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Como a Argentina passou de 'país barato' a um dos mais caros da América Latina
Estimativas indicam que o peso argentino se valorizou em 40% no último ano, mas sem que poder aquisitivo da população acompanhasse a evolução. O fortalecimento da moeda local influenciou o turismo internacional na Argentina. GETTY IMAGES "A Argentina está cara em dólares", contou Manuel, empresário gastronômico de 37 anos, durante minha última visita à capital do país, Buenos Aires, no mês de dezembro. "Você que veio dos Estados Unidos vai perceber rapidamente." Já no meu primeiro dia na cidade, confirmo a observação de Manuel no preço do café. Em Palermo, bairro turístico da capital, uma xícara de café custa 3,3 mil pesos – US$ 3,20 pelo câmbio oficial (cerca de R$ 19), cotado a poucos centavos a menos que o paralelo, que os argentinos chamam de "dólar blue". Costumo pagar um dólar a menos pelo café na mesma rede de cafeterias em Miami, nos Estados Unidos. Mas não são só os lugares frequentados pelos estrangeiros que estão caros em dólares. A mesma situação se repete em locais menos turísticos e com produtos mais procurados pelos argentinos. Vemos o mesmo no pão fatiado, que custa US$ 4 (R$ 23,70), ou na manteiga a US$ 3 (R$ 17,80). E também nos produtos importados. Um copo térmico Stanley, por exemplo, custa em Buenos Aires US$ 140 (R$ 830). Nos Estados Unidos, o mesmo copo não passa de US$ 30 (R$ 178). Segundo o índice de preços Big Mac do McDonald's, criado pela revista The Economist em 1986, o preço do hambúrguer na Argentina é o mais alto da América Latina (US$ 7,37, cerca de R$ 43,70) e o segundo maior do mundo, atrás da Suíça. Um ano atrás, o Big Mac custava na Argentina a metade do preço atual, em dólares. Estimativas do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) indicam que o peso argentino aumentou de valor em 40%, em termos reais, entre dezembro de 2023 e outubro do ano passado. Mas este avanço não se traduziu em aumento do poder aquisitivo da população. Afinal, os salários permaneceram congelados e as chamadas correções do governo Javier Milei geraram forte recessão, que provocou queda do consumo. "Não estamos nem melhor, nem pior. Temos problemas diferentes do ano passado", conta o dono de uma padaria com mais de 30 anos no setor, questionado sobre o efeito da valorização da moeda local sobre suas vendas. Ele votou em Milei e continua apoiando o presidente. O impacto da queda da inflação argentina (a maior conquista de Milei no seu primeiro ano na presidência), aliada à valorização da moeda local, surpreende qualquer pessoa que não tenha visitado o país no último ano. Mas por que a Argentina passou a ser "cara em dólares", depois de ter sido um dos países mais baratos da América Latina? E quais os impactos na sua economia? Compras no exterior: entenda quando é preciso pagar imposto e como fazer O 'superpeso' "Para viver na Argentina, preciso hoje de mais dólares do que um ano atrás", conta o programador brasileiro Thiago. Ele cobra por seus serviços na moeda americana e, há dois anos, decidiu morar na Argentina, com o câmbio favorável na época. Desde que o peso se fortaleceu no país e o real caiu no Brasil, liderando a queda das moedas latino-americanas, Thiago pensa em voltar para São Paulo. "Lá, vivo melhor com menos dólares", ele conta. Thiago não é o único. Em agosto de 2024, a BBC News Brasil noticiou que uma onda de brasileiros estava deixando a Argentina porque era "inviável" para eles permanecer no país. O presidente Milei desvalorizou a moeda argentina em 54% logo após a sua posse. Um ano depois, ela se transformou no que os meios de comunicação do país chamam de "superpeso". Como isso aconteceu? O motivo é a estratégia adotada por Milei para baixar a inflação, sua principal meta ao assumir a presidência. Afinal, em 2023, a inflação argentina atingiu 211%, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos do país (Indec). Milei empregou um instrumento que os economistas chamam de "âncora inflacionária". O preço do dólar oficial foi "ancorado", aumentando sua cotação – ou seja, desvalorizando o peso – pelo nível fixo de 2% ao mês, muito abaixo do índice mensal de inflação. Esta medida, aliada à "âncora fiscal", que reduziu fortemente os gastos públicos, e à "âncora monetária", com a suspensão da emissão de dinheiro para financiar o Tesouro, foi fundamental para que a Argentina fechasse 2024 com inflação anual de 118% – uma redução de 44,5% em um ano. O lado negativo é que, enquanto o peso se fortalecia ao ser desvalorizado abaixo da inflação, o dólar oficial ficou atrasado em relação ao custo de vida, perdendo grande parte da sua capacidade de compra. Como resultado, surgiu um novo fenômeno para os argentinos: a inflação em dólares. Estimativas de diversos economistas locais indicam que ela superou 70% no ano passado. Ou seja, um produto que custava US$ 100 um ano atrás, hoje, custa US$ 170. Leia também: Melhores destinos para viajar sozinho em 2025, segundo turistas; veja único sul-americano Reino Unido dispensa autorização de viagem para alguns passageiros em conexão; entenda 'Dólar blue' Não foi apenas o dólar oficial, controlado pelo governo, que perdeu seu poder de compra. O dólar paralelo, livre ou de mercado também está em níveis similares aos da época da posse de Milei, mesmo com a inflação de mais de 100% no período. O economista Lorenzo Sigaut Gravina, da consultoria argentina Equilibra, atribui principalmente o fato a uma iniciativa bem-sucedida do governo, que fez com que os argentinos introduzissem no sistema financeiro do país os dólares em espécie guardados em casa ou depositados no exterior e não declarados. Na primeira etapa, a Argentina conseguiu o ingresso de US$ 19,023 bilhões (cerca de R$ 112,7 bilhões), segundo a Agência de Arrecadação e Controle Alfandegário (ARCA, na sigla em espanhol). Este sucesso conteve o dólar paralelo, que se manteve a uma taxa levemente superior ao câmbio oficial – diferentemente dos anos anteriores, quando a margem era muito ampla. Efeitos na Argentina O "peso forte" traz pontos positivos e negativos para o país. Por um lado, o governo destaca que os salários aumentaram em dólar. Um relatório da plataforma de empregos online Bumeran indica que o salário médio pretendido na Argentina é de US$ 1.234 (cerca de R$ 7,3 mil), acima da média regional. Um ano atrás, era um dos mais baixos da América Latina. Mas a valorização da moeda local também gerou redução do número de turistas estrangeiros que visitam o país e aumento dos argentinos que aproveitam o "dólar achatado" para viajar para o exterior. Dados do Indec demonstram que o número de turistas internacionais no país registrou uma redução de 19,2% em novembro passado, em relação ao mesmo mês de 2023. A consequência mais preocupante do peso valorizado para muitos moradores locais se concentra em setores como a indústria. Agora, produzir ficou mais caro, tanto para o mercado local quanto para o exterior, o que reduz a competitividade da indústria e do setor agrícola argentino. Some-se a isso a abertura das importações realizada pelo governo para incentivar a concorrência e reduzir os preços locais. E, como resultado, "será cada vez mais barato recorrer a produtos importados e cada vez será mais cara a produção nacional", segundo Sigaut Gravina. Por isso, o setor industrial alertou que esta situação poderia gerar queda da produção, com consequente redução dos postos de trabalho. Os críticos mais fortes ao governo chegam a alertar sobre um possível "industricídio", como ocorreu no país na década de 1990. Na época, o peso argentino estava vinculado ao dólar e muitas empresas acabaram fechando. 'Não haverá desvalorização' Um dos economistas que alertaram sobre os efeitos negativos do "superpeso" foi Domingo Cavallo, ex-ministro da Economia entre 1991 e 1996, durante o mandato do presidente Carlos Menem (1930-2021). Cavallo foi apelidado na Argentina de "pai da convertibilidade". O ex-ministro declarou em dezembro que a atual "valorização real exagerada do peso" é "similar" à que ocorreu no final de 1990 – "uma deflação muito onerosa porque transformou a recessão iniciada no fim de 1998 em uma verdadeira depressão econômica". Na Argentina, a impressão de que o peso está artificialmente alto em comparação com seu valor real no mercado internacional vem aumentando entre a opinião pública e incomoda o presidente. Milei garante que seus críticos estão errados. "Do meu ponto de vista, o câmbio não está atrasado", garantiu ele, em entrevista à Rádio El Observador de Buenos Aires, no início de janeiro. "É irritante e afrontosa a estupidez declarada [por Cavallo]." Para o presidente argentino, a pouca margem entre a cotação do dólar oficial e paralelo, aliada ao valor acumulado pelo Banco Central em reservas com a cotação atual (cerca de US$ 25 bilhões, ou R$ 148 bilhões), comprova que não existe atraso. "E ainda há o equilíbrio fiscal", destacou ele. A economia do país, na leitura de Milei, não deve ganhar competitividade enfraquecendo o peso, mas desregulamentando a economia, reduzindo os impostos e melhorando o acesso ao crédito. Para Sigaut Gravina, as palavras de Milei procuram conter a pressão para que o governo volte a desvalorizar a moeda argentina. "Se todos nós tivermos a impressão de que existe um atraso cambial significativo, todos irão pensar que o peso, desta forma, não se sustenta", explica ele. Mas o economista ressalta que "o principal ativo do governo atualmente é a queda da inflação – e desvalorizar implica, como efeito imediato, aumento inflacionário". O Banco Central argentino anunciou que, a partir de fevereiro, irá reduzir a desvalorização mensal do câmbio oficial de 2% para 1% ao mês, fortalecendo ainda mais o peso. Espera-se que esta estratégia ajude a continuar baixando a inflação, que atingiu 2,7% ao mês em dezembro passado. Mas muitos se perguntam qual será o prejuízo se o país continuar sendo "caro em dólares". De qualquer forma, o que realmente poderia definir a cotação do dólar é o que irá ocorrer quando Milei suspender o controle de capitais, que hoje restringe o acesso à moeda americana, e deixar flutuar o peso – uma medida que o presidente prometeu tomar em 2025. Veja também: Melhores destinos para viajar sozinho em 2025, segundo turistas; veja único sul-americano Como dentista trouxe o título de Rainha Internacional do Café ao Brasil Veja Mais
Alagamento, inundação e queda de árvore: saiba se o seu seguro auto cobre danos causados pela chuva
Segurados precisam estar atentos ao que diz a apólice para evitar perda de cobertura ou surpresas em caso de sinistro. Carros são arrastados pela chuva em SP Reprodução As fortes chuvas vistas São Paulo nesta sexta-feira (24) deixaram um rastro de destruição. Carros e outros veículos foram arrastados com a enchente e sobraram prejuízos. Para o mercado segurador, o período de chuvas é marcado por um aumento no volume de sinistros (casos em que ocorre um prejuízo ao bem segurado que esteja especificado na apólice) e de indenizações — principalmente no que diz respeito aos seguros de automóveis. Mas alguns acidentes ou ocorrências podem não estar cobertos pelo seguro. Tudo depende do que o cliente contratou e de como o dano aconteceu. Nesta reportagem, você vai entender: Quais os danos normalmente cobertos pela apólice? Quanto custa um seguro automóvel? Como acionar o seguro em caso de acidentes ou ocorrências? Quais os tipos de cobertura existentes em um seguro automóvel? Como saber se um carro passou por enchente? Quais os tipos de cobertura existentes em um seguro automóvel? O seguro automóvel é um tipo de proteção patrimonial, que pode ser contratada diretamente com uma seguradora, com uma corretora de seguros ou com um corretor registrado na Superintendência de Seguros Privados (Susep). Esse produto serve para proteger o carro segurado de eventuais prejuízos que possam acontecer no dia a dia, como uma colisão entre veículos ou casos de roubo, furto ou enchentes. Existem vários tipos de cobertura que podem ser contratadas em um seguro automóvel. O seguro total (também conhecido pelo setor como seguro compreensivo) é a opção mais completa — e mais cara — oferecida pelo mercado. Normalmente, essa opção costuma oferecer cobertura contra: Colisão (perda total ou parcial); Colisão com seguro contra terceiros; Roubo e furto; Desastres naturais; entre outros. E é a cobertura contra desastres naturais que costuma indenizar os segurados nos períodos de chuva. Ela pode incluir proteção contra danos causados por enchentes, chuvas de granizo, quedas de árvores ou muros e ventos fortes, por exemplo. É preciso, no entanto, que o cliente esteja atento na hora da contratação do seguro para ter certeza de quais riscos e danos estão previstos na apólice. “O mercado segurador cada vez mais tem os chamados produtos de entrada, que eventualmente têm algum tipo de restrição de cobertura, mas ajudam a resolver os problemas mais procurados pelos clientes”, disse o diretor de automóvel da Porto Seguro, Jaime Soares. “Mas o preço do seguro às vezes fica muito barato exatamente porque vem com restrição de cobertura. Então é fundamental que o consumidor entenda qual oferta está recebendo”, acrescentou. Os chamados seguros de entrada são produtos mais baratos, que possibilitam a personalização pelo cliente. Nesse caso, o segurado opta por quais coberturas gostaria de ter em seu veículo e paga o preço proporcional. Volte ao índice. Quais os danos normalmente cobertos pela apólice? Os danos que podem ser indenizados pela apólice dependem das coberturas compradas pelo cliente na hora da contratação do seguro. São chamados de sinistros todos os acidentes ou ocorrências que estejam especificados na apólice. É nesse documento que estão registrados os direitos e obrigações do segurado e da seguradora, bem como as informações do seguro contratado, as coberturas e franquias. Caso o seu carro fique preso em uma enchente devido às chuvas e sofra algum dano, por exemplo, é preciso que você tenha contratado a cobertura contra desastres naturais para que seu caso seja considerado um sinistro e você possa pedir indenização à seguradora. Mas, se o seu seguro só cobre casos de colisão entre veículos ou de roubo e furto, você pode ter que arcar com o prejuízo. O cliente pode avisar a seguradora que houve um sinistro em até um ano da ocorrência. Depois desse prazo, o segurado perde o direito de indenização. Além disso, há responsabilidade dos clientes em não gerar o chamado agravante de risco. Segundo a vice-presidente da comissão de seguro automóvel da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Keila Farias, agravar o risco é aumentar a probabilidade de ocorrência de dano no bem segurado. “No caso de uma enchente, por exemplo, agravar o risco seria tentar passar com o carro em uma rua que está alagada e impedida para o trânsito”, exemplificou. Nesses casos, ao tentar passar em uma rua alagada, que esteja com água na metade da altura do pneu para cima, o veículo tende a perder a aderência no asfalto, aumentando o risco de dano. Caso isso aconteça, o segurado corre o risco de ter que arcar com o prejuízo mesmo tendo contratado a cobertura contra enchentes e inundações. “Se você tenta passar o carro por uma rua que esteja alagada, primeiro você está colocando em risco sua própria vida. E, se for comprovado [que o cliente tentou passar pela via alagada], a pessoa acaba perdendo a cobertura, já que forçou uma situação [de dano]”, afirmou Soares, da Porto. Volte ao índice. Veja técnica para 'ressuscitar' carro com sujeira incrustada Quanto custa um seguro automóvel? O preço desse produto varia conforme a quantidade de coberturas contratadas na apólice – assim, quanto mais coberturas, mais caro tende a ficar o seguro. Além disso, esse custo também pode variar a depender: da idade e do gênero do condutor; da região em que ele mora e trabalha; do tipo de carro; entre outros condicionantes. Na média de 2024, os preços do seguro de automóveis recuaram 3,6% em comparação ao ano anterior. Os números são do Índice de Preços do Seguro de Automóvel (IPSA), elaborado pela TEx, plataforma de inteligência de dados. Volte ao índice. Como acionar o seguro auto em caso de sinistro? A principal maneira de acionar o seguro do carro em caso de sinistro é contatando a seguradora por um de seus canais de comunicação. A forma mais comum é pelo telefone, disponibilizado no site oficial da seguradora ou na apólice. Algumas seguradoras já fazem toda a comunicação com o cliente, incluindo o acionamento do sinistro, por meio de aplicativos de mensagem. Nos casos em que o carro fica preso em uma enchente, os especialistas orientam a redobrar a atenção e tentar encontrar um lugar seguro para abrigo. “A principal orientação é evitar regiões de risco e picos de alagamento”, disse Farias, da Fenseg. “Mas se foi inevitável e a situação acabou acontecendo, a pessoa precisa tentar sair do carro em segurança, e esperar baixar a água em um lugar seguro. Ele pode até tentar avisar a seguradora na hora, mas dificilmente será possível tirar o carro antes de a água baixar”, completou. “Depois é só esperar o guincho chegar.” Volte ao índice. Veja Mais
Moody's eleva nota de crédito da Argentina pela primeira vez em 5 anos
Rating soberano do país subiu de 'Ca' para 'Caa3', com perspectiva 'positiva'. Ainda assim, classificação representa risco alto de inadimplência e baixo interesse de investidores. Presidente da Argentina, Javier Milei. Ciro De Luca/ Reuters A agência de classificação de risco Moody's elevou nesta sexta-feira (24), de "Ca" para "Caa3", a nota de crédito soberano de longo prazo da Argentina em moeda estrangeira. Essa é a primeira vez em cinco anos que a agência decide subir a nota do país. Apesar da melhora na nota, a classificação ainda indica que a Argentina apresenta alto risco de inadimplência e, consequentemente, baixo interesse de investidores. (entenda mais abaixo) Ao anunciar a decisão, a Moody's afirmou que a forte mudança de política do governo ajudou o país a enfrentar os desafios econômicos e a estabilizar suas finanças externas. Dados oficiais divulgados na última segunda-feira (20) mostram que a Argentina alcançou um superávit comercial recorde de US$ 18,9 bilhões em 2024. O resultado coincide com o primeiro ano completo de gestão do presidente ultraliberal argentino, Javier Milei, que adotou uma série de medidas para reduzir os gastos públicos. Além da política de "déficit zero" de Milei, o mercado financeiro tem se mostrado otimista com o país por conta da queda da inflação e do compromisso do governo em cumprir com suas obrigações de dívida. Conforme a Moody's, a administração de Milei herdou uma inflação galopante, reservas internacionais esgotadas e extensos desequilíbrios econômicos, o que levou a uma probabilidade muito alta de um "evento de crédito". "Ajustes fiscais decisivos, juntamente com medidas para interromper o financiamento monetário, foram implementados e se mostraram eficazes em resolver os desequilíbrios," afirmou a agência. Na decisão desta sexta-feira, a perspectiva da Argentina também foi revisada de "estável" para "positiva" — o que indica uma possível nova elevação na nota —, à medida que o governo continua em seu programa de estabilização macroeconômica. Em 2020, a Moody's havia rebaixado a classificação de crédito da Argentina. A mudança ocorreu quando as negociações de reestruturação da dívida foram interrompidas pela pandemia de Covid-19, aumentando o risco de inadimplência do país. Como funcionam as notas de crédito As agências têm uma longa escala de classificação, com mais de 20 notas. Quanto mais alta a posição, mais eficiente, confiável e robusta é a economia — e menor o seu risco. Há ainda uma divisão em duas "prateleiras" principais: Grau de investimento; Grau especulativo. O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes. A partir da nota de crédito que determinado país recebeu, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros) compensa o risco de perder o capital investido com a instabilidade econômica local. O grau especulativo surge quando o país perde o selo de bom pagador, porque as agências deixam de dar sua chancela de segurança para um investimento. Nessa situação, é comum que o país perca também possibilidades de investimento. Alguns fundos de pensão internacionais, de países da Europa ou Estados Unidos, por exemplo, seguem a regra de que só se pode investir em títulos de países que estejam classificados com grau de investimento por agências internacionais. Veja abaixo os níveis das notas de crédito. Brasil está em posição melhor do que a Argentina: Veja as notas de crédito do Brasil (ratings) em todas as agências de risco Kayan Albertin/Arte g1 * Com informações da agência de notícias Reuters Milei cogita saída do Mercosul por aliança com os EUA Veja Mais
O peixe que vive mais de 100 anos e não parece envelhecer
Espécie de peixe de água doce que vive por mais tempo no mundo, o peixe-búfalo-boca-grande lida melhor com o estresse corporal e tem sua imunidade aumentada à medida que envelhece. Pesquisas recentes indicam que o peixe-búfalo-boca-grande vive por mais de um século e parece ficar mais saudável com o passar dos anos Alec Lackmann Se você, algum dia, visitar as margens do Lago Rice em Minnesota, nos Estados Unidos, durante o mês de maio, talvez consiga observar grandes peixes se misturando com as plantas de arroz selvagem na água, a poucos metros de profundidade. Estes são os peixes-búfalos-boca-grande, a espécie de peixe de água doce que vive por mais tempo no mundo. Alguns deles chegam a viver por mais de 100 anos. Todos os anos, esses enormes peixes — que podem pesar mais de 23 kg — atravessam o rio Rice para desovar no lago. Mas a sua reprodução regular esconde a preocupação atual com a sua conservação: há mais de seis décadas, nenhuma geração dos jovens peixes chegou à idade adulta. O peixe-búfalo-boca-grande permaneceu sem ser estudado por décadas. Mas, nos últimos anos, os cientistas começaram a perceber como esses peixes enormes e incrivelmente longevos são únicos — e como sua sobrevivência pode estar seriamente ameaçada. O peixe-búfalo-boca-grande é nativo da América do Norte. Ele pode ser encontrado desde o sul de Saskatchewan e Manitoba, no Canadá, até Louisiana e o Texas, nos Estados Unidos. O público e os pescadores costumam considerá-lo um "peixe não comercial" — uma expressão não científica de longa data, usada para indicar que eles não são particularmente desejados. A espécie não é objeto da pesca comercial e, por isso, não é economicamente importante. Esta visão sobre os peixes-búfalos-boca-grande fez que eles passassem muito tempo desprezados pelos cientistas. Mas, nos últimos cinco anos, pesquisadores fizeram novas e surpreendentes descobertas sobre a espécie. Em primeiro lugar, foram documentados indivíduos com até 127 anos de idade. A descoberta fez do peixe-búfalo-boca-grande o peixe de água doce que vive por mais tempo no mundo. E eles também não parecem entrar em declínio biológico com a idade. Mais recentemente, pesquisadores descobriram que a estabilidade da sua população ao longo das últimas décadas pode se dever ao fato de que os peixes idosos não estão morrendo, mesmo sem conseguirem produzir filhotes que sobrevivam até a idade adulta. Os poucos especialistas que estudam estes peixes receiam que uma queda abrupta da sua população pode ser iminente, quando não inevitável. Mas o que as pesquisas deixam claro até aqui é que sabemos muito pouco sobre o peixe-búfalo-boca-grande e muitas perguntas sobre a espécie continuam sem respostas. "Esta é uma das populações de animais mais idosas do mundo e não existe gestão, nem proteção da espécie", afirma o pesquisador de peixes Alec Lackmann, da Universidade de Minnesota em Duluth, nos Estados Unidos. Ele é um dos principais especialistas no peixe-búfalo-boca-grande e seu envelhecimento. Estudos demonstraram que a grande maioria dos peixes-búfalos-boca-grande que vivem no Lago Rice, em Minnesota (EUA), nasceu antes do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945 Alec Lackmann Leia também: Pirarucu na lata: peixe em conserva é desenvolvido por pesquisadores da Embrapa De água doce, tilápias encontradas no mar podem causar doenças e mortalidade de peixes; entenda riscos Lackmann liderou a pesquisa, publicada em 2019, que descobriu pela primeira vez a vida centenária do peixe-búfalo-boca-grande em Minnesota. Até então, acreditava-se que o peixe vivesse apenas por cerca de 26 anos. Ele confirmou a existência de grandes números de indivíduos centenários em outras espécies de peixe-búfalo, em outras partes da América do Norte. O interesse de Lackmann por estes peixes veio em consequência da pesquisa anterior para seu doutorado, que envolveu o estudo de moscas não picadoras na região ártica do Alasca. Por curiosidade, ele teve aulas de ictiologia (a zoologia dos peixes). Nelas, ele aprendeu a determinar a idade dos peixes usando os otólitos, estruturas parecidas com pedras encontradas nos ouvidos da maioria das espécies de peixe. Os otólitos criam anéis ao longo do tempo, como as árvores. Dissecando as estruturas em fatias finas, os cientistas conseguem contá-los e analisar os anéis, para ter uma noção precisa da idade do peixe. Quando retornou para Minnesota, Lackmann começou a dissecar os otólitos das espécies nativas à sua volta – novamente, seguindo sua curiosidade. "O primeiro peixe-búfalo-boca-grande que examinei tinha quase 90 anos de idade", ele conta. "Fiquei pensando 'uau, meu Deus'... No início, era difícil acreditar." Esta descoberta levou Lackmann a fazer mais perguntas sobre o estranho peixe pouco conhecido. Dois anos depois, ele colaborou com especialistas em envelhecimento biológico para avaliar marcadores conhecidos de estresse e envelhecimento em peixes-búfalos-boca-grande de diferentes idades. Os pesquisadores observaram as proporções das células imunológicas e o comprimento dos telômeros – uma região de DNA encontrada no final do cromossomo, que limita a quantidade de vezes em que uma célula pode se dividir. Ambos são indicadores do envelhecimento biológico. Por fim, eles compararam seus dados com os anéis dos otólitos, que mostravam a verdadeira idade do peixe. A pesquisa foi publicada em 2021 e forneceu apenas um retrato da saúde de cada peixe em um momento da sua vida, segundo uma das autoras do estudo, a bióloga Britt Heidinger, da Universidade Estadual da Dakota do Norte, nos Estados Unidos. Ela se dedica a estudar por que os organismos envelhecem em velocidades diferentes. O estudo indicou que "na verdade, não estávamos observando declínio com a idade naqueles organismos", afirma a bióloga. O avanço da idade no peixe não foi associado à redução dos telômeros (um sinal biológico do envelhecimento), como seria normalmente esperado — pelo contrário. A idade pareceu estar relacionada ao melhor funcionamento imunológico, incluindo a redução da razão entre neutrófilos e linfócitos. Esta alteração indica que os peixes lidam melhor com o estresse corporal e têm sua imunidade aumentada à medida que envelhecem. Heidinger ressalta que existe ainda muito a aprender sobre como esses peixes conseguem permanecer saudáveis com o avanço da idade. Mas é possível que eles possam manter seus telômeros graças a uma enzima que evita sua redução. Infelizmente, os telômeros não podem nos dizer qual seria o período máximo de vida do peixe-búfalo-boca-grande, nem garantir que a tendência de melhorar com a idade irá continuar. Afinal, "o envelhecimento é um processo não linear", relembra Heidinger. O peixe-búfalo-boca-grande desova com sucesso na primavera no Lago Rice, em Minnesota. Mas, no final do verão, já não existem mais peixes jovens no local Alec Lackmann Mas existe outro mistério que surgiu nesta pesquisa recente. Se grande percentual da amostra de peixes tinha idade excepcionalmente alta, onde estarão os peixes mais jovens? Lackmann e seus colaboradores decidiram retirar amostras da idade dos peixes no Lago Rice, em Minnesota. Ali, é possível observar eventos de reprodução anuais. Em um estudo recente, eles relataram que 99,7% dos peixes que tiveram sua idade calculada – 389 de uma amostra total de 390 peixes – tinham mais de 50 anos de idade. A idade média dos animais era de 79 anos, o que significa que a maioria dos peixes naquela população havia nascido antes do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Mas o que realmente surpreendeu os cientistas é que a reprodução do peixe-búfalo-boca-grande, perto do mês de maio, é bem sucedida todos os anos e gera muitos filhotes. Mas todas as evidências da existência desses jovens desaparecem até o final do verão do hemisfério norte. De fato, não há uma geração bem sucedida de peixes-búfalos-boca-grande jovens há mais de 60 anos, segundo Lackmann. "Todo peixe jovem que sobreviveu após 1957 é estatisticamente atípico." O ovo e a galinha Os pesquisadores acreditam que o causador deste sombrio índice de sobrevivência, provavelmente, seja outro peixe nativo predador: o lúcio. Ele também desova no Lago Rice todos os anos, um pouco antes do peixe-búfalo-boca-grande. Por isso, é provável que os jovens lúcios se alimentem dos filhotes da outra espécie, segundo Lackmann. A teoria dos cientistas é que a vida anormalmente longa do peixe seja, na verdade, uma adaptação ao fato de que seus filhotes só sobrevivem ocasionalmente. Mas novas pesquisas são necessárias para termos certeza disso. "Para mim, é meio que a pergunta do ovo e da galinha", explica Walt Ford, gerente do Refúgio Nacional da Vida Selvagem do Lago Rice e um dos autores do estudo. Por um lado, segundo ele, a espécie pode ter sempre tido vida longa e, com isso, a necessidade de produzir filhotes nunca ter sido algo urgente. Por outro lado, talvez a dificuldade de levar seus filhotes até a idade adulta tenha incentivado a espécie a viver cada vez mais. Seja qual for o motivo, ninguém sabe o grau de anormalidade do atual espaço de 60 anos, nem mesmo qual o período máximo de vida desses peixes. A população do Lago Rice não é isolada. Por isso, é possível que ela se misture com outras populações, em outros lugares. A maioria, se não toda a população de peixes-búfalos-boca-grande estudada até hoje parece apresentar inclinação similar aos peixes muito idosos – uma indicação de que esta situação pode ser generalizada. E, com a geração atual ficando cada vez mais velha, estas populações podem ficar vulneráveis. "Este é o ponto assustador sobre o estudo [de Lackmann]", explica Heidinger: a percepção de que altos níveis de mortalidade dos adultos "possam varrer a população". Atualmente, ninguém sabe quantos peixes-búfalos-boca-grande existem, nem quantas populações distintas, destaca Lackmann. O peixe-búfalo-boca-grande adulto não tem predadores, exceto pelos seres humanos. A espécie é relacionada como de preocupação especial no Canadá e ameaçada no estado americano da Pensilvânia. Mas, no restante dos Estados Unidos, existe pouca ou nenhuma proteção vigente para o peixe. Os peixes-búfalos-boca-grande são alvos populares da pesca com arco e flecha. E, em Minnesota, não há limite para o número de pescadores autorizados simultaneamente, segundo Ford. "Muitas vezes, encontramos pilhas de peixes descartados a pouca distância umas das outras", ele conta. Pesquisas concluíram que o peixe aparentemente não apresenta declínio biológico com a idade Alec Lackmann Para Lackmann, consciência e medidas de proteção são fundamentais. As pessoas frequentemente confundem o peixe-búfalo-boca-grande com espécies invasoras de carpas e pensam que, ao retirá-los, estarão ajudando o ecossistema. Mas, ironicamente, o peixe-búfalo-boca-grande é uma espécie nativa que pode ajudar a proteger o ecossistema contra peixes invasores, explica ele. Ford espera que o conhecimento que detemos agora – de que estes peixes são incrivelmente idosos e seus filhotes enfrentam dificuldades para sobreviver – possa levar estados americanos como Minnesota a adotar rapidamente os necessários limites para sua pesca, enquanto os cientistas realizam novos estudos para descobrir como ajudar a espécie. "Precisamos acelerar nossas pesquisas sobre este tema", destaca ele. "Parece urgente." Mas, enquanto o peixe-búfalo-boca-grande não for amplamente considerado importante ou de interesse, será difícil realizar estas pesquisas. E a espécie também não é considerada ecologicamente importante, o que contribui para que ela seja menosprezada. É um círculo vicioso. O peixe-búfalo-boca-grande é ignorado, sua proteção ou pesquisa não recebe financiamento, a falta de pesquisa nos impede de observar sua importância e vulnerabilidade e, por isso, eles permanecem ignorados. Uma história parecida ocorre com muitas outras espécies de peixe menosprezadas. Novas pesquisas apenas começaram a revelar as complexidades antes desconhecidas de outros peixes não comerciais, como os sugadores quillback, os alcarazes e os sugadores redhorse. Existe ainda muito a aprender para que os especialistas possam saber como ajudar o peixe-búfalo-boca-grande. "Grande parte da biologia elementar do peixe-búfalo-boca-grande é desconhecida", explica a ecologista de peixes Eva Enders, do Instituto Nacional de Pesquisas Científicas da Cidade de Quebec, no Canadá. "Temos muito pouco conhecimento sobre sua velocidade metabólica ou quais faixas de temperatura eles podem tolerar", prossegue ela. "São variáveis muito importantes se quisermos fazer previsões ou modelos da distribuição da espécie com as mudanças climáticas." Falando especificamente sobre a população de peixes de Minnesota, Lackmann destaca que os cientistas não sabem nem mesmo de onde eles migram, nem onde eles passam o resto do ano, antes e depois da desova. Uma teoria sobre as dificuldades enfrentadas pelos filhotes para chegar à idade adulta é que a construção de barragens pode ter causado algum tipo de perturbação do habitat, segundo Lackmann. Se o motivo for este, ainda precisaremos verificar se é possível descobrir onde está o gargalo e como fazer para revertê-lo a tempo. Se os pesquisadores e os conservacionistas não trabalharem com rapidez suficiente, correremos o risco de perder uma espécie com segredos biológicos fascinantes e talvez únicos para adiar o envelhecimento. Não sabemos ao certo se nos restam décadas ou apenas alguns anos, mas o fato é que o tempo do peixe-búfalo-boca-grande está acabando. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Earth. Veja também: De onde vem o que eu como: tilápia g1 prova peixe mais caro do mundo Veja Mais
'Made in China?': os produtos endossados por Trump fabricados fora dos EUA
Revitalizar a indústria americana foi uma das principais promessas de campanha do agora presidente dos EUA, que tem lucrado com a venda de uma lista longa de produtos, que em alguns casos vêm de fora do país. Vídeos de bonés com etiqueta com made in China viralizaram nesta semana. Reuters via BBC Em fevereiro de 2024, um dia depois de ter sido condenado por um juiz em Nova York a pagar US$ 355 milhões no caso de fraude contábil em que fora acusado de inflar ilegalmente o tamanho de seu patrimônio, Donald Trump lançou um par de tênis dourados com seu nome. Vendido por US$ 399 (aproximadamente R$ 2.370), o Trump sneakers foi o primeiro de uma lista de produtos endossados no ano passado pelo agora presidente dos Estados Unidos, que inclui um medalhão de prata estampado com seu rosto comercializado por US$ 100 (R$ 596) e uma Bíblia de US$ 60 (R$ 360). A memorabília tem feito sucesso entre apoiadores — a primeira edição dos tênis dourados, por exemplo, já está esgotada — e causado burburinho fora do universo trumpista, que chama atenção para o fato de que parte desses produtos é feita na China. A Bíblia de US$ 60 é um deles, conforme revelou uma investigação da agência de notícias Associated Press, que apurou que o custo por unidade seria de US$ 3. Outro produto são os bonés vermelhos bordados com Make America Great Again ("faça a América grande de novo", em tradução literal) que viralizaram nesta semana da posse de Trump porque tinham uma etiqueta informando que o design era americano e outra que deixava claro que a peça em si tinha sido fabricada bem longe dali: "made in China" (fabricado na China). A China é um dos inimigos declarados dos Estados Unidos na retórica trumpista. A ideia de que a importação de produtos chineses é uma das forças por trás da decadência da indústria americana motivou o republicano em seu primeiro mandato a impor uma enxurrada de tarifas e travar uma guerra comercial com a China, movimento que deve ter continuidade com seu retorno à Casa Branca. Nos comícios durante a campanha, Trump prometeu reiteradamente revitalizar a indústria americana. Essa é uma das ideias centrais expressas pelo slogan Make America Great Again. Modelo autografado da guitarra de Trump é vendido por US$ 11,5 mil. Reprodução via BBC No mais recente lançamento, pouco depois de ter sido eleito, Trump emprestou seu nome a uma coleção de guitarras estampadas com uma águia e a bandeira dos Estados Unidos no corpo e o slogan Make America Great Again em maiúsculas no braço. A comunidade musical reagiu imediatamente ao lançamento. Ao design, muito parecido com o da icônica Les Paul da marca Gibson — que imediatamente enviou uma notificação extrajudicial para a Trump Guitars alertando sobre a cópia — e especialmente à sua origem. "Será que ela é feita na China? Eu estava me perguntando a mesma coisa", disse o músico e YouTuber americano Taylor Danley em uma transmissão ao vivo no Discord, respondendo a um seguidor, enquanto olhava as especificações no site da marca. Quem fabrica as Trump Guitars? O site da Trump Guitars é vago em relação ao local de fabricação dos modelos. A seção de perguntas frequentes descreve que todas as guitarras "são desenhadas e desenvolvidas por uma empresa de um veterano das Forças Armadas com a ajuda de um mestre luthier". E informa que foram "produzidas por diferentes fornecedores que são tanto domésticos quanto internacionais". Isso, como aponta à BBC News Brasil Silas Fernandes, guitarrista e produtor musical brasileiro que mora nos Estados Unidos, é um forte indicativo de que o instrumento não é produzido em solo americano. "Não existe uma empresa que fabrique nos Estados Unidos e não tenha uma seção dentro do site com as guitarras 'made in USA' anunciadas em letras garrafais", argumenta Fernandes, que também é um técnico de guitarras, profissional que acompanha bandas para fazer manutenção e regulagem do instrumento. "É um ativo, um marketing muito poderoso o fato de ser americano." Isso porque boa parte das guitarras vendidas no mundo são produzidas, por questões de custo, na Ásia. Cerca de 70%, estima o músico, que tem mais de 30 anos de experiência e já chegou a visitar na China uma das maiores fabricantes, que distribui para diversas marcas. Fernandes afirma que hoje há guitarras chinesas com diferentes níveis de qualidade e preço, a depender da madeira usada como matéria-prima e de peças como as tarraxas e a ponte. Ainda assim, ele acrescenta, continua existindo um certo "fetiche" pelos modelos fabricados nos Estados Unidos, que costumam ser significativamente mais caros. A veterana Jackson Guitars, por exemplo, anuncia os modelos da sua American Series como "made in California". A reportagem questionou a Get Trump Guitars sobre o local de fabricação dos instrumentos vendidos no site, mas não teve retorno. Músico chama atenção para o braço parafusado da guitarra, algo que não se observa nas Les Paul originais. Reprodução via BBC Com base nas características do modelo, Fernandes diz que ele "muito provavelmente" é fabricado na Ásia, mais precisamente na China, na Coreia do Sul ou na Indonésia. A qualidade, em sua opinião, não é compatível com o preço, de US$ 1,5 mil (cerca de R$ 8.950) a US$ 11,5 mil (aproximadamente R$ 68,6 mil), nesse caso para as peças autografadas pelo agora presidente. O custo de produção, segundo ele, "exagerando" chegaria a US$ 100 (R$ 596). "Me parecem aquelas guitarras da linha mais barata da Epiphone", avalia, referindo-se às versões de menor custo da Les Paul, fabricadas fora dos Estados Unidos. O braço da guitarra, ele exemplifica, é parafusado, algo que não se observa nas Les Paul originais. "Toda a comunidade já sacou que é feita na Ásia… o que é muito irônico, vindo de um cara que fez uma campanha política calcada em trazer de volta a indústria americana", opina Fernandes. O músico Taylor Danley chegou a comprar um dos modelos para ver de perto como ela é feita e ainda aguarda a entrega. No vídeo em que registrou o processo em seu canal do YouTube, ele chamou atenção para o nome da empresa que aparece na cobrança no cartão de crédito: "God Bless the USA Bible". Os negócios de Trump Apuração da AP mostrou que bíblias God Bless the USA eram feitas na China. Reprodução via BBC A God Bless the USA Bible está ligada à God Bless the USA, uma plataforma de comércio eletrônico recheada de produtos endossados por Trump, de camisetas a uma jukebox. O site começou a funcionar em março de 2024, conforme suas redes sociais. O nome faz referência à música homônima lançada em 1984 pelo cantor Lee Greenwood, que é amigo pessoal de Trump e se apresentou durante a posse. O site pessoal do artista é listado, junto com o site que vende as Trump Guitars, entre os "amigos e parceiros" da página do God Bless the USA. Não está clara qual relação ele tem com a marca e qual participação tem na empresa. Lançado em fevereiro do ano passado, primeiro modelo do Trump sneakers está esgotado. Reprodução via BBC Os negócios recentes se somam à longa lista de projetos em que Trump investiu antes de entrar na política, que inclui um império imobiliário com hotéis e campos de golfe. Ele também já ganhou muito dinheiro emprestando seu nome a dezenas de produtos por meio de contratos de licenciamento durante sua carreira na televisão, quando foi apresentador do reality show O Aprendiz, e em empreitadas próprias, de roupas masculinas a água mineral. Desde que deixou a Casa Branca, expandiu os investimentos e se aventurou em uma série de novos negócios. Criou, por exemplo, um grupo de comunicação, batizado de Trump Media & Technology Group, responsável pelo lançamento da rede social Truth Social em 2022. No mesmo ano, lançou sua marca própria de NFTs (ativos digitais conhecidos como "tokens não fungíveis" e considerados únicos, como uma obra de arte). A primeira leva de 45 mil cards colecionáveis, vendidos a US$ 99 (R$ 590), estampava imagens do agora presidente jogando golfe, por exemplo, e como super-herói. O rol de negócios de Trump inclui ainda uma plataforma para negociação de criptomoedas, a World Liberty Financial, lançada em 2024, e, desde a última semana, uma criptomoeda com seu nome. As empreitadas têm despertado uma discussão sobre potencial conflito de interesses, já que, como presidente, Trump pode tomar medidas que afetam diretamente seus negócios. Trump diz que 'herdou caos econômico' de governo Biden Veja Mais
Dentista traz título de Rainha Internacional do Café ao Brasil pela primeira vez desde 2014
Misses prepararam café no coador de pano e foram julgadas por uma bancada de baristas especialistas. Candidatas tiveram direito a 'decano', guarda-costas pessoal. Como dentista trouxe o título de Rainha Internacional do Café ao Brasil Para conquistar o título de Rainha Internacional do Café, a beleza é importante, mas saber preparar um bom café é um diferencial. Na edição de 2025, as misses desfilaram, dançaram e demonstraram suas habilidades como baristas, utilizando o tradicional coador de pano. "É o método que eu aprendi com a minha mãe", conta Cristiane Stipp, que trouxe a vitória ao Brasil, que não ganhava o concurso em 11 anos. Mas, a dentista não contou apenas com as dicas maternas. Para participar do concurso, Cristiane estudou técnicas de preparo de café, como a temperatura ideal e a quantidade de grãos, para enfrentar uma banca formada por baristas especializados. Apesar da preparação, a representante do Brasil não foi a melhor nessa rodada, vencida pela candidata da Bolívia, que possui uma cafeteria. Se autodefinindo como uma "café lover", amante de café, Cristiane nasceu no Paraguai e viveu lá até por volta dos seus 13 anos, quando sua família se mudou para Querência, no Mato Grosso. Para ela, não existe um dilema entre ser dentista e apaixonada pela bebida. "Tudo em excesso faz mal, mas um consumo moderado acompanhado de uma boa higiene bucal não faz mal algum. O que recomendamos é a escovação após o consumo ou até mesmo o simples enxágue com água para tirar o excesso de pigmento", explica. Filha de produtores de soja e milho, Cristiane tem uma carreira no ramo da beleza e é a Vice Miss Brasil Mundo 2024. Leia também: Exame retal em vacas, desfile de 12 km e prova de ordenha: como brasileira foi eleita 'Rainha Mundial da Pecuária' Da passarela à cozinha O concurso, realizado na Colômbia desde 1957, conta com participantes de todo o mundo, apesar de inicialmente, ser apenas para a América Latina. O Brasil já ganhou o título 9 vezes. A competição integra a programação da feira de Manizales, que inclui diversos eventos tradicionais da Colômbia. As candidatas participam de desfiles de biquini, em carros alegóricos e visitam diversas cidades. "Eles nos tratam como realmente rainhas. A gente tem o nosso próprio guarda, o edecán", diz Cristiane. O edecán é um oficial das forças armadas, que desempenha funções de natureza protocolar. Durante o concurso, além de proteger, eles dão suporte às misses em todas as etapas. Cristiane também precisou desfilar com um traje típico brasileiro. Ela escolheu uma vestimenta de boiadeira, representando as raízes culturais e agrícolas do Mato Grosso. Cristiane Stipp, Rainha Internacional do Café, vestida de boiadeira com o seu guarda-costas Divulgação Qual é o papel da rainha do café? A rainha do café se torna a embaixadora da bebida, tendo como responsabilidade levar a cultura do grão para o mundo, principalmente para países que não o consome. "É levar a essência do café para outras culturas e não só na forma de bebida, mas também nas multifacetas que o café tem", diz Cristiane. Apesar de não ter um prêmio em dinheiro, a dentista recebeu diversos presentes da população colombiana, como café produzido localmente e joias. Veja mais rainhas dos alimentos: Brasileira eleita 'Rainha Mundial da Pecuária' fala sobre testes práticos do concurso Veja quais os benefícios de consumir maracujá Veja Mais
Por que Elon Musk quer acabar com a moeda de 1 centavo nos EUA? Entenda
Segundo 'ministério' de Musk, emissão das moedas custou US$ 179 milhões no ano fiscal de 2023. Elon Musk em discurso durante a Inauguração Presidencial de Trump, em Washington D.C. Matt Rourke/ AP Photos O novo Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos, comandado pelo bilionário Elon Musk, quer acabar com as moedas de 1 centavo no país. Segundo Musk, as moedas de 1 cent custam três vezes mais para fabricar do que valem em seu valor de face. Isso fez o país ter um gasto público de US$ 179 milhões (aproximadamente R$ 1,1 bilhão) no ano fiscal de 2023. "A Casa da Moeda produziu mais de 4,5 bilhões de moedas de 1 centavo no ano fiscal de 2023, cerca de 40% dos 11,4 bilhões de moedas para circulação produzidas", disse o departamento de Musk na publicação. Initial plugin text A criação do Departamento de Eficiência Governamental, feito para acomodar o bilionário no novo governo de Donald Trump, tem a função de cortar gastos. O dono da Tesla comandaria a pasta, equivalente a um ministério no Brasil, junto ao empresário Vivek Ramaswamy, mas ele desistiu do cargo no dia da posse do republicano. Segundo Trump já havia sinalizado em novembro, Musk vai trabalhar para "desmantelar a burocracia governamental, cortar regulamentações excessivas, cortar gastos desnecessários e reestruturar as agências federais". Musk, por sua vez, prometeu "máxima transparência" no comando do departamento, afirmando que vai ouvir as demandas da população e tentar tornar o governo eficiente. "Todas as ações do Departamento de Eficiência Governamental serão publicadas online para garantir máxima transparência. Sempre que o público achar que estamos cortando algo importante ou deixando de cortar algo desnecessário, basta nos avisar", afirmou o bilionário, na rede social X. Em outra publicação no X, Musk declarou que "ou conseguimos tornar o governo eficiente, ou a América vai à falência". "É disso que se trata. Gostaria de estar errado, mas é a pura verdade", explicou. Elon Musk faz discurso efusivo em arena onde estão apoiadores de Trump em Washington Veja Mais
'Trabalhar de casa não é trabalho sério': por que ex-chefão do varejo britânico é contra o home-office
Stuart Rose disse que as práticas de trabalho regrediram desde a pandemia de covid-19. Stuart Rose disse que as práticas de trabalho regrediram desde a pandemia de covid-19 BBC Trabalhar de casa está criando uma geração que "não está trabalhando direito", alertou Stuart Rose, ex-chefe do Marks and Spencer (M&S) e do Asda, duas grandes redes do varejo britânico. O executivo disse ao programa Panorama, da BBC, que o trabalho remoto fazia parte do "declínio geral" da economia do Reino Unido — e que a produtividade dos funcionários estava sendo comprometida. As declarações dele foram feitas em um momento em que algumas empresas estão acabando com o trabalho remoto. A Amazon, o banco JP Morgan e a rede britânica de farmácias Boots são apenas algumas das empresas que agora exigem que a equipe que trabalha na sede esteja presente todos os dias. No entanto, Nicholas Bloom, especialista em trabalho remoto, afirma que, embora trabalhar totalmente de casa possa ser "bastante prejudicial" para a produtividade de alguns funcionários, passar três dias em cada cinco no escritório era tão produtivo quanto o trabalho totalmente presencial em geral. Rose, que foi CEO do M&S e recentemente deixou o cargo de presidente do Asda, afirmou: "Nos últimos quatro anos, acredito que regredimos 20 anos neste país em termos de práticas de trabalho, produtividade e bem-estar do país." Em um levantamento de novembro de 2024 realizado pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) no Reino Unido, 26% das pessoas afirmaram ter trabalhado de forma híbrida nos sete dias anteriores, com alguns dias no local de trabalho e alguns dias em casa; enquanto 14% trabalharam de forma totalmente remota; e 41% se deslocaram para o local de trabalho todos os dias (o restante não estava trabalhando na semana em que a pesquisa foi realizada). A mudança para o trabalho remoto transformou as economias locais. As estimativas do setor indicam que o espaço de escritório vago quase dobrou desde a pandemia de covid-19; um quarto dos negócios de lavanderia fechou; e o número de partidas de golfe jogadas durante a jornada de trabalho aumentou 350%, o que sugere que algumas pessoas estão misturando trabalho e lazer. A gravadora Hospital Records está exigindo que a equipe trabalhe três dias por semana no escritório BBC Trabalhar de casa está se tornando rapidamente um importante campo de batalha nas guerras culturais. Atualmente, o governo está legislando para fortalecer o direito dos funcionários de todo o Reino Unido de solicitar trabalho remoto — e diz que pretende tornar mais difícil para os empregadores recusarem as solicitações. Mas alguns empregadores — incluindo órgãos do governo — estão lutando com os funcionários para levá-los de volta ao escritório, argumentando que a interação presencial é essencial para o trabalho colaborativo. Em alguns casos, como o da gravadora independente Hospital Records, isso exige negociação entre uma força de trabalho jovem — alguns funcionários talvez nunca tenham trabalhado em tempo integral em um escritório — e seus chefes mais velhos. O fundador da empresa, Chris Goss, introduziu uma nova política que exige que a equipe trabalhe três dias no escritório, em vez de dois. Ele afirmou que tinha "uma sensação incômoda" de que o trabalho remoto havia afetado os resultados financeiros da companhia. "Acredito fortemente que o setor da música gira em torno de relacionamentos e, portanto, a única maneira de qualquer um de nós construir esse tipo de relacionamento significativo é fazendo isso pessoalmente." Maya, uma gerente de marketing de 25 anos que trabalha na empresa, disse que gosta de estar perto de colegas mais experientes no local de trabalho. "Há muitas pessoas na minha equipe que estão muito avançadas em suas carreiras, então se eu precisar de ajuda com alguma coisa, posso simplesmente pedir a alguém." Maya diz que sua 'bateria social' se esgotaria trabalhando cinco dias por semana no escritório BBC Mas ela acredita que não seria capaz de trabalhar cinco dias por semana no escritório "porque minha bateria social se esgota e, às vezes, preciso simplesmente ficar em casa, e resolver um monte de tarefas administrativas". Bloom, economista da Universidade de Stanford, nos EUA, disse que sua pesquisa sobre o trabalho remoto sugere que os funcionários na adolescência e na faixa dos 20 e poucos anos deveriam provavelmente passar pelo menos quatro dias por semana no escritório para maximizar suas oportunidades de serem orientados. No entanto, ele destaca que pesquisas com dezenas de milhares de funcionários no Reino Unido, nos EUA e na Europa sugerem que os profissionais valorizam a possibilidade de trabalhar de casa dois dias por semana tanto quanto um aumento salarial de 8%. O ministro dos Direitos Trabalhistas britânico, Justin Madders, disse ao programa Panorama que há um conjunto cada vez maior de evidências mostrando que trabalhar de casa é mais produtivo. Ele também afirmou que isso é bom para o crescimento porque as empresas vão ter "uma força de trabalho muito mais motivada" — e que "se conseguirmos colocar mais pessoas no mercado de trabalho porque a flexibilidade está disponível para elas, isso vai nos ajudar a alcançar nossas ambições de crescimento". Nicholas Bloom disse que os funcionários valorizam dois dias trabalhando de casa tanto quanto um aumento salarial de 8% BBC Bloom pode não ser tão otimista quanto ao efeito do trabalho híbrido sobre a produtividade, mas concorda que aumentar o número de funções que podem ser desempenhadas de casa poderia ajudar no crescimento econômico se incentivar mais pessoas a voltar ao trabalho, como aquelas que têm responsabilidades de prestação de cuidados familiares. "É um grande impulso" e "uma espécie de vitória do tipo ganha-ganha", porque as pessoas poderiam trabalhar em melhores condições, contribuir para a receita tributária, e "todos saem ganhando". Uma das pessoas que poderia se beneficiar é Harleen, que foi demitida depois de ter o segundo filho, e não conseguiu voltar ao trabalho porque não consegue encontrar uma função totalmente remota que se encaixe na rotina do filho autista. "Não estou vendo esses empregos anunciados. Não estou vendo nada que atenda a essa flexibilidade", diz ela. "Todo dia eu acordo e acho que estou vivendo o Dia da Marmota. Tudo o que estou fazendo é ser mãe. Gosto de ser mãe, mas quero produtividade. Começo a sentir que estou tendo morte cerebral." Harleen não conseguiu encontrar um trabalho flexível depois de ter dois filhos BBC No setor público, a produtividade é a mais baixa desde 1997 — com exceção dos anos de lockdown da pandemia — e alguns culpam o trabalho remoto. Desde novembro de 2023, os funcionários públicos têm sido chamados de volta para trabalhar de dois a três dias por semana presencialmente. Mas em vários órgãos públicos, inclusive no Escritório de Estatísticas Nacionais em Newport, no País de Gales, alguns funcionários estão se recusando a voltar. Ed, gerente de TI no ONS e representante do sindicato PCS, disse que tem trabalhado quase totalmente de casa desde a pandemia. Ele afirma que isso o ajuda a levar os filhos para a escola e a creche, e a não perder tempo com deslocamentos. "Os altos dirigentes do ONS nunca nos disseram que há um problema de produtividade, que há um problema de qualidade, que há um problema de cumprimento de prazos", ele afirma. "Nunca mais vamos ter esta oportunidade de novo. Temos que lutar pelos direitos dos trabalhadores." Ele e outros membros do sindicato estão ameaçando entrar em greve se forem forçados a se deslocar para o escritório 40% do tempo. Os funcionários civis da Metropolitan Police, que responde pela região de Londres, e membros do sindicato do Land Registry, agência oficial do governo britânico de registro imobiliário, também estão divergindo sobre as políticas de retorno ao escritório. O ONS, que está em meio a negociações com o sindicato, afirma acreditar que a "interação presencial" ajuda a "construir relações de trabalho, reforça a colaboração e a inovação". Mas seja qual for o resultado de impasses como este, está claro que todo mundo trabalhar em tempo integral no escritório agora é coisa do passado. LEIA TAMBÉM: O segredo da Dinamarca para o equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal Fim do home office: por que Amazon está exigindo que funcionários trabalhem do escritório VEJA MAIS EM: 'Workation': conheça a tendência que une viagem de lazer ao trabalho Short friday: sair mais cedo do trabalho às sextas já é realidade em algumas empresas Veja Mais
Mega-Sena pode pagar R$ 30 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 41 milhões
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (4), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.820 da Mega-Sena e 219 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 41 milhões. As chances de vencer na loteria são menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 30 milhões para os acertadores das seis dezenas. No sorteio da última quinta-feira (23), ninguém levou o prêmio máximo. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Últimos dias
Moradores de São Paulo foram alertados de chuva forte pelo celular em sistema novo da Defesa Civil
Ferramenta envia notificações que vibram até em aparelhos no modo silencioso e já está disponível nos estados do Sul e do Sudeste. Alerta da Defesa Civil sobre chuva forte nos celulares dos moradores de São Paulo Divulgação Nesta sexta-feira (24), moradores de São Paulo receberam alertas sobre chuva forte em seus celulares pelo sistema de alerta de desastres da Defesa Civil, que começou a operar no dia 4 de dezembro. Essa é a primeira vez que o novo sistema manda mensagens para a capital paulista. Em outras cidades do estado, a notificação já aconteceu 19 vezes. A ferramenta nova é diferente das anteriores porque envia alertas que vibram até em aparelhos no modo silencioso. Também salta na tela e faz o celular apitar. Só sai da tela se o usuário mostrar que leu a mensagem. Isso faz com que o aviso seja mais "intrusivo". Chuva deixa estação de metrô alagada e passageiros se agarram nas grades em SP Os alertas são feitos nas redes das operadoras Vivo, Claro, TIM e Algar. . Para receber o sinal, é preciso ter um celular comprado depois de 2020 – cujos modelos já são compatíveis com a tecnologia – e acesso às redes 4G ou 5G das operadoras. A pessoa recebe o aviso mesmo sem pedir. O novo sistema foi implementado pelas operadoras, em cumprimento a uma determinação da Anatel. Por enquanto, só está disponível nos estados do Sul e do Sudeste. A expectativa é que o sistema seja ampliado para todo o país em 2025. O recado que apareceu para os paulistanos foi: "Defesa Civil: chuva forte se espalhando pela capital paulista com rajadas de vento e risco de alagamento. Mantenha-se em local seguro". Estado de atenção A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para alagamentos em todas as regiões por volta das 15h30 desta sexta-feira (24), conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura. A avenida Sumaré, na Zona Oeste de SP, foi alagada. A linha-1 Azul registrou goteira dentro do vagão. Um teto desabou no shopping Center Norte. Nos próximos dias a previsão é de temporais localizados entre o final das tardes e o início da noite, ainda com sensação de tempo abafado. A chegada de uma frente fria ao litoral de São Paulo no domingo (26) deve reforçar os temporais, principalmente a partir da tarde. As simulações atmosféricas mais recentes indicam que o forte calor, com temperaturas bem acima da média deve diminuir a partir da segunda-feira (27). Veja Mais
Concursos de cartório agora exigirão aprovação em exame prévio; conheça o ENAC
Prova com 100 questões de múltipla escolha sobre várias áreas do direito será realizada duas vezes por ano em todas as capitais brasileiras; 1ª edição já tem data marcada. Sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Divulgação/CNJ O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou nesta sexta-feira (24) o edital do primeiro Exame Nacional dos Cartórios, o ENAC. A partir de agora, essa prova servirá como pré-requisito para a inscrição em novos concursos de cartório pelo país. A criação do exame foi aprovada em agosto pelo Plenário do CNJ. A norma diz que ele deverá ser realizado ao menos duas vezes por ano de forma simultânea nas capitais de todos os estados e no Distrito Federal. Para participar, é necessário ter bacharel em direito, com diploma de uma instituição reconhecida pelo MEC, ou ter exercido por pelo menos 10 anos a função em serviços notariais ou de registros. O ENAC terá sempre uma única etapa: uma prova com 100 questões de múltipla escolha, com cinco alternativas cada, sobre várias áreas do direito. E será aprovado quem acertar pelo menos 60 questões ou, no caso de pessoas negras, indígenas ou com deficiência, 50 questões. Depois disso, o participante estará habilitado para realizar concursos públicos de cartório, que são realizados pelos Tribunais de Justiça dos Estados e, se aprovado, virar titular de um deles. ???? Titulares de cartório estão no topo da lista dos profissionais mais bem remunerados do Brasil, de acordo com dados da Receita Federal sobre as declarações de imposto de renda. Em 2021, o rendimento médio deles era de R$ 136,4 mil por mês. Segundo o CNJ, o objetivo do ENAC é "promover a formação de uma base de conhecimento retilínea nas delegações em todo o país, além de fortalecer a transparência no processo de titularização dos serviços notariais e de registro". Recentemente, um exame parecido foi criado pelo CNJ para quem quer ser juiz, o ENAM. Duas edições já foram realizadas em 2024. O prazo de validade do certificado de habilitação adquirido com o ENAC é de seis anos a partir da data da divulgação do resultado definitivo do exame. Como será a 1ª edição? As inscrições para o primeiro ENAC estarão abertas a partir das 16h da próxima quarta-feira (29) até as 16h do dia 27 de fevereiro, pelo horário oficial de Brasília (DF). Elas deverão ser feitas via internet, pelo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca que foi contratada para realizar a primeira edição do exame. ? Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp A taxa de inscrição é de R$ 150, e ela pode ser paga até o dia 28 de fevereiro. Inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea podem pedir a isenção do pagamento até o próximo dia 31. A prova está prevista para o dia 13 de abril, das 14h às 19h (horário de Brasília), em todas as capitais brasileiras. O conteúdo programático está disponível no Anexo I do edital. Veja também: Titulares de cartórios aos 23 e 24 anos: casal viaja o Brasil para concursos e coleciona aprovações Aprovado em cinco concursos de cartório usou ChatGPT para estudar Casal viaja o Brasil para concursos e coleciona aprovações Veja Mais
PPSA publica edital de concurso com 100 vagas e salário de até R$19,6 mil; veja como participar
As vagas estão distribuídas entre os cargos de advogado, analista de gestão corporativa, analista de tecnologia da informação e especialista em petróleo e gás. Esse é o primeiro concurso da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) — empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Tania Regô/Agência Brasil A Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A, a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), publicou nesta sexta-feira (24) o edital com as regras para o do primeiro concurso público. Estão sendo ofertadas 100 vagas de nível superior imediatas, além da formação de cadastro de reserva, com remuneração inicial de até R$ 19,6 mil. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. As oportunidades são para os cargos de Advogado, Analista de Gestão Corporativa, Analista de Tecnologia da Informação e Especialista em Petróleo e Gás (em diferentes especialidades). O processo seletivo está sendo organizado pelo Instituto de Desenvolvimento e Capacitação (IDCAP). Esse é o primeiro concurso da empresa em 12 anos (entenda abaixo). ?? VEJA O EDITAL COMPLETO Do total de vagas ofertadas, 5% serão oferecidas a pessoas com deficiência (PCDs) e 20% a candidatos autodeclarados negros. As oportunidades estão divididas da seguinte forma: Advogado (Jurídico): 4 vagas imediatas; Analista de Gestão Corporativa: 36 vagas imediatas; Analista de Tecnologia da Informação: 8 vagas imediatas; Especialista em Petróleo e Gás: 52 oportunidades imediatas. Os salários variam de acordo com a função e a área de atuação, sendo: R$ 15.942 para advogado, R$ 8.240 para Analista de Gestão Corporativa, R$ 9.350 para Analista de Tecnologia da Informação e R$ 19.610 para Especialista em Petróleo e Gás. Os aprovados terão como local de trabalho o Escritório Central da PPSA, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Conforme o edital, o processo seletivo terá as seguintes etapas: Prova Objetiva, para todos os cargos; Prova Discursiva, exclusivamente para os cargos de Advogado e de Especialista em Petróleo e Gás. As inscrições deverão ser feitas via internet entre os dias 5 de fevereiro a 17 de março, no site do Instituto de Desenvolvimento e Capacitação (IDCAP). A taxa de inscrição varia conforme o cargo: Analista de Gestão Corporativa: R$ 100,00 Analista de Tecnologia da Informação: R$ 100 Advogado: R$ 150 Especialista em Petróleo e Gás: R$ 150 Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa de inscrições. As provas objetivas e discursivas estão previstas para 27 de abril, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA). Mais detalhes como o conteúdo programático e as atribuições dos cargos, estão disponíveis nos anexos II e III do edital, respectivamente. ?? Primeiro concurso em 12 anos Esse é o primeiro concurso da empresa em 12 anos. A finalidade da seleção é montar um quadro de pessoal próprio, uma vez que a empresa conta apenas com empregados em cargos comissionados. Vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a empresa pública federal foi criada em agosto de 2013, no governo da presidenta Dilma Rousseff, sob a forma de sociedade anônima de capital fechado. A empresa tem por finalidade a gestão dos contratos para a comercialização de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos da União. ???? Cronograma do concurso O cronograma completo do concurso está descrito no Anexo I do edital. Veja abaixo as principais datas: Inscrições: 05/02 a 17/03/2025 Solicitação de isenção da taxa de inscrição: 05/02 a 06/02/2025 Data limite de pagamento das inscrições: 18/03/2025 Divulgação dos locais de provas: 14/04/2025 Aplicação das provas: 27/04/2025 Resultado oficial da prova objetiva: 20/05/2025 Resultado oficial da prova discursiva: 12/06/2025 Resultado Final: 08/07/2025 LEIA TAMBÉM: ICMBio reabre inscrições para concurso com 350 vagas e salários de até R$ 8,8 mil Concurso MPU: edital é retificado e número de vagas sobe para 172 Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso? Veja Mais
Déficit nas contas externas mais que dobra em 2024 e atinge maior valor em 5 anos; investimento vindo de fora também cresce
BC costuma explicar que o déficit externo tem a ver com o crescimento da economia – que faz o Brasil demandar mais produtos e serviços do exterior. Queda no superávit da balança comercial foi o principal fator para a piora das contas externas em 2024 Ascom SEI O rombo das contas externas brasileiras mais do que dobrou no ano de 2024, segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (24). De acordo com a instituição, as contas externas (transações correntes) registraram um déficit de US$ 55,96 bilhões no último ano, em comparação com US$ 24,51 bilhões em 2023. Este também é o maior resultado negativo para um ano fechado desde 2019, quando o déficit somou US$ 65 bilhões, segundo dados oficiais. ???? Um déficit no balanço de pagamentos significa que o Brasil enviou mais dinheiro pra fora – importando bens e serviços e transferindo lucros, por exemplo – do que recebeu dinheiro do exterior. ????O Banco Central costuma explicar que o tamanho do rombo das contas externas está relacionado com o crescimento da economia. Quando cresce, o país demanda mais produtos do exterior e realiza mais gastos com serviços também. Por isso, o déficit também sobe. Somente mês de dezembro, segundo o Banco Central, as contas externas registraram um resultado negativo de US$ 9,03 bilhões, em comparação com um resultado negativo de US$ 5,6 bilhões no mesmo período do ano passado. Entenda O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por: balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países); serviços adquiridos por brasileiros no exterior (transportes, seguros e aluguéis, por exemplo); e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). O aumento no saldo negativo das contas externas, em 2024, está relacionado principalmente com uma piora na balança comercial, cujo saldo positivo somou US$ 66,2 bilhões no ano passado (pelo cálculo do BC). Em 2023, havia totalizado US$ 92,27 bilhões. Com um superávit menor na balança, as contas externas pioraram. PIB: economia brasileira cresceu 0,9% no 3º trimestre de 2024 A conta de serviços, por sua vez, que registra receitas e despesas com transportes, seguros, serviços financeiros e viagens internacionais, entre outros, também mostrou deterioração. Em 2024 fechado, foi registrado um déficit de US$ 49,7 bilhões nessa conta, contra um saldo negativo de US$ 39,8 bilhões em 2023. A conta de renda, entretanto, mostrou pequena melhora. Por ela, transitam as remessas de juros e de lucros e dividendos das empresas ao exterior. Em 2024, houve um déficit de US$ 75,4 bilhões. Apesar de alto, foi menor do que o registrado em 2023 (-US$ 79,5 bilhões). Investimentos estrangeiros diretos O BC também informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira avançaram 13,8% no ano passado. Os estrangeiros trouxeram US$ 71,1 bilhões em investimentos em 2024, contra US$ 62,4 bilhões no ano anterior. Mesmo crescendo menos, os investimentos estrangeiros foram suficientes para "financiar" o rombo das contas externas de US$ 55,9 bilhões registrado em 2024. Esse é o maior ingresso de investimentos no país para esse período desde 2022 (US$ 74,6 bilhões). Somente em dezembro, ainda de acordo com a instituição, os estrangeiros aportaram US$ 2,76 bilhões em investimentos diretos no país, contra uma saída de US$ 2,9 bilhões em 2023. Veja Mais
Empreendedores têm até 31 de janeiro para aderir ao Simples Nacional; entenda
Regime para MEIs, micro e pequenas empresas possibilita o pagamento de impostos de forma simplificada. Solicitação é feita pela internet; veja o passo a passo. Empreendedores têm até 31 de janeiro para aderir ao Simples Nacional Reprodução O prazo para solicitar a adesão ao Simples Nacional termina no dia 31 de janeiro. Microempreendedores Individuais (MEIs), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) têm direito a optar pelo regime, que possibilita o pagamento simplificado de impostos. Quem já é optante do Simples Nacional não precisa fazer a adesão novamente. A renovação é automática, a não ser que a empresa tenha sido excluída do regime, por causa de dívidas, por exemplo. (leia mais abaixo) A nova opção, portanto, serve para empresas que já estão em atividade, mas ainda não aderiram ao Simples. Para empresas em início de atividade, o prazo para a solicitar a adesão é de 30 dias contados do último deferimento de inscrição (municipal ou estadual), desde que não tenham decorridos 60 dias da data de abertura do CNPJ. O pedido de adesão é feito pela internet, no Portal do Simples Nacional. (veja o passo a passo ao fim da reportagem) Regularização de dívidas Empresas que foram excluídas do Simples Nacional por causa de dívidas, mas regularizaram todas as pendências, precisam solicitar novamente a adesão se quiserem voltar ao regime. O prazo para o pedido também termina no dia 31 de janeiro. Os MEIs nessa situação, além de solicitarem a adesão ao Simples, devem, em seguida, pedir o enquadramento no Simei, por meio de outro serviço disponível no Portal do Simples Nacional. A Receita Federal avisou empreendedores endividados de que eles poderiam ser excluídos do Simples Nacional entre setembro e outubro do ano passado. As notificações foram feitas por meio do envio de um termo de exclusão do regime, e os contribuintes tiveram 30 dias a partir do momento em que leram o documento para regularizar as pendências. O empreendedor que foi excluído do regime ainda pode fazer os pagamentos e, se não tiver outros impedimentos legais, solicitar novamente a adesão ao Simples até o fim do mês. MEIs: entenda o novo valor de contribuição mensal para 2025 Como aderir ao Simples? Todas as empresas que desejam optar pelo Simples Nacional devem ter a inscrição no CNPJ, a inscrição municipal e, quando exigível, a inscrição estadual. Em seguida, realizar o passo a passo: Acesse o Portal do Simples Nacional; O acesso é feito com certificado digital ou código de acesso; Na aba Simples – Serviços, clique em Opção e depois em Solicitação de Opção pelo Simples Nacional; Uma verificação automática de pendências é feita logo após a solicitação. Não havendo pendências, a opção será aprovada. Se tiver alguma pendência, a opção ficará “em análise”; É possível acompanhar o andamento do processo dentro do Portal do Simples Nacional, na opção Acompanhamento da Formalização da Opção pelo Simples Nacional. A verificação é feita pela Receita Federal, estados e municípios, em conjunto. Portanto, a empresa não pode possuir pendências cadastrais ou fiscais, nem débitos, com nenhum ente federado. A divulgação do resultado da opção está prevista para a segunda quinzena de fevereiro. Veja Mais
Com dólar em queda e safra recorde, Haddad aposta em alimentos mais baratos
Ministro também disse que governo estuda mudar regras no vale-alimentação e vale-refeição pago a trabalhadores como alternativa para aumentar a concorrência no setor. Haddad diz que Governo estuda mudar regras do vale-alimentação e do vale-refeição O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quinta-feira (23) que a expectativa do governo é uma diminuição no preço dos alimentos nos próximos meses, em função da trajetória de queda do dólar e de uma safra recorde, prevista para este ano. Haddad confirmou ainda que o governo estuda mudar regras do vale-alimentação e vale-refeição –benefícios pagos a trabalhadores. O objetivo, segundo ele, seria aumentar a concorrência no setor, o que teria impacto no preço de alimentos. “Muitas vezes o trabalhador perde na intermediação, em função do fato de que as taxas cobradas são muito elevadas. E tem uma questão de portabilidade que precisa ir à frente, ela está prevista em lei, mas a portabilidade não está funcionando adequadamente por falta de regulamentação por parte do Banco Central”, explicou o ministro. Análise: inflação dos alimentos preocupa governo A preocupação com o impacto da inflação sobre o preço dos alimentos tem acendido um sinal de alerta no governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dar uma "bronca" nos ministros, durante a reunião ministerial da última semana, e cobrou ações sobre o tema. Em 2024, a inflação estourou o teto da meta e fechou o ano a 4,83% — o limite era 4,5%. O preço dos alimentos puxou o indicador e foi o que mais subiu no período. O café, por exemplo, subiu quase 40% no ano passado. Nesta quinta, a Casa Civil mediou uma reunião sobre o tema, para discutir medidas que contribuam com o barateamento dos preços nas prateleiras dos supermercados. Após o encontro, Haddad negou que haverá medidas tributárias para baratear alimentos. “Ninguém está pensando em utilizar espaço fiscal para esse tipo de coisa”, declarou. De acordo com o titular da Fazenda, se a regulamentação do programa de alimentação for aprimorada, os preços dos produtos devem cair. “A única coisa que nós estamos trabalhando é, eu acredito que nós temos um espaço para melhorar a qualidade do programa em torno, sei lá, eu diria entre 1,5% e 3%, que é o programa de alimentação do trabalhador", afirmou. Segundo ele, "tem um espaço ali, regulatório, que caberia ao Banco Central já pela lei, mas que não foi feito até o término da gestão anterior, eu penso que há um espaço regulatório que nós pretendemos explorar no curto prazo”. Safra e queda do dólar Haddad também frisou que a expectativa do governo é uma melhora nos preços dos alimentos e bebidas por dois fatores: safra recorde e queda no preço do dólar. "Primeiro nós vamos ter uma grande safra. Em segundo lugar o dólar começou, na minha opinião, uma trajetória que, eventualmente, pode ser interrompida, momentaneamente, pela boataria [...]", ponderou o ministro. Ele prosseguiu: "O que nós sabemos é que o que afetou o preço de alimentos, especialmente leite, café, carne e frutas, é porque são commodities, são bens exportáveis, faz parte da nossa pauta de exportações. Então, quando o dólar aumenta, isso afeta os nossos preços internos. Quando o dólar se acomodar, vai afetar favoravelmente os preços também". Leia também: Dólar tem queda e vai a R$ 5,92 pesar de Trump reforçar 'tarifaço' Discussão travada O Congresso aprovou em agosto de 2022 uma lei que alterou as regras para a concessão do auxílio-alimentação para os trabalhadores. O texto prevê que o trabalhador vai poder solicitar, gratuitamente, a portabilidade do serviço – isto é, vai poder trocar a empresa que opera o pagamento do auxílio. Também há dispositivos para proibir a concessão de descontos na contratação de empresas fornecedoras de auxílio-alimentação – tanto no âmbito do auxílio-alimentação (como previsto na CLT) como no Programa de Alimentação do Trabalhador (vale-refeição e vale-alimentação). Até então, os empregadores contratavam a empresa que fornece tíquete alimentação e conseguiam um desconto. Por exemplo, contratavam R$ 100 mil em vale para seus funcionários, mas pagavam um valor menor, como R$ 90 mil. Posteriormente, essa empresa fornecedora de tíquetes cobrava taxas mais altas dos restaurantes e supermercados, e, nesse momento, repassava o valor concedido como desconto para as empresas que contratavam o serviço. A avaliação é que, por isso, a alimentação dos trabalhadores fica mais cara, pois esse mesmo custo extra é repassado também para eles. No entanto, até agora a regulamentação dessa lei tinha ficado travada nas discussões entre empresas e governo. Veja Mais
Milei diz que pode manter aliança com Mercosul se países puderem 'abrir seu comércio unilateralmente'
Na véspera, presidente argentino havia dito que estava disposto a retirar a Argentina do bloco, caso isso fosse necessário para concluir um acordo de livre-comércio com os EUA. Presidente da Argentina, Javier Milei. Ciro De Luca/ Reuters O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou nesta quinta-feira (23) que acredita ser possível avançar em um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos sem perder a aliança com o Mercosul, bloco comercial que reúne cinco países sul-americanos. Em entrevista à Bloomberg na véspera, Milei havia dito que estava disposto a retirar a Argentina do Mercosul, caso isso fosse necessário para concluir um acordo de livre-comércio com os EUA. Questionado por jornalistas sobre o assunto após seu discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ele disse que fará "o que é melhor" para a população argentina. "Nós vamos tentar avançar e fazer o que é melhor para os argentinos. Mas creio que há formas de avançar sem perder a aliança com o Mercosul [...], abrindo a possibilidade de que cada um [dos países-membros] possa abrir seu comércio unilateralmente", afirmou o presidente da Argentina. Acordo com os Estados Unidos A intenção em fazer um acordo de livre-comércio com os Washington em 2025 já havia sido anunciada por Milei em dezembro do ano passado, pouco tempo depois da eleição do republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. "Estamos trabalhando muito intensamente na possibilidade de negociar um tratado de livre comércio" com os EUA, afirmou Milei, dois dias após ter participado da cerimônia de posse de Trump, seu aliado político. Milei, no entanto, não havia esclarecido se pretendia negociar esse acordo de forma independente ou em conjunto com os parceiros do Mercosul, que teoricamente proíbe negociações bilaterais sem o consentimento dos outros membros do bloco. O presidente argentino garantiu que está trabalhando com os países do bloco "para que isso não seja um impedimento para avançar em direção ao livre comércio". O Mercosul foi criado em 1991 e inclui Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e, desde 2023, Bolívia. A Venezuela foi suspensa em 2016. Trump recebe Milei em baile de gala em Mar-a-Lago Veja Mais
Dólar e Ibovespa operam em alta, com Trump na mira em dia de agenda esvaziada
Na véspera, a moeda norte-americana recuou 1,40%, cotada a R$ 5,9455, menor valor desde o fim de novembro. Já o principal índice da bolsa de valores fechou em queda de 0,30%, aos 122.972 pontos. Dólar Cris Faga/Dragonfly/Estadão Conteúdo O dólar passou a operar em alta nesta quinta-feira (23), após ter encerrado o pregão de ontem cotado a R$ 5,94, no menor valor desde novembro. O dia de agenda mais vazia coloca as políticas tarifárias de Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos, mais uma vez na mira dos mercados. Nesta semana, o republicano voltou a reforçar sua promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia. Também considerou alíquotas de até 25% contra o México e o Canadá. Apesar das afirmações, no entanto, as alíquotas são menores do que as ameaças feitas por Trump durante sua campanha e a falta de medidas concretas sobre o tema continua a abrir espaço para uma valorização do real. (Entenda mais abaixo) Sem grandes destaque na agenda, as atenções se voltam ainda para a participação do republicano no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Entre os indicadores, os investidores também monitoram os novos dados de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e seguem atentos à temporada de balanços corporativos. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, também operava em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Às 10h25, o dólar tinha um avanço de 0,22%, cotado a R$ 5,9584. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 1,40%, cotada a R$ 5,9455. Com o resultado, acumulou: queda de 1,98% na semana; recuo de 3,79% no mês e no ano. a Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,35%, aos 123.396 pontos. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,30%, aos 122.972 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,51% na semana; ganho de 2,24% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos continuam a influenciar os mercados. Além das ordens executivas assinadas no primeiro dia de mandato, novas declarações de Trump sobre um possível "tarifaço" a outros países geraram incertezas sobre os impactos no comércio global. Na terça-feira, durante um evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que seu governo já está discutindo uma alíquota de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro. O republicano também ameaçou impor tarifas para o México e para o Canadá, afirmando que há preocupação com o fluxo de drogas provenientes desses dois países. Apesar de irem em linha com a agenda econômica protecionista do republicano, no entanto, as tarifas ameaçadas por Trump ainda são bem menores do que as indicadas durante sua campanha. Além disso, a falta de medidas concretas também traz certo alívio e abre espaço para a valorização de outras moedas em relação ao dólar. "A abordagem de Trump de primeiro ameaçar e depois estudar se realmente vai implantar alguma tarifa sobre as outras economias tem levado a um movimento de enfraquecimento global do dólar", disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, à agência Reuters. "Visto o que se antecipava, o receio era de que ele teria uma postura agressiva já no seu primeiro dia de mandato", completou. Esse cenário, no entanto, não aconteceu. Na prática, a aplicação de tarifas sobre produtos importados nos EUA se reflete no dólar porque é uma medida considerada inflacionária — ou seja, com potencial para elevar os preços no país. Quando os preços estão mais altos por lá, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tende a manter os juros elevados por mais tempo para esfriar a economia e combater a inflação. Taxas elevadas nos EUA fortalecem o dólar. Por isso, quando há a expectativa de que Trump pode não ser tão rigoroso em suas políticas tarifárias, o dólar tende a cair. Já sobre a relação de Trump com o Brasil, continuam a repercutir as falas recentes do republicano, quando afirmou que a relação dos Estados Unidos com a América Latina e com o Brasil "é excelente", mas destacou que a região "precisa mais dos Estados Unidos" do que o contrário. "A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós", respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina. A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl sobre se Trump falaria com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e a América Latina, feita enquanto o presidente americano assinava os primeiros decretos do novo mandato no Salão Oval da Casa Branca. EUA precisam do Brasil ou não? Veja dados de comércio e investimentos de empresas americanas no país Em discurso recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que torce por uma "gestão profícua" (ou seja, proveitosa) por parte de Trump, afirmando que o Brasil "não quer briga" com os Estados Unidos. "Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil", disse Lula. "Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia", seguiu. Na agenda econômica, investidores avaliam novos dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Na Ásia, dados divulgados nesta quinta-feira indicaram que as exportações no Japão subiram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro. Os dados vêm em meio às preocupações sobre uma eventual imposição de tarifas por parte de Trump. Ainda por lá, o BC japonês deve anunciar uma nova decisão de juros ainda nesta semana. Já por aqui, o mercado segue na expectativa pelos novos dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país e que será divulgado na próxima sexta-feira. O cenário fiscal também fica sob os holofotes, especialmente porque o Orçamento ainda não foi aprovado. Veja Mais
Flagrante de carne podre no mercado: como saber se o alimento está impróprio para o consumo
Quatro pessoas foram presas por comercializar carnes estragadas. A proteína ficou submersa por vários dias durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024. Veja a forma correta de armazenar em casa. Empresa do Rio vendeu 800 toneladas de carne estragada Uma empresa do Rio de Janeiro comprou e revendeu carnes estragadas. A proteína ficou submersa por vários dias durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, e que deixaram mais de 200 mortos e muitos desaparecidos. A empresa Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios (RJ), comprou as carnes deterioradas sob a alegação de que seria transformada em ração animal. No entanto, segundo investigações, os pacotes de carne bovina, suína e de aves foram maquiados para esconder os danos e revendidos para açougues e mercados em todo o país. A forma usada para maquiar os produtos não foram revelados pela investigação. O crime está sendo investigado pela Operação Carne Fraca e quatro pessoas foram presas nesta quarta-feira (22). Para não cair neste tipo de fraude, entenda como identificar se uma carne está estragada, como conservar o produto em casa e quais regras os frigoríficos devem seguir para manter a sua qualidade. Carne imprópria para consumo em Três Rios Reprodução/TV Globo Como saber se a carne está estragada? A forma mais simples de saber se uma carne está estragada é se atentar à sua coloração, se ela tiver muito escura ou esverdeada é um sinal de que não está própria para a alimentação. Outro indicador é o cheiro forte, que sinaliza o processo de putrefação. Se a carne tiver sido comprada congelada e o problema só for identificado em casa, o consumidor deve devolver o produto ao estabelecimento que o vendeu, diz Henrique Pedro Dias, diretor de Política Profissional do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa). É mais difícil identificar se há carne estragada nos produtos embutidos. "Porque coloca muito ingrediente que acaba mascarando o grau avançado de deterioração, putrefação mesmo da carne", diz o diretor. Nesses casos, a única saída é verificar no rótulo se o produto é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária e fabricado por empresas fiscalizadas pela instituição. Isso é indicado por meio do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), usado em todos os produtos de origem animal sob responsabilidade do ministério. "O consumidor precisa desconfiar de preço barato, de pessoas que não sigam as normas tanto sanitárias, comerciais e emissão de nota fiscal", explica Dias. Como conservar a carne em casa? Para evitar que a carne de qualidade estrague em casa, é importante seguir as recomendações do rótulo do produto, recomenda Dias. Caso o item seja comprado em açougue e não venha com o rótulo, a regra é manter a carne congelada. Segundo a nutricionista e doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Neiva Souza, o correto é: temperatura de 0°C a - 5°C: até 10 dias - 6°C a -10°C: até 20 dias -11°C a -18°C: até 30 dias Abaixo de -18°C: até 90 dias O freezer doméstico alcança até -20ºC, já a maioria dos congeladores acoplados à geladeira chega até -6 ºC, detalha a nutricionista da UBS Paranapanema Alice Mendes. Já a carne cozida deve sofrer um resfriamento imediato, indo de 60°C a 10°C dentro do período de 2 horas. Este resfriamento rápido pode acontecer na geladeira, e, em seguida, o prato pode ir para congelamento. Depois, para consumi-lo, o descongelamento pode ser feito pelo micro-ondas ou em temperatura inferior a 5°C ou em um forno de convecção. Este último permite a circulação do calor de forma uniforme, fazendo com que a comida também seja cozida. Leia também: Como congelar e descongelar a carne moída? O que acontece com o corpo quando consumimos carne estragada O que a lei diz Existem diversas leis que informam como os frigoríficos devem tratar a carcaça bovina após o abate, para garantir que ela chegue com qualidade ao consumidor. De forma geral, são especificados cuidados com temperatura e possíveis contaminações. ?????Temperatura As carnes devem ser entregues pelos frigoríficos com temperaturas de até 7°C, segundo a portaria n° 304, de 1996, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. As temperaturas variam conforme o tipo de produto, sendo: carnes com ossos entre 2°C e 7°C; congelada -12°C; para exportação -18°C, informa Dias, da Anffa. É proibido o retorno à câmara fria de produtos que tenham sido retirados dela e que passaram algum tempo em temperatura ambiente, segundo o decreto de n°30.691, de 1952, da Casa Civil. Todas as carcaças, os órgãos e as vísceras devem ser previamente resfriadas ou congeladas, dependendo da especificação do produto, antes de serem armazenados em câmaras frigoríficas, bem como para o seu transporte, conforme o decreto n° 9.013, de 2017, da Secretária-Geral da República. Todos os produtos esterilizados devem passar pelo processo térmico em no máximo duas horas após o fechamento das embalagens. ????Contaminação É proibido colocar as carnes diretamente sobre o piso, segundo o decreto n° 9.013, de 2017, da Secretária-Geral da República. Em caso de doenças contagiosas em algum dos produtos, é preciso que seja feita uma desinfecção do ambiente para evitar contaminação cruzada. As carcaças e os órgãos com aspecto repugnante, com coloração anormal ou com degenerações devem ser condenados, bem como as carnes em processo putrefativo, que exalem odores medicamentosos, urinários, sexuais, excrementícios ou outros considerados anormais. Veja mais regras para a produção de alimentos: Governo proíbe a venda de lotes de 12 marcas de azeite de oliva Regras para produção de presunto mudam pela 1° vez em 20 anos; confira Veja Mais
Milei está disposto a retirar Argentina do Mercosul para selar acordo de livre comércio com EUA
Presidente argentino não esclareceu se pretende negociar acordo de forma independente ou em conjunto com os parceiros do bloco sul-americano. Javier Milei participa do G20 no Rio Pablo Porciuncula/AFP O presidente argentino, Javier Milei, afirmou nesta quarta-feira (22) que está disposto a retirar a Argentina do Mercosul, o bloco comercial que reúne cinco países sul-americanos, caso isso seja necessário para concluir um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. "Se a condição extrema fosse essa, sim", respondeu o chefe de Estado quando questionado sobre a possibilidade de a Argentina deixar o Mercosul para firmar um acordo com Washington. As declarações de Milei foram feitas durante um evento organizado pela Bloomberg em Davos, na Suíça, em paralelo ao Fórum Econômico Mundial. Em dezembro, o líder ultraliberal argentino anunciou que pretende impulsionar um tratado de livre comércio com Washington em 2025, ano em que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA. "Estamos trabalhando muito intensamente na possibilidade de negociar um tratado de livre comércio" com os EUA, afirmou Milei, dois dias após ter participado da cerimônia de posse de Trump, seu aliado político. Milei não esclareceu se pretende negociar esse acordo de forma independente ou em conjunto com os parceiros do Mercosul, que teoricamente proíbe negociações bilaterais sem o consentimento dos outros membros do bloco. As discussões entre o Uruguai e a China em 2022 geraram oposição dos demais membros do Mercosul. "Digamos que há mecanismos pelos quais é possível fazer isso permanecendo dentro do Mercosul", afirmou Milei. "Portanto, acreditamos que é possível alcançar esse objetivo sem ter que abandonar o que já se tem no âmbito do Mercosul." O presidente argentino garantiu que está trabalhando com os países do bloco "para que isso não seja um impedimento para avançar em direção ao livre comércio". O Mercosul foi criado em 1991 e inclui Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e, desde 2023, Bolívia. A Venezuela foi suspensa em 2016. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em dezembro a conclusão das negociações para um acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que ainda precisa ser ratificado. No entanto, diversos países, incluindo a França, não estão satisfeitos com o acordo. A França busca reunir outros países europeus para bloquear sua ratificação. Argentina de Milei: o que mudou um ano após o Plano Motosserra Veja Mais
‘Fotos que me pagaram para editar’: como fotógrafos e designers faturam até R$ 30 mil por mês no TikTok
Profissionais aproveitam o potencial de viralização nas redes sociais para divulgar serviços e ganhar com a monetização. Alguns contratam funcionários para dar conta da demanda. Especialistas destacam a importância da regularização. Como profissionais estão faturando com edições de fotos no TikTok Todo dia uma trend diferente. E quem acessou o TikTok ou Instagram nos últimos meses deve ter esbarrado no bordão “fotos que me pagaram para editar”. São vídeos de editores de imagem contando dos pedidos enviados pelos seguidores para melhorar fotos de um dia especial ou de uma viagem antes de postarem nas redes sociais. As solicitações são as mais diversas, e vão desde tirar pessoas do fundo de uma foto, melhorar a paisagem de um dia nublado, restaurar imagens antigas, juntar pessoas já falecidas, até alterar medidas corporais. O que talvez não esteja no radar dos seguidores é que esses designers e fotógrafos estão faturando alto com esse novo trabalho. Alguns dizem ganhar mais de R$ 30 mil por mês atendendo aos pedidos dos internautas. “As pessoas acham que sou mágica”, brinca Laura Cunha Postal, de 21 anos, que trabalha só com edições de imagens há dois anos. LEIA MAIS Como declarar renda obtida por 'freelas', trabalho autônomo ou informal? Nanoempreendedores: novos negócios ficam isentos na reforma tributária Profissionais de edições faturam até R$ 30 mil por mês faturam até R$30 mil por mês Laura Postal/Julia Guinami Natural de Chapecó (SC), ela conta que sempre sonhou em trabalhar com fotografia. “Eu sou tímida pessoalmente, então quando eu ia tirar foto não gostava de pedir para as pessoas posarem e toda essa parte do contato frente a frente com alguém.” O segredo foi direcionar o trabalho para a edição de imagens. Foram cinco anos aprendendo sozinha, por meio de vídeos no YouTube. “Eu continuava tirando fotos, mas era para editar quando eu chegasse em casa”, conta. Laura se mudou para Florianópolis e começou a trabalhar como social media, gerenciando as redes sociais de empresas. Quando o desemprego bateu na porta, Laura resolveu compartilhar vídeos de edições no TikTok. “Meu objetivo, quando comecei a postar, era ver se as pessoas queriam fazer ensaios comigo. Eu não sabia que dava para trabalhar só com edições”, explica. Não demorou muito para o quadro “coisas que me pagaram para editar” viralizar. Um dos vídeos chegou a bater 15 milhões de visualizações no TikTok e, consequentemente, a clientela começou a chegar. Antes e depois de uma foto editada por Laura Postal, que fatura mais de R$ 30 mil por mês editando imagens dos seguidores. Arquivo Pessoal "Tem pedidos engraçados, e outros até criminosos, como a falsificações de documentos. As pessoas acham que eu vou fazer qualquer coisa que pedirem. Não é assim que funciona”, afirma Laura. Hoje, ela tem uma empresa de edições de imagens e chega a faturar até R$ 30 mil por mês. Laura também conta com duas funcionárias: uma para atender aos pedidos via WhatsApp e outra para ajudar nas edições. São mais de 40 fotos editadas por dia, com preços que variam de R$ 18 a R$ 200. O preço muda conforme a dificuldade dos pedidos. A média dos serviços fica na faixa dos R$ 40. Além disso, a fila de espera é grande: são duas semanas de prazo para ser atendido no WhatsApp, além de 6 a 11 dias úteis para entregar. Se bater a urgência, é preciso desembolsar uma taxa de R$ 25 para furar a fila. Há também a possibilidade de o cliente pagar R$ 60 para a entrega da imagem editada no mesmo dia. “Eu achei o meu emprego dos sonhos. Eu sempre amei edição e sempre quis trabalhar só com isso. Estou realizada”, completa. Laura Postal mora em Florianópolis e tem uma empresa de edições de imagens fotografiababi/Arquivo Pessoal ????? A mágica das redes Assim como Laura, outros profissionais da aérea também estão investindo em edições de fotos para o TikTok. É o caso de Jean Lucas, de 23 anos, natural de Cascavel (PR). Ele chegou a largar a faculdade de engenharia civil para viver da fotografia. Com mais de 340 mil seguidores na plataforma, o paranaense aprendeu a editar sozinho aos 13 anos. De lá para cá, ingressou no mundo da fotografia e nunca mais parou. “Durante uma fase muito apertada de dinheiro, postei um vídeo no TikTok editando fotos de uma amiga para ver no que ia dar e viralizou. Então, comecei a receber muitos pedidos, e isso virou uma nova fonte de renda”, explica. Antes e depois de uma foto editada por Jean Lucas, que chega a receber mais de 2 mil mensagens por dia com pedidos de edições. Arquivo Pessoal O fotografo chega a receber mais de 2 mil mensagens por dia. Para dar conta de tanta demanda, ele contratou uma funcionária que trabalha no atendimento aos clientes. Hoje, ele fatura cerca de R$ 19 mil por mês, e parte da renda vem da monetização dos vídeos no TikTok. "O TikTok veio como uma salvação na minha vida, porque me ajuda muito, muito, mas muito mesmo. Claro que tudo depende de qual vídeo vou postar, se vai viralizar, mas o mínimo que tirei nos últimos seis meses foi R$ 4 mil”, conta. Além da grana, muitos clientes chegam até Jean graças aos vídeos da rede social, já que boa parte dos fregueses conhecem as edições do fotografo por meio dos clipes curtos viralizados. “Toda vez que eu posto é quando chove de pessoas. Se um vídeo bater 1 milhões de visualizações, por exemplo, pode esperar que vai passar de duas mil mensagens no dia”, afirma. Além do WhatsApp comercial, Jean também recebe pedidos no Instagram, TikTok, e até ligações. Hoje, a fila passa de três mil pessoas e a espera é de uma semana para ser atendido. Além de edtor, Jean Lucas também trabalha com fotografia de imagens artisticas Jean Lucas ???????? Adeus CLT? Segundo Vanilson Coimbra, professor de fotografia publicitária no Centro Universitário Belas Artes e mestre em Design, é normal os profissionais dessa aérea divulgarem o trabalho por meio das redes sociais. Plataformas como o TikTok oferecem ferramentas que permitem uma apresentação mais autêntica e criativa, o que cativa mais clientes. São diferentes do que se habitua a ver no LinkedIn, que é mais formal e menos adaptado ao tipo de linguagem visual que caracteriza o trabalho desses profissionais. “A estrutura do TikTok favorece vídeos curtos e conteúdos imersivos, perfeitos para demonstrar habilidades práticas, compartilhar processos criativos e humanizar a marca pessoal do profissional”, afirma Coimbra. “O alcance orgânico, combinado com um algoritmo que prioriza conteúdo relevante e interessante, possibilita alcançar audiências maiores e mais diversificadas”, completa o professor. Julia Guinami, de 22 anos, tem como principal fonte de renda as edições de fotos há um ano, e também aposta no TikTok para mostrar a rotina de trabalho, em casa e por conta própria. Julia Guinami deixou o emprego CLT para atuar somente com edições de fotografia Arquivo Pessoal A jovem de Birigui, no interior de São Paulo, largou o emprego de carteira assinada por não gostar da a rotina excessiva de trabalho e ver mais flexibilidade no trabalho autônomo. “Não aguentava mais o tanto que o emprego me sugava. Eu trabalhava de segunda a segunda, não tinha descanso nenhum. Então, resolvei arrumar um trabalho por conta para fazer”, lembra. Ex-estudante de publicidade e propaganda, Julia também começou compartilhando nas redes sociais os seus trabalhos de freelancer, que fazia como fotógrafa e editora de imagens. Não demorou para os clientes começassem a aparecer. “Eu sempre tento manter um horário fixo. É claro que, de vez em quando, acaba não dando certo. Na maior parte das vezes eu começo às 8h da manhã, paro ao meio-dia para almoçar, volto às 13h da tarde, e depois vou até as 18h”, explica. Hoje, ela acumula mais de 84 mil seguidores no TikTok, e tem um faturamento mensal de R$ 7 mil. Essa é única fonte de renda da Julia, de edições e da monetização da rede social. Antes e depois de uma foto editada por Julia Guinami, que tem como principal fonte de renda as edições de fotos. Arquivo Pessoal ? Sem romantização Segundo Issaaf Karhawi, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), essa tendência de edições de imagens não é de hoje e nasceu por meio de grupos no Facebook e threads no X (antigo Twitter), e depois migrou para o Tiktok. “Esses designers em específicos se apropriaram muito bem da dinâmica do TikTok para falar do próprio trabalho. Nesse caso tem um casamento perfeito: impulsar o trabalho a partir da própria linguagem da rede, com humor e vídeos curtos”, ressalta. Apesar desse “par perfeito”, a professora e pesquisadora alerta para não romantizar ou almejar um empreendedorismo que precarize a mão de obra. Por isso, Issaaf chama atenção para o trabalho “gratuito” que vem sendo feito para as plataformas. “Quando os designers, por exemplo, dizem eles têm que fazer vídeos do TikTok caso contrário eles não vendem edição de fotos, tem um trabalho gratuito sendo feito para plataforma, ainda que o empreendedor veja isso como um benefício”, afirma Issaaf Karhawi. Além disso, a especialista ainda destaca para os contratos “implícitos” das redes sociais. Isso porque, as plataformas se atualizam diariamente e esses trabalhadores ficam à mercê das plataformas e do funcionamento delas para sobreviver. “Uma coisa é você divulgar o seu trabalho por meio das redes sociais, outra coisa é o que esses profissionais têm feito: eles atuam como design e tiktokers ao mesmo tempo. Então é um alargamento da prática profissional”, explica Issaaf. “É como se eles tivessem um terceiro turno de trabalho todos os dias. A gente pode entender esse fenômeno como uma ideia de penetração das plataformas em todas as instâncias da vida, inclusive no trabalho”, completa Karhawi. Profissionais de edições faturam até R$ 30 mil por mês faturam até R$30 mil por mês Laura Postal/Jean Lucas/Julia Guinami ???? Importância da regularização Apesar de deixarem a CLT, um ponto importante levantado por especialistas ouvidos pelo g1 é a importância da regularização desses profissionais. “Criadores de conteúdo, freelancers e influenciadores digitais, por exemplo, podem se beneficiar de diversas vantagens. Ao se formalizar, o profissional passa a ter acesso a benefícios previdenciários e cumpre todas as obrigações tributárias”, afirma Gabriel Santana Vieira, advogado especialista em direito tributário. Além disso, o profissional pode ter um CNPJ, o que facilita a emissão de notas fiscais e abre portas para contratos com empresas que exigem formalidade. Isso agrega credibilidade e profissionalismo, além de contribuir para o crescimento do negócio. “Um dos caminhos mais práticos e estratégicos é se registrar como Microempreendedor Individual (MEI). Além de simplificar obrigações fiscais, essa regularização garante direitos e evita complicações com a Receita Federal”, completa. É preciso checar, claro, se os ganhos estão dentro do permitido por lei. Caso contrário, é necessário partir para a abertura de uma Microempresa (ME), que cumpre o papel de formalidade, mas exige o trabalho de um contador. ????? Dicas para quem está começando Para quem pensa em seguir na aérea de edição de imagens, o professor Vanilson Coimbra traz algumas dicas, como: ????????????? Investir no aprendizado: Faça cursos e sempre esteja atualizado. O mercado criativo está em constante evolução com novas ferramentas técnicas que exige um portfólio em constante atualização. ???? Crie uma presença online que seja capaz de ser uma extensão do seu portfólio e habilidades. Tenha um portfólio de “Instagram”, performe como um TikToker e planeje a sua carreira como profissional do Linkedin. ???? Aprenda a precificar seus serviços: entenda os custos do seu trabalho, o valor do seu tempo e o quanto o mercado está disposto a pagar e ajuste os preços conforme sua experiência e a complexidade do projeto. ???? Invista em networking: busque conexões com outros profissionais on e offline. ? Seja disciplinado e organizado: estabeleça rotinas e prazos mesmo trabalhando de forma autônoma, e crie um sistema eficiente para lidar com clientes, propostas, contratos e principalmente sobre as entregas. Empreendedorismo Penitenciário: roupas de visita e “jumbo” viraram modelo de negócio Veja Mais
SP, RJ e MG têm maiores benefícios na renegociação da dívida dos estados, estima Tesouro Nacional
Esse efeito não é primário, ou seja, não impacta no resultado das contas públicas, mas sim na dívida do setor público — que ficará mais alta. Ou seja, trata-se de um impacto financeiro. Senado aprova projeto que permite a redução da dívida dos estados com a União Jornal Nacional/ Reprodução A Secretaria do Tesouro Nacional estimou nesta terça-feira (21) que a União poderá registrar perdas de até R$ 105,9 bilhões, em cinco anos, com a renegociação das dívidas dos estados. Esse efeito não é primário, ou seja, no resultado das contas públicas, mas sim na dívida do setor público — que ficará mais alta. Ou seja, trata-se de um impacto financeiro. Lula sanciona alívio na dívida dos estados com aval a federalização de estatais O cálculo do Tesouro considera que os 25 estados beneficiados pela mudança de regras —aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada com vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada — não entreguem ativos para abater seu patamar de endividamento. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, mesmo este último estado contando com benefícios adicionais por conta das enchentes registradas no ano passado, serão os maiores beneficiados (veja detalhes mais abaixo nessa reportagem). A vantagem obtida pelos estados se daria por conta da redução da taxa de juros de sua dívida com a União, calculada em cerca de R$ 800 bilhões. No formato anterior, a dívida era corrigida pelo que fosse menor: a taxa básica de juros ou a inflação oficial mais 4% de juros ao ano. Com as mudanças, a dívida continuará sendo corrigida pela inflação, mas com juros adicionais menores, de até 2% ao ano. O projeto também permite que os estados reduzam a até zero os juros adicionais. Para isso, os estados terão até o fim de 2025 para aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Caso os estados transfiram ativos à União, com empresas estatais, eles poderiam até mesmo contar com um saldo positivo, recebendo R$ 5,5 bilhões do governo federal. Nesse caso, porém, teriam de entregar ativos com valores expressivos, de até R$ 160 bilhões, ao governo federal. "Cabe destacar que os valores efetivos do impacto agregado só poderão ser estimados com precisão após cada um dos estados aderir ao Propag, pactuando as opções escolhidas quanto aos percentuais de aplicações no Fundo de Equalização e nas atividades especificas definidas na legislação e, também, o valor de amortização extraordinária efetivamente realizada", informou o Tesouro Nacional. Haddad x Zema Na última semana, o governador de Minas, Romeu Zema, criticou o governo federal por conta dos vetos indicados pelo governo na lei aprovada pelo Congresso, que trata da renegociação de suas dívidas. Na ocasião, ele afirmou que o governo federal quer os “estados paguem a conta de sua gastança”. “Com vetos ao Propag, o presidente Lula quer obrigar os mineiros a repassar R$ 5 bilhões a mais em 25/26, apesar do recorde de arrecadação federal: R$ 2,4 trilhões em 2024. É dinheiro pra sustentar privilégios e mordomias”, declarou ele, na ocasião. Ele mencionou, ainda, que enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o “Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência”. “Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem”, questionou. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou as redes sociais, também na semana passada, para responder críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. "O governador de Minas Gerais Romeu Zema usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade. Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora", escreveu Haddad. Haddad também citou, ao rebater Zema, a decisão do governador mineiro de elevar os salários do Executivo estadual, incluindo o seu próprio, em 300%. "O governador também parece ter se esquecido de outra informação: o veto citado por ele simplesmente pedia que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados. Em terceiro lugar, ele critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante a vigência do Regime de recuperação fiscal, inclusive", prosseguiu. Veja Mais
Em ano de COP30, ministro vai a Davos buscar investimentos em economia verde e transição energética, diz assessoria
Alexandre Silveira (Minas e Energia) representará o governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial. Brasil sediará, no segundo semestre, conferência internacional sobre mudanças climáticas. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, diz que governo pode adotar horário de verão em 2024 Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participará nesta semana do Fórum Econômico Mundial e defenderá investimentos externos na chamada economia verde e na transição energética. As informações foram divulgadas pela assessoria do ministério. O fórum ocorre em Davos (Suíça) e reúne líderes de todo o planeta para discutir diversos assuntos. O tema deste ano é "Colaboração para a Era Inteligente", e entre os tópicos de debate está "Salvaguardando o planeta". Começa em Davos, na Suiça, o Fórum Econômico Mundial Por meio desse tópico, o fórum propõe a seguinte discussão: "Como podemos catalisar ações em matéria de energia, clima e natureza através de parcerias inovadoras, aumento do financiamento e implantação de tecnologias de ponta?". Nos fóruns internacionais dos quais participa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido que o Brasil lidere, em nível global, as discussões sobre a proteção do meio ambiente e maneiras de os países mais ricos do mundo contribuírem para que os países em desenvolvimento possam proteger suas florestas. Nesse contexto, o governo Lula colocou o desenvolvimento sustentável e a transição energética entre os eixos centrais de discussão durante a presidência do G20 — organização que reúne as maiores economias do planeta — no ano passado. Além disso, para este ano, em que preside o Brics — grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo — o Brasil colocou entre os temas prioritários o seguinte tópico: "Aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas". Acordo de Paris Recém-empossado presidente dos EUA, Donald Trump, em seu primeiro dia na Casa Branca, retirou o país do Acordo de Paris, fruto das negociações da Conferência das Nações Unidas de 2015, na capital francesa, que levou a um acordo em que os países se comprometeram a adotar medidas para conter o aquecimento global. Em sua primeira passagem pela Casa Branca (2017-2020), Trump já havia retirado os EUA do acordo. Sucessor dele, o então presidente Joe Biden recolocou o país no acordo em 2021. Agora, porém, Trump voltou a retirar os EUA. Após o discurso de posse de Trump, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, divulgou nota na qual disse que o novo presidente americano confirmou "os prognósticos mais pessimistas". Marina acrescentou que o recém-empossado presidente americano fez anúncios "na contramão da defesa da transição energética, do combate às mudanças climáticas e da valorização de fontes renováveis na produção de energia". "Embora fosse algo já esperado, pelo que defendeu na campanha presidencial, vejo com enorme preocupação o anúncio de que o presidente pretende acabar com o Green New Deal, tirar os EUA do Acordo de Paris, retomar a indústria automotiva norte-americana sem dar prioridade para carros elétricos e valorizar o uso de combustíveis fósseis", acrescentou. Veja Mais
Entenda como fusão entre Gol e Azul pode afetar o preço das passagens aéreas
Negócio ainda precisa ser formalizado pelas empresas e aprovado pelos órgãos de regulação. Especialistas apontam barreiras à entrada de novas aéreas no Brasil, caso fusão seja concluída. A possível fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol pode colocar 60% do mercado nacional de aviação civil nas mãos de um único grupo econômico e aumentar o preço das passagens aéreas, segundo especialistas consultados pelo g1. A avaliação dos economistas é que a concentração da oferta de passagens em um único grupo econômico dá a possibilidade de aumentar o valor dos bilhetes. “Os incentivos de mercado são muito claros. Quando não tem concorrência, a tendência é o preço subir, é que algumas estratégias que são implementadas –e aí não é só preço-- não agradem ao consumidor, não agradem às autoridades. E aí essa é uma preocupação”, afirmou o professor de economia do Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Alessandro Oliveira. Juntas, Azul e Gol podem concentrar 60% do mercado nacional de aviação g1 Arte Para o economista e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), José Roberto Afonso, a consequência natural do negócio é o aumento das tarifas, já que as companhias estão endividadas. “Se você quer fazer um ajuste sem mudar o capital das empresas, o ajuste operacional significaria você conseguir vender as mesmas passagens por um valor mais caro porque você tem os mesmos aviões, os mesmos assentos e, no caso dessas duas empresas, uma dívida, principalmente em dólar, muito alta”, declarou. Isso teria efeito em todo mercado, uma vez que a Latam —única concorrente de peso para a Azul e Gol—também poderia acompanhar a alta. “Se você está se referindo à segunda maior concorrente, ela vai pensar sob o ponto de vista estratégico: o que será melhor para mim? Concorrer com essa empresa de 60% do mercado ou é melhor eu deixar que ela cobre um preço mais alto e eu me acomodo e cobro um preço mais alto também?”, indagou o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cleveland Prates. O professor explica que, na economia, isso é chamado de “coordenação tácita”. Ou seja, a empresa entende que é melhor se adaptar ao novo cenário no lugar de competir de forma mais acirrada. Aumenta oferta de passagens aéreas para o fim deste ano e início de 2025 Esta reportagem vai contar que: negócio depende de aprovação governo vê fortalecimento do setor pode nascer uma barreira à entrada de novas empresas Negócio depende de aprovação Na última quarta-feira (15), a Azul e a controladora da Gol, a Abra, anunciaram a celebração de um “memorando de entendimento”, sinalizando que pretendem realizar uma fusão. Para o negócio ser concluído, falta: celebrar os acordos definitivos; obter aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); concluir o plano de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos. Avião da Gol se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Reuters/Sergio Moraes O Cade é a instituição brasileira responsável por analisar a compra e venda de empresas relevantes, de forma a evitar abuso de poder de mercado –como aumento de preços e barreira à entrada de novas companhias. Ex-conselheiro do Cade, Cleveland Prates acredita ser difícil o conselho aprovar a operação da forma como foi apresentada. O especialista cita possíveis “remédios” que podem ser determinados pelo órgão, como a limitação de “vagas” nos aeroportos ou a venda de programa de fidelidade para outra companhia. Contudo, na avaliação de Prates, esses remédios podem fazer com que a operação deixe de ser atrativa para as empresas. Governo vê fortalecimento do setor No dia seguinte ao anúncio da operação, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que encara a possível fusão como uma "federação partidária", com manutenção de autonomia financeira e governança. Para Costa Filho, o governo precisa oferecer uma "mão amiga" para fortalecer o setor e preservar empregos. De acordo com o ministro, a pasta não vai permitir o incremento no preço das passagens aéreas. "Tanto Anac quanto ministério, todo nosso conjunto vai estar vigilante em relação ao preço da passagem aérea, para que isso não aconteça [o aumento]", disse em conversa com jornalistas. O preço das passagens aéreas é livre, definido pelo mercado, e não fixado pelo governo. “A única coisa que o governo pode fazer é baixar impostos e pedir que as companhias repassem para os preços”, afirma o professor do IDP. Ele lembra, contudo, que hoje o setor tem isenção fiscal, mas, com a reforma tributária, passará a ser cobrado pela alíquota geral, aumentando a sua carga de impostos. Barreira à entrada de novas empresas Outra consequência apontada pelos especialistas é a barreira à entrada de novas empresas aéreas no Brasil. Isso se daria por alguns fatores: concentração das “vagas” --ou “slots”, no jargão do setor—nos principais aeroportos maior escala para fidelizar consumidores “Existem diversos atributos nas mãos das companhias aéreas que elas mesmas eficientemente conseguiram implementar, que são todas essas taxas e itens do pacote tarifário que cada passageiro compra que pode muito bem ir sendo ajustado de forma a solidificar o poder de mercado das empresas”, declarou o professor do ITA. Segundo Oliveira, as vagas nos aeroportos também são um fator relevante para impedir a entrada de novas empresas. De acordo com ele, a fusão pode criar uma empresa “ultra dominante” no mercado doméstico. O que disseram as empresas Azul e Gol se manifestaram ao g1: GOL - "O MoU [Memorando de Entendimento] representa uma fase inicial de um processo de tratativas entre Abra e Azul para explorar a viabilidade de uma possível negociação, por este motivo detalhes ainda serão discutidos e submetidos às autoridades competentes." AZUL - Em entrevista ao g1, o CEO da Azul, John Rodgerson, disse que fusão vai aumentar a conectividade no país, reduzir custos e, por consequência, preço das passagens. "Há 100 aeroportos no Brasil que só a Azul opera. Mas tive que fechar algumas dessas cidade porque não tinha demanda suficiente e o que vai trazer benefício para o consumidor é mais cidades atendidas e mais conectividade, então isso que estamos prevendo com essa fusão", declarou. Questionado sobre as "vagas" ou "slots" nos aeroportos, o executivo afirma que o único aeroporto que não suporta novas companhia é Congonhas, em São Paulo. "O que eu diria é que tem um aeroporto nesse país que tem problema de slot e é Congonhas. E nós temos que entender que o Brasil é muito maior que Congonhas", disse. Veja Mais
Mega-Sena pode pagar R$ 7 milhões nesta terça-feira
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.818 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 7 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (21), em São Paulo. No concurso do último sábado (18), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
VÍDEOS: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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Bolsa Família 2025: pagamentos de janeiro começam nesta segunda; veja calendário
Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Ministro Luiz Fux determina adoção de medidas para impedir apostas com recursos do Bolsa Família A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de janeiro do Bolsa Família 2025 nesta segunda-feira (20). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para janeiro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 20/1 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/1 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/1 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/1 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/1 Final do NIS: 6 - pagamento em 27/1 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/1 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/1 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/1 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/1 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Fevereiro: de 17/2 a 28/2; Março: de 18/3 a 31/3; Abril: de 15/4 a 30/4; Maio: de 19/5 a 30/5; Junho: de 16/6 a 30/6; Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 18/8 a 29/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 20/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Veja Mais
Com recuo do governo, mais de 200 instituições financeiras continuam sem obrigação de enviar dados do PIX à Receita Federal
As chamadas 'fintechs' e as instituições de pagamento continuarão sem ter a obrigatoriedade de ter de enviar os dados sobre movimentação financeira, incluindo PIX e cartão de crédito, à Receita Federal. Governo recuou de regra de ampliava a fiscalização sobre movimentações financeiras Getty Images via BBC Com o recuo do governo nas regras de fiscalização do PIX, mais de 200 instituições financeiras continuarão sem a obrigatoriedade de ter de enviar os dados da movimentação financeira dos seus clientes à Receita Federal. São as "fintechs" e as instituições de pagamentos que operam no PIX. Elas estão listadas no site do Banco Central. ENTENDA A mudança da regras anunciada no começo do ano pelo governo obrigava todas empresas financeiras, passando a englobar as "fintechs" e as instituições de pagamento, a enviar os dados do PIX ao Fisco para valores globais acima de R$ 5 mil (pessoas físicas) e R$ 15 mil (empresas) por mês. Entretanto, com a decisão de revogar a ampliação da fiscalização diante de fake news e pressão nas redes sociais, essas empresas ("fintechs" e instituições de pagamento) não precisarão mais repassar os dados do PIX, e também de cartões de crédito, ao governo. ???? As "fintechs", que reúnem milhões de clientes, são empresas que oferecem produtos financeiros inovadores, como novos meios de pagamento e cartões de crédito. ????As instituições de pagamento (IP) são empresas que viabilizam compra, venda e movimentação de recursos, mas não oferecem empréstimos e financiamentos a seus clientes. ????Varejistas de grande porte, bancos virtuais, carteiras digitais e as "maquininhas", entre outros, são alguns exemplos de "fintechs" e instituições de pagamento. ????Entre as instituições de pagamento e as "fintechs", estão empresas como o Mercado Pago, o Nubank, o PagSeguro, a PicPay e a Shopee. Os grandes bancos continuarão obrigados a repassar as informações. Governo revoga norma da Receita que aumentava fiscalização sobre o PIX De acordo com interlocutores do governo, embora não haja obrigatoriedade das "fintechs" e das instituições de pagamento fornecerem à Receita Federal dados sobre a movimentação financeira dos contribuintes, boa parte das empresas já presta essas informações. Limites menores Com o recuo do governo, os limites anteriores de envio das movimentações financeiras (incluindo PIX e cartão de crédito) também serão retomados. Eles valem normalmente para os grandes bancos. São eles: superior a R$ 2 mil, para pessoas físicas; superior a R$ 6 mil, para empresas. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também editou uma medida provisória que define que transferências financeiras via PIX não podem ser tributadas ou sobretaxadas. Governo edita MP assegurando igualdade entre pix e dinheiro vivo Pequeno empreendedor Segundo o presidente do Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro Silva, o objetivo do governo, com a ampliação da fiscalização, era buscar dados sobre contribuintes que que não tinham acesso aos bancos tradicionais, mas que passaram a ter contas para vender seus produtos. Estes optaram, em sua maioria, pelas instituições de pagamento, que ofertam as maquininhas, por exemplo. "Esse pequeno, embora esteja irregular e deva ir para o MEI [microempreendedor individual], não precisa perder o sono. Provavelmente, a Receita não vai atrás. Vai olhar só os casos mais relevantes (...) Ele não se deve misturar sua vida pessoal com sua vida de empreendedor, tem que ter uma conta e PIX próprio pessoal e outro para a empresa. E não emprestar a conta corrente para alguém fazer depósito, assim como não deve emprestar cartão de crédito", disse Mauro Silva, do Unafisco. Em entrevista ao g1, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, negou que as mudanças na fiscalização das movimentações financeiras, incluindo o PIX, já revogadas, teriam por objetivo autuar os pequenos empresários do país. "É exatamente o contrário, a gente não tem nem condição de fiscalizar dezenas de milhões de pessoas que movimentam valores baixos. A gente quer é automatizar isso para poder melhor orientar esse tipo de contribuinte a se regularizar, por exemplo. Se a pessoa não tem uma empresa aberta, ela pode abrir um MEI, alguma coisa assim. Mas não tem nem sentido a Receita Federal ir para a fiscalização repressiva nesses casos", disse o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, na semana passada. 67% acreditam que governo cobraria taxa sobre PIX, diz Quaest Veja Mais
Mecânico de aeronaves, neuropsicólogo e mais cargos que estarão em alta em 2025, segundo o LinkedIn
Levantamento tem como objetivo ajudar trabalhadores brasileiros a tomar decisões profissionais; carreira de 'diretor de receita', na área de vendas, lidera o ranking. Mecânico de aeronaves está entre as profissões em alta para 2025 no Brasil Pandu Agus Wismoyo/Unsplash Mecânico de aeronaves, especialista em precificação e neuropsicólogo são alguns dos cargos que estarão em alta em 2025 no Brasil, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo LinkedIn nesta semana. Essa lista com 25 profissões é compartilhada todos os anos pela plataforma. Para fazê-la, pesquisadores do LinkedIn analisam dados dos usuários sobre as vagas que ocupam e classificam os cargos que mais cresceram nos últimos três anos. Neste ano, o primeiro lugar do ranking ficou com a carreira de diretor de receita, um profissional que alinha as equipes de marketing e vendas para maximizar as oportunidades de crescimento de uma empresa, explica a rede social. Em 2024, havia ocupado o primeiro lugar da lista (pelo segundo ano seguido) o cargo de analista de privacidade. Entre outras funções, o profissional avalia riscos relacionados a dados sensíveis das empresas. Neste ano, a profissão não aparece no ranking. Por outro lado, ganharam destaque funções como a de assistente de eventos e agente de viagens, mostrando a retomada do setor de turismo e lazer no país. Além de classificar os empregos em alta, a lista do LinkedIn traz detalhes sobre as atribuições dos cargos e as cidades brasileiras com mais contratações. (veja a lista completa abaixo) O objetivo do levantamento é "ajudar os profissionais a entenderem as tendências e a se prepararem para as oportunidades que estão por vir, seja para consolidar suas posições nas áreas em que já atuam ou para planejar uma transição de carreira", afirma Guilherme Odri, editor-chefe do LinkedIn Notícias Brasil. G1 em 1 Minuto: Pesquisa lista profissões em alta para 2025 ???? Empregos em alta para 2025 1. Diretor(a) de receita O que faz: lidera os processos geradores de receita em uma empresa, garantindo o alinhamento das equipes de marketing e vendas para maximizar as oportunidades de crescimento. Competências mais comuns: geração de receitas, gestão de vendas Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, atividades dos serviços de tecnologia da informação, atividades de consultoria em gestão empresarial Cidades com mais contratações: São Paulo, Florianópolis e Campinas Divisão por gênero de contratados em 2024: 18,25% mulheres; 81,75% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 7,8 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: diretor de operações, chefe de vendas, diretor comercial 2. Engenheiro(a) de segurança de processo O que faz: analisa e implementa medidas para prevenir acidentes, lesões e danos ao meio ambiente em processos industriais, garantindo a conformidade com as regulamentações de segurança e os padrões da indústria. Competências mais comuns: segurança de processos, estudo de perigos e operabilidade (HAZOP), análise de riscos Setores mais comuns: extração de petróleo e gás natural, atividades de consultoria em gestão empresarial, obras de infraestrutura Cidades com mais contratações: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador Divisão por gênero de contratados em 2024: 53,54% mulheres; 46,46% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 5,8 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: analista de segurança, engenheiro químico, engenheiro de operações Disponibilidade de vagas híbridas: 25% 3. Neuropsicólogo(a) O que faz: especialista no relacionamento entre função cerebral, comportamento e habilidade cognitiva, trabalha em parceria com outros profissionais da medicina para tratar distúrbios mentais e neurológicos. Competências mais comuns: avaliação neuropsicológica, neuropsicologia, psicologia clínica Setores mais comuns: consultórios médicos, atividades de recreação e lazer, atividades de organizações sem fins lucrativos Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 81,25% mulheres; 18,75% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2,9 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: psicólogo, psicólogo organizacional, psicólogo clínico 4. Assistente de eventos O que faz: apoia o planejamento e a execução de eventos presenciais e virtuais, cuidando de tarefas logísticas, coordenando com fornecedores e garantindo uma boa experiência para os participantes. Competências mais comuns: planejamento de eventos, eventos corporativos, produção de eventos Setores mais comuns: hotelaria, serviços de organização, produção e promoção de eventos, educação superior Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 71,23% mulheres; 28,77% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2,3 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: auxiliar de reservas, assistente administrativo, assistente comercial Disponibilidade de vagas híbridas: 16,67% 5. Assistente de patologia O que faz: coleta e prepara amostras médicas para teste, realiza procedimentos administrativos e, em alguns casos, auxilia em processos de autópsia. Competências mais comuns: coleta de sangue, análises clínicas, patologia clínica Setores mais comuns: consultórios médicos, atividades veterinárias, saúde humana e serviços sociais Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis Divisão por gênero de contratados em 2024: 80,57% mulheres; 19,43% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: auxiliar de laboratório, técnico de laboratório clínico, assistente administrativo 6. Psicólogo(a) pediátrico(a) O que faz: analisa o comportamento de crianças e adolescentes, oferecendo terapia, avaliações e intervenções para questões de desenvolvimento, emocionais e comportamentais. Competências mais comuns: psicologia clínica, psicoterapia, avaliação psicológica Setores mais comuns: consultórios médicos, atividades de recreação e lazer, atividades de associações de defesa de direitos sociais Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Campinas Divisão por gênero de contratados em 2024: 80,24% mulheres; 19,76% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 1,2 ano em média Principais cargos ocupados antes da contratação: analista de RH, assistente de RH, assistente social Disponibilidade de vagas remotas: 7,14% Disponibilidade de vagas híbridas: 28,60% 7. Especialista em geração de leads O que faz: identifica e cultiva potenciais clientes para os produtos ou serviços de uma empresa, muitas vezes utilizando pesquisas de mercado, networking e estratégias de prospecção para gerar interesse e criar oportunidades de vendas. Competências mais comuns: geração de leads, email marketing, marketing B2B Setores mais comuns: seguros e previdência complementar, atividades dos serviços de tecnologia da informação, tecnologia, informação e Internet Cidade com mais contratações: São Paulo Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2,2 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: especialista em desenvolvimento de negócios, professor, comprador de mídia Disponibilidade de vagas remotas: 66,67% Disponibilidade de vagas híbridas: 33,33% 8. Assistente social O que faz: ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade, analisando a situação específica e identificando os recursos disponíveis, além de trabalhar na prevenção e enfrentamento desses problemas. Competências mais comuns: análise de comportamento aplicada, psicologia, distúrbios do espectro do autismo Setores mais comuns: consultórios médicos, Atividades de recreação e lazer, Saúde humana e serviços sociais Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Porto Alegre Divisão por gênero de contratados em 2024: 84,55% mulheres; 15,45% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 1,8 ano em média Principais cargos ocupados antes da contratação: professor, assistente em sala de aula, psicólogo 9. Analista de centro de operações de segurança O que faz: trabalha para prevenir ataques à infraestrutura de TI da empresa, monitorando incidentes, avaliando vulnerabilidades e respondendo às ameaças à medida que elas surgem. Competências mais comuns: gestão de informações e eventos de segurança (SIEM), cibersegurança, IBM QRadar Setores mais comuns: atividades dos serviços de tecnologia da informação, mídia e telecomunicações, tecnologia, informação e internet Cidades com mais contratações: São Paulo, Curitiba e Brasília Divisão por gênero de contratados em 2024: 8,66% mulheres; 91,34% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 3,5 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: analista de segurança da informação, analista de rede, analista de suporte Disponibilidade de vagas remotas: 24% Disponibilidade de vagas híbridas: 64% 10. Bibliotecário(a) O que faz: organiza, seleciona e administra informações em mídias físicas e digitais, ajudando usuários e empresas a ter acesso ao conteúdo. Competências mais comuns: gestão de bibliotecas, biblioteconomia, catalogação Setores mais comuns: educação superior, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, tecnologia, informação e internet Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Divisão por gênero de contratados em 2024: 76,36% mulheres; 23,64% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4,4 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: professor, assistente de biblioteca, assistente de arquivo 11. Especialista em folha de pagamento O que faz: garante que a folha de pagamentos da empresa seja processada de forma precisa e dentro do prazo, em conformidade com a legislação tributária e trabalhista. Competências mais comuns: administração de folha de pagamento, sistema ADP de folha de pagamento, recursos humanos (RH) Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, atividades de consultoria em gestão empresarial, atividades de contabilidade Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Goiânia Divisão por gênero de contratados em 2024: 77,11% mulheres; 22,89% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 6,2 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: gerente de recursos humanos, coordenador de folhas de pagamento, auxiliar administrativo Disponibilidade de vagas remotas: 15,52% Disponibilidade de vagas híbridas: 27,59% 12. Analista de saúde O que faz: coleta e analisa dados de cuidados de saúde, interpretando-os para ajudar as organizações a aumentar sua eficiência e a aprimorar os resultados de saúde de pacientes. Competências mais comuns: saúde ocupacional, gestão de serviços de saúde, capacidade analítica Setores mais comuns: atividades de recreação e lazer, atividades de organizações sem fins lucrativos, saúde humana e serviços sociais Cidades com mais contratações: Belo Horizonte, São Paulo e Brasília Divisão por gênero de contratados em 2024: 78,97% mulheres; 21,03% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4,3 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: assistente administrativo, analista administrativo, técnico de enfermagem Disponibilidade de vagas remotas: 3,85% Disponibilidade de vagas híbridas: 42,31% 13. Executivo(a) de desenvolvimento de negócios O que faz: ajuda a definir as estratégias de vendas e crescimento de uma empresa, com foco em sua agilidade futura, identificando novas oportunidades e potenciais clientes. Competências mais comuns: desenvolvimento estratégico de negócios, gestão de vendas, desenvolvimento de novos negócios Setores mais comuns: atividades dos serviços de tecnologia da informação, tecnologia, informação e internet, atividades de consultoria em gestão empresarial Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 35,84% mulheres; 64,16% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 6 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: gerente comercial, consultor de vendas, executivo comercial Disponibilidade de vagas remotas: 36,67% Disponibilidade de vagas híbridas: 36,67% 14. Técnico(a) em audiovisual O que faz: configura, opera e faz a manutenção dos equipamentos audiovisuais utilizados em eventos e outras produções. Competências mais comuns: sistemas audiovisuais, edição de vídeo, edição de áudio Setores mais comuns: atividades dos serviços de tecnologia da informação, educação superior, mídia e telecomunicações Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Divisão por gênero de contratados em 2024: 20,54% mulheres; 79,46% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2,7 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: técnico de som, técnico de áudio, editor | Disponibilidade de vagas híbridas: 25% 15. Líder de gerenciamento de projetos O que faz: coordena e supervisiona projetos desde a concepção até a conclusão, garantindo que sejam entregues no prazo, dentro do orçamento e com qualidade. Competências mais comuns: coordenação de projetos, gestão de equipes, gestão ágil de projetos Setores mais comuns: atividades de consultoria em gestão empresarial, publicidade e propaganda, tecnologia, informação e internet Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 44,30% mulheres; 55,70% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 5,8 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: chefe de marketing, gerente operacional, gestão de qualidade 16. Executivo(a) de vendas O que faz: ajuda a definir a estratégia de vendas da empresa, administra relações com consumidores e é responsável por liderar a equipe de vendas. Competências mais comuns: SPIN Selling, vendas presenciais, fechamento de negócios Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, atividades de consultoria em gestão empresarial, publicidade e propaganda Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 46,70% mulheres; 53,30% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 0,9 ano em média Principais cargos ocupados antes da contratação: vendedor, analista comercial, vendas internas Disponibilidade de vagas remotas: 38,50% Disponibilidade de vagas híbridas: 11,50% 17. Engenheiro(a) de produção O que faz: supervisiona o processo de fabricação, trabalhando para melhorar a sua eficiência, qualidade e segurança, ao mesmo tempo que reduz os custos e garante que os produtos atendam às especificações. Competências mais comuns: 5S, Microsoft Project, Ciclo PDCA Setores mais comuns: extração de petróleo e gás natural, atividades de consultoria em gestão empresarial, obras de infraestrutura Cidades com mais contratações: Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 29,52% mulheres; 70,48% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4,2 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: supervisor de produção, analista de processos, assistente administrativo Disponibilidade de vagas remotas: 5,56% Disponibilidade de vagas híbridas: 8,33% 18. Agente de viagens O que faz: planeja itinerários e organiza viagens para indivíduos, grupos e empresas, oferecendo orientação personalizada e informações práticas e culturais pertinentes. Competências mais comuns: turismo, planejamento de viagens, gestão de viagens Setores mais comuns: planejamento, assessoramento e organização de viagens, tecnologia, informação e internet, atividades dos serviços de tecnologia da informação Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 68,01% mulheres; 31,99% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 3,4 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: vendedor, representante de atendimento ao cliente, consultor de vendas Disponibilidade de vagas remotas: 5,56% Disponibilidade de vagas híbridas: 30,56% 19. Engenheiro(a) de custos O que faz: analisa a viabilidade econômica de um projeto, elabora orçamentos detalhados e monitora o desempenho financeiro ao longo da execução, controlando eventuais mudanças. Competências mais comuns: gestão de custos, construção civil, Microsoft Project Setores mais comuns: obras de infraestrutura, atividades dos serviços de tecnologia da informação, atividades de consultoria em gestão empresarial Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Divisão por gênero de contratados em 2024: 37,11% mulheres; 62,89% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4,1 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: assistente de engenheiro, engenheiro de planejamento, gerente de construção Disponibilidade de vagas remotas: 25% Disponibilidade de vagas híbridas: 12,5% 20. Especialista em operações logísticas O que faz: coordena e supervisiona o armazenamento, transporte e entrega de mercadorias para garantir operações eficientes na cadeia de suprimentos. Competências mais comuns: gestão logística, armazenagem, logística reversa Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, transporte rodoviário de carga, fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte de cargas e pessoas Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 27,22% mulheres; 72,78% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: coordenador de logística, operador de logística, auxiliar administrativo 21. Coordenador(a) de segurança do trabalho O que faz: desenvolve e implementa programas de segurança no trabalho, realizando treinamentos e monitorando a conformidade com a legislação. Competências mais comuns: SSMA (Saúde, segurança e meio ambiente), saúde ocupacional, ISO 14001 Setores mais comuns: atividades de consultoria em gestão empresarial, obras de infraestrutura, fabricação de produtos químicos Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 32,03% mulheres; 67,97% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 6,3 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: coordenador de segurança, especialista em ambiente, saúde e segurança, engenheiro de segurança Disponibilidade de vagas híbridas: 17,5% 22. Mecânico(a) de aeronaves O que faz: inspeciona e faz manutenção preventiva e corretiva de aviões, helicópteros e veículos relacionados. Competências mais comuns: manutenção de aeronaves, sistemas de aeronaves, setor de aviação Setores mais comuns: transporte aéreo, fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte de cargas e pessoas, defesa e relações exteriores Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 4,88% mulheres; 95,12% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 5,7 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: técnico mecânico, eletricista, assistente de manutenção 23. Especialista em precificação O que faz: define e ajusta os preços dos produtos ou serviços de uma empresa com base em fatores como custos de produção, demanda e estratégia corporativa. Competências mais comuns: estratégia de preço, otimização de preços, capacidade analítica Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, atividades dos serviços de tecnologia da informação, fabricação de produtos alimentícios e bebidas Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 45,71% mulheres; 54,29% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 1,2 ano em média Principais cargos ocupados antes da contratação: analista de produtos, supervisor de preços, analista de planejamento Disponibilidade de vagas remotas: 6,67% Disponibilidade de vagas híbridas: 55,6% 24. Representante de marketing de campo O que faz: promove e vende produtos ou serviços de uma empresa presencialmente, fortalecendo o relacionamento com clientes e parceiros locais. Realiza visitas a estabelecimentos, demonstra casos de uso, organiza eventos promocionais e coleta feedbacks do mercado para aprimorar estratégias de marketing e expandir a presença da marca. Competências mais comuns: vendas de produtos farmacêuticos, farmacêutica, planejamento de mercado Setores mais comuns: fabricação de produtos químicos, atividades de recreação e lazer, atividades veterinárias Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Divisão por gênero de contratados em 2024: 55,96% mulheres; 44,04% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 5,9 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: consultor de vendas, gerente de relacionamento, gerente de farmácia Disponibilidade de vagas remotas: 4,23% Disponibilidade de vagas híbridas: 5,63% 25. Analista de sustentabilidade O que faz: avalia os esforços de uma organização em questões ambientais, sociais e de governança (ESG) e identifica oportunidades de promover maior eficiência, uso responsável de recursos e impacto social positivo. Competências mais comuns: relatórios de sustentabilidade, Investimento socialmente responsável, desenvolvimento sustentável Setores mais comuns: atividades de consultoria em gestão empresarial, fabricação de produtos alimentícios e bebidas, agricultura Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 67,47% mulheres; 32,53% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 3,3 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: assistente ambiental, analista de qualidade, analista ambiental Disponibilidade de vagas remotas: 9,62% Disponibilidade de vagas híbridas: 36,54% Veja Mais
Trump suaviza tom e diz que 'preferiria' evitar imposição de tarifas sobre a China
Declaração vem após o republicano afirmar repetidamente, durante sua campanha eleitoral, que aumentaria em até 60% a tributação de produtos do país asiático. Trump assina decretos Jim WATSON / POOL / AFP O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (23) que "preferiria" evitar a imposição de tarifas sobre a China. A declaração veio após o republicano afirmar repetidamente, durante sua campanha eleitoral, que aumentaria as tarifas sobre produtos do seu principal rival econômico. Perguntado em uma entrevista à Fox News se é possível firmar acordos com o líder chinês, Xi Jinping, sobre a ilha de Taiwan e a questão comercial, Trump respondeu: "Eu posso fazer isso porque tenho algo que eles querem: uma mina de ouro". "Temos um grande poder sobre a China: as tarifas. E eles não as querem. Isso é um tremendo poder sobre o país", declarou o republicano. LEIA TAMBÉM: Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Trump e quais os impactos para o Brasil Presidente cria sua 'memecoin' e valor dispara; entenda se ele pode criar uma criptomoeda Trump mira consumidor e prevê baratear energia nos EUA com exploração de petróleo e gás Após tomar posse na segunda-feira (20), Trump disse que seu governo planeja impor tarifas de 10% sobre os produtos da China, a segunda maior economia do mundo, a partir de 1º de fevereiro. Durante sua campanha para a Casa Branca, ele disse que essas tarifas poderiam chegar a 60%. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático, Mao Ning, disse nesta sexta-feira (24) que os dois países podem resolver suas diferenças por meio do "diálogo". "A cooperação econômica e comercial entre a China e os Estados Unidos é benéfica para ambos os lados", disse ela, declarando que seu país nunca busca deliberadamente ter um superávit comercial. "As guerras comerciais e tarifárias não têm vencedores e não servem aos interesses de ninguém", acrescentou. Donald Trump vira centro das atenções após discurso no Fórum Econômico Mundial Veja Mais
Veja quais alimentos do prato feito tiveram maior aumento de preço no país
Inflação dos alimentos é tema de debate no governo, que busca medidas para tentar baixar os preços. Prévia da inflação em janeiro indica que alimentação e bebidas continuam a pressionar alta no índice geral Inflação do prato feito em 2024 Arte g1 O aumento do preço dos alimentos deixou o prato feito do brasileiro mais caro no ano passado e continua a pressionar a inflação do país em janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação , divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Afetados pelo calor e pela seca, segundo especialistas ouvidos pelo g1, os alimentos e bebidas registraram alta de 7,69% em 2024 - acima da inflação geral, que ficou em 4,83%, segundo o IBGE. A inflação dos alimentos tem sido um tema frequente de debate no governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou ministros da área, nesta sexta, para debater possíveis ações que possam contribuir com a queda no preço. Além de piorar a avaliação do presidente, o aumento também pressiona por altas de juros por parte do Banco Central. Rui Costa diz que governo cogita reduzir imposto de importação de alguns alimentos Alta no preço dos alimentos deixa governo em alerta; Em Ponto entrevista Samuel Pessôa A prévia da inflação de janeiro mostrou um avanço de 1,06% do preço dos alimentos e bebidas no mês e contribuiu para que o índice geral registrasse alta de 0,11%. Alimentos como as carnes (1,93%), frango (1,99%) e alface (1,15%) seguiram o viés de alta que apresentaram em 2024. Além disso, cebola (4,78%) e tomate (17,12%) tiveram aumento de preço no mês após registrarem quedas expressivas. O Brasil registrou o ano mais quente da história em 2024. Os preços mais altos foram consequência de problemas na produção que foram motivados pelo clima extremo, com muito calor, seca prolongada e enchentes que afetaram o sul do país. Para explicar a alta dos preços de alguns dos alimentos, o g1 ouviu especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/ Esalq - USP). Veja abaixo ??. Laranja: baixo estoque e doença em pomares A alta da laranja em 2024 tem como explicação o calor, a seca e o greening, doença que afeta pomares principalmente de São Paulo e Minas Gerais. “É uma doença séria que está em crescimento exponencial”, diz Renato Garcia Ribeiro, do Cepea, sobre o greening. O valor da laranja-pera subiu 48,3% no ano; no caso da laranja-lima, a disparada foi de 91%. Os problemas na produção prejudicaram a oferta, aumentando a demanda e o preço da fruta. Como o g1 mostrou em agosto, o cenário desfavorável fez com que os estoques de suco de laranja ficassem tecnicamente zerados. Tudo isso indica que os preços não devem cair em curto prazo, segundo Renato Ribeiro. Mas há pelo menos um indício positivo: o clima mais úmido e menos quente que marcou as primeiras semanas do ano. Caso a condição persista, a oferta de frutas pode aumentar, diz o especialista. Café e carne com preço nas alturas Essa ligeira melhora no clima, no entanto, ainda está longe de compensar os estragos causados pelas temperaturas e condições extremas dos últimos meses. As safras do café, por exemplo, já haviam sido prejudicadas por intempéries como geadas e ondas de calor em anos anteriores, e a situação não melhorou em 2024. Além disso, fatores externos, como a crise na produção do Vietnã, elevaram a demanda internacional pela bebida – cujo maior exportador mundial é o Brasil. Essa junção de elementos elevou o preço do café às alturas no ano passado – e, segundo especialistas ouvidos pelo g1, a perspectiva é que ele continue alto até 2026. A situação da carne é parecida. O preço disparou 20,8% no ano passado, a maior alta desde 2019, e não há expectativa de queda. Cortes populares como o acém (25,2%), patinho (24,1%) e contrafilé (20%) foram os destaques. Quatro fatores ajudam a explicar a disparada de preços, segundo economistas consultados pelo g1 no final de 2024: Ciclo pecuário: após dois anos de muitos abates, a oferta de bois vai começar a diminuir no campo; Clima: seca e queimadas prejudicaram a formação de pastos, principal alimento do boi; Exportações: Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo e vem batendo recordes de vendas; Renda: queda do desemprego e valorização do salário mínimo estimularam compras de carnes. Segundo os analistas, esses fatores também indicam que o preço não deverá baixar em 2025, e a alta pode se estender até 2026. Carne de segunda? Conheça o shoulder, uma alternativa para um churrasco mais barato Leite também subiu A pecuária leiteira foi mais uma atingida pela seca muito forte, ondas de calor, queimadas e enchentes, como explica Natália Grigol, especialista do Cepea. “Tudo isso exigiu maior aporte de investimento e limitou o crescimento da atividade”, diz ela. Assim como a laranja, o leite também teve problemas de oferta que são consequência da produção baixa em anos anteriores. Mesmo mostrando alguma recuperação em 2024, segundo a especialista, a demanda do consumidor ainda permanece grande, o que estimula a alta de 18,8% no preço do leite longa vida, por exemplo, em 12 meses. Natália afirma que 2024 foi atípico porque a elevação de preço que ocorre próximo à metade do ano, uma flutuação sazonal, durou mais tempo do que o normal. “E a oferta perdeu ritmo justamente por causa da variação climática”, pontua. Inflação do café da manhã em 2024 Arte g1 De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior Veja Mais
Mesmo com disparada do dólar, gasto de brasileiros no exterior tem aumento em 2024
Apesar do pequeno crescimento no ano passado, despesas de brasileiros lá fora ainda não atingiram o patamar registrado antes da pandemia da Covid-19. Ao mesmo tempo, gastos de estrangeiros no Brasil batem recorde histórico. Brasileiros aumentaram viagens ao exterior em 2024 apesar da alta do dólar Reprodução/EPTV Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 14,82 bilhões no ano de 2024, o que representa pequeno crescimento na comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Banco Central. A alta aconteceu apesar da disparada do dólar, que registrou forte crescimento de 27% em 2024. Imposto sobre compras no exterior fica mais barato Passagens, despesas com hotéis e gastos com produtos e serviços no exterior, por exemplo, são influenciados ou cotados em moeda estrangeira. Com isso, quando o dólar está alto, os brasileiros acabam gastando mais com esses itens. Além do dólar, as despesas de brasileiros lá fora também sofrem impacto de outros fatores, como o nível de atividade econômica. Se o país cresce mais, a renda também avança, favorecendo gastos no Brasil e no exterior. Apesar do crescimento em 2024, as despesas de brasileiros no exterior ainda não atingiram o patamar pré-pandemia da Covid-19. Nos três anos antes da pandemia, as despesas no exterior oscilaram por volta de US$ 18 bilhões a US$ 19 bilhões por ano. Estrangeiros no Brasil Turistas de todo o Brasil e do exterior vêm curtir a folia em Olinda Luna Markman / G1 Ao mesmo tempo, os números do BC também mostram um aumento nos gastos de estrangeiros com viagens no Brasil, que somaram US$ 7,34 bilhões no ano passado - batendo recorde histórico. A série histórica para os gastos de estrangeiros no Brasil tem início em 1995. A alta das despesas de estrangeiros no país foi de 6,3% na comparação com 2023 - quando essa despesa somou US$ 6,9 bilhões (recorde anterior). As despesas de estrangeiros no Brasil são favorecidas, entre outros fatores, pela alta do dólar, que barateia suas compras no país (uma vez que a moeda norte-americana, convertida, vale mais Reais). De acordo com dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o Brasil fechou 2023 tendo registrado, aproximadamente, a visita 6,65 milhões de turistas internacionais, o que configura o "melhor resultado da história para o turismo internacional no Brasil". “Esse crescimento expressivo que tivemos em 2023 e 2024 vai se manter nos próximos anos, e o turismo brasileiro começa a virar uma página importante de deixar de ser um potencial para se tornar uma realidade, um segmento da economia protagonista na geração de emprego e renda, de atração de receitas internacionais, e modelo de um desenvolvimento econômico que pode ser aliado do meio ambiente”, afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Veja Mais
Ibama publica edital de concurso com 460 vagas e salário de até R$ 9,9 mil; veja como participar
Seleção vai preencher oportunidades para Analista Administrativo e Analista Ambiental. Em ambos os cargos, são aceitos diplomas de nível superior em qualquer área de formação. Seleção para o Ibama vai preencher oportunidades para Analista Administrativo e Analista Ambiental. Vinícius Mendonça/Ibama O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicou, nesta sexta-feira (24), o edital com as regras para o novo concurso público. Estão sendo ofertadas 460 vagas de nível superior, com remuneração inicial de até R$ 9,9 mil. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. As oportunidades são para os cargos de Analista Administrativo e de Analista Ambiental. O processo seletivo está sendo organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). ?? VEJA O EDITAL COMPLETO A realização do concurso já havia sido autorizada pelo Ministério da Gestão, em agosto. O ultimo concurso do Ibama aconteceu em 2021, quando foram preenchidas 568 vagas em cargos de nível médio e superior. Dessa vez, as oportunidades do Ibama estão dividas da seguinte forma: 130 vagas para o cargo de Analista Administrativo e 330 vagas para o cargo de Analista Ambiental, distribuídas por várias regiões do país e na sede de empresa, em Brasília (DF). Entenda a distribuição das oportunidades: Em ambos os cargos, a remuneração inicial é de R$ 9.994,60. São aceitos diplomas de nível superior em qualquer área de formação. A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais. Do total de vagas a serem preenchidas, 20% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 5% para pessoas com deficiência. Conforme o edital, o processo seletivo terá as seguintes etapas: Provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório; Prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório; Avaliação de títulos, de caráter classificatório. As inscrições deverão ser feitas via internet. O prazo para inscrição começa às 10h do dia 30 de janeiro e vai até as 18h do dia 18 de fevereiro. Os interessados devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). A taxa de inscrição é de R$ 95,00 para ambos os cargos. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa (veja o cronograma completo abaixo). As provas objetivas e discursivas estão previstas para 06 de abril, em todas as capitais do país e no Distrito Federal. As avaliações terão duração de 4 horas e 30 minutos e serão realizadas no turno da tarde, impedindo que os candidatos possam concorrer aos dois cargos. Cronograma do concurso ???? Inscrições: 30/1 a 18/2/2025 Solicitação de isenção da taxa de inscrição: 30/1 a 5/2/2025 Data limite de pagamento das inscrições: 20/2/2025 Divulgação dos locais de provas: 21/3/2025 Aplicação das provas: 6/4/2025 Consulta individual aos gabaritos: 8 a 10/4/2025 Divulgação preliminar da prova discursiva: 8/4/2025 Divulgação dos gabaritos das provas objetivas: 11/4/2025 Resultado final das provas objetivas e provisório da prova discursiva: 7/5/2025 LEIA TAMBÉM: ICMBio reabre inscrições para concurso com 350 vagas e salários de até R$ 8,8 mil Concurso MPU: edital é retificado e número de vagas sobe para 172 Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso? Veja Mais
GM vai lançar 5 carros em 2025, incluindo elétrico de origem chinesa
Lançamentos incluem renovação de carros já existentes, além de modelos completamente novos. O elétrico Spark EUV é um deles e é um projeto de origem chinesa. Spark EUV aqui, Baojun Yep Plus na China, será lançado no Brasil em 2025 divulgação/GM A GM anunciou nesta quinta-feira (23) seu plano de lançamentos para 2025. A companhia trará cinco carros, dividindo os anúncios em segmentos onde já atua e outros sem seus modelos, sendo estes projetos completamente novos — como o de carros híbridos. Os lançamentos fazem parte das comemorações de 100 anos da marca no Brasil e serão dividos em duas etapas. A primeira envolve a renovação do portfólio já existente. A marca não divulgou quais serão estes carros, mas é possível especular uma nova geração do Chevrolet Onix, que pode ser o primeiro veículo hibrido da GM no Brasil — este motor já foi confirmado pela GM. Outros carros que podem esperar renovação em 2025 são a SUV Chevrolet Tracker e a picape Silverado. Detalhes sobre o motor híbrido leve da Fiat LEIA MAIS Conheça os 11 carros híbridos mais baratos do Brasil; veja lista Consumo de combustível nas alturas? Pode ser filtro de ar entupido; veja o que fazer Rolls-Royce, Lamborghini Urus e Range Rover: conheça os carros de luxo de Deolane Bezerra Chevrolet promete novo carro elétrico para o Brasil Baojun Yep Plus Além destes veículos já conhecidos, outros completamente novos para o Brasil estão no planejamento. O único confirmado foi o elétrico Spark EUV. O Spark EUV é um SUV de origem chinesa. No país asiático é conhecido como Baojun Yep Plus e faz parte de uma parceria entre a GM e as marcas Saic e Wuling, ambas da China. O elétrico tem acabamento mais quadrado, que vai na contramão de todos os carros que a GM vende no Brasil. O pequeno SUV elétrico tem clara inspiração em veículos da Land Rover e por dentro tem central multimídia grande que se espera de um elétrico chinês, como nos rivais BYD Dolphin e GWM Ora 03. Na China, o Baojun Yep Plus tem motor elétrico capaz de gerar 102 cv de potência, praticamente a metade do que o Bolt EUV oferece, com seus 203 cv. Com este detalhe, o Spark EUV tem fortes chances de chegar ao Brasil em patamar de preço mais baixo. O Bolt EUV foi lançado no Brasil em 2023 por R$ 279.990. O preço cogitado para o Spark EUV deve girar na casa dos R$ 180 mil. Se na potência o Spark EUV não impressiona, na autonomia o novo modelo está próximo de seus concorrentes como BYD Dolphin e GWM Ora 03, alcançando 400 quilômetros na medida chinesa. GM investe em todas as fábricas do Brasil Fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) divulgação/GM Em julho do ano passado, a GM anunciou um pacote de R$ 7 bilhões, para investimentos em todas as cinco fábricas no Brasil. Meses antes, a empresa havia realizado um programa de demissão voluntária para mais de 1 mil funcionários no estado. Na época, a montadora destacou que o investimento tem foco em mobilidade sustentável, abrange a renovação completa do portfólio de veículos e o desenvolvimento de tecnologias para o mercado local, além da criação de novos negócios. Em setembro, a GM anunciou a fabricação de um híbrido flex em São Paulo, o primeiro projeto de produção de um veículo eletrificado em solo nacional. Esta é uma das respostas das montadoras que já atuam no país, que começaram a se mexer conforme cresceu a entrada feroz de competidoras chinesas no país, como BYD e GWM. "Temos competição com os chineses em todos os mercados e acreditamos que temos no Brasil a tecnologia para atrair os atuais e novos clientes. Nossa confiança que temos por aqui está na história, no portfólio com tantas opções e que atende ao público”, comentou Roy Harvey, vice-presidente executivo e presidente GM Mercados Globais Fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) A fábrica de São Caetano do Sul (SP) é a mais antiga do grupo no país: inaugurada em 1930, ela completa 95 anos em breve. Hoje, a planta abriga a produção da picape Montana, do SUV compacto Tracker e da minivan Spin. Em São José dos Campos (SP) ficam a produção da picape S10 e a SUV grande Trailblazer. Há também uma planta em Mogi das Cruzes, focada em componentes. Fora do estado, ficam a planta de Joinville (SC), onde será desenvolvido o motor híbrido flex como fruto de investimento de R$ 300 milhões (parte do aporte de R$ 7 bi anunciado em janeiro), e a de Gravataí (RS). Em julho, a GM já anunciou que destinará R$ 1,2 bilhão do pacote de investimentos para a fábrica gaúcha. De lá, saem o hatch Onix e sedã Onix Plus. Com o novo dinheiro, a montadora confirmou a produção de um carro inédito, com lançamento previsto para 2026. O modelo é mantido em segredo, mas o mercado acredita que se tratará de um novo SUV, para rivalizar com nomes de peso como Volkswagen Nivus e o Fiat Pulse. Veja Mais
Pé de Meia não vai ser interrompido, diz Haddad após reunião com Lula e ministros
Ministro também disse que aposta em queda no preço dos alimentos, em razão da safra recorde e da recente queda do dólar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (23) que o Programa Pé de Meia não será interrompido, apesar do bloqueio de R$ 6 bilhões determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Estamos em conversas. O encaminhamento que está sendo dado não vai interromper o pagamento", declarou Haddad após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros. Segundo Haddad, a proposta de orçamentação do programa foi apresentada pela Fazenda há meses e agora está em fase de transição. "O que falei aos ministros é que todos os encaminhamentos estão sendo feitos para garantir a continuidade do programa", reforçou. Mais cedo, a Advocacia-Geral da União (AGU) alertou que o programa, que oferece incentivos a estudantes do ensino médio público cadastrados no CadÚnico, pode ser paralisado em janeiro de 2025 devido ao bloqueio dos recursos. O saldo atual do fundo que custeia o programa, administrado pela Caixa Econômica Federal, seria suficiente apenas para cobrir as despesas de dezembro. A medida cautelar que determinou o bloqueio foi assinada pelo ministro do TCU Augusto Nardes no último dia 17, após representação do Ministério Público junto à Corte. A decisão aponta que o pagamento aos estudantes não pode ser feito diretamente pelo fundo, mas deve passar pelo Tesouro Nacional e estar previsto na lei orçamentária, ainda não aprovada pelo Congresso. O TCU determinou que os recursos destinados ao programa sejam bloqueados e não utilizados até que sejam regularizados no Orçamento Geral da União. De acordo com a AGU, o bloqueio compromete diretamente a continuidade do programa, uma das principais bandeiras sociais do governo Lula. O Ministério da Educação afirmou que ainda não foi formalmente notificado da decisão e reforçou que todos os aportes do programa foram aprovados pelo Congresso Nacional. Preços de alimentos Haddad também comentou sobre a expectativa de queda nos preços dos alimentos, impulsionada pela safra recorde prevista para este ano e pela recente desvalorização do dólar. "Vamos ter uma grande safra, e o dólar entrou em trajetória de queda, ainda que possa ser impactado momentaneamente por especulações. Commodities como leite, café, carne e frutas serão diretamente beneficiadas", explicou o ministro. Veja Mais
Pé-de-Meia: bloqueio de R$ 6 bilhões pode paralisar repasse a estudantes já neste mês, diz AGU ao TCU
Recurso apresentado pela AGU menciona também que 'há risco real' de que o programa, que oferece incentivos a estudantes do ensino médio público, não tenha continuidade em 2025. Por meio do Pé-de-Meia, o estudante recebe um incentivo mensal de R$ 200, que pode ser sacado em qualquer momento Divulgação/Governo Federal O Pé-de-Meia pode ser paralisado em janeiro por conta do bloqueio de R$ 6 bilhões no fundo que financia o programa. Isso é o que diz a Advocacia-Geral da União (AGU) ao Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou o bloqueio no último dia 17. TCU suspende repasse de R$ 6 bilhões ao Pé de Meia ????O programa do governo oferece incentivos a estudantes do ensino médio público que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O Pé de Meia é uma das principais bandeiras sociais do governo Lula. No recurso protocolado na terça-feira (21), a AGU afirma que "há risco real de que o programa não tenha continuidade em 2025" e que ocorra "paralisação imediata no corrente mês de janeiro de 2025". Isso porque, segundo informações prestadas pela Caixa Econômica Federal, com o bloqueio imposto pelo TCU o saldo do fundo que custeia o programa seria suficiente para bancar apenas as despesas de dezembro. De acordo com os dados da Caixa, o valor restante do saldo seria de aproximadamente R$ 762,7 milhões. Procurado pelo g1 na quarta-feira (22), o Ministério da Educação disse que ainda não foi notificado formalmente da decisão do TCU. "Todos os aportes do programa foram devidamente balizados pelo Congresso Nacional", declarou. Entenda o bloqueio A decisão da Corte de Contas partiu de uma representação do Ministério Público junto ao TCU que apontava supostas irregularidades na execução do programa. Depois de análise da área técnica, no último dia 17, o ministro do TCU Augusto Nardes assinou uma medida cautelar que determinou o bloqueio dos R$ 6 bilhões. Essa medida foi referendada pelo plenário da Corte na quarta-feira (22). O financiamento do programa é feito por meio do Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), administrado pela Caixa. Mas por que o valor foi bloqueado? Segundo o TCU, o pagamento dos estudantes não poderia ser feito diretamente pelo fundo que o financia, precisando passar pelo Tesouro Nacional antes — ou seja, precisaria constar no Orçamento Geral da União. Por isso, o TCU determinou que: o Ministério da Educação não use recursos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc) — que são repassados para o Fipem e usados para pagar o Pé-de-Meia. Antes de serem usados, esses recursos precisam passar pela conta do Tesouro Nacional e estar previstos na lei orçamentária — que ainda não foi aprovada pelo Congresso. Além disso, que a Caixa faça o bloqueio de R$ 6 bilhões que foram recebidos do Fgeduc para o Fipem. Isso faz com que os valores sejam bloqueados para pagamento aos estudantes. Veja Mais
INSS esclarece que não recebe documentos por e-mail e redes sociais, e que não há concurso autorizado para 2025
Golpistas têm se passado pelo instituto para obter dados de vítimas; com isso, beneficiário acaba não enviando documento para o destino certo e pode ficar com cadastro incompleto. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) esclareceu nesta quinta-feira (23) que não pede e não recebe documentos por e-mail e pelas redes sociais. Golpistas têm se passado pela entidade para oferecer serviços e atendimento. Com isso, muitas vezes, a vítima acaba fornecendo os dados para criminosos – e pior: acha que cumpriu as exigências do cadastro, o que pode gerar problemas futuros com o próprio INSS. "O maior problema de enviar pro lugar errado é achar que cumpriu exigência ou deu entrada em requerimento, e não ter o benefício concedido", explicou o INSS. Os canais oficiais do órgão são: o aplicativo para celular; o site "Meu INSS"; a Central 135; as agências presenciais. Reprodução de post em rede social do INSS INSS Sem concurso autorizado O INSS também informou que a realização de concurso para analista depende de avaliação e autorização do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). "A solicitação de vagas, no entanto, ainda não foi enviada ao ministério. Portanto não se pode afirmar que haverá concurso ainda em 2025 e o salário oferecido", informou o órgão. Segundo o INSS, nos próximos dias serão chamados 353 aprovados no certame de 2022. Desse total, 300 são do quadro excedente e outros 53 visam ocupar vagas de servidores empossados no ano passado que passaram em outro concurso e foram desligados do INSS. O INSS informou ainda que: o curso de formação deve ter início no final de fevereiro. A lista de convocados e o local do curso ainda estão sendo definidos. Ao contrário do informado em sites e redes sociais, a posse dos servidores não será no dia 5 de maio. Essa é a data para o fim da validade do concurso. Veja Mais
Leilão da Receita: PlayStation 5 por R$ 100? Fase de propostas começa nesta quinta; saiba como participar
Período de recebimento das propostas vai das 9h de 23 de janeiro até às 20h do dia 27. Sessão para lances está prevista para 30 de janeiro. PlayStation 5 disponibilizado no novo leilão da Receita Federal e que pode ser adquirido a partir de R$ 100. Divulgação/ Receita Federal O prazo para propostas de valor do novo leilão regional da Receita Federal em São Paulo começa às 9h desta quinta-feira (23). São diversas mercadorias apreendidas ou abandonadas, separadas em 203 lotes, e que contam com produtos que vão desde videogames e óculos de realidade virtual até carros, joias e diamantes. O período de recebimento das propostas vai até as 20h da próxima segunda-feira (27), enquanto a sessão para lances está prevista para as 10h do dia 30 (horários de Brasília). Segundo a Receita, o leilão será realizado de forma eletrônica e é destinado a pessoas físicas e jurídicas. Além disso, os lances devem ser feitos para os lotes fechados — ou seja, um conjunto de determinados itens. Alguns dos lotes mais baratos custam a partir de R$ 100, e contêm um PlayStation 5 cada. Já o mais caro custa R$ 1,4 milhão e conta com uma máquina para balanceamento de rodas e medição de excentricidade. Outros destaques do leilão são: Do lote 10 ao lote 16, é possível adquirir diamantes lapidados e outras pedras preciosas com preços a partir de R$ 14 mil; Do lote 45 ao lote 47, é possível adquirir máquinas fotográficas e lentes para câmeras com preços a partir de R$ 800; No lote 52, é possível adquirir um óculos de realidade virtual com preço a partir de R$ 2,4 mil; No lote 53, é possível adquirir uma scooter turbo com lances a partir de R$ 2,6 mil; Nos lotes 82 e 83, é possível adquirir triciclos elétricos por preços a partir de R$ 1 mil; No lote 91, é possível adquirir um Fiat Uno com lances a partir de R$ 6 mil; No lote 95, é possível adquirir um Corsa, da GM, com lances a partir de R$ 7,8 mil; No lote 97, é possível adquirir um Ford Focus com lances a partir de R$ 9,5 mil. Os lotes ficam disponíveis para visitação até a sexta-feira (24) e podem ser examinados de forma presencial, mediante agendamento e em dias de expediente normal nas cidades de Guarulhos, Santos, São Paulo, São Bernardo do Campo, Araraquara, São José do Rio Preto e Bauru. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital do leilão. A Receita ainda destacou que os bens arrematados por pessoas físicas não podem ser vendidos, assim como alguns lotes específicos adquiridos por pessoas jurídicas. Por fim, também alertou para que os contribuintes tenham cuidado para não cair em golpes. "A Receita Federal alerta para a realização de transmissões ao vivo (lives) fraudulentas que simulam leilões de mercadorias apreendidas em plataformas de compartilhamento de vídeos na Internet", afirmou o Fisco em nota oficial, indicando que a participação é feita exclusivamente pelo e-CAC. Veja como participar do leilão mais abaixo. O Fisco ainda indicou que o pagamento das mercadorias arrematadas no leilão é feito por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) e nunca mediante depósitos ou transferências para contas de terceiros. Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); ou, no caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do governo federal. Como funcionam os leilões Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 23 e 27 de janeiro, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0800100/000007/2024 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; e incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar. Veja Mais
Meta fiscal de 2024 foi cumprida, e equipe econômica avalia medidas para este ano, diz Tesouro
Resultado das contas públicas de 2024 ainda não foi divulgado oficialmente pelo governo e deve sair até a próxima semana. Governo avalia novas medidas fiscais, que podem incluir aumento de impostos ou corte de gastos. Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron Alexandro Martello O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, adiantou nesta quarta-feira (21) que a meta fiscal do ano de 2024 foi cumprida. Segundo ele, a área econômica já avalia novas medidas para atingir os objetivos para as contas públicas também neste ano. As declarações foram dadas durante entrevista à rádio Gaúcha. "O governo federal cumpriu as metas de 2024 de uma forma próxima ao centro da meta fiscal, apesar de toda desconfiança que havia. Conseguimos cumprir com muito esforço e muito trabalho. Para 2025, compromisso é o mesmo. se tiver de fazer medidas adicionais, tem de fazer", disse Ceron em entrevista à Rádio Gáucha. O resultado fechado das contas públicas em 2024 ainda não foi divulgado. Os números devem ser anunciados pelo governo até o fim deste mês. "O mercado acha que tem uma diferença grande para cumprir meta fiscal deste ano, e que precisa novas medidas. É esse o balanço que estamos fazendo, pensando em quais medidas necessárias para cumprir esse objetivo. O importante é o compromisso de cumprir as metas, e elas serão cumpridas. Se forem necessárias medidas, serão tomadas. Esse compromisso de atingir as metas fiscais está garantido", disse o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Contas públicas: apesar do déficit de R$ 105,2 bi, Tesouro projeta meta fiscal zero em 2024 Para 2024, a meta foi de zerar o déficit das contas do governo. Entretanto, pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a R$ 28,8 bilhões. Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 28,8 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público. Para 2025, o governo também conta com uma meta fiscal zero, sem déficit nem superávit. Com o intervalo de tolerância existente, o saldo pode oscilar entre um déficit de R$ 31 bilhões e um saldo positivo de igual tamanho no ano que vem sem que a meta seja formalmente descumprida. Além disso, o Supremo Tribunal Federal autorizou o abatimento, da meta fiscal, de precatórios atrasados – que estão estimados em cerca de R$ 44 bilhões neste ano. Congresso conclui aprovação do pacote de corte de gastos Pacote de cortes de gastos No final do ano passado, o governo aprovou um pacote de cortes de gastos, incluindo um ritmo menor de crescimento do salário mínimo, além de manutenção da DRU e de mudanças no acesso ao abono salarial, entre outros. A área econômica estimou um impacto de R$ 69,8 bilhões em 2025 e 2026. Porém, estimativa divulgada pela XP no começo deste ano, após a "desidratação" do pacote de corte de gastos promovido pelo Legislativo, apontou que o potencial de redução de despesas nos próximos dois anos, das medidas propostas pelo governo, será menor: de R$ 44 bilhões. "Adicionalmente, vemos que o provável ganho fiscal é insuficiente para garantir o atingimento das metas de resultado primário e, principalmente, a manutenção do limite de despesas do arcabouço fiscal nos próximos anos", acrescentou a XP, naquele momento. De acordo com nota técnica da Warren Rena, o corte de despesa trazido pelo pacote será de R$ 19,2 bilhões e de R$ 26,2 bilhões para 2025 e 2026, ou seja, um total de R$ 45,4 bilhões. "Com isso, no próximo ano, o déficit de 2025 será de R$ 75,1 bilhões, compatível com o cumprimento da meta fiscal, considerando-se o intervalo inferior da meta, déficit de R$ 31 bilhões, e os precatórios excedentes não computados, R$ 44,1 bilhões", diz a Warren Rena. Para a instituição, porém, o governo terá de efetuar um bloqueio de R$ 35,4 bilhões nas despesas dos ministérios, em relação ao nível de gastos livres que consta na proposta de orçamento, para atingir o déficit fiscal zero em 2025, algo considerado "politicamente desafiador". Novas medidas A área econômica já vem acenando, desde o fim do ano passado, com novas medidas de aumento de arrecadação, ou de redução de despesas, para tentar atingir a meta fiscal de 2025. Entre as medidas que o governo conta para elevar a arrecadação, ainda não aprovadas, estão o aumento da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) e dos Juros sobre Capital Próprio, além de medidas de compensação para a desoneração da folha de salários, relativas a processos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e transações tributárias, entre outras. Para 2025, a projeção da área econômica era de arrecadar R$ 168,24 bilhões com essas medidas. Entretanto, diante da falta de aprovação no Congresso, o governo ajustou essa previsão no fim do ano passado para uma arrecadação menor neste ano, de R$ 121,5 bilhões. E indicou, ainda, que podem ser necessárias ações adicionais de arrecadação para atingir as metas fiscais. Ao mesmo tempo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continua indicando que a equipe econômica pode adotar, no futuro, novas medidas de cortes de gastos. "Eu nunca falei que isso [processo de cortes de gastos] é um trabalho que se encerra. Não se encerra. Nós vamos acompanhá-lo. Vamos fazer uma avaliação do que foi aprovado, nós temos também a questão da desoneração da folha que tem uma pendência no Supremo que nós vamos resolver", afirmou o ministro, no fim do ano passado. Reforma no IR com corte de gastos foi erro, afirma Haddad Veja Mais
Imposto de Renda: além de movimentação financeira, malha fina considera outros dados e tem mais de 160 filtros de checagem
Fisco checa, com a ajuda de supercomputadores e de inteligência artificial, uma quantidade enorme de informações dos contribuintes. Objetivo é combater a sonegação. O acompanhamento da movimentação financeira dos contribuintes pela Receita Federal, que ganhou atenção neste começo de ano com mudanças anunciadas pela governo, é apenas um dos itens checados pela malha fina do Leão na declaração anual do Imposto de Renda (IRPF). Depois de anunciar a ampliação da fiscalização de transferências de valores, incluindo "fintechs" e instituições de pagamento — como "maquininhas", englobando dados do PIX —, o governo recuou da medida por conta de fake news e de críticas nas redes sociais. Além das movimentações financeiras, o Fisco checa, com a ajuda de supercomputadores e de inteligência artificial, uma quantidade enorme de informações dos contribuintes. Ao todo, são mais de 160 filtros de checagem de dados na declaração do Imposto de Renda, que tem de ser entregue todos os anos. Em 2024, quem recebeu mais de R$ 30,6 mil, no ano anterior, teve deve declarar. Governo propõe limitar isenções do Imposto de Renda por razão de saúde LEIA TAMBÉM G1 visita supercomputador da Receita que analisa declarações do IR; veja vídeo Imposto de Renda: governo deve ampliar faixa de isenção para R$ 3.036 em 2025 Alguns cruzamentos são mais simples, como CPF, endereço, dependentes, ou seja, informações pessoais. Outros cruzamentos referem-se a informações financeiras. Entre as informações obtidas e checadas pela Receita, estão: rendimentos; movimentações financeiras no PIX (acima de R$ 2 mil por mês); pagamentos no débito (acima de R$ 2 mil por mês); cartões de crédito (acima de R$ 2 mil por mês); aluguéis; despesas médicas (titular e dependentes, com recibos digitais a partir de 2025); mercado acionário e criptoativos; automóveis; aplicações em renda fixa; número de dependentes; despesas com educação (titular e dependentes); previdência complementar; gastos com empregados domésticos, informações sobre imóveis, incluindo compra e venda; carnê leão; bens no exterior; deduções de incentivo cultural; contribuição a entidades beneficentes. O objetivo é saber se os valores declarados no Imposto de Renda estão corretos, ou se eles precisam ser ajustados. Quando isso ocorre, os contribuintes caem na malha fina do Leão e têm de enviar declarações retificadoras e pagar a diferença ao governo. Caso não concorde, o contribuinte tem de apresentar documentos ao Fisco para comprovar que está correto. No ano passado, mais de 1,4 milhão de contribuintes caíram na malha fina. Desse total, 1,04 milhão (ou 71%) tinham imposto a restituir. Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina ????Os motivos que levaram à malha fiscal em 2024 foram: Deduções (57,4%): as despesas médicas são o principal motivo de retenção, correspondendo a 51,6% desse total; Omissão de rendimentos (27,8%): inclui rendimentos não declarados pelos titulares das declarações ou por seus dependentes; Diferenças no Imposto Retido na Fonte (9,4%): diferença entre os valores declarados pelos contribuintes e os informados pelas fontes pagadoras na Dirf; Deduções de incentivo (2,7%): inclui doações a fundos de apoio à criança, adolescente e idoso, incentivo ao esporte e cultura, e doações feitas durante o mesmo ano da entrega da DIRPF; Rendimentos Recebidos Acumuladamente (1,6%): diferenças entre as informações declaradas e as fornecidas pelos responsáveis pelo pagamento de rendimentos na Dirf; Imposto de Renda pago durante o ano de 2023 (1,1%): diferença entre o valor de imposto pago declarado na DIRPF e os valores registrados nas bases da Receita Federal, como carnê-leão e imposto complementar. Big Brother fiscal? Segundo o presidente do Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro Silva, o Fisco já tem informações sobre "quase tudo" o que as pessoas fazem que possa ser registrado. Questionado se existe um big brother fiscal ou tributário no país, ele avaliou que esse acompanhamento por parte do Estado em cima dos contribuintes acontece no mundo todo. "A Receita cruza informações de bancos, do carro que você compra, de imóveis que você compra, vende ou aluga. Quase tudo o que você faz, tem informação para a Receita. Se você quer fazer um ilícito, usa dinheiro", declarou Mauro Silva, do Unafisco, ao g1. Atualmente, cerca de 22% da população paga Imposto de Renda, e com a mudança da regra serão só 8%, destaca Luiza Nassif Pires, do Made-USP Marcello Casal Jr./Agência Brasil Segundo ele, a carga tributária é alta no Brasil, atingindo 32% do PIB em 2023, bem acima da média dos países emergentes, porque há sonegação de tributos. "Você tem uma obrigação de pagar tributo, declarar isso corretamente. A Receita recebe essa informação [de movimentação financeira dos contribuintes]. Esta desconfiando de você? Não. Está fazendo uma seleção [para fiscalizar]", explica. "Se todo mundo pagar o que deve, vai todo mundo pagar menos. Quando a Receita colhe dados e combater a sonegação, está fazendo em beneficio de todos, para que todos paguem menos", concluiu o presidente do Unafisco. Apesar do alto número de checagens, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, negou que o brasileiro viva em um "big brother tributário". Ele afirmou que os avanços proporcionados pela declaração pré-preenchida, que ganharam relevância e tiveram uso maior nos últimos anos, têm diminuído as retenções em malha fina. ????Nesse tipo de declaração, o Fisco preenche parte dos campos para o contribuinte, que apenas confirma as informações. Esse preenchimento é feito justamente com as informações enviadas pelas instituições financeiras, escolas, planos de saúde e cartórios, entre outros. "Olha, eu não diria a Big Brother, porque, de fato, e eu falo de coração. Para Receita Federal, a gente quer diminuir o volume de malha fina, por exemplo, de problema da pessoa física, porque é relevante. O volume é tão grande de pessoas que, por pequenos erros, cada vez menos agora porque com a pré-preenchida isso diminuiu muito. Como eu disse, com o fim do recibo [em papel na área de saúde, na realidade], eu estou muito animado que isso se reduza", declarou Barreirinhas. Ele afirmou que a malha fina realiza cruzamento automático de informações para que não seja necessário utilizar os auditores do órgão nas fiscalizações dos trabalhadores. Segundo o secretário, o alvo têm de ser as maiores empresas, cuja eventual sonegação representam "grandes valores" em termos de arrecadação. Barreirinhas também citou o foco em pessoas que buscam ocultar a origem ilícita de recursos, muitas vezes oriunda de crimes como lavagem de dinheiro ou do crime organizado. "O que eu preciso é liberar [com o cruzamento de informações] a força da Receita Federal para ir atrás de quem usa, por exemplo, esses meios de pagamentos, esses instrumentos em diversas contas correntes, em nome de laranjas, que use se utilizam disso para movimentar recursos ilícitos, para fazer lavagem de dinheiro. Esse que tem que ser o enfoque será o enfoque cada vez mais da Receita Federal", concluiu o chefe do Fisco. Com o recuo do governo nas regras de fiscalização do PIX, mais de 200 instituições financeiras continuarão sem a obrigatoriedade de ter de enviar os dados da movimentação financeira dos seus clientes à Receita Federal. São as "fintechs" e as instituições de pagamentos que operam no PIX. Elas estão listadas no site do Banco Central. Veja Mais
Conta de luz sem taxa extra em 2025 depende de chuvas, mas 'perspectiva' é boa, diz Aneel
Segundo diretor-geral Sandoval Feitosa, se previsão de chuva continuar — principalmente nos locais onde está chovendo — é possível ter bandeira verde ao longo do ano. Rede de energia. Leandro Vicari/Bom Dia Cidade O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou nesta terça-feira (21) que há "perspectiva favorável" para que o país passe por 2025 com a bandeira verde na conta de luz — ou seja, sem taxa extra nas faturas. "Se continuarmos com essa previsão de chuva e, principalmente, nos locais onde está chovendo a perspectiva é que tenhamos bandeira verde ao longo do ano", declarou. Bandeira tarifária vai passar de vermelha patamar dois - a mais cara - pra amarela O diretor-geral disse que ainda não é possível cravar o cenário de bandeira tarifária para o ano. Segundo ele, isso só é possível no início do período seco, quando é possível verificar o estado dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Contudo, se as previsões para o período úmido se concretizarem, a perspectiva é de bandeira verde na maior parte do ano. Segundo Feitosa, a bandeira pode variar entre amarela e vermelha — com taxas adicionais na conta — em momentos de maior estresse durante o período seco, que começa em maio. "Mas a perspectiva para o ano é muito favorável e nós também esperamos que o comportamento tarifário ao longo do ano seja o mais previsível possível, mas é claro que dependemos também da discussão de políticas públicas que estão ocorrendo nesse momento entre o poder Executivo e Legislativo", declarou. Sistema de cores ????O sistema de cores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sinaliza as condições de geração de energia. ????Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras. Por isso, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz. Em 2024, por conta da estiagem, a Aneel precisou cobrar taxas extras na conta de luz de julho, setembro, outubro e novembro. Veja as bandeiras acionadas no ano passado: janeiro: verde fevereiro: verde março: verde abril: verde maio: verde junho: verde julho: amarela agosto: verde setembro: vermelha patamar 1 outubro: vermelha patamar 2 novembro: amarela dezembro: verde Em janeiro de 2025, a conta de luz segue com bandeira verde. Ou seja, sem custo adicional. Saiba quanto custa cada bandeira Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor: ????bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra; ????bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh); ????bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh); ????bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh). Veja Mais
Dólar opera em alta, com foco nas primeiras ações de Trump na presidência dos EUA; Ibovespa cai
Na véspera, a moeda norte-americana teve uma queda de 0,40%, cotada a R$ 6,0411. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira avançou 0,41%, aos 122.855 pontos. Dólar REUTERS/Lee Jae-Won O dólar abriu a sessão desta terça-feira (21) em alta, conforme investidores repercutiam as primeiras ações tomadas por Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos. Na véspera, o republicano tomou posse e assinou uma série de ordens executivas já no primeiro dia de governo. Entre as medidas, estão a declaração de emergência da fronteira com o México, a retirada do país do Acordo de Paris e o perdão presidencial para acusados pelos ataques ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021. As ordens executivas foram classificadas como "prioritárias" pela Casa Branca. Já no Brasil, o dia de agenda fraca volta as atenções do mercado para as medidas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na reunião ministerial feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na véspera. O ministro listou as prioridades para a política econômica ao longo deste ano, citando medidas para fortalecer o arcabouço fiscal e a reforma do imposto de renda, que deve isentar o pagamento de imposto para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Investidores ainda acompanham a divulgação de balanços corporativos e seguem à espera de novos dados de inflação, previstos para esta semana. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Às 10h07, o dólar operava em alta de 0,22%, cotado a R$ 6,0546. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,40%, aos R$ 6,0411. Com o resultado, acumulou: queda de 0,40% na semana; recuo de 2,24% no mês e no ano. a Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa tinha queda de 0,06%, aos 122.785 pontos. Na véspera, o índice avançou 0,41%, aos 122.855 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,41% na semana; ganho de 2,14% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Sem grandes destaques no noticiário do dia, os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos segue fazendo preço nos mercados, conforme investidores continuam a medir os efeitos das medidas do republicano na política econômica do país e ao redor do planeta. Trump assinou uma série de ordens executivas no seu primeiro dia de mandato, no que a Casa Branca classificou como medidas prioritárias do novo governo. Entre elas, estavam a declaração de emergência na fronteira com o México, a retirada do país do Acordo de Paris e o perdão presidencial para acusados pelos ataques ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021. Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Donald Trump e quais os impactos para o Brasil O novo presidente dos EUA também afirmou que a relação do país com a América Latina e com o Brasil "é excelente", mas destacou que a região "precisa mais dos Estados Unidos" do que o contrário. "A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós", respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina. A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl sobre se Trump falaria com o presidente Lula e como seria a relação com Brasil e América Latina feita enquanto o presidente americano assinava os primeiros decretos do novo mandato no salão oval da Casa Branca. Na véspera, o presidente Lula afirmou que torce por uma "gestão profícua" (ou seja, proveitosa) por parte de Trump, afirmando que o Brasil "não quer briga" com os Estados Unidos. "Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil", disse Lula. "Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia", seguiu. Desde sua campanha, o novo presidente dos EUA tem sinalizado uma agenda mais protecionista no país, indicando que deve priorizar o fortalecimento da atividade doméstica norte-americana e limitar a concorrência estrangeira. Assim, investidores seguem incertos sobre quais podem ser os impactos econômicos das medidas do republicano e quais podem ser os efeitos que essas propostas eventualmente tenham no Brasil. TRUMP: Como o presidente dos EUA quer mudar a economia, e os efeitos para o Brasil "A incerteza continua sendo a palavra de ordem, com todos atentos a respostas para perguntas como se a ameaça de tarifas se tornará realidade ou continuará sendo uma manobra de negociação no primeiro dia", disse Sam Stovall, estrategista-chefe de mercado da CFRA Research, também à Reuters. No Brasil, a falta de indicadores econômicos volta as atenções do mercado para as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na véspera. O ministro listou as prioridades do governo na política econômica para este ano, indicando a necessidade de fortalecimento do arcabouço fiscal e citando a reforma do imposto de renda. Na agenda doméstica, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, deve ser divulgado na próxima sexta-feira e trazer mais indicações sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic, por aqui. Veja Mais
Fusão com Gol vai incluir novas cidades nas rotas da aviação, diz CEO da Azul
John Rodgerson disse, em entrevista ao g1, ver um posicionamento favorável do governo. Executivo afirmou que já iniciou tratativas junto ao Cade, que pode aprovar ou rejeitar o negócio. A possível fusão entre a Azul e a Gol deve possibilitar a conexão de novas cidades do Brasil, segundo o CEO da Azul, John Rodgerson, em entrevista ao g1. "Há 100 aeroportos no Brasil que só a Azul opera. Mas tive que fechar algumas dessas cidade porque não tinha demanda suficiente e o que vai trazer benefício para o consumidor é mais cidades atendidas e mais conectividade, então isso que estamos prevendo com essa fusão", declarou. O executivo também afirma que uma das oportunidades do negócio é conectar mais aeroportos regionais com os grandes terminais --como Congonhas, Brasília e Belo Horizonte. "Acho que o Brasil ainda tem muito pouco viajante, ainda tem destinos que não estão se conectando com Congonhas, Belo Horizonte e Brasília. Então, acho que isso vai fazer com que possamos destinar mais cidades e ter mais conectividade", disse. Movimentação no fim de 2024 nos aeroportos pode ter ultrapassado 2023 Na última quarta-feira (15), a Azul e a controladora da Gol, a Abra, anunciaram a celebração de um “memorando de entendimento”, sinalizando que pretendem realizar uma fusão. Para o negócio ser concluído, falta: celebrar os acordos definitivos; obter aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); concluir o plano de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos. ???? O Cade é a instituição brasileira responsável por analisar a compra e venda de empresas relevantes, de forma a evitar abuso de poder de mercado –como aumento de preços e barreira à entrada de novas companhias. Avião da Azul Arquivo/Agência Pará Leia também: Ações da Azul e da Gol disparam após anúncio de fusão Ministro encara fusão da Gol e da Azul como 'federação partidária' e diz que não vai permitir aumento de tarifa Ao g1, Rodgerson disse que já iniciou as tratativas com o Cade, mas que os acordos definitivos só devem ser assinados em abril, quando a Gol sair do processo de recuperação judicial. O executivo explicou que as marcas Gol e Azul devem permanecer separadas, embora as empresas passem a pertencer a um mesmo grupo econômico, com uma mesma controladora. Diálogo com o governo Os representantes da Azul e da Gol devem se encontrar na próxima semana com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para conversar sobre a fusão. No dia seguinte ao anúncio, o ministro disse encarar o negócio como uma "federação partidária" e que não vai permitir aumento de tarifa. Especialistas consultados pelo g1 apontam o aumento do preço das passagens como uma consequência provável dessa operação. Além disso, os economistas veem mais barreiras à entrada de novas companhias aéreas. "Nós estamos falando a respeito disso [da fusão] há muito tempo com o governo. O que o governo quer é o mesmo que queremos: mais pessoas voando, mais aeronaves no ar. Ainda tem muita aeronave parada, que deveria estar voando, então acreditamos que o ministro vai cobrar isso, colocar mais oferta nas cidades", afirmou Rodgerson. Veja Mais
A foto que exibe o 'bromance' dos barões das big techs com Trump
Os principais bilionários da tecnologia, incluindo alguns que foram críticos de Trump durante seu primeiro mandato, compareceram à cerimônia de posse do republicano Priscilla Chan, Mark Zuckerberg, Lauren Sanchez, Jeff Bezos, Sundar Pichai e Elon Musk, durante cerimônia de posse de Donald Trump, em 20 de janeiro de 2025 Shawn Thew/Pool via Reuters Bilionários da tecnologia marcaram presença na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Além de dono da SpaceX e Tesla, Elon Musk, que ganhou um cargo no governo que começa, nesta segunda-feira (20/1) estavam em Washington o fundador da Amazon, Jeff Bezos, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o líder da Apple, Tim Cook, e o diretor do Google, Sundar Pichai. Todos ocuparam assentos de destaque na Igreja de St. John e aparecem lado a lado em fotos da posse. O último evento público em Washington que reuniu o alto escalão de tecnologia em uma mesma sala foi uma audiência no Congresso de 2020. VÍDEO: gesto de Musk gera polêmica em evento da posse de Trump FOTOS: CEO do TikTok, Sam Altman tiete... os figurões da tecnologia na posse Na ocasião, uma comissão investigava se Facebook, Google, Amazon e Apple aplicavam prática de monopólio e abuso de posição dominante no mercado. Zuckerberg, Bezos, Pichai e Cook estavam na audiência. A presença em peso dos chefões da tecnologia reforça o bromance, expressão do inglês que se refere a um relacionamento íntimo entre homens, entre os executivos e Trump. 'O retorno do rei': Musk comemora volta de Trump ao X Elon Musk comemora ideia de os EUA colocarem uma bandeira em Marte Além dos que estão na foto, também foi ao evento da posse o CEO do TikTok, Shou Chew. A presença do executivo chinês acontece em meio à discussão sobre o futuro da rede social nos EUA. Trump já revelou sua intenção de adiar a proibição da plataforma prevista em uma lei americana por meio de uma ordem executiva, com duração de 90 dias. As relações nem sempre foram boas assim. Aliados de Trump já defenderam o banimento do TikTok no passado. O presidente americano, por exemplo, já foi um crítico voraz da Meta e de sua abordagem à moderação de conteúdo, chamando o Facebook de "um inimigo do povo" em março de 2024. Mas com Zuckerberg as coisas melhoraram desde então: o CEO da Meta jantou na casa de Trump na Flórida, em Mar-a-Lago, e a empresa doou US$ 1 milhão (cerca de R$ 6,2 milhões) para um fundo para o evento de posse de Trump. No início deste mês, Zuckerberg anunciou novas diretrizes da Meta em que declarou que era "hora de voltar às nossas raízes, em torno da liberdade de expressão". "As eleições mais recentes parecem sinalizar um ponto de virada cultural para, mais uma vez, dar prioridade à liberdade de expressão", disse Zuckerberg. No vídeo, o presidente-executivo da empresa de tecnologia anunciou que está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram. O anúncio foi celebrado por apoiadores de Trump, que classificaram a medida como um esforço para "reduzir a censura" no Facebook e Instagram. Em mais um gesto de aproximação, Zuckerberg anunciou Dana White, presidente-executivo do Ultimate Fighting Championship (UFC) e apoiador de longa data de Trump, faria parte do conselho administrativo da Meta. LEIA TAMBÉM: De crítico do TikTok a 'salvador': entenda como Trump mudou de posição sobre a rede social Perfil oficial do presidente dos EUA nas redes já mostra Trump no lugar de Biden Quem é quem na foto O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, no centro, e sua esposa Priscilla Chan, à esquerda, chegam antes de Donald Trump Chip Somodevilla/Pool Photo via AP Jeff Bezos chega à posse de Donald Trump AP Photo/Julia Demaree Nikhinson, Pool Sundar Pichai (Google) na posse de Donald Trump, ao lado de Elon Musk (Tesla, Space X e X) SHAWN THEW / POOL / POOL / AFP 'Todo mundo quer ser meu amigo' Muitos desses executivos foram dos primeiros críticos de Trump durante seu primeiro mandato e se manifestaram sobre questões como mudanças climáticas e imigração. Hoje, a maioria dessas empresas ainda enfrenta questões pendentes sérias com o governo dos EUA, incluindo processos antimonopólio, investigações, disputas regulatórias e tarifas. Donald MacKenzie, sociólogo da Ciência e Tecnologia e professor da Universidade de Edimburgo, afirma que o momento é de readequação, com as grandes corporações americanas se preparando para o segundo mandato de Trump, que promete ser um período de transformação ainda maior do que o primeiro. "As corporações americanas sabem que esse é um momento de grande mudança - e que é muito melhor para elas ficaram do lado dessa mudança do que se opor a ela", disse à BBC News Brasil. Quão duradouro será esse bromance com a tecnologia e até que ponto Trump pressionará em muitas dessas questões permanecem incógnitas. O presidente parece estar confortável com a aproximação. Ele escreveu nas redes sociais no mês passado: "Todo mundo quer ser meu amigo!!!" Mas as novas amizades de Trump com executivos de tecnologia não foram bem recebidas por todos em seu círculo. No domingo, o ex-estrategista-chefe da Casa Branca de Trump, Steve Bannon, chamou Musk de "um cara verdadeiramente maligno". "Eu olho para isso e acho que a maioria das pessoas no nosso movimento olha para isso como: o Presidente Trump derrotou os oligarcas, ele os quebrou e eles se renderam", disse Bannon à ABC News. A oposição também já declarou que não baixará a guarda. Na semana passada, os senadores Elizabeth Warren e Michael Bennett, ambos democratas, divulgaram uma carta endereçada aos executivos, acusando-os de tentar "se aproximar da administração Trump em busca de evitar escrutínio, limitar regulações e comprar favores". Veja Mais
Dólar sobe a R$ 6,08, de olho na posse de Donald Trump e leilões do BC; Ibovespa cai
Na sexta, moeda norte-americana avançou 0,20%, cotada a R$ 6,0655. O principal índice da bolsa de valores avançou 0,92% aos 122.350 pontos. Cotação do dólar mostra menor confiança na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo Jornal Nacional/ Reprodução O dólar inverteu o sinal e passou a subir nesta segunda-feira (20), aos R$ 6,08, com investidores acompanhando a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, opera em queda. A expectativa é que o republicano anuncie uma série de ordens executivas e decretos assim que for empossado como presidente. As medidas devem impactar áreas como imigração e energia e os anúncios ficam na mira dos investidores, que agora tentam avaliar os primeiros passos de Trump em seu novo mandato. No Brasil, os economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram novamente as expectativas de inflação para este ano e também para 2026. As previsões estão no boletim Focus divulgado nesta segunda. Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 5% para 5,08% na décima quarta alta seguida. Com isso, segue acima do teto da meta. Para 2026, a expectativa subiu de 4,05% para 4,10%. Foi o quarto aumento consecutivo no indicador. Além disso, o BC fará dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra no futuro) nesta segunda, com oferta total de US$ 2 bilhões. O primeiro será realizado entre 10h20 e 10h25, com oferta de US$ 1 bilhão, e outro das 10h40 às 10h45, com oferta de mesmo valor. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Às 10h10, o dólar operava em alta de 0,29%, aos R$ 6,0832. Veja mais cotações. Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,20%, cotado a R$ 6,0655. Com o resultado, acumulou: queda de 0,59% na semana; recuo de 1,85% no mês e no ano. a Ibovespa O Ibovespa operava em queda de 0,17%, aos 122.145 pontos. Na sexta-feira, o índice subiu 0,92%, aos 122.350 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 2,94% na semana; ganho de 1,72% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos é o evento do dia. Investidores tentam avaliar quais os efeitos das medidas do republicano na política econômica do país. A previsão é que Trump anuncie uma série de decretos já nos primeiros dias de mandato. Na semana passada, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia. "Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump", afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live nesta sexta-feira. Do lado macroeconômico, os sinais recentes sobre a atividade dos Estados Unidos também seguem no radar. O país reportou dados mais fracos no segmento varejista, além de um aumento maior do que o esperado no número de pedidos de auxílio-desemprego — o que indica que a economia do país tem perdido força, mas de maneira gradual. Com isso, seguem as expectativas de que o Fed mantenha sua postura cautelosa na condução da política monetária norte-americana ao longo deste ano. A projeção da XP é que a instituição faça apenas mais dois cortes de juros em 2025. No Brasil, além das mudanças de expectativa de inflação, o Focus trouxe projeção do mercado para o juro básico da economia em 15% ao ano, uma manutenção em relação à semana anterior. Para o fim de 2026, o mercado financeiro elevou a projeção de 12% para 12,25% ao ano. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado subiu de 2,02% para 2,04%. Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,80% para 1,77%. Veja Mais
Concurso da Ebserh: inscrições para 545 vagas terminam nesta segunda; salários vão até R$ 17 mil
Seleção vai preencher oportunidades de nível médio, técnico e superior em várias áreas. A Fundação Getulio Vargas (FGV) é a banca organizadora do concurso. Concurso da Ebserh tem oportunidades na área médica, assistencial e administrativa Divulgação/Ebserh As inscrições para o concurso público da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) terminam nesta segunda-feira (20). Elas devem ser feitas pelo site da Fundação Getulio Vargas (FGV), a banca responsável pela seleção. Estão sendo ofertadas 545 vagas imediatas, além do cadastro reserva, com remuneração inicial de até R$ 17 mil. As oportunidades são de nível médio, técnico e superior, divididas da seguinte forma: 198 vagas na área médica, 330 na área assistencial e 17 na área administrativa. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. O concurso tem vagas para as carreiras de assistente social, biomédico, dentista, advogado, analista administrativo, arquiteto, engenheiro, técnico em segurança do trabalho, entre outras. Ao serem admitidos, os profissionais vão atuar em jornada de trabalho que varia de 25 a 40 horas semanais. Eles serão distribuídos em 45 hospitais da rede e na administração central. Do total de vagas do concurso, 3% são reservadas para indígenas, 10% para candidatos com deficiência e 20% para pessoas negras. A taxa de inscrição varia conforme o cargo: Nível médio/técnico: R$ 85 Nível superior: R$ 110 Área médica: R$ 150 As provas objetivas e discursivas estão previstas para o dia 16 de março de 2025 em todos os estados do país. O prazo de validade do concurso será de um ano, contado a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Cronograma do concurso ???? Inscrições: 23/12/2024 a 20/01/2025 Data limite de pagamento das inscrições: 21/01/2025 Convocação e divulgação dos locais de provas: 10/03/2025 Aplicação das provas: 16/03/2025 Divulgação dos gabaritos: 17/03/2025 Divulgação do resultado definitivo da prova objetiva: 30/04/2025 MPU também vai ter concurso neste ano, saiba mais: Saiba mais sobre o concurso público do MPU Veja Mais
Mega-Sena, concurso 2.817: prêmio acumula e vai a R$ 7 milhões
Veja os números sorteados: 24 - 30 - 43 - 46 - 55 - 60. Quina teve 22 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 84.887,14. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.817 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 7 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 24 - 30 - 43 - 46 - 55 - 60. 5 acertos - 22 apostas ganhadoras: R$ 84.887,14 4 acertos - 1.680 apostas ganhadoras: R$ 1.588,02 O próximo sorteio da Mega acontece nesta terça-feira (21). Mega-Sena, sorteio 2.817 Reprodução/Facebook Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Entenda se a reforma tributária vai deixar a carne mais barata
Economistas explicam que outros fatores têm mais peso no preço. Inclusão do alimento na cesta básica foi uma das principais polêmicas da reforma, que só vai ser totalmente implementada em 2033. Carne Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (16) a primeira lei que regulamenta a reforma tributária e manteve as carnes de boi, frango, porcos, bodes e cabras com alíquota zero dentro da cesta básica nacional. ???? Nada muda agora: a reforma tributária só vai ser totalmente implementada em 2033, depois de uma transição gradual que vai começar em 2026. Até por isso, economistas e tributaristas entrevistados pelo g1 entendem que não dá para afirmar que a carne vai ficar mais barata apenas por ser parte da cesta básica na reforma. Afinal, o preço da proteína não é decidido só por impostos: também pesam outros fatores, como o dólar, se existe mais ou menos oferta de carne no mercado e também a renda do consumidor. Até os eventos climáticos, como a seca, têm feito o alimento encarecer. Entenda mais abaixo. Como é hoje Atualmente, as carnes já são isentas de impostos federais, como o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um tributo estadual, e do Imposto Sobre Serviços (ISS), municipal, pode variar de acordo com a localidade. Com a reforma tributária, todos esses impostos serão unificados. Para Cristiano Correa, professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-SP), o objetivo não é baratear os produtos, mas tornar uma tributação complexa em algo simples. A tendência geral é que o imposto zerado para carnes se reflita no preço final e, consequentemente, beneficie o consumidor, diz Victoria Rypl, da Andersen Ballão Advocacia e especialista em direito tributário. Mas os empresários não são obrigados a repassar a isenção do imposto porque o tributo é um custo, assim como os materiais comprados para fazer o produto, o transporte, etc., complementa a advogada e professora de direito tributário na FGV-Rio Bianca Xavier. “Ele pode passar a redução do custo tarifário para o consumidor e diminuir o preço final do produto ou pode manter o preço e aumentar o seu lucro, já que seu custo foi menor”, explica. Ainda que haja repasse, em localidades onde o imposto é menor atualmente, essa isenção não deverá causar tanto impacto no preço final, avalia Cícero Zanetti, doutor em economia aplicada e pesquisador do FGV Agro. Rypl entende que pode existir impacto maior no estado de São Paulo, onde a tributação é mais alta. “Em São Paulo, por exemplo, é cobrado um ICMS de 11% sobre as carnes comercializadas para o consumidor final dentro do estado e 7% para as que saem do estado. Com a reforma e a isenção, provavelmente o seu preço vai diminuir”, diz a tributarista. Carne mais cara: entenda por que o preço subiu pelo terceiro mês consecutivo O que mais impacta no preço Para os entrevistados, o imposto pesa menos do que outros fatores no preço da carne. E é difícil prever os cenários para quando a reforma estará totalmente implementada, em 2033. A carne vem sofrendo seguidas altas atualmente. Em dezembro, o preço subiu pelo quarto mês consecutivo, acumulando uma inflação de 20,84% nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "Hoje, o que faz o preço da carne ter esse preço é uma série de outros fatores", diz Correa, do Ibmec-SP. Os principais fatores que levaram ao encarecimento foram uma oferta menor do produto frente a uma demanda maior da população, além das secas e queimadas, que prejudicaram os pastos. A menor oferta pode ser explicada por dois fatores principais. ????Efeito dólar O dólar alto faz com que o mercado externo se torne mais atraente para os produtores, pontua Correa. “É uma matemática muito simples: o exportador vai preferir vender para quem vai pagar mais”. ????Ciclo de abates Existem períodos em que se abate mais ou menos gado. Esse ciclo é formado, basicamente, por duas fases: alta do ciclo - quando há uma expectativa de aumento nos preços do bezerro, os pecuaristas, em vez de abater as vacas, as mantêm nas fazendas para reprodução, movimento que provoca um aumento nas cotações dos bovinos (boi gordo, bezerro, novilhas, boi magro, vaca gorda, etc.). É o que acontece atualmente; baixa do ciclo - quando as projeções do preço do bezerro começam a cair, um volume maior de fêmeas é encaminhado para os abates. Isso amplia a quantidade de carne no mercado, gerando uma queda nas cotações dos bovinos. Apesar de o imposto zerado não significar que a carne vai ficar mais barata do que é hoje, ela pode se tornar mais em conta na comparação com outros produtos no supermercado, explica Zanetti, do FGV Agro. Isso porque alimentos que estarão fora da cesta básica e da lista de redução de 60% do imposto (caso do camarão, por exemplo) vão ser taxados 26,5%. Correa, do Ibmec, acredita que, mesmo se a carne ficar um pouco mais barata com a isenção, a elevação dos preços de outros alimentos deve deixar o sistema equilibrado. Assim, o poder de compra do consumidor deve ser manter similar ao que é hoje. "A pessoa que hoje não consegue comprar uma picanha, muito provavelmente vai continuar não conseguindo comprar", afirma. “A grande questão é que, se as carnes não tivessem ficado isentas, se não tivessem entrado na cesta básica, nós poderíamos ter um aumento dos preços”, avalia Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado. Até meados deste ano, a proposta da reforma tributária previa uma alíquota reduzida, de 10,6%, no imposto sobre as carnes. Mas, em julho, a Câmara dos Deputados incluiu a isenção das proteínas. Segundo cálculos da consultoria, se as carnes fossem tributadas como no projeto original, poderia haver um aumento de 9% a 10% no preço do produto para o consumidor. O impasse da carne na cesta básica A carne foi um dos principais pontos de impasse na discussão da reforma pelo Congresso ao longo dos últimos meses. Inicialmente, o grupo de trabalho que relatou a regulamentação não incluiu a proteína animal na cesta básica. O Ministério da Fazenda era contra a entrada, alegando que isso teria um impacto alto nas contas públicas e na alíquota do imposto unificado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, defendeu a isenção. "Sou daqueles que vou ficar feliz se eu puder comprar carne sem imposto, prometi na campanha que o povo ia voltar a comer picanha e tomar cerveja", disse Lula, em julho, pouco antes da votação da proposta. O PL, maior partido da oposição, pediu que esse item fosse votado separadamente no plenário da Câmara. Diante de uma iminente derrota, o governo cedeu e acatou a inclusão do item na cesta. Veja mais: Cor, cheiro e textura: você sabe o que analisar na hora de escolher a carne no mercado? Carne de baleia é leiloada pela primeira vez em décadas no Japão Carne de segunda? Conheça o shoulder, uma alternativa para um churrasco mais barato Veja Mais
É #FAKE que o governo federal tenha programa de descontos do IPVA para motoristas sem multas
Citado nas redes sociais, o programa Bom Condutor não inclui descontos sobre o IPVA como benefícios. Tributo sobre veículos é uma competência exclusivamente estadual. Publicação fornece dicas de descontos para IPVA através de cadastro positivo na CDT Imagem: g1 Circulam nas redes sociais diversos vídeos que ensinam motoristas a obterem descontos no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) por meio de um programa do governo federal que beneficia bons condutores. É #FAKE. selo fake g1 O que dizem as publicações enganosas ?? Diversos perfis têm compartilhado que é possível obter desconto no IPVA usando o aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), do governo federal. Esse falso anúncios chamam a atenção com o aviso: "Não pague o IPVA 2025 sem antes saber disso". ?? A locução de um desses conteúdos afirma: "Você pode ganhar 10% de desconto se não cometer infrações no ano anterior, 15% se não cometeu infrações nos últimos dois anos, e 20% se não cometeu infrações nos últimos três anos". ?? Na sequência, há uma demonstração de um passo a passo de como o condutor poderia conseguir os benefícios. O processo começa com o acesso ao app CDT, do governo federal. Lá, deve-se fazer o "cadastro positivo", para o motorista informar que não cometeu nenhuma infração nos 12 meses anteriores. ?? Um dos vídeos de maior engajamento explica o procedimento da seguinte maneira: "Você deve obrigatoriamente entrar na sua carteira digital, acessar a seção de 'Condutor', clicar em 'Condutor' e ativar o cadastro positivo. Depois, é só autorizar a participação. Pronto! A partir desse momento, você já autoriza e está apto a concorrer". Fato ou Fake: a checagem passo a passo ?? A desinformação envolvendo descontos sobre o IPVA fez a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo divulgar, em 13 de janeiro de 2025, um comunicado com o seguinte título: "Governo federal não tem programa de descontos no IPVA". O texto diz: "o governo federal não pode determinar isenção, alíquota e nem desconto sobre esse tributo cobrado sobre diversos veículos automotores, uma vez que o IPVA é um imposto de competência estadual". ?? O Fato ou Fake verificou que, de fato, há unidades da federação que oferecem esse benefício, como mostram os sites de Secretarias da Fazenda estaduais. Mas, mesmo nesses locais, a solicitação não ocorre por meio do cadastro na CDT. É preciso seguir procedimentos e condições vinculados às próprias Secretarias da Fazenda ou ao respectivo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). ?? Além disso, não há uniformidade nos descontos: No Rio Grande do Sul, há uma norma estadual (Lei nº 11.400/99) que prevê abatimento de até 15% no IPVA de motoristas que ficam até três anos sem infrações. No Amazonas, para o mesmo período, o condutor exemplar pode garantir dedução de até 20% (Lei nº 203/14). Já São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Espírito Santo e Paraná, por exemplo, não oferecem desconto por boa conduta. ?? O Fato ou Fake também questionou o Ministério dos Transportes sobre possíveis descontos por meio do cadastro positivo na CDT. A resposta, enviada por e-mail, diz que essas "informações não são procedentes". ?? A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) explica que o "Bom Condutor" possibilita, na verdade, vantagens na contratação de serviços oferecidos por parceiros comerciais, como escolas de inglês, seguradoras, despachantes e agências de viagem. ?? Em seu comunicado, a Secom também alertou para golpes que usam o nome do governo federal para cobrar tributos inexistentes ou ofertar algum tipo de privilégio. Um exemplo dado pelo órgão é um SMS com uma oferta de até 45% de desconto no IPVA. ?? A mensagem leva a um site falso, que pede a placa do veículo e o CPF da vítima, além do pagamento de uma taxa, por meio de PIX via QR Code. O Fato ou Fake pediu à Secom o acesso ao site citado no SMS, mas recebeu a informação de que o link foi derrubado. Imagem indica SMS atribuído ao Detran Imagem: Secom Publicação fornece dicas de descontos para IPVA através de cadastro positivo na CDT Imagem: g1 VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito) Veja Mais
Por que o Brasil tem feriados religiosos se é um Estado laico?
Valores histórico e cultural estão entre as explicações de especialistas para justificar algumas comemorações. G1 em 1 Minuto: Feriados em 2025 Dois feriados estaduais chamam a atenção no Acre no mês de janeiro. Dia 20 é o Dia do Católico. Dia 23, Dia do Evangélico. Embora saltem aos olhos, não são casos isolados de usos da religião para fundamentar dias livres de trabalho. Nacionalmente, o 12 de outubro é o Dia de Nossa Senhora Aparecida, considerada a santa padroeira do país. Também não se trabalha no Natal (25 de dezembro), na Sexta-Feira Santa (neste ano, em 18 de abril) e no Dia de Corpus Christi (19 de junho, em 2025). Boa parte dos municípios ainda respeitam feriados no dia dos santos considerados padroeiros — o que explica o 20 de janeiro no Rio, em que é lembrado São Sebastião. Na maioria, mas não em todos, a data coincide com o dia de fundação da cidade — dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, é quando a Igreja celebra a conversão do santo homônimo, por exemplo. Mas em um país cuja Constituição garante o Estado laico, o que fundamenta os feriados de origem religiosas? Em poucas palavras, é porque essas datas se tornaram importantes historicamente. Ou seja: sob a lei, o que se considera não é a fé das pessoas, mas a cultura e a tradição. LEIA TAMBÉM Mesmo com disparada do dólar, gasto de brasileiros no exterior tem aumento em 2024 Polêmica do PIX: 47 milhões de trabalhadores estão na informalidade ou devendo impostos "O entendimento estabelecido é que a religiosidade faz parte da cultura e, por isso, não há desvio em usar referências religiosas nas decisões estatais que tradicionalmente sofreram esse tipo de influência", explica à BBC News Brasil o jurista Carlos Ari Sundfeld, professor da FGV-Direito. "A justificativa para a presença desses feriados religiosos está na tradição e na culturalidade, mas não deixa de ser numa análise mais técnica uma afronta ao princípio", diz à BBC News Brasil o jurista Rubens Beçak, professor na Universidade de São Paulo (USP). "Eles são entendidos naquilo que nós chamamos de ponderação. Se o Estado é laico, ao mesmo tempo ele permite determinadas manifestações histórico-culturais tradicionais, mesmo que de fundo religioso, quais sejam, para além da presença da simbologia religiosa, a fixação desses feriados." São Sebastião, em pintura do século 16 Domínio Público/Via BBC Sundfeld lembra que o mesmo ocorre, por exemplo, em nomes de ruas, cidades, estados ou mesmo na presença de objetos de cunho religioso em museus públicos ou até mesmo crucifixos em repartições administrativas. "A discussão jurídica interessante, por conta da ideia de laicidade do Estado, é quanto aos limites dessa simbiose. Ou seja: a partir de que ponto o Estado estaria fazendo apologia de uma religião. No caso dos feriados, esse tipo de debate não tem sido posto por aqui", complementa. A primeira lei federal a instituir o Estado laico no Brasil data de 135 anos atrás. Foi decretada pelo então chefe do governo provisório, marechal Manoel Deodoro da Fonseca (1827-1892) em janeiro de 1890, menos de dois meses depois da Proclamação da República. Em sete artigos, a legislação proíbe "a autoridade federal, assim como a dos estados federados" de "expedir leis, regulamentos ou atos administrativos estabelecendo alguma religião ou vedando-a" bem como que "motivos de crenças" possam criar "diferenças entre os habitantes do país ou nos serviços sustentados å custa do orçamento". De lá para cá, a laicidade do Estado foi sucessiva vezes reafirmada. O artigo 19 da Constituição de 1988 veda que os poderes públicos mantenham com denominações religiosas "relações de dependência ou aliança", por exemplo. Leis criam feriados Deodoro da Fonseca, em foto oficial Governo do Brasil/Via BBC Para a jurista Andreia Antonacci, professora na Universidade Mackenzie Alphaville, os feriados "de forma geral, não prejudicam" o previsto na Constituição. "Porque todos os feriados foram criados por lei", explica ela, à BBC News Brasil. "Quando colocamos a liberdade das pessoas para praticar ou não um feriado religioso, é importante lembrar que ela vai muito além de uma crença. H á uma história quando pensamos em Nossa Senhora Aparecida, no 12 de outubro, por exemplo. Mas quem não é católico pode entender como Dia das Crianças." Coordenador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, o jurista Renato Ribeiro de Almeida tem opinião semelhante. "A meu ver, isso não fere a Constituição no que tange a questão de ser um Estado laico, sob a perspectiva de que nós temos outros princípios constitucionais e a própria natureza jurídica do Estado democrático de direito brasileiro já incorporou esses feriados como feriados tradicionais dentro do nosso ambiente civil e laico", argumenta ele, à BBC News Brasil. "Independentemente, por exemplo, de no dia 12 de outubro as pessoas professarem ou não a fé cristã, no caso do feriado de Nossa Senhora Aparecida, acontece que as pessoas já se programam para que essa data seja considerada uma festividade, um dia de descanso e até mesmo o dia das crianças", completa ele. "Então, há outras manifestações que são laicas e que são válidas." "Esses feriados de natureza religiosa estão incorporados no dia a dia brasileiro desde muito antes da própria Constituição de 88. Eles já fazem parte do nosso calendário, que faz parte do calendário laico do país, independentemente da questão religiosa", pontua Almeida. O ponto fundamental é que todos os feriados "são instituídos por decisões tomadas por lei", ressalta Sundfeld. "As justificativas ou causas remotas variam, mas no fundo a razão de todos eles é uma pura decisão política do legislador", analisa ele. Assim, essas datas podem ser agrupadas naquelas que são ligadas à história oficial, como o Sete de Setembro, àquelas que recordam lutas políticas, como o Dia do Trabalhador. "Há [ainda] os de puro desfrute [como o 1º de janeiro]. E há feriados com vinculações religiosas, sobretudo católicas, incluindo vinculações mais remotas, como o carnaval, meio nacionalistas, como Nossa Senhora Aparecida, ou às principais festas católicas, como Páscoa, Natal e Corpus Christi", enumera Sundfeld. "Em suma, o legislador é livre para escolher suas justificativas, cuja relevância é apenas simbólica, sem muita importância jurídica. Pelo ângulo jurídico, independentemente das justificativas simbólicas, o que interessa juridicamente é que o legislador é que tem competência para, a seu critério, definir no calendário anual quais dias serão úteis e quais não o serão, o que tem efeitos na organização do trabalho", esclarece ele. A liberdade de culto e a laicidade do Estado não desobriga o cumprimento dos feriados. Ou seja: um empregador não pode deixar de dar folga a seus funcionários no Dia de Nossa Senhora Aparecida por não ser católico, por exemplo. Da mesma forma, um não cristão não tem o direito de exigir ser atendido em uma repartição pública no dia de Natal. Isto porque, explica Sundfeld, "os efeitos dos feriados são puramente civis, ligados à regulação dos dias e horários de trabalho e do funcionamento dos estabelecimentos em geral". "Quanto aos trabalhadores, eles têm direito garantido por lei de não trabalhar nos feriados, sendo irrelevante a religião deles ou dos respectivos empregadores", esclarece. Antonacci lembra, por exemplo, que os Testemunhas de Jeová não celebram o Natal, mas mesmo assim os que seguem essa denominação religiosa deixam de trabalhar na data. "Porque a própria lei nacional institui este dia como feriado", afirma. Beçak pontua que o indivíduo "pode ignorar" os feriados religiosos "no sentido de não seguir uma determinada prática", mas "não pode afrontar a existência de um feriado, porque o feriado é a decretação com a força que o Estado dá". Crucifixos Mas é uma questão que permite debate. "Realmente essa questão da dicotomia entre termos um Estado laico com esta aparente contradição com tantos feriados religiosos, sejam nacionais, estaduais e outras vezes municipais, chama a atenção", reconhece Beçak. "Isso é algo que eu particularmente cheguei a trabalhar alguma época da minha vida, e não é algo abordado de frente quando o assunto vai com uma discussão da constitucionalidade." O professor da USP faz uma analogia com o caso recentemente julgado pelo Supremo Tribunal Federal que acabou por permitir que crucifixos sejam mantidos em repartições públicas. No entendimento dos ministros da alta corte, estes símbolos devem ser visto como culturais e não afrontam o princípio da laicidade do Estado. "Prevaleceu a tese e o relatório do ministro Cristiano Zanin de que, na verdade, a presença do crucifixo em repartições públicas é uma tradição cultural, com ascendência religiosa, mas uma tradição cultural que não fere a laicidade", comenta Beçak. "Isso demonstra aquilo que denominei como aparente contradição, porque a Constituição é enfática em dizer da laicidade. Mas, na verdade, se nós observarmos Brasil afora, a presença do crucifixo ou até a pouco tempo atrás jurar-se sobre a Bíblia em um julgamento se tornou uma prática comum." O jurista lembra que "muitas vezes prédios são inaugurados com missas campais ou, enfim, uma prédica de algum pároco". "A Igreja Católica Apostólica Romana é majoritária no Brasil, e isso de certa maneira influenciou essa simbologia toda, e me parece ser a mesma questão de fundo para a fixação dos feriados religiosos", analisa. "Temos feriados religiosos que são, de certa maneira, até universais, como o Natal, mas outros que acabam sendo feriados no âmbito municipal ou estadual. Para além dos que foram lembrados pela reportagem, o Dia do Evangélico e o Dia do Católico, o Dia de São Sebastião no Rio, também a Páscoa, que é um feriado municipal, ou Corpus Christi e o Dia de Nossa Senhora Aparecida, que é considerada a padroeira do Brasil", enumera ele. Veja Mais
IPCA-15: preços sobem 0,11% em janeiro, puxados por alimentação
Indicador foi divulgado nesta sexta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Supermercado, mercado, maçã, maçãs, fruta, frutas, alimentação saudável, alimento, consumidor, compras, consumo, alimentos, consumidora, consumidores Celso Tavares/G1 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,11% nos preços em janeiro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma desaceleração em relação ao observado em dezembro, quando registrou uma alta de 0,34%. O número, no entanto, ainda está bem acima do esperado pelo mercado, que previa uma deflação de 0,02% para o mês. Com o resultado, o IPCA-15 começou 2025 com uma alta acumulada de 4,50% em 12 meses — uma desaceleração em relação aos 4,71% registrados em dezembro do ano passado. Mesmo com a desaceleração, no entanto, o indicador ainda segue acima da meta de inflação do Banco Central do Brasil (BC), de 3%. O intervalo de tolerância varia de 1,5% a 4,5%. O resultado foi mais uma vez pressionado pelo aumento nos preços de Alimentação e bebidas. Segundo o IBGE, o grupo apresentou um avanço de 1,06% no mês — o maior entre os grupos avaliados —, com um impacto de 0,23 ponto percentual no índice geral. Outro destaque de alta ficou com o grupo Transportes, que subiu 1,01% no período. A única taxa negativa veio do grupo Habitação, que recuou 3,43% e ajudou a conter o índice geral no mês. Veja abaixo a variação dos grupos em janeiro Em janeiro, oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta: Alimentação e bebidas: 1,06%; Habitação: -3,43%; Artigos de residência: 0,72%; Vestuário: 0,46%; Transportes: 1,01%; Saúde e cuidados pessoais: 0,64%; Despesas pessoais: 0,40%; Educação: 0,25%; Comunicação: 0,15%. Preços de alimentação continuam a subir Mais uma vez entre os destaques de alta nos preços, o grupo de Alimentação e bebidas foi o que registrou o maior avanço no mês (1,06%), exercendo uma pressão de 0,23 ponto percentual no índice geral. O número é resultado de uma variação positiva de 1,10% na alimentação em domicílio, que subiu influenciada pelos preços do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). A alimentação fora do domicílio, por sua vez, registrou uma desaceleração no período, para 0,93%. Em dezembro, a alta desse item havia sido de 1,23%. O número, no entanto, segue significativo. Nesse caso, tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) registraram uma desaceleração em comparação ao mês anterior (eram 1,26% e 1,34%, respectivamente). O aumento nos preços de alimentação têm sido um tema frequente de debate no governo desde o ano passado. Nesta sexta-feira (24), por exemplo, há a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúna com alguns ministros para tentar trazer medidas que possam contribuir para abaixar os preços dos alimentos. Devem participar do encontro desta sexta os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT); da Fazenda, Fernando Haddad (PT); da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD); do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT). Além de piorarem a avaliação do presidente, o aumento nos preços também pressionam por novas altas de juros por parte do Banco Central do Brasil (BC). A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncie um novo aumento da taxa básica (Selic) em sua próxima reunião, que acontece na semana que vem. Passagens aéreas sobem 10,25% e têm maior impacto individual no mês Ainda segundo o IBGE, a outra grande contribuição para o avanço do IPCA-15 de janeiro veio do grupo de Transportes. Nesse caso, o número foi influenciado pelo aumento nos preços das passagens aéreas, que subiram 10,25% no período e registraram o maior impacto individual do mês. Ainda entre os itens do grupo, os combustíveis tiveram um aumento de 0,67% no mês, puxados por avanços nos preços do etanol (1,56%), do óleo diesel (1,10%), do gás veicular (1,04%) e da gasolina (0,53%). O reajuste nas tarifas de ônibus urbanos, nas passagens de trem e metrô e o aumento nos preços do táxi vistos em algumas cidades também acabaram influenciando a alta no grupo. Energia elétrica ajuda a conter resultado geral Do lado oposto, a energia elétrica mais uma vez ajudou a conter o aumento da inflação no mês, com o grupo Habitação sendo o único entre os avaliados a registrar uma queda no período, de 3,43%, puxado principalmente pela energia residencial, que recuou 15,46%. Nesse caso, o resultado reflete a incorporação do bônus de Itaipu — um desconto distribuído aos consumidores por conta do saldo positivo da hidrelétrica em 2023. O desconto será cedido para consumidores residenciais e rurais que tiveram um consumo menor que 350 quilowatts hora em ao menos um mês de 2023, podendo atingir pelo menos 78 milhões de pessoas. A bonificação na fatura vai ser, em média, de R$ 16,66 e dependendo do consumo, pode chegar a R$ 49 somente na conta de janeiro, segundo a usina. Veja Mais
Polêmica do PIX: 47 milhões de trabalhadores estão na informalidade ou devendo impostos
Receita ampliou fiscalização de movimentações financeiras do PIX e cartão de crédito no começo deste ano, incluindo 'fintechs' e instituições de pagamento, mas depois recuou por conta da repercussão negativa e de fake news. Fisco nega que esteja atrás dos informais. Cerca de 47 milhões de trabalhadores estão na informalidade ou devendo impostos, no caso dos microempreendedores individuais (MEI). Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria da Receita Federal. A mudança no formato de fiscalização do PIX e dos cartões de crédito pela Receita Federal, anunciada no começo deste ano, e depois revogada pelo governo federal diante da repercussão negativa e da divulgação de informações falsas (de que a movimentação financeira seria taxada), gerou tensão entre os empreendedores. O temor era de que, em posse de informações mais detalhadas sobre sua movimentação financeira, os contribuintes fossem chamados pela Receita Federal para dar explicações, ou para pagar impostos devidos. O chefe do Fisco negou que esse fosse o objetivo do órgão (veja mais abaixo nessa reportagem). Veja as informações sobre informais e inadimplentes: Dados do IBGE apontam que, em novembro do ano passado (última informação disponível), havia 40,3 milhões de trabalhadores na informalidade, o equivalente a 38,7% da população ocupada. De acordo com a Receita Federal, havia, em setembro de 2024 (último dado divulgado), 16,17 milhões de microempreendedores individuais no país, dos quais 6,78 milhões estavam inadimplentes no pagamento dos impostos ao governo, estados e municípios. Segundo o economista sênior e gerente de projetos sobre o mercado de trabalho na LCA Consultores, Cosmo de Donato Junior, o número de trabalhadores informais sempre foi alto no Brasil por conta de disparidades regionais grandes. Isso porque as regiões menos desenvolvidas (como o Norte e Nordeste) apresentam oportunidades menores de trabalho com carteira assinada pela falta de qualificação. "O mais relevante nessa discussão [de fiscalização do PIX] é que o informal, nos últimos anos, deixou de ser sinônimo de trabalho precário. Tem trabalhador muito bem remunerado que prefere empreender, trabalhar sem carteira assinada. Não é o tamanho da informalidade, mas o quanto o pessoal passou a ser bem remunerado dentro dela. O mundo está mudando, as grandes oportunidades não estão mais necessariamente no emprego com carteira assinada, mas no empreendedorismo", declarou Cosmo Junior, da LCA Consultores. De acordo com o analista, a fiscalização das movimentações financeiras dos contribuintes faz todo sentido para o governo, pois há metas para as contas públicas que o ele precisa atingir. Para 2025, por exemplo, o objetivo é zerar o rombo fiscal. "Você tem um arcabouço fiscal [regra para as contas públicas] que prevê aumento real [acima da inflação] das despesas. Em contrapartida, você tem de prover, encontrar mecanismos, de ter também um aumento da receita [arrecadação]", avaliou. Governo revoga norma da Receita que aumentava fiscalização sobre o PIX O que diz a Receita Federal Em entrevista ao g1, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, negou que as alterações anunciadas no formato de fiscalização, e depois canceladas, teriam por objetivo multar as pessoas físicas, como os pequenos trabalhadores que trabalham por aplicativo ou no mercado informal, por exemplo. "A gente não tem nem condição de fiscalizar dezenas de milhões de pessoas que movimentam valores baixos. A gente quer é automatizar isso para poder melhor orientar esse tipo de contribuinte a se regularizar, por exemplo. Se a pessoa não tem uma empresa aberta, ela pode abrir um MEI, alguma coisa assim. Mas, não tem nem sentido a Receita Federal ir para a fiscalização repressiva nesses casos", declarou Barreirinhas, na ocasião. Ele também lembrou que o órgão possui há décadas informações sobre as transações financeiras dos contribuintes que operavam com grandes bancos, que nos últimos anos têm se concentrado principalmente no PIX — sistema de transferências em tempo real inaugurado no fim de 2020. A novidade, já revogada, era de que as movimentações feitas por meio de "fintechs" e instituições de pagamento, que operam por exemplo com as "maquininhas" de pequenos comerciantes, passariam a enviar ao Fisco as movimentações financeiras das pessoas. Com o recuo do governo, estas instituições seguem sem enviar informações à Receita Federal. O chefe da Receita Federal explicou que o órgão está atrás, na realidade, de pessoas que buscam ocultar a origem ilícita de recursos, muitas vezes oriunda de crimes como lavagem de dinheiro ou provenientes do crime organizado. Sobre os contribuintes tradicionais, os trabalhadores, Barreirinhas afirmou que a movimentação financeira era apenas um dos itens avaliados pela fiscalização do órgão. "A Receita Federal tem as informações das empresas ligadas a ela, dos parentes relacionados a ela, e pode, nesse cruzamento especial... 'Aqui está acontecendo de que ele tá pagando a despesa de um familiar e acabou'. E vamos dizer que, mesmo depois de todo esse cruzamento, ainda haja uma inconsistência relevante. Nesse caso, e somente nesse caso, ele pode ser notificado para explicar. E vai poder explicar. Às vezes tem outras razões pra esse tipo de despesa", explicou ele. Na declaração do Imposto de Renda, por exemplo, o Fisco considera, para retenção na chamada "malha fina", inúmeros dados e possui mais de 160 filtros de checagem de informações. Governo edita MP assegurando igualdade entre pix e dinheiro vivo Rede de proteção social O governo lembra que os trabalhadores informais, ou microempreendedores individuais inadimplentes, não têm direito aos benefícios da chamada rede de proteção social. Argumenta que, por isso, a formalização, ou regularização de sua situação, seria interessante. Veja os benefícios de quem está formalizado e com os impostos em dia: aposentadoria por idade ou invalidez; auxílio-doença; salário-maternidade; pensão por morte; auxílio-reclusão; participação em licitações. Segundo o governo, o MEI nasceu para incentivar a formalização de pequenos negócios e de trabalhadores autônomos como vendedores, doceiros, manicures, cabeleireiros, eletricistas, entre outros, a um baixo custo. No caso dos quase 7 milhões de microempreendedores individuais que estão inadimplentes no pagamento de impostos, há um prazo até 31 de janeiro para quitar dívidas no Simples Nacional. Caso não acertem as pendências, serão excluídos do regime simplificado. Podem aderir ao programa os negócios que faturam até R$ 81 mil por ano (ou R$ 6,75 mil por mês) e têm no máximo um funcionário. Acima desse limite, os trabalhadores podem abrir uma microempresa, também dentro do Simples Nacional. O valor do imposto mensal do MEI passou para R$ 75,90 para o MEI em 2025 (5% do salário mínimo), e de R$ 169,44 para R$ 182,16 para o MEI caminhoneiro (12% do salário mínimo). Além de pagar o imposto mensalmente, outra obrigação do MEI é emitir nota fiscal quando realizar negócios com pessoas jurídicas (quando o serviço ou a venda for para pessoa física, a emissão é opcional). Desde setembro de 2023, a emissão de notas fiscais eletrônicas pelos MEIs deixou de ser feita pelos sites das prefeituras e passou a ser, obrigatoriamente, pelo sistema nacional. Para o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Décio Lima, o "grande desafio" da economia neste momento é estimular a formalização e, com isso, proteger o povo brasileiro. Pois, em sua visão, o mercado não foi feito para os pequenos negócios, e sim para a "voracidade da acumulação da riqueza". "Dados do Sebrae, mostram que a formalização pode aumentar o faturamento em até 25%. Com a formalização, o empreendedor pode participar das compras públicas. Para se ter uma ideia, as vendas dos pequenos negócios para o governo foram no valor de R$ 42,7 bilhões em 2024, 11% a mais comparado com 2023. Os pequenos negócios representam 74% de fornecedores do governo", acrescentou Décio Lima, do Sebrae. Segundo ele, dos empregos formais criados em 2024, mais de 60%, são da micro e da pequena empresa. "E as empresas que foram criadas e que se formalizaram são, na sua ampla maioria (mais de 90%), das micro e pequenas empresas e os MEI, que atuam em todas as áreas do processo econômico, desde a indústria da transformação, ao comércio, aos serviços, à própria agricultura, que responde com a agricultura familiar, com os sistemas cooperativos", concluiu. Veja Mais
Mega-Sena, concurso 2.819: prêmio acumula e vai a R$ 30 milhões
Veja os números sorteados: 11 - 12 - 39 - 43 - 46 - 50. Quina teve 26 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 74.753,51. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.819 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (23), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 30 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 11 - 12 - 39 - 43 - 46 - 50 5 acertos - 26 apostas ganhadoras: R$ 74.753,51 4 acertos - 1.978 apostas ganhadoras: R$ 1.403,72 O próximo sorteio da Mega será no sábado (25). Mega-Sena, concurso 2.819 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
É #FAKE página que imita g1 e anuncia leilão de produtos importados na Amazon
O g1 nunca teve uma reportagem com esse título nem esse conteúdo. A empresa informou que não faz leilões de produtos para consumidores. É #FAKE que g1 publicou que Amazon faz leilão produtos importados Reprodução Circula nas redes sociais uma página que imita a aparência do g1 e afirma que a Amazon iniciou um leilão de produtos importados. É #FAKE. selo fake g1 O que diz a publicação mentirosa O título da reportagem falsa é este: "Amazon Inova: Leilão de Produtos Importados com Lance Fixo Surpreende Consumidores". O conteúdo afirma que a empresa lançou um inexistente leilão com preço fixo, no qual o primeiro interessado leva o produto. Há várias opções enganosas de produtos importados com preços bem abaixo do que se encontra no mercado, como um Iphone 12 Pro Max por R$ 237,53. O texto mentiroso anuncia que a oferta vale por tempo limitado e que os estoques podem se esgotar rapidamente: um aviso à esquerda alerta que o usuário tem 17 minutos para finalizar a compra. No rodapé do site, há um link que direciona a uma página que imita o site oficial da Amazon. Depois que o usuário clica no endereço, que não é o da empresa, é preciso preencher dados cadastrais e endereço de entrega. O último passo é o pagamento, que pode ser feito via PIX ou cartão. Os valores enviados via PIX são direcionado a uma empresa intermediadora de pagamentos, que não deixa claro quem é o destinatário que receberá o dinheiro. Fato ou Fake: a checagem passo a passo ?? O g1 nunca publicou uma reportagem sobre leilão da Amazon. ?? A editoria "Notícia Advertorial", marcada no endereço fake, não existe no g1. ?? O Fato ou Fake mandou um e-mail sobre o caso para a assessoria de imprensa da Amazon, que respondeu: "A Amazon não realiza leilões de produtos para consumidores. Promoções e ofertas oficiais são vendidas exclusivamente em www.amazon.com.br ou pelo App Amazon". ?? O link do site de vendas fraudulento (oblogdodia.store/garanta) é diferente da página oficial da empresa (www.amazon.com.br/). ?? O Fato ou Fake utilizou o Google Lens, ferramenta que permite descobrir a origem de imagens na internet. No caso de uma das fotos, a correspondência mais antiga apareceu em uma reportagem sobre um leilão da Receita Federal publicada em 19 de abril de 2021 no site da revista "Istoé". ?? De fato, o site da Receita havia divulgado, em 7 de abril de 2021, um comunicado com o seguinte título: Receita Federal da 4ª Região promoverá leilão eletrônico de mercadorias apreendidas. ?? Na página falsa, a foto foi alterada, para que o logo da Amazon cobrisse o da Receita com o da Amazon (veja mais abaixo). ?? O site da promoção fraudulenta tem vários indicadores de golpe, entre eles: URL que não é oficial da empresa; erros de português; e pressão para que o usuário faça a "compra" rapidamente. À esquerda está a foto original, com logo da Receita Federal no canto superior da folha escrito "LOTE 13". À direita, está a foto manipulada para parecer com a da Amazon. Reprodução VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito) Veja Mais
Ministros fazem reunião para discutir preços dos alimentos um dia após polêmica sobre 'intervenções'
Ministro da Casa Civil, Rui Costa, falou em 'intervenções' durante entrevista, mas assessoria informou que ele se referia a 'medidas'. Inflação dos alimentos fechou com alta de 7,69% em 2024. Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram nesta quinta-feira (23) no Palácio do Planalto para discutir os preços dos alimentos. A inflação do grupo "alimentos e bebidas" ficou em 7,69% em 2024, acima do aumento de 1,11% registrado em 2023. Com isso, na prática, houve aumento nos preços cobrados nas prateleiras dos supermercados, o que tem preocupado o governo. A GloboNews apurou com fontes que o encontro desta quinta reuniu, por exemplo, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Melo. A reunião terminou pouco antes das 13h. Fora dos microfones, Paulo Teixeira deu uma declaração rápida a jornalistas e disse que: uma nova reunião foi marcada para esta sexta (24); qualquer medida definida só será anunciada pelo presidente Lula; o governo não cogita mudar regras sobre a validade dos alimentos. Ana Flor: medidas para frear infalação de alimentos causam ruídos O encontro acontece um dia após uma polêmica causada por uma declaração de Rui Costa em que o ministro mencionou a possibilidade de o governo fazer "intervenções" para reduzir os preços dos alimentos. Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rui Costa disse: "Nós vamos fazer algumas reuniões com o ministro da Agricultura, com o ministro do Desenvolvimento Rural, que pega as pequenas propriedades, e o ministério da Fazenda para a gente buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para um barateamento dos alimentos". Ministro da Casa Civil, Rui Costa EBC/Reprodução Explicações da Casa Civil Diante da repercussão negativa em razão do uso da expressão "intervenções", a Casa Civil divulgou a seguinte nota: "A Casa Civil informa que não está em discussão intervenção de forma artificial para reduzir preço dos alimentos. O governo irá discutir com os ministérios e produtores de alimentos as medidas que poderão ser implementadas. Ainda não é possível avançar no detalhamento de tais medidas antes da realização das reuniões que irão tratar do assunto." Além disso, o governo federal divulgou um comunicado no qual atribuiu a Rui Costa a seguinte frase: "Vamos fazer algumas reuniões, com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Fazenda, para buscar um conjunto de ações que sinalizem para o barateamento dos alimentos. À colunista do g1 e comentarista da GloboNews Ana Flor, Rui Costa disse que não haverá o que chamou de "intervenção artificial". "Vamos tomar medidas para ajudar os pequenos produtores a terem custo menor de produção e, desta forma, oferecerem alimentos a preços menores", acrescentou. À GloboNews, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que está no radar do governo a inflação de alimentos, principalmente ligada aos produtos exportáveis: carne, café e açúcar. Segundo ele, o primeiro fator é o câmbio, e o segundo, o chamado ciclo pecuário. Veja Mais
Protecionismo e petróleo: como as primeiras ações de Trump podem mudar a indústria automotiva
Presidente dos EUA deve sobretaxar produtos estrangeiros e desfazer políticas de incentivo à eletrificação. Trump revoga 'mandato do veículo elétrico' e diz que vai 'perfurar' Trump revoga 'mandato do veículo elétrico' e diz que vai 'perfurar' De volta à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete mudanças radicais nas políticas de incentivo à indústria automotiva em seu segundo mandato. Em seu discurso de posse nesta segunda-feira (20), Trump criticou o "New Deal verde" e prometeu acabar com o "mandato do veículo elétrico", um apelido que deu às políticas de descarbonização e eletrificação iniciadas pelo ex-presidente Joe Biden. "Com as minhas ações de hoje, acabaremos com o New Deal verde e revogaremos o mandato dos veículos elétricos, salvando a nossa indústria de automóveis e mantendo os meus compromissos sagrados aos nossos grandes trabalhadores do setor automotivo americano", disse Trump. A iniciativa faz parte do discurso mais protecionista, que pretende favorecer a atividade doméstica e limitar a concorrência estrangeira. Trump pretende reverter políticas de incentivo a modelos mais sustentáveis de produção em toda a indústria americana. O governo Biden havia previsto um subsídio de US$ 1,7 bilhão para adequar linhas de produção de veículos elétricos e híbridos, por exemplo. Também foram estabelecidas regras mais restritas para emissões de carros e caminhões, direcionando a produção para veículos menos poluentes. Foram tentativas de direcionar a indústria americana para uma matriz mais limpa e ajudar as empresas a perseguir a inovação. Hoje, os chineses estão bem à frente das tradicionais montadoras americanas quando o assunto é eletrificação. Trump, no entanto, planeja retomar o uso intenso de fontes de energia não renováveis, como gás natural e petróleo. Para ele, é importante manter baixos os custos de energia para a população — e se há abundância de petróleo nos EUA, esse potencial tem que ser usado. "Temos algo que nenhuma outra nação industrial jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país da Terra. E vamos usá-la", disse Trump na segunda. Além disso, produzir carros com tecnologia mais antiga, apenas a combustão, dispensa o investimento em pesquisa e desenvolvimento. O presidente falou em "acabar com políticas de extremismo climático" do antecessor, um ataque ao esforço de priorizar a sustentabilidades nos negócios. A mudança de posição dos EUA, a maior economia do mundo, não ficará restrita ao país. Especialistas consultados pelo g1 analisaram os desdobramentos do novo governo Trump para o mercado automotivo e suas consequências, inclusive para o Brasil. LEIA MAIS Batalha das custom: Shineray lança três modelos para incomodar a líder do segmento Royal Enfield Brasil produziu mais de 1,7 milhão de motos em 2024, melhor resultado em 13 anos LISTA: veja 20 lançamentos de motos que chegam às lojas em 2025 Trump discursa ao tomar posse nos EUA SAUL LOEB / POOL / AFP A fixação com o petróleo No primeiro dia de governo, a Casa Branca divulgou uma nota com as prioridades do novo mandato. Uma seção é dedicada a "fazer a América acessível e dominante em energia novamente". "O presidente irá destravar a energia americana, encerrando as políticas climáticas extremistas de Biden, agilizando a concessão de permissões e revisando para revogar todas as regulamentações que impõem ônus indevidos à produção e uso de energia, incluindo mineração e processamento de minerais não combustíveis", diz o documento. Segundo o economista Gesner Oliveira, há três motivos para que Trump valorize tanto o petróleo como fonte de energia: Independência energética e posicionamento geopolítico; Fonte de empregos em sua base política; Perseguir o baixo custo de energia; "Trump argumenta que explorar os recursos de petróleo e gás dos EUA reduz a dependência de regiões instáveis, como o Oriente Médio. Essa independência seria, portanto, uma questão de segurança nacional e soberania econômica", afirma Gesner Oliveira. Para Trump, a indústria de petróleo e gás é uma importante fonte de emprego, e vital para a economia de estados-chave de sua base eleitoral, como Texas, Oklahoma e Dakota do Norte. Além disso, exportar petróleo e gás natural dá aos EUA relevância na geopolítica mundial. Essas ações de Trump visam alcançar a autossuficiência energética, evitando a dependência de outros países e reduzindo custos. "Ele é crítico de uma transição muito rápida para fontes renováveis de energia, apontando problemas relacionados aos custos e a alguns impactos ambientais que, segundo ele, nem sempre são considerados pelos defensores dessas energias", prossegue Oliveira. O presidente dos EUA é contra quaisquer restrições ambientais, e entende que elas prejudicam o avanço do país. De efetivo, Trump já assinou um decreto retirando os EUA do Acordo de Paris, um tratado global que visa manter o aquecimento global abaixo de 2°C até o final do século. Como a maior economia do mundo e a segunda maior emissora de gases de efeito estufa, as decisões dos EUA terão impacto direto na luta contra as mudanças climáticas. O que pode mudar para o brasileiro com Trump no poder? O 'mandato do carro elétrico' A preferência pelo petróleo e a aversão às políticas de sustentabilidade deram origem ao termo "mandato do carro elétrico". Embora sejam a casa da Tesla, uma das principais montadoras de elétricos do mundo, os EUA também abrigam GM e Ford, que não estão tão bem posicionadas em tecnologias de inovação quanto suas concorrentes, mas são enormes geradoras de emprego no país. "Os EUA ainda produzem e vendem muitos veículos tradicionais no mercado local. A estratégia é privilegiar os veículos com propulsão convencional, porque são mais abrangentes do que a dos veículos elétricos", afirma Ricardo Roa, sócio-líder do setor automotivo da KPMG no Brasil. Junto com o cancelamento dos incentivos, Trump quer fortalecer o setor automotivo americano contra a concorrência internacional, sobretudo chinesa e mexicana. No início de fevereiro, espera-se que a Casa Branca anuncie tarifas às importações de ambos os países, dificultando a entrada de produtos estrangeiros. "Ele prometeu trazer de volta os empregos industriais aos EUA, como parte de uma estratégia de reindustrialização. Isso pode realmente oferecer muitas oportunidades, mas não será possível abrir mão do comércio internacional", diz Gesner Oliveira. O economista acrescenta que pode não ser uma boa ideia os EUA deixarem de investir em carros elétricos, já que isso pode deixá-los atrasados na corrida por inovação no setor. Trata-se, inclusive, de um flanco em que a China vem se desenvolvendo com bastante velocidade. "Essa decisão pode custar caro à competitividade dos Estados Unidos no médio prazo. Embora Trump seja cético em relação ao aquecimento global, essa é uma questão concreta e poderá gerar um desalinhamento na política industrial americana", afirma Oliveira. "A tendência global em direção à sustentabilidade continuará. Outros países avançarão em direção aos veículos elétricos, especialmente a China, que tem condições de produzir veículos em larga escala, acesso à matéria-prima e já conquistou a Europa. Esse processo não será revertido", explica. Trump conta com a Tesla para fazer frente aos chineses, já que é a única montadora relevante produzindo elétricos no país. Em termos de exportação, porém, a marca pode não contribuir tanto, pois também possui fábricas na China. Davi Gonçalves, analista de macroeconomia da Tendências Consultoria, explica que os asiáticos levam vantagem estrutural nessa briga, pelos custos mais competitivos, ganhos de escala, e gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos e matérias-primas. "Além disso, os estímulos do governo chinês à compra de automóveis elétricos contribuíram para que a China se tornasse o maior mercado desse tipo de veículo, fortalecendo ainda mais sua indústria automotiva", diz o economista. Resta a dúvida se as medidas de Trump serão suficientes para que a indústria americana possa competir fora de suas fronteiras. As medidas protecionistas podem prejudicar, em primeiro momento, as exportações de veículos mexicanos e fechar as portas para os chineses, mas ainda restam mercados enormes na Europa, Ásia e América para explorar. Análise: a relação do Brasil com EUA após posse de Trump Como fica o Brasil nessa história? Se forem levadas à frente as medidas anunciadas por Trump, haverá um certo realinhamento no mercado automotivo brasileiro. De primeira, espera-se que os chineses e mexicanos olhem com mais atenção para a América do Sul, por exemplo. O México opera com um regime de cotas de exportação para o Brasil, com imposto reduzido. Sem o mercado americano para explorar, haverá pressão para desovar a produção em mercados conhecidos. Pelo lado dos chineses, a invasão já começou antes mesmo de Trump. No ano passado, houve alta de 33% dos emplacamentos de veículos importados no Brasil, para 466 mil unidades, segundo a Anfavea. Desses, 26% eram chineses, algo como 120 mil unidades emplacadas. Isso representa uma alta de 187% em relação ao ano anterior. O consolo para indústria nacional é que as marcas chinesas vão se estabelecer por aqui para produzir. "A instalação de fábricas de veículos chineses no Brasil é positiva, pois ajuda a impedir que as importações continuem avançando na participação geral das vendas, como aconteceu em 2024", diz Davi Gonçalves, da Tendências. A BYD, por exemplo, deve iniciar sua produção em Camaçari (BA) a partir de agosto, com capacidade de produzir até 300 mil veículos. O ponto servirá para fornecer os carros vendidos no Brasil e para exportações para a região. A GWM também começará a produção nacional durante o primeiro semestre de 2025, em Iracemápolis (SP). A marca promete contratar 700 funcionários e produzir cerca de 20 mil veículos por ano. Uma ampliação e modernização já estão prometidas para os próximos três anos, passando para 50 mil carros fabricados. GAC Motors, Omoda e Jaecoo, todas chinesas, também estão na lista das marcas com fabricação no Brasil prevista para 2025. “Aqui já temos uma indústria madura, com infraestrutura instalada e um conhecimento importante sobre o mercado da América do Sul”, afirma Ricardo Roa, da KPMG. Por fim, a indústria brasileira pode aproveitar o "tarifaço" imposto por Trump para se apresentar como substituto para produtos americanos. Sempre que tarifas são impostas, há o risco de uma retaliação do país taxado. "À medida que as ações dos EUA provocam uma rivalidade comercial com a China, produtos que os EUA vendem para a China poderão ser substituídos por produtos brasileiros. Isso já aconteceu no passado com soja, milho e carne", lembra Gesner Oliveira. Veja Mais
Mega-Sena pode pagar R$ 10 milhões nesta quinta-feira
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.819 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 10 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (23), em São Paulo. No concurso da última terça (21), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Dólar opera em queda e vai abaixo de R$ 6, com política tarifária de Trump e fiscal brasileiro no radar; Ibovespa sobe
Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302. Já o principal índice da bolsa de valores avançou 0,39%, aos 123.338 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar opera em queda nesta quarta-feira (22), já tendo ficado abaixo dos R$ 6 nos primeiros minutos de pregão, conforme investidores continuavam a precificar os possíveis rumos da política tarifária norte-americana com a chegada de Donald trump na presidência dos Estados Unidos. Na véspera, o republicano voltou a reforçar a promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, além de aventar a possibilidade de impor alíquotas de até 25% contra México e Canadá. (Entenda mais abaixo) Além disso, o mercado também acompanha o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) em Davos, na Suíça, e segue atento aos desdobramentos do quadro fiscal brasileiro. Na agenda, balanços corporativos e dados econômicos locais e internacionais ficam sob os holofotes. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Às 10h09, o dólar operava em queda de 0,39%, cotado a R$ 6,0065. Na mínima do dia, foi a R$ 5,9971. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302. Com o resultado, acumulou: queda de 0,58% na semana; recuo de 2,42% no mês e no ano. a Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,36%, aos 123.787 pontos. Na véspera, o índice avançou 0,39%, aos 123.338 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,81% na semana; ganho de 2,54% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos continuam a fazer preço nos mercados nesta quarta-feira (22). Além das ordens executivas assinadas no seu primeiro dia de mandato, novas afirmações do republicano sobre um possível "tarifaço" a outros países trouxeram dúvida sobre eventuais impactos no comércio global. Na véspera, durante um evento promovido na Casa Branca em seu segundo dia mandato, Trump prometeu atingir a União Europeia com tarifas e disse que seu governo já está discutindo a imposição de uma alíquota de 10% sobre os produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro. O republicano também ameaçou impor tarifas para o México e para o Canadá, afirmando que há preocupação com o fluxo de drogas provenientes desses dois países. Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Donald Trump e quais os impactos para o Brasil Sobre a relação de Trump com o Brasil, continuam a repercutir as falas recentes do republicano, quando afirmou que a relação dos Estados Unidos com a América Latina e com o Brasil "é excelente", mas destacou que a região "precisa mais dos Estados Unidos" do que o contrário. "A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós", respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina. A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl sobre se Trump falaria com o presidente Lula e como seria a relação com Brasil e América Latina feita enquanto o presidente americano assinava os primeiros decretos do novo mandato no salão oval da Casa Branca. O presidente Lula afirmou que torce por uma "gestão profícua" (ou seja, proveitosa) por parte de Trump, afirmando que o Brasil "não quer briga" com os Estados Unidos. "Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil", disse Lula. "Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia", seguiu. Desde sua campanha, o novo presidente dos EUA tem sinalizado uma agenda mais protecionista no país, indicando que deve priorizar o fortalecimento da atividade doméstica norte-americana e limitar a concorrência estrangeira. Assim, investidores seguem incertos sobre quais podem ser os impactos econômicos das medidas do republicano e quais podem ser os efeitos que essas propostas eventualmente tenham no Brasil. Por aqui, o mercado segue atento aos desdobramentos do cenário fiscal, em meio às preocupações sobre o Orçamento, que ainda não foi aprovado. Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, listou as prioridades do governo na política econômica para este ano, indicando a necessidade de fortalecimento do arcabouço fiscal e citando a reforma do imposto de renda. Na agenda doméstica, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, deve ser divulgado na próxima sexta-feira e trazer mais indicações sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic, por aqui. Veja Mais
Mega-Sena, concurso 2.818: prêmio acumula e vai a R$ 10 milhões
Veja os números sorteados: 07 - 10 - 12 - 15 - 25 - 47. Quina teve 88 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 18.948,77. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.818 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (21), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 10 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 07 - 10 - 12 - 15 - 25 - 47 5 acertos - 88 apostas ganhadoras: R$ 18.948,77 4 acertos - 4.697 apostas ganhadoras: R$ 507,16 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (23). Mega-Sena, concurso 2.818 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Importação de veículos cresce mais de 140% em 2024, puxada por elétricos e híbridos chineses
A chegada de carros eletrificados de marcas chinesas, impulsionou a importação de veículos em 2024 e resultou no melhor desempenho dos últimos 10 anos. Mercado de veículos importados cresce, mesmo com alta do dólar e de juros Roosevelt Cassio/Reuters O Brasil registrou um aumento de 141,1% no número de carros importados em 2024, com destaque para a chegada de veículos eletrificados. Os números foram divulgados nesta terça-feira (21) pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa). No ano passado, foram importados 104.729 veículos, alcançando o melhor resultado desde 2014, quando chegaram 93.685 carros fabricados em outros países. Em 2024, 94.930 dos importados eram carros elétricos ou híbridos. Isso representa 90,6% das importações. Dos 178.430 veículos eletrificados emplacados no Brasil em 2024, 53,2% foram importados. A Abeifa destaca que, apesar do crescimento significativo, os veículos importados ainda representam apenas 4,2% de todas as vendas de automóveis no Brasil. A divisão por marca mostra como a BYD dominou o mercado de importados, e comercializou quase 2,8 vezes mais que todas as outras 10 maiores montadoras somadas. (veja no gráfico abaixo) LEIA MAIS Venda de veículos novos no Brasil tem alta de 14,1% em 2024 Mercado automotivo brasileiro é o que mais cresce no mundo em 2024, diz Anfavea Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do Brasil em 2024; veja a lista Como trocar o filtro de ar? Projeções para 2025 e efeito Trump Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, acredita que o mercado de veículos importados deve crescer 5% em 2025, e alcançar cerca de 130 mil unidades, mesmo com o início de fabricação de eletrificados chineses no Brasil. A BYD, por exemplo, vai montar o Dolphin Mini e o Song Pro em Camaçari (BA) a partir de agosto, com capacidade de produzir até 300 mil veículos. O ponto servirá tanto para exportação, como para fornecer os carros vendidos no Brasil. A GWM também começará a produção nacional durante o primeiro semestre de 2025, em Iracemápolis (SP). O primeiro carro será o SUV Haval H6, mas existem promessas de mais modelos, incluindo até a picape Poer, que terá como maior concorrente a BYD Shark. A marca promete contratar 700 funcionários durante o primeiro semestre de 2025, e deve atingir 60% dos itens do carro com fabricação local. A capacidade da fábrica será mais modesta, com 20 mil veículos por ano. Uma ampliação e modernização já estão prometidas para os próximos três anos, passando para 50 mil carros fabricados. GAC Motors, Omoda e Jaecoo, todas chinesas, também estão na lista das marcas com fabricação no Brasil prevista para 2025. “O futuro próximo do setor de importação veicular ainda está incerto. Mas arrisco a dizer que podemos prever um crescimento de 5% em 2025, alicerçado em bases factíveis como o aumento expressivo de novos produtos, recheados de novas tecnologias", aponta Godoy. "De qualquer maneira, registro aqui o nosso desagravo em relação às medidas alfandegárias e suspensão de incentivos de impostos municipais de veículos importados eletrificados, já que estes são os primeiros a contribuir com o processo de descarbonização do setor automotivo brasileiro”, complementa o executivo. Desde o início de 2024, o imposto de importação incidente sobre veículos elétricos e placas solares aumenta gradualmente até 2026. A ideia do governo federal é tornar a mercadoria nacional mais atraente, uma vez que o custo deverá ser menor ao consumidor final. Sobre a posse de Donald Trump, junto da promessa de taxar produtos diversos de muitos países, Marcelo Godoy não acredita que as falas do novo presidente dos Estados Unidos deve afetar negativamente o mercado de carros importados do Brasil. “As taxas dos EUA podem afetar nosso país ao trazer mais carros importados até em preços menores, para desovar a produção com dificuldade de entrar no mercado americano, que também vende pouco na Europa já saturada, além da complexidade de engatar na China”, comenta Marcelo Godoy. Veja Mais
Trump cria sua 'memecoin' e valor dispara; entenda se presidente dos EUA pode criar uma criptomoeda
Moeda-meme de Trump acumulava uma valorização de mais de 450% nesta terça-feira desde seu lançamento. Primeira-dama Melania Trump também tem sua memecoin. Donald Trump dança acompanhado da esposa Melania Trump e do filho Barron Trump Carlos Barria/Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua primeira-dama, Melania Trump, criaram duas “memecoins” que estão movimentando o mercado de criptomoedas nos últimos dias. Lançada na última sexta-feira (17), por exemplo, a criptomoeda de Trump, batizada de $Trump, chegou a valorizar mais de 680% na última segunda (20), atingindo mais de US$ 10 bilhões (R$ 60,5 bilhões) de valor de mercado. Segundo o CoinMarketCap, que reúne dados do mercado de criptomoedas, a moeda de Trump valia US$ 53,86 (R$ 325,84) ao meio-dia – na sexta-feira, ela foi lançada por aproximadamente US$ 8 (R$ 48,40). A criptomoeda de Melania Trump, por sua vez, lançada no domingo (19), chegou a apresentar uma valorização de mais de 25% na mesma hora, passando de cerca de US$ 7 (R$ 42,35) para US$ 9,12 (R$ 55,17). Após o discurso de posse do novo presidente dos EUA, no entanto, a criptomoeda de Trump desacelerou sua valorização. Na manhã de terça-feira (21), a memecoin já acumulava uma valorização de em torno de 450% desde sua criação, cotada a US$ 37,89 (R$ 229,23). Já o ativo de Melania passou a registrar uma desvalorização perto de 46%, cotada a US$ 4,34 (R$ 26,26). As memecoins – também conhecidas como moedas-meme –, são criptomoedas normalmente inspiradas em memes, personagens ou tendências da internet. Como não há regulamentação desse mercado, qualquer um pode criar e ter sua memecoin. (entenda mais abaixo) Segundo a Coinbase, essas criptomoedas são normalmente apoiadas por comunidades online e têm a intenção de serem leves e divertidas. Apesar desse caso de valorização, as memecoins são ainda mais arriscadas que as criptomoedas tradicionais. Segundo Fábio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas, as memecoins funcionam de maneira semelhante às criptomoedas tradicionais e dependem da tecnologia blockchain, que é um tipo de banco de dados usado para rastrear ativos virtuais e que mantém um registro de todas as transações realizadas nas redes. Plein afirma que "a maioria das memecoins são meramente instrumentos de negociação, ao contrário do Ethereum e de outras moedas utilitárias vinculadas a recursos específicos da blockchain". Entenda os possíveis impactos do novo governo Trump para o Brasil Por que Trump e Melania criaram uma criptomoeda? O mercado de criptoativos se caracteriza, principalmente, por ser descentralizado — ou seja, não depende de governos ou de bancos centrais para a emissão de moedas. Na prática, isso significa que qualquer pessoa que tenha conhecimento em programação pode criar um ativo digital, incluindo o presidente dos Estados Unidos e sua primeira-dama, se fosse o caso. Segundo o analista-chefe da Coinext, Taiamã Demaman, a evolução das blockchains e do ecossistema cripto proliferaram, nos últimos meses, uma porção de ferramentas que permitem que qualquer usuário com mínima noção de ferramentas digitais, seja capaz de criar uma criptomoeda e lançá-la em poucos minutos. "Essas ferramentas foram responsáveis por milhares de memecoins nos últimos meses. Apesar de ser fácil criá-las, no entanto, o maior desafio é conseguir ter impacto no lançamento e na criação das comunidades", diz o analista. No caso de Trump e Melania, no entanto, o desenvolvimento das duas criptomoedas ficou a cargo da plataforma blockchain Solana. O site oficial de ambas as criptomoedas indica que esses ativos têm a intenção de “funcionar como uma expressão de apoio e engajamento aos valores incorporados” pelos símbolos $Trump e Melania. Eles não pretendem ser, nem se tratam de uma oportunidade de investimento, contrato de investimento ou título de qualquer tipo. Segundo Plein, da Coinbase, entre as etapas principais na criação de uma criptomoeda estão: A definição de seu propósito: qual problema ela resolverá? como agregará valor aos usuários?; A escolha da plataforma blockchain; A determinação da projeção da criptomoeda, ou seja, a decisão sobre o fornecimento total das moedas, o método de distribuição e o mecanismo de consenso (protocolo que garante que os participantes concordem com o estado do sistema); A garantia de que a criptomoeda esteja em conformidade com todas as leis e regulamentos relevantes O que o mercado espera para essas criptomoedas? Segundo os especialistas consultados pelo g1, o mercado cripto é influenciado por uma gama variada de fatores políticos, macroeconômicos, regulatórios e tecnológicos – e a movimentação das memecoins de Trump e Melania no dia da posse do presidente norte-americano é um bom exemplo disso. "A posse de Trump foi um impulso para o mercado cripto como um todo, e as memecoins, por serem muito voláteis, tendem a se beneficiar dos movimentos principais do Bitcoin com muito mais intensidade, como de fato aconteceu após a eleição", diz Demaman. O analista reforça, ainda, a sinalização mais positiva para o segmento após a entrada oficial de Elon Musk, homem mais rico do mundo e dono do X e da SpaceX, no governo norte-americano. "O bilionário sempre foi um entusiasta das memecoins, sobretudo da Dogecoin, cujo nome do seu departamento no governo norte-americano remete propositalmente, o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE)", completa o analista da Coinext. Durante sua campanha, Trump se mostrou favorável ao segmento (entenda mais abaixo), e a leitura é que sua vitória nas eleições presidenciais norte-americanas pode ser um grande passo para o setor. "Essa foi também uma vitória da inovação e um sinal para a necessidade de regras mais claras para ativos digitais nos EUA", diz Plein, reiterando que os próximos anos serão críticos para a legislação do setor. "Esperamos que os candidatos eleitos de fato se posicionem a favor de uma atualização para o mercado americano, o que tende a influenciar também outros mercados globais, como o Brasil", completa o executivo. Guga Chacra e Sandra Coutinho analisam principais trechos do discurso de posse de Trump Bitcoin em ascensão As memecoins de Trump e Melania não foram as únicas a sentirem os efeitos da eleição do republicano nos Estados Unidos. O bitcoin, criptomoeda mais famosa do mundo, surfou a onda otimista e superou a cotação de US$ 100 mil pela primeira vez na história. A moeda digital estava na casa dos US$ 104 mil no início da tarde desta segunda-feira (20), segundo a plataforma CoinMarketCap. Antes crítico dos criptomoedas, Trump mudou de tom durante sua campanha, financiada em parte por grupos do setor. Passou, então, a prometer fazer dos Estados Unidos "a capital mundial do bitcoin e das criptomoedas". Para especialistas, o ativo digital deve seguir em alta — ao menos neste primeiro ano de governo. José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos, explica que o bitcoin era considerado um ativo muito exposto às taxas de juros. E que, agora, o cenário mudou. Segundo ele, a criptomoeda tendia a ficar mais atrativa quando investimentos tradicionais rendiam menos. Ou seja, quando os juros nos EUA estavam baixos, a procura pelo bitcoin aumentava, fortalecendo a moeda digital. "Quando os juros foram a zero, ele se valorizou muito. Em 2023, quando as taxas norte-americanas subiram a 5%, ele se desvalorizou", lembra. "Agora, esse paradigma foi quebrado. Os juros estão historicamente altos e, mesmo assim, o bitcoin está supervalorizado." Um dos pontos que explicam a mudança é a agenda regulatória da moeda representada por Trump. Segundo Cassiolato, o novo presidente faz ficar para trás a imagem de que o Estado é contra o ativo digital, ou de que ele representaria uma ameaça para o próprio dólar. O especialista reforça que, agora, o bitcoin tende a atuar contra o "colapso do sistema", e não mais se beneficiar dele. "O universo de finanças descentralizadas vive uma época de ouro. Deverá ter uma agenda regulatória muito positiva e irá crescer de forma significativa ao longo da gestão de Trump." Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, ressalta que também é preciso entender se o republicano irá, de fato, utilizar o bitcoin para compor as reservas norte-americanas, como afirmou em campanha. "Isso, sem sombra de dúvidas, acarretaria em uma demanda maior pelo criptoativo. Consequentemente, o preço subiria cada vez mais." "Além disso, outras economias podem seguir o mesmo caminho. Afinal, os EUA são referência global. O movimento também poderia contribuir para uma alta ainda mais elevada do bitcoin", conclui. Veja Mais
Simulador de aposentadoria do INSS: como evitar erros e deixar cálculo mais preciso
Ferramenta estima quanto tempo falta para o segurado se aposentar, mas os vínculos de trabalho precisam estar atualizados no sistema. Para alguns grupos, calculadora não funciona. É possível solicitar a aposentadoria pelo INSS por meio da internet g1 O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) disponibiliza, em seu site e aplicativo, um simulador de aposentadoria, para pessoas que estão prestes a adquirir o benefício calcularem quando poderão começar a receber. O sistema faz sete cálculos diferentes, para verificar quanto tempo para a idade mínima ou quantas contribuições faltam para o segurado ter direito de se aposentar, de acordo com as várias regras da previdência. E para quem falta, no máximo, cinco anos, a ferramenta também simula o valor do benefício. Apesar disso, especialistas em direito previdenciário alertam que, em muitos casos, o simulador não revela, automaticamente, as informações corretas. Isso porque os dados do contribuinte no CNIS, o Cadastro Nacional de Informações Sociais, de onde o sistema pega as informações para calcular o benefício, podem estar desatualizados ou incompletos. O simulador também não considera algumas particularidades dos contribuintes que garantem a aposentadoria mais cedo, como o caso de professores, de pessoas com deficiência ou que atuam expostas a algum agente nocivo à saúde. Por isso, antes de entrar com o pedido, é essencial checar e atualizar as informações do CNIS, no próprio site do INSS, e ter em mãos todos os documentos para comprovar possíveis condições especiais. Entenda, a partir dos tópicos abaixo, os problemas mais comuns no cadastro e como resolvê-los. Vínculos de trabalho sem data de saída; Empresa que não pagou o INSS; Aposentadoria especial, para professores, PCD e mais. Aposentadoria pelo INSS: veja como calcular valor do benefício e tempo de contribuição 'Feche' o vínculo de trabalho ???? O CNIS reúne os vínculos de trabalho, contribuições previdenciárias e salários do segurado. Um dos erros mais comuns nesse cadastro é a presença de vínculos trabalhistas abertos, explica a advogada Janaína Braga, do ecossistema jurídico Declatra. "Às vezes, a pessoa se desliga da empresa, mas a data de saída acaba não constando no cadastro. Então, a calculadora não computa aquele período e o tempo de contribuição aparece menor." Para solucionar esse problema, basta ajustar as datas manualmente no sistema (clicando no lápis), e o trabalhador poderá obter um resultado mais preciso no simulador do INSS, orienta Adriane Bramante, presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-SP. Também é possível alterar os salários recebidos em cada período, se estiverem incorretos, e incluir contribuições autônomas ou possíveis vínculos de trabalho que não foram computados. "No caso de quem já trabalhava antes de 1976, quando o CNIS começou, o sistema não vai encontrar esse vínculo. Ou também pode não aparecer alguma empresa para a qual o trabalhador fez um serviço temporário", comenta Bramante. "Já em relação aos salários de antes de julho de 1994, o contribuinte nem precisa se preocupar em corrigir, porque eles não entram no cálculo do valor da aposentadoria", continua. Apesar da facilidade para alterar os dados no simulador, na hora de entrar, de fato, com o pedido de aposentadoria, o segurado vai precisar comprovar as informações incluídas, com a apresentação da carteira de trabalho ou outros documentos trabalhistas. "Ao apresentar a carteira de trabalho no pedido, com todas as páginas, o servidor que faz a análise vai poder fazer a correção no CNIS, se tiver qualquer erro", explica Janaína Braga. LEIA TAMBÉM INSS para autônomos: como contribuir e quais são os benefícios? Auxílio-doença: conheça os requisitos para ter direito ao benefício Quando a empresa não pagou o INSS ??????? Outra situação que pode prejudicar o cálculo da aposentadoria no simulador é quando a empresa para o qual o segurado trabalhou não pagou corretamente o INSS ao longo dos anos, afirma Elimar Mello, sócio do escritório Badaró Almeida & Advogados Associados. "Então, apesar de ter a anotação do vínculo na carteira de trabalho, não vai ter o registro no CNIS. Se a pessoa trabalhou 10 anos numa empresa que nunca recolheu, esses 10 anos não vão constar na calculadora." Nesse caso, para a simulação do benefício, também basta incluir as informações no sistema. Já para entrar com o pedido de aposentadoria, é necessário que o trabalhador apresente os registros do serviço na carteira de trabalho. "O recolhimento do INSS é obrigatório para as empresas, então, se o vínculo estiver na carteira de trabalho, isso é um meio para a pessoa provar que exerceu aquela atividade", explica Mello. Outros tipos de aposentadoria ?????????? Em alguns casos, estar com o CNIS atualizado com os vínculos de trabalho, contribuições e salários não é suficiente para um cálculo preciso no simulador do INSS. Vários segurados possuem condições especiais de aposentadoria, ou seja, não precisam seguir as regras gerais da previdência de tempo de contribuição e idade mínima. É o caso de professores, pessoas com deficiência ou que trabalham expostas a agentes nocivos, por exemplo. Conheça as mais de 10 modalidades de aposentadoria pelo INSS "Considerando que estas situações possuem regras diferenciadas de forma de cálculo de tempo de contribuição que dependem de comprovação a serem feitas de acordo com cada atividade exercida, não é disponibilizada simulação para esses casos", explica o INSS. Assim, a recomendação é pesquisar atentamente as exigências das diferentes modalidades do benefício. E, se necessário, buscar ajuda de um advogado especialista em direito previdenciário. "É importante que a pessoa resgate todos os documentos dela: carteira de trabalho, termos de rescisão de contrato de trabalho, PPP (que descreve as condições de trabalho), holerites, tudo o que tiver de físico. A ferramenta vai te dar uma previsão, mas é preciso se preparar e procurar saber o que é melhor para si", finaliza Elimar Mello. Veja Mais
Governo fará 'o necessário' para manter compromisso fiscal e espera queda do dólar com a posse de Trump, diz Rui
Ministro da Casa Civil afirmou que, apesar das dúvidas da opinião pública, o governo federal cortou R$ 20 bilhões de investimento em 2024 para ficar dentro das regras do arcabouço fiscal. O ministro da Casa Civil, Rui Costa TV Globo O ministro Rui Costa (PT-BA), da Casa Civil, afirmou nesta segunda-feira (20) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará "o que for necessário" para cumprir as obrigações fiscais. Segundo Costa, não há nenhum corte de gastos em estudo, mas o governo não hesitará em diminuir despesas caso seja preciso. O chefe da Casa Civil também afirmou que espera uma queda do dólar com a posse de Donald Trump e a melhora da percepção sobre o estado da economia brasileira. “Isso não tem mudança, gente. Nós vamos manter. Como eu tenho dito, o compromisso fiscal não é do ministro A ou do ministro B. O compromisso fiscal é do presidente da República, é do governo", disse Rui Costa após uma reunião de Lula com todos os ministros que durou mais de sete horas. Lula diz que governo não pode 'inventar nada' durante reunião ministerial Investimentos O titular da Casa Civil também afirmou que, apesar das dúvidas da opinião pública, o governo federal cortou R$ 20 bilhões de investimento em 2024 para ficar dentro das regras do arcabouço fiscal, instrumento de controle das contas públicas atualmente vigente no país. "Não terá anúncio antecipado, não tem estudo em andamento. Mas eu quero reafirmar, tudo que precisar ser feito para cumprir o equilíbrio fiscal será feito, a qualquer tempo, a qualquer mês que se mostre necessário as medidas podem ser aperfeiçoadas", garantiu. No entanto, o tema não entrou em pauta na reunião ministerial desta segunda. "Mas, a qualquer momento, se a realidade assim se mostrar, os ajustes necessários serão feitos", seguiu o ministro. Líderes reagem ao discurso de posse de Trump Troca de poder nos EUA Costa afirmou ainda que a volta de Donald Trump para o comando do governo norte-americano e uma melhora na percepção do estado da economia brasileira serão responsáveis por garantir a queda do dólar. "O que a realidade vai mostrando é que o dólar vai caindo. Infelizmente, ele não cai na mesma velocidade que ele subiu", ponderou. "Mas acredito que, com o passar dos dias, com a posse do novo presidente dos Estados Unidos e os números robustos da economia brasileira vão fazendo o dólar voltar ao patamar que tenha reflexo na vida real da economia. O patamar que está não corresponde à vida real e aos números reais da economia", avaliou. Veja Mais
A posse de Donald Trump: como o presidente dos EUA quer mudar a economia, e os efeitos para o Brasil
Republicano visa favorecer a atividade doméstica e limitar a concorrência estrangeira. Primeiras ordens devem impactar a imigração, o setor de energia e a relação com parceiros comerciais. O ex-presidente e então candidato à presidência Donald Trump participa de debate da ABC News, em setembro Win Mcnamee/Getty Images via AFP A posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, acontece nesta segunda-feira (20), e já deve trazer consigo uma série de medidas que o republicano vai adotar em seu segundo mandato. Além dos discursos e do cerimonial de troca da Presidência, o dia também terá os primeiros decretos presidenciais, que prometem mudanças relevantes de política econômica dos EUA — e que transbordam efeitos ao redor do planeta, incluindo o Brasil. Trump retorna à Casa Branca com um discurso protecionista, visando favorecer a atividade doméstica e limitar a concorrência estrangeira. Embora setores importantes da economia norte-americana possam se fortalecer, há uma clara pressão inflacionária. O presidente promete mudanças nas políticas de imigração, no setor de energia e nas relações comerciais da maior economia do mundo. Trump espera um aumento de produtividade das empresas, mas há o risco de aumento nos preços pela redução da mão de obra ou pelo efeito de muitas taxas contra concorrentes de fora. Sendo esse o cenário, o Federal Reserve (Fed) terá mais dificuldade de controlar a inflação e poderá ser obrigado a interromper o ciclo de queda das taxas de juros por lá — ou até mesmo aumentá-las. E juros mais altos nos EUA aumentam a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo. Com o fluxo de dinheiro voltado para lá, o dólar se valoriza frente a outras moedas. Para o Brasil, um real mais fraco significa inflação mais alta. Com juros elevados no exterior, o Banco Central (BC) pode precisar subir a taxa básica de juros brasileira (ou mantê-la alta) para evitar a saída de investidores do país. Por fim, há mudanças importantes no comércio exterior, já que os EUA são o nosso segundo maior parceiro comercial. Entenda abaixo como as medidas podem afetar o Brasil, e o que esperar para os próximos meses. Congresso dos EUA certifica vitória de Donald Trump na eleição presidencial TRUMP: O que esperar da agenda econômica do próximo presidente dos EUA Quais são os impactos para o Brasil? De maneira geral, as medidas econômicas previstas para o mandato do republicano têm caráter inflacionário e devem causar uma série de efeitos por aqui, principalmente em termos de preços e juros. Entre aquelas de maior impacto estão o aumento de tarifas para produtos importados, a redução de impostos domésticos, o apoio à indústria norte-americana e a oposição a incentivos para a transição energética. ????Tarifaço e apoio à indústria norte-americana Parte dos efeitos, segundo especialistas, viria principalmente das medidas que envolvem as relações comerciais entre o Brasil e os EUA, com impactos diretos e indiretos na inflação e na indústria brasileira. A intenção de Trump, de aumentar as tarifas para produtos importados, pode atingir os exportadores brasileiros. A proposta inicial é impor uma alíquota de 10% a 20% sobre todas as importações, o que afetaria todos os parceiros comerciais dos EUA. Em dezembro, durante sua primeira coletiva de imprensa após a vitória nas eleições de 2024, Trump ameaçou cobrar do Brasil “a mesma coisa” que o país cobra, afirmando que o valor era muito alto. Embora a ameaça tarifária seja considerada uma estratégia antiga do republicano para beneficiar os EUA em negociações bilaterais, a possível implementação da medida ainda não está descartada. De um lado, há o impacto na balança comercial brasileira. Em 2024, os EUA compraram mais de US$ 40 bilhões em produtos brasileiros, ficando atrás apenas da China (US$ 94 bilhões). Um aumento das tarifas pode tornar os produtos brasileiros menos competitivos, reduzindo as exportações. A balança comercial registrou superávit de US$ 74,55 bilhões no ano passado, o que ajudou a conter uma alta expressiva de 27% do dólar. Sem tantas exportações, a situação seria ainda mais preocupante, pois as vendas para o exterior aumentam a oferta de dólares no país. Assim, caso o bloqueio se concretize sob Trump, a inflação brasileira pode sofrer nova pressão, tanto pela menor entrada de dólares no país quanto pelo possível repasse de preços pelos produtores devido ao aumento dos custos com um câmbio desfavorável. Além disso, o professor de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lucas Pereira Rezende, aponta os impactos indiretos da medida, por meio da sobretaxação dos produtos chineses. Trump propõe impor tarifas de 60% ou mais sobre os produtos importados da China. O professor explica que essa medida poderia levar a China a buscar outros mercados, encontrando no Brasil uma saída para seu comércio exterior, afetando nossa indústria e varejo. “É importante que, nesse momento, o Brasil também comece a pensar em políticas que fomentem a reindustrialização e a diminuição da dependência de produtos industrializados externos”, diz Rezende. ?? Cortes de impostos domésticos Outro ponto de atenção, segundo especialistas, é a promessa de Trump de reduzir ou limitar os impostos domésticos para incentivar a indústria e a atividade econômica nos EUA. Esse cenário pode reduzir a arrecadação do país e, dependendo de como for implementado, gerar novas preocupações no mercado financeiro sobre a capacidade de os EUA de cumprir com o pagamento de sua dívida. Na prática, isso pode levar os investidores a exigir um prêmio maior (em suma, juros mais altos) e pressionar o Federal Reserve (Fed) voltar a aumentar as taxas americanas. Os países emergentes, como o Brasil, ficam menos atrativos, o que pode ser mais um gatilho de saída de dólares do país. Uma desvalorização ainda mais intensa do real pode exigir que o BC também seja mais agressivo para ajustar para cima a taxa básica de juros (Selic). Com Trump no radar (e problemas internos com a incerteza sobre as contas públicas), o mercado financeiro brasileiro já espera que a Selic termine este ano na casa dos 15%. A projeção é de uma redução para 12% ao ano em 2026, e para 10,25% em 2027. São ao menos três anos com juros acima de dois dígitos, que podem ser uma trava para o crescimento da economia brasileira, com impactos no mercado de trabalho. ? Mudanças no mercado de energia Por fim, outra medida preocupante é o fim das restrições para o mercado de petróleo, gás natural e carvão, além do aumento da produção de energia em todas as fontes, incluindo a nuclear. Para especialistas, essa intenção dos Estados Unidos pode trazer oportunidades para o Brasil, mas também preocupações sobre os mecanismos internacionais para a transição energética. Do lado positivo, essa mudança pode abrir espaço para uma maior liderança do Brasil na agenda climática, uma vez que o país tem investido cada vez mais em energias renováveis. Além disso, pode fortalecer a parceria energética com os EUA, beneficiando o setor de óleo e gás. Por outro lado, há preocupações sobre possíveis alterações nas políticas comerciais, como o aumento de tarifas sobre importados, e uma menor colaboração internacional. Segundo Rezende, da UFMG, o governo Trump pode dificultar mecanismos internacionais de transição energética, como o mercado de carbono. “Além dos impactos econômicos derivados das mudanças climáticas que já estamos sentindo agora, como o aumento da inflação de alguns alimentos, podem surgir novos efeitos no curto, médio e longo prazo devido a uma mudança de postura por parte do governo dos EUA”, diz o professor. Ana Flor: Dólar em alta e efeito Trump preocupam Mas será que o Trump conseguirá implementar tudo o que deseja? Segundo especialistas, muitas das propostas do plano econômico do republicano são parte de uma retórica política, mas é preciso considerar que Trump está mais poderoso em um segundo mandato, ajudado pela nova “onda vermelha” vista nas eleições do ano passado. “A vitória de Trump não foi isolada, mas acompanhada de uma ampla conquista republicana nas duas casas do Congresso”, explica o vice-presidente executivo do Grupo Travelex Confidence, João Manuel Freitas. “Esse domínio republicano traz implicações significativas para a economia global”, completa o executivo. Na prática, isso significa que as políticas propostas por Trump podem ter um apoio maior por parte do Congresso, facilitando a aprovação dessas medidas. “É um cenário bastante diferente do Trump 1, que tinha políticas que eventualmente eram barradas pela Suprema Corte ou pelo Congresso. Isso agora pode não acontecer da mesma forma nesse segundo mandato”, diz Rezende, da UFMG. O professor acrescenta que o republicano pode tentar passar boa parte das medidas impopulares já em 2025, aproveitando a popularidade das eleições, que ainda está bastante recente no país. “Só então o Brasil vai conseguir se reposicionar e entender o que de fato lhe impactará diretamente”, completa. Veja Mais
Retrospectiva 2024: reveja reportagens do Nosso Campo deste domingo, 19 de janeiro
Durante o mês de janeiro, o Nosso Campo dá uma pausa para prepararmos novidades para 2025, mas você confere as reportagens que foram destaque no ano passado. Retrospectiva 2024: reveja reportagens do Nosso Campo deste domingo, 19 de janeiro Reprodução/TV TEM Durante o mês de janeiro, o Nosso Campo faz uma pausa para reexibir algumas reportagens produzidas em 2024. Neste domingo (19), o programa relembra o proprietário de um sítio no interior de São Paulo que cultiva mais de 200 árvores de frutas exóticas, como ameixa de Madagascar, jabuticaba branca e biribá amazônica, e muito mais. Você também confere como a produção de hortaliças passada de pai para filho garante a renda de uma família na região de Bauru (SP). O Nosso Campo mostra que criadores de cabra da raça saanen têm sido destaque na produção de leite, com características que permitem a fabricação de queijos de alta qualidade. A raça consegue produzir até 8 litros de leite por dia. E para ficar com água na boca, Antonio Nóbrega ensina como preparar um arroz especial com carne desfiada. Confira as reportagens abaixo: Sítio é atração com árvores frutíferas de várias partes do mundo Hortas garantem renda para famílias em pequenas propriedades rurais Cabra da raça saanen é boa produtora de leite Receita Nosso Campo: aprenda a fazer arroz com carne desfiada Assista ao programa deste domingo na íntegra: Confira o Nosso Campo deste domingo, 19 de janeiro, na íntegra VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais
Inscrições para o programa CNA Jovem se encerram neste domingo; veja como participar
Curso gratuito é voltado para jovens de 22 a 30 anos, com formação técnica ou superior no setor de agronegócios, além de ser necessário vínculo com a área. Joaquim Souza Lima Neto, que participou da última edição do Programa CNA Jovem Divulgação / CNA As inscrições para o programa CNA Jovem se encerram neste domingo (19). A iniciativa da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) é voltada para jovens de 22 a 30 anos, que possuem vínculo com o setor de agronegócios. O programa, que está na sua sexta edição, oferece capacitação por meio de encontros presenciais e online. A inscrição e o curso são gratuitos para os alunos. A CNA cobre os custos de deslocamento, hospedagem e alimentação para os encontros presenciais. Veja abaixo como se inscrever, quais requisitos do programa e como ele funciona. Quem pode se inscrever? Todas as inscrições serão checadas e só serão selecionados para o programa quem atender aos seguintes critérios: ter 22 e 30 anos completos até a data de encerramento das inscrições; ter formação técnica ou superior completa; comprovar ter vínculo ou atuação com o setor agropecuário. Por exemplo, ser produtor rural ou ter parentesco com um produtor, atuar profissionalmente na área, independente da formação, ser formado em ciências agrárias; ter disponibilidade para participar das atividades, que acontecem também aos finais de semana; ter CPF e e-mail válidos. Como se inscrever? A inscrição pode ser feita neste link até as 23h59 deste domingo, no horário de Brasília. No formulário, o candidato precisará informar: e-mail; nome completo; data de nascimento; número do WhatsApp. Em seguida, será enviado ao e-mail um link para um segundo formulário, que solicitará informações mais detalhadas, como o estado que o jovem pretende representar. Para participar do programa, também é preciso passar em uma prova objetiva e pela avaliação comportamental. Como funciona o programa? O programa conta com uma série de oficinas e mentorias online e presenciais, com uma duração de 11 meses. O curso é dividido em 3 etapas. Confira abaixo. ??Seletiva: são disponibilizadas informações sobre o sistema CNA e o setor, além de acontecerem as avaliações. ??Regional: prevista para iniciar em março, esta fase inclui oficinas, mentorias e encontros presenciais em Pernambuco, voltados ao desenvolvimento de projetos no setor agropecuário. Em agosto, é realizada uma avaliação final, selecionando os estudantes para prosseguir à etapa nacional. ??Nacional: os encontros focam na criação de iniciativas de impacto em todo o país, com reconhecimento dos 10 melhores participantes. A duração desta fase é de setembro até dezembro. Leia também: Como sombra de árvores ajuda planta a lidar com o planeta mais quente Gracyanne Barbosa consome 55 vezes mais ovos do que brasileiro comum; 'ovômetro' monitora consumo no BBB Veja inovações no agro: Cafezinho em risco: como sombra de árvores pode ser solução para aumento da temperatura Prato do Futuro: pesquisa cria milho mais resistente ao calor Veja Mais
Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 38,5 milhões
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (18), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.817 da Mega-Sena e 217 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 38,5 milhões. As chances de vencer na loteria são menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. No sorteio da última quinta-feira (16), uma aposta de Indaiatuba (SP) ganhou sozinha o prêmio de R$ 37,3 milhões. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
Governo cogita reduzir imposto de importação de alguns alimentos para baixar preços, diz Rui Costa
Segundo o ministro da Casa Civil, nenhuma medida 'heterodoxa' será adotada. Preocupação com a inflação dos alimentos tem gerado incômodo no presidente Lula, que convocou ministros para reunião nesta sexta. Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, ao lado do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participa da cerimônia de assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), em 22 de janeiro de 2025. Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo estuda a possibilidade de reduzir o imposto de importação de alimentos que, por algum motivo, estiverem mais baratos no exterior que no Brasil. Segundo o ministro, ao facilitar a importação desses alimentos, o governo contribuiria para aumentar a oferta do produto e, por consequência, a queda do preço. "Não tem explicação para [o preço interno] estar acima. Todo produto que o preço externo estiver menor que o interno, vamos atuar. O preço se forma no mercado. Se tornarmos mais barata a importação, vamos ter atores do mercado importando. E vão ajudar a abaixar o preço do produto interno", disse. Na mesma entrevista, Rui Costa disse que o governo não pretende adotar nenhuma medida "heterodoxa" (fora do padrão) para abaixar o preço dos alimentos nos supermercados. Segundo o ministro, a inflação que tem gerado aumento nos preços é consequência de índices internacionais, como alta do dólar e busca por commodities. "Quero reafirmar taxativamente: nenhuma medida heterodoxa será adotada. Não haverá congelamento de preços, tabelamento, fiscalização. Ele até brincou: não terá fiscal do Lula nos supermercados, nas feiras. Não terá rede estatal de supermercados, de lojas. Isso sequer foi apresentado nesta ou em qualquer outra reunião", defendeu o ministro. Brasil 'não terá tabelamento' de preços nem 'fiscal do Lula nos mercados', diz Rui após reunião no Planalto Mudança de consumo Na ocasião, o ministro Rui Costa ainda falou de mudar hábitos de consumo. Ele citou o exemplo da laranja, que teve queda na produção tanto nos Estados Unidos como internamente. "A laranja, vários jornalistas econômicos fizeram matéria, já reportando a diminuição drástica de produção nos Estados Unidos, que é um dos maiores produtores do mundo, em função de doenças na plantação. Também tivemos redução aqui, em São Paulo também, por conta de doenças", mencionou. Diante desse cenário, Rui Costa sugeriu mudar a fruta na mesa dos brasileiros. "O preço internacional tá tão caro quanto aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta que a gente vai consumir, em vez da laranja, outra fruta. Não adianta você baixar a alíquota porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro. Nós focaremos, evidente, no produto que esteja mais barato lá fora, todo e qualquer produto, do que está aqui dentro para trazer o preço do mínimo do patamar que estiver internacionalmente", prosseguiu o ministro. Ministros fazem reunião para discutir preços dos alimentos De acordo com ele, o aumento no custo da comida dos brasileiros é resultado de "um cenário que não tem a ver com a economia brasileira, tem a ver com os preços internacionais dessas commodities". A fala do ministro ocorre após reunião com presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto. Lula convocou ministros da área para debater possíveis ações governamentais que possam contribuir com a queda no preço dos alimentos e bebidas no país. A questão tem sido um ponto de preocupação no governo federal desde o começo do ano passado, quando pesquisas de opinião identificaram que o custo dos alimentos estava impactando negativamente na avaliação do presidente. Custo da comida é pedra no sapato do governo desde 2024 e Lula discute medidas para baixar preços Cenário atual e perspectivas para o ano De acordo com Rui, o presidente pediu que os ministros apresentassem, durante a reunião desta sexta, o cenário atual do preço dos alimentos mais consumidos pela população, a evolução nos últimos anos e a perspectiva para 2025. "Se apresentou uma influência muito forte de preços que os economistas chamam de commodities. Café, soja, milho, laranja, preços que são definidos no mercado internacional. Em vários desses produtos, se constatou uma subida, a exemplo do café", afirmou Rui. O ministro reafirmou que, apesar dos ruídos ao longo da última semana, o governo não pretende intervir diretamente nos preços. "A convicção do governo brasileiro é de que os preços se formam no mercado, não são produzidos artificialmente. Seja no mercado internacional, que no caso tem uma relação muito forte com as commodities, seja com relação ao valor do dólar que também influencia os preços", declarou. Segundo Rui Costa, após um 2024 "extremamente severo do ponto de vista climático", a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que a safra geral brasileira cresça 8% em 2025 – com destaque para produtos como arroz e feijão. Veja Mais
Correios divulgam resultado preliminar do concurso de nível superior; veja como acessar
Resultado da prova objetiva para carteiro, de nível médio, saiu na sexta-feira passada. Mais de 1 milhão de pessoas fizeram as avaliações em dezembro. Sede dos Correios em Palmas, Tocantins Djavan Barbosa/TV Anhanguera Os Correios divulgaram nesta sexta-feira (24) o resultado preliminar da prova objetiva do concurso de nível superior da estatal. Ele pode ser acessado no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), a banca responsável pela seleção. A empresa liberou também o resultado dos recursos dos candidatos contra o gabarito preliminar, assim como o gabarito definitivo da avaliação. O resultado da prova objetiva para o cargo de carteiro, de nível médio, saiu na sexta-feira passada, dia 17. Veja aqui. ? Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp Mais de 1 milhão de pessoas realizaram as provas do concurso dos Correios em dezembro, sendo a maioria para as vagas de carteiro. Essa é a maior seleção da estatal dos últimos 13 anos. Ao todo, o concurso vai preencher 3.511 vagas imediatas. São 3.099 para o cargo de carteiro (agente de Correios), com salário inicial de R$ 2.429,26, e 412 para analista de Correios, de nível superior, cuja remuneração inicial é de R$ 6.872,48. A carreira de analista é dividida em várias especialidades. Há vagas para advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro. E elas estão distribuídas nas 28 superintendências estaduais (SE) dos Correios. O prazo de validade do concurso é de um ano a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. G1 em 1 Minuto: Concurso dos Correios: o que faz o carteiro ???? O maior concurso dos últimos 13 anos Os Correios não realizavam um concurso público em âmbito nacional desde 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se inscreveram para mais de 9 mil oportunidades. Desta vez, foram 1,6 milhão de inscritos, e o processo preencherá mais de 3,5 mil vagas. No entanto, os sindicatos alegam que essa quantia não é suficiente para suprir o déficit de mão de obra na empresa. Recentemente, inclusive, a estatal abriu um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que viabilizou a saída de trabalhadores. Por isso, especialistas em concursos públicos acreditam que um número bem maior de candidatos será chamado para ocupar os cargos nos próximos meses, apesar de os editais publicados não especificarem oportunidades de cadastro reserva. Veja Mais
Dólar opera em queda, de olho em novos dados de inflação e Trump; Ibovespa oscila
Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,34%, no menor valor desde o fim de novembro. Já o principal índice da bolsa de valores fechou em queda de 0,40%, aos 122.483 pontos. Notas de dólar. Dado Ruvic/ Reuters O dólar opera em queda nesta sexta-feira (24), conforme investidores monitoravam a divulgação de novos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial do país. A expectativa é que o indicador dê novos sinais sobre quais podem ser os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) na condução dos juros do país. No exterior, as políticas tarifárias de Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos, continuam no radar. Na véspera, durante discurso no Fórum Econômico Mundial, o republicano reforçou seu discurso protecionista, prometendo criar "o maior corte de impostos da história americana" e taxar empresas que não queiram produzir no país. Nesta semana, o republicano havia reforçado sua promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, e considerou alíquotas de até 25% contra o México e o Canadá. Mas a falta de medidas concretas sobre o tema continua a abrir espaço para uma valorização do real. (entenda abaixo) Também na quinta-feira, Trump criticou a condução das taxas de juros americanas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e disse que vai exigir que as taxas de juros caiam "imediatamente". Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Às 10h30, o dólar operava em queda de 0,79%, cotado a R$ 5,8784. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,34%, cotada a R$ 5,9255, no menor valor desde novembro. Com o resultado, acumulou: queda de 2,31% na semana; recuo de 4,11% no mês e no ano. a Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,10%, aos 1255.600 pontos. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,40%, aos 122.483 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,11% na semana; ganho de 1,83% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os novos dados de inflação no Brasil voltam a chamar a atenção dos mercados para o cenário doméstico, conforme investidores seguem na expectativa pela próxima reunião do Copom, que acontece na semana que vem. O IPCA-15 — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,11% nos preços em janeiro. O resultado representa uma desaceleração em relação ao observado em dezembro (0,34%), mas ainda está bem acima do esperado pelo mercado, de uma deflação de 0,02% para o mês. Com o resultado, o IPCA-15 começou 2025 com uma alta acumulada de 4,50% em 12 meses — uma desaceleração em relação aos 4,71% registrados em dezembro do ano passado. O resultado volta a pressionar por novas altas de juros por parte do Banco Central do Brasil (BC). A estimativa é que o colegiado anuncie mais uma alta da 1 ponto percentual (p.p.) na taxa básica de juros (Selic). Além disso, as preocupações com o quadro fiscal do país também seguem na mira, conforme investidores monitoram os debates do governo para tentar reduzir os preços dos alimentos. Nesta sexta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou ministros para discutir medidas governamentais que possam reduzir a inflação dos alimentos — questão que tem sido um pouco de alerta no governo desde o começo do ano passado. Já no exterior, os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos seguem no radar, com incerteza sobre um possível "tarifaço" a outros países e seus potenciais efeitos no comércio global. Na terça-feira, durante um evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que seu governo já está discutindo uma alíquota de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro. Ele também ameaçou impor tarifas ao México e ao Canadá, citando preocupações com o fluxo de drogas desses países. Embora essas tarifas estejam alinhadas com a agenda protecionista de Trump, elas são menores do que as indicadas durante sua campanha. A falta de medidas concretas traz certo alívio e abre espaço para a valorização de outras moedas em relação ao dólar. Na prática, a aplicação de tarifas sobre produtos importados nos EUA é considerada inflacionária, pois pode elevar os preços no país. Quando os preços estão mais altos, o Federal Reserve (Fed) tende a manter os juros elevados por mais tempo para esfriar a economia e combater a inflação. Taxas elevadas nos EUA fortalecem o dólar. Outro ponto que fica sob os holofotes foram as afirmações recentes do novo presidente norte-americano sobre a condução da política monetária por parte do Fed. Na véspera, o republicano disse que quer novos cortes de juros por parte do BC dos EUA. "Com os preços do petróleo caindo, exigirei que as taxas de juros caiam imediatamente, e elas também deveriam cair em todo o mundo", defendeu Trump na última quinta-feira, durante discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Veja Mais
Trump proíbe que BC dos EUA desenvolva uma moeda digital
Decreto publicado nesta quinta-feira (23) busca impulsionar a promoção das criptomoedas no país. Trump na conferência Bitcoin 2024, em 27 de julho, em Nashville, no Tennessee (EUA). Jon Cherry/GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu nesta quinta-feira (23) que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) desenvolva uma moeda digital — tema sobre o qual a instituição nunca avançou de fato. O novo decreto, publicado nesta quinta-feira (23), proíbe "criar, emitir ou promover uma moeda digital proveniente de um banco central [CBDC, na sigla em inglês]" e determina "pôr fim" a todo trabalho vinculado a essa possibilidade. A alternativa de um dólar digital foi tema de avaliação pelo Fed, mas sem que tenha havido uma resolução. LEIA TAMBÉM Trump cria sua 'memecoin' e valor dispara; líder dos EUA pode criar uma criptomoeda? Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Trump e quais os impactos para o Brasil Trump mira consumidor e prevê baratear energia nos EUA com exploração de petróleo e gás O governo do ex-presidente Joe Biden era favorável à ideia, considerando que oferecia vantagens e oportunidades. Apesar disso, identificava riscos. Os diretores do Fed, por sua vez, nunca esconderam seu ceticismo. Em março do ano passado, o presidente do Fed, Jerome Powell, declarou que o Fed ainda estava "muito longe" de um dólar digital do banco central. O decreto de Trump busca impulsionar a promoção das criptomoedas nos Estados Unidos. O texto prevê a criação de um grupo de trabalho encarregado de refletir sobre o tema para apresentar propostas ao Congresso e ao presidente, fortalecendo o setor. Trump lançou uma criptomoeda, a $TRUMP, em 17 de janeiro, três dias antes de assumir como presidente. Trata-se de uma "memecoin", uma criptomoeda lançada no rastro da popularidade de uma pessoa ou de um fenômeno viral. Leia mais aqui. A moeda chegou ao mercado com valor de US$ 7 (cerca de R$ 42) e alcançou US$ 34,72 (R$ 210), com um valor de mercado total de US$ 6,94 bilhões (R$ 41,2 bilhões) às 18h25 desta quinta-feira. Trump volta a defender combustíveis fósseis e diz que vai exigir corte de juros, num discurso em Davos Veja Mais
Rui Costa: governo descarta rede popular de alimentos para diminuir preço da comida
Ministro da Casa Civil disse ao blog que governo Lula não adotará medidas heterodoxas, mas deve propor ao presidente aumento de produtividade e menor intermediação financeira. Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, ao lado do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participa da cerimônia de assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), em 22 de janeiro de 2025. Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo Ministro da Casa Civil, Rui Costa afirmou ao blog que o governo Lula 3 descarta a criação de uma rede popular de alimentos como forma de diminuir o preço da comida, em alta desde a posse de Lula (PT). "O governo não vai criar rede popular de alimentos, nem congelar preços, nem criar subsídios", disse o ministro, que negou que negou qualquer "medida heterodoxa" para abaixar o preço dos alimentos. Na quarta-feira (22), Rui Costa afirmou que o governo estudava uma série de "intervenções", mas depois acabou desmentido pelo próprio ministério que comanda. Segundo a pasta, o termo foi usado de forma equivocada e o correto seria "medidas". Ministro: 'Xepa' pode ser usada para baratear alimentos A inflação de 2024 estourou o teto da meta e fechou o ano em 4,83% -- o limite era de 4,5%. Entre os fatores da alta está o preço dos alimentos, que puxou os indicadores no período. Um exemplo é o café, que ficou aproximadamente 40% mais caro no ano passado. Após Rui Costa falar em intervenção nos alimentos, Casa Civil nega e cita 'medidas' Proposta para Lula nesta sexta-feira Ao blog, o ministro afirmou que se reuniu nesta manhã com o ministro da Fazenda (Fernando Haddad), Agricultura (Carlos Fávaro) e Desenvolvimento Agrário (Paulo Teixeira) e irá propor uma série de medidas ao presidente Lula na manhã desta sexta-feira (24). Entre as ações, devem ser sugeridas a Lula: Tentativa de aumentar a produtividade de alimentos da cesta básica; Diminuir a concentração no sistema de abates (produção de carne); Diminuir valor de intermediação financeira pago pelos supermercados nos casos de quem usa cartão alimentação. Supermercados propuseram no final do ano passado, em reunião no Palácio do Planalto, mudar a validade de alguns produtos, mas Rui Costa disse que isso nem foi levado em consideração. Veja Mais
Trump diz que herdou caos econômico, e promete cortar impostos para empresas que produzam nos EUA
Em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o presidente afirmou que os EUA serão o 'melhor lugar do mundo' para criar empregos, construir fábricas e expandir negócios. Trump discursa no Fórum Econômico Mundial Reprodução O presidente Donald Trump discursou nesta quinta-feira (23) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, criticando a condução econômica da gestão do ex-presidente Joe Biden e listando medidas que tomou para reverter o que chamou de "caos econômico". "Minha administração está agindo com uma velocidade sem precedentes para corrigir os desastres herdados de um grupo de pessoas totalmente ineptas e resolver todas as crises que nosso país enfrenta. Isso começa com o confronto com o caos econômico causado pelas políticas fracassadas da última administração", afirmou Trump. O presidente mencionou que, nos últimos quatro anos, o governo americano acumulou US$ 8 trilhões em gastos deficitários, impôs restrições energéticas que "destruíram a nação" e regulamentações "paralisantes". "O resultado é a pior crise de inflação da história moderna e taxas de juros altíssimas para nossos cidadãos e até mesmo em todo o mundo. Os preços dos alimentos e de quase tudo o mais dispararam", disse Trump. Trump criticou o Biden por "perder o controle da inflação e da fronteira". Ele afirmou que o gasto total do governo este ano é US$ 1,5 trilhão maior do que o projetado quando deixou o cargo, e o custo do serviço da dívida é mais de 230% maior do que o projetado em 2020. Trump ressaltou que assinou uma série de medidas para corte de gastos e desregulamentações, incluindo um congelamento federal de contratações, o encerramento do "New Deal verde" e o "mandato do veículo elétrico", um apelido que deu às políticas de descarbonização e eletrificação de veículos iniciadas pelo ex-presidente Joe Biden. O termo "mandato do carro elétrico" surgiu da preferência do novo governo pelo petróleo e a aversão às políticas de sustentabilidade. No primeiro dia de governo, a Casa Branca divulgou uma nota com as prioridades do novo mandato, com uma seção dedicada a "fazer a América acessível e dominante em energia novamente". "Isso não apenas reduzirá o custo de praticamente todos os bens e serviços, mas também tornará os Estados Unidos uma superpotência manufatureira e a capital mundial da inteligência artificial e das criptomoedas", disse. Decisões de Donald Trump são comentadas no Fórum Econômico Mundial Corte de impostos Trump reforçou seu discurso protecionista, com o objetivo de fortalecer a economia interna e limitar a concorrência estrangeira. Para isso, prometeu usar as maiorias conquistadas na Câmara e no Senado para aprovar "o maior corte de impostos da história americana", beneficiando trabalhadores, produtores e fabricantes locais. Mas o presidente americano condicionou empresas a produzirem nos EUA, prometendo um dos menores impostos do mundo. "Minha mensagem para todas as empresas do mundo é muito simples: venha fazer seu produto na América, e daremos a você entre os menores impostos de qualquer nação na terra", disse. Trump garantiu que os impostos seriam reduzidos "muito substancialmente", ainda mais do que nos cortes do seu primeiro mandato, e que os EUA seriam o "melhor lugar do mundo" para criar empregos, construir fábricas e expandir negócios. Segundo ele, o imposto corporativo foi reduzido de 40% para 21%, e agora Trump pretende reduzi-lo a 15% para empresas que fabricarem seus produtos nos EUA. "Mas se você não fizer seu produto na América, o que é sua prerrogativa, então, muito simplesmente, você terá que pagar uma tarifa. Quantias diferentes, mas uma tarifa que direcionará centenas de bilhões de dólares, e até trilhões de dólares, para nosso tesouro para fortalecer nossa economia e pagar dívida", afirmou. Para justificar essa medida, Trump criticou a União Europeia e o Canadá, destacando os déficits comerciais dos EUA com essas regiões. "A UE nos trata muito, muito injustamente, muito mal. (...) Eles não aceitam nossos produtos agrícolas, não aceitam nossos carros, mas enviam carros para nós aos milhões. (...) Temos centenas de bilhões de dólares de déficits com a UE e ninguém está feliz com isso e vamos fazer algo a respeito", disse. Sobre a China, Trump disse que mantém boas relações com o presidente Xi Jinping e que sua intenção é garantir "um campo de jogo nivelado". Durante a campanha, ele ameaçou impor tarifas de até 60% aos produtos chineses, mas desde que retornou à Casa Branca, suavizou esse discurso. "Não queremos tirar vantagem. Temos tido déficits massivos com a China. Biden deixou isso sair do controle, com um déficit de US$ 1,1 trilhão. É ridículo. É uma relação injusta e temos que torná-la justa", disse Trump. Trump assina decretos Jim WATSON / POOL / AFP Veja Mais
Imposto de Renda: Receita divulga lote residual da restituição nesta sexta; veja como consultar
Ao todo, mais de 268.114 contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 864,8 milhões. Imposto de Renda AGÊNCIA BRASIL A Receita Federal abre na próxima sexta-feira (24), às 10h, a consulta ao lote residual de restituições do Imposto de Renda do mês de janeiro de 2025. Ao todo, mais de 268.114 contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 864,8 milhões. (veja abaixo como fazer a consulta) Do total, R$ 402,8 milhões referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade no recebimento. Veja abaixo. 7.321 idosos acima de 80 anos 52.525 contribuintes entre 60 e 79 anos 4.519 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave 16.003 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 125.751 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via PIX; Outros 61.995 contribuintes que recebem a restituição neste lote não são prioritários. LEIA MAIS Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Prazo para resgate Segundo a Receita Federal, o pagamento das restituições serão feito apenas em conta bancária de titularidade do contribuinte, para evitar erro nos dados bancários informados ou algum problema na conta destino. Para não haver prejuízo ao contribuinte, a Receita ainda oferece o serviço de reagendamento disponibilizado pelo agente financeiro Banco do Brasil pelo prazo de um ano da primeira tentativa de crédito. Assim, o contribuinte poderá corrigir os dados bancários para uma conta de sua titularidade. Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal Banco do Brasil pelos seguintes meios: Site, acessando https://www.bb.com.br/irpf Ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). Ao utilizar esse serviço o contribuinte deve informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Após isso, deve-se aguardar nova tentativa de crédito. Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária". Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. 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EUA precisam do Brasil ou não? Veja dados de comércio e investimentos de empresas americanas no país
Números de investimentos e das relações comerciais entre o Brasil e os EUA indicam que EUA precisam do país, mas que, sendo os maiores importadores do mundo, a dependência brasileira é maior. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou um novo mandato nesta semana anunciando profundas mudanças, como a saída do país do acordo climático de Paris, combate à imigração ilegal, mais liberdade para as redes sociais e taxação de países estrangeiros, por exemplo. Uma declaração que chamou a atenção por aqui, entretanto, foi a de que o Brasil e a América Latina precisam "mais dos EUA do que os EUA precisam deles". E que os Estados Unidos não precisariam do Brasil e da América Latina. "A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós", disse Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina. Donald Trump diz que Estados Unidos não precisam do Brasil A ministra interina das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, declarou que a diplomacia brasileira trabalhará para encontrar convergências na relação com o novo presidente dos EUA. “O presidente Trump pode falar o que ele quiser. Ele é presidente eleito dos Estados Unidos. Nós vamos analisar cada passo das decisões que forem tomadas pelo novo governo. Mas acredito, que como somos um povo que tem fé na vida, que tudo vai dar certo sempre. Vamos procurar trabalhar as nossas convergências, que são muitas”, declarou a ministra. Os números de investimentos e das relações comerciais entre o Brasil e os EUA, relacionamento que completou 200 anos em 2024, indicam que os Estados Unidos precisam do país, mas que, sendo os maiores importadores e os segundos maiores vendedores do mundo, a dependência brasileira é maior. Divulgação/FIEP Comércio entre os países Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram, por exemplo, que em 2024, o fluxo comercial entre Brasil e Estados Unidos chegou a cerca de US$ 81 bilhões. Os números indicam equilíbrio na relação comercial com os Estados Unidos. Em 2024, foram registrados: US$ 40,33 bilhões em exportações brasileiras para os EUA, novo recorde; US$ 40,58 bilhões em importações brasileiras dos EUA. Números do Ministério do Desenvolvimento mostram os principais produtos exportados aos Estados Unidos em 2024. Se destacaram produtos básicos ou semimanufaturados, como petróleo, aço, ferro, café, carnes, mas também produtos de maior valor agregado, como suco de laranja e aviões. Veja abaixo: Óleos brutos de petróleo Outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado Café não torrado, não descafeinado, em grão Pastas químicas de madeira Ferro fundido bruto Aviões e outros veículos aéreos, de peso superior a 15 mil kg, vazios Gasolinas, exceto para aviação Aviões e outros veículos aéreos, a turbojato Carnes desossadas de bovino, congeladas Produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços Suco (sumo) de laranja Bulldozers e angledozers, de lagartas (máquinas pesadas usadas principalmente em construção, mineração e outros projetos de infraestrutura. O termo "de lagartas" representa máquinas com esteiras em vez de pneus). Carregadoras e pás carregadoras, de carregamento frontal Açúcares de cana Pedras de cantaria, trabalhadas de outro modo e obra Preparações alimentícias e conservas, da espécie bovina Querosenes de aviação Ao mesmo tempo, as vendas dos Estados Unidos para o Brasil se concentram em produtos industrializados, combustíveis, produtos químicos, óleos lubrificantes e aviões, entre outros. Ao todo, em 2024, foram importados mais de 6 mil tipos diferentes de produtos dos EUA. Veja os destaques: Partes de turborreatores ou de turbopropulsores Turborreatores Gás natural liquefeito Óleos brutos de petróleo Gasóleo (óleo diesel) Naftas para petroquimica Hulha betuminosa (carvão mineral) Copolímeros (utilizados na fabricação de brinquedos, eletrodomésticos e autopeças) Óleos lubrificantes sem aditivos Polietilenos Adubos e fertilizantes Hidróxido de sódio (soda cáustica) Propanos liquefeitos Aviões e outros veículos aéreos, a turbojato Inseticidas Partes de aviões ou de helicópteros Medicamentos Mulher com máscara do Brasil e uma pequena bandeira dos Estados Unidos vai a reunião nomeada "Go Trump, Go", em frente à embaixada dos EUA em Brasília, em defesa à reeleição do presidente americano Eraldo Peres/AP De acordo com o presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o Brasil, de fato, precisa mais dos Estados Unidos — o maior comprador mundial. Mas ele ponderou que muitas empresas norte-americanas têm representação no Brasil, e que as trocas comerciais acontecem, neste caso, entre matrizes e filiais. "O que o Trump falou uma certa razão, mas na prática não se aplica. É mais uma frase de feito. Pode se dizer que eles precisam um pouco da gente, é uma verdade. Pergunta uma matriz americana que exportam para o Brasil o que eles acham. Acham ótimo. No fundo no fundo, precisam", avaliou José Augusto de Castro, da AEB. O executivo afirmou que a corrente de comércio (exportações mais importações) com os Estados Unidos pode crescer nos próximos anos, e avaliou que o Brasil precisa reduzir custos para melhorar sua competitividade. Ele citou a importância da reforma tributária, que terá impacto gradual ao longo dos próximos anos, e elogiou a postura do presidente Lula de não arrumar confusão. "Lula sabe muito bem que precisa deles. Tudo o que Lula falar não será bem recebido [pela posição ideológica diferente] Tem que ficar quieto mesmo, não dar frase negativa. Deixa assentar o pó, pois muitas coisas estão sendo faladas e nem tudo avaliado com a devida atenção", declarou. Empresas norte-americanas e investimentos Quando se considera o investimento realizado no Brasil por países, de acordo com relatório divulgado pelo Banco Central no final do ano passado, trazendo dados relativos ao ano de 2023, os Estados Unidos lideram. Tanto no conceito de "investidor imediato" (domicílio da empresa não residente que investiu diretamente na subsidiária ou filial) quando no de "controlador final" (residência do investidor que detém o efetivo controle e interesse econômico na empresa investida no Brasil). Os dados referem-se à participação no capital, que considera as entradas de recursos em moeda ou bens relativos à aquisição, subscrição ou aumento total ou parcial do capital social de empresas residentes. Investimentos diretos de empresas estrangeiras no Brasil em 2023 Reprodução de estudo do Banco Central Dados do Banco Central citados pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) mostram o crescimento do número de empresas norte-americanas no Brasil, e também da participação dessas empresas no país. Crescimento do número de empresas dos EUA e investimentos no país Reprodução de estudo da Amcham (com base em dados do BC) A Amcham também detalhou setores ligados a investimentos recentes no país, assim como informações sobre marcas norte-americanas e patentes no país. Os dados são do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Investimentos, patentes e marcas dos EUA no Brasil Amcham e INPI De acordo com Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, os Estados Unidos e o Brasil têm uma relação econômica que gera benefícios para ambas as economias, que se caracteriza pelo alto valor agregado das trocas, complementariedade e diversificação no comércio bilateral. "Os Estados Unidos são, para o Brasil, o principal mercado de exportação de bens industriais e de serviços. E os Estados Unidos são também o principal investidor estrangeiro no Brasil, com um estoque de mais de US$ 350 bilhões e quase quatro mil empresas americanas operando no país", destaca Abrão Neto, da Amcham Brasil. "É uma relação mutuamente benéfica, bastante longínqua, com um número considerável de empresas brasileiras nos Estados Unidos e americanas no Brasil", prosseguiu. Ele lembrou que os Estados Unidos tiveram superávit comercial com o Brasil, pelo menos, nos últimos dez anos, sendo que, apenas em 2023, o saldo positivo em favor das empresas norte-americanas foi de quase US$ 24 bilhões — o sexto maior superávit que os EUA tiveram com qualquer outro parceiro individual. "É importante destacar também que há uma integração muito saudável entre a economia brasileira e americana que se reflete no perfil do comércio bilateral", acrescentou. Na prática, "existem exportações brasileiras de insumos, partes e peças e bens de capital e da mesma forma, o Brasil importa não só bens acabados, mas um número bastante considerável de insumos para o seu setor produtivo". Entenda as relações econômicas entre Brasil e EUA; possíveis tarifas de Trump preocupam Para o CEO da Amcham Brasil, um bom exemplo da ligação comercial entre os países é o setor aeronáutico, no qual o Brasil exporta e importa bilhões de dólares em partes e peças de naves e aeronaves acabadas. "Então essa integração mostra uma interdependência e uma complementariedade no comércio entre os dois países", concluiu. Veja Mais
Não haverá 'medida artificial' para baixar preço dos alimentos, diz Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, esclareceu nesta quarta-feira (23) que o governo federal não adotará medidas de "intervenção artificial" para reduzir os preços dos alimentos. A declaração veio após repercussão de sua fala no programa "Bom Dia Ministro", onde anunciou a intenção de baratear o custo dos alimentos, levantando especulações sobre uma possível interferência direta nos preços. “Não vai haver intervenção artificial, reforço isso. Vamos tomar medidas para ajudar os pequenos produtores a terem custo menor de produção e, desta forma, oferecerem alimentos a preços menores”, afirmou Costa, destacando o foco em soluções estruturais para aliviar o peso da alimentação no orçamento das famílias. O ministro também descartou a criação de um pacote amplo de medidas, explicando que as ações serão planejadas e anunciadas de forma gradual. “Não vamos fazer um pacote de medidas. Vamos discutir diariamente, Casa Civil, Mapa, MDA, Fazenda. Quando definirmos uma medida, ela é anunciada de imediato e passa a valer.” Rui Costa enfatizou que o governo não pretende interferir nos preços de commodities, que são determinados pelo mercado internacional. “Nosso foco são os alimentos do dia a dia dos brasileiros”, disse ele, indicando que a estratégia estará voltada para itens básicos consumidos pelas famílias brasileiras. O governo, segundo ele, pretende dar prioridade a ações que incentivem a produção e reduzam custos para pequenos produtores, como forma de enfrentar a alta dos alimentos sem interferir diretamente no mercado. Veja Mais
Secretaria do Consumidor aplicou mais de R$ 70 milhões em multas em 2024; veja como registrar reclamações
Do total, R$ 45 milhões foram por infrações ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). Prazo para que consumidor possa reclamar de problemas varia conforme produto ou serviço. Foto ilustrativa do momento de uma compra com cartão de crédito/débito em Goiás Divulgação/Secretaria da Economia A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) aplicou mais R$ 70 milhões em multas em 2024. Desse total, R$ 45 milhões foram referentes a infrações cometidas por empresas ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). Os outros R$ 25 milhões foram relativos a sanções impostas pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Ainda segundo a Senacon, o órgão também enviou cerca de 500 notificações e finalizou 644 processos administrativos ao longo do ano passado, bem como analisou aproximadamente 280 projetos de lei relacionados ao consumidor ou às relações de consumo. Entenda abaixo quais os direitos e prazos que o consumidor tem para reclamar de produtos e serviços e como fazer reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. Entenda os direitos do consumidor na hora de trocar presentes O que é o Código de Defesa do Consumidor? O Código de Defesa do Consumidor, também chamado de CDC, é um conjunto de regras que estabelece as normas de proteção e defesa do consumidor e das relações de consumo com fornecedores. Segundo o Código, os direitos básicos do consumidor são: A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como os riscos que apresentem; A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais (que obriga ou pressiona a compra por intimidação, por exemplo), bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; A proteção contra a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos subsequentes que as tornem excessivamente onerosas; A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; O acesso a órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova a seu favor no processo civil quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente (que não tenha recursos suficientes para se sustentar); A adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Os direitos do consumidor, no entanto, não se limitam a essas cláusulas, e o código ainda trata de outros detalhamentos importantes para entender quando há alguma infração por parte das pessoas jurídicas ou não. Qual o prazo para reclamar de algum produto ou serviço? Segundo o CDC, os prazos que o consumidor tem para reclamar de problemas aparentes ou de fácil constatação dependem do produto ou serviço contratado, sendo: 30 dias para o fornecimento de serviços e produtos não duráveis; e 90 dias para o fornecimento de serviços e produtos duráveis. Nesses casos, o prazo começa a ser contado a partir da data de entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. Já se for o caso de um vício oculto — quando o problema só é identificado após algum tempo de uso, causado por algum defeito de fabricação ou de execução de serviços — o prazo para reclamação começa a ser contado a partir do momento em que o defeito ficar evidente. Como fazer uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor? Existem vários órgãos que podem orientar e auxiliar o consumidor na resolução de problemas. Entre eles estão: Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que além de publicar notícias e informações que ajudam a resolver e a prevenir problemas de consumo, também oferece orientação sobre os direitos previstos no CDC; Defensorias públicas estaduais, que prestam assistência jurídica gratuita e integral para pessoas que não tenham condições financeiras de pagar por esse serviço. O trabalho inclui a orientação jurídica e a defesa judicial e extrajudicial, em casos de competência da Justiça Estadual; Procons, que oferece orientações de consumo e diversos canais de comunicação para que o consumidor possa registrar uma reclamação quando necessário; Site Consumidor.gov, que permite que o consumidor tenha uma comunicação direta com as empresas participantes que, por sua vez, se comprometem a receber, analisar e responder as reclamações em até 10 dias. Para registrar reclamações no Procon: As reclamações podem ser feitas por atendimento eletrônico. Para isso, basta acessar o site do Procon do seu estado e clicar na aba "Reclamação" ou "Faça sua reclamação aqui" (cada Procon disponibiliza a opção de um jeito diferente); Em alguns casos, o Procon pode disponibilizar um email para envio das reclamações. Nessas situações, fique atento aos documentos necessários. Em outros casos, como acontece com o Procon-SP, o consumidor precisará acessar o sistema de atendimento digital, que é realizado com validação da conta cadastrada no portal gov.br, nível prata ou ouro. Caso o Procon abra um sistema de atendimento digital, o consumidor precisará clicar na aba "Novo atendimento" e selecionar a opção "Reclamação". Aqui também é preciso atenção aos documentos necessários para registrar a reclamação. Depois, basta preencher os campos requisitados e enviar a reclamação ao final. Para registrar reclamações no site Consumidor.gov Primeiro, o consumidor deve verificar se a empresa contra a qual quer registrar uma reclamação está cadastrada no sistema; Caso a empresa esteja cadastrada, o consumidor clica no nome da empresa e seleciona a aba "Registrar reclamação". Para completar o registro da reclamação, o consumidor precisa acessar o sistema por meio da conta cadastrada no portal gov.br e autorizar o acesso do site às informações pessoais solicitadas. Uma vez com o acesso ao sistema, é preciso completar as informações necessárias para o cadastro do usuário e concordar com os "Termos de Uso". Depois, basta clicar na aba "Confirmar". O órgão sugere que o consumidor confira todos os dados, principalmente as informações de contato, que podem ser usadas pela empresa para a resolução do problema relatado. Uma vez que o cadastro esteja completo, o consumidor deverá clicar na aba "Nova Reclamação" e preencher as informações necessárias. Para fundamentar a reclamação, é possível anexar documentos, tais como comprovantes de pagamento, notas fiscais, ordens de serviços, entre outros. Para sua segurança, não preencha dados pessoais em campos onde a informação postada será pública, como no campo reclamação, resposta e comentário final. Uma vez que a reclamação esteja registrada, começa a contar o prazo de resposta das empresas, que é de 10 dias corridos. Durante esse período, a companhia pode solicitar informações complementares, então o consumidor deve ficar atento para respondê-la. Após a manifestação da empresa, o consumidor terá a chance de comentar a resposta recebida, classificar a demanda como "Resolvida" ou "Não Resolvida" e indicar seu nível de satisfação com o atendimento recebido. Caso a empresa não esteja registrada no site Consumidor.gov, o consumidor deverá buscar atendimento dos Procons, defensorias públicas, juizados especiais cíveis, entre outros órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor. Veja Mais
Dólar: o que esperar com o retorno de Donald Trump à Casa Branca?
A resposta definitiva virá com o anúncio de medidas econômicas concretas nas próximas semanas, mas a agenda de campanha e sinalizações dadas por Trump e sua equipe nos últimos dias apontam para um 2025 de dólar fortalecido. Moeda americana cruzou patamar de R$ 6 em novembro do ano passado. Reuters via BBC Boa parte dos economistas aposta em um dólar forte em 2025. O mais recente boletim Focus do Banco Central, que reúne as estimativas de dezenas de instituições financeiras para uma série de indicadores macroeconômicos, aponta para um dólar a R$ 6 até o fim do ano. A moeda americana cruzou esse patamar em novembro do ano passado, poucos dias depois da eleição americana, e praticamente não voltou mais. Uma das razões é a expectativa em torno da política econômica do segundo mandato de Donald Trump à frente da Presidência dos Estados Unidos. Para entender exatamente como o retorno do republicano vai impactar o dólar é preciso aguardar o anúncio formal das medidas econômicas, observar os efeitos que elas vão produzir na prática e a reação dos países afetados. A agenda que ele vendeu na campanha e sinalizações recentes dadas por ele e por sua equipe, contudo, têm sedimentado a ideia de que o cenário é de dólar fortalecido. Uma das medidas apontadas por economistas com maior potencial nesse sentido são as tarifas que Trump prometeu impor sobre praticamente todos os produtos que os Estados Unidos importam, especialmente os chineses. Elas não vieram em enxurrada logo depois da posse nesta segunda-feira (20), como temiam alguns especialistas, o que pode sinalizar maior gradualismo. Em vez disso, Trump assinou um decreto que prevê que as agências federais do governo façam uma ampla revisão da política comercial americana, buscando práticas comerciais desleais de parceiros dos EUA. Os relatórios devem começar a chegar à mesa do presidente em 1º de abril e podem municiar sua agenda tarifária neste segundo mandato. Na segunda, ele disse a repórteres estar considerando taxar o México e o Canadá em 25% em 1º de fevereiro porque esses países, segundo ele, vinham permitindo que "um número massivo de pessoas entrassem e que o fentanil entrasse" pelas fronteiras com os EUA. Também declarou que "poderia" impor uma tarifa universal a todos os importados que entrassem no país, argumentando que "essencialmente todos os países tiram proveito dos EUA". Cotação do dólar é resultado de uma série de fatores, externos e internos. Reuters via BBC Efeito cascata O impacto do protecionismo tarifário sobre o dólar ocorre por conta de um movimento em cadeia. Em um primeiro momento, a elevação de tarifas tende a ser repassada pelo menos em parte pelas empresas aos consumidores, elevando o nível geral de preços. Diante da inflação mais alta, entra em cena o Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, que eleva juros em uma tentativa de conter a trajetória de alta dos preços. O aumento de juros, por sua vez, além de esfriar a atividade econômica, também aumenta o retorno dos títulos americanos, o que leva investidores a deixar mercados considerados menos seguros, como o Brasil, e migrar para os EUA, em um movimento que fortalece o dólar. Em um estudo publicado em outubro de 2024, o The Budget Lab, centro de pesquisa da Universidade de Yale focado na análise de políticas públicas com impacto na economia, calculou que a inflação poderia subir em algo entre 1,4% a 5,1%, levando em consideração diferentes cenários. Por exemplo: tarifa ampla de 10% para todos os produtos que os americanos importam, como Trump já chegou a aventar, e de 60% para produtos chineses, em situações com e sem retaliação dos países afetados. "Tarifas causam uma mudança de nível nos preços ao consumidor no ano em que são implementadas semelhante a um choque único na inflação", argumentam as economistas Kimberly Clausing e Mary Lovely, do centro de pesquisa Peterson Institute for International Economics, em um relatório em que detalham o impacto potencial do tarifaço sobre o consumidor americano. "O fardo econômico é semelhante a um imposto sobre vendas no varejo ou um imposto sobre valor agregado: um aumento no preço pago pelos consumidores. No entanto, as tarifas são um imposto sobre consumo mais distorcivo, uma vez que causam uma realocação ineficiente da produção, além de um aumento de preço ao consumidor", concluem. Um dos economistas que têm sido vocais sobre os alertas em relação aos potenciais efeitos inflacionários do aumento generalizado de tarifas tem sido Larry Summers, que foi secretário do Tesouro dos Estados Unidos durante o governo Bill Clinton (1999 - 2001). "Se ele cumprir o que prometeu na campanha, vai haver um choque inflacionário significativamente maior do que o afetou o país em 2021", opinou, em uma entrevista à CNN, fazendo referência à pandemia de covid-19. A óptica de Trump, contudo, é de que as tarifas podem ser uma fonte de arrecadação para os cofres do governo. Em seu discurso de posse, ele mencionou inclusive o External Revenue Service, um órgão que ele propôs que seja criado especificamente para recolher as tarifas, cuja arrecadação recai hoje sobre o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (Customs and Border Protection). O presidente também já comentou que enxerga no protecionismo um mecanismo de correção para o que entende como injustiças na forma como o comércio global funciona, associando o déficit que os EUA têm na balança comercial com determinados países com situações em que outras nações estariam se aproveitando dos americanos. Essa é uma visão de mundo que se aproxima do mercantilismo, modelo que vigorou na Europa antes da Revolução Industrial, disse em entrevista à BBC News Brasil pouco antes das eleições americanas Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Decretos de Donald Trump repercutem no Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça Equipe econômica pró-tarifas Ainda não se sabe exatamente como vai ser o tarifaço do Trump, mas uma sinalização importante veio na semana passada, durante a sabatina no Senado do indicado do presidente para secretário do Tesouro, Scott Bessent. Bessent, um gestor de fundos veterano do mercado financeiro, que vai ser responsável por implementar a política econômica dos EUA nos próximos quatro anos, reforçou que deve adotar uma política tarifária mais agressiva e refutou que a medida seja inflacionária. Outro nome chave é Howard Lutnick, indicado para secretário de Comércio, um cargo com influência direta na política industrial e tarifária. Além de bilionário veterano de Wall Street, Lutnick é conhecido por ser entusiasta da política de tarifas de importação. Ele ainda precisa passar pela audiência de confirmação no Senado – e existe uma expectativa grande sobre como vai responder aos questionamentos dos parlamentares. Ele estava ao lado de Trump quando, recentemente, o agora presidente mencionou o Brasil ao falar sobre tarifas: "A Índia cobra muito, o Brasil cobra muito. Se eles quiserem nos taxar, tudo bem, mas nós vamos taxar de volta", afirmou na ocasião. Trump prometeu tarifas de 60% para produtos chineses. Getty Images via BBC Brasil alvo das tarifas? Nesse sentido, os especialistas também ressaltam que ainda é difícil prever o impacto das tarifas propriamente ditas sobre o Brasil. De um lado, argumenta-se que o país não deve ser alvo preferencial do tarifaço, porque não tem acordo de livre comércio com os Estados Unidos e tem déficit na balança comercial com o país - ou seja, compra mais produtos dos americanos do que vende pra eles. Por outro lado, o Brasil é membro do Brics, bloco que Trump ameaçou com tarifas de 100% caso apoiem qualquer iniciativa de uso de moedas alternativas ao dólar. Não há planos de adotar uma moeda única entre membros do Brics, mas os países do bloco têm criado instrumentos para fazer transações comerciais em moeda chinesa e o banco do Brics tem concedido empréstimos em moedas alternativas ao dólar. No primeiro governo Trump, quando o republicano colocou em prática uma versão menor do que aparenta planejar fazer desta vez, o Brasil foi afetado com tarifas impostas sobre as importações de aço e de alumínio. O mosaico da cotação do dólar A política monetária americana não é, claro, o único fator que influencia o preço do dólar. A cotação de uma moeda em relação a outra é resultado de uma combinação de diversos fatores, internos e externos. No último ano, por exemplo, a política de gastos públicos do governo Lula foi apontada como um dos fatores que contribuíram para a saída de investidores do país e desvalorização do real. No ano passado, a saída de dólares do país pela via financeira foi recorde, US$ 87,2 bilhões, maior valor da série histórica do Banco Central que começa em 1982. Parte do déficit foi compensada por outra conta do balanço de pagamentos que registra o fluxo cambial do país, a conta comercial, que teve superávit de US$ 69,2 bilhões. Em relatório enviado a clientes nesta terça (21), os economistas Mauricio Une e Renan Alves, do Rabobank, avaliam que "o real brasileiro permanece à mercê das incertezas globais". Ressaltam a depreciação de 27,2% no ano passado, a segunda maior em uma cesta com as 24 principais moedas emergentes, e estimam a cotação para o fim de 2025 em R$ 5,94. Veja Mais
Após EUA deixarem Acordo de Paris, Brasil tenta se firmar com liderança ambiental e reafirma em Davos compromisso com COP30
Brasil foi tema de um dos painéis do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (21). Autoridades brasileiras participaram do evento. Logo do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), é visto dentro do Centro de Conferências antes do Fórum Econômico Mundial de 2025, em Davos, na Suíça. Yves Herman/ Reuters A meses de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o Brasil tenta se firmar como uma liderança ambiental ao mesmo tempo em que os Estados Unidos anunciam, mais uma vez, a intenção de deixar o Acordo de Paris. O Brasil foi tema de um dos painéis do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (21). Decretos de Donald Trump repercutem no Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça Participaram o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, do governador do Pará, Helder Barbalho, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e a diretora de sustentabilidade do iFood, Luana Ozemela. Para Barroso, embora o Brasil ainda não tenha condições de ser uma liderança industrial ou tecnológica, em algum momento, o país pode se destacar com liderança ambiental. O presidente do STF destacou a "volta triunfal do negacionismo" e disse que a agenda ambiental vai enfrentar resistência daqueles que questionam as mudanças climáticas. Em sua posse nesta segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou mais uma vez a saída de seu país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. No seu 1º mandato, Trump já havia retirado o país do acordo, alegando que ele prejudicava a economia americana e beneficiava outros países às custas dos Estados Unidos. O processo levou anos e foi imediatamente revertido pela presidência do democrata Joe Biden em 2021. COP30 no Brasil O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou que a COP será sediada em Belém após duas edições em países cujas economias são baseadas em combustíveis fósseis (no Azerbajão e nos Emirados Árabes Unidos). "O Brasil está colocando pessoas para debater meio ambiente com o pé na floresta", declarou. Uma das pautas brasileiras é que os países ricos, que tiveram consolidaram suas economias com base em processos industriais poluentes, financiem a transição dos países em desenvolvimento. Para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a COP30 será uma oportunidade para discutir o papel das cidades no cumprimento das metas climáticas e encontrar maneiras de financiar sua descarbonização. "Vejo a COP30 nesse ano e o fato de se realizar em Belém como uma enorme oportunidade de enfrentarmos finalmente essa história do financiamento das cidades do Sul Global", afirmou. A COP 30 será realizada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. Veja Mais
Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Donald Trump e quais os impactos para o Brasil
Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que cenário é de incerteza e dólar mais forte. Juros tendem a permanecer elevados, enquanto o bitcoin deve seguir em alta. Donald Trump em coletiva na Flórida REUTERS/Brian Snyder Eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 2024, Donald Trump tomou posse oficialmente nesta segunda-feira (20), em um evento no Capitólio, em Washington DC. Em seu primeiro discurso como 47º presidente do país, o republicano anunciou a assinatura de uma série de medidas que, segundo ele, vão levar à "restauração completa da América". No campo econômico, disse que irá derrotar a inflação e confirmou a aplicação de tarifas para importação. "Em vez de tributar os nossos cidadãos para enriquecer outros países, iremos impor tarifas e tributar países estrangeiros para enriquecer os nossos cidadãos", afirmou, sem detalhar a proporção das cobranças. O republicano também informou que, em um de seus primeiros atos, irá declarar emergência nacional na fronteira sul do país. "Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas e iniciaremos o processo de devolução de milhões de estrangeiros criminosos aos locais de onde vieram", disse. O mercado financeiro e as principais economias globais monitoravam de perto, já durante a corrida eleitoral, as possíveis medidas do novo presidente. Agora, com Trump no poder, a atenção é redobrada. Especialistas ouvidos pelo g1 destacam que o cenário é de incertezas na economia e de potencial fortalecimento do dólar. Medidas como o aumento de tarifas de importação e sua política anti-imigração podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas americanas é vista como um risco para as contas públicas do país. Esses são apenas dois motivos que indicam que o Federal Reserve (Fed) terá mais dificuldade de controlar os preços, mantendo os juros elevados nos EUA. Na última reunião, em dezembro, o Fed citou "perspectivas econômicas incertas" para justificar a redução da velocidade dos cortes nas taxas de juros. Também deu sinais de que seria mais cauteloso dali em diante. Juros mais altos fazem os títulos públicos americanos renderem mais. Investidores se animam, levam recursos para os EUA e o dólar se valoriza frente a outras moedas. Esse conjunto de eventos altera o fluxo de investimentos no mundo todo. No Brasil, os efeitos já se mostraram claros mesmo antes da posse. A moeda americana estava cotada a R$ 5,74 em 5 de novembro, dia da eleição norte-americana. Alcançou os R$ 5,81 em 22 de novembro. Dias depois, apoiado pela reação negativa do mercado sobre o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo brasileiro, o dólar chegou pela primeira vez na história aos R$ 6. Para economistas, a tendência é que a moeda americana permaneça nesse patamar. O último boletim Focus, relatório do Banco Central (BC) que reúne as projeções de mais de 100 instituições financeiras, mostra que a expectativa é de dólar a R$ 6 até o fim de 2025. Para não piorar a situação do câmbio e com taxas mais altas por lá, também é necessário que o BC suba a taxa básica de juros brasileira, desacelerando a economia e encarecendo o crédito no país. O Focus também prevê a Selic a 15% ao ano em 2025. Assim, quem também sofre é o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, que perdeu a marca de 130 mil pontos desde a eleição de Trump. Impactado também pelo desgosto do mercado com as contas públicas brasileiras, o índice está agora na casa dos 122 mil pontos. A exceção é o bitcoin. Como mostrou o g1 em agosto, Trump virou um entusiasta dos criptoativos e indicou que promoverá um ambiente regulatório mais favorável para as criptomoedas. Na esteira do otimismo, a principal cripto do mundo superou a cotação de US$ 100 mil pela primeira vez na história. Veja abaixo, em três pontos, o que mercado espera de Trump neste segundo mandato. Inflação e alta dos juros Dólar e economia americana mais fortes Bitcoin em ascensão Trump afirma que tarifas brasileiras são altas e que EUA pretendem cobrar valor parecido Inflação e alta dos juros Um dos principais temores do mercado financeiro e de grandes economias globais é o potencial inflacionário do governo de Donald Trump. Ou seja, o quanto as medidas do presidente devem gerar alta nos preços de produtos e serviços no país. Os receios partem, em especial, de duas promessas do republicano durante a campanha eleitoral: a de elevar tarifas sobre importação e a de deportar imigrantes em massa. Caso as tarifas mais altas se confirmem — em especial na guerra comercial com a China —, a importação deve ficar mais cara e a população norte-americana deve passar a consumir mais produtos internos, explica Marcos Moreira, sócio da WMS Capital. "Isso tende a acelerar a atividade econômica do país. Consequentemente, se você tem um consumo interno mais aquecido, terá maior inflação", diz. Enquanto isso, a deportação em massa de imigrantes, se confirmada, afetará o mercado de trabalho dos EUA, diminuindo a oferta de trabalhadores no país. "Isso faz os salários aumentarem, gerando inflação", explica a professora Carolina Moehlecke, coordenadora do mestrado de Relações Internacionais da FGV. Com salários mais altos, a tendência é que o consumo aumente. Mas, com menos trabalhadores, pode haver uma redução da oferta. Os dois fatores fazem os preços de bens e serviços subirem. Moehlecke lembra, contudo, que o real impacto das políticas de deportação e tarifárias dependerá da efetividade da implementação das propostas. "Trump vai realmente aplicar uma tarifa geral de 20% nas importações como indicou em alguns momentos da campanha? Ele vai deportar o número de imigrantes que prometeu? A gente não sabe", diz. Como mostrou o g1 em dezembro, a "ameaça tarifária" é uma estratégia antiga e conhecida do republicano para tentar vantagens em negociações bilaterais. É uma forma de tentar colocar outros países em desvantagem em uma negociação. Em 2018, por exemplo, Trump chegou a anunciar a criação de taxas para a importação de aço e alumínio, dois dos produtos que estão no rol de exportações brasileiras para os norte-americanos. Pouco tempo depois, os países negociaram um esquema de cotas de importação, que permitiam a venda dos produtos com isenção ou redução de tarifa até um determinado limite. Na dúvida, o mercado se antecipa. Apenas pela perspectiva de que a inflação pode subir e o Fed seja obrigado a reverter o ciclo de cortes dos juros, já se iniciam as apostas. O rendimento das Treasuries (os títulos públicos americanos) tiveram um salto entre o fim de setembro de 2024, durante a corrida eleitoral, e o início de 2025. As taxas com vencimento em dois anos saíram de 3,54% para 4,28%; Já as com vencimento em 10 anos passaram de 3,73% para 4,63%. Trump manifestou, inclusive, sua atenção sobre a inflação. Em seu primeiro discurso, criticou a taxa atual (2,9% em 12 meses) e afirmou que irá garantir aos membros de seu gabinete condições para atuarem no combate à elevação do índice de preços do país. "[Vamos] derrotar o que foi uma inflação recorde e reduzir rapidamente custos e preços. A crise inflacionária foi causada por gastos excessivos massivos e pela escalada dos preços de energia. E é por isso que hoje também declararei uma emergência energética nacional", disse. Dólar e economia americana mais fortes O economista-chefe da Lev, Jason Vieira, destaca que Trump é historicamente pró-mercado e que deverá ser "mais fácil" fazer negócios no país. Ele projeta que a taxa de desemprego nos EUA deverá seguir em queda, enquanto a atividade econômica deverá ter um impulso ainda maior. "Com a redução de gastos públicos, pode ser que haja um cenário de inflação menos impulsionada por meios monetários e mais impulsionada, efetivamente, pela atividade econômica", diz. "Então, você tira o peso de uma inflação, coloca na outra, e fica no zero a zero." Segundo o analista, o cenário trazido pelo presidente republicano favorece o mercado financeiro, com melhora na bolsa de valores e no dólar, beneficiando o país. Desde a eleição de Trump, o índice Nasdaq avançou 6,45%, hoje a 19.630,20 pontos. Já o S&P 500 subiu 3,70%, a 5.996,71 pontos, enquanto o Dow Jones ganhou 2,99%, a 43.487,59 pontos. "Para nós [no Brasil], é complicado", diz. Há uma grande movimentação de recursos em direção ao dólar e aos Estados Unidos, e pode ser que isso se preserve por um período mais longo por conta do mandato de Trump, acrescenta o economista. Para a bolsa brasileira, portanto, o ano tende a ser mais difícil. André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica, diz que o movimento clássico dos investidores brasileiros em um ambiente como esse é abrir mão de suas posições dentro do mercado de ações e ir para os títulos de renda fixa. "Sob esse aspecto, podemos esperar um ano um pouco mais turbulento para a bolsa de valores", diz. Ainda segundo o economista, o protecionismo de Trump pode afetar algumas empresas brasileiras. "A nossa expectativa é que o aumento das tensões comerciais possa prejudicar o ritmo de crescimento da China, que tende a demandar menos commodities. Empresas como a Vale, de grande peso no Ibovespa, acabam sofrendo e puxando o índice pra baixo", conclui. Por outro lado, Carolina Moehlecke, da FGV, lembra que um dólar mais forte com o "efeito Trump" pode beneficiar alguns setores. "É bom para as exportações, porque ficam mais competitivas. Por outro lado, os produtos importados ficam mais caros. Isso também pode pressionar a nossa inflação." "Por se tratar de Trump, é impossível uma previsão concreta para todo o mandato. Mas, para o primeiro ano, o cenário é de inflação alta, juros ainda elevados, dificuldades para o Brasil cortar suas taxas e um dólar mais valorizado em relação ao real", acrescenta. Bitcoin em ascensão A eleição de Donald Trump fez o mercado de criptoativos disparar. O bitcoin, criptomoeda mais famosa do mundo, surfou a onda otimista e superou a cotação de US$ 100 mil pela primeira vez na história. A moeda digital chegou à casa de US$ 109 mil nesta segunda-feira (20), conforme a plataforma CoinMarketCap, recorde histórico. Antes crítico dos criptomoedas, Trump mudou de tom durante sua campanha, financiada em parte por grupos do setor. Passou, então, a prometer fazer dos Estados Unidos "a capital mundial do bitcoin e das criptomoedas". Para especialistas, o ativo digital deve seguir em alta — ao menos neste primeiro ano de governo. José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos, explica que o bitcoin era considerado um ativo muito exposto às taxas de juros. E que, agora, o cenário mudou. Segundo ele, a criptomoeda tendia a ficar mais atrativa quando investimentos tradicionais rendiam menos. Ou seja, quando os juros nos EUA estavam baixos, a procura pelo bitcoin aumentava, fortalecendo a moeda digital. "Quando os juros foram a zero, ele se valorizou muito. Em 2023, quando as taxas norte-americanas subiram a 5%, ele se desvalorizou", lembra. "Agora, esse paradigma foi quebrado. Os juros estão historicamente altos e, mesmo assim, o bitcoin está supervalorizado." Um dos pontos que explicam a mudança é a agenda regulatória da moeda representada por Trump. Segundo Cassiolato, o novo presidente faz ficar para trás a imagem de que o Estado é contra o ativo digital, ou de que ele representaria uma ameaça para o próprio dólar. O especialista reforça que, agora, o bitcoin tende a atuar contra o "colapso do sistema", e não mais se beneficiar dele. "O universo de finanças descentralizadas vive uma época de ouro. Deverá ter uma agenda regulatória muito positiva e irá crescer de forma significativa ao longo da gestão de Trump." Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, ressalta que também é preciso entender se o republicano irá, de fato, utilizar o bitcoin para compor as reservas norte-americanas, como afirmou em campanha. "Isso, sem sombra de dúvidas, acarretaria em uma demanda maior pelo criptoativo. Consequentemente, o preço subiria cada vez mais." "Além disso, outras economias podem seguir o mesmo caminho. Afinal, os EUA são referência global. O movimento também poderia contribuir para uma alta ainda mais elevada do bitcoin", conclui. Veja Mais
Trump mira consumidor e prevê baratear energia nos EUA com exploração de petróleo e gás
Presidente norte-americano retirou o país do Acordo do Clima de Paris. Governo diz que nova política irá reduzir preços, reabastecer reservas estratégicas e ampliar exportação de energia. Trump anuncia primeiras medidas após tomar posse Melina Mara/Pool via Reuters O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em seu discurso de posse nesta segunda-feira (20) que o país irá ampliar a exploração de petróleo e gás, combustíveis fósseis. "A América será mais uma vez uma nação industrial. Temos algo que nenhuma outra nação jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país da Terra. E vamos usá-la", declarou o republicano. Trump afirmou que, com a nova política, o país irá baixar os preços de energia e reabastecer reservas estratégicas "até o topo". Declarou também que os EUA passarão a exportar energia "para todo o mundo". A ideia é que, com a maior oferta, o custo de energia caia. A medida pretende atingir, principalmente, o consumidor. Um documento intitulado "primeiras prioridades", publicado pelo novo governo nesta segunda, afirma que as mudanças darão maior "capacidade de escolha" aos norte-americanos. "As ações energéticas do presidente Trump capacitam a escolha do consumidor em veículos, chuveiros, vasos sanitários, máquinas de lavar, lâmpadas e lava-louças", diz a publicação. A ideia é colocar em pé de igualdade, por exemplo, veículos a combustão e elétricos, sem a imposição de tarifas maiores para aqueles que poluem mais. Welber Barral, ex-secretário do comércio exterior e sócio-fundador da BMJ Consultores Associados, lembra que o ex-presidente Joe Biden havia adotado uma série de medidas de incentivo ao uso de energia limpa. Entre elas, beneficiando carros elétricos, energia solar e energia renovável. "Isso gerava um custo a mais para o consumidor no curto prazo. E é o que Trump está revogando agora", diz. Além de anunciar a saída dos EUA do Acordo do Clima de Paris nesta segunda-feira (leia mais abaixo), Trump disparou contra os veículos elétricos, cujo principal mercado mundial está na China. "Revogaremos o 'mandato dos veículos elétricos', salvando a nossa indústria automóvel e mantendo os meus compromissos sagrados aos nossos grandes trabalhadores do setor automóvel americanos", disse o presidente. Veja algumas das medidas listadas entre as primeiras prioridades do republicano: O presidente impulsionará a energia americana encerrando as políticas climáticas extremas de Biden, simplificando os processos de licenciamento e revisando para revogação todos os regulamentos que impõem encargos excessivos à produção e uso de energia, incluindo a mineração e o processamento de minerais não combustíveis. As ações para o setor de energia do presidente Trump permitirão que os consumidores escolham livremente seus veículos, chuveiros, vasos sanitários, máquinas de lavar, lâmpadas e lava-louças. O presidente Trump declarará uma emergência energética e usará todos os recursos necessários para construir infraestrutura crítica. As políticas de energia do presidente Trump acabarão com o arrendamento de grandes parques eólicos que degradam nossas paisagens naturais e não atendem aos consumidores de energia americanos. O presidente Trump se retirará do Acordo de Paris sobre o Clima. Todas as agências tomarão medidas de emergência para reduzir o custo de vida. O presidente Trump anunciará a Política Comercial "America First". A América não estará mais sujeita a organizações estrangeiras para nossa política tributária nacional, que pune as empresas americanas. Trump revoga 'mandato do veículo elétrico' e diz que vai 'perfurar' Fim do Acordo de Paris Em um de seus primeiros atos de governo, Trump assinou a saída dos EUA do Acordo do Clima de Paris. O presidente já havia retirado o país do acordo durante seu primeiro mandato. À época, ele alegou que o tratado prejudicava a economia norte-americana e beneficiava outros países às custas dos Estados Unidos. O processo levou anos e foi imediatamente revertido pela presidência do democrata Joe Biden, em 2021. Agora, com a nova saída confirmada em decreto presidencial assinado por Trump, os Estados Unidos devem se juntar a países como Irã, Líbia e Iêmen, os únicos fora do acordo de 2015. A medida, contudo, só deve ser oficializada após confirmação da ONU (Organização das Nações Unidas). O principal objetivo do tratado assinado durante a COP21, a 21ª cúpula do clima da ONU em Paris, é manter o aquecimento global do planeta abaixo de 2°C até o final do século. e buscar esforços para limitar esse aumento até 1.5°C. Apesar disso, no ano passado, pela primeira vez, a temperatura média global aumentou 1,6ºC em relação aos níveis pré-industriais. Veja Mais
Quase 4 novos bilionários surgiram por semana em 2024, aponta Oxfam
Relatório lançado antes do Fórum Econômico Mundial, em Davos, também prevê cinco trilionários daqui a 10 anos. Enquanto isso, número de pessoas vivendo na pobreza mal mudou desde 1990. Notas de dólar Murad Sezer/ Reuters Um total de 204 novos bilionários surgiu no mundo em 2024, ou seja, quase quatro por semana, aponta um relatório da organização não-governamental Oxfam lançado em razão do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta segunda-feira (20). O evento anual reúne líderes governamentais, empresariais e da sociedade civil em Davos, na Suíça, para definir qual é a agenda do ano para solucionar desafios globais. No relatório, a Oxfam pede aos governos que “taxem os mais ricos para reduzir a desigualdade, acabar com a riqueza extrema e desmontar a nova aristocracia”. De acordo com a pesquisa, a riqueza dos bilionários aumentou em US$ 2 trilhões em 2024, três vezes mais rápido que no ano anterior, enquanto o número de pessoas vivendo na pobreza mal mudou desde 1990. A fortuna dos dez homens mais ricos do mundo cresceu em média quase US$ 100 milhões por dia, o que significa que, mesmo que eles perdessem 99% de sua riqueza da noite para o dia, ainda permaneceriam bilionários. A organização também prevê que o mundo terá pelo menos cinco trilionários daqui a 10 anos. “A captura da nossa economia global por um seleto grupo privilegiado atingiu níveis antes inimagináveis. A falha em deter os bilionários agora está gerando futuros trilionários. Não apenas a taxa de acumulação de riqueza dos bilionários acelerou — por três vezes — mas também seu poder”, disse Amitabh Behar, diretor-executivo da Oxfam Internacional. LEIA TAMBÉM: Brasil tem 19 novos bilionários e total chega a 60; veja os mais ricos Pela 1ª vez, bilionários acumularam mais riqueza via herança do que com trabalho De onde vem a riqueza? O relatório, denominado “As custas de quem? – A origem da riqueza e a construção da injustiça no colonialismo”, também aponta que 60% da riqueza dos bilionários de hoje vem de herança, monopólio ou conexões com poderosos. Segundo o documento, uma pesquisa da Forbes descobriu que todos os bilionários com menos de 30 anos herdaram sua riqueza. Além disso, mais de 1 mil dos bilionários atuais deixarão mais de US$ 5,2 trilhões para seus herdeiros nas próximas duas a três décadas, de acordo com o Grupo UBS, maior banco da Suíça. A Oxfam discute ainda no relatório o que descreve como “colonialismo moderno”, uma dinâmica de extração de riqueza do Sul para o Norte do planeta e os seus cidadãos mais ricos. Conforme a pesquisa, os países do Norte controlam 69% da riqueza global, 77% da riqueza dos bilionários e abrigam 68% dos bilionários, apesar de representarem apenas 21% da população mundial. Estudos também mostram que os salários no Sul do planeta são de 87% a 95% mais baixos do que no Norte, para trabalhos de habilidade equivalente. Quem são os cinco novos bilionários brasileiros Recomendações Após apresentar os dados de desigualdade e riqueza extrema, o relatório da Oxfam traz três recomendações às autoridades governamentais: Reduzir radicalmente a desigualdade. Os governos precisam se comprometer a garantir que, tanto globalmente quanto a nível nacional, as rendas dos 10% mais ricos não sejam mais altas do que as dos 40% mais pobres. De acordo com dados do Banco Mundial, reduzir a desigualdade poderia acabar com a pobreza três vezes mais rápido. Os governos também devem combater e acabar com o racismo, o sexismo e a divisão que sustentam a exploração econômica em curso. Taxar os mais ricos para acabar com a riqueza extrema. A política fiscal global deve estar sob uma nova convenção tributária da ONU, garantindo que as pessoas e corporações mais ricas paguem sua parte justa. Os paraísos fiscais devem ser abolidos. A análise da Oxfam mostra que metade dos bilionários do mundo vive em países sem imposto de herança para descendentes diretos. A herança precisa ser taxada para desmontar a nova aristocracia. Acabar com o fluxo de riqueza do Sul para o Norte. Cancelar dívidas e acabar com o domínio de países e corporações ricos sobre mercados financeiros e regras comerciais. Isso significa desmontar monopólios, democratizar as regras de patentes e regular as corporações para garantir que paguem salários dignos e limitem os salários dos CEOs. Reestruturar os poderes de voto no Banco Mundial, no FMI e no Conselho de Segurança da ONU para garantir uma representação justa dos países do Sul Global. Os poderosos frutos do colonialismo também devem enfrentar os danos duradouros causados por seu domínio colonial, pedir desculpas formalmente e fornecer reparações às comunidades afetadas. Veja Mais
Fórum Econômico Mundial começa nesta segunda-feira; veja o que esperar
Evento anual acontece em Davos, na Suíça, e deve reunir mais de 3 mil líderes globais para falar sobre desafios como as mudanças climáticas, geoeconômicas e tecnológicas. Logo do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), é visto dentro do Centro de Conferências antes do Fórum Econômico Mundial de 2025, em Davos, na Suíça. Yves Herman/ Reuters O encontro anual do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) de 2025 começa nesta segunda-feira (20) em Davos, na Suíça. O evento reúne líderes governamentais, empresariais e da sociedade civil para definir qual é a agenda do ano para solucionar desafios globais, tais como mudanças climáticas, geoeconômicas e tecnológicas. Neste ano, o ponto central das discussões do evento será voltado para o avanço tecnológico, sob o tema "Cooperação para a Era Inteligente". O conceito, de acordo com o WEF, é baseado na ideia de que tecnologias convergentes estão levando a uma revolução social. O encontro ainda coincide datas com outro evento de grande importância para o mundo: a posse do republicano Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Assim, parte dos debates deste primeiro dia será voltada para as primeiras impressões do novo governo norte-americano. Segundo a organização, é esperado que mais 3 mil pessoas participem do evento neste ano, dos quais 350 são líderes governamentais — incluindo Trump, que deve participar por meio de um link ao vivo. ACOMPANHE: g1 transmite cerimônia de posse ao vivo nesta segunda-feira (20) De acordo com o WEF, as discussões do evento devem girar em torno de temas como: Como identificar novas fontes de crescimento para a economia global; Como os líderes empresariais podem encontrar um equilíbrio entre as metas e a transformação de suas indústrias; Como os setores público e privado podem investir em capital humano para o desenvolvimento de uma sociedade moderna e resiliente; Como fazer parcerias inovadoras, e aumentar o financiamento e a implantação de tecnologias para catalisar ações de energia, clima e natureza; Como as partes interessadas podem encontrar novas maneiras de colaborar em soluções tanto internacionalmente quanto dentro das sociedades Riscos para 2025 Uma pesquisa recente publicada pelo WEF indicou que o aumento dos conflitos armados entre países, o avanço das mudanças climáticas e as tensões econômicas pelo mundo são os principais fatores de risco para 2025. No topo da lista de maiores preocupações para este ano estão os conflitos armados, com 23% dos respondentes assinalando esse como um dos principais fatores de risco. Em seguida, vieram os eventos climáticos extremos (14%) e os confrontos geoeconômicos (8%). Segundo o documento, o atual clima geopolítico no mundo – que vem na esteira da invasão da Ucrânia pela Rússia e das guerras vistas no Oriente Médio e no Sudão – tem aumentado a expectativa de uma crise ao longo deste ano. Em comparação com o ano passado, esse risco subiu do 8º para o 1º lugar no ranking. De acordo com o relatório, as tensões geopolíticas também estão associadas ao risco crescente de confronto geoeconômico – como pela aplicação de sanções ou tarifas, por exemplo – que, por sua vez, é impulsionado pela desigualdade e pela polarização social, entre outros fatores. Já entre os riscos ambientais, o documento reporta que os impactos negativos das mudanças climáticas têm se tornado cada vez mais evidentes. Isso porque o uso contínuo de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, tem levado a eventos climáticos extremos com frequência e gravidade cada vez maiores. “Ondas de calor em todas as partes da Ásia; inundações no Brasil, na Indonésia e em partes da Europa; incêndios florestais no Canadá; e furacões Helene e Milton nos Estados Unidos são apenas alguns exemplos recentes de tais eventos”, diz o relatório. Veja Mais
O segredo da Dinamarca para o equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal
Confiança é apontada como um dos fatores-chave: "Ninguém está tentando te microgerenciar ou olhar por cima do seu ombro", diz Gabriel Hoces, que trabalha para uma empresa de tecnologia em Copenhague. Gabriel Hoces é funcionário de uma empresa de tecnologia em Copenhague Gabriel Hoces Gabriel Hoces repete uma palavra sete vezes ao falar sobre como é trabalhar na Dinamarca: "confiança". "Ninguém está tentando te microgerenciar ou olhar por cima do seu ombro", diz ele, que trabalha para uma empresa de tecnologia em Copenhague. "Os chefes não vêm verificar se você trabalhou oito ou nove horas por dia, pois eles só se importam se você concluiu seus projetos." "Há muita confiança na Dinamarca neste sentido, e não sinto uma hierarquia no meu trabalho. É tudo muito democrático." Não é surpresa para Hoces, que é casado e pai de duas filhas pequenas, o fato de a Dinamarca estar constantemente entre os cinco países do mundo com melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Apenas 1,1% dos dinamarqueses precisam trabalhar 50 horas ou mais por semana, de acordo com os dados mais recentes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A proporção é significativamente menor do que a média mundial, de 10,2%. Para efeito de comparação, no Reino Unido o percentual é de 10,8% e, nos Estados Unidos, de 10,4%. Meik Wiking, autor do livro The Art of Danish Living ("A arte de viver dinamarquesa, em tradução livre), considera há muito tempo sua terra natal como um exemplo no qual outros países deveriam se inspirar ao formularem suas políticas relacionadas ao ambiente de trabalho. "Os dinamarqueses são realmente felizes no trabalho", diz ele à BBC. "Quase 60% dos dinamarqueses afirmam que continuariam a trabalhar se ganhassem na loteria e se tornassem financeiramente independentes." Wiking, que também é chefe do think tank dinamarquês The Happiness Research Institute ("instituto para pesquisa da felicidade", em tradução literal), enumera várias políticas que, em sua avaliação, ajudam a gerar um forte equilíbrio entre vida pessoal e profissional na Dinamarca. Entre elas estão o direito a um mínimo de cinco semanas de férias remuneradas por ano, além dos feriados nacionais. No Reino Unido, a maioria dos trabalhadores tem direito a um número próximo, 5,6 semanas de férias remuneradas, mas nos EUA o total pode chegar a apenas 11 dias. A Dinamarca também oferece seis meses de licença maternidade e paternidade remuneradas. No Reino Unido, o pai, ou parceiro que não deu à luz, normalmente recebe de uma a duas semanas. Nos EUA, há apenas uma garantia federal de licença parental não remunerada, embora alguns Estados, como a Califórnia, agora ofereçam licença remunerada após o nascimento de um filho. Funcionários públicos federais podem obter 12 semanas de licença remunerada. Meik Wiking afirma que a maioria dos dinamarqueses gosta de ir trabalhar Meik Wiking Wiking é outro dinamarquês que cita o conceito de chefes que confiam em seus funcionários para fazer a coisa certa. Ele usa o exemplo dos funcionários do parque de diversões Tivoli Gardens, em Copenhague, onde eles seguem a regra dos três metros. A ideia é que você seja o CEO de tudo que está dentro de um raio de três metros. "Se você vir lixo em um raio de três metros, você o recolhe e, se vir um cliente procurando algo, você para e pergunta se pode ajudar", explica Wiking. Ele acrescenta que, quando os funcionários se apropriam do seu próprio espaço, isso pode ajudá-los a se sentir empoderados e valorizados, o que contribui muito para um sentimento saudável em relação ao local de trabalho. Janine Leschke, professora do departamento de administração, sociedade e comunicação da Copenhagen Business School, afirma que a Dinamarca definitivamente "não pratica uma cultura de trabalho em que você tem que aparecer e estar disponível o dia todo, a noite toda, para mostrar que está trabalhando duro o tempo todo". Em vez disso, ela diz que a flexibilidade durante a jornada de trabalho oferece aos funcionários o tempo necessário para, por exemplo, buscar os filhos na escola ou na creche. "O dia não precisa terminar oficialmente às cinco ou seis horas da tarde, e isso é atraente para muitos dinamarqueses com filhos." Hoces notou que alguns empregadores nos Estados Unidos podem esperar que seus funcionários estejam disponíveis nos fins de semana para responder e-mails ou mensagens. Este tipo de hora extra não se encaixa em sua perspectiva de equilíbrio positivo entre vida pessoal e profissional. "Se eu tivesse que atender ligações no fim de semana, isso seria um grande sinal de alerta para mim, e eu provavelmente mudaria de emprego", diz ele. "Mas até agora isso não aconteceu comigo nem com ninguém que eu conheça." Casper Rouchmann, CEO e fundador da empresa de tecnologia SparkForce, em Copenhague, acredita que sua política de liderança descontraída seria familiar para a maioria dos dinamarqueses. "Você não precisa me pedir para sair mais cedo", afirma. "Ninguém se aproveita da minha gentileza." O executivo acrescenta que o elemento da confiança está tão arraigado na cultura dinamarquesa que os visitantes da Dinamarca muitas vezes se surpreendem com o grau de confiança. Ele também destaca o generoso Estado de bem-estar social e o fato de que as empresas precisam dar uma indenização financeira aos funcionários que são demitidos. "Se você perder o emprego, o governo está lá para ajudar", acrescenta Rouchmann. Por mais que outros países possam aprender com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional da Dinamarca, ele observa que há algumas desvantagens. "Algumas pessoas podem confiar demais nessa rede de segurança, e isso pode dizer a elas que não precisam correr riscos reais, e é por isso que podemos ser menos empreendedores em comparação com os EUA." Ninguém 'se aproveita' da generosidade dos chefes, diz Casper Rouchmann Casper Rouchmann Samantha Saxby, especialista americana em recursos humanos, acredita que a Dinamarca tem um equilíbrio positivo entre vida pessoal e profissional porque o país "prioriza o bem-estar coletivo". Por outro lado, ela destaca que os EUA "há muito tempo enfatizam a conquista e a ambição individuais, o que impulsionou uma tremenda inovação, mas muitas vezes às custas do equilíbrio entre vida pessoal e profissional". Mas, segundo ela, as empresas americanas e de outras partes do mundo podem estar finalmente seguindo o exemplo da Dinamarca e de outras nações nórdicas. "As organizações progressistas estão introduzindo benefícios como folgas remuneradas ilimitadas, dias dedicados à saúde mental e programas de bem-estar para incentivar os funcionários a priorizar o autocuidado", diz Saxby, que é diretora de marketing da Associação Nacional de Recursos Humanos dos EUA. "Estas medidas não apenas aliviam a pressão, como também demonstram que os empregadores valorizam o bem-estar geral da sua força de trabalho." "Mais empresas estão reconhecendo que funcionários bem descansados e equilibrados apresentam novas ideias, têm melhor capacidade de resolução de problemas e maior engajamento. Os funcionários estão começando a se sentir empoderados para tirar o tempo que precisam sem sacrificar o avanço da carreira profissional." Assista Short friday: sair mais cedo do trabalho às sextas já é realidade em algumas empresas 'Workation': conheça a tendência que une viagem de lazer ao trabalho 'CLT Premium': o que é o termo que virou trend e que pode revolucionar o mercado Veja Mais
Alcance de postagens da oposição sobre o PIX faz PT organizar curso para redes sociais
Depois do episódio da norma que ampliava o controle da Receita Federal sobre transações via PIX, que acabou revogada, e o enorme engajamento conquistado por postagens da oposição, o PT decidiu focar no treinamento de seus parlamentares e dirigentes nas redes sociais. A direção do partido vai fazer, na próxima semana, uma plenária virtual com o ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira, sobre "estratégia de Comunicação e enfrentamento a fake news". O encontro será para deputados, senadores, coordenadores de comunicação regionais do partido, vereadores e deputados estaduais. "É uma forma de dar ordem unida, uma estratégia única de comunicação", diz o secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto. 'Precisamos comunicar com todos os públicos', diz Sidônio Palmeira, novo ministro da Secom Outro integrante do partido reconheceu que o efeito da postagem do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), a que mais teve alcance entre as publicações, mostrou ao partido do presidente Lula que é necessário o reforço da presença nas redes sociais de todos os integrantes da base do governo. A postagem do deputado do PL teve mais de 300 milhões de visualizações e fez Nikolas ultrapassar Lula no número de seguidores no Instagram. Troca no comando da Secom O publicitário Sidônio Palmeira tomou posse na última terça-feira (14) como novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cerimônia de posse no Palácio do Planalto formaliza o início da gestão de Sidônio, que nas últimas semanas fez a transição com a equipe do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que deixa a Secom após dois anos no cargo. A Secom é responsável por formular e implementar a política de comunicação do governo federal. Isso inclui gerenciar a publicidade oficial, o relacionamento com a imprensa e a divulgação de programas e ações do Executivo. Marqueteiro de Lula na campanha de 2022, Sidônio foi escolhido para tentar melhorar a comunicação do governo. Ainda em dezembro, o presidente que faria as "correções necessárias" na área. Lula entende que a aprovação na faixa de um terço, conforme institutos de pesquisa, está aquém dos resultados do governo, como a alta do Produto Interno Bruto (PIB) e baixa taxa de desemprego. Veja Mais
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Governo retira da lista de beneficiários do Bolsa Família 1.199 candidatos eleitos nas eleições municipais
Famílias que tem como integrantes candidatos eleitos terão pagamento do Bolsa Família e do Auxílio Gás suspensos a partir deste mês. O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (17), que 1.199 pessoas que recebiam o programa Bolsa Família foram retiradas da lista de beneficiários, após terem sido eleitas nas eleições municipais de 2024. A medida foi formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17). Segundo o documento, famílias beneficiárias com integrantes eleitos no pleito do ano passado terão os benefícios do Bolsa Família e do Auxílio Gás cancelados a partir deste mês de janeiro. Relatórios da CGU apontam problemas no Bolsa Família Além disso, famílias que não recebem o auxílio do governo, mas estão inscritas no CadÚnico e que incluam pessoas que são candidatos eleitos no pleito, não podem solicitar benefícios federais e estão proibidas de ingressar nos programas durante o período do mandato. Ao todo, a lista inclui famílias das seguintes regiões: Norte: 167 famílias Nordeste: 592 famílias Sudeste: 300 famílias Sul: 82 famílias Centro-Oeste: 58 famílias LEIA TAMBÉM Bolsa Família 2025: primeiro pagamento acontece ainda neste mês; veja datas Prazo para acompanhamento de saúde dos beneficiários é prorrogado até 17 de janeiro Governo informa ao STF que não tem meios de impedir uso de dinheiro do Bolsa Família em apostas esportivas Reforma no CadÚnico O sistema do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) passará por uma transformação em março de 2025, visando, principalmente, integrar dados e evitar fraudes. A mudança do CadÚnico, que funciona como um mapa das famílias de baixa renda no Brasil e ajuda gestores públicos a entender a realidade dessas pessoas, começou a ser implementada nas últimas semanas de 2024 e passará por uma fase de testes e treinamentos dos operadores do sistema nos dois primeiros meses de 2025. ????Já em março, o atual sistema do cadastramento será completamente desativado e todos os cadastros, novos cadastros e atualizações serão inseridos no novo sistema. A reformulação do sistema é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Veja aqui as principais mudanças. Veja Mais
Concurso dos Correios: resultado preliminar é divulgado; veja como acessar
Mais de 1 milhão de pessoas realizaram as provas em dezembro. A seleção vai preencher 3.511 vagas imediatas em todos os estados brasileiros, com salários iniciais de até R$ 6,8 mil. Concurso dos Correios oferece mais de 3 mil vagas de nível médio e superior Joédson Alves/Agência Brasil Os resultados preliminares das provas objetivas do concurso público dos Correios, para o cargo de carteiro, foram divulgados nesta sexta-feira (17). ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp As informações estão disponíveis no site dos Correios e do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), a banca responsável pela organização do processo seletivo. Para o cargo de analista de Correios, de nível superior, o resultado preliminar e o gabarito definitivo serão divulgados no dia 24 de janeiro. ?? Acesse os gabaritos oficiais do concurso dos Correios Além disso, o resultado da análise dos recursos contra as questões da prova objetiva do cargo de carteiro já está disponível (entenda como é feita a contestação das questões ou respostas). De acordo com a banca, não houve recursos procedentes. Por isso, o gabarito agora é definitivo. O resultado do procedimento de heteroidentificação (para pretos, pardos e indígenas) e a avaliação para pessoas com deficiência, que concorrem no cargo de carteiro, também estão disponíveis. Veja o edital do Resultado Preliminar da Prova Objetiva - Carteiro Veja o edital do Resultado Preliminar da Prova Objetiva - Nível Superior Mais de 1 milhão de pessoas realizaram as provas do concurso em dezembro. Esse é o maior concurso da estatal nos últimos 13 anos. O número de inscritos nesta edição foi de 1,6 milhão, o que faz com que a taxa de comparecimento tenha sido de 59,85%. O total de inscritos foi maior que o último concurso nacional da empresa em 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se cadastraram para mais de 9 mil oportunidades. ???? Mais de 3 mil vagas A seleção vai preencher 3.511 vagas imediatas, com salários iniciais de até R$ 6,8 mil. As oportunidades foram divididas em dois editais: 3.099 vagas são para o cargo de carteiro (agente de Correios), com salário inicial de R$ 2.429,26. Para a carreira, que é de nível médio, concorrem 93% (1.560.704) dos inscritos. 412 oportunidades são para analista de Correios, de nível superior, e têm salários iniciais de R$ 6.872,48. Cerca de candidatos 111.967 concorrem aos cargos de advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro. Do total de vagas a serem preenchidas, 30% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 10% para pessoas com deficiência. Além da remuneração, que aumenta conforme o tempo de serviço e o mérito do funcionário, os Correios oferecem uma série de benefícios que ajudam a complementar a renda dos trabalhadores selecionados, como: Vale-alimentação/refeição: quase R$ 1,4 mil por mês. Vale-transporte: disponível para todos os funcionários. Plano de saúde: possibilidade de adesão. Auxílio-creche/auxílio-babá: até R$ 714,72 para empregadas com filhos menores de 7 anos. Reembolso de despesas para filhos dependentes de cuidados especiais: até R$ 1.030,58. Adicional de atividades externas: 30% do salário-base (inicialmente R$ 728). Adicional por serviço no fim de semana: 15% do salário-base pelas horas trabalhadas. Gratificação de "quebra de caixa": R$ 267,64 para quem atua em guichês de agências. As vagas ofertadas estão distribuídas em cidades de todo o país, e os candidatos vão concorrer somente com os inscritos da mesma localidade, selecionada no momento da inscrição. (veja o mapa) ?? No caso do cargo de carteiro, as vagas foram divididas em "macrorregiões", que receberam o nome de uma cidade, mas englobam vários municípios naquela área. É possível ver essa relação no Anexo II do edital. ?? Já para as carreiras de nível superior, as oportunidades estão distribuídas nas superintendências estaduais (SE) dos Correios. São 28, no total, em todos os estados brasileiros. O prazo de validade do concurso dos Correios será de um ano a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. G1 em 1 Minuto: Concurso dos Correios: o que faz o carteiro ???? O maior concurso dos últimos 13 anos Os Correios não realizavam um concurso público em âmbito nacional desde 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se inscreveram para mais de 9 mil oportunidades. Nesta edição, o processo preencherá mais de 3,5 mil vagas. No entanto, os sindicatos alegam que essa quantia não é suficiente para suprir o déficit de mão de obra na empresa. Recentemente, inclusive, a estatal abriu um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que viabilizou a saída de trabalhadores. Por isso, especialistas em concursos públicos acreditam que um número bem maior de candidatos será chamado para ocupar os cargos nos próximos meses, apesar de os editais publicados não especificarem oportunidades de cadastro reserva. Ainda em 2024, a empresa também abriu as inscrições para outro concurso, com 33 vagas e salários iniciais de até R$ 6,8 mil. As oportunidades eram para cargos da área de medicina e segurança do trabalho. Correios lançam edital pra mais de 3 mil vagas com salários de até R$ 6 mil Veja Mais
CNU: participante que se declara negro é impedido de acessar sistema de cotas e aciona justiça; entenda o caso
Em nota, o Ministério da Gestão diz que seguiu todo o procedimento legal referente ao procedimento de heteroidentificação. A Fundação Cesgranrio afirma que a etapa foi realizada de forma presencial, com filmagens para ser utilizadas na análise de recursos. Gustavo Amora teve sua candidatura indeferida pela banca de heteroidentificação do CNU. Arquivo Pessoal Militante do movimento negro e servidor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Gustavo Amora precisou entrar na justiça após ser impedido de concorrer as vagas reservadas para pessoas negras do Concurso Nacional Unificado (CNU). A negativa veio após o servidor passar pelo procedimento de heteroidentificação – etapa que verifica os traços físicos dos candidatos que se autodeclaram pretos ou pardos para evitar possíveis fraudes. Inscrito para as vagas do Bloco 4, de Trabalho e Saúde do Servidor, Gustavo foi convocado para a fase de heteroidentificação após ser aprovado nas provas objetiva e discursiva do concurso. Depois da primeira negativa, o servidor entrou com recurso administrativo na própria página da Fundação Cesgranrio – a banca que está organizando a seleção. Como resposta, ele apenas recebeu a mensagem de “não enquadrado”. Ele segue concorrendo a uma vaga, mas na disputa de ampla concorrência. Junto com advogados, Gustavo entrou com um pedido liminar para reinclusão no regime de cotas, que foi negado pela Justiça Federal em primeira instância. Agora, a defesa do servidor vai recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Ainda como estudante, Gustavo fez parte da implementação do sistema de cotas na Universidade de Brasília (UnB), antes da aprovação da lei nacional. Além disso, o servidor também já foi jurado em outras bancas de heteroidentificação. "Meu histórico fala por si: eu sou uma pessoa negra, reconhecida socialmente, e profundamente engajado na luta contra o racismo no Brasil. Essa decisão não só me prejudica, mas ameaça o próprio sistema de cotas", afirma o candidato. Gustavo Amora entrou na justiça após ser impedido de acessar o sistema de cotas do CNU. Arquivo Pessoal Adriane Fauth, advogada do servidor, explica que esse não é o único caso de exclusão com falta de justificativa parte da Fundação Cesgranrio. Além disso, a defesa ressalta que isso costuma ser um “hábito” das bancas de concursos públicos. Segundo a advogada, essa é uma situação de “ilegalidade que se perpetua”. “Esse é um problema que a gente enfrenta não apenas no CNU, mas em todos os concursos públicos que há essa avaliação de heteroidentificação”, explica. "Hoje, não sabemos quais são as características analisadas. Em relação ao cabelo, o que eu considero como o cabelo de pessoa preta e parda? E se o participante não atende a esse requisito, mas todas as outras características estiverem presentes? Ele vai ser eliminado?", questiona a defesa. Em nota enviada ao g1, o Ministério da Gestão informou que todo procedimento de heteroidentificação seguiu “o regramento legal pertinente”, conforme a Instrução Normativa de 2023 que detalha o trabalho das bancas. (veja a nota completa abaixo) Segundo o edital do CNU, “não serão considerados quaisquer registros ou documentos pretéritos eventualmente apresentados, inclusive imagem e certidões referentes a confirmação em procedimentos de heteroidentificação”. O documento ainda estabelece que “a comissão de heteroidentificação utilizará exclusivamente o critério fenotípico [avaliação das características físicas visíveis de um indivíduo] para aferição da condição declarada pelo candidato”. Já a Fundação Cesgranrio disse que etapa “foi realizada de forma presencial mediante utilização de recursos de tecnologia de comunicação”. A empresa afirma que o procedimento “foi filmado e fotografado para ser utilizado na análise de recursos”. (veja a nota completa abaixo) LEIA TAMBÉM: Quem é pardo para os comitês que decidem quais alunos podem entrar nas universidades por cotas raciais? Entenda quais foram os significados de 'pardo' nos últimos 80 anos e como isso dificultou a identificação racial do Brasil O que diz o Ministério da Gestão? O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) informa que as Comissões de Heteroidentificação do CPNU são organizadas pela Fundação Cesgranrio, banca responsável pelo certame. Todo o procedimento seguiu o regramento legal pertinente, descrito no item 3.4 e subitens dos editais, que estabelecem que os candidatos que desejam concorrer às vagas reservadas a pessoas negras devem passar pelo procedimento de heteroidentificação, conforme previsto na Portaria Normativa MPDG n° 4/2018 e na Instrução Normativa MGI n° 23/2023. Esses normativos seguem o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconhece que as bancas de heteroidentificação são parte essencial do processo seletivo (conforme entendimento do da ADC/STF 41/2017 referente a Lei de Cotas (Lei n.º 12.711/2012). Assim, de acordo com a Instrução Normativa MGI n° 23/2023, as Comissões de Heteroidentificação do CPNU utilizam exclusivamente o critério fenotípico para aferição da condição declarada pelo candidato de pessoa negra (preta ou parda), não sendo aceitos registros, declarações ou documentos, seja do próprio candidato ou de ancestrais, como aptos a comprovar o direito à cota. Os procedimentos de heteroidentificação estão sendo realizados nas 228 cidades onde ocorreu a aplicação de realização do CPNU. A Comissão de Heteroidentificação é composta por cinco integrantes e seus suplentes, garantida a diversidade em sua composição. Por sua vez, os recursos às decisões das Comissões de Heteroidentificação são analisados por um Comissão Recursal composta por três membros distintos dos membros da Comissão de Heteroidentificação. Os recursos são avaliados pela Comissão Recursal considerando a filmagem do procedimento de heteroidentificação, o conteúdo do recurso elaborado pelo candidato e o parecer emitido pela Comissão de banca de Heteroidentificação. Comissão de Heteroidentificação deverá ser composta por cinco membros e seus suplentes, garantindo a diversidade das pessoas que a integram quanto ao gênero, à cor e, sempre que possível, à origem regional. A Comissão deverá ser composta por pessoas de reputação ilibada; residentes no Brasil; que tenham participado de oficina ou curso sobre a temática da promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo; e preferencialmente experientes na temática da promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo. Os cargos e currículos de todos os membros estão disponíveis no link. Vale destacar que a IN 23, mantem resguardado o sigilo dos nomes das pessoas que integram a comissão de heteroidentificação, podendo ser disponibilizados aos órgãos de controle interno e externo, se requeridos. Conforme IN 23, as Comissões de Heteroidentificação do CPNU utilizam exclusivamente o critério fenotípico para aferição da condição declarada pelo candidato de pessoa negra (preta ou parda). Ainda conforme Edital do CPNU, teor do parecer motivado da Comissão de Heteroidentificação será de acesso restrito, seguindo o disposto na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (art. 31 da Lei nº 12.527, de 18/11/2011). O que diz a Fundação Cesgranrio? A inclusão social é um valor essencial, especialmente em processos seletivos que visam garantir oportunidades equitativas para todos. Um dos mecanismos que reforça essa equidade é a etapa de heteroidentificação, destinada aos candidatos que se autodeclaram negros nas cotas raciais, classificados na fase anterior. Importante destacar que o procedimento pode ocorrer em qualquer fase do concurso, desde que anterior à homologação do resultado final ou à convocação. Essa fase adicional é realizada por uma banca composta por cinco especialistas e seus suplentes, é fundamental respeitar a diversidade de raça, gênero e sempre que possível regionalidade para atender a INSTRUÇÃO NORMATIVA MGI Nº 23, DE 25 DE JULHO DE 2023 A Cesgranrio tem um papel ativo na formação das bancas de heteroidentificação, oferecendo cursos de formação que já habilitaram mais de 3.000 colaboradores em todo o Brasil. Essas capacitações garantem que os profissionais estejam preparados para conduzir as avaliações com responsabilidade, sensibilidade e total transparência, sempre comprometidos com o rigor técnico e a promoção da igualdade racial. Diferente do passado, quando as avaliações consideravam aspectos genéticos, hoje, a avaliação se baseia no fenótipo, ou seja, nas características físicas visíveis dos candidatos, que os tornou alvo de discriminação ao longo da vida. Oscar Cunha, gerente executivo de concursos da Fundação Cesgranrio, destaca que a análise dos candidatos segue critérios rigorosos e objetivos, alinhados às diretrizes estabelecidas pela Instrução Normativa de 2023. “Esse processo garante que as cotas sejam aplicadas de maneira justa e que o acesso às políticas de inclusão seja direcionado para aqueles que, de fato, enfrentam os desafios históricos decorrentes do racismo estrutural.” O processo de heteroidentificação do CPNU foi realizado de forma presencial mediante utilização de recursos de tecnologia de comunicação. Em todos os locais a etapa foi filmada e fotografada para que a gravação e imagens possam ser utilizadas na análise de eventuais recursos interpostos contra a decisão da comissão. A Cesgranrio reafirma seu compromisso com a promoção da diversidade, da igualdade e da construção de uma sociedade mais inclusiva por meio de processos transparentes e justos. Ministério da Gestão divulga novo cronograma do 'Enem dos Concursos' Veja Mais
Mega-Sena, concurso 2.816: aposta de Indaiatuba (SP) ganha sozinha prêmio de R$ 37,3 milhões
Veja os números sorteados: 04 - 17 - 19 - 20 - 40 - 48. Quina teve 63 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 46.245,21. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.816 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (16), em São Paulo. Uma aposta de Indaiatuba (SP) acertou as seis dezenas e vai levar sozinha o prêmio de R$ 37.397.174,16. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp De acordo com a Caixa Econômica Federal, o ganhador realizou uma aposta simples, de seis números. O jogo foi feito presencialmente, em uma lotérica da cidade. Veja os números sorteados: 04 - 17 - 19 - 20 - 40 - 48 5 acertos - 63 apostas ganhadoras: R$ 46.245,21 4 acertos - 4.876 apostas ganhadoras: R$ 853,58 O próximo sorteio da Mega será no sábado (18). Mega-Sena, concurso 2.816 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais
FMI melhora perspectiva de crescimento do Brasil em 2024 a 3,7% e mantém estimativa para 2025
Projeção do Fundo agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central, de 3,5%. Selo do Fundo Monetário Internacional (FMI) é visto do lado de fora de sua sede em Washington, DC Mandel Ngan/AFP O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2024 e manteve a perspectiva de desaceleração para 2025, mostraram novas estimativas divulgadas nesta sexta-feira. Na revisão de seu relatório "Perspectiva Econômica Global", o FMI elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 para 3,7%. A previsão anterior, de outubro, era de 3,0%. A projeção do FMI agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central do Brasil (BC), de 3,5%. O FMI manteve o cenário de desaceleração para 2,2% em 2025, mas reduziu a conta para 2026 em 0,1 ponto percentual, passando a ver uma expansão da economia também de 2,2%. O IBGE divulgará os dados do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2024 em 7 de março. No terceiro trimestre, a expansão do PIB ficou em 0,9% na comparação com os três meses anteriores. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. A expectativa para o quarto trimestre é de desaceleração gradual da economia no final do ano passado depois de surpreender nos primeiros trimestres, em meio ao ciclo de aperto monetário realizado pelo Banco Central. Mas, mesmo diante da política monetária contracionista, a economia segue aquecida em meio a um mercado de trabalho saudável e aumento da renda, o que por sua vez gera pressão inflacionária. Na véspera, o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,1% em relação ao mês anterior, em dado dessazonalizado, melhor do que a expectativa de estagnação. 'Prévia do PIB' tem expansão de 0,1% em novembro No final do ano passado, a autoridade monetária elevou a taxa de juros Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, surpreendendo ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente. Os resultados esperados pelo FMI para o Brasil superam a perspectiva para o México, que deve crescer 1,8% em 2024, desacelerando a 1,4% em 2025 e depois indo a 2,0% em 2026. Com isso, o FMI calcula expansão da América Latina e Caribe de 2,4% no ano passado, indo a 2,5% e 2,7%, respectivamente, em 2025 e 2026. O cenário para o ano passado foi melhorado ante 2,1% antes, mas para os outros anos não houve alteração. A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, permaneceu em 4,2% para o ano passado e este, e subiu 0,1 ponto para 2026, para 4,3%. "Nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o crescimento em 2025 e 2026 deve igualar amplamente o de 2024", disse o FMI. Veja Mais
INSS suspende por seis meses bloqueio de benefícios para quem estiver sem 'prova de vida'
Desde 2023, comprovação de vida é feita pelo próprio INSS cruzando dados públicos; quando análise falha, beneficiário pode ser convocado. Órgão diz que está aprimorando sistemas. Foto ilustrativa do INSS INSS/Divulgação O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu, por seis meses, a possibilidade de bloquear pensões, aposentadorias e benefícios de quem não tiver a "prova de vida". A regra foi publicada no "Diário Oficial da União" nesta sexta-feira (17) e já está em vigor. ??????? A prova de vida é uma checagem periódica para comprovar que a pessoa está viva e pode continuar recebendo o benefício do INSS a que tem direito. Desde 2023, a prova de vida é de responsabilidade do INSS – que comprova a situação do beneficiário ao cruzar outros bancos de dados do governo (CPF, RG e passaporte, por exemplo). Se houver dúvida ou não for possível cruzar dados, no entanto, o INSS pode convocar o beneficiário a se apresentar presencialmente em uma agência ou a passar por perícia médica (presencial ou remota). Segundo o INSS, o adiamento foi necessário porque a própria instituição está aperfeiçoando o cruzamento de dados para chegar ao maior número de beneficiários – e, com isso, reduzir o número de convocações. Ainda de acordo com o órgão, as regras sobre a "prova de vida" não mudaram para este ano. Ou seja: a responsabilidade de comprovar que o beneficiário está vivo e apto a seguir recebendo é do próprio INSS, e não do aposentado ou pensionista. INSS anuncia que vai adotar medidas para acelerar a concessão de aposentadorias e outros benefícios Veja Mais
O que são nanoempreendedores? Lei da reforma tributária cria nova categoria de trabalhadores
Projeto prevê a unificação de impostos sobre o consumo e isenção da taxação de profissionais com receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil. Ambulante com seu carrinho em Itanhaém, SP: nanoempreendedor poderá ter receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil. Prefeitura de Itanhaém Um passo importante para quem trabalha por conta está previsto no projeto de regulamentação da reforma tributária, sancionada nesta quinta-feira (16). Foi criada uma nova categoria de empreendimentos que será isenta da cobrança dos novos impostos: os nanoempreendedores. Esse grupo será formado por pessoas físicas que operam em pequena escala e possuem uma receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil (metade do limite dos MEIs, os microempreendedores individuais). ????????? Trabalhadores informais, como vendedores, ambulantes, jardineiros, cozinheiros, artesãos e agricultores familiares, são alguns dos exemplos que se enquadram nessa categoria. Profissionais autônomos em setores informais, como mototaxistas, também podem ser incluídos. LEIA MAIS Lula sanciona com vetos primeira lei que regulamenta a reforma tributária Cesta básica, cashback, imposto do pecado: o que muda com nova lei Os nanoempreendedores não pagarão o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual criado pela reforma tributária, que entra no lugar do ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI. A ideia é garantir que pequenos empreendedores não sejam sobrecarregados com impostos que não conseguem pagar, evitando que continuem na informalidade, explica o advogado tributarista Carlos Schenato. A isenção, porém, não significa que esses negócios não pagarão nenhum imposto a partir de 2026, quando a reforma começa a entrar em vigor. Outros tributos, como contribuições previdenciárias e impostos sobre a propriedade, ainda podem ser cobrados. ?? Os Microempreendedores Individuais (MEIs) não se enquadram nessa nova categoria, pois o limite de receita bruta anual para MEIs é maior, até R$ 81 mil, apesar de estarem no regime do Simples Nacional, que também unifica impostos. Profissões vedadas de aderir ao regime do MEI, como advogados, arquitetos, contadores, dentistas, engenheiros, jornalistas, publicitários, médicos, psicólogos, entre outras, também não poderão se caracterizar como nanoempreendedores, pontua Luis Claudio Yukio, especialistas em direito tributário. A situação é diferente com motoristas e entregadores de aplicativos, que poderão integrar a categoria, mas sob um regime especial. Devido aos elevados custos operacionais dessas atividades, apenas 25% do faturamento bruto será considerado como receita para fins de enquadramento. Assim, para se qualificar, esses profissionais poderão ter um faturamento anual de até R$ 162 mil, desde que os 25% correspondam a R$ 40,5 mil ou menos. Atualmente, os motoristas e entregadores enfrentam dificuldades com impostos, pois as regras não se adaptam bem às suas atividades, ressalta o advogado Leonardo Roesler. Eles podem se formalizar como MEI, pagando uma taxa fixa mensal que inclui contribuições para o INSS e taxas locais, garantindo benefícios como aposentadoria e auxílio-doença. No entanto, muitos ultrapassam o limite de faturamento anual e precisam mudar para regimes mais complexos e caros. Entenda o que muda com a Reforma Tributária Regime simplificado O regime dos nanoempreendedores promete ser mais simplificado, com menos burocracia e foco na autodeclaração. Não será exigida a emissão de notas fiscais em todas as transações, reduzindo custos administrativos, afirma Roesler. Outra diferença é que o nanoempreendedor não precisa registrar uma personalidade jurídica, atuando como pessoa física. Em contraste, o MEI e outras modalidades, como Empresário Individual (EI), exigem a obtenção de um CNPJ. ???? E qual sistema o governo utilizará para qualificar empreendedores como nanoempreendedores? O controle será realizado por meio de sistemas integrados de cadastramento e monitoramento do faturamento anual dos empreendedores, explica Schenato. É provável que o governo utilize plataformas digitais específicas para essa categoria ou otimize o sistema já existente para o MEI (Microempreendedor Individual). "Os nanoempreendedores deverão comprovar o limite de receita através de declarações periódicas. Além disso, ferramentas de cruzamento de dados com instituições financeiras e sistemas de arrecadação fiscal poderão ser implementadas para prevenir fraudes", pontua. A Receita Federal já tem sistemas como o e-Social e o Portal do Simples Nacional, que podem ser adaptados para incluir esses nanoempreendedores. Pontos de atenção Em resumo, a criação da categoria de nanoempreendedores visa inclusão econômica e alívio da carga tributária. Para Roesler, isso pode reduzir a informalidade, aumentar o consumo e a atividade econômica local, e promover justiça fiscal ao isentar contribuintes com baixa capacidade econômica. No entanto, a isenção pode gerar perdas fiscais e criar o "efeito trava", em que os empreendedores evitam expandir seus negócios para não perder os benefícios fiscais, alerta o advogado. "O sucesso dependerá de mecanismos eficientes de controle, tetos realistas de faturamento e incentivos graduais para evitar o 'efeito trava'. Se bem implementada, a categoria pode gerar benefícios sociais e econômicos, contribuindo para um sistema tributário mais justo", completa o advogado. Entenda mais sobre a reforma tributária O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (16) a primeira lei que regulamenta a reforma tributária. O projeto sancionado detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023. A alíquota dos novos impostos unificados sobre o consumo deve ser de cerca de 28%. A regulamentação cria "trilhas" para a implementação do novo sistema de tributação, que será totalmente implantado até 2033, após uma transição gradual iniciada em 2026. No primeiro ano, não haverá cobrança dos novos tributos, apenas uma alíquota-teste. Algumas das principais mudanças previstas na reforma são: Unificar vários impostos sobre o consumo em dois principais: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Criar o Imposto Seletivo, também chamado de "imposto do pecado", que incidirá sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como bebidas açucaradas, veículos automotores, bebidas alcoólicas e cigarros. Estabelecer alíquota zero para carnes, frangos e peixes e itens da cesta básica nacional. Tributar operações imobiliárias com CBS e IBS. Aluguéis abaixo de R$ 240 mil anuais não serão tributados. Veja Mais
Fazenda pede que PF apure uso indevido do CPF de Haddad em meio a fake news sobre PIX
Suspeita é que grupo queria alegar que Haddad teria movimentações maiores do que sua remuneração e com isso dar a entender que ele estaria no radar da Receita Federal para fiscalização. O Ministério da Fazenda pediu que a Polícia Federal investigue o compartilhamento indevido do CPF do ministro Fernando Haddad em redes sociais e grupos de aplicativo. O caso foi revelado pelo jornal Valor Econômico. A TV Globo confirmou que a Corregedoria da Polícia Federal já analisa o pedido de investigação feito pela Coordenação de Segurança do gabinete do ministro. O Ministério da Fazenda foi informado que os dados do ministro passaram a circular em meio às mudanças sobre o PIX, que acabaram revogadas pelo governo após uma onda de fake news e críticas sobre a medida. Suspeita é que grupo queria alegar que Haddad teria movimentações maiores do que sua remuneração e com isso dar a entender que ele estaria no radar da Receita Federal para fiscalização. As mensagens e publicações recomendavam que as informações pessoais de Haddad fossem utilizadas em identificação de compras e uso de serviços. Um número de celular da Bahia seria o responsável pela ação. "Devido à possibilidade de exposição da autoridade, aliada à atual situação envolvendo a Instrução Normativa nº 2.219/24 relacionada ao Pix e que despertou comoção negativa e em consonância o Relatório de Análise de Risco do dignitário elaborado em conjunto com esta Coordenação e Segurança, solicito adoção de medidas inerentes a atividades de Inteligência que julgar cabíveis com a finalidade de dirimir maiores impactos na segurança pessoal", afirmou o gabinete. Veja Mais
Concurso MPU: edital é retificado e número de vagas sobe para 172
Seleção vai preencher oportunidades para o cargo de analista e técnico. O processo seletivo está sendo organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Saiba mais sobre o concurso público do MPU O concurso público do Ministério Público da União (MPU), que está com inscrições abertas, teve a primeira retificação no edital publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (17). ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. A principal mudança é no número de vagas. Anteriormente, eram ofertadas 152 oportunidades para os cargos de técnico e analista em diferentes áreas. Agora, o número total passou para 172. ?? VEJA O EDITAL DE RETIFICAÇÃO Os interessados devem acessar o site da Fundação Getulio Vargas (FGV), a banca que está organizando o processo seletivo. As inscrições podem ser feitas até as 16h do dia 27 de fevereiro. O último concurso público do MPU aconteceu em 2018, onde foram inicialmente ofertadas 47 vagas, sendo: 11 para técnico de administração e 36 para analista em direito. Apesar do número baixo de oportunidades, o Ministério Público da União nomeou cerca de 1.939 participantes, sendo: 669 para o cargo de analista em direito e 1.270 para técnicos de administração. ?? VEJA O EDITAL COMPLETO Desse total, cerca de 1.502 candidatos tomaram posse dos cargos. Isso significa que, no concurso atual, existe a possibilidade de o MPU chamar mais participantes do que as 172 vagas previstas. O processo seletivo também tem oportunidades para cadastro reserva de pessoal. A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais. Do total de vagas a serem preenchidas, estão reservadas: 20% para negros (pretos e pardos); 10% aos candidatos com deficiência; 10% para minorias étnico-raciais (população indígena, quilombolas, ciganos, povos/comunidades tradicionais). Para o cargo de analista, a remuneração inicial é de R$ 13.994,78. As oportunidades são para graduados em direito, biblioteconomia, comunicação social, desenvolvimento de sistemas, enfermagem, antropologia, arquitetura, biologia, contabilidade, economia, engenharia, entre outros. Já para o cargo de técnico, o salário inicial é de R$ 8.529,65. As funções se restringem às áreas de administração, enfermagem e polícia institucional. O processo seletivo tem concorrência regional. Isso significa que os candidatos precisarão informar o estado que estão concorrendo, conforme consta no ANEXO VII do edital. Para participar do concurso, é necessário pagar uma taxa de inscrição que varia conforme o cargo, sendo: R$ 120 para analista e R$ 95 para técnico. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O processo seletivo terá as seguintes etapas: Prova objetiva para todos os cargos, de caráter eliminatório e classificatório; Prova discursiva, exceto para o cargo de técnico do MPU/Polícia Institucional, de caráter eliminatório e classificatório; Teste de Aptidão Física apenas para o cargo de técnico do MPU/polícia Institucional, de caráter eliminatório; Avaliação médica apenas para o cargo de técnico do MPU/polícia Institucional, de caráter eliminatório; Programa de Formação Profissional apenas para o cargo de técnico do MPU/polícia Institucional, de caráter eliminatório e classificatório; Procedimento de Heteroidentificação e Avaliação Biopsicossocial para aqueles que concorrerem, respectivamente, à reserva de vagas para candidatos negros/minorias étnico-raciais e para candidatos com deficiência. As provas estão previstas para 4 de maio, em todas as capitais do país. Os participantes realizarão avaliações objetivas e discursivas, em turnos diferentes, de acordo com o cargo concorrido. O prazo de validade do concurso é de dois anos, contados da data da publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. Quem tiver dúvidas poderá ter informações referentes ao concurso por meio do telefone 0800-283-4628 ou do e-mail concursompu2025@fgv.br. O participante deverá manter atualizados o endereço, e-mail e os contatos telefônicos com a FGV, enquanto estiver participando do concurso, até a data de divulgação do resultado final. Cronograma do concurso ???? Inscrições: 13 de janeiro até 27 de fevereiro Solicitação para isenção da taxa de inscrição: 13 de janeiro até 15 de janeiro Data limite de pagamento das inscrições: 28 de fevereiro Aplicação das provas: 4 de maio LEIA MAIS 22 concursos públicos para ficar de olho em 2025, com salários de até R$ 17 mil Concurso da Embrapa tem mais de mil vagas, salários de até R$ 12,8 mil e mais: veja tudo o que se sabe Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso? Veja Mais
É #FAKE que bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre
Página falsa imita a aparência do g1, que não publicou reportagem com esse título ou conteúdo. Febraban alerta que informação não é verdadeira e não há nenhuma perspectiva de limitação de saques em espécie. Banco Central reforça que alegação é falsa. É #FAKE print que diz que bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre Reprodução Circula nas redes sociais um print que imagem que imita aparência do g1 em um conteúdo com o título "Bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre". É #FAKE. selo fake g1 O que diz o conteúdo falso ???? O título da página mentirosa é este: "Bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre". ???? E o subtítulo continua: "Limite mensal para saques será de 2 mil reais para pessoas físicas e até 5 mil reais para pessoas jurídicas. Governo alega que é pra evitar evasão fiscal". Fato ou Fake: a checagem passo a passo ?? O g1 nunca publicou uma reportagem com esse título ou esse conteúdo. A imagem é uma montagem. Comuns em publicações mentirosas, erros gramaticais e de padrão denunciam a fraude. ?? As alegações contidas na imagem falsa também não procedem. O Fato ou Fake mostrou peça de desinformação para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que desmentiu o conteúdo. "A informação não é verdadeira. Não há nenhuma perspectiva de limitação de saques em espécie em momento algum", informou a Febraban, por e-mail. ?? Consultado pelo Fato ou Fake, o Banco Central alertou, também por e-mail, que a alegação é falsa. ?? A Secretaria de Comunicação da Presidência da República divulgou uma nota para desmentir que o governo federal tenha limitado saques em dinheiro. O comunicado explica que a Constituição Federal proíbe a edição de medida provisória que vise a detenção ou sequestro de bens, poupança ou qualquer outro ativo financeiro, além de afastar o risco de confisco de contas. É #FAKE print que diz que bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre Reprodução VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito) Veja Mais
ICMBio reabre inscrições para concurso com 350 vagas e salários de até R$ 8,8 mil; veja como participar
Interessados têm até o dia 27 de janeiro para se inscrever. As oportunidades são para os cargos de analista administrativo e analista ambiental. Seleção para o ICMBio vai preencher oportunidades para Analista Administrativo e Analista Ambiental. Bruno Bimbato/Divulgação As inscrições para o concurso público do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) serão reabertas nesta sexta-feira (17), às 10h. A seleção vai preencher 350 vagas de nível superior, com remuneração inicial de até R$ 8,8 mil. A alteração no cronograma foi divulgada na última terça-feira (14). Agora, os interessados terão até as 18h do dia 27 de janeiro para se inscrever. (veja o novo cronograma abaixo) Por conta da mudança, as provas objetivas e discursiva, que seriam aplicadas no dia 23 de fevereiro, foram adiadas para o dia 30 de março. ?? VEJA O EDITAL DE RETIFICAÇÃO ? Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp O concurso vai preencher 350 vagas de nível superior, com remuneração inicial de até R$ 8,8 mil. As oportunidades são para os cargos de analista administrativo (120 vagas) e analista ambiental (230 vagas), distribuídas por várias regiões do país e na sede de empresa, em Brasília (DF). A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais. Do total de vagas a serem preenchidas agora, 20% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 5% para pessoas com deficiência. A distribuição ficou da seguinte forma: Como se inscrever? Para se inscrever, os interessados devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) – banca organizadora do processo seletivo. A taxa de inscrição é de R$ 93 para o cargo de analista administrativo e de R$ 99 para analista ambiental. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. As provas objetivas e discursivas serão aplicadas em todas as capitais do país no período da tarde, impedindo que os candidatos possam concorrer aos dois cargos. A realização do concurso já havia sido autorizada pelo Ministério da Gestão em agosto. A última seleção da empresa aconteceu em 2021, quando foram preenchidas 171 vagas em cargos de nível médio e superior. Cronograma do concurso ???? Reabertura das Inscrições: 17/01 a 27/01/2025 Data limite de pagamento das inscrições: 14/2/2025 Divulgação dos locais de provas: 17/3/2025 Aplicação das provas: 30/3/2025 Consulta individual aos gabaritos preliminares das provas objetivas: 1º a 3/4/2025 Divulgação preliminar da prova discursiva: 1º/4/2025 Divulgação dos Gabaritos: 4/4/2025 Resultado final das provas objetivas e provisório da prova discursiva: 30/4/2025 LEIA MAIS Concurso da Embrapa: inscrições terminam nesta terça; são 1.027 vagas e salário de até R$ 12,8 mil MPU abre inscrições para concurso com 152 vagas e salários de até R$ 13,9 mil; veja como participar Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso? Veja Mais
Reforma Tributária: governo estima alíquota sobre consumo 'um pouquinho maior' que o inicialmente projetado
Última estimativa divulgada pelo Ministério da Fazenda era de 27,97%. Esse será o valor médio pago sobre o consumo nos impostos unificados criados pela reforma. O secretário Extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy, disse nesta quinta-feira (16) que a alíquota geral dos impostos unificados pode ficar em torno de 28% --"um pouquinho maior" que a última estimativa divulgada pelo Ministério da Fazenda, de 27,97%. Appy não cravou o valor da alíquota em 28%, mas disse que os dados apontam para um valor "nessa ordem". "Não estamos dizendo que a alíquota será essa. A projeção dos dados que temos hoje aponta para uma alíquota desta ordem (28%), mas o próprio texto do projeto de lei complementar estabelece que, em 2031, caso a sinalização seja de que a soma das alíquotas de referência seja superior a 26,5%, o Poder Executivo terá que enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar reduzindo benefícios", declarou. Veja Mais
Dólar passa a subir e vai a R$ 6,07, com expectativa por posse de Trump; Ibovespa cai
Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,48%, cotada a R$ 6,0532. Já o principal índice da bolsa recuou 1,15%, aos 121.234 pontos. Dólar Jornal Nacional/ Reprodução O dólar inverteu o sinal negativo e passou a subir nesta sexta-feira (17), com investidores na expectativa pela posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para a próxima semana. Dados de atividade e balanços corporativos também ficam no radar. Na véspera, o escolhido de Trump para comandar o Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas propostas pelo republicano em sua agenda econômica devem ajudar a reduzir a inflação na maior economia do mundo, além de permitir que os salários dos trabalhadores aumentem. A expectativa é que o republicano anuncie uma série de ordens executivas e decretos assim que for empossado como presidente. As medidas devem impactar áreas como imigração e energia e os anúncios ficam na mira dos investidores, que agora tentam avaliar os primeiros passos de Trump em seu novo mandato. (Entenda mais abaixo) Ainda no exterior, o mercado avalia novos indicadores de atividade na China e segue atento às notícias envolvendo um cessar-fogo entre Israel e Hamas. No Brasil, o destaque fica com a sanção, por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária, aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. O projeto detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, passou a operar em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Às 10h43, o dólar operava em alta de 0,32%, cotado a R$ 6,0724. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,48%, cotada a R$ 6,0532. Com o resultado, acumulou: queda de 0,79% na semana; recuo de 2,05% no mês e no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa tinha queda de 0,08%, aos 121.136 pontos. Na véspera, o índice recuou 1,15%, aos 121.234 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 2% na semana; ganho de 0,79% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A expectativa pela posse de Trump como presidente dos Estados Unidos, prevista para a próxima semana, é o principal mote dos negócios nesta sexta-feira (17). Investidores tentam avaliar quais os efeitos das medidas do republicano da política econômica do país. A previsão é que Trump anuncie uma série de decretos já nos primeiros dias de mandato. Na véspera, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia. "Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump", afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live nesta sexta-feira. Do lado macroeconômico, os sinais recentes sobre a atividade dos Estados Unidos também seguem no radar. Na véspera, o país reportou dados mais fracos no segmento varejista, além de um aumento maior do que o esperado no número de pedidos de auxílio-desemprego — o que indica que a economia do país tem perdido força, mas de maneira gradual. Com isso, seguem as expectativas de que o Fed mantenha sua postura cautelosa na condução da política monetária norte-americana ao longo deste ano. A projeção da XP é que a instituição faça apenas mais dois cortes de juros em 2025. Ainda no exterior, investidores também avaliam uma série de indicadores macroeconômicos chineses. Durante a madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília), o país reportou um crescimento de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, com aumento nos números de exportações, produção industrial e vendas no varejo. Apesar do crescimento em ritmo mais lento do que o observado no ano anterior, os dados reforçam a postura de Pequim, que vem tentando reestimular a economia do gigante asiático, que tem enfrentado dificuldades devido ao menor gasto dos consumidores e às pressões deflacionárias. Desde a pandemia da Covid-19, houve enfraquecimento do setor imobiliário — que costumava ser um dos principais motores da atividade comercial. Na agenda de indicadores, destaque para os números de produção industrial e do varejo nos Estados Unidos, além dos dados de inflação ao consumidor na zona do euro. Já por aqui, as atenções se voltam para a aprovação do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária pelo presidente Lula na véspera. O texto foi aprovado pela Câmara e pelo Senado em 2024. O texto estabelece "trilhas" para o funcionamento e as cobranças do novo sistema de tributação sobre produtos e serviços. O regime será totalmente implementado em 2033, depois de uma transição gradual iniciada em 2026. Cesta básica, nanoempreendedor, cashback, imposto do pecado: o que muda com nova lei da reforma tributária Além disso, ainda seguem no radar os desdobramentos acerca das polêmicas envolvendo o PIX. Após gerar uma repercussão negativa, o governo decidiu revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização no sistema de pagamentos. A medida veio após uma enxurrada de fake news que invadiu as redes, dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade. Integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e até mesmo o próprio presidente — chegaram a gravar vídeos e dar declarações para esclarecer as medidas, mas não obtiveram sucesso. Além da revogação da norma, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também informou que o governo vai editar uma medida provisória para assegurar que as transferências realizadas por meio do PIX não possam ser tributadas. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX. *Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais
PIB da China cresce 5% em 2024 impulsionado por exportações e atinge meta do governo
Resultado do último trimestre e ano passado completo foram divulgados nesta sexta-feira (17). População chinesa teve redução de 1,39 milhão de pessoas no ano passado. No recorte trimestral, a economia cresceu 5,4% entre outubro a dezembro, de acordo com o governo Getty Images A economia da China cresceu 5% em 2024 impulsionada pelas exportações e medidas de estímulo, informou nesta sexta-feira (17) a agência de notícias Associated Press (AP). Apesar do ritmo mais lento que no ano anterior, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) está alinhado com o objetivo do governo do país. No recorte trimestral, a economia cresceu 5,4% entre outubro a dezembro, de acordo com o governo. As exportações aceleraram após empresas e consumidores se apressarem para se antecipar a possíveis aumentos de tarifas que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia impor aos produtos chineses. “A economia nacional foi estável em geral, com progresso constante, e foram alcançados novos avanços no desenvolvimento de alta qualidade”, apontou o relatório do Bureau Nacional de Estatísticas. “Em especial, com um pacote de políticas gradativas implementadas oportunamente, a confiança social foi realmente fortalecida e a economia se recuperou de forma notável”, indicou o relatório. A manufatura foi um motor forte para o crescimento em 2024, com um salto de 5,8% na produção industrial em relação ao ano anterior. As vendas totais no varejo de bens de consumo cresceram 3,5%. As exportações aumentaram 7,1% em termos anuais, enquanto as importações cresceram 2,3%. A segunda maior economia do mundo tem enfrentado dificuldades devido ao menor gasto dos consumidores e às pressões deflacionárias. Desde a pandemia da Covid-19, houve enfraquecimento do setor imobiliário — que costumava ser um dos principais motores da atividade comercial. A economia chinesa cresceu a uma taxa anual de 5,2% em 2023. Segundo a agência, economistas preveem que ela desacelerará ainda mais nos próximos anos. População diminuindo A população da China também está envelhecendo e diminuindo, o que adiciona pressões ao crescimento. O governo informou nesta sexta-feira que o número de habitantes caiu pelo terceiro ano consecutivo em 2024, para 1,408 bilhão no final do ano, uma diminuição de 1,39 milhão em relação ao ano anterior. O crescente custo de vida tem levado os jovens a adiar ou descartar o casamento e a maternidade, enquanto buscam educação superior e carreiras, acentuando o impacto das políticas de controle de natalidade, que há muito tempo limitam a maioria das famílias a um único filho. Medidas adotadas O Partido Comunista governante implementou uma série de medidas de estímulo, incluindo a redução dos percentuais obrigatórios de reservas que os bancos devem ter, cortes nas taxas de juros e a alocação antecipada de bilhões do orçamento de 2025 para financiar projetos de construção. O governo ordenou aos bancos que emprestassem aos desenvolvedores imobiliários endividados, que ficaram sobrecarregados de dívidas após as autoridades reprimirem as solicitações excessivas de empréstimos. Pequim também expandiu um programa de troca para bens de consumo e aumentou os salários de milhões de trabalhadores do governo para estimular a demanda interna. Enquanto isso, as redes de segurança social limitadas fazem com que as famílias economizem em vez de gastar, e a queda nos preços das habitações e os fracos preços das ações prejudicaram a riqueza das famílias, agravando o problema. Veja Mais
Concurso da Embrapa encerra inscrições nesta sexta; são 1.027 vagas e salários de até R$ 12,8 mil
O prazo para de inscrição iria se encerrar na última terça-feira (14), mas foi adiado pela empresa, que não realizava concurso nacional desde 2009. Embrapa publica edital de concurso com 1.027 vagas e salário de até R$12,8 mil As inscrições para o concurso público da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) terminam nesta sexta-feira (17), às 18h. Ao todo, estão sendo ofertadas 1.027 vagas em todos os níveis de escolaridade, com remuneração inicial de até R$ 12,8 mil. As oportunidades são os cargos de pesquisador, analista, assistente e técnico. ?? VEJA O EDITAL DE RETIFICAÇÃO Os interessados em participar devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), banca organizadora do processo seletivo. O prazo para de inscrição iria se encerrar na última terça-feira (14), mas foi adiado pelo órgão. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. A empresa não realizava um concurso público em âmbito nacional desde 2009. Até 2014, o órgão ainda convocava as pessoas que estavam na lista de reserva. O novo concurso já havia sido anunciado pelo presidente da instituição no ano passado. ?? VEJA O EDITAL COMPLETO O processo seletivo tem vagas para áreas já consolidadas na Embrapa, como advocacia, desenvolvimento humano, entomologia, recursos florestais, transferência de tecnologia, pedologia, melhoramento genético, entre outras. Outras, porém, são demandas que surgiram ou ganharam mais evidência ao longo da última década, com biologia sintética e ciências ômicas, ciência de dados, instrumentação em fotônica, nanotecnologia, inovação social e governança sustentável (ESG). As oportunidades estão divididas da seguinte forma: 719 vagas para ampla concorrência, 103 vagas para pessoas com deficiência (PCDs) e 205 vagas para pessoas pretas e pardas, além do cadastro de reserva. Desse total, são: 404 vagas para analista; 319 vagas para pesquisador; 242 vagas para técnico; 62 vagas para assistente; O cargo de assistente tem como requisito o nível fundamental incompleto (no mínimo 5º ano), com salário inicial de R$ 2.186,19. Já para técnico é exigido nível médio ou técnico (conforme a especialidade), com remuneração de R$ 5.556,81. Para analista, é preciso ter o nível superior nas áreas determinadas no edital, com ganhos iniciais de R$ 10.921,33. Por fim, quem escolher atuar como pesquisador é necessário ter mestrado em áreas específicas, com salário inicial de R$ 12.814,61. Veja abaixo a distribuição. Além da remuneração, os funcionários receberão benefícios como assistência médica, auxílio alimentação/refeição, seguro de vida, seguridade social, auxílio pré-escola, auxílio para filhos com deficiência mental, entre outros. Os aprovados poderão atuar na sede da empresa, em Brasília (DF), ou em uma das 43 unidades distribuídas pelo país. Segundo a Embrapa, as oportunidades são separadas em 189 áreas e subáreas de atuação, chamadas de "opções" no edital. ?? "Opção" = Conjunto formado por Cargo/Área/Subárea e deve ser indicado no momento da inscrição. Exemplo: Pesquisador/Ciências Agrárias/Sanidade Aquícola. Durante as inscrições, os candidatos escolhem o cargo e localidade na qual querem trabalhar, mas podem ser convocados para qualquer unidade da Embrapa com vagas disponíveis. A divisão completa consta no anexo II do edital. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais. A taxa de inscrição varia conforme o cargo: Pesquisador: R$ 170; Analista: R$ 150; Técnico: R$ 80; Assistente: R$ 60. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O processo seletivo terá as seguintes etapas: Prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos. Prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório, somente para o cargo de Pesquisador e algumas especialidades do cargo de Analista, Defesa de memorial e apresentação de projeto de pesquisa, de caráter classificatório, somente para o cargo de Pesquisador; Prova prática, de caráter eliminatório e classificatório, somente para algumas especialidades do cargo de Técnico; Avaliação de títulos, de caráter classificatório, somente para o cargo de Pesquisador. As provas objetivas e discursivas estão previstas para o dia 23 de março de 2025, em todas as capitais do país e nas cidades com unidades da Embrapa. Os locais de aplicação das avaliações estão descritos no anexo III do edital. Cronograma do concurso ???? Inscrições: 16/12/2024 até 17/01/2025 às 18h Data limite de pagamento das inscrições: 4/2/2025 Divulgação dos locais de provas: 07/03/2025 Aplicação das provas: 23/03/2025 Divulgação dos Gabaritos: 28/03/2025 Divulgação do resultado final das provas objetivas: 22/04/2025 LEIA MAIS MPU publica edital com 152 vagas e salários de até R$ 13,9 mil; veja como participar 22 concursos públicos para ficar de olho em 2025, com salários de até R$ 17 mil Veja dicas de como estudar para concurso Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso? Veja Mais
Lula veta trecho que isentava fundos de investimento e fundos patrimoniais dos impostos unificados da reforma tributária
Advocacia-Geral da União avaliou que o trecho concedia um benefício fiscal aos fundos, o que não é previsto na Constituição. Ao sancionar o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, nesta quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o trecho que isentava fundos de investimento e fundos patrimoniais de pagar os impostos unificados a serem implementados pelo novo modelo. A Advocacia-Geral da União (AGU) avaliou que o trecho concedia um benefício fiscal aos fundos, o que não é previsto na Constituição. Veja Mais