se repita com mais frequência, considerando as projeções realizadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Segundo o IPCC, a temperatura do planeta deve subir 1,5° C entre 2030 e 2050. Saiba mais: Incêndio agrava perdas na cana-de-açúcar em SP, que sofre com seca desde abril: 'Queimar cana é queimar dinheiro', diz presidente de associação Mais da metade do país enfrenta a pior seca em 44 anos Arte/g1 Leia também: O que saber antes de comprar um bom azeite e evitar ciladas? Veja aqui. De olho na bagagem: veja quais alimentos não podem entrar no Brasil e os que são liberados Veja também: PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia De onde vem o que eu como: laranja Veja Mais

Orçamento 2025: salário mínimo deve ter alta de R$ 97 e chegar a R$ 1.509, prevê governo

G1 Economia Valor consta na proposta de Orçamento do próximo ano e considera a estimativa da inflação em 12 meses até novembro de 2024. Salário é referência para 59,3 milhões de pessoas. Cédulas de real Adriano Toffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo A proposta do governo para o Orçamento de 2025 prevê um salário mínimo de R$ 1.509 no próximo ano – R$ 97 a mais que os atuais R$ 1.412. O Orçamento também prevê que 2025 será o segundo ano seguido sem reajuste no Bolsa Família. Os valores constam no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) que o governo envia ao Congresso nesta sexta-feira (30), mas ainda devem ser atualizados até o fim do ano (entenda abaixo). Os números do salário mínimo tinham sido adiantados pelo blog da Ana Flor no g1 na manhã desta sexta. Se confirmado, o reajuste do salário mínimo será aplicado a partir de janeiro – ou seja, no salário que o trabalhador recebe em fevereiro. Os R$ 97 a mais representam uma alta de 6,87% em relação ao patamar atual – que é de R$ 1.412. A nova estimativa também ficou acima do que foi projetado em abril deste ano. Naquele momento, a previsão era de R$ 1.502 para o salário mínimo. Valor pode mudar até dezembro O valor definitivo, porém, será conhecido somente em dezembro deste ano — quando será divulgado o INPC de novembro (que serve de base para a correção). Isso porque foi instituída por lei, aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma fórmula de valorização real do salário mínimo – ou seja, de aumento do valor acima da inflação. Pelo formato adotado, o reajuste corresponde à soma de dois índices: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição; o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2025, vale o PIB de 2023 -- que cresceu 2,9%. Salário mínimo afeta o rendimento de quase 60 milhões de pessoas Referência para 59,3 milhões de pessoas De acordo com nota técnica divulgada em dezembro do ano passado, e atualizada em janeiro de 2024 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil. Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo (ou múltiplos do mínimo), há também as aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao mesmo valor. O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador. Impacto nas contas públicas Ao conceder um reajuste maior para o salário mínimo, o governo federal também gasta mais. Isso porque os benefícios previdenciários, assim como o valor do abono salarial e do seguro-desemprego, entre outros, não podem ser menores que o valor do mínimo. De acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo criou-se uma despesa em 2024 de aproximadamente R$ 392 milhões. Um aumento de R$ 97 ao salário mínimo em 2025, portanto, corresponde a um crescimento de R$ 38 bilhões nas despesas obrigatórias. O aumento maior do salário mínimo é um dos itens que eleva as despesas obrigatórias. Com isso, sobrarão menos recursos para os gastos "livres" do governo, chamados de "discricionários" - o que pode afetar políticas do governo federal. Veja Mais

Superesportivos: como tecnologia de segurança protege motoristas mesmo em acidentes gravíssimos

G1 Economia Reportagem explica se é possível um carro mais barato alcançar níveis altos de proteção e quais avanços tecnológicos tornam veículos modernos cada vez mais confiáveis. Porsche amarela envolvida em briga de trânsito na Avenida Interlagos na madrugada desta segunda-feira (29) Reprodução/TV Globo Em questão de semanas, três acidentes com morte tiveram um elo em comum: motoristas de carros de luxo aceleram demais, causam graves acidentes com morte de terceiros e saem do episódio com poucos arranhões. O primeiro deles foi Fernando Sastre Filho, motorista de um Porsche 911 Carrera que bateu a mais de 100 km/h na traseira de um Renault Sandero e matou o condutor Ornaldo da Silva Viana, um motorista de aplicativo de 52 anos. Já preso, Sastre Filho disse à Justiça de São Paulo que fraturou duas costelas e três ossos da face. No dia do acidente, porém, sua mãe o removeu do local do acidente, alegando a necessidade de atendimento médico. O passageiro, Marcus Vinicius Machado Rocha, ficou 10 dias internado, passou por cirurgias, mas hoje está bem. Vídeo mostra momento da batida de Porsche em carro de motorista de aplicativo Apenas 120 dias depois, Igor Ferreira Sauceda, proprietário de Porsche 718 Cayman GTS atropelou e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo por ter quebrado o retrovisor do carro de luxo, batendo em seguida contra um poste. Em vídeos gravados por testemunhas, Sauceda é visto saindo ileso da cabine do veículo e checando os danos da batida. Ele foi preso em flagrante. A namorada dele, que estava no banco do passageiro, sofreu ferimentos leves e foi levada a um pronto-socorro. Pedro Kaique, de 21 anos, foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Fantástico ouve testemunha que viu Porsche perseguir motociclista em São Paulo Para o terceiro caso, bastaram três dias: um Porsche Boxter atropelou e matou o motociclista Adilson de Lima, um lavrador de 47 anos, em Teresópolis, região Serrana do Rio de Janeiro. O dono do veículo é o influenciador digital Renan Rocha da Silva. Outro homem se apresentou na delegacia como o condutor do veículo, mas Renan é investigado como suspeito de ser o motorista e é considerado foragido pelas autoridades. O influenciador já tinha um mandado de prisão em aberto por crimes relacionados ao trânsito, como dirigir sem habilitação. Polícia procura influenciador dono de carro de luxo que atropelou e matou motociclista, em Teresópolis A Porsche chegou a publicar uma nota em que diz que a empresa investe "extensivamente em programas de treinamento de condução como forma de ampliar a segurança no uso dos automóveis" e tem um amplo portfólio de oportunidades para utilização dos veículos em ambientes seguros e controlados. Em outras palavras, a empresa faz questão de promover situações seguras para que seus clientes não precisem infringir as leis de trânsito para conduzir um esportivo. Mas a imprudência dos motoristas nos três episódios ofusca outra questão fundamental: a tecnologia de ponta que os fizeram sobreviver. Mesmo depois de batidas fortes, a cabine dos Porsche ficou tão preservada quanto foi possível. Isso porque a Porsche e as demais montadoras de ponta têm aproveitado as tecnologias desenvolvidas para veículos de competição em seus modelos de rua. São tecnologias de segurança ativa e passiva que chegam a ser similares ou até superiores aos carros de corrida, que não têm airbags, por exemplo. Mas o princípio que une tanto os veículos de competição quanto os esportivos de rua é o mesmo: a resistência da cabine. Batida de Scott Dixon durante as 500 milhas de Indianápolis em 2017: piloto sai do carro sem ferimentos graves Imagem: NTT IndyCar Series Um exemplo bem ilustrativo foi o acidente com o piloto neozelandês Scott Dixon na prova das 500 milhas de Indianápolis, em 2017. A colisão em alta velocidade fez o veículo levantar voo e capotar várias vezes, mas o piloto não sofreu ferimentos e saiu andando. O que faz com que alguns carros sejam extremamente seguros enquanto outros não alcançam os mesmos níveis de proteção? O preço mais alto determina quem sobrevive ou não em uma batida? Nesta reportagem, o g1 demonstra o que diferencia um veículo de outro, se é possível um carro mais barato alcançar níveis altos de proteção e quais avanços tecnológicos tornam veículos modernos cada vez mais seguros. A traseira do Renault Sandero branco ficou destruída após ser atingida pelo Porsche 911 azul Rômulo D'Ávila/TV Globo Segurança do esporte para a rua É na cabine que a revolução da segurança veicular da indústria automotiva trouxe os resultados mais expressivos ao longo dos anos. Conservar o habitáculo se tornou a principal obsessão da indústria automotiva desde o acidente de Ayrton Senna, em 1994. Os carros da Porsche e outros esportivos luxuosos cobram o preço para embarcar o mais alto nível de segurança para atender a todos os critérios internacionais de exigência. Nas imagens feitas após os acidentes, é possível notar um grau enorme de conservação das cabines dos esportivos. Mas ter um alto índice de segurança não é exclusividade dos milionários. As instituições de avaliação de segurança automotiva garantem que não é necessário desembolsar milhões de reais para se ter um veículo seguro. “O preço não tem correlação direta com a segurança. Há probabilidades maiores de se estar mais protegido em um carro mais caro, mas não é uma regra”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP. Furas é um dos especialistas em segurança do Latin NCAP, um programa de avaliação de carros novos para a América Latina e Caribe, que oferece informação independente sobre os níveis de segurança que os diferentes modelos de veículos no mercado aos consumidores. O órgão utiliza métodos de ensaio internacionalmente reconhecidos e qualifica entre 0 e 5 estrelas a proteção oferecida pelos veículos e para ocupantes adultos, crianças e pedestres. Para dar a nota, o órgão realiza uma série dos chamados “crash-tests”, e avalia como cada modelo se comporta em diferentes formas de acidentes. Para início de conversa, a instituição define um habitáculo seguro como aquele que detém as devidas tecnologias para garantir a integridade de todos os ocupantes. São elas: Barras de proteção nas portas; Coluna de direção colapsável; Carroceria reforçada nas colunas A, B e C; Airbags frontais (painel e volante); Airbags laterais (laterais de porta); Airbags de cortina (janelas); Airbag de joelho; Airbags centrais (entre motorista e passageiro da dianteira); Airbag de cinto. Furas explica que não basta a quantidade, mas leva-se em conta a qualidade dos itens adicionados aos veículos. O ponto principal é a eficiência dos equipamentos de segurança. "Não é qualquer cinto ou qualquer airbag que funciona. É como ele abre, qual é a pressão, o desenho da peça, adequação do funcionamento da bolsa inflável com os demais itens da cabine”, diz o especialista. Por vezes, é isso que separa o Porsche 911 de Sastre Filho do Renault Sandero de Ornaldo Viana. Carros de luxo costumam ter projetos globais, vendidos no mundo todo, com os itens mais refinados e adequados para qualquer legislação de segurança. Veículos mais baratos podem sofrer adaptações de acordo com o mercado em que são comercializados. A diferença de volume dos airbags laterais dos Sandero de exportação e nacional chega a quatro litros Divulgação | Latin NCAP O Latin NCAP, por exemplo, comparou os Sandero, Logan e Stepway que eram produzidos na Colombia (para exportação) e os produzidos na Argentina e Brasil para o mercado local. A diferença de volume do airbag lateral chega a quatro litros, de 18 litros para os locais e 22 litros para os exportados. (veja na imagem acima) “Os veículos fabricados na Colômbia mostraram uma intrusão estrutural um pouco menor no teste de batida de impacto lateral do que os carros fabricados para o Mercosul”, diz nota do LatinNCAP em 2019 sobre o Sandero, que obteve apenas uma estrela no teste e saiu de linha tanto aqui como no exterior. “É provável que os motivos se devam à diferença de materiais e/ou diferenças nos processos de produção”, afirma o texto. Furas afirma que é a legislação do país que deveria democratizar e exigir das fabricantes projetos e equipamentos mais eficientes. “O carro popular é o que tem que ter a maior evolução em segurança porque é o veículo utilizado pelo trabalhador, que compra um bem com muito esforço e não tem margem financeira para atender a sua família se algo acontecer”, diz. Estrutura do banco é outro fator que influencia na segurança dos ocupantes Divulgação | Latin NCAP Deixando de lado o comparativo entre um carro de luxo e um popular, Furas lembra de um episódio no Uruguai, em que houve uma colisão entre um Ford Ka e um Volkswagen Nivus. O Ka teve nota zero no Latin NCAP, enquanto o Nivus alcançou a nota máxima de cinco estrelas para proteção de adultos. “No Nivus, havia cinco adultos e, a despeito de alguns ferimentos, todos sobreviveram. No Ka, os dois únicos passageiros da dianteira, que contavam com airbag, morreram”, revelou Furas. Dos 10 carros mais vendidos do Brasil, segundo o ranking de emplacamentos da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), estas são as notas atribuídas pelo Latin NCAP na proteção para adulto: Volkswagen Polo: 3 estrelas Fiat Strada: 1 estrela Chevrolet Onix: 5 estrelas Hyundai HB20: 3 estrelas Fiat Argo: zero Fiat Mobi: 1 estrela Volkswagen T-Cross: 5 estrelas Hyundai Creta: 4 estrelas Chevrolet Onix Plus: 5 estrelas Chevrolet Tracker: 5 estrelas Ford Ka não obteve nenhuma estrela no teste realizado em 2020 Divulgação | Latin NCAP Já os carros importados mais vendidos do Brasil são da chinesa BYD. O híbrido Song e os elétricos Dolphin e Dolphin Mini estão no pódio entre os três importados mais vendidos. O Dolphin Mini ainda não foi testado pelo Asean nem pelo Euro NCAP, correspondentes do Latin NCAP na Ásia e na Europa. Os outros dois receberam 5 estrelas. Já os carros de luxo mais vendidos foram os BMW X1 e série 3 e o Volvo XC90. Sem nenhuma surpresa, todos gabaritaram no crash-test. A lataria é importante Uma cabine ultrarresistente não basta para preservar a vida dos passageiros. A principal mudança estrutural na parte externa de veículos modernos é o material utilizado na lataria para garantir uma deformação planejada e programada. Fabrício Cardinali, engenheiro mecatrônico com quase 20 anos de experiência na área de segurança da Fiat-Chrysler (hoje Stellantis), lembra que automóveis produzidos até a década de 1990 eram fabricados exclusivamente com aço, sem desenho adequado para absorver impactos. Antes, o para-choque era rígido e fixado nas longarinas (que são as estruturas que suportam todo o carro, do capô até o porta-malas). Hoje, os para-choques são feitos de plástico e não são fixados na parte estrutural do carro. Arte mostra a deformação programada de um SUV da Volvo Divulgação | Volvo Essa mudança de disposição ajuda a suportar toques leves sem comprometer a estrutura do carro e, em casos mais graves, absorver parte dos impactos de acidentes. As longarinas têm deformação programada, com ranhuras bem delineadas e que ajudam a suprimir a violência de uma batida mais grave. “Alguns projetos são contemplados com peças que atravessam todo o carro e dispersam a grandeza do impacto no final do carro, no porta-malas”, elucidou Cardinali. De acordo com Furas, do Latin NCAP, a introdução de outros materiais, como o alumínio, fez muita diferença no resultado final das carrocerias modernas, e que as montadoras passaram a dar prioridade para resistência na cabine. “As empresas perceberam que o restante (frontal, traseira e lateral) deve sofrer deformações para absorver energia. Voltamos ao exemplo do carro de fórmula: tudo fica intacto onde está o piloto, enquanto o restante é completamente destruído”, disse. No crash teste realizado entre dois Nissan: um Versa 2015 e um Tsuru, projeto dos anos 1990. Veja como a cabine se deforma no carro vermelho, enquanto no sedã prata há maior resistência do habitáculo Divulgação | Latin NCAP O que mais faz um carro ser 'cinco estrelas'? O Latin NCAP avalia a segurança desde as versões mais básicas disponíveis no mercado, com o objetivo de estimular as fabricantes a melhorarem o desempenho em segurança de seus carros à venda na região. Além disso, o órgão também busca incentivar os governos a aplicarem regulamentações exigidas pelas Nações Unidas quanto aos testes de colisão. “A ideia principal da nossa organização é democratizar a segurança em um carro: ter a mesma segurança de um carro europeu sem ter que pagar mais por isso. A regulamentação brasileira para segurança dos carros está pelo menos 20 anos atrasada em comparação com a legislação da Europa”, finalizou Alejandro Furas. Para o Latin NCAP, um carro minimamente seguro deve ter: Seis airbags; Proteção ao pedestre; Controle de estabilidade; "Ainda não é exigido, mas entendemos que alerta de colisão frontal e frenagem de emergência também deveriam entrar como equipamentos de série para os carros comercializados na região", disse Furas. Em suma, o Latin NCAP leva em conta os ferimentos em ocupantes, pedestres e motociclistas, além da presença de equipamentos de assistência à condução, como o piloto automático adaptativo e frenagens de emergência. VW Nivus conseguiu a nota máxima no crash test realizado em 2022 Divulgação | Latin NCAP Pontos verificados pelo Latin NCAP: Ferimentos em adultos; Ferimentos em crianças; Ferimentos em terceiros (pedestres, ciclistas e motociclistas); Equipamentos de assistência à condução. “Não adianta o carro ter ótima segurança para adultos, crianças e um nível excelente de assistência ao motorista. Se tiver um desempenho ruim na proteção para pedestre, vai penalizar o resultado do carro”, alega o executivo. ??As lesões para ocupantes são medidas pelos ferimentos percebidos nos ocupantes por meio de bonecos (os “dummies”). O instituto avalia se o veículo conseguiu evitar que os ocupantes tenham ferimentos graves. Quanto mais lesões, pior é a nota do carro. ??As lesões para pedestres também são medidas através de “dummies”, em que partes do corpo de um pedestre são projetadas contra o carro para determinar onde e como ocorrem os traumas. “Carros com a dianteira mais alta, como nos casos de SUV e picapes, tendem a perder pontuação porque o impacto é mais agressivo, o que tem comprometido a capacidade de dar boa proteção para os pedestres”, argumenta o secretário do Latin NCAP. ?? Já quando se fala sobre tecnologias de segurança, existe uma diferenciação importante: a passiva e a ativa. A segurança passiva é a mais conhecida, porque ela é responsável por manter a integridade dos ocupantes quando já não há mais alternativas e a colisão é certa; cinto de segurança, airbags e proteções laterais nas portas fazem parte da lista de equipamentos de segurança passiva. ?A segurança ativa é chamada assim justamente porque ela deve entrar em ação antes da colisão, ou seja, ela é a protagonista no momento de evitar, ou minimizar, o impacto. E é aí que entra uma outra sigla: ADAS. O ADAS (Advanced Driver Assistance System), que em tradução livre quer dizer “sistema avançado de assistência ao motorista”, é uma central que reúne diversas tecnologias que auxiliam o condutor a dirigir livre de perigos. Nesse sistema, estão presentes equipamentos como: Piloto automático adaptativo; Frenagem de emergência; Monitor de ponto cego; Alerta de colisão frontal; Assistente de permanência em faixa; Câmera 360º; Direção semiautônoma; Identificador de placas. E é por isso que o Latin NCAP passará a avaliar a eficiência desse sistema (em automóveis equipados com ele) em 2026. De acordo com Furas, “carros que possuem nota baixa para proteção de pedestre têm a possibilidade de compensar isso com tecnologias de assistência à condução, como a frenagem autônoma de emergência, que para o carro ao identificar o risco de atropelar um pedestre”. “Mas essa tecnologia ainda não evita 100% dos acidentes. Ainda falta pelo menos uma década para chegarmos a um funcionamento perfeito do ADAS. Até lá, continuaremos precisando de carros com estruturas que não sejam tão agressivas aos pedestres”, defende o secretário. Um exemplo de carro que pode ser agressivo aos pedestres é a Cybertruck da Tesla, já testada pelo g1. A picape tem revestimento de aço inoxidável e, segundo estudos dos institutos norte-americanos de segurança veicular, é possível que as notas da picape elétrica deixem a desejar para acidentes com pedestres. Conforme alegou o secretário geral do Latin NCAP, por conta da quantidade de SUVs lançados nos últimos anos na América Latina, haverá uma mudança da exigência no crash-test lateral. O que explica essa mudança é o peso dos utilitários esportivos que, por serem maiores, acarretam batidas mais violentas. “Um carro mais pesado e mais veloz traz mais impacto para a estrutura lateral, o que vai forçar as montadoras a trabalharem melhor na estrutura da carroceria e airbags laterais”, afirmou Alejandro Furas. Modelos envolvidos nos mais recentes acidentes envolvendo carros de luxo: Porsche 911, 718 Cayman e 718 Boxster Divulgação | Porsche Veja Mais

Haddad diz que comunicação do governo 'às vezes peca' e ajuda a piorar expectativas

G1 Economia Declaração do ministro da Fazenda ocorre em meio a um movimento atípico nos mercados, com Ibovespa em alta e dólar avançando sobre o real. Ministro da Fazenda Fernando Haddad. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (30) que a comunicação do governo "às vezes peca por detalhe" e que isso tem colaborado com a deterioração das expectativas do mercado financeiro. Haddad participou de um painel no Expert XP, evento do mercado financeiro, em São Paulo. "A sua pergunta é: 'O que está acontecendo no mercado financeiro que, com todos os indicadores melhorando, tem havido uma deterioração das expectativas?' . Uma parte acho que é a comunicação do governo, que às vezes peca por detalhe, coisas que a gente poderia superar com certa facilidade", afirmou o ministro, após ser questionado sobre o assunto. A declaração de Haddad ocorre em meio um movimento atípico nos mercados. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, teve uma alta de 6,54% em agosto, maior avanço em nove meses. Enquanto isso, o dólar fechou o mês praticamente no zero a zero, com uma leve queda de 0,38% em relação a julho, mas ainda em patamares muito elevados, cotado a R$ 5,6325. LEIA TAMBÉM Ibovespa tem melhor mês em quase 1 ano; por que o dólar não? Lula indica Gabriel Galípolo para a Presidência do Banco Central Haddad diz que 'derrotas compreensíveis' no Congresso impediram déficit zero Em sua fala, o ministro da Fazenda também atribuiu a turbulência dos mercados à transição do Banco Central do Brasil (BC). O mandato do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, se encerra no fim do ano. Para o lugar dele, o presidente Lula (PT) confirmou, na última quarta-feira (28), a indicação de Gabriel Galípolo. Galípolo é o atual diretor de política monetária do BC, e ainda precisa ser sabatinado e aprovado pelo Senado Federal para assumir o cargo em janeiro. Indicação de Galípolo acontece sob pressão da inflação e incerteza sobre juros "Há também a transição do Banco Central. Queira ou não, esse é o primeiro governo que está passando por duas transições. A do [ex-ministro Paulo] Guedes para mim e a do Roberto Campos [Neto] para o Galípolo, com dois anos de intervalo e com o BC autônomo", continuou Haddad. A Lei de Autonomia do Banco Central, sancionada em 2021, define que o presidente do Banco Central terá mandato de quatro anos, não coincidente com o do presidente da República. Os diretores da instituição também passaram a ter mandatos. Para Haddad, a deterioração das expectativas do mercado também tem sido reflexo de questões como a mudança do regime de meta para a inflação, que passou a ser contínua, e de incertezas a respeito das medidas fiscais do governo. "Mas estou bastante tranquilo que essas coisas vão convergir e vai chegar um determinado momento em que os fundamentos vão falar mais alto do que a especulação ou a incerteza que ainda paira no horizonte", disse. O ministro declarou ainda estar confiante de que "vamos terminar o ano bem, com a bolsa subindo e com o PIB [Produto Interno Bruto] reajustado para cima, com baixo desemprego e inflação dentro da meta". Falas sobre Campos Neto Questionado sobre as críticas do governo contra o presidente do BC, Roberto Campos Neto, Haddad declarou que "falar sobre juros é normal no mundo inteiro". "Penso que, em uma democracia, assim como o meu trabalho é avaliado todo dia pela imprensa, há um certo tabu em relação à política monetária, como se ela fosse técnica e a política fiscal, não. (...) E eu acho meu emprego bem mais difícil do que o dele [Campos Neto]. Eu quase me indiquei para a presidência do Banco Central para trocar de cadeira. Acho mais fácil lá do que meu trabalho”, disse. O ministro afirmou ainda que nunca viu "ninguém reclamar de ser presidente do Banco Central" e que "aguentar um pouco de crítica faz parte". "Eu não me sinto atacado pelas críticas que são feitas à política fiscal ou ao governo. Penso que é natural e deveria ser visto assim, como algo da vida pública", concluiu. Veja Mais